O Espírito de Profecia e a Política Entrevista com Ellen G. White Preparei este estudo em forma de entrevista, com perguntas e respostas. Nele, faço algumas perguntas sobre o assunto da política e respondo através dos escritos de Ellen G. White. Espero que este estudo possa te ajudar, neste período de preparação e onde devemos ser um povo esclarecido e certo do seu dever perante Deus e de uma sociedade que carece de ver bom exemplos morais e espirituais. 1. Srª White, é verdade que os obreiros (pastores, professores, médicos, etc) que recebem do dízimo não podem participar da vida política? Os mestres, na igreja ou na escola, que se distinguem por seu zelo na política, devem ser destituídos sem demora de seu trabalho e suas responsabilidades; pois o Senhor não cooperará com eles. O dízimo não deve ser empregado para pagar ninguém para discursar sobre questões políticas. Todo mestre, pastor ou dirigente em nossas fileiras, que é agitado pelo desejo de ventilar suas opiniões sobre questões políticas, deve-se converter pela crença na verdade, ou renunciar à sua obra. Sua influência deve ser a de um coobreiro de Deus no conquistar almas para Cristo, ou devem ser-lhe cassadas as credenciais. Se ele não muda, há de ser nocivo, apenas nocivo. (Fundamentos da Educação Cristã, p. 477). 2. Srª White, pelo que entendi então, os nossos obreiros não podem trazer questões políticas para fazer parte das nossas atividades dentro da igreja ou da escola. Mas, e nós, como um povo, como igreja, como instituição, podemos participar das questões políticas? Sejam quais forem as opiniões que tenhais em relação a dar o vosso voto em questões políticas, não as deveis proclamar pela pena ou pela voz. Nosso povo deve silenciar acerca de questões que não têm relação com a terceira mensagem angélica. Se já um povo se deveu aproximar de Deus, esse é o povo Adventista do Sétimo Dia. Têm sido feitos admiráveis projetos e planos. Tem-se apoderado de homens e mulheres um ardente desejo de proclamar alguma coisa, ou ligar-se com alguma coisa; eles não sabem o quê. O silêncio de Cristo sobre muitos assuntos, porém, era verdadeira eloqüência. ... Irmãos, não vos lembrais de que a nenhum de vós foi imposta pelo Senhor qualquer responsabilidade de publicar suas preferências políticas em nossas publicações, ou de sobre elas falar na congregação, quando o povo se reúne para ouvir a Palavra do Senhor.... Não devemos, como um povo, envolver-nos em questões políticas. Todos fariam bem em dar ouvidos à Palavra de Deus: Não vos prendais a um jugo desigual com os incrédulos em luta política, nem vos vinculeis a eles em suas ligações. Não há terreno seguro em que possam estar e trabalhar juntos. O fiel e o infiel não têm terreno neutro em que possam encontrar-se. Aquele que transgride um dos preceitos dos mandamentos de Deus é transgressor de toda a lei. Mantende secreto o vosso voto. Não acheis ser vosso dever insistir com todo o mundo para fazer como fazeis. Carta 4, 1898. (Mensagens Escolhidas - II, p. 336 e 337). 3. Srª White, entendi que, como povo, não podemos discutir questões políticas dentro de nossas igrejas e escolas. Agora, gostaria de saber o seguinte: como professor, vejo vários jovens adventistas que querer ser autoridades, têm o sonho de serem vereadores e deputados. Eles devem abandonar este sonho? Qual seria o seu conselho para eles? Querida juventude, qual é o alvo e propósito de vossa vida? Tendes a ambição de educar-vos para poderdes ter nome e posição no mundo? Tendes pensamentos que não ousais exprimir, de poderdes um dia alcançar as alturas da grandeza intelectual; de poderdes assentar-vos em conselhos deliberativos e legislativos, cooperando na elaboração de leis para a nação? Nada há de errado nessas aspirações. Podeis, cada um de vós, estabelecer um alvo. Não vos deveis contentar com realizações mesquinhas. Aspirai à altura, e não vos poupeis trabalhos para alcançá-la. Fundamentos da Educação Cristã, pág. 82. (Mensagens aos Jovens, p. 36). 4. Srª White, quer dizer então que como povo, como igreja, não podemos participar nas questões políticas, mas como indivíduo, como cidadão, devo participar e posso até ser um político? E os nossos pioneiros conversavam sobre a questão do voto? Qual era a opinião deles sobre o votar?
