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ESTOICISMO – A VIDA VIRTUOSA

ÁREA: Filosofi a AUTORES: Paulo Henrique Jeronimo de Sousa, Francisco Diego Morais Fontenele, Francisco Rogélio dos Santos e Renato Almeida de Oliveira.

1 OBJETIVO GERAL

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Refl etir sobre a vida virtuosa no pensamento dos estóicos.

2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Caracterizar a virtude no pensamento dos estóicos.

3 METODOLOGIA

Aula expositiva sobre o pensamento dos estóicos seguida de debate sobre a vida virtuosa.

4 INTRODUÇÃO

Para os estóicos, a fi losofi a compreende necessariamente um aspecto moral, no qual deve haver uma acomodação da vontade humana à ordem divina. No centro desta teoria reside o conceito de virtude, que aparece como único bem, oposto ao único mal (vício).

Observemos os seguintes exemplos e avaliemos se as ações em questão foram virtuosas ou não:

Dinheiro achado é devolvido por dois guardas

Dois guardas municipais de Macaé encontraram uma bolsa com uma quantia de R$ 70 mil na Câmara Municipal de Vereadores. O valor estava em notas de dólares dentro de uma mochila, junto ainda havia cartões com as senhas anotadas e documentos pessoais. Toda a quantia pertencia a um empresário do setor de turismo, que foi localizado pela dupla.

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Durante essa semana a notícia foi a mais comentada na cidade. E muita gente não acreditou no fato até que na sessão do Legislativo desta quinta-feira (7), os vereadores falaram que entregarão uma Moção de Aplausos aos dois guardas. E lembraram o caso que aconteceu no último dia 31, após uma sessão na Câmara de Vereadores. “É preciso reconhecer atitudes como esta. E, por se tratar de servidores, cabe a nós vereadores tornarmos esse reconhecimento público”, frisou o vereador Julinho do Aeroporto.

A identidade do dono da mochila não foi divulgada à imprensa. Os guardas Geovani de Souza Pereira e Paulo César trabalham na Câmara Municipal de Macaé e conseguiram localizar o dono da bolsa, mas não foram gratifi cados pela a ação. Mesmo assim, os guardas vão receber moções e também títulos de cidadãos macaenses na Câmara Municipal. Geovani disse que em nenhum momento pensou em fi car com a quantia. “Temos que criar nossos fi lhos com bons exemplos. E é fundamental fazer o que é certo”, garantiu o guarda.

Fonte: http://www.fmanha.com.br/regioes/guardas-encontram-r-70-milna-camara-e-devolvem. acessado em 02 de dezembro de 2013

Ladrão amarra casal de idosos durante assalto em Marília

Vítimas foram surpreendidas por homem armado dentro da casa.

Polícia procura pelo suspeito e objetos levados não foram divulgados.

Um casal de idosos foi amarrado na própria residência por um assaltante na manhã desta quarta-feira (27), em Marília (SP). De acordo com a polícia, o ladrão estava armado com um revólver e uma faca. Ele revirou a casa atrás de objetos de valor.

Pouco depois o neto das vítimas chegou até o imóvel e, ainda do lado de fora, percebeu que os avós estavam amarrados e acionou a polícia. O suspeito já havia deixado o local. Até a tarde ele não tinha

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sido localizado. Os objetos roubados não foram divulgados. O casal não fi cou ferido. Fonte: http://g1 globo.com/sp/bauru-marilia/noticia/2013/11/ladraoamarra-casal-de-idosos-durante-assalto-em-marilia.html. acessado em 02 de dezembro de 2013

Projeto ajuda crianças de rua em São Bernardo

De acordo com o artigo 70 do Estatuto da Criança e do Adolescente “é dever de todos prevenir a ocorrência de ameaça ou violação dos direitos da criança e adolescente”. Nesta missão, todos estão incluídos: Governo e sociedade.

Esta ação preventiva e de combate à violência infantil, no entanto, é feita, na maioria dos casos, por Organizações não-governamentais. Em São Bernardo do Campo, a ONG Projeto Meninos e Meninas de Rua existe desde 1983 para atender crianças e adolescentes que vivem “em situação de rua”, como gosta de observar a coordenadora do projeto em São Bernardo, Cidinéia Bueno Mariano.

O projeto surgiu para denunciar um grupo de extermínio de crianças que havia no centro da cidade. Na época, uma equipe de pessoas vinculadas à Pastoral do Menor, que reunia as igrejas Católica, Metodista e Presbiteriana Independente, resolveu ir às ruas para atender e proteger os meninos e meninas executados por matadores, contratados por comerciantes da região para intimidar adolescentes que praticavam pequenos roubos.

Em 1986, foi criado o Restaurante Comunitário, que oferecia refeições aos jovens, a horta comunitária e diversas outras atividades. Em 1990, a ONG lutou e ajudou a escrever o texto do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). [...]

