Madeira Total Edicao 33

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DISTRIBUIÇÃO GRATUÍTA - ANO VIII - EDIÇÃO 33

POR UMA SOLUÇÃO MAIS SUSTENTÁVEL Várias práticas colaboram para a ampla utilização do único bem renovável e ecologicamente correto: a madeira

MADEIRA, EFICIÊNCIA & ALMA Entrevista exclusiva com a arquiteta e urbanista Silvia Scali

WOOD FRAME: consolidação do sistema construtivo abrirá novas oportunidades de negócios para os setores da construção e da madeira


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MADEIRA, EFICIÊNCIA & ALMA

A raposa no galinheiro O mercado brasileiro inicia o mês de abril com tendência (predominantemente) positiva, com olhares atentos ao comportamento das bolsas no exterior e à revisão para baixo nas projeções para taxa Selic. Um agravamento da tensão política doméstica impede um desempenho mais favorável. A agenda nacional traz uma série de movimentações importantes. Explico, Relatório Focus revisou para baixo mediana das projeções para taxa Selic ao final do ano, de 9,00% para 8,75%. IPC-S apontou inflação em linha, com projeções. Passamos também pelo processo de digestão do rompimento formal de Renan Calheiros com governo Temer, temendo eventual impacto sobre reformas, enquanto aguarda julgamento da chapa Dilma-Temer no TSE. Mas a defesa também marca gols. Um avanço importantíssimo para o setor da indústria da madeira. Progresso no desenvolvimento da norma para o wood frame na consolidação do sistema construtivo, que abrirá novas oportunidades de negócios para os setores da construção e da madeira. No mês de maio acontece em Curitiba, o 3º Encontro da Cadeia Produtiva da Porta - Encapp, que reunirá fabricantes, fornecedores de matéria-prima e insumos, construtoras, revendas, engenheiros, universidades, arquitetos, fornecedores de máquinas e equipamentos e a imprensa especializada, buscando network e fortalecimento das empresas através das rodadas de negócios. Caminhando pelo fantástico mundo da madeira, trouxemos entrevista exclusiva com a arquiteta e urbanista Silvia Scali, sobre sua vida e a relação com a madeira em seus projetos, que além de belos, desempenham papel fundamental na desmistificação da utilização desta matéria-prima na construção, confira em “Madeira, eficiência e alma”. Destaque de capa desta edição, a tradicional empresa mineira Lua Madeira, que está há 22 anos no mercado, colaborando conscientemente para a ampla utilização da madeira tratada em suas mais diversas aplicações, apresentando soluções sustentáveis e de alta qualidade para o mercado, mostrando-se extremamente preparada para ampliar suas divisas em todo território nacional. Ainda nesta edição, destacamos a revolução na gestão de máquinas florestais, através do Timber Fleet - o que há de mais moderno e eficiente na leitura do tempo real em operação, lendo através do sistema hidráulico todos os movimentos da máquina base e implementos. As preparações da tão esperada Expoforest 2018 já iniciaram, marcando um novo ciclo de crescimento para o setor de base florestal. Com todas estas movimentações, esforços e degustações da má gestão financeira e política do país, cabe a pergunta: ainda vale à pena, manter a raposa no galinheiro? Travamos uma guerra, e ela está só começando. Então, quando levanto a questão, não proponho uma narrativa ensimesmada. Isso diz respeito a você, à forma com que administra sua empresa, se informa e luta sobre questões do setor. O Madeira Total é somente a metonímia deste mercado de informação independente. É por isso que a comunicação com este perfil, ganha tanto espaço no mundo. E é também por isso que nos propusemos, há cerca de 18 anos, aproximar os elos deste mercado via portal Madeira Total e um pouco mais tarde, através deste informativo. Somando atitudes, somos imparáveis. Estas e outras novidades, você encontra aqui e diariamente no portal madeiratotal.com.br Boa leitura!

Solange Andreassa

Expediente

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ESTRUTURAS DE MADEIRA EM SITUAÇÃO DE INCÊNDIO

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POR UMA SOLUÇÃO MAIS SUSTENTÁVEL

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REVOLUÇÃO NA GESTÃO DE MÁQUINAS FLORESTAIS

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GUINCHO CABRESTANTE OTIMIZA COLHEITA EM TERRENOS ÍNGREMES

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DESENVOLVIMENTO DA NORMA PARA O WOOD FRAME AVANÇA

Filiada a

INFORMATIVO IMPRESSO MADEIRA TOTAL - ANO VIII - N.º 33 - MARÇO/ABRIL DE 2017 - O INFORMATIVO IMPRESSO É UMA PUBLICAÇÃO GRATUITA COM VERSÃO IMPRESSA E DIGITAL. PROIBIDA REPRODUÇÃO PARCIAL OU TOTAL. DIRETORIA: MARCELO COLAÇO - MARCELO@GRUPOMULTIMIDIA.COM.BR | EDITORA: SOLANGE ANDREASSA - SOL@GRUPOMULTIMIDIA.COM.BR | JORNALISMO: JORNALISMO@ GRUPOMULTIMIDIA.COM.BR | PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO: ROBERTA BLONKOWSKI - ROBERTO BICUDO | DEPARTAMENTO COMERCIAL: LUIZ TONELLO - TONELLO@GRUPOMULTIMIDIA.COM.BR - COMERCIAL@GRUPOMULTIMIDIA.COM.BR | COLUNISTA CONVIDADO: MANOEL FRANCISCO MOREIRA | TI: ADILSON ALVES DA CRUZ | REVISÃO: SIRLEY BISCAIA | COLABORADORES: ALCIONE CAVALCANTE - CARLITO CALIL JUNIOR - GISELE CRISTINA ANTUNES MARTINS - JORGE MUNAIAR NETO - JULIANE FERREIRA - PATRICIA DANTAS | IMPRESSÃO GRÁFICA: AJIR GRÁFICA | ADMINISTRAÇÃO: RUA RAUL OBLADEN, 939 - BRAGA - SÃO JOSÉ DOS PINHAIS - CEP 83.020.500 - PR - BRASIL - 55 (41) 32355015 | WWW.MADEIRATOTAL.COM.BR - MADEIRATOTAL@MADEIRATOTAL.COM.BR NOSSO CONTEÚDO TRAZ INFORMAÇÕES QUE TAMBÉM SÃO DE RESPONSABILIDADE DAS EMPRESAS, ENTIDADES E PROFISSIONAIS E NÃO EXPRIMEM A OPINIÃO DO GRUPO MULTIMÍDIA E NEM DE SUA MARCA MADEIRA TOTAL.

