Rede midiateca bairro

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REDE

MIDIATECA BAIRRO

MARCELA CARVALHO BOCARDO MERIGO 2016


REDE MIDIATECA BAIRRO Autora : Marcela Carvalho Bocardo Merigo Orientador: Prof°. Ms. Marcelo Carlucci Centro Universitário Estácio UNISEB Trabalho Final de Graduação Bacharelado em Arquitetura e Urbanismo Ribeirão Preto, 2016


1 AGRADECIMENTOS

Aos meus familiares que sempre estiveram presentes em cada etapa percorrida, sempre dando apoio, carinho e amor. Aos amigos que me incentivaram, tiveram paciência nos momentos difíceis e me davam força e motivação. Aos amigos da faculdade pelas horas de trabalho que eram feitas sempre com sorriso: Rodrigo Rodrigues, Leiz Passari, Flávia Vilas Boas, Natana Char e Priscila Savoya. Ao corpo docente do curso que sempre nos auxiliaram com muita dedicação e foram generosos em passar seus conhecimentos e experiências para os alunos. Não há palavras que possam expressam tamanho sentimento de gratidão. Muito Obrigada !


SUMÁRIO 3

RESUMO

INTRODUÇÃO

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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

PROBLEMÁTICA

15 INFORMAÇÕES DO PROJETO

12 REFERÊNCIAS PROJETUAIS

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RESUMO O trabalho apresentado tem como intuito estudar e propor um espaço de cultura e lazer e como a presença deles interfere nas relações sociais e ajuda a melhorar a qualidade da vida urbana e de seus moradores Escolhe a cidade de Ribeirão Preto para implantação de uma rede de Midiatecas,onde serão distribuidos pela cidade exemplares do edificio proposto. Faremos um panorama pela a historia das bibliotecas pelo mundo até sua chegada ao Brasil, verificando o porquê do desinteressante crescente pela mesma e como isso pode ser mudado. Mostra o paradoxo entre a tecnologia e estes edifícios até a chegada do termo Midiateca. Por fim apresenta um projeto de intervenção em uma área da cidade.


4 INTRODUÇÃO A Biblioteca surge devido humanidade possuir a necessidade de registrar e transpassar seus conhecimentos. Este trabalho estuda como a Biblioteca se desenvolveu ao longo do tempo e analisa a relação da população com a mesma. Percebe-se crescente desinterrese para frequentar espaços voltados para estudo e concentração podendo assossiar este fator ao avanço tecnológico, que facilita ao acesso a informação de qualquer local. Por este motivo surge o desafio, como mudar esta situação e incentivar

OBJETIVO Este trabalho tem como foco a concepção de uma rede de edifícios padrão para a cidade de Ribeirão Preto inspirados no projeto “Farol do Saber” da cidade de Curitiba e nas Base de apoio comunitário -BACCI arquiteto João Filgueiras Lima (Lelé). O objetivo é eleger uma área de projeto dentro da cidade de Ribeirão Preto que seria um exemplo, um modelo, mas integrante a de uma rede de outros edifícios a serem construídos em vários outros pontos da cidade. A intenção é projetar um edifício que seja de fácil acesso ao usuário levando em consideração a pesquisa do Instituto Pró-Livro (que será apresentada), fazendo a população para que possa ter um maior interesse em frequentar lugares voltados ao conhecimento; , estes locais seriam também pontos de encontro e poderiam promover a revitalização de áreas degradadas da cidade. A biblioteca tradicional precisa ser reinventada e passar por mudanças para atrair novos usuários. A midiateca poderia trazer essa inovação necessária, com um programa similar a biblioteca, porém acrescentando elementos tecnológicos. Estes edifícios seriam dotados de Neste espaço propõe a presença de áreas de estudo, salas para multimídia, acervo e o espaço multiuso para assembleias comunitárias.


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CONHECENDO A HISTÓRIA DA BIBLIOTECA PELO MUNDO

Fig 1- Imagem de como seria a primeira forma de biblioteca -FRONTISPÍCIO. As bibliotecas da antiguidade. Disponível em: <https://frontispicio.wordpress.com/2016/03/07/as-bibliotecas-da-antiguidade/>. Acesso em: 26 set. 2016.

Podemos afirmar que o surgimento da biblioteca deve-se à necessidade da humanidade em registrar e transpassar seus conhecimentos. Quando o primeiro sistema de escrita é foi desenvolvido (acredita-se no período 3400 e 3000 A.C) servia para atender uma demanda na Antiga Mesopotâmia onde eram anotados em placas de argila os pagamentos que os súditos haviam feito para o rei . Estes registos eram guardados e armazenados para serem verificados posteriormente, passado por gerações , podendo assim serem considerados a primeira forma de biblioteca. Em relação a sua organização interior ela é similar ao formato que temos hoje : um espaço eram armazenados os arquivos, em outro era utilizado para fazer as leituras pelos escribas. Um importante exemplo de biblioteca neste período é a de Ebla, na Síria (1). Nela nota-se sua forma era bem simplificada, retangular, com várias prateleiras dentro, lembrando um depósito: padrão daquela época. É na Grécia onde uma das maiores e mais conhecidas bibliotecas é construída, a de Alexandria.(2) Fundada por Ptolomeu I que possuia a objetivo de recolher a maior quantidade de livros possível, coletados ao redor do mundo. Inicialmente possuía um acervo de cerca de 200 mil rolos de papiros e em seu auge com cerca de 1 milhão rolos (valor contado entre originais e cópias). Como era um espaço da realeza, a população não tinham o direito de utilizá-la.Segundo estudos havia no entorno do salão principal aproximadamente dez laboratórios de pesquisas, considerado o primeiro centro de pesquisas na história do mundo. Acredita-se que ela tenha sido destruída pelo fogo.

Fig 2- Projeção da Biblioteca de Alexandria -FRONTISPÍCIO. As bibliotecas da antiguidade. Disponível em: <https://frontispicio.wordpress.com/2016/03/07/as-bibliotecas-da-antiguidade/>. Acesso em: 26 set. 2016.


Em Roma Antiga é criado o conceito de biblioteca pública, mesmo que ainda neste momento ela não seja completamente aberta a todos. Elas eram construídas em pares, a primeira para livros em grego e a segunda para livros em latim.(3) Quanto ao seu uso, além do espaço ser usado para a leitura, também aconteciam palestras.

Fig 3. Na imagem marcado em vermelho são apenas os fragmentos que restaram da Biblioteca Palatina -Segunda biblioetca pública de Roma. Acredita-se que um câmara era Grega e a outra Romana. CAMPBELL, James W.P. A biblioteca: Uma história mundial. São Paulo: Edições SESC, 2015. 338 p.

Na Idade Média, a Igreja Católica era responsável por todo acervo produzido, ninguém tinha acesso a eles, tudo era mantido dentro dos conventos e mosteiros. A sala de livros era pequena e não possuía janelas, sempre lotada e com péssima iluminação, como um depósito. Por volta de 1270 que estas características vão mudar, supondo-se que este ambiente é um importante instrumento para o ensino dos frades. (4) Segundo James W. Campbell autor do livro: “A biblioteca: Uma história Mundial” em duzentos anos que se sucederam nada muda na forma de se construir bibliotecas. Erros do passado continuavam a ser cometidos até que , no século XVI é que algumas mudanças passam a acontecer. Com o desenvolvimento da prensa tipográfica, mais pessoas começam a ter maior acesso aos documentos, disseminando a informação e a descentralizando, fazendo com que a população cada vez mais possuísse interesse pelo conhecimento e pela ciência. (RIBEIRO, CHEGAS & PINTO, 2007).

Fig 4- Planta do Mostastério de St.Gallen na Suiça, em vermelho a presença da Biblioteca. CAMPBELL, James W.P. A biblioteca: Uma história mundial. São Paulo: Edições SESC, 2015. 338 p.

Com a chegada do século XVII temos o advento da biblioteca moderna, com o número de obras em constante crescimento devido ao baixo custo que o avanço tecnológico trouxe. O interior se transforma, surge o sistema de paredes onde os livros eram armazenados em prateleiras embutidas, assim liberando mais espaço e permitindo que o acervo se expandisse. Esta nova forma de organização deve- se a um novo tipo de uso do local, pois neste momento a biblioteca se torna pública, necessitando de melhor circulação e novos ambientes.


