Tammy falkner série the reed brothers #3 calmly, carefully completely (1)

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CALMLY, CAREFULLY, COMPLETELY

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Peter Reed é um recém-saído da prisão, e está pronto para um novo começo. Reagan Caster precisa agradecer a Pete pelo seu ato de bondade, mas ele quer mais do que apenas seus agradecimentos. Reagan sabe como proteger seu corpo, mas não seu coração. E seu corpo traidor responde a Pete de um modo que nunca respondeu a ninguém. Quando o flerte inocente de Pete se torna algo mais, Reagan está pronta para aceitar o que ele tem a oferecer. Pete assume que Reagan precisa ser amada com e

. Mas Reagan sabe que ela precisa ser amada

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Ninguém se mete com você na prisão quando você está cheio de tatuagens. Nem uma única alma solitária. Poderia ter algo a ver com você ser forte, também. Eu não questionei. Eu gostei disso. Em casa, é uma história completamente diferente. Em casa, todo mundo fode comigo. Eu sou o mais novo de cinco filhos, todos irmãos. Eles são todos tão grandes como eu, se não maiores, e eles têm ainda mais tatuagens do que eu. Você não ganha pontos por ser adorável. Na minha casa, todo ponto que você ganha sendo uma boa pessoa é contribuindo para a família, e apoiando a sua família em todos os sentidos possíveis. Isto é muito ruim, eu aspirei todos os requisitos. Eu realmente fodi as coisas há dois anos atrás. Eu nunca deveria ter feito o que fiz. Mas eu fiz isso e eu fiz meu tempo atrás das grades. Eu só espero que eles possam me perdoar em casa e não mantenham isso sobre minha cabeça. Uma mão bate no meu ombro me tirando do meu diálogo interno. Eu olho para cima e vejo meu advogado, o Sr. Caster. — É bom ver você de novo, meu filho, — ele diz quando se senta em frente a mim. Ele abre uma pasta de arquivo na frente dele. — Por que você está aqui? — Eu deixo escapar. Estremeço imediatamente, percebendo o quão grosseiro que soou, porém ele apenas arqueia sua sobrancelha quando balança a cabeça. — Eu quero dizer, é bom vê-lo, senhor.

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Ele ri. — É bom ver você também, Pete, — ele diz. Ele pega um folheto da pasta e vira-o para que eu possa lê-lo. — Eu tenho uma oportunidade para você. Meu irmão mais velho, Paul, diz que as oportunidades são problemas de outras pessoas. — Que tipo de oportunidade? — Pergunto hesitante. Abro o folheto. Há fotos de cavalos e crianças, estruturas de escalada e uma piscina com muitos respingos por vir. Eu olho para ele. — Este é um folheto para fazenda Cast-A-Way, — ele diz. — E então? — Eu pergunto. — A oportunidade, — ele diz. — Eu conversei com o juiz e disse a ele que você seria bom para esse programa. — Ele levanta a sobrancelha novamente. — Eu espero que eu não esteja errado. Eu odeio soar como um idiota, mas... — Não compreendi, Sr. Caster. — Eu preciso de alguns bons jovens homens para ajudar no acampamento Cast-AWay, durante cinco dias neste verão — Ele começa a recarregar sua pasta e fecha. — Eu li o seu arquivo. Eu gostei do que vi. Eu acho que você tem potencial. E você tem o conjunto de habilidades que eu preciso para este acampamento. Conjunto de habilidades? Tudo que posso fazer é tatuar pessoas. Eu trabalho na loja de tatuagem dos meus irmãos quando eu não estou atrás das grades. Eu não sei fazer outra coisa. — Você quer que eu os tatue? Ele ri novamente. — Eu preciso de sua capacidade de usar a linguagem de sinais, — ele admite. — Nós temos todo ano, um acampamento para crianças com necessidades especiais. Temos um garoto muito especial este ano, ele tem ES1, então, ele tem um tubo de traqueostomia2. Ele não pode falar. Ele usa os sinais. A mãe dele está indo, mas ela não pode ficar com ele 24 horas por dia. Então, eu pensei que você seria capaz de vir e ajudar. — Ele dá de ombros. — Haverá também um pequeno grupo de garotos lá que são deficientes auditivos. Você pode trabalhar com alguns deles, também. Eu olho para os antebraços do Sr. Caster e acho que vi uma tatuagem rastejando para fora de sua camisa de manga curta. Ele segue o meu olhar e encolhe os ombros. — Você acha que é o único que usa o seu coração em sua manga, Sr. Reed? — Ele pergunta, mas ele está sorrindo. Eu balanço minha cabeça. — Sua oportunidade parece interessante, — eu digo. — Mas eu estou em prisão domiciliar por um ano. Eu só posso ir para o trabalho e/ou atividades aprovadas. — Eu já falei com seu agente da condicional, — ele diz. — Ele é a favor disso. — Ele cruza seus braços em sua frente na mesa e inclina-se sobre os cotovelos. — Só se você quiser, no entanto. Ninguém irá forçá-lo.

1ES:

Esclerose Múltipla.

Traqueostomia é um procedimento cirúrgico frequentemente realizado em pacientes que necessitam de respiração por aparelhos, onde um tubo é inserido através da traqueia. 2

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Eu pego o folheto e começo a ler. Ele realmente parece bem interessante. — Você estaria me fazendo um grande favor, — ele diz. — Eu preciso de um outro homem presente, que possa ser um bom modelo para os garotos que virão para o centro de detenção juvenil. Eles vão estar lá trabalhando, recebendo horas de serviço. Eu preciso de alguém para me ajudar com eles. É por isso que eu preciso de você. — Ele aperta os olhos. — Você é grande e assustador o suficiente. — Ele sorri. — E sua ficha parece ser boa. — Você terá jovens infratores em seu acampamento? Trabalhando com as crianças? Ele balança sua cabeça rapidamente. — Eles vão interagir com as crianças. Mas não muito. Eles estarão lá mais para ajudar com as tarefas do dia a dia - alimentando os cavalos, movendo o feno, empilhando caixas, fazendo bicos, ajudando com as refeições... Eu nunca tive medo do trabalho manual. Meus irmãos me ensinaram que eu irei trabalhar duro em tudo o que eu faça ou eu vou ter que responder a eles. Eu suspiro. Eu estou lentamente falando isto para mim mesmo. — Há um privilégio, — ele diz. Ele sorri. Não diga, — eu digo. Eu me sento e cruzo os braços na minha frente. — Se o seu tempo gasto no campo for bom, eu posso pedir clemência em relação a sua prisão domiciliar, com base no mérito. — Ele me olha nos meus olhos. — Se você ganhá-lo, isto é. Uau. Eu poderia obter clemência? — É por cinco dias? — Eu pergunto. Ele balança a cabeça. — Segunda a sexta-feira. Eu suspiro. — Quando partimos? Ele sorri e estende a mão para me cumprimentar. Eu coloco minha mão na sua e ele a agarra com força. — Partimos amanhã de manhã. — Amanhã? — Eu suspiro. Eu nem sequer tinha ido para casa ainda. Eu não consegui passar algum tempo com os meus irmãos. Ele acena. — Logo ao amanhecer — Ele sorri novamente. — Você pode fazer isto? — Isso pode realmente encurtar a minha sentença? — Eu pergunto. Ele acena. — Talvez. Cabe ao juiz. E depende de como as coisas vão ser no acampamento. — Ele fica sério e olha diretamente nos meus olhos. — Pete, eu acho que você poderia ajudar os garotos que eu convidei para o acampamento. Todos eles. Você pode ajudar com os garotos com deficiência auditiva, aqueles que não podem falar e os do programa de jovens. Eu acho que você pode fazer coisas brilhantes. Eu acredito em você, Pete, e eu quero dar-lhe uma oportunidade de provar que você é melhor do que isso. — Ele faz um gesto amplo que engloba a sala. Melhor do que cadeia? Eu sou melhor do que eu me tornei? Eu não tenho tanta certeza. — Temos um acordo? — Ele pergunta.

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Concordo com a cabeça e estendo a minha mão de novo para ele apertar. — Nós temos um acordo. — Você precisa de alguém para buscá-lo na parte da manhã? — Ele pergunta. Eu balanço minha cabeça. — Eu posso chegar aqui. — Eu te vejo às seis da manhã. — Ele bate a mão no meu ombro e aponta para a porta. — Eu acredito que sua família esteja esperando lá fora. Meu coração tropeça uma batida. Tem sido assim por muito tempo. Eu não posso imaginar como vai ser, gostaria de estar com eles novamente. Para me sentir normal. Eu aceno e mordo o meu lábio inferior. Mas eu endureço a minha coluna e saio pela porta. Os guardas levam-me pela estação de guarda e para a porta, onde eles me dão o saco com meus pertences e me pedem para verificá-lo. Eu deslizo a minha carteira no bolso de trás da minha calça jeans. Eu coloco o meu relógio de volta no meu pulso. Eu deixo cair meus piercings no meu bolso. Eu poderia ser capaz de obter pelo menos alguns deles de volta mais tarde. — Pronto? — Sr. Caster pergunta. Eu não percebi que ele estava bem ao meu lado até que eu olhei em seus olhos. Muito suavemente, ele diz: — Pare de se preocupar tanto. Eles são a mesma família que você deixou há dois anos. Eles podem ser, mas eu sou o único que está diferente. Eu aceno com a cabeça, apesar de tudo. Eu não posso falar após o nó na minha garganta. Eu empurro a porta, pressionando duramente a barra de bloqueio, empurro, e então eu me encontro fora dos muros da prisão pela primeira vez em dois anos. Eu respiro fundo e olho para o céu. Então eu vejo meus irmãos esperando no final da caminhada e o nó na minha garganta cresce o dobro do tamanho. Eu pisco com força, tentando comprimir de volta a emoção. Paul, meu irmão mais velho, está em pé ao lado de Matt, que tem o maior sorriso no rosto. Seu cabelo havia crescido e ficou mais tempo do que eu já vi sobre ele. Ele me disse em uma carta que ele havia decidido deixá-lo crescer agora que ele sabe o que é perder tudo devido ao câncer. Ele está se recuperando. Eu perdi tudo, porque eu estava atrás das grades. Mas essa é uma das razões por que eu estava lá. Eu pensei que eu poderia ajudálo e acabei me metendo em confusão. Logan está de pé com seu braço sobre o ombro sua namorada Emily. Ela olha para ele como se ele pendurasse as estrelas e a lua. Ele aponta para mim e sorri e ela olha e grita. Em seguida, ela sai dos braços de Logan e corre em direção a mim com força total. Ela me bate forte no peito, envolvendo seus braços em torno do meu pescoço. Eu levantoa do chão e a giro em volta quando ela me aperta. Ela murmura no meu ouvido. — Estou tão feliz que você esteja voltando para casa, — ela diz. — Nós sentimos tanto sua falta. Eu olho em volta. Está faltando alguém. — Onde está Sam? — Eu pergunto. Seu rosto cai e ela olha para todos e depois para mim. Sam é meu irmão gêmeo, mas ele não está aqui. Meu estômago aperta. Eu realmente esperava que ele estivesse. — Ele está preso na escola. Você sabe como os horários escolares podem ser apertados. — Ela não me olha na cara, então eu sei que ela está mentindo. Eu coloquei meu braço em volta dela por um segundo e caminhei em direção a meus irmãos, mas

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apenas a alguns passos Paul me empurra longe de Emily e envolve-me em um abraço de urso. Ele me aperta com tanta força que empurra minha respiração para fora de mim. — Deixe-me ir, você é um grande boi, — Eu grunhi, mas quando o faz, ele agarra a minha cabeça entre as mãos e corre os dedos pelo meu corte de prisão. Meu cabelo está tão curto que não é muito mais do que uma penugem no topo da minha cabeça. Logan me dá um soco no braço e dirijo-me a olhar para ele. Logan é surdo e usa a linguagem de sinais. Mas, depois de oito anos de silêncio, ele começou a falar direito antes de eu ir para a prisão. Ele faz sinais, enquanto ele fala. — Alguém raspou seu couro cabeludo enquanto você estava dormindo? — Ele pergunta, apontando para seu cabelo. É tão estranho ouvir palavras saindo da boca de Logan. Ele passou tanto tempo sem falar. Mas Emily trouxe o melhor dele, incluindo a sua voz. — Parece que você passou três rodadas com um comedor de plantas daninhas. E perdeu. Antes que eu possa responder, ele está me puxando para um abraço. Logan é especial. Ele é perversamente inteligente e ele é ultra talentoso. Emily é sua e todo mundo sabe disso. Eles estão destinados a ficar juntos para sempre e ninguém duvidou que a partir da primeira noite em que ele a trouxe para casa, quando a jogou por cima do ombro mostrando sua calcinha Betty Boop. Logan me deixa ir e eu olho para Matt. Ele parece tão saudável que ele está brilhando. — Falando de cortes de cabelo, — eu disse, puxando uma mecha de seu cabelo. — Quando você acha que você pode obter um? Ele me dá um tapa do lado da minha cabeça de leve e me puxa para seu ombro. Deus, eu tinha sentido falta deles. — Nós vamos começar a chamar você de Cachinhos Dourados3, — advirto. Somos todos loiros e alguns de nós são mais loiros do que os outros. — Experimente, babaca, — ele brinca quando ele bate no meu ombro. — Tem sido um longo tempo desde que tivemos um bom jogo. Emily envolve seu braço ao redor do meu antebraço e aperta. — Eu acho que você está maior do que quando entrou, — ela diz. — Não há nada a mais para fazer senão malhar e ler. — Eu dou de ombros. — Eu ainda posso derrubá-lo, — diz Logan. Ele flexiona seus músculos. É tão bom ouvi-lo falar. Logan foi ferido em um acidente de carro logo depois que eu fui para a cadeia, e ele quase morreu. Eu queria ir tão seriamente por ele. Mas eles não me deixaram sair. — Eu ouvi dizer que você é um homem velho mole agora. — Eu mergulho quando ele tenta agarrar minha cabeça para uma chave de braço e eu danço longe dele. — Nada sobre mim é mole, — ele diz com uma risada. — Certo, Emily? — ele diz

3Cachinhos

Dourados: Personagem principal do conto infantil Cachinhos Dourados e os Três

Ursos.

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sorrindo. Ela lhe dá um soco no braço. Ele se inclina e a joga por cima do ombro. Ela grita e bate na bunda dele, mas ele não à solta. Ele nunca solta quando eles fazem isso. Ele começa ir em direção ao metrô, para que possamos ir para casa. O resto de nós o seguiu. Emily desiste e balança lá cima do ombro de Logan. Ela está perto do meu rosto, então eu me inclino e beijo sua bochecha. — Você está bem? — Ela pergunta em voz baixa. É ridículo porra do jeito que ela está apenas balançando lá. — É bom estar indo para casa, — eu admito. — Estranho, mas bom. Ela envolve as mãos em volta da boca e sussurra dramaticamente. — Temos cerveja no apartamento! Para seu aniversário! Eu sorrio. Passei meu vigésimo primeiro aniversário atrás das grades. Mas eu tinha a sensação de que não iria deixá-lo passar sem algum tipo de celebração. — Só cerveja? — Eu sussurro de volta, brincando. Ela pisca. — Pode haver algumas outras coisas também. Como vinho. Meus irmãos não fazem nada mais do que beber ocasionalmente. — Existe bolo? — Eu pergunto. Ela acena com a cabeça. — Sam fez. — Sam é o padeiro da família. É muito ruim que ele teve que jogar futebol para ganhar o seu caminho para a faculdade, porque ele seria um maldito bom padeiro. E ele seria mais feliz fazendo isso. — Então ele estava em casa neste fim de semana? — Ouvir que ele estava em casa neste fim de semana, mas ele não está lá agora é como uma faca no meu intestino. Esta porra dói. Eu não posso dizer que o culpo, no entanto. Ela acena e ela faz aquela coisa que ela faz, onde ela não me olha no rosto. Ela seria terrível no poker, porque ela não consegue mentir. — Quanto tempo você acha que ele vai me evitar? — Eu pergunto. Matt olha para mim, seu rosto procura o meu, mas ele não responde à minha pergunta.

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Sento-me no caminhão do meu pai e bato meu polegar no volante no ritmo da música. Eu deixei papai uma hora atrás e ele me enviou em uma missão porque ele odeia a ideia de eu estar sentada do lado de fora de uma prisão. Eu terminei a sua missão e agora eu estou esperando. Ele não pode me culpar por isso, pode? Eu congelo quando vejo três homens tatuados andando por onde estou estacionada. Eles são loiros e enormes. Mas um deles está de mãos dadas com uma garota, uma mulher bonita com o cabelo louro-sujo. Sento-me mais alto e vejo-os. Eles são amigáveis uns com os outros e você quase pode ver como eles estão felizes de estar juntos. O único que está de mãos dadas com a garota bate em seu traseiro e ela corre atrás dele até que possa saltar sobre suas costas. Ela se inclina para frente e o beija no rosto. Ele a derruba porque ela está fazendo sinais de algo para ele. Meus batimentos cardíacos gaguejam. Esta é a família. Tenho quase certeza disso. Eles são irmãos de Peter Reed. Peter Reed é alguém que eu queria conhecer há dois anos e meio. Ele me salvou uma noite, quando eu realmente precisava ser salva. Ele me encontrou encolhida em um cômodo na parte de trás de uma casa de fraternidade após que o impensável aconteceu. Estou encolhida perto da parede, ainda tremendo pelo que aconteceu. Ele apagou a luz quando saiu, então eu sento no escuro com os meus dentes batendo tão forte que meu queixo dói. Minha calcinha ainda está em volta do meu tornozelo, balançando ali, como o pedaço inútil de pano que é. Um lado está destruído, onde ele rasgou-a de cima de mim, mas eu não consigo fazer meus braços desembrulhar em volta de mim tempo suficiente para puxálos para cima. Ou para fora. Minha saia está na minha cintura. Ele não se incomodou nem mesmo de puxar para baixo quando ele terminou. Ele apenas sussurrou em meu ouvido sobre como ninguém jamais acreditaria em mim se eu dissesse, e como é melhor eu guardar para

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mim mesma se eu soubesse o que era bom para mim. Meu telefone tocou ao meu lado, sua tela brilhante, um farol na escuridão e eu olhei para ele. Quero pegá-lo. Provavelmente é um dos meus amigos me perguntando onde eu fui. Mas eu não posso desembrulhar meus longos braços o suficiente para alcançá-lo, também. Se eu desembrulhar, eu vou desmoronar. Eu não posso desmoronar. Eu simplesmente não posso. A porta se abre, e uma lasca de luz entra no quarto. Um jovem ri de alguém quando ele fecha a porta na cara de uma menina. Ele vira a luz e se inclina para trás contra a porta, xingando, brincando. Eu rastejo em minhas mãos para a sombra no canto. Talvez ele não me veja. Mas ele me viu. Eu posso dizer quando ele congela e amaldiçoa. Meus dentes ainda estão batendo e eu não posso extrair uma respiração completa. Ele se agacha na minha frente. — Ei, você está bem? — Ele pergunta. Ele estende uma mão para mim. Um som animalesco deixa minha garganta. É aquele que assusta até mesmo a mim e ele recolhe sua mão como se eu fosse um cão raivoso e ele estivesse com medo que eu fosse mordê-lo. O cara que acabou de sair, ele não tinha medo de mim. Depois de alguns minutos de me beijar muito, eu estava pronta para parar, mas ele me empurrou para baixo, arrancou minha calcinha, me segurou e me estuprou. Eu olho nos olhos azul-celeste deste homem e eles são tão diferentes dos marrons que me machucaram. Abro a boca para falar, mas apenas um rugido sai. Meu telefone toca novamente e eu olho para ele. — Você quer que eu pegue para você? — Ele pergunta baixinho. Ele o pega e em seguida, o coloca ao meu alcance. Eu o pego, tomando de sua mão quando eu agacho mais para o canto. Ele se arrasta para trás como se eu o assustasse. Eu olho para baixo na tela. Rachel: Onde você está, vadia? Eu vi você travando os lábios com o babaca. Saiu com ele? Eu preciso responder. Mas meus dedos estão tremendo muito. — Você quer que eu faça? — O homem pergunta. Ele pega suavemente o telefone da minha mão com um puxão sinuoso, e eu deixo-o ir. É inútil para mim. Estou tremendo muito para usá-lo. — O que você quer que eu diga? — Ele pergunta. Eu engulo em seco. Eu gritei quando começou, antes que ele cobrisse minha boca com a mão, bem antes que ele batesse com a minha cabeça no banheiro da bancada, e agora minha garganta dói. — Ajude-me. — As palavras são um sussurro, e ele se inclina mais perto, porque ele não pode ouvir o que eu estou dizendo. — O quê? — Ele pergunta baixinho. — Ajude-me, — eu digo. Ele olha para o meu rosto. Ele não olha para o meu corpo exposto. Ele só olha para o meu rosto, como se eu não estivesse sentada aqui com a minha saia levantada acima dos meus quadris, como se a minha camisa não estivesse aberta e rasgada. Como eu não estivesse sido estuprada. Suja. Usada. Eu puxo minha saia e ele olha ao redor do cômodo, abre um armário e coloca uma toalha desdobrada em cima de mim. Eu começo a ajustar a roupa por baixo. Ele olha para baixo e pega meus sapatos, os que eu devo ter chutado longe quando eu estava me debatendo. Ele os coloca ao lado dos meus pés. Ele

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vê minha calcinha que paira sobre o meu tornozelo e ele chega até eles levantando levemente a minha perna para que ele possa retirá-la do meu pé. — Eu preciso dela, — eu digo. Eu realmente, realmente preciso dela. Ele aperta e a prende em cima, como se eu estivesse colocando-a. — Ela está rasgada, — ele diz. — Eu preciso dela, — eu digo novamente. Uma lágrima rola na minha face e seu rosto suaviza. Ele encontra os restos de tecido, onde o homem que me estuprou rasgou na altura do quadril, e ele faz um nó em si. Ele a segura, como se eu fosse criança e precisasse de sua ajuda para me vestir. Eu coloco meus pés nela e fico de pé, instável em minhas pernas. Ele estende a mão para me apoiar. Minhas mãos estão tremendo tanto que eu não posso puxar a calcinha para cima. Ele me ajuda. Ele assobia uma respiração quando ele a puxa passando pelo sangue em minhas coxas. Ele levanta o olhar, olhando para o meu rosto, enquanto ele a puxa sobre meus quadris e então ele puxa minha saia para baixo para cobri-la. Eu abaixo a toalha e ele fecha a minha camisa com dedos gentis. Ele se inclina e pega meu celular onde eu deixei cair. — Posso chamar alguém para você? — Ele pergunta. Concordo com a cabeça. Mas eu não consigo pensar em quem. Eu não posso ligar para os meus pais. Eu não deveria estar nessa festa. Era para eu estar no meu quarto estudando. — Chame Rachel, — eu digo. Eu me inclino contra o balcão, sentindo como se eu não pudesse me segurar mais. Ele percorre meus contatos até que ele encontra o seu nome. Ele liga e eu posso ouvir o toque fraco através do telefone. — Olá, Rachel? — Ele pergunta. — Quem é você e por que você tem telefone dessa vadia? — Eu ouço Rachel perguntar. Ele olha para mim. — Você quer falar com ela? — Ele pergunta-me sobre o telefone. Eu balanço minha cabeça. Ele fecha os olhos e diz: — Meu nome é Peter Reed, e eu estou aqui com a sua amiga...— Ele para e olha para mim, franzindo as sobrancelhas juntas. — Qual o seu nome? — Reagan, — eu sussurro. — Eu sinto muito, — ele diz. E ele realmente parece que ele sente. — Eu não posso ouvi-la. — O tom é suave e muito mais simpático do que eu mereça. — Reagan, — eu lato. Eu gemo interiormente com a maneira que eu disse isso. Foi um suspiro. Mas ele me ouviu. Isso é o que importa. — Estou aqui com a sua amiga, Reagan. Ela precisa de você. — Onde? — Ouço Rachel dizer. — Apenas diga-lhe a festa. Banheiro principal, eu acho. — Eu olho em volta. — Você quer que eu vá encontrá-la? — Ele pergunta, olhando para mim sobre o telefone.

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Meu estômago aperta. — Não me deixe, — eu sussurro. Meu queixo treme e eu odeio isso. Mas este homem me faz sentir segura. Ele estende a mão e muito gentilmente coloca a mão sobre o lado da minha cabeça. Eu me afasto e ele imediatamente percebe que me tocar foi um erro. — Eu não vou sair. Eu prometo, — ele diz. Ele volta-se para o telefone. — Estamos no quarto dos fundos, no banheiro. Ela está ferida. — Ele olha para minha cara, enquanto ele diz. Não no meu corpo abusado. Seus olhos olham para os meus. — Ela é forte, — ele diz. — Mas eu acho que ela precisa de você. — Ele olha para o telefone. — Eu acho que ela desligou na minha cara. Concordo com a cabeça. — Obrigada, — eu digo. — Eu vou ficar com você, — ele diz para me garantir. — Eu não vou embora. Eu prometo. Concordo com a cabeça e encosto no balcão, cruzando os braços sob os meus seios. — Eu vou com você para que eu possa ter a certeza de ir para o hospital, — ele diz. Eu balanço minha cabeça. — Isso não é necessário. Ele olha nos meus olhos. — Você precisa ir, fazer alguns exames... Oh, eu estou indo para o hospital. Eu preciso ser testada para doenças sexualmente transmissíveis. E obter uma pílula do dia seguinte. E fazer todas as coisas que eu nunca pensei que eu teria que pensar, muito menos fazer. — Eu sei. Eu vou. — Eu vou com você. Eu balanço minha cabeça. Ele já viu o suficiente da minha vergonha. — Eu não posso ir embora e deixá-la assim. Há uma batida rápida na porta, e ele grita: — Quem está aí? — É Rachel, — diz uma voz abafada. Minha alma grita por ela. Concordo com a cabeça, e ele abre a porta. Ela corre e para perto. Seu rosto se contorce, mas ela o morde de volta rapidamente quando ela vê uma lágrima pelo meu rosto. — O que aconteceu? — Ela canta. Ela envolve seus braços em volta de mim e me puxa apertado. Eu choro em seu ombro, enquanto ela me abraça. Eu olho para ele através da cortina de seu cabelo e vejo que ele está piscando furiosamente. Ele funga e endireita sua espinha quando ele me vê olhar para ele. — Ela precisa ir para o hospital —, ele diz com a voz baixa. — Vou levá-la. — Ela olha em volta. — Como podemos tirá-la daqui sem ninguém vêla? — ela pergunta. Ele puxa seu capuz sobre a cabeça e caminha até mim. Ele junta-o para colocá-lo sobre a minha cabeça, mas ele pede permissão para fazê-lo com os olhos. Eu aceno e ele deixa-o cair em cima de mim e o seu cheiro me envolve. É um cheiro como uma mistura de cítricos e amadeirados. Isso me embrulha e mantém-me perto do seu corpo ainda quente. Puxo-o para baixo em torno de meus quadris. Rachel molha um canto da toalha que ele me deu mais cedo e limpa debaixo dos meus olhos. — Você tem arranhões em seu rosto, — ela diz. Então ela vê meu pescoço. — Ele sufocou você, — ela suspira. Mas ela se recupera

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rapidamente. Eu cubro meu pescoço com a minha mão. Essa não é a pior coisa que ele fez. Um rosnado baixo começa na barriga de Pete, mas posso ouvi-lo. Ele está com raiva de mim. — Obrigada, — eu sussurro para ele quando ela me leva até a porta, com sua mão segurando firmemente a minha. — Posso ir com você? — Ele pergunta. Rachel olha para mim para confirmação, mas eu balanço minha cabeça. — Posso pelo menos verificar você mais tarde? — Ele pergunta. — Como eu posso encontrá-la de novo? — Precisamos ir, — Rachel diz. Ele nos segue pelo corredor, através da cozinha barulhenta e da sala de estar. Ele protege meu corpo com a largura do seu e abre a porta para nós, para que possamos andar na frente dele. A mão de Rachel está na minha, mas eu sinto a necessidade de alcançar a dele, porque ele representa a força para mim. — Obrigada, Peter Reed, — eu sussurro. — De nada, — ele sussurra de volta. Ele abre a porta do carro para mim e eu cautelosamente sento. Estou dolorida então eu assobio. Ele enrijece. — Você tem certeza que não posso ir? Eu aceno. Eu coloco minha cabeça para trás e fecho os olhos. E deixo Rachel me conduzir para o hospital. Um grito me tira das minhas memórias. Eu vejo quando um homem loiro sai da frente da cadeia e a garota que estava com os três homens lança-se a Peter Reed. Eu sei que é ele. Eu não o vi desde aquela noite, mas estou completamente certa de que meu salvador acabou de sair da prisão. Uma batida soa na janela do passageiro e eu salto. Olho para o meu pai, que faz uma careta para mim através do vidro. Eu abro a porta e ele entra. Ele olha para a cena em frente de nós. — Você está feliz agora? — Ele pergunta. Meu pai é um advogado e ele assumiu o caso de Pete, quando eu descobri onde ele estava. Fui procurá-lo algumas semanas depois do ataque. Perguntei pelo campus até que eu finalmente encontrei alguém que conhecia um dos seus irmãos. Pete estava na cadeia por um erro tolo. Então, eu perguntei ao meu pai se podia ajudá-lo. Ele está trabalhando para tê-lo em liberdade desde então. Meu pai é bem conhecido na cidade por seu trabalho com o programa de detenção juvenil e ele faz um monte de trabalho gratuito para as pessoas que não podem pagar a representação. Papai descobriu que Pete tinha um advogado pago pela sua família, então ele pediu para ajudar no caso. Pete ainda tinha que ir para a cadeia, mas ele teve uma pena mais leve por causa da ajuda do meu pai. Pete não merece estar na cadeia. Ele merece é ganhar uma medalha de honra. Eu olho para meu pai e sorrio. — Sim, eu estou feliz agora. Você chegou a perguntarlhe sobre a vinda para a fazenda? — Pergunto muito timidamente porque meu pai me lê como se eu fosse um livro.

