revistaUCS

Page 1

revistaUCS

Marรงo.2014 . Ano 2 . Nยบ 09

A UNIVERSIDADE COMUNITร RIA DA SERRA MENIMI, EIUSAM LICTIAM UT ESSIMODIAE NIT EUM REREPUDAE NEST, COMNIET VOLUPTUR, ILLIQUA


13

6

Rem et milit ipid post optatem

Aspoerus edit malae qnato

LOREN DOLLOR

20 | 20

Vennit eta place stolo

Loren Ip

Rem et milit post optatem

sum doll

or ficcus

16

Ne pa estrum fuga. Ut mi, sit ipsam ium dolecep udition senita doles il ilitissit laborepel idis porate vel istibusam nobis num eici dolor adit laccati restin corestotatem dolorer chicilibus dest ulpa cus quae exerionsed utention repero estibeatum, qui assimi, ut vollaborit, officiis enducipiet molupti aestibus estotatium vit, sime dusapienia nonet, veliti apistiam idebis am, adis sam, cuptas expercitis maximilicia dus que most hitatus, temquis untur re sendignime res nos eum assumquodis eatur? Quis ullab inum acit, audanda erchill aborum audi rem harum dolupicta commo berum volori sande dit lis eos res ut ape nestia porehent del mos mod miliquam, illore del molesci anditin reprem nulpa verferi tatessitae. Ut modi sequas mossime ntiscipsae modiatur, sam alibusciet recera verum utenimi ncitiorem quodit,

LOREN DOLLOR

Ne pa estrum fuga. Ut mi, sit ipsam ium dolecep udition senita doles il ilitissit laborepel idis porate vel istibusam nobis num eici dolor adit laccati restin corestotatem dolorer chicilibus dest ulpa cus quae exerionsed utention repero estibeatum, qui assimi, ut vollaborit, officiis enducipiet molupti aestibus estotatium vit, sime dusapienia nonet, veliti apistiam idebis am, adis sam, cuptas expercitis maximilicia dus que most hitatus, temquis untur re sendignime res nos eum assumquodis eatur? Quis ullab inum acit, audanda erchill aborum audi rem harum dolupicta commo berum volori sande dit lis eos res ut ape nestia porehent del mos mod miliquam, illore del molesci anditin reprem nulpa verferi tatessitae. Ut modi sequas mossime ntiscipsae modiatur, sam alibusciet recera verum utenimi

pa

tos

qe

du

mi

t|

Sam

us

axim

om

ilis

aut

Rem et milit ipid post optatem

7

6

Ne pa estrum fuga. Ut mi, sit ipsam ium dolecep udition senita doles il ilitissit laborepel idis porate vel istibusam nobis num eici dolor adit laccati restin corestotatem dolorer chicilibus dest ulpa cus quae exerionsed utention repero estibeatum, qui assimi, ut vollaborit, officiis enducipiet molupti aestibus estotatium vit, sime dusapienia nonet, veliti apistiam idebis am,

12

lat

ae vol ena s

epi ta

tun

Rem et milit post optatem

Ma ec

16

Ne pa estrum fuga. Ut mi, sit ipsam ium dolecep udition senita doles il ilitissit laborepel idis porate vel istibusam nobis num eici dolor adit laccati restin corestotatem dolorer chicilibus dest ulpa cus quae exerionsed utention repero estibeatum, qui assimi, ut

nd

um

MAECENA QUORUM VEFERI

veli cit|

Es

qua

ntu

m|

10

LOREN DOLLOR EPITATUM

Universidade de Caxias do Sul Reitor: Professor Isidoro Zorzi Vice-Reitor: Professor José Carlos Köche Pró-Reitor Acadêmico: Professor Evaldo Antonio Kuiava Pró-Reitor de Pesquisa, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico: Professor José Carlos Köche Diretor Administrativo e Financeiro: Professor Gilberto Henrique Chissini Chefe de Gabinete: Professor José Carlos Monteiro

