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Ponto Conceitualmente o ponto é a unidade mínima dos elementos usados nas representações. Ele não tem comprimento, nem largura, nem espessura. Nenhuma dimensão. Mas ele parece existir. Ele está presente no encontro de duas linhas – e nos seus extremos, seja no fim ou no começo. O ponto indica uma posição no espaço. O ponto quando visível apresenta uma forma arredondada e natural. Apesar da absoluta simplicidade, o ponto tem um grande poder de atração visual. Sozinho é capaz de focar EXEMPLO 3 o olhar. Acompanhado é possível estabelecer relações e ritmos. •Unidade mínima da comunicação visual, a mais simples,
serve como referência, pois tem grande poder de atração visual.
EXEMPLO 1 •Direcionam o olhar, quanto mais próximos entre si,
mais intenso é o direcionamento.
EXEMPLO 2
2
EXEMPLO 4
Linha A trajetória de um ponto no espaço, ou uma sequência de pontos, forma uma linha. A linha é delimitada por um ponto inicial e um ponto final e, por sua vez, delimita a borda de um plano. Ela tem comprimento mas não tem largura. A linha não é estática como o ponto. Ela indica uma direção e induz ao movimento. A linha raramente ocorre na natureza, ela mais comumente aparece como o resultado da representação da justaposição de tons diferentes. No EXEMPLO 2 desenho, a forma que a linha assume é diretamente o registro de um movimento. Daí a capacidade expressiva única. •Quando os pontos estão tão próximos que se tornam indistinguíveis, aumenta a sensação de direção: linha
EXEMPLO 1
EXEMPLO 3
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Plano / Forma O plano é limitado por linhas e por sua vez delimita um volume. Conceitualmente ele tem largura e comprimento, mas não tem espessura. O plano seria a trajetória de uma linha em uma direção que não coincida com o comprimento desta linha. Qualquer elemento que possua dimensões proporciona a percepção de um formato. Existem três formas básicas: O círculo; O quadrado; O triângulo equilátero
EXEMPLO 2
EXEMPLO 1
Obs: A linha descreve sempre uma forma. Na linguagem das artes visuais, a linha Articula a complexidade da forma. EXEMPLO 3
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Volume Seguindo a receita do ponto que faz a linha, da linha que faz o plano, um plano, em um movimento que não coincida com suas dimensões, formará um volume. Visualmente, a sugestão de espessura faz com que as formas pareçam tridimensionais. Uma diferença tonal também garante a percepção de volume, mesmo em uma representação bidimensional. Sendo assim, no desenho, o volume é uma ilusão. •É uma noção de perspectiva, que pode ser natural ou
criada atraváes do desenho, da pintura ou de uma plataforma digital. EXEMPLO 2
EXEMPLO 1
EXEMPLO 3
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Perspectiva Nas representações bidimensionais (desenho, pintura, foto, vídeo...) a dimensão e a profundidade também são ilusórias. A sensação de dimensão pode ser enfatizada pelo domínio da perspectiva, que se baseia na ideia de que retas paralelas no espaço convergem para um ponto quando representadas em um plano. Antes do séc. XIV a representação realista do espaço era rara. A sensação de profundidade surge na pintura renascentista.
• A aplicação das linhas pontilhadas 1, 2 e 3 convergentes
para o ponto P constroem as arestas de suas faces A e B causando afunilamento a medida que se distanciam do primeiro plano, gerando um efeito visual de volume. Reproduzindo com isso, as características que são próprias da perspectiva. PONTO DE FUGA EXEMPLO 2 1 2 A
3 B
EXEMPLO 1
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Escala Todos os elementos visuais interagem uns com os outros. Isso quer dizer que nada está isolado, tudo se relaciona e se modifica. Assim como os valores tonais relativos dependendo do que está do lado. O grande não é grande sem o pequeno. Aprender a relacionar a escala com o objetivo e o significado é essencial na estruturação da mensagem visual. Trabalhar com a sensação que a escala produz pode fazer uma pessoa baixa parecer mais alta ou um cômodo muito grande parecer aconchegante.