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ENTREVISTA

MADEIRA, EFICIÊNCIA & ALMA Madeira é uma matéria-prima dinâmica. Suas formas e formatos relatam impressas suas estações que combinam com o passado e o presente do design e arquitetura. Ecologicamente corretas, inspiram novos jeitos de morar e relacionar-se com o meio em que vivemos. Nesta edição especial de abril, a redação do Madeira Total traz entrevista exclusiva com a arquiteta e urbanista Silvia Scali, sobre sua vida e a relação com a madeira em seus projetos que além de belíssimos, contribuem para um mundo melhor

Silvia Scali

ARQUITETA E URBANISTA

Madeira Total: sobre sua vida, quando começou sua paixão pela arquitetura e urbanismo? Silvia: nasci e cresci vendo meu pai trabalhar com madeira, ele não é engenheiro e nem arquiteto, mas construtor. Quando adolescente meu primeiro trabalho foi no escritório com ele e sempre prestando serviços para pessoas físicas e também, outros escritórios de engenharia e arquitetura que executavam conosco as estruturas de madeira. Meu avô é dono de serraria/madeireira, então a família sempre esteve envolvida com esta matéria-prima. Com 13 anos já trabalhava meio período no escritório e já tinha afinidade com escalímetro, media os projetos que chegavam para formular os orçamentos e desde muito pequena visitava às obras com meu pai. Era, e é um ambiente muito familiar para mim. Não nasci com dom de desenhar, mas estudando fui aprendendo (ainda acho meus desenhos péssimos... risos) e como sou de uma geração de arquitetos formados na era das ferramentas eletrônicas, unindo os dois eu me viro bem! Desta forma, não vi outro caminho, senão, cursar arquitetura. Pensava em jornalismo, mas já trabalhava no ramo e descobri que foi a melhor escolha que fiz na vida!

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Madeira Total: visando demandas e necessidades do mundo atual, o que você avalia como projeto ideal? Silvia: são tantas demandas e tantas necessidades, mas entre as mais significativas, respeitar o meio ambiente onde a edificação vai ser inserida. Então sob minha ótica, o projeto ideal é aquele que respeita a topografia, o entorno, o pedestre e acima de tudo, onde se faz uso consciente dos recursos naturais, desde os materiais especificados para construir até o descarte deles. Isto tudo pode ser aplicado não só em projetos de grande escala, falando no sentido do urbanismo, mas também em uma simples residência. Além de levar em consideração os desejos do cliente, é necessário conscientizá-los sobre o que é boa arquitetura e não só projetar pensando em uma pessoa ou família, mas sim, no coletivo - desta forma, todos ganham, na rua, no bairro, na cidade! Madeira Total: seus projetos são bastante conhecidos pela utilização da madeira. Como você descobriu esta matéria prima para compor as obras? Silvia: por já trabalhar com madeira antes mesmo de me formar, ainda na universidade, já sabia que queria projetar utilizando este material. Não entendia muito bem o motivo de tanto preconceito com o material. Estudando e me aprofundando no assunto, fui vendo que uma série de questões faziam com que fosse visto como frágil, que demandava muita manutenção, questões culturais desde a época da colonização, pois os portuguesas basicamente utilizavam pedras para construir. Então, virou missão de vida, desmistificar o uso da madeira. Sou completamente apaixonada por madeira e a única forma de fazer as pessoas perceberem suas vantagens e benefícios, era construindo com madeira!

Madeira Total: na arquitetura brasileira, outras matérias primas são utilizadas em larga escala. Como você vê a utilização da madeira nas obras além de complementos na construção, mas como requisitos de beleza, durabilidade e estruturas altamente resistentes e duráveis? Silvia: na cultura brasileira, nascemos e fomos criados para ter uma casa de alvenaria. Para a madeira estava apenas janelas, assoalho, portas e olha lá! No começo foi mais difícil convencer as pessoas a utilizarem madeira, hoje o cliente que me procura já sabe o que quer. As dúvidas são as mesmas: quanto tempo vai durar minha casa? Vou ter que pintar todo ano? Mas não é preciso convencer ninguém. As pessoas já entenderam que a madeira causa menor impacto desde a sua extração até a sua utilização, pois tem-se divulgado amplamente as questões de sustentabilidade, acreditam e sabem que temos construções com mais de 40 anos executadas. Ou seja, não dá para negar que estamos caminhando para que o preconceito com a madeira seja completamente extinto da nossa cultura, bem como a madeira tem deixado de ser apenas acabamento para ser a “estrela” principal das edificações. Madeira Total: o design e técnicas da Europa são amplamente copiados. Na sua opinião, porquê no Brasil as casas de madeira (wood frame e outras técnicas similares) ainda não alcançaram seu auge? Silvia: não alcançaram, mas vão alcançar! Nos últimos 10 anos este cenário já mudou muito. Temos que investir na formação dos profissionais da área. As normas técnicas vem sendo atualizadas. Lógico que em tecnologia ainda temos muito a aprender com os europeus, mas eu vejo um movimento intenso neste sentido que visa contribuir muito para que mais pessoas utilizem madeira com consciência e responsabilidade. 

Imagens: Alessandro Guimaraes

Madeira é uma matéria-prima dinâmica. Suas formas e formatos relatam impressas suas estações que combinam com o passado e o presente do design e arquitetura. Ecologicamente corretas, inspiram novos jeitos de morar e relacionar-se com o meio em que vivemos. Nesta edição especial de abril, a redação do Madeira Total traz entrevista exclusiva com a arquiteta e urbanista Silvia Scali, sobre sua vida e a relação com a madeira em seus projetos que além de belíssimos, contribuem para um mundo melhor.