Coordenação: Assessoria de Comunicação da UCS – Área de Imprensa Impressão: Gráfica Nordeste Tiragem: 9.000 exemplares Contato: (54) 3218.2255, imprensa@ucs.br www.ucs.br, @ucs_oficial, www.facebook.com/ucsoficial Leia também a revista no site www.ucs.br


LOREN DOLLOR FICCUS

“PASINT ÔDIQNIS UT ENIHIC TEM QUAM QUIAM RUM EST QUE LABORAT IO. DI AS AS”, DEMQUISIT

UM ANO DE NOVOS DESAFIOS O SEMESTRE SE INICIA, COM O COMEÇO DAS AULAS, PARA MAIS DE 37 MIL ALUNOS

A Lei Federal 12.881/2013 que cria as Instituições Comunitárias de Ensino Superior (Ices) foi sancionada pela presidente Dilma Rousseff, em 13 de novembro do ano passado. A UCS é uma das 15 instituições comunitárias de Ensino Superior no Rio Grande do Sul e que se enquadra nos critérios da nova legislação. Com a sanção, a educação superior passa a contar com três tipos de instituições: públicas, comunitárias e privadas particulares. O novo regramento também possibilita às comunitárias participarem da destinação de recursos orçamentários, através de editais reservados às instituições públicas, além de permitir a criação de convênios com o governo sem intermediários (prefeituras e governos estaduais). As instituições comunitárias passam a ser definidas como organizações de direito privado, constituídas por associações ou fundações. O patrimônio dessas entidades pertence à sociedade civil ou

ao Poder Público. Os resultados financeiros não podem ser distribuídos, e sim devem ser aplicados integralmente nas suas atividades. Conforme o reitor Isidoro Zorzi, esse novo status jurídico possibilitará a obtenção de recursos orçamentários em editais reservados, até então, às instituições estatais. “Isso se reverterá em qualidade para as nossas ações”, explica. O novo regramento vai permitir a ampliação de convênios com o governo. Segundo o professor Zorzi, a lei formaliza um reconhecimento da atuação pública que as instituições comunitárias desempenham, além de reconhecer um novo modelo de Instituições de Ensino Superior no sistema educacional do País. “Já apresentávamos os critérios de adequação exigidos pela lei. Mas, mesmo com a atuação de ensino, pesquisa e extensão, éramos considerados apenas como instituições privadas. Com as novas definições, tanto a comunidade

| NOME REPÓRTER | FOTO: FULANO DE TAL 4

Pablo Hammel Berwig gosta de matemática, pretende trabalhar com softwares e durante a graduação quer fazer um intercâmbio. Até colocar os sonhos em prática, no entanto, o jovem terá que enfrentar as primeiras disciplinas do curso de Engenharia de Computação. O desejo pela graduação veio na hora certa. Pablo pretendia fazer Engenharia Química, mas descobriu, no final do ano passado, que o curso na área de computação passou a ser ofertado pela UCS. Não deu outra, optou pela gradua-ção estreando no Vestibular de Verão. Pesou a favor o gosto pela informática e a vontade de fazer uma Engenharia. Filho de um bancário, Pablo teve, desde cedo, que conviver com as mudanças familiares. Apesar de ter nascido em Ijuí, no Norte do estado, Pablo já morou em cidades como Carazinho e Antônio Prado. Chegou a viver no Nordeste, quando o pai fora transferido para um trabalho em Maceió. Aos dez anos, porém, a família se cansou da vida itinerante e estabeleceu residência em Caxias do