EXEMPLO 3
•Escala também diz respeito à relação com espaços ou
ambientes.
EXEMPLO 1
EXEMPLO 2
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Textura É uma característica da superfície. As texturas na natureza têm qualidade táteis e óticas. Os padrões impressos são apenas visuais. Ao desenhar, é importante perceber que nos materiais, quanto mais lisa uma superfície, mais reflexão ela terá.
EXEMPLO 2
EXEMPLO 1
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EXEMPLO 3
Tom O ser humano enxerga graças à presença ou ausência de luz. A luz atinge os objetos e é refletida de formas diferentes. As variações tonais são interpretadas pelo cérebro inclusive ajudando a percepção de dimensões e profundidade. Os meios de reprodução são pobres ao simular gradações tonais se comparados com a natureza. Com a linha é possível representar, mas é pelo controle dos tons que é possível se aproximar da realidade através de luzes e sombras. EXEMPLO 3
EXEMPLO 1
EXEMPLO 2
EXEMPLO 4
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Cor A cor é uma interação da luz refletida nas superfícies do objeto que está sendo observado. Em termos de reprodução da cor, temos dois sistemas: podemos obter cor através da manipulação da luz (RGB, sistema aditivo) ou do pigmento (CMY, sistema subtrativo). A cor é a combinação de 3 características: O Matiz – a cor propriamente dita, ou seja, simplesmente o nome que falamos quando identificamos a cor. Existem três matizes primários: amarelo, vermelho e azul. Da combinação deles formam-se os matizes secundários. E depois, a partir de novas combinações se chega ao círculo cromático de 12 matizes.
EXEMPLO 2
A DIMENSÃO MATIZ DA COR EXEMPLO 3
MATIZES PRIMÁRIOS: AMARELO, VERMELHO E AZUL 10% 30%
60%
EXEMPLO 1
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EXEMPLO 4
A Saturação – é a pureza relativa de uma cor. Vai de uma espécie de cinza ao matiz puro. Para entender este elementos da cor, pense que ao “tirar” a saturação de uma imagem, obtém-se uma imagem em preto e branco. Todos os elementos nesta imagem ainda serão perfeitamente identificáveis. Já, ao aumentar a saturação na televisão, por exemplo, as cores ficam tão vivas que nos causam incômodo.
EXEMPLO 2
A DIMENSÃO SATURAÇÃO DA COR
EXEMPLO 3
EXEMPLO 1
EXEMPLO 4
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O Brilho – vai do claro ao escuro. Sua variação é diferente da saturação. Agora podemos ir da tela branca à tela preta, estamos alterando a quantidade de luz. Os elementos na imagem perderão seus contornos por falta de contraste e não serão identificáveis nos níveis extremos da escala de brilho. EXEMPLO 2
EXEMPLO 3
EXEMPLO 1
EXEMPLO 4
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Direção Existem três grupos de direções visuais básicas. As direções horizontais e verticais formam a referência básica da nossa experiência visual. Precisamos de um plano horizontal, de um chão. É a partir dele que orientamos todos os outros objetos. Percebemos eixos verticais em uma base horizontal e isso confere estabilidade para a experiência visual. Logo após temos as diagonais. Elas criam instabilidade, perturbam o equilíbrio, mas aguçam a percepção. Por último a curva, responsável pela experiência de repetição, abrangência, fluidez.
Abrangência, infinitude, proteção, repetição.
Estabilidade, equilíbrio, enfado, honestidade, retidão, esmero.
EXEMPLO 2
Ação, conflito, instabilidade, tensão.