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Madeira Total: é possível ter projetos e ambientes de luxo, utilizando a madeira, material considerado rústico? Silvia: sem a menor sombra de dúvidas, sim! A madeira combina com tudo: aço, alvenaria, inox, vidro! O perfil dos meus clientes vão dos que querem algo mais rústico até os mais sofisticados, que vêm na mistura entre o rústico e o contemporâneo, a medida certa para o ambiente em que vivem. Madeira Total: o que é importante saber quando utiliza-se a madeira nas construções? Silvia: procedência legal da madeira, certificação, um projeto que tire partido das vantagens que a madeira proporciona: como fundações mais leves, obras mais rápidas, sempre levando em considerações as normas técnicas. Madeira Total: que tipos de obras podem receber a madeira, além de sua função estrutural? Silvia: todas! Sejam residenciais, comerciais, conjuntos habitacionais, edificações institucionais. Além de todos materiais utilizados desde o canteiro de obras: tapumes, pontaletes para gabaritar a obra, formas, escoras ainda podemos citar assoalhos, decks, forros, revestimentos, painéis e aplicações em pergolados, decks, gazebos e bangalôs. Madeira Total: a madeira quando utilizada em área externa, merece cuidados especiais? Quais são? Silvia: depende da região onde está aplicada, sabemos que uma madeira no sul e outra no nordeste do país reagem de formas diferentes, pois o clima é diferente, até as espécies utilizadas podem ser diferentes. Mas de um modo geral, costumo dizer que é possível até assumir a tonalidade natural que toda madeira exposta ao tempo adquiri e desta forma, evitar manutenções. Por exemplo, um deck, você optar por não aplicar nada nele e ele vai acinzentar! Mas se a pessoa prefere o material com acabamento, indico sempre o stain. Madeira Total: nos quesitos social, ambiental e econômico: é viável a utilização da madeira nos projetos arquitetônicos? Silvia: sim. É o único material totalmente renovável utilizado na construção civil, desta forma, o que gera menor impacto, menor consumo de energia, que sequestra CO2 da atmosfera quando reflorestado, ou seja, por todos estes motivos, socialmente, ambientalmente e economicamente falando, não há material algum que o supere! Madeira Total: em sua opinião, a madeira é uma matéria prima que contribui para um mundo melhor? Explique. Silvia: sim, é preciso conscientizar as pessoas do que é madeira nativa e madeira de reflorestamento, explicar que até a madeira nativa quando extraída de forma correta, pode contribuir para o ecossistema. As pessoas ainda tem aquela falsa ideia de que estamos destruindo a Amazônia para construir com madeira! 

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ARTIGO TÉCNICO

ESTRUTURAS DE MADEIRA EM SITUAÇÃO DE INCÊNDIO Por Gisele Cristina Antunes Martins, Jorge Munaiar Neto e Carlito Calil Junior

O fogo é um dos mais impactantes inimigos dos materiais utilizados na construção, os quais apresentam reações diferentes ao calor. O conhecimento de que a madeira apresenta boa resistência quando submetida a condições de incêndio é antigo. Mas, apesar de ser um conhecimento comum a todos, não havia provas científicas que o comprovassem. Por volta do século XX, mais precisamente a partir da década de 1950, os diferentes materiais (tais como o aço, betão, madeira, entre outros) passaram a ser alvo de investigação na busca do melhor desempenho quando em exposição ao fogo, com base em princípios científicos. Na história recente, elementos estruturais de madeira têm sido amplamente utilizados na América do Norte e Europa, entretanto no Brasil há restrições sendo uma das razões a insegurança diante de potenciais riscos relacionada a incêndio. Pesquisadores na Escola de Engenharia de São Carlos (EESC/USP) investigam o comportamento térmico e mecânico de elementos estruturais de madeira expostos ao fogo, fabricados com as espécies de madeira e adesivos mais utilizados no mercado nacional. Como ressaltado em Östman et al. (2010), os princípios básicos a serem considerados em legislações de segurança contra incêndio são: os ocupantes deverão ser capazes de deixar a edificação ou serem resgatados; a segurança da equipe de resgaste deve ser levada em conta; as estruturas devem resistir ao incêndio por um tempo mínimo requerido; a deflagração e propagação do fogo e fumaça devem ser limitadas; a propagação do fogo para construções vizinhas deve ser limitada. No Brasil, a ABNT NBR 14432: 2001 “Exigências de resistência ao fogo de elementos construtivos de edificações – Procedimentos” estabelecem as condições a serem atendidas pelos elementos estruturais e de compartimentação que integram os edifícios para que, em situação de incêndio, seja evitado o colap-

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so estrutural. Um dos métodos para atendimento das exigências de resistência ao fogo, de acordo com a norma, é a verificação da segurança estrutural do elemento construtivo para o Tempo Requerido de Resistência ao fogo (TRRF), ou seja, o tempo mínimo de resistência ao fogo. Os tempos exigíveis no âmbito de aplicação da norma NBR 14432:2001 são apresentados em anexos da mesma. Tendo como finalidade a determinação do comportamento estrutural de elementos estruturais e de TRRF, os pesquisadores da EESC/USP realizam ensaios em temperaturas elevadas em um forno horizontal em grande escala, com dimensões internas de 3,0 x 4,0 x 1,5 m, instalado nas dependências do Departamento de Engenharia de Estruturas da USP – São Carlos no Laboratório de Estruturas. O forno foi adquirido por meio do Projeto Temático FAPESP 2006/06742-5, aprovado em 2008, com o título “Segurança das Estruturas em Situação de Incêndio”. Trata-se de um forno horizontal para ensaios de elementos estruturais (vigas e lajes) em temperaturas elevadas, com funcionamento a gás, no qual a temperatura máxima possível de ser alcançada é 1260 °C. Na Figura 1 (a) é apresentado o forno horizontal e sua estrutura de carregamento com a utilização de pórticos de reação. Na Figura 1 (b) são mostrados detalhes do interior do forno, revestimento nas paredes com módulos de fibra cerâmica e no piso com tijolos de alta resistência mecânica e térmica.

A taxa de carbonização é a velocidade de propagação da camada carbonizada para o interior da seção transversal, que é usualmente expressa como uma distância (espessura da camada carbonizada) por unidade de tempo (duração da exposição ao fogo).