Sul . O gosto pela cidade o fez se aproximar da UCS. Também contou pontos para a escolha a indicação da irmã, Karina Hammel Berwig, que recentemente concluiu Engenharia Química e se prepara para ingressar no Mestrado Profissional em Engenharia de Processos e Tecnologias. É ela quem o auxilia na adaptação à rotina. “Me interesso sobre aquilo que é científico. Tudo, até a menor coisa, tem uma explicação lógica”, comenta. Aos 17 anos, Pablo foi um daqueles alunos na escola que pouco precisava estudar matemática e física. “Se você gosta, entende mais fácil e não precisa estudar tanto”, explica o jovem, apresentando uma fórmula que parece simples. Guardadas as facilidades com os números, Pablo quer se dedicar ao máximo durante o curso universitário. O motivo é a necessidade de avançar na carreira que escolheu. “Eu quero ter uma vida estável, fazendo o que eu gosto. Quando você


NO TERRI TÓRIO DA LÍN GUA

“DALLA ITALIA NOI SIAMO PARTITI” DIZ A CANÇÃO “MÉRICA, MÉRICA”. SÍMBOLO DO PROCESSO DE COLONIZAÇÃO NO SUL DO BRASIL, A MÚSICA REFLETE SOBRE AS CONDIÇÕES DE VIDA DOS PRIMEIROS IMIGRANTES EM SOLO GAÚCHO

| NOME REPÓRTER |

“O ‘nosso dialeto’ já se tornou uma língua restrita a pequenos grupos. Normalmente, apenas os mais idosos ainda conversam entre eles em dialeto”, reflete a professora Giselle Olivia Mantovani Dal Corno, que pesquisa as relações entre os movimentos humanos e as transformações da língua. Professora no Programa de Pós-graduação em Letras, Cultura e Regionalidade, Giselle coordena a pesquisa “Léxico e identidade regional nas comunidades da antiga rota dos tropeiros”. Por meio dela, a pesquisadora analisa como elementos linguísticos podem refletir os traços da cultura tropeira na identidade dos descendentes de italianos na região. Num primeiro momento, a pesquisa focou sobre Criúva, distrito caxiense que testemunhou a passagem de muitas tropas – de gado, de mulas, de porcos –, especialmente a partir do século XVIII. Atualmente, o projeto está na segunda fase e estuda os distritos de Vila Seca e Ana Rech. Esses locais também serviram de postos de passagem para as tropas, especialmente pela oferta de serviços, como ferrarias e selarias, além de estabelecimentos para o pouso, alimentação e comércio. “O exemplo mais clássico é a casa de hospedagem da imigrante italiana Anna Rech. No local, muitos tropeiros passavam a noite antes de seguir viagem”, relata Giselle. Nesse contato entre diferentes culturas, as influências entre os idiomas acabaram se acentuando. “Nas regiões pesquisadas, houve uma miscigenação muito forte, resultando numa espécie de ‘serrano caxiense’, que tem entre seus hábitos tomar chimarrão e comer polenta”, ilustra. No campo da língua, essas influências se localizam na integração ao léxico de palavras específicas do vocabulário de cada cultura. Para os descendentes italianos, ao usarem o dialeto, é comum desenvolverem uma frase inteira, e em determinados momentos, utilizarem expressões ou palavras em português – e vice-versa. “Às vezes, chegam a utilizar uma pluralização típica do italiano para termos em português”, explica. Em relação ao tropeirismo, o que se observa é uma incorporação de palavras relacionadas a esse ofício ao vo-

cabulário Talian. Guaiaca, bruaca, xucro são exemplos de termos que passaram a permear o dicionário de ambos os grupos. Por outro lado, expressões típicas dos italianos foram incorporadas pelas comunidades que surgiram ao longo das rotas a partir da permanência dos tropeiros.

