CENTRO DE
DANÇA RIBEIRÃO PRETO MAR CE
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Centro de Dança para Ribeirão Preto
CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO | UNISEB CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO
TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO
Marcela Zingaretti Tiraboschi ORIENTADA POR Prof. Ms. Roberto Luis Ferreira
2017 Ribeirão Preto
Centro de Dança para Ribeirão Preto
“O passado não volta. Importantes são as continuidades e o perfeito conhecimento de sua história.” (Lina Bo Bardi)
Centro de Dança para Ribeirão Preto
Aos meus professores, meus mestres, que me guiaram para chegar com êxito nessa graduação num curso que escolhi com tanto amor. Meu muito obrigada! Agradeço também ao meu orientador, Roberto, por toda ajuda. Por me segurar quando eu mais queria sair atropelando todas as coisas com a minha ansiedade incontrolável, e por me ajudar a fazer esse trabalho que está sendo tão prazeroso e tão incrível! Ao meu namorado, Raul, por toda a paciência (que não foi pouca), por todas as vezes que me deu todo o carinho do mundo, e segurou todas as pontas sempre que eu sentia que tudo estava desabando e só conseguia chorar. Por ser essa pessoa tão especial e fazer dos meus dias mais leves e dos momentos cada vez mais inesquecíveis. Mas, o meu maior agradecimento vai àquela que me deu a vida, à pessoa que se faz presente todos os dias, de todas as maneiras, que me escuta, me da broncas, me deu a educação que tenho hoje, minha base. Minha FAMÍLIA, com todas as letras e significados, minha mãe, Lucimar, tão guerreira, que me abriu todas as portas para chegar onde chego hoje, e conquistar tudo o que tenho. Eu não tenho nem palavras para descrever essa nossa sintonia, essa nossa parceira e amizade que poucas mães e filhas tem. Obrigada por ser tão atenciosa, tão amorosa, tão MÃE! Eu amo você, e nunca conseguirei te agradecer o suficiente por tudo o que já fez por mim!
Meu eterno agradecimento,
Marcela
agradecimentos
Não apenas durante a produção deste trabalho, ou durante o décimo semestre do curso, mas durante todos os meus 5 anos de graduação, devo meu agradecimento e total gratidão à diversas pessoas que fizeram parte dessa minha trajetória. Agradeço primeiramente à Deus, por cada segundo de minha vida, por cada momento em que fechei os olhos e me guiei pelos Teus passos diante de diversos obstáculos que surgiram no meu caminho. Agradeço aos meus amigos, todos aqueles que de alguma forma me deram um suporte durante todo esse tempo, que se empenharam em me ajudar a distrair diante das diversas tensões que foram enfrentadas, que juntos comigo passaram por diversos momentos. Agradeço aos meus tios e tias, por sempre cuidarem de mim com tanto carinho, por sempre serem um apoio para todas as situações. Agradeço aos meus primos e primas, por muitos serem como irmãos e irmãs para mim, e especialmente à Cintia e Lucas Mendes, que me acolheram em São Paulo para a realização de uma visita técnica para este trabalho, meu eterno obrigada. Agradeço às minhas avós, que são a razão da minha vida, meu pedaço de amor, pelos colos, pelas comilanças, por serem sempre tão carinhosas comigo, tão acolhedoras, e por darem o verdadeiro sentido à frase “vó só estraga os netos!”. Amo vocês! Meu eterno obrigada às minhas eternas “tias do ballet”: Tia Adriana, Tia Vivi, Tia Lilian, Tia Vanessa, e Fran por tudo! Pelas ajudas nas informações que constam nesse trabalho, pela ajuda na minha coletânea de fotos e informações bibliográficas referentes à dança, essa arte que tanto me fascina! Mas, principalmente, meu OBRIGADA, por terem me ensinado durante todos esses anos a arte de dançar, por terem me incentivado a ir sempre além, por mais que as dificuldades sempre fossem presentes, me ajudaram a nunca desistir e a querer sempre mais. Vocês foram, e ainda são, parte da minha realização de um sonho, o sonho de ser bailarina, um sonho que nunca morre.
Centro de Dança para Ribeirão Preto
“É comum a gente sonhar, eu sei, quando vem o entardecer Pois eu também dei de sonhar um sonho lindo de morrer Vejo um berço e nele eu me debruçar com o pranto a me correr E assim chorando acalentar o filho que eu quero ter Dorme, meu pequenininho, dorme que a noite já vem Teu pai está muito sozinho de tanto amor que ele tem De repente eu vejo se transformar num menino igual à mim Que vem correndo me beijar quando eu chegar lá de onde eu vim Um menino sempre a me perguntar um porque que não tem fim Um filho a quem só queira bem e a quem só diga que sim Dorme menino levado, dorme que a vida já vem Teu pai está muito cansado de tanta dor que ele tem Quando a vida enfim me quiser levar pelo tanto que me deu Sentir-lhe a barba me roçar no derradeiro bei..jo seu E ao sentir também sua mão vedar meu olhar dos olhos seus Ouvir-lhe a voz a me embalar num acalanto de adeus Dorme meu pai sem cuidado, dorme que ao entardecer Teu filho sonha acordado, com o filho que ele quer Ter. “ (O Filho que Eu Quero Ter - Toquinho)
Marcela
dedicatória
Eu te amo, com todo o meu coração e minha alma, Papai!
Centro de Dança para Ribeirão Preto
a autora
Desde os 2 anos de idade a dança faz parte da minha vida. Os momentos de altos e baixos sempre existiram, a relação de amor x ódio com a dança sempre foi presente. Principalmente quando o assunto era o ballet clássico, onde lutamos conta a anatomia do nosso corpo, para transforma-lo em algo que podemos dizer que ele não for feito para executar. As dificuldades sempre existiram, e sempre foram muitas, mas não me deixei abalar. Durante todos esses anos, me mantive ligada à dança de diversas maneiras. Comecei com o ballet clássico, depois veio o jazz, sapateado, contemporâneo…até que me vi em uma fase onde passava mais tempo dentro das salas de aulas de dança do que na minha própria casa, uma PAIXÃO que me consumia a cada dia. Escorria suor, mas também, as vezes, escorriam até lagrimas, de dor, de cansaço, de exaustão, de preocupação com certos movimentos que eu não conseguia executar, mas nunca, nunca a dança me fez derrubar lágrimas de tristeza. Sempre vi naquelas aulas que eu tanto frequentava uma válvula de escape para todos os obstáculos difíceis de serem enfrentados que a vida colocava em meu caminho. No ano de 2010 me formei em ballet clássico pelo Centro de Cultura e Dança Adriana Mazza, em Ribeirão Preto, e desde então, desde os estágios que tive que fazer como auxiliar em sala de aula, passei a ter uma função além de aluna dentro da escola, passei a fazer parte do corpo de professores do CCDAM. Onde aprendi muito mais do que sabia até então sobre a dança, tive um contato diferenciado com as diversas modalidades que sempre havia praticado como aluna, mas como professora os estudos passaram além da prática, onde a teoria teve de ser debulhada através dos livros, e o conhecimento extremamente ampliado.
SUMÁRIO 15 resumo
19 introdução 20 apresentação 21 justificativa 22 pesquisa de campo
capítulo 01 27 o que é cultura? 28 espaços culturais | cultura brasileira 29 a história da dança e seu desenvolvimento 35 o ballet clássico 39 o sapateado 38 o street dance
capítulo 02 45 sociedade x dança 47 SESC - ribeirão preto
capítulo 03 51 sala são paulo 75 praça das artes 93 nave 105 école de danse aurélie dupont 112 quadro comparativo
capítulo 04 115 um olhar sob Ribeirão Preto 116
levantamentos morfológicos e visuais
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restrições urbanísticas
132 o terreno
Centro de Dança para Ribeirão Preto
capítulo 05 conceito x partido premissas projetuais 138 descrição projetual programa de atividades básico 144 estudos preliminares plantas técnicas 153 usos e áreas cortes 161 memorial descritivo funcional elevações 169 materialidades sistema estrutural 178 teatro sesc Ribeirão Preto volumetria 181 considerações finais
137 143 145 157 167 173 179 191
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RESUMO
Este trabalho tem como objetivo apresentar uma solução para os suprir as necessidades da cidade de Ribeirão Preto em relação aos equipamentos existentes na cidade que podem ser relacionados com a cultura da dança. A proposta de um novo Centro de Dança para Ribeirão Preto traz a possibilidade de ampliar o acesso à cultura da população através de aulas proporcionadas nas salas projetadas, apresentações no novo auditório, manifestações públicas de dança nas praças secas e também as diversas exposições que poderão acontecer no seu interior. 15
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introdução
O projeto a ser desenvolvido durante esse Trabalho Final de Graduação, tem como temática a dança na cidade de Ribeirão Preto, a forma com que é abordada, e os espaços disponíveis na cidade para a prática e exposição da mesma. O trabalho se inicia com um estudo através de levantamentos sobre cultura na cidade de Ribeirão Preto, até chegar na dança e seu elementos presentes na cidade, e também, levantamentos sobre a própria cidade e a sua vocação para receber um equipamento cultural que supra as necessidades da cidade em relação ao mundo da dança. As discussões geradas através de todo o estudo da bibliografia em que se foi baseada essa monografia, foram essenciais para o entendimento do comportamento da população perante a arte e cultura na cidade de implantação do projeto, por isso, é necessário, antes da apresentação do objeto a ser projetado para a cidade, um entendimento sobre “o que é a arte da dança?” e “o que é necessário para a sua prática com todas as exigências que suas modalidades possam precisar?”. O objetivo final destre trabalho, é a implantação de um Centro de Dança específico para a cidade de Ribeirão Preto, que será desenvolvido levando em consideração todas as peculiaridades da cidade, dos bailarinos aqui existentes e do programa de necessidades que será produzido com a opinião de prováveis usuários do equipamento, através de questionários e pesquisas em campo com a população local e com os bailarinos da cidade. O objeto a ser projetado, além de fornecer espaços para a prática de dança, também terá como objetivo atingir a população em mais esferas da cultura, com palestras, espaços para realizações de oficinas e espaços que permitam a apresentação e manifestações de dança, como um auditório e um espaço externo ao edifício ao ar livre. 18
APRESENTAÇÃO
O tema para este Trabalho Final de Graduação foi escolhido através de experiências pessoais da autora diante do cenário da dança na cidade de Ribeirão Preto, interior de São Paulo que, para suprir as necessidades da cidade em relação à dança, será proposto um novo Centro de Dança para Ribeirão Preto que, vinculado ao SESC-RP, facilitará o acesso da população à essa cultura e trará diversas melhorias na sua área de implantação, o centro da cidade. A ligação do projeto com o SESC acontece levando em consideração todos os eventos de dança proporcionados pelo mesmo, que movem um pouco da cidade de Ribeirão Preto para a cultura e arte da dança. O objeto projetado será de uso como uma escola de dança, onde será possível o aprendizado de diversas modalidades de dança à pessoas de qualquer idade. Além dos espaços para aulas, o Centro de Dança contará com espaços de apresentação adequeados para dança, como auditórios e teatros de arena, que poderão ser utilizados por escolas situadas na cidade de Ribeirão Preto e região, o que melhora a visibilidade da dança na cidade, contando que termos um objeto apropriado para a arte e cultura da dança. Devemos ressaltar a importância da influência da dança na sociedade, e o quanto à uma evolução cultural das pessoas quando ligadas à dança e a outros meios de cultura que esse centro de dança poderá proporcionar a toda a população da cidade de Ribeirão Preto e da região.
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JUSTIFICATIVA A prática da dança se apresenta com pouca visibilidade e pouco valor, no cenário cultural brasileiro, de forma com que os dançarinos de todo o país encontram inúmeras dificuldades para viver e praticar a dança, seja como lazer ou, principalmente, quando falamos de dança como profissão. A escolha do Centro de Dança como projeto para este Trabalho Final de Graduação, veio através de experiências pessoais que tive ao longo os anos na vivência da dança na cidade, e da visível necessidade de termos um equipamento que supra a falta de apoio e estrutura conveniente à cultura da dança na cidade de Ribeirão Preto, e equipamentos que também fossem para uso das escolas e às companhias de dança de Ribeirão Preto, que na maioria das vezes, dependem de espaços terceirizados para ensaios de suas modalidades e apresentações anuais. A cidade de Ribeirão Preto apresenta poucos equipamentos que possam ser utilizados para a prática e apresentação de dança na cidade, e tais equipamentos são, na maioria das vezes, adaptados para que a dança possa acontecer. A demanda de um espaço adequado se faz cada vez mais necessária, visto que o número de escolas de dança aumenta a cada ano na cidade, e também a aproximação da população brasileira em geral com a dança. Com isso, é importante que se tenha nas cidades um espaço adequado para a prática da dança, que facilite o acesso daqueles que gostam de apreciar a arte e também de praticar. A rede SESC trabalha com diversos meios de integração da população com a cultura em geral, mas já que estamos falando da cultura da dança, também realiza eventos que trazem à população maior acesso a alguns eventos de dança, como apresentações, festivais competitivos, e algumas apresentações de companhias sem fins lucrativos. O mesmo acontece com o SESC Ribeirão Preto, porém a parte ligada à dança é bem restrita, devido a falta de espaços adequados para a prática das aulas e apresentações. O galpão existente, onde são realizadas as apresentações, não apresenta uma acústica adequeada, por exemplo, e exige sempre uma montagem de estrutura de palco, iluminação e som, já que é um espaço vazio que se adpata da forma possível às apresentações a serem realizadas no SESC. A ideia do projeto, vinculado ao SESC, é oferecer um equipamento de qualidade, que foque em atividades relacionadas a dança, e seja um local onde o SESC possa realizar suas oficinas, novas e já existentes, na área da dança, apresentações em cartaz, e também aumentar a gama de atividades diárias relacionada ao tema. 20
PESQUISA DE CAMPO Dentre os 25 entrevistados para a realização deste trabalho, 88% dos participantes são do sexo feminino, e apenas 12% do sexo masculino. Tal informação nos mostra que a dança no Brasil abrange mais a população feminina, sendo um resultado do cenário cultural do nosso país.
O estudo foi realizado através da plataforma de rede social Facebook, onde diversas pessoas puderam ter acesso ao mesmo e responde-lo. A maior faixa etária de respostas está entre 20 e 30 anos de idade, sendo essa faixa a maioria ativa na dança na cidade de Ribeirão Preto.
Foram computadas respostas de alunos, diretores e proprietários de escolas de dança na cidade de Ribeirão Preto, sendo que todos aqueles que responderam ainda estão ativos na atividade de dança, sendo de qualquer modalidade. Em Ribeirão Preto, há a presença de Companhias de dança contemporânea, sapateado, e até mesmo projetos para a dança clássica, porém, o que ainda se faz mais presente na cidade, são as escolas de dança.
Das companhias existentes em Ribeirão Preto, poucas delas apresentam espaço físico, porém, dentre aqueles que responderam, conseguimos um equilíbrio de 50% dentre as companhias que têm, ou não, espaço próprio para ensaios de suas apresentações e aulas.
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Quando não há espaço próprio, os diretores e donos das companhias são obrigados a procurarem por espaços terceirizados onde possam estar realizando suas atividades. Na grande maioria das vezes, se não todas, os espaços são completamente adaptados, e sem estruturas, para receber a dança, já que cada modalidade tem a sua exigência mínima de espaço, tanto em dimensões, quanto em materialidades.
A insatisfação dos usuários de equipamentos de dança na cidade se faz bem clara, já que a maioria acredita que, atualmente, a cidade não apresenta estrutura para atender as necessidades da dança, sendo sempre necessário a adaptação de espaços pré existentes.
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No mesmo questionário aplicado com os possíveis usuários do equipamento, foi deixado um campo para sugestões do que eles gostariam de encontrar em um equipamento próprio para a dança na cidade de Ribeirão Preto. Tais sugestões auxiliaram na organização do programa de atividades do Centro de Dança a ser implantado na cidade, e também auxiliou em suprir as necessidades da cidade e dos seus futurios usuários. 23
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CULTURA E DANÇA
o que é cultura? “Cultura – Conjunto dos valores materiais e espirituais criados pela humanidade, no curso de sua história. A cultura é um fenômeno social que representa o nível alcançado pela sociedade em determinada etapa histórica: progresso, técnica, experiência de produção e de trabalho, instrução, educação, ciência, literatura, arte e instituições que lhes correspondem. Em um sentido mais restrito, compreende-se, sob o termo cultura, o conjunto de formas da vida espiritual da sociedade, que nascem e se desenvolvem à base do modo de produção dos bens materiais historicamente determinado. Assim, entende-se por cultura o nível de desenvolvimento alcançado pela sociedade na instrução, na ciência, na literatura, na arte, na filosofia, na moral e as instituições correspondentes. Entre os índices mais importantes do nível cultural, em determinada etapa histórica, é preciso notar o grau de utilização dos aperfeiçoamentos técnicos e dos desenvolvimentos científicos na produção social, o nível cultural e técnico dos produtores de bens materiais, assim como o grau de difusão da instrução, da literatura e das artes entre a população” (SODRÉ, Nelson Werneck, 1988)
O acesso do cidadão à cultura é um direito resguardado pela Constituição Federativa do Brasil, o que reconhece o direito ao patrimônio cultural brasileiro, tomando individualmente, ou no coletivo, a memória e ações dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira. (XAVIER; LOPES; SILVA – 2009) Apesar de ter o direito do acesso à cultura, os cidadãos brasileiros se deparam com inúmeros empecilhos que o impedem, ou apenas dificultam, o acesso à cultura, dentre eles podemos citar: sua classe econômica, gênero, faixa etária, nível de instrução, a própria localização dos equipamentos de cultura, questão de transporte, entre outros vários fatores, limitam que apenas a menor parte da população tenha acesso aos equipamentos, sendo eles de qualidade ou não. (STUCCHI, 1997, pág. 109). A problemática brasileira em relação ao acesso dos brasileiros à cultura está ligada, diretamente, a dois fatores. São eles: a condição social do brasileiro – sendo que o país tem a maior parte de seus habitantes sendo de classe C ou D – e falta dos equipamentos ligados à cultura, é comprovado por pesquisas que várias cidades brasileiras não apresentam equipamentos de cultura e lazer suficientes para que todos os seus habitantes possam utilizar. Também devemos nos atentar a precariedade dos equipamentos existentes nas cidades, não são todos, mas alguns se encontram em estado de abandono pelo poder público
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os espaços culturais | CULTURA BRASILEIRA também era encontrado um anfiteatro, salas de estudos, observatório, jardim botânico e, até mesmo, um zoológico. Durante a década de 50, na França, foram criados os primeiros espaços criados exclusivamente para ações culturais, com o objetivo de levar lazer e cultura aos operários das indústrias francesas.
Figura 01.01 - Ruínas da Biblioteca de Alexandria Fonte: GoConqr Acesso em: <https://goo.gl/Q3Sx21>
Mesmo com a existência desses espaços destinados ao lazer os operários franceses, a França teve todas as atenções voltadas à ela quando, na década de 70, fundou o Centro Cultural George Pompidou, que apresentou um conceito completamente diferente do que era apresentado na época, passando a ser referência em Centros Culturais até os dias de hoje. Figura 03.01 - Projeção da Biblioteca de Alexandria Fonte: Walter Jorge Acesso em: <https://goo.gl/ZNumro>
Figura 02.01 - Miscigenação da cultura brasileira Fonte: Walter Jorge Acesso em: <https://goo.gl/942yuw>
Pode-se considerar que os espaços culturais apresentam sua origem na antiguidade clássica, sendo marcado pela Biblioteca de Alexandria, localizada no Egito, que alojou em si grande acervo patrimonial, cultural e científico por toda a Antiguidade Clássica. A biblioteca era destinada aos estudos daqueles que a frequentassem, e também continha uma série de estátuas e obras de arte que permaneciam em seu interior. Segundo Ramos (2007), no espaço da biblioteca
A cultura brasileira tem suas raízes na miscigenação de vários grupos étnicos que formaram a diversidade cultural do país. Tal diversidade é fruto da dimensão territorial do nosso país, que faz com que cada região gere novas características pessoais para sua cultura. Mesmo o Brasil tendo acolhido diversos povos europeus, a maioria de nossa cultura é fruto da cultura portuguesa e dos nossos principais colonizadores, que pelo o fato de terem colonizado o país, se tornaram responsáveis pela formação da sociedade e, consequentemente, da cultura do nosso país. A cultura brasileira se difere em vários pontos dentro do próprio país, como vestimentas, sotaques, culinárias, religiões, entre outros pontos., tudo isso devido às diversas migrações que tivemos para o nosso país. Os centros culturais no Brasil começaram a surgir na década de 60, mas só tiveram seu devido reconhecimento em 1980, com o surgimento dos primeiros espaços exclusivamente destinads à cultura na cidade de São Paulo, como o Centro Cultural São Paulo.