O aquecimento do forno é realizado por meio de oito queimadores, marca Kromschröder, com potência total de 3600 kW e função ON/OFF. Os queimadores são programados para realizar o aquecimento do forno de acordo com a curva de incêndio-padrão requerida. O controle da temperatura interna do equipamento é realizado pela temperatura média de nove termopares distribuídos nas paredes laterais do forno. Martins (2016) desenvolveu um trabalho para determinação da taxa de carbonização (ß) em duas espécies de madeira, Pinus Oocarpa (densidade média em torno de 505 kg/m³) e o Lyptus (hibrido da espécie de Eucalyptus com densidade média em torno de 743 kg/m³), mais utilizadas para a preparação de elementos estruturais. A taxa de carbonização é a velocidade de propagação da camada carbonizada para o interior da seção transversal, que é usualmente expressa como uma distância (espessura da camada carbonizada) por unidade de tempo (duração da exposição ao fogo). Sendo o principal parâmetro para descrever o comportamento ao fogo de estruturas de madeira. A madeira é um material combustível, que é consumido lentamente e superficialmente. A espessura de camada carbonizada formada na parte externa do elemento protege o núcleo da seção, retardando o avanço do fluxo de calor. O núcleo central da seção permanece intacto, forte e estável, sendo capaz de manter as propriedades mecânicas do elemento, Figura 2. As linhas de cola dos elementos de Madeira Laminada Colada (MLC) não são afetadas no interior da seção que permanece inalterado pela ação do fogo. A exposição ao fogo reduz as dimensões da seção transversal da madeira, assim como a resistência e rigidez da zona aquecida próxima à linha de carbonização. Segundo Yang et al. (2009), para o cálculo da capacidade resistente da seção deve se conhecer a degradação térmica da madeira (taxa de carbonização) e

B Figura 1: Forno Horizontal para ensaios de lajes e vigas: (a) visão geral (b) detalhes do interior. Fonte: Martins (2016)

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a distribuição da temperatura nos elementos expostos ao fogo. A taxa de carbonização da madeira depende de inúmeros fatores, como espécie de madeira, densidade, composição química, permeabilidade, condutibilidade térmica da madeira, dimensão da amostra, orientação da grã (o sentido longitudinal da madeira produz duas vezes mais carbonização que no sentido transversal). (TR10, 2003; Cachim e Franssen, 2009). Portanto, a compreensão do comportamento básico dos elementos estruturais em situação de incêndio, é uma importante condição para desenvolver uma estratégia bem sucedida mantendo a segurança dos seus usuários. 

Lyptus

Pinus

• Gisele Cristina Antunes Martins é Pós doutoranda em Engenharia de Estruturas - EESC-USP, giselemartins@usp.br • Jorge Munaiar Neto é Professor do Departamento de Engenharia de Estruturas da EESC-USP, jmunaiar@sc.usp.br • Carlito Calil Junior é Professor do Departamento de Engenharia de Estruturas da EESC-USP, calil@sc.usp.br Figura 2: Seção remanescente dos elementos de MLC depois de expostos ao fogo por 31 minutos. Fonte: Martins (2016) REFERÊNCIAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (2000). NBR 14432: Exigências de resistência ao fogo de elementos construtivos de edificações. Rio de Janeiro.

CACHIM, P. B; FRANSSEN, J-M. (2009). Comparison between the charring rate model and the conductive model of Eurocode 5. Fire & Materials. Vol. 33. P. 129-143.

INTERNATIONAL STANDARD. ISO 834-1: Fire resistance tests - Elements of building construction, Part 1: General requirements, 1999.

MARTINS, G.C.A. (2016). Análise Numérica e Experimental de vigas de Madeira Laminada Colada em Situação de Incêndio. Tese (Doutorado em Engenharia das Estruturas) – Escola de Engenharia. Universidade de São Paulo, São Carlos.

ÖSTMAN, B; MIKKOLA, E. STEIN, R, FRANGI, A, KÖNIG, J; DHIMA, D; HAKKARAINEN, T.; BREGULLA J. (2010). Fire safety in timber buildings, Technical guideline for Europe. SP Technical Research Institute of Sweden, SP Report 19: 210 TECHNICAL REPORT 10 (2003). TR10: Calculating the fire resistance of exposed wood members, American Wood Council, Washington, DC.

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OPINIÃO

QUAL O FUTURO DA INDÚSTRIA FLORESTAL DO SUL DO BRASIL? Por Manoel Francisco Moreira

Dos 7,74 milhões de hectares de florestas plantadas existentes no Brasil atualmente, os estados do PR, SC e RS, detêm juntos a maior área reflorestada. Destes, 5,56 milhões, são de eucalipto e 1,59 milhão de pinus. Com alguns maciços ainda remanescentes dos incentivos fiscais da década de 60, vemos a área plantada encolher ao invés de crescer, especialmente se excluímos as áreas pertencentes às celuloses as quais sempre procuraram a autossuficiência. Embora o eucalipto tenha crescido 5,4% o Pinus encolheu 1,6% (IBA 2015 citado em Anuário 2016 ACR). O que preocupa o setor produtivo florestal, que procura enxergar o longo prazo, é o desestímulo crescente nos investidores e proprietários florestais causado pelo preço baixo da madeira fina, que não remunera o desbaste e desestimula o proprietário em manejar o povoamento para madeira de uso múltiplo. Mas o preço das toras para uso em serraria/laminação em muitos locais também não encontra preços compatíveis. O gênero eucalipto é um exemplo geral, pois devido a super oferta, principalmente - está com o preço aviltado nos três Estados. Fala-se em “apagão” de Pinus – mais uma vez o tal apagão. Aos proprietários de pinus pode ser boa notícia, mas com alguns que tenho conversado, confessam que, uma vez feito o corte final, retornarão com suas áreas à agricultura ou pecuária, desestimulados pelos preços em geral da madeira. Mancini, (2016) em 4º Workshop APRE & EMBRAPA, faz análise altamente técnica, e exata, da situação do reflorestamento, inclusive prevendo o apagão do pinus, que já começou em alguns nichos da região Sul, o qual terá um pico em 2018, para manter-se ao longo dos próximos 20 ou mais anos. E A INDÚSTRIA DE MADEIRA SÓLIDA, COMO FICARÁ? Penso que as forças empresariais industriais precisam sentarem-se para analisar a situação e da dificuldade extrair uma bela solução. Empresários do setor sabem que parar para pensar o futuro e planejá-lo no longo prazo é fundamental para a perenização do empreendimento. Cito o exemplo do grupo Klabin que já nasceu dois séculos atrás, atravessou o anterior com duas guerras mundiais e viu desaparecer do seu lado gigantes como Matarazzo e Farquardt. Para a Klabin, planejamento de longo prazo sempre foi fundamental. No caso da madeira, as pequenas empresas que compõem a cadeia, não têm como sozinhas tentar resolver problema tão gigante. Mas sua união através das associações (APRE, ACR, AGEFLOR, ABIMCI,

etc.) devem encontrar uma saída que não inclua a participação de governos, pois do contrário nada sairá. Sugestões de metas a serem perseguidas por uma eventual união em torno do assunto:

• Em que pese o esforço da FIEP, por exemplo – desconheço ações de outras Federações, de tecnificar nossa indústria madeireira, pecamos pela ausência de tecnologia (salvo raríssimas exceções): esta seria uma meta a ser perseguida;