Fig 5- Hatfield House no Reino Unido sala covertida em biblioteca bem mobiliada para demonstrar e com livros a mostra para demontrar prestígio CAMPBELL, James W.P. A biblioteca: Uma história mundial. São Paulo: Edições SESC, 2015. 338 p.

No século XX, após o final da Primeira Guerra Mundial, o movimento modernista recebe uma demanda de novos projetos, produzindo sempre soluções lógicas e bem estudadas. Esse período é marcado pela , procura de ordem e facilidade na busca das obras. Vemos neste período também a incorporação de novas técnicas, como de elevadores elétricos, prateleiras em aço produzidas em escala e o uso de madeira compensada. Assim chegamos ao momento atual. Antes as bibliotecas, como cita Campbell (2013), eram espaços onde seus donos tinham o desejo de expor seus livros, orgulhando-se e procurando a melhor maneira de deixa-los visíveis, eram fonte de prestígio(5). Hoje tem uma intenção sociopolítica importante, a de mostrar o anseio de um povo por conhecimento e cultura. As bibliotecas contemporâneas tem procurado criar ambientes acolhedores, pois tendo aos poucos perdido seu o caráter privado para tornar-se um equipamento público, ainda carrega um pouco do ambiente doméstico na sua essência.


HISTÓRIA DA BIBLIOTECA NO BRASIL As instituições religiosas foram responsáveis pela formação dos primeiros acervos bibliográficos no Brasil principalmente as companhias jesuíticas. Quase não há indícios de bibliotecas e livros no inicio do século XVI no Brasil, concluindo-se, assim, que a presença destes era quase que inexistente. O aparecimento de livros, instituições de ensino e, posteriormente, as bibliotecas, só ocorrerão a partir de 1549 com a instalação do Governo Geral, em Salvador, na Bahia. A partir dessa data começou, de fato (REVER), o sistema educacional no Brasil.(SANTOS, 2010). Até o século XIX a história das bibliotecas no Brasil pode ser dividida em três etapas, sendo a primeira as bibliotecas de convento e particulares. Segundo Moraes (1979) o país contava nos três primeiros séculos da colonização com as bibliotecas de conventos, colégios religiosos e mosteiros. Era difícil alguém possuir livros nesse período sendo que os donos dos poucos exemplares existentes eram padres, advogados, médicos e cirurgiões. Na biblioteca do Colégio Jesuíta no Rio de Janeiro é feita a primeira catalogação de livros pelo Irmão Antônio da Costa, que separou todos os livros do local, sendo 5434 exemplares organizados por autor e assunto. Esse seria o primeiro passo para o desenvolvimento da biblioteconomia no país. Ainda no século XVIII, em 1773, há a expulsão da Companhia de Jesus pelo Marques de Pombal, sendo seus bens confiscados (estes materiais que eram uma das principais fontes da formação intelectual dos jovens) e recolhidos total descaso, prejudicando sua integridade, se tornado inaproveitáveis. (SANTOS, 2010).


Fig 6- Real Biblioteca que posteriomente seria chamada de Biblioteca Nacional. Disponível em: REDARTE/RJ. A BIBLIOTECA MAIS ANTIGA DO BRASIL. Disponível em: <https://redarterj.wordpress.com/2010/10/27/a-biblioteca-mais-antiga-do-brasil/>. Acesso em: 05 out. 2016.

Fig 7- Imagem publicada mostra o prédio da Biblioteca Nacional no dia de sua inauguração. Disponível em: MINISTÉRIO DA CULTURA. Biblioteca Nacional comemora 205 anos nesta quinta-feira. Disponível em: <http://www.cultura.gov.br/noticias-destaques/-/asset_publisher/OiKX3xlR9iTn/content/biblioteca>. Acesso em: 14 set. 2016.

Na transição entre os séculos XVIII e XIX as pessoas passam a ter exemplares de livros em casa (MOTIVO) o que desperta, assim, um maior interesse pela leitura. Com isso, segundo Moraes (1979), nasce a necessidade de se reservar espaços para esta atividade começando com pequenos móveis como mesas até chegar aos cômodos. Com o crescimento da demanda foram aparecendo locais para armazenar, debater e ler; as bibliotecas e livrarias começaram a aparecer na cidade brasileira. Uma segunda etapa dessa história segunda começa com a fundação da Biblioteca Nacional, a quando da transferência a da biblioteca da Família Real de Portugal para o Brasil. Ela contava com um acervo de 60 mil peças, entre elas, mapas, medalhas, livros, moedas, gravuras e documentos, porém muitos destes objetos foram deixados para trás.(6) É no dia 13 de maio de 1811 (data de aniversário de D. João) que ela é inaugurada nas dependências do Hospital da Ordem do Carmo, sendo que só podiam frequenta-la estudiosos e com uma solicitação específica. Já em 1814 ela é aberta ao público sendo administrada pelo Frei Gregório José Viegas e pelo Frei Joaquim Dâmaso e recebe três funcionários da Biblioteca d’Ajuda de Portugal para o seu funcionamento. Após a Independência do Brasil recebe o nome de Biblioteca Nacional, entretanto durante 50 anos sofreu grandes problemas, que variavam desde a falta de orçamento, falta de segurança, má qualidade nos serviços e despreparo, mas também sua implantação em um edifício inadequado. Em cinco de agosto de 1858, ela ganha um novo espaço para se instalar no Largo da Lapa, RJ, contudo continua tendo problemas. Segundo Santos (2010) o edifício não comportava expansões e modificações e com o crescente desenvolvimento da produção editorial, o crescimento da população letrada e as constantes doações de grandes coleções para o acervo, eram necessários espaços mais amplos e adequados, algo que não seria possível naquele edifício.


Fig 8- Biblioteca Nacional no periodo de 1910. Disponível em: EU QUERO VIAJAR!. Biblioteca Nacional no Rio de Janeiro, a maior da América Latina. Disponível em: <https://euqueroeviajar.files.wordpress.com/2011/05/01-bibliotecanac011.jpg>. Acesso em: 05 out. 2016.

Somente em 1910 é que a Biblioteca passa a ter um prédio próprio e definitivo, graças aos esforços dos seus diretores (José Alexandre Teixeira de Melo e Manuel Cícero Peregrino da Silva). O projeto foi feito pelo engenheiro Francisco Marcelino de Souza Aguiar, possuindo um estilo eclético com elementos neoclássicos e art-nouveau. As instalações atendiam as exigências técnicas da época: pisos de vidro nos armazéns, armações e estante de aço com capacidade para 400 mil volumes, amplos salões e tubos pneumáticos para o transporte de livros dos armazéns para os salões de leitura (Souza, 2005). (7) A biblioteca assim se torna uma das inúmeras edificações erguidas na então capital do Império que viria atender a elite e após a independência a elite burguesa (ex: teatro, Belas Artes ...). O poder da burguesia é o soma dos seguintes pilares : meios de produção, capital social (relações entre membros da classe), cultural (obras de arte) e simbólico (uma marca de prestígio ou a companhia de alguém de alta reputação). O capital social une-se necessariamente ao capital cultural, que não se limita aos diplomas de prestígio, mas inclui coleções de obras de arte ou a frequentação assídua de teatro ou ópera, assim como a biblioteca como representação de status. Na Bahia acontece por fim a terceira etapa, em 1811 com a fundação da Biblioteca Pública da Bahia, iniciativa de um rico senhor de engenho Pedro Gomes Ferrão Castelo Branco e um grupo de homens que se reuniam para ler livros franceses de cunho político e filosófico às escondidas. Surgiria assim a primeira biblioteca completamente publica, (já que as dos conventos e a biblioteca Real eram fechadas). Contava apenas com um acervo de 4 mil livros, sendo que boa parte deles eram emprestados.

Fig 9- Biblioteca Nacional no periodo de 1910. Disponível em: GUIA GEOGRÁFICO ANTIGA SALVADOR. Biblioteca Pública e Imprensa Oficial - Anos 1930. Disponível em: <http://www.salvador-antiga.com/centro-historico/biblioteca.htm>. Acesso em: 14 set. 2016.


