Revista Bem Viver - 13ª Edição

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Ano 5 | Nº 13 ABRIL de 2015 Distribuição Gratuita

ESPECIAL MULHER 3 histórias de emocionar

ADOÇÃO Gere com o coração

FIQUE POR

MODA

Conheça as tendências Outuno / Inverno 2015

DENTRO Como anda a Lei Maria da Penha

GUSTAVO TAVARES Aids não tem cara. Não coloque uma cara na Aids.




Sumário

ESPECIAL MULHER

24 Elizabeth Oliveira Cavalcanti 28 Liliam Kati Silva Fortunato Moraes 32 Dione Fonseca

MERCADO

34 Mulher A participação das mulheres no mercado de trabalho

20 Em Cena | Especial Gustavo Tavares Canalonga

BEM ESTAR

10 Cultura

SAÚDE

36 Fertilização O método está sendo cada vez mais usado no Brasil

Bloco arrasta multidões em Juíz de Fora

BELEZA

12 Moda Arrase na estação Outono /Inverno 2015

COMPORTAMENTO

14 Adoção Adotar é gerar com coração

18 Casamento Casamentos temáticos 4

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08 Fique por Dentro Como anda a Lei Maria da Penha?



Editorial Olá, Caras (os) Leitoras (es) da Bem Viver! Que satisfação! Está chegando a 1ª edição de 2015 e como todas as outras, está recheada de informações importantes. Como todo início do ano, priorizamos elaborar textos direcionados às mulheres, pois neste período vivemos 3 comemorações voltadas a este público: Dia Internacional da Mulher, Dia Nacional da Mulher e Dia das Mães. Com esta forma de homenagear e valorizar as mulheres, temos fortalecido ainda mais nosso vínculo, criando uma relação de respeito e admiração. Esta é a 13ª edição da Bem Viver e nada mais justo que trazer uma entrevista com Maria da Penha. A mulher que deu seu nome a Lei que defende os direitos das mulheres nos concedeu uma entrevista em nossa 2ª edição, praticamente há 4 anos atrás. Resgatamos as atualidades sobre a Lei e o status dos projetos de Maria da Penha. E por falar em garra, apresentaremos a vocês 3 mulheres especiais. Elas abriram o coração e nos contaram com detalhes as lutas que viveram e as vitórias alcançadas. Vale a pena ler estas histórias inspiradoras. A Adoção foi o outro assunto tratado nesta edição. Nesta matéria tivemos a alegria de conhecer as histórias de Solange e Alessandro e Natália que vivenciaram o processo da adoção e hoje realizaram o desejo pela maternidade. E claro, não podemos deixar de falar sobre a novidade! Pela 1ª vez um homem na capa da Revista Bem Viver. Gustavo Tavares Canalonga nos contou um pouco de sua história de vida e sobre sua participação na Casa Amor e Vida como idealizador e ativista. Está de emocionar! Além destas, temos outras matérias feitas especialmente para vocês. Desejo uma agradável leitura e que nossos laços se estreitem cada vez mais. A Equipe da Revista Bem Viver espera que esta edição possa orientá-las, valorizá-las e estimulá-las. Vamos à frente mulheres, com fé e gratidão. Estas são as melhores formas de vencermos e sermos felizes!!!

Rosilhane Faria - Diretora 6

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DIRETORA GERAL: Rosilhane Faria EDITORAS: Rosilhane Faria e Priscila Pompeu S. Lopes JORNALISTA: Priscila Pompeu S. Lopes - MTB 11.129/MG TEXTOS: Priscila Pompeu S. Lopes PRODUÇÃO FOTO EDITORIAL: Foto e Maguiagem / Thereza Zambotti EDIÇÃO E DIREÇÃO DE ARTE: Marcelo Hanickel FOTOGRAFIA: Vaninha Bíscaro COLABORADORA: Eliane Oliveira ESTAGIÁRIO: Luis Guilherme Goulart CAPA: Vaninha Bíscaro Fotografia PRODUÇÃO CAPA: Maquiagem Luciene Pontes ESPECIAL MULHER: Pontes e Pontes Cabelo - Silvinha Cabeleireira e Maquiagem - Luciene Pontes VESTE CAPA: Via do Terno CONTATO COMERCIAL Rosilhane Faria E.mail: comercial@revistabemviver.com você@revistabemviver.com Telefone : (35) 3214.5313 / 8847.7288 Avenida Ana Jacinta , 719 - Bom Pastor Varginha - MG - CEP 37014-240 CIRCULAÇÃO: Varginha e Cidades circunvizinhas Blog: www.revistabemviver.com revista bem viver

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ERRATA Maquiagem 12ª Capa: Luciene Pontes


Revista impressa e pronta para distribuição! UFA!

Making Of

esforço. Para chegarmos neste estágio foi preciso muito de trocas e s nema Quantas reuniões, conversas, telefo onde a, guinh formi de lho e-mail. Realmente um traba objetivo: um colabora daqui e outro de lá, até alcançar o plar da exem um mais as leitor s nossa de mãos nas r coloca Revista Bem Viver. diferente. Assim como nas 12 edições já feitas, esta não foi am. faltar não ientes ingred estes , Muito suor e saliva ável, a pens indis e dient ingre outro e exist m, Poré é o que de, verda a adrenalina. Esta nunca falta, e por falar nos move. desafios, O desejo em fazer cada vez melhor, encarar processo do parte faz isso tudo novo, é que do atrás r corre e ainda bem que faz. ração Simplesmente tudo o que vivenciamos na elabo uma ser a chega ação, explic tem não deste trabalho último este ão, gratid e alívio ia, eufor so, nervo de ra mistu sentimento é o que toma conta de nós. que nos Gratidão pelas pessoas que colaboraram, pelas r. ajuda nos ram tenta que o mesm até e impulsionaram pedir puder se e nto ecime agrad nosso cem mere Todas todos mais uma coisa, continuem do nosso lado, vocês são importantes para nós! Equipe da Revista Bem Viver.

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Como anda a

Bem Estar | Fique por Dentro

Lei Maria da Penha?

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a edição nº 2, em 2010, a Revista Bem Viver teve o privilégio de fazer uma entrevista com a cearense de Fortaleza, farmacêutica bioquímica, Maria da Penha Maia Fernandes. Maria da Penha fez da sua tragédia pessoal uma bandeira de luta pelos direitos da mulher e batalhou durante muitos anos pela condenação de seu ex-marido, Marco Antônio Heredia Viveiros, por sucessivas agressões e duas tentativas de homicídio. Em 1983 ela sofreu a primeira tentativa de assassinato, quando levou um tiro nas costas enquanto dormia. Viveros foi encontrado na cozinha, gritando por socorro, alegando que tinham sido atacados por assaltantes. Desta primeira tentativa, Maria da Penha ficou paraplégica A segunda tentativa de homicídio aconteceu meses depois, quando Viveros a empurrou da cadeira de rodas e tentou eletrocutála no chuveiro. Depois de ter seu sofrimento conhecido em todo o mundo, é que Maria da Penha viu o Brasil reconhecer a necessidade de criar uma lei que punisse a violência doméstica contra as mulheres. Para ela, a lei 11.340 significou dar às mulheres outra possibilidade de vida. Após 4 anos de publicação deste assunto na Revista Bem Viver, resgatamos a história deste ícone contra a violência doméstica, já que os relatos de agressão e maus tratos ainda são atuais e fazem parte, infelizmente, do cotidiano de milhares de mulheres no Brasil. Segundo Maria da Penha, nos locais onde as normas estão sendo verdadeiramente praticadas, as mudanças são significativas. O número de denúncias aumenta e o número de reincidências diminui. De acordo com ela, quando estatisticamente nota-se que o número de denúncias sobe, não significa que a violência contra a mulher aumenta, mas sim que as mulheres se sentem mais seguras e respaldadas, pois acreditam no poder do Estado e por isso têm mais coragem de denunciar. Nas cidades consideradas referencias no combate a violência contra a mulher, que seguem a risca o que a Lei estabelece e implantaram todos os equipamentos sugeridos, como: Centro de Referência da Mulher, Delegacia da Mulher, Casa Abrigo e Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, além de núcleos especializados na Defensoria Pública e no Ministério Público, vê-se que as mulheres se sentem mais fortes, amparadas e acolhidas. “Precisamos de vontade política. Sensibilidade e compromisso do gestor público com a causa da mulher, mas infelizmente a cultura machista interfere nisso também. Devemos, como cidadãos de direitos, cobrar de nossas autoridades e do poder público, a implantação de políticas

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públicas de enfrentamento a violência doméstica e familiar contra a mulher, para que a mulher em situação de violência, quando decidir denunciar, encontre amparo e proteção do Estado”, afirmou Maria da Penha. A educação tem um papel preponderante no enfrentamento à violência doméstica e familiar contra a mulher. “Essa é uma das bandeiras de luta do Instituto Maria da Penha - IMP. Acreditamos que somente através da educação pode-se construir uma cultura de paz. Como almejar a paz na sociedade se não a temos nem dentro dos nossos próprios lares?” Questiona Maria da Penha. O IMP foi criado em julho de 2009, não possui sede própria e Maria da Penha é fundadora da Instituição e Conselheira Vitalícia. O Instituto é uma organização não governamental, sem fins lucrativos, que visa, através da educação, contribuir para conscientização das mulheres sobre os seus direitos e o fortalecimento da Lei Maria da Penha. Não trabalha com atendimento à mulher em situação de violência, seu foco são projetos pedagógicos de capacitação. De acordo com Conceição de Maria, Coordenadora de Projetos do Instituto Maria da Penha, nosso maior produto é o Programa “Defensoras e Defensores dos Direitos à Cidadania - DDDC”, que tem como objeto a promoção de mudanças na atitude dos cidadãos e cidadãs diante da questão da violência doméstica praticada contra a mulher. O IMP conta com o apoio da sociedade civil organizada e de instituições verdadeiramente envolvidas com seu papel de transformador social, imprescindível para que se possa avançar no enfrentamento da violência doméstica e familiar contra a Mulher. Neste tempo todo de aplicabilidade da Lei, muitas foram as conquistas, porém ainda se tem muito que avançar. Para que a Lei Maria da Penha seja realmente efetivada é necessária a criação de políticas públicas para que a mulher em situação de violência se sinta amparada pelo Estado quando decidir denunciar, mas infelizmente ainda existem muitos entraves para que estas políticas sejam criadas. “Precisamos de vontade política. Compromisso do gestor público com a causa. Precisamos realizar controle social e cobrar de nossos gestores!”, declarou Maria da Penha.


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Fotos: flickr.com.br

Bem Estar | Cultura

Parangolé Valvulado arrasta multidões em Juiz de Fora

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le anima o carnaval de rua em Juiz de Fora desde 2008. Sempre com a proposta de levar arte pra folia, este é o bloco Sonorus Urbis Parangolézius Valvuladis, mais conhecido como Parangolé Valvulado. Parangolé Valvulado é um bloco formado por artistas, músicos, pintores e pessoas envolvidas com arte e cultura. Nasceu do desejo de transformar o carnaval em uma “fusarka” misturando estilos. Hoje se tornou referência no pré-carnaval juiz-forano e a cada ano, o bloco presta homenagens a grandes nomes da cultura brasileira, a exemplo do compositor Arnaldo Baptista (2009) e do comediante Mussum (2010). Em 2011, o bloco homenageou a feira da Avenida Brasil, em 2012 o tema do bloco voltouse para “o fim do mundo” e em 2013 a Tropicália. Em 2014 homenagearam a música brega e em 2015 o grupo homenageou o Clube da Esquina, evocando uma mistura de sons característica do movimento surgido na década de 60 em Belo Horizonte (MG). O frevo-enredo do bloco, uma de suas marcas registradas, traz diversas referências aos artistas do grupo mineiro, entre os quais estavam Milton Nascimento, os irmãos Borges (Lô, Telo e Márcio), Beto Guedes, Flávio Venturini, Toninho Horta e outros. “Dessa vez, resolvemos homenagear os nossos grandes ídolos. Sempre os ouvimos muito. Eles nos influenciaram. Todos estávamos entre a adolescência e a juventude na época do movimento. Além do mais, as músicas sempre se mantiveram atuais. Então, nada mais justo que homenageá-los agora”,

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Bloco exis te há sete a e é formadnos principalmo por artista ente s.

