THE ART
arch+art+cult+design+life
MODA SUSTENTÁVEL, CONSCIENTE, COM VALOR SOCIAL E ECONÔMICO
S UMĂ RIO
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Estilo dos anos 90
06 Cinema + Moda
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Point charmoso Arte na Quitanda
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10 Capa THE ART Ano 11 Vitória Moda
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Mulheres no mercado, o empreendedorismo feminino: O rolê é delas
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Tendência Slow Fashion
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Mundo Décor CasaCor
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EDITORIAL
Expressões artísticas
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ara começar essa edição que nasceu de uma ideia de projeto de conclusão de curso, a intenção abrange muito mais do que um trabalho de faculdade, mas a vontade de valorizar as formas de expressão artística. Um projeto que reúne arte, seja ela, moda, arquitetura, cinema, música e histórias. Nesta edição de The Art você vai descobrir por que a semana de moda capixaba cresce a cada edição e como o maior evento do segmento no Estado já é comparado com os grandes fashion weeks. O Vitória Moda é o responsável por lançamentos de tendências, marcas e carrega a responsabilidade social e econômica. Além disso, promove espaço para a moda como protesto. Propondo reflexões sobre problemáticas sociais. Entre as páginas 08 e 14, esse universo fashion vai preencher a leitura da nossa revista. Talvez você ainda não saiba, mas falando em tendências, o empreendedorismo feminino está cada dia mais forte e ganhando novas empresárias. Mulheres corajosas e cheias de vontade de arregaçar as mangas e fazer um novo negócio acontecer. Nas páginas 16 e 17 você vai conhecer quatro mulheres determinadas e criativas para o mercado de trabalho. Ainda teremos um apanhado do trabalho em conjunto do universo fashion e a indústria da cinema na página 04. O
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cinema servindo de vitrine e sendo inspiração para as trends, como por exemplo, a volta do estilo noventinha, na página 05. Para quem curte um point, juntando gastronomia, música e cultura, na página 06 você irá conhecer o Arte na Quitanda: um mercado de ideias. A revista The Art produziu uma reportagem sobre o comportamento de alguns consumistas. O slow fashiom e as novas maneiras de compra, com o consumo consciente e em brechós. Para aprender a tornar as compras mais sustentáveis, leia as páginas 20 e 21. Para finalizar a leitura desta edição, nas páginas 22 e 23 reunimos algumas tendências da Casacor 2018. As novidades do mercado de arquitetura e desing. Boa leitura!
Marcela Cota marcelacota01@gmail.com
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C ULTURA
CINEMA X MODA: das telonas para as ruas, ou vice-versa?
O universo fashion e a indústria do cinema atuam juntos divulgando e lançandos novas tendências no mundo
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indústria do cinema e as tendências de moda sempre andaram juntas. O universo fashion reflete os movimentos sociais da humanidade, as revoluções culturais, tecnológicas e científicas. Já o cinema transforma-se em uma grande vitrine para o as mudanças e novos estilos. Em contrapartida, o cinema pode ser o estreante. Exerce influência na moda e lança tendências que inundam as passarelas e as ruas. A invenção dos irmãos Lumière que tinha como principais funções registrar e narrar histórias, se tornou fonte de pesquisa de moda, devido as valiosas imagens registradas. A questão é que de fato, a moda e o cinema influenciam e inspiram pessoas de diferentes formas. O estudante de publicidade e propaganda, Guilherme Melo, 21 anos, é um exemplo disso. Para o estudante, alguns filmes o inspiraram em diferentes momentos da vida. ‘’ Quando eu tinha idade entre 15 e 14 anos, era muito imerso na cultura americana e os filmes que me inspirava eram os que retratavam a cultura de alguma forma. Como por exemplo, Sex and the City, Mean Girls e As Patricinha de Beverly Hills’’, contou. Entre os filmes que fazem parte da lista de Guilherme, também está o documentário da Vogue The September Issue, que o ajudou na escolha da faculdade de publicidade. ‘’Eu gosto muito do documentário e ele foi essencial para eu me encontrar. Eu sabia que queria trabalhar com moda, mas não sabia exatamente que cadeira da moda eu queria ocupar’’, analisou. Para o estudante, o cinema também ocupou papel fundamental no amadurecimento. Ele explicou que começou