• Melhor aproveitamento do eucalipto como fonte de matéria prima, também podemos focar (problema técnico);

• Estimular a Universidade, através dos cursos florestais, a estudar espécies de eucalipto utilizáveis na indústria de serraria e afins que não só sejam tolerantes ao frio, para plantio nos três Estados do Sul;

• Estudar o mercado futuro e não o do próximo ano somente;

Certamente possam haver mais idéias, porém a principal que tenho a veleidade de deixar é a união da indústria de madeira sólida em torno do assunto. SOBRE MANOEL FRANCISCO MOREIRA Formado em Engenharia Florestal pela Universidade Federal do Paraná, pós graduado em economia empresaria pela UFRS, é consultor florestal e atua em todo Brasil, aplicando também palestras e treinamentos economia e colheita florestal.  Imagens: Madeira Total

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NOSSA CAPA

POR UMA SOLUÇÃO MAIS SUSTENTÁVEL Para os apaixonados por madeira, a utilização da matéria-prima é bastante habitual. Contudo várias práticas vem corroborando para a utilização de forma ampla, do único bem renovável e ecologicamente correto: a madeira Fotos por Amanda Ribeiro

Oriunda de florestas plantadas, e utilizada até então como material complementar à construção civil, a madeira vem conquistando espaço no mercado nacional, uma vez que já é largamente utilizada de forma estrutural e ornamental em substituição de outros materiais, em países desenvolvidos, especialmente a Europa. Desmistificando sua utilização, arquitetos, urbanistas, moveleiros entre outros profissionais, buscam cada vez mais os benefícios desta matéria-prima. Logo, num mercado cada vez mais estimulado, despontam empresas que já se prepararam ao longo dos anos para atender esta demanda. É o caso da tradicional empresa mineira Lua Madeira. Fundada por Sebastião Linhares, com mais de 50 anos de experiência no setor madeireiro, divide atualmente com seus filhos, a missão de ampliar a utilização deste bem natural desde seu plantio, otimizando a qualidade de vida das pessoas. A Lua Madeira Imunizada, instalada no município de Nova União - MG, tem como sua maior missão, a satisfação de seus clientes através da excelência produtiva e atendimento. PRODUTOS & INVESTIMENTOS Com grandes investimentos em sua estrutura fabril já com 80.000m², a serraria com unidade de tratamento, oferece em seu portfólio, o fornecimento de madeiras para pergolados, telhados, galpões e acabamentos, e ainda para decks, esquadrias, estruturas, mourões, postes e cruzetas em larga escala. Com a utilização de floresta própria, e também de terceiros, a empresa investiu ao longo dos 22 anos de atuação no mercado, em equipamentos de última geração para o desdobro e tratamento da madeiras, que garantem melhor custo x benefício e aproveitamento da matéria-prima, visando o consumo consciente e sustentável. Importante destacar a solidez das ações da empresa: a utilização de critérios minuciosos no processo de tratamento de madeiras em autoclave, prote-

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gendo-as do ataque de insetos xilófagos e fungos que a deterioram, aumentando sua vida útil. Produtos de alta qualidade, entrega rápida através de um estoque controlado para garantir o nível de umidade da madeira (para receber o tratamento), e ainda atendimento qualificado e equipe treinada fazem com que Lua Madeira se estabeleça a cada dia mais no cenário nacional. PREMIAÇÕES Fruto da qualidade de seus produtos, preocupação com o meio ambiente e bom atendimento, a empresa acumula algumas premiações internacionais: o Latin American Quality Institute (LAQUI) na edição de 2015 do Quality Festival, que reuniu mais de 400 líderes empresariais, que foram capacitados por especialistas internacionais e ocorreu em Santiago no Chile. A

segunda premiação Intercontinental Union Of Quality (INUQ) aconteceu em novembro de 2016 em Madri na Espanha tendo grande relevância, por sua notória seriedade em suas classificações. “Acreditamos que este é o ponto certo para ancorar nossa missão e visão. Pautamos nossa atuação pela honestidade, responsabilidade e transparência, valorizando os colaboradores e trabalhando efetivamente juntos. O objetivo é atender as necessidades dos clientes quanto à qualidade e durabilidade dos nossos produtos”, reforça Thulio Linhares, sócio diretor da empresa. Os mais de 50 anos de experiência de seus integrantes no segmento da preservação de madeira, colabora para que o mercado receba produtos de alta qualidade: “Nossos critérios começam pela seleção das espécies que utilizamos. Trabalhamos somente com


Para saber mais, acesse: www.luamadeira.com.br  Imagem: Divulgação.

Unidade de tratamento - Lua Madeira

duas espécies de eucalipto para o tratamento de madeira roliça, cloeziana e citriodora, de grande aceitação neste segmento. Utilizamos no tratamento em autoclave o preservativo CCA-C, da Montana Química, empresa que tem grande parcela de contribuição para a qualidade de nossos produtos. Além do alto padrão do imunizante fornecido, também contamos com um valioso apoio técnico e a periódica análise de tratamento através de laboratórios especializados, mantendo assim a equalização de sua produção e bons resultados. Para Thulio, boas parcerias resultam diretamente no crescimento da cultura de qualidade em uma empresa. “Para isso devemos ter sempre bem definidos nossos valores para que o caminho da nossa organização seja sempre saudável. É de grande valia caminhar junto de outras empresas que almejam chegar a um ponto comum de a excelência e qualidade. Também enfrentamos um desafio importante no mercado, que é a falta de conhecimento dos clientes em relação ao eucalipto imunizado. Por isso procuramos sempre fornecer o máximo de conceitos e explicações técnicas úteis e de fácil entendimento, para auxiliar nossos clientes - ou futuros clientes - a ter uma visão mais critica ao adquirir produtos de madeira tratada, uma vez que devemos contribuir com a construção civil, indústria moveleira, arquitetura e urbanismo entre outras aplicações e segmentos na troca de conhecimento e aplicabilidade da madeira, oferecendo uma proposta sustentável”, reforça o diretor.