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explica um dos fundadores do bloco e guitarrista Danniel Goulart. Após a escolha dos temas, os integrantes se reúnem para criar o enredo. “O interessante é que muitas pessoas são envolvidas, não apenas os músicos. Todos são estimulados a dar palpites e ajudar na construção”, explicou o mestre de bateria Ângelo Goulart, que está no bloco desde a fundação. De acordo com a artista plástica e idelizadora do bloco, Valéria Faria, o bloco nasceu da falta que o grupo sentia do carnaval em Juiz de Fora, de reunir os amigos e também de levar a arte para as ruas. O nome Parangolé Valvulado faz referência à manifestação artística de Helio Oiticica e também a uma característica que Angelo Goulart define como “diferenciada”. O bloco conta com duas guitarras e um contrabaixo, além da bateria. Para ele, o bloco é uma contribuição cultural para Juiz de Fora. “A música tem um poder que pesa na vida de quem executa e na de quem ouve. Para mim, é uma diversão e uma responsabilidade cultural”, explicou. O bloco está em fase de finalização de um CD com composições próprias, produzidas desde 2008, por meio de um projeto financiado pela Lei Murilo Mendes. Segundo Danniel Goulart, o lançamento está previsto para meados de 2015 em um desfile semelhante ao do carnaval.



Beleza | Moda

Tendências para o Outono / Inverno 2015 A

época mais glamorosa do ano está chegando e é claro que estamos falando da temporada de outono/ inverno. E quando o assunto é moda, é hora de caprichar no look quentinho, mas sem deixar o estilo de lado. A Revista Bem Viver conferiu quais são as tendências que vão dar o que falar em 2015 e conta tudo para vocês. Vamos nos inspirar?!

ANOS 60 & 70 Silhuetas longilíneas, franjas, cintura alta, alfaiataria e barriga de fora. Os anos 60 e 70 nunca saem de moda! Se

PRETO, BRANCO, VERMELHO E MARROM Inovar o clássico preto & branco com tons de vermelho foi uma das tendências mais apontadas nas passarelas da última edição do SPFW. Variações neutras, como o cinza e o bordô, também foram vistas. Outro clássico a ganhar repaginada foi o marrom, que foge da paleta tradicional e ganha cores inusitadas - desde o ameixa até tons alaranjados.

nas outras temporadas, os 80 foram a bola da vez, agora, quem manda são as décadas anteriores. Cores vibrantes saem de cena, dando lugar a looks minimalistas e maduros. A principal inspiração é Jane Birkin, que deu nome a bolsa mais cobiçada de todos os tempos: a Birkin, da grife Hermès.

MILITARISMO Não é de hoje que o militarismo inspira a moda. Para 2015, o coturno e o camuflado saem de cena, dando lugar a detalhes mais discretos, como casacos e ombros bem estruturados, assim como a cintura marcada.

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SUÉTERES Quem disse que o conforto não pode estar na moda? Isso porque os suéteres invadiram as passarelas, com direito a bordados, mix de texturas e estampas criativas. Para deixar o look ainda mais confortável, a modelagem maxi dá aquele tom gostoso de moletom.


BOTAS OVER THE KNEE Inverno é sinônimo de botas - isso não é nenhum segredo! Uma novidade é que as botas over the knee (acima do joelho) voltaram com tudo. E se você quiser estar ainda mais na moda, não hesite em optar por modelos com cadarço e até pelo brilhante vinil.

O Cypress é um verde militar que também vai estar super em alta no inverno 2015. O Bright Cobalt. Um lindo tom azul vibrante que sem dúvida trará mais alegria aos dias mais cinzentos do ano. O Royal Blue, uma tonalidade mais sóbria e elegante do azul. O Aluminum é um tom de cinza, um tom de aço inoxidável que é ótimo para compor looks mais sérios e refinados. O Cognac é um tom de marrom super glamouroso e chique que combina com todas as cores. O Misted Yellow é nem mais nem menos que um tom de amarelo mais sóbrio, que promete dar vida às produções de dia.

Tem mais! Está procurando saber quais são as tendências de cores para o outono inverno 2015? Em 2015 a cor escolhida para representar o outono / inverno é chamada de Marsala. A cor do ano é uma mistura de vermelho vinho com uns toques de marrom. A cor marsala promete ser uma forte tendência, não apenas em roupa, mas também em decoração e design.

Aurora Red

Radiant Orchid

Mauve Mist

Cypress

Bright Cobalt

Royal Blue

Aluminium

Cognac

Misted Yellow

Mas não é só a cor marsala que vai ser a grande tendência em 2015, outras cores serão grandes apostas neste outono inverno: O Aurora Red - Um tom de vermelho ao estilo do vermelho escarlate, que consegue dar ao look uma aparência sofisticada. A cor Radiant Orchid. Esta cor entre o roxo e fúcsia é super feminina e uma excelente aposta se você quiser estar na moda neste inverno. O Mauve Mist é um tom de lilás mais suave, é quase que a cor radiant orchid, mas mais clara.

FONTES: http://www.guiadasemana.com.br/bem-estar/ noticia/5-tendenciasde-moda-para-o-outonoinverno-2015 http://beleza.umcomo.com.br/articulo/tendencias-de-cores-parao-outono-inverno-2015-3520.html#ixzz3Xag8Xkgz

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Adotar é gerar

Comportamento | Adoção

com o coração M

uito se fala sobre adoção, mas pouco se sabe a respeito deste universo complexo. A emoção e a razão estão diretamente ligadas e podem juntas mudar o destino de quem adota e de quem é adotado. Em 2013 o número de crianças adotadas no Brasil aumentou cerca de 30% em relação a 2012. Acredita-se que esta evolução deve-se a mudança na mentalidade dos casais que desejam adotar. Atualmente, cada vez menos os casais selecionam cor, idade e sexo dos filhos. É o que mostra a pesquisa do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), cujos dados foram revelados em reportagem do jornal Folha de S. Paulo no dia 26/05/2014. Entre 2010 e 2014, o número dos que desejavam adotar apenas crianças brancas caiu de 39% para 29%. Já o total de casais indiferentes à cor subiu de 29% para 42,5%. Aumentou também o número dos que aceitam adotar crianças com 3 anos ou mais: de 41% em 2010 para 51,1% em 2014.Segundo especialistas ouvidos pelo jornal, são três os fatores que podem explicar a mudança nas exigências: a participação obrigatória dos interessados na adoção em cursos oferecidos por ONGs e varas de infância e juventude, o trabalho de grupos de apoio e a maior divulgação de como é realizado todo o processo. O processo de adoção no Brasil leva em média um ano. No entanto, pode durar bem mais, caso o casal insista em fazer exigências no perfil da criança ou existam entraves burocráticos. Além disto, é preciso seguir uma série de etapas para que o processo seja concluído, tais como participar do curso preparatório de dez horas, se encaixar no perfil apropriado e se inscrever no Cadastro Nacional de Adoção (CNA) - ferramenta criada em 2008 para auxiliar juízes das varas da Infância e da Juventude na condução dos procedimentos de adoção - o que pode demandar um período. Foi o caso de Solange C. Cunha Moreira e Alessandro Messias Moreira, juntos há 18 anos. Em 2010, resolveram definitivamente entrar para a fila de adoção. Buscando sempre seguir todos os procedimentos legais, procuraram o Serviço de Assistência Social do Fórum de Varginha, fizeram o cadastro, as entrevistas necessárias e entraram na fila. Em maio de 2011, o casal fez o curso obrigatório para pessoas interessadas em adotar, conduzido por profissionais do Fórum.

Em 2012, exatamente no dia 15 de março, foram comunicados que havia duas irmãs gêmeas para adoção. O sim foi imediato e o difícil foi aguardar a chegada das meninas. “Podemos dizer que estávamos vivenciando um verdadeiro trabalho de parto já que nossa ansiedade, expectativa e emoção foram enormes”, ressaltou o casal. No dia 22 de março, o casal foi chamado ao Fórum para receber Lavínia e Laiane. Segundo Solange e Alessandro os momentos mais difíceis foram os que se deram entre o dia que as meninas chegaram até o instante em que definitivamente o processo no Fórum se deu como promulgado e julgado. Nesse caso, um novo registro de nascimento foi emitido e tudo estava resolvido. Esse processo é comum em todos os casos, mas não deixa de causar certa angústia em todos os envolvidos. No caso deles, tudo durou cerca de 1 ano e meio, “afirmamos que mesmo nestes momentos difíceis não pensávamos em desistir, já que desde a chegada delas, não tínhamos dúvidas, elas eram nossas filhas e foram escolhidas para nós”, disseram eles. A realidade de Minas Gerais mostra 692 crianças e adolescentes de 0 a 17 anos estão atualmente na fila do CNA. No paradoxo que permeia esse universo, 3.935 famílias estão na fila à procura de filhos adotivos. O número de pais supera em quase seis vezes a quantidade de crianças que aguardam por um novo lar. A tendência de Minas Gerais segue os padrões nacionais e, assim como no Estado, a somatória de pais de todo o país é também quase seis vezes maior do que as crianças que estão no CNA. São 32.611 pretendentes cadastrados no Brasil, frente às 5.655 crianças acolhidas. O número de pretendentes para crianças entre 0 e 7 anos permanece na casa dos milhares, enquanto os que aceitam crianças com mais de 7 anos vai caindo a medida que a idade aumenta. Enquanto 4.232 aceitam bebês, apenas dez pessoas aceitam adolescentes com 16 anos. Geralmente as pessoas interessadas em adotar viveram gestações interrompidas. No caso de Solange e Alessandro, o que os levou a entrar neste processo foram as gestações perdidas, no total foram 3. “É enorme a frustração de querer ter um filho e descobrir que alguma coisa está errada”, desabafou Solange. O desgaste físico, emocional e financeiro de tratamentos de fertilidade costuma ser grande e fica maior ainda se eles não funcionam. Diante disso, muitos casais partem para a adoção. O que precisa ser considerado, contudo, é que a chegada de um filho adotivo não é uma “cura” para a dor da infertilidade. Talvez ela continue lá, de alguma forma, ressaltam os psicólogos. “Existem pessoas que dizem que elas são meninas de sorte por nos ter como pais. Discordamos e afirmamos que nós somos os sortudos e abençoados por tê-las como filhas. A adoção é uma experiência inigualável, indicamos e endossamos. Gostaríamos que outros casais pudessem sentir essa experiência de ressurreição vivida a cada dia.” Solange C. Cunha Moreira e Alessandro Messias Moreira

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Comportamento | Adoção

O que se deve ter em mente é que a adoção é uma decisão muito séria que não pode ser tomada por impulso. Portanto, não se pode ainda perder de vista que a adoção é ato irrevogável, incaducável e que estabelece definitivamente o vínculo de filiação. Não dá para devolver uma criança porque a família simplesmente “desistiu”, “não se adaptou” ou “percebeu que não era isso o que queria”. Diferentemente de Solange e Alessandro que tentaram a gravidez, Natália Paganini Pontes de Faria Castro, natural de Juíz de Fora, demonstrou desejo pela maternidade bem cedo e desde o primeiro momento se preparou um bom tempo para isso, escolhendo a via da adoção para exercê-la. A Revista Bem Viver conversou com a juiz forana, que hoje é mãe de Júlia, de 1 ano. Na entrevista, Natália afirmou que estava firme nesta decisão já que em sua família há primos e primas que chegaram pela adoção e o tema é tratado com naturalidade por todos. Natália ingressou no processo em 2011 e entregou todos os documentos exigidos à Vara da Infância e Juventude para iniciar o processo da adoção. Depois de fazer o curso, receber as visitas da assistente social e ser entrevistada pelo setor psicológico, infelizmente, em 2013, após uma longa espera, foi inabilitada pela psicóloga, sob alegação de que “ela sentia incômodo pela ausência de um parceiro”. “Me senti, claro, injustiçada, e corri atrás dos meus direitos. A juíza foi bastante solícita e reverteu a decisão, possibilitando um reestudo que me habilitou para a adoção em novembro de 2013”, informou Natália. A única restrição no perfil era a idade, de até 6 anos. Natália não colocou impedimentos a sexo, raça, cor ou deficiências. Quinze dias depois de habilitada ela recebeu o contato da Vara da Infância em São Paulo, capital. Gostariam que Natália conhecesse o pequeno Eric, de 2 anos, portador de Síndrome de Down e usuário de sonda gástrica. Natália recebeu uma foto e o coração acelerou. Ela sabia que era seu filho.