Gonçalves Filho (1962,p.21) faz um panorama de como esta biblioteca era: [...] media o salão da Biblioteca cento e onze palmos de comprimento por quarenta e três de largura, possuindo duas salas anexas de, respectivamente, trinta e um palmos e meio de comprimento por dezenove de largura e doze palmos por dez. Dava entrada para o estabelecimento uma larga porta contígua à frontaria da Catedral [...].

Apesar do esforço para criar esta Biblioteca, ela foi tratada com total descaso e desinteresse em 1900 agora funcionando no Palácio do Rio Branco, é vítima de um incêndio e dos 40 mil exemplares sobram somente, 300 segundo Gonçalves Filho (1982). É notável que a Biblioteca Brasileira tenha surgido e primeiramente com o intuito de se preservar as informações daquela época, e, com o passar do tempo, devido a iniciativa de algumas pessoas, estas informações fossem difundidas para toda a população e não apenas para intelectuais ou pessoas com maior poder aquisitivo, tornando-se pública. Neste momento ela se transforma em um importante instrumento de conhecimento e propagação da cultura, capaz de preservar e transmitir a cultura através dos tempos. Interessante observar também que estes espaços tinham pouco valor antigamente, sendo as bibliotecas colocadas sempre em segundo plano, com baixa renda, armazenando as obras de forma inadequada, implantação das mesmas emusando locais impróprios. Infelizmente , ainda hoje algumas abibliotecas brasileiras recebem este tipo de tratamento.


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PROBLEMÁTICA No Brasil ainda é evidente a falta de interesse pelas bibliotecas, sendo que ela ainda é vista apenas como espaço para complementar a atividades escolares, não como um lugar de cultura e lazer. Ainda há a ideia que somente pessoas de status e bem vestidas a frequentam, quando na verdade o mais importante é atender toda a população para que todos tenham acesso à informação.

O QUE A BIBLIOTECA REPRESENTA Lugar Para Eventos Culturais

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Lugar Para Acessar a Internet

2 12

Lugar Para Lazer

A ideologia que motiva as nossas bibliotecas é tipicamente a Lugar Voltado Para Todas As Pessoas 16 % de classe média pouco letrada e imediatista, a mesma dos 28 Lugar Voltado Para Estudantes nossos bibliotecários e a cultura que elas pretendem divulgar 61 Lugar Para Pesquisar está mais para valores universais do que para reconhecimento 71 Lugar Para Estudar da nossa própria cultura emergente, do nosso folclore e artes populares. A biblioteca parece querer, muitas vezes, impor um 0 50 100 modelo de cultura estranho ao próprio habitat, ao invés de Fig 10- Dados coletados do Instituto Pró Livro - O que a biblioteca hastear-se na dinâmica mesma dos valores culturais em gerrepresenta. minação na comunidade. Talvez por esta razão a biblioteca ainda tenha pouco peso e importância na vida cultural de nossos municípios . (MIRANDA, 2008). O QUE FARIA FREQUENTAR BIBLIOTECAS ?

Nada Faria Frequentar o Local

33

Ambiente Agradável

5

Melhor Horário de Funcionamento

8 7

Melhor Disposição dos Livros

%

11

Ter A�vidades Culturais Fácil Acesso ou Proximidade

17

Ter Livros Novos

20 0

20

40

Fig 11- Dados coletados do Instituto Pró Livro - O que faria frequentar bibliotecas.

Em 2011 O Instituto Pró-Livro faz uma pesquisa denominada como “Retratos da Leitura No Brasil” levantando várias questões sobre o perfil do leitor brasileiro. Ao questionar sobre o que a Biblioteca representava para o entrevistado 71% das pessoas disseram que era um local para estudar, outros 28% que era um espaço para estudantes, apenas 12% escolheram como um lugar de lazer. Percebemos que , é um desafio mudar esta ideia e compor um local onde a população queira frequentar não somente para estudo ou pesquisa, mas para se divertir. Outro aspecto apresentado na pesquisa é que 67% da população tem conhecimento da presença da mesma em sua cidade ou bairro, porém 75% diz que não utilizam o espaço, sendo apenas 7% que aproveitam o local.


Questionados sobre o que os faria frequentar esses lugares a resposta é que eles buscam variedade nas atividades, além disso, procura-se também que a biblioteca tenha proximidade com seu usuário e que tenha fácil acesso, porém a resposta mais surpreendente foi que 33% não acham que mudanças vão os faze-losr utilizarem o espaço. Como a Arquitetura pode ajudar a modificar este pensamento?

O futuro das bibliotecas na era tecnológia É inegável que a tecnologia e o acesso à informação estão em constante desenvolvimento e , cada vez mais esse universo se expande atingindo ao maior numero de pessoas possível. O uso de computadores e da Internet faz com que o ramo da escrita siga um novo caminho, a produção digital, que vem se tornando cada vez mais populares devido ao baixo custo e a disponibilidade. Hoje, com uma busca rápida na Internet consegue-se encontrar com facilidade livros e peças gráficas dos mais variados temas, sendo possível comprá-los ou simplesmente fazer o download gratuitamente, independentemente do local onde se estiver. Uma pergunta paira no ar: , seria esse o fim da era dos livros impressos? Ou mais além, seria o fim das bibliotecas? E uma ultima pergunta deve ser feita: Por que alguém frequentaria uma biblioteca? Apesar de a informação chegar cada vez mais rápido, há aspectos positivos e negativos nessa realidade. Por um lado, há uma grande quantidade de dados disponíveis em pouco tempo de busca, porém, ao mesmo tempo, a procedência e a qualidade das informações são imprecisas. Há também a mutabilidade constante do meio virtual, sendo que um texto pode estar presente no momento da consulta e logo após não mais. Por isso mesmo com o desenvolvimento digital, a biblioteca ainda pode ser considerada um local de acesso à informação, sendo mais segura,confiável e que estarão sempre disponível.


Não deixa de ser um fato que o desenvolvimento tecnológico não cessará e paradoxalmente a tecnologia pode ajudar muito na reinvenção do conceito da biblioteca. Contemporaneamente, as bibliotecas assumiram uma nova forma de organização com novas atividades incorporadas, não bastando somente um espaço para se armazenar livros, um acervo, mas sim um local que permita novas interações tanto com o ambiente quanto com os usuários, sem negar sua importância para a educação através da leitura. É nesse cenário que o conceito de midiateca se torna tão importante, pois ela se encaixa totalmente nessa nova “era”, trazendo modernidade ao princípio que a biblioteca tradicional prega: o acesso a informação. Ela prevê espaços para todos os tipos de atividades, como estudar, trabalhar, lazer e ponto de encontros, desvinculando-se com o modelo tradicional de biblioteca. A midiateca passa a ter um papel a desempenhar na sociedade, não buscando apenas satisfazer somente um tipo de publico (pesquisadores, estudiosos, estudantes, etc...), mas sim acolher a todos, sem nenhum tipo de distinção, levando assim o acesso à informação e tecnologia para todas as camadas da população. Assim, a tecnologia acaba possuindo um papel importante de agente motivador para a transformação de um espaço tradicional para outro interativo e de inclusão, um local que atrai novos perfis de usuários. Não sabemos o que acontecerá no futuro, porém se algum dia as bibliotecas ou midiatecas deixarem de existir não será a tecnologia responsável por isso, mas sim o fato de delas não se reinventarem. Como diz o ditado popular: “ se não pode derrotar o inimigo, una-se a ele”


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REFERÊNCIAS PROJETUAIS


FAROL DO SABER

Fig 12- Exemplo de uma das unidades do Farol do Saber em Curitiba. GUIA DE TUDO. Farol do Saber Roberto Barrozo. Disponível em: <http://www.guiadetudo.com.br/local/farol_do_saber_roberto_barrozo.html>. Acesso em: 12 mai. 2016.

Fig 13- Exemplo de uma das unidades do Farol do Saber em Curitiba GUIA DE TUDO. Farol do Saber Roberto Barrozo. Disponível em: <http://www.guiadetudo.com.br/local/farol_do_saber_roberto_barrozo.html>. Acesso em: 12 mai. 2016.