O PERCURSO DA FALA A linguagem se caracteriza pela capacidade de se adaptar em diferentes cenários. Funciona como a cultura. Afinal, o idioma é parte constitutiva e um dos principais fatores de coesão da realidade cultural de um povo. Giselle explica que as pesquisas em relação ao dialeto na Região de Colonização Italiana do Nordeste do Rio Grande do Sul se acentuaram a partir de 1975, quando a imigração completou cem anos. De lá para cá, diversos estudos foram realizados na UCS para tentar compreender a dimensão linguística que envolve o jeito “colonial” de se falar. Conforme a pesquisadora, as variações do linguajar experimentadas pela região são produtos de mudanças que se perceberam no decorrer de décadas. Atualmente, o dialeto vem caindo em desuso. Apesar de ainda utilizado pelos mais velhos, deixou de ser praticado pelos mais jovens. Isso tem uma relação muito direta com a atitude linguística que se verificou na região. O papel da Segunda Guerra Mundial vai ter um peso forte para uma redução do uso da língua entre os descendentes de europeus. A estudiosa explica que, durante o período de guerra, o governo brasileiro estimulou o patriotismo e proibiu a fala de outras línguas em território nacional. A censura e a criminalização inibiram o avanço do dialeto. “Só se podia falar português. Os pais pouco conversavam com seus filhos, porque as crianças não podiam se expressar em dialeto na escola”, exemplifica. A atitude de negação da língua vai se refletir num certo estigma de quem falava o dialeto – considerada uma prática errada. O tema, inclusive, já guiou diversas pesquisas, entre elas, o projeto

“FACCUSDA NATIUM QUIDITA QUAM EOS NIS UNTIUM ACCUM EXPELLU PTIAM,UNTIOREPERIS ET ADITAE REM VERENDA VOLUT VOLORISOLUM ID SERRIOCURO ES EGO TA, QUOD RESUPPLIAM CONSULII IN SICAPERFIT AVEMENT”, EMNITA ME CONDUCI SENATUS BON ITATU VIRIO, CONSUAM HORIS NOS PONCUPI ONTELARIS; NOXIMUS IAM SENIQUE INTIUM UTUREI SILIISSENTE HUIS, CATATUS NEMUS HOS IGIT. O TE VO, TALER


Linguagem da Região de Colonização Italiana do Nordeste do Rio Grande do Sul: prestígio e estigmatização, coordenado pela professora Vitalina Frosi, e do qual participaram a própria Giselle e a professora Carmen Faggion. Essa atitude linguística colaborou para uma acentuada redução do uso da língua. “Os idiomas também dependem de resoluções políticas. Foi assim com a questão do dialeto durante a década de 1930. Uma decisão política determinou os rumos da fala”, reflete Giselle. A pesquisadora lembra ainda que esses processos já ocorreram anteriormente no País. Em 1758, o Marquês de Pombal proibiu o uso do Tupi, língua indígena que era usada largamente no litoral brasileiro, principalmente, para o comércio. O português, à época, servia apenas para manter as relações com a Coroa.

NOVOS TEMPOS, NOVOS RUMOS? A Praça Dante Alighieri, situada na área central de Caxias do Sul, guarda o nome de um dos mais importantes escritores italianos – ou possivelmente o maior entre eles. O local já foi chamado Rui Barbosa, mas isso durante a Grande Guerra, quando o italiano foi criminalizado no País. Com o nome recuperado, o local já serviu de ponto de encontro de pessoas que cultuavam o dialeto Talian. Mas hoje a história é diferente. Com o processo de imigração de senegaleses para o Sul do Brasil, a praça se transformou num ponto de encontro de pessoas que falam o Wolof, têm modificado a rotina da cidade. Conforme Giselle, ao comentar a questão da língua, a presença dos senegaleses em Caxias não vai passar incólume. “Certamente, esse processo de contato entre culturas acaba influenciando nos processos linguísticos. Apenas o tempo vai dizer se a região vai incorporar palavras em Wolof ao seu repertório lexical. Mas os senegaleses certamente acabarão adotando palavras em português”, aponta. Na diversidade de culturas é que a língua se adapta, se transforma. A direção que o idioma toma é consequência da bagagem que acumula no caminho. O destino, porém, é sempre incerto.