Segundo Natália, “no dia 08 de Janeiro o grupo de Apoio à Adoção de Belo Horizonte cruzou meu perfil habilitado com o de uma criança de 1 ano, portadora de microcefalia e possivelmente soropositiva, abrigada desde o nascimento, que procurava uma família. Não havia adotantes para ela na comarca. Recebi o contato da assistente social da vara da infância e 4 dias depois conheci minha filha. O encontro foi emocionante!” Em dois dias, mãe e filha já estavam convivendo e no fim da mesma semana o juiz concedeu a Natália a guarda provisória da bebê, quando voltaram em família para Juiz de Fora. “Na primeira noite Júlia ficou assustada, tudo era novidade, mas a adaptação foi muito rápida e hoje parece que ela sempre esteve aqui. Toda a família está muito feliz! Minha companheira é uma grande parceira nos cuidados e, sobretudo, na partilha de amor; avós e tias, primos e padrinhos estão muito contentes”, disse Natália. Júlia, apesar de ter nascido com o vírus do HIV, atualmente está negativado e não apresenta a doença. E mesmo a microcefalia, tem apresentado, com muito estímulo, apoio profissional e afeto, progressos excelentes. Adotar é mais do que um gesto de caridade ou de solidariedade, adotar é um ato de amor e de responsabilidade. É um desafio que traz muitas recompensas positivas para quem o assume.

Após mais de um mês recebeu a autorização para conhecê-lo. Infelizmente seu estado de saúde havia se agravado e ele estava internado em uma UTI em São Paulo. O tempo em que Natália pode estar com ele foi todo no hospital. “Vivemos intensamente a experiência de mãe e filho, um amor imensurável e um aprendizado para a vida. Minha companheira Heliana, minha mãe e minha irmã chegaram a conhecê-lo em São Paulo. Todas nos apaixonamos e fomos sua família até a sua partida, em fins de fevereiro de 2014”, Natália nos contou com muita emoção. Após sua morte, Natália viveu um período doloroso de luto e decidiu aguardar um pouco até ser mãe novamente. Foi neste ano, 2015, que sentiu novamente o desejo de ter um filho (a) e aconteceu bem rápido!

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“Gostaria de dizer aos futuros pais e mães adotantes que repensem o perfil da criança que querem como filho, caso ele seja restrito. Os abrigos em todo o país estão lotados, principalmente de crianças com mais de 5 anos e adolescentes, grupos de irmãos, portadores de necessidades especiais ou doenças não curáveis, a maioria negros ou pardos. Todos precisando e desejando muito ter alguém que os ame e que deles cuide. Ter um filho não significa ter um bebê, idealizado segundo os padrões midiáticos. O filho ou a filha reais trazem uma felicidade jamais sonhada, e da vontade e o empenho para que tudo dê certo é que nasce uma família, com todos os seus desafios, dificuldades, alegrias e conquistas.” Natália Paganini Pontes de Faria Castro



Como organizar um

casamento temático Comportamento | Casamento

E agora algumas opções de casamentos temáticos:

CASAMENTO NO DIA DOS NAMORADOS: Você pode esquentar a decoração com tons de vermelho, a cor da paixão. Na hora de escolher as flores, incluam rosas, que darão um toque ainda mais romântico. Os docinhos podem ser em formatos de coração, e as lembranças algo que inspirem o amor. Algumas ideias:

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oje os casais pensam em inovar e nada mais inovador que um casamento temático. Seguem dicas para você entrar neste clima: 1) Escolhido o tema, façam uma pesquisa e preparem uma lista de tudo que tem a ver com ele, afinal nem tudo que está relacionado ao tema combina com casamento; 2) A decoração deve refletir o tema com bom gosto e estar de acordo com o perfil do casal. As flores e as cores pedem atenção especial para ficarem em harmonia; 3) Levem em conta o conforto dos convidados; 4) Os convites devem ser condizentes com o tema escolhido; 5) Escolham um cardápio adequado ao tema, mas ofereçam também outras opções que agradam à todos; 6) Personalize as lembranças, abuse da criatividade e encante seus convidados; 7) Festa de casamento temático, não significa festa à fantasia. Coloque o traje como opcional e caracterize seus convidados durante a festa; 8) Peça ao DJ para mesclar músicas temáticas com outros ritmos para não ficar cansativo; 9) Aproveite para inventar um bolo diferente, abuse do biscuit e surpreenda!

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• Chuva de confetes em forma de coração na pista de dança • Lembrancinha aos pares: dois porta retratos, caixinha com dois docinhos em forma de coração • Painéis com fotos dos noivos que contam a história de amor dos dois. • Adesivos de chá na pista de dança com frases românticas. • Iluminação vermelha, para esquentar o clima. • Velas aromáticas nas mesas ou como lembranças

CASAMENTO JUNINO: Sem extrapolar e fazer uma festa na roça, da pra fazer sim uma festa muito bonita. Caprichem na decoração com cores mais fortes, além de móveis rústicos e comidas típicas, escolhendo músicas bem alegres e dançantes. Algumas ideias: • carriolas decoradas com flores do campo • grandes peneiras utilizadas como objetos decorativos • toalhas e cobre manchas de juta


Algumas ideias:

• pratos e tachos de cerâmica • vidros com grãos de café enfeitando a mesa de doces • bem casados com embalagens rústicas • aparador com comidas típicas • fotos dos convidados impressas durante a festa e dispostas em varais, imitando bandeirinhas.

CASAMENTO NATALINO: Aproveitem o clima de Natal para caprichar na decoração da festa e da igreja. Fitas em verde, branco e vermelho, flores da estação, anjos, velas e estrelas, são alguns dos elementos que podem ser utilizados. O dourado, completa e ilumina a decoração. Algumas ideias: • guirlandas enfeitando a parte de traz das cadeiras • guardanapos vermelhos sobre toalhas brancas • porta guardanapos feitos com bolinhas douradas • sininhos ou anjinhos feitos como lembranças ou marcadores de lugar • arranjos de mesa feitos com pinha • gorro de Natal aos participantes da gravata • mesa de doces típicos e decorados

CASAMENTO VINTAGE

Este estilo vem ganhando cada vez mais espaço no coração das noivinhas. Marcado pela releitura de decorações de décadas/ séculos passados, esse estilo tem sido um dos preferidos e mais escolhidos nas festas atuais.

• Máquinas de escrever • Máquina de fotografar • Pratos de porcelana • Livros • Palavras estilizadas também são ótimas opões como: “LOVE”, “AMOR”, “SONHOS” • Gaiolas Outro detalhe bem autêntico e que vem aparecendo em algumas decorações são os tsurus que dão um ar descontraído na decoração e muito delicado. Para aqueles que ainda não os conhecem, os tsurus são “passarinhos da sorte” feitos de origami. Diz a lenda que eles significam felicidade, saúde e sorte e quem fizer mil tsurus com bastante afinco, terá seu desejo realizado. Vimos em um casamento Seicho-No-Ie aqui no Zankyou, mas eles podem combinar com um casamento com temática oriental. Uma ideia bacana de lembrancinha para um casamento oriental é uma muda de “bambu”, que também tem a lenda que dá sorte para quem o recebe! Falando em pássaros, outra grande tendência são os “love birds” em casamentos, super fofos. Eles podem ser usados como topo de bolo ou funcionar como atração nos detalhes da decor da mesa de doces. Eles, sem dúvida, dão um ar romântico e super delicado à decoração. Há, também, aqueles que optam por algo mais original e fora do comum, como festas a fantasia ou mesmo uma festa de casamento temática: medieval, anos 50, cassino, carnaval. Aqui um exemplo de um casamento com tematica carnavalesca! Essas são algumas opções de casamentos temáticos, os temas são inúmeros, sua criatividade é que manda. O que importa é que os noivos se sintam representados por cada detalhe da festa. Não existe mais isso de ter que ser tradicional e óbvio, muitos casamentos hoje em dia estão conquistando os convidados pelas novidades e excentricidades. Detalhes que facilmente identificam os noivos e suas histórias. Escolha um tema que combine com o casal e surpreenda à todos! Fontes: http://www.maristelacinefoto.com.br/blog/?p=808 e http://zankyou.terra.com.br/p/decoracao-de-casamentotematica-69663

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Em Cena | Especial

50 ANOS

com direito de

amar

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ustavo Canalonga é maquiador e cabeleireiro profissional, foi professor de postura e passarela por muitos anos e também cursou a faculdade de Comunicação Social. Manteve um programa na TV aberta, um programa de rádio e foi fundador da Revista Camarim, além de ter sido colunista social por mais de 20 anos. Hoje é escritor de sua própria história... Foi dependente químico por 30 anos e é soro positivo há 11. Após contrair a doença se tornou ativista na conscientização de DST/Aids e Drogas e da causa Gay. Neste período palestrou sobre estes temas em todo Brasil, Instituições e Faculdades, inclusive em alguns países da Europa. Todo este trabalho fez com ele lutasse pela fundação da Casa Amor e Vida. Além deste projeto, o ativista lançou um livro em agosto de 2014. “Revirando a Lata do Lixo me Encontrei” é uma autobiografia que tem o propósito de contribuição social e também busca conscientizar as pessoas, sobretudo os jovens, de que o contágio da Aids pode acontecer em qualquer descuido. A Revista Bem Viver esteve com o ativista e abaixo segue a entrevista na íntegra: RBV - Gustavo, como as drogas interferiram em sua vida? GC - A droga me levou a Aids. Nós somos responsáveis pelas nossas escolhas e eu escolhi este caminho por muitos anos de minha vida. Costumo dizer que tudo na vida é uma escolha. Eu só não esperava que teria as consequências que tive. Este caminho é danoso, é cruel e acaba com a vida do indivíduo. A droga é um caminho sem volta, uma via de mão única. Para fugir de mim mesmo, usei cocaína por 30 anos e fumava 25 cigarros de maconha por dia, álcool também fazia parte deste “coquetel do mal”. Então eu falo com propriedade, estas atitudes acabam com a vida do ser humano. O “brinde” que ganhei por estas ações irresponsáveis foi o HIV. As drogas te tiram o centro, tiram o raciocínio e o foco. O fim é a dor, a depressão, é o chamado “fundo do poço”. Tudo

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em nós comunica algo, nós não podemos é nos permitir uma comunicação negativa mediante da vida! RBV - A que ou a quem você se apegou quando foi diagnosticado soro positivo? GC - Me apeguei a fé, tenho a certeza que a fé me sustentou nos primeiros momentos e é o que me sustenta até os dias de hoje. A melhor condição de fé é aquela que: em seu firmamento te coloca de pé! Eu não tive apoio de familiares e nem de pessoas próximas, acredito que isso aconteceu porque ninguém estava preparado para este diagnóstico e me vi sozinho. Foi aí que agarrei em Deus e acreditei que eu superaria. Eu não tive colo de nenhum familiar, nunca ouvi uma palavra de conforto como: “O que você está sentindo?” ou “Você não está sozinho”. É por isso que tento fazer diferente com os que me procuram, tento fazer a diferença na vida deles da melhor maneira possível, aconselhando e orientando através da Casa Amor e Vida! Quem orienta, acolhe e cuida, transforma! RBV - Qual foi a reação que teve nas primeiras horas após confirmar o diagnóstico? GC - Não me desesperei, porque já tinha encarado muitos problemas na vida. Saí de casa aos 12 anos e sempre tive uma vida solitária. Fui acolhido pelos meus avós e eu tinha somente a eles. Meu avô, que considero e chamo de pai, Gustavo Tavares da Silva, foi o homem que me ensinou valores, ele tinha uma imensa respeitabilidade em Varginha e no Sul de Minas decorrente de sua honestidade, hombridade e religiosidade. Ele era devoto de Nossa Senhora Aparecida e me conduziu a religião. Hoje eu posso dizer que tenho devoção pela Santa igual meu pai tinha. Minha mãe biológica esteve em alguns momentos comigo, tenho gratidão por ela! Bons sentimentos, geram bons resultados!!! Muito obrigado... RBV - Quais foram as primeiras reações que a doença trouxe?