O Farol do Saber é uma rede de bibliotecas de pequeno porte espalhadas em váarias regiões de Curitiba. A inspiração vem da famosa biblioteca de Alexandria e de seu Farol: é assim que surge o nome e sua forma. O projeto é criado e mantido pela prefeitura municipal e , as unidades dispõem de um acervo de seis mil obras cada, e contam com uma área de 88 m², em média. A primeira unidade foi inaugurada em 1994. O O edifício tem a forma de um farol possuindo 10 metros de altura,sendo que um dos edifícios conta com um acervo voltado ao tema de planejamento urbano. Atualmente a rede conta com cinquenta e quatro unidades espalhadas por diferentes bairros em Curitiba. As unidades abrigam o projeto “Digitando o Futuro”, onde computadores conectados permanentemente a Internet, oferecem inclusão digital a população. Esse projeto se aproxima da ideia ao objetivo desenvolvido neste trabalho a criação de uma rede e serve como fonte de inspiração.

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Fig 14 e 15 - Exemplo do interior de umas das unidades do projeto GUIA DE TUDO. Farol do Saber Roberto Barrozo. Disponível em: <http://www.guiadetudo.com.br/local/farol_do_saber_roberto_barrozo.html>. Acesso em: 12 mai. 2016.


BASE DE APOIO COMUNITÁRIO- BAC Outra referência que norteia a proposta deste trabalho são as Bases de Apoio Comunitário- BAC. No ano de 2003 o arquiteto José Filgueiras Lima, o Lelé faz um série de projetos para a cidade de Ribeirão Preto, entre eles as proposta para as BAC.

Fig 16- BAC no Jardim Branca Salles Disponìvel em:http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/drops/11.037/3609

Fig 17- BAC no Jardim Branca Salles Disponìvel em:http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/drops/11.037/3609

O projeto feito para a unidade Branca Salles conta com um amplo programa: possui creche, posto de saúde, biblioteca, sala de informática com acesso a internet, espaço para serviço social e um parque infantil. Apesar do excelente programa, infelizmente as BACs vem enfrentando problemas. Segundo a matéria do site G1( disponível em http://g1.globo.com/sp/ribeirao-preto-franca/noticia/2014/03/base-de-apoio-comunitario-parada-preocupa-moradores-em-r ibeirao-sp.html) em 2014 umas das bases foi desativada no bairro Jardim Heitor Rigon , e vem trazendo sendo motivo de apreensão aos moradores da região, pois a unidade encontra-se abandonada, com sua vegetação alta e o acumulo de água parada facilitando a propagação de doenças. Outro fator que traz medo a população é a falta de segurança, pois o edifício agora é habitado por usuários de droga e andarilhos. Moradores também relatam que ali poderia ser um espaço muito útil e de grande valia por apresentar um programa bem completo, porém por ficar tanto tempo fechada, acabou perdendo sua essência e ficou abandonada.


BIBLIOTECA DE SÃO PAULO -PARQUE DA JUVENTUDE- SÃO PAULO LOCALIZAÇÃO : A Biblioteca São Paulo é localizada no endereço Av. Cruzeiro do Sul na cidade São Paulo. Ela se encontra no interior do Parque da Juventude, este é divido em três partes : Parque Institucional, Parque Central e Parque Esportivo. A Biblioteca está presente na área denominada de Institucional.

FICHA TÉCNICA : -Local: São Paulo, SP -Início do projeto: 2009 -Conclusão da obra: 2012 -Área do terreno: 350.225 m² -Área construída: 4.527 m² -Pavimentos: 2 -Altura total: 12 m -Tipo: Institucional -Arquitetos: Aflalo & Gasperini Arquitetos -Materiais predominantes: Concreto / Madeira / Vidro -Diferenciais técnicos: Eficiência Energética / Sustentabilidade

Fig 18- Biblioteca de São Paulo. Disponível em <http://www.archdaily.com.br/br/01-38052/biblioteca-sao-paulo-aflalo-e-gasperini-arquitetos. Acesso em: 14 março 2016.

Legenda:

Edi�cio Estudado

Fig 19- Implantação do Parque da Juventude Disponível em <http://www.archdaily.com.br/br/01-38052/biblioteca-sao-paulo-aflalo-e-gasperini-arquitetos. Acesso em: 14 março 2016.


A HISTÓRIA DO PARQUE Presídio presente na cidade desde o início do século 20, infelizmente ganha destaque mundial com o massacre de 111 presos em 1992. Era projeto que começou como um presídio-modelo, e que durou de 1920 até a década de 1940, o Instituto de Regeneração, a construção dos dois pavilhões iniciais ficou a cargo do escritório de Ramos de Azevedo. Neste local os próprios presos trabalhavam na cozinha, lavanderia e até na horta. A partir da década de 1940, o complexo, já com a incorporação da Casa de Detenção e aumento da capacidade, seguiu a sina dos presídios brasileiros – superlotação, rebeliões, maus tratos, até o massacre de 1992. Tornando um grande símbolo de um tragédia. Em 2002 o presidio enfim é fechado e os últimos presos são remanejados, sendo assim decide-se construir um parque onde os prédios seriam implodidos. O parque passa por três etapas: Em 2003 o Parque Esportivo é inaugurado e como o próprio nome diz abriga instalações esportivas, em 2004 é a vez do Parque Central onde se encontra as passarelas do antigo presidio e por fim em 2007 Parque Institucional, que abriga a Biblioteca, ETCS e tem a entrada voltada para o metrô.

A HISTÓRIA DO PROJETO “O Parque da Juventude é o resultado de um concurso de projetos em 1999 para transformação do Complexo do Carandiru local de inúmeras tragédias, em um espaço público para a comunidade com a criação de um grande parque, com edifícios institucionais e equipamentos de lazer. A proposta da aflalo/gasperini, vencedora desse concurso, incluía a remodelação de dois conjuntos de edifícios existentes nas extremidades da gleba, ligados por um parque com momentos distintos, sendo um composto por quadras e equipamentos esportivos e outro voltado ao lazer passivo e à contemplação. Os edifícios originais que não foram demolidos foram transformados em escolas técnicas e um novo edifício horizontal recebeu a Biblioteca de São Paulo, projeto-piloto para as novas bibliotecas do Estado. A proposta buscou tirar partido da Estação Carandiru do metrô, vizinha do conjunto, por conferir uma condição ímpar para um equipamento urbano desse porte.”

Fig 20- Evolução da proposta. Disponível em <http://www.archdaily.com.br/br/01-38052/biblioteca-sao-paulo-aflalo-e-gasperini-arquitetos. Acesso em: 14 março 2016.


A BIBLIOTECA : Esta Biblioteca foi projetada para ser um modelo de bibliotecas públicas. Ela é colaboradora pela criação de um novo impacto urbano trazendo pessoas de toda a cidade para conhecer o espaço, sendo uma excelente fonte de educação e lazer livres para todos. O projeto é planejado para ser sustentável, para o aproveitamento máximo da luz solar, o edifício também possui uma área ampla com iluminação zenital, garantindo grande flexibilidade ao layout interno. É incrível pensar como um projeto bem executado pode mudar tudo, o local que antes funcionava uma prisão, agora é considerado um espaço de extrema liberdade: o conhecimento e um boa leitura pode nos levar a qualquer lugar . E com isso nos faz esquecer que naquele local carrega uma memoria tão trágica. O projeto também tem intenção de ser a Central de uma rede de bibliotecas espalhadas por São Paulo e também pelo Estado.

ANALISANDO O EDIFÍCIO... O objetivo de ter escolhido este projeto é a aproximação com o tema do TFG que é uma Midiateca , os motivos dele influenciar na elaboração do projeto da Midiateca são: -Distribuição do programa -Forma simplificada do edifício mas que traz grande destaque Aqui é possível notar a presença de um -Materialidade concreto texturizado, já em seu interior -Edifício público que possui grande frequência não possui essa caracterís�ca Neste espaço que é o café é o local de maior presença da madeira fazendo este pergolado

Fig 20- Vista do café Disponível em <http://www.archdaily.com.br/br/01-38052/biblioteca-sao-paulo-aflalo-e-gasperini-arquitetos. Acesso em: 14 março 2016. Este é um material extra colocado que são as tendas náu�cas feitas de um plás�co e são removíveis. Um solução para cobrir o café em dias chuvosos

O Vidro é bem marcante em todo o projeto eo interessante da fachada é que nele há uma “pele” que estampa pessoas “reais” e não modelos

Fig 20- Fachada Disponível em <http://www.archdaily.com.br/br/01-38052/biblioteca-sao-paulo-aflalo-e-gasperini-arquitetos. Acesso em: 14 março 2016.