A esquerda, Silvio Lima da Montana Química e a direita, Thulio Linhares

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INOVAÇÃO

REVOLUÇÃO NA GESTÃO DE MÁQUINAS FLORESTAIS A inovação alcançou o propósito: gestão do tempo e impacto da tecnologia nas atividades da colheita florestal, controle rápido e absoluto Uma conversa importante. Um divisor de águas no controle das atividades florestais. Não há falhas ou interrupções. A inteligência do produto em um hardware reconhecido e utilizado em 85 países, com cobertura global através de comunicação satelital. A desenvoltura do hardware é incomparável. Tudo acontece em tempo real. Os efeitos da tecnologia já somam as atividades florestais e no dia a dia das empresas, gestores e operadores. Esse avanço tecnológico é oferecido pela Timber Forest, tradicional empresa de equipamentos florestais, que além máquinas e peças de reposição, dispõe de serviços de manutenção preventiva e corretiva com pronto atendimento. Suas soluções sem dúvida, apontam para a Revolução Industrial mais recente, da qual conhecemos por “Indústria 4.0”. O controle absoluto das informações de produtividade, resultados, antecipação de correções mecânicas no longo prazo convergem para a flexibilidade da produção, organização e aumento da produtividade – uma vez que se conhecem os gargalos. INFORMAÇÕES EM TEMPO REAL O Timber Fleet é o que há de mais moderno e eficiente na leitura do tempo real em operação, lendo através do sistema hidráulico todos os movimentos da máquina base e implemento e não somente o tempo de motor ligado, possibilitando formulários fidedignos com apontamentos eletrônicos que informam ações operacionais, ações preventivas de manutenção e informações sobre a produção, com relatórios gráficos (real time) através de um sistema de comunicação satelital, com 100% de cobertura global, independente de onde sua máquina esteja, as informações chegam em tempo real. ORDEM CRONOLÓGICA DOS EVENTOS O sistema obriga o usuário a informar os eventos de acordo com sua ordem cronológica sem alterar horário e tempo de parada, permitindo também uma comparação entre o que é informado no apontamento eletrônico e o informado automaticamente pelo Timber Fleet. A CENTRAL O Sistema possui também verificações automáticas e envio de alertas e e-mails para manutenções antes do vencimento das mesmas, para que todas as providências sejam tomadas antes que algum problema apareça.

A Timber Forest possui uma central de monitoramento para o Timber Fleet, uma equipe responsável pelo treinamento de usabilidade do produto e uma equipe de suporte técnico. Foram anos de pesquisa, investimentos e testes para que o Timber Fleet,em pouco tempo, ganhasse o respeito e confiança dos usuários. MARCAS E MODELOS Solução completa às operações florestais, apresentando informações referentes à eficiência operacional, eficiência mecânica, produtividade da máquina e operador, controle e solicitação de manutenções, controle de abastecimento, relatórios e

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alertas, tendo como objetivo prolongar a vida útil da máquina, reduzir o tempo parado e consequentemente aumentar a produtividade. Utilizado em 85 países, com cobertura global através de comunicação satelital. Após a instalação do equipamento o sistema passa a receber de modo automatizado dados da máquina, tornando possível o controle e o planejamento operacional sem sair do seu escritório. A comunicação de dados é feita entre o TimberFleet e uma constelação privada de satélites de alta órbita, com cobertura global e troca de mensagens em tempo real, conforme parâmetros pré-definidos, independentemente do tipo, marca ou modelo da máquina. 


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FLORESTAL

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GUINCHO CABRESTANTE DE ALTA QUALIDADE OTIMIZA COLHEITA EM TERRENOS ÍNGREMES

A Komatsu Forest apresenta o guincho de tração auxiliar Komatsu TractionAidWinch, um guincho de cabrestante de alta qualidade baseado em mais de dez anos de experiência de trabalho com guinchos nas regiões alpinas. Em 2017 a Komatsu Forest começará a entregar como um opcional o guincho para o forwarder Komatsu 875 e para os harvesters Komatsu 911/230H e Komatsu 931. Existe uma necessidade cada vez maior de guinchos para forwarders e harvesters. A competição pelo uso do solo, como para o cultivo de alimentos e bioenergia, está crescendo em todo o mundo. Como resultado, o cultivo florestal muitas vezes expande para áreas onde tais usos não competem por terra, como em terrenos íngremes, por exemplo. A fim de colher e transportar madeira em condições tão extremas, existe uma procura crescente por tecnologia especialmente adaptada, incluindo guinchos. A Komatsu Forest tem uma vasta experiência de trabalho com guinchos nas regiões alpinas da Alemanha e Áustria, onde a tecnologia foi aperfeiçoada em cooperação com os clientes por mais de dez anos. Usando esse conhecimento, a Komatsu Forest criou agora o Komatsu TractionAidWinch, uma solução de guincho de alta qualidade que estará disponível como uma opção quando os modelos de máquinas listados acima forem montados. O sistema baseia-se no princípio testado e aprovado de cabrestante, onde o guincho tem um tambor separado para armazenamento do cabo, enquanto o motor que fornece tração é instalado na unidade do cabrestante. O cabo é enrolado nove vezes ao redor da guia do cabrestante, que dá uma força grande de fricção e assim um guincho eficiente.

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O sistema de cabrestante proporciona tração uniforme, porque a mesma quantidade de cabo está sempre enrolada ao redor da unidade do cabrestante. Esta é uma vantagem em comparação com um guincho de tambor regular, onde o cabo é enrolado em torno de um tambor que também abriga o motor, uma construção que fornece tração irregular porque o torque varia dependendo de quanto cabo permanece no tambor. O projeto também oferece um melhor controle sobre como o cabo é enrolado, em comparação com um guincho de tambor. Isto ocorre porque toda a força de tração atua sobre a unidade do cabrestante, enquanto apenas indiretamente atua sobre o cabo no tambor de armazenamento. Como resultado, o operador pode ter a certeza de que o cabo irá enrolar no tambor sem incidentes. A força de tração reduzida no tambor de armazenamento também significa menos stress e desgaste do cabo, prolongando assim a sua vida útil. O Komatsu TractionAidWinch tem um design compacto que fornece ao forwarder/ harvester

excelente distância do solo, manobrabilidade e visibilidade da cabine. O guincho do harvester é equipado com inclinação hidráulica, tornando fácil inclinar o guincho para baixo para abrir o capô ou ajustar o ângulo do cabo. O guincho também tem acoplamentos rápidos para fácil remoção durante a manutenção ou quando se conduz em terreno plano, onde não é necessário. O guincho do forwarder é bem integrado com o quadro traseiro. O modelo do guindaste 130F pode ser equipado com uma opção de inclinação integrada, que oferece maior força de giro líquida quando usado em terreno íngreme. O guincho tem uma unidade de alimentação que garante que o cabo está sempre tensionado dentro do guincho, o que aumenta a confiabilidade e impede problemas com o cabo. O controle do guincho é integrado ao sistema de controle da máquina MaxiXplorer. Isto permite que a taxa de alimentação do cabo seja ajustada automaticamente para que se adapte à velocidade de condução da máquina, sem que o operador precise intervir. O cabo de alta qualidade tem um diâmetro de 14 mm e um comprimento de 325 m para os harvesters e 425 m para os forwarders. O guincho Komatsu TractionAidWinch é equipado com um controle remoto que permite a um operador solitário controlar o guincho do exterior da máquina, bem como alimentar e ancorar o cabo. O guincho também tem diferentes modos inteligentes para otimizar a eficiência operacional. O guincho Komatsu TractionAidWinch é simplesmente uma solução bem projetada que oferece auxílio de tração e paz de espírito adicional em terrenos íngremes e quando enfrentando condições desafiadoras de solo. 