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a história da dança e seu desenvolvimento A dança está presente no ser humano desde os princípios da vida, desde quando a comunicação, não tendo uma língua definida, acontecia através de gestos e movimentos corporais, e foi se modificando no passar dos anos de acordo com cada interpretação realizada pelos diferentes povos que já habitaram o mundo em que vivemos, sendo uma forma de expressão de cultura, conhecimento da natureza e até mesmo de questões de caráter religioso. Com a evolução da dança e dos meios de expressão, a dança passou a acontecer como forma de entretenimento, cênica, com uma função diferente à aquela que tinha anteriormente. A origem da dança se deu na pré história, onde o homem, assim como já dito, utilizava seu corpo para expressar seus sentimentos, suas vontades. As danças realizadas nessa época já nos mostravam os diferentes movimentos, estilos e como o ser humano se sentia em relação ao aquilo que estava vivendo no momento. Danças mais rápidas, com movimentos maiores para as expressões de alegria, e danças lentas e movimentos mais fechados para as expressões de tristeza ou preocupação.
O povo grego foi um povo de muita influência e importância na dança, já que era, e ainda é, uma arte acessada por todos. Nos povos gregos, a dança passou a ser interpretada da forma com que é vista hoje por todo o mundo, uma forma de expressão que garante disciplina, exige treinamento físico, ajuda na educação e formação do ser humano.
Figura 05.01 - Representação da dança grega em cerâmica, prática comum na época. Fonte: Cecília Bizzotti Acesso em: <https://goo.gl/VBSfso>
As tradições da dança em povos como a Índia, são as mais conservadoras, que mantém suas características mais tradicionais desde o início dos povos. As danças indianas são marcadas por movimentos simétricos do corpo com distâncias extremamente definidas, assim como a posição dos músicos que fazem parte do contexto. Durante a Idade Média, a dança foi proibida pela Igreja, assim como qualquer tipo de manifestação corporal, já que a Igreja vinculava a dança com o pecado. Somente durante o século XII, a dança voltou ao cotidiano das pessoas, sendo expressada nos castelos e festas da nobreza.
Figura 04.01 - As representações de dança na pré história que temos documentada, são através da pinturas rupestres feitas nas cavernas. Fonte: Cancioneiro de Catanhede Acesso em: <https://goo.gl/1wHDoH>
Depois da pré história, a dança passou a ser interpretada de diferentes formas pelos povos que vieram em seguida, levando a dança para sua cultura. Os egípcios, por exemplo, utilizavam da dança como forma de adoração aos deuses, ao céu, sendo conhecidas como danças divinas, ou danças sagradas. A dança dos egípcios era, na maior parte, de rituais que eram realizados para celebração da vida ou da morte, e também para a celebração de eventos, como nomeação de novos cargos de governo. 28
Figura 06.01 - Dança na Idade Média Fonte: Cecília Bazzotti Acesso em: <https://goo.gl/efp1Ee>
A evolução da dança que foi se desenvolvendo, e que chegou às cortes da idade média, resultou no balé clássico, que nunca parou de se evoluir até os dias de hoje. Para chegar no formato de balé que conhecemos hoje em dia, a dança passou por várias etapas de desenvolvimento, passou a apresentar várias vertentes que foram criando as mais diversas modalidades existentes nos dias de hoje. O ballet clássico se tornou a base para todas as outras modalidades de ballet que hoje existem, como o ballet moderno, neoclássico, contemporâneo, entre outros. A técnica do balé é extremamente rigorosa, trabalhando a anatomia do ser humano de uma forma tão detalhada, que o corpo humano fica preparado para praticar qualquer modalidade que o balé possa oferecer.
Figura 07.01 - Balé Contemporâneo Fonte: Gene Schiavone Acesso em: <https://goo.gl/1dSKr6>
A DANÇA MODERNA O surgimento da dança moderna revolucionou o conceito de dança no mundo, deixando de ter as sapatilhas de ponta e movimentos fechados em uma técnica, e passando a ser uma dança de conceito mais aberto, coreografias que acontecem com pés descalços no chão, postura mais livre, com maior movimentação do tronco, e um contato maior com o chão propriamente dito, quando movimentos passam a ser executados deitados. A temática da dança moderna foge de tudo o que foi explicado sobre o balé clássico, sai do romantismo e seus personagens ilusórios, e entra no mundo atual, no presente do ser humano, uma temática mais politizada, sentimental, que encara as preocupações sociais como mais uma forma de expressão e manifestação corporal.
Figura 08.01 - Bailarina Martha Graham, uma dar pioneiras na dança moderna. Fonte: Gene Schiavone Acesso em: <https://goo.gl/QQkYWs>
Laban, Delsarte e Dalcroze foram os três coreógrafos, e pesquisadores, responsáveis por entender, e ampliar, a consciência corporal, levando as novas teorias, que tiveram como base todo um estudo de anatomia, ritmo e espaço, aos bailarinos. Os conceitos criados e estudados pelos pesquisadores passou a explorar o espaço da dança, o espaço que o corpo do bailarino ocupa. Em 1960, com Merce Cunningham, a dança moderna passou por uma evolução, onde passou a se expressar com uma linguagem inovadora, onde música, dança e cenário passam a ser independentes, e passam também a existir um sem o outro, condição que até então, com o balé moderno, era praticamente incabível. Além disso, a parte técnica passa a exigir conhecimento de todos os moldes da dança (clássico, popular e moderno). É uma dança onde todos os bailarinos trabalham com a mesma importância, sem separação como no clássico – corpo de baile, solistas e bailarinos intermediários.
Figura 09.01 - Merce Cunningham, em Chalengeling Fonte: Boston Ballet Acesso em: <https://goo.gl/2wKAYm>
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A DANÇA NO BRASIL A dança, como manifestação de entretenimento da corte, chegou no Brasil com D. João VI, que na fuga das invasões napoleônicas, veio para o Brasil junto com toda a criadagem e parceiros da corte. As apresentações de caráter público de dança eram realizadas por companhias europeias, que vinham até o Brasil para se apresentar para a elite brasileira. Já que as classes mais abastadas, como os escravos, tinham seu entretenimento baseado na cultura e dança africana.
Figura 10.01 - A dança praticada por negros durante a época da escravidão. Fonte: Pinterest Acesso em: <https://goo.gl/ZK4W6V>
A primeira escola de dança brasileira surgiu apenas em 1927, quando Maria Olenewa, bailarina russa, se fixou no país e criou a companhia, que logo foi oficializada como a Escola Municipal de Bailado de São Paulo, onde os bailarinos eram ensinados para coreografar junto com as óperas apresentadas no Teatro Municipal de SP. As apresentações do Teatro Municipal de São Paulo ficaram restritas aos balés de repertório até após a Segunda Guerra Mundial, quando alguns bailarinos europeus vieram para o Brasil. Após a Segunda Guerra, a gama de modalidades a serem apresentadas no Teatro passaram a aumentar. Em comemoração aos 400 anos da cidade de São Paulo, surgiu o Balé do IV Centenário que, na comemoração, interpretou um repertório diferenciado, que contava até com obras nacionais, feitas a partir da cultura brasileira, baseados na literatura de cordel, nos índios que aqui já habitaram, os problemas urbanos, dentre outros. O balé do IV Centenário de SP foi especificamente para as modalidades de ballet clássico, ballat moderno e contemporâneo, e apresentou diversas coreografias em seu repertório, e foi considerado um marco extremamente importante para a história do ballet clássico na cidade de São Paulo e, principalmente, no Brasil.
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Porém, além do ballet clássico, a dança chegou no Brasil e foi passando por influências diferentes em cada região do país pela qual chegava, indo desde à dança clássica até às danças relacionadas ao folclore brasileiro, tendo características mais marcantes de cada região, desde os movimentos dos bailarinos até as vestimentas, tempos musicais, as próprias músicas, se tornando um marco cultural de cada região do Brasil, com suas influências particulares. As influências pela qual a dança passou vieram dos diversos países que foram imigrando para o Brasil durante os anos, dentre eles podemos citar os portugueses, holandeses, italianos, alemães, poloneses, entre outros...que foram se instalando por todo o território brasileiro em busca de melhores condições de vida, emprego e novas oportunidades. Os maiores imfluentes da cultura da dança brasileira são so africanos que, como já citado, influenciaram principalmente na cultura dos escravos que vinham para o Brasil para servirem às fazendas de engenho da época, os árabes, os europeus, que vieram pela colonização e, uma grande influência que já existia no Brasil, a influência indígena, dos primeiros habitantes das terras brasileiras.
Figura 11.01 - Folheto sobre o IV Centenário da cidade de São Paulo, onde a dança fez parte da comemoração. Fonte: Prezi Acesso em: <https://goo.gl/sFmlO1>
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Todos os estilos de dança brasileira apresentam características próprias que foram adquiridas na região em que se foi mais praticada. O desenvolvimento da dança no Brasil, até chegarmos ao o que conhecemos hoje em dia, e a todas as suas variações que foram citadas acima influenciadas pela cultura de cada região do Brasil, foram de desenvolvendo desde a chegada de Luis IV ao Brasil e, junto com ele, os primeiros profissionais da dança que passaram a ensinar uma nova modalidade de dança aos indígenas que já habitavam as terras brasileiras. Durante a década de 20, surgiram as primeiras academias de dança no Brasil que, na maioria das vezes, eram dirigidas e tinhasm suas aulas ministradas por bailarinas européias que já tinham certa experiência no ramo. O surgimento dessas academias começou a influenciar os estudiosos da época relacionarem a Educação Física à Dança, já que são carreiras bem ligadas, através de aulas de dança junto com as aulas de ginástica que eram ministradas em centros esportivos das cidades. Atualmente, já no século XXI, vemos uma enorme evolução da aceitação da sociedade em relação a dança, em como a dança está mais incorporada ao cotidiano da população de todas as cidades brasileiras, apresenta um estudo específico para aqueles que querem se profissionalizar em várias vertentes da dança.
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Figura 12.01 - Samba Fonte: Kultme Acesso em: <https://goo.gl/JIdZ0c>
Figura 13.01 - Forró Fonte: J. Borges Acesso em: <https://goo.gl/MSZX9C>
Figura 14.01 - Frevo Fonte: Templo Cultural Delfos Acesso em: <https://goo.gl/eKZONU>
Figura 15.01 - Samba de Gafieira Fonte: Mol-tagge Acesso em: <https://goo.gl/ehfPVm>
Figura 16.01 - Lambada Fonte: J. Borges Acesso em: <https://goo.gl/12j4bD>
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o ballet clássico balé substantivo masculino 1 1. bail teat dança executada por um conjunto de bailarinos, em que, juntamente com o cenário, vestimentas e recursos de pantomima, se expressa uma história, um tema ou uma atmosfera; bailado. 2. peça musical para execução de balé. FERREIRA, A. B. H. Aurélio século XXI: o dicionário da Língua Portuguesa. 3. ed. rev. e ampl. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999.
O balé clássico, um pouco diferente de como é conhecido hoje em dia, teve sua origem na Itália, mais precisamente na cidade de Florença, no palácio dos Médicis, nas festividades que eram realizadas pela família real. O balé teve sua expansão para outros países da Europa atráves dessa família, como quando Catarina de Médicis se casou com o futuro rei da França, Henrique II, levando a dança da Itália para a França. Nos ambientes reais, a dança acontecia como forma de entretenimento dos governantes, rei e rainha, durante o dia, e de forma quase que exclusivamente
Figura 17.01 - As Cartas sobre a Dança Fonte: Universidade de Utah, EUA Acesso em: <https://goo.gl/Zy5GuA>
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masculina. Eram raras as vezes onde uma dama da corte apareciam para formar um corpo de baile, isso aconteceu a primeira vez na França, com o espetáculo Circe. O ballet passou a ser profissionalizado durante o reinado do rei Luiz XIV, grande bailarino da época, que fundou a Academia Real de Dança e Música, onde o balé deixou de ser uma arte exclusiva da corte, e passou a ser acessível para outras camadas da sociedade. Em 1713, Luis XIV fundou uma companhia exclusivamente de dança.
Figura 18.01 - Jean George Nouverre Fonte: Wikipedia Acesso em: <https://goo.gl/zaiaA0>
Figura 19.01 - Catarina de Médicis Fonte: Pinterest Acesso em: <https://goo.gl/eodQRH>
O balé, como a dança, provocou grandes mudanças na sociedade conforme foi se evoluindo, fatos que não podem ser deixados passar, já que influenciaram, e ainda influenciam, na forma a sociedade de hoje em dia. Um manifestação dessa evolução social, que hoje pode não parecer muita coisa, foi o momento em que novas possibilidades de figurino passaram a ser pensadas, o erguer da saia – que antes era até o pé – ao joelho para facilitar a execução de inúmeros movimentos para mulheres, em 1726, foi considerado um escândalo na época. A vestimenta para prática do balé passou por uma drástica mudança apenas após a Revolução Francesa, quando um costureiro da Ópera de Paris criou a malha (parecida com as utilizada nos dias de hoje), que deu maior liberdade de movimentos aos bailarinos e bailarinas. Jean-George Noverre influenciou de forma extremamente significativa a dança, já que se identificava com ideais iluministas e da Revolução Francesa. Noverre impulsionou o espetáculo por si só, não apenas como forma de entretenimento da corte. Noverre foi o autor de um manifesto revolucionário para a dança, as Cartas sobre a Dança. Seu manifesto foi atendido com o passar do tempo, e não ficou apenas como ideais, e também ajudou na expansão da dança pelo mundo. Apesar de ter sua origem nas cortes renascentistas italianas, o nome “ballet” vem do francês, e é a modalidade que mais nos leva ao passado, tem seu reconhecimento mundial, e nos mostra culturas e trejeitos que hoje em dia estão escassos. Por ser uma das modalidades mais antigas que temos de dança, o ballet é a dança que mais usa a técnica para ser executada, e é a mais regrada. É dançada da mesa forma em todo o mundo, com as mesmas técnicas (sendo alterada apenas em metodologia), mesmos passos, e mesmas linguagens. O primeiro balé clássico, assim como conhecido nos dias de hoje, criado por Jean Dauberval, foi La Fille
Figura 20.01 - Apresentação do balé nas cortes. Fonte: Pinterest Acesso em: <https://goo.gl/Klmy9u>
Mal Gardeé, em português, A Jovem Mal Vigiada, foi também o primeiro balé a ser criado com os ideais de Noverre no manifestos Cartas sobre a Dança. Durante o Romantismo, o balé passou por mais modernizações, como o surgimento da sapatilha de ponta, e a caracterização de bailarinas de uma forma diferente da que era comum antes desse período. O balé passou a expressar histórias de mundos ilusórios, com seres irreais, como fadas, bruxas e outros seres imaginários. O novo perfil da bailarina, com extrema leveza, foi possível com mais mudanças quando ao vestiário, mudanças nas técnicas e surgimento das sapatilhas de ponta. As mudanças no ballet clássico aconteceram devido a dificuldade das balarinas em alcançar alguns dos objetivos da dança com o que as era proporcionado na época. Portanto, as mudanças das vestimentas foram de extrema importância para a evolução dao ballet clássico. Dentre essas grandes bailarinas responsáveis por essa evolução, podemos citar Marie Taglioni e Carlota Grissi. O desenvolvimento da tecnologia vem ajudando cada vez mais o desenvolvimento da própria dança, melhorando o conforto do bailarino que a pratica e aprimorando seus conhecimentos e facilidade para adquirir a técnica necessária Os grandes balés de repertório* surgiram na Rússia, onde grandes coreógrafos encontraram maior facilidade para reprodução de seus balés. Como exemplo, podemos citar Marius Petipa, que trabalhou no teatro Imperial da Rússia, e foi responsável pela criação de grandes balés, como O Quebra Nozes, A Bela Adormecida e O Lago dos Cisnes. Os três balés tiverem colaboração de Tchaikovsky, grande músico da época, que foi responsável pela trilha sonora os três balés citados acima. 35
Figura 21.01 - Marianela Nuñez e Carlos Acosta, pela companhia The Royal Ballet, em cena com o repertório La Fille Mal Gardeé, em 2015 Fonte: The Royal Ballet Acesso em: <https://goo.gl/EZEB6A>
Figura 22.01 - Kevin Jackson e Madeleine Eastoe em La Sylphides, ballet de repertório com maior representação de seres imaginários. Fonte: Stuttgart Ballet Acesso em: <https://goo.gl/0UZTB5>
Figuras 23.01 e 24.01 - As bailarinas, Marie Taglioni e Carlota Grissi represtandas nos ballets La Sylphides e Giselle, respectivamente. Fonte: Wikipedia Acesso em: <https://goo.gl/NmuQAK> e <https://goo.gl/fxksVy>
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Figura 25.01 - Elenco do American Ballet Theatre, conhecido como ABT, em O Lago dos Cisnes. Fonte: American Ballet Theatre Acesso em: <https://goo.gl/B3NpUr>
Figura 26.01 - Anúncio feito pela companhia The Australian Ballet anunciando o novo repertório da temporada, A Bela Adormecida. Fonte: Artrix Acesso em: <https://goo.gl/uYLGcS>
Figura 27.01 - Karla Doorbar e Joseph Caley em cena com o ballet O Quebra Nozes. Fonte: Birmingnham Royal Ballet Acesso em: <https://goo.gl/lPDiVH> Figura 28.01 - Pas de Deux - A Fada Açucarada Fonte: American Ballet Theater Acesso em: <https://goo.gl/R4jHah>
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o SAPATEADO
sapateado substantivo masculino 1. dnç dança popular espanhola, em geral sem acompanhamento musical, caracterizada pelo martelar rítmico dos tacões dos sapatos no chão. 2. dnç dança popular na qual se faz muito barulho com os saltos e as solas dos sapatos; bate-pé. 3. dnç dança de origem norte-americana executada com sapatos especiais dotados de chapa metálica na sola, para produzir um ruído característico. FERREIRA, A. B. H. Aurélio século XXI: o dicionário da Língua Portuguesa. 3. ed. rev. e ampl. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999.
O sapateado começou a criar sua identidade a partir do século XVIII, com a Revolução Industrial, na Inglaterra, onde os trabalhadores das indústrias, que sofriam muito com o clima da região, e com as péssimas condições de trabalho que lhe eram oferecidas, usavam sapatos feitos de madeira sólida e isolante, para maior conforto durante as horas de trabalho. Durante o tempo livre que tinham no expediente, criaram uma dança para os pés, já que os sapatos faziam um certo som, que com o tempo foi crescendo e assumindo um caráter de dança folclórica na Inglaterra, a Lancashire clog.
Figura 30.01 - Os clogs, utilizados na época da Revolução Industrial e também os primeiros sapatos da dança folclórica da cidade de Lancashire. Fonte: Pinterest Acesso em: <https://goo.gl/7X69Ir>
Com o passar do tempo, os sapatos de madeira, os clogs, começaram a se mostrar inadequados para a prática da dança, e foram substituídos por um sapato de couro, onde chapas metálicas, as TAPS, foram parafusadas na frente o nos calcanhares.
Figura 29.01 - Inglaterra, Revolução Industrial Fonte: Acervo Prof. Osmar Fernandes Acesso em: <https://goo.gl/3J7Yu1>
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Figura 31.01 - A evolução do sapato para a prática do sapateado, agora com as chapinhas metálicas. Fonte: Ballet Jussara Sansigolo Acesso em: <https:// goo.gl/zyRo4n>
Outra cultura que nos mostra os primórdios do sapateado é a cultura Irlandesa, que nos apresenta, por volta do século V, uma dança praticada em virtude do frio e do divertimento, com os sapatos pesados que se usava na época, a Irish Jig, que também se tornou uma dança folclórica irlandesa. O sapateado sofreu influência de inúmeras danças folclóricas do mundo, que evoluíram até os dias de hoje em várias vertentes, sendo elas, o sapateado americano, sapateado irlandês, entre outras, e todas mantiveram também a sua dança folclórica de origem. No ano de 1840, em média, em New York, Estados Unidos, começaram a acontecer eventos onde havia a troca de talentos entre os negros (escravos recémlibertos), e os imigrantes (ingleses e irlandeses recémchegados na América), que na chamada “Paradise Square”, bares, cervejarias e palcos da época, juntavam as suas diferentes técnicas e características do “sapatear”. Tal mistura de características, resultou no sapateado que hoje conhecemos. Conforme os imigrantes iam chegando na América, novas técnicas eram incluídas ao sapateado da época, que era aperfeiçoado cada vez mais. De todos os imigrantes que vinham de todas as partes do mundo, o negro mais influente para o sapateado foi Bill Robinson, o eterno “Mr. Bojangles”, que fez sucesso em todas as formas de apresentações do mundo, os menestréis, os vaudevilles e até mesmo na Broadway, onde foi o primeiro dançarino negro a ter seu próprio espetáculo.