GC - Sentia muitas dores nos membros. Parecia que meus braços e pernas estavam pegando fogo, de tanto que ardiam. Me lembro de me arrastar como lagartixa em meu salão, problemas no rosto com manchas e ardumes fazendo me sentir constrangido, juntamente com tantos incômodos nas pernas. RBV - Onde o paciente pode buscar ajuda assim que é diagnosticado soro positivo? GC - O primeiro passo é buscar apoio do programa DST/ Aids que existe dentro das Policlínicas. Lá o paciente vai encontrar uma equipe multidisciplinar. A equipe realiza alguns procedimentos para comprovação da doença. Hoje temos em Varginha, o teste rápido feito com segurança, resultado em 15 minutos. São realizadas algumas entrevistas e encaminham o paciente ao psicólogo. Especialmente nos Postos em Varginha existem excelentes profissionais, preparados tecnicamente. Além de serem extremamente capacitados, são muito humanos, sabem tratar as pessoas com muito carinho, sejam estas crianças, jovens, adultos e idosos. Hoje em dia é muito alto o número de idosos infectados, este público precisa de muita atenção. Vale dizer que tenho uma amiga, ativista, em Porto Alegre, que é muito querida por mim, pela pessoa que é e pelo trabalho que desenvolve. O nome dela é Beatriz Pacheco. “HIV Véia”, é assim que gosta de ser chamada. Ela é médica, já uma pessoa de idade e faz palestras contando sua experiência de vida após contrair o HIV e orientando os mais velhos e jovens a transarem com segurança.

RBV - Como você tem se adaptado aos medicamentos? GC - Já sofri e sofro muito com os efeitos do coquetel. Já me vi em crises de choro, vontade de ficar só, sofri pelos cantos, já estive profundamente deprimido por causa dos componentes dos medicamentos. Sei de casos que pessoas que pensaram em suicídio, assim como eu cheguei a pensar. Mas a conduta espiritual nos faz forte diante dos dissabores. Somos aquilo que “pensamos e acreditamos.” Atualmente, graças a equipe médica que me atende, em especial Dr. Luiz Carlos Coelho, Dr. Leonardo Penha de Oliveira, Dr. Fernando Eugênio do Prado, Dr. Adrian Nogueira Bueno e em especial Dr. Fernando Ferry, referência de Aids no Brasil, do Hospital Universitário Gaffrée e Guinle, no Rio de Janeiro. Mudei meus remédios e há pouco mais de 1 mês tenho me sentido melhor. Sinto enjoos, mas meu problema atualmente está

no metabolismo e não na Aids. Minha carga viral é zero, mas tenho tido problemas nos rins, cuido do coração, pulmão e outros órgãos devido aos medicamentos. RBV – Qual a importância do tratamento psicológico para o paciente? GC - O tratamento psicológico é uma questão importantíssima, vale ratificar o papel indispensável que minha psicóloga, Renata Baldoni, tem até hoje em minha vida. Na psicologia, conseguimos encontrar o apoio fundamental. A terapia propõe que o paciente fique de frente as suas verdades e aprendemos a lidar com nossas próprias dores. Começamos a perceber que não somos incapacitados, injustiçados e excluídos. Encaramos os problemas e abrimos a mente para olharmos para nós mesmos com amplitude. RBV - Como você iniciou seu trabalho na Casa Amor e Vida? GC - Idealizava este projeto há muito tempo, desde quando iniciei meu tratamento e me afundei na depressão. Quando acordei, me vi na certeza que tinha que fazer algo pra ajudar o outro que poderia estar na mesma situação que a minha. Porém, somente após algumas experiências gratificantes que vivi aqui no Brasil e no exterior, consegui jogar esta semente que foi plantada por anjos que encontrei em minha caminhada, que hoje fazem parte da composição executiva da Casa Amor e Vida e parceiros, como Dr. Fernando Ferry e todos os membros da diretoria da Casa, como a Vice: Leila Cabral. RBV - Qual a finalidade da Casa Amor e Vida? GC - A Casa Amor e Vida não só para orientar quem não tem Aids, mas também para acolher com amor quem tem. Existe um problema muito sério, porque as pessoas soro positivas, estão deixando de fazer o tratamento, isso por falta de amor próprio, por falta de apoio familiar, por falta de apoio social, por causa da depressão e também pelos efeitos colaterais gerados pelos remédios. E não é qualquer pessoa que chega e conta que é soro positivo, existe o “chamado preconceito acolhedor”, a própria aceitação é muito complicada. A Casa foi fundada pra isso, pra ser uma fuga segura, repleto de pessoas do bem e prontas para dar apoio a estes necessitados. RBV – Desde o período que a Casa foi fundada, quantos atendimentos já foram feitos? GC – Inúmeros. Nossa equipe está sempre em atendimento. Já fizemos ações em escolas, faculdades, no Propac, no presídio e até em casas de prostituição. Temos muitos casos pra contar: pessoas que conseguiram assumir pra família que é soro positivo, pessoas que passaram a se cuidar, a fazer o tratamento, pessoas que se conscientizaram e acolheram o próximo. Tudo isso já são os frutos de amor que a Casa plantou. RBV – Como foi a experiência de escrever um livro? GC – Este livro realmente foi mais um marco em minha vida. Tive o prazer de contar com o apoio de Alessandra Espanha e seu marido, professor, Wellington Espanha, no desenvolvimento deste projeto. Eles tiveram um olhar humanitário para com minha pessoa e por isso sou grato a eles pelo resto de minha vida. Quando me vi ao fundo do poço, Alessandra me acolheu com afeto. Ela e seu marido me levaram pra dentro da casa deles e resolveram a me ajudar no desenvolvimento da obra. Além de arcar com todos os custos do projeto, disponibilizaram uma equipe de jornalistas de sua Agência. Aproveito para agradecer a jornalista Renata Mitidiere que foi quem me apoiou quando comecei a escrever um pouco da minha história. Confesso que foi

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Em Cena | Especial

muito doloroso, cheguei a deletar os arquivos por tamanha dor que eu sentia. Depois de 1 ano, voltei a transcrever cada momento de minha vida, mas desta vez com outro olhar, já mais espiritualizado, mais preparado e foi aí que dei conta que havia terminado. Afirmo que só consegui finalizar porque fui impulsionado pelos amigos e me senti extremamente amado. No dia 08 de agosto de 2014, na OAB, em Varginha, o livro foi publicado após muito esforço, lágrimas e orgulho. Apesar destes sentimentos aflorarem neste processo, confesso que raiva e revolta nunca se fizeram presentes em mim. Isto eu digo com a consciência tranquila. Você só reconhece alguma coisa porque conhece de perto tal situação e o movimento passa a ser pro-ativo. RBV – Como você se vê hoje? GC – Me vejo um homem de garra. Eu me cuido muito, sou totalmente eficiente em meu tratamento e em minha conduta. Na vida, diante a situação que eu me vi, o essencial não é ver ou ouvir o que o outro tem pra dizer. Aprendi que o que faz a diferença é tentar sentir o que o outro sente, pois somente sentindo conseguimos ter opinião do que está se passando. Por isso não julgo ninguém, já que não sei os sentimentos do próximo. Aprendi isso com minha própria dor, só eu sei o que passei e por isso cresci em todos os âmbitos de minha vida. RBV – Qual palavra define Gustavo Canalonga hoje? GC – FÉ! Nada mais do que isso, simplesmente tudo isso. Gratidão gera gratidão!!!

Casa Amor e Vida,

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um sonho concretizado

ssociação do Voluntariado de Varginha - Casa Amor e Vida é uma instituição sem fins lucrativos, que busca levar informação sobre as doenças sexualmente transmissíveis (DSTs ) / Aids e Drogas aos mais diversos grupos de pessoas. Foi constituída oficialmente aos 18 de agosto de 2014 e tem como propósito atender de maneira assistencial aos pacientes acometidos pelas doenças, atendidos pelo sistema único de saúde, bem como seus familiares. A Casa Amor e Vida também auxilia pessoas em situação de fragilidade social, como vítimas de violência doméstica e sexual, também atuando na conscientização da prevenção às DSTs, gravidez precoce e educação sexual. A diretoria da Associação é composta por Rômulo Azevedo Ribeiro, presidente, Leila Maria Ferreira de Mesquita Cabral, vice presidente, Jean Aprigio Azevedo Ribeiro, primeiro secretário, Catiene da Silva Santos, segunda secretária e Adrian Nogueira Bueno, primeiro tesoureiro. Todos foram eleitos e empossados na data de constituição e a partir deste momento assumiram o compromisso de tornar tangível o sonho de Gustavo Tavares Canalonga. Gustavo foi precursor do projeto e encontrou em todos envolvidos disposição para fazer o que estava no papel se tornar realidade. O ativista demonstrou a cada uma das pessoas que se envolveram, desde o corpo diretivo aos parceiros e voluntários,

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uma carência de ações de conscientização, prevenção, acolhimento e encaminhamento das pessoas portadoras do vírus HIV, da AIDS e Hepatites Virais, o que se repetia com relação aos familiares destes atingidos diretamente, que acabava refletindo negativamente em toda população. Por este e outros motivos, Fernando Raphael de Almeida Ferry se ingressou no projeto. Há 20 anos trabalhando com pacientes portadores do HIV e AIDS, sempre fez o possível para salvar as vidas de seus pacientes, em todo este período já vivenciou muitas perdas, isso por causa de tratamentos insuficientes. Segundo o doutor, somente a partir de 1996 fabricaram medicamentos mais modernos e eficazes possibilitando aos pacientes uma sobrevida longa, produtiva, bem perto do normal, desde que façam o uso correto da medicação. O especialista conheceu o projeto da Casa Amor e Vida através de Gustavo. “Vi em Gustavo uma pessoa competente, honesta e estudiosa que tem amor no coração e luta para melhorar a vida dos necessitados e dos que buscam acolhimento, carinho e apoio. A Casa Amor e Vida hoje tem um papel muito importante para a população de Varginha, pois é dirigida por pessoas sérias, comprometidas e íntegras, assim, clamo para que todos apoiem esta Associação.” afirmou Dr. Fernando Ferry. Assim como aconteceu com Dr. Ferry, o legislador municipal e atual presidente da Casa Amor e Vida, Rômulo, abraçou a causa e


a defendeu na Câmara de Vereadores de Varginha, aonde ocupa a presidência. O projeto foi muito bem aceito e conta com o total apoio do prefeito do município, Antônio Silva.