MÉTODO CONTRA A ADULTERAÇÃO PESQUISADORES DESENVOLVEM METODOLOGIAS PARA A IDENTIFICAÇÃO DE IRREGULARIDADES ENOLÓGICAS “CAEST, QUI QUI TO ESTIS MOS QUI NEM REST QUE NIS RE PEDITAQUI RE REICIT EA VELIQUAE NIMIN CONSE NON PRORUM QUUNDI DENECTEMPED UTEM ACEPRAECEA PRES PRAT LATIUM ID UNDANDITIO”, TEM FUGIT MA NUMENDIS DOLUPTAQUOST ODIPSUNT

| NOME REPÓRTER |


adulterações enológicas. A partir de 2001, ela passou a aplicar um sistema que identifica a presença de açúcar ou álcool obtido a partir da cana-de-açúcar. O método conhecido como Razão Isotópica do Carbono permite identificar a adulteração do vinho e inferir as irregularidades na comercialização dos produtos. O método resolve bem as adulterações referentes à adição de compostos da cana-de-açúcar em vinho, mas é limitado em relação à identificação do processo de adulteração com suco de maçã no suco de uva, por exemplo. “A razão isotópica do carbono não consegue mostrar diferenças significativas entre a uva e a maçã, porque essas frutas têm formação metabólica semelhante”, acentua a pesquisadora.

PROBLEMÁTICA EXIGIU NOVA PESQUISA Para encontrar uma solução, Regina, que atualmente é Secretária Científica da Subcomissão de Métodos de Análises da International Organisation of Vine and Wine (OIV), orientou uma dissertação no Mestrado Profissional em Biotecnologia e Gestão Vitivinícola, desenvolvida pela Engenheira de Alimentos Fernanda Rodrigues Spinelli. Por um pouco mais de dois anos, Fernanda desenvolveu um método de validação que é capaz de perceber a presença de um composto chamado florizina. Presente na maçã, mas praticamente inexistente na uva, a florizina, quando encontrada, é capaz de demostrar a adulteração do suco de uva. A identificação

foi possível, através de Cromatografia Líquida de Alta Eficiência. Paralelamente a esse processo, também é realizada a análise de sorbitol. A pesquisa foi capaz de observar que os métodos da florizina e do sorbitol são eficazes na identificação da adição de suco de maçã em suco de uva. Para comprovar essa eficácia metodológica, Fernanda precisou fazer testes para descobrir se o processo é realmente válido. Para isso, ela adicionou ao suco de uva concentrações de suco de maçã, nos percentuais de 5, 10, 15, 20, 25 e 30 por cento. Para a experiência, ela utilizou as cultivares Gala e Fuji, no caso da maçã, e Concord, Isabel e Bordô, no caso da uva. Além disso, o comparativo com os sucos genuínos, existentes no banco de dados do Laren, foi crucial para a pesquisa. A professora Regina explica que, aparentemente, o suco de uva que apresenta adição de suco de maçã não tem coloração ou sabor diferenciados. Isso porque os aromas e sabores são retirados do suco de maçã antes da mistura no suco de uva. A fiscalização, no entanto, vê como negativa esse tipo de adulteração, porque representa uma forma de comércio desleal no mercado. “Os sucos precisam atender padrões de identidade e qualidade, caso contrário não poderão ser enquadrados como suco”, explica Fernanda. O próximo passo será encaminhar a metodologia para o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, com o objetivo de oficializar o procedimento de identificação em nível nacional.

