E.B Padre Joaquim Maria Fernandes – Agrupamento de escolas de Sousel Disciplina: História Professora: Ana Barroso
ANO LECTIVO 2012/2013
Trabalho Elaborado Por: Mara Rodrigues nº15 9ºA
Este trabalho foi realizado no âmbito da disciplina de historia, em que a Professora nos pediu que realizássemos um trabalho sobre o período antecedente ao 25 de Abril, sobre a revolução e sobre as transformações que ocorreram posteriormente a esta. Espero atingir os objectivos do trabalho proposto.
Após a 2ª Guerra Mundial verificou-se a derrocada dos regimes ditatoriais em alguns países, mas contrariamente, em Portugal, manteve-se o Estado Novo de Salazar. Portugal e também países como EUA e a Grã- Bretanha pressionaram Salazar no sentido de ser implantada a democracia no nosso pais, mas Salazar, como recusava a democracia, adoptou algumas medidas como: - Dissolveu a Assembleia Nacional; - Libertou alguns presos políticos e condenou o regime nazi.
O Estado Novo impunha uma politica conservadora, repressiva e ditatorial, o país foi sujeito a leis que limitavam a liberdade de expressão o que se traduziu no isolamento internacional do país, ou seja não haviam trocas de produtos com outros países. Como consequência, o crescimento económico parou e Salazar ganhou mais opositores. Salazar criou também o “lápis azul” que foi o símbolo da censura. Os censores do Estado Novo usavam um lápis de cor azul nos cortes de qualquer texto imagem ou desenho a publicar na imprensa.
Salazar perante os opositores
Durante este período surgiram os primeiros movimentos de libertação das colónias. Com o objectivo de concorrer as eleições de 1945, a oposição ao regime formou o MUD – Movimento de Unidade Democrática. Mas a recusa de Salazar em dar-lhes a independência levou Portugal a uma guerra colonial, a guerra do Ultramar.
A guerra colonial iniciou-se em 1961 e só terminou em 1974. Esta guerra, designada por Guerra do Ultramar, foi o período de confrontos entre as Forças Armadas Portuguesas e as forças organizadas pelos movimentos de libertação das antigas províncias ultramarinas.
Esta guerra teve graves consequências para Portugal: - elevado numero de mortos; - diminuição da mão de obra activa; - Elevadas despesas com o equipamento militar; - isolamento do pais a nível internacional.
Em 1968, Salazar adoeceu e foi substituído por Marcello Caetano que adoptou uma politica de renovação e liberalização: - a acção de censura e a PIDE abrandaram; - Foi autorizado o regresso de alguns exilados políticos;
No domínio da economia, o governo de Marcello Caetano facilitou a entrada de capitais estrangeiros e aumentou a industrialização do pais. O marcelismo ainda tentou a democratização do país, mas como não quis fazer alterações em relação ao salazarismo, acabou por fracassar. Caminhava-se para a revolução do 25 de Abril de 1974.
A interminável guerra colonial, a não liberalização do regime e a crise económica, geraram um clima de descontentamento na maior parte da população. Por isso, em 1973, foi organizado um movimento – Movimento das forças armadas. Com o objectivo de derrubar o Estado Novo, o MFA desencadeou um golpe militar, na noite de 24 para 25 de Abril de 1974, sob o comando do major Otelo Saraiva de Carvalho.
A revolução foi rápida, e o MFA apenas deparou com alguma resistência dos homens da PIDE. As forças do capitão Salgueiro Maia cercaram o Quartel do Carmo, em Lisboa. O presidente da república, do concelho de ministros e vários ministros foram presos.
A revolução foi um êxito. O povo distribuiu cravos vermelhos pelos soldados que estavam no largo do Carmo, que os colocaram no cano das espingardas. O MFA nomeou o Junta de Salvação Nacional, presidida pelo general António de Spínola, que governou o país até à formação de um governo provisório.
A Junta de Salvação Nacional comprometeu-se a respeitar o programa do MFA e a conduzir o pais à democratização. Assim, tomou um conjunto de medidas: - libertação dos presos políticos e autorização do regresso dos que se encontravam exilados; - liberdade para a formação de partidos e sindicatos; - abolição da censura e extinção das instituições do Estado Novo; - Organização de eleições livre para aprovar a nova Constituição da Republica de 1976.
A Revolução do 25 de Abril pôs fim à ditadura e instituiu a democracia em Portugal, para isso, foi preciso mudar de instituições e elaborar uma nova constituição. Esta constituição consagrou uma nova organização do estado português, instituindo órgão de soberania ( presidente da republica, assembleia da republica, governo, tribunais… )
E também estabeleceu um conjunto de princípios: - igualdade de todos os cidadão perante a lei; - liberdade de expressão; - direito a greve; - direito ao voto; - direito a educação; - direito ao trabalho, segurança social e à protecção na saúde.
Com este trabalho conclui que o Estado Novo e o Marcelismo foram estados políticos autoritários, embora o Marcelismo tenha sido um regime mais brando. O MFA veio por fim a uma ditadura que há muito era “odiada”. A revolução de 25 de Abril ficou conhecida como a Revolução dos Cravos porque o povo colocou Cravos Vermelhos nas pontas das espingardas dos soldados. A democracia veio melhorar a situação do país e estabelecer princípios favoráveis aos cidadãos portugueses. Assim se instaurou a democracia, que ainda hoje vivemos.
Maia, Cristina; Brandão, Isabel Paulos; “Viva a História!” – História 9º ano. http://www.slideshare.net/abaj/escola-se