Figura 33.01 - Fred Asteire e Ginger Rogers, dois astros do sapateado no cinema de Hollywood. Fonte: Pinterest. Acesso em: <https://goo.gl/CAVUp8>
No ano de 1933, foi lançado o filme “Dancing Lady”, onde a atriz Joan Crawford contracenou com o icônico Fred Asteire, ator que, com o passar dos anos, se mostrou ser um grande talento do sapateado de todos os tempos. O sapateado teve sua decadência tanto na Broadway, quanto em Hollywood, dos anos de 1950 até 1970, quando passou a ser substituído por outras danças. No ano de 1974, a MGM (Metro Goldwyn Mayer) lançou uma sequência de dois filmes que trouxeram o sapateado de volta às telas, e fez com que os jovens da época ficassem fascinados com a arte do sapatear. O que fez com que novos filmes fossem lançados, e novas peças da Broadway passassem a ficar em cartaz, trazendo o sapateado de volta à vida.
Figura 32.01 - Mr. Bojangles, um dos maiores sapateadores da história. Fonte: Pinterest Acesso em: <https://goo.gl/i24T4K>
A partir da década de 30, o sapateado passa a invadir as cenas de filmes de Hollywood, devido a atenção que tinha nos palcos de NY, muitos diretores passaram a se interessar por essa dança. Os atores passaram a ter que, além de atuar, cantar e dançar. O que fez com que muitos atores da época, que não conseguiam se adaptar a esses novos requisitos, começaram a perder espaço nas telas de Hollywood, e os novos, que já se formavam com essas qualificações, começaram a ter mais espaço nos cinemas.
Figura 34.01 - Fred Asteire e Joan Crawford, em Dancing Lady, 1933. Fonte: Pinterest Acesso em: <https://goo.gl/Xn8Agd>
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o street dance As danças urbanas tiveram sua origem nos Estados Unidos, durante a década de 70, e vieram junto com as consequências trazidas pelo capitalismo que ia crescendo em todo o mundo, principalmente no território norte americano, dentre as consequências podemos citar a desigualdade social e o preconceito racial, por exemplo. Com a segregação social cada vez maior no território, os subúrbios começaram a receber mais população e a enfrentar grandes problemas, dentre eles a violência, que era causada devido às gangs que eram formadas nesses subúrbios e lutavam entre si para conquistar a liderança do subúrbio em questão. Em algumas comunidades, além dos problemas relacionados à desigualdade social e ao preconceito
racial, alguns bairros passaram por problemas socioeconômicos, como a comunidade de South Bronx, em Nova Iorque, que se deparou com uma construção de uma rodovia, que causou a desapropriação de inúmeras famílias e também gerou uma depreciação imobiliária no local. Diante de todos os problemas que estavam enfrentando, os moradores buscavam, na dança, uma maneira de comunicação e de expressão da realidade que viviam, e eram influenciados por diversas modalidades de danças, culturas de outros países (principalmente da cultura Jamaicana), a cultura já existente nos Estados Unidos. Todos esses fatores resultaram no surgimento da cultural do HIP-HOP, sendo a dança de rua, uma de suas vertentes.
Figura 35.01 - A prática urbana da Dança de Rua durante a década de 70. Fonte: Pinterest. Acesso em: <https://br.pinterest.com/hiphopfusion/urban-dance/>
Durante a crise 29, crise econômica que se iniciou nos Estados Unidos mas afetou todo o mundo, foi o momento que tivemos uma das primeiras manifestações públicas da dança de rua como arte, quando as grandes empresas tiveram que reduzir seus gastos, através da demissão de alguns funcionários. Dentre esses funcionários, muitos começaram a fazer da dança o seu meio de sobrevivência, quando começaram a se apresentar em locais públicos com o intuito de arrecadarem dinheiro para a própria sustentação e sustento de suas famílias. Com isso, podemos dizer que a Dança de Rua surgiu dentro do conceito de cultura do HIP HOP, que é formado por quatro estilos de manifestações, sendo elas: RAP, que é a manifestação musical, o BREAK, manifestação em dança, o GRAFFITI, manifestação em forma de arte, e o MC, sendo a manifestação do rapper ou cantor. As primeiras manifestações da cutura do HIP 40
HOP vieram por meio de protestos contra alguns dos problemas que vinham acontecendo no mundo, como exemplo podemos citar a Guerra do Vietnã, quando os primeiros dançarinos passaram a protestar através de cada movimentação, que demostrava a violência da guerra, os ferimentos e os danos causados a toda a população. Ainda na década de 70, mais precisamente no ano de 1973, foi fundada a Zulu Nation, uma ONG que surgiu com o objetivo de ajudar a solucionar os problemas dos jovens, moradores do subúrbio, especialmente os problemas relacionados a violência. A ONG passou a criar disputas não violentas, voltadas para a dança, entre as gangs desses subúrbios, com o intuito pacificador. Essas batalhas, davam a vitória à aqueles que vencessem seu oponente por meio da dança, deixando o mesmo com dificuldade da criação de mais movimentos (já que tudo acontecia na base do improviso). Essas batalhas deram origem ao que hoje chamamos de B.Boys e Crew.
Figura 36.01 - Batalha de B. Boys, campeonato no Distrito Federal. Fonte: Wordpress. Acesso em: <https://agrsv.files.wordpress.com/2013/07/image-6.jpg>
A ONG Zulu Nation, com o tempo foi se evoluindo, e hoje s emostra como uma instituição interncacioal e não governamental com sede em inúmeros países, inclusie no Brasil, e tem como objetivo a superação do negativismo e todas as suas consequencias, pelo o positivo, buscando uma melhoria na qualidade de vida dos subúrbios e seus moradores, através da cultura do HIPHOP.
Figura 37.01 - MC Fonte: UFSC Acesso em: < https://goo.gl/EfAm4q>
Figura 38.01 - Grafite Fonte: UOL Acesso em: <https://goo.gl/SyaVYx>
Figura 39.01 - DJ Fonte: Wordpress Acesso em: <https://lukem5455.wordpress.com/2013/04/25/90/>
Figura 40.01 - Break Fonte: Wordpress Acesso em: <https://goo.gl/1QrKLu>
Atualmente, dentro da cultura HIPHOP, e da Dança de Rua, podemos encontrar inúmeros estilos dessa dança que são variados de acordo com a movimentação do dançarino, as características de seus movimentos que dão nome ao estilo. A dança de rua se propagou mundialmente com o passar dos anos, e tem se tornado cada vez mais popular dentr os jovens. Hoje em dia, extistem inúmeras companhias de dança que são focadas apenas na dança de rua e em seus estilos, assim como os campeonatos de caráter nacional e, até mesmo, internacionais. Sua prática ainda se mostra ligada aos outros ramos da cultura do HIPHOP, fazendo com que seja uma prática completa da cultura.
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RIBEIRÃO PRETO
sociedade x a dança
A CULTURA DA DANÇA NA CIDADE DE RIBEIRÃO PRETO E SUA RELAÇÃO COM O PODER PÚBLICO
A cidade de Ribeirão Preto apresenta uma cultura relacionada à dança que pode ser considerada um pouco precária, as vezes, não pela falta de evento relacionados à essa arte – pois eles acontecem na cidade com uma frequência anual -, mas pela falta de aceitação do público em geral, que não se sentem estimulados a frequentar esses tais eventos. A primeira associação que surgiu na cidade para apoio da dança, foi a AED (Associação das Escolas de Dança), que foi uma união de representantes de várias escolas de dança de Ribeirão Preto, com o apoio da Secretaria da Cultura da cidade, que tinham como objetivo organizar todas as necessidades da dança na cidade, incluindo os festivais competitivos que aqui poderiam começar a acontecer. Foi dessa associação que surgiu a primeira comissão organizadora do evento Dança Ribeirão, único festival de dança da cidade que contou com o apoio do Governo Municipal, uma mostra de dança competitiva, que existiu por volta de 20 anos na cidade, tinha como objetivo integrar a dança e seus
Figura 01.02 - Logo do festival Dança Ribeirão, para sua edição de 15 anos. Fonte: Dança Ribeirão Acesso em <https://goo.gl/WRbazS>
Antes, a dança era incorporada no cotidiano de crianças nas escolas no contra período escolar, como atividade complementar. Houve um período também que o governo da cidade remunerava professores da área da dança para ministrarem aulas nos centros culturais já existentes por aqui, aulas que fariam parte do projeto individual de cada professor, porém, devido à algumas mudanças no governo da cidade, como a troca de prefeitura, esses projetos tiveram de ser interrompidos, assim como a dança como atividade complementar na educação das crianças. Em Ribeirão, cada vez mais o governo se afasta dos investimentos para manter atividades relacionadas a dança na cidade, com isso, os projetos que acontecem na cidade para apoio dança estão sendo realizados 44
participantes de Ribeirão Preto e toda a região. Em 2012, com a extinção da AED, novamente através da união de profissionais da dança de Ribeirão Preto, surgiu o movimento Mudança Ribeirão, que buscava, em suas reuniões, discutir temas para a inserção da dança na comunidade de Ribeirão Preto através da inclusão da dança com outras manifestações artísticas, o planejamento de eventos anuais na cidade para a prática da dança, até a descentralização da dança da dança entrou em pauta nessas reuniões, entre outros temas.. Atualmente, os festivais de dança que acontecem na cidade são, todos, com investimentos particulares, sem qualquer auxílio do Governo Municipal. Dentre eles, podemos citar Festival 1, 2, 3..., festivais da RV Produções, Demi Point, Salto Fest Dance – pré seleção para o festival que acontece em Salto -, alguns específicos para a modalidade de dança de rua, como Street Culture, Old School e amigos, entre outros festivais.
Figura 02.02 - Logo do movimento Mudança Ribeirão, responsável por alguns festivais de dança na cidade. Fonte: MuDança Ribeirão Blog Acesso em <https://goo.gl/r26Dze>
sem o incentivo do governo e sem apoio financeiro do mesmo, tendo que ser todo financiado por ONGs ou por empresas particulares, e até mesmo pelos próprios participantes, partindo do princípio que o valor gasto para a realização do projeto está incluso no valor pago como taxa de inscrição do bailarino nesses eventos. Alguns bailarinos da cidade, como os bailarinos de renome internacional, Marisol e Elydio, realizaram alguns projetos na cidade para inventivo da dança, como o projeto “Ballet na Escola”, que levava apresentações de dança no horário do intervalo de escolas municipais e estaduais da cidade, sem qualquer tipo de remuneração ou ajuda de custo nas suas viagens que levam o nome da cidade para outras partes do Brasil e do Mundo.
Figura 03.02 - Grupo de dança no festival Dança Ribeirão. Fonte: Guia Cuca Acesso em <https://goo.gl/CrKGes>
Figura 04.02 - Grupo de dança no festival Filadelfia Dance Fonte: Jornal A Cidade Acesso em <https://goo.gl/WcQ0sv>
Figura 05.02 - Grupo de dança no festival Dança em Foco Fonte: Teatro Municipal de Ribeirão Preto Acesso em <https://goo.gl/9dhEcm>
Figura 06.02 - Grupo de dança no festival Street Culture. Fonte: Teatro Municipal de Ribeirão Preto Acesso em <https://goo.gl/9dhEcm>
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SESC RIBEIRÃO PRETO A rede SESC está instalada na cidade de Ribeirão Preto desde o ano de 1966, e realiza diversas ações para integração da população com a cultura brasileira e com diversas artes. O SESC apresenta um programa que vai além das atividades de lazer que são propostas aos usuários, apresenta um programa que abrange cultura, realiza ações sociais e disponiliza espaços para estudos e aprendizado daqueles que lá frequentam.
teatro música dança
ações sociais
circo
cinema esporte
literatura Figura 07.02- SESC Ribeirão Preto Fonte: Acervo da Autora
Desde sua inauguração, no ano de 1966, a sede so SESC em Ribeirão Preto foi passando por diversas mudanças e ampliações para atentender toda as as necessidades de seu novo programa (ao lado), e para atender também toda a demanda de usuários que frequentam o edifício com uma certa frequência. Dentre essas ampliações, temsos a instalação de espaços como biblioteca, o ginásio poliesportivo, academia, e um galpão, onde ocorrem apresentações de dança, aulas e práticas circenses, piscina de raia semi olímpica, entre outros espaços. Atualmente, o espaço do SESC não tem para onde mais se expandir, o que nos fez linkar a proposta projetual deste projeto que será apresentado ao programa existente do SESC, já que o mesmo apresenta a necessidade de suprir a falta de espaços e equipamentos para a prática da dança e espaços para apresentações mais adequeados para as modalidades presentes.
Figura 08.02 - Atividade sendo realizada com crianças e adolescentes no SESC RP durante visita. Fonte: Acervo da Autora
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meio ambiente
turismo
jovens
idosos
crianças tecnologias artesanato visual
Figura 09.02 - Espaço para realização de oficinas. Existem três salas com o mesmo formato e Figura 10.02 - Biblioteca Infantil. objetivo. Fonte: Acervo da Autora Fonte: Acervo da Autora
Figura 11.02 - Salas para aulas de Tecnologia. Fonte: Acervo da Autora
Figura 12.02 - Galpão para apresentações de dança, teatro e circo. Fonte: Acervo da Autora
Figura 13.02 - Espaço externo destinado a aulas e pequenas apresentações. Fonte: Acervo da Autora
Figura 14.02 - Espaço externo para crianças, com monitoria durante todo o tempo de permanência. Fonte: Acervo da Autora
Figura 15.02 - Ginásio Poliesportivo. Fonte: Acervo da Autora.
Figura 16.02- Piscina externa para uso livre de credenciados ao SESC. Fonte: Acervo da Autora
Figura 17.02 - Sala para aulas de funcional, dança e outras atividades que exigam um espaço Fonte 18.02 - Academia de musculação e aparelhos aeróbicos. do tipo. Fonte: Acervo da Autora Fonte: Acervo da Autora
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LEITURAS PROJETUAIS
Figura 01.03 - Estação Julio Prestes, onde é localizada a Sala São Paulo. Fonte: Viagens e Caminhos Acesso em: <https://goo.gl/RaH5xZ>
Figura 02.03 - Estação Julio Prestes, onde é localizada a Sala São Paulo. Fonte: Viagens e Caminhos Acesso em: <https://goo.gl/8YK47F>
FICHA TÉCNICA Ano de início do restauro: 1995 Ano de finalização do restauro: 1999 Tombamento (CONDEPHAAT): 1999 Arquiteto: Nelson Dupré e Luizette Davini Acústico: José Augusto Nepomuceno Localização: São Paulo, Brasil. Capacidade: 1.498 lugares e 22 camarotes Área: 10.000 m2 Dimensão: 24,50mx48,50m
Figura 03.03- Interior da Sala São Paulo. Fonte: Cidade de SP. Acesso em: <https://goo.gl/ha5b87>
A Sala São Paulo se localiza dentro do edifício da Estação Júlio Prestes, na cidade de São Paulo. Para o seu projeto, foi necessário um estudo de todo o edifício existente, para se manter as características externas da estação de trem, sendo restaurado, e também para suportar todas as modificações que o novo programa iria agregar ao objeto pré existente.
Figura 04.03 - Arquiteto Nelson Dupré, responsável pelo projeto de restauro da Sala São Paulo. Fonte: Dupré Arquitetura Acesso em: <https://goo.gl/9HibXw>
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O restauro do edifício, para a implantação de uma sala de concertos no seu interior, contou com equipes especializadas em acústica, fundações, restauro (assim como já dito), e outros profissionais. A Sala São Paulo foi projetada especialmente para abrigar a Orquesta Sinfônica de São Paulo, sendo um espaço para suas apresentações e ensaios.
Figura 05.03 - José Augusto Nepomuceno, responsável por toda a parte acústica da Sala. Fonte: Dupré Arquitetura Acesso em: <https://goo.gl/gH75Eq>
O PROJETO O projeto da Sala São Paulo ficou mundialmente conhecido e estudado. Para a obra, o arquiteto, Nelson Dupré, busco referências em grandes salas de concerto da Europa e Estados Unidos. Dentro da Estação Julio Prestes, a Sala São Paulo foi construída no que seria o “Grande Hall” da estação, devido às proporções que uma sala de concerto ocupa no espaço. As dimensões da Sala São Paulo podem ser comparadas com as dimensões de uma sala de concertos do século XIX, que carregam o estilo “shoebox”, caixa de sapato, em português, o mesmo que são construídas várias casas de concerto, como no Canadá, Boston e Amsterdan Figura 06.03 - Exterior da Estação Julio Prestes Fonte: Solé Associados. Acesso em:
Figura 07.03- Restauro da Estação Julio Prestes Fonte: Arcoweb. Acesso em:
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Mapa 01.3 - Pontos de ônibus e metrô, facilitam o acesso dos usuários ao equipamento. Fonte: Google Maps.
Pontos de ônibus Estações Ferroviárias Estações de Metrô
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MOBILIDADE Através do mapa ilustrado ao lado podemos oerceber a facilidade dos usuários do equipamento estudado a acessarem a Sala São Paulo, já que no seu entorno tem a presença de inúmeras linhas de ônibus, estações de metro e o próprio trem da Estação Julio Prestes, e Estação da Luz, localizada bem próxima da Sala São Paulo. Os inúmeros pontos de ônibus existentes, integram várias linhas diferentes de ôn ibus que permitem o acesso dos usuários vindos de qualquer parte da cidade de São Paulo, até porque o Sala São Paulo se localiza na região central da cidade, no coração de São Paulo. Assim como podemos visualizar no mapa, o meio de transporte que mais abrange a área são os ônibus circulares. Os usuários conseguem ter acesso aos horários e a todas as linhas de ônibus com extrema facilidade, principalmente pelo celular, onde tem acesso à aplicativos que dão informações sobre horários e linhas em tempo real.
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Figura 08.03 - Estรกtua em homenagem ao Maestro Eleazar de Carvalho. Fonte: Acervo da Autora.
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Antes de passar pela restauração e sa sala de concertos ser implantada, a atual Estação Julio Prestes, e Sala São Paulo, recebia o nome de Estação Sorocabana, seu projeto inicial é datado do ano de 1925, pelo arquiteto Christiano Stockler, e sua construção se iniciou no ano seguinte, em 1926. Sua conclusão aconteceu mais de 10 anos depois, no ano de 1938, e com algumas alterações projetuais, já que o projeto abrangeu a época da conhecida crise de 1929 nos EUA, que atingiu todo o mundo, inclusive a economia brasileira da época. A imagem ao lado é uma boa comparação entre o projeto feito em 1925 por Christiano Stokler, e o projeto já finalizado (e também já com a instalação da Sala São Paulo). É visível a perda de um andar inteiro do prédio e uma torre, devido aos problemas econônicos decorrentes da crise de 1929. Também é possível observarmos algumas modificações no projeto, como as entradas, que perderam os pórticos e as cúpulas que iriam compor as elevações.
A Estação Sorocabana apresentava diversos espaços para os passageiros dos trens que lá passavam esperarem seu horário de embarque, e o espaço onde hoje é implantada a Sala, era um espaço para a elite de São Paulo, para que eles pudessem ter um espaço mais reservado ao ar livre para a espera dos trens. A praça era composta de coqueiros que foram tombados como partimônio histórico e, para a estruturação da Sala, foram relocados para a parte externa da atual Estação Júlio Prestes.