A materialidade do edifício é bem simples compõe-se basicamente por : vidro, concreto e madeira. Isto que torna o projeto mais interessante


O PROGRAMA : Legenda: O Café funciona como um forte atra�vo e torna-se um local de encontro, porém infelizmente tanto ele quanto a cozinha encontram-se fechados

O programa é simples é atende bem as necessidades do local. O interessante dele é sua setorização na parte do térreo o acervo é voltado totalmente para as crianças e só elas tem acesso a ele.

Café Cozinha Banheiro Acervo Recepção Auditório Guarda Volumes

Apesar do edi�cio possuir uma recepção ela não é inibidora, qualquer pessoa pode entrar no local sem nenhum impedimento. Ela é bastante importante na organização de eventos como por exemplo no auditório .


O PROGRAMA : Legenda: Acervo Administração As áreas de permanência são espaços abertos que dão vista para o parque, por falta de manutenção eles se encontram inu�lizados

Neste setor que é no pavimento superior só pode ser u�lizado por pessoas acima de 18 anos, ele também conta com vasto acervo voltado para pessoas com deficiência visual, contando também com vários aparelhos e equipamentos.

Banheiro Áreas Permanência

Administração com sala de reuniões para guardar os documentos da Bibliotecas e organizar futuros eventos


VOLUMETRIA: Nas plantas é notável a simplicidade do projeto, com a função de uma forma básica (o retângulo) cria-se espaços distintos como o acervo e o café. A presença do vazio faz com que crie um leveza e amplitude no edifício. Mostrando assim que nem sempre é necessário preencher para trazer qualidade. Um ponto importante que deve ser ressaltado é que devido a sua forma este projeto pode ser replicado em vários locais (aspecto que busco no TFG)


VOLUMETRIA:

Pelo corte pode se observar a simplicidade da forma, são retângulos que se sobrepõem formando térreo e o primeiro pavimento. Já no Croqui nota-se que a um volume principal mas também alguns planos que se deslocam trazendo dinâmica e diferencial para as fachadas


FOTOS GERAIS DO PROJETO: Nessas fotos é possível observar a materialidade (concreto texturizado e vidro) e acredito que seja por eles que a Biblioteca é aceita por todos os públicos, o vidro com a película cria uma identificação com as imagens apresentadas nele e por não enxergar totalmente o que há no edifício desperta certa curiosidade para conhece-lo e quem já está em seu interior tem a sensação de segurança.

Fig 21 e 22- Figuras mostrando a materialidade Disponível em <http://www.galeriadaarquitetura.com.br/projeto/aflalogasperini-arquitetos_/biblioteca-sao-paulo/58> Acesso em 10/03/2016

Também nota-se a fachada diferenciada pelos planos deslocados trazendo dinamismo e modernidade para antes que era um espaço que dava uso a um presídio. Inspiração para o projeto. Fig 23 e 24- Um lado da fachada parece plano, já por outro ponto de vista há deslocamento e dinamismo. A materialidade apresentada no projeto se baseia em apenas concreto e metal, sendo sua Disponível em <http://www.galeriadaarquitetura.com.br/projeto/aflalogasperini-arquitetos_/biblioteca-sao-paulo/58> estrutura muito similar aos projetos feitos com container. O vidro traz a leveza necessária, e Acesso em 10/03/2016 com apenas estes três tipos de material cria-se um espaço limpo e organizado, que ganha

vida com o uso da população e com as cores dos livros e do mobiliário


FOTOS GERAIS DO PROJETO:

O mais impressionante deste projeto é que ele foge completamente do estilo da biblioteca tradicional, aquele ambiente sóbrio e silencioso, aqui ele traz vida desde de seu mobiliário cheio de cor, os poemas no vidro, as esculturas.

Fig 25 e 26- Figuras mostrando a materialidade Disponível em <http://www.galeriadaarquitetura.com.br/projeto/aflalogasperini-arquitetos_/biblioteca-sao-paulo/58> Acesso em 10/03/2016

Fig 27 e 28- Figuras mostrando a materialidade Disponível em <http://www.galeriadaarquitetura.com.br/projeto/aflalogasperini-arquitetos_/biblioteca-sao-paulo/58> Acesso em 10/03/2016

Um ponto positivo ambiente pode sofrer devido a estrutura da parte inferior onde as “paredes” são totalmente desmontáveis gerando um espaço totalmente novo. Ao visitar o local percebe-se que é um ambiente alegre e inovador, mudança necessária para despertar o interesse no jovem para a cultura e educação.

Fig 36 e 37- Parede de Vidro como fech mento Disponível em <http://www.archdaily.com.br/br/01-25662/classicos-da-a quitetura-mediateca-de-sendai-toyoo-e-associates> acesso 12/04/2016


MEDIATHEQUE GRAND M - TOULOUSE- FRANÇA A HISTÓRIA DA MIDIATECA A criação dessa nova Midiateca e a esplanada que se desdobra à frente deve-se ao projeto de desenvolvimento urbano (projeto ANRU), que ocorreu na cidade de Toulouse na França . O novo edifício possuía vários objetivos mas sua principal aspiração era a reabilitação de espaços urbanos desocupados e a criação de um símbolo arquitetônico forte. Sua localização exata é em Le Mirail, subúrbio da cidade, projetado entre 1961 e 1971 por Georges Candilis. Com o passar dos anos devido as mudanças que ocorreram o tecido urbano ficou muito fragmentado, prejudicando a a estrutura da área, a construção deste novo equipamento público é para reviver a identidade do bairro, juntamente com outros edifícios recentes reabilitados ou completamente construídos.

FICHA TÉCNICA: -Local: Toulouse, França -Conclusão da obra: 2012 -Área construída: 1800m² -Tipo: Cultural -Arquitetos: Atelier d’ architecture King Kong -Materiais predominantes: Concreto / Metal

Fig 29- Logo da Mediatheque Grand M Disponível em <http://www.archdaily.com.br/br/01-77504/midiateca-grand-m-atelier-darchitecture-king-kong> Acesso em 10/03/2016

Fig 30- Vista da Esplanada e a midiateca Disponível em <http://www.archdaily.com.br/br/01-77504/midiateca-grand-m-atelier-darchitecture-king-kong> Acesso em 10/03/2016

Fig 31- Entrada da Mediatheque de Grand M Disponível em <http://www.archdaily.com.br/br/01-77504/midiateca-grand-m-atelier-darchitecture-king-kong> Acesso em 10/03/2016


ANALISANDO O EDIFÍCIO... O objetivo de ter escolhido este projeto é a requalificação que o edifício faz em Le Mirail trazendo melhorias para o entorno Mesmo o projeto possuindo áreas mais fechadas, como na parte da biblioteca, cria espaços como a região do pátio como continuação da esplanada , misturando o interior e exterior criando a sensação de convite para as pessoas conhecerem o local O Pá�o coberto é o principal elo entre a Midiateca, a esplanada e o meio urbano. Ao mesmo tempo que é a primeira camada até chegar em um área mais silenciosa, também convida o usuário a conhecer o espaço mesmo se for apenas para o descanso

Nesta imagem pode-se ter uma pequena noção do pátio Fig 33- Pátio da Mediatheque Grand M Disponível em <http://www.archdaily.com.br/br/01-77504/midiateca-grand-m-atelier-darchitecture-king-kong> Acesso em 10/03/2016

Fig 32- Entrada da Mediatheque de Grand M Disponível em <http://www.archdaily.com.br/br/01-77504/midiateca-grand-m-atelier-darchitecture-king-k ong> Acesso em 10/03/2016

O local onde é feito possui grandes restrições com ousadia. Para atender normas e regulamentos, no andar térreo não envolve apenas a biblioteca, a zona conhecida como o ‘pátio’, tem como função criar uma confusão sobre o interior e o exterior pois ao mesmo tempo que este é um local aberto ele possui uma cobertura sendo a primeira camada da Midiateca. O piso térreo forma uma base ao mesmo tempo permeável e impermeável. Sua primeira “barreira” é o pátio depois os materiais que se sucedem, criando ao mesmo tempo a sensação de segurança ao usuário dentro do edifício mas convidando a população que está fora a entrar.