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a estudar outras gerações e conheceu o cinema clássico. ‘‘Um filme que me inspira muito e é um clássico da moda e do cinema, é o Bonequinha de Luxo. Eu assisti quando estava mudando muito meu estilo. Vejo que o cinema entrou num contexto de amadurecimento na minha vida’’, afirmou. O filme Bonequinha de Luxo também foi responsável por inspirar o pretinho básico da Chanel e as joias da Tiffany. Histórico ‘’A apropriação e troca entre moda e cinema são constantes. Uma atuação atrelada’’, é o que afirma a professora do curso de Design de Moda da Faesa, Juliana Zucolloto. Para Juliana , se atualmente os lançamentos tem muito o envolvimento do jovem da cultura Pop, até a década de 40 o cinema e a forma dos pais se vestirem era a influência. ‘’ Antes não existia esse jovem, eu brinco que era o adulto incompleto, se analisar os filmes da década de 40, os garotos de 15 e 14 anos, se vestiam igual ao pai, de terninho. A partir da década de 50 o jovem muda, aparece o jovem se rebelando. Ele ainda usa terno e gravata, mas joga uma jaqueta de couro e usa o terno desarrumado’’, contou. Em uma produção de moda para uma nova coleção, os designers pesquisam muito sobre os figurinos de filmes de décadas passadas. ‘‘Os estudos sobre o passado é bem presente na rotina de produção de moda’’, explicou. A professora contou que em 2016 os alunos do curso de Design de Moda realizaram um desfile inspira-
Guilherme Melo tem referências de vários filmes para compor os looks
Desfile de alunos inspirado no filme ‘‘Bonequinha de Luxo’’
A apropriação e troca entre moda e cinema são constantes. Uma atuação atrelada! do no cinema. Ela explicou que foram peças inspiradas em 19 filmes, entre eles: Bonequinha de Luxo, Valente, Titanic, Frida, Elizabeth, entre outros. Referências Um série de muito sucesso entre os brasileiros e repleta de referências nostálgicas dos anos 80, Stranger Things, conta com influências da época desde os figurinos, efeitos estéticos e visuais e até a trilha sonora que lembram os sucessos de bilheteria da década. As tendências são adotadas e a série contribui para a disseminação do estilo e da cultura pop dos anos 80. As peças que completam os looks oitentistas são as t-shirts, macacão, jaquetas amplas, tênis, sobreposições, minissaia, listras, roupas de cintura alta e as calças mom jeans.
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CULTURA
O estilo de se vestir dos anos 90 inspiram muitas fashionistas
A moda dos anos 90 com a forma de se vestir mais minimalista e com shapes discretos é a tendência da vez, inspirando fashionistas de todo o mundo. Mon jeans e t-shirts são as peças mais usadas
A publicitária Maria Fernanda Lamego não dispensa o estilo da época
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década da moda, noventinha, volta como tendência e a onda retrô revisita a nova geração. Na memória, sobreviveram as referências desse período caracterizado por uma mistura de desconstrução, liberdad e rebeldia. Fanshionistas Mesmo para aqueles que não se lembram muito da década e das tendências, atualmente não abrem mão do estilo. A estudante de Jornalismo, Ana Julia Chan, 22, nasceu no ano 96 e assume o gosto pela modo de se vestir noventinha. Para ela, o que mais atrai é a versatilidade, a possibilidade de unir o simples e prático ao elegante. ‘’Você coloca um mom jeans com uma camiseta e pode ir tanto para a faculdade quanto para um aniversário, por exemplo. Basta colocar um óculos de sol mais bacana, um salto mais descolado ou investir em um colar que o look muda completamente’’, explicou a estudante. Ana Julia contou que as peças que mais gosta são os óculo de sol e as cal-
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ças jeans. ‘’Eu amo cintura alta e todas as lavagens possíveis, acho que deixam as mulheres mais elegantes, de um modo geral. E os óculos de sol não podem faltar... A composição que eles proporcionam ao look é fundamental! Além dessas peças, também tem os tênis, que eu sou apaixonada. No meu guarda-roupa tem mais tênis do que qualquer outra coisa. Eu amo desde sempre, porque conforto é tudo, pra mim, no quesito ‘se vestir’ ’’, ressaltou. Os filmes cumprem um grande papel na construção de uma trend e se tornam referências e inspirações no universo da moda. A fashionista Ana Julia ainda disse que para ela a série Friends é uma grande referência e influência para os looks. Ela explicou que o jeito despojado e noventista das personagens, Rachel, Pheabe e Mônica se vestirem é uma mistura do simples e discreto que adora. ‘’ Na série dá pra gente ter uma noção de looks tanto para ficar em casa quanto para ir a um jantar romântico’’, afirmou. A publicitária Maria Fernanda Lamego, 28, não dispensa utilizar as tendências na década nos looks. Para ela,
Ana Julia também ama peças 90´s
as peças mais icônicas e que fazem uma releitura do estilo da época, são: as calças jeans de cintura alta no estilo Mon, as t-shirts, a lingerie à mostra em blusas transparentes e a jaqueta de couro. ‘’Eu também gosto muito da meia-calça preta, chinelo slide, as boinas e até da pochete que foram repaginados para os dias atuais’’, contou. Fases Juliana Zucolloto, professora do curso de Desing de Moda, explicou que a moda é um ciclo que sempre revisita e remodela o estilo do passado. ‘’Hoje em dia vemos tantos adolescentes que nem viveram a década de 90 e usam as mesmas peças que nós usávamos nas ruas durante nosso dia-a-dia. É assim que funciona e posso dizer que o estilo noventista veio para ficar’’, comenta. A professora também analisa como em outros momentos a tendência veio de outras décadas. ‘’Os vestidos da década de 20 foram a sensação nos anos 60 e o jeito de se vestir do hip hop oitentista inspirou o estilo de 2010’’, ressalta o ciclo da moda.
