trabalho att

Page 1



Ă?ndice Kill em ALL................... 4 Ride The Lightning....... 5 Master of Puppets........ 6, 7 And Justice For ALL..... 8 Black Album.................. 9 Hardwired................... 10

#LIVEFORMUSIC

marshallamps.com


Antes de se tornar esse gigante que todo mundo conhece, a banda era formada por James Hetfield (vocal e guitarra), Lars Ulrich (bateria), Ron McGorvney (baixo) e Dave Mustaine (guitarra). Antes de James assumir os vocais, a banda convidou John Bush (Armored Saint), que recusou. Então, para não mexer em time que está ganhando, o próprio Hetfield resolveu tocar e cantar, ao mesmo tempo. O ano era 1983. O Metallica já havia gravado Hit The Lights para a coletânea Metal Massacre, da Metal Blade, e depois lançou duas demos (Hit The Lights e No Life ‘Till Leather). O dono da Metal Blade, Brian Slagel, bem que tentou bancar o custo da banda para gravar seu primeiro disco, porém ele não tinha dinheiro suficiente. Foi aí que entrou nessa história o Johnny ‘Z’ Zazula, que ouviu a demo e resolveu “adotar” a banda. Para que a gravação acontecesse, ele resolveu fundar sua gravadora, Megaforce. Enquanto isso, James e Lars foram ver uma apresentação do Trauma, e ficaram impressionados com a performance de um certo baixista, com aparência de hippie, mas que tocava virtuosamente bem, como se fosse guitarrista. Pois bem, Cliff Burton cedeu a proposta dos dois, que resolveram chutar o Ron pra fora. Mas os problemas começaram a atormentar, com as bebedeiras de Dave Mustaine. Em abril, os três (James, Lars e Cliff) mandaram o guitarrista pra casa, de ônibus. Para preencher a lacuna deixada por Mustaine, foram ver um show do Exodus e viram em Kirk Hammett a pessoa certa para o posto. Em uma entrevista feita, em 2004, Kerry King (Slayer) disse que o substituto ideal seria o Gary Holt. Se isso acontecesse, a história seria outra... Com a formação estabilizada, o Metallica rumou de São Francisco para Nova York, ao lado do casal

4 METAL HAMMER

Johnny e Marsha Zazula, e do produtor Paul Curcio, para gravar aquele, que seria O Disco que tomaria os rumos da música pesada. Inicialmente, ele chamaria Metal Up Your Ass, e na capa sairia uma mão empunhando uma espada saindo de um vaso sanitário cheio de sangue. Johnny Z viu que aquilo chocaria ainda mais os fãs (e a crítica) e resolveu abortar essa ideia. Já o nome tem uma origem cômica: dois amigos de Lars, Ron Quintana e Ian Kallen, queriam lançar um fanzine sobre Metal, mas estavam sem nome para a publicação. Ambos fizeram uma lista no qual continha os nomes Metallica e Metal Mania. Através de um sorteio entre os colaboradores, o nome vencedor foi Metallica, mas Lars sugeriu que Metal Mania ficaria melhor e o baterista. Um curiosidade final: nesta época, a banda estava procurando um vocalista, pois James não conseguia ser um bom frontman, sendo cotado o nome de John Bush (do ARMORED SAINT, e futuramente, no ANTHRAX). Mas de acordo com uma entrevista do próprio Lars à Rock Brigade ou à Metal em 1986 (não lembro mais muito bem onde), James conseguiu conciliar cantar e tocar guitarra com ser um frontman, logo, resolveram não mexer em time que está ganhando... Formação: James Hetfield - vocal/guitara

Lars Ulrich - bateria Cliff Burton - baixo Kirk Hammett - guitarra

Tracklist: 1. “Hit The Lights” 2. “The Four Horsemen” 3. “Motorbreath” 4. “Jump In The Fire” 5. “(Anesthesia) Pulling Teeth” 6. “Whiplash” 7. “Phantom Lord” 8. “No Remorse” 9. “Seek And Destroy” 10. “Metal Militia”