Th iago Varella Fonte: http://www.metodista.br/cidadania/numero-21/projeto-ajudacriancas-de-rua-em-sao-bernardo. acessado em 02 de dezembro de 2013

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Um em cada 5 alunos de SP admite ter praticado violência, diz estudo

Pesquisa foi feita com professores, pais e alunos da rede estadual paulista. Para 57% dos pais, ‘tapas de vez em quando são necessários’.

Uma pesquisa divulgada nesta quinta-feira (28) mostra que 19% dos alunos da rede pública estadual de São Paulo (mais de um em cada cinco estudantes dos ensinos fundamental e médio) admitiu ter praticado algum ato de violência dentro da escola. No questionário, 57% dos pais de alunos afi rmaram que, na hora de educar seus fi lhos, “uns tapas de vez em quando são necessários”.

Realizada pelo Instituto Data Popular, em parceria com o Sindicato dos Professores do Ensino Ofi cial do Estado de São Paulo (Apeoesp), a pesquisa “Percepção dos professores, alunos e pais sobre a violência nas escolas estaduais de São Paulo” ouviu 1 400 professores entre janeiro e março deste ano e 700 alunos e 700 pais de alunos entre outubro e novembro, com o objetivo de traçar um perfi l sobre os casos de violência escolar.

A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo informa que “a pesquisa citada ouviu somente 0,6% dos 230 mil professores atuantes nas escolas estaduais e que os números não refl etem a realidade da rede estadual paulista. A ação permanente da Pasta é para o envolvimento da comunidade escolar na prevenção de um problema social complexo como a violência. Todas as medidas que competem à educação são realizadas de forma constante”. Ainda de acordo com a Secretaria, quase 3 mil professores-mediadores atuam para identifi car vulnerabilidades e traçar ações preventivas.

Entre os alunos entrevistados, 15% deles disseram que já cometeram alguma agressão verbal dentro da escola, e 10% admitiram terem praticado alguma agressão física. As outras formas de violência admitidas pelos estudantes foram discriminação (2%), bullying (1%) e violência sexual (1%). De acordo com a pesquisa, 80% dos alunos disseram que nunca praticaram violência escolar, e 1% dos entrevistados não respondeu à pergunta.

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Do total de pais de alunos que participaram da entrevista, 10% e 5% relataram que seus fi lhos foram autores de agressão verbal e física na escola, respectivamente.

Ao serem perguntados sobre os métodos de educação em casa, 82% concordaram em parte que a violência fora da escola infl uencia a violência dentro dela. Além disso, 57% deles admitiram que, na hora de educar seus fi lhos, “uns tapas de vez em quando são necessários”, e 6% deles disseram que “tem criança que só aprende apanhando”. Segundo a pesquisa, 30% dos pais afi rmaram que bater em crianças é errado em qualquer situação.

A falta de educação, respeito e valores foi apontada como motivo do problema por 74% dos professores ouvidos pelo Data Popular, mas cerca de metade dos docentes atribui a origem da violência à educação praticada em casa (49%) e a problemas familiares ou à postura dos pais (47%). Já os pais apontam como principais fatores as drogas e álcool (49%), confl itos entre alunos (42%), educação em casa (38%) e falta de policiamento (30%). Os alunos também apontam estes quatro fatores, sendo o confl ito de estudantes o principal deles. Fonte: http://g1 globo.com/educacao/noticia/2013/11/um-em-cada-5alunos-de-sp-admite-ter-praticado-violencia-diz-estudo.html. acessado em 02 de dezembro de 2013

5 PROBLEMATIZAÇÃO

O estoicismo propõe viver virtuosamente, que é viver de acordo com a lei racional da natureza e na busca da felicidade. Dos exemplos acima, quais podemos considerar virtuosos? Por quê? Você se considera uma pessoa virtuosa?

6 CONTEÚDO

Vejamos o que Abbagnano diz sobre o tema:

O ESTOICISMO – a vida virtuosa

Das três grandes escolas pós-aristotélicas, a estoica foi de longe, do ponto de vista histórico, a mais importante.

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O fundador da escola foi Zenão, em Chipre, de quem se conhece com verosimilhança o ano do nascimento, 336-35 a.C., e o ano da morte, 264-63 Chegado a Atenas com os seus vinte e dois anos, entusiasmou-se, através da leitura dos escritos socráticos (os Memoráveis de Xenofonte e a Apologia de Platão), pela fi gura de Sócrates e julgou ter encontrado um Sócrates redivivo no cínico Cratete, de quem se fez discípulo. Seguidamente foi também discípulo de Estilpon e de Teodoro Crono. Por volta do ano 300 a.C., fundou a sua escola no Pórtico Pintado (Stoà poikíle), pelo que os seus discípulos se chamaram Estoicos. Dos seus numerosos escritos (República, Sobre a Vida segundo a Natureza, Sobre a Natureza do Homem, Sobre as Paixões, etc.) restam-nos apenas fragmentos. Os seus primeiros discípulos foram Ariston de Quios, Erilo de Cartago, Perseu de Citium e Cleanto de Assos, na Tróade, que lhe sucedeu na direcção da escola. [...]