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Encontro de designers, artesões e publicitários O evento é uma combinação de arte, decoração, moda, beleza e gastronomia em um point bem charmoso no Parque das Castanheiras
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rte, estilo, gastronomia, música e artesanato fazem parte de uma feira em Vila Velha. ‘‘Arte na Quitanda: um mercado de ideias’’ é um encontro mensal de artistas e designers em um mercado artesanal de idealizações, mimos, sabores e estilo que promove a interação entre empreendedores e público. O evento é uma combinação de arte, decoração, moda, beleza e gastronomia em um point bem charmoso no Parque das Castanheiras, na Praia da Costa. Com uma proposta inovadora, amplia as relações de compra e venda, fomenta a economia criativa e incentiva o empreendedor individual a desenvolver e aprimorar o trabalho. Para a publicitária e idealizadora do Arte da Quitanda, Carla Carvalho, 46, o objetivo da feira é fomentar a cultura do Estado e apresentar os talentos capixabas por intermédio do mercado de ideias. ‘‘Muitas pessoas que participam da feira estão começando, vendem produtos pela internet, são microempreendedores individuais -MEI- e mostram alternativas de produtos legais que não são made in China’’, explica. A ideia da feira surgiu em uma conversa entre amigos publicitários e recém-desempregados. ‘‘Na primeira
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edição éramos em maioria publicitários. Na segunda, juntaram-se a nós fotógrafos, artistas e designers. A cada edição o leque se amplia e muitas pessoas de diferentes segmentos querem participar’’, conta Carla. Inovação Para muitos expositores, a feira funciona como uma vitrine. É o exemplo da publicitária Débora Aquino, 36. Ela conta que nos dias em que acontece a feira é a oportunidade de expor todo o trabalho. ‘‘Aqui é o momento que converso com meus clientes, vejo a reação dele quando experimentam meu produto, faço muitos contatos que resultam em vendas pós-evento’’, ressalta. Débora foi uma das idealizadoras do mercado de ideias e participa desde a primeira edição. Para ela, o grande diferencial é o handmade - feito a mão -, a arte feita manualmente. ‘‘A feira não é uma revenda de produtos, não compramos para revender. Todos os produtos são feitos com um toque artesanal’’, completa a publicitária. O mercado de ideias chama a atenção de diversas pessoas, assim como da artista plástica Maria Helena Gehardt, conhecida como Meg, 60, que acha fantástico os princípios e objetivos da feira. ‘‘Eventos culturais são sempre importantes, acho
que a parte cultural nós temos que aumentar cada vez mais, para que as pessoas tenham acesso à cultura e mais pessoas enxerguem o que agrega valor a tudo isso’’, afirma Meg. A artista plástica conta que se interessou pela feira devido ao diferencial, o estilo artesanal. ‘‘Fiquei entusiasmada em conhecer a feira pela conceito de aliar o artesanato, com a cultura, música, gastronomia e um ambiente familiar. Isso é bem diferente em relação às outras feiras e principalmente pelo contato direto com quem produz e quem compra’’, pontua. Para Joel Rangel, servidor público, 39, a feira possui originalidade. ‘‘A ideia sai um pouco daquilo que é comum e com variedades de produtos, mostrando o artesanato capixaba’’, explica Rangel. Ele ainda afirma que a Arte na Quitanda além de ser um local de exposição dos produtos produzidos artesanalmente, é também um encontro de troca de experiência com outras pessoas. O servidor público comenta que a feira deveria acontecer mais vezes e ser itinerária, ir para outros pontos da cidade. ‘‘Seria uma ótima ideia se o mercado de ideias visitasse outros bairros e quem sabe somar nos encontros de food truck’’, ressalta. Rangel ainda enfatiza que apresentações como de poemas iriam agregar valor para a cultura do Estado e para o evento. Economia criativa A programação tem objetivo de promover a cultura, arte e economia criativa - pessoas que fazem os próprios produtos. O mercado impulsiona a economia criativa, divulga e transmite ao público novos talentos.