EXEMPLO 1 EXEMPLO 3
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Movimento O movimento é uma das expressões visuais mais impactantes na visão. O movimento está cada vez mais presente nas manifestações visuais. Porém, existe o movimento implícito nas informações visuais estáticas. Ainda antes do cinema, as artes visuais representavam o movimento a partir de uma referência imóvel. Na mente do observador, mesmo uma pintura pode conter muito mais movimento que um vídeo. E mesmo no vídeo, o movimento é uma ilusão criada por uma série de imagem estáticas, cada uma com uma ligeira modificação. Essa ilusão de movimento no vídeo é criada através de um fenômeno fisiológico chaEXEMPLO 2 mado “persistência da visão”.
EXEMPLO 1 MOVIMENTO EM TEXTURAS
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MOVIMENTO EM OBJETOS
EXEMPLO 3 MOVIMENTO EM LINHAS
Equilíbrio e Instabilidade É preciso sempre lembrar que o contraste é a base de todas as técnicas visuais. É o contraste que permite uma visão clara e que por sua vez permitirá o entendimento da mensagem visual. A percepção funciona sempre por comparação, então as técnicas visuais são mais facilmente compreendidas se forem pensadas como pares ao longo de um eixo, com as técnicas sendo o oposto uma da outra. O equilíbrio é o segundo elemento mais importante para a percepção, logo depois do contraste puro (aquele da presença ou ausência da luz). O ser humano busca, com o olhar, o equilíbrio que a marcação horizontal – e em seguida a vertical – conferem a uma composição. É possível transmitir uma mensagem de maior estabilidade com elementos bem equilibrados, enquanto a presença de diagonais e/ou enquadramentos propositalmente tortos, são inquietantes e provocadores, criando uma sensação de instabilidade.
EXEMPLO 2 INSTABILIDADE
EXEMPLO 1 EQUILÍBRIO
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Unidade e Fragmentação A unidade apresenta equilíbrio entre os elementos, harmonia, o todo é percebido como uma única coisa. Por outro lado, a fragmentação é a decomposição dos elementos, que podem estar correlacionados, mas são primeiramente percebidos como isolados. FRAGMENTAÇÃO
EXEMPLO 2
EXEMPLO 1
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UNIDADE
Minimização e Exagero A minimização é uma abordagem abrandada, que depende da máxima resposta por parte do observador, uma vez que a informação não está toda exposta. Ao contrário, na abordagem exagerada, exista uma ampliação da expressividade para além da realidade. Estes dois extremos alcançam resultados muito poderosos.
EXAGERO
MINIMIZAÇÃO
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Signo Um signo é algo que faz referência a outra coisa. Porém, não é a coisa em si. Um signo remete a algo e é também signo a própria impressão que isso deixa na mente. Existem signos visuais, musicais, teatrais e de muitas outras categorias.
SIGNO
SIGNIFICADO
(TÊNIS)
SIGNIFICANTE
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OBJETO REFERENTE
Ícone É um signo semelhante aquilo a que se refere. A propriedade que identifica um ícone é a fácil identificação, a correspondência direta. São ícones a fotografia, o desenho, um diagrama, um mapa ou mesmo uma representação imaginada.
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Índice É um signo que indica a existência de algo. É o resultado dessa existência. O som emitido pelas folhas e galhos é um índice da presença do vento passando pela árvore.
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Símbolo É um signo escolhido para representar algo. Existe um acordo que convenciona o significado do símbolo. Isso é definido culturalmente. As palavras e as bandeiras são exemplos de símbolos.
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AGRADECIMENTOS A Deus, pela minha vida,pelas oportunidades de aprendizado e pelo dom de fazer as coisas com o maior esforço possível. Agradeço à você professor, neste momento tão difícil desta pandemia onde nos encontramos isolados, meu muito obrigado a todo o auxilio que me proporcionou à distância. Grande abraço. DISCIPLINA: LINGUAGEM VISUAL PROFESSOR: JOÃO PEDRO ORNAGHI DE AGUIAR ALUNO: MARCELO HENNEMANN 24/06/2020 22
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