A produção literária de todos estes fi lósofos, que deve ter sido imensa, perdeu-se e dela só nos restam fragmentos. Estes nem sempre são referidos a um autor singular, mas amiúde aos Estoicos em geral, de modo que se torna muito difícil distinguir, na massa das notícias que nos chegaram, a parte que corresponde a cada um dos representantes do Estoicismo. Por isso se deve expor a doutrina estoica no seu conjunto, mencionando, quando possível, as diferenças ou as divergências entre os vários autores.

CARACTERÍSTICAS DA FILOSOFIA ESTOICA

A fi losofi a é exercício de virtude, mas por meio da própria virtude, já que não pode haver virtude sem exercício, nem exercício de virtude sem virtude.

O conceito da fi losofi a vinha assim a coincidir com o da virtude. O seu fi m é alcançar sabedoria que é a “ciência das coisas humanas e divinas”; mas a única arte para alcançar a sabedoria é precisamente o exercício da virtude. Ora as virtudes mais gerais são três: a natural, a moral e a racional.

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[...]

A ÉTICA ESTOICA

Deus confi ou a realização e a conservação da ordem perfeita do cosmos no mundo animal a duas forças igualmente infalíveis: o instinto e a razão. O instinto (hormé) guia infalivelmente o animal na conservação, na alimentação, na reprodução e em geral a tomar cuidado consigo para os fi ns da sua sobrevivência. A razão é, por outro lado, a força infalível que garante o acordo do homem consigo próprio e com a natureza em geral.

A Ética dos Estoicos é, substancialmente, uma teoria do uso prático da razão, isto é, do uso da razão com o fi m de estabelecer o acordo entre a natureza e o homem. Zenão afi rmava que o fi m do homem é o acordo consigo próprio, isto é, o viver “segundo uma razão única e harmónica”. Ao acordo consigo próprio, Cleanto acrescentou o acordo com a natureza e por isso defi ne o fi m do homem como “a vida conforme a natureza”. E Crisipo exprimo a mesma coisa dizendo: “viver conforme com a experiência dos acontecimentos naturais”. Mas parece que já Zenão tinha adoptado a fórmula do “viver segundo a natureza”. E indubitavelmente esta é a máxima fundamental da doutrina estoica.

Por natureza, Cleanto entendia a natureza universal, Crisipo não só a natureza universal mas também a humana que é parte da natureza universal. Para todos os Estoicos, a natureza é a ordem racional, perfeita e necessária que é o destino ou o próprio Deus. Por isso Cleanto orava assim: “Conduz-me, ó Zeus, e tu, Destino, aonde por vós sou destinado e vos servirei sem hesitação: porque ainda que eu não quisesse, vos deveria seguir igualmente como estulto”. Ora a ação que se apresenta conforme com a ordem racional é o dever (kathêkon): a ética estoica é, pois, fundamentalmente uma ética do dever e a noção do dever, como conformidade ou conveniência da ação humana com a ordem racional, torna-se, pela primeira vez, nos Estoicos, a noção fundamental da Ética. Efectivamente, nem a Ética platónica nem a Ética aristotélica fazem referência à ordem racional do todo, assumindo como seu fundamento, para a primeira, a noção

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de justiça, para a segunda, a de felicidade. A noção de dever não surgia no seu âmbito e nelas dominava a noção de virtude como caminho para realizar a justiça ou felicidade.

“Os Estoicos chamam dever àquilo cuja escolha pode ser racionalmente justifi cada. Das ações realizadas pelo instinto algumas são próprias do dever. Outras nem próprias do dever nem contrárias ao dever. Próprias do dever são aquelas que a razão aconselha efetuar, como honrar os pais, os irmãos, a pátria e viver em harmonia com os amigos. Contra o dever são aquelas que a razão aconselha a não fazer... Nem próprias do dever nem contrárias ao dever são aquelas que a razão nem aconselha nem condena, como levantar uma palha, pegar numa pena, etc.”. Como nos refere Cícero, os Estoicos distinguiam o dever reto, que é perfeito e absoluto e não pode encontrar-se em mais ninguém a não ser no sábio, e os deveres “intermédios” que são comuns a todos e muitas vezes só são realizados com a ajuda da boa índole e de uma certa instrução. Esta prevalência da noção do dever levou os Estoicos a uma doutrina típica da sua Ética: a justifi cação do suicídio. Efetivamente, quando as condições contrárias ao cumprimento do dever prevalecem sobre as favoráveis, o sábio tem o dever de abandonar a vida mesmo se está no cume da felicidade. Sabemos que muitos mestres do Stoa seguiram este preceito que é, na realidade, a consequência da sua noção do dever.