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MENINAS DO RIO NOVEMBRO 2018
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VITÓRIA MODA
Responsabilidade social e econômica O vitória Moda é o principal evento regional do segmento de moda do Estado e a cada ano se consolida como referência no país Texto: Marcela Cota
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ma vitrine para o setor de confecção capixaba, o Vitória Moda, cresceu e se tornou uma semana de moda. Na 11ª edição do evento, com o tema ‘’Praia Urbana: Mar, Rua, Cores e Pessoas”, a programação movimentou a indústria têxtil do Estado. Para o Presidente da Câmara Setorial da Indústria do Vestuário, José Carlos Bergamin, 28 marcas participantes do evento lançaram coleções, com a meta de gerar R$ 25 milhões em volume de negócios. Bergamin ressaltou que a escolha do tema foi na analise do setor de moda que emprega mais de 13.700 pessoas no Espírito Santo. ‘’Como o Espírito Santo é um estado com litoral extenso, diversas produções são feitas no estilo tropical, assim optamos por este mote para dar mais oportunidades para diversas marcas participarem’’, pontuou. O Vitória Moda é o principal evento regional do segmento de moda do Estado e a cada ano se consolida como referência no país. ‘’O evento já é considerado do mesmo porte ou até melhor do que os eventos nos endereços tradicionais de moda no Brasil: São Paulo Fashion Week,
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Fashion Rio e Minas Trend. Porque o evento é persistente, ele muda e por isso nós já estamos na 11ª edição. Nunca foi o evento do ano anterior, sempre atualiza, sempre apresenta novos conteúdos e diferenciais’’, ressaltou. Fortacelimento Bergamin afirma que por trás do Vitória Moda existe um setor forte, com relevância para a sociedade, com geração de emprego, riqueza e bens. Em uma semana, o Vitória Moda fortalece as marcas, o conteúdo criativo e o design capixaba. Bergamin contou que com o evento os produtos saem do Estado e vão para o mundo, graças às novas forma de se comunicar. O fortalecimento das marcas e do design criativo capixaba acontece pela oportunidade de qualificação no mercado. O presidente afirmou que em um momento em que tudo é a automação e muita tecnologia, o setor gera emprego, aprendizagem
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e conhecimento. ‘’cada máquina tem uma operadora. Então o setor não tira emprego, ele qualifica o operador por meio de equipamentos mais modernos, completa.
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Novidade para a moda resort wear Coleção da Mahé foi inspirada no Valée de Mai, uma reserva cheia de riquezas naturais do arquipélago de Seychelles, no norte da África, Oceano Índico
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om alusão às costelas de adão, leque e ao floral exótico, Mahé chegou às passarelas e ao mercado de resort wear. A aposta foi a essência de uma marca que veste mulheres sofisticadas e sensuais. Para a empresária da marca, Keila Fabres, são peças trazidas nas bagagens de mulheres viajadas e roupas usadas em praias paradisíacas, resorts e podem ser adequadas do estilo praia para as ruas. A coleção foi toda inspirada no Valée de Mai, uma reserva natural do arquipélago de Seychelles, no norte da África, no Oceano Índico. A empresária explicou que a natureza do arquipélago é exuberante, com riqueza de flores endêmicas e, segundo os nativo, ali teria sido o palco do lendário Jardim do Éden. Local que inspira e revela a beleza de uma das estampas confeccionadas, a Costela de Adão. As cores vibrantes criam conexão com os anos 90 e o tropical revisitado com as cores mais sofisticadas - o contraste entre o preto, vermelho, amarelo e verde água. Já o Floral Exótico expressa elegância do mix de flores. Keila definiu como uma estampa de tirar o fôlego. Outra estampa foi o redesenho de um Leque com o contraponto moderno e geométrico. Estampa que lembra uma famosa espécie de palmeira da reserva. Para a empresária, Keila, a cartela de cores, composta pelo vermelho e o amarelo foi pensada para a tendência da nova temporada. O verão 2019 da Mahè também se completa com o preto e o peróla. Estreia A marca foi lançada no ano 11 do Vitória Moda, maior evento do Estado e palco ideal para lançamentos e novidades. A semana de moda capixaba é um espaço para a estreia de marcas, além de ser o maior evento de moda do Estado. Na 11ª edição, a marca apresentou em primeira mão o conceito da primeira coleção. A empresária finalizou expressando gratidão pela equipe do evento. ‘’Foi uma ótima experiência. Eles são muito competentes no que fazem e dão importância para as pequenas marcas que estão começando. Foi muito prazeroso participar’’, ressaltou.
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RECORDISTA NA 11ª SEMANA DE MODA CAPIXABA Com o sonho de ser modelo internacional, Nicolly Dalprá, mostrou o talento nas passarelas em dez desfiles e a única modelo feminina da Konyk momento que Nicolly se interessou pelas passarelas e com o tempo passou a vê-la como uma profissão. Carreira Mas se engana quem pensa que a vida de modelo é puro glamour. Estudo e preparação são constantes. Esse ano participar de todos esses Ela explicou que quando é cha- desfiles foi a realização de uma mada para uma conquista. É surreal para mim campanha é necessário pesquisar referências e variações de poses daquilo que a marca que expressar nas fotos. ‘’Não é apenas ser um rosto bonito. Me preocupo com meu corpo, saúde e tenho o cuidado durante uma sessão, se o resultado está saindo como esperado’’, completa. No ano 11 do Vitória Moda, a modelo mostrou o talento nas passarelas em dez desfiles e a única modelo feminina da Konyk. ‘’Foi incrível ser recordista e eu sempre faço o meu melhor. Esse ano participar de todos esses desfiles foi a realizaçao de uma conquista, é surreal para mim ter chegado até aqui’’, relembra.