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Ele acena. — E então? — Minhas entranhas estão lançando ao redor e meu coração está acelerado. — Ele está vindo. Eu coloco a mão no meu peito e me forço a tomar uma respiração profunda. — Do que você espera se livrar vendo este garoto? — Papai pergunta. — Eu só quero agradecer a ele, papai. Papai sorri e revira os olhos. — Eu estava pensando que você queria ter seus bebês. Eu bufo. — Ainda não. Vou ver Pete amanhã. Eu não posso esperar. — Ei, garota, — ele diz em voz baixa. — Ele tem estado na prisão por dois anos. Ele pode ser um pouco mais difícil do que o garoto que você conheceu naquela noite há muito tempo. Papai fala sobre isso como se tivesse acontecido anos atrás. Mas isso acontece de novo e de novo na minha cabeça, todas as noites. — Ele ainda me salvou, papai, — eu digo em voz baixa.

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Eu não quero voltar. Eu não saí da prisão na noite passada. Nem por um minuto. E eu não pretendo estar no lado errado das grades novamente. Nunca. Mas aqui estou eu, de volta onde eu nunca quis estar. Eu estou fora da prisão, mas ainda assim... Eu estou vestindo jeans, tênis, uma camiseta e uma pulseira de monitoramento no meu tornozelo. Os meninos que estão na fila ainda estão com o uniforme da prisão. Eles não foram oficialmente liberados do programa de jovens ainda, mas este programa de voluntariado é o seu primeiro passo em direção a isso. As portas abrem na minha frente e eu passo para o ônibus, deslizando no banco da frente, empurrando-me perto da janela. Eu coloco minha mochila com meus poucos pertences no banco ao meu lado, esperando que o ônibus não esteja tão cheio que alguém tenha que sentar-se comigo. Um jovem atrás de mim senta-se para frente em seu assento. — Você vai para a fazenda também? — Ele pergunta. Seu hálito cheira como ele estivesse comendo o traseiro de uma mula. — Cara, senta, — eu resmungo. Eu admito. Eu estou com um pouco de ressaca. Ele se inclina para trás e eu coloco de volta minha cabeça contra a janela e estico as pernas ao longo do comprimento do assento. Mas, então, o nariz aparece na fenda entre o assento e a janela, bem perto do meu rosto. — Você vai para a fazenda, certo? — Ele respira pesadamente ao pé do meu ouvido. E eram duas mulas. Não apenas uma bunda que ele comeu. Meu Deus, alguém dê pra ele um Tic-Tac. Pego minha mochila e puxo para fora um pacote de balas de hortelã e passo-lhe uma. Ele joga na sua boca e sorri. — Sim, eu estou indo para a fazenda, — digo em voz baixa.

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— Eu também. Legal, não é? — Ele sorri. Ele é ainda mais jovem do que eu. Eu acho que ele tem dezoito anos, em comparação com os meus vinte e um. — Sim, legal, — murmuro. — Você estava preso por qual motivo? Eles sabem que eu estava na prisão? Por alguma razão, eu pensei que eu estava vindo como um tipo de mentor. Não como um ex-presidiário. — Deite-se e durma um pouco, — eu digo, fechando meus olhos. Eu realmente quero saber o motivo pelo o qual garoto estava preso, mas eu nunca iria perguntar. Isso seria rude. — Eu matei alguém, — ele diz. Abro os olhos e vejo que ele está sorrindo. Seus olhos um pouco maníacos e eles saltam de um lugar para outro. — Claro que você matou, — murmuro, mas foda-se tudo... Agora estou intrigado. — Não, realmente, — ele diz. Ele está animado de repente e ele esfrega as mãos. — Mais morto do que um prego. — Ele levanta o dedo como se fosse uma arma e a aponta, em seguida, faz um som pfewww com a boca. — Mmm hmm, — Eu cantarolo, fechando os olhos de novo. — Você já esteve lá antes? — Ele pergunta. Ele é como uma espécie de filhote de cachorro. Um filhote de cachorro que pode matar pessoas. Talvez um cocker spaniel4. Esses cachorrinhos sempre foram fodidos. Minha vizinha, a Sra. Connelly, tinha um e eu costumava passar por ele. Aquela coisa iria morder você tão rapidamente quanto iria olhar para você. — Onde? — Eu pergunto. — A fazenda, — ele diz, ficando todo animado novamente. Eu ouvi ele se movendo em seu assento como se ele não pudesse ficar parado. Na verdade chama-se Fazenda Cast-A-Way, com base nos folhetos que eu vi ontem. Eu forço meus olhos abertos. — Não. Nunca estive. — Nem eu. Mas conheço alguém que foi no ano passado. Ele disse que era bom. Exceto pelas crianças doentes e os que eram retardados. Eu fodidamente odeio essa palavra. — Eles não são retardados, — eu digo. — Eles são surdos. E alguns têm ES. E alguns têm autismo. E muitas outras coisas que os tornam especiais. Mas eles não são retardados. — Eu odeio rótulos, porra. Meu irmão, Logan, aquele que é surdo, tem sido chamado por mais nomes do que posso contar. — Oh, tudo bem, — diz ele. Ele balança a cabeça. — Tudo bem. — Ele repete a si mesmo. — Não use essa palavra de novo, — eu aviso.

4Cocker

Spaniel: Raça de cachorro.

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— Tudo bem, — ele diz. Ele acena, balançando sua cabeça como um cachorro de painel5. O motorista do ônibus chega e o meu oficial de condicional entra, carregando sua prancheta. Ele se senta no banco à minha frente e folheia sua papelada. Ele é grande e musculoso, e ele está se arrumando. Ele está vestido com uma camisa de gola V que estende-se apertada sobre os ombros e calças cáqui. Ele olha para mim e junta as sobrancelhas. — Você é Reed? — Ele pergunta. Abro os olhos. — Sim, senhor, — eu digo. Nos conhecemos na prisão, mas ele não deve se lembrar. — Como você fez pontos para este programa? — Ele pergunta. Eu dou de ombros. — Não faço ideia. — Eu tenho uma boa ideia que tinha algo a ver com o Sr. Caster, mas eu não sei o que aconteceu. Ele age como se fosse uma honra ou algo assim. Meu oficial da condicional franze as sobrancelhas novamente e ele alcança a sua prancheta. — Você é o único cujo irmão é surdo. Eu olho para ele. — Sim. Ele acena e coloca sua prancheta para o lado. — Haverá algumas crianças com deficiência auditiva no acampamento. E há um rapaz que tem ES e tem um tubo de traqueostomia, pois ele não pode falar. Você vai trabalhar com ele, como um tradutor. Aceno. — Parece bom. — Há quanto tempo você fala em sinais? — Ele pergunta. Meu irmão perdeu a audição quando eu tinha treze anos e isso foi há dez anos. — Cerca de dez anos. — Digo. Eu não estou completamente certo. Eu tenho falado em sinais há tanto tempo que eu nem percebo que estou fazendo isso na maioria das vezes. Ele se vira para que seus joelhos fiquem de frente para mim. — Qual o motivo por você ter sido preso? — Ele pergunta em voz baixa. Aceno em direção a sua prancheta. — Você já sabe, — eu digo. Eu fecho meus olhos novamente. Ele agarra meu pé e sacode. Eu puxo minha perna de volta. Isso é algo que um dos meus irmãos faria. — Eu prefiro que você me diga. — Posse com intenção, — digo em voz baixa. Eu realmente não quero Tic Tac atrás me ouvindo. Ele estende a mão para mim. — Meu nome é Phil, — ele diz. Eu aperto a mão dele. — Pete.

Do original Dashboard dog - Cachorro de pelúcia que fica preso ao painel do carro, que fica somente com a cabeça balançando junto com o movimento do automóvel. 5

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— Você não vai ser nenhum problema, vai, Pete? — Ele pergunta. — Não, senhor, — eu respondo. Nenhum problema. Eu quero ir para casa quando isso acabar. Ele acena. — É justo. Eu posso precisar de você para me ajudar com algumas das crianças mais jovens. — Ele aponta o dedo polegar em direção a parte de trás do ônibus. Aceno. Eu sou a pessoa mais velha aqui, além de Phil. Phil levanta-se e senta-se em frente à Tic-Tac e faz o mesmo procedimento. Eu o vejo fazer isso com todos. Há cerca de dez jovens no ônibus, todos com idade inferior a dezoito anos, se eu tivesse que adivinhar. Há um menino mais novo, que não se parece mais velho do que dezesseis anos. Dou um suspiro e fecho os olhos. Cruzo os braços sobre o peito e tento dormir. Se eu estiver correto, temos algumas horas pela frente até chegarmos à fazenda Cast-A-Way.

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A piscina está maravilhosa. É uma pena que está cercada por idiotas. Eu grito e cubro minha cabeça quando outro pula na água ao meu lado, me encharcando com seus salpicos, apesar do fato de que eu especificamente disse que não queria me molhar. Eu tenho um lugar para ir quando eu sair daqui. Chase coloca sua cabeça para fora da água e repousa sobre os cotovelos ao lado da minha cabeça, o seu nariz quase tocando o meu. — Não te molhei, não é? — Ele pergunta. Ele olha para mim apenas o tempo suficiente para me deixar desconfortável. Ou me dar vontade de dar um soco no nariz. Eu dou de ombros. O que vier primeiro. Ele vem com essas insinuações sensuais desde que eu saí para jantar com ele há duas semanas. Se eu pudesse fazer isto com alguém, não seria com Gerald Chase. Além disso, ele não sabe o que aconteceu comigo no meu primeiro semestre na faculdade. Ninguém sabe sobre isto, exceto a minha família, Peter Reed, Rachel e o homem que me traumatizou para o sexo para sempre. Eu quero dizer a Chase para se foder, dizer-lhe que ele pode simplesmente parar de tentar, porque eu nunca vou ser a garota fácil que vai cair na cama com ele. Mas eu não posso dizer-lhe que fui estuprada porque então ele vai olhar para mim com pena. Essa é a última coisa que eu quero. Eu finjo que não ouvi o comentário dele sobre me molhar. O tipo de molhado que ele está falando não está no meu vocabulário. Chase grunhe e volta para a água. Eu não sei por que eu o convidei. Ele trouxe seus amigos, e eu não sei qual deles me dá mais arrepios. Pior ainda, eles trouxeram suas namoradas. Elas são as mesmas meninas que olham para o meu irmão como se ele fosse uma espécie de espetáculo de carnaval. Chase está sobre mim e balança a água do seu cabelo. Seu joelho está diretamente ao lado da minha cabeça. Com um golpe de perna, eu poderia tirá-lo…

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Seus olhos estreitam e eu escuto o barulho de um ônibus chegando na garagem. Eu me levanto e pego minha toalha, me seco rapidamente e então eu puxo minha roupa por cima do meu maiô. — Desculpe Chase. Eu tenho que ir. — Aquelas são as crianças do acampamento? — Ele pergunta. Eu prendo meu cabelo em um rabo de cavalo bagunçado. — Sim. — Esta é a minha parte favorita do verão. Meu pai tem realizado seu acampamento aqui desde que meu irmão tinha três anos, quando nós percebemos que não havia um lugar seguro para mandá-lo para um acampamento onde ele poderia ser quem ele é, um menino normal com autismo. O primeiro ano que fizemos, convidamos apenas crianças com autismo. Através dos anos, isso cresceu. Agora temos crianças com necessidades especiais como a síndrome de Down, autismo, distúrbios do processamento, e este ano há ainda um grupo de meninos que vêm que são surdos. Estou animada. Esses meninos precisam de mim. E eles não me ameaçam. Eu não tenho pesadelos com eles me machucando... Não é como os outros. — Aquela é uma van da prisão? — Chase pergunta. — Sim, — eu digo. Todos os anos, o meu pai convida jovens do centro de detenção juvenil local para vir e ser voluntários no acampamento. Eles não são homens jovens violentos e são selecionados cuidadosamente, eles vêm com seu próprio diretor. Mas todos eles têm um histórico criminal. Eles ficam horas de serviço comunitário no acampamento. — Você tem certeza que é seguro? — Chase pergunta. — Sim, — eu digo. Eu estaria mais preocupada sobre Chase do que eu deles. — Vocês conseguem achar a saída, certo? — Pergunto por cima do meu ombro, realmente não importo com suas respostas. Eu calço meus chinelos de dedo quando chego ao portão e vejo meu pai vindo em minha direção. — Você está pronta para ir conhecer os novos campistas? — Ele pergunta, jogando o braço em volta dos meus ombros. Ele é uma das poucas pessoas que eu permito que me toque. Se mais alguém me agarrasse como ele faz, eu iria querer tirá-lo. Papai sorri para mim e beija minha testa. Minha mãe vem ao virar a esquina de casa e nos alcança, ela tem o meu irmão Lincoln atrás. Link não gosta de ficar de mãos dadas com ninguém e ele raramente olha alguém nos olhos, mas ele se parece como a maioria das outras crianças. Só que ele não é normal. Ele tem autismo. Ele fala quando quer falar, e quando ele não quer... Bem, não há muita chance de conseguir algo dele. Nós tivemos um monte de crianças com autismo no acampamento, todos eles têm necessidades especiais diferentes, e nenhum é igual ao outro. Eu estendo minha mão para Link para ele bater. Ele sorri de lado de uma forma que só ele faz, e ainda faz meu coração girar mesmo depois de todos esses anos. — O ônibus da prisão está aqui, — minha mãe avisa. — Eu vou falar com eles, — diz o meu pai. — Você vai descarregar as crianças e ajudá-los a se instalar. Eu realmente quero ir encontrar Pete, mas em vez disso eu tenho que ajudar a

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acomodar as crianças em suas barracas. Alguns deles têm cuidadores. Alguns deles não. Alguns deles têm um pai com eles. Os que não o fazem têm um conselheiro do acampamento atribuído a seus cuidados. Eles vão dormir com os meninos e sair com os meninos e certificar-se de comer, beber, tomar seus remédios e banho. Os conselheiros são todos do hospital local. Alguns são estudantes de medicina. Os jovens infratores não serão responsáveis pelas necessidades das crianças em tudo. Eles vão interagir com eles, mas de uma forma muito pequena. Minha mãe me dá uma prancheta e fixamos os crachás de cores com nomes em suas camisas, então vamos saber quem são os não-verbais em todos os momentos. Eu leio as descrições, vejo quais são suas necessidades especiais e faço anotações na minha cabeça sobre cada uma de suas necessidades especiais. Os meninos são sempre divertidos. Tivemos meninas aqui no mês passado, e as meninas são mais um desafio. Elas sempre têm drama. Os meninos são apenas garotos e eles querem montar nos cavalos, nadar na piscina e ter um bom tempo. Eles querem ser meninos, no sentido mais básico da palavra. E é aqui onde eles podem fazer isso. Quando as crianças estão todas acomodadas, eu saio para encontrar meu pai. Ele está sentado em cima de uma mesa de piquenique com os cotovelos sobre os joelhos, com as mãos pendendo para baixo entre suas coxas. Ele está dando o discurso que eu ouvi todos os anos desde que eu tinha onze anos. — Está sendo dada a vocês grande responsabilidade e eu só espero que vocês consigam isto, — ele diz. Ele aponta um único dedo. Eu estou atrás de uma árvore e sorrio, porque eu conheço esta parte do discurso. — Eu tenho uma regra, — ele diz. — Se você quebrá-la, eu vou mandá-lo de volta para o centro imediatamente. Todos os jovens olham para ele com rostos expectantes. — Minha filha está em casa para o verão da faculdade. Se você tocá-la, se você olhar para ela, se você falar com ela, se você pensar em coisas inadequadas sobre ela, eu irei cortar suas bolas fora enquanto você dorme. — Ele pega um machado que ele tinha sobre a mesa de piquenique para o efeito dramático e o bate na madeira. Ele espera por um minuto e eu vejo todos os jovens bolados. Eu cubro a boca para segurar uma risada. É sempre a mesma rotina. Ele ameaça e então eles passam a semana me evitando. Fico ali mais um pouco, até que eu sinto que ele acabou, e então eu preparo para ir falar com o meu pai. Ele está com o agente de condicional, então eu espero. Viro-me e levanto o pé para dar um passo, mas a ponta do meu chinelo engancha na raiz de uma árvore e eu tropeço, minhas mãos batendo quando eu cambaleio em direção ao chão. Mas antes que isso aconteça, braços fortes me pegam e eu caio em algo sólido. Eu rolo e olho para baixo. Eu tiro meu cabelo de frente do meu rosto. Estou em cima de Pete e ele está estendendo as mãos para o lado para não me tocar. Eu rolo para sair de cima dele. — Merda, — ele resmunga quando ele fica de pé. — Aposto que você é a filha. Eu fecho meus olhos por um segundo e tento controlar minha respiração. Eu queria falar com este homem por quase dois anos e meio. Mas ele olha para mim como se não me conhecesse. — E lá se vão minhas bolas.

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Meu olhar se fixa no seu. Seus olhos brilham. Ele aponta o polegar em direção ao meu pai. — Ele estava falando sério sobre o machado, não estava? Ele parece tão preocupado que eu sinto uma bolha de riso construindo dentro de mim, substituindo a dor que veio com ele não me reconhecendo. — Receio que sim, — eu digo, reprimindo um sorriso. — Figura, — ele resmunga, e caminha em direção a sua barraca, balançando a cabeça. Eu o vejo ir embora. Ele não se lembra de mim.

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Reagan. Porra, ela está linda. Então, novamente, ela é a primeira garota que eu tenho em minhas mãos em quase dois anos. Ela ali em cima de mim por um segundo, olhando para mim, e eu imediatamente soube quem ela era. Eu nunca vou esquecê-la. Mas a última vez que nos encontramos não era uma boa noite para ela. E ela provavelmente estaria desconfortável se eu a trouxesse de volta. Eu não quero ser mandado de volta para a cidade. Eu quero estar aqui. Eu quero trabalhar com essas crianças. Quero tirar esta maldita pulseira de monitoramento da minha perna para que eu possa voltar a ter alguma aparência de uma vida normal. Eu só quero ser Pete. Diabos, eu gostaria de saber quem Pete é. Eu tinha uma boa ideia do que a minha vida seria até quando meu irmão Matt ficou doente. Então as coisas ficaram todas fodidas. Então eu fiz o que fiz e acabei na cadeia. Foi tudo culpa minha e eu assumo toda a responsabilidade por isso, mas isso não significa que isto não foi um chutão na bunda. Ela tem os olhos verdes e as mesmas sardas que eu me lembro do outro lado da parte superior do seu nariz. Merda. Eu não posso nem pensar em coisas como essa. Se eu estivesse em casa, gostaria de convidá-la para jantar. Eu diria a ela sobre como eu a conheço. Gostaria de saber se ela está bem. Então gostaria de convidá-la para um encontro. Mas aqui, eu não sou nada. Nada além de um homem que terá suas bolas cortadas por falar com ela. Não tenho dúvidas de que o pai dela estava falando sério. Absolutamente sério. Ajusto minha tralha e continuo andando. Mas então ela olha para mim por cima de seu ombro. Sua face cora e meu coração começa a fazer um pouco de toc-toc no meu peito. Eu sou um ex-presidiário que ainda está em prisão domiciliar e ela está olhando para mim como se eu fosse um homem de verdade? Ela lambe os lábios e se vira para falar com outra pessoa. Eu quero que ela olhe para mim de novo.

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Seu cabelo loiro está úmido e está enroscado em um nó bagunçado em cima de sua cabeça. Ela não está usando maquiagem. As mulheres que conheço pintam seus rostos até estarem quase irreconhecíveis quando saem do chuveiro. Esta é toda natural. E eu gosto disso. Eu não deveria. Mas eu gosto. Eu podia olhar para ela durante todo o dia. Houve um segundo quando ela caiu em cima de mim que ela parecia estar com medo. Isso foi por causa do que aconteceu com ela? Será que ela ainda lembra de mim? Mas, em seguida, uma cadeira de rodas motorizada vem em minha direção. — Espere aí, Ligeirinho, — eu digo, dando um passo em frente. — Aonde você vai com tanta pressa? O jovem é loiro e claro, ele tem um pedaço de plástico saindo do seu pescoço. Ele faz sinal para mim, mas seus movimentos são bruscos e fora de equilíbrio. Eles não são leves como a língua de sinais é normalmente. Marshmallows, ele soletra com os dedos. Ele aponta o dedo dobrado para onde alguém está acendendo uma fogueira. Gostaria de saber se este é o garoto que irei trabalhar. Uma mulher mais velha corre atrás dele, sua respiração está ofegante. — Desculpe, — ela diz, agarrando seu lado. — É difícil mantê-lo nessa cadeira. — Ela estende a mão. — Eu sou Andrea. E este é o meu filho, Karl. Karl está animado em participar do acampamento este ano. — Eu aperto sua mão e caio na frente de Karl. — Você pode ouvir, certo, Karl? — Pergunto, assinando para ele. Ele balança a cabeça e sorri, mas é irregular e torto. Ele está tão malditamente animado que mal consegue ficar quieto na cadeira. Eu posso ouvir, ele sinaliza. Eu só não posso falar. Concordo com a cabeça. Eu entendo. — Quantos anos você tem? — Eu pergunto. Quinze. Ele olha em volta de mim em direção à fogueira. Eu acho que ele realmente quer chegar onde as outras crianças estão se reunindo. — Uma idade adorável, — sua mãe diz, revirando os olhos. Ele tem quinze anos? Ele não pode pesar mais que 45kg. Eu saio do seu caminho. — Vá pegá-los, Ligeirinho, — eu digo, balançando a cabeça em direção ao fogo. Ele sorri e rola para longe de mim, parando ao lado de onde Reagan está agora colocando sua cadeira perto do fogo. — Acho que ele já tem uma queda pela Reagan, — ela admite. — Reagan? — Eu pergunto. Minha Reagan? Reagan desperta mais emoção em mim do que eu possa imaginar. Eu sacudi isto para longe e olho para a mãe de Gonzo6. — Você pode me dizer um pouco sobre suas necessidades, então eu saberei com o que eu estou trabalhando. — Eu pergunto.

6Gonzo:

O nome original de Ligeirinho, do desenho animado, é Gonzales Speedy, por isso para encurtar o chamam de Gonzo.

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— Não é com o que você está trabalhando, — ela corrige. — E sim, com quem você está trabalhando. — Não foi isso que eu quis dizer, — Eu começo. Ela coloca a mão no meu braço. — Onde você aprendeu a linguagem de sinais? — Meu irmão é surdo, — eu digo. Ela acena, tomando minhas tatuagens e meus piercings, que eu nem poderia ter de volta depois que eu saí da prisão. Eu tive que me reperfurar na noite passada e eles ainda estão doloridos. Pelo menos eu não me sinto nu mais. — Eu não tive a intenção de insultar seu filho, — eu digo. Agora eu me sinto mal. — As únicas limitações de Karl são que ele está em um corpo que não faz o que ele quer fazer e que ele não pode falar. — Ela olha para ele do outro lado da clareira, com os olhos cheios de amor por seu filho. E exaustão. — Ele ainda tem todos os desejos e anseios de um menino de quinze anos de idade. Há apenas algumas coisas que ele não pode fazer. — Ela solta um suspiro. — Ele fica frustrado facilmente. Isso é a coisa mais difícil para ele. Sua mente é sã e seu corpo apenas não quer cooperar. Concordo com a cabeça. Eu sei qual é a sensação de estar fora de controle. — Por que você não faz uma pausa de uma meia hora ou assim? — Digo. — Eu vou sair com Karl. Seus olhos se arregalam e ela parece tão animada que eu gostaria de ter feito a oferta logo que chegou. — Sério? — Pergunta ela. Concordo com a cabeça. — Divirta-se. Eu vou cuidar dele. Lágrimas enchem seus olhos e percebo desesperadamente de uma pausa.

o

quanto

essa mulher

precisa

— Vejo você em trinta, — eu digo. Ela acena e caminha em direção a sua barraca. Ela está cansada, eu posso dizer. Eu ando até a fogueira. O sol mal se pôs e há apenas algumas crianças aqui. — Ei, Gonzo, — eu digo a Karl. Ele se vira e olha para mim, seu sorriso grande e bobão, tão malditamente adorável que eu já amo esse garoto. — Você está dando a Reagan um momento difícil? — Eu abaixo para me sentar em um tronco perto do fogo. Ela é realmente linda, ele sinaliza. Ele olha para ela, piscando os olhos azuis, o rosto inclinado na direção dela. Ela sorri para ele. — O que ele disse? — Ela pergunta. — Ele diz que você é realmente linda, — eu traduzo. Ele levanta as mãos em protesto. Você não deveria dizer a ela! Desculpe cara, eu sinalizo de volta, tentando não rir. Se você quiser falar sobre ela, eu vou ter que dizer a ela o que você diz. Eu pego no seu ombro e aperto. Esta é uma regra que veio com meus irmãos e nós sempre apoiamos isto. Você não começa a usar a linguagem de sinais para falar das pessoas. É para a comunicação. Então, a menos que você queira que ela saiba, é melhor mantê-lo para si mesmo. Traidor, ele sinaliza. Mas ele está sorrindo.