FOTOS DO PROJETO O programa apresentado, conta com salas de estudo e de reuniões, acervo e pátio. Também há a presença de um pequeno auditório e uma sala para usar os recursos multimídia com a presença de um projetor. O Interessante aqui é como os espaços de reunião são criados já que necessitam de maior privacidade, para fazer a divisão são usados uma espécie de “parede” de vidro onde em seu interior encontrasse vegetação, mesmo com a privacidade, o usuário ainda tem a completa visão da sala, além da vegetação ajudar com a climatização do ambiente

Fig 34- Simplicidade na materialidade Disponível em <http://www.archdaily.com.br/br/01-77504/midiateca-grand-m-atelier-darchitecture-king-kong> Acesso em 10/03/2016

Fig 35- Parede de Vidro separando os ambientes Disponível em <http://www.archdaily.com.br/br/01-77504/midiateca-grand-m-atelier-darchitecture-king-kong> Acesso em 10/03/2016


MIDIATECA DE SENDAI- JAPÃO O projeto Midiateca de Sendai, ganha vida após a ideia vencer um concurso em 1995, é proposto uma nova visão sobre o programa. A obra busca funcionalidade e integração com o seu entorno, procurando a fusão da arquitetura com a paisagem a. Ela se situa na cidade de Sendai, que é conhecida como a "Cidade das Árvores". Toyo Ito afim de preservar essa caracterís�ca, é proposto uma arquitetura que não se sobreponha ao entorno, mas que seja uma con�nuidade dele, para que seja impercep�vel os limites entre a rua e o edi�cio. Dessa forma, procura fazer um edi�cio onde arquitetura e natureza estejam integradas.

Camada de vidro fechando a Midiateca trazendo ao usuário proximidad e com a natureza

As lajes que são chamadas de chapas, sendo nove delas

Figura 36 Corte demonstrando o pensamento do conceito

Os tubos tem característica marcante no projeto, além da sua forma parecer a distorção dos troncos da árvore ou o balança das algas no mar, ela é importante elemento estrutural, são ao todos treze pilares, que em são interior passam a circulação vertical, tubulações de elétrica e hidráulica, vegetação, além de ajudar a captar a ventilação zenital e a iluminação

-Local: Sendai-shi, Japão -Início do projeto: 1995 -Conclusão da obra: 2000 -Área do terreno: 3948 m² -Área construída: 2933m² -Pavimentos: 7 e mais 2 subsolos -Altura total: 36.49m -Tipo: Cultural -Arquitetos: Aflalo & Gasperini Arquitetos Toyo Ito & Associates -Materiais predominantes: Vidro/Metal


Fig 38 a 41- Interior da Mediateca Disponível em <http://www.archdaily.com.br/br/01-25662/classicos-da-arquitetura-mediateca-de-sendai-toyo-ito-e-associates> acesso 12/04/2016

Este equipamento contém uma galeria de arte, biblioteca, centro visual de imagem e um centro de serviço para pessoas com problemas visuais e audi�vos. Desde início do concurso até o processo inicial de projeto, principal obje�vo foi destruir os conceitos convencionais de museus de arte e biblioteca. As plantas e espaços foram cuidadosamente desenvolvido em conjunto especialistas de vários campos além é claro de ouvir as opiniões dos cidadãos de Sendai.

Esse projeto traz uma importante reflexão de como a Arquitetura pode se relacionar com o seu meio, com a analise de seu entorno surge três conceitos que possibilitam a arquitetura ao mesmo tempo se integrar com a natureza mas também se destacar. Outro aspecto importante é que a estrutura não precisa somente ter a função de sustentar o edifício, nesse caso ela traz beleza a ele e ajuda solucionar alguns aspectos como por exemplo a circulação vertical


32

INFORMAÇÕES SOBRE O PROJETO


CONHECENDO A CIDADE A cidade de Ribeirão Preto está localizada no interior do Estado de São Paulo ficando apenas a 313 km da capital. Foi fundada devido ao núcleo de criação de gado em 19 de Junho de 1856, mas passa a se desenvolver graças ao setor cafeeiro. Com a chegada da linha férrea na Mogiana no ano de 1883, acontece grande crescimento populacional neste período, principalmente após a assinatura da Lei Aurea em 1888, estimulando a vinda de imigrantes europeus para a cidade, apresentando novos padrões culturais para a região. Até o século XIX pouco se tinha a se fazer no ramo de cultura e entretenimento, pois Ribeirão era completamente voltada à produção agrícola. Com inauguração do Teatro Carlos Gomes há uma mudançar neste cenário, sendo a iniciativa que a cidade precisava para a promoção de eventos culturais. No início da década de 20 há a construção de um Hotel, o Central Hotel dando início ao Conjunto Arquitetônico conhecido como "Quarteirão Paulista" terrenos localizados em frente à Praça XV de Novembro com a finalidade de construir um conjunto arquitetônico composto por um teatro e um edifício de escritórios. Posteriormente foi adquirido também o edifício recém-construído do Central Hotel, que passou a ser chamado de Palace Hotel. Com a inauguração do Teatro Pedro II ele atinge seu auge e constituiu-se um importante marco cultural e artístico da cidade e da região. Atualmente considerada um importante polo desenvolvedor cultural da região devido a sua variedade de programas e institucões culturais e de ensino de todos os níves voltados para esse fim. Apesar da situação da cidade ser promissora, a maioria dos equipamentos culturais estão localizados no Centro da cidade embora ainda tenha importantes equipamentos fora da área centrale muitos deles se encontram em realtiva situação de abandono, como é o caso das bibliotecas. Elas necessitam de readequação dos espaços e atualização de seus edifícios, por este motivo surge a proposta da midiateca para Ribeirão Preto, com intuito de criar um local que atenda as novas necessidades, consiga se expandir e atualizar-se conforme o desenvolvimento tecnológico. A ideia é que ,sejam um local não apenas para a difusão da informação mas sim de incentivo a interação social, promovendo a troca de experiências e conhecimento.


PONTOS CULTURAIS IMPORTANTES:

Legenda: Biblioteca USP Ribeirão em Cena Instituto Figueiredo Ferraz Biblioteca Padre Euclides

Teatro Pedro II Biblioteca Altino Arantes SENAC

Casa da Cultura

Teatro Municipal

Biblioteca Leopoldo Lima

MARP

Moura Lacerda

Centro Cultural Campos Eliseos


O PROJETO :

LOCAL ESCOLHIDO: Este projeto tem o intuito de constituir uma rede, elencamos uma área para a implantação de um exemplar do edifício. Um fator que influenciou a escolha do terreno foi a proximidade com a escola pública, pois assim que os jovens terminarem o período escolar, poderão frequentar com facilidade este ambiente cultural, criando hábitos de leitura e aproveitando para se divertir. Segundo o Instituto Pró- Livro não se constrói um país com cidadãos conscientes e competentes que sabem analisar criticamente aquilo que leem ou escutam sem oferecer livros de qualidade. Esse conceito ou valor , pode ser também aplicado ao espaço aqui proposto, por este motivo o jovem é um dos foco que orientaram na escolha do local, pois quanto maior for a oportunidade dada para eles, mais chances de se formar uma população consciente teremos. Outro fator que foi levado em consideração foi a disponibilidade de transporte público. O terreno escolhido conta com a presença de ponto de ônibus em frente e a um quarteirão de distância. A facilidade ao acesso e foi levada em máxima consideração, pois acredita-se que ao aproximar o edifício do usuário, ele passa a ter mais estímulo dea frequentá-lo.


A ÁREA DE INTEVENÇÃO Área escolhida se encontra no subsetor norte, no Jardim Independência. O motivo pelo o qual ela se transforma no espaço de intervenção. Apesar de possuir uma boa localização no bairro, este espaço vem preocupando os moradores, pois está tomada por grande quantidade de vegetação, não é devidamente cuidada, o que gera uma sensação de abandono e estimula as pessoas a jogarem entulho nesse local, provocando proliferação de doenças. Outro ponto que assusta os moradores é a falta de segurança, pois muitos furtos acontecem nesta região. Os criminosos se escondem na vegetação alta e acabam surpreendendo a vítima. Muitos moradores evitam passar por essas ruas devido ao medo. A área fica ao lado de uma escola municipal mais preocupante, por às crianças e aos jovens.

