Programa_ Espetáculo MARÉ MORTA_ Instalação VULTO

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Maré Morta [espetáculo]

Vulto

[instalação]


Sobre as coisas inevitáveis: É como numa infiltração de água de repente você quebra a casa inteira pra descobrir que não há mais nada a fazer.

Fernando Selmer

O projeto Elogio ao Frágil, do Coletivo Emulsão apresenta duas criações colaterais abordando o tema da fragilidade humana: o espetáculo cênico Maré Morta e a instalação Vulto. Ambos foram criados livremente inspirados em trinta relatos pessoais sobre fragilidade, colhidos por Melissa Rahal, Juliana Fiebig e Andrea Mourão, na cidade de São José dos Campos. Disponíveis em: https://elogioaofragil.wixsite.com/projeto/acervo


Espetáculo MARÉ MORTA A garganta engole seco. Deixemos pra chorar quando chegarmos em casa. Estamos sempre no litoral da dor, agonizamos sob influência do sofrimento submerso de águas profundas, pouco iluminadas. Falar a fragilidade é falar da ocultação da fragilidade e encobri-la é geralmente impedir que se converta em potência de novas formas de vida. No mar, a zona intermaré é aquela que está encoberta de água durante a maré alta e descoberta durante a maré morta. Esse movimento alternante de submersão e exposição ao sol nos parece sugerir a necessidade constante da vida frágil em depor couraças, camada após camada, ainda que o cerne da angústia permaneça oculto, por mais que busquemos lhe arrancar a casca; ainda que as raízes do rancor permaneçam enterradas, por mais que cavemos e cavemos.



Instalação VULTO Existe algo de inconcebível e, por isso, inominável, naquilo que nos fragiliza. Antes mesmo de se tornar perceptível, a fragilidade se encrua no corpo como uma carapaça dissimulada. A instalação que acolhe o espetáculo teatral e que pode ser visitada fora dos espetáculos, com algumas modificações, procura criar um espaço instável onde seja possível a cada um de nós encontrar os indícios de vulnerabilidade que inevitavelmente forjam nossas estratégias de força e poder, mascarando eternamente aquilo que nos é essencial.



Ficha Técnica Vulto (instalação)

Concepção: Célia Barros Produção Artística: Juliana Fiebig

Maré Morta (espetáculo) Dramaturgia, Direção Cênica e Iluminação: Marcus Groza Atuação: Marcos Abranches, Juliana Fiebig, Lilyen Vass, Andrea Carolina Yinah, Monique Ramos, Marcus Groza Música: Orquestra de Objetos Desinventados Compositor Convidado: Marco Antônio Machado Figurinos: Marcela Guerra e Juliana Fiebig Fotografia e Produção Executiva: Melissa Rahal Vídeos: Erik Garcia e Luisa Pereira Inserção textual: Juliana Fiebig Ilustrações do Programa: Célia Barros Assessoria de Imprensa e Diagramação: Ricardo Veríssimo Assessoria de Produção: Marcelo Guimarães Orquestra de Objetos Desinventados Aquabaixo: Eduardo Scaramuzza; Aquacello: George Ferreira; Aquaviola: Pedro Feldman; Aquaviolinos II: Paula Baptista, Larissa Heloani e Otis Selimane Remane; Aquaviolinos I: Antonio Vito, Fabiana Ribeiro e Daniel Alfaro; Percussões: Charles Guichabeira e Leonardo Rocha Regência: Pax Bittar Composições: Pax Bittar e Orquestra de Objetos Desinventados


Apresentações: MARÉ MORTA 02, 03 e 16 e 17 de Março, às 20h. (retirada de ingressos uma hora antes) Visitação da instalação VULTO 02 a 31 de Março, das 13h às 20h. Local Parque Vicentina Aranha (pavilhão à esquerda). Endereço: Rua Eng. Prudente Meireles de Moraes, 302. São José dos Campos.

ENTRADA FRANCA quando não havia mais jeito quando não havia jeito nenhum eu peguei meu rodo rapei todas as nuvens o céu ficou tão limpo que eu ando descalço nele e toda estrela é uma moita onde eu deito pra ver a terra Léo Mandi

Apoio: PRODUÇÃO CULTURAL UTOPIAS POSSÍVEIS

O projeto Elogio ao Frágil, no 002/FMC/2017, é beneficiado pelo Fundo Municipal de Cultura, Edital no 021/P/2016, ano de 2017. PRODUÇÃO CULTURAL UTOPIAS POSSÍVEIS


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