Figura 09.03 - O projeto da imagem de cima é o primeiro projeto para a Estação Sorocabana, já a foto de baixo, é o projeto já com a Sala São Paulo. Fonte: Petropolis no Século XX. Acesso em <http://petropolisnoseculoxx.zip.net/images/ estacaodaluzweb.jpg>
Figura 10.03 - O interior da Estação Sorocabana, onde hoje é encontrada a Sala São Paulo. Fonte: Netland Acesso em <https://goo.gl/linRPU>
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Mapa 02.3 - Implantação da Estação Júlio Prestes, onde se localiza a Sala São Paulo. Fonte: Dupré Arquitetura Acesso em:
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01 acesso à praça 02 área para performance 03 bancos
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04 área para performance 05 bancos 06 platéia
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09 pátio de descarga 10 acesso ao estaciona-
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12 saída do estacionamento 13 trilho do trem
IMPLANTAÇÃO 01 10
Além da importância da Sala São Paulo, outro fator de extrema importância no objeto em estudo é o sua implantação, que foi projetada como um forma de complementação ao espaço interno da sala e aos usos que à ele são destinados, como apresentação musicais, ensaios de orquestra, entre outros. A quadra de implantação é tomada pelo incentivo à cultura, através da própria Sala São Paulo, do Memorial da Resistência de São Paulo e também aos espaços de apresentação ao ar livre, que foram implantados próximo à Sala SP. Os trilhos de trem que podem se visualizados na planta ao lado são utilizados atualmente por uma companhia de trem, a CPTM, que faz translados para as cidades do ABC Paulista, próximas da capital, e também para alguns bairros mais afastados da cidade. Houve uma adaptação acústica entre a atual estação de trem e Sala São Paulo, para que os ruídos ocasionados pelos trens não atrapalhassem as atividades realizadas no interior da Sala São Paulo. Durante uma visita guiada realizada no interior da Sala São Paulo, um dos questionamentos abordados foi a utilização destes espaços externos que compõe a quadra da Sala. O externo não tem muito uso de apresentações, normalmente é apenas utilizado como forma de passagem de pedestres e dos próprios usuários da Sala São Paulo, já que seu entorno foi considerado um pouco perigoso para a população devido ao crescimento da violência. 57
circulação vertical espaços públicos de permanência espaços de circulação espaços de uso restrito vazio Figura 11.03 - PLANTA BAIXA PAVIMENTO TÉRREO SEM ESCALA Fonte: Dupré Arquitetura Acesso em: <https://goo.gl/K9tnw6>
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usos Os usos do edifício são predominantemente públicos, contendo alguns cômodos de uso restrito aos músicos da OSESP, funcionários da Sala São Paulo, ou profissionais que estejam realizando algum trabalho na sala. No pavimento superior, os ambientes que se fazem com uso público são apenas o restaurante e os balcões do auditório da Sala São Paulo, tendo seus acessos através da caixa de escada ou pelo elevador localizados na lateral do edifício. Figura 12.03 - PLANTA BAIXA PAVIMENTO SUPERIOR SEM ESCALA Fonte: Dupré Arquitetura Acesso em: <https://goo.gl/K9tnw6>
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Figura 12.3 - 01 - O Foyer Fonte: Arcoweb. Acesso em: <https://goo.gl/uaYPtR>
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Figura 14.03 - 09 - O Restaurante Fonte: Sala São Paulo Acesso em: <https://goo.gl/YPwrF3>
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FIgura 13.03 - PLANTA BAIXA PAVIMENTO TÉRREO SEM ESCALA Fonte: Dupré Arquitetura Acesso em: <https://goo.gl/K9tnw6>
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Figura 15.03 - 17 - elevador/piano | 15 - platéia Fonte: Dupré Arquitetura Acesso em: <https://goo.gl/Oj0yTH>
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39
45 46 44
47
47
51 52 Figura 16.03 - imagem do interior da sala, onde pode-se visualizar palco, platéia e camarotes. Além do teto, parte extremamente importante do projeto da sala. Fonte: Sala São Paulo Acesso em: <https://goo.gl/3U9064>
01 foyer
15 platéia
29 primeiros socorros
43 sala de lazer dos músicos
02 estar
16 palco
30 WC
44 copa
03 bar/café
17 elevador/piano
31 hall
45 WC masculino
04 apoio bar/café
18 elevador coro
32 DML
46 WC feminino
05 circulação
19 hall 2
33 depósito da loja
47 estúdio de gravação
06 loja
20 hall 1
34 técnica
48 circulação
07 bilheteria
21 hall elevadores
35 gerente orquestra
49 estúdio de gravação
08 chapelaria
22 lavatório masculino
36 sala de instrumentos
50 estúdio de gravação
09 restaurante
23 sanitário masculino
10 bar
24 aparadores
37 material 38 elevador/carga
52 estúdio de gravação
11 ante-câmara
25 lavatório feminino
39 camarim 2 pessoas
53 estúdio de gravação
12 cofre
26 sanitário feminino
40 sanitário
sala de recebimento de
13 sala de controle de luz e 27 DML
41 foço elevador
28 shaft
42 sala produção
som
14 ante-câmara
51 estúdio de gravação
circulação vertical
PROGRAMA pav. térreo O programa do pavimento térreo da Sala São Paulo, abrange usos rotineiros daqueles que frequentam a sala por lazer, e também usos mais específicos, como as diversas funções que podem ser realizadas no interior da sala, com todas os estúdios de gravação que foram projetados e, aos poucos, estão sendo construídos, os espaços destinados aos ensaios da orquestra, espaço que é diferente do palco onde se apresenta. As atividades executadas no pavimento térreo da Sala formam um programa completo para os usuários, para a orquestra para qual a sala foi projetada, e esse programa faz com que a Sala seja completa e se destaque no meio das outras salas de concerto do Brasil, estando entre as 10 melhores, e maiores, salas de concerto do mundo.
61
09
09
02 04 01
04
09
04
04
09
04
09
04
04
09
04
04
09
04
03
09 09
05 10
09
10
09
11 11
01 mezanino metálico 02 balcão posterior 03 vazio platéia 04 balcões laterais
06
07
08
05 balcão coro 06 restaurante 07 sala dos instrumentos
Figura 17.03 - PLANTA BAIXA PAVIMENTO SUPERIOR SEM ESCALA Fonte: Dupré Arquitetura Acesso em: <https://goo.gl/Y49ap7>
08 apoio dos camarins 09 camarins 10 ante-câmara dos camarins 11 sanitários circulação vertical
62
programa pav. superior O pavimento superior da Sala São Paulo é destinado mais aos acessoas superior à sala de concertos e também ao programa de apoio à aqueles que forem se apresentar na sala, como os camarins e a sala de depósito dos instrumentos da Orquestra, também é por onde os coro que se apresenta na sala de concertos tem acesso ao seu balcão. Além disso, temos espaços destinados também ao lazer do público, como o restaurante da Sala São Paulo, e os acessos aos camarotes e balcões da platéia da sala de concertos.
Figura 18.03 - Detalhes dos balcões da Sala São Paulo. Fonte: Acervo da Autora.
63
SOLUÇÕES ARQUITETÔNICAS O ponto principal de qualquer estudo que possa ser realizado da Sala São Paulo, é a sua parte acústica, considerada uma solução arquitetônica abstrata, que além de apresentar grande beleza estética, sua funcionalidade é impecável. Por conta da sua acústica, a Sala São Paulo está na lista das 10 melhores salas de concerto do mundo.
Figura 20.03 - Disposição dos balcões e colunas, e também visualização das nuvens acústicas na Sala São Paulo. Fonte: Sala São Paulo Acesso em: <https://goo.gl/0VkUQk>
Figura 19.03 - Placas acústicas Fonte: Acervo da Autora
O grande diferencial da acústica, projetada por José Augusto Nepomuceno, está nas 15 nuvens acústicas, ou painéis, que conforme se movimentam (sobem ou descem), aumentam, ou diminuem, o tempo de reverberação, e também na distribuição sonora. Esse efeito causado pelos painéis na acústica da Sala, permite com que a sala tenha diversos usos, já que cada música, apresenta um estilo diferenciado, e é criada para um tipo de espaço. A altura mínima que os painéis podem se posiconar são 4 metros de altura, e a máxima, 22 metros, e são sustentados por 16 cabos de aço, cada um, pesando cerca de 7 toneladas. Porém, a acústica da sala também é aprimorada com outros elementos presentes no seu interior, como a materialidade utilizada nos pisos e paredes, o posicionamento dos elementos como palco, as próprias cadeiras da platéia e balcões, e até as colunas que já existiam antes de seu restauro também são peças de importância na acústica da sala. Devido a combinação de todas as materialidades presentes na sala, a sua sonoridade é a mesma quando vazia ou cheia.
64
Figura 21.03- 17 - elevador/piano | 15 - platéia Fonte: Dupré Arquitetura Acesso em: <https://goo.gl/WMNDzR>
Figura 22.03 - A materialidade utilizada nas cadeiras presentes na platéia da sala também são pontos importantes da acústica. Sendo que a madeira reflete o som, e a espuma absorve. Fonte: UFU Acesso em: <https://goo.gl/i4o6js>
cortinas de veludo, que são ajustáveis na altura e comprimento, eliminando o eco da sala.
madeira compensada utilizada no piso da platéia e nos balcões da Sala
Figura 23.03 - Corte Humanizado Sala São Paulo Fonte: Estadão Acesso em: <https://goo. gl/3wEpEi>
forro móvel
piso flutuante composto de camadas de madeira e neoprene.
fechamento de neoprene utilizado nas paredes onde serão fixados os balcões. Figura 24.03 - Fechamento acústico
Fonte: Slide Share Acesso em: <https://goo.gl/ZVKNro>
MATERIALIDADES Todos os fechamentos da Sala São Paulo são compostos de painéis almofadados, que são formados por gesso acartonado e uma camada de lã de vidro e ar, responsável pelo fechamento acústico. Os painéis de fechamento do primeiro e segundo piso foram feitos de forma com que possam ser modificados, assim como o forro móvel no teto, e acompanhar o som da sala. A captação acústica é controlada pelo tipo de poltronas, e por seu posicionamento. A platéia foi projetada estratégicamente para ser isolada dos ruídos provenientes da rua, e principalmente da linha férrea que chega à Estação. Alguns elementos, como a platéia, foram feitos isolados da estrutura principal do Grande Hall, estando fixadas de forma flutuante à estrutura. Os balcões foram estruturados nas estruturas de neoprene, que foram projetadas já para suportar a carga que seria projetada pelos balcões. O piso flutuante presente na platéia da Sala São Paulo, apresenta 15 cm de espessura e está fixo ao contrapiso com o uso de calças de neoprene, apoiadas em uma placa de madeira compensada.Essa forma de fixação do piso da platéia foi desenvolvida após um estudo das vibrações locais.
Figura 25.03 - Performance do grupo na Sala São Paulo Fonte: São Paulo Companhia de Dança Acesso em: <https://goo.gl/Ko839H>
Figura 26.03 - Orquestra Sinfônica de SP. Fonte: Sala São Paulo Acesso em: <https://goo.gl/GpzkYX>
Outro ponto importante da Sala que foi pensado exatamente para melhor reverberação sonora do espaço e excelência acústica, são os detalhes, feitos em madeira, dos balcões nobres da sala. Os detalhes em 3D dos balcões são peças fundamentais para ajudar na acústica da Sala. 65
CIRCULAÇÃO INTERNA E ACESSOS O pavimento térreo da Sala São Paulo apressenta um circulação extensa para o público, e de maioria horizontal, tendo apenas as caixas de circulação vertical para acesso aos pavimentos superiores em suas extremidades.
acessos à Sala de Concertos hall principal circulação do público/ possíveis acessos à Sala de Concerto e seus pavimentos. salão dos arcos: acesso ao palco e ao mezanino da Sala de Concertos Sala Almeida Prado
circulação vertical para acesso ao mezanino da Sala de Concertos. Figura 27.03 Fonte: Sala São Paulo Acesso em: <https://goo.gl/K9tnw6>
66
Ao acessar o pavimento superior da Sala São Paulo, os usuários continuam com um fluxo de acessos até a sala de concertos, para os camarotes, mezanino e balcões. Assim como há acessos para os camarins e algumas áreas restritas ao público em geral.
Figura 28.03 Fonte: Sala São Paulo Acesso em: <https://goo.gl/K9tnw6>
67
Figura 29.03 - CORTE LONGITUDINAL Fonte: UFU Acesso: <https://goo.gl/ECBdNm>
circulação vertical forro móvel acústico
68
Vide quadro comparativo pรกg. 75.
69
vitral colunas pré existentes da estação júlio prestes balcões balcões do coro fechamento em neoprene Figura 30.03 - Detalhamento interno da Sala São Paulo. Fonte: Estadão Acesso em: <https://goo.gl/LZF2Y2>
Figura 31.03 - CORTE TRANSVERSAL SEM ESCALA Fonte: UFU Acesso em: <https://goo.gl/5CS0nU>
cobertura metálica isotérmica
70
Figura 32.03- Fachada Sala São Paulo. Fonte: Sala São Paulo. Acesso em: <https://goo.gl/T0kNl8>
Figura 33.03 - Circulação vertical revitalizada por Dupré Arquitetura no hall principal da Sala São Paulo. Fonte: ArcoWeb Acesso em: <https://goo.gl/KSPStI>
Figura 34.03 - Hall Sala São Paulo. Fonte: ArcoWeb Acesso em: <https://goo.gl/p2M8xi>
Figura 35.03 - Detalhamento interno da Sala São Paulo. Fonte: Dupré Arquitetura Acesso em: <https://goo.gl/XAfvmU>
71
Figura 36.03 - Salas para aulas de Tecnologia. Fonte: Acervo da Autora
Figura 37.03 - Salas para aulas de Tecnologia. Fonte: Acervo da Autora
Figura 38.03 - Salas para aulas de Tecnologia. Fonte: Acervo da Autora
Figura 39.03 - Salas para aulas de Tecnologia. Fonte: Acervo da Autora
As imagens apresentadas nas páginas 56 e 57 foram tiradas em visita técnica a Sala São Paulo pela autora deste trabalho, Marcela Zingaretti Tiraboschi, no dia 05/05/2017. A visita foi guiada por Lucas, um funcionário da Sala responsável pelas visitas guiadas e por passar todas as informações aos visitantes, cessando todas as dúvidas que poderiam surgir durante a visita. Figura 40.03- Salas para aulas de Tecnologia. Fonte: Acervo da Autora
72
Figura 42.03 - Salas para aulas de Tecnologia. Fonte: Acervo da Autora
Figura 41.03 - Salas para aulas de Tecnologia. Fonte: Acervo da Autora
Figura 44.03 - Salas para aulas de Tecnologia. Fonte: Acervo da Autora
Figura 43.3 - Salas para aulas de Tecnologia. Fonte: Acervo da Autora
Figura 45.03 - Salas para aulas de Tecnologia. Fonte: Acervo da Autora
73
Figura ____ - Logomarca Praça das Artes. Fonte: Site Theatro Municipal de São Paulo Aceso em: <https://goo.gl/uDmjcy>
FICHA TÉCNICA Arquitetos: Brasil Arquitetura Localização: São Paulo, SP - Brasil Ano de projeto: 2012 Área: 28.500 m2 Figura 46.03 - Logomarca Praça das Artes. Fonte: Site Theatro Municipal de São Paulo Aceso em: <https://goo.gl/uDmjcy>
O projeto de implantação da Praça das Artes surgiu juntamente com a necessidade de reintegração do edifício do Antigo Conservatório Dramático Musical de São Paulo em seu entorno. Entorno que se encontrava em degradação crescente no centro da cidade de São Paulo. O conservatório, um imporatante marco da história de São Paulo, estava em estado de abandono, sem uso durante décadas, e ainda abrigando uma sala de recitais que ficou fechada durante todo o tempo.
Figura 47.03 - Logomarca Praça das Artes. Fonte: Site Theatro Municipal de São Paulo Acesso em: <https://goo.gl/uDmjcy>
O novo projeto da Praça das Artes, além de reintegrar o antigo conservatório, passou a integrar ao seu complexo novas instalações para usos de apoio às Escolas e Corpos Artísticos do Teatro Municipal de São Paulo. As novas intalações abrigam as sedes das Orquestras Sinfônica Municipal e Experimental de Repertório, dos Corais Lírico e Paulistano, do Balé da Cidade e do Quarteto de Cordas. Abriga também as Escolas Municipais de Música e de Dança, o Museu do Teatro, o Centro de Documentação Artística. 74
Figura 48.03 - Logomarca Praça das Artes. Fonte: Site Theatro Municipal de São Paulo Aceso em: <https://goo.gl/uDmjcy>
IMPLANTAÇÃO A implantação da Praça das Artes favoreceu a área central que, antes, se encontrava em estado de abandono e degradação, mas que após a sua implantação, passou a apresentar uma movimentação mais frequente de usuários, que buscam, na enorme gama de atividades a serem desempenhadas no novo edifício, uma ligação com as artes.
rua
co
ns
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ru
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m
os
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ão
joã
o
pin
a
al
escolas ampliação escolas/auditório/ discoteca antigo conservatório CPDOC corpos artísticos
Figura 49.03 - Logomarca Praça das Artes. Fonte: Site Theatro Municipal de São Paulo Aceso em: <https://goo.gl/uDmjcy>
75
Rua COnselheiro Crispiniano
Rua Formosa
Avenida São João
Figura 50.03 - Planta baixa Pav. Térreo Escala Gráfica Fonte: Acesso em: <https://goo.gl/pLRHsA>
USOS PAV. TÉRREO circulação vertical espaços públicos de permanência espaços de circulação espaços de uso restrito vazio 76
O pavimento térreo da Praça das Artes é marcado pelo grande espaço aberto entre seus edifícios que interligam os três possíveis acessos ao equipamento, e criam uma área externa de convivência para os usuários. O espaço é caracterizado pe;a sua arborização e paisagens criadas pelas arquiteturas dos edificios projetados.
Rua COnselheiro Crispiniano
Rua Formosa
Avenida São João Figura 51.03 - Planta Baixa Primeiro Pavimento Escala Gráfica Fonte: Acesso em: <https://goo.gl/pLRHsA>
USOS primeiro pavimento O primeiro pavimento é composto mais por elementos destinados ao uso público, sendo eles espaços para aulas de dança e música, de apresentações, e também espaços restritos à administração e organização da Praça das Artes.
77
Rua Conselheiro Crispiniano
Rua Formosa
Avenida São João Figura 52.03 - Planta Baixa Segundo Pavimento Fonte: Acesso em: <https://goo.gl/pLRHsA>
USOS primeiro pavimento O segundo pavimento da Praça das Artes apresenta mais áreas destinadas às aulas, contando com várias salas de dança e música, e também de canto. Além disso, há uma ampliação da área administrativa do equipamento.
78
Figura 53.03 - Foto Praรงa das Artes Fonte: Brasil Arquitetura Acesso em: < https://goo.gl/PVY2gK>
79
praça central
O programa da Praça das Artes é dividido entre três pavimentos, sendo térreo + 2. O pavimento térreo é marcado pela gradne extensão da praça central, que interliga e faz os acessos de pedestres entre os 3 edificios presentes na implantação do equipamento. O pavimento também é marcado pela existencia de espaços que possam ser utilizados pelo público em geral, e não apenas por alunos das escolas da praça das artes.
02
hall de acesso geral
03
exposições
04
documentação
05
lanchonete
06
café
07
banca de revista
08
acesso estacionamento
09
acesso/circulação
10
auditório
11
restaurante
12
escultura verdi
13
sala de ensaio - orquestra
14
sala dos maestros e área de apoio
Rua Conselheiro Crispiniano
01
Rua Formosa
PROGRAMA - PAV. TÉRREO
13 14 08 01 12
05 06
11 02
04
Figura 54.03 - Planta Baixa Pav. Térreo Escala Gráfica Fonte: Acesso em: <https://goo.gl/pLRHsA>
80
09
03
Avenida São João
10
07
hall de acesso
PROGRAMA - Primeiro pavimento
02
sala de concertos
03
documentação
04
administração escolas
05
cozinha
06
restaurante
O primeiro pavimento é destinado aos alunos das escolas que se instalam na Praça das Artes, sendo elas escolas de dança e música, os espaços destinados às suas práticas são bem voltados para suprir cada necessidade de modalidade. Também há espaços para o lazer dos alunos nas horas vagas, como terraço e o café/restaurante!
07
terraço
08
ligação entre os edifícios
09
salas de ensaio (dança e música)
10
ligação entre os edifícios
11
vazio (sala de ensaio - orquestra)
12
terraço do café
13
café
14
sala de apoio e camarins
14 Rua Conselheiro Crispiniano
Rua Formosa
01
11
13 12
10 06
07 01
05 08
03
Figura 55.03 - Planta Baixa Primeiro Pavimento Escala Gráfica Fonte: Acesso em: <https://goo.gl/pLRHsA>
02
04
09
Avenida São João
81
PROGRAMA - SEGUNDO PAVIMENTO 01
hall acesso
02
administração escolas
03
vazio restaurante
04
camarins
05
documentação
06
sala de ensaio (música)
07
sala de ensaio (dança)
08
sala maestros
09
sala coral paulistano
10
sala coral lírico
11
salas de apoio
Rua Conselheiro Crispiniano
O segundo pavimento é totalmente destinado para uso de alunos e professores das escolas da Praça das Artes, já que é nesse pavimento que se instalam a maioria das salas de ensaio de todas as modalidades de música e de dança.
Rua Formosa
11 10
09
08
03
06
01 04
05
04 02
07
07 Figura 56.03 - Planta Baixa Segundo Pavimento Escala Gráfica Fonte: Acesso em: <https://goo.gl/pLRHsA>
82
Avenida São João
Figura 57.03 - Reportagem UOL sobre a Praรงa das Artes e seu programa Fonte: UOL Acesso em: < https://goo.gl/gNg76A>
83
Figura 58.03 - Reportagem UOL sobre a Praça das Artes e seu programa Fonte: UOL Acesso em: < https://goo.gl/gNg76A>
materialidades As materialidades escolhidas para o uso externo na Praça das Artes foram pensadas para trabalhar com um contraste, e destaque, do edifício pré existente (o Antigo Conservatório). Os arquitetos responsáveis, trabalharam com o concreto tingido na cor ocre, devido ao fato de se destacar e, por ser concreto, não é necessária muita manutenção, por ser um material de boa resistência. Foi utilizado tanto na estrutura do edifício quanto na sua vedação.