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Devemos votar em quem não tem os mesmos princípios que os nossos? Devemos votar em branco e assim não participar da eleição? Assisti à reunião à noitinha. Tivemos uma reunião espontânea, interessante. Depois do tempo de terminar, foi considerada a questão de votar, demorando-nos sobre ela. Primeiro, falou Tiago, depois o irmão [J. N.] Andrews, e foi por eles julgado melhor pôr sua influência a favor do direito e contra o erro. Eles acham que é direito votar em favor dos homens defensores da temperança governarem em nossa cidade, em vez de, por seu silêncio, correr o risco de serem eleitos homens intemperantes. O irmão [Davi] Hewitt conta sua experiência de alguns dias atrás e está certo de ser direito dar seu voto. O irmão [Josias] Hart fala bem. O irmão [Henrique] Lyon se opõe. Nenhum outro é contrário ao votar, mas o irmão [J. P.] Kellogg começa a julgar que é direito. Os sentimentos são cordiais entre todos os irmãos. Oh! que todos eles procedam no temor de Deus. (Mensagens Escolhidas – II, p. 337). 5. Srª White, percebi que os nossos pioneiros se preocupavam na questão do voto. Eles não queriam que, por sua negligência, homens que não fossem dos mesmos princípios que eles governassem a cidade. Porque não podemos votar e trabalhar pelos políticos que não tem os mesmos princípios religiosos que os nossos, por exemplo, que não respeitam o santo sábado do Senhor Nosso Deus? Não podemos trabalhar para agradar a homens que irão empregar sua influência para reprimir a liberdade religiosa, e pôr em execução medidas opressivas para levar ou compelir seus semelhantes a observar o domingo como sábado. O primeiro dia da semana não é um dia para ser reverenciado. É um sábado espúrio, e os membros da família do Senhor não podem ter parte com os homens que o exaltam, e violam a lei de Deus, pisando Seu sábado. O povo de Deus não deve votar para colocar tais homens em cargos oficiais; pois assim fazendo, são participantes nos pecados que eles cometem enquanto investidos desses cargos. Fundamentos da Educação Cristã, pág. 475. (Eventos Finais, p. 127 e 128). 6. Srª White, falando sobre o sábado, como deve ser minha atitude para com o decreto dominical? Pelo que percebi não devo ficar parado? Qual seria o seu conselho para nós? É nosso dever fazer tudo que estiver ao nosso alcance para evitar o perigo que se aproxima. ... Sobre homens e mulheres de oração, em todas as partes do país, recai a grande responsabilidade de pedir que Deus afaste essa nuvem do mal, e conceda mais alguns anos de graça para trabalharmos para o Mestre. Review and Herald Extra, 11 de dezembro de 1888. Devem trabalhar mais diligentemente para adiar até quando for possível a calamidade que se aproxima. Review and Herald, 18 de dezembro de 1888. O povo de Deus, que guarda os mandamentos, não deve permanecer calado neste tempo, como se aceitássemos a situação de bom grado. SDA Bible Commentary, vol. 7, pág. 975. Não estamos cumprindo a vontade de Deus se nos deixarmos ficar em quietude, nada fazendo para preservar a liberdade de consciência. Fervente e eficaz oração deve ascender ao Céu para que essa calamidade seja deferida até que possamos realizar a obra por tanto tempo negligenciada. Haja as mais fervorosas orações, e então trabalhemos em harmonia com as nossas orações. Testemunhos Seletos, vol. 2, págs. 320 e 321. Há muitos que estão despreocupados, e se acham, por assim dizer, adormecidos. Eles dizem: "Se a profecia predisse a imposição da observância do domingo, a lei certamente será promulgada", e, tendo chegado a essa conclusão, assentam-se em calma expectativa do evento, confortando-se com o pensamento de que Deus protegerá Seu povo no tempo de angústia. Mas o Senhor não nos livrará se não fizermos algum esforço para realizar a obra que Ele nos confiou. ... Espero que a trombeta dê o sonido certo no tocante a esse movimento da lei dominical. Penso que seria melhor se, em nossas revistas, o assunto da perpetuidade da lei de Deus se tornasse uma especialidade. ... Devemos agora fazer tudo que for possível para derrotar essa lei dominical. Counsels to Writers and Editors, págs. 97 e 98. (Eventos Finais, p. 126 a 128). Louvamos o nome do Senhor por ter dado a Srª White essas mensagens inspiradas tão fáceis e diretas de se entender. Que Deus continue te abençoando e que seu voto seja dado para honra e glória de Deus. Que Deus te use nessa eleição. Autor do estudo: Prof. Marcos Martins de Oliveira Contato: (27) 9875-3468 – E-mail/MSN: advento@gmail.com O Espírito de Profecia e a Política – Entrevista com Ellen G. White
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