“Vi no sonho do Gustavo, que o objetivo principal do projeto era salvar vidas, devolver a qualidade de vida e dignidade ao público alvo da Casa Amor e Vida e aos seus familiares, isto foi o que me fez abraçar essa causa. Nos dias de hoje todos nós estamos expostos aos riscos, ainda que indiretamente, já que vemos diariamente reduzir o valor dos princípios básicos cristãos, os princípios da família e os princípios cívicos. Meu sentimento é de profunda gratidão por ter sido considerado digno e capaz de implantar e liderar esse trabalho, mas compartilho o sucesso dessa iniciativa com toda a diretoria e voluntários da Casa Amor e Vida e população que tem sido os maiores alicerces de nossas realizações.” - Rômulo Azevedo Ribeiro Atualmente a Casa Amor e Vida não tem sede própria, mas isso não faz com que os trabalhos não sejam realizados. “Gustavo é como um filho pra mim e senti o seu desejo profundo em ser a diferença na vida do outro. Via em Gustavo o desespero em fazer algo a todos os que sofriam com as doenças e que eram atingidos diretamente, por isso fiz tanta questão de fazer parte do grupo. Assim como ele, minha intenção é fazer algo grandioso no município e em todos os locais que conseguirmos ir. Neste período já realizamos ações maravilhosas, que surtiram resultados. Nosso desejo é continuar trabalhando cada vez mais em prol dos necessitados. Isto é amor e acreditamos que somente este sentimento é capaz de fazer que um assistido ser um capacitado.” - Leila Maria Ferreira de Mesquita Cabral O trabalho de orientação realizado pela Casa Amor e Vida se torna mais uma arma contra as doenças sexualmente transmissíveis. “Fico extremamente feliz em observar os frutos advindos do trabalho realizado junto a Casa Amor e Vida, pois as palestras, atuações junto a eventos, escolas e os mais diversos grupos, levam a conscientização de que a Aids é uma doença muito mais presente do que a maioria das pessoas pensa. Assim sendo, podem se prevenir e alguns casos, depois de feito o exame, se confirmado a presença do vírus, pode buscar o tratamento de forma rápida e eficiente.” - Jean Aprigio Azevedo Ribeiro

Através da Casa Amor e Vida os pacientes são encaminhados a tratamentos específicos e é fundamental que tenham acompanhamento psicológico. “As pessoas precisam ser ouvidas, levadas a sério, compreendidas. O meu trabalho visa equilibrar e integrar as emoções, as dores que o paciente traz. Mostrar a ele que devemos nos manter serenos para ouvir a voz interior. Assim que ele recebe o diagnóstico da doença, ele passa por cinco fases: Rejeição, Medo, Não- Aceitação, Angústia, Aceitação. Eu apoio os pacientes, recebo-os com carinho e atenção, acolhendo-os,ouvindo-os.” - Catiene da Silva Santos Além dos tratamentos, muitas orientações são dadas. Minha preocupação é ajudar as pessoas necessitadas que não tem condições de ter acesso a uma orientação adequada. Como médico, me vejo no dever de auxiliar a todos fornecendo informações a respeito das doenças e realizando atendimento médico. Minha intenção é poder atender da melhor maneira a todos que procuram a Casa Amor e Vida, realizando mais palestras e facilitando o acesso médico. Me sinto lisonjeado em poder contribuir com esta Associação que está de portas abertas a população de Varginha e região.“ - Adrian Nogueira Bueno

Dr. Jean A. Ribeiro, Dr. Fernando Raphael de A. Ferry, Dr. Adrian N. Bueno, Wellington Espanha, Catiene da S. Santos, Alessandra A. Nunes, Leila Maria F. de Mesquita Cabral e Rômulo A. Ribeiro

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A sabedoria de uma

Especial | Mulher

mulher de garra

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lisabeth Oliveira Cavalcanti, um misto de delicadeza, força, razão, sensibilidade, sabedoria e espiritualidade, assim podemos descrever esta mulher que aos 59 anos ergueu junto ao seu marido seu castelo. Um castelo constituído através de muito amor, trabalho, honestidade e humanidade. Beth, como gosta de ser chamada, é natural de Varginha, nascida e criada na cidade. Filha de Maria de Abreu Oliveira e José Elias de Oliveira. Terceira filha de sete irmãos, sendo 6 mulheres e 1 irmão, o caçula. Os pais de Beth, já falecidos, criaram todos os filhos com uma base extremamente sólida regada a muito amor. Ao falar deles se emociona, pois se lembra do jeito simples e humilde de seu pai e a garra e otimismo de sua mãe. Beth desde menina, se espelhou em seus pais, em especial em sua mãe, pois além de terem uma personalidade muito parecida, a admirava muito. Desde pequena aprendeu todos os valores através de seus pais e estes a fizeram uma pessoa do bem, plantou muitos frutos e hoje os colhe junto a sua família. Quando adolescente, Beth se esforçou nos estudos. Ela tinha um sonho de ser engenheira arquiteta, mas pela insegurança própria da juventude não sabia se seguiria esta carreira, seguindo o conselho de sua mãe educadora fez o curso de pedagogia e se formou. Em meio a todo este desenvolvimento de menina para

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mulher, Elisabeth se apaixonou por Marco Cavalcanti. Ela se lembra quando o viu pela primeira vez, estavam no cinema e a partir deste dia surgiu uma amizade, até começarem a namorar. O amor foi crescendo e aos 17 anos dela e 26 dele, ficaram noivos e aos 19 anos se casou com o homem de sua vida. Beth e Marco constituíram família, aos 21 anos ela engravidou de Guilherme, aos 23 de Bruno e aos 26 ganhou Ana Carolina. Elizabeth lecionou até a gravidez de seu primeiro filho, depois abriu, junto a duas amigas, a confecção e boutique Ponto e Nó, que perdurou por dez anos. Após esse tempo, Beth deu início a sua vida profissional ao lado de seu marido. Em 1992 o casal iniciou nova atividade criando a empresa Cavalcanti Empreendimentos Imobiliários, desenvolvendo também a atividade de criação de camarão de água doce. Foi o primeiro empreendimento do ramo em Minas Gerais. Nessa ocasião criou-se também a choperia Grill, que através da criatividade e empreendedorismo do casal ganhou grande destaque, se tornando um ponto de referência em entretenimento, abrangendo uma esquina inteira, em frente a uma das praças mais movimentadas das noites de Varginha por longos 13 anos. Entretanto, foi em 1999 que Marco Cavalcanti se interessou em abrir uma empresa de recursos humanos como prestadora de serviços. Assim nascia a G3 Serviços Terceirizados, criada para disponibilizar soluções, como: controle de acesso de portaria, conservação e limpeza, produção, manutenção elétrica e mecânica, além de executar o recrutamento, seleção e avaliações psicológicas gerais ou específicas. A empresa, em pouco tempo, apresentou um grande crescimento e foi aí que Beth foi chamada para assumir essa empreitada. Diante desta situação, a Choperia Grill foi vendida para dar espaço ao novo desafio. Marco Cavalcanti diz que sentia em sua esposa uma determinação e coragem que lhe surpreendia, em pouco tempo ela estudou, aprendeu todo o processo e assumiu ao seu lado o setor de recursos humanos, bem como a gestão de toda a parte administrativa da empresa. Com o passar dos anos a G3 foi abrindo novas frentes, criando novas empresas como Central Serviços Técnicos em 2006, especializada no mercado de terceirização, limpeza, conservação e manutenção predial, residencial, industrial e jardinagem. Posteriormente, passou a atuar setor de segurança e vigilância (armada e desarmada) através da Tríade, fundada em 2010, quando finalmente foi estabelecido o grupo empresarial G3, que hoje, em complemento as demais atividades, também atua no segmento de instalação e monitoramento de alarmes e CFTV 24 horas. Toda esta evolução foi acompanhada por uma mulher, que guerreira como a mãe, e simples como o pai, adquiriu um enorme zelo com os clientes, com os parceiros e com os colaboradores. Beth defende que seus funcionários merecem ser cuidados e são os maiores patrimônios da empresa.


“A minha ordem de vida é:

SER FELIZ”

Com toda sua visão de mulher, esposa, empreendedora, Beth também sendo uma mãe exemplar logo inseriu seus filhos e cônjuges nos processos da empresa, já que Marco e Beth pretendem passar o legado a eles. Beth conta que o Grupo vem expandindo em todo o estado de Minas Gerais e avançando cada vez mais para São Paulo, consolidando os planos que projetam para o futuro. Atualmente a empresa possui um número considerável de colaboradores e atua em todo o estado de minas com suas filiais e em São Paulo com seus pontos de apoio. Em 16 anos de empresa, Beth garante que ela e seu marido trabalharam muito para que os planos dessem certos e trabalham até hoje, mas garante que o segredo do sucesso é o companheirismo que existe entre eles, pois ambos querem ver a empresa crescer, então precisam andar lado a lado. O diálogo também é um grande aliado, saber conversar é importante, pois cada um possui uma opinião e é imprescindível ouvir o outro e expor suas ideias. Beth ainda diz que o correto é tentar não levar os problemas pra dentro de casa, apesar da grande dificuldade, o casal evita falar sobre os casos que aconteceram durante o dia no ambiente familiar, isso faz com que os problemas de trabalho fiquem pra fora de casa. Toda esta sabedoria fez com que Marco se sentisse apoiado e ele reconhece a importância que ela teve em todo este momento. Segundo ele “a contribuição dela foi de grande valor para nossa empresa, porque com sua experiência profissional nos trouxe mais conhecimento. Com sua sensibilidade e vivência soube desenvolver um grande trabalho junto a nossa equipe. Com sua capacidade passamos a ter maior comprometimento de todos, nos correspondendo de forma eficiente e responsável, pois sentiram em nosso trabalho o

valor que damos aos nossos colaboradores, passando-lhes maior confiança por sermos uma família unida. Com esta energia positiva de reciprocidade, crescemos em todos os sentidos, tanto no âmbito profissional como pessoal, criando desta maneira um relacionamento de confiança e segurança entre as empresas que prestamos serviços.” Esta valorização fez com que ela se sentisse uma mulher abençoada, pois na maioria das vezes conseguiu enxergar oportunidades em meio às atribulações que viveram. Ela acredita que nada na vida é feito só de alegrias, segundo ela os problemas existem e precisamos fazer deles escadas pra enxergar mais longe e nunca esquecer que cada pessoa precisa ser feliz. Beth se orgulha em dizer que é vovó de 3 crianças lindas, Sara, com 8 anos, Gabriel, com 3 anos, e Valentina que está pra chegar em setembro. Hoje, sem dúvidas, se considera uma vencedora e deixa uma mensagem as leitoras: “Nunca lamente pelo passado, viva o presente intensamente, pois o futuro não nos pertence.”

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AIDS: pra não dizerpra quenão não falei. AIDS:

É DIFÍCIL ENGOLIR dizer que nãoDEfalei.