Figura 59.03 - Reportagem UOL sobre a Praça das Artes e seu programa Fonte: UOL Acesso em: < https://goo.gl/gNg76A>
84
O interno dos edifícios foi trabalhado com uma materialidade que colabore com a função e atividade a ser desenvolvida dentro do espaço. Assim, as materialidades utilizadas nas salas de ensaio de dança, são completamente diferentes das utilizadas nas salas de ensaio de coro ou de música. Figura 60.03 - Reportagem UOL sobre a Praça das Artes e seu programa Fonte: UOL Acesso em: < https://goo.gl/gNg76A>
Figura 61.03 - Reportagem UOL sobre a Praça das Artes e seu programa Fonte: UOL Acesso em: < https://goo.gl/gNg76A>
Figura 62.03 - Reportagem UOL sobre a Praça das Artes e seu programa Fonte: UOL Acesso em: < https://goo.gl/gNg76A>
Figura 63.03 - Reportagem UOL sobre a Praça das Artes e seu programa Fonte: UOL Acesso em: < https://goo.gl/gNg76A>
85
Figura 64.03 - Materialidade de Concreto em ocre Fonte: Studio 1941 Acesso em: <https://goo.gl/pLRHsA>
86
soluções arquitetônicas
Como já dito anteriormente, a materialidade externa da Praça das Artes é composta por concreto, tingido na cor ocre, que apresenta uma resistência extremamente alta e que deu um desta que extremamente alto para o edifício do Antigo Conservatório, que manteve as suas características.
Figura 65.03 - Materialidade de Concreto em ocre Fonte: Studio 1941 Acesso em: <https://goo.gl/pLRHsA>
Para o projeto se implantar de maneira coerente e apresentar maior proveito do espaço e suas condições climáticas, foram realizadas algumas soluções arquitônicas necessárias para o edifício. Os fechamentos em vidro são bem presentes nos novos edifícios, já que facilitam a penetração de luz natural no interior do edifício e, quanto há aberturas, ajuda na ventilação, para manter um ambiente sempre agradável. Além disso, o fechamento de vidro em alguns dos espaços da Praça das Artes, também facilita a integração dos espaços internos com a área externa dos edifícios.
Figura 66.03 - Materialidade de Concreto em ocre Fonte: Studio 1941 Acesso em: <https://goo.gl/pLRHsA>
87
circulação/acessos
Rua Formosa
Rua Conselheiro Crispiniano
A circulação do pavimento térreo é marcada pelo fluxo horizontal de pedestres na área externa entre os edifícios, na praça central da Praça das Artes. O fluxo é entre usuários das escolas presentes na Praça e também de pedestres que utilizam o espaço para acessar as ruas que dão acesso à Praça das Artes.
Figura 67.03 - Planta baixa Pav. Térreo Fonte: Archdaily Acesso em: <https://goo.gl/pLRHsA> Mapeamento de acessos: produção autoral.
Avenida São João
LEGENDA
fluxo/circulação de pedestres acesso aos edifícios rampa de acesso ao estacionamento (subsolo) circulação vertical
88
Rua Conselheiro Crispiniano
Rua Formosa Figura 68.03 - Planta baixa Primeiro Pavimento Fonte: Archdaily Acesso em: <https://goo.gl/L28G73> Mapeamento de acessos: produção autoral.
Avenida São João
89
LEGENDA
edifício 01 - corpos artísticos edifício 02 - sala de concertos, restaurante, CPDOC, apoio/administração, ampliação escolas edifício 03 - escolas, auditório, discotecas fluxo/circulação de pedestres circulação vertical
90
Figura 69.03 - Planta baixa Segundo Pavimento Fonte: Archdaily Acesso em: <https://goo.gl/pLRHsA> Mapeamento de acessos: produção autoral.
Rua Conselheiro Crispiniano
Rua Formosa
Avenida São João
Figura 70.03 - Detalhe da fachada dos novos edifĂcios. Fonte: Studio 1941 Acesso em: <https://goo.gl/x1zawB>
91
N
A
V
E
FICHA TÉCNICA Arquitetos: Smiljan Radic Localização: Santiago, Chile Ano: 2015 Área Terreno: 1.270 m2
Figura 46.3 - Projeto NAVE - Santiago. Fonte: NAVE Acesso em: <https://goo.gl/KV7K0J>
Figura 70.03 - Smiljan Radic, arquiteto responsável pela equipe de arquitetos do projeto. Fonte: Cornell University Acesso em: <https://goo.gl/aXamnd>
localização/mobilidade O projeto se localiza no centro da cidade de Santiago, no Chile, em um local onde podemos encontrar algumas facilidades de acesso, como pontos de ônibus bem próximos do edifício, e estações de metrô na avenida de maior movimento bem próxima ao edifício. Sua localização provilegiada em um dos pontos de melhor acesso da cidade faz com que o equipamento tenha um fluxo de visitantes constantes, seja para assistir as apresentações que nele são feitas, ou para participar das aulas que são oferecidas na NAVE, que vão de aulas de dança até produções de circo. O transporte que mais se faz presente na área são os ônibus, que trazem a população de todas as partes da cidade para o centro, com linúmeras linhas, em diversos horários.
Mapa 03.3 - Localização do projeto em relação ao centro de Santiago, Chile. Fonte: Google Maps
NAVE
PONTOS DE ÔNIBUS
92 ESTAÇÃO DE METRÔ
o projeto
O centro desenvolvido para artes na cidade de Santiago, Chile, está implantando em um objeto pré-existente, um edifício de carácter histórico que sofreu muito com os incêndio no ano de 2006 e com os terremotos de 2010. No centro de artes, apenas as paredes externas, as fachadas, foram mantidas originais. Os incendios e terremotos abalaram toda a sua estrutura interna, não deixando vestígios do seu uso anterior, que era residencial, onde ocupavam várias residências no mesmo edificio, sendo um edifício plurifamiliar.
Figura 73.03 - Fachada Fundos e Frente NAVE Fonte: Archdaily Acesso em: <https://goo.gl/l6nyXm>
Figura 71.03 - Edificação pré existente ao projeto da NAVE, que foi restaurado para a implantação do novo objeto. Fonte: Arcoweb Acesso em: <https://goo.gl/2gLZug>
A cidade de Santiago pode ser vista através dos vão já existentes na fachada original do edifício. Observando a planta do pavimento térreo, podemos observar que poucos elementos encostam o chão, sendo eles apenas as escadas, o elevador e as paredes de apoio à arquibancada móvel. No terraço do edifício, é implantado um circo para as apresentações de caráter popular que são ensaiadas no interior da NAVE, nas salas de ensaio, que serão detalhadas a seguir. O circo é proposto como uma tenda de lona de cores vivas, dando o destaque necessário ao equipamento. Além da parte voltada às aulas e apresentações na própria NAVE, o projeto conta com uma parte residencial, se tornando um edifício de multiplo uso, que pode abrir ate 10 artistas que estejam participando de apresentações que estejam em cartaz na NAVE.
Figura 74.03 - Comparativo das elevações antes, e depois da restauração. Fonte: Nico Saieh Acesso em: <https://goo.gl/RQ2g7M>
Observando as elevações do edifício, e a foto comparativa acima, é bem perceptível que o seu estilo foi mantido após o restauro através das aberturas, os balaustres e também os detalhes da moldura que circunda o edifício.
Figura 72.03 - Isométrica do projeto final da NAVE Fonte: Archdaily Acesso em: <https://goo.gl/KeJaGM>
93
11 06
07 04
03
08
09
07 09 10
05
05
12 02 01 Figura 75.03 - PLANTA BAIXA PAVIMENTO TÉRREO SEM ESCALA Fonte: TransferARCH Acesso em: <https://goo.gl/4cnIDQ>
01 acesso pessoal 02 lobby
A integração entre as salas Branca e Negra é feito através de uma porta de correr que, quando aberta, une os dois ambientes.
03 sala negra 04 sala branca 05 camarins 06 platéia retrátil 07 cozinha 08 banheiros 09 warehouse 10 administração 11 montacarga 12 r e s i d ê n c i a s existentes
Figura 76.03 - Imagem que retrata a passarela de acesso ao pavimento superior da NAVE. Fonte: ArchDaily Acesso em: <https://goo.gl/rN6qa7>
As passarelas que dão acesso ao primeiro pavimento da NAVE são composta por uma materialidade diferente no edifício, a madeira, que causa maior conforto acústico e térmico ao ambiente.
94
programa de atividades Os usos destinados às salas Branca e Negra são um pouco distintos, devido ao uso das cores nas salas, que limitam, ou ampliam, o seu potencial de uso. Para a sala Negra, ficou reservado o uso para ensaios, apresentações, concertos e projeções audiovisuais. Já da sala Branca, o seu espaço apresenta opções de mais funções, como um espaço para exposições, devido ao fato da sua luminosidade favorecer exposição de obras e fotografias.
01
02
03
Integração entre as duas salas.
Figura 77.03 - PLANTA BAIXA - SALA NEGRA SEM ESCALA Fonte: ArchDaily Acesso em: <https://goo.gl/fZA3Zg>
01 platéia retrátil 02 espaço para apresentação e ensaio03 foyer 95
Figura 78.03 - Imagens internas da Sala Negra Fonte: ArchDaily Acesso em: < https://goo.gl/FVcHbx>
Figura 79.03 - Imagens internas da Sala Negra Fonte: ArchDaily Acesso em: <https://goo.gl/PSznjc>
Figura 80.03- Imagens internas da Sala Negra Fonte: ArchDaily Acesso em: <https://goo.gl/uBAfJo>
96
Figura 82.03 - Imagem interna da Sala Branca. Fonte: ArchDaily Acesso em: < https://goo.gl/tKzfho>
Figura 81.03 - PLANTA BAIXA - SALA BRANCA SEM ESCALA Fonte: ArchDaily Acesso em: <https://goo.gl/q9Y6Cc>
domus 60x60cm
O interno da Sala Branca foi feito especialmente para a prática de dança, já que toda a sua materialidade é própria para a prática da mesma, sendo os pisos revestidos de linóleo, e a iluminação, alem da proveniente de formas artificiais, também acontece através dos domus localizados no teto da sala.
Figura 83.03 - Imagem interna da Sala Branca. Fonte: Cristóbal Palma Acesso em: <https://goo.gl/CvedNZ>
porta de integração com a Sala Negra.
97
06
01 02
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12
Figura 84.03 - PLANTA BAIXA SEGUNDO PAVIMENTO SEM ESCALA Fonte: TransferARCH Acesso em: < https://goo.gl/ikl0S6>
01 sala de áudio e iluminação (Sala Negra) 02 projeção platéia retrátil 03 projeção da cortina divisória 04 rampas de acesso (assim como no pavimento térreo) 05 vazio (sala branca) 06 montacarga 07 cozinha 08 banheiros 09 salas de ensaio 10 salas de multifunção 11 videoteca 12 residências existentes
As passarelas de acesso ao pavimento superior continuam com as mesmas características representadas na planta do térreo, sendo de madeira, uma materialidade que se destaca no edifício em si, e melhora a parte de conforto térmico e acústico do ambiente. Um ponto que é visualizado no primeiro pavimento da NAVE, e causa maior destaque no seu programa, é a escada de acesso ao terraço do edifício, ou seja, acesso à tenda que é montada no último pavimento na NAVE. Essa caixa vertical, se destaca através de sua localização em planta, e também da sua cor viva, o amarelo, que chama bastante atenção quando posicionado dentro da Sala Negra.
13 residências nave Escadaria de acesso ao terraço do edifício.
Figura 85.03 - CORTE SEM ESCALA Fonte: TransferARCH Acesso em: <https://goo.gl/EtjCcN>
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Figura 87.03- Escadaria Amarela, que leva ao terraço da NAVE. Fonte: Cristóbal Palma Acesso em: < https://goo.gl/cbcEWs>
A casa montada no interior da NAVE, como já dito, é destinada à permanência de artistas que estejam em cartaz pela NAVE, seja no circo ou nas apresentações realizadas na sala Negra. A residência acomoda até 8 pessoas, e é composta com 2 banheiros, sendo um masculino e um feminino, cozinha, sala de estar e 4 quartos.
Figura 86.03 - PLANTA BAIXA - RESIDÊNCIA NAVE SEM ESCALA Fonte: ArchDaily Acesso em: <https://goo.gl/N3sXHh>
Figura 89.03 - Vista do estar da residência NAVE. Fonte: Archdaily Acesso em: < https://goo.gl/1q7tqw>
Figura 88.03 - Dormitórios da residência NAVE. Fonte: Archdaily Acesso em: < https://goo.gl/6JsRPk>
Figura 90.03- Vista da cozinha da residência NAVE. Fonte: Archdaily Acesso em: <https://goo.gl/Yf4OFJ>
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Figura 91.03- PLANTA BAIXA TERRAÇO SEM ESCALA Fonte: TransferARCH Acesso em: < https://goo.gl/VaMK99>
01 tenda do circo 02 salas de ensaio no terraço 03 cobertura pavimento inferior 04 montacarga 05 cobertura pavimento inferior
tenda
estrutura de cobertura do segundo pavimento
circulações verticais propostas através de rampas e escadas. Figura 92.03 - ISOMETRIA ESTRUTURAL SEM ESCALA Fonte: TransferARCH Acesso em: < https://goo.gl/UdGBq3>
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Figura 93.03 - Tenda localizada no terraรงo da NAVE. Fonte: Archdaily
101
ECÓLE DE DANSE AURÉLIE DUPONT
Figura 94.03 - Elevação da Escola de Dança Aurelie Dupont, na França. Fonte: Archdaily Acesso em: <https://goo.gl/TqojXK>
A escola de dança está implantada num distrito da cidade de Paris, na França, mais precisamente a 11km do centro de Paris. Em um entorno onde é possivel encontrarmos edificações conservadoras do estilo da época em que foram contruídas, e também construções que respondem aos padrões de hoje, ou seja, mais modernas. O projeto se apresenta na Avenida du Général Gallier, uma via de tráfego intenso na cidade, onde podemos encontrar vários equipamentos de lazer para a população, sendo a escola de dança um deles. Seu entorno imediato é composto de um prédio residêncial a direita, e um mercado a esquerda. Também um restaurante do lado oposto da avenida.
Figura 95.03 - Fachada Frontal da escola de dança. Fonte: Archdaily Acesso em: <https://goo.gl/gVU9zC>
102
FICHA TÉCNICA Arquitetos: Lankry Architectes Localização: Joinville-le-Pot, França Ano: 2015
Mapa 04.3 - Localização da escola de dança em relação a capital, Paris. Fonte: Google Maps.
Mapa 05.3 - Localização da escola de dança.. Fonte: Google Earth.
o projeto O distrito em que o projeto foi construído apresenta uma boa ligação com o projeto, já que a cidade apresenta uma grande ligação com a dança. Um exemplo, é a dança folclória que faz parte da cultura da cidade até os dias de hoje, o Bailado Joinville - le - Pont, que foi criado para o treinamento de tropas oficiais durante o confronto napoleônico, durante o século 19.
Figura 96.03 - Bailado Joinville - le - pont, sendo executado por policiais militares de SP, em 2011. Fonte: APMBB Acesso em: < https://goo.gl/8M8w13> mercado
escola aurelie dupont edifício residencial (superior) e comercial (térreo)
Figura 97.03 - Entorno da escola de dança. Fonte: Archdaily Acesso em: < https://goo.gl/ZyIGpy>
A maioria dos edifícios do entorno do objeto em estudo são compostos por duplo uso, sendo, em sua maioria, residencial nos pavimentos superiores, e comercial no pavimento térro, que dá entrada pela avenida. O terreno em que se implanta o projeto não é grande, o que fez a necessidade do projeto da escola acontecer de forma vertical tendo, assim, melhor aproveitamento do terreno, colocando em prática todo o programa necessário para a escola acontecer. A fachada da escola acontece com um recuo da avenida, deslocando o projeto da continuidade dos edifícios que estão ao seu redor. 103
materialidades materialidade: metal materialidade: metal perfurado. filtra a luz (como um brise) e não atrapalha a perfurado. vista do edifício. filtra a luz (como um brise) e não atrapalha a vista do edifício
recuo
Figura 98.03 - Entorno da escola de dança. Fonte: Archdaily Acesso em: < https://goo.gl/lLQOM1>
Internamente, o estúdio se apresenta com materialidades toda em concreto e aço, que se encontram nas salas de prática das modalidades, que são iluminadas naturalmente pela fachada (elemento 3D que configura o edifício).
Figura 99.03 - Interno de uma das salas de dança do estúdio. Fonte: Archdaily Acesso em: < >
linóleo
concreto shaft ar condicionado espelho revestimento 3D em concreto
104
Figura 100.03 - Outra configuração de sala de dança presente no estúdio, porém com as mesmas materialidades, que se faz o padrão do edifício. Fonte: Archdaily Acesso em: < https://goo.gl/KgW8Cl>
Figura 101.03 - Iluminação proveniente dos elemento 3D que configura a fachada do edifício. Fonte: Archdaily Acess em: <https://goo.gl/QFlqRg>
105
programa de atividades
01
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O formato retangular do terreno em que a escola de dança foi implantado ostrou a necessidade do edificio acontecer de forma vertical ao terreno, para que fosse possível a implantação de todo o programa de atividades à serem desenvolvidas na escola de dança. O programa se baseia em salas de ensaio para a prática de diversas modalidades de dança, como ballet clássico, jazz moderno, contemporâneo, sapateado, e outras modalidades mais específicas. 01 salas de ensaio
03 WC
02 depósito
04 hall de entrada
caixa de escadas circulação vertical
acessos ao edifício salas de ensaio
caixa de elevador circulação vertical recuo frontal permeabilidade de iluminação natural
04
Figura 102.03 - Planta Pavimento Térreo Sem escala Fonte: Archdaily Acesso em: < https://goo.gl/vFVMzx> Figura 103.03 - Detalhe da materialidade presente na caixa de escada, parte da circulação vertical do edifício em estudo, os materiais presentes são concreto e aço para os detalhes, assim como a grande parte da materialidade do edifício. Fonte: Archdaily Acesso em: <https://goo.gl/oHvBdP>
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01
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caixa de escadas circulação vertical
permeabilidade de iluminação natural
caixa de elevador circulação vertical
sala de ensaio
01 salas de ensaio
03 WC
02 depósito
04 hall de circulação
Os usos de todos os pavimentos do edifício são, basicamente, de uso público, já que apresentam apenas as salas de dança e áreas de circulação. As áreas restritas a funcionários são a recepção, que também funcionam como área administrativa da escola de dança. O edifício é composto por escadas de emergência e elevadores, que atendem a lei de acessibilidade.
03 04
Figura 105.03 - Ecole de Danse Fonte: Archdaily Acesso em <https://goo.gl/EhIubE> Figura 104.03- Planta Pavimento Superior Sem escala Fonte: Archdaily Acesso em: <https://goo.gl/R0OQYh>
área de circulação uso restrito a funcionários uso público
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Figura 106.03- Corte Transversal Sem escala Fonte: Archdaily Acesso em: <https://goo.gl/R0OQYh>
108
caixa de escadas circulação vertical
sala de ensaio
Vide quadro comparativo pรกg. 69.