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Futuro A modelo espera se destacar mais nos próximos trabalhos e crescer na profissão. Um dos sonhos é a carreira internacional. ‘’Tem muita coisa em jogo. Tem a faculdade, a vida aqui. Mas eu pretendo viajar e é um planejamento para um futuro próximo’’, finaliza.
Hagazzo
A modelo presente na maioria dos desfiles do Vitória Moda, Nicolly Dalprá é sucesso garantido em todas as campanhas. Com 19 anos, foi a recordistas do evento e contou sobre o trabalho de formiguinha para conseguir sucesso na carreira. A modelo participou pela primeira vez de um desfile como modelo aos 14 anos. Ela foi convidada por uma amiga para desfilar em um evento de noivas. Nicolly conta que foi nessa ocasião que um booker a encontrou. ‘’Até então não tinha contrato com nenhuma agência e fiquei um tempo nessa empresa falsa. Somente um ano depois a Hagazzo me achou pelo facebook e estou lá até hoje’’, comenta. Somente aos 13 anos começou a pensar em ser modelo. ‘’Quando assisti pela primeira vez o desfile da Victoria Secrets eu falei: ‘‘Meu Deus quero ser modelo’’, relata. Só a partir desse
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‘’De saia justa ou calça, a escolha é da mulher’’ Para as empresárias da marca, a forma como vai demonstrar quem é para o mundo depende apenas de uma pessoa: ela mesma O universo fashion muitas vezes é o responsável por ditar padrões de beleza e regras excludentes. Por outro lado, para representar a luta diária das mulheres, as empresárias Bia e Nazaré Comério apresentaram um retrato da luta pela igualdade ao longo dos anos. O desfile na semana de moda capixaba mostrou a história feminina desde o século XIX. A coleção intitulada ‘’Empoderadas sim, porque não?”, trata as questões do feminismo em um desfile protesto. Além disso, passa pelo clássico, chega ao moderno e é definida como uma apresentação girl power. Por meio da coleção, a Hagaef produz discursos que se comunicam de determinadas formas, determinados fins e tempos. Desfile O primeiro bloco da apresentação mostrou um apanhado do século XIX com mulheres em gaiolas como marionetes ‘’Com espírito romântico, quando as mulheres ainda viviam extremamente submissas e silenciadas, a vestimenta relata uma condi-
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ção de marionete dos homens e de toda a sociedade’’, ressaltou a estilista da marca Nazaré Dalvi Comério. Em seguida, logo, pós-guerra, a moda feminina revela-se com roupas retas, não modelam o corpo, estruturadas, sem fluidez e o espartilho perde espaço. Começa uma nova fase, a chegada do jeans e a busca pela liberdade. E início de uma conquista no mercado de trabalho. É tempo dos macacões! Na passarela, a história continua. Chega o último bloco que revela o contexto em que a mulher sente-se mais livre para ser quem quiser. Diante dos novos movimentos comportamentais, as roupas expressam os desejos. Mudanças Com a internet, as mulheres ganham voz ativa e o até então desconhecido feminismo ganha adeptas engajadas na busca pela igualdade, liberdade e quebra de padrões. ‘’A luta pelo empoderamento feminino traz looks onde o corpo é explorado de forma sutil e valorizado sem discriminação de forma, raça, cor ou estilo de vida’’, completa.
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Backstage: onde a mágica começa Quem assisti aos desfiles nem sempre imagina a correria e a quantidade de pessoas envolvidas antes da apresentação nas passarelas. A estudante de Jornalimo, ela conta da paixão pelos backstages
Há muita magia nos desfiles de moda, mas é no backstage, onde poucas pessoas tem acesso, que de fato, a mágica acontece. Para que tudo saia da melhor forma, pontualmente e com sucesso, existem muitas pessoas envolvidas, no trabalho de organização. O que acontece por trás, é realizado por maquiadores, modelos, cabelereiros, responsáveis pelas marcas e assistentes de backstage. Para a estudante de jornalismo,
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Carmen Oliveira, 21, sentir um pouquinho da emoção no backstage, é sempre uma das melhores partes. ‘‘Ver o que acontece por trás dos desfiles é, sem dúvida, a minha parte preferida de participar de eventos como o Vitória Moda. Após trabalhar em algumas edições, acabei formando amizades com várias pessoas que trabalham para fazer tudo acontecer, como os maquiadores e cabeleireiros. Toda vez que a gente se encontra
é uma festa e isso faz o trabalho ser muito mais fácil. Acho que a mágica dos bastidores é essa: ver várias pessoas apaixonadas pelo que fazem e super empenhadas para fazer tudo dar certo’’, contou.