. Seta Vermelha indicando a área- Imagem retirada do Google Maps

Contorno em Vermelho indicando a área- Imagem retirada do Google Maps


FOTOGRAFIAS DA ÁREA :


CARACTERÍSTICAS DA ÁREA : Analisando o uso do solo, nota-se a predominância do uso residencial. A área é bem equipada com pequenos comércios e espaços de prestação de serviços, sendo que os moradores não precisam sair do bairro para atender as suas necessidades básicas de consumo. Há uma maior concentração de edifícios voltados para prestação de serviços próximos as avenidas que são no caso Mogiana (maior concentração de uso para prestação de serviço) e Saudade (há um grande numero de comércios) O importante é perceber que no mapa só vemos três áreas voltadas para o uso institucional, sendo todas escolas. Os únicos equipamentos de lazer presentes são as praças. Por este motivo que justifica-se a instalação de um equipamento cultural para recuperação de valores perdidos e reconquistar a confiança da população para utilizar melhor esta região, deixando as más lembranças e a insegurança no passado, trazendo também a diversidade de usos agregando valor a este ponto da cidade. O segundo mapa apresenta o gabarito por predominância. Há uma evidência de residências que possuem apenas um pavimento. Próximo a Av. Mogiana há uma leve alteração surgindo edifícios de dois pavimentos, mas isso se deve ao comercio e prestação de serviço; há também dois casos isolados que são os condomínios. A prior havia a intenção de se criar um edifício que mantenha a situação atual, ou seja, que não tenha grande acentuada verticalidade e esteja conversando com o padrão do bairro porém com a evolução do projeto decide-se tornar a verticalidade um ponto do projeto


*SETA EM VERMELHO MOSTRANDO ONDE A ÁREA DE ESTUDO SE LOCALIZA.


*SETA EM VERMELHO MOSTRANDO ONDE A ÁREA DE ESTUDO SE LOCALIZA.


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Em relação a topografia o lote pode ser considerado bem plano, sua curva mais alta encontra-se na rua Guiana Inglesa caindo levemente até a rua Lasar Segal. A área destacada em azul é onde a escola João Augusto de Melo de ensino fundamental e Médio. Ela foi uns dos princípais fatores da escolha do terreno.


CONCEITO O foco do projeto é possibilitar a reabilitação de um espaço importante para o bairro mas que vem sendo subutilizado. A instalação de uma midiateca no local traz opções de lazer e cultura para o bairro tão carente dessa atividade. A ideia é romper com aquele clássico padrão onde os livros apenas são armazenados e emprestados, buscando-se fazer um projeto que promova a interação social, a troca de conhecimento e experiências culturais independentemente da idade ou classe social. Este edifício poderá ser usado também para reuniões comunitárias, onde os moradores possam discutir melhorias para o seu bairro. A priori a ideia era criar uma interligação com a escola João Augusto de Melo porém ao analisar o edifício descobre-se que seria necessário a mudança da organização espacial da escola para que essa ligação fosse viável, pensando nisso decide-se utilizar o muro de separação dos terrenos como um ponto a favor do projeto.


PROGRAMA

O organograma ao lado é o primeiro esboço de pensamento do programa do edificio. Após reflexão se define o programa final: -Praça Seca -Café -Acervo - 447,26 m² -Sessão Infantil- 280.40 m² -Sanitários -Auditório- 180.80 m² -Manutenção- 33.30 m² -Administração- 35.00 m² -Foyer/Exposição- 379.84 m² -Apoio- 13.40 m² -Sala Espera- 23.95 m² -Jardim


PLANTA DO TÉRREO

Planta do térreo- Esc: 1:500arbonato.

Após perceber que a ligação com a escola não seria viável, decide-se tornar muro de divisão um aliado. É proposto uma rampa independente (marcado em rosa) do edifío acompanhando este muro (que se torna um mural para grafiti a partir do inicio da rampa, e uma parede verde. Está rampa é coberta por uma estrutura de policarbonato.


PLANTA DO TÉRREO O objetivo era deixar o térreo de livre acesso, com isso elabora uma praça seca, mantendo a vegetação já existente. Como o terreno possui um leve inclinação, é proposto arquibancadas (marcados em laranja) para descando e possivéis apresentações. Para manter a permebilidade do solo, utiliza-se concreto permeável.

Planta do térreo- Esc: 1:500.

Em Roxo foi pensado um café para a criação de um grande espaço de convívencia. Também se localiza-se no térreo para que os usuários não precisem se descolocar até o andar superior para utiliza-lo


PLANTA DO PRIMEIRO PAVIMENTO Em azul encontra-se a escada e elavadores de acesso ao segundo pavimento. Se localizam logo após a chegada ao primeiro pavimento para que o usuário não precise entrar na sessão do acervo para chegar ao segundo pavimento

No primeiro pavimento é onde ocorre as atividades da midiateca, dividindo o espaço entre setor adulto e infantil, essa separação é dada através da elevação do setor infantil. Separando os dois ambientes mas sem criar uma “barreira” física

Forma das lajes foram inspiradas no formato do terreno. Para destacar a forma das lajes, decide-se fazer os fechamentos de vidro de forma ortogonal para gerar a quebra com a forma destacado em verde. Onde não há fechamentos torna-se grandes sacadas de convívio,


PLANTA DO SEGUNDO PAVIMENTO

No segundo pavimento se encontra o auditório (delimitado em vermelho), ele foi criado para atender a demanda do bairro que necessita de um espaço para que a associação de moradores possam se reunir. Ele conta com a capacidade de 112 lugares. Em seu entorno está o foyer e área de exposiçao.

Também é no segundo pavimento que se encontra a parte Administrativa (azul) e de manuntenção (amarelo). Assim como os sanitários e o auditório essas áreas não possuem o fechamento em vidro, são compostas por parades em concreto para criar privacidade as esses espaços.


COBERTURA A inspiração da forma vem do terreno, o objetivo era fazer com que as lajes se deslocassem, criando grandes sacadas para lazer, convivío e permanência. Com a planta de cobertura é possível ver os espaços gerados com as mudanças nas formas da laje.


MODELO 3D

PRIMEIRA PROPOSTA DE VOLUME

PROPOSTA FINAL


PRIMEIRA PROPOSTA DE VOLUME

PROPOSTA FINAL


PROJETO ARQUITETÔNICO


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS MORAES, Rubens Borba de. Livros e bibliotecas no Brasil Colonial. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e científicos; São Paulo: Secretaria da Cultura, 1979. GONÇALVES FILHO, Péricles Diniz. A biblioteca pública da Bahia e a nossa realidade cultural. [S.I.]: Imprensa Oficial, 1952. ARCHDAILY . Clássicos da arquitetura: mediateca de sendai / toyo ito & associates. Disponível em: <http://www.archdaily.com.br/br/01-25662/classicos-da-arquitetura-mediateca-de-sendai-toyo-ito-e-associates>. Acesso em: 12 mai. 2016. ARCHDAILY . Midiateca grand m / atelier d’architecture king kong . Disponível em: <http://www.archdaily.com.br/br/01-77504/midiateca-grand-m-atelier-darchitecture-king-kong>. Acesso em: 12 mai. 2016. MARQUES, André. BACS Ribeirão Preto. Obras do arquiteto João Filgueiras Lima, Lelé. Drops, São Paulo, ano 11, n. 037.02, Vitruvius, out. 2010 <http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/drops/11.037/3609>. W.P.CAMPBELL, James; PRYEE, Wiil. A biblioteca: uma historia mundial . São Paulo: Edições Sesc São Paulo, 2015. 327 p. RIBEIRO, Fernanda. Biblioteca : novos termos para um velho conceito. Porto : universidade do porto. faculdade de letras. biblioteca central, p. 29-32, 1996. Disponível em: <https://repositorio-aberto.up.pt/handle/10216/8749>.Acesso em: 23 mai. 2016. MIRANDA, Antonio. A missão da biblioteca pública no brasil. revista de biblioteconomia de Brasília, Brasília,v.6,n.1,p.69-75jan./jun1978. Disponívelem:<http://poesiaiberoamericana.com.br/ciencia_informacao/art_missaobiblip.pdf>.Acesso em: 23 mai. 2016. RIBEIRO, Fernanda. Biblioteca : novos termos para um velho conceito. Porto : universidade do porto. faculdade de letras. biblioteca central, p. 29-32, 1996. Disponível em: <https://repositorio-aberto.up.pt/handle/10216/8749>.Acesso em: 23 mai. 2016. MIRANDA, Antonio. A missão da biblioteca pública no brasil. revista de biblioteconomia de Brasília, Brasília,v.6,n.1,p.69-75jan./jun1978. Disponívelem:<http://poesiaiberoamericana.com.br/ciencia_informacao/art_missaobiblip.pdf>.Acesso em: 23 mai. 2016. C