109
Figura 107.03 - Sala São Paulo Fonte: Cidade de SP. Acesso em: <https://goo.gl/ha5b87>
Figura 108.03 - NAVE. Fonte: Archdaily Acesso em: < https://goo.gl/2Wdtn1>
Figura 109.03 - École de Danse Aurélie Dupont Fonte: Archdaily Acesso em: <https://goo.gl/gVU9zC>
Figura 110.03 - Praça das Arte Fonte: Brasil Arquitetura Acesso em: <https://goo.gl/gVU9zC>
110
QUADRO COMPARATIVO leituras projetuais x projeto centro de dança ANÁLISE COMPARATIVA - LEITURAS PROJETUAIS
PRAÇA DAS ARTES
SALA SÃO PAULO
NAVE
ECÓLE DE DANSE AURELIE DUPONT Estética Arquitetônica
Estética Arquitetônica Materialidades
Materialidades
Materialidades
Programa de Atividades
Programa de Atividades
Permeabilidade Urbana Programa de Atividades
Programa de Atividades
Solução Arquitetônica
Solução Arquitetônica
Permeabilidade Iluminação Natural
Usos
Permeabilidade Iluminação Natural Usos
Usos
Usos
Tabela de Comparação Leituras Projetuais Fonte: elaborado pela autora
Para a realização do projeto a ser implantado, foram analisados vários pontos específicos em cada projeto de leitura projetual, que auxiliam no desenvolvimento desde a sua implantação até os detalhes de materialidade a serem utilizados. O novo Centro de Dança terá funções que, além de serem baseadas nos programas dos projetos estudados nesse capítulo, também contará com o apoio das atividades realizadas no SESC de Ribeirão Preto, leitura que será encontrada a seguir neste caderno. 111
112
04
113
ÁREA DE INTERVENÇÃO
um olhar sobre ribeirão preto - a cidade de implantaçã0
Mapa 01.4 - Município de Ribeirão Preto Acesso em: <https://goo.gl/gVU9zC>
A cidade de Ribeirão Preto se localiza no estado de São Paulo, e se apresenta na 8 posição dentre os maiores municípios do estado, com mais de 500.000 habitantes, e está, em média, a 300km da capital do estado. O município de Ribeirão Preto teve sua fundação no dia 19/06/1856, de acordo com a Lei Municipal 386, de 24/12/1954, quando foram feitas as primeiras escrituras da cidade, e delimitando tudo o que seria patromônio da igreja no município. No início do século XX, a cidade passou a atraia imigrantes em busca de oportunidades de trabalho na área agrícola, sendo que a base da economia ribeirão pretana, na época, eram as safras de café e a criação de gado. Atualmente, a cidade se destaca como um polo tecnológico, devido ao seu desenvolvimento nas áreas de saúde, biológicas e bioenergia, por exemplo. A cidade, além de referência na área econômica, é considerada um importante centro de áreas de saúde, cultura e turismo no Brasil. O município de Ribeirão Preto apresenta uma área de 650.000km2, sendo 20% dessa área destinada à zona urbana e os outros 80% restantes, destinados à zona rural, e sua totalidade se encontra em uma altitude média de 540.000 metros. Toda a sua área é abastecida pela água retirada do aquífero guarani, já que o município como um todo se encontra em cima do aquífero. O clima da cidade é considerado tropical semi úmido, de acordo com a classificação Koppen-Geiger, que se caracteriza com temperatura médica acima de 18 graus celcius durante todo o ano, e um índice pluviométrico de 1.500mm/ano, onde a maior concentração das chuvas está entre os meses Outubro e Abril.
orientação solar nascente/poente
orientação ventos
área de estudo
Mapa 02.4 - Sol e Ventos. Autoral.
114
terreno de implantação projetual
115
levantamentos morfológicos acessos e escolha do terreno Por estar localizada no quadrilátero central da cidade, a área de intervenção apresenta variados meios de acesso, através de vias locais, e três principais avenidas da cidade, vias que durante todo o dia se encontram com um fluxo constante de veículos e também de pedestres. A escolha do terreno aconteceu devido às suas proximidades com equipamentos de extrema importância cultural para a cidade de Ribeirão Preto, como o Theatro Pedro II, o SESC Ribeirão Preto e o MARP (Museu de Arte de Ribeirão Preto). O terreno não está localizado em uma parte alta da cidade, mas apresenta uma boa visualização da mata do Bosque Municipal de Ribeirão Preto, e também uma certa proximidade da Cava do Bosque, local onde, algumas vezes, acontecem eventos que interligam a população da cidade com diversos movimentos culturais.
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terreno de implantação mata bosque municipal
Mapa 03.4 - Acessos Autoral.
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uso do solo uso do solo A área de estudo, assim como grande parte da área central da cidade de Ribeirão Preto, apresenta um número grande de estabelecimentos comerciais, que são os que mais se destacam na área. Os lotes de usos residenciais, por mais que sejam poucos, estão ali há tempos, sendo eles, em sua maioria, casas térreas e antigas da cidade. Poucos são os vazios urbanos no centro de Ribeirão Preto, os existentes são estacionamentos particulares para veículos, já que a área carece de estacionamentos públicos. Também podemos visualizar que existem poucos edifícios abandonados, sem uso específico na área. Na parte institucional, encontramos escolas e edíficios destinados à cursos livres, como escolas de idiomas e o SESC Ribeirão Preto.
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terreno de implantação
Mapa 04.4 - Uso do Solo. Autoral.
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figura fundo Os lotes da área de estudo apresentam ocupação de 90%, praticamente, de sua área, restando apenas os recuos dessas edificações, áreas de lazer e áreas destinadas a estacionamento de veículos. Através do 3D que retrata o gabarito da área, podemos ter uma boa noção também da ocupação do solo e seus espaços vazios. A área em destaque é o terreno onde será implantado o projeto, que, atualmente, é uma área destinada à um estacionamento. Para o projeto, as edificações serão desapropriadas, para obtermos um melhor resultado em relaçào ao aprovetamento de espaço e integração do projeto com o SESC RP.
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Mapa 05.4 - Figura Fundo. Autoral.
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terreno de implantação
MOBILIDADE A classificação das vias na área de estudo poucas vezes condiz com o que atualmente acontece na área. O fluxo de veículos na área central inteira da cidade é extremamente alto, deixando as ruas congestionadas com o trânsito. As vias classificadas como vias locais, devido ao grande fluxo de veículos, muitas vezes acabam exercendo a função de vias coletoras, ou sejam aquelas que apresentam a função de distribuição do trânsito da vias locais para arteriais, assim como o contrário. A única via arterial da área em que estão sendo realizados os mapeamentos é a Avenida Dr. Francisco Junqueira. As vias que circundam a quadra de implantação do projeto apresentam um fluxo razoável de veículos.
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Mapa 06.4 - Mapeamento de Mobilidade. Fonte Autoral.
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terreno de implantação
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Avenida Francisco Junqueira - 8 Linhas Rua Amador Bueno - 4 linhas Rua Mariana Junqueira - 4 linhas Rua Duque de Caxias - 17 linhas Rua Tibiriça - 9 linhas Rua Visconde de Inhaúma - 2 linhas Rua Barão do Amazonas - 10 linhas
119
GABARITO O gabarito, não apenas da área de estudo, mas de toda a área central da cidade, é basicamente composto por edificações de até 3 pavimentos, endo exeções de alguns prédios mais antigos que, antigamente, serviam como prédios comerciais ou de habitação para diversas famílias. Na área de estudo, apenas 1 edifício se apresnta com mais de 20 pavimentos, e é um edifcio mais moderno, com seu uso destindo ao comércio no pavimento térreo, e residencial nos pavimentos superiores.
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BOULEVARD
Os equipamentos relacionados a dança que são presentes na região central da cidade de Ribeirão Preto são todos de caráter particular, onde os usuários devem realizar pagamento mensais para a prática da dança. Assim como para acesso às apresentações de dança que, as vezes, acontecem nos teatros próximos. A única escola de dança que é conhecida em Ribeirão Preto por dar bolsas de estudos à alguns alunos, e está na região central da cidade, é o Studio de Dança Luciana Junqueira, que doa essas bolsas aos alunos de acordo com renda e com uma avaliação feita por professores da área da dança. Mapa 08.4 - Equipamentos relacionados a dança no Quadrilátero
122 Central de Ribeirão Preto Fonte: Google Maps
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5
Espaço Kaiser
LEGENDA
delimitação quadrilátero central terreno de implantação projetual
equipamentos culturais PRÓXIMOS À ÁREA DE INTERVENÇÃO Cava do Bosque
1
Figura 12.4 - Estúdio Kaiser de Cinema, antiga fábirda da Cia Cervejaria Paulista de Ribeirão Preto Fonte: Revide
ESCOLAS DE DANÇA NA ÁREA CENTRAL DE RIBEIRÃO PRETO
6
Escola de dança de salão Raquel Elem
FIgura 08.4 - Cava do Bosque de Ribeirão Preto Fonte: Kekanto Acesso em: <https://goo.gl/eQ5YSC>
2
Quarteirão Paulista (Teatro Pedro II, Centro Cultural Palace) Figura 13.4 - Escola Raquel Elem Fonte: Acervo da Autora
7
Studio Luciana Junqueira
Figura 09.4 - Os três edifícios que compõe o quarteirão paulista. Fonte: Conppac Acesso em: <https://goo.gl/yvZeHh>
3
SESC Ribeirão Preto
Figura 14.4 - Studio Luciana Junqueira Fonte: Acervo da Autora
8
Sociedade Recreativa de Ribeirão Preto
Figura 10.4 - SESC RP Fonte: Acervo da Autora
4
MARP (Museu de Arte de Ribeirão Preto)
Figura 15.4 - Sociedade Recreativa de RIbeirão Preto Fonte: Acervo da Autora
Figura 11.4 - Museu de Arte de Ribeirão Preto Fonte: USP Acesso em: <https://goo.gl/ckWNzS>
123
Mapeamento Visual Fonte: Marcela Zingaretti Tiraboschi Mapa: Google Earth
PRAÇA XV DE NOVEMBRO - 01 Agradabilidade Convivência Segurança Fluxo de Pessoas Ermo
+ + + -
PRAÇA CARLOS GOMES - 02 Agradabilidade Convivência Segurança Fluxo de Pessoas Ermo
+/+
QUARTEIRÃO PAULISTA - 03 Agradabilidade Convivência Segurança Fluxo de Pessoas Ermo
+ + + -
ÁREA DE ESTUDO
CALÇADÃO - 04 Agradabilidade Convivência Segurança Fluxo de Pessoas Ermo
124
+ -
ÁREAS DE LEVANTAMENTO VISUAL
ANÁLISE WALKTHROUGH - ÁREA DE ESTUDO ASPECTOS CONSIDERADOS
AUTORA
USUÁRIO EXPORÁDICO
USUÁRIO PERMANENTE
Apego da população
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Aspectos estéticos
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Conforto ambiental
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Acessibilidade
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Segurança
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Sinalização
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Variação de usuários
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Potencial Paisagístico
bom
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regular
Infraestrutura
regular
péssimo
péssimo
Tabela de análise walkthrough. Fonte: elaborado pela autora
Cartografia Sensorial Urbana
Ambientes Sombreados
Figura 17.4 - Praça XV de novembro Fonte: acervo da autora
Figura 18.4 - Praça XV de novembro Fonte: acervo da autora
Ambientes Não Sombreados
Figura 19.4 - Calçadão de Ribeirão Preto Fonte: acervo da autora
Figura 20.4 - Rua Visconde de Inhaúma Fonte: acervo da autora
125
Figura 21.4 - Rua Duque de Caxias Fonte: acervo da autora
Figura 23.4 - Rua Tibiriรงa Fonte: acervo da autora
Figura 22.4 - Rua Amador Bueno Fonte: acervo da autora
Rua Amador Bueno Fonte: acervo da autora
Figura 24.4 - Rua Tibiriรงa Fonte: acervo da autora
Ambientes Inapropriados
Figura 25.4 - Rua Duque de Caxias Fonte: acervo da autora
126
Figura 26.4 - Rua Visconde do Rio Branco Fonte: acervo da autora
Praรงa Carlos Gomes Fonte: acervo da autora
Figura 27.4 - Esplanada Theatro Pedro II Fonte: acervo da autora
Figura 28.4 - Rua Duque de Caxias Fonte: acervo da autora
Ambientes Degradados
Figura 29.4 - Rua Duque de Caxias Fonte: acervo da autora
Figura 30.4 - Rua Duque de Caxias Fonte: acervo da autora
Figura 31.4 - Rua Amador Bueno Fonte: acervo da autora
Figura 33.4 - Praça XV de Novembro Fonte: acervo da autora
Figura 34.4 - Rua Amador Bueno Fonte: acervo da autora
Figura 32.4 - Rua BarĂŁo do Amazonas Fonte: acervo da autora
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Figura 35.4 - Praça XV de Novembro Fonte: acervo da autora
Figura 36.4 - Praça XV de Novembro Fonte: acervo da autora
Figura 37.4 - Praça XV de Novembro Fonte: acervo da autora
Figura 38.4 - Rua Mariana Junqueira Fonte: acervo da autora
Figura 39.4 - Rua Mariana Junqueira Fonte: acervo da autora
Figura 40.4 - Rua Visconde de Inhaúma Fonte: acervo da autora
Ambientes Abandonados
Figura 41.4 - Rua Tibiriça Fonte: acervo da autora
128
Figura 42.4 - Rua Tibiriça Fonte: acervo da autora
Figura 43.4 - Rua Tibiriça Fonte: acervo da autora
DIAGNÓSTICO DA ÁREA
A análise a seguir foi redigida baseada na conclusão dos levantamentos fotográficos feitos na área de estudo e implantação do projeto, em rebatimento a proposta projetual. Pontos turísticos A área delimitada para estudo abrange o Quarteirão Paulista e as Praças XV e Carlos Gomes, pontos de importância histórica e turística para a cidade de Ribeirão Preto. Com uma boa manutenção e conservação, não apenas dos patrimônios da área, mas também do seu entorno (onde há a presença de comércios de todos os tipos, museus - MARP -, a biblioteca Altino Arantes - também tombada como patrimônio - , entre outros...), juntamente com uma proposta de revitalização para o centro da cidade, haveria uma valorização e desenvolvimento através do reconhecimento dos valores da área e sua importância histórica para Ribeirão Preto. Dessa forma, a área central da cidade de Ribeirão Preto apresentaria maior autonomia e presença da população. O objetivo do projeto é deixar o centro mais acessível para a população, e aumentar o acesso à cultura não apenas da dança, mas a cultura em geral, na área de mais fácil acesso da cidade, através da implantação do projeto, e também de intervenções no centro da cidade, como maior sinalização dos monumentos patrimoniais e melhora na acessibilidade de toda a área, com implantação de piso táctil e proposta de rampas para acesso de cadeirantes. Desapropriações Para implantação do projeto em questão, o terreno escolhido, próximo ao SESC de Ribeirão Preto, ocupa uma área de mais de mais ou mens 3/4 do terreno, sendo o 1/4 faltante destinado aos usos residencial, institucional e comercial. A desapropriação de parte dessa área construída do terreno permitirá uma ligação mais concreta e eficaz do novo projeto com o SESC, que se localiza na quadra vizinha da quadra de localização do terreno, e também um uso mais adequeado ao terreno que apresenta um certo valor na cidade, já que nele já foi implantado a Companhia de Força e Luz de Ribeirão Preto, CPFL. Os edificios a serem desapropriados e, após desapropriação, demolidos, são os marcados pelos número 01, 02, 03, 04 e 05, que são de uso residenciais e prestação de serviços, que ligarão o lote do novo Centro de Dança com o SESC de Ribeirão Preto.
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Figura 44.4 - Edificações a serem desapropriadas. Fonte: Acervo da autora.
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1 Figura 45.4 - Recorte do Mapa de uso do solo para área de desapropriação Fonte: Acervo da autora.
129
Praças Sobre a Praça XV de Novembro e a Praça Carlos Gomes, podemos fazer um diagnóstico geral sobre as duas praças, já que estão localizadas uma ao lado da outra e apresentam as mesmas problemáticas e pontos fortes. Os dois espaços públicos apresentam ligação, não apenas por estarem lado a lado, mas também por terem a mesma pavimentação, e mesma tipologia e distribuição de mobiliários, o que faz com que sejam, praticamente, uma única praça. No complexo das duas praças, a maioria dos mobiliários encontramse em um estado aceitável de uso, mas também encontramos um nível de degradação dos bancos, pixações nos banheiro públicos (que ficam localizados na Praça Carlos Gomes), e outros pontos de vandalização. A iluminação presente nas praças não é suficiente para garantir uma sensação de segurança no usuário, já que quando escurece a iluminação não consegue deixar a área bem iluminada. Os horários de maior uso das praças são durante o período da tarde, até umas 16-17horas, período onde o sol faz o papel de iluminação da praça, e nãoé necessário o uso da iluminação precária e artificial da praça. A Praça Carlos Gomes, entre as duas, é a que menos se caracteriza como um local de permanência, já que todos os usuários se concentram na Praça XV de Novembro. Entrevistando alguns usuários da Praça XV, perguntei o porque de não utilizarem a Praça XV como permanência, e apenas como passagem, a maioria dos usuários respondem que o fato acontece devido a falta de sombreamento na Praça Carlos Gomes, já que as árvores não são suficientes para garantir sombra fresca e maior conforto. Ao escurecer, os usuários saem da praça e quem começa a frequentar o ambiente são moradores de rua, que usam os bancos para passar a noite. Mesmo durante o dia a presença de moradores de rua se faz na praça e, de acordo com as entrevistas, incomoda dos usuários exporádicos do local, que alegam a baixa segurança das praças, já que há um histórico de furtos no local, segundo eles. Na proposta de revitalização da área central, o objetivo será suprir a falta de iluminação e segurança na área para os usuários, e propor mobiliários que sejam mais resistentes a degradação e vandalismo, além de tentarmos solucionar os problemas citados pelos usuários sobre a Praça Carlos Gomes, para que a mesma deixe de ser um local de passagem, e passe a ser uma praça de permanência. Fluxo de Veículos A região central da cidade, setor de localização da área de estudo, é considerada uma região com fluxo intenso de veículos durante todos os períodos do dia. O centro é um região de ruas onde, geralmente, encontramos 1 faixa de estacionamento e 2 faixas para circulação de veículos. Atualmente, algumas ruas da região central foram adaptadas, onde uma das faixas de circulação se tornou preferencial para ônibus, uma medida para tentar melhorar a circulação de veículos na região central da cidade
130
O TERRENO A escolha do terreno aconteceu através de uma busca por espaços próximos a dois equipamentos de importância cutural na cidade de Ribeirão Preto, o SESC, localizado na Rua Visconde do Rio Branco, e o Theatro Pedro II, localizado em frente a Praça XV de Novembro. Sua topografia, a parte mais alta, permite a visão do Bosque Fábio Barreto, localizado do outro lado da Avenida Francisco Junqueira, o que otimiza a parte visual do projeto a ser executado. A densidade ao redor do terreno é considerada bem alta, devido a presença de muitas edificações destinadas ao comércio e serviços, e poucas destinadas ao uso residencial. Deixando o fluxo da área maior em horário comercial (9h-18h), durante a semana e aos sábados pela manhã (9h-13h).
BR
AL
526 LVA R
ES
CA
527
aA
vis
con
de
do
rio
Figura 47.4 - Terreno de Implantação do Projeto. Fonte: Acervo da Autora
bra
nco
528
ru
rua
Figura 46.4 - Terreno de Implantação do Projeto. Fonte: Acervo da Autora
ria
na
jun
que
ira
at ibi riç
ma
ru
rua
a
529
legenda
Figura 48.4 - Terreno de Implantação do Projeto. Fonte: Acervo da Autora
curvas topográficas sentido de caimento do terreno
A topografia natural do terreno ajudará no projeto do auditório e do teatro de arena que serão propostos na área, devido ao seu leve caimento. Atualmente, a topografia do terreno se encontra um pouco modificada, devido ao seu uso atual, como estacionamento privativo de veículos.
Figura 49.4 - Terreno de Implantação do Projeto. Fonte: Acervo da Autora
131
restrições urbanísticas
A área em questão se localiza na área de macrozoneamento ZUP, definida, de acordo com o Plano Diretor da cidade de Ribeirão Preto, como: “ZUP - Zona de Urbanização Preferencial: composta por áreas dotadas de infra-estrutura e condições geomorfológicas propícias para urbanização, onde são permitidas densidades demográficas médias e altas; incluindo as áreas internas ao Anel Viário, exceto aquelas localizadas nas áreas de afloramento do arenito Botucatu-Pirambóia, as quais fazem parte da Zona de Urbanização Restrita;” - sobre GABARITO: O gabarito da zona onde se localiza a área poderá ser ultrapassado, desde que respeite as disposições pertinentes à lei de recuos, taxa de ocupação, coeficiente de aproveitamento, entre outros. Quando os lotes forem considerados, lindeiros e/ou logradouros públicos às vias expressas, avenidas, vias coletoras ou distribuidoras da hierarquia física, o gabarito básico só poderá ser ultrapassado, quando os mesmos apresentarem testada mínima de 40,00m. - sobre DENSIDADE POPULACIONAL LÍQUIDA MÁXIMA: A Densidade Populacional Líquida Máxima da Zona de Urbanização Preferencial será de 2.000 hab/ha. - sobre QUADRAS E LOTES Para lotes de esquina, a área mínima será considerada de 180 m2, com frente mínima de 9 metros. Para os outros lotes, a área mínima será de 125 m2, com frente mínima de 6 metros lineares. - sobre as ÁREAS VERDES Deverá ser deixado nos lotes uma área referente a 25% para áreas de lazer recreativo. - sobre ÁREAS DESTINADAS A USO PÚBLICO De acordo com o plano diretor, os lotes que forem implantados edificações de uso público, deverão respeitar a seguinte divisão, onde 5% do lote deve ser destinado ao uso institucional, e 25% destinado à áreas verdes.