O álbum se inicia com a pesadíssima Fight Fire With Fire, uma das melhores composições do Metallica e infelizmente esquecida pela banda. A música se inicia de forma bastante calma, com instrumentos de cordas em bela sincronia. Mas, ao terminar tudo isso, entra um Riff fortíssimo, acompanhado pela cozinha, que está absurdamente pesada. James tem um dos melhores vocais do Heavy Metal e demonstra isso aqui, numa interpretação ultra violenta. A letra é bem apocalíptica, e muito bem feita. Destaque para todos da banda, mas em especial para Lars Ulrich, que “joga duro” nessa faixa, e estava em seu melhor momento como baterista. The Call Of Ktulu é uma composição de Dave Mustaine, mas que foi batizada por Cliff Burton, que era um grande fã de H.P Lovecraft. The Call Of Ktulu é cxzczczczczcgfdgdgdfgdggdgdgg ffffffffffffffffffffffffffff cURIOSIDADE: For Whom The Bell Tolls é uma das canções mais conhecidas da banda e até um dia desses esteve presente no setlist dos shows (não sei exatamente se ainda a tocam.). A introdução da música é assustadora, com um sino apocalíptico dando sinais do que estará por vir. E logo após, um dos riffs mais bem feitos da carreira da banda, cortesia de James e Kirk. É uma faixa mais cadenciada, mas muito pesada e com outro grande desempenho de Cliff Burton. Um refrão bem convidativo, apesar da atmosfera sombria que a música passa.

Fade To Black é o ponto alto do disco para mim. É também a canção mais conhecida do álbum e até em shows. A música se inicia de forma bastante melancólica, com destaque para os vocais de Hetfield, os melhores em todo o álbum. Mas logo após a parte mais melancólica, entra um Riff bastante pesado, que dá uma nova forma a música, pesada ao extremo. O solo que Kirk A banda estava em ascensão com o lançamento do tal, mas só viria a deixar sua marca na história do Rock N’ Roll com o lançamento seguinte, Master Of Puppets. Mas desde o início, a banda dava sinais de que seria lembrada por todos que curtem o

estilo, e Ride The Lightning apenas provou isso. Escape é uma faixa com uma levada mais lenta, chegando a lembrar um Heavy Metal mais tradicional. É uma das melhores faixas do disco, porém esquecida pela banda. Não há um destaque único aqui, todos tem excelentes performances. A letra da música, pela minha interpretação, fala sobre o individualismo pessoal, de alguém que simplesmente quer viver sua vida sem ligar para opiniões de outras pessoas. Um grande refrão. BLABLABLABLABLABLABALBALBALBA BADLKBDALKBDALKBDALKB ABKDLABDBBBBBBBBBBBBBBBBBB Trapped Under Ice é um Thrash Metal empolgante e rápido, com destaque para Cliff e Lars. Uma boa letra e ótimos riffs e solos. Mas não acrescenta em nada o álbum, e embora seja uma ótima música, é a mais fraquinha do disco.

METAL HAMMER 5


Sem dar qualquer brecha para o ouvinte respirar, os “riffs” afiados da clássica faixa título invadem os alto-falantes. Não há muito que dizer sobre esse hino, afinal, é isso que a faixa “Master of Puppets” é! Uma composição dona de arranjos criativos, hipnotizantes e recheados “feeling”. James Hetfield canta com vontade e muito ódio e todos os integrantes se destacam individualmente. As variações de andamento e toda a estrutura musical são impecáveis, em especial a metade da composição, um interlúdio melódico e repleto de uma harmonia estonteante e surreal, que não demora muito a descambar em mais uma avalanche de destruição. E claro, não há como deixar de mencionar o refrão, poderoso como uma rocha:

6 METAL HAMMER

te me, you

“Taswill see

More is all you need Dedicated to How I’m killing you Come crawling faster (faster) Obey your master (master) Your life burns faster (faster) Obey your Master! Master! Master of Puppets, I’m pulling your strings Twisting your mind, smashing your dreams Blinded by me, you can’t see a thing Just call my name, ‘cause I’ll hear you scream Master! Master!

Just call my name, ‘cause I’ll hear you scream Master! Master!” Arranjos sombrios e lentos iniciam de forma arrastada “The Thing That Should Not Be”, uma composição que foi inspirada no conto “Shadow Over Innsmouth”, do mestre da literatura fantástica H. P. Lovecraft. Mais cadenciada que as faixas anteriores, mas jamais menos empolgante por isso, essa terceira composição é dona de um peso estarrecedor e muito “feeling” em cada nota e verso tocado. Lentamente, somos conduzidos para os acordes iniciais da soberba “Welcome Home (Sanitarium)”, outro clássico que dispensa apresentação. A composição começa progressivamente com ricos harmônicos e aos poucos vai ganhando mais força e peso. Há muito sentimento nessa composição e o desempenho vocal


James Hetfield explicou que dormiu na parte de trás do ônibus no qual estava a banda porque estava com dor de garganta. “Todos os ônibus americanos de turnê têm as laterais de metal. Este tinha janelas, o que causou a morte. Passamos pelo que é chamado de gelo negro (uma camada de gelo vítreo sobre uma superfície), o veículo escorregou e Cliff foi arremessado, com o ônibus caindo em cima dele”, afirmou. repente tem os seus tímpanos martelados mais uma vez para enfim a faixa ser encerrada. Dona de um “groove” bruto e visceral, “Leper Messiah” é outro grande destaque desse petardo. Mais uma vez, não há como ouvir algo desse porte e não “banguear” ao menos uma vez tamanha a empolgação que cada acorde proporciona. As mudanças de andamento são brilhantes, bem elaboradas e ocorrem nos momentos certos. Fantástico!

Dizer que “Master of Puppets” é um clássico, uma obra prima, um disco indispensável para o Thrash ou para o Metal mundial como um todo evidentemente não resume a importância histórica que esse trabalho possui para a música pesada. Qualquer palavra que eu expresse também jamais seria o suficiente para sintetizar o nível de perfeição desse registro, entretanto, uma coisa é certa: o Metal nunca mais foi o mesmo após o lançamento desse trabalho. Existem diversos trabalhos que contribuíram Falando em variações de andamento, na para mudar mais e mais a face da música sequência temos “Orion”, uma formosa pesada ao redor do globo e certamencomposição instrumental recheada te esse terceiro álbum de estúdio do de Hetfield nesse clássico é fantástico. de mudanças bem construídas e ritMetallica integra esse fileirão interO “frontmen” consegue transmitir os minável, justamente por trazer oito mo. A faixa começa vagarosamente e seus sentimentos de forma completaaos poucos vai ganhando mais peso e composições completamente inspiradas mente natural e admirável em cada velocidade. As quebras rítmicas são bem o registro um dos discos mais influentes verso cantado e novamente temos um arquitetadas, principalmente o trecho e importantes de todos os tempos. desempenho instrumental excepcional, mais lento e melódico da canção, no que apenas comprova o nível absurdo de entanto, confesso que tentar escolher entrosamento dos músicos. apenas um ou outro momento para destacar é uma tarefa ingrata, uma vez que A pancadaria retorna com a devastado- o som é um arrasa-quarteirão que exala ra “Disposable Heroes”, outra compo“feeling” até não poder mais. Durante a sição inesquecível. “Riffs” viscerais sua adolescência, Cliff Burton estudou rasgam os alto-falantes e as primeiras o músico alemão Johann Sebastian Bach notas tocadas preparam o ouvinte para e após ser inspirado por uma peça do o início de um som realmente matador. artista, “Come, sweet death”, o baixista “Riffs” pesadíssimos e solos inspirados, criou uma introdução que foi utilizada aliados a uma “cozinha” implacável e co- para abrir a última e avassaladora faxa esa, somados a vocais maravilhosamen- desse terceiro trabalho de estúdio: te rasgados proporcionam ao ouvinte “Damage, Inc.”. Para os amantes da panuma experiência realmente fantástica. cadaria, eis aqui outro prato recheado O final da composição também é genial, de “riffs” explosivos e mortais, levadas feroz e insano e, inclusive, chega a sobrenaturais de baixo e bateria, além enganar o ouvinte, que por um instante, de vocais raivosofaixa possível, com pensa que a pancadaria cessou e de uma violenta chave de ouro!

METAL HAMMER 7


1988 foi um ano que trouxe certa acalmada no underground brasileiro em relação ao ano anterior, mesmo porque parecia que a mania extrema de radicalismo Death/Black/Thrash enjoou muita gente, e muitos saíram da cena para nunca mais voltar. Fora do Brasil, o ano foi subsequente a outro que trouxe mudanças brutas, quando várias bandas do Death e do Black migraram para o Thrash. E para os fãs do METALLICA, 1987 foi um ano de muita apreensão, já ninguém sabia o que esperar da banda sem Cliff (acreditava-se que a banda mudaia de estilo), o

8 METAL HAMMER

EP de covers ‘Garage Days Re-Revisited’ me xeu com alguns ânimos mais extremos, e sem mencionar que eles, pelo que foi noticiado em várias

revistas especializadas (inclusive a falecida revista

Metal daqui) teriam feito feio em grandes festivais em 1987, fora James ter quebrado seu braço mais uma vez andando de skate. A parte visual do LP é maravilhosa, com Doris (nome dado pelos fãs à imagem da Justiça que está na capa) sendo quedada por cordas amarradas nela, com os seios expostos e dinheiro caindo dos pratos que ela ostenta, deixando claro que o conceito abordado no disco é o da crítica azeda contra várias formas de sacanagem cometidas em nome do próprio benefício, pois as letras da

banda nunca foram tão fortes e diretas dessa forma antes, pois a banda sempre havia preferido uma linguagem mais subjetiva. E esse fato ainda fica mais ressaltado pela arte negra usada no encarte, deixando um clima bem denso. A produção snora é ainda mais seca do que a do ‘Master of Puppets’ sabendo-se que ele oach usado pela banda em sua música e pesadas, mas com o aspecto técnico muito mais à mostra que no LP anterior.


Antes deste disco, comumente chamado de ‘Black Album’, o Metallica era uma banda grande. O disco anterior, ‘...And Justice For All’ [1988], havia chegado ao Top 10 das paradas da Billboard e obteve reconhecimento também em outros países, como Reino Unido, Alemanha, Canadá e outros. No entanto, ‘...And Justice For All’ não é exatamente um disco-referência para o Metallica. Por mais que contenha o hit ‘One’, o álbum tem uma estética mais progressiva, de difícil digestão para ouvintes mais gerais e até mesmo de reprodução mais complicada em shows. E, mesmo com a repercussão, o Metallica ainda era uma banda restrita ao seu nicho hard rock/metal. Desde o início, os integrantes do Metallica se demonstravam suficientemente ambiciosos para levar a banda a um patamar diferente. ‘Kill ‘Em All’ [1983] colaborou para a

criação da estética do thrash metal - mesmo que com muito das mãos de Dave Mustaine - e trabalhos como ‘Master Of Puppets’ [1986] deram sofisticação e excelência ao gênero. Faltava a consagração comercial. De certa forma, o Metallica também sentia a pressão das mudanças no cenário musical do início da década de 1990. Bandas conhecidas estavam indo para o underground e arriscar em uma pegada progressiva, como foi feito em ‘...And Justice For All’, poderia afundar o grupo afinal, neste caso, é bem difícil o raio cair duas vezes no mesmo lugar. Para atingir o objetivo de chegar ao topo das paradas e se consolidar como uma atração que transcendia ao rock, o Metallica contou com a ajuda do produtor Bob Rock. O grupo havia se impressionado com o som tirado por ele em ‘Dr. Feelgood’ [1989], clássico do Mötley Crüe que, enfim, havia rendido o topo das paradas

americanas à banda. Outros trabalhos de Rock, como ‘Sonic Temple’ [1989], do The Cult, e ‘Slippery When Wet’ [1986], do Bon Jovi, também chamaram a atenção. Também convidado para produzir ‘Stranger In This Town’ [1991], de Richie Sambora, Bob Rock precisou escolher.B LKABKLA BALKBALKBALKABLKABA

JAMES HETFIELD EM 1992 SOFREU UMA QUEIMADURA DURANTE A TURNÊ DO BLACK ALBUM. O ACIDENTE ACONTECEU QUANDO JAMES SEM PERCEBER FICOU POR CIMA DE UMA CHAMA NO PALCO.