FEIRAS & EVENTOS

EXPOFOREST: DINAMISMO E EXCELÊNCIA PARA UM NOVO CICLO DE CRESCIMENTO Durante a última edição em 2014, mais de R$ 152 milhões foram fechados em negociações comerciais. Com público extremamente qualificado, totalizaram 25.107 visitantes do segmento florestal de 26 Estados brasileiros e do Distrito Federal e ainda público de 27 países estiveram presentes no evento

Imagens: Gustavo Castro

Cinco dias de trabalho com máquinas trabalhando 24 horas por dia, 2.200 litros de combustível consumidos, 50 horas efetivas de corte, média de 700 árvores por hora, aproximadamente 35.500 árvores cortadas, totalizando 27 hectares de uma área total de 200, cedida pela de International Paper para a realização da Expoforest 2018. Foi com essa pegada Extreme, que o preparo da Expoforest 2018, já começou. A feira acontece apenas em abril do próximo ano, mas as áreas de estacionamento, estática, dinâmica de silvicultura e trilhas já estão prontas para as próximas etapas de destoca e nivelamento. “Organizar uma das feiras mais complexas do Brasil é uma tarefa que exige grande preparação logística por parte da organização, especialmente no que diz respeito à preparação das áreas dinâmicas”, detalha Jorge R. Malinovski, diretor geral da Expoforest. Iniciando um novo ciclo de crescimento junto ao setor, a única feira dinâmica da América Latina já tem mais de 70 expositores confirmados. De acordo com a organização a decisão de participação antecipada permite que elas também se organizem para apresentar

seus lançamentos de forma adequada em 2018. “Além disto, já programamos uma agenda de visitas e em breve as empresas expositoras poderão visitar a área da feira e definir suas ações in loco”, explica.  Expoforest 2018 Data: de 11 a 13 de abril de 2018 Local: Região de Ribeirão Preto (SP) Telefone: +55 (41) 3049-7888 / (41) 9 9924-3993 E-mail: expoforest@malinovski.com.br www.expoforest.com.br

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MERCADO

DESENVOLVIMENTO DA NORMA PARA O WOOD FRAME AVANÇA

Imagem: Divulgação.

Consolidação do sistema construtivo abrirá novas oportunidades de negócios para os setores da construção e da madeira

A elaboração da norma técnica para o sistema construtivo wood frame teve avanços significativos desde que foi instalada a Comissão de Estudos (CE) da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), no mês de junho de 2016. Em quase nove meses de atividades, a equipe formada para desenvolver a proposta trabalhou profundamente em um texto que disponibilize os parâmetros de qualidade para empresas e obras com esta tecnologia. Esta comissão é formada por diferentes entidades - como a Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente (Abimci) - e profissionais relacionados às indústrias madeireira e de construção civil, que unem esforços para criar a base necessária para o fortalecimento deste sistema construtivo no país. A iniciativa teve como ponto de partida as discussões da Comissão Casa Inteligente, instituída em 2009 pela Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) com a participação de mais de 50 empresas e instituições. ROTINA A partir da instalação da Comissão de Estudos, foram criados subgrupos para sistematizar a força-tarefa e dar celeridade às discussões. Os coordenadores de cada tema previsto na norma orientam a estruturação de cada área relacionada à norma. Cada um deles recebe as contribuições dos membros que integram a iniciativa. Todos os dados são revistos e discutidos, antes de serem consolidados em um texto. O documento passa, então, por uma avaliação de todos os integrantes do grupo de trabalho. Em 2017, houve evolução nas propostas para as partes Projeto e Execução da norma, abrangendo pontos como requisitos gerais, componentes, projetos estruturais, projetos complementares e execução, entre outros. Agora, a Comissão de Estudos realiza uma revisão geral do conteúdo elaborado até o momento. Outro passo será intensificar as discussões no subgrupo Desempenho da norma técnica. Os membros

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do grupo de trabalho vêm aprofundando os conceitos para a inclusão na proposta do texto para a norma. “Temos hoje um texto já consistente envolvendo duas partes importantes do sistema construtivo wood frame, que são a preocupação de como serão considerados os projetos e como será a execução das futuras obras neste sistema construtivo”, afirma o coordenador da CE e vice-presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Paraná (Sinduscon-PR), Euclesio Finatti. “Se continuarmos neste ritmo, ainda no primeiro semestre de 2017 poderemos submeter à Comissão de Estudos a primeira sugestão de texto para a norma”, salienta. OPORTUNIDADE O wood frame vem se tornando cada vez mais uma alternativa para a construção civil e uma oportunidade de negócios para as empresas destes setores, além de ter o potencial de reduzir o déficit habitacional no País, por conta de características como rapidez, menor impacto ambiental e geração de resíduos. No entanto, ainda é necessário fortalecer o seu uso no Brasil. Se no exterior já é considerado um sistema construtivo consolidado, por aqui ainda é uma novidade. Isto reforça a importância da Comissão de Estudos da ABNT para tratar sobre o tema. A norma técnica do sistema construtivo woodframe está diretamente relacionada com a qualidade de processos, representando benefícios para fabricantes, construtores e os clientes. Além de estabelecer parâmetros técnicos, a norma permitirá avanços em questões relacionadas à viabilidade da utilização do sistema construtivo, como os financiamentos imobiliários. Com isso, haverá mais recursos para a implantação de projetos, resultando também em garantias para as empresas e para os clientes. O superintendente da Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente (Abimci), Paulo Pupo, destaca que as

empresas do setor estão diante de novas oportunidades. “Precisamos entender e capitalizar o momento, para consolidar esse método construtivo eficiente e inovador. Mas, para isso, será necessário que os fabricantes de madeira se preparem para atender as exigências técnicas do mercado. Há uma chance real de aumentarmos o consumo per capita de madeira no mercado interno”, avalia. Outra frente que será alcançada com a norma será o conceito de que casas de madeira são construções de baixa qualidade. “Esse talvez seja o maior desafio que teremos ao longo de nossa jornada para a consolidação desse sistema no Brasil. Os exemplos aplicados em alguns dos principais países do mundo com construções em madeira, em larga escala e de diferentes conceitos, nos provam exatamente o contrário, pois esse é um sistema que traz soluções inovadoras e sustentáveis, economicamente viáveis, e com as garantias necessárias exigidas pelo mercado”, enfatiza Pupo. 