132
133
134
05
135
A PROPOSTA
conceito x partido
A idealização do projeto a ser apresentado se deu através de todo um estudo relacionando a arte da dança com a movimentação presente nos edifícios de potencial arquitetônicos no mundo. O conceito apresentado no novo Centro de Dança para a cidade de Ribeirão Preto, consiste em um equipamento urbano que tem como objetivo a integração da sociedade, e urbanística, não apenas com a cultura da dança e com artes em geral, mas também a sua integração com o entorno onde está implantado, sua ligação com a região central da cidade, marco histórico de Ribeirão Preto que merece maior destaque. A implantação proporcionará maior fluxo de pessoas na área, uma segurança mais adequada e manutenção das vias próximas ao novo equipamento, dos patrimônios presentes nos arredores e também a possibilidade de manifestações culturais que atraiam a atenção do público em geral para tudo o que está em volta do equipamento. O projeto é baseado na “movimentação”, seja ela do corpo humano, do dia-a-dia, movimentação da população, através de formas geométricas que se destacam da elevação, sendo impulsionadas mais para frente, para trás, para cima ou para baixo, deixando cada elevação do projeto com uma particularidade em sua volumetria. A presença do SESC ao lado do edifício é fundamental para que todo o seu programa aconteca de forma simultânea com o novo projeto a ser implantado, já que o Centro de Dança está sendo projetado com o intuito de ampliar o espaço físico do SESC para práticas de aulas de dança e outros tipos de intervenções culturais que podem ser propostas na nova ampliação do programa.
136
PREMISSAS PROJETUAIS
em relação ao entorno O projeto, além da nova edificação a ser criada para apoio à parte relacionada a dança do SESC de Ribeirão Preto, contará também com intervenções que têm o intuito de otimizar o entorno do edifício, não apenas o imediato, para todos os usuários da área central da cidade. Dentre as premissas em relação ao entorno que serão realizadas no projeto, podemos citar:
1 Pensando nos equipamentos de cultura presentes na cidade, e de próxima localização do equipamento, será proposto intervenções por meio de placas na quadra do equipamento, indicando a direção de equipamentos culturais na cidade, e também de patrimônios históricos na cidade de Ribeirão Preto.
3 Projetar um edifício dentro das normas de uso e ocupação do solo pertinentes à área em questão, para que não seja proposto um edifício conflitante com a paisagem e fora das proporções da área.
2 Criação de uma volumetria que se destaque no seu entorno, sendo convidativa para a população frequetadora da área de implantação.
4 Os mobiliários que serão idealizados para o equipamento, também serão propostos para as praças XV de Novembro e Carlos Gomes, como uma forma de ligação entre as três áreas, e também como uma melhoria nos espaços.
137
integração dos espaços
6
5 Idealização de espaços externos que dialoguem com o interno do edifício, como as áreas de convívio externas para assistir às aulas que estarão acontecendo nas salas de aula com grandes janelas de vidro, possibilitando a visão do lado externo.
7 Criação de espaços para aulas infantis que sejam lúdicos, e facilitem a inserção da criança no ambiente da aula com disciplina.
Maior aproveitamento do desnível encontrado no terreno escolhido para implantação do projeto em questão.
8
Scanned by CamScanner
Scanned by CamScanner Propor espaços
que sejam utilizados como áreas de exposição Scanned by de trabalhos que vão sendo realizados no SESC de Ribeirão Preto, e também de fotos de apresentações de dança que forem sendo realizadas no novo equipamento.
CamScanner
Scanned by CamScanner
138
9 Espaços livres para a realização de atividades externas.
sustentabilidade
Scanned by CamScanner
10 O projeto será proposto de forma com que tenha o maior aproveitamento possível de iluminação e ventilação natural, de forma com que tenha menos gastos com energia e seja um edifício
11 Permitir ventilação cruzada nos ambientes.
139
Figura 01.05 - Croqui de Implantação geral das quadras de estudo, onde serão implantadas algumas melhorias para o entorno do novo Centro de Dança. Fonte: Acervo da Autora
O croqui que pode ser visualizado na página ao lado nos mostra os locais, na área que foi estudada para a implantação do novo Centro de Dança, que apresentarão os elementos apontados anteriormente nas diretrizes projetuais, dentre eles, não podemos deixar de citar a melhoria na indicação de elementos importantíssimos na arquitetetura e cultura da cidade de Ribeirão Preto, como o quadrilátero central, Biblioteca Altino Arantes, dentre outros.
140
141
DESCRIÇÃO PROJETUAL Algumas ações foram fundamentais para o ponto de partida do estudo preliminar do projeto em questão. Pela idealização de se fazer um equipamento que fosse de apoio ao SESC de Ribeirão Preto, desde o princípio a busca pelo terreno aconteceu na área do entorno ao SESC e próximo ao Theatro Pedro II, equipamento de extremana importância histórica e cultural na cidade de Ribeirão Preto. A desapropriação das residências que existem na quadra de implantação do projeto permitiram uma maior integração e permeabilidade com o SESC-RP, já que não existiriam mais barreiras entre o SESC e o terreno, que passou a ser a totalidade da quadra de sua implantação. O declive do projeto permite uma visualização do Bosque Municipal da cidade de Ribeirão Preto através do seu ponto mais alto, e do terraço jardim que a princípio será proposto no projeto. A integração a ser realizada traria um fechamento da Rua Visconde do Rio Branco, na quadra do SESC e do projeto, sendo ela apenas para pedestres e para passagem de veículos de emergência e de carregamento de suprimentos do Centro de Dança e também do SESC. Não haveria um estacionamento de veículos nessa nova área, pois aproveitaríamos os bolsões particulares de estacionamentos existentes na área.
Figura 02.05 - Croqui volumétrico da primeira proposta para o novo Centro de Dança. Fonte: Acervo da Autora
142
PROGRAMA DE ATIVIDADES SALAS DE DANÇA (03) VESTIÁRIOS CAMARIM (03) BANHEIROS BANHEIRO ACESSÍVEIS CAFÉ AUDITÓRIO DEPÓSITO PRAÇAS SECAS RECEPÇÃO ÁREA ADMINISTRATIVA SALA DE REUNIÕES AMBULATÓRIO HALL EXPOSITIVO CANTINA SALA PARA PROFESSORES
A setorização do projeto, desde o princípio, foi pensada de forma a atender todas as necessidades de usuários frequentes do novo equipamento, juntamente com o setor de administração, restrito aos professores e funcionários da escola e do teatro, e o setor público, onde serão localizados os espaços de permanência mais rápida.
A elaboração do programa de atividades aconteceu levando em consideração os espaços necessários no novo equipamento para a existência de salas adaptadas de maneira correta para a execução de aulas de três estilos de dança, que serão o forte do equipamento. São elas: o ballet clássico, sapateado e a dança de rua, e acontece interligado ao programa existente do SESC RIBEIRÃO PRETO.
setor público restrito setor público setor administrativo
143
ESTUDO PRELIMINAR| ETAPAS DE DESENVOLVIMENTO
01
O primeiro estudo para o Centro de Dança, consiste em uma distribuição do espaço para as atividades que serão executadas no seu programa, que foi pré definido através de uma ligação com o SESC e com as necessidades de uma escola de dança. A malha de 5mX5m foi criada para auxiliar nas dimensões que seriam necessárias para cada ambiente a ser projetado. As áreas delimitadas nos desenhos a seguir podem conter mais de um uso interno que não foi mostrado no primeiro estudo.
Figura 03.05 - Croqui de Implantação da primeira proposta para o novo Centro de Dança. Fonte: Acervo da Autora
144
Figura 04.05 - Croqui de Implantação da primeira proposta para o novo Centro de Dança. Fonte: Acervo da Autora Scanned by CamScanner
145
02
As primeiras mudanças que foram apresentadas no projeto, aconteceram com o propósito de dar ao edifício maior movimentação, já que todo o seu estudo está sendo baseado em movimentos corporais que serão executados no seu interior. As salas de dança passaram a ser projetadas com diferenças de alinhamento, e também houve um estudo mais aprofundado sobre as alturas de cada bloco do novo Centro de Dança.
Figura 05.05 - Croqui de Implantação da segunda proposta para o novo Centro de Dança. Fonte: Acervo da Autora
146
Figura 06.05 - Croqui de Implantação da segunda proposta para o novo Centro de Dança. Fonte: Acervo da Autora
147
03
As modificações que designaram a volumetria e programa de atividades final dos novos edifícios surgiram após a primeira apresentação do trabalho em banca, onde vários pontos foram levantados como relevantes para a distribuição dos espaços, como a grande dimensão do terreno de implantação, que dispensou a necessidade de desapropriação de todos os lotes pré existentes no local e também dispensou a necessidade de um segundo pavimento, já que o programa consegue se distribuir em apenas um pavimento, que seguirá no nível da Rua Mariana Junqueira, e, abaixo dele, continuará com a existência de uma praça seca para manifestações públicas de dança e também, principalmente, destinadas à modalidade de dança Street Dance, que se encaixa em todos os conceitos aplicados na praça seca.
Figura 07.05 - Croqui da volumetria da proposta final para o novo complexo de Dança, dividindo os blocos de atividades no terreno. Fonte: Acervo da Autora
148
Scanned by CamScanner Figura 08.05 - Croqui proposta ďŹ nal para o novo complexo de Dança, setorizando os ambientes pertencentes ao programa de atividades. Fonte: Acervo da Autora
149
estudo da implantação
Figura 09.05 - Croqui referente às possibilidades de permeabilidade da quadra diante da nova proposta dos edifícios e os acessos dos mesmos. Fonte: Acervo da Autora
Scanned by CamScanner
Com a nova disposição definida para os dois blocos que irão compor o novo Centro de Dança, deixamos uma área livre pelo meio da quadra que otimiza sua permeabilidade em relação ao vai-e-vem e pedestres, cujo fluxo se mantém intenso durante todo o dia na região, já que estamos falando da região central da cidade de Ribeirão Preto. Haverão acessos para o complexo por toda a quadra, nas quatro ruas que circundam a quadra de implantação, porém, deixamos exclusivo os acessos à escola pela Rua Mariana Junqueira, e ao teatro pela Rua Álvares Cabral.
150
151
SESC RIBEIRÃO PRETO
A
RUA VISCONDE DO RIO BRANCO C
03
B
D
C
E
F
G
H
I
J
K
L
M
N
O
P
Q
R
S
T
U
V
X
Z
10,13
A
11,15
9,80
10,20 1
2,00
1
2
2
rufo 8,15
telha sanduíche i=5%
laje impermeável
telha sanduíche i=5%
alçapão de acesso à caixa d'agua
4
rufo
rufo
5
5
D01
6
24,99 rufo
7
telha sanduíche i=5%
9
9
10
10
11
11
1,00
12
12
6,85
3,85
16,03
5,00
13
13
14
14
2,00 15
16
35,00
telha sanduíche i=5%
17
10,15
9,00
12,15
7,00
15
B
8
16
17
6,15
telhado jardim
18
18
19
telha sanduíche i=5%
5,00
6,01
19,18
B
19
2,00
telha sanduíche i=5%
02
8
telha sanduíche i=5%
12,08
RUA ÁLVARES CABRAL
7
RUA TIBIRIÇA
6
04
3
26,15
15,17
4
telha sanduíche i=5%
15,08
laje impermeável
EDIFICAÇÕES EXISTENTES
3
20
telha sanduíche i=5% 20
3,00
21
21
9,00
Centro de Dança para Ribeirão Preto
22
23
18
23
,7
8,00
0
22
áreas (m²):
calha 40cm
24
24
25
25
9,00 26
3,97
laje impermeável
27
26
15,67
Escola de Dança Térreo
B
C
1.568,40m²
27
6,15
A
5.492,88m²
Terreno
25,15
Teatro
D
E
F
G
H
I
J
K
L
M
N
O
P
Q
R
S
T
U
V
X
Térreo
1.426,42m²
Total
2.994,82m²
Área Permeável (5%)
Z
RUA MARIANA JUNQUEIRA
274,64m²
C
A
ESC 1:175
01
N
IMPLANTAÇÃO
TFG - Arquitetura e Urbanismo Marcela Zingaretti Tiraboschi Orientador: Roberto Luis Ferreira
0
5
10
20 metros
2017 GSEducationalVersion GSPublisherVersion 481.40.41.100
SESC RIBEIRÃO PRETO
A
RUA VISCONDE DO RIO BRANCO C
03
A
B
D
C
E
F
G
H
I
J
K
L
M
N
O
P
Q
R
S
T
U
V
X
Z
17,33 3
+1,40 pátio de carga e descarga
1
P01
P02
P03
P04
1
10,18
11,85 2
2
11,00
P05
P06
+1,60 Pt 04
Pt 05
15,10
7,85
P07
+3,70
P08
+3,70
depósito palco (cenários e figurinos)
4
Pt 07
P10
piso: tablado de madeira revestido de linóleo paredes com isolamento acústico isolamento acústico 9,85
P11
4
P12
isolamento acústico
+2,80
isolamento acústico
P13
5
+3,70
4,05
16,85
Pt 08
4,85
3,50
18,00
7,85
Pt 19
Pt 20
tela projeção de imagens
+2,80
6,83
8,85
Pt 34
P48
P49
setor administrativo escola e teatro
2,50
8,85
3,00 30
+3,70
plataforma deslizante para deficientes
WC masc . +3,70
13,85
+4,00 8,90 Pt 42 3,85
24,81
acesso à sala de som
4
5
16
+4,00
23
P63
3,00 P64 2,85
Pt 45
áreas (m²): 24
P65
WC PNE 1,85 P68
25
5.492,88m²
Terreno
26
P69
Escola de Dança
2
Térreo
1.568,40m²
13
11
10
9
12
Pt 46
C
+3,70
hall
1 14
8
B
recepção
15
7
5,85
Centro de Dança para Ribeirão Preto
22
P62
P66
6
27
Pt 44
21 P58
3
26
17
Pt 43
20
P60
hall P61
+3,70
WC PNE
P59 3,00
3,85
23
WC fem.
exposição
1,85
9,55
4,85
Pt 40
1,85
5,86
Pt 39
12,08
9,85 P57
P56
trocador infantil
4,50
1,85
P55
1,85
P54
+3,20
19
P53
5,85
P52
1,90
+3,70
B
P47
P51
P50
+2,80
café
2,20
5,00
Pt 37
A
29,80
18
1,40
Pt 33
Pt 38
Pt 41
P27
17
circulação
cobogós
Pt 35
9,00 9, ,00
25
16
bancada alta h=1,10m
P23 P46
armários/arara para figurinos
21
24
P43
3,65
sala de reuniões
+3,85
Pt 36
+3,70
circulação
+3,70
camarim 03
22
cantina
4,85
Pt 32
isolamento acústico
20
15
caixa
+3,70
+3,70 5,85
rampa
rampa
Pt 31
foyer
cobogós
P45
Pt 28
Pt 30
9,75
circulação
P44
5,85
14
P37
Pt 29
hall 19
P40
camarim 02
wc masc pne
Pt 27
P39
P36
P42
armários/arara para figurinos
Pt 25
12
P34
1,85
2,85
2,85
1,85
Pt 26
Pt 24
1,85
18
P38
Pt 18
1,81
wc fem pne 1,85
P35
6,85
+1,90
wc masc
P33
P41
Pt 17
11
13
+3,70
+2,80
teatro capacidade: 301 pessoas piso carpete
Pt 16
16
Pt 21
P30
diretoria 4,30
10
vestiário masc.
4,85
bastidor vertical
saída de emergência
Pt 23
+3,70
P26
Pt 13
3,50
cortina
Pt 15
9
02
Pt 11
Pt 10
8
banco de apoio
sala dos professores
15
B
P29
armários/arara para figurinos 5,85 camarim 01
Pt 22
P25
13,15
04
11,00
+2,80
Pt 12
wc fem
WC PNE
P31
+2,80
Pt 09
4,35
banco de apoio
+1,80
coxia
palco
14
17
P28
9,82
+2,80
P22
3,85
P21
P32
coxia
Pt 14
3,85
5,85
P27
isolamento acústico
12
1,85
3,85
+2,80
poço de passagem das manobras
11
P20
P24
6,85
RUA ÁLVARES CABRAL
hall
perna ou rompimento
13
2,00
rotunda
P23
1,85
9
7
3,85
+3,70
48,15
coxia
banco de apoio
3,85
+3,70
ambulatório/ primeiros socorros
i=8%
3,74
painel de madeira absorvente
10
banco de apoio
hall/ área de exposições
Pt 03
8
6
P19
RUA TIBIRIÇA
Pt 02
5
vestiário fem.
3,85
Pt 01
7
P18
P17
P16
5,85
bancos em concreto
6,85
11,18
P15
P14
3,78
6
P14
6,03
Pt 06
+3,70
P09
piso: tablado de madeira paredes com isolamento acústico
piso: tablado de madeira revestido de linóleo paredes com isolamento acústico
3
sala 01 (ballet clássico e street dance) P.D=7,00m
sala 02 (sapateado) P.D=5,00m
sala 03 (grandes ensaios e aulas de ballet clássico) P.D=6,00m
15,17
EDIFICAÇÕES EXISTENTES
3
27
Pt 47
D
E
Teatro
F
G
H
I
J
K
L
M
N
O
P
Q
R
S
T
U
V
X
Térreo
1.426,42m²
Total
2.994,82m²
Área Permeável (5%)
Z
RUA MARIANA JUNQUEIRA
274,64m²
C
A
ESC 1:175
01
TFG - Arquitetura e Urbanismo
PLANTA TÉRREO
N
Marcela Zingaretti Tiraboschi Orientador: Roberto Luis Ferreira
0
5
10
20 metros
2017 GSEducationalVersion GSPublisherVersion 481.40.41.100
SESC RIBEIRÃO PRETO
A
RUA VISCONDE DO RIO BRANCO C
03
A
B
C
D
E
F
G
H
I
J
K
L
M
N
O
P
Q
R
S
T
U
V
X
Z
1
1
2
2
EDIFICAÇÕES EXISTENTES
3
2,85
14,82
3
vazio sala de aula área técnica
vazio sala de aula
6,84
vazio sala de aula
2,85 4
4
alçapão de acesso à caixa d'agua
5
5
caixa d'água 6
4,85
D02
04
8
7 8
9
9
10
10
11
11
12
12
varões de aço para cenários e elementos cênicos
13
13
14
14
15
15
telhado jardim
bastidor horizontal calha 40cm
16
B
telha sanduíche i=5%
telha sanduíche i=5%
02
RUA ÁLVARES CABRAL
7
RUA TIBIRIÇA
7,82
6
16
17
17
18
18
19
19
B
nuvens acústicas
telha sanduíche i=5%
telha sanduíche i=5%
telha sanduíche i=5%
20
20
21
21
22
22
23
23
24
24
25
25
Centro de Dança para Ribeirão Preto áreas (m²):
26
5.492,88m²
Terreno
26 16
5
3
4
+6,95
17
Escola de Dança
sala de som
6
2
Térreo
15 1 14
7
8
1.568,40m²
13
11
10
9
12
27
27
Teatro
A
B
C
D
E
F
G
H
I
J
K
L
M
N
O
P
Q
R
S
T
U
V
X
Térreo
1.426,42m²
Total
2.994,82m²
Área Permeável (5%)
Z
RUA MARIANA JUNQUEIRA
274,64m²
C
A
ESC 1:175
01
PLANTA SUPERIOR
N
TFG - Arquitetura e Urbanismo Marcela Zingaretti Tiraboschi Orientador: Roberto Luis Ferreira
0
5
10
20 metros
2017 GSEducationalVersion GSPublisherVersion 481.40.41.100
SESC RIBEIRÃO PRETO
A
RUA VISCONDE DO RIO BRANCO C
03
B
C
D
E
F
G
H
I
J
K
L
pátio de carga e descarga
0,50
N
O
P
Q
S
0,50P02
10,18
P01
R
0,50
1,85
1
M
2
T
U
V
P03
X
Z
P04
9,18
1,85
A
2
8,00
9,80
EDIFICAÇÕES EXISTENTES
11,85
projeção edificação
3
11,00
10,00
P05
10,00
P06
P07
P08
9,04
25,25
3
1
0,50
4
4
praça seca +0,55
5
5 P10
6
P11
P09
6
P12
9
9
10
04
B
11
0,45
11
10
12
12
13
13
14
14
15
15
16
16
17
17
18
18
19
19
20
20
21
21
22
22
23
23
24
24
25
25
26
26
02
8
0,45
8
RUA TIBIRIÇA
7
RUA ÁLVARES CABRAL
7
B
Centro de Dança para Ribeirão Preto áreas (m²): 5.492,88m²
Terreno Escola de Dança Térreo 27
1.568,40m²
27
Teatro
A
B
C
D
E
F
G
H
I
J
K
L
M
N
O
P
Q
R
S
T
U
V
X
Térreo
1.426,42m²
Total
2.994,82m²
Área Permeável (5%)
Z
RUA MARIANA JUNQUEIRA
274,64m²
C
A
ESC 1:175
01
PLANTA SUBSOLO 0
5
10
20 metros
NN
TFG - Arquitetura e Urbanismo Marcela Zingaretti Tiraboschi Orientador: Roberto Luis Ferreira 2017
GSEducationalVersion GSPublisherVersion 481.40.41.100
160
programa de atividadeS
1
USO RESTRITO O setor administrativo do novo Centro de Dança, assim como as salas técnicas do teatro deverão ser de uso restrio apenas aos funcionários do novo equipamento, e equipe técnica das escolas que dança que poderão também se apresentar no teatro proposto. A sala de reuniões, poderá ser acessada também por pais e responsáveis dos alunos da escola de dança, desde que acompanhados por um funicionário do complexo e apenas no horário agendado da reunião.