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o rolê é delas
De acordo com o levantamento mundial, realizada pela Global Entrepreneurship Monitor (GEM) mais da metade dos novos negócios abertos em 2016 foram fundados por mulheres
Julliana Chan e Luany Campista são arquitetas e sócias da empresa Colmeia Engenharia. As irmãs Estella Nice e Cecília Rute possuem uma loja no instagram com peças do vestuário feminino
Em um cenário de constante desenvolvimento, as mulheres têm ganhado espaço no empreendedorismo. Cada vez mais ganham força no mercado devido a criatividade, inovação, representatividade e pela flexibilidade no negócio. Em termos numéricos, as pesquisas mostram crescimento expressivo. Uma pesquisa realizada pela Global Entrepreneurship Monitor (GEM) em parceria com o Sebrae, em 2017, apontou um crescimento do empreendedorismo feminino de 15,4%. Uma das justificativas para a entrada da mulher no mercado empreendedor é a necessidade de complementar a renda familiar. De acordo com o levantamento mundial, mais da metade dos novos negócios abertos em 2016 foram fundados por mulheres.
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Para o economista Mário Vasconcelos, é muito importante a carreira das mulheres no empreendedorismo que estão cada vez mais antenadas e pesquisando mercado de atuação. Ele contou que as mulheres devem colecionar experiências, com cora-
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gem, criatividade, gerar lucros, empregos e renda. ‘’Quando alguém começa um negócio, na pior das hipóteses está gerando emprego e essas personalidades femininas estão inovando e de olho nas novas característica de mercado’’, explicou. Mário Vasconcelos acredita que o empreendedorismo feminino está se tornando uma tendência. ‘’Há um tempo as mulheres sonhavam em fazer uma faculdade, trabalhar para o Estado, mas com as mudanças trabalhistas, reforma na previdência, as mulheres estão mudando de ideia’’, ressaltou. Além disso, o economista explicou que muitos estudos apontam o aumento no PIB brasileiro. Isso deve acontecer nos próximos anos pelo fortalecimento dos incentivos às empresas, microempresas e em-
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COMPORTAMENTO preendimentos de pequeno porte. Empreendedoras Existem exemplos de empreendedoras por necessidade, inspiração e pode ser por geração também. É o exemplo das irmãs Estella Nice, 20, e Cecília Rute, 18. Elas convivem com o empreendedorismo desde criança e aprendem no dia-a-dia com os pais, que são empresários. Estella e Cecília começaram ainda na adolescência colocar tudo que aprenderam com os pais em prática. As estudantes possuem uma loja no instagram com peças do vestuário feminino. Para as jovens empreendedoras a importância está no amadurecimento, crescimento e na consciência dos fatores econômicos. ‘’Meu pai tem uma história de vida que incentiva as pessoas a procurarem o amadurecimento e independência, e no caso dele não incentivou só a mim, mas também a minha irmã’’, completou Julliana Chan e Luany Campista também decidiram iniciar o próprio negócio. Elas são arquitetas por formação e há um ano criaram a empresa Colmeia Engenharias. Julliana contou que a principal motivação foi depois de sentir uma carência no mercado capixaba. senti uma carência no mercado da Grande Vitória de uma empresa que tivesse comprometimento em executar os meus projetos com excelência’’, ressaltou. A aptidão ou talento em ser empreendedor pode ser um fato muito claro para algumas pessoas, mas o pontapé para iniciar a empresa também pode ser uma difícil decisão. Para Julliana, a decisão foi acompanhada de dois anos de planejamento para sair do emprego. ‘’Fiquei planejando para ter coragem. É muito difícil porque quando tenho emprego fixo independente do rendimento da empresa eu tinha o meu salário fixo, tinha décimo terceiro e férias. Agora com a empresa mesmo sem o faturamento esperado, eu tenho que cumprir com todos os meus pagamentos’’, comentou. Mulher empreendedora Considerando o passado histórico das mulheres, como elas eram
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Nesse novo cenário demonstra uma maior autonomia, independência e liberdade das mulheres vistas pela sociedade e qual papel social ocupavam, elas consideram um fato importante o índice de empreendimentos iniciados por personalidades femininas. ‘’É de extrema importância, tendo em vista que historicamente os cargos importantes eram ocupados na maioria das vezes por homens e nesse novo cenário demonstra uma maior autonomia, independência e liberdade das mulheres’’, analisa a arquiteta Julliana. Desafios Os desafios são presentes e apesar do fato de que das mulheres ganharam muitas batalhas para ter um cargo no mercado de trabalho, ainda há dificuldades. A arquiteta contou que já passou passou por duas situações. ‘’Nunca tinha acontecido, mas em uma obra recente nós notamos que o nosso cliente só se dirigia ao nosso funcionário, que é o nosso encarregado de obra. Em um outro caso, nós tínhamos um cliente com o perfil autoritário e intimidador. Ficamos os primeiros meses sem saber como lidar, mas
mudamos a nossa postura e a obra foi entregue com tudo certo’’, explicou. Gestão Outro desafio e dificuldade para as empresárias foi lidar com a gestão do negócio. ‘’Nós saímos da academia com título de arquiteto Urbanista e ser empreendedor é muito novo. Lidar com a gestão, contabilidade, administração foi um desafio muito grande. Além disso tem sido uma dificuldade encontrar mão de obra qualificada’’, comentou Julliana. Para a abertura de uma empresa, o primeiro passo é o planejamento do novo empreendimento. As arquitetas Julliana e Luany explicaram que fizeram um plano de negócios e pesquisaram o mercado de arquiteturam que elas queriam atuar. ‘’Nós executamos 14 obras. Mas nós temos uma reunião semanal e nessa reunião nós sempre tentamos rever os nossos planejamentos e também avaliamos tudo que foi executado para ver se esse caminho realmente está sendo vantajoso’’, completa.
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COMPORTAMENTO
O movimento slow Fashion e o consumo consciente e sustentável
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Lilian Brandão é uma das sócias da marca Avonts que possui uma das vertentes a bandeira Slow Fashion
O slow fashion tem o intuito de valorizar a diversidade, priorizar os produtos regionais, promover a consciência socioambiental e mantér a produção entre pequena e média escala
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á que escolha uma marca pela reputação no mercado, pela indicação de amigos e até pelas bandeiras que a empresa carrega. O movimento slow fashion está chamando a atenção de muitos consumidores que adotam a alternativa socioambiental mais sustentável no universo da moda. A prática do slow fashion valoriza a diversidade, prioriza os produtos regionais, em vez dos globais, promove a consciência socioambiental e mantém a produção entre pequena e média escala. A jornalista Barbara Caroline, 22, é um exemplo da escolha pela prática em compras conscientes. A jornalista contou que há quase dois anos começou a visitar os brechós da cidade e da internet. ‘’Não é fácil, tem que garimpar. Minha principal dica é ter paciência e ir às compras com algo em mente para não se perder e fazer compras compulsivas. Essa não é a ideia, o intuito é compras sustentáveis e consciente’’, ressaltou. Barbara contou que sempre gostou de peça vintages e do estilo das modelos das décadas de 40 e 50, as Pinapes. ‘’Sempre gostei de peças mais acinturadas, de cintura alta, peças que fossem de poá, das badanas, amarrações de cabelo’’, explicou. Pelo gosto pelas
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peças e um estilo que não se encontra fácil em lojas, Barbara encontrou em brechós o estilo que a interessava. Com a meta de conseguir comprar somente peças de brechós, Barbara comentou que a moda sempre foi uma válvula de escape e uma forma de se expressar. ‘’Pesquiso muito sobre moda e por consequência passei a ter essa consciência. Não compro mais qualquer coisa, hoje eu busco alternativas’’, relatou. O que mais chama a atenção da jornalista pelas compras em brechós é a exclusividade. ‘’Eu gosto também pelo fato de serem peças versáteis, roupas que me permitem fazer muitas combinações. O meu slow fashion é muito mais aproveitar o que tenho no armário do que as compras em brechós. Percebo que as pessoas estão preocupados com estilo, novas tendências, mas não pensam em adaptar, fazer novas combinações com o que já tem’’, contou. Capixaba Para os consumidores capixabas há quatro anos a marca Avonts está no mercado carregando a bandeira do slow fashion. Lilian Brandão, estilista e sócia da marca contou que começou com a parceria com uma amiga durante uma pós-graduação no Rio de Janeiro. ‘’Decidimos mon-
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Fazer compras em brechós, reutilizar coisas que tem em casa, dar cara nova as coisas, tem ganhado muita força tar um e-commerce de t-shirts e deu super certo, mas no início não era muito falado e discutido questões de consumo consciente’’, explicou. Para a estilista, apesar da produção da marca ser pequena, elas ainda tentavam acompanhar o mercado e as tendências, mas perceberam que não concordavam com o estilo fast fashion. ‘’Percebemos que não era tão legal, percebemos que nós gostávamos de atender as clientes de uma maneira diferenciada, fazer produtos exclusivos e fazer sob medida. Quando começou a onda do slow fashion, vimos que nossa produção se encaixava’’, contou. Umas das características fortes da marca é a relação próxima e estreia com funcionários e clientes. Para Lilian é justamente isso que o movimento slow fashion permite. ‘’Dessa forma nós produzimos em pequena escala, nós fazemos pensando nas nossas clientes. Temos que analisar que as roupas não são descartáveis e uma preocupação deve ser sempre a poluição causada pela indústria têxtil’’, ressaltou. Brechós Mariana de Carvalho é sócia de um dos brechós no Espírito Santo, o Be Chic Brechó. Para Mariana, no mundo
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Blusa: R$ 15,00
Blusa: R$ 2,50
saia: R$ 4,00
Kimono: R$ 2,50
da moda, as pessoas têm consumido mais moda sustentável e em consequência disso, comprado mais em brechós. ‘’Esse movimento é consequência, primeiramente, porque o mercado de moda, a indústria têxtil é o segundo mais poluente do mundo’’, analisou. Mariana além do brechó, produz conteúdo para o blog e redes sociais, onde reúne quase 11 mil seguidores, mas ressalta que não faz apologia a não comprar em lojas. ‘’Eu ainda consumo em lojas, mas o consumo consciente, em relação a fazer compras em brechós, reutilizar coisas que tem em casa, dar cara nova as coisas, tem ganhado muita força’’, declarou. Marcas O mercado de uma maneira geral tem discutido mais esse movimento e formas diminuir a poluição. Mariana participou do último Moda Lisboa e contou que viu marcas grandes, de fast fashion, como por exemplo, H&M, Zara, dando ênfase no consumo sustentável. ‘’As marcas fazem
campanhas para os clientes levarem peças que tem no guarda-roupa e em troca disso tem desconto’’, explicou. Dentro desse parâmetro concorrendo com as grandes marcas existem os brechós. ‘’Percebo que é um problema ainda no Brasil. As pessoas tem vergonha de falar que compra em brechó. Dar movimento, dar uma nova cara e nova utilização para aquilo que você não usa mais é uma coisa que eu concordo muito’’, relatou.