Todavia, o dever não é o bem. O bem começa a existir quando a escolha aconselhada pelo dever vem repetida e consolidada, mantendo sempre a sua conformidade com a natureza, até tornarse no homem uma disposição uniforme e constante, isto é, uma virtude. A virtude é, efetivamente, o único bem. Mas só é própria do sábio, isto é, daquele que é capaz do dever reto e se identifi ca com a própria sabedoria porque esta não é possível sem o conhecimento da ordem cósmica à qual o sábio se adequa. A virtude pode ter nomes diferentes segundo os domínios a que é referida (a sabedoria incide sobre os objetivos do homem, a temperança sobre os impulsos, a fortaleza sobre os obstáculos, a justiça sobre a distribuição dos bens).

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Mas, na realidade, existe uma só virtude e só a possui integralmente aquele que sabe entender e compreender e cumprir o dever, isto é, só o sábio.

Entre a virtude e o vício não há, portanto, meio termo. Como um pedaço de madeira ou é direito ou curvo sem possibilidade intermédia, assim o homem é justo ou é injusto e não pode ser justo ou injusto só parcialmente. De facto, aquele que tem a reta razão, isto é, o sábio, faz tudo bem e virtuosamente, enquanto quem é privado da reta razão, o estulto, faz tudo mal e de maneira viciosa. É pois que o contrário da razão é a loucura, o homem que não é sábio é louco. Pode-se certamente progredir para a sabedoria. Mas como quem está submerso pela água, ainda que esteja pouco abaixo da superfície, não pode respirar como se estivesse nas águas profundas, assim aquele que avançou para a virtude, mas não é virtuoso, não está menos na miséria do que aquele que está mais longe dela. Fonte: ABAGNANO, N. História da fi losofi a. Volume III. Trad. bras. Armando da Silva Carvalho. Lisboa: Editorial Presença, 1969, p. 36

7 SUGESTÃO DE MÚSICAS E FILMES

Música:

Balada do Louco

Intérprete: Os Mutantes

Composição: Arnaldo Baptista e Rita Lee

Álbum: Mutantes e Seus Cometas no País dos Baurets (1972)

Gravadora: PolyGram

Vídeo:

Epicuro e a Felicidade (Legendado) – Filosofi a: um guia para a felicidade.

Postado por Videoteca do Estudante Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=ah4z0BaYtaU&hd=1 acessado em 02 de dezembro de 2013

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Filme: À procura da felicidade Título Original: Th e Pursuit of Happyness. Ano de Lançamento: 1006 Gênero: Drama. País de origem: Estados Unidos. Duração: 117 minutos. Direção: Gabriele Muccino. Estúdio/Distribuição: Columbia Pictures.

8 ATIVIDADE

Será realizada uma atividade de debate a partir de exemplos relatados sobre o que é uma vida virtuosa. Os alunos deverão participar do debate emitindo suas opiniões.

Em seguida cada um escreverá num papel o que considera uma vida virtuosa.

9 AVALIAÇÃO

Os alunos serão avaliados com base na sua participação no debate em sala e na produção escrita sobre vida virtuosa.

10 REFERÊNCIAS ABAGNANO, N. História da fi losofi a. Volume III. Trad. bras. Armando da Silva Carvalho. Lisboa: Editorial Presença, 1969, p. 36. Fonte: ESPAÇO CIDADANIA. Projeto ajuda crianças de rua em São Bernardo. Disponível em: <http://www.metodista.br/cidadania/ numero-21/projeto-ajuda-criancas-de-rua-em-sao-bernardo>. acessado em 02 de dezembro de 2013. FOLHA DA MANHÃ. Dinheiro achado é devolvido por dois guardas. Disponível em: <http://www.fmanha.com.br/regioes/

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dinheiro-achado-e-devolvido-por-dois-guardas>. acessado em 02 de dezembro de 2013. GLOBO. Ladrão amarra casal de idosos durante assalto em Marília. Disponível em:<http://g1 globo.com/sp/bauru-marilia/ noticia/2013/11/ladrao-amarra-casal-de-idosos-durante-assaltoem-marilia.html>. acessado em 02 de dezembro de 2013. ________. Um em cada 5 alunos de SP admite ter praticado violência, diz estudo. Disponível em:<http://g1 globo.com/educacao/ noticia/2013/11/um-em-cada-5-alunos-de-sp-admite-terpraticadoviolencia-diz-estudo.html>. acessado em 02 de dezembro de 2013.

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