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Reagan cora, mas ela diz: — Obrigado, Karl. Acho que você é uma criança muito linda, também. Eu nunca vi uma criança sorrir tão grande. Ela olha para ele. — Você quer ir comigo para encontrar algumas varas para o fogo? Ele balança a cabeça e já está se movendo antes que ela esteja mesmo pronta para ir. — Você acha que devemos trazer o seu porta-voz? — Ela pergunta, balançando sua cabeça em minha direção. Ele sinaliza a mim. Eu cuido disso. Você fica aqui. Ele meneia suas sobrancelhas para mim. Não é uma oportunidade, idiota, eu digo de volta. Ele ri. É o primeiro som que eu o ouço fazer. Ela é muito velha para você. Talvez ela goste de homens mais jovens. Eu olho em volta como se tivesse perdido alguma coisa. Eu não vejo quaisquer outros homens aqui. Eu vejo uma mulher bonita e um menino que está esperando para obter alguma ação. Ele sorri e acena com a cabeça. Eu rio. Ela é muito velha para você. Então desencana. Encontraremos uma diferente para você. Uma que esteja na sua velocidade. Minha velocidade é mais rápida do que você pensa. Aparentemente. Ela se vira para trás, de onde ela está andando na frente de nós. — Você está falando sobre a minha bunda? — Ela pergunta. Ela nem sequer abre um sorriso. Gonzo aponta para mim como se dissesse: — Ele estava. Ela ri e cora novamente. Traidor, eu sinalizo, quando ela se vira. Ele ri, pulando um pouco em sua cadeira. Agora, tudo que posso fazer é olhar para sua bunda. Ela é bonita. Como uma princesa das fadas caminhando na floresta, pegando pedaços de pau. Quando seus braços estão cheios, ela olha para Gonzo e diz: — Você pode ser o meu herói e levar isso de volta? Ele balança a cabeça e a deixa encher seu colo com as varas. Ele se vira para leválos ao fogo e deixa-nos ali, pegando mais delas. — Volte depressa, — Eu chamo-lhe. Ele se vira para trás e sinaliza, mãos fora da minha garota. Eu mantenho minhas mãos para o lado e, em seguida, dou-lhe um polegar para cima. Ela se vira para mim e estende-lhe a mão. — Sou Reagan.

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Ela não se lembra de mim. Devo lembrá-la mesmo? Ela provavelmente trabalha duro diariamente para esquecer aquela noite. Tomo sua mão na minha e um calor brota dentro de mim. E não é porque se passaram dois anos desde que eu tive uma mulher em meus braços. Há algo sobre essa garota. Ela puxa a mão para trás e olha nos meus olhos. Eu quero perguntar a ela se ela sentiu isso. Ela limpa as mãos em seu jeans e eu percebo que ela estava apenas puxando para trás, porque as minhas mãos estão suando. Eu sou um idiota. — Pete, — eu digo. — Por que você o chama de Gonzo? — Ela pergunta. — Por que não? — Eu continuo a pegar pedaços de pau. — Ele é um menino doce, — diz ela. — Ele é um hormônio sobre rodas, — eu corrijo. Ela ri. — Pelo menos você o vê como um jovem normal. A maioria das pessoas vêem a cadeira. — Ela balança a cabeça e olha para mim. Eu me sinto como se estivesse olhando diretamente para minha alma. — O que te faz diferente? — Ela pergunta. Quer dizer que além de minhas tatuagens, piercings e o fato de que eu vim de prisão? Eu dou de ombros. Eu olho em sua direção. Ele já está em seu caminho de volta. — Acabei de ver um menino que quer ser tratado como um. — Chamo-lhe quando ele se aproxima. — Hey Gonzo, — eu digo. — Você pode levar um pouco mais? — Ele sorri e acena com a cabeça. O carregamos e ele sai de novo. Viro-me para ela. — Então, o que te faz diferente, Reagan? — Eu pergunto. Eu quero tocá-la, mas eu não me atrevo. Então, eu só olho em vez disso. Eu assisto os lábios e espero por ela para explicar o sentido da vida para mim.

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Ele tem os olhos mais azuis que eu já vi. É um pouco perturbador porque seus piercings chamam a atenção para longe de seus olhos e então você tem que encontrar o seu caminho de volta. Ele tem tatuagens por todo seu braço, dos seus pulsos até onde sua camiseta rompe os desenhos. Depois eles começam novamente e percorrem todo o caminho até o pescoço. Ele é largo e alto, ele é um pouco intimidante. Mas ao mesmo tempo ele não é. Ele me viu no meu ponto mais vulnerável e ele fez exatamente o que eu precisava. — Eu não acho que eu seja diferente, — eu digo. — Eu sou igual a cada uma dessas crianças. — Aceno em direção as barracas. — Não há melhor. Nem pior. Os mesmos medos. Mesmas necessidades. — Eu dou de ombros. Ele balança a cabeça lentamente e começa a pegar as varas novamente. Ele tem uma tatuagem na parte de trás do seu pescoço. A palavra Sam está escrito em letras grossas góticas. — Sam é sua namorada? — Eu deixo escapar. Eu imediatamente quero morder as palavras de volta, mas eles já estão lá fora. — Sam? — Ele pergunta. Eu esfrego a parte de trás do meu pescoço, em seguida, aponto para o dele. — A tatuagem. Ele sorri. — Oh, isso. Mas ele não elabora. Eu me sinto como uma idiota, mesmo por perguntar pela primeira vez. Eu não vou perguntar novamente. — Então, você veio para casa da faculdade? — Ele pergunta. Eu não posso acreditar que ele não se lembra de mim.

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Concordo com a cabeça. — Aonde você vai? — Ele pergunta. Ele olha para mim, esperando minha resposta. E eu não acho que eu já tive tanta atenção de um homem que eu realmente quizesse falar. Ele realmente se importa com o que eu digo. Ou pelo menos ele quer que eu ache que ele faz. — NYU, — eu respondo. — Junior este ano. — Meu irmão vai para a NYU. — Ele sorri. — Logan Reed? — Ele pergunta. Mas é uma grande faculdade. A chance de eu conhecer seu irmão é pequena. Mas eu sei sobre todos os seus irmãos, porque eu perguntei um monte de questões quando eu estava procurando por ele. Eu balanço minha cabeça. — Ele é surdo. Eu balanço minha cabeça novamente. A única vez que eu o vi foi fora da prisão ontem, nunca na faculdade. — Todo tatuado como eu. — Ele olha para seus braços, e aproveito a oportunidade para olhar para suas tatuagens. — Posso ver? — Eu pergunto. Eu não quero ser rude, mas eu realmente quero olhar para ele. Eu não quero tocá-lo, mas eu quero olhar. Ele sorri. — Você pode olhar, mas você não pode tocar, — ele brinca. É como se ele lesse minha mente. Meu coração começa a bater. Eu sou a última pessoa que ele tem que se preocupar em tocá-lo. — Porque eu gosto de minhas bolas exatamente como estão penduradas. Meu rosto inunda com o calor, mas não deixo a oportunidade de estudar os desenhos em sua pele passar por mim. Eu olho para a cruz que tem a palavra mamãe escrito dentro dela. — Qual o significado desta? — Eu pergunto. — Minha mãe morreu há alguns anos. Ele também tem a palavra pai com asas ligadas. — Seu pai morreu também? — Eu pergunto. — Ele foi embora depois que nossa mãe morreu. — Ele acalma. Ele está subitamente tenso, e eu odeio que eu perguntei. — Sinto muito, — eu digo. — Eu não quero a sua pena, princesa, — ele diz. Eu bufo. — Princesa? Ele balança a cabeça, seu olhar persistente em meus olhos, em seguida, em meus lábios. Ele lambe o seu e puxa seu anel labial em sua boca para brincar com ele com a língua. — Princesa, — diz ele lentamente. — Você não poderia estar mais longe da verdade, — eu digo. Ele me entendeu errado.

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— Eu duvido. — Ele olha para mim por um longo minuto. Meu estômago revira. De repente, ouço o barulho de botas pisando pela floresta. Eu olho para cima e vejo o meu pai andando em nossa direção, uma carranca em seu rosto e ele tem o machado na mão. Pete coloca imediatamente suas mãos na frente de seu colo e se distancia de mim. — Vá ajudar com o jantar. — Papai diz para mim. Ele olha para Pete. — Sim, senhor, — eu digo. Eu tomo as varas que Pete tem em seus braços e sorrio para ele. — Vejo você mais tarde, — eu sussurro. — Não vá, — ele sussurra de volta. — Quem vai proteger minhas bolas? — Princesas não fazem isso. — Eu sorrio para ele e vou embora. É difícil de fazer, mas eu nem sequer olho para trás por cima do meu ombro.

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Merda. Agora eu estou em apuros. — Você tinha uma regra, — o pai de Reagan me repreende. Ele levanta um dedo. — Uma regra! — Sim, senhor, — eu digo. — Eu me lembro. Eu não ficaria surpreso em tudo se disparasse fogo de sua boca e dos seus olhos. — Se você se lembra, então por que você estava sozinho na floresta com a minha filha, senhor Reed? — Ele pergunta. Ele está muito perto da minha cara. Mas meus irmãos teriam feito pior. Isso não é nada comparado a quando eles tentavam me estrangular. — Pete, — eu digo. — Perdão? — Ele olha para mim. — Meu nome é Pete, — eu digo. — Nós provavelmente devemos estar em uma base do primeiro nome, se você está indo tonar-se íntimo o suficiente para cortar minhas bolas fora. — Aceno para o seu machado. Ele solta a respiração, sorri e balança a cabeça. — Nós estávamos apanhando lenha, senhor, — eu digo. Ele aperta os olhos e olha para mim. — Posso confiar em você? — Ele pergunta. — Eu quero ir para casa quando eu terminar aqui, senhor, — eu digo. Eu quero essa porra de pulseira fora da minha perna. — Bom, boas maneiras, — ele murmura. — Quem te criou? — Ele pergunta. — O governo?

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— Não, senhor, — eu digo. — Eu tenho quatro irmãos. — Onde estão os seus pais? — Se foram. — Eu conheço a sua história, mas por que você acabou na prisão? — Ele é direto. Eu meio que gosto disso. — Escolhas estúpidas que eu fiz. — Eu chuto uma pedra no meu caminho para não ter que olhar para ele. Ele balança a cabeça. — Pelo menos você sabe que elas eram estúpidas. Eu dou um suspiro. — Senhor, eu fiz o meu tempo. Não me mande de volta. Eu prometo que não vou incomodar a sua filha e eu não vou deixar ninguém incomodá-la, também. Ele olha em meus olhos. — Eu acredito em você. — Ele começa a tirar uma folha pendurada perto de sua cabeça. — Minha filha... ela é especial. Eu não respondo, porque eu realmente não acho que ele quer que eu responda. Eu concordo com ele, no entanto. Ela é especial demais para alguém como eu. Ele faz um gesto para eu segui-lo. Ele caminha na direção do fogo, onde Reagan está sentada em um tronco ao lado da cadeira de Gonzo. Ele está olhando para ela como se ela fosse a primeira garota que ele colocasse os olhos e ela está olhando para ele como se ele realmente tivesse quinze anos. Quero dizer, ele tem quinze anos de idade, mas eu duvido que ele seja tratado como um com muita frequência. Ela olha para o pai dela e sorri. — Pai, esse é Gonzo, — ela diz. Ela sorri, mas Karl não a corrige. Eu acho que ele gosta do apelido. O pai dela estende a sua mão e Gonzo alcança para apertar. Eu não acho que o garoto recebe isto, muitas vezes, também. Ele parece quase honrado e eu percebo que ali mesmo que eu vou fazer o que for preciso durante o acampamento para me certificar de que ele tenha um bom tempo. Ele merece. Cinco dias para ser um garoto normal. — Reagan, — o pai dela diz, colocando a parte de trás de sua cabeça em sua mão grande. Ela olha para ele com expectativa. — Você conheceu Pete? Ela acena com a cabeça e morde seu lábio inferior. — Brevemente. — Não me deixe te pegar na floresta com ele de novo, — ele diz. — Pai, — ela reclama. — E não vá para a floresta com Gonzo, também. Ele parece ainda mais perigoso do que Pete. Seu pai faz uma carranca. Gonzo sorri. O pai dela aponta um dedo para ele. — Você pode me ouvir, meu jovem? — Ele pergunta. — Tirem as mãos da minha filha. — Ele se inclina e beija sua testa. — Eu sei que ela é bonita, mas ela está fora dos limites. — Ele aponta para mim e de volta ao Gonzo, indo

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e voltando algumas vezes. — Eu tenho meus olhos em vocês dois. — Sim, senhor, — eu digo, tentando parecer sério. Seu pai vai embora. Sento-me no tronco ao seu lado e olho fixamente para as chamas. O sol se pôs completamente e o dourado púrpura desvaneceu-se em um céu escuro cheio de estrelas. — Você quer um marshmallow? — Reagan pergunta. — Eu sou um menino da cidade. Nós não assamos marshmallows. — Eu balanço minha cabeça. — Gonzo, — ela chama. Ele balança a cabeça e esfrega seu peito para dizer ‘por favor’ em linguagem de sinais. — Ele disse por favor, — eu digo a ela. Ele sorri. Ela coloca um marshmallow em uma vara para ele e prende para que ele possa segurá-lo. Sua cadeira impede de ficar muito perto e sua vara não é suficiente. Ele visivelmente murcha. Então eu pego duas varas e uno-as, fazendo uma longa. Eu passo de volta para ele. — Você quer que eu faça isso para você? — Ela pergunta. Ele balança a cabeça. Eu posso fazer isso. Eu coloco minha cabeça para trás e olho para as estrelas. Mas, em seguida, um outro grupo de crianças chega e alguns deles são surdos. Estou ocupado pela próxima hora, apenas tentando traduzir para todos eles. O tempo voa e é mais tarde do que eu pensava que era. — Gonzo, você vai se transformar em um marshmallow, se você comer mais um, — advirto. Ou isso ou ele vai ficar doente. Mais um? Ele pergunta, erguendo um dedo. — Se você ficar doente, eu não vou limpá-lo, — eu aviso com uma risada. Reagan coloca outro marshmallow em sua vara. Ele se recusou a desistir, mesmo quando outras crianças estavam esperando para assar marshmallows. Eu não tenho coração para tirar isso dele. O resto das crianças foi para a cama. Gonzo é um dos mais antigos aqui. Eu vejo sua mãe andando nas sombras. Ela veio vê-lo há meia hora, mas ele estava se divertindo tanto que eu pedi para deixá-lo mais um pouco. O cabelo dela está agora solto e seu rosto está gentil. Ela tem as mãos enfiadas nos bolsos. Está ficando frio aqui fora. — Você está pronto para a cama, Karl? — Ela pergunta. G-O-N-Z-O, ele sinaliza. Eu rio e balanço a cabeça. — Ah, ele é Gonzo agora, não é? — Ela soca as mãos nos quadris. — Você tem um nome muito bom. Não sei por que você gostaria de ser chamado assim. Soco seu ombro. — Cara, isso era o nosso segredo. — Eu sinalizo para ele. Você não deveria dizer tudo a sua mãe. Eu ergo minhas mãos como para dizer, que diabos. Eu sei muito bem que sua mãe sabe a língua de sinais. Ele ri. Obrigado por esta noite. Ele olha diretamente em meus olhos. Ele está meio nervoso o resto do tempo, mas agora, ele está me dizendo algo, mesmo sem usar palavras ou linguagem gestual, e ele está tão quieto e sério. Eu olho para Reagan. — Ele disse obrigado por esta noite.

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Ela sorri e acena com a cabeça. — De nada. Ele aponta para mim. Não vai cantar a minha garota quando eu sair. Eu mantenho minhas mãos para cima. — Eu prometo não tentar nada com a Reagan depois de você sair. Eu só vou dar de cima dela quando você estiver aqui. Traidor, ele sinaliza. — Cara, eu avisei. — Mas eu rio. Reagan abaixa a cabeça e não encontra o olhar de ninguém. — Boa noite, vocês dois, — diz a mãe dele. Gonzo acena e sai atrás dela. — Você é muito bom com ele, — Reagan diz calmamente. — Ele é fácil de gostar. Ela pega a vara que ele deixou e coloca um marshmallow nela. Ela a segura para mim. — Aqui está, garoto da cidade. Seu primeiro marshmallow assado. — Bem, eu vou ser amaldiçoado, — eu digo, tomando a vara dela. — Você tem um dos meus primeiros. Ela congela. Merda. Eu cometi um erro. — Eu só estava brincando, — eu corro para dizer. Estou olhando em seu rosto e ela olha em todos os lugares, menos para mim na fogueira. — Eu não deveria ter dito isso. Em voz alta. Eu ainda não coloquei o marshmallow nas chamas. Ela estende a mão timidamente e envolve a sua mão ao redor da minha. Ela vira seu pulso e move a minha mão mais para perto das chamas. — Como isso, — ela sussurra. Ela está tremendo, mas ela não se deixar levar. — Você está bem? — Pergunto baixinho. Ela sorri para mim na escuridão. — Eu estou bem. Respiro fundo. Eu não sei como perguntar. — Não, — eu digo. Ela olha para mim. — Depois daquela noite. Você está bem depois do que aconteceu naquela noite? Ela endurece ao meu lado. — Você se lembra de mim, — ela sussurra. — Eu penso em você o tempo todo, querendo saber o que aconteceu naquela noite depois que você saiu. Ela exala lentamente, como se ela estivesse fortalecendo-se. — Obrigado pelo que você fez. — De nada. — Eu não preciso de seu agradecimento, mas eu sinto que ela estava esperando para me dizer isso. Eu observo enquanto os marshmallows assados ficam com uma dourada camada cremosa. Uma chama roxa o traga e ela sacode as mãos para trás, levando o marshmallow até os lábios para que ela possa soprar o fogo. Ela faz um biquinho e assopra e eu sinto isto profundamente no meu centro. Eu quero beijá-la tanto que eu já posso quase sentir seu sabor. — Eu sei, eu não conheço você,

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mas eu sinto como se a conhecesse. Depois daquela noite, eu sinto que você é uma parte de mim. — Minhas palavras são tão insensatas que eu mordo para trás qualquer outra estupidez que possa sair de meus lábios. — Eu me sinto da mesma maneira, — ela diz. — Eu não sei se isso faz você se sentir mais normal. Pelo menos eu não estou sozinho em meus pensamentos. — Eu daria qualquer coisa para te beijar agora, — eu digo baixinho. Merda. Eu disse isso em voz alta, também? Ela sorri, mas ela ainda não olha para mim. Ela parece quase... arrependida? — Eu daria qualquer coisa para você não fazer, — ela diz em voz baixa. Ela inclina a vara para que o marshmallow esteja o mais próximo de mim. Ela poderia muito bem ter me dado um soco no estômago. Tem sido dois anos e meio. — Você não o deixou roubar tudo de você, não é? — Espero que ela não tenha. Se ela tiver, ele ganha. Ele a estuprou e ele levou ainda mais do que isso. — Eu procurei por você depois daquela noite, — ela diz. — Eu pedi a meus irmãos para vê-la, quando fui para a prisão, — eu admito. Eu olho em seus olhos quando eles se atiram para encontrar os meus. — Não de uma forma assustadora como um perseguidor. Ela sorrir. — Você vai comer isso? — Ela pergunta, apontando para o marshmallow. — Está queimado. — Ela não quer falar sobre aquela noite e isto está bem pra mim. — Algumas pessoas gostam deles assim. — Eu assisti crianças suficientes comerem marshmallows carbonizados para saber que ela está dizendo a verdade. — Se você não vai comê-lo, eu vou. — Ela levanta uma sobrancelha para mim. — Vá em frente, princesa, — eu digo. Ela retira-o da vara, descasca metade do revestimento exterior e passa o resto para mim. Ela fala em torno da gosma quente. — Experimente, — diz ela. Eu faria qualquer coisa que ela me pedisse para fazer agora. Eu como o marshmallow. — Eu não entendo por que as pessoas gostam dessas coisas. Isso não é tão bom. — Amanhã à noite, vamos fazer s'mores. — Ela esfrega as mãos como se estivesse nervosa. — Que porra é um s'more? — Eu pergunto. Ela ri, jogando a cabeça para trás. Seu cabelo cai nas costas e eu quero juntá-lo e envolvê-lo em torno da minha mão para ver se ele é tão macio quanto parece. — O s'more é um marshmallow assado, um quadrado de chocolate e um biscoito de Graham, pressionados juntos para fazer um sanduíche. — Qualquer coisa é melhor com chocolate, — eu digo. Minha mãe costumava dizer isso. Eu não sei por que eu senti a necessidade de fazer esse comentário em voz alta. — É verdade. — Ela não fala.

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Ficamos quietos, as chamas crepitantes, o único som além de grilos e o ocasional grito dos garotos para perguntar sobre os cuidados. Antes, quando eu estava com as meninas, era tudo sobre a tentativa de tirar suas roupas. Já se passaram dois anos desde que uma mulher me teve dentro dela e neste exato segundo, eu não posso imaginar que gosto mais do que o que eu estou fazendo agora. — Me desculpe se eu fiz você se sentir desconfortável pedindo um beijo, — eu finalmente digo. Ela bufa. — Pelo menos você pediu. — Fico feliz que você goste, porque eu poderia continuar perguntando até eu conseguir um. — Ela ri quando ela balança a cabeça. — Você prometeu a Gonzo que só ia colocar as jogadas em mim quando ele estivesse por perto. — Vamos acordá-lo, então. — Eu faço como se eu fosse me levantar e ela pega a minha mão para me impedir. Eu a sinto tremer novamente. Sento-me, mas desta vez, eu estou um pouco mais perto dela. Ela fica quieta por um momento. — Isso é bom, — ela diz. Coloco uma mecha de seu cabelo atrás da orelha e ela recua. — Eu te assusto? — Pergunto. Eu tinha apenas saído da prisão. Mas é mais do que isso, eu tenho certeza. Com o que aconteceu com ela, ela provavelmente tem um monte de merda intensa em sua cabeça. Ela balança a cabeça. — Não. Você não vai me machucar. Ela pega um pedaço de pau e começa a desenhar no chão, seus braços envolvem seus joelhos até que ela está dobrada em uma bola. Ela olha para cima, seus olhos verdes brilhantes à luz do fogo. — Eu só não gosto de ser tocada. — Ela encolhe os ombros. — Isso é tudo. — Podemos trabalhar para contornar isso, princesa? — Isto vem mais como um sussurro. Seus olhos se enchem de lágrimas e ela pisca-os furiosamente. Eu quero tocá-la, mas eu tenho a sensação de que seria a coisa errada a fazer. — Sou eu, — ela diz. — Não você. — Ela espera uma batida. — Tenho certeza de que você é um beijador perfeitamente incrível. E eu estou perdendo uma das melhores experiências de todos os tempos. — Ela coloca a mão em seu peito. Ela está me provocando agora. Isto é melhor do que o momento de antes. É mais fácil lidar com eles. Mas eu quase anseio a quietude, os sussurros cheios de emoção. — Você já beijou um monte de mulheres? — Ela pergunta. Ai. Tenho certeza de que ela não quer a verdade. — Algumas. — Algumas centenas? Algumas milhares? — Ela ri. É um som metálico, oco. — Algumas, — repito. — Fica uma sensação mais comum depois de um tempo? Como se seu coração

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parasse de sentir isto, como se ele fosse bater fora do seu peito depois de ter feito isso umas mil vezes? Eu rio. — Não se você está fazendo a coisa certa. — Eu ajusto meu corpo, curvando sobre meu colo um pouco. Suas palavras sussurradas e olhares cheios de calor estão me afetando e eu serei amaldiçoado se eu quero que ela veja isto. — Você sente que o seu vai bater fora do seu peito quando você beija um homem? Ela balança a cabeça. — Não. — Então por que você está perguntando? — Eu pergunto. — Eu sinto isto agora, — ela diz. Ela se levanta e quero agarrá-la e puxá-la para mim. — É melhor eu ir para a cama. — Ela se alonga e eu posso ver uma pequena faixa de pele entre a parte inferior de sua camisa e calça jeans. Eu chego e puxo sua camisa para baixo. Ela cobre a barriga com a mão, como se quisesse bloquear meu toque. Ela olha nos meus olhos. Ela não diz uma palavra. — Eu já posso te beijar? — Eu deixo escapar. Deus, você vai pensar que eu nunca tinha visto uma garota antes. — Não. — Ela ri. — Posso ficar perguntando? Ela acena com a cabeça. É um puxão rápido, quase imperceptível, mas ela está mordendo o lábio inferior e sorrindo. — Boa noite, — ela diz. — Boa noite, — Eu digo volta. Ela anda na escuridão, até que isso a engole.

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Meus joelhos ainda estão bambos quando eu chego em casa. Eu entro pela porta da cozinha e encontro meus pais sentados à mesa com xícaras de café. Eles estão falando em voz baixa. — Divertiu-se? — Minha mãe pergunta. Ela olha para mim por cima da borda de sua xícara de café. Ela se parece muito comigo, com seu cabelo loiro-escuro e sua pele beijada pelo sol. Meu pai diz que ela parecia comigo quando eles se conheceram. Seu cabelo é completamente em linha reta igual ao meu e ela é alta e esbelta como eu, mesmo depois de todos esses anos. Concordo com a cabeça em resposta à sua pergunta. — Estávamos assando marshmallows. Ela arqueia uma sobrancelha para mim. — É disso que eles estão chamando agora? Quando eu era jovem, era chamado apenas de paquera. Calor sobe no meu rosto. — Eu não estava flertando. — Mmm hmm —, ela cantarola. Mas ela está sorrindo. — A deixe, — meu pai rosna de brincadeira. — Qual é o nome dele? —, Ela pede. Estou propositadamente obtusa. — Gonzo. Meu pai bufa. — Gonzo é o de quinze anos de idade, que estava saindo com Pete, o mentor para os garotos do centro de detenção. — Pete, hein? — Mãe pergunta. Mamãe sabe que Pete é o único que me encontrou. — Como ele é?