METAL HAMMER 9


Mas, por quê tanta empolgação? Simplesmente, porque “Hardwired... To Self-Destruct” é excelente, do começo até o final (DO COMEÇO ATÉ O FINAL!). Depois da primeira audição, fica difícil dizer qual a “pior” faixa (até porque, todas estão, mais ou menos, no mesmo nível). O que dá pra perceber, de início, é que os músicos estão tocando com mais vontade, com mais “garra”, com mais instiga. Duvidam? Pois, coloquem o disco pra tocar, preferencialmente, no último volume, e sintam como se estivessem num show ao vivo, com uma multidão ovacionando a banda. É essa a sensação que o som passa. E, de maneira particular, mesmo que Kirk Hammett continue fantástico, e que Trujillo esteja cada vez mais competente, os destaques desse disco, invariavelmente, são Hetfield e Ulrich. O primeiro, além dos já famosos riffs de guitarra que ele sabe fazer tão bem, aqui, ele ainda sola o seu instrumento de maneira perfeita, sem continuar que continua cantando muito bem. Já, o segundo está mais consistente e pesado em suas batidas, mostrando que, a despeito de seu pedantismo como pessoa, ele é, indiscutivelmente, um ótimo baterista.

não me deixa mentir. Ao contrário das longas (e, desnecessárias) jams sessions do disco anterior (“Death Magnetic”), a terceira canção desse novo trabalho da banda é um primor de economia e simplicidade, e nem por isso, perde o peso e a energia. Um dos melhores momentos do álbum. E, pra quem pensa que para por aí, surge mais um (isso mesmo: mais um!) destaque de “Hardwired... To Self-Destruct”: a composição “Moth Into Flame”, um misto incrível da velocidade de “Kill Em’All” com a cadência do “Black Album”. A pergunta que fica é: se eles tinham como fazer músicas assim, por quê não fizeram antes? Divagações à par

As músicas do disco-duplo, em si, possuem uma “pegada” como há muito não se via num trabalho do Metallica, numa conjuntura de fatores muito favorável. Integrantes inspirados, uma produção impecável... Como não ser “fisgado” logo pela primeira faixa (“Hardwired”)? Em apenas 4 minutos, a banda se redime de muitos dos seus pecados, bastando, pra isso, um som rápido, certeiro e envolvente. A segunda canção (“Atlas, Rise”) é um pouco mais “trabalhada”, mas, mesmo assim, não perde o senso de qualidade, com um refrão muito bom. Só que, ao contrário de muitos discos, onabertura começa instigada, e depois, vlllllai perdendo fôlego, qui, mos o contrário: as canções, com o passar do track list vão melhorando. A maravilhosa introdução de “Now That We’re Dead”

10 METAL HAMMER

te, nessa altura do campeonato, o ouvinte contumaz do grupo, certamente, já se esqueceu dos momentos constrangedores de discos anteriores, o que já poderia render medalha de ouro pr Metallica como o melhor lançamento do ano. Felizmente, a banda não só se redime das recentes fases ruins, como também nos presenteia com um tipo de música, espontaneamente, boa. A quinta composição dessa primeira parte do disco (“Dream no More”) continua deixando o ouvinte de queixo

“MELHOR ÁLBUM DE METAL DE 2016 É O DYSTOPIA”

caído, numa música que lembra, vagamente, “Sad But True” pelo andamento lento e cadenciado. “Halo on Fire”, empolgante que as demais. Mesmo assim, termina o disco 1 com chave de ouro. Depois de nos surpreender com seis canções de altíssimo nível, n seria de estranhar, que, nessa “segunda parte” de seu novo trabalho, o Metallica, meio que puxasse o freio de mão, e amenizasse um pouco as coisas. Mas, não é o que acontece. O disco 2 de “Hardwired... To Self-Destruct” é tão excelente quanto o primeiro. Pra quem não acredita, só precisa de uma coisa: 30 segundos iniciais de “Confusion”, confirmando, por A + B que a banda inteira está em harmonia, e fazendo um som de alta qualidade, que não precisa, necessariamente, ser enquadrada mais em rótulos desnecessários, como thrash ou hard. É rock, é somente rock. O (bonito) começo de “Manunkind” pode até pegar de surpresa alguns, mas, logo o peso toma conta da composição. Digamos apenas que as composições de “Load” e “Reload” deveriam ter seguido essa linha, quem sabe, não teríamos o Metallica ladeira abaixo nos anos seguintes. A terceira canção dessa segunda parte (“Here Comes Revenge”) mostra uma vitalidade incrível, visto que já se passaram mais de 75% do álbum, e a banda, em nenhum momento, “ameniza” no som, muito pelo contrário. Trata-se de uma simbiose perfeita dos melhores trabalhos da banda, e “Here Comes Revenge” evidencia bem isso.




Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.