INSTITUTO PRÓ LIVRO. 4ª edição da pesquisa "retratos da leitura no Brasil" - 2016. Disponível em: <http://prolivro.org.br/home/index.php/atuacao/25-projetos/pesquisas/3900-pesquisa-retratos-da-leitura-no-brasil-48>. Acesso em: 16 mai. 2016. SANTOS, Josiel Machado. Bibliotecas no Brasil: um olhar histórico. Revista brasileira de biblioteconomia e documentação, São Paulo, v. 6, n. 1, p. 50-61, jan./jun. 2010. Disponível em: <https://rbbd.febab.org.br/rbbd/article/view/132/168>.Acesso em: 19 mai. 2016. ALVES, Jorde. Biblioteca São Paulo/Aflalo & Gasperini Arquitetos. Archdaily, março 2012 <http://www.archdaily.com.br/br/01-38052/biblioteca-sao-paulo-aflalo-e-gasperini-arquitetos> Acesso em 09/03/2016 GASPERINI, Aflalo Equipe. Biblioteca de São Paulo. Blog, Projetc. <http://aflalogasperini.com.br/blog/project/biblioteca-de-sao-paulo/> Acesso em 10/04/2016 CALLIARI, Mauro. O Parque da Juventude. O Poder da ressignificação. Projetos, São Paulo,14.162,Vitruvius, julho 2014 <http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/14.162/5213> Acesso em 09/03/2016 MELLO, Tais. Biblioteca São Paulo. Projeto. <http://www.galeriadaarquitetura.com.br/projeto/aflalogasperini-arquitetos_/biblioteca-sao-paulo/58> Acesso em 10/03/2016 BARROS, Moreno. Biblioteca de São Paulo Carandiru. Fevereiro 2010 < http://bsf.org.br/2010/02/07/biblioteca-de-sao-paulo-carandiru/> Acesso em 10/03/2016


CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÀCIO UNISEB- RIBEIRÃO PRETO

MOVIMENTO DAS LAJES, ACOMPANHADO PELA RAMPA DE ACESSO EM AMARELO E MURAL DE GRAFITI. VISTA DA RUA AFONSO MARTINÊS NEGRÃO.

VISTA DA RUA GUIANA INGLESA E PRINCIPAL ACESSO


+2,00

Projeção Cobertura da rampa de Policarbonato

CA

+1,50 +1,00 +0,50 +-0,00

+5,00

AREA DESTINADA APRESENTAÇÕES

Linha Projeção da Cobertura do Segundo Pavimento

A

RU GU

+4,00

A

N IA G IN

CB +-0,00

SA

LE

+3,00

Linha Projeção da Cobertura do Primeiro Pavimento

+-0,00

+2,00

+-0,00 AREA DESTINADA APRESENTAÇÕES

+-0,00

+0,50 +1,00

CB

+1,00

CA

+-0,00

+-0,00

N

O

M O S N O F RUA A

à R G E N Z ARTINE

PROJETO MIDIATECA ALUNO:

ORIENTADOR:

MARCELA CARVALHO BOCARDO MERIGO

MARCELO CARLUCCI

INFORMAÇÕES:

TRABALHO FINAL DE GRADUÇÃO DO CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO - ESTÁCIO UNISEB ASSUNTO:

FOLHA:

PLANTA TÉRREO

01 DATA:

ESCALA:

29/11/2016

1:200


CA

Projeção Cobertura da rampa de Policarbonato

+5,0

0

Linha do guarda- corpo de vidro Linha Projeção da Cobertura do Segundo Pavimento

RU A GU IA

+4,00

NA

SAC ADA +5,0 0

G IN

CB

SA

LE

+3,00

+5,

50

AC

ER V +5,0 O 0

Linha do guarda- corpo de vidro Fechamento em vidro

SE S INF SÃO AN TIL

+2,00

Fechamento em vidro

SAC A

DA +5,0 0

Linha Projeção da Cobertura do Segundo Pavimento

+5 ,5

0

SAC

ADA +5,0 0

CB +1,00

CA

Linha do guarda- corpo de vidro

Projeção Cobertura da rampa de Policarbonato

N

RUA AFO

O Ã R G E N Z E N I T R A NSO M

PROJETO MIDIATECA ALUNO:

ORIENTADOR:

MARCELA CARVALHO BOCARDO MERIGO

MARCELO CARLUCCI

INFORMAÇÕES:

TRABALHO FINAL DE GRADUÇÃO DO CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO - ESTÁCIO UNISEB ASSUNTO:

PLANTA PRIMEIRO PAV.

FOLHA:

02 DATA:

ESCALA:

29/11/2016

1:200


CA

Linha do guarda- corpo de vidro

Vista Cobertura da rampa de Policarbonato

+8,

80

A RU

+8,

N IA GU

80

AD

M +8,

A

CB

Fechamento em vidro

MA

ES

NU TEN ÇÃ O +8, 80

GL

Linha do guarda- corpo de vidro

IN

+8, 80 FO YE R EX PO / SIÇ ÃO

80

+9,

A

20

+8, 80

BH

-F

AU DI +8,TÓRI 80 O

+8, 8

0

+9, 50

BH

-M

AP

OIO

+8,

80

Linha Projeção da Laje Cobertura

S.E

SP +8, ERA 80

FO Y EX ER/ PO SIÇ Ã

O

+8,

Linha do guarda- corpo de vidro

+8,

80

80 Fechamento em vidro

CB

CA

Linha do guarda- corpo de vidro

N

M O S N O F RUA A

ÃO R G E N Z ARTINE

PROJETO MIDIATECA ALUNO:

ORIENTADOR:

MARCELA CARVALHO BOCARDO MERIGO

MARCELO CARLUCCI

INFORMAÇÕES:

TRABALHO FINAL DE GRADUÇÃO DO CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO - ESTÁCIO UNISEB ASSUNTO:

PLANTA SEGUNDO PAV.

FOLHA:

03 DATA:

ESCALA:

29/11/2016

1:200


CA Vista Cobertura da rampa de Policarbonato

A

RU N IA

GU A

+12,60

CB

ME AB ILIZ

E GL IN

LAJ IMP E ER

AD

A

SA

CA

CB

N

S N O F A A RU

O Ã R G E N Z E N I T R A OM

PROJETO MIDIATECA ALUNO:

ORIENTADOR:

MARCELA CARVALHO BOCARDO MERIGO

MARCELO CARLUCCI

INFORMAÇÕES:

TRABALHO FINAL DE GRADUÇÃO DO CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO - ESTÁCIO UNISEB ASSUNTO:

FOLHA:

COBERTURA

04 DATA:

ESCALA:

29/11/2016

1:200


3,0

+12,60

3,0

+8,80

+5,00

4,2

+2,00

+0,00

+0,00

CORTE A-A

3,0

+12,60

+8,80

3,0

0,80

+8,80

+5,00

4,2

+5,00

+1,00 +0,00

CORTE B-B

FACHADA VOLTADA PARA A RUA AFONSO MARTINÊS NEGRÃO

PROJETO MIDIATECA

FACHADA VOLTADA PARA A RUA GUIANA INGLESA

ALUNO:

ORIENTADOR:

MARCELA CARVALHO BOCARDO MERIGO

MARCELO CARLUCCI

INFORMAÇÕES:

TRABALHO FINAL DE GRADUÇÃO DO CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO - ESTÁCIO UNISEB ASSUNTO:

FOLHA:

Cortes e Fachadas

05 DATA:

ESCALA:

29/11/2016

1:200


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