Brechós capixabas - Be Chic Brechó - Bazar do asilo dos Velhos de Vitória - Bazar da igreja de São Francisco de Assis - Jardim da Penha - @x.umbrega - @popcloset THE ART 21
IN DESIGN
Mundo Décor
E
Designer Aline de Carli Moro em visita ao loft de Sergio Paulo Rabello
Com a temática ‘‘Casa Viva’’, a CASACOR chega a 23ª ediçao da mostra no Espírito Santo, reunindo conforto, requinte, modernidade e inovação no mundo do desing e da arquitetura
m sua 23ª edição, a Casacor reúne 34 ambientes projetados por um grupo com 50 profissionais e com o tema ‘’Casa Viva’’. Desde 1996, a CASACOR Espírito Santo apresentam aos capixabas uma mostra que promete expor o melhor do design de interiores, décor e da arquitetura no Estado, com muito requinte, modernidade e inovação. A mostra é comandada por Rita Rócio Tristão e já teve sede em Vitória e Vila Velha – tendo como endereço clubes, o antigo Forte, o convento, o Porto e casas históricas. A estreia em 1996, por exemplo, aconteceu em uma mansão na rua Bahia, em Vila Velha, que pertencia a família Meyerfreund, donos dos Chocolates Garoto – marca que é referência no Espírito Santo. CASACOR 2018 Os 34 ambientes expostos no Clube Álvares Cabral,
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em Vitória são: lofts, casas, lojas, espaços corporativos, restaurantes, espaços para festas e entretenimento, entre outros, objetos de desejo de todos os que amam viver bem, com conforto, funcionalidade e estilo. Os espaços foram assinados por renomados profissionais como, Sérgio Paulo Rabelo, Sergio Palmeira, Letícia Finamore, Cristiane Locatelli, entre outros. As peças expostas poderão ser adquiridas por meio de um leilão online. A mostra capixaba deste ano se destaca por suas dimensões e fantástica integração com o mar. A área expositiva é uma das maiores da sua história. São 6 mil m² distribuídos em ambientes internos e externos, que se ampliam pela proximidade e pela majestosa vista da baía da capital. Em conversa com a designer de interiores, Aline de Carli Moro, ela contou sobre algumas tendências de decoração para o ano presentes nos ambientes expostos nesta edição da Casa Cor. A design separou três ambientes da amostra.
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INDESIGN
O espaço intitulado como Drink Bar tem o conceito da natureza e seus principais elementos – terra, ar, fogo e água – inspiraram o projeto da arquiteta urbanista, Caroline Zamboni. Aline de Carli Moro ressaltou o uso da beleza natural, os componentes naturais na área, como por exemplo a árvore para compor o ambiente. Além da utilização de materiais, os objetos de madeira, o banco e as cadeiras. Outro ponto que a designer avaliou foi a sensação que o projetista se preocupou em passar. ‘‘Até o som da água da cascata foi pensado e é importante para a composição do ambiente’’, analisou a designer.
O Loft Esgrima foi projetado por Junior Torezani e Victor Sarcinelli. A dupla do combinou cores sutis e linhas delicadas, apostando em revestimentos que convidam ao toque para marcar as paredes e o piso. A luz ressalta a riqueza de cada elemento, destacando a curadoria de design e obras de arte. Aline contou que a escolha das diversas texturas no loft. ‘‘A mistura das texturas, tanto no metal, como nas estampa, o revestimento em 3D. Um ambiente mais rústico e com o uso das flores’’, explicou.
O papel de parede no mobiliário trouxe identidade ao projeto, pensado para uma jovem ginasta capixaba
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Este é um projeto com o intuito da imersão nos sete momentos e sentidos vividos por uma jovem atleta afeto, funcionalidade, convivência, privacidade, vaidade, relaxamento e Conflito. Para a designer, a madeira, o mármore e a serralheria em dourado enobrecem o loft. ‘‘As linhas são elegantes e remetem à perfeição, ganhando a companhia da parede verde que exalta a força da natureza’’, analisou’’.
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