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Médico Infectologista CRMMG 22688 Luiz Carlos Coelho da Infectosul de Infectologia Médico- Clínica Infectologista (35) 3231-3450 (das 15 às 21 horas) CRMMG 22688

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mais complexas com, obviamente, maiores efeitos colate no combate à AIDS. Quanta informação acumulada e de erais e toxicidade. conhecimento de todos, quantos alertas, quantas histórias estamos num processo de terapias de resgastes cada vez á se vão anos e anos de lutas e militância na prevenção É preciso focarmos nossas ações. Informação e árelatos casos, cadadevez mais se aproximando de nósmais e estamos numcom, processo de terapias de resgastes cada se vãode anos e anos lutas e militância na prevenção complexas obviamente, maiores efeitos colate no combatee ànoAIDS. Quanta informação de todos complexas já tem, precisamos encontrar maiores formas eefeitos tecnologias combate à AIDS. Quanta acumulada informação eacumulada vez mais com, obviamente, de nossas famílias... erais e toxicidade. para atingirmos mudanças de comportamento, consciência conhecimento todos, histórias e dede conhecimento de alertas, todos, quantos alertas, quantas colaterais e toxicidade. Entãoquantos é preciso refletirquantas sobre os porquês de só Épreventiva. preciso focarmos nossas ações. Informação histórias e relatos de casos, cada vez mais se aproximando e relatos deaumentar casos, cada vez mais se aproximando focarmos nossas ações. Informação todos número dos casos de infecçãode pornós HIVe\ AIDS no de nós e deo nossas famílias... todos Éjápreciso tem, precisamos encontrar formas tecnologias Precisarmos envidar formas esforçosee para que nossos de nossas famílias... já tem, precisamos encontrar tecnologias Brasil e, consequentemente em nossa cidade. Temos que Então é preciso refletir sobre os porquês de sópara atingirmos mudanças de comportamento, consciência que não viram o que édeAIDS,comportamento, repensem seus comparajovens, atingirmos mudanças Então é preciso refletir os“cura porquês de HIV só “doença repensar os propalados jargões: funcional”, aumentar o número dossobre casos de infecção por \ AIDSpreventiva. preventiva. portamentos de risco e a banalização do sexo. aumentar ono número dos casos“Brasil, de infecção porde HIVcombate \ AIDS no Brasil tratável”, e, consequentemente em nossa cidade. Temos e consciência crônica modelo à AIDS”, Precisarmos envidar esforços para que nossos Precisarmos envidar esforços para queuso nossos Imperioso é tratar as questões do e abuso de que repensar os propalados jargões: Temos “cura que Brasil e, consequentemente em nossa cidade. tantos outros otimismos que nos habituamos afuncional”, falar e ouvir. “doença crônica tratável”, “Brasil, modelo de combate àjovens, que não viram o que é AIDS, repensem seus comjovens, que não viram o que é AIDS, repensem seus se álcool, fator de risco determinante para que as pessoas repensar os propalados jargões: “cura funcional”, “doença Na contra mão do mundo, assistido um AIDS”, e tantos outros otimismos quetemos nos habituamos aportamentos comportamentos de risco e a banalização do sexo. de riscodisplicentemente e a banalizaçãoedosesexo. comportem infectem em relações crônica tratável”, “Brasil, modelo combate à AIDS”, eentre os aumento dos casos de deAIDS, principalmente falar e ouvir. Imperioso é tratar as questões do uso e abuso abuso ofertada, de Imperioso é tratar as questões de sem proteção. A camisinha devedoserusodifundida, tantos outros otimismos que a falar e ouvir. jovens. Iniciando a nos vida emundo, já tendo temos que enfrentar dilemas Na contra mão dohabituamos assistido um e álcool, fator de risco determinante para que as pessoas se de risco determinante paranasque as pessoas se valorizada e, sobretudo: usada relações sexuais. doscomplexos. casos de Pessoas AIDS, principalmente entre osálcool, fator Naaumento contra mão do mundo, temos tratamentos queassistido introjetamum o conceito comportem displicentemente e se infectem em relações Não devemos permanecer em alerta e ou proativos e se infectem em relações jovens. Iniciando a vida e já tendo que enfrentar dilemascomportem displicentemente de “agora que resolve”, partem aumento edos casostem de tratamento AIDS, principalmente entre ospara com- sem proteção. A camisinha deve ser difundida, ofertada, tratamentos complexos. Pessoas que introjetamsem proteção. somente no carnavalusada edeve em determinadas festas populares. camisinha ser relações difundida, ofertada, valorizada e,A sobretudo: nas sexuais. de risco, sem o menor receio de se resolve”, infectar. jovens. Iniciando a vidade e já tendo que enfrentar dilemas e oportamentos conceito “agora tem tratamento que O vírus da AIDS se dissemina de janeiro a janeiro. valorizada sobretudo: usada nasemrelações Não e, devemos permanecer alerta sexuais. e ou proativos partem para de risco, semnos o menor Sim, comportamentos temos eficaz, que permite tratamentos complexos. Pessoastratamento que introjetam o conceito Todos podem ajudar. Todose podem multiplicar Não devemos permanecer em alerta ou proativos receio de se infectar. somente no carnaval e em determinadas festas resgatar imunidade paciente e devolvê-lo para a vida de “agora tem tratamento que do resolve”, partem para cominformações ee em conselhos. são de responsáveis populares. O vírus da AIDS se Todos dissemina janeiro a por somente no carnaval determinadas festas populares. Sim,e laboral. temos Chamamos tratamento isso eficaz, quefuncional, nos permite ativa de cura através portamentos de risco, sem o menor receio de se infectar. resgatar imunidade do paciente e devolvê-lo paraO vírus prevenção às DST eajudar. à AIDS. Todosapodem Todos da AIDS sepodem dissemina de janeiro janeiro.motivar a adesão de uso contínuo de um eficaz, conjunto de medicamentos antivi- janeiro. Sim, temos tratamento que nos permite a vida ativa e laboral. Chamamos isso de cura dos tomando Todos epodem motivar os Todos podem informações conselhos. Todospacientes podemmultiplicar ajudar. coquetel. Todos podem multiplicar rais, TARVdo – paciente terapia funcional, através de antirretroviral uso contínuo combinada, de umaconjunto de resgatar imunidade e devolvê-lo para vidao famoso Todos são responsáveis poroprevenção às DST e à AIDS. outros a se testar: fazer teste anti-HIV no sangue é fundainformações e conselhos. Todos são responsáveis por medicamentos TARV –ainda terapia antirretroviral coquetel. Apesarantivirais, dos pacientes terem que conviver ativa e laboral. Chamamos isso de cura funcional, através Todos podem motivar a adesão dos sorológica, pacientes tomando mental para saber a condição tratar combinada, o famoso Apesar dos empregabilpacientesprevenção às DST e àse AIDS. Todos podem motivara asepodendo adesão com o de preconceito, com coquetel. a morte social, a baixa coquetel. Todos podem motivar os outros testar: de uso contínuo um conjunto de medicamentos antiviainda terem que conviver com o preconceito, com a e impedir o fluxo de transmissão. pacientes tomando Todos podem motivar idade, dentre outras situações tangenciais dentre à AIDS...outrasdos fazer o teste anti-HIVcoquetel. no sangue é fundamental paraos se social, a baixa empregabilidade, rais, TARVmorte – terapia antirretroviral combinada, o famoso Voltamos no tempo. É preciso falar de camisinha, de sexo O desprazer e informar que não é fácil, que não é outros a se testar: fazer o teste anti-HIV no sangue é fundasaber a condição sorológica, podendo tratar e impedir o situações AIDS... coquetel. Apesar dostangenciais pacientes àainda terem que conviver seguro, de prevenção. de transmissão. isento de toxicidade, que apresenta uma série de efeitos mental para se saber a condição sorológica, podendo tratar O desprazer e informar que não é fácil, que não fluxo com o preconceito, com a morte social, a baixa empregabilLedo engano, pensar que “Ah.... agora tem trataécolaterais isento dee interações toxicidade,medicamentosas, que apresenta uma que ésérie difícildede Voltamos É preciso falar de camisinha, de e impedir o fluxonodetempo. transmissão. idade, dentre outras situações tangenciaismedicamentosas, à AIDS... mento!” efeitos colaterais e interações que é sexo seguro, de prevenção. engolir. Voltamos no tempo. É preciso falar de camisinha, de sexo de engolir. O difícil desprazer e informar que não é fácil, que não é A complexidade desse tratamento, seus efeitos Ledo engano, pensar que “Ah.... agora tem tratamento!” Passamos para a era “pós-TARV”, onde vemos seguro, de prevenção. Passamos que paraapresenta a era “pós-TARV”, onde vemos nossos colaterais e toxicidade são devastadores com o passar do isento de toxicidade, uma série de de efeitos nossos pacientes com sérias dificuldades adesão um A Ledo complexidade desseque tratamento, seus efeitos engano, pensar “Ah.... agora tem trata-contra pacientes com sérias dificuldades de adesão a aum tempo. Tenha em mente, sempre, que o coquetel colaterais etratamento interaçõescontínuo, medicamentosas, que é difícil de colaterais e toxicidade são devastadores com o passar do com enorme avanço das doenças tratamento contínuo, com enorme avanço das doençasmento!” AIDS , é muito difícil de engolir. engolir. crônico-degenerativas, tempo. Tenha em mente, sempre, que o coquetel contra crônico-degenerativas, com com síndrome síndrome metabólica, metabólica,com com tratamento, seus efeitos Fiquemos espertos. Faça sua parte. AIDSA, écomplexidade muito difícil dedesse engolir. lipodistrofias, dentre tantas outras mazelas. Passamos para a era “pós-TARV”, onde vemos lipodistrofias, dentre tantas outras mazelas. colaterais e toxicidade são devastadores com o passar do Fiquemos espertos. Faça sua parte. Passamos pela judicialização medicamentos ee nossos pacientes com sérias dificuldades dedosadesão a um Passamos pela judicialização dos medicamentos tempo. Tenha em mente, sempre, que o coquetel contra tratamento contínuo, com enorme avanço das doenças AIDS , é muito difícil de engolir. crônico-degenerativas, com síndrome metabólica, com 32 Maio de 2015 Fiquemos espertos. Faça sua parte. 26 Abril 2015mazelas. lipodistrofias, dentre tantas outras

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Especial | Mulher

A vontade de viver de uma mulher O

s registros que ficam dos nossos primeiros anos de vida influenciam a pessoa que nos tornamos e são essenciais para desvendar nosso verdadeiro eu e para cultivar relações mais saudáveis. Foi exatamente isso que aconteceu com Liliam Kati Silva Fortunato Moraes. Hoje, aos 35 anos, casada, mãe de duas meninas, Inggrid Selena e Maria Luanny. Liliam tem como forte lembrança da primeira infância as dores que sentia no corpo, principalmente nas pernas. Todo sofrimento sentido foi transformado em gratidão e faz de Liliam uma pessoa muito melhor e agradecida por cada dia de sua vida. Assim que Liliam nasceu conheceu seu irmão adotivo, André. Um presente que os pais dela, Elcio Fortunato e Venância Aparecida Silva Fortunato deram a ela. André cresceu junto a Liliam e se tornou um grande companheiro, pois vivenciou todas as lutas que ela enfrentou desde criança. Além dos pais, André e mais tarde as outras duas irmãs, Kelly e Isabella, Liliam era muito amada pelo tio, irmão da sua mãe, José Donizete da Silva, que morava juntamente com a família e que não deixou de ser um pai para ela. Liliam era cheia de vínculos afetivos com os familiares e até hoje se lembra emocionada do carinho e cuidado que ela era tratada por todos. Antes mesmo de completar 1 ano, Liliam sabia exatamente o que era sofrer, já havia passado por muitas consultas médicas e tomado muitos medicamentos, isto porque ela sentia muitas dores, passava horas chorando e infelizmente nenhum especialista descobria o que estava acontecendo. Os dias foram se passando e Liliam foi completando mais idade. Podendo dizer o que sentia, começou a se tratar de reumatismo, mas em nenhum momento as dores cessavam. Embora tudo isso lhe incomodasse muito, ela nunca deixou de ter uma vida normal, quando criança brincava muito com seus irmãos e em sua adolescência e fase adulta, focou em seus estudos e trabalhos. Liliam viveu dias felizes mesmo tendo que suportar todos os incômodos, se lembra das brincadeiras, seus dias na escola e em casa com a família. Toda a agitação do dia, ocasionava em noites de choro, pois quando parava para descansar as dores vinham mais fortes. Liliam Kati nunca relacionou que ao exercitar muito o

seu corpo, as dores aumentavam e, na época, nenhum dos médicos explicavam os porquês. Aos 18 anos, a jovem se casou e teve sua primeira filha quando completou 20 anos. A partir do momento que se tornou mãe, passou a assumir toda responsabilidade e encarou um trabalho árduo, mas prazeroso. Liliam abriu um centro de estética, que se chamava Tubella, se especializou e se encantou pela área. A partir daí iniciou uma jornada intensa de atividades diárias. Trabalhava muitas horas por dia, praticamente de segunda a segunda, mas era realmente o que ela gostava, amava o que fazia e por isso não pensava em parar. Com uma rotina de trabalho pesada, ela se sacrificava, pois passava a maior parte do tempo em pé. Sentindo muita indisposição por conta das pernas, já com dores insuportáveis, Liliam agendou uma consulta e a princípio foi diagnosticada com fibromialgia. Iniciou novamente um tratamento e após 3 meses fez novos exames. Na data em que o médico iria receber os resultados através do laboratório, ela recebeu a ligação de seu médico em um tom bastante preocupante. Ele dizia: “Liliam, pare o que está fazendo, passe no laboratório, retire seus exames e venha até meu consultório!” Completamente assustada, ela atendeu a solicitação do profissional. Ao chegar ao consultório, recebeu a notícia. Seu exame mostrava um nível de CPK (creatinofosfoquinase) elevado. O CPK é uma enzima que desempenha importante papel na geração de energia para o metabolismo muscular. Está presente no cérebro,

“Meus pais são pessoas muito especiais, ambos têm um coração que não cabe dentro deles.”