QUADRO DE ÁREAS TEATRO Depósito Palco Sala de Som
118,53 m2 22,52 m2
ESCOLA DE DANÇA Sala de Reuniões Administração Diretoria Sala dos Professores
40,07 m2 47,77 m2 26,37 m2 33,22 m2
161
2
USO PÚBLICO O novo Centro de Dança contará com grande participação da população da cidade de Ribeirão Preto para suas atividades, já que todas as apresentações realizadas no teatro serão abertas ao público. Os espaços de circulação do teatro, como o foyer, e na escola de dança, junto a recepção, foram projetados de modo a receber diversos tipos de exposições, seja de fotos, esculturas, quadros, trabalhos realizados em parceria com o SESC - RP, ou qualquer outro tipo de exposição. Para a área destinada ao público no Foyer, foi respeitada a lei _____ onde exige o espaço de 1 m2 (um metro quadrado) para cada 3 pessoas que possam frenquentar o teatro.
QUADRO DE ÁREAS TEATRO Foyer WC Foyer Feminino WC Foyer Masculino Platéia
122,74 m2 3,42 m2 3,42 m2 498,43 m2
ESCOLA DE DANÇA Recepção WC Masculino WC Feminino WC Masc. PNE WC Fem. PNE Café Praça Seca 162
216, 89 m2 24,40 m2 24,40 m2 3,42 m2 3,42 m2 57,47 m2 790,90 m2
3
USO RESTRITO AOS ALUNOS As salas de aula e espaço como os vestiários, presentes no lounge das salas de dança, serão destinados apenas aos alunos matriculados em aulas no Centro de Dança, o acesso poderá ser realizado em qualquer horário, desde que o mesmo esteja portando sua carteirinha de identificação para acesso às catracas. Os alunos terão seus próprios armários nos vestiários para uso durante a atividade. O auditório para apresentações será de uso público, porém apenas quando houverem apresentações. Em dias sem espetáculo, seu uso fica restrito aos funcionários e alunos do Centro de Dança para ensaios gerais e manutenção. Os camarins terão o mesmo sistema de acesso do auditório, porém ao inves de ser aberto ao público em dias de apresentação, será aberto apenas à aqueles que forem se apresentar no auditório.
QUADRO DE ÁREAS TEATRO Palco Coxias Camarim 01 Camarim 02 Camarim 03 Circulação
122,74 m2 3,42 m2 3,42 m2 498,43 m2 51,76 m2 70,90 m2
ESCOLA DE DANÇA Ambulatório WC Ambulatório Circulação/Exposição Vestiário Masculino Vestiário Feminino Sala 01 Sala 02 Sala 03
47,63 m2 3,42 m2 431,10 m2 43,95 m2 43,95 m2 146,27 m2 106,87 m2 182,82 m2 163
164
telha sand terças jardim
detalhamento construtivo O novo Centro de Dança estão detalhadas a seguir:
viga metál
terra
saturação d'agua copos de apoio apresentará três argila expandida
calha
diferentes tipos de cobertura para seus edifícios, as mesmas
laje de cobertura
detalhamento cobertura salas de aula esc 1:25
detalhamento telhado jardim esc 1:25
rufo pingadeira platibanda
camada de regularização e caimento i=2% viga
tubo AP 4"
detalhamento laje impermeabilizada sem trânsito esc 1:25
jardim
aba longa telha sanduíche
terra
terças
saturação d'agua copos de apoio argila expandida
viga metálica
laje de cobertura
calha
detalhamento telhado jardim esc 1:25 detalhamento cobertura salas de aula esc 1:25 rufo pingadeira
platibanda
165 camada de regularização e caimento i=2% viga
27
25
2,97
8,76
1,96
0,15
2,50
2,50
2,50
6,56
3,38
1,64
0,98
forro de gesso revestido de carpete
nuvens acústicas de madeira refletora
1,96
7,34
6,78
6,00
5,85 acesso à sala de som 4,00
CORTE AA ESC 1:175
Version rsion 473.41.41.100
166
27
25
platéia 1,90
3,00
ponto crítico
1,06
2,25
1,60
2,80
0,15
2,75
1,10
palco 2,80
07
2,62
1,10
1,10
3,70
3,00
ponto crĂtico
palco 2,80
1,06
1,60
6,00
1,10
17,90
varĂľes
deira
12,64
6,56
gesso revestido de carpete
07
167
B
C
D
E
F
6,70
9,88
A
palco 2,80
CORTE BB ESC 1:175
Version rsion 473.41.41.100
168
A
B
C
D
E
F
J
K
L
M
N
O
P
Q
R
2,80
T
U
V
X
3,85
4,75
4,55
0,15 0,70
0,16 1,00
2,70 0,15 3,85
S
2,00
I
2,64
H
sala de reuniões 3,70
circulação 3,70
circulação 3,70
cantina 3,70
0,15
camarim 02 2,80
3,55
G
1,00
F
F
G
H
I
J
K
L
M
N
O
P
Q
R
S
T
U
V
X
15
14 13
12 11 10 9
15
14 13
12 11 10 9
0,43 3,12
3,55
5,70
circulação 3,70
0,45 0,45
ersion ion 473.41.41.100
170
27
26 25 24
23
22 21 20
19
18
17
16
2,10
2,10
0,15
recepção/exposição 3,70
CORTE CC ESC 1:175
1,15
16
1,00
17
3,12
18
0,15 1,00 1,00
19
0,43
22 21 20
0,15
23
0,45 0,45
26 25 24
2,15
27
14 13 2,10
2,10
12 11 10 9 8 7
1,00
6 5 0,85
0,15 0,70 1,00
1,00
5
7,50
1,15
0,15 1,00 1,00
7,50
0,43
0,43
6
0,15
3,12
3,12
8 7
3,00
0,15
0,15
0,15
12 11 10 9
3,00
0,45 0,45
0,45 0,45
14 13 4
exposição 3,70
4
3
3
2
2
1
sala de aula 3,70
0,55 0,87
1
171
memorial descritivo FUNCIONAL
O memorial destritivo a seguir descreve as atividades a serem exercidas dentro de cada espaço setorizado anteriormente do novo Centro de Dança, por essa razão, apresenta um caráter funcional.
PRAÇA SECA: A praça seca foi projetada pensando nas características da prática da dança de rua, sendo um espaço ao ar livre tanto para prática de aulas de dança, quanto para manifestações artísticas em geral. RECEPÇÃO: a recepção da escola será o primeiro ambiente em que os usuários do equipamento irão entrar; nela serão realizadas as matrículas e o primeiro contato entre o aluno e o novo espaço a ser frequentado por ele. O ambiente conta com uma área de estar, onde os responsáveis pelos alunos poderão aguardar qualquer atendimento ou término de aula, e também com uma área onde serão expostos trabalhos realizados por alunos do centro de dança e do SESC Ribeirão Preto. ÁREA ADMINISTRATIVA: Será o local destinado ao funcionamento e administração tanto da escola de dança quanto do teatro, como agendamento de espetáculos a serem apresentados no teatro, organização da parte financeira, arquivamento de documentos que forem considerados importantes para o Centro de Dança. SALA DE REUNIÕES: Onde acontecerão todas as reuniões que forem pertinentes à assuntos do teatro e da escola de dança, como reunião entre pais e professores, fornecedores de equipamentos cênicos, elaboração dos espetáculos de final de temporada da escola (como final e meio de ano), negociações financeiras, entre outros. DIRETORIA: Espaço destinado à pessoa que ficará encarregada por todo o funcionamento do local, com o objetivo de administrar todo o espaço e ter controle de todas as atividades que forem oferecidas pela escola e pelo o teatro. SALA DOS PROFESSORES: Espaço destinado ao bem estar dos professores do Centro de Dança, onde poderão deixar seus pertences armazenados enquanto trabalham e também onde poderão descansar e fazer os intervalos necessários entre uma aula e outra. O espaço contará com mesa, sofá, televisão, armários, e também um espaço com frigobar e máquinas de café. AMBULATÓRIO: O ambulatório dará apoio aos alunos que se lesionarem em aula, ou aos alunos e funcionários que sintam algum mal estar durante o expediente. O espaço contará com três macas, três mesas de apoio com equipamentos que possam ser necessários para tratamento de primeiros socorros dos que precisarem, sofá para espera, refrigerador para armazenamentos de bolsas frias e alguns medicamentos que possam precisar ficar armazenados longe do calor. 172
SALAS DE AULA: Em geral, as três salas de aula serão equipadas com barras fixas nas paredes, barras móveis apoiadas nas laterais, que serão utilizadas em momentos da aula, estantes para armazenamento das bolsas e materiais dos alunos que estiverem em aula, aparelho de som, piano, uma poltrona e mesa para os professores que estiverem dando aula. As materialidades dos pisos das salas de aula são diferentes entre elas, e serão detalhados no sub capítulo a seguir. VESTIÁRIOS: O vestiário presente na escola contará com duchas para que os alunos que saiam das aulas possam utilizar no término da aula antes de ir embora. CANTINA: A cantina estará a disposição dos alunos, pais e funcionários da escola para adquirirem lanches enquanto estiverem na escola, terá ligação com o espaço de circulação interna do edificío (restrito aos alunos) e também ligação com parte da recepção e área de exposição, onde os responsáveis pelos alunos estarão enquanto os esperam. FOYER: O foyer do teatro contará com toilletes masculinos, femininos e adaptados à acessibilidade, um café para estar a disposição dos usuários do teatro enquanto aguardam o início do espetáculo e também durante os intervalos, além de mobiliários que pensarão no conforto e bem estar dos usuários. PLATÉIA: O espaço destinado à plateia contará com 301 lugares, além dos __% necessários para deficientes fisicos e obesos, respeitando a NBR9050. Os assentos serão de cadeiras numeradas e fixas ao chão, estofadas e confortáveis para o público. PALCO: O palco será de madeira, o que ajuda na acústica do ambiente, com uma altura de 1,00 metro do chão, será composto com todos os equipamentos necessários para que um espetáculo ocorra, em questão de iluminação, espaços para cenários, boca de cena, e etc. DEPÓSITO DE PALCO: O depósito do palco servirá para armazenagem de cenários e elementos de cena já utilizados em espetáculos no teatro. Terá uma ligação bem próxima com o hall do palco e a área de carga e descarga. ÁREA DE CARGA E DESCARGA: Por onde entrarão todos os elementos de cena, como cenários, ornamentos, figurinos, etc. O espaço fica localizado na Rua Visconde do Rio Branco, e um recuo dentro de lote de implantação do projeto, e apresenta proximidade com o SESC, já que muitas vezes, alguns elementos produzidos no SESC serão utilizados no teatro, e a sua entrada será pela área de carga e descarga. CAMARINS: São três camarins presentes no teatro, que servirão de apoio para os bailarinos e atores que forem se apresentar no teatro. Os camarins contam com excelente iluminação, duchas e sanitários para uso, além de espaços para armazenar itens pessoais e ambientes de estar.
173
ELEVAÇÕES
ELEVAÇÃO RUA MARIANA JUNQUEIRA
MATERIALIDADES As materialidades escolhidas para as elevações externas dos dois novos edifícios que compõe o novo Centro de Dança de Ribeirão Preto, foram escolhidas para dar um destaque às novas edificações diante do entorno em que estão sendo implantadas. Entorno que é composto por edificações mais antigas, por estarem no centro da cidade de Ribeirão Preto, em uma área bem valorizada da cidade.
ELEVAÇÃO RUA visconde do rio branco 174 ELEVAÇÃO RUA VISCONDE DO RIO BRANCO
175
ELEVAÇÃO RUA tibiriça
ELEVAÇÃo rua álvares cabral ELEVAÇÃO RUA ALVARES CABRAL
176
177
materialidades internas
Figura 10.05 - Imagem referente à sala de aula destinada à modalidade de sapateado no novo Centro de Dança. Fonte: Acervo da Autora
Alguns dos elementos essenciais para a caracterização da personalidade do edifício escola, são as diferentes materialidades que compõe seus ambientes, principalmente dentro das três salas de aulas existentes. A sala destinada à prática do sapateado apresenta uma necessidade bem diferente da sala de ballet clássico, que é o piso em madeira, o que, além de melhorar a propagação e altura do som feito pelos sapatos nos pés dos bailarinos, também ajuda na segurança, já que passa a haver um certo atrito entre o chão e o sapato, que faz com que a chance do sapateador cair e se lesionar se torne menor.
178
Figura 11.05 - Imagem referente à sala de aula destinada à modalidade de ballet clássico e também grandes ensaios no novo Centro de Dança. Fonte: Acervo da Autora
As salas de ballet clássico já devem apresentar um outro tipo de material no piso, que melhorará a performance dos bailarinos, linóleo. Por baixo do linóleo pode ser qualquer tipo de superfície, mas o uso do mesmo é essencial. O linóleo apresenta com o ballet clássico a mesma relação do piso de madeira com o sapateado, com excessão do som, já que o ballet tende a ser uma modalidade de extrema leveza de seus bailarinos.
179
detalhamento acústico
O detalhe acústico representado ao lado foi projetado para as salas que necessitavam de acabamento acústico da Praça das Artes, em SP, e será o mesmo acabamento a ser implantado no novo Centro de Dança. Já que, como veremos na prancha a seguir, abaixo das salas de aula, está localizada a Praça Seca, onde também acontecerão manifestações de dança, o que cria a necessidade de um acabamento acústico nos pisos das salas de aula. As paredes que apresentaram acabamento acústico são as de divisões de Salas de Aula e também as do teatro, para que não ocorra interferência de som com o que estiver acontecendo dentro do ambiente. Figura 12.05 - Detalhamento acústico de pisos e paredes que foram utilizados na Praça das Artes e também será proposto para o novo Centro de Dança. Fonte: Praça das Artes Acesso: <https://goo.gl/nBzu5z>
Figura 13.05 - Imagem referente à sala de aula destinada à modalidade de sapateado no novo Centro de Dança. Fonte: Acervo da Autora
180
Scanned by CamScanner
Figura 14.05 - Imagem referente à sala de aula destinada à modalidade de ballet clássico no novo Centro de Dança. Fonte: Acervo da Autora
181
Figura 15.05 - Imagem referente à entrada dos alunos no Centro de Dança. Fonte: Acervo da Autora
Os materiais escolhidos para maior uso dentro da escola são básicos, são o concreto para as paredes e lajes nervuradas aparentes, e o piso de madeira que traz uma sensação maior de conforto e acolhimento para a escola de dança. Os detalhes que deixam os ambientes com as características mais marcantes e condizentes com o seu conceito são os graffitis que estão sendo projetados para acontecer não apenas no exterior, mas também no interior do edifício, e também os cobogós, que além de ajudar na estética, apresentam um ponto forte na hora de iluminar e ventilar os ambientes em que estão instalados.
182
Figura 16.05 - Imagem referente a espaço destinado à exposição dentro do novo Centro de Dança. Fonte: Acervo da Autora
sistema estrutural O sistema estrutural escolhido para o projeto, será composto de elementos que permitam a edificação vencer vãos livres que serão necessários para sua execução, como a Laje Nervurada em concreto armado e protendido, que além de auxiliar nessa necessidade do projeto, também apresenta um custo mais baixo para execução, devido a menor utilização de concreto para sua composição. O uso das lajes nervuradas chega a permitir a existência de vãos de até 20 metros livres.
Figura 17.05 - Detalhamento de Laje Nervurada. Fonte: UFRGS Acesso em: <https://goo.gl/SUtt2L>
183
184
A PRAÃ&#x2021;A SECA
185
TEATRO SESC RIBEIRÃO PRETOcarpete absorvente
detalhes e m chapa d e madeira reflexora para ajuste do tempo de reverberação do teatro
CORTE 3D - TEATRO
Figura 18.05 - Corte 3D do teatro. Fonte: Acervo da Autora
nuvens acústicas e m madeira refletora estrutura espacial metálica
painel de madeira absorvente
Para cáculos técnicos de reverberação do teatro projetado para o novo Centro de Dança, foram utilizados os métodos propostos pela Armstrong Ceilings, empresa especializada em acabamentos acústicos, com excelência em seus resultados. Para isso, uma planilha foi devidademente preenchida com todos os materiais de acabamentos de paredes e piso, e também de mobiliários que estarão instalados no local, para que o resultado fosse satisfatório. 186
Figura 19.05 - Estudo de reverberação feito através do site Armstrong para o teatro a ser implantado. Fonte: Acervo da Autora
Figura 20.05 - Imagem representatida do palco do teatro. Fonte: Acervo da Autora
Figura 21.05 - Imagem representativa da platĂŠia do teatro. Fonte: Acervo da Autora
187
Scanned by CamScanner
A nova volumetria do complexo de Dança é foi pensada, a partir da sua terceira proposta, como dois blocos independentes mas, que ao mesmo tempo, se mantivessem interligados através das atividades exercidas dentro de cada edifício a ser projetado.
ESTUDOS VOLUMÉTRICOS
Scanned by CamScanner
Scanned by CamScanner
Figura 22, 23 e 24.05 (acima) - Croquis de estudo para a volumetria final do novo complexo de Dança. Fonte: Acervo da Autora
188
Figuras 25.05 (acima) e 26.05 (abaixo) - Imagens referentes à volumetria do novo Centro de Dança, com foco no edifício da escola. Fonte: Acervo da Autora
189
Figuras 27.05 (acima) e 28.05 (abaixo) - Imagens referentes à volumetria do novo Centro de Dança, com foco no edifício da escola, principalmente na Praça Seca. Fonte: Acervo da Autora
190
Figuras 29.05 (acima) e 30.05 (abaixo) - Imagens referentes à volumetria do novo Centro de Dança, com foco na parte central da quadra, que permite uma permebilidade maior dos pedestres pela quadra. Fonte: Acervo da Autora
191
Figura 31.05 - Imagens referentes à volumetria do novo Centro de Dança. Fonte: Acervo da Autora
192
193
Figura 32.05 - Imagens referentes à volumetria do novo Centro de Dança, com foco no teatro a ser implantado. Fonte: Acervo da Autora
194
195
Figura 33.05 - Imagens referentes à volumetria do novo Centro de Dança, com foco no teatro a ser implantado. Fonte: Acervo da Autora
196
197
considerações finais
Durante o ano de 2017 pude dedicar grande parte do meu tempo à confecção deste trabalho; trabalho que finalizo com imensa gratidão, por ter conseguido chegar até o ponto que cheguei, e ciente de que há sim melhorias que podem ser aplicadas ao projeto, que variam entre o ponto de vista de cada observador deste caderno. Porém, concluo este trabalho realizada e extremamente satisfeita com o resultado. Espero poder contonuar meus estudos diante deste TFG quando a oportunidade ressurgir. Obrigada! 198
199
FARO, Antônio José. Pequena História da Dança. Rio de Janeiro, 1986, Jorge Zahar Editor. MACHADO, Amália; SALLES, Flávio. TAP. Rio de Janeiro, 2003, Editora Addresses. AGOSTINI, Bárbara Raquel. Ballet Clássico. Jundiaí, 2010. Editora Fontoura. BOGÉA, Inês. O Livro da Dança. São Paulo, 2002. Companhia das Letras. MENDES, Miriam Garcia. A Dança. São Paulo, 1985. Editora Ática. NANNI, Dionísia. Dança Educação. Rio de Janeiro, 1967. Editora Sprint. LAM, Sharon. Como projetar assentos para teatros: 21 layouts detalhados. Disponível em: <http://www.archdaily.com.br/br/799627/como-projetar-assentos-para-teatro-21-layoutsdetalhados>. Acesso em 30 de maio de 2017. SITE CIDADE DE RIBEIRÃO PRETO. Descritivo da cidade. Disponível em <http://www.cidadederibeiraopreto. com.br/descritivo3773-ribeirao-preto-origem-do-nome-e-fundadores.html> Acesso em 02/04/2017 SILVA, M.J.V. LOPES, P.W.; XAVIER, S.H.V. Acesso a Lazer nas Cidades do Interior: um Olhar Sobre Projeto CINE SESI Cultural. VI Seminário 2009 ANPTUR. São Paulo/SP, 2009 NEVES, Renata Ribeiro. Centro Cultural: a Cultura à promoção da Arquitetura. Revista Especialize On-line IPOG. Goiânia, 2013. FILHO, José dos Santos Cabral. Arquitetura Irreversível. Disponível em: <http://www.vitruvius.com.br/ revistas/read/arquitextos/08.089/202 >. Outubro, 2007. Acesso em 05/03/2017. Sala São Paulo - História. Disponível aspx?pagina=historia>. Acesso em 25 de fevereiro de 2017.
em:
<http://www.salasaopaulo.art.br/paginadinamica.
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REfERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS