UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES MÁRCIO VINÍCIUS DOS SANTOS
COMPLEXO DE TRABALHO COMPARTILHADO – COWORKING
Prof. Orientadora Silvia Beatriz Zamai
Mogi das Cruzes, SP 2020
UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES MÁRCIO VINÍCIUS DOS SANTOS
COMPLEXO DE TRABALHO COMPARTILHADO – COWORKING
Trabalho
de
Conclusão
de
Curso
apresentado ao curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Mogi das Cruzes como parte dos requisitos para a conclusão do curso.
Prof. Orientadora Silvia Beatriz Zamai
Mogi das Cruzes, SP 2020
MÁRCIO VINÍCIUS DOS SANTOS COMPLEXO DE TRABALHO COMPARTILHADO – COWORKING
Trabalho
de
Conclusão
de
Curso
apresentado ao curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Mogi das Cruzes como parte dos requisitos para a conclusão do curso.
Aprovado em_________________
BANCA EXAMINADORA
_________________________________________ Prof.ª Silvia Beatriz Zamai Orientadora
_________________________________________ Arquiteto convidado
_________________________________________ Professor convidado
AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente а Deus por iluminar meu caminho durante esta jornada, sendo meu amparo sempre. Gostaria de agradecer aos meus pais e ao meu irmão que sempre me incentivaram a estudar e me apoiaram nas etapas da vida, acreditando no meu potencial e proporcionando sempre as melhores condições em tudo. Agradeço a todos os professores, por passarem todo o conhecimento e experiência durante esses anos de curso.
RESUMO Com os acontecimentos recentes e a instabilidade econômica no País, investir em seu próprio local de trabalho acaba sendo inviável. Todos tiveram que se adaptar e buscar outras alternativas para continuar trabalhando. Este trabalho visa a implantação de um Complexo de Trabalho Compartilhado – Coworking na cidade de Mogi das Cruzes – São Paulo, uma nova maneira de trabalhar que vem ganhando muto espaço. Dessa forma, serão realizados estudos sobre esses ambientes e sua evolução afim de entender a tendência colaborativa. E com isso, criar oportunidades para profissionais de diversas áreas que buscam um ambiente econômico e dinâmico. Palavras -chave: Coworking; economia colaborativa; escritório, empreendedorismo.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES FIGURA 1: MAPEAMENTO ........................................................................................................................................ 8 FIGURA 2: MONGE TRABALHANDO ........................................................................................................................ 10 FIGURA 3: GALERIA DEGLI UFFIZI......................................................................................................................... 11 FIGURA 4: DESENHO LINHA DE MONTAGEM .......................................................................................................... 12 FIGURA 5: EDIFICIO LARKING................................................................................................................................ 13 FIGURA 6: MODELO ESCRITÓRIO PANORÂMICO, NINOFLAX BUILDING, 1962 ..................................................... 14 FIGURA 7: GEORGE NELSON E ROBERT PROPST ................................................................................................ 15 FIGURA 8: ESTAÇÃO DE TRABALHO ACTION OFFICE I.......................................................................................... 16 FIGURA 9: ESTAÇÃO DE TRABALHO ACTION OFFICE II......................................................................................... 16 FIGURA 10: ESCRITÓRIO CUBÍCULO ..................................................................................................................... 17 FIGURA 11: MODELO DE ESCRITÓRIO ABERTO ..................................................................................................... 17 FIGURA 12: IMPACT HUB....................................................................................................................................... 21 FIGURA 13: IMPLANTAÇÃO .................................................................................................................................... 28 FIGURA 14: LOCAL ANTES DA REFORMA ............................................................................................................... 29 FIGURA 15: ACESSO PARA O MEZANINO ............................................................................................................... 30 FIGURA 16: CORTE LONGITUDINAL....................................................................................................................... 30 FIGURA 17: ÁREA DE TRABALHO / MEZANINO ...................................................................................................... 31 FIGURA 18: PLANTA BAIXA - TÉRREO ................................................................................................................... 31 FIGURA 19: PLANTA BAIXA - MEZANINO ................................................................................................................ 32 FIGURA 20: CORTE TRANSVERSAL ....................................................................................................................... 32 FIGURA 21: CORTE LONGITUDINAL....................................................................................................................... 33 FIGURA 22: LOCALIZAÇÃO .................................................................................................................................... 34 FIGURA 23: EDIFICIO ............................................................................................................................................. 35 FIGURA 24: 1º ANDAR E TERRAÇO – BRANCO...................................................................................................... 36 FIGURA 25: SALA COMPARTILHADA...................................................................................................................... 36 FIGURA 26: TERRAÇO E SALA DE REUNIÕES ........................................................................................................ 36 FIGURA 27: 6º ANDAR – GRAFITE ......................................................................................................................... 37 FIGURA 28: COPA E SALA PRIVATIVA ................................................................................................................... 37 FIGURA 29: SALA COMPARTILHADA ...................................................................................................................... 38 FIGURA 30: 7º PAVIMENTO – AZUL ....................................................................................................................... 38 FIGURA 31: SALA COMPARTILHADA E SALA DE REUNIÕES. .................................................................................. 39 FIGURA 32: 11º ANDAR – AMARELO ..................................................................................................................... 39 FIGURA 33: SALA COMPARTILHADA E RECEPÇÃO ................................................................................................ 40 FIGURA 34: 12º ANDAR – BERINJELA.................................................................................................................... 40 FIGURA 35: SALA DE REUNIÃO E SALA PRIVATIVA ................................................................................................ 40 FIGURA 36: LOCAL ................................................................................................................................................ 42 FIGURA 37: ÁREA DE REFEIÇÕES ......................................................................................................................... 43
FIGURA 38: ÁREA MULTIUSO ................................................................................................................................ 43 FIGURA 39: PAREDES CURVAS ............................................................................................................................. 44 FIGURA 40: PERSPECTIVAS PAV. TÉRREO E SUPERIOR ...................................................................................... 44 FIGURA 41: PLANTA BAIXA TÉRREO ...................................................................................................................... 45 FIGURA 42: PLANTA BAIXA PAVIMENTO SUPERIOR ............................................................................................... 45 FIGURA 43: CORTE ............................................................................................................................................... 46 FIGURA 44: CORTE ............................................................................................................................................... 46 FIGURA 45: LOCAL ................................................................................................................................................ 47 FIGURA 46: COWORKING ...................................................................................................................................... 48 FIGURA 47: SALA DE REUNIÃO / COWORKING ...................................................................................................... 48 FIGURA 48: AUDITÓRIO ......................................................................................................................................... 49 FIGURA 49: CAFÉ .................................................................................................................................................. 49 FIGURA 50: PLANTA .............................................................................................................................................. 50 FIGURA 51: ESTUDO PRELIMINAR ......................................................................................................................... 50 FIGURA 52: PAGINAÇÃO........................................................................................................................................ 51 FIGURA 53: CORTE ............................................................................................................................................... 52 FIGURA 54: FACHADA ........................................................................................................................................... 52 FIGURA 55: ESTACIONAMENTO ............................................................................................................................. 52 FIGURA 56: LOCAL ................................................................................................................................................ 55 FIGURA 57: VARANDA ........................................................................................................................................... 55 FIGURA 58: FACHADA ........................................................................................................................................... 56 FIGURA 59: LOUNGE COM CAFÉ............................................................................................................................ 57 FIGURA 60: PRIMEIRO ANDAR ............................................................................................................................... 57 FIGURA 61: SEGUNDO ANDAR .............................................................................................................................. 58 FIGURA 62: TERCEIRO ANDAR .............................................................................................................................. 58 FIGURA 63: PLANTA TÉRREO ................................................................................................................................ 59 FIGURA 64: PRIMEIRO PAVIMENTO....................................................................................................................... 59 FIGURA 65: SEGUNDO PAVIMENTO ...................................................................................................................... 60 FIGURA 66: TERCEIRO PAVIMENTO ...................................................................................................................... 60 FIGURA 67: ESTACIONAMENTO ............................................................................................................................. 61 FIGURA 68: CORTE ............................................................................................................................................... 61 FIGURA 69: LOCAL................................................................................................................................................. 63 FIGURA 70: SINERGIA COWORK ........................................................................................................................... 63 FIGURA 71: FACHADA ........................................................................................................................................... 64 FIGURA 72: MESAS COMPARTILHADAS E ESCRITÓRIOS PRIVATIVOS ................................................................... 64 FIGURA 73: PAVIMENTO SUPERIOR ...................................................................................................................... 65 FIGURA 74: DECK.................................................................................................................................................. 65 FIGURA 75: PORÃO ............................................................................................................................................... 66
FIGURA 76: PLANTA BAIXA PAVIMENTO INFERIOR - SUBSOLO .............................................................................. 66 FIGURA 77: PLANTA BAIXA PAVIMENTO TÉRREO .................................................................................................. 67 FIGURA 78: PLANTA BAIXA - PRIMEIRO PAVIMENTO.............................................................................................. 67 FIGURA 79: PLANTA BAIXA – SEGUNDO PAVIMENTO ............................................................................................ 67 FIGURA 80: CORTE LONGITUDINAL ....................................................................................................................... 68 FIGURA 81: CORTE TRANSVERSAL ....................................................................................................................... 68 FIGURA 82: CATEDRAL DE SANT’ANA .................................................................................................................. 69 FIGURA 83: ACESSOS À MOGI DAS CRUZES ........................................................................................................ 71 FIGURA 84: NOVA MOGILAR ................................................................................................................................. 74 FIGURA 85: DIMENSÕES DO TERRENO ................................................................................................................. 75 FIGURA 86: USO E OCUPAÇÃO DO SOLO .............................................................................................................. 76 FIGURA 87: GABARITO DE ALTURA ....................................................................................................................... 77 FIGURA 88: CHEIOS E VAZIOS ............................................................................................................................... 78 FIGURA 89: SISTEMA VIÁRIO ................................................................................................................................ 79 FIGURA 90: CONDICIONANTES FÍSICAS ................................................................................................................ 80 FIGURA 91: ZONEAMENTO DO TERRENO .............................................................................................................. 81
LISTA DE GRÁFICOS GRÁFICO 1: NÚMERO DE ESPAÇOS DE COWORKING NO MUNDO DE 2005 A 2020. ............................................ 20 GRÁFICO 2: EVOLUÇÃO DO COWORKING NO BRASIL ........................................................................................... 21
LISTA DE TABELAS TABELA 1: ANÁLISE SWOT – COWORKING / LOJA 1 ........................................................................................... 33 TABELA 2: ANÁLISE SWOT - ESTÚDIO CAPANEMA ............................................................................................. 41 TABELA 3: ANÁLISE SWOT - SECOND HOME COWORKING ................................................................................ 46 TABELA 4: ANÁLISE SWOT - MANIFESTO COWORKING ...................................................................................... 54 TABELA 5: ANÁLISE SWOT - PUBLIK OFFICE EM SAIGON ................................................................................... 61 TABELA 6: ANÁLISE SWOT - SINERGIA PALERMO COWORK............................................................................... 68 TABELA 7: TEMPERATURAS E PRECIPITAÇÕES ..................................................................................................... 72
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS SP – São Paulo BR – Brasil CPTM – Companhia Paulista de Trens Metropolitanos EDP – Energias de Portugal SEMAE – Serviço Municipal de Água e Esgoto ZDU – Zona de Dinamização Urbana PMMC – Prefeitura Municipal de Mogi das Cruzes TO – Taxa de Ocupação ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas COE – Código de obras e edificação de Mogi das Cruzes NBR – Norma Brasileira Cab – Coeficiente de Aproveitamento Básico Cam – Coeficiente de Aproveitamento Máximo TP – Taxa de Permeabilidade
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.......................................................................................................................................4 O TEMA E A SUA IMPORTÂNCIA....................................................................................................4 JUSTIFICATIVA ....................................................................................................................................4 PROBLEMATIZAÇÃO .........................................................................................................................4 HIPOTESE .............................................................................................................................................5 OBJETIVO .............................................................................................................................................5 Objetivo Geral ..................................................................................................................................5 Objetivo Específico.............................................................................................................................5 METODOLOGIA ...................................................................................................................................5 1.
2.
DEFINIÇÃO DO TEMA ................................................................................................................6 1.1.
Neuro arquitetura ................................................................................................................7
1.2.
Economia Colaborativa .....................................................................................................7
REVISÃO HISTÓRICA DA TIPOLOGIA ...................................................................................9 2.1.
Idade Média ...........................................................................................................................9
2.2.
Século XV – Primeiras edificações administrativas na Europa ............................10
2.3.
Século XX – Taylorismo e Fordismo ............................................................................11
2.4.
Década de 50 – Escritórios panorâmicos ...................................................................13
2.5.
Década de 60 – Escritório de plantas livres ...............................................................14
2.5.1.
Action Office I .................................................................................................................15
2.5.2.
Action Office II................................................................................................................16
2.6.
Década de 80 – Escritórios territoriais ........................................................................17
2.6.1.
Escritório aberto ............................................................................................................17
2.6.2.
Escritório aberto fechado ...........................................................................................18
2.6.3.
Escritório fechado .........................................................................................................18
2.7. 2.7.1.
Anos 90 – Escritórios não territoriais ..........................................................................18 Escritório Virtual............................................................................................................18
2.8.
Home office .........................................................................................................................18
2.9.
Séc. XXI - Espaços colaborativos – Coworking ........................................................19
2.10. 3.
Espaços colaborativos – Coworking no Brasil .........................................................20
DIRETRIZES E PREMISSAS....................................................................................................21 3.1.
ABNT NBR 9050 - Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e
equipamentos urbanos. .............................................................................................................. 22
4.
5.
3.2.
ABNT NBR 9077 – Saída de emergências em edifícios ..........................................23
3.3.
Código Sanitário de São Paulo......................................................................................24
3.4.
Código de obras e edificação de Mogi das Cruzes (COE) .....................................25
ESTUDO DE CASO ....................................................................................................................28 4.1.
Coworking / Loja 1 ............................................................................................................28
4.2.
Estúdio Capanema – Jardins – SP ...............................................................................34
4.3.
Second Home Coworking ...............................................................................................41
LOCAL DE INTERVENÇÃO .....................................................................................................69 5.1. 5.1.1.
Geografia .........................................................................................................................69
5.1.2.
Localização e acessos .................................................................................................70
5.1.4.
Clima .................................................................................................................................71
5.1.6.
Distritos............................................................................................................................72
5.1.7.
Distribuição de Energia ...............................................................................................73
5.1.8.
Rede de Abastecimento...............................................................................................73
5.2. 5.3.6. 6.
Mogi das Cruzes ................................................................................................................69
Bairro ....................................................................................................................................73 Condicionantes físicas ................................................................................................79
ESQUEMAS ESTRUTURANTES.............................................................................................81 6.1.
Programa de Necessidades............................................................................................81
6.2.
Perfil do cliente ..................................................................................................................84
6.2.1.
Sexo ..................................................................................................................................84
6.2.2.
Idade .................................................................................................................................85
6.2.3.
Área de atuação .............................................................................................................85
6.3.
Conceito...............................................................................................................................85
6.4.
Partido ..................................................................................................................................86
6.6.
Fluxograma .........................................................................................................................87
6.8.
Setorização .........................................................................................................................88
6.9.
Volumetria ...........................................................................................................................89
6.10. Croquis .................................................................................................................................90 CONSIDERAÇÕES FINAIS ..............................................................................................................93 7.
Projeto ..........................................................................................................................................94 7.1.
Implantação ........................................................................................................................94
7.2.
Planta Baixa pavimento Térreo .....................................................................................95
7.3.
Planta Baixa Pavimento Superior .................................................................................96
REFERÊNCIAS ...................................................................................................................................97
INTRODUÇÃO O TEMA E A SUA IMPORTÂNCIA O tema escolhido para desenvolvimento do Trabalho Final de Graduação de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Mogi das Cruzes é um Coworking – Complexo de trabalho compartilhado. Nos dias de hoje, com a inclusão digital cada vez mais presente na sociedade, as pessoas estão cada vez mais dinâmicas para o trabalho. Por isso os espaços escriturários tradicionais não atraem alguns profissionais, que estão em busca de um local de trabalho com flexibilidade de utilização onde seja disponibilizado também serviços essenciais de mobiliário, internet e limpeza. O Coworking traz uma gama de possibilidades para diversos profissionais pois possibilita conexão entre áreas, convívio e interação, rebatendo o isolamento social que atrapalha o rendimento nos negócios e prejudica a saúde mental nos casos de home office em tempo integral. JUSTIFICATIVA Mogi das Cruzes possui uma tradição de cidade universitária e com isso surgem a cada ano muitos profissionais qualificados que estão disponíveis no mercado de trabalho. Muitos desses profissionais iniciantes têm objetivos de carreira independentes, com mentalidade empreendedora, entretanto, a opção de ter um local físico próprio e/ou alugar e ter que arcar com despesas de manutenção, acaba se tornando um fator inviável, ainda mais no cenário atual onde as pessoas tiveram que se adaptar na maneira de trabalhar. O Complexo de trabalho Compartilhado - Coworking pode ser o pontapé inicial na carreira dessas pessoas e pode fortalecer ainda mais quem já está trabalhando através da economia colaborativa, o compartilhamento do espaço e ideias. PROBLEMATIZAÇÃO Nota-se uma grande mudança na maneira de trabalhar e com isso surge a necessidade de espaços dinâmicos para execução destas tarefas. Apesar de 4
muitas pessoas aderirem ao Home Office para redução de custos, por ser novo no mercado de trabalho e por influência dos atuais acontecimentos, o espaço em casa pode não trazer a qualidade necessária para execução das atividades além do isolamento que pode causar stress afetando também no rendimento. HIPOTESE A inserção de um Complexo de trabalho Compartilhado - Coworking na cidade de Mogi das Cruzes, com um ambiente totalmente novo e exclusivo para tal finalidade, agrega valor para a cidade e as pessoas, visto que, através das pesquisas e estudos relacionados ao tema, esse espaço é uma realidade na maneira de trabalhar nos dias de hoje e tem mercado, muito disso, devido aos atuais acontecimentos que mudaram a maneira de trabalhar e conviver. OBJETIVO Objetivo Geral Trazer um ambiente acessível na questão econômica e ergonômica para profissionais de empresas, autônomos e estudantes recém formados que buscam espaço no mercado de trabalho. Objetivo Específico •
Criar a junção entre trabalho e lazer.
•
Estabelecer vínculo entre as pessoas através do uso de um ambiente saudável para trabalhar é essencial e agrega valor para as pessoas e a cidade.
METODOLOGIA Este trabalho foi elaborado através de pesquisas bibliográficas em sites, artigos e livros. Também foi feito levantamento de leis, normas e área. Para entender o tema em questão e a funcionalidade dos espaços, foram realizados estudos de caso nacionais e internacionais. Nacionais: Coworking / Loja 1 – São Paulo – Brasil, Estúdio Capanema – São Paulo – Brasil e Manifesto Coworking – Distrito Federal – Brasil. Internacionais: Second Home Coworking – Londres - Reino Unido, Publik office em Saigon – Vietnã e Sinergia Palermo Cowork – Montevidéu – Uruguai. 5
Devido a situação de pandemia e distanciamento social as visitas técnicas foram impossibilitadas, desta forma, foram substituídas por estudos de casos nacionais. O trabalho está dividido da seguinte forma: •
Fundamentação teórica: onde é mostrado os aspectos gerais sobre o tema e a evolução dos espaços de trabalho.
•
Realização de pesquisas sobre legislações, normas e estudos, mostrando a funcionalidade dos espaços através de fluxograma, organograma e programa de necessidades.
•
Estudos de caso onde foram feitas pesquisas e referências desses espaços.
•
Levantamento do local e suas condicionantes.
•
Memorial descritivo e justificativo da proposta.
1. DEFINIÇÃO DO TEMA O Complexo de trabalho Compartilhado - Coworking é um tema que evoluiu em conjunto com o crescimento tecnológico e vem sendo aprofundado cada vez mais entre diversas áreas como: empreendedorismo, administração e economia. Com isso, existem muitas possibilidades de definição e de modo geral, o Coworking traz uma forma das pessoas de diversas áreas de atuação poderem trocar ideias e experiencias profissionais num ambiente físico amplo, que possibilite crescimento tanto na parte profissional quanto no pessoal.
O termo Coworking foi criado por Bernie DeKoven em 1999, se referindo a extensão do trabalho no ambiente online, o que é chamado hoje de home office. Em 2005, o empreendedor Brad Neuberg se apropriou do termo para descrever um espaço físico inicialmente chamado de “9 to 5 group” depois chamado de HatFactory. Esse espaço se tratava de um apartamento onde trabalhavam três profissionais de tecnologia de informação, que abriam suas portas para outras pessoas que precisavam de um lugar para trabalhar. Esse foi o primeiro escritório de Coworking nos Estados Unidos, localizado em San Francisco. Depois disso o conceito foi sendo difundido e vem se tornando cada vez mais popular (QUARESMA; GONÇALVEZ, 2013).
6
Esse novo ambiente proporciona para autônomos e recém formados que não tenham condições financeiras de manter um aluguel ou um espaço próprio, a oportunidade de alavancar suas carreiras. Neste capítulo serão apontados alguns conceitos que comprovam que o Coworking não é um simples espaço de trabalho colaborativo e sim, um lugar de grande influência para as pessoas. 1.1.
Neuro arquitetura
Para se falar da Neuro arquitetura e como esse tema tem importância nos ambientes de trabalho compartilhados, deve-se ter um entendimento mais apurado sobre o assunto e o impacto que esse tipo de local traz na vida dos usuários. Pode se dizer que a Neuro arquitetura é um conjunto entre a neurociência e a arquitetura. Segundo o artigo da Marelli, 2018, “As duas esferas tratam da interação de indivíduos e grupos com o ambiente. A arquitetura no sentido de oferecer praticidade, ergonomia, funcionalidade. A neurociência, por sua vez, está ligada à forma de perceber, de sentir o ambiente. Por exemplo, sensação agradável, acolhimento ou sensação de sufocamento, caos.” O foco é fazer a junção delas e a partir disso, definir a forma como esses espaços serão materializados com o tipo de mobiliário, decoração e um bom aproveitamento do espaço criando conexão. Com isso, existem alguns pontos onde a neuro arquitetura pode ser focada como os tipos de cores dos ambientes, iluminação e isolamento acústico. Esses elementos devem ser muito bem incorporados em espaços onde pessoas buscam um ambiente corporativo que estimule a integração, motivação e principalmente saúde física e mental. 1.2.
Economia Colaborativa
Esse modelo de negócio já está bem consolidado no mundo e tem como prioridade a redução do consumo, controle de gastos e a sustentabilidade. Segundo a sbcoaching, economia colaborativa, consumo colaborativo ou economia compartilhada, é um conceito que compreende o acesso a bens e
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serviços através do compartilhamento, em vez da simples aquisição (SBCOACHING, 2019). Existem diversos tipos de serviços colaborativos em diferentes ramos de atuação, alimentos, carros, motos, informações tecnológicas, moradia, etc. Um bom exemplo é o Uber, um aplicativo de transporte privado onde a pessoa escolhe seu destino, faz o pagamento e o motorista a busca onde ela estiver. 1.3.
Laboratórios de Criação – Fab Labs
Os laboratórios de criação, também seguem a linha de espaços colaborativos, espaço esse onde pessoas de diversas áreas profissionais se unem para utilizar os laboratórios e elaborar projetos, criar e construir. Nas Fab Labs, existem cinco máquinas que são um padrão: impressora 3D, cortadora de vinil, cortadora a laser, fresadora de pequeno formato e grande formato. Existem três tipos de Fab Labs que são: públicas, acadêmicas e profissionais. As públicas são sustentadas pelo governo ou comunidades, enquanto as acadêmicas são mantidas por universidades ou escolas. Já as profissionais, se sustentam com o aluguel das máquinas e dos espaços, assim como no Coworking. O primeiro espaço no Brasil foi a Garagem e hoje já são 67 Fab Labs espalhados pelo país. Figura 1: Mapeamento
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Fonte: Instituto Fab Lab Brasil Disponível em: < http://institutofablabbrasil.org/wpcontent/uploads/2019/06/Institucional-Instituto_Palestra_Andre.pdf> Acesso em 02 de outubro de 2020.
A Fab Labs tem como público alvo os estudantes de Design, Arquitetura e Urbanismo e Engenharia, áreas que também utilizam muito os espaços de Coworking. 2. REVISÃO HISTÓRICA DA TIPOLOGIA Será abordado neste capítulo, um breve resumo sobre as transformações dos escritórios ao longo dos anos. 2.1.
Idade Média
Nos mosteiros, os monges tinham um papel importante na produção intelectual e acompanhavam o conhecimento da antiguidade com uma vasta biblioteca, os scriptoria eram espaços onde os livros manuscritos eram produzidos na Europa durante a idade média, eram encontrados em catedrais e monastérios e contavam com algumas regras como a forma de trabalhar. Muitas vezes, o escriba trabalhava cerca de seis horas por dia num trabalho de cópia considerado penoso e cansativo e prejudicava a visão dos copistas já que eles tinham que trabalhar com luz natural para evitar possíveis incêndios. Os escribas possuíam um assento e uma escrivaninha e muitas vezes trabalhavam em pé e em silencio, se comunicando por gestos.
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Figura 2: Monge trabalhando
Fonte: Frontispício. Disponível em: < https://frontispicio.wordpress.com/2016/02/12/oscriptorium-devocao-trabalho-e-memoria/> Acesso em 08 de setembro de 2020.
2.2.
Século XV – Primeiras edificações administrativas na Europa
Com o surgimento da contabilidade onde os trabalhos eram realizados em oficinas, a área foi ganhando expressão durante os anos necessitando se profissionalizar. Por conta disso, foi constituído um novo modelo de estrutura empresarial com uma hierarquia na escala de trabalho. Com
a
construção
da
famosa
edificação
Galeria
degli
Uffizi,
encomendada pelo Duque Cosimo I de Médici e projetada pelo arquiteto Giorgio Vasari, em 1560 na Itália, houve grande destaque por ser considerado um dos primeiros edifícios dedicados para fins administrativos. O prédio possui uma planta em U com três pavimentos, com setores de instituições, autoridades e grêmios e também contava com uma sala central para recepção, dependências administrativas, arquivo e uma grande galeria. O edifício se tornou um museu que abriga diversas obras de arte e se tornou um importante ponto turístico.
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Figura 3: Galeria Degli Uffizi
Fonte: Viajando para a Itália. Disponível em: < https://www.viajandoparaitalia.com.br/italiacentral/toscana/florenca/galleria-degli-uffizi-em-florenca/> Acesso em 08 de setembro de 2020.
Um século depois, em 1694, surgiu o primeiro banco europeu, o Banco da Inglaterra. Projetado pelo arquiteto George Sampso, possuíam pequenas salas para envios administrativos, salas para contabilidade, e trabalhos como contadores de moedas, entre outros. Oitenta anos depois, o banco foi ampliado pelos arquitetos Robert Taylor e John Soane, que criaram grandes salas, onde os trabalhadores eram separados segundo sua tarefa, com várias mesas em filas. (JESKA, 2005).
2.3.
Século XX – Taylorismo e Fordismo Devido à grande expansão do setor industrial, com o surgimento da
eletricidade e do petróleo, as empresas foram evoluindo e se tornando grandes corporações. Desse modo, as empresas tiveram que se adaptar as demandas e ao crescimento de empregados afim de gerar mais lucro. O primeiro modelo de trabalho foi baseado na teoria de administração cientifica criada por Frederick Winslow Taylor (Taylorista) e defende que o melhor rendimento em um local de trabalho surge a partir da divisão de tarefas, onde, cada empregado seria responsabilizado por uma fração do trabalho, não tendo a necessidade de saber as outras funções. Quanto mais habilidade naquela modalidade, maior seria a produtividade e consequentemente o lucro.
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Esse estilo de trabalho, inspirou vários empresários da época, sendo o mais conhecido Henry Ford, que deu origem ao modelo fordismo. Adotando os mesmos princípios de Taylor, Henry implementa a linha de montagem automatizada no local de trabalho, obtendo assim, mais tempo dedicado a produção. Os produtos eram transportados por uma esteira e o operário ficava praticamente parado eliminando a necessidade de locomoção inútil. Os funcionários executavam funções simples ou uma parte da etapa não havendo necessidade de nenhuma qualificação dos trabalhadores. Figura 4: Desenho linha de montagem
Fonte: Beduka Disponível em: <https://beduka.com/blog/materias/geografia/o-que-e-fordismo/> Acesso em 08 de setembro de 2020.
No ano de 1904, foi projetado o edifício Larking, pelo arquiteto, Frank Lloyd Wright, em Buffalo, Nova Iorque, EUA. o primeiro arquiteto que integrou o projeto arquitetônico e o design dos ambientes e instrumentos de trabalho, segundo os ideais da Escola de Chicago, foi Frank Lloid Wright. Um exemplo é o projeto do Larkin Building, 1904, em Buffalo (CALDEIRA,2005).
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Figura 5: Edificio Larking
Fonte:
Wiki
Arquitectura.
Disponível
em
<
https://pt.wikiarquitectura.com/constru%C3%A7%C3%A3o/edificio-larkin/#edificio-larkin-7> Acesso em 09 de setembro de 2020.
Esse edifício foi o ponta pé inicial para a mudança em ambientes de trabalho e o modo de trabalhar. Frank Lloyd Wright trouxe na proposta, um ambiente hierárquico onde os operários trabalhavam na parte central com grandes claraboias e ao redor, nos pavimentos superiores, encontravam-se os funcionários mais importantes.
2.4.
Década de 50 – Escritórios panorâmicos
Pouco tempo depois do fim da Segunda Guerra Mundial, foi elaborado na Alemanha uma nova forma de trabalho. Os irmãos Eberhard e Wolfgang Schenelle se basearam no princípio humanista chamado “Burolandschaf”, que tinha como base a ideia de que se o funcionário fosse estimulado criativamente, realizaria um trabalho melhor. Isso fez com que o modelo Taylorista fosse deixado para trás. A área não tinha divisórias, o que contribuía com a comunicação entre áreas e gerência.
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Figura 6: Modelo Escritório Panorâmico, Ninoflax Building, 1962
Fonte: DUFFY, 1997, P.35. Acesso em 11 de setembro de 2020.
2.5.
Década de 60 – Escritório de plantas livres
Nos Estados Unidos, as pessoas não enxergavam esse modelo com bons olhos porque acreditavam que um ambiente totalmente aberto, traria confusão, falta de privacidade e silêncio para trabalhar, desse modo, os funcionários ocupavam a área central enquanto os seus superiores ficavam em salas privativas para evitar barulho e manter o status. Em 1960, Herman Miller chamou os designers Robert Prost e George Nelson para desenvolverem um projeto de mobiliário que trouxesse flexibilidade para a empresa, autonomia e privacidade aos funcionários, surgindo assim o “Open Plan” um conceito de escritórios de plantas livres que individualiza estações de trabalho em um espaço livre.
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Figura 7: George Nelson e Robert Propst
Fonte: Dezeen. Disponível em < https://www.dezeen.com/2015/02/01/office-cubicle-50thbirthday-herman-miller-robert-propst/> Acesso em 19 de setembro.
Em conjunto com a Herman Miller Furniture Company, Robert Prost e George Nelson desenvolveram dois projetos de mobiliário corporativo que mudaria os ambientes de escritórios que foram o action Office I e o Action Office II. 2.5.1. Action Office I Com mesas ajustáveis, escrivaninhas, gavetas e divisórias de alturas variadas, a área de trabalho Action Office I, oferecia ao funcionário flexibilidade e liberdade de movimento durante suas tarefas. O sistema se encaixava melhor em escritórios de pequeno porte onde havia mais interação no uso entre empregado e empregador. O custo e a montagem não eram muito atrativos.
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Figura 8: Estação de trabalho Action Office I
Fonte: Leo morais Disponível em < https://ldmorais.wordpress.com/2020/01/09/historiaescritorio-1950/> Acesso em 20 de setembro.
2.5.2. Action Office II O Action Office II eram estações de trabalho modulares e fáceis de serem distribuídas. Proporcionava privacidade e autonomia para o funcionário personalizar sua área de trabalho. Obteve grande sucesso e colaborou para o surgimento de outro espaço chamado “cubículo”. Figura 9: Estação de trabalho Action Office II
Fonte: Leo morais Disponível em < https://ldmorais.wordpress.com/2020/01/09/historiaescritorio-1950/> Acesso em 20 de setembro.
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Figura 10: Escritório Cubículo
Fonte:
Funcional.
Disponível
em:
https://funcional.com.br/evolucao-dos-escritorios-e-seu-
mobiliario/ Acesso 27 de setembro de 2020
2.6.
Década de 80 – Escritórios territoriais O escritório territorial chega na década de 80 com um modelo dividido em
três categorias: 2.6.1. Escritório aberto Se caracteriza pela melhoria da comunicação e democratização de espaço, além disso, os espaços podem ser totalmente abertos ou divididos em grupos pelos biombos que não ultrapassem a altura de 1,20m. É considerado uma evolução do conceito Open Plan. Figura 11: Modelo de escritório aberto
Fonte: Style Park. Disponível em: < https://www.stylepark.com/en/news/why-the-office-is-what-itis > Acesso em 27 de setembro de 2020.
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2.6.2. Escritório aberto fechado O layout desse tipo de ambiente de trabalho, baseia-se na hierarquia da empresa e divide-se em dois modelos: •
Hierárquicos: Como o nome já diz, o ambiente fazia com que os superiores ficassem em salas privativas ao redor do edifício e os funcionários de baixo escalão no centro em estações abertas.
•
Humanizados: Nesse modelo, os funcionários de baixo escalão ficam em áreas de trabalho abertas ao redor do prédio e os superiores no centro em salas com parede de vidro.
2.6.3. Escritório fechado O escritório fechado tem por característica o fechamento dos espaços individuais de trabalho. Apesar da privacidade e acústica, os pontos fracos são a falta de comunicação das pessoas e a falta de mudanças de layout. 2.7.
Anos 90 – Escritórios não territoriais
Havia uma dependência devido ao fato de os funcionários terem que ir sempre para sua estação de trabalho para utilizar o computador que não era nada compacto. Com a evolução tecnológica, os computadores e aparelhos que eram fixos, passam a ser móveis e era possível o usuário leva-los consigo para serviços externos, o que acarretou na diminuição do número de funcionários nos ambientes territoriais. 2.7.1. Escritório Virtual Esse tipo de trabalho foi criado nos Estados Unidos e surgiu no Brasil em 1994 e oferece o gerenciamento de ligações, fornecimento de espaços físicos para eventos e reuniões, endereço postal, o escritório virtual atende desde grandes empresas até mesmo pequenos empreendedores que por se deslocarem com frequência ou trabalham em home office acabam necessitando desse tipo de serviço. 2.8.
Home office
O Home office é o trabalho realizado em casa e se popularizou a partir dos anos 2000, com o intuito de proporcionar economia e redução de custos.
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É um assunto que está em alta, ainda mais por conta da pandemia que mudou a rotina de muitas pessoas no mundo todo. Muitas empresas aderiram ao home office a fim de minimizar o impacto do contagio. Segundo artigo do Época Negócios, uma pesquisa da consultoria Betania Tanure Associados (BTA) aponta que 43% das empresas do Brasil estão com seus funcionários trabalhando em casa, durante a fase de pandemia do Corona vírus. Das 359 companhias entrevistadas, 60% estão no regime de home office. Com esse modo de trabalhar, as pessoas precisam saber focar nas responsabilidades de trabalho, separando a parte profissional do pessoal o que muitas vezes acaba não acontecendo São milhões de pessoas que não conseguem trabalhar em casa, simplesmente, porque não conseguem criar uma barreira e separar a vida pessoal da vida profissional. A disciplina dificilmente será imposta, as rotinas são difíceis de contornar, a concentração dispersa-se, as pessoas sentem-se isoladas, sentem necessidade de sair, de ver, de conectar a fundo, de socializar, de mudar, de quebrar rotinas. (QUARESMA; GONÇALVES, 2013).
2.9.
Séc. XXI - Espaços colaborativos – Coworking
O termo “Coworking” foi mencionado pela primeira vez por volta dos anos 2000, por Bernard Dekoven, um desenvolvedor de jogos norte americano que buscava usar a tecnologia para melhorar o trabalho em conjunto, através de um web site que armazenava ferramentas para trabalhos corporativos. Segundo artigo do site Coworking Brasil, em 2015, ao conceder uma entrevista ele fala: "Quando criei o termo 'coworking', estava descrevendo um fenômeno que chamei de 'trabalhar juntos como iguais'. Eu estava explorando como os insights que adquiria ao projetar jogos e facilitar o jogo poderiam se aplicar à facilitação do trabalho." O que DeKoven buscava, era essa integração via web e não envolvia espaços de trabalho físicos que surgiriam algum tempo depois. Em 2005 nos Estados Unidos, o engenheiro de software Brad Neuberg cria o espaço chamado “San Francisco Coworking Space” em São Francisco – California e assim, o termo Coworking é utilizado pela primeira vez.
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No ano seguinte em 2006, com a ajuda de voluntários, Neuberg cria o “Hat Factory”. No local, trabalhavam oito pessoas de diferentes seguimentos profissionais com projetos diferentes e a partir do convívio nesse espaço, acabaram compartilhando ideias e experiencias uns com os outros. O crescimento do segmento foi inevitável no mundo todo. Uma pesquisa realizada pelo portal Statista mostra que em 2018 a marca era de 18.700 espaços de Coworking com projeção de 26.300 em 2020. Gráfico 1: Número de espaços de Coworking no mundo de 2005 a 2020.
Fonte:
Statista.
Disponível
em:
<
https://www.statista.com/statistics/554273/number-of-
coworking-spaces-worldwide/> Acesso em 28 de setembro de 2020.
2.10. Espaços colaborativos – Coworking no Brasil No Brasil, o primeiro espaço de trabalho compartilhado surgiu em 2008 em São Paulo chamado “The hub” (Atual Impact Hub) e três meses depois, nasce o “Ponto de Contato” abrindo as portas para o crescimento do Coworking no País.
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Figura 12: Impact Hub
Fonte: Beer or coffee. Disponível em: < https://beerorcoffee.com/coworking/space/impact-hub-sao-paulo> Acesso em 28 de setembro de 2020.
Assim como o crescimento no mundo, no Brasil os espaços compartilhados vêm subindo gradativamente. Uma pesquisa realizada pelo Censo Coworking Brasil de 2019, houve um crescimento de 25% em relação ao ano de 2018. Gráfico 2: Evolução do Coworking no Brasil
Fonte: Coworking Brasil. Disponível em: < https://coworkingbrasil.org/censo/2019/#distribuicao> Acesso em 28 de setembro de 2020.
3. DIRETRIZES E PREMISSAS As diretrizes e premissas são determinadas pela NBR9050 de Acessibilidade, NBR9077 de Saídas de Emergência, Código Sanitário de São Paulo e o Código de Obras de Mogi das Cruzes. 21
3.1.
ABNT NBR 9050 - Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos.
(...) 4.3 Área de circulação e manobra • Uma pessoa sem necessidades especiais precisa de no mínimo 0,60m de vão para sua circulação em pé andando de frete, podendo chegar até 1.20m quando está usando muletas. • Em relação a cadeiras de rodas considera-se como referência 1,20mx0,80m. A dimensão mínima necessária para cadeirantes em linha reta sem obstáculos é de 0,90m de largura. Para manobras das cadeiras de rodas exige-se no mínimo: * Rotação de 90º: 1,20mx1,20m * Rotação de 180º: 1,50mx1,20m * Rotação de 360º: diâmetro de 1,50m (...) 4.6 Alcance Manual • Altura máxima de alcance para pessoa sentada: * Alcance manual frontal: 0,50m a 0,55m. (...) 6.2 Acessos – Condições Gerais • Nas edificações e equipamentos urbanos, todas as entradas e principais funções devem ser acessíveis a todos. • No caso de adaptações, deve ser previsto um acesso vinculado à rota principal e saída de emergência, não ultrapassando 50m em cada acesso. • Os estacionamentos devem possuir entradas acessíveis. Quando ausente essa exigência, deverão possuir vaga específica para os portadores de necessidades especiais com rota acessível à entrada. • Locais de carga e descarga não necessitam de acessibilidade. (...) 6.6 Rampas • Para inclinações de 6,25% e 8,33% devem ser previstos descanso nos patamares a cada 50m de percurso.
22
• Para inclinação até 5% admite-se um desnível de até 1,50m sem limites de segmentos de rampas. • Para inclinação entre 5% e 6,25% admite-se um desnível de até 1,00m sem limites de segmentos de rampas. • Para inclinação de 6,25% até 8,33% o desnível máximo permitido para cada segmento de rampa é 0,80m com 15 seguimentos de rampa. (...) 6.8 Escadas • Devem-se atender as seguintes condições * 0,63 m ≤ p + 2e ≤ 0,65 m * pisos (p): 0,28 m ≤ p ≤ 0,32 m e * espelhos (e): 0,16 m ≤ e ≤ 0,18 m • A largura mínima para escadas em rotas acessíveis é de 1,20m, e deve dispor de guia de balizamento. • Em construções novas, o primeiro e o último degrau de um lance de escada devem distar no mínimo 0,30 m da área de circulação adjacente e devem estar sinalizados. 3.2.
ABNT NBR 9077 – Saída de emergências em edifícios
(...) 1 Objetivo 1.1 Esta Norma fixa as condições exigíveis que as edificações devem possuir: a) a fim de que sua população possa abandoná-las, em caso de incêndio, completamente protegida em sua integridade física; b) para permitir o fácil acesso de auxílio externo (bombeiros) para o combate ao fogo e a retirada da população. (...) 4.4 Dimensionamento de saídas • As larguras mínimas das saídas, em qualquer caso, devem ser as seguintes: 1,10 m, correspondendo a duas unidades de passagem e 55 cm, para as ocupações em geral, ressalvado o disposto a seguir;
23
(...) 4.5 Acessos • Ter pé-direito mínimo de 2,50 m, com exceção de obstáculos representados por vigas, vergas de portas, e outros, cuja altura mínima livre deve ser de 2,00 m; (...) 4.7 Escadas Os degraus devem ter altura h compreendida entre 16,0 cm e 18,0 cm, com tolerância de 0,05 cm; ter largura b dimensionada pela fórmula de Blondel: 63 cm ≤ (2h + b) ≤ 64 cm (...) 4.9 Elevadores • É obrigatória a instalação de elevadores de emergência em todas as edificações com mais de 20 pavimentos, excetuadas as de classe de ocupação G-1, e em torres exclusivamente monumentais de ocupação F-2; 3.3.
Código Sanitário de São Paulo
(...) Artigo 36 • Salas para escritórios, comércio ou serviços: 10,00 m²; • Compartimentos sanitários: • Contendo somente bacia sanitária: 1,20 m², com dimensão mínima de 1,00 m; • Contendo bacia sanitária e lavatório: 1,50 m², com dimensão mínima de 1,00m; • Contendo bacia sanitária e área para banho, com chuveiro, 2,00 m², com dimensão mínima de 1,00 m; • Contendo bacia sanitária, área para banho, com chuveiro e lavatório, 2,50 m², com dimensão mínima de 1,00 m; • Contendo somente chuveiro, 1,30 m², com dimensão mínima de 1,00 m; • Antecâmaras, com ou sem lavatório, 0,90 m², com dimensão mínima de 0,90 m; (...) Artigo 37
24
• As escadas não poderão ter dimensões inferiores aos valores estabelecidos nas normas especificas para as respectivas edificações de que fazem parte e, quando não previstas nas referidas normas específicas, aos valores abaixo: • Degraus, com piso (p) e espelho (e), atendendo à relação: 0,60 m: 2e + p 0.65 m: • Larguras quando de uso comum ou coletivo, 1,20 m; • Quando de uso restrito poderá ser admitida redução até 0,90 m; (...) Artigo 38 Os pés-direitos não poderão ser inferiores aos estabelecidos nas normas específicas para a respectiva edificação e, quando não previstos, aos valores a seguir: • Nas edificações destinadas a comércio e serviços: • Em pavimentos térreos, 3,00 m; • Em pavimentos superiores, 2,70 m; • Garagens, 2,30 m. • Instalações sanitárias 2,50 m. • Outros locais de trabalho, 3,00 m podendo ser permitidas reduções até 2,70 m, segundo a atividade desenvolvida. • Em corredores e passagens, 2,50 m; 3.4.
Código de obras e edificação de Mogi das Cruzes (COE)
(...) Art. 321 • Classificar-se-ão no "Grupo B", os compartimentos de permanência prolongada destinados a: • trabalho, comércio, prestação de serviços e prática de exercício físico ou esporte, em edificações em geral. (...) Art. 327 • Subdivisão de compartimentos por meio de divisórias leves será permitida quando: 25
• As divisórias leves não impedirem a ventilação e iluminação dos compartimentos resultantes; • As divisórias leves não tiverem altura maior de 3,00m (três metros). (...) Art. 333 • As instalações sanitárias são definidas e classificadas quanto ao uso em: • Privativo: aquelas integradas às edificações de usos multirresidencial (uso comum), comercial, de serviço, industrial, especial e socioinstitucional, destinadas ao uso reservado de determinados usuários, segundo a atividade a ser desenvolvida na edificação; • Público e coletivo: aquelas integradas às edificações de uso comercial, de serviço, industrial, especial e socioinstitucional destinadas ao uso público e coletivo de usuários externos, localizadas, preferencialmente, em áreas contíguas à circulação coletiva da edificação. (...) Art. 334 • As instalações sanitárias são definidas e classificadas quanto ao tipo em: • Sanitário: destinado ao uso privativo ou público e coletivo, que disponha no mínimo de 1 (uma) bacia sanitária e 1(um) lavatório instalados em conjunto ou separadamente e quando se tratar de sanitário para uso masculino poderá ser prevista a instalação complementar de mictório; • Vestiário: destinado ao uso privativo, público e coletivo, que disponha obrigatoriamente no mínimo de 1 (um) chuveiro e área para troca de roupa providas de armários, podendo ser conjugado com sanitário, neste caso, deverá dispor além do mínimo exigido, 1 (uma) bacia sanitária e 1 (um) lavatório instalados em conjunto ou separadamente e quando se tratar de vestiário para uso masculino poderá ser prevista a instalação complementar de mictório. (...) Art 407 • Os espaços para acesso, circulação e estacionamento de veículos serão projetados, dimensionados e executados livres de qualquer interferência
26
estrutural ou física que possa reduzi-los e de acordo com as diretrizes definidas pela Secretaria de Transportes, e serão destinados às seguintes utilizações: • Privativo - de utilização exclusiva da população permanente da edificação; • As rampas deverão apresentar: • Recuo de 4,00m (quatro metros) do alinhamento dos logradouros, para seu início; • Declividade máxima de 20% (vinte por cento) quando destinada à circulação de automóveis e utilitários; • Seção transversal máxima de 2% (dois por cento), para qualquer tipo de circulação. (...) Art. 441 • As edificações para usos comerciais e de serviços, além de atender às disposições da presente Lei Complementar, que lhes forem aplicáveis, deverão ter pé-direito livre mínimo de 3,00m (três metros), no pavimento térreo, independente do uso. (...) Art. 442 • As edificações para usos comerciais e de serviços terão seus compartimentos dimensionamentos, conforme o estabelecido no Anexo 03, integrante desta Lei Complementar, devendo observar o programa mínimo de: • Copa (quando possuir até trinta funcionários) ou Refeitório (quando possuir mais que trinta funcionários), • Vestiário/Sanitário de acordo com os Anexos 03 e 04, integrantes desta Lei Complementar; • Depósito de Material de Limpeza; • Sala para Administração (para os estabelecimentos multicomerciais). • O refeitório terá área de 1,00m2 (um metro quadrado) por usuário, abrigando, de cada vez, 1/3 (um terço) do total de empregados por turno de trabalho, sendo este turno o que tiver maior número de empregados. 27
• Todo estabelecimento em que a atividade exija a troca de roupa ou o uso de uniforme, ou similar, deverá ser dotado de local apropriado para vestiário, separados por sexo, com armários individuais e chuveiro e quando possível poderão ser conjugados com os sanitários. 4. ESTUDO DE CASO 4.1.
Coworking / Loja 1
FICHA TÉCNICA Nome: Coworking / Loja 1 Arquitetos: Estúdio Artigas + Ateliê Navio + AVE Arquitetura Localização: Avenida Angélica, 2395, Pacaembu, São Paulo – SP Ano: 2014 Construtor: João Batista da Silva Área: 70m² O Coworking / Loja 1 é um espaço de Coworking elaborado para um grupo de arquitetos que buscam um ambiente integrado que favoreça a troca de experiências profissionais. No térreo do Edifício Helena Arluzia, projetado pelo Arquiteto Américo Rodrigues Campello nos anos 70. O pavimento térreo do edifício, conta com 8 lojas comerciais e os outros pavimentos superiores são residenciais. Figura 13: Implantação
28
Fonte: ArchDaily. Disponível em: < https://www.archdaily.com.br/br/772839/coworking-loja1> Acesso 12 de setembro de 2020
O local não atendia as necessidades dos arquitetos e por conta disso, passou por uma reforma. A loja comercial tinha uma planta de 45m² e contava com um mezanino de concreto pesado que não favorecia a entrada de ventilação, iluminação e interação com a área externa. Figura 14: Local antes da reforma
Fonte: ArchDaily. Disponível em: < https://www.archdaily.com.br/br/772839/coworking-loja1> Acesso 12 de setembro de 2020
O local conta com um pé direito de 4,30m² e com isso, os arquitetos decidiram demolir a escada e o mezanino e criar um novo, aproveitando melhor o espaço agregou 25m² de área útil.
29
Figura 15: Acesso para o mezanino
Fonte: ArchDaily. Disponível em: < https://www.archdaily.com.br/br/772839/coworking-loja1> Acesso 12 de setembro de 2020
O mezanino foi disposto de forma longitudinal em estrutura metálica onde quatro pórticos sustentam o andar superior deixando o térreo livre de apoios, além disso, ocupa somente uma parte da edificação, deixando a outra parte com pé direito duplo favorecendo a iluminação, circulação de ar e visualização. Figura 16: Corte Longitudinal
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Fonte: ArchDaily. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/772839/coworking-loja1/55e4d31ae58ece0313000151-coworking-loja-1-corte-longitudinal Acesso 12 de setembro de 2020.
Figura 17: Área de trabalho / Mezanino
Fonte: ArchDaily. Disponível em: < https://www.archdaily.com.br/br/772839/coworking-loja1> Acesso 12 de setembro de 2020.
Apesar do local não contar com uma área mais espaçosa, houve uma organização no espaço. Na entrada é possível visualizar as mesas de trabalho compartilhadas e uma sala de reuniões isolada de vidro. Ao fundo, encontra-se o sanitário e uma copa destinada aos usuários. Na parte do mezanino, as mesas individuais de trabalho, uma biblioteca coletiva e a área de descanso. Figura 18: Planta baixa - Térreo
31
Fonte: ArchDaily. DisponĂvel em: < https://www.archdaily.com.br/br/772839/coworking-loja1> Acesso 12 de setembro de 2020.
Figura 19: Planta baixa - mezanino
Fonte: ArchDaily. DisponĂvel em: < https://www.archdaily.com.br/br/772839/coworking-loja1> Acesso 12 de setembro de 2020.
Figura 20: Corte transversal
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Fonte: ArchDaily. Disponível em: < https://www.archdaily.com.br/br/772839/coworking-loja1> Acesso 12 de setembro de 2020.
Figura 21: Corte Longitudinal
Fonte: ArchDaily. Disponível em: < https://www.archdaily.com.br/br/772839/coworking-loja1> Acesso 12 de setembro de 2020.
Tabela 1: Análise SWOT – Coworking / Loja 1 ANÁLISE DE SWOT ASPECTOS POSITIVOS
ASPECTOS NEGATIVOS
Os arquitetos valorizaram o espaço No acesso dos fundos para a área com a utilização do mezanino, de serviço, o espaço ficou apertado deixando o ambiente mais amplo.
para passagem de algum material ou mobiliário sendo necessária a passagem pela entrada principal, ocasionando
desconforto
aos
usuários. ASPECTOS AMEAÇAS
ASPECTOS OPORTUNIDADES
A Biblioteca e a área de descanso O Coworking agregou valor para o estão no mezanino e o único acesso prédio como um todo com um é pela escada. Isso dificulta o ambiente
atrativo
e
abre
acesso de pessoas portadoras de oportunidade das outras lojas do necessidades especiais (PNE)
térreo seguirem o mesmo caminho em suas respectivas atividades.
33
4.2.
Estúdio Capanema – Jardins – SP
FICHA TÉCNICA Nome: Estúdio Capanema Arquitetos: Ricardo Comissoli Localização: Rua Barão de Capanema, Jardim Paulista - SP Ano: 2010 Área: 800m² Andares: 6 O Estúdio Capanema foi fundado em 2010 pelo Arquiteto Ricardo Comissoli e é o primeiro escritório de Coworking corporativo de São Paulo e do País. Está localizado no bairro do Jardins em São Paulo, bairro privilegiado próximo a vários serviços e comércios. Figura 22: Localização
Fonte: Google Maps. Disponível em: < https://www.google.com.br/maps/> Acesso 13 de setembro de 2020.
O Estúdio Capanema possui cinco pavimentos em um prédio comercial e estão localizados no primeiro, sexto, sétimo, décimo primeiro e no décimo segundo andar. As salas de escritórios foram projetadas com diferentes layouts e uma variedade de serviços com posições de trabalho individuais fixas, de uso exclusivo e limitado, sala de reuniões salas privativas, WC’s e copa.
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Figura 23: Edificio
Fonte: Reflow me Disponível em: <https://www.reflow.me/coworking-jardins-sao-paulo-sp> Acesso 13 de setembro de 2020.
O primeiro pavimento (Branco) possui uma área de Coworking para dez pessoas e três salas privativas de quatro lugares cada uma. Conta também com um terraço com vista para a rua principal, local ideal para os colaboradores descansarem nos momentos de folga.
35
Figura 24: 1º Andar e terraço – Branco
Fonte: Estúdio Capanema Disponível em: <http://www.estudiocapanema.com.br/> Acesso 13 de setembro de 2020.
Figura 25: Sala Compartilhada
Fonte: Estúdio Capanema Disponível em: <http://www.estudiocapanema.com.br/> Acesso 13 de setembro de 2020.
Figura 26: Terraço e Sala de reuniões
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Fonte: Estúdio Capanema Disponível em: <http://www.estudiocapanema.com.br/> Acesso 13 de setembro de 2020.
O sexto pavimento (Grafite), Possui espaços abertos que se integram promovendo oportunidades de troca de ideias. As mesas grandes dão mais conforto para o usuário se acomodar. Figura 27: 6º Andar – Grafite
Fonte: Estúdio Capanema Disponível em: <http://www.estudiocapanema.com.br/> Acesso 14 de setembro de 2020.
Figura 28: Copa e Sala privativa
Fonte: Estúdio Capanema Disponível em: <http://www.estudiocapanema.com.br/> Acesso 14 de setembro de 2020.
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Figura 29: Sala compartilhada
Fonte: Estúdio Capanema Disponível em: <http://www.estudiocapanema.com.br/> Acesso 14 de setembro de 2020.
O sétimo pavimento (Azul), conta com salas compartilhadas, uma sala de reunião e uma copa mais ampla. Tem praticamente as mesmas características dos pavimentos Branco e Grafite. Figura 30: 7º Pavimento – Azul
Fonte: Estúdio Capanema Disponível em: <http://www.estudiocapanema.com.br/> Acesso 14 de setembro de 2020.
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Figura 31: Sala compartilhada e Sala de reuniões.
Fonte: Estúdio Capanema Disponível em: <http://www.estudiocapanema.com.br/> Acesso 14 de setembro de 2020.
O décimo primeiro pavimento (Amarelo), é onde fica a recepção e atendimento aos clientes e visitantes. Oferece serviço de impressão e scanner, sala compartilhada e salas privativas. Figura 32: 11º andar – Amarelo
Fonte: Estúdio Capanema Disponível em: <http://www.estudiocapanema.com.br/> Acesso 14 de setembro de 2020.
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Figura 33: Sala compartilhada e recepção
Fonte: Estúdio Capanema Disponível em: <http://www.estudiocapanema.com.br/> Acesso 14 de setembro de 2020.
O décimo segundo pavimento (Berinjela), é composto por salas privativas, ambiente silencioso com tratamento acústico, iluminação natural e piso de madeira maciça. Figura 34: 12º andar – Berinjela
Fonte: Estúdio Capanema Disponível em: <http://www.estudiocapanema.com.br/> Acesso 14 de setembro de 2020.
Figura 35: Sala de reunião e Sala privativa
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Fonte: Estúdio Capanema Disponível em: <http://www.estudiocapanema.com.br/> Acesso 14 de setembro de 2020.
Tabela 2: Análise SWOT - Estúdio Capanema ANÁLISE DE SWOT ASPECTOS POSITIVOS
ASPECTOS NEGATIVOS
Possui um ambiente amplo de Possui apenas o espaço do terraço escritório com espaços integrados e para uma pausa e descanso ergonômicos. ASPECTOS AMEAÇAS Possui
área
de
apoio
ASPECTOS OPORTUNIDADES para Por estar num local estratégico na
impressão e scanner apenas no 11º cidade, os ambientes diversificados pavimento.
do Coworking podem atender de forma ampla as necessidades de seus clientes.
4.3.
Second Home Coworking
FICHA TÉCNICA Nome: Second Home Coworking Arquitetura: SelgasCano – José Selga e Lucia Cano Local: 68-80 Handbury, Londres E1 5JL, Reino Unido Data do Início do Projeto: 2013 Data da Conclusão do Projeto: 2014 Construtor: Tibbalds ÁREA: 2400m² O Second Home Coworking está localizado na região de Spitalfields, no bairro East End em Londres.
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Figura 36: Local
Fonte:
Maps
Disponível
em:
<https://www.google.com.br/maps/search/second+home+coworking+londres/@51.5117171 ,-0.1000074,13z > Acesso 16 de setembro de 2020.
O Second Home oferece um espaço compartilhado para startups e empresas em início de carreira. O escritório SelgasCano transformou o piso térreo e o primeiro andar de uma antiga fábrica de tapetes em uma série de espaços de trabalho como postos privativos e compartilhados de trabalho, sete salas de reuniões, espaços de descanso que se estende por todo o edifício e também a área de bar-cafeteria que se desloca até a calçada no pavimento térreo de forma semicircular, aberta aos visitantes da região.
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Figura 37: Área de refeições
Fonte: ArchDaily. Disponível em: < https://www.archdaily.com.br/br/770151/escritorio-secondhomelondres-selgascano?ad_medium=gallery> Acesso em 16 de setembro de 2020.
No local foi criado um espaço multiuso com uma grande mesa de trabalho compartilhado que pode ser elevado ao teto quando não está em uso, deixando o espaço livre para eventos, conferencias, atividades físicas, etc. Figura 38: Área Multiuso
Fonte: ArchDaily. Disponível em: < https://www.archdaily.com.br/br/770151/escritorio-secondhomelondres-selgascano?ad_medium=gallery> Acesso em 16 de setembro de 2020.
A estrutura do local é simples, com módulos repetitivos, porém, o projeto teve como partido, paredes curvas transparentes e reflexivas afim de atingir os ambientes com a luz do dia. Houve também a necessidade de poder entrar nessas áreas pelos extremos sem desperdiçar nenhum espaço. A Arquitetura curva do ambiente, evita a sensação de labirinto e lugares fechados que afetaria a criatividade e socialização dos usuários.
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Figura 39: Paredes curvas
Fonte: ArchDaily. Disponível em: < https://www.archdaily.com.br/br/770151/escritorio-secondhomelondres-selgascano?ad_medium=gallery> Acesso em 17 de setembro de 2020.
Figura 40: Perspectivas Pav. Térreo e superior
Pavimento Térreo
Pavimento Superior
Fonte: ArchDaily. Disponível em: < https://www.archdaily.com.br/br/770151/escritorio-secondhomelondres-selgascano?ad_medium=gallery> Acesso em 17 de setembro de 2020.
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Figura 41: Planta baixa térreo
Fonte: ArchDaily. Disponível em: < https://www.archdaily.com.br/br/770151/escritorio-secondhomelondres-selgascano?ad_medium=gallery> Acesso em 17 de setembro de 2020.
Figura 42: Planta baixa pavimento superior
Fonte: ArchDaily. Disponível em: < https://www.archdaily.com.br/br/770151/escritorio-secondhomelondres-selgascano?ad_medium=gallery> Acesso em 17 de setembro de 2020.
45
Figura 43: Corte
Fonte: ArchDaily. Disponível em: < https://www.archdaily.com.br/br/770151/escritorio-secondhomelondres-selgascano?ad_medium=gallery> Acesso em 17 de setembro de 2020.
Figura 44: Corte
Fonte: ArchDaily. Disponível em: < https://www.archdaily.com.br/br/770151/escritorio-secondhomelondres-selgascano?ad_medium=gallery> Acesso em 17 de setembro de 2020.
Tabela 3: Análise SWOT - Second Home Coworking ANÁLISE DE SWOT ASPECTOS POSITIVOS Ambiente
ASPECTOS NEGATIVOS
acolhedor
e A disposição dos ambientes não dá
aconchegante que utiliza bem os total privacidade em alguns pontos espaços, ventilação e iluminação.
das salas privativas.
ASPECTOS AMEAÇAS
ASPECTOS OPORTUNIDADES
Carência de acessibilidade com uso Com a grande expansão de startups de
plataformas
elevadores.
elevatórias
ou e empreendedores, o espaço pode atender essa grande demanda. 46
4.4.
Manifesto Coworking
FICHA TÉCNICA Nome: Manifesto Coworking Arquitetura: Studio VRM Local: Bloco A - Brasília Shopping - Sca Q 05 - Asa Norte, DF, Brasil Ano: 2016 ÁREA: 400m² Segundo a equipe de projeto do Manifesto Coworking, compartilhar é a palavra que define esse projeto. A criação do programa se deu a partir da necessidade que diferentes ideias circulassem em um ambiente com várias opiniões distintas. Esse espaço foi projetado na icônica quadra SCN 206, em Brasília. Figura 45: Local
Fonte: Google Maps - Acesso em 25 de outubro de 2020.