Pesquisadores amassam os cachos de uva no Laboratório de Referência Enológica

Fotos: Divulgação LAREN

Garrafas de suco e vinho estocadas ao estilo de uma adega, aroma de uva pelo ambiente, pessoas amassando os cachos com as mãos para extrair o líquido do fruto. O cenário lembra uma vinícola, mas na prática é um laboratório. Localizado nas proximidades do Parque Getúlio Vargas (Macaquinhos), em Caxias do Sul, o Laboratório de Referência Enológica do Rio Grande do Sul (Laren) desenvolve pesquisas destinadas à análise e à fiscalização de bebidas derivadas da uva, por meio de cooperações científicas entre a UCS, a Secretaria Estadual da Agricultura e o Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin). Ao invés de garrafas para consumo, o líquido estocado é, na verdade, um banco de dados, formado por vinhos de padrões puros, elaborados sem adição de açúcar e água. Com base neles, os pesquisadores podem comparar amostras provenientes do mercado, com a finalidade de fiscalizar a qualidade das bebidas comercializadas. Desde 2004, o banco de dados está em desenvolvimento. Mas anualmente, ele precisa ser ampliado. A professora Regina Vanderlinde, do Programa de Pós-graduação em Biotecnologia, explica que esse controle é necessário para a região e para o estado, porque 90% da produção de vinhos e uvas do País é proveniente do Rio Grande do Sul. Gerente-geral do Laren, Regina é responsável por coordenar projetos de pesquisas que buscam desenvolver novas metodologias para a identificação de irregularidades e de possíveis

Fernanda desenvolveu método de validação da pesquisa

Regina Vanderlinde explica que método utilizado na pesquisa será encaminhado ao Ministério da Agricultura


ESTÁGIO NO OUTRO LADO DO OCEANO

ASINT ÔDIQNIS UT ENIHIC TEM QUAM QUIAM RUM EST QUE LABORAT IO. DI AS AS | NOME REPÓRTER | | NOME REPÓRTER | O intercâmbio sempre foi um desejo. Mas a estudante de Relações Públicas Charlene Uez, de 23 anos, demorou até tomar a decisão de partir rumo a outro país para estudar. Após colher informações com amigos que já tiveram uma experiência internacional, a jovem se encorajou e resolveu seguir para Portugal. A facilidade da língua ajudou na hora da definição, mas foi o contato na UCS com um intercambista do país lusitano que a fez ter certeza da escolha. “Conheci o Luiz Miguel, que era de Portugal, e ele comentou comigo que a Instituição que mantinha convênio com a UCS era uma das mais qualificadas de lá. Fiquei interessada”, recorda. Charlene se refere ao Instituto Politécnico de Lisboa. Na instituição, ela cursa as disciplinas que faltam para se formar. Embarcar, no final do mês de janeiro, a acadêmica já pensava em levar daqui algumas ações experimentadas pelos alunos de Comunicação da UCS. O Show de Talentos, evento em que os estudantes podem apresentar seus dons artísticos, é uma das sugestões que ela levou na bagagem. “Não sei se será possível fazer, mas quero colaborar com o que for preciso”, afirma a jovem.

APROVEITANDO AS OPORTUNIDADES

Divulgação

Atualmente, a intercambista está no último semestre da graduação. Em Lisboa, Charlene pretende cursar Análise Econômica e disciplinas relacionadas ao estudo da cultura. “O curso de Relações Públicas de Portugal tem algumas diferenças. Há um enfoque grande nessa questão de interculturalidades”, assinala Charlene. Em princípio, a estudante deve retornar ao Brasil em agosto deste ano, mas ela pode prorrogar o intercâmbio por mais seis meses. Apesar das dúvidas em relação ao retorno, a jovem já tem uma certeza: “Quando você mira algo mais longe, você acaba criando uma ideia global sobre o mundo.” Charlene mirou longe e agora colhe os resultados dessa boa-ideia.