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Eu dou de ombros. Suas sobrancelhas se unem. — Você obtém as vibrações estranhas dele? — Mãe, — eu aviso. — Deixe-o em paz. — Pete é um mentor? Ou ele é um ex-presidiário? — Mamãe olha com curiosidade para o papai. Papai acena. — Ele está fora da prisão em liberdade condicional. Mamãe inala rapidamente. Papai atira-lhe um olhar. — Ele não fez nada de violento, não é? — Mãe pergunta. Meu coração para. Ele tropeça em meu peito e, em seguida, para completamente. Não me atrevo sequer a respirar até eu ouvir a resposta. — Eu não o teria admitido se ele fosse violento —, papai diz. Ele aponta para uma pilha de pastas com seu cotovelo. — Eu acabei de ver sua ficha novamente, para ver se há mais que eu possa fazer para ajudá-lo. — Ele sacode a cabeça para ele. — Quer que eu lhe dê uma visão geral? Eu balanço minha cabeça. — Eu não preciso. — Eu prefiro ouvir isso de Pete. — Ele parece ser legal. — Eu encarar o pai. — Mesmo que o papai tenha ameaçado cortar suas bolas fora. Mamãe cospe em seu café. — Hey, funciona —, diz ele. Mas ele está sorrindo. Mamãe bate em meu cotovelo. — Como vão as coisas com Chase? Eu balanço minha cabeça. — Ele não é meu tipo. Meu pai diz em uma voz melodiosa: — Mas Pete é o seu tipo. Eu pego a vareta que ele descartou em cima da mesa e jogo nele, mas um sorriso aparece em meus lábios. — Ele é muito legal. E eu prometo não engravidar. — Levanto-me rapidamente, enquanto ele ainda está rolando em torno de sua cabeça. — Boa noite, — Eu gorjeio enquanto começo a subir as escadas. — Seria difícil você ficar grávida se eu cortar as bolas dele fora!— Pai grita para mim. Eu rio e balanço a cabeça. Eu paro no topo das escadas e ouço. — Eles estavam terrivelmente perto lá pelo fogo —, diz a mãe. — Eu estava assistindo pela janela. — Há uma pausa tranquila. — Será que ela o deixou tocá-la? — Não, mas ela o tocou. — Ele solta um suspiro. — Ela nem sequer tentou dar um soco na garganta dele. Certo. Eu posso ser um pouco agressiva. Tudo começou depois do meu ataque com as aulas de autodefesa. Então eu percebi que eu sou realmente boa em artes marciais. Eu não posso evitar se algumas pessoas me fazem querer chutá-las.

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— Isso é um começo. — Mãe cantarola. Eu balanço minha cabeça. Eu não estou começando nada. Ele é apenas um homem que não me faz querer correr na outra direção. Isso é tudo o que ele é. Ele não é nada mais do que isso. É estranho, porque se eu o julgasse com base apenas em sua aparência, eu estaria correndo o mais rápido que pudesse. — Ele é um bom garoto, é o que parece —, diz papai com um suspiro pesado. — Ele cometeu um erro estúpido. — Ele é meio quente com todas as tatuagens —, diz mamãe. Ela ri, e eu ouço meu pai rosnar. Ela grita, e eu me retiro. Eles não precisam de um público para essa parte. Eu paro no quarto de Lincoln no caminho para o meu e bato na porta. — Entre —, ele chama, mesmo que a porta esteja aberta. Ele está sentado no chão empilhando blocos para fazer uma torre. Mas as torres de Link não são como outras torres. São obras complicadas de arte baseadas em teorias e outras coisas numéricas que eu não entendo. — Você se divertiu no campo hoje? — Eu pergunto. Nós estávamos lá apenas para a instalação, e acampamento não vai realmente começar até amanhã, mas ele tem que andar por aí e olhar para as pessoas que ele verá na parte da manhã. Eu passo em seu quarto e me sento cautelosamente na beira de uma cadeira. Ele balança a cabeça. Ele olha em minha direção, mas ele não faz contato visual. Ele não olha as pessoas nos olhos com frequência. Quando ele faz, normalmente é um erro. E, muitas vezes termina em um colapso. — Será que você conheceu todos os meninos legais? Ele balança a cabeça novamente. Ele só fala quando quer. — Eu te amo —, eu digo. Ele olha para cima, quase encontrando o meu olhar. Em vez disso, seus olhos vão em direção a minha orelha. — Eu também te amo —, diz ele em voz baixa.

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O fogo está quente contra as minhas pernas, fazendo-as coçar. Eu coço, tentando com as minhas unhas aliviar um pouco o desconforto. Tenho estado aqui desde que ela saiu, e tem sido um passa-tempo. Por alguns minutos, eu pensei que ela poderia voltar. Inferno, isto está provavelmente em minha cabeça, ela não está interessada em mim. Eu olho para a grande casa onde ela mora. É perfeita. Cerca de piquete branca. Acres de terras de pastagens. Uma casa tipo Anne of Green Gables7. Eu não li o livro. Eu assisti a série da PBS8, quando minha mãe estava assistindo. Passava depois de A Vila Sésamo9. Não havia mais nada a fazer senão sentar-se com ela e assistir. Meus irmãos me zoaram sobre isso, mas eu não me importei. Senti alguém se sentando ao meu lado. Meu coração salta até eu perceber que é apenas Phil. Ele corre a mão pelo cabelo muito longo e grunhe. — Como vai, Pete? —, Ele pergunta.

7Anne

of Green Gables:é um romance da escritora canadense L. M. Montgomery. Sua história narra o crescimento e as aventuras de Anne Shirley, uma menina órfã enviada para uma fazenda na Ilha do Príncipe Eduardo. PBS é um canal de TV americano voltado para o público infantil que exibe e produz em grande parte desenhos animados. 8

9A

Vila Sésamo: foi uma série de televisão, uma versão brasileira baseada no programa infantil norteamericano Sesame Street (criado pela Children’s Television Workshop de Nova York, baseado em opiniões e conceitos emitidos por técnicos de educação e agência de publicidade).

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O fogo está apenas em brasas agora. Ainda está quente, mas não está em chamas. — Indo bem. — Você fez um bom trabalho hoje à noite. — Ele olha para mim com o canto do olho. — Eu não fiz nada. — O acampamento realmente começa amanhã. — Ele olha para mim. — Você está pronto? — Eu acho. — Eu dou de ombros e chuto uma pedra com o meu dedo do pé. — Eu vi você falando com Bob? Eu olho para cima. — Quem é esse? Ele aponta para a casa grande. — Bob Caster. O proprietário da fazenda. — Oh, sim. — Eu nunca o ouvi sendo chamado de Bob. — Ele me pegou conversando com Reagan. — Eu sorrio. Apenas o pensamento dela me faz sorrir, e eu não coloquei um dedo nela. Phil assobia. — É melhor ter cuidado. Eu o vi derrubar meninos muito maiores do que você. Eu bufo. Eu não consigo ver isso acontecendo. — Você me faz lembrar de quando ele era mais jovem. Ele era um garoto grande, assustador, com um monte de atitude. — Você o conhece há tanto tempo? — Vinte e cinco anos atrás, ele era você. — Ele balança a cabeça quando eu olho para ele. — Eu? — Em linha reta fora da prisão, cheio de energia e excitação, e pronto para uma luta. Ele teve uma atitude maior do que qualquer um que eu já conheci. — Ele ri. — Eu era seu oficial de liberdade condicional. — Uau —, eu digo. — O que ele fez para acabar na prisão? Ele encolhe os ombros. — Erro estúpido, assim como o seu. — E eu não tenho uma atitude, — eu corrigi. Eu me comporto muito bem. Meus irmãos irão chutar a minha bunda se eu for desrespeitoso. Particularmente Paul. — Você tem um verdadeiro talento com as crianças. Especialmente crianças com necessidades especiais. Você já considerou o trabalho social? Você poderia ajudar um monte de gente. Eu realmente nunca dei qualquer pensamento. Eu tenho medo de planejar um futuro com medo de que algo ou alguém iria entrar no meu caminho antes que eu pudesse começar a andar. — Eu não sei —, eu cubro. — Pense nisso. Você tem tempo. — Ele faz uma pausa por um momento, mas não é desconfortável. — Quais são seus planos para depois disso? —, Ele pergunta.

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Eu dou de ombros. — Talvez a faculdade. Eu não sei. — Eu tenho a minha GED10 atrás das grades, mas a faculdade é cara e não temos muito dinheiro. — Eu trabalho com meus irmãos na loja de tatuagem. — Eu olho para a casa grande. A luz só vem em uma janela do andar de cima. Eu me pergunto se é o quarto de Reagan. Phil sorri quando vê a direção do meu olhar. — O que está acontecendo com Reagan? —, Ele pergunta. — Nada. — Ainda. — Você gosta dela? — Ele é como um cão com um osso. Indo para roer que a cadela em sua apresentação. Eu dou de ombros. — Tenha cuidado com ela, está bem? —, Ele pergunta. — Por quê? O que há de errado com ela? — Será que todo mundo sabe o que aconteceu com ela? — Ela é cautelosa com os homens. — Então ela está na porra do lugar perfeito para ficar longe deles. — Um acampamento cheio de homens e meninos. Isso é inteligente. — Ela está aqui para as crianças. — Estou aqui para as crianças, também, — eu lembro. Ele balança a cabeça. — Basta ter cuidado. Eu pretendo. Ele se levanta e se estica. — É uma sensação estranha, estar aqui —, digo em voz baixa. Por dois anos, eu estive trancado em uma cela. — Eu não sei bem o que fazer comigo mesmo. — Eu olho em volta. — Especialmente com todo esse espaço aberto. Por dois anos, eu não tive escolhas. Eu comia, quando as pessoas me diziam para comer e tomava banho quando as pessoas me diziam para tomar banho. Este lugar é o oposto de confinamento, e estou me sentindo um pouco irritado sobre ele. Phil se senta novamente. — Diga-me o que você está sentindo. — Você vai fingir ser o Dr. Phil agora? — Eu mordo de volta uma bufada. Algo sobre a seriedade de seu rosto para meu próximo comentário. — Como está o seu relacionamento com seus irmãos? —, Ele pergunta. Eu prefiro falar sobre os malditos sentimentos. — Tudo bem, — eu mordo fora. — Você tem quatro, certo?

GED – General Educational Development – teste usado para avaliação do ensino médio, nos casos onde a pessoa não obteve, pelas vias tradicionais, o diploma. 10

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Concordo com a cabeça. — Três mais velhos: Paul, Matt e Logan. E um da minha idade, Sam. Meu irmão gêmeo. Só que ele está na faculdade agora em uma bolsa de estudos para jogar futebol, e eu estou aqui. — Por que você não soa amargo sobre isso? —, Ele pergunta. Sam estava comigo quando eu fui pego descarregando o caminhão. Nós dois estávamos lá. Pegamos algum serviço de um homem em nosso bairro. Sim, era ilegal, e sim, eu fui pego. Mas Sam estava comigo quando ele caiu. Eu disse a ele para correr. Eu fui pego. Eu fui para a cadeia. E Sam não o fez. Sam está jogando futebol e vivendo a vida que eu queria. — Eu não sou amargo, — eu digo. Não é culpa de Sam que eu também estava carregando uma mochila cheia de drogas. Eu fui preso por posse com a intenção de vender. Eu vou ser um criminoso para o resto da minha vida. Phil concorda. O silêncio de repente é opressivo. Não como era quando Reagan estava aqui fora. — Matt é aquele que estava doente? — Ele pergunta. Eu não gosto de falar sobre Matt. Ele quase morreu, e custou dinheiro levá-lo em uma pesquisa química. A pesquisa salvou sua vida, pelo menos por agora. Ele pode precisar de mais tratamento. É por isso que eu estava trabalhando com Bone, o homem que detinha os bens que eu estava descarregando. Ele também é o homem que me deu as drogas para vender. Ele é a razão pela qual eu estou aqui. Bem, eu sou a razão pela qual estou aqui. Mas ainda assim. — Sim, Matt estava doente. — Como é que ele está agora? Matt me escreve toda semana. Ele me diz todas as histórias sobre os meus irmãos e Emily, e ele diz que está tudo bem. Mas eu não tenho como saber se estava tudo sol e arco-íris, quando eu fui embora. Quando cheguei em casa ontem à noite, as coisas estavam bem. E Sam estava na faculdade. — Melhor —, eu digo. — E o resto deles? — Tudo bem. — Eu tomo uma respiração profunda, porque ele está olhando para mim como se ele estivesse esperando para eu dizer-lhe a minha história de vida. — Logan vai se casar. — Há um sorriso se puxando nos meus lábios. — Eu amo a porra da sua noiva. Ela é muito, muito legal. O nome dela é Emily, e ela toca guitarra. Ela é boa para ele. — Suas vidas continuaram sem você—, diz ele. Ele não olha para mim ou altera sua expressão. — Eles deveriam esperar eu sair antes de viver suas vidas? — Eu pergunto, e eu sei que o meu tom é cáustico, mas não posso evitar. — Eles estavam? Eu bufo. — Eu os amo demais para pedir-lhes para fazer algo assim. — Eu engulo o nó na minha garganta. — E sobre Sam? —, Pergunta ele, sua voz suave.

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Apenas o seu nome faz uma torção no meu intestino. Ele é a outra metade de mim. Estamos juntos desde que nascemos. Nós compartilhávamos um quarto à direita até que eu fui preso. Perdê-lo foi como perder uma parte de mim. — Eu não vi Sam desde a audiência de sentença —, digo em voz baixa. — Ele estava lá para isso? Concordo com a cabeça. Ele estava lá para tudo. Mas eu me recusei a falar com ele. Recusei-me a responder suas cartas, até que ele finalmente parou de escrevê-las. Recuseime a vê-lo quando ele veio me visitar, até que ele parou de vir. — Por que você está bravo com ele? — Ele faz um som de tsk, tsk, tsk com a boca. — Você está amargo sobre ser o único preso. Eu balanço minha cabeça. — Não, eu não estou. — Então o que é? Eu nunca disse isso em voz alta. — Eu estou com ciúmes, tudo bem? — Eu rosno. Ele levanta uma sobrancelha para mim, mas ele não se encolhe. Eu dou um suspiro e me forço a descerrar os punhos. — Ele não foi pego. — Eu me dou um soco no peito com o punho. — Porra, eu fui pego. Estúpido, estúpido, estúpido —, murmuro para mim mesmo. — Será que ele sabia o que você estava fazendo? —, Ele pergunta Eu balancei minha cabeça. Ninguém sabia. Eu só peguei a mochila naquela noite. Ainda não tinha feito uma venda ainda. Eu tinha acabado de me convencer sobre devolvêlo ao Bone e, então, fui preso. — Por que você fez isso? Eu tomo uma respiração profunda. — O tratamento de Matt era caro. Eu não conseguia pensar em outra maneira de ajudá-lo. Ele balança a cabeça. É um movimento para cima e para baixo lento de sua cabeça. Ele não olha para mim ou diz qualquer coisa. — Você não sabe o que é saber que o seu irmão vai morrer e não há nada que você possa fazer para ajudá-lo. — Eu me forço a descerrar os punhos novamente. — Não, eu não sei —, ele admite. — Você usa drogas, também? Ou apenas as vende? Eu bufo. — Paul me mataria se eu pensasse em usar drogas. — Eu acho que eu gosto de Paul —, diz ele. Ele finalmente olha para mim e sorri. — Parece que você tem um exemplo muito bom quando você voltar para casa. — Ele esfrega as mãos rapidamente. — Cinco dias mais! Eu sorrio. — Cinco dias —, repito. — Posso fazer uma sugestão? — Diz. — Como se eu pudesse impedi-lo —, murmuro. Ele sorri. — É verdade. — Ele faz uma pausa por um minuto. — Não tenha medo de fazer planos, Pete —, diz ele. — Faça muitos planos. Porque é somente quando você não

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tem quaisquer planos que você vai esquecer-se de onde você está vindo. Anote-os. Os torne reais. Então vá para eles. Siga adiante. Concordo com a cabeça. — Tudo bem. — Eu olho para a pulseira de monitoramento que está no meu tornozelo. — Enquanto estamos aqui, eu estou livre? Posso passear e ir a lugares por mim mesmo? Ele balança a cabeça. — Eu sei onde você está, se eu precisar te encontrar. Mas, sim, você pode considerar-se livre. — Ele tosse em seu punho fechado. — Basta ter cuidado com Reagan —, adverte. Ele levanta a mão quando eu começo a protestar. — Você tem vinte e um anos de idade. E você esteve na prisão por dois anos. E eu estou supondo que você deu o seu cartão V há muito tempo. — Ele limpa a garganta. — Basta lembrar que há mais do que o prazer do momento. Agora eu quero foder com ele. — Não diga, Dr. Phil. — A vida não é sobre os momentos de prazer que você, você mesmo, pode experimentar. É sobre os momentos de prazer que você compartilha com alguém que realmente importa. Merda. Isso foi muito profundo. — Sim, senhor —, eu digo. — O que aconteceu com o seu pai, Pete? —, Ele pergunta. — Ele foi embora depois que nossa mãe morreu. — Ele perdeu algo bonito pra caralho em você, garoto —, diz ele. — Ele poderia ter ficado e experimentado todos aqueles momentos perdidos com você e seus irmãos, e sua vida teria sido mais rica por isso. — Minha vida estava bem. — Eu duvido que teria sido diferente se ele tivesse ficado. Paul teria ainda tomado conta de nós. Ele sempre tomou. — Momentos de prazer que você pode dar para outra pessoa —, diz ele, batendo na testa. — Pergunte a si mesmo antes de fazê-lo, quem vai se beneficiar. — Sim, senhor. Ele aponta para a casa grande. — Falando de momentos —, diz ele, sorrindo. — Neste momento, alguém está escapando para o celeiro. — Ele aperta meu joelho enquanto ele se levanta. — De nada —, diz ele com uma risada quando ele se afasta. Eu olho para o celeiro e vejo uma forma feminina andando rapidamente em direção ao grande prédio à distância. Eu olho em volta. O acampamento está quieto, e todo mundo está na cama. Eu a vejo enquanto ela desliza através de uma porta aberta e fecha atrás dela. Eu me pergunto se ela gostaria de um pouco de companhia.

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Eu tento não olhar para o fogo enquanto fujo para o celeiro. Eu sei que Pete ainda está sentado lá, e ele não está sozinho. Há silhuetas de dois homens, e eu não sei quem é o segundo. Dou um tapinha na minha perna para que Maggie me siga. Ela é velha e não pode ver como via antes, mas eu me sinto segura no escuro com ela. Ela não deixaria ninguém me machucar, e eu adoro isso nela. Não preciso me preocupar com ninguém andando atrás de mim sem eu saber. Eu passo para o celeiro e fecho a porta atrás de nós. Maggie circula em torno de mim, seu pelo preto e branco em estrito contraste com as cores suaves do celeiro. Eu salto em direção a ela, e ela dança em volta, brincando. Mesmo tão antiga como ela é, ela ainda pode executar círculos em volta de mim. Eu passo até a porta do box e me inclino sobre o fio que está bloqueando a abertura. Eu tenho um cavalo que irá parir a qualquer momento. Tequila, o nome dela, e ela é a minha favorita de todos os meus cavalos. Ela não está deitada ou suando ainda, então eu estou supondo que não vai ser hoje que ela irá parir. Eu pulo sob a corda que bloqueia a porta do estábulo e faço um carinho suave atrás das orelhas. Ela empurra o rosto em minha mão, e eu rio. De repente, Maggie se instala ao meu lado e os cabelos na parte de trás do seu pescoço ficam de pé. Um rosnado baixo irrompe de sua garganta, e eu paro de acariciar Tequila e passo mais perto do cavalo. Meu coração começa a bater no meu peito. — Olá —, uma voz chama. Maggie rosna, e seu rugido cresce ainda mais cruel. Deus, eu amo essa cachorra. A sombra se aproxima, e Maggie late em advertência. — Oh merda —, alguém diz, e a sombra se move para trás. — Quem está aí? — Eu pergunto.

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— É Pete —, diz a voz. Meus ombros afundam, e eu me forço a tomar uma respiração profunda. Eu não deixo de acariciar Tequila, e eu não saio de trás dela. — Você não deveria estar aqui —, eu falo. — Bem, eu vou ser feliz de sair, se você calar sua besta —, diz ele. Maggie se agacha e dá um passo para frente, e os sons que vêm de sua garganta estão assustando até a mim. — Por favor —, diz ele. Sua voz treme. — Mags —, eu agarro. Ela se vira e olha para mim. Eu dou um tapinha na minha perna, e ela corre para mim. Eu acaricio sua pele macia. — Boa menina —, eu cantarolo. Maggie se aconchega a mim, e ela agora está cautelosa, mas ela não quer matar ninguém. — Lembre-me de não te seguir no escuro de novo —, diz Pete. Ele limpa a mão na testa. Eu rio. — Eu duvido que você vá precisar de um lembrete. — Eu sacudo o polegar em direção ao banheiro no final do celeiro. — Você precisa ir e trocar as suas calças? — Um sorriso puxa meus lábios. Eu tento mordê-lo de volta, mas é quase impossível. Pete olha para o calção. — Eu acho que estou bem por agora. — Ele dobra os joelhos e agacha-se perto do chão. Ele estende a mão para Maggie para vir e cheirar. — Agora, se ela me tirar um dedo, eu vou estar cantando uma música diferente. — Ele ri. Maggie caminha lentamente em direção a ele. Ela ainda está cautelosa, mas ela está calma. Eu não tenho certeza se eu gosto da ideia de meu cão ficar amigável com um estranho. — Mags —, eu chamo, e ela corre de volta para mim. — Não tente trocar ideias com minha cachorra para ela gostar de você, — Eu advirto. Ele levanta a sobrancelha. — Ela está treinada para me proteger —, eu corro para explicar. Ela vai voltar para o meu apartamento na cidade comigo, embora eu tenha certeza que ela goste mais aqui na fazenda. Mas eu preciso dela. Em mais de um sentido. Ele balança a cabeça, inclinando-se contra a porta do box aberta. Ele coloca as mãos nos bolsos. — Eu vi você e achei que você poderia querer alguma companhia. — Eu já tenho companhia —, eu digo. Eu provavelmente soo como uma megera, mas estamos um pouco perto demais do fogo e estou sentindo os efeitos dela agora. — Qual é o nome dela? —, Ele pergunta, apontando para o meu cavalo. Sorrio um sorriso completamente espontâneo. — Tequila —, eu digo, coçando meu cavalo afetivamente. Pete se aproxima, e Tequila abana seu rabo na cara dele. Ele os tira, e cospe enquanto ele limpa a boca. Eu rio. — Você não tem estado muito em torno de cavalos, não é? — Eu pergunto. — Não posso dizer que eu já estive em uma sala com um antes —, diz ele, pegando na sua língua com o polegar e o dedo indicador. Ele cospe novamente e, finalmente, parece satisfeito depois de limpar a boca com o antebraço. — Eu tenho um outro de seus primeiros —, eu digo. Percebo imediatamente meu erro e tento levá-lo de volta. — Quero dizer-

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Mas ele levanta a mão e sorri. — Ei, se eu tivesse todos os meus primeiros pra dar a você, eu faria. — Seus olhos encontram os meus, e uma faísca salta entre nós. Eu fecho os olhos e respiro fundo. Eu teria gostado de ter a escolha de dar os meus para quem eu quisesse. Mas não tive. E isso acabou, eu me lembro. — Você está bem? —, Pergunta ele, franzindo a testa. Concordo com a cabeça. — Tudo bem. Eu saio de trás de Tequila. Eu ainda tenho Maggie entre nós, e Maggie nunca deixaria que nada me machuque. Tequila se abaixa sobre a água, para que eu pegue a mangueira e encho seu pote. Pete salta quando eu acidentalmente molho seus sapatos. — Desculpe, — eu digo. Eu realmente não queria fazer isso. Eu mordo meu lábio inferior e evito seu olhar. — Um pouco de água não faz mal a ninguém —, ele diz com um encolher de ombros. Eu acho que eu o ouço murmurar algo que soa como — Eu preciso me refrescar um pouco —, mas isso pode ser apenas uma ilusão. Ele sorri para mim. Ele é tão bonitinho. Seus olhos são azuis brilhantes, eu sei, mas na luz baixa do celeiro, eles parecem quase safira. Eles são margeados por cílios escuros que são tão espessos que se parecem femininos, mas não há nada feminino sobre ele. Ele é todo o homem, a partir da largura dos seus ombros até o capricho do seu sorriso. Ele é quase uma cabeça mais alto do que eu, mas por alguma razão, eu não me sinto intimidada por seu tamanho. Isso é provavelmente porque ele não me tocou. — Você deve tirar uma foto, princesa —, diz ele com um sorriso. — Vai durar mais tempo. Calor inunda o meu rosto, e eu olho para longe. — Ei —, diz ele em voz baixa. — Eu estava apenas brincando. — Ele dá um passo em minha direção, as sobrancelhas juntas. Eu respiro fundo e forço meu interior para resolver. Eu sinto que há uma bola de pingue-pongue na minha barriga que continua caindo em direção a meus pés. Humor funciona normalmente nestas situações, então eu tento isso. — Eu não posso fazer nada se você é feito para olhar. — Eu sorrio. Desta vez, é o seu rosto que inunda com o calor se a cor em suas bochechas são alguma indicação. — Você acha que eu sou bonito —, diz ele, sorrindo. Ele é tudo bravata de repente. — Bonito não é uma palavra que eu usaria para descrever você —, eu digo, rindo. Ele se inclina casualmente contra a porta do box novamente. — Então, o que você usaria? — Cheio de si, — eu atiro. Ele ri. Eu tomo uma respiração profunda. — Por que você está aqui? — Eu pergunto.

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Ele encolhe os ombros. — Eu pensei que você poderia querer um pouco de companhia. — Seu olhar procura o meu, e é tão intenso que eu tenho que romper. — Eu achei que você estaria muito preocupado com suas bolas para vir em torno de mim de novo —, eu brinco. O riso parece ser a melhor maneira de dar a volta pausas comoventes deste homem. — Você deixa eu me preocupar com minhas bolas. — Ele ri e olha para baixo. — Bem, você pode se preocupar com elas, também, mas eu assumo total responsabilidade pela segurança delas. Eu rio. Ele é realmente muito engraçado. — Podemos ambos nos preocupar com suas bolas —, eu digo com um sorriso. Eu olho para ele, e ele está olhando atentamente para mim. Muito de perto. Risos. Eu preciso dizer algo divertido. Mas nada vem para mim. Eu mordo minha língua, porque eu não quero dizer a coisa errada. — Você quer sair comigo? —, Ele pergunta. Ele parece surpreso com sua própria pergunta, e eu suponho que ele queira retirar o que disse. Mas ele não o faz. Ele só olha para mim com expectativa. — Defina sair? —, Digo. Ele sorri. — Você e eu em um encontro. Ele não tem um carro, e ele acabou de sair da prisão. O encontro pode ser meio difícil. Mas eu não posso dizer isso. Eu vou ferir seus sentimentos. — Que tipo de encontro? — Pergunto. — O tipo onde você e eu passamos algum tempo juntos —, diz ele com um encolher de ombros. — Estamos fazendo isso agora —, eu informo. — Oh, droga —, ele canta. — Você está certa. — Ele olha em volta para os cavalos. — Da próxima vez, lembre-me de levá-la a algum lugar melhor. Eu rio. Ele sorri para mim. — Esse é um som bonito —, diz ele em voz baixa. Eu olho para Tequila e a acaricio. — Você soltou pum, menina? — Eu pergunto. Eu sorrio para ela. — Desculpe, mas ela pode ser meio barulhenta. Ele sorri e esfrega seu queixo. Aposto que é irregular sob as pontas dos dedos, e se eu fosse outra pessoa, eu gostaria de tocá-lo para descobrir. — E ela é engraçada também —, diz ele em voz baixa. Eu sorrio e aceno em direção à porta. — É melhor sair daqui antes que meu pai venha procurar por você —, eu digo. Mas eu não estou preocupada com o meu pai. Estou preocupada comigo. Porque eu gosto deste homem. Muito. — Posso andar com você de volta para casa? —, Pergunta ele, inclinando a cabeça para o lado. Ele é tão bonitinho. E ele faz o meu interior tremer. Eu não tenho certeza se o último é uma coisa boa.

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Concordo com a cabeça, e ele sobe ao meu lado e, em seguida, abre a porta do celeiro para mim. Ele segura a porta aberta e eu e Maggie passamos. Seu ombro se encosta com o meu, e eu passo longe dele. Ele se inclina a cabeça para baixo perto de mim. — Eu cheiro mal? —, Ele pergunta. Eu me inclino para perto dele e inalo. — Não que eu possa dizer —, eu respondo em voz baixa. Ele tem cheiro de frutas cítricas e ar livre, assim como eu me lembro daquela noite. E eu quero enterrar meu rosto em seu peito e senti-lo. Mas eu não posso. — Basta verificar —, diz ele com uma risada. — Toda vez que eu chego perto de você, você se afasta —, diz ele casualmente. Mas não há nada casual sobre o comentário. Absolutamente nada. Eu aponto para o meu peito. — Eu tenho trabalhado todo o dia... e brincado com os cavalos. Eu estava preocupada que eu fosse a única a cheirar mal. Ele olha para o meu rosto, e eu não posso tirar meus olhos. — Você cheira como limões e pingos de chuva. — Ele fecha os olhos e inala. — E todas as coisas inocentes. Eu congelo. — É aí que você seria completamente errado —, eu digo. — Você é culpada? —, Ele pergunta. — De quê? — Seus olhos azuis se estreitam. — Confiei na pessoa errada —, digo em voz baixa. — Eu não quero que você confie em mim —, diz ele. — Eu quero que você fique muito, muito desconfiada de mim. E de todos os outros homens. Eu inspiro profundamente pelo nariz. — Não há problema —, eu finalmente digo. A maioria dos homens luta comigo para me fazer confiar neles. — Eu não confio em mim mesmo quase todos os dias —, diz ele. Eu acho que ele está brincando no início, mas ele está muito sério. — Por que não? — Eu sussurro. — Eu não sou digno de confiança —, diz ele em voz baixa. Eu puxo uma mecha de cabelo de onde ele está preso à minha boca e lambo os lábios. Ele me observa de perto. — Eu prometo não confiar em você —, eu sussurro. — Bom —, ele sussurra de volta, muito dramaticamente. Chegamos à minha porta, e eu me viro para encará-lo. — Obrigada por me trazer de volta —, eu digo. Eu coloco a mão no meu peito. — Foi um longo caminho —, eu digo, tentando soar como Scarlett O'Hara11. — Eu nunca teria conseguido sozinha. Ele sorri. — Meu trabalho aqui está feito. — Boa noite, — eu digo.

11Scarlett

O'Hara: Personagem principal do livro/filme E o Vento Levou.

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Ele fecha um olho e olha para mim com o outro por um momento. — Já posso te beijar? —, Ele pergunta. Eu balanço minha cabeça e minhas entranhas fizeram uma breve dancinha novamente. — Não —, eu sussurro. — Temo que não. Ele sussurra novamente: — Posso continuar perguntando? — Ele sorri. — Eu ficaria desapontada se você não continuasse, — eu admito. Ele sorri. Desta vez, não é brincadeira. Eu acho que é tudo Pete. É tudo bravata e confiança. Ele se vira para ir embora, chamando: — Boa noite, princesa —, por cima do ombro. — Boa noite, — Eu digo de volta. Eu olho para cima e vejo meu pai me olhando pela janela da cozinha. — Pai, — Eu grito, quando ele abre a porta de volta para mim. — Era Pete? —, Ele pergunta. Maggie vai deitar a seus pés. Concordo com a cabeça. — Era Pete. Ele rói sua unha. — Eu deveria estar preocupado? —, Ele pergunta. Eu balancei minha cabeça. — Eu acho que não. — Ok —, ele respira, e ele esvazia como um balão relaxado. Ele se inclina para frente, puxando a minha cabeça com o seu braço musculoso. — Boa noite —, diz ele, beijando minha têmpora. — Boa noite, pai—, eu digo. Ele se vira e sobe as escadas. Eu olho pela janela da cozinha, para primeiro o homem que eu realmente já quis beijar. Mas eu não posso. Eu simplesmente não posso. Eu sei que isto vai acabar mal.

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Às vezes eu acordo com o peso das minhas memórias envolvidas em mim como um molhado, pesado, cobertor de lã. Um que me empurra para baixo e faz com que seja impossível sair da cama. Mas hoje, eu pisco os olhos abertos e não há sangue pegajoso em meus dedos e meus cílios não estão embaraçados de acordar com gritos presos na garganta. Hoje, eu acordei... esperançosa. Eu nem sei se essa é a palavra certa para isso. É tipo como manhã de Natal. Que você experimenta, mesmo depois de saber o Papai Noel não é real, mas você antecipa os sentimentos mornos e distorcidos que vêm com o feriado. Você rasga seus presentes e assiste seus pais trocarem presentes que significam algo para eles. É assim que eu estou me sentindo hoje. E eu não estou completamente certa se eu gosto. As meninas estavam aqui para o acampamento no mês passado, e eu não senti esta leveza por causa delas estarem aqui, então eu não acho que é o campo que me fez querer correr para fora hoje. É Pete. E eu tenho certeza que eu não deveria gostar dele tanto quanto eu gosto. Em um mundo perfeito, eu poderia sair com ele. Mas meu mundo não é perfeito. E não é faz algum tempo. Eu me vesti e prendi meu cabelo em um rabo de cavalo. Nós iremos trabalhar com os cavalos hoje antes que fique muito quente. Os meninos gostam de fazer passeios curtos em torno do pasto. Algumas dessas crianças nunca estiveram em um cavalo antes. Eu ando lá fora, e eu posso sentir o aroma de bacon na frigideira. Meu pai tentou contratar de um serviço de catering12, mas ele realmente gosta de cozinhar para as crianças, e ele parece funcionar melhor quando ele joga um pouco de bacon em uma frigideira,

12Catering:

o serviço de catering consiste em preparar, embalar e transportar refeições para serem servidos em diferentes lugares.

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quebra ovos, e oferece frutas, iogurte, leite e cereais para todos. Há um pouco para cada criança, mesmo com algumas das bizarras restrições alimentares dos meninos. O homem da prisão está atuando como garçom agora, e ele está fazendo um bom trabalho. Pete está trabalhando no meio de duas mesas. Ele está sinalizando para algumas crianças e brincando com outras. Ele é muito bom com os adolescentes. Gonzo lhe diz alguma coisa, e eu vejo Pete segurar sua mão para bloquear todos os outros de vê-lo, enquanto ele atira à Gonzo o dedo médio. Gonzo ri, e eu me obrigo a fechar a minha mandíbula. Pete olha e me chama a atenção. Meu coração tropeça uma batida. — Bom dia, princesa, — diz ele calmamente, sua voz preguiçosa e descomplicada. Mas isso é uma mentira. Tudo sobre este homem é complexo. Não há nada que não é complicado sobre este homem. — Bom dia, — eu digo de volta. Eu aperto o ombro de Gonzo quando eu ando por ele, e ele sorri para mim. — Dormiu bem, Gonzo? — Eu pergunto. Ele sorri e sinaliza algo para Pete. — O que ele disse? —Pergunto a Pete. — Você não quer saber, — diz Pete com uma careta. Ele olha para Gonzo. — Cuidado com suas maneiras, Karl, — adverte. Sua voz é severa, e Gonzo abaixa a cabeça. Essa é a primeira vez que eu ouvi Pete chamá-lo pelo seu nome verdadeiro. Pete se levanta e vai pegar um garfo para um dos outros meninos. Ele ainda está olhando para Gonzo, e agora estou morrendo de vontade de saber o que ele disse para ganhar tal desfavor de Pete. — O que eu perdi? — Eu pergunto, olhando para trás e para frente entre os dois. — Algum humor adolescente, — Pete resmunga, olhando para Gonzo por baixo dos cílios. Pete pega um saleiro para outro dos meninos. — O que não era divertido. Gonzo sinaliza algo rapidamente para Pete. — Eu sei que era para mim, — Pete diz calmamente, olhando nos olhos de Gonzo. — Mas ela está sentada bem aqui, e é rude dizer isso na frente dela, a menos que eu possa lhe dizer o que você disse. — Ele resmunga alguma coisa e, em seguida, diz: — E eu não gostaria de repetir o que você disse nem por um milhão de dólares. — ele levanta as mãos como se ele está dizendo que se foda. — Você não fala assim na frente das meninas, cara. — Ele enfia um garfo no Gonzo. — Quando estamos sozinhos, você pode falar toda a merda que você quiser. E pode até ser engraçado. Gonzo me bate no ombro para que eu olhe para ele. Ele sinaliza alguma coisa com o punho perto de seu peito. A cor na sua face está rosa. — Ele disse que sente muito, — Pete resmunga. Gonzo sinaliza outra coisa e, em seguida, pisca os olhos para mim, piscando seus cílios grossos. — Ele quer saber se você o perdoa. — Eu vou pensar sobre isso —, eu digo. Eu ainda não sei o que ele disse, então eu não sei por que eu deveria estar ofendida. Mas para Pete é tão grave que eu sinto que eu preciso para jogar junto.

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— Gonzo, vá em frente e seja aspirado13 ou seja lá o que for, para que possamos estar prontos para a primeira atividade —, diz Pete. Gonzo sorri e sinaliza algo. Mas ele sai. Pete balança a cabeça. Mais humor masculino? Um dos cuidadores se junta ao resto dos meninos nas duas mesas que Pete estava encarregado, para que eles possam pegar as crianças para a parte da manhã. Pete sentase e solta um suspiro. — Aquele garoto me faz lembrar dos meus irmãos —, diz ele, mas um sorriso surge nos cantos de seus lábios. — Você é duro com seus irmãos? — Eu pergunto. Ele ri. — Eu sou o mais novo. Então, geralmente, sou eu dizendo algo inapropriado e eles tentando me calar. — O que ele disse? — Eu pergunto. Estou morrendo de vontade de saber. Mas algo me diz que ele não vai me dizer nada. Seu olhar é quente, os olhos encapuzados quando eles encontram os meus. — Se você quer saber, tinha a ver com ereção matinal. — Ele levanta uma sobrancelha para mim, e eu engasgo com minha própria saliva. Ele ri e levanta uma sobrancelha. — Devo continuar? Eu seguro a mão para detê-lo. — Eu poderia levar uma vida inteira sem saber mais nada sobre essa conversa. —Eu penso sobre isso por um minuto, no entanto. — Isso é algo que os meninos falam? — Eu pergunto silenciosamente, só por que eu sou curiosa. Ele puxa o queixo em direção ao seu peito e olha para mim. — Não vá lá, princesa, — avisa, com a voz rouca de repente. — Eu estava apenas curiosa, — murmuro. Mas eu sinto a necessidade de me explicar. — Meu irmão tem autismo e mal fala, então eu não sei como os meninos se comportam. — Eu coloco a mão no meu peito, um pouco envergonhada com o que eu estou prestes a admitir. — Quando as meninas se reúnem falamos sobre tudo. — Eu olho em seus olhos, e eles estão de repente meio baixos. Meu coração bate. — Sobre os homens, principalmente. — Calor sobe em meu rosto. Sua voz é apenas um sussurro, quando ele diz: — Vá lá, princesa. — Seus olhos brilham. — Bem, aparentemente, Gonzo quer falar com você, como eu falaria com as minhas amigas. — E ele pode, quando estivermos sozinhos. Assim como eu disse a ele. — Ele não está sorrindo mais. Ele se vira para me enfrentar. — Eu não vou machucar o garoto. Eu não vou nem ferir seus sentimentos. Mas eu também não vou tratá-lo como se ele fosse feito de vidro. Ele já teve o bastante disso. — Ok, — digo em voz baixa. Eu vou deixar por isso. Por enquanto, pelo menos.

NT: Pacientes traqueostomizados são, geralmente, incapazes de expelir secreções, por isso, eles são aspirados, através de aparelhos de sucção, com o objetivo de manter livre as vias aéreas. 13

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Pete sorri. Ele acena com a cabeça na direção de onde meu pai comendo o último pedaço de bacon. — Café da manhã? — Ele pergunta. — Você já comeu? — Pergunto a ele. Ele balança a cabeça. — Muito ocupado até agora. — Ele olha para mim. — Juntese a mim? — Ele se inclina para perto e sussurra: — Este seria o nosso segundo encontro. Eu reviro os olhos e caminho em direção a meu pai, que me dá um prato imenso de comida. — Eu não posso comer tudo isso, pai —, eu reclamo. Pete coloca os olhos no prato, lambendo os lábios, e meu pai o empurra em direção a ele para seu lugar. Eu vou pegar um pão, um pouco de creme de queijo e um leite com chocolate. Pete se senta na minha frente e começa a comer. Ele olha o meu leite com chocolate. — Você quer um? — Eu pergunto, e então eu tomo um gole de meu leite, olhandoo por cima do copo. Ele espera até eu o colocar para baixo e estende a mão para o meu leite. Ele diz: — Obrigado, — e depois vira para beber. Seus lábios onde os meus estiverem, e minha barriga vira. Eu olho para longe, porque eu tenho medo do que eu vou ver se eu olhar em seus olhos azuis agora. — Desculpe —, ele murmura. — Não quis fazer você se sentir desconfortável —, diz ele. Ele se levanta e pega outro leite, o abre, e o entrega para mim. Eu olho diretamente nos olhos dele e alcanço além de seu braço estendido para ter de volta o meu leite, levantandoo em meus lábios. — Jesus Cristo —, ele respira calmamente. Ele olha por cima do ombro para onde meu pai está de pé, conversando com alguns dos homens do programa da prisão. — Se o seu pai tivesse alguma ideia do que está acontecendo na minha cabeça, ele cortaria minhas bolas fora, com certeza. Eu limpo minha garganta, porque eu não posso falar após o nó nela. — O que está acontecendo na sua cabeça? — Eu pergunto em voz baixa. Ele olha para mim e balança a cabeça. — Isso não importa. — Ele olha para o prato e respira fundo, e então começa a comer. Ele mastiga por um minuto e depois se inclina para frente como se ele quisesse me contar um segredo. Ele puxa para trás e balança a cabeça. — O quê? — Eu pergunto. — Nada. — Ele continua comendo. — Eu odeio quando as pessoas fazem isso —, eu digo, mais para mim do que para ele. Ele solta um suspiro. — O que está acontecendo na minha cabeça é ainda mais fodido do que o que está acontecendo minhas calças, se você quer saber os meus pensamentos mais íntimos, princesa. — Ele bate a testa com os dentes de o garfo de plástico. — Fodido. Eu engulo tão duro que eu posso ouvir isso. — Fodido como? Ele fecha os olhos e respira fundo.

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Eu repito, no caso dele não ter me ouvido. — Fodido como? — Eu coloco o meu pão para o lado. Ele se inclina para perto de mim e balança um dedo, me chamando para fazer o mesmo. Eu me inclino para ele. — Você me fez ficar tão excitado que eu não poderia me levantar nem se o local estivesse pegando fogo, princesa. — Ele aponta para o meu recipiente de chocolate com leite. — E tudo que você fez foi tocar seus lindos lábios em uma caixa de leite, porra. — Ele esfrega a testa como se quisesse esfregar os pensamentos. Ele olha nos meus olhos. — Tudo o que sei é que se você me tocasse com essa sua boca, eu iria para fora como um canhão, princesa. Eu seria o homem mais feliz do mundo, mas envergonhado de mim mesmo, porque eu não tenho controle quando se trata de você, aparentemente. — Ele faz uma careta e olha para baixo em direção ao seu colo, ajustando suas calças enquanto ele ajeita seu quadril. — Nossa situação é confusa por muitos motivos que eu não posso nem pensar sobre ir lá com você. Mas tudo que eu posso pensar é em ir lá com você. — Ele geme e empurra um pedaço de bacon na boca. Seus olhos não deixam os meus, apesar de tudo. — Eu me levantei na manhã de hoje completamente preparado para ignorá-la. Mas, então, lá estava você, e você estava sorrindo para mim. — Ele olha para minha boca. — Eu não poderia ignorá-la, por mais que eu tentasse. Eu respiro fundo, tentando racionalizar meus pensamentos. Mas eu não posso. Eu nunca, nunca me senti assim antes. As minhas amigas falaram sobre isso, mas eu nunca senti isso. Mesmo quando eu ia a encontros, é como se uma parte de mim fosse desligada. Mas com Pete, nada está desligado. Tudo está muito ligado. Ele continua a dizer: — Eu não quero querer você. Meu coração gagueja. Eu entendo. Eu não gosto disso. Mas eu entendo. Concordo com a cabeça. Ninguém gosta de bens danificados. Levanto-me da mesa e pego o meu prato. — Espere, — ele chama. Eu não posso esperar. Se eu esperar, ele verá as lágrimas que estão cheias em meus olhos. — Princesa —, ele chama de novo. De repente, sinto minha camisa presa e eu não posso andar mais longe. Eu olho para trás e vejo sua mão torcida na barra da minha camisa. Ele se inclina sobre a mesa e pressiona seus lábios juntos. — Não vá embora, — diz ele. Mas tudo que eu vejo é a mão agarrada na minha camisa. Meu coração e minha respiração congelam no meu peito. Eu não posso fugir. Dirijo-me para trás e bato diretamente no rosto dele com a palma da minha mão. Ele estremece, seus olhos se fecham enquanto ele recua e desaba a cabeça para trás. Eu corto seu pulso com o meu punho. Um, dois... Em seguida, eu vou para os olhos. — Reagan! — Papai grita quando ele deixa cair o que ele está segurando e corre em minha direção. Ele aborda Pete, que ainda está atordoado do meu soco no rosto. Eles caem

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no chão, com Pete rolando para o inferior. Papai o vira e puxa as mãos atrás das costas. — Reagan, — papai grunhe. — O que aconteceu? Pete fica lá no chão. Ele nem sequer reage à luta. Ele só estremece, os olhos fechados firmemente enquanto um lento gotejar de sangue jorra do seu nariz. — Abaixem-se — Papai adverte. Pete balança a cabeça, e ele não se move. Mas seus olhos finalmente abrem, e eles encontram os meus. Não sabia como interpretar o olhar ou o que dizer. Então, eu virei e corri de volta para a casa. Correndo como a aterrorizada menina que eu sou. Eu irrompi pela porta dos fundos e aterrei nos braços de minha mãe. Ela resmunga quando eu bato no peito dela, mas isso não a impediu de me abraçar com força. — O que no mundo, — ela respira enquanto me abraça. Ela tem-me perto, acariciando meu cabelo até que eu possa respirar. Em seguida, ela me puxa para trás, leva meu rosto em suas mãos, e me obriga a olhar para ela. — Diga-me o que está errado, — diz ela. — Eu acho que eu cometi um erro, — Eu soluço. — O que aconteceu? — Ela pergunta enquanto me leva à mesa da cozinha. Ela aponta para uma cadeira, e eu me afundo nela. — Nada —, eu guincho, finalmente capaz de recuperar o fôlego. Eu não posso acreditar que fiz isso. Eu só agredi um pobre homem, que não fez nada, exceto flertar comigo e em seguida, dizer que ele não me queria. Eu não posso dizer isso para a minha mãe. Ela põe as mãos nos quadris. — Isso não é nada, — ela insiste. A porta traseira se abre, e as provas da minha vergonha andam atrás de meu pai e Link, estremeço e procuro em todos os lugares, mas vejo Pete. — Você pode pegar um pouco de gelo para o olho de Pete? — Papai pede a minha mãe. Suas sobrancelhas arqueiam para mim, e ela me lança um olhar que derrubaria um homem adulto. Ela começa a encher um saco com zíper com gelo. — E por que Pete precisa de gelo para o seu olho? — Ela pergunta levianamente. Papai aponta para mim. — Sua filha bateu nele na cara. Minha mãe suspira. — Reagan! Ela cruza para ficar perto de Pete. Ela o olha, pressionando o osso abaixo do olho com o polegar. Ele exala. Um lado do rosto está sujo, provavelmente no local onde o papai o rolou para a terra. Mamãe passa um pano úmido nele, e ela limpa delicadamente seu rosto. Quando ele está limpo, minha mãe pressiona a cavidade ocular com a ponta do seu dedo polegar. Ele estremece e sacode a cabeça para trás. — Eu acho que Reagan fez bastante dano, — Papai adverte. — Pare de torturar o garoto. — Ele olha para mim. Eu quero esconder o rosto de vergonha. De repente, percebo a maneira que Pete está segurando seu pulso esquerdo em sua mão. Meu olhar dispara até encontrar o dele, e eu não vejo nada, apenas curiosidade. Ele deveria estar loucamente furioso. Ele tem todo o direito de estar.

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— O seu braço está ferido? — Pergunto com calma. Os cantos dos lábios de Pete se inclinam em um pequeno sorriso. — Está tudo bem. — Não está nada bem. — Queixa meu pai. — Pode estar quebrado. — Oh merda, — eu respiro. — Reagan! — Mamãe adverte. — Oh merda, — Link repete. Merda de novo. Agora Link deu de me imitar. — Oh merda —, diz Link novamente. Eu enterro meu rosto em minhas mãos. Meus pais vão me matar quando ficarem a sós. — Reagan, eu quero que você leve o caminhão para a cidade e leve Pete para o pronto socorro —, papai diz. Eu ergo minha cabeça. Ele não pode estar falando sério. — Oh merda, — Link diz e minha mãe range os dentes. Meu pai faz sinal para eu levantar e joga as chaves do seu caminhão para que eu as pegue. — Pai, — eu reclamo. — Se isso te faz sentir melhor, eu particularmente não quero estar em um espaço fechado com você mais do que você quer estar em um comigo —, diz Pete. Ele delicadamente toca seu olho, o rosto movendo-se com um rangido. Eu mereço isso. Eu realmente fiz. Dou um suspiro. — Vamos. Pete me segue no caminhão do meu pai, e então ele abre a porta do lado do motorista para eu subir. — Obrigada —, eu resmungo. Ele vai ao redor do caminhão e fica no lado do passageiro. — Tem certeza que você não está ferido? — Meu coração está quebrado, — diz ele. Levanto minha cabeça. — O quê? Sua voz fica baixa. — Absolutamente me mata que você ache que eu iria tentar prejudicá-la. — Ele se vira para mim diretamente. — Eu me lembro do jeito que você parecia naquela noite. Eu nunca, nunca faria nada para prejudicá-la assim. Eu ligo o caminhão. É mais fácil evitar essa conversa se eu tiver algo para ocupar minhas mãos e uma razão para não olhar para ele. — Não importa. — Pete grunhe se afastando de mim. Ele enfrenta a janela e coloca sua testa contra ela. Ele embala o pulso em sua mão, e nem sequer olha na minha direção.

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Eu não sei o que dizer a ela. Não tenho ideia de como lidar com isso. Eu sei que o meu pulso dói, mas eu também sei que ele não está quebrado. Seu pai insistiu que ela me trouxesse ao pronto socorro, assim, eu deixei que ela me trouxesse. Ela está sentada no assento do motorista enquanto descemos a estrada sem dizer nada por cerca de dez minutos. De vez em quando, ela abre a boca como se fosse dizer alguma coisa, e depois ela a fecha. De repente, ela empurra o caminhão para a direita, deslizando para o acostamento e, em seguida, para bruscamente. Eu me abraço com minhas mãos e instantaneamente me arrependo quando a dor rouba o meu pulso. — Merda —, murmuro. Ela solta um suspiro e deixa o rosto dela em suas mãos. Depois de um momento, ela olha para cima, seus olhos verdes encontrando os meus. — Eu sinto muito, — diz ela em voz baixa. Aquilo doeu como um filho da puta, e eu estou irritado o suficiente para querer que ela sofresse por um minuto. — Por qual parte? — Eu digo. Puxo meu pulso mais perto do meu corpo e o embalo. — Tudo isso, — diz ela. Ela respira fundo e tem lágrimas nos olhos. Ela as pisca de volta furiosamente. Toda a minha raiva derrete com a visão de suas lágrimas. — Eu estou bem, — Resmungo. — Não preocupe sua cabecinha com isso. — Ok, isso foi grosseiro e um pouco humilhante, mas eu ainda estou um pouco dolorido. — Você não está bem, — ela exclama. — Eu bati em você. — Ela range os dentes. — Na cara. O silêncio cai sobre a cabine do caminhão como um cobertor molhado.

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— Eu ainda tenho algumas questões daquela noite, — ela finalmente diz. Ela deita a cabeça para trás contra o encosto de cabeça e olha para o teto. — Onde você aprendeu artes marciais? — Eu pergunto. Eu posso muito bem estar enfiando alfinetes nela e torcendo-os. E não de uma maneira boa de acupuntura. Eu deveria deixá-la se safar. — Meu pai me ensinou. — Ela olha para mim. Ela está tão vulnerável de repente. — Depois do que aconteceu na faculdade, eu fiz uma aula de autodefesa. Eu percebi que sou realmente boa no que eu faço, então eu continuei e fiquei ainda melhor. Pressionei suavemente a minha cavidade ocular. Seu rosto amolece, e ela parece tão triste. Mas ela só deixou esse comentário pendurado no ar, e eu sinto a necessidade de agarrar-me a ele. — Isso faz você se sentir mais segura, sabendo que você pode bater em um homem? — Eu pergunto. Seu rosto empalidece, e ela desvia o olhar. — Não neste segundo. — Mas normalmente? — Eu pergunto. Seu rosto ainda está pálido, e o seu olhar vagueia por toda parte, exceto para mim. — Eu gosto de saber que posso ficar longe do perigo — diz ela em voz baixa. — Você acha que eu sou perigoso? — Minta para mim, princesa. Porque meu intestino já está torcendo no próprio pensamento de você estar com medo de mim. — Naquele momento, — ela suspira. — Podemos apenas não falar sobre isso? Precisamos conversar sobre isso. Mas eu posso dizer que ela realmente não quer. — Ok —, eu digo, completamente sem ser solicitado. É tudo dela. É o que ela precisa. — Quando eu te toco, faz sua pele arrepiar? — Eu deixo escapar. Eu preciso saber o que eu estou de frente aqui. Ela acena com a cabeça e inala profundamente, agindo como se eu acabasse de jogar uma tábua de salvação. — Você faz meu coração bater mais rápido, em um modo muito, muito bom. — Ela finalmente olha para minha cara. — Eu sei que você não pode me perdoar, mas eu realmente sinto muito. Aproximo-me e pego seu rosto em minhas mãos, mas ela recua, então eu deixo minha mão cair no meu colo. — Eu não deveria ter pego você. É tudo culpa minha. — Eu não sei o que dizer. Eu não sei como fazer isso certo para ela. Se fosse qualquer outro cara, eu estaria em um êxtase do caralho que ela o bateu na cara, em vez de deixá-lo agarrá-la. — Não é sua culpa, — ela protesta. — É minha culpa. — Eu sinto ouvi-la dizer algo baixinho que soa como culpa dele. — Eu só não quero que você vá embora até que eu tenha explicado, — eu digo. — Eu agarrei sua camisa. — E eu me senti como se eu não pudesse fugir por um minuto. Eu sei que não foi sua intenção. Eu balancei minha cabeça. — Não, essa foi a minha intenção. Eu não quero que você fique longe. Seus instintos estavam certos. — Mas você não tinha a intenção de me machucar.