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no coração e nos músculos esqueléticos. Isto significava que ela havia sofrido dano muscular em algum lugar do corpo. Porém, o nível de CPK de Liliam estava anormal e a única pergunta que o médico fez foi: “Como você tem conseguido desempenhar as tarefas do seu dia a dia?” O Doutor a encaminhou imediatamente para um médico neuro muscular que estava passando uma estadia em Pouso Alegre. Liliam saiu do consultório, entrou na ambulância e foi ao encontro deste médico. Durante a consulta, foi realizado um exame específico, eletroneuromiografia. Ao terminar o especialista confirmou que os músculos de sua perna não respondiam. Isto significava que ela estava perdendo os movimentos. Considerando que o caso dela era raro, ela foi encaminhada a São Paulo para ser submetida a um exame mais específico, tão sacrificante quanto ao último. Ao finalizar todos os procedimentos, Liliam voltou para casa de cadeira de rodas. Ela estava totalmente abalada, se vendo sem chão, mas ao mesmo tempo grata por ter chegado até aquele dia viva. Liliam viu seu mundo desabando, pois a partir daquele momento tinha que parar de fazer quase tudo o que estava acostumada, a começar pelo trabalho. Iniciou as ligações para suas clientes, explicando que estava impossibilitada de atendê-las. A prioridade era repousar, para que o nível da CPK abaixasse. Após 60 dias, o resultado do exame feito em São Paulo chegou. Foi diagnosticado miopatia mitocondrial, uma doença genética, degenerativa, ascendente, que não tinha cura e remédio. Somente ela podia fazer por ela mesma, economizando seus músculos, ou seja, reduzindo consideravelmente seus exercícios diários. Liliam se sentiu perdida, sem rumo, extremamente preocupada com sua vida e com a vida de sua filha, pois precisava manter uma casa, já que nesta época já tinha se separado do pai de Inggrid, e mais do que isso, por ser uma doença hereditária, tinha medo que ela apresentasse a mesmo problema de saúde. Como não podia fazer movimentos e ficar sem trabalhar, teve que optar em procurar empregos que pudesse ficar sentada e foi nesta busca que enviou um curriculum a empresa Lutopax, através da indicação de um amigo, ela foi chamada para entrevista.

No momento da entrevista, Liliam se apaixonou pelo proprietário da empresa, Clébio de Ornellas Moraes. Após recusar o emprego no primeiro momento, 4 meses depois da entrevista, eles estavam ficando noivos e vieram a se casar. Ela acredita que foi providência divina, pois na hora que se sentiu desamparada, Deus colocou um anjo em sua vida. Clébio e ela estão casados há 9 anos e há 4 anos foi mãe pela segunda vez e mais uma vez teve uma filha perfeita e livre da doença. Desde quando assumiu o relacionamento com Clébio começou a trabalhar na Lutopax, o auxiliando no dia a dia. Atualmente exerce suas funções por 2 horas diárias, período que não agrava suas dores. Nestes anos todos, Liliam passou por 12 cirurgias, tomou milhares de picadas, foi ao consultório médico muitas vezes ao ano, ingeriu diversos medicamentos, mas também encontrou o amor da sua vida, teve duas filhas, conquistou novamente seu espaço no mercado de trabalho e está viva! Hoje ela afirma que tudo o que aconteceu em sua vida é por Deus e que confia inteiramente nas obras D´Ele. Até os dias atuais faz o tratamento, poupa seus músculos, cuida de sua família e se sente extremamente feliz e completa. Atualmente o que lhe incomoda mais não é a dor e sim o preconceito das pessoas, pois ela aparentemente é uma pessoa normal, mas ela precisa de cuidados. Muitos não entendem e desacreditam que ela é uma pessoa doente. Muitos a julgam e se perguntam se o diagnóstico está errado, mas segundo os médicos, Liliam é um milagre. Apesar disso, ela não mudaria nada em sua vida, só tem a agradecer. Todo o sofrimento a fez crescer e a fez uma pessoa muito melhor, uma mulher forte que superou suas dificuldades e limitações.

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Social | Família

Sonho de

15 anos realizado

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abrina Maria Oliveira confidenciou a Revista Bem Viver que desde menina sonhava com o dia em que completaria 15 anos. Para ela, este momento seria mágico e em 07 de fevereiro

este sonho se realizou. No dia tão esperado, Sabrina não se continha de tanta emoção, o coração acelerado, as mãos frias e trêmulas, era a hora de realizar o seu maior desejo. Ao lado de seus pais, Ronaldo Lourençoni de Oliveira e Kelly Angelina dos

Sabrina e os pais

Ronaldo e Kelly

Reis Oliveira, a espera dos convidados, viu os portões se abrindo e todas as pessoas tão queridas por ela adentrando ao salão

ria dos cadetes

Entrada com honra

de festas do VTC, como seus avós, Gilberto e Maria Luiza, e sua bisavó, Geralda Reis. Foram convidados também os cadetes da Academia de Polícia Militar de Minas Gerais - Escola de Formação de Oficiais, situada em Belo Horizonte, comandados pelo 1º TEN. Felipe Henrique de Oliveira. Aquele foi o momento de uma mera

Entrada

adolescente se transformar em Princesa e viver uma verdadeira

Sabrina e a bi

savó Geralda

história de conto de fadas, com direito a coroa, vestido e até Príncipe (CAD Bruno Rafael C. de Oliveira).Para Sabrina foi um marco maravilhoso em sua vida e na vida das pessoas que puderam presenciar e vivenciar esta emoção ao lado dela.

Sabrina e o

Fotos: Ju Tolentino

Homenagem à

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Os avós G

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Sabrina com os cadete

Sabrina

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Sabrina e suas damas

de honra



Especial | Mulher

Uma mulher feita de luta e arte

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ãe, poetiza, artista plástica, radialista, jornalista e colunista. Assina, há 15 anos, a conceituada Coluna Mulher no Jornal Regional Correio do Sul, na cidade de Varginha MG, todas as terças-feiras e é autora dos blogs “Coluna da mulher”, “Sonhando e escrevendo”, “Brincadeiras de crianças”, “Varginha, eu e você” e outros. Tem como seu maior dom, a facilidade em escrever e encantar os leitores com seus textos. O nome dela é Dione Fonseca. Natural de Cambuquira, morou em sua cidade natal até 4 anos e depois se mudou para Campanha, junto aos seus pais e seus irmãos. No ano de 1969, aos 19 anos, Dione se casou com Severino Ferreira Barros, 30 anos e foi morar em Varginha. O casamento chegou ao fim em 2001 quando seu marido sofreu um acidente e veio a falecer. Esta não foi a única perda, Dione perdeu sua primeira filha, Maria, aos 11 anos, com leucemia, no fim de sua vida ficou paraplégica e sofreu muito até seu falecimento. Dione se viu sozinha, tendo que cuidar de suas outras 2 filhas, Márcia, hoje com 35 anos,

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e Raquel, 23 anos. A luta sempre foi grande, pois Márcia é uma pessoa especial e requer cuidados específicos. Após a morte de Severino, Dione que nunca havia tido um trabalho formal, se viu necessitada, resgatou os estudos e se entregou a paixão pela escrita e leitura. Seu grande empenho lhe trouxeram frutos, nesta caminhada foi agraciada com os títulos: Troféu Colunista do Ano, Troféu Mulher, Destaque Personalidade, Troféu Expressões Mineiras, Troféu Grandes Expressões, Troféu Personalidades Sul Mineiras, Troféu Revelação do Ano e outros adquiridos em concursos literários. Além destes, se tornou Acadêmica Imortal, Patronesse Perpétua da Cadeira Oitenta e Nove da Academia de Artes, Ciência e Letras de Iguaba Grande no Rio de Janeiro. Todos estes prêmios fazem parte da trajetória de Dione como mulher. No mundo da comunicação também foi Radialista da Am Clube 1210 e apresentadora de um programa na TV a Cabo. Neste período fez amigos, ficou conhecida e conquistou sua honra.


Nos blogs os leitores encontram acontecimentos da cidade de forma eclética, valorizando não apenas os eventos sociais, passeando pelos diversos assuntos do meio empresarial, cultural, político e religioso.

Atualmente Dione luta contra a degeneração macular genética, doença que foi diagnosticada em 2009. A baixa visão dificulta o trabalho de Dione, mas não a impede que continue atuando nos mesmos projetos de antes. Para auxiliá-la, Dione utiliza de um programa de computador que se chama NVDA e por isso continua a escrever seus textos. O campo de visão de Dione é pequeno e por isso possui dificuldades em ler, escrever e até em andar na rua. A noite a situação piora, mas Dione ainda tem preferência em fazer suas atividades neste período. Seu único medo é ser dependente, mesmo que não sinta incômodo em pedir ajuda, gostaria de continuar fazendo suas coisas da forma que fazia antes da degeneração surgir. Esta deficiência não permitiu que Dione continuasse a faculdade de direito e teologia, iniciada após a morte de Severino, mas isto não foi empecilho para que ela prosseguisse seus estudos em casa.

Defensora dos direitos da mulheres e dos deficientes, Dione é uma pessoa de muita fé e acredita que Deus, por ser supremo, único, criador e infinitamente bom, é quem a impulsiona todos os dias. Apaixonada pela vida, tem um único lema: ser feliz! Vivendo desta maneira, Dione está namorando há 3 anos, além de estar vivendo este amor tem em mente vários trabalhos. O que ela espera é que seus planos futuros sejam realizados, diante uma vida de batalhas ela quer viver suas vitórias. Conheça os trabalhos de Dione Fonseca acessando as páginas: • http://colunadamulher.blogspot.com.br/ • http://sonhandoeescrendo.blogspot.com.br/ • http://brincandeirasdecriancas.blogspot.com.br/ • http://fadiva2009.blogspot.com.br/ • http://www.recantodasletras.com.br/ autores/mamuzinha • http://www.dionefonseca.prosaeverso.net/

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Mercado | Mulher

Mulheres na

“Trabalhar com mulheres é o equilíbrio no ambiente. Elas são extremamente organizadas, detalhistas e muito dedicadas. Isso faz toda a diferença no dia a dia. Mesmo com a sua dupla jornada elas são confiantes e determinadas e estão sempre belas e com sorriso no rosto.”