Regina Vanderlinde explica que método utilizado na pesquisa será encaminhado ao Ministério da Agricultura

ASINT ÔDIQNIS UTENIHIC TEM QUAM QUIAM RUM EST QUE LABORAT | NOME REPÓRTER | Sabe aquela história de que todo mundo quer uma casa no campo? Com a escritora Natalia Borges Polesso não tem disso. “Eu quero um apartamento na cidade, e de preferência no centro”, brinca a jovem. O gosto pelo cenário com prédios e carros se revela no estilo contemporâneo, nos óculos com armação avantajada e escura, nas roupas descoladas. Mas vai além. No mestrado em Letras, Cultura e Regionalidade, concluído em 2011, Natalia estudou as relações de poder no espaço urbano, a partir dos contos da escritora porto-alegrense Tânia Faillace. O trabalho foi orientado pela professora Cecil Jeanine Albert Zinani. “Ganhei o livro de contos de uma amiga. Queria trabalhar com aqueles textos”, relembra. Essa paixão pela leitura acompanha Natalia desde a adolescência. Antes do mestrado, a aproximação com a literatura levou a estudante a se dedicar à produção escrita e também à graduação. Em 1999, ela passou a cursar Letras na UCS. Assim como a cidade, sua falta de ordem e rotina ininterrupta, a escritora não tem hora. O caderninho que guarda na bolsa é usado a qualquer momento. “Eu queria ter uma horário para escrever, mas acabo aproveitando os vários instantes do dia”, explica ao comentar que, quando surge uma inspiração, ela aproveita para colocá-la no bloco de anotações. Aos poucos, o resultado dessas ideias foi dando corpo a contos literários. A reunião dos escritos deu origem ao livro “Recortes para álbum de fotografia sem gente”. “Juntei a produção acumulada por dez anos. Trabalhei e melhorei os textos, e encaminhei ao Financiarte. O projeto foi aprovado e acabou sendo editado pela Modelo de Nuvem”, recorda. O percurso para os autores jovens, porém, não é tão simples assim. As dificuldades para publicar são imensas. Natalia poderia ter feito uma autopublicação – quando o escritor lança por recursos pró-

“JUNTEI A PRODUÇÃO ACUMULADA POR DEZ ANOS. TRABALHEI E MELHOREI OS TEXTOS, E ENCAMINHEI AO FINANCIARTE.”, TEM FUGIT MA NUMENDIS

prios uma obra –, mas ela não acreditava que teria o resultado esperado. O programa de Caxias do Sul de Incentivo à Cultura acabou ajudando a realizar o desejo de ter um livro lançado por um bom selo regional. Com a publicação, a obra de Natalia obteve ótimos resultados: em 2013 foi indicada para o Açorianos na categoria Contos e acabou levando o prêmio. “Quando saiu a lista de indicação eu já estava contente. Com o resultado final, eu fiquei muito emocionada, porque afinal é meu primeiro livro”, observa. Agora, Natalia pensa em concluir o doutorado em Teoria Literária, que faz na PUC, em Porto Alegre, e em seguir pela vida literária. Com algumas facilidades que não existiam anteriormente. Afinal, o prêmio Açorianos abre portas, e algumas editoras tendem agora a mirar a escritora com um outro olhar. De certeza, por enquanto, apenas uma: Natalia deve continuar a mirar a cidade como um local que a acolhe e dá base à arte que produz.


ARTIGO AS AUT VELESCI ENIHICAB IDEBIS 10

10 LOREN IPSUM FICCUS

LIVRO DIGITAL VERSUS LIVRO EM PAPEL ICIIS RE MINT OMNI DIS MAXIMPORI 12

20 DOLUPTATIS QUISSIM AUT LA VELLABOREM AS AUT VELESCI ENIHICAB IDEBIS 10

ADIPSUM RERIO UM IMUSCIPSAMUS 20

ADIPSUM RERIO UIPSAMUS 15 17 SPECULA EADRE FISSTE

Universidade de Caxias do Sul Reitor: Professor Isidoro Zorzi Vice-Reitor: Professor José Carlos Köche Pró-Reitor Acadêmico: Professor Evaldo Antonio Kuiava Pró-Reitor de Pesquisa, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico: Professor José Carlos Köche Diretor Administrativo e Financeiro: Professor Gilberto Henrique Chissini Chefe de Gabinete: Professor José Carlos Monteiro

