MUSEU HISTÓRICO NACIONAL EXPANSÃO DO MUSEU E REQUALIFICAÇÃO DO LARGO DA MISERICÓRDIA Com auxílio da reconstrução digital das transformações urbanas ocorridas no local, o projeto estuda as interseções do passado com o presente através da sobreposição dos modelos de tempos distintos e com isso busca, de forma conceitual, partidos projetuais que exaltem a história remanescente no lugar e permitam a conexão com a memória do que não existe mais.
O desmonte do Morro do Castelo ocorreu por um conjunto de fatores e interesses do Séc. XX. A ineficiência do planejamento pós-desmonte resultou em uma esplanada com desarticulações que permanecem até o dia de hoje. E com base em levantamentos históricos e legislativos, além de análises do contexto atual e entrevistas, pôde-se identificar as demandas existentes para os espaços residuais e subutilizados resultantes dessas trasformações urbanas. O foco de detalhamento deste trabalho levou em consideração a demanda mais atual e com maior potencial transformador para a região: o projeto para a Expansão do Museu Histórico Nacional. Ele será implantado no terreno vazio resultante da demolição do Pavilhão de Festas da Exposição do Centenário de 1922. Terreno este, que está inserido em um entorno de grande importância na história urbana do Rio de Janeiro, entretanto encontra-se desvalorizado. Por estar localizada na transição entre dois traçados provenientes de épocas distintas, a Expansão do MHN tem a oportunidade de efetuar a costura entre as duas tipologias. O projeto propõe uma implantação e paisagismo que integre os espaços livres e construídos, resgatando o potencial do Largo da Misericórdia, outrora “(...)protagonista no desenvolvimento e na dinâmica da cidade” (Silos, 2015).
Conforme solicitado pelo Museu, o IPHAN apresenta um estudo sobre os critérios edilícios aplicados ao terreno. Com base em registros cartográficos, iconográficos e fotográficos, o estudo analisa a morfologia do local e propõe um modelo de ocupação que se alinha tanto com os edifícios históricos quanto com o traçado ortogonal modernista. Além disso, foi considerado o PAA 10.485 que insere uma nova rua e une o terreno com a quadra do MHN. Essa proposta de ocupação coloca a maior parte do epaço livre voltado para a Via Expressa, o que permite maior visual da fachada histórica e seu Torreão.
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Ao analisar o estudo apresentado pelo IPHAN, o projeto propôs diversas reflexões acerca da costura entre os traçados distintos. Com base nisto, entendeu-se que o modelo de ocuapão proposto pelo estudo se mantém como o mais coerente em relação ao contexto histórico no qual etá iserido. Sendo assim, o projeto se utiliza da forma simples como uma casca que permite reentrâncias, essas para proteção solar, indicação dos principais acessos e demarcam fluxos para o novo espaço livre criado. Além disso, o projeto remove uma rua carroçável no intuito de gerar uma quadra única que englobe todos os edifícios tombados do Largo da Misericórdia. N
Ao sobrepor a implantação com o modelo digital do Pavilhão de Festas da Exposição de 1922, pôde-se identificar partidos projetuais nas intersecções entre os volumes, com desdobramentos no terraço, que será de acesso público e responsável por fazer a conexão visual com a história do lugar, abrangendo o Morro, o Largo e a própria evolução do MHN ao longo do tempo, e também no pátio de acesso ao edifício da expansão, que se faz enterrado para criar uma descida suave em direção à passagem subterrânea que conecta os dois edifícios, contornando um elemento estruturador central que representa a projeção de parte do Pavilhão. N
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FAU – UFRJ –TFG 2
EXPANSÃO DO MUSEU HISTÓRICO NACIONAL E REQUALIFICAÇÃO DO LARGO DA MISERICÓRDIA
2017.1
BF
ORIENTADOR: NAYLOR VILAS BOAS
MARCOS HENRIQUE ROCHA DOS SANTOS