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— Você não tinha como saber disso. — Deus, eu sou estúpido. Estou discutindo com ela sobre todas as razões por que ela me bateu. — Então, meu pai empurrou o seu rosto no chão. — Ela parece um pouco irritada com isso. — O inferno, princesa, se eu visse minha filha bater em idiota, eu imediatamente assumiria que a culpa fosse dele. Seu pai fez a coisa certa. — Eu acredito nisso. Isso é o que os pais devem fazer. Bem, o meu não, mas tenho Paul e os outros. Eles iriam me proteger com suas vidas. O pai dela fez nada menos do que eles teriam feito para mim. — Seu pai sabe tudo sobre a agressão? Ela balança a cabeça, mordendo o lábio inferior entre os dentes. — Você pode me perdoar? — Ela pergunta. — Nada a perdoar, — eu digo. Ela olha para mim. — Perdoado, — eu digo em seu lugar. — Eu prometo. Ela respira fundo. — Obrigada. Iremos discutir o problema diante de nossos narizes? A razão pela qual ela estava me livrando da acusando em primeiro lugar. — Eu não deveria ter feito você se sentir como se tivesse que se levantar e fugir de mim —, eu admito. Nós poderíamos ter evitado todo o fiasco de socando-e-rolando-na-lama se eu tivesse mantido minha boca fechada e não falasse sobre o meu pau e o quão duro ela me fez ficar. Eu noto uma pequena agitação no meu colo só de pensar nisso. Eu gemi debaixo da minha respiração. — O quê? — Ela pede. — Você está machucado? Yep. Eu estou machucado. Mas não do jeito que ela pensa. — Um pouco, — eu admito. Meu pulso dói. — Eu gosto do jeito que você gosta de mim, — diz ela. Sua voz é tão baixa que eu mal posso ouvi-la. — O quê? — Eu pergunto. Eu me inclino mais para perto dela, mas ela se afasta. Ela sorri e balança a cabeça. — Eu gosto do jeito que você gosta de mim, — diz ela, desta vez, um pouco mais alto. Um sorriso surde nos cantos dos meus lábios. — Você me faz sentir coisas, — ela admite. Seu rosto não está mais pálido. Se há alguma coisa, suas bochechas estão rosadas. — Assim como você, — eu digo. — Você pode parar de sorrir agora, — diz ela, mas ela está rindo. Isso é bom. — Você me diz que gosta de mim e quer que eu pare de sorrir? — Eu coloco minha mão no meu peito. — Você tem que estar brincando comigo. Eu poderia dar cambalhotas. — Eu não gosto de homens —, diz ela em voz baixa. — Ah. — Eu não vejo os sinais de que ela seja lésbica. Nem um pouco. Mas eu estive errado antes. — Você gosta de mulheres?

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Ela esconde o rosto nas mãos e levanta a cabeça, rindo. — Não, — ela late. — Eu não gosto de mulheres. — Ela faz essa dancinha com os olhos de novo, olhando por toda parte, menos para em mim. — Eu gosto de homens. Mas você é o único homem que eu gostei por um longo tempo. — Ela fecha os olhos e atira a cabeça para trás, gemendo. — Ser normal não deveria ser tão difícil, — ela chora. — Princesa, você é tudo menos normal, — eu digo, riso borbulhando dentro de mim. Ela encolhe os ombros, parecendo um pouco envergonhada. — Eu não sei como mudar. Eu ri. — Eu não mudaria nada. Seus olhos atiram para encontrar os meus. Há uma vulnerabilidade lá, e vejo outra coisa. Esperança? — Eu sinto como se eu te conhecesse há muito tempo, — diz ela. — Sim. — Ela gosta de mim. Ela gosta muito de mim. De repente, estou mais cheio de confiança do que eu estive em um longo tempo. — Se você me disser que você quer que eu fique longe de você, enquanto eu estou acampando em seu quintal, é só dizer uma palavra. — Eu faço uma pausa. Ela não diz nada. — Mas se você não me disser para ficar longe de você, eu vou continuar a tentar conhecê-la. E então, quando você voltar para a NYU, eu vou te levar para jantar. Sua testa franze. — Um encontro? — Sim. — Você é meio arrogante, não é? — Ela pergunta. — Sim. — Por que você estava na prisão? — Ela deixa escapar. Desta vez sou eu quem congela. — Eu achava que você sabia tudo sobre isso. Ela acena com a cabeça. — Eu sabia que você estava lá, mas eu não sei o porquê. — Você se importa? Ela encolhe os ombros. Eu repito seu movimento. — O que significa isso? — Meu pai esteve na prisão —, ela admite. — E muitas pessoas não sabem, então gostaria que você não espalhasse. — Por quê? — As pessoas fazem coisas estúpidas quando estão desesperadas, — diz ela. Sim, elas fazem. — Cometi um erro, — eu tento explicar. Mas é difícil falar por que eu fiz algo estúpido tentando proteger um dos meus irmãos. Eu não posso nem começar a explicar. — Você não fez mal a ninguém, não é? — Ela pergunta. Ela olha para mim com o canto do olho.

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— Não —, eu admito. — Só a mim. E aos meus irmãos quando eles me colocaram na cadeia. — Eu suspiro. — Eu decepcionei a todos, inclusive a mim mesmo. Ela sorri e diz: — Então, o que podemos aprender a partir de hoje? — Ela tem aquele olhar todo claro e ensolarado e me faz lembrar da minha professora de ciências da oitava série, que eu tinha uma paixão enorme. — Eu aprendi a nunca pegar você quando você está tentando se afastar de mim. Ela acena com a cabeça. Ela diz muito calmamente: — Eu aprendi que eu realmente gosto de partilhar o meu leite com chocolate com você. Meu intestino torce. — Eu gosto de falar com você —, eu admito. — Eu também, — ela sussurra. Eu toco minha atenção novamente. — Você sabe dar soco. Lembre-me de nunca andar em cima de você em um beco escuro, — Eu penso sobre isso um minuto. — Ou em um celeiro escuro. — Ou uma área de piquenique ensolarada, — ela reclama de brincadeira. Eu rio. — Espere até meus irmãos ouvirem que você me deu um soco. — Eles vão pensar que é engraçado? — Quando meu irmão Logan conheceu sua noiva, Emily, ela lhe deu um soco na cara. Ela cobre a boca com a ponta dos dedos. — Oh, — ela respira. — Ele diz que se você encontrar uma garota que lhe dá um soco na cara quando você merecer, você deve se casar com ela. — Eu rio. Eu ainda amo essa história. — Logan deu em cima de Emily dentro de segundos após conhecê-la, e ela quebrou o seu nariz. — Eu levanto meu braço ferido. — Você acabou de quebrar o meu braço. Não é bem o mesmo efeito. — Bem, você não estava dando em cima de mim, — ela diz com uma risada. — Oh, eu estava, — eu admito. — Eu só não sou tão bom como Logan. — Graças a Deus, — ela respira. Eu franzo minhas sobrancelhas, o que faz com que ela se apresse a dizer: — Se você fosse menos sutil, você provavelmente me assustaria até a morte. — Ela sorri. — Eu gosto disso. — Você quer que eu pare de tentar dar em cima de você? — Eu pergunto. Eu espero ansiosamente. Ela solta um suspiro. — Não. — Não fique tão animado com isso —, eu lamento. — Eu não sei o que fazer com todos esses sentimentos —, ela admite. Meus intestinos torcem. — Nem eu. — Então, o que vamos fazer agora? — Ela pergunta.

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Eu seguro meu pulso. — Eu acho que eu preciso de um médico. Ela corre para ligar o caminhão novamente. — Eu quase me esqueci que você estava machucado! Eu não esqueci. E eu não vou esquecer-me de ter cuidado com ela a partir de agora. Mas ela gosta do jeito que eu a faço sentir. Isso é um bom começo.

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O médico diz que seu pulso não está quebrado, graças a Deus. É só uma distensão. Não está nem mesmo torcido. Ele recomenda que Pete tome um anti-inflamatório e repouse. Pete parece satisfeito com isso. As perguntas sobre os olhos rapidamente escurecendo de Pete eram um pouco inquietantes. — Você tem certeza que você não quer que eu chame a polícia para que possam prender a pessoa que agrediu você? — A enfermeira pergunta. Ela está flertando com ele desde que nós entramos pela porta. — Eu tenho certeza. Não foi intencional. — Seus olhos encontram os meus enquanto ela envolve seu pulso. Suas mãos se demoram um pouco demais nas deles, e eu vejo olhos dele abaixarem para olhar para cima dela. Ela faz um barulho quando percebe. — Você é novo na cidade? — Ela pergunta. — Eu não acho que eu já o vi por aqui antes. — Ela o olha nos olhos e sorri. — Estou certa de que eu iria lembrar de você se eu o tivesse visto. Pete sorri para mim e revira os olhos. — Eu sou da cidade, — diz ele. Ele brinca com seu piercing e eu não posso tirar meus olhos de seus lábios, olhando-o enquanto ele brinca com o aro com a ponta de sua língua. — Bem, se você quiser um passeio em nossa pequena cidade, é só me avisar. — Eu não acho que vamos precisar disso, — eu deixo escapar. Pete levanta a sobrancelha para mim, mas seus olhos estão reluzindo tão brilhantemente que eu posso dizer que ele está se divertindo.

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Eu me apresso a continuar. Eu diminuo a minha voz até o que eu espero ser um ronronar sensual. — Eu realmente não planejo deixá-lo fora da cama tempo suficiente para ver as paisagens. — Eu rio. Ela congela. — Oh, eu não sabia... — diz ela. — Eu posso dizer — Eu atiro de volta. Olho para ela, e ela tem a decência de corar. — Eu estarei de volta, — ela murmura enquanto ela sai correndo do quarto. Um barulho borbulha de dentro de Pete. Pode ser riso. Mas se for, eu acho que ele vai morrer. Ele ri, sacudindo os ombros até que ele cai de volta para deitar na mesa de exame, a barriga balança enquanto ele gargalha em voz alta. Eu me levanto, caminho ao seu lado, e olho para ele. — E o que você acha tão divertido? — Eu pergunto. Ele enxuga as lágrimas dos seus olhos por baixo com os nós dos dedos. — Você tinha que me salvar da enfermeira, — ele cacareja. — Isso é uma merda engraçada, — diz ele. Ele ainda está enxugando os olhos, o riso começando a cessar. — Por que você fez isso? — Ele pergunta. — Ela era inofensiva. Eu olho para a porta, lembrando o seu belo sorriso, cabelos longos e escuros, e uma personalidade por-favor-me-toque. Eu nunca poderia competir, pelo menos não com a última parte dela. — Ela era tão inofensiva como uma piranha em um tanque cheio de peixinhos dourados. Ele ri de novo, uma grande, belíssima gargalhada. Quando ele para, eu percebo o quão perto eu estou de pé ao lado dele. Ele levanta a mão e aproxima para colocar no meu quadril. Mas uma polegada antes de ser assentada lá, ele diz: — Eu vou tocar em você muito suavemente. — Meu coração salta. — Eu estou avisando para que você não me bata. — Onde? — Eu sussurro. Sua mão está realmente perto do meu quadril, mas eu quero ter certeza. Meu pulso tamborila. — Não me bata em qualquer lugar, — ele sussurra de volta, brincando. Eu revirei os olhos para ele, mas meu interior estava lançando sobre si. Sua mão no meu quadril, quente e forte. Não intrusiva. Mas eu fecho meus olhos porque a sensualidade de seu toque combinado com o calor em seus olhos me faz querer correr muito, muito distante. Eu não corro, apesar de tudo. Eu o deixo tocar meu quadril. — Isso não é tão ruim, é? — Ele pergunta em voz baixa. Eu balanço minha cabeça. — Está tudo bem, eu acho —, eu digo baixinho. Eu mal posso respirar, muito menos falar. Ele senta-se e muito gentilmente me leva a ficar entre as suas pernas, com uma leve pressão na minha cintura. — Você quer me bater? — Ele pergunta. Eu balanço minha cabeça e, finalmente, deixo o meu olhar encontrar o seu. — Não —, eu digo calmamente. — Se você fizesse, valeria à pena, — diz ele em voz baixa. Seu nariz toca o meu, seus lábios um mero fôlego de distância. Eu coloco minha mão em seu estômago, e eu sinto os músculos se contraírem. Eu empurro minha mão de volta, mas ele coloca a sua sobre a

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minha e pressiona-o suavemente contra ele. — Eu gosto quando você me toca, — diz ele. — Você pode fazer isso qualquer hora que quiser. Ele roça seu nariz suavemente contra a meu como em beijinhos de esquimó. Seus lábios pairam sobre os meus, mas eles nunca se encontram, e eu sinto que eu poderia desmaiar por causa do medo que vem com o querer que ele me beijasse muito. — Beije- me —, eu digo. Ele congela, e sua mão se aperta no meu quadril. — Não. — Ele balança a cabeça. Eu puxo a minha cabeça para trás e olho em seus olhos. — Está tudo bem, — eu digo. — Eu quero tentar. Ele me coloca em volta dele. — Não, — diz ele novamente. Ele balança a cabeça com ainda mais veemência. — Por que não? — Eu não posso acreditar que eu estou pedindo este homem para me beijar. É a isso que eu fui reduzida? Ele solta um suspiro. — Eu não vou te beijar porque eu não posso dizer se você quer me beijar ou se você quer beijar alguém que você não acha que é uma ameaça para treino. — E se for um pouco de ambos? — Eu pergunto. Ele balança a cabeça, e eu acho que ele pode estar um pouco chateado. — Quando você sentir um enorme desejo de me beijar - — Ele para e dá um tapinha no peito. — Quando você quiser beijar Pete, — ele diz. — Eu vou te beijar. Se você quiser treinar, você pode encontrar alguém para ajudá-la. Não estou entendendo. — É apenas um beijo. Ele pega meu queixo com um aperto suave e me obriga a olhar em seus olhos. — Quando eu finalmente beijar você, vai ser porque você quer me beijar, Pete, o homem, aquele que olha para você com pergunta em seus olhos, aquele que é tão malditamente medroso desses sentimentos novíssimos por você que ele às vezes não consegue respirar, a pessoa que está morrendo de vontade de te provar. Eu pensei em você quase todos os dias desde que te conheci princesa, e eu não quero tirar você da minha mente. — Ele beija a ponta do meu nariz rapidamente e puxa de volta. — Mas quando eu te beijar, vai ser porque você tem uma coisa para mim que é tão grande quanto a coisa que eu tenho por você. Eu não posso evitar. Eu olho para o seu colo. Ele ri. — Sim, isso também, — diz ele com uma risada. — Então o que vamos fazer agora? — Eu pergunto. Eu não posso acreditar. A primeira vez que eu queria beijar alguém desde o ataque e ele é muito cavalheiro para ir pra cima. — Vamos às compras, — diz ele. Ele balança a cabeça, como se ele estivesse pensando sobre isso. — Nós temos que ter pressa para voltar para o acampamento? Eu dou de ombros. Nós provavelmente deveríamos. — Papai vai ligar para o meu telefone se eu não estiver de volta em uma hora ou duas. Ele balança a cabeça e olha para o relógio. — É quase hora do almoço. — Ele sorri. — Eu acho que é hora de nosso terceiro encontro.

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Eu reviro os olhos e o sigo para fora da sala de exame. Meus joelhos ainda estão bambos do nosso quase beijo. Se ele realmente me beijasse, eu provavelmente ia me transformar em uma poça no chão.

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Eu quero beijá-la. Eu realmente, realmente quero beijá-la. Mas eu não farei isso. Não até que ela esteja pronta. E não é porque eu tenho medo que ela vai chutar minha bunda. É porque eu realmente me preocupo com ela. Eu tenho muito tempo, e esses últimos dois dias com ela só me fez querer conhecê-la ainda mais. Eu me lembro quando Logan trouxe Emily para casa pela primeira vez. Nós rimos dele porque ela passou a noite, e ele já teve muitas mulheres em sua cama, mas nenhuma delas nunca, nunca passaram a noite. Ele nem mesmo fez sexo com ela, não até semanas depois, e ela dormiu em sua cama todas as noites. Ele caiu de cabeça para baixo no amor com ela. Imediatamente. Olhando para trás, lembro-me de tentar descobrir o que diabos ele estava pensando. Agora eu entendi. Há algumas meninas que você dorme com elas. E depois há outras garotas que você quer dormir tanto que dói, mas você não faz isso, porque elas são especiais. Saímos do caminhão na farmácia, e eu ando por aí e tomo sua mão na minha, enquanto caminhamos em direção a porta de correr na entrada. Ela sacode a mão para trás, mas eu não a deixo ir. Eu seguro firmemente, mas com cuidado. Ela se assusta, e eu estou com medo por um segundo que ela vai me dar um soco novamente. Mas ela respira fundo, se estabiliza, e seu aperto relaxa no meu. — O que estamos comprando? — Ela pergunta. Ela olha para cima, seus olhos verdes encontrando os meus. Eles são cautelosos, no entanto. — Preservativos, — eu digo, inexpressivo. Sua boca fica aberta. Eu me inclino para perto de seu rosto e sussurrar em voz alta, — Eu estou brincando. — Eu ergo meu pulso, a mão que não está segurando a dela, e digo: — Eu preciso de algum tipo de antiinflamatório.

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— Oh, — diz ela, enquanto ela começa a desinflar. Mas então ela sorri e balança a cabeça. — Algo errado? — Eu pergunto. Eu já sei que ela não tem certeza de como responder para mim. Mas eu estou esperando que eu possa chocá-la em ser apenas ela mesma. Eu quero que ela seja só ela. Não aquela que foi criada pelo trauma de seu ataque. Eu só quero vê-la. Ela balança a cabeça e puxa o lábio inferior entre os dentes. — Você tem que parar de fazer isso, princesa, — eu digo. — Você está me matando aqui. Ela fica tensa. — Fazer o quê? Eu chego e toco o lábio inferior com a ponta do meu polegar. Eu esperava que ela no meio do caminho me empurrasse de volta. Ou batesse em mim. Mas ela não faz. Ela sorri e abaixa a cabeça, o cabelo caindo no rosto dela. Eu muito lentamente escovo-o de volta e coloco atrás da orelha. Ela sorri timidamente e olha em todos os lugares, menos para mim. — Que tipo de analgésico que você quer? — Ela pergunta. Ela começa a caminhar em direção a farmácia, mas não deixo que sua mão vá. Eu a sigo em qualquer lugar agora, então eu deixei me levar na direção certa. Eu flexiono minha mão. — Eu duvido que alguma coisa vá fazer a diferença. — Vai ficar tudo melhor, amanhã, mas ela já está lendo na prateleira, procurando pelo correto. Eu passo perto dela e coloco um braço em volta da cintura. Ela olha para mim, suas bochechas ficando rosadas. — Eu amo que eu posso fazer isso com você, — eu digo em voz baixa. Ela acena com a cabeça e morde o lábio inferior novamente. — Eu também, — diz ela. Deixo-a ir por um minuto e caminho até o outro corredor para recuperar o fôlego. Tic-Tac precisa seriamente de algumas balas de menta. Eu tenho que descobrir o nome desse menino também, porque eu não posso continuar chamando-o de Tic-Tac na minha cabeça. Eu pego algumas balas de menta para o garoto e caminho de volta para onde eu deixei Reagan. Só que ela não estava sozinha quando eu voltei.

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Eu quero voltar a calma, tremendo silêncio que tive com Pete, mas ele está no corredor ao lado quando Chase se debruça sobre os analgésicos a partir do final do corredor. Ele chama o meu nome e começa a vir em minha direção. — Reagan — Chase diz, como se ele não tivesse apenas me visto ontem. — Eu estava pensando em você. Ele está sempre cheio de banalidades. Eu não posso dizer se ele é sincero ou não, que é uma das coisas que eu não gosto nele. — Oi, Chase, — Eu resmungo. Eu olho para esquerda e direita e não vejo Pete. — E aí? — Eu estava prestes a ligar pra você. Meu pai tem bilhetes para amanhã à noite para o baile no Country Club. Você quer ir comigo? — Amanhã ela está ocupada, — alguém chama no final do corredor. Pete vem em nossa direção, seu andar lento e decidido. Seu corpo está solto e relaxado, mas eu sei que não é verdade. — Quem é ele? — Chase pede. Pete estende a mão. Chase olha para ele como se fosse sujo. Pete puxa sua mão para trás e pega a minha. Eu puxo a minha volta e cruzo os braços sob os meus seios. — Chase, este é o Pete. — Eu me inclino a minha cabeça em direção à Chase. — Pete, este é Chase. — Prazer em conhecê-lo —, diz Pete. — Chase e eu iremos para a faculdade juntos, — eu me apresso a dizer. Pete sorri. — Sortudo, — diz ele.

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As sobrancelhas de Chase de unem. Ele olha para mim. — Então, você está ocupada amanhã à noite? — Ele pergunta. Ele ignora Pete, o que me irrita. Pete tem sido nada além de agradável, até agora. Mas há aço na voz de Pete, quando ele responde. — Eu disse que ela está ocupada. Chase flexiona sua mão, cerrando em um punho. Pete ainda parece relaxado. Mas ele não está. Ele não precisa de postura para parecer feroz da maneira que Chase faz. Ele apenas é. E ele é muito mais. — Eu gostaria de ouvir isso dela. — Eu- — Eu começo a dizer. Mas Pete coloca o braço em volta de mim e diz: — Eu estou tomando a liberdade de falar por ela. Eu olho para ele. — Não fale por mim, — eu digo. Eu levanto o braço ao redor dos meus ombros. — Será que você tem tudo que você precisa? — Eu pergunto. — Ainda não, — disse ele lentamente. Seus olhos dançam no meu rosto. — Por que eu não vou terminar minhas compras? —, ele pergunta. Ele levanta uma sobrancelha para mim em questão. Concordo com a cabeça. Ele enfia uma mecha de cabelo atrás da minha orelha antes de partir. — Quem diabos é esse? — Chase late. Ele observa a arrogância orgulhosa de Pete por todo o caminho até que ele desapareçe de vista. Chase olha para mim. Eu dou de ombros. — Ele é um amigo. — Desde quando você tem amigos assim? — Ele pergunta. Ele dá um passo em minha direção, e eu dou um passo para trás, até que minhas costas estão contra as prateleiras atrás de mim. Eu não gosto de ser encurralada, mas Chase tem como saber disso. Eu escorrego para o lado para que eu não esteja encurralada. — Amigos como o quê? — Eu pergunto. Eu sei que ele está se referindo às tatuagens. Pete caminha até o final do corredor e acena para nós, e, em seguida, pisca olho para mim. Um sorriso surge em meus lábios. Eu dou de ombros novamente. — Ele é realmente muito legal. — Onde você o conheceu? Eu posso dizer a verdade ou eu posso mentir. Mas então eu ouço Pete em um corredor começar a cantar a letra de Elvis Presley de Jailhouse Rock14. Eu sorrio. Eu não posso evitar. — Ele está ajudando no acampamento esta semana —, eu digo, em vez da verdade. Bem, é uma espécie de verdade. — De onde ele é? — Chase questiona. — Cidade de Nova York —, eu digo.

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Rock no presídio.

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A música de Pete muda de Elvis para AC/DC Jailbreak15. Eu rio alto desta vez. Eu não posso evitar. — Seu pai está bem em você sair com ele? Meu pai está coberto de tatuagens, também, mas a maior parte das suas estão ocultos por sua roupa. — Ele gosta de Pete, — eu digo. — Eu também. — Chase coloca um braço na prateleira atrás de mim e inclina-se para o meu corpo. Eu o evito novamente, e ele olha para mim de mau humor. — Não me enquadre, — eu aviso. Ele levanta as duas mãos como se estivesse se rendendo à polícia. Mas ele ainda parece curioso. — Então, amanhã —, diz ele. — Eu não posso, — eu deixo escapar. Acho que ouvi um rapidamente sussurro, — Sim! — Do outro lado do corredor, mas não posso ter certeza. Chase toca no meu cotovelo, e isso faz minha pele arrepiar. Eu puxo meu cotovelo de volta. — Não toque em mim, — eu digo. De repente, Pete caminha pelo corredor em direção a nós. Sua expressão é estrondosa, e eu passo na frente dele, de modo que ele tem que correr para mim em vez de esmurrar Chase como eu estou supondo que ele quer fazer. Eu coloco a mão em seu peito. — Você está pronto para ir? — Eu pergunto. Ele olha para mim, os olhos perguntando se eu estou bem. Suas mãos aterram na minha cintura e desliza em torno de minhas costas, me puxando corando contra ele. Ele está me testando. E eu não quero lutar com ele. Eu admito. Chase faz minha pele arrepiar, e Pete faz minha pele formigar. Não é uma sensação completamente agradável, mas só porque eu não posso controlar isso. Ele me tem perto, uma mão no centro das minhas costas, e a outra cheia de balas de menta e diversas outras sortidas. Ele dá um passo em direção a Chase, e Pete e eu estamos tão próximos que eu tenho que recuar quando ele pisa para a frente. Repito a minha pergunta. — Você tem tudo? Ele finalmente olha para mim. — Eu tenho tudo que preciso, — diz ele. Seu tom é educado, mas claro e suave como a manteiga. Eu limpo minha garganta e levo Pete em direção à frente da loja, para que possamos pagar os itens que ele pegou. — Te vejo por aí, Chase, — Eu chamo de volta. Ele acena para mim. Eu me sinto mal porque Chase parece confuso. Ele está puxando o seu telefone, e eu já estou esperando pelo meu pai ouvir de seu pai. Eu não me importo. Se o meu pai tivesse um problema com Pete, ele certamente não teria me enviado com ele. Pete anda até o balcão e coloca seus itens ao lado da registradora. Ele puxa a carteira do bolso de trás e abre. Eu vejo um par de pacotinhos de camisinhas com o seu dinheiro. Calor sobe para o meu rosto.

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Fuga da prisão.