HUM ENOHICS ASSINT QUANT 17

7 UTENIHIC UQUIAM RERIO UM

Coordenação: Assessoria de Comunicação da UCS – Área de Imprensa Impressão: Gráfica Nordeste Tiragem: 9.000 exemplares Contato: (54) 3218.2255, imprensa@ucs.br www.ucs.br, @ucs_oficial, www.facebook.com/ucsoficial Leia também a revista no site www.ucs.br

O livro digital substituirá o livro em papel? Será que estamos vivenciando o fim do livro em papel? Sistematicamente, estes questionamentos habitam o dia a dia de uma biblioteca. Entretanto, antes de procurar respondê-los, faz-se necessário conhecer a história deste “sujeito” que armazena por milênios o conhecimento construído pelo homem. O livro e as bibliotecas devem a sua criação ao surgimento da escrita, que foi o estopim de toda a evolução cultural, científica e tecnológica, pois possibilitou registrar o conhecimento humano e repassá-lo às futuras gerações. Na pré-história, o homem utilizava desenhos para se comunicar, que representavam suas ideias, mensagens e necessidades. Os sumérios, logo após a criação da escrita, buscaram um suporte capaz de registrar o seu conhecimento, e criaram os primeiros livros, no formato de lajotas de barro, por volta de 4000 a.C. Desde a Antiguidade até os dias atuais, o livro já possuiu inúmeros suportes, com destaque para o papiro, o pergaminho, a madeira e, finalmente, o papel. Ao longo de sua história, muitas discussões aconteceram sobre o suporte e a forma do livro, sendo que duas delas aconteceram na Idade Média. Primeiramente, a substituição dos livros em rolos pelo códice (formato de livro que conhecemos atualmente). Muitos debates ocorreram sobre esta nova forma de apresentação do livro e os possíveis prejuízos que isto poderia gerar. Outra mudança que ocasionou

enormes debates ocorreu a partir da impressão de livros em papel pela prensa móvel, criação de Johannes Gutenberg. As Bibliotecas Monásticas na Idade Média apresentaram resistência à inserção do livro impresso em papel em seus acervos, pois o novo suporte apresentava sinais de fragilidade. Além disto, a produção de livros iria aumentar significativamente e não seria mais possível ter o controle da leitura que estava sendo disponibilizada para a população. O debate que hoje se concentra sobre o livro digital versus o livro em papel é algo natural e reflete um pouco as características do ser humano, no que se refere à aceitação de mudanças e ao fato de sair de sua zona de conforto. Os e-books são, desde o seu surgimento, uma versão digital do livro impresso. Alguns leitores digitais, inclusive, disponibilizam o som de páginas em papel sendo folheadas quando do avanço para uma nova página no e-book. O livro digital está proporcionando vários benefícios à comunidade acadêmica e às bibliotecas, pois, além da possibilidade de o mesmo ser compartilhado por uma infinidade de leitores, ao mesmo tempo, o espaço físico necessário para armazenar os livros na biblioteca diminui significativamente. O fato de acessar o livro em qualquer momento e em qualquer local tem sido o grande diferencial do livro digital. Porém, somente isto não basta. O livro digital precisa disponibilizar recursos tecnológicos que possibilitem a interatividade

AXIMOST, AUT EUM NOBIS MOLUPTAS NONEM. INCILLA NIMPERU NTIAEPERIO QUATQUO DIGNIMO DICTOTA INUMQUI COMNIET RE, QUE VENIS

Professor

Marcos Leandro Freitas Hübner Supervisor técnico dos Sistemas de Bibliotecas e coordenador do curso de Biblioteconomia


Universidade de Caxias do Sul Caixa Postal 1313 95020-972 - Caxias do Sul - RS

Só a UCS ofereCe formação

a UCS possui convênios com as melhores universidades do mundo para você chegar onde quiser.

w w w. u c s . b r @ucs_oficial

196

facebook.com/


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.