Vinícius Borges Tavares - Analista de TI

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uito se fala sobre a conquista pelas mulheres de postos no mercado de trabalho, que antes eram exclusivamente ocupados por homens. Mas ao que se deve essa conquista? O avanço crescente desse número de mulheres é uma realidade que mudou demais nos últimos 20 anos. Diferente do que muitos pensam, não há “guerra de sexos”, o que existe são seres humanos lutando por sobrevivência, por evolução, por realização, por conquista de melhores condições financeiras e qualidade de vida. A garra feminina é um diferencial competitivo e que coloca as mulheres em condições de conquistar a sua independência, o que hoje é um grande paradigma na sociedade. Falando do cenário no mercado brasileiro especificamente, a participação das mulheres nos últimos anos atingiu 56,1%, de acordo com estudo divulgado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Econômicos (Dieese) e pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade). Complementando esta percepção de ocupação de mercado em termos atuais e futuros, recentemente um artigo veiculado na Época Negócios trouxe números bem expressivos: em 2020 serão mais de 870 milhões de mulheres que migrarão de papéis secundários da economia de subsistência para o mercado de trabalho e de consumo. É uma verdadeira legião... e mais, abordava ainda que as brasileiras lideram a população feminina economicamente ativa na América Latina. Das mulheres existentes na América Latina, 60% trabalham, enquanto que no Brasil, do número de mulheres entre 20 e 65 anos, 67% estão atuantes profissionalmente. Projetando números para o futuro, a revista afirmava que de todas as mulheres trabalhando na América Latina em 2020, 38% serão brasileiras... O efeito multiplicador desses dados é muito significativo para a transformação do mundo, pois as mulheres atuantes profissionalmente tendem a ter menos filhos e investir mais de sua renda na formação e educação deles, que poderão dar continuidade ao ciclo de desenvolvimento econômico e social melhorando a educação e estando mais preparados para serem os cidadãos que assumirão o país futuramente - econômica e politicamente. A equipe da Revista Bem Viver, sempre atenta e interessada em assuntos femininos, fez contato com a Proluminas, em Varginha, onde sou gestora de comunicação corporativa e marketing. O objetivo da Revista era conhecer a participação de mulheres no quadro de funcionários da empresa. “Sinto-me previlegiada por atuar no mercado de trabalho, pois tenho a oportunidade de expressar e vivenciar experiências, conquistando um diferencial com a inspiração feminina.”

Laryssa Pereira – Analista de RH

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batalha

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Após levantamento de informações, verificamos que 30% do quadro é composto por mulheres de diferentes cargos, desde ocupações na fábrica, até cargos de coordenação, gerência e diretoria. Diante este número expressivo de mulheres que atuam no mundo corporativo e se deparam com a rotina de muitas reuniões, viagens e necessidades diárias, dou minha opinião: O segredo está em transformar a oportunidade profissional num meio para construir uma vida melhor para elas mesmas e para os que elas amam. Se passamos grande parte do nosso tempo no trabalho é importante que ele traga satisfação. O produto do nosso esforço deve ser concretizado em condições melhores para desfrutar do convívio familiar, para que assim a satisfação seja plena e não fique aquela sensação de não conseguir acabar com aquele vazio. O trabalho deve ser somente uma parte da nossa vida, portanto é necessário trabalharmos para viver e não viver para trabalhar. A dificuldade está em conciliar tudo isso. A experiência vivida faz com que eu tenha propriedade para afirmar que temos que prestar atenção. A atuação fora de casa, como profissionais, dobra o desafio feminino, pois nos coloca em um cenário de muitas demandas e jornadas intensas. Executar todos os papéis que nos são impostos pela vida é uma grande missão. Reconhecer que não podemos fazer tudo de forma perfeita é o primeiro passo para evitarmos frustrações. Mulher Maravilha é ficção. Não tente isso na vida real. Divida tarefas, delegue o que for possível e reconheça que precisa de uma equipe para a missão de felicidade de todos. Bem, o “grand finale” para mim é que nós mulheres somos guerreiras, somos força transformadora que, unidas aos homens de boa vontade, podemos efetivamente construir um mundo mais justo e mais pleno para todos nós. E isso é tudo de bom que podemos querer. Eliane Oliveira Gestora de Comunicação Corporativa e Marketing A equipe da Revista Bem Viver agradece a empresa Proluminas e a Eliane Oliveira pela colaboração e atenção dispensada.



Saúde | Fertilização

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Número de procedimentos de fertilização in vitro cresce 55% no país em um ano

ealizar a vontade de ser mãe está levando cada vez mais mulheres a buscar métodos de reprodução assistida no país. Em 2013 foram mais de 52 mil transferências de embriões para pacientes, um crescimento de 55% em relação a 2012, quando foram feitos mais de 34 mil procedimentos. Os números são do Relatório do Sistema Nacional de Produção de Embriões, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Apesar do aumento nos números, especialistas pedem cautela para as mulheres que tentam engravidar por meio da fertilização in vitro. O processo é demorado e afeta diretamente a rotina da paciente. De acordo com o ginecologista Eduardo Motta, professor de Medicina da Universidade Federal de São Paulo, muitos casais procuram as clínicas de fertilização esperando soluções milagrosas, sem saber que o processo é demorado. Segundo ele, é preciso paciência porque o resultado pode não ser positivo logo na primeira tentativa: “Quando você conversa com esses casais e indaga se a mulher sabia que ela estava envelhecendo, todas sabem. Mas o grande problema é que elas acham que isto é recuperável. O casal imagina que basta entrar numa clínica de reprodução assistida que nós vamos fazer verdadeiros milagres, que pouco importa se esse casal tem 35, 40 ou 45 anos, que sempre vai dar certo”.

Processo de fertilização in vitro pode custar mais de R$ 20 mil; apenas nove unidades públicas do país oferecem tratamento A publicitária Priscila Feikes, de 32 anos, tentou engravidar várias vezes com a fertilização in vitro. O marido dela é 13 anos mais velho e tem baixa contagem de esperma. O casal precisou recorrer ao método de reprodução assistida. Foram cinco tentativas durante três anos: “Na verdade o que mais você tem que trabalhar é a cabeça. Primeiro ter vontade, porque tem gente que se entrega já na primeira fertilização, fica inchada e já não quer mais. Você tem que ter muita vontade, tem que ter foco, ter objetivo, e tem que estar preparada pro não, porque é uma luta. Você vê o peito inchar, a barriga inchar, você ganha peso”. Durante este processo, ela congelou embriões que foram usados na segunda gestação. Ela conseguiu engravidar, fruto de outra fertilização in vitro com embriões congelados. A demanda pelo processo é maior entre as mulheres mais velhas, que têm mais dificuldade de engravidar naturalmente. Números do IBGE mostram que as brasileiras que se tornaram mães entre 30 e 34 anos somavam 14,4% em 2002. Dez anos depois, em 2012, o grupo representava 19%. O médico Ricardo Baruffi, membro da Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida, lembra, no entanto, que as chances de sucesso são menores entre as mulheres mais velhas. Segundo ele, o índice de sucesso na fertilização in vitro entre mulheres de até 34 anos é de 40%. Acima dos 40 anos, esta taxa cai para 20%: “Se levarmos somente a parte fisiológica, a idade ideal para que a mulher engravide seria entre 20 e 25 anos. Com 42 anos, você põe 10%, com 43 anos, você pode colocar 5%. A Medicina não é uma ciência perfeita. O ideal seria descobrir a causa e utilizar

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isso para que a pessoa engravidasse naturalmente”. O processo de reprodução assistida na rede particular pode custar caro. Em algumas clínicas, o preço chega a R$ 23 mil, já que as pacientes precisam de remédios após o procedimento para que a gravidez seja bem sucedida. A psicóloga Eliana Goulart começou a fazer tratamento para engravidar aos 28 anos, após ser diagnosticada com endometriose. Foram sete anos e 8 tentativas até engravidar aos 35 anos do primeiro filho. Em cada tentativa foram gastos cerca de R$ 15 mil. Ao todo, para engravidar do seu primeiro filho, João Eduardo, hoje com 5 anos, foram gastos cerca de R$ 130 mil: “Depende muito do médico e da quantidade de medicação que você toma. Varia de mulher para mulher. Tem mulher que precisa de pouco hormônio, e eu sempre tomei dose máxima, então eu gastava bastante com medicação. Eu gastei mais ou menos R$ 130 mil para ter meu primeiro filho. Não foi fácil, não foi simples”. Segundo o Dr. Ricardo Baruffi, os principais gastos no processo de fertilização são com medicamentos. Ele diz que, como o serviço não é prioridade da rede pública, é pequena a oferta de clínicas que oferecem este tratamento no país: “São medicamentos caros, então numa fertilização in vitro uma paciente gasta de R$ 4 mil a R$ 10 mil só de remédio. Dependendo do procedimento o remédio pode se tornar mais caro do que o próprio tratamento, o que inviabiliza realmente isso para uma grande parte da população. O sistema público considera isso como não prioridade. A infertilidade é uma doença e que infelizmente na política nossa de saúde pública atinge menos de 5% das necessidades da população.” Em todo o Brasil, segundo o Ministério da Saúde, apenas nove unidades hospitalares oferecem tratamentos para infertilidade pelo Sistema Único de Saúde, quatro deles na Região Sudeste. No entanto, há instituições filantrópicas e hospitais particulares com atendimento à população carente que também prestam este serviço gratuitamente. Não existe, porém, um levantamento com o número oficial dessas unidades.

Leia mais: http://cbn.globoradio.globo.com/editorias/cienciasaude/2014/08/09/NUMERO-DE-PROCEDIMENTOS-DEFERTILIZACAO-IN-VITRO-CRESCE-55-NO-PAIS-EM-UM-ANO. htm#ixzz3XNyAOjBk



In Memorian

A

s estrelas possuem uma beleza e um mistério inexplicáveis e muitas vezes nos deparamos a admirálas. As observando de tão longe e com um olhar distante, não deixamos de ficar obcecados por elas. Ficamos ali por um tempo e quase que inconscientemente passamos a pensar sobre nossa própria vida, refletimos sem perceber e ficamos por quase todo tempo tentando achar respostas para questões que não precisam ser respondidas. Como “Por que as estrelas brilham tanto?” “Por que são tão lindas?” “Por que as pessoas se vão?”... A vida é assim, sempre buscamos algo no universo, nas estrelas, no ar que respiramos, em nós mesmos e principalmente nos outros. Percebo que deveríamos valorizar mais o simples amanhecer ou anoitecer e tantas vezes nem prestamos atenção ao dia, muito menos ao próximo.

Claro, você já estava com o seu lugar reservado junto as estrelas, porque uma pessoa que brilhou tanto aqui ao nosso lado não perderia seu brilho de um dia pro outro. Olhando para o céu consigo ver o brilho dos seus olhos azuis e seus dentes brancos que seu sorriso não se preocupava em esconder. Sim, você foi o Netto Comunian, que tinha mãos mágicas e um coração enorme. Neste momento só preciso deixar o meu muito obrigado por ter feito parte da minha história e ter permitido que eu fizesse parte da sua. Você, como grande incentivador da Revista Bem Viver, é merecedor desta homenagem e muito mais do que isto.

Por que ao invés disso não te aproveitei mais e declarei o quanto você era importante pra mim?

Por todas as vezes que me disse “não desista”, te digo “aonde estiver, brilhe, escolha o melhor lugar neste céu azul que é da cor dos seus olhos, a nuvem mais gostosa e repouse. Descanse em paz, meu Amigo. Sua memória será eterna em minha mente e em meu coração.”

Sinto, mais uma vez, que não existem respostas, simplesmente tinha que ser assim.

Rosilhane Faria e Revista Bem Viver.

É neste impasse que te perdi e até hoje me pergunto o porquê de sua partida.

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Você se foi!

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Saudades...




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