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Ele paga, em seguida, fecha a carteira dele e empurra de volta em seu bolso traseiro. Ele pega a bolsa do funcionário e diz obrigado a ele. À medida que saímos pela porta da frente, ele entrelaça os dedos com os meus. Eu olho para ele, piscando para longe pelo brilho do sol. — Você realmente precisa aprender a se comportar, eu digo. — Mas eu não posso reprimir uma risada. Eu simplesmente não posso. — Jailhouse Rock? Sério? Ele dá de ombros, mas ele está sorrindo também. — Pareceu-me apropriado. Eu dou uma risada tão alta que eu cubro minha boca de vergonha. — Foi muito inapropriado —, eu digo. Ele fica sério e olha para mim depois de entrar no caminhão. — Quem é esse cara para você? — Ele pergunta. — Ele é um amigo, — eu digo, encolhendo os ombros. — Isso é tudo. — Por que você não disse a ele de onde eu sou? — Ele pergunta. Ele está esperando com a respiração presa, eu acho. — Eu falei. Ele balança a cabeça. — Você sabe o que quero dizer. — Ele perguntou de onde você é. Eu disse Nova York. O que mais você quer que eu diga a ele? — A verdade seria um bom começo —, ele resmunga. — Prisão é um lugar que ficou por um tempo, Pete. Não é de onde você é. — Ele bufa. — Isso seria como os meninos dizerem que eles vivem na fazenda Cast-A-Way depois de ficar por uma semana. — Isso não é totalmente correto. — Ele balança a cabeça para trás e para frente como se estivesse pesando minhas palavras. Então seus olhos se estreitam. — Você não o deixou tocar em você. — Eu sei, — eu digo em voz baixa. — Eu não deixo muitas pessoas me tocar. — É melhor eu lhe contar a verdade. — Fomos a encontros uma ou duas vezes —, eu digo. — Você já esteve em encontros com ele e você ainda não o deixa tocar em você? — Ele levanta a sobrancelha para mim. Concordo com a cabeça, perturbada por sua pergunta. — Bom, — diz ele. Ele sorri. Eu entro no caminhão e coloco minha mão direita no console entre nós, dirigindo com a minha esquerda. Seu braço ferido surge para se apoiar ao meu lado e seu dedo mindinho cruza o meu, envolvendo em torno dele. É confortável. É gentil. É inquietante em um tipo de ajuste de caminho, e eu não sei o que fazer com ele.

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— Pare de pensar demais, — ele diz, sorrindo pela janela. Ele nem está olhando para mim. — Ok —, digo em voz baixa. Eu resolvo voltar no meu lugar e deixar a minha mão mais próxima dele. Meus nervos estão uma bagunça no momento em que voltamos para o acampamento. Pete olha para mim e sorri. — Querida, estamos em casa —, ele canta, sorrindo. Mas, então, ele rapidamente fica sério. Ele abaixa a cabeça, arqueando seu pescoço, para que ele possa olhar para a minha cara. — Você ainda está pensando demais, não é? — Ele pergunta baixinho. Concordo com a cabeça. Eu pisco furiosamente para empurrar as lágrimas. Ele é tão gentil e ele é tão doce, mas eu tenho pensado sobre isso todo o caminho de casa. — Eu tenho medo que eu não posso ser o que você precisa que eu seja, — digo em voz baixa. — Eu simplesmente não posso. — Eu nunca vou ser normal. Nunca. — Você acabou de me conhecer, — diz ele. — Como no mundo você pode saber o que eu preciso? Ele solta da minha mão. Sinto-me de repente mais sozinha do que nunca. Eu olho em seus olhos. — Eu realmente, realmente quero te beijar — eu digo. Ele sorri. — Bom. — Mas e se eu nunca puder fazer isso? — Nunca fazê-lo sem ver rosto dele em minha mente, em vez de Pete? Pete emaranha seus dedos com os meus. — Será que isso te faz se sentir bem? — Ele pergunta. Não pareceria bem ontem, mas de repente tudo certo hoje. — Não. Ele empurra sua mão para trás como se eu o tivesse queimado. — Espere. — Eu preciso explicar. — Isso não é bom. É uma sensação fabulosa. Sua postura relaxa. — Você me assustou por um segundo. Eu procuro sua mão e a seguro com força. — Para mim, isso pode estar tão perto quanto eu nunca terei relações sexuais ou aquele beijo que eu acho que eu quero de você. — Ok —, ele diz, sorrindo. Eu reviro os olhos para ele. Seu rosto suave. — Acontece que eu gosto de estar de mãos dadas com você, idiota, — diz ele. — Eu gosto muito. — Ele esfrega a mão pelo rosto. — Provavelmente mais do que eu deveria. — Ele aperta minha mão. — Então, se isso é tudo para o qual você está pronta, eu estou feliz em fazer. E apenas isso. — Ele se inclina de novo, olhando para o meu rosto. — Eu só te conheci ontem. A maioria dos homens que você encontra quer entrar em suas calças em vinte e quatro horas? Eu dou um suspiro. Ele me conheceu muito antes disso, mas, tecnicamente, ele está certo. — Se assim for, você sai com os tipos errados de homens. — Ele deixa a minha mão e se volta para abrir a porta do caminhão.

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— Pete —, eu chamo. Ele olha por cima do ombro para mim, sorrindo. — Reagan —, diz ele, com um tom imitando meu. Mas ele levanta a mão. — Eu sei que você já quer dormir comigo, Reagan — , diz ele sorrindo. — Mas, pelo amor de Deus, eu só te conheci ontem. Dê-me algum tempo para conhecê-la, você irá? — Ele ajusta as roupas como se eu tivesse a roupa dele com os meus olhos. — Eu sou mais do que um pedaço de carne. Ele ainda está sorrindo, e eu sei que ele está brincando, mas, de repente, me bate quão tola eu estou sendo. Eu estou deixando minha atração por este homem ditar as minhas ações, e eu estou colocando paredes, arrancando-as para baixo, e em seguida, construindo-as mais fortes. No momento que a semana acabar, eu serei uma fortaleza maldita. Mas uma coisa é certa. Se alguém puder atravessar minhas paredes e me fizer querer que ele estivesse lá, esse alguém é Pete. Porque eu já estou no meio do caminho.

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Mr. Caster nos encontra no caminhão quando saímos, e ele olha com uma expressão solene para o meu pulso enfaixado. Mas ele fita a maneira que Reagan olha para mim com uma expressão ainda mais solene. — Tudo está indo bem? — Ele pergunta, seu olhar deslizando entre nós dois. — Apenas uma distensão, — eu digo, segurando meu braço para que eu possa flexionar os dedos. Eu olho em volta. O acampamento não tem nenhuma criança. — Onde estão todos? — Eu pergunto. Ele empurra o polegar na direção da piscina. — Metade das crianças está na piscina. A outra metade está por aí. — Link ainda está xingando? — Reagan pergunta, estremecendo por dentro, eu posso dizer. — Sua mãe te salvou quando ela falou a palavra com ‘f’ na frente dele. — Ele sorri. Ele não está com raiva de tudo. Reagan ri. — Tão feliz que posso contar com ela para salvar o dia. — Você sempre pode contar com a sua mãe para xingar mais do que você. — Ele olha para mim. — Onde você está estacionado hoje? Com Gonzo? Eu não tenho nenhuma ideia de onde eu deveria estar. — Onde quer que você me queira. — Eu estendo as minhas mãos esperando por sua resposta. Ele acena com a cabeça em direção as barracas dos conselheiros, que é onde eu vou ficar. — Fique com Phil. Acho que ele pode ter um grupo com alguns dos jovens, e ele pode precisar de uma presença adulta sólida para ajudá-lo. — Eu aceno com a cabeça. Eu nunca me considerei um adulto sólido, mas minha cabeça incha ao pensar que ele considera.

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Eu olho para Reagan e coloco a minha cabeça para o lado. Espero que eu pareça um cachorro curioso. Provavelmente não, embora. — Eu vou te ver mais tarde? — Eu pergunto. A testa do seu pai se arqueia, e ele parece quase... divertido? Ela acena com a cabeça para mim, corando um pouco quando ela olha para seu pai, por baixo de seus cílios. Eu vou em direção ao círculo de cadeiras no meio das barracas dos conselheiros. Phil se levanta e pega uma cadeira para mim, me colocando na frente dele, do outro lado do círculo. — Como está o pulso? — Ele pergunta enquanto eu me instalo e inclino para frente, balançando as mãos entre os joelhos. — Só uma distensão, — eu digo. Eu não gosto que toda a atenção esteja, de repente, em mim. Ele sorri e pisca para mim. — Já que você só levou um soco no rosto de uma menina - — Ele deixa o seu olhar varrer sobre o grupo. — Nós estávamos falando sobre quantos dos jovens no programa vêm de lares onde a violência doméstica é a norma. — Tudo bem... — Eu digo lentamente. Eu não sei o que ele quer que eu contribua. — Gostaria de saber quantos? — Ele pergunta. Ele sorri para mim em encorajando. — Eu adoraria saber, — eu respondo, porque eu suponho que é o que ele quer ouvir. Phil comanda o grupo, — Por favor, levante a mão se você sofreu violência doméstica em sua casa. — Seis em cada dez mãos subiram. — Isso pode incluir a violência contra sua mãe, seu pai, seus irmãos. Ou até mesmo seus avós ou pais adotivos. Outra mão sobe. Esses meninos não têm famílias como a minha. Longe disso. Eu estava mergulhado no amor e na compaixão, e eles foram assados em tumulto e raiva. — Uau, — eu digo. — Isso é mais do que eu esperava. — Eu não sei o que Phil quer que eu faça. Então, eu apenas faço perguntas. — Será que os seus amigos sabiam sobre suas situações? Ou você os mantém longe de sua casa? Um dos meninos dá um suspiro. — Eu não deixaria meus amigos dentro de uma centena de metros do meu apartamento. — Você vai para a casa deles em vez disso? — Eu pergunto. Ele balança a cabeça. — Alguns. Há outros que têm famílias como a minha, por isso que a gente sai para o parque. — Você tem amigos com famílias normais, certo? — Eu pergunto. Tic-Tac zomba. — Brigar é normal, — diz ele. — Se eu fosse a uma casa e não houvesse briga, eu provavelmente fugiria com medo. Os meninos riem dele, mas eu posso dizer pelo jeito que eles evitam o meu olhar que isso é verdade. Os problemas são o seu "normal". — Quantos de vocês querem ser diferentes quando crescerem? — Quatro deles levantam as mãos.

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— E que tal quando vocês tiverem seus próprios filhos? — Eu pergunto. — Vocês gostariam de dar uma vida melhor para os seus filhos? — Desta vez, mais quatro mãos adicionais subiram. Phil pergunta: — Então você acha que seus filhos merecem mais do que vocês tem? — Ele pega o grupo. — O que você pode fazer para garantir que isso aconteça? — Não ter uma puta grávida então você tem que se casar com ela —, disse um deles. — Essa é uma palavra que usamos para descrever as mulheres? — Eu pergunto. Eu olho para ele. Eu não deveria. Mas ele tem que saber isso que não é certo. Ele encolhe os ombros. — Isso é o que elas são. — Sua mãe é uma puta? Ele dá de ombros novamente e evita meus olhos. — Sua filha vai ser mãe? Ele senta-se neste momento. Ele está ficando na defensiva, eu posso dizer. Eu seguro a minha mão para detê-lo. — Toda mulher é filha de alguém. Alguém em casa a ama. E você a desvaloriza e todas as outras mulheres, referindo-se a elas como putas—” Eu sou da vizinhança. Eu poderia discursar palavras muito mais grosseiras do que provavelmente eles poderiam imaginar. Mas essa é a ideia. — A menina que está com você é filha de alguém. Você tem que lembrar disso quando você tratar uma mulher mal. O mesmo menino balança a cabeça. — Algumas p- — Ele para e se corrige. — Algumas mulheres não querem ser tratadas como a filha de alguém, — diz ele. — Se seus pais não são bons, elas não conhecem nada melhor. Eu aceno com a cabeça. — Quando uma mulher cresce, ela aceita o amor que ela acha que ela merece. Você acha que isso é justo? É isso que você quer para suas próprias filhas? — Eu olho em volta. Um dos rapazes se inclina para frente. Eu tenho a sua atenção, eu acho. Ele me olha diretamente nos olhos, quando ele diz, — Eu vou tratar a minha filha como uma princesa. Porque se eu não fizer isso, ela vai agarrar-se ao primeiro homem que fizer, mesmo que ele não seja bom. Minha avó me disse isso. — Ele enfia a mão no bolso de trás e tira uma foto. —Essa é minha menina, — diz ele. Ele segura com orgulho. Eu me inclino para perto para que eu possa sorrir para a foto dele. Então eu chego e aperto sua mão. — Sua filha agradece. E assim vai o homem que se casar com ela um dia. — Você tem namorada? — Um deles pergunta. Sou, de repente, o centro de sua atenção. Eu balanço minha cabeça. — Não. Acabei de sair da prisão um par de dias atrás. — Ele não teve tempo de ir lá, ainda, — um menino diz, e outro bate na mão dele ele.

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— Eu fiz a minha parte indo lá. — Eu desenho aspas no ar em torno das duas últimas palavras. — Ir lá não é o suficiente para mim. Quero um relacionamento. Eu quero alguém para compartilhar minha vida. Eu quero alguém que cuide de mim e que vai me deixar cuidar dela. Mas mesmo antes de tudo isso, eu quero melhorar a mim mesmo, para que eu seja digno dela. — Merda, — um deles geme. — Você nem sabe quem ela é e você já está tentando mudar a si mesmo por ela. Foda-se isso. — Ele joga suas mãos para baixo como se ele quisesse afastar meus pensamentos. Eu balanço minha cabeça. — Eu quero ser melhor para mim. Mas não tenho dúvida de com quem quer que eu acabe casando, será o melhor para isso. — Eu começo a contar itens nos meus dedos. — Eu quero ir para a faculdade. Quero conseguir um bom emprego. Eu quero uma casa. Pode ser uma casa humilde, mas vai ser minha. — Eu bato no meu peito. — Eu quero que crianças corram para cima e para baixo pelos corredores. Eu quero ir para aulas práticas de futebol e treinar a Liga Infantil e eu quero segurar a mão de uma menina enquanto ela dança na ponta dos pés em um tutu16. Eu quero ver os meus filhos irem para a faculdade e vê-los fazerem melhor do que eu. — Eu olho para Phil. — Esses são os meus planos. Ele sorri para mim e assente. — Quantos de vocês têm planos sólidos para quando vocês saírem? — Ele pergunta. Os meninos olham uns para os outros. — Quantos de vocês pretendem se formar? — Ele pergunta. Apenas metade deles levantam as mãos. — Quantos de vocês pretendem trabalhar? Todos eles levantam suas mãos. — Quantos de vocês pretendem ter filhos que vocês irão cuidar? Só o menino com a imagem em seu bolso levanta a mão. —Quantos de vocês usam preservativos quando estão fazendo sexo? — Phil pergunta. Os meninos riem. Phil ri. — Então, muitos de vocês estão planejando ter filhos mais do que eu pensava. Phil pega uma pilha de cadernos e os passa ao redor do círculo. Ele me dá um, também, e uma caneta. — Para o grupo amanhã, eu quero que vocês escrevam um plano sólido para quando vocês voltarem para casa. — Você quer dizer, como faculdade, tirar 10 e essas merdas? — Um menino pergunta.

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Saia de bailarina

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Phil balança a cabeça. — A faculdade, comprar um peixinho dourado, casar, conseguir um emprego, ir para feiras... Escreva sobre algo que você pode realizar. E digame em uma página ou menos o que você pretende fazer para chegar lá. — Nós temos que compartilhá-lo com o grupo? — Alguém pergunta. Phil dá de ombros. — Só se você quiser. Os meninos todos levam seus cadernos e os guardam em suas barracas, e Phil quebra o grupo, mandando os jovens saírem para fazer as tarefas. Ele me impede, porém, com uma mão no meu ombro. — Você fez muito bem em falar com eles. Eu dou de ombros. — Eu tenho um monte de irmãos. É o que nós fazemos. — Alguns desses garotos nunca tiveram uma presença masculina que realmente os ouviu. Concordo com a cabeça. — Eu posso dizer. — Eu olho para o grupo enquanto eles se espalham em torno de mim, indo fazer suas tarefas. — Eu poderia aprender tanto com eles como eu posso ensiná-los, no entanto. Ele aperta meu ombro. — Sem dúvida. — Onde você quer que eu vá agora? — Eu pergunto. — Dê uma olhada em Karl. Acho que ele está na piscina. — Ele olha para mim. Eu levanto a perna da minha calça jeans e olho para a minha pulseira de monitoramento. — Posso molhar essa coisa? Ele balança a cabeça. — Esse modelo pode ser molhado, sim. Então, fique à vontade para saltar em qualquer momento. — Ele sorri para mim. — Hey Pete, — diz ele. Eu volto. — Hoje à noite, nós vamos deixar os meninos jovens usar a piscina. Eu gostaria que você estivesse lá, caso algum deles queiram falar. Depois do jantar, tente se livrar de tudo o que você está fazendo? — Sim, senhor, — eu digo. Eu caminho para a piscina. Mas, no último minuto, eu volto e coloco uma sunga. Eu não posso deixar de olhar ao redor, procurando Reagan no meu caminho. Mas ela não está lá. Então eu a encontro. Vestindo um maiô e sentada em uma cadeira de salva-vidas com um apito entre os lábios. Eu não consigo tirar meus olhos dela. Ela está olhando para a piscina com o olho treinado de um profissional. Então ela me vê, e sua face cora. Deus, ela é bonita. Eu sou um cara, então eu noto o maiô muito útil que ela está usando. É vermelho, e abrange todas as partes dela que devem ser cobertas e mais algumas. Mas ela poderia muito bem estar fodidamente nua, tanto quanto os meus nervos estão na causa. E o meu pau, para esse assunto. Eu mencionei que eu sou um cara, certo? Ela tem as pernas cruzadas, e ela tem um grande chapéu de palha estiloso na cabeça, óculos brancos de brinquedo e seu nariz está coberto com pasta d’água. Ela é

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adorável pra caralho. Ela sopra seu apito e um dos meninos que estão correndo ao lado da piscina ficam mais lentos, olhando para ela timidamente. Algo duro bate na parte de trás das minhas pernas, fazendo com que meu joelho direito dobre. Eu olho para trás para encontrar Gonzo sorrindo para mim. Parece você que estava do lado errado de uma briga de gangues, ele sinaliza, em seguida, ele aponta para o meu olho. Eu dou de ombros. Isso é o que acontece quando você pega uma menina da maneira errada. Tome nota: Algumas delas podem chutar o seu traseiro. Eu pensei que as outras crianças estavam mentindo, diz ele. Em seguida, ele ri. Ela realmente bateu em você? Ele olha para Reagan e sorri. Isso é o que você ganha por dar em cima da minha garota. Não diga que eu não avisei. Ele aponta o dedo para mim em sinal de advertência. — Por que você não está nadando? — Eu pergunto, usando minha voz. Ele aponta para o pedaço de plástico. Meio difícil de respirar quando está cheio de água. — Você não pode nadar com essa coisa? Sério? Seu rosto cai. Eu deveria tê-lo deixado sozinho. — Então o que você está fazendo aqui? — Eu pergunto. — Você poderia estar andando a cavalo ou fazendo algo divertido. Ele olha para Reagan. — E deixar de ver as pernas dela? Absolutamente não. Eu vou ficar bem aqui. Eu rio e balanço a cabeça. O menino é engraçado. Vou dar-lhe isso. Eu puxo uma cadeira para perto dele e sento. — Só para você saber, — eu digo. — Eu vi primeiro. Assim, você pode parar de sonhar. Cara, ela deu um soco na sua cara. Ele ri. Eu bato no meu peito. — Eu posso ser encantador quando eu quero. Quando é que isso começou? Ele sorri. Eu soco em seu ombro. — Você tem irmãos? — Eu pergunto. Ele balança a cabeça. Você quer se candidatar ao cargo? Esse garoto é muito mais espirituoso do que eu teria imaginado. — Eu já tenho quatro irmãos, muito obrigado. Eu particularmente não quero mais. Como é ter que muitas pessoas na mesma casa? Deve ser uma casa grande. Eu balanço minha cabeça. — Não, na verdade é realmente um pequeno apartamento. — Eu dou de ombros. — Mas funciona para nós. Você sente falta deles? Concordo com a cabeça. Principalmente de Sam. — Eu sinto falta deles. Eu só passei uma noite com eles antes ser convocado para ser o seu porta-voz.

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Pelo menos eu coloco palavras brilhantes em sua boca. Ele dá um tapinha no peito. Eu poderia ser chato. Onde você estaria, então? — Minha vida poderia ser pior. Estou sentado em uma enorme piscina olhando para uma menina bonita com um menino que é muito inteligente. Cuidado ou minha cabeça vai começar a inchar. Ele olha para Reagan. É desejo em seus olhos? — Pare de encarar a minha menina, — eu aviso. Ele não tira o olhar dela, mas parece menos lascivo e muito mais... necessitado. Você acha... Suas mãos param de se mover. — O quê? Fale logo, — eu peço. Não importa. —O que você estava prestes a dizer? — Eu pergunto, voltando-me para encará-lo completamente. — Pergunte. Eu não vou conseguir dormir hoje à noite a menos que eu comece a ouvir o que está acontecendo em sua cabeça, — eu brinco. Eu estava pensando... Ele olha para Reagan novamente. Você acha que vai haver uma menina que olhe para mim como ela olha para você? Eu olho para a posição do salva-vidas. — Como é que ela olha para mim? — Eu pergunto. Como se ela quisesse saltar em seus ossos. Ele ri. Mas eu posso dizer que isso é sério para ele. Mais grave do que ele quer que eu saiba. Eu toco sua perna com o pé para chamar sua atenção. — Essa não é a pergunta que você deveria estar se perguntando, idiota. Estou em uma cadeira, o Sr. Conselheiro. Você acha que é uma boa ideia me chamar de idiota? Você pode afetar a minha autoestima. Reviro os olhos. — Se você tivesse algum problema de ego, eu já saberia. Esqueça que eu perguntei, ele diz. Ele olha em todos os lugares, exceto para mim. — Há uma tampa para cada panela, Karl. Algumas se encaixam melhor do que outras, mas há uma feita apenas para você. Você deveria estar se perguntando se ela é boa o suficiente para você. A cada momento. Não pergunte a si mesmo se você é bom o suficiente para ela, porque quando você encontrar o ajuste certo, você não terá dúvida. Ele sorri. Acho que ele gosta da resposta. E eu quero dizer isso. Então, você acha que ela existe? Concordo com a cabeça. — Acho que ela está apenas esperando para encontrá-lo. Portanto, não estrague tudo por ser um espertinho. Ele aponta para si mesmo. Eu? Nunca! A mãe de Karl se aproxima do outro lado da piscina. Ela tem um balde cheio de água na mão e ela está na ponta dos pés, então eu tento não sorrir. Mas eu não posso evitar

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quando ela despeja a água em suas costas. Ele se inclina para frente, fazendo uma careta, mas ele também está rindo. — Isso é o que você ganha por ser uma merda esta manhã —, diz ela com um sorriso. Portanto, este é o lugar onde ele recebe isso. Eu gosto dela ainda mais agora. Ela puxa uma pistola de água por trás de suas costas. Ela entrega para Gonzo. — Parece que Reagan poderia refrescar, você não acha? — Ela pisca para mim. Gonzo é de repente um homem em uma missão. Ele esconde a arma por sua perna e rola em torno de onde Reagan está sentada. Ele para abaixo dela e bate palmas juntos. Ela olha para ele, sorri e diz alguma coisa, mas eu não consigo ouvir o que ela está dizendo. Ele sorri, tira a pistola de água e passa a atirar. Ele não atira no rosto dela, mas ele atira no resto do corpo dela muito bem. Ela coloca as mãos para proteger a si mesma, e é realmente muito divertido. De repente, a pistola fica sem água, e ela desce a escada de sua cadeira. Ela tem uma toalha molhada na mão, com a qual ela começa a dar chicotadas nele até que ela rache contra o seu joelho. — Ai! — Eu sussurro para mim mesmo, fazendo uma careta. Mas ele adora. Ele sorri e joga a arma para alguém na piscina encher. O tempo todo ela está perseguindo-o ao redor da borda da piscina com a toalha, até que o pai dela tem que vir e mandá-la de volta para a posição. Sr. Caster aponta seu dedo, e ela finge fazer beicinho. Em seguida, ela bate na bunda dele com a toalha também. Ele se vira, a pega, e a joga na água. Ela boia na superfície e cospe. Seu grande chapéu de palha flutua lá, ao lado dela. E os óculos caíram até o fundo. Essa merda é engraçada. Eu não consigo parar de rir. Eu rio até meus lados doerem disso. Ela olha na minha direção e estreita os olhos. Ela nada até onde eu ainda estou sentado, completamente seco. — Você parecia um pouco divertido, lá, Pete —, diz ela. Ela enche a boca com água da piscina e cospe de entre os dentes no meu pé. Droga, isso é quente. Mas, novamente, eu sou um cara. Nós tendemos a ficar um pouco obcecados por via oral. Ela poderia cuspir uma Goober17 e eu ainda provavelmente a acharia sexy. — O que você vai fazer sobre isso? — Eu pergunto, sentando-me para frente com os cotovelos sobre os joelhos. Ela parece assustada por um segundo. Então eu percebo o que ela está tramando. Eu quase posso sentir o cheiro das engrenagens em seu incêndio mental, elas estão trabalhando muito. Gonzo enrola ao meu lado. Eles devem ter alertado a todos sobre o tubo de traqueostomia de Gonzo, porque ninguém tenta deixá-lo molhado e ele é cuidadoso sobre a borda da piscina. A próxima coisa que eu sei, é que ele está ao meu lado, e ele não tem o mesmo cuidado comigo com o que teve com Reagan. A explosão de água me bate no rosto. Eu coloquei minhas mãos até bloqueá-lo, mas caramba, ele está se divertindo tanto com isso que eu não quero parar. Em vez disso, eu o deixo esguichar até a arma estar vazia. Então eu sopro a água de meus lábios e abro os olhos. Ela está sorrindo como o inferno, e Gonzo está quase tão feliz quanto ela está. — Você então merecia isso —, diz ela.

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Pessoa estranha, bobalhona, pateta, não muito inteligente.

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Eu me levanto e aponto para ela. — Eu estou indo para você, Reagan — Eu advirto. Ela grita e corre à distância. Ela parece um pouco em pânico, mas então eu percebi que ela está se divertindo e ela está em pânico porque eu vou afundá-la em vez de tocá-la. Esta merda é como preliminares. Do tipo muito bom. Eu vou até a parte rasa e a persigo por todo o caminho até a corda da divisão do meio da piscina. Eu quero tocá-la tanto que eu posso sentir o gosto disso. — Vem aqui, menininha, — eu insulto. — Deixe-me mostrar o que acontece quando você mexe com um homem de verdade. Ela ri e pisa sob a corda. Ela aparece sorrindo, apesar de tudo. Eu vou por baixo e chego até ela, e ela quase desliza por mim, mas eu a agarro no último segundo. Eu lentamente a puxo contra mim. Estamos tão próximos que eu posso sentir seu coração batendo contra meu peito. Ela olha nos meus olhos, e, em seguida, seu olhar cai para meus lábios e se move para cima. — Pete —, avisa. Ela chuta os pés para se manter à tona. — Reagan — Eu zombo. — Não foi minha culpa —, diz ela, mas ela está um pouco sem fôlego. — Foi Gonzo. Ele planejou a coisa toda. — Mentirosa, — eu sussurro. Sua face cora. Eu tiro a água com uma mão e a seguro contra mim com a outra. Isto é tão bom que eu não quero deixar ir. — Reagan, — seu pai late. Ela olha para ele, como se ela estivesse sendo arrastada de um transe. Eu a deixo ir, mas ela não se move para longe de mim. Seu braço toca o meu. — Eu quero beijar você, — eu digo, impulsivamente, mesmo ao lado da orelha. Ela treme levemente. — É melhor fazê-lo em breve —, avisa. — Ou eu vou ter que substituí-lo por alguém mais disposto. — Ela se afasta de mim e vai para o lado da piscina, onde ela se levanta e sobe de volta em sua cadeira. Ela cruza as pernas longas e bronzeadas, e seus pés se agitam no ar. Então ela olha para mim e diz em voz alta. — É melhor ser épico, Pete. Isso é tudo que estou dizendo. — Ela aponta para um lugar ao meu lado. — E jogue meu chapéu. Eu pego o chapéu molhado e atiro no lado da piscina. Eu mergulho e pego seus óculos divertidos e coloco-os ao seu lado. Estou contente por ter algo para fazer, porque eu não confio em mim para sair da piscina ainda. Nosso primeiro beijo será o beijo que termina com todos os primeiros beijos para mim. Eu tenho certeza disso. Eu só espero que ela se sinta da mesma maneira.