Fonte: Tecverde e Portal Madeira e Construção


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NEGÓCIOS & MERCADO

CRISTIANO CARDOSO TEIXEIRA É INDICADO COMO NOVO DIRETOR-GERAL DA KLABIN Na tarde de 30 de março, a Klabin Irmãos e Companhia (KIC) - controladora da Klabin S.A., indicou o executivo Cristiano Cardoso Teixeira como diretor-geral da empresa. A indicação será submetida para deliberação do Conselho de Administração. A escolha por um executivo interno reflete a gestão estruturada e integrada da companhia. A estratégia da empresa segue focada em excelência operacional, incremento nos resultados financeiros e alta performance dos negócios, reforçando a trajetória de sucesso de 118 anos da empresa. Cristiano ingressou na companhia em 2011 como Diretor de Supply Chain. Em 2015, assumiu o cargo de Diretor Executivo das Divisões de Papelão Ondulado, Sacos Industriais e Papéis Sack Kraft. No início deste ano, foi nomeado Diretor Executivo de Conversões e Comercial Papéis. Aos 43 anos, o executivo possui mais de 20 anos de experiência, tendo atuado em diferentes segmentos da indústria, como Embalagens, Celulose & Papel, Florestal, Madeira Industrializada, Não Ferrosos, Cerâmico e Óleo & Gás. É graduado em Administração de Empresas, com MBA em Negócios Internacionais e Mestrado em Logística.  Imagem: Divulgação.

PANORAMA

Feiras e Eventos

INICIATIVAS MUDAM A REALIDADE DA COMUNIDADE PATAXÓ As comunidades indígenas são um grupo muito importante com o qual a empresa se relaciona. Atualmente, cerca de 30 aldeias ocupam uma área extensa na região Sul da Bahia, boa parte em locais por onde a empresa tem alguma influência Instalada em Eunápolis, desde 1991, a Veracel possui uma sistemática de diálogo ativo com as comunidades tradicionais do Sul da Bahia, como associações de pescadores e tribos indígenas para promoção do desenvolvimento destes grupos. A mais recente iniciativa é uma ação de incentivo à agricultura familiar, no qual a empresa vai beneficiar a aldeia Pataxó de Coroa Vermelha com a transferência de recursos para a aquisição de um tanque rede para criação de tilápias. “A Veracel tem diálogo com todas as comunidades indígenas onde a empresa tem operações. Apoiamos projetos de irrigação de hortas, viveiros para produção de mudas e agora iniciamos o apoio a mais este de piscicultura”, declara Renato Carneiro, gerente de Sustentabilidade da empresa. Além do apoio a projetos de agricultura familiar, a Veracel faz anualmente a entrega de mais de quatro mil kits escolares para 26 comunidades indígenas Pataxó e Tupinambá no território O objetivo principal de toda a iniciativa da empresa é a manutenção do diálogo e a contribuição para a preservação da cultura tradicional. “Os investimentos são discutidos conjuntamente com as lideranças para garantir representatividade, transparência e atendimento das prioridades da comunidade”, comenta Carneiro. Atualmente, cerca de 30 aldeias ocupam uma área extensa na região Sul da Bahia, boa parte em locais por onde a empresa tem alguma influência. “Não temos interface direta naquelas que estão localizadas próximo do litoral, pois não há regiões de plantio na faixa lito-

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rânea. Mas temos plantio próximos de comunidades Pataxó que estão em processo de expansão e de reconhecimento junto a Funai. E com essas aldeias temos um compromisso firmado, desde 2004, ratificado ano a ano, de entregar a área para a União, quando a reserva indígena for de fato criada”, revela. Junto às comunidades indígenas, são realizadas ainda ações com foco principalmente no enfrentamento do abuso e exploração sexual infantil, por meio do Programa Território de Proteção. Trata-se de um conjunto de parcerias estratégicas que integra ações do governo, de empresas privadas e da sociedade civil. A iniciativa contempla a formação continuada de atores da Rede de Proteção Integral para o enfrentamento da violência em comunidades tradicionais indígenas. Entre as instituições envolvidas no programa apoiado pela Veracel estão a Childhood Brasil e o Instituto Tribos Jovens. 

6ª FEIRA DA FLORESTA 2017 Local: Gramado - RS Data: 04 a 06 abril EXPO ARQUITETURA SUSTENTÁVEL 2017 Local: São Paulo Expo - SP Data: 04 a 07 de abril FEICON BATIMAT 2017 Local: São Paulo Expo - SP Data: 04 a 08 de abril ENCONTRO DA CADEIA PRODUTIVA DA PORTA DE MADEIRA Local: Curitiba - PR Data: 17 e 18 de maio CONSTRUSUL FEIRA INTERNACIONAL DA CONSTRUÇÃO 2017 Local: FENAC - Novo Hamburgo - RS Data: 02 a 05 de agosto GREEN BUILDING BRASIL 2017 Local: São Paulo Expo - SP Data: 08 a 10 de agosto LIGNUM BRASIL 2017 Local: Expo Renault Barigui - Curitiba - PR Data: 20 a 22 de setembro EXPOFOREST 2018 Local: São Paulo - SP Data: 11 a 13 de abril

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Centro de Eventos Sistema FIEP - Campus da Indústria

O PRINCIPAL EVENTO DE COMPONENTES PARA PORTAS DO BRASIL

Máquinas e Ferramentas de Corte Preservantes de Madeira Chapas, Painéis e Lâminas Ferragens e Acessórios Núcleo da Porta Adesivos e Colas Tintas e Vernizes Revestimentos Embalagens Abrasivos Vedações Madeiras

Realização:

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Organização

contato@encapp.com.br . www.encapp.com.br . +55 (41) 3225 - 4358


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