Conhecida como “Babilônia Norte”, devido ao seu aspecto excêntrico, o projeto da equipe do Manifesto Coworking fugiu da tendência de cores fortes e chamativas escolhendo o conceito de galpão contemporâneo clean, porém industrial. Ainda, segundo a equipe, a paleta de cores pode ser resumida à tons de concreto e branco com toques de compensados MDF para os móveis, feitos pela OpenDesk. 47
Figura 46: Coworking
Fonte:
ArchDaily.
Disponível
em:
<
https://www.archdaily.com.br/br/901086/manifesto-
coworking-studiovrm?ad_source=search&ad_medium=search_result_all> Acesso em 25 de outubro de 2020.
Para criar um espaço com uma boa circulação, a permeabilidade visual foi abordada como essencial. Todos os estúdios são fechados com vidros e uma faixa de película para atender a privacidade da empresa que a ocupa. Figura 47: Sala de reunião / Coworking
Fonte:
ArchDaily.
Disponível
em:
<
https://www.archdaily.com.br/br/901086/manifesto-
coworking-studiovrm?ad_source=search&ad_medium=search_result_all> Acesso em 25 de outubro de 2020.
48
Figura 48: Auditório
Fonte:
ArchDaily.
Disponível
em:
<
https://www.archdaily.com.br/br/901086/manifesto-
coworking-studiovrm?ad_source=search&ad_medium=search_result_all> Acesso em 25 de outubro de 2020.
Figura 49: Café
Fonte:
ArchDaily.
Disponível
em:
<
https://www.archdaily.com.br/br/901086/manifesto-
coworking-studiovrm?ad_source=search&ad_medium=search_result_all> Acesso em 25 de outubro de 2020.
O tabuleiro de paginação foi escolhido para mostrar a interação de materiais distintos de forma harmoniosa, trazendo estilo e movimento ao ambiente.
49
Figura 50: Planta
Fonte:
ArchDaily.
DisponĂvel
em:
<
https://www.archdaily.com.br/br/901086/manifesto-
coworking-studiovrm?ad_source=search&ad_medium=search_result_all> Acesso em 25 de outubro de 2020.
Figura 51: Estudo preliminar
Fonte:
ArchDaily.
DisponĂvel
em:
<
https://www.archdaily.com.br/br/901086/manifesto-
coworking-studiovrm?ad_source=search&ad_medium=search_result_all> Acesso em 25 de outubro de 2020.
50
Figura 52: Paginação
Fonte:
ArchDaily.
Disponível
em:
<
https://www.archdaily.com.br/br/901086/manifesto-
coworking-studiovrm?ad_source=search&ad_medium=search_result_all> Acesso em 25 de outubro de 2020.
51
Figura 53: Corte
Fonte:
ArchDaily.
Disponível
em:
<
https://www.archdaily.com.br/br/901086/manifesto-
coworking-studiovrm?ad_source=search&ad_medium=search_result_all> Acesso em 25 de outubro de 2020.
•
Parede com tijolos
•
Balcão recepção em compensado pinos
•
Esquadria grafite e vidros temperados
•
Esquadria grafite e vidros temperados com película leitosa Figura 54: Fachada
Fonte: Google Maps - Acesso em 25 de outubro de 2020.
Figura 55: Estacionamento
Fonte: Google Maps - Acesso em 25 de outubro de 2020.
52
BenefĂcios
Fonte: Manifesto Coworking < https://www.manifestocoworking.com/comunidade.html#one>
Plano Trimestral
Fonte: Manifesto Coworking < https://www.manifestocoworking.com/comunidade.html#one>
Plano Mensal
Fonte: Manifesto Coworking < https://www.manifestocoworking.com/comunidade.html#one>
53
Tabela 4: Análise SWOT - Manifesto Coworking ANÁLISE DE SWOT ASPECTOS POSITIVOS
ASPECTOS NEGATIVOS
Ambiente clean, bem distribuído e Por não apresentar outras paletas iluminado atendendo o que foi de cores, o ambiente pode não ser proposto no projeto.
atrativo tendo em vista que alguns clientes buscam um espaço mais chamativo
e
que
aguce
a
criatividade ASPECTOS AMEAÇAS Com
a
utilização
de
ASPECTOS OPORTUNIDADES cadeiras O Coworking está inserido em um
giratórias no piso de porcelanato complexo comercial e tem um amplo pode oferecer desconforto auditivo.
estacionamento
que
pode
ser
utilizado para pequenos eventos e divulgação. 4.5.
Publik Office em Saigon
FICHA TÉCNICA Nome: Publik office em Saigon Arquitetura: Sanuki Daisuki Architects Local: 38A Nguyễn Thị Diệu Ward 6, District 3, HCMC, Vietnã Ano: 2018 ÁREA: 945m² O edifício está localizado no distrito 3 de Ho Chi Minh onde já havia um prédio da década de 90 e passou por um restauro que resultou na expansão e remodelação do espaço o que modificou sua forma original, além disso, a fachada do prédio não fica de frente para a rua principal o que afetava a visibilidade e foi um grande desafio.
54
Figura 56: Local
Fonte: Google Maps - Acesso em 26 de outubro de 2020.
Com as renovações, todos os espaços internos e externos tiveram que ser renovados, deixando apenas a estrutura. A varanda foi estendida em cada andar para a esquerda e para direita e foi implementado nesse espaço canteiros com vegetação em cada andar. Na elevação foi fixado chapa de aço inoxidável numa forma especular, como um origami ziguezague. Figura 57: Varanda
Fonte: ArchDaily. Disponível em: < https://www.archdaily.com.br/br/910375/publik-office-emsaigon-sanuki-daisuke-architects > Acesso em 26 de outubro de 2020.
55
Os elementos ao redor do prédio, como as casas, as nuvens no céu e as grandes árvores, criam reflexos na forma de listras e a forma do prédio vai variando de acordo com o ponto de vista das pessoas. O foco do projeto é essa interação ao ambiente no qual foi inserido. Figura 58: Fachada
Fonte: ArchDaily. Disponível em: < https://www.archdaily.com.br/br/910375/publik-office-emsaigon-sanuki-daisuke-architects > Acesso em 26 de outubro de 2020.
O térreo é um espaço de trabalho lounge com um café, o primeiro andar é um espaço de trabalho tipo open space com luminárias tubulares, o segundo andar é um espaço de trabalho mais individual, separado por divisórias móveis e o terceiro andar é um espaço de trabalho livre no qual é possível mover as mesas livremente, integrado ao terraço externo que também serve como sala de apresentações.
56
Figura 59: Lounge com café
Fonte: ArchDaily. Disponível em: < https://www.archdaily.com.br/br/910375/publik-office-emsaigon-sanuki-daisuke-architects > Acesso em 26 de outubro de 2020.
Figura 60: Primeiro andar
Fonte: ArchDaily. Disponível em: < https://www.archdaily.com.br/br/910375/publik-office-emsaigon-sanuki-daisuke-architects > Acesso em 26 de outubro de 2020.
57
Figura 61: Segundo andar
Fonte: ArchDaily. Disponível em: < https://www.archdaily.com.br/br/910375/publik-office-emsaigon-sanuki-daisuke-architects > Acesso em 26 de outubro de 2020.
Figura 62: Terceiro andar
Fonte: ArchDaily. Disponível em: < https://www.archdaily.com.br/br/910375/publik-office-emsaigon-sanuki-daisuke-architects > Acesso em 26 de outubro de 2020.
Os espaços de trabalho são simples e variados com luz natural e os usuários podem mudar de lugar sentindo e encontrando o espaço que se sinta mais confortável. O projeto visou a utilização de materiais locais vietnamitas
58
como terrazo de cores diferentes, madeira, cimento deixando de lado a decoração excessiva. De acordo com informações da equipe de projeto, o local é utilizado por jovens criadores da cidade, companhias de risco e empresas iniciantes locais de companhias estrangeiras, apresentando pavimentos com diferentes espaços. Figura 63: Planta térreo
Fonte: ArchDaily. Disponível em: < https://www.archdaily.com.br/br/910375/publik-office-emsaigon-sanuki-daisuke-architects > Acesso em 26 de outubro de 2020.
Figura 64: Primeiro Pavimento
Fonte: ArchDaily. Disponível em: < https://www.archdaily.com.br/br/910375/publik-office-emsaigon-sanuki-daisuke-architects > Acesso em 26 de outubro de 2020.
59
Figura 65: Segundo Pavimento
Fonte: ArchDaily. DisponĂvel em: < https://www.archdaily.com.br/br/910375/publik-office-emsaigon-sanuki-daisuke-architects > Acesso em 26 de outubro de 2020.
Figura 66: Terceiro Pavimento
Fonte: ArchDaily. DisponĂvel em: < https://www.archdaily.com.br/br/910375/publik-office-emsaigon-sanuki-daisuke-architects > Acesso em 26 de outubro de 2020.
60
Figura 67: Estacionamento
Fonte: ArchDaily. Disponível em: < https://www.archdaily.com.br/br/910375/publik-office-emsaigon-sanuki-daisuke-architects > Acesso em 26 de outubro de 2020.
Figura 68: Corte
Fonte: ArchDaily. Disponível em: < https://www.archdaily.com.br/br/910375/publik-office-emsaigon-sanuki-daisuke-architects > Acesso em 26 de outubro de 2020.
Tabela 5: Análise SWOT - Publik office em Saigon ANÁLISE DE SWOT ASPECTOS POSITIVOS
ASPECTOS NEGATIVOS
61
O modo como foi elaborada a No segundo pavimento o espaço é varanda
com
a
inserção
de mais reservado, porém não tem
vegetação controla a luz direta nos espaço totalmente individual. ambientes. ASPECTOS AMEAÇAS
ASPECTOS OPORTUNIDADES
Falta de acessibilidade na entrada No terceiro pavimento o mobiliário principal.
pode ser alterado de lugar de acordo com a necessidade do usuário
4.6.
Sinergia Palermo Cowork
FICHA TÉCNICA Nome: Sinergia Palermo Cowork Arquitetura: Emilio Magnone e Marcos Guiponi Localização: Av. Gonzalo Ramirez, 1676, 11200, Montevidéu, Montevidéu, Uruguai Ano: 2014 Construtor: Neto Constructora Áreas: 1.400m² Um grande galpão onde antigamente funcionavam uma carpintaria, oficina mecânica, estúdio de cinema e armazém, deu espaço ao Sinergia Cowork. O espaço foi totalmente reciclado e sua estrutura foi reutilizada com o partido de economia de recursos como energia, custos financeiros e preservação do passado.
62
Figura 69: local
Fonte: Google Maps – Acesso em 27 de outubro de 2020.
Foi mantida a estrutura original do galpão em madeira e cobertura de telhas, no interior do espaço foram usadas estruturas metálicas removíveis e painéis estruturais isolados para os fechamentos. A paleta de cores predominante é neutra com tons de cinza e branco, criando um contraste com os mobiliários. Figura 70: Sinergia Cowork
Fonte: ArchDaily. Disponível em: < https://www.archdaily.com.br/br/874682/sinergia-coworkpalermo-emilio-magnone-plus-marcos-guiponi> Acesso em 27 de outubro de 2020.
A fachada foi mantida alterando somente a pintura. O acesso principal é feito por uma porta de garagem que tem como destaque o logo da empresa.
63
Figura 71: Fachada
Fonte: Google Maps – Acesso em 27 de outubro de 2020.
No térreo, está localizado o hall de entrada, sanitários, um átrio com mesas de trabalho compartilhadas e na lateral esquerda escritórios privativos e salas de reuniões. Figura 72: Mesas compartilhadas e escritórios privativos
Fonte: ArchDaily. Disponível em: < https://www.archdaily.com.br/br/874682/sinergia-coworkpalermo-emilio-magnone-plus-marcos-guiponi> Acesso em 27 de outubro de 2020.
No pavimento superior estão os escritórios menores em conjunto com áreas de estar, mesas compartilhadas, estúdio de fotografia e uma oficina.
64
Figura 73: Pavimento superior
Fonte: ArchDaily. Disponível em: < https://www.archdaily.com.br/br/874682/sinergia-coworkpalermo-emilio-magnone-plus-marcos-guiponi> Acesso em 27 de outubro de 2020.
Na parte frontal do edifício, encontra-se a cobertura com área composta por uma sala de uso misto e um deck descoberto com churrasqueira e cozinha para interação e reuniões de final de semana. Figura 74: Deck
Fonte: Google Maps – Acesso em 27 de outubro de 2020.
65
Há também um porão revestido de tijolos e pedras mantendo o estilo industrial. No porão os usuários tem acesso a área de descanso, sala de jogos, cozinha e área de confraternização. Figura 75: Porão
Fonte: Google Maps – Acesso em 27 de outubro de 2020.
Figura 76: Planta baixa pavimento inferior - subsolo
Fonte: ArchDaily. Disponível em: < https://www.archdaily.com.br/br/874682/sinergia-coworkpalermo-emilio-magnone-plus-marcos-guiponi> Acesso em 27 de outubro de 2020.
66
Figura 77: Planta baixa pavimento térreo
Fonte: ArchDaily. Disponível em: < https://www.archdaily.com.br/br/874682/sinergia-coworkpalermo-emilio-magnone-plus-marcos-guiponi> Acesso em 27 de outubro de 2020.
Figura 78: Planta baixa - primeiro pavimento
Fonte: ArchDaily. Disponível em: < https://www.archdaily.com.br/br/874682/sinergia-coworkpalermo-emilio-magnone-plus-marcos-guiponi> Acesso em 27 de outubro de 2020.
Figura 79: Planta baixa – segundo pavimento
Fonte: ArchDaily. Disponível em: < https://www.archdaily.com.br/br/874682/sinergia-coworkpalermo-emilio-magnone-plus-marcos-guiponi> Acesso em 27 de outubro de 2020.
67
Figura 80: Corte longitudinal
Fonte: ArchDaily. Disponível em: < https://www.archdaily.com.br/br/874682/sinergia-coworkpalermo-emilio-magnone-plus-marcos-guiponi> Acesso em 27 de outubro de 2020.
Figura 81: Corte transversal
Fonte: ArchDaily. Disponível em: < https://www.archdaily.com.br/br/874682/sinergia-coworkpalermo-emilio-magnone-plus-marcos-guiponi> Acesso em 27 de outubro de 2020.
Tabela 6: Análise SWOT - Sinergia Palermo Cowork ANÁLISE DE SWOT ASPECTOS POSITIVOS
ASPECTOS NEGATIVOS
Por se tratar de um prédio antigo e A fachada não ficou atrativa e não revitalizado, o espaço manteve a mostra de fato o que o prédio sua essência.
propõe.
ASPECTOS AMEAÇAS
ASPECTOS OPORTUNIDADES
O acesso ao primeiro e segundo O pavimento
são
pelas
prédio
conta
com
grandes
escadas espaços para eventos e área de
68
impossibilitando os portadores de convivências atrativas para diversos necessidades especiais.
públicos.
5. LOCAL DE INTERVENÇÃO 5.1.
Mogi das Cruzes
Mogi que tem o nome de origem tupi e significa “rio das cobras”, teve início como um povoado em 1560 servindo como um ponto de repouso aos Bandeirantes entre eles Brás Cubas. Gaspar Vaz Guedes foi responsável pela abertura da primeira estrada entre a capital e Mogi que depois foi elevado à “Vila de Sant’Ana de Mogi Mirim” fato que foi oficializado em 1º de setembro de 1611. Em 13 de março de 1865 foi elevada à cidade, e em 14 de abril de 1874 à comarca. Figura 82: Catedral de Sant’Ana
Fonte:
Diocese
de
Mogi.
Disponível
em:
<
http://www.diocesedemogi.org.br/paroquias_pagina.php?id=15> Acesso em 18 de setembro de 2020.
5.1.1. Geografia Altitude média: 780m Ponto mais alto: Pico do Urubu – 1160m
69
Cortado pela Serra do Mar e Serra do Itapety Divisas: Norte com Arujá, Santa Isabel e Guararema Sul com Santo André, Santos e Bertioga Leste com Suzano e Itaquaquecetuba Oeste com Biritiba – Mirim 5.1.2. Localização e acessos Localizado na região leste da Grande São Paulo no Alto Tietê Latitude: -23º31'23,7" sul. Longitude: -46º11'31,2" oeste. Altitude: 742 metros acima do nível do mar. A cidade tem fácil acesso as rodovias Rio Santos (SP-55) pela Mogi Bertioga (SP-88), Ayrton Senna (SP-70) e Presidente Dutra (BR-116), estando a 52 quilômetros da capital, 40 quilômetros do litoral norte e a 80 quilômetros do Vale do Paraíba. Também é servida de linhas de ônibus interestaduais e municipais, trens de transporte de passageiros da CPTM – Linha Coral e trens de cargas.
70
Figura 83: Acessos à Mogi das Cruzes
Fonte:
Web
Busca.
Disponível
em:
<
http://www.webbusca.com.br/pagam/mogi_cruzes/mogi_cruzes_mapas.asp> Acesso em 18 de setembro de 2020.
5.1.3. Áreas de Proteção Ambiental • Serra do Itapeti • Apa do Tietê • Área de Proteção aos Mananciais • Serra do Mar A cidade faz parte da sub-bacia Tietê Cabeceiras, pertencente a Bacia Hidrográfica do Alto Tietê. Além dessas áreas, Mogi é cortada pelo Rio Tietê e Rio Jundiaí e conta com as represas: Jundiaí, Taiaçupeba e Biritiba Mirim. 5.1.4. Clima Assim como em toda a Região Metropolitana de São Paulo, a cidade de Mogi das Cruzes conta com um clima subtropical, com verão pouco quente e 71
muito chuvoso e inverno subseco. A média de temperatura anual chega em torno dos 17ºC, tendo o mês de julho o mais frio com a média de 14.1ºC e o mês de fevereiro o mais quente com 20.8ºC. Ao longo do ano, a pluviosidade é bastante significativa, com o valor médio anual de 1582mm segundo a Climate-Data. Tabela 7: Temperaturas e precipitações Janeiro Fevereiro Março Abril Temperatura
Maio
Junho
16.1 14.7
Julho
Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro
14.1
15.1
16.1
17.4
18.6
19.6
20.6
20.8
20.1
18.1
16.4
16.5
15.7
13.5
11.1
9.5
8.8
9.8
11.2
12.8
14.2
15.3
24.9
25.1
24.5
22.8
21.2
20
19.4
20.4
21.1
22
23
24
239
225
190
88
72
54
43
55
92
163
152
209
média (°C) Temperatura mínima (°C) Temperatura máxima (°C) Chuva (mm)
Fonte: Climate-Data Disponível em: < https://pt.climate-data.org/america-do-sul/brasil/saopaulo/mogi-das-cruzes-4112/> Acesso em 19 de setembro de 2020.
5.1.5. Demografia Segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas, Mogi das Cruzes tem uma área territorial de 712,541 km² e uma população estimada de 450.785 pessoas com densidade demográfica de 544,12 hab/km². 5.1.6. Distritos ➢ Sede ➢ Jundiapeba ➢ Sabaúna ➢ Brás Cubas ➢ Taiaçupeba ➢ Quatinga ➢ Cézar de Souza ➢ Taboão ➢ Alto Parateí ➢ Biritiba Ussú ➢ Cocuera
72
O distrito no qual será implantado o Complexo de trabalho Compartilhado – Coworking será o Sede. 5.1.7. Distribuição de Energia A distribuição de energia elétrica é realizada pela concessionaria EDP São Paulo. 5.1.8. Rede de Abastecimento O fornecimento de água, coleta e tratamento de esgoto é efetuado pelo SEMAE – Serviço Municipal de Água e Esgoto. 5.2.
Bairro
O bairro onde será implantado o Complexo de trabalho Compartilhado – Coworking será a Vila Mogilar, muito próximo do centro, cresceu muito no decorrer dos anos e se valorizou. Nas proximidades do local, existem variadas instituições de ensino como a UMC, Universidade Braz Cubas e a Universidade de Mogi das Cruzes, fica próximo também ao ginásio municipal e estabelecimentos da rede pública de administração e saúde, a Avenida Francisco Rodrigues Filho o terminal rodoviário Geraldo Escavone e o Terminal Estudantes, da Companhia de Trens Metropolitanos de São Paulo. Há também, os edifícios residenciais, que constituem condomínios verticais e horizontais, e também comércios de pequeno e grande porte em segmentos diferenciados, rede de fastfood, um depósito de materiais de construção, escolas, um Open Mall e o Mogi Shopping.
73
Figura 84: Nova Mogilar
Fonte: Google Earth. Acesso em 20 de setembro de 2020. (Elab. Pelo autor).
A valorização da área e ótima localização, fez o mercado imobiliário ferver e o surgimento de novos condomínios. As informações apresentadas, com relação à ocupação do entorno, demonstram que o lote se localiza em uma área bastante privilegiada pelo fácil acesso, pela proximidade com os meios de transporte públicos, comércios e serviços, se tornando uma excelente opção para o projeto do Complexo de trabalho Compartilhado – Coworking. 5.3.
Terreno
O terreno escolhido para a implantação do Complexo de trabalho Compartilhado – Coworking está localizado na Avenida Yoshiteru Onishi esquina com a Rua Antenor Leite da Cunha. Contendo 7.000m², o terreno é retangular, plano e vazio.
74
Figura 85: Dimensões do terreno
Fonte: Google Earth. Acesso em 20 de setembro de 2020. (Elab. Pelo autor).
5.3.1. Imagens do local O levantamento de imagens visa a busca pelo entendimento do local e a coleta de informações necessárias para a elaboração do projeto, analisando o terreno, entorno, vegetações, iluminação, etc. 5.3.2. Uso e ocupação do solo Com o mapa de uso e ocupação do solo pode-se notar que o entorno do terreno é composto por diversas formas de uso como: comércio, prédios institucionais, mistos e residenciais.
75
Figura 86: Uso e ocupação do solo
Fonte: Google Earth. Acesso em 21 de setembro de 2020. (Elab. Pelo autor).
5.3.3. Gabarito de altura Por ser uma área que veio se valorizando com o passar dos anos, o entorno do terreno é composto por variados gabaritos de altura. As edificações de até 2 pavimentos estão na região oeste onde se encontram comércios e serviços. Na região central da área, estão as edificações de 3 a 5 pavimentos. E na área leste, estão as edificações acima de 6 pavimentos e tratam-se de condomínios residenciais.
76
Figura 87: Gabarito de altura
Fonte: Google Earth. Acesso em 21 de setembro de 2020. (Elab. Pelo autor).
5.3.4. Cheios e vazios Na análise de cheios e vazios observa-se a existência de áreas sem edificações que já foram usadas muitas vezes para eventos, como por exemplo na região sudoeste da área de intervenção, onde eram organizados exposições e eventos circenses. Nas áreas residenciais e institucionais, as áreas livres são maiores pela necessidade de permeabilidade e espaços livres.
77
Figura 88: Cheios e vazios
Fonte: Google Earth. Acesso em 22 de setembro de 2020. (Elab. Pelo autor).
5.3.5. Sistema viário O terreno está localizado ao redor de importantes vias da cidade. Descritas como vias arteriais, a Av. Francisco Rodrigues Filho faz a ligação ao início da rodovia que liga Mogi das Cruzes a Guararema, e a Av. Yoshiteru Onishi e Av. Pref. Carlos F. Lopes fazem a distribuição dos veículos que saem da via perimetral. A R. Antônio de almeida, via coletora, tem grande importância pois faz conexão ao barro do rodeio. Além dessas vias importantes próximas a área, o local conta com a Estação de Trem da CPTM (Linha Coral 11), Terminal Rodoviário e Terminal de Ônibus Municipal e Intermunicipal, todos com fácil acesso de pedestres ao terreno.
78
Figura 89: Sistema Viário
Fonte: Google Earth. Acesso em 22 de setembro de 2020. (Elab. Pelo autor).
5.3.6. Condicionantes físicas O terreno deve ter um recuo de 30 metros por conta do clima úmido e por estar próximo do Córrego Lavapés. A topografia do terreno é plana e tem insolação diária em todas as suas extremidades, além disso, a vegetação existente diminui a intensidade de calor que o edifício pode vir a possuir. Os ventos predominantes vêm do Sudeste, favorecendo a ventilação.
79
Figura 90: Condicionantes físicas
Fonte: Google Earth. Acesso em 22 de setembro de 2020. (Elab. Pelo autor).
5.4.
Condicionantes legais
De acordo com o zoneamento da cidade previsto na Lei 7.200/16 – Lei de Ordenamento do Uso e Ocupação do Solo no Município de Mogi das Cruzes, a área do projeto está situada na Zona de Dinamização Urbana – ZDU. A zona orienta os usos e as atividades constituindo em áreas urbanas que apresentam e/ou nas quais se pretenda induzir uma diversidade de atividades conforme a categoria funcional e capacidade fluxo de via. A zona de Dinamização Urbana é fracionada em três partes, sendo que o terreno pertence a ZDU 1, caracterizada como área de desenvolvimento econômico onde preferencialmente devem ser instaladas as atividades industriais compatíveis com as zonas urbanas do entorno observando as regras e condições determinadas pela legislação estadual vigente e atividades de comércio atacadista e varejista podendo absorver comércios e serviços admitindo o uso residencial.
80
Figura 91: Zoneamento do terreno
Fonte: PMMC. Disponível em < http://www.mogidascruzes.sp.gov.br/pagina/secretaria-deplanejamento-e-urbanismo/legislacao-de-ordenamento-do-uso-e-ocupacao-do-solo-louos> Acesso em 25 de setembro de 2020.
Abaixo estão os índices urbanísticos estabelecidos pela Zona de Dinamização Urbana – ZDU1 para o terreno de 7.000,00²: o Taxa de Ocupação (TO) 60% - 4.200m² o Coeficiente de Aproveitamento Básico (Cab) 2,5 – 17.500m² o Coeficiente de Aproveitamento Máximo (Cam) 3 – 21.000m² o Taxa de Permeabilidade Mínima (TP) 20% - 1.400m² o Recuo Frontal – 5m o Recuo Lateral – 2m o Recuo Fundo – 2m 6. ESQUEMAS ESTRUTURANTES 6.1.
Programa de Necessidades
81
SOCIAL AMBIENT E
AGENCIAMENTO Recepcionar os Lobby usuários Atendimento ao Recepção público
EQUIPAMENTO Sofás, mesas, puff Balcão, cadeiras, armários
QUAN ÁREA min T (m²
ÁREA TOTAL
1
81
81
1
20
20
TOTAL
101
COWORKING
AMBIENTE mesas compartilh adas mesas dedicadas
AGENCIAMENTO
EQUIPAMENTOS
local de trabalho sem divisão física
mesas, cadeiras, poltronas
área com estações individuais de trabalho áreas individuais destinadas a pessoas que necessitam de foco.
cubículos sala de reunião reuniões corporativo espaço para pequenas empresas administra Espaço administrativo do ção coworking descompre Espaço para espairecer, tomar ssão café, água contabilida de Espaço financeiro do coworking Descompre Espaço para espairecer, tomar ssão café, água W.C Necessidades pessoais dos Feminino usuários W.C Masculino
Necessidades pessoais dos usuários TOTAL
mesas e cadeiras
ÁREA QUA min NT (m² 50 estaç ões 400 30 estaç ões 90
ÁREA TOTAL
400
90
mesas e cadeiras
10
3
30
mesa, cadeiras mesas, cadeiras mesas, cadeiras e armários mesas ilha, cadeiras altas, pia, maq. Café mesas, cadeiras e armários mesas ilha, cadeiras altas, pia, maq. Café Boxes sanitários e lavatórios Boxes sanitários, mictórios e lavatórios
5 8
12 9
85 72
1
15
15
1
60
60
1
15
15
1
26
26
2
14
28
2
14
28 849
82
MULTIUSO
AMBIENTE sala de serralheria sala de marcenaria sala de elétrica estúdio de musica estúdio de música individ. salão multiuso sala de artes e maquete
refeitório W.C Feminino W.C Masculino
AGENCIAMENTO elaboração de mobiliários metálicos elaboração de mobiliários em madeira elaboração de luminárias e circuitos elétricos área para ensaio de bandas com isolamento acústico
EQUIPAMENTO bancadas, cadeiras, armários, prateleiras bancadas, cadeiras, armários, prateleiras bancadas, cadeiras, armários, prateleiras cadeiras e espaços livres
área para ensaio individual área para workshops e palestras área para elaboração de maquetes
cadeiras e espaço livre espaço com layout multifuncional bancadas, cadeiras, armários, prateleiras balcão, mesa, cadeiras, maq. de snacks Boxes sanitários e lavatórios Boxes sanitários, mictórios e lavatórios
refeitório Necessidades pessoais dos usuários Necessidades pessoais dos usuários TOTAL
QU ÁREA AN min T (m²
ÁREA TOTAL
1
40
40
1
40
40
1
40
40
2
15
30
4
5
20
1
40
40
1
40
40
1
81
81
2
14
28
2
14
28 387
APOIO GERAL
AMBIENTE ilha de impressão armários
AGENCIAMENTO área de impressoras para os usuários guarda volume para usuários
EQUIPAMENTO bancadas, impressoras, plotter armário com chaves TOTAL
QU ÁREA AN min T (m²
ÁREA TOTAL
1
21
21
1
6
6 27
83
SERVIÇOS
AMBIENTE copa descanso funcionários carga e descarga depósito lixo temporário vestiário feminino DML vestiário masculino
Estacioname nto usuários Estacioname nto serviços
6.2.
AGENCIAMENTO área de alimentação dos funcionários área de descompressão funcionários área para recebimento de materiais diversos área para guardar materiais diversos
EQUIPAMENTO micro-ondas, geladeira, mesas, balcão, pia, cadeiras
descarte necessidades pessoais dos funcionários Guarda de materiais de limpeza
QU ÁREA AN min T (m²
ÁREA TOTAL
1
20
20
sofás, puffs, poltronas
1
20
20
05 vagas
1
66
66
armários, prateleiras
1
30
30
caçamba de lixo chuveiros, boxes sanit, lavatórios, armários
1
5
5
1
28
28
armários, prateleiras chuveiros, boxes sanit, necessidades pessoais mictórios, lavatórios, dos funcionários armários TOTAL
1
5
5
1
28
28 202
55
560
5
66 626
ESTACIONAMENTO estacionamento rotativo áreas para carga e descarga TOTAL
Perfil do cliente
Através de dados obtidos de sites que tem autoridade no assunto, o perfil dos usuários de Coworking no Brasil são: 6.2.1. Sexo De acordo com o Senso do Site Coworking Brasil de 2017, o público masculino ocupava dois terços dos espaços, enquanto o feminino utilizava um terço. Mas esses números mudaram e no Censo Brasil de 2018, os números são: ▪
49% mulheres
▪
50% homens 84
▪
1% outros Os valores mostram que houve um equilibro entre os usuários do sexo
masculino e feminino. 6.2.2. Idade A idade média dos usuários é de 33 anos sendo que a idade mínima é de 18 anos e a máxima de 60 anos. Nota-se uma grande diversidade na faixa etária. (Censo Coworking Brasil 2018). 6.2.3. Área de atuação As áreas de atuação que mais utilizam os espaços são da área de administração e serviços, artes e design e comunicação e informação. (Censo Coworking Brasil 2018). 6.2.4. Perfil da equipe de Coworking Recepção – Recebe as correspondências e as ligações do escritório, assim como direciona as ligações às pessoas solicitadas. Quando houver reunião, o/a profissional será responsável pelo direcionamento dos convidados à sala. Copeira – Disponibiliza água e café aos clientes nas salas de reuniões. Auxiliar de serviços gerais – profissional que executará a limpeza do espaço, fator importante em um local de trabalho, pois gera bem-estar aos usuários. Profissional de marketing – Elabora toda a divulgação do espaço através dos meios de comunicação. Contabilidade – Administração financeira do espaço. Motoboy – Profissional à disposição para entrega de documentos. Esse formato depende muito do tamanho do espaço de Coworking pois existem espaços onde os proprietários executam essas funções. 6.3.
Conceito
O Projeto arquitetônico do complexo de trabalho compartilhado – Coworking proposto para a região de Mogi das Cruzes tem como conceito a integração entre as pessoas em um ambiente de trabalho, aprendizado e 85
convivência, tendo como base o conceito industrial oferecendo maior amplitude e flexibilidade para os espaços, além de valorizar a sustentabilidade e interação dos ambientes. 6.4.
Partido
Será aplicado o design industrial com lajes e revestimentos aparentes, elementos de aço e mobiliários modernos e cores que auxiliam no conforto e criatividade dos usuários. Além disso, serão utilizadas grandes janelas de vidro para dar maior visibilidade para o exterior e favorecer a iluminação natural. Outras formas de sustentabilidade também serão inseridas ao projeto como o reservatório para coleta de água de chuva e também elementos naturais com a utilização de jardim vertical oferecendo conforto térmico. Imagem 92: Escritório com design industrial
Fonte: Pinterest < https://br.pinterest.com/pin/490329478179447364/> Acesso em 28 de outubro de 2020.
6.5.
Organograma
86
Figura 93: Organograma
Fonte: Org. pelo autor
6.6.
Fluxograma Imagem 94: Fluxograma
87
Fonte: Org. pelo autor
6.7.
Agenciamento Figura 95: Agenciamento
Fonte: Org. pelo autor
6.8.
Setorização Figura 96: Setorização Pavimento térreo 88
Fonte: Org. pelo autor
figura 97: Setorização Pavimento superior
Fonte: Org. pelo autor
6.9.
Volumetria
Figura 96: Estudo de volumetria 1
89
Fonte: Org. pelo Autor
Figura 98: Estudo de volumetria 2
Fonte: Org. pelo Autor
6.10. Croquis Figura 99: Croqui pavimento tĂŠrreo
90
Fonte: Org. pelo autor
Figura 100: Croqui pavimento superior
91
Fonte: Org. pelo autor
92
CONSIDERAÇÕES FINAIS O presente trabalho traz um assunto que cresceu em conjunto com os avanços tecnológicos e ainda tem muito a evoluir, muito disso, por conta dos atuais acontecimentos no Mundo que deixaram evidentes outras maneiras de convivência e trabalho. Através das pesquisas bibliográficas e os estudos de caso, foi possível compreender a forma como o ambiente de Coworking funciona e o que é preciso para fornecer ao usuário um ambiente que supere suas necessidades e contribua com sua qualidade de vida.
93
7. 7.1.
Projeto Implantação
94
7.2.
Planta Baixa pavimento TĂŠrreo
95
7.3.
Planta Baixa Pavimento Superior
96
REFERÊNCIAS GONÇALVES, CARLOS; QUARESMA, JOSÉ GABRIEL. Out off the office: TRABALHAR NUNCA FOI TÃO FÁCIL. 1 ed. [S.L.]: VIDA ECONÔMICA, 2013. BAUMAN, JAMES F.; DUFFY, ANN M. Engaged reading for pleasure and learning. [S.L.: s.n.], 1997. JESKA, SIMONE. Atlas de edifícios de oficinas. [S.L.: s.n.], 2005. 13-18 p. CALDEIRA, Vasco. Artigo. aU – Arquitetura e Urbanismo. São Paulo, edição 133,
abr.
2005.
Disponível
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<
http://au17.pini.com.br/arquitetura-
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Coworking
Loja
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https://www.archdaily.com.br/br/772839/coworking-loja-1>
em:
Acesso
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setembro de 2020 ESTUDIO CAPANEMA. Estúdio Capanema – Jardins – SP. Disponível em: http://www.estudiocapanema.com.br/ Acesso 14 de setembro de 2020. ARCHDAILY.
Second
Home
Coworking.
Disponível
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<https://www.archdaily.com.br/br/770151/escritorio-second-homelondresselgascano?ad_medium=gallery> Acesso em 16 de setembro de 2020. PREFEITURA MUNICIPAL DE MOGI DAS CRUZES. Ordenamento do uso e ocupação
do
solo.
Disponível
em
<
http://www.mogidascruzes.sp.gov.br/pagina/secretaria-de-planejamento-eurbanismo/legislacao-de-ordenamento-do-uso-e-ocupacao-do-solo-louos> Acesso em 25 de setembro de 2020. NORMA
BRASILEIRA
ABNT
9050.
Manual.
Disponível
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BRASILEIRA
ABNT
9077.
Manual.
Disponível
em:<http://www.cnmp.mp.br/portal/images/comissoes/direitosfundamentais/ace ssibilidad
97
e/nbr_9077_sa%c3%addas_de_emerg%c3%aancia_em_edif%c3%adcios2001. pdf>. Acesso em 26 de setembro de 2020. PREFEITURA DE MOGI DAS CRUZES. Código de obras e edificações. Disponível em:<http://www.mogidascruzes.sp.gov.br/public/site/doc/201706011346245930 1ab0ed381.pdf>. Acesso em 27 de setembro de 2020. STATISTA. Number of coworking spaces worldwide. Disponível em: < https://www.statista.com/statistics/554273/number-of-coworking-spacesworldwide/> Acesso em 28 de setembro de 2020. COWORKING
BRASIL.
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https://coworkingbrasil.org/censo/2019/#distribuicao>
Disponível Acesso
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<
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setembro de 2020. ÉPOCA NEGÓCIOS. Home Office. 23 Mar 2020 - 17h14 Atualizado em 23 Mar 2020 - 17h14 - Acesso 29 de setembro de 2020 ECONOMIA COLABORATIVA. (SBCOACHING, 2019). - Acesso 27 de setembro de 2020 COWORKING
BRASIL.
A
história
do
Coworking.
Disponível
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https://coworkingbrasil.org/historia/> Acesso em 28 de setembro de 2020 MARELLI.
Neuroarquitetura
Disponível
em:
https://blog.marelli.com.br/pt/neuroarquitetura-como-os-ambientes-impactamno-cerebro/ - 02 de outubro de 2020.
98