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Meu pai está bravo comigo, eu posso dizer. Ele ficou olhando para mim durante toda a tarde. Pete olha para mim, também, mas de uma maneira completamente diferente. Ele tirou sua camisa cerca de duas horas atrás, e ele se aproximou de mim com um tubo de protetor solar que a mãe do Gonzo lhe deu. Papai o intercepta, porém, e gira em torno dele para esfregar protetor solar nos ombros de Pete ele mesmo. Pete deixou. Foi a coisa mais engraçada que eu já vi em um longo tempo. Quando meu pai terminou, ele deu um tapa bem forte no ombro nu de Pete e apontou para que ele voltasse para o grupo de crianças com deficiência auditiva, que tinha acabado de chegar na piscina. Pete organizou um grupo para jogar vôlei aquático e basquete aquático, e vejo os meninos jogar. Minha boca fica seca enquanto ele corta para fora da água para bater na bola, saltando mais alto para que a bola passe para o outro lado da rede com o braço que não está machucado. Seu corpo é incrível, e eu finalmente começo a ver todas as suas tatuagens. Quero encontrá-las com a ponta dos dedos e ver o quão longe elas vão sob sua sunga. Ela pendura baixo em seus quadris, e ele tem esses sulcos e um caminho de pelos que conduzem para baixo sua barriga, que faria qualquer garota brilhante tornar-se estúpida. Como agora. Eu não consigo tirar meus olhos disso. Eu quero seguir o caminho como se fosse a estrada de tijolos amarelos18. Meu pai é o leão covarde, porque eu acho que ele está com muito mais medo de meus sentimentos por Pete do que eu. Eu... Eu sou a bruxa malvada19. Pete nada para o lado da piscina em frente a mim. — Venha nadar comigo —, diz ele, jogando água para minhas pernas.

NT: a autora uma alusão à estrada que Doroty precisa seguir para encontrar o mágico de Oz e voltar para casa (Do filme O Mágico de Oz). 18

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Ainda fazendo alusão ao filme O mágico de Oz.

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— Estou de plantão —, eu digo, e assopro meu apito para um dos meninos. Ele empurra o polegar por cima do ombro em direção ao grupo e diz: — Eles são surdos, sabe? — Ele ri. — Seu apito é muito ineficaz. — Então, vamos esperar que todos eles saibam nadar. — Eles estão confinados à parte rasa. — Ele sorri para mim. Eu olho para os meninos. Eles estão assistindo Pete de onde eles ainda estão acertando a bola para trás e para frente. — Eles gostam de você, — eu digo. É claro que eles gostam. Todo mundo gosta de Pete. Até o meu pai gosta dele, embora eu não tenha certeza se ele gosta da crescente relação entre nós. — Eles gostam mais de você, — diz ele. — Eu disse a eles que eu estava vindo dar em cima da mais bonita salva-vidas. Um sorriso surge em meus lábios. Ele acha que eu sou bonita. — Você não disse. — Oh, sim, eu disse. — Ele sorri, e meu coração tropeça. — Prepare-se para ser paquerada, bonita salva-vidas. Ele ergue-se para fora da piscina, tomando cuidado com o pulso machucado enquanto ele sobe a escada, e vem em minha direção, água jorrando de seu corpo. Quando ele chega perto de mim, ele para e coloca os braços cruzados sobre o meu colo, e olha para mim. — Você não se importa que eu toque em você, não é? — Ele pergunta. Meu coração está batendo tão rápido que eu não posso respirar fundo, mas não é porque eu tenho medo dele. Ele me faz sentir coisas que eu nunca senti antes. — Aparentemente, minha deusa interior é uma vadia. Sim, eu li Cinquenta Orgasmos. Ele coloca a testa sobre os braços cruzados e ri, seus ombros tremendo. Eu bato no topo de sua cabeça raspada. Ele cobre a cabeça com a mão e olha para cima, franzindo o cenho para mim. — O que foi isso? — Você riu de mim. Ele bufa. — Você estava falando sobre Cinquenta Orgasmos. Claro, eu ri. Eu estreito meus olhos para ele. — Você sabe mesmo de que livro eu estou falando? — Anastasia e qual é o nome dele, — diz ele com um aceno jovial. — Eu li isso. Minha boca fica aberta. — O último foi o melhor. — Ele sorri. — Sua rendição foi meio doce. — Ele não se rendeu. — Do que você chama isso, então? — Ele ri. — Ele mudou totalmente por ela. E ele amou cada segundo disso. Deitei-me fortemente contra a cadeira que estou e o encaro. — Você pulou tudo e só leu as partes boas, não é?

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Ele me olha ofendido. — Só porque eu sou bonito não significa que eu não seja inteligente. — Ele ri. Ele levanta minha mão para que ele possa entrelaçar nossos dedos. Pete salta quando meu pai bate pelo portão da piscina. Papai olha pra ele, mas ele não remove sua mão da minha. — Reagan! — Papai late. Eu sopro uma respiração rápida e digo gentilmente: — Sim, papai. — O pai de Chase Gerald acabou de ligar. — Ele olha para onde a minha mão está emaranhada com Pete, e se os raios de morte que ele atirou com os olhos existissem, então Pete seria uma poça de cinzas no chão. — É o cara da farmácia? — Pete sussurra. Concordo com a cabeça, cortando os meus olhos de Pete por um segundo. — O que ele queria? — Eu já posso adivinhar, e meu coração afunda no próprio pensamento. — Ele disse que Chase chegou em casa falando que você estava na farmácia com um bandido. — Ele olha para Pete e Pete endurece, sua mão apertando a minha. — Você explicou quem é Pete? — Eu pergunto. Eu não quero deixar ninguém com um equívoco sobre Pete. — Eu disse a ele que ele é alguém que minha filha está ficando, mas que eu não estava preocupado com isso, porque ela é uma garota inteligente, com a cabeça no lugar. — Sua voz se eleva sobre as últimas palavras, e seu olhar para Pete cresce ainda mais feroz. — Eu não estou ficando, — eu protesto. Mas eu estou. Papai me enfrenta. — Então do que você chamaria isso? Eu não sei como chamar isso, porque eu não sei o que é. Eu dou de ombros. Pete endurece mais quando eu faço isso do que endureceu desde que papai veio através do portão. — Chase queria saber se você vai querer ir para a festa no clube de campo amanhã. — Eu já lhe disse que não, — eu digo. Mas eu já posso ver o olhar no rosto do meu pai. Isso não vai funcionar. — Eu disse a ele que você adoraria. — Ele abre a porta e para, olhando para mim de cima de seu ombro. — Ele vem te buscar às seis. Eu rosno sob a minha respiração. Principalmente porque não há muito mais que eu possa fazer, já que meu pai se foi. Os portões batem atrás dele. Eu puxo minha mão da de Pete. — Onde você está indo? — Pete pergunta. — Procurar o meu pai para que eu possa dizer a ele que eu não vou. — Você quer ir? — Ele pergunta. Ele me olha de perto, seus olhos azuis piscando lentamente. — Se eu quisesse ir, eu não teria dito não a ele. — Eu suspiro.

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Ele dá um passo para trás de mim, levando com ele todo o calor que estava me aquecendo um minuto atrás — Eu acho que você deve ir —, diz ele em voz baixa. — Por quê? — Questiono baixinho. Algo está muito, muito errado. Ele não costuma se distanciar como está. — Seu pai quer que você vá, — ele diz com um encolher de ombros. — Você não quer irritá-lo. Ele começa a caminhar por toda a extensão da piscina. Ele usa linguagem de sinais com os meninos, e todos eles começam a arrumar as bolas e os carros alegóricos e eles se alinham ao lado da porta. — Eu te vejo mais tarde —, ele chama em voz baixa. Então ele leva os meninos da área da piscina de volta para suas cabines. O que eu fiz de errado? Eu tenho a mínima ideia. Eu vejo meu pai atravessar a porta de trás da casa, e eu corro para segui-lo. Eu não sei por que ele fez isso, mas o que ele disse deixou Pete com raiva de mim, então ele tem de ir pedir desculpas. — Pai! — Eu chamo recuando de volta. Ele não se vira para falar comigo. Ele continua indo. Ele está me ignorando agora? Mas que diabos? Eu o sigo até a cozinha e o vejo olhando para minha mãe, que parece um pouco confusa. — Como você pôde fazer isso? — Eu pergunto. Meu coração está batendo como um louco, e eu mal posso recuperar o fôlego. — O que você fez? — Minha mãe pergunta. Pai encolhe os ombros e lava as mãos na pia. Ele me ignora completamente. Mamãe levanta a sobrancelha para mim em questionamento. — Ele chamou Pete de bandido, e então ele me disse que eu tenho que ir a um encontro com o Chase, só porque seu pai ligou e estalou os dedos. — Eu estalo meus dedos. O sorriso curioso da mamãe se transforma em uma carranca. — O quê? — Ela pergunta. Ela agarra o ombro do meu pai e ele vira para encará-la. — Você de todas as pessoas chamando Pete de bandido? — Na sua cara! — Eu grito. — Então, Pete saiu. E eu nem sei o que ele está pensando. — Eu sei o que ele está pensando —, meu pai murmura. Minha mãe faz uma carranca. — Ele está pensando que você não gosta dele! Papai faz um zumbido evasivo. É isso? Um zumbido? O rosto de mamãe amolece. Ela pode ler papai como um livro. Eu só queria que eu pudesse.

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— O quê? — Eu pergunto. Eu olho para trás e para frente entre os dois. — Seu pai tem medo de Pete estar tentando entrar em suas calças, — diz mamãe. Ela levanta a sobrancelha para o papai. Papai apenas olha para ela. Ele não vai sequer olhar para mim. Eu abaixo minhas mãos. — É isso mesmo! — Eu choro. — Ele não está tentando entrar em minha calça. Ele não vai nem mesmo me beijar! — Oh, — Mamãe respira. Papai murmura alguma coisa, e minha mãe esfrega seu ombro, os olhos suavizam quando ela olha para ele. — O quê? — Pergunto novamente. — Seu pai está com medo de que você tenha seu coração partido —, diz ela em voz baixa. Ela olha com simpatia para meu pai. Eu respiro fundo e me recomponho. — A maioria das meninas começa a ter seus corações partidos quando elas estão com dezoito anos ou algo assim. Talvez dezesseis ou sempre que encontram o seu primeiro namorado. — Eu aponto o dedo em direção ao meu peito. — Eu nunca tive um namorado, pai, — eu digo. Meus olhos se enchem de lágrimas, mas eu pisco de volta. Quão ferrado é isso? — Eu gosto de Pete, e ele é alguém que você pode gostar também. Então, qual é o problema? Nós nem sequer fomos a um encontro! — Eu o vi assistindo você na piscina. — Papai solta um suspiro. — Ele olha para você como eu olho para a sua mãe. — Ele coloca o queixo da minha mãe para cima, de modo que seus olhos encontrem os dele. — Eu a vi e eu sabia que ela estava completamente fora do meu alcance, mas eu a queria mais do que qualquer coisa que eu já quis. — Ele olha para mim. — E isso é como Pete olha para você. Isso é o que me assusta, Reagan. Não que ele seja um bandido ou que ele seja pobre, ou o fato de que ele esteve na prisão. Ele olha para você como se ele nunca quisesse parar de olhar para você. Eu provavelmente gostaria mais dele se ele estivesse apenas tentando entrar em suas calças, porque isso é algo que você pode superar. Mas um homem te amar, isso é completamente diferente. Você não está pronta para isso. — Ele encolhe os ombros. — Você simplesmente não está. Ele pode muito bem ter enfiado uma faca no meu peito. — Como você sabe se eu estou pronta? — Eu pergunto. — Eu vi o que aquele idiota fez com você, Reagan —, diz ele. Ele bate com o punho para baixo no balcão da cozinha, fazendo os pratos saltarem. E eu também. — Eu vi você andando por aqui, pulando com as sombras, envolvendo-se em uma bolha de proteção para que ninguém mais pudesse machucá-la. Você aprendeu a proteger o seu corpo, mas ninguém nunca te ensinou a proteger o seu coração. — Ele bate com o punho em seu peito. — Você está despreparada para o que Pete quer. Totalmente despreparada. — O que você quer que eu faça? — Questiono. Eu mal posso ouvir a mim mesma, mas meu pai me ouve. — Pare com isso antes que seja tarde demais, — ele cospe. — Pare com isso. — Ok —, eu respiro. — Você ganhou. — Eu viro e vou para fora da sala.

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Eu sรณ o conheci hรก dois dias. Por que eu ainda sinto como se minha alma jรก o conhece intimamente? Eu nรฃo entendo isso, tampouco. Talvez meu pai esteja certo.

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Eu tento não olhar para ela durante todo o jantar. Ela se senta com seu irmão e sua mãe, e seu pai não está aqui. Sua mãe movimenta com a mão para eu me juntar a eles, mas eu balanço a cabeça e me concentro em minha refeição. — Por que não está com Reagan? — Tic-Tac pergunta quando ele se senta ao meu lado. Encolho os ombros. Eu nem sequer tenho as palavras certas para descrever. — Qual é o seu nome, homem? — Eu pergunto. Ele sorri. — Edward. — As pessoas lhe chamam de Eddie? — Eu pergunto. Ele balança a cabeça. — Apenas um homem já me chamou Eddie, e eu atirei nele quando eu o peguei estuprando a minha irmãzinha. — Ele evita o meu olhar. — Então, eu não aconselharia me chamar assim. — Ele sorri. — Me chame de cabeça de merda ou o que você queira, mas não me chame de Eddie. — Ele era seu pai? — Eu pergunto. Ele balança a cabeça. — Minha mãe só se casou com um homem. — Ele olha para longe, como se ele estivesse vendo algo em sua mente, em vez do que está ao nosso redor. — Eu atirei nele —, diz ele. Ele faz aquele pequeno pfffttt som com a boca, como ele fez no ônibus quando falou comigo. Uau. Eu nem sei como responder a isso. — Como está sua irmã? — Eu pergunto. Eu penso em Reagan e em quando eu a encontrei. E eu não quero nem saber sobre sua irmã. — Ela tinha apenas onze anos —, ele sussurra. — Onze malditos anos de idade.

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Eu não deveria ter julgado esse garoto quando o conheci. — Sinto muito, — eu digo. — Isso me irrita porque ele roubou o que ela poderia ter sido, você sabe? Concordo com a cabeça, mas não, eu não sei. — Ela mora com sua mãe, agora? — Pergunto. — Não, — ele responde. — Ela está com o Estado. Minha mãe foi presa, também. Drogas, eu acho, logo depois que aconteceu. — Ele encolhe os ombros. — Ela está com uma família melhor. — Seus olhos ficam brilhantes. — Eles disseram que eu posso visitá-la quando eu sair. É só por uma hora, uma vez que eu não posso ficar sozinho com ela, mas tudo bem. Eu só preciso ter certeza que ela está bem. Concordo com a cabeça. — Eu não tenho irmãs. — Sua menina, Reagan, — diz ele. Ele sorri. — Parece que ela pode cuidar de si mesma. — Ela pode chutar a minha bunda. — É verdade. — Você acha que ela iria me ensinar alguns desses movimentos de caratê? — Ele pergunta. Eu sorrio. — Você poderia perguntar a ela. — Eu gostaria que alguém tivesse ensinado a minha irmã como fazer algumas dessas coisas. — Ele fica com aquele olhar distante novamente. Eu não tenho certeza se teria mudado a sua situação, mas eu aceno de qualquer maneira. Edward se levanta para jogar o prato e se vira para mim. — Quando eu sair, você acha que eu poderia sair com você e seus irmãos? Phil estava me dizendo como você vive perto de mim. Concordo com a cabeça. — Eu não vejo por que não. — Eu não conheço o garoto, mas eu sei que ele teve um tempo ruim, e não foi por culpa própria. — Nós poderíamos jogar basquete. Ele sorri. — Tudo bem. — Ele vai colocar uma sunga. Os rapazes mais novos têm a noite de folga. Eles vão utilizar a piscina e apenas brincar e serem meninos pelo resto da noite. Eu me concentro no meu jantar. Agora que Edward não está aqui, é mais fácil de engolir. Eu não tenho nenhuma irmã, mas eu tenho uma sobrinha chamada Hayley, e eu não sou o único menino Reed que mataria qualquer um que tentasse machucá-la. Ela tem cinco anos, e eu não a vejo há muito tempo. Inferno, ela provavelmente nem se lembra de mim. Mas eu poderia sair daqui hoje e dar a minha vida pela dela sem arrependimentos. A área de jantar começa a esvaziar, e eu percebo que devo ter lamentando sobre a situação de Edward um pouco demais. Sr. Caster se senta na minha frente e repousa os cotovelos sobre a mesa. Ele sopra um suspiro. — Minha filha não está mais falando comigo.

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Eu não respondo e coloco uma colher de espaguete em minha boca para que eu tenha uma desculpa por não responder. — Aparentemente, ela gosta muito de você. Eu pego um pedaço de pão. Eu ainda não falei. A comida está difícil de engolir. — Sua mãe não está falando comigo, também —, diz ele. Ele sorri um sorriso de lado. — Eu meio que gosto de fazer sexo com minha esposa, então achei melhor vir e limpar o ar. Eu engasgo com meu espaguete. Eu olho para ele enquanto tento respirar, tusso em meu punho fechado. — As mulheres têm maneiras de conseguir o que querem, Pete, — diz ele. — E minha esposa quer que Reagan faça suas próprias escolhas. — Ele inspira e expira profundamente. — Eu acho que você é a sua escolha. — Ele aponta o dedo para mim. — Mas se você machucá-la, com a ajuda de Deus, eu vou te caçar e fazer coisas para você que você não pode sequer imaginar. — Sim, senhor —, eu guincho para fora. Eu limpo minha garganta. — Eu acabei de conhecê-la, — eu o lembro. Ele balança a cabeça. — Ela te conhece em sua cabeça por dois anos e meio, filho. Você não acabou de conhecê-la. Você tornou-se seu herói da noite, você cuidou dela. Agora, muito disso está na cabeça dela e na cabeça dela, sozinha resta ser vista. Mas ela sente uma conexão com você, e você é a única pessoa que ela já deixou entrar. Então, você está dentro, com a minha bênção. Eu sorrio. — Obrigado, senhor. Eu olho para onde está Reagan, mas ela não está olhando para mim. Ela está olhando para a mesa. Aproveito a última mordida da minha comida e me preparo para ir até ela. Mas na hora que eu chego lá, ela já está levantando-se e indo embora. — Reagan, — Eu a chamo. Ela solta um suspiro e se vira para mim. Ela chuta uma pedra com a ponta do seu chinelo. — Posso vê-la mais tarde? — Eu peço. — Por quê? — Ela pergunta. Ela não me olha nos olhos. — Oh, pelo amor de Deus! — murmuro. Seu olhar dispara até encontrar os meus. — Perdão? Seu telefone toca bolso de trás, e ela o puxa para fora, olhando para a tela. Eu vejo o nome de Chase antes dela levantá-lo para sua orelha e dizer Olá. Ela levanta um dedo para dizer-me para esperar. Eu cerro os dentes e espero. — Vejo você amanhã, Chase, — ela finalmente diz. Ela diz baixinho, mas eu a ouço. Ela está saindo com ele? Sério? Eu sei que eu disse a ela, mas... Deus. Eu estraguei tudo.

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— Do que você precisa? — Ela pergunta quando coloca seu telefone de volta em seu bolso traseiro. Eu sinto que ela acabou de me dar um soco no estômago. Eu não deveria me sentir assim, mas eu me sinto. — Você vai com aquele idiota? — Eu pergunto. Ela inspira profundamente com os olhos fechados, como se ela estivesse fortalecendo-se antes falar. — Você me disse para sair com ele, Pete —, diz ela. Concordo com a cabeça. — Eu falei. — Ela está certa. Eu sou um idiota. — Você pretende ouvir tudo o que eu tenho a dizer? Ela revira os olhos para mim. Eu nunca vi ninguém revirar os olhos e parecer tão malditamente adorável. Eu sorrio. Eu não posso evitar. — O que é tão engraçado? — Ela questiona, socando os punhos em seus quadris enquanto olha pra mim. — Isto é tão fodido, — murmuro, mais para mim do que para ela. Mas ela me ouve, e ela está machucada. Eu posso ver isso em seu rosto. — Eu não quis dizer você — eu digo. Ela ergue a cabeça para o lado, seus olhos se estreitando para mim. — Então o que você quis dizer, Pete? — Eu quis dizer essa situação. — Eu faço um gesto de mim para ela e vice-versa. — Essa coisa toda que existe no terrível momento. Ela vai jogar seu prato no lixo, e eu a sigo. Ela para e gira em minha direção muito rapidamente e esbarra no meu peito. Ela dá um passo para trás quando eu a pego para estabilizá-la. Ela sorri e balança a cabeça. — Isso realmente é fodido —, diz ela. Ela solta uma risada. — Então, Chase é o homem, não é? — Digo. Eu sou um tonto. Eu sei. — Ele é um cara que eu tenho que ir num encontro, — diz ela. Ela sopra a franja da testa com um fôlego arrebitado. — Você pode cancelar? — Eu pergunto. Esperança floresce dentro de mim. Ela balança a cabeça. — Eu tentei, mas você me disse para não fazer —, ela me lembra. — Eu estava com raiva. Sinto muito. — Se há uma coisa que posso fazer bem, é pedir desculpas. — Seu pai estava praticamente dizendo que eu não sou bom o suficiente para você, e por um minuto lá, eu concordei com ele. — Desta vez, sou eu quem joga com uma pedra com o meu dedo do pé. Estou com medo do que eu vou ver se eu olhar para ela. — Eu quero tentar algo com você —, diz ela em voz baixa. Ela dá um passo perto, tão perto que eu posso sentir sua respiração contra a minha camisa. É quente e úmida. Meu coração começa a bater. — Posso tocar em você? — ela pede. Ela coloca a mão no meu estômago. — Sim, por favor —, eu coaxo. Eu limpo minha garganta, e ela ri.

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A outra mão vem até estar ao lado da primeira, e depois um lado vai para o leste, enquanto o outro vai para o oeste, até que as mãos envolvem em torno das minhas costas. Ela bloqueia as mãos atrás de mim e coloca o rosto contra a minha camisa. Ela fuça seu rosto no meu músculo peitoral esquerdo. — Abrace -me de volta, — diz ela em voz baixa. Eu envolvo meus braços em torno dela, com cuidado para um aperto suave e lento, com calma e com cuidado. Ela exala fortemente, e eu descanso meu queixo no topo de sua cabeça. Nesse segundo, eu sei que o meu coração é dela. Digo a mim mesmo que ela só está tomando um pequeno pedaço, mas isso é a porra de uma mentira. Ela vai ter a coisa toda na hora que eu voltar para Nova York. Ela me desfaz com seu afeto simples. E eu não sei como me comportar, então eu só a abraço. Eu a seguro e deixo respirar enquanto eu bebo na sensação dela. Eu quero puxar seu rosto para cima e pressionar meus lábios nos dela, mas eu não tenho certeza se seria mais gratificante do que esse silêncio é. Está cheio de possibilidades. Para mim, ele é cheio de saudade, e algo totalmente diferente para ela, provavelmente. Abro os olhos e olho para cima. Sua mãe está lá com a boca aberta. Ela a fecha a boca e sorri para mim, dando-me um sinal de positivo. Eu sorrio. Eu não posso evitar. Ponho a mão na parte de trás da cabeça de Reagan e a movo para baixo do comprimento de seu cabelo. — Você não tem ideia de quanto tempo eu queria tocar em você, — eu digo em voz baixa. — Você não tem ideia de quanto tempo eu queria ser tocada, — diz ela. Eu posso sentir as palavras contra o meu peito, perfeito com anseio. Ela respira fundo e solta sua respiração no meu tronco. O ar frio sopra onde seu calor estava, e eu quero puxá-la de volta para mim. — Eu te vejo mais tarde, Pete —, diz ela. — Você está bem? — Pergunto. — Honestamente, eu estou um pouco sobrecarregada, e eu tenho algumas coisas em que pensar. — Ela olha para mim, mas seus olhos são obscurecidos por algo que eu não entendo. — Eu preciso de algum tempo para mim mesma. Concordo com a cabeça. Eu não sei o porquê. — Posso fazer alguma coisa para você? — Eu pergunto. Eu dobro seu cabelo atrás da orelha. Ela balança a cabeça. — Eu acho que não. Eu vou fazer uma pausa. Ela acaricia o meu peito com um rápido toque de adeus, e então ela vai embora. Ela vai para dentro da casa, e ela não voltar para fora. Ela não volta para ser salva-vidas para o grupo de jovens na piscina. Ela não vem de volta para assar marshmallows. Ela não volta a fim de verificar seu cavalo. Ela não sai na manhã seguinte para iniciar os eventos com os campistas. Ela não vem pra fora mais uma vez, até a noite seguinte, quando um Mustang amarelo neon para no caminho. Chase Gerald sai e vai pegar minha garota. Então ela finalmente sai. Na porra do braço dele.

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Eu precisava de um tempo para colocar minha cabeça no lugar. Ainda estou um pouco confusa, mas estou melhor do que estava. Eu deslizo minhas sandálias de miçangas nos meus pés e puxo o comprimento do meu vestido. Eu não costumo usar vestidos, mas esta noite é chique. Vamos a um jantar no clube de campo, não é black tie20, mas é muito chique. Eu estou usando um vestido justo que envolve laços no meu quadril. É um pouco colado, mas não de uma maneira ruim. Viro-me e olho para a minha bunda no espelho. Eu pareço bem. Eu arrumo meu cabelo em um coque, de modo que está embrulhado em meu pescoço com pequenos tentáculos pendurados. Eu faço uma linha em meus olhos com delineador e rímel e aplico um pouco de blush. Eu estive ao sol durante todo o verão, então eu tenho certeza que eu não preciso de base. Uma batida soa na minha porta, e minha mãe põe a cabeça para dentro. Ela está enxugando as mãos em um pano de prato quando ela vem através da porta. Ela assobia para mim. — Você está bonita, — diz ela, balançando a cabeça em agradecimento. Ela caminha até a minha caixa de joias e a vira aberta. — Você quer usar o colar da vovó com isso? — Ela pergunta. Eu ainda não tinha pensado sobre joias. Eu me viro, e ela coloca o colar em volta do meu pescoço. Eu me inclino e o deixo balançar. Eu deslizo em alguns braceletes e os empurro para cima do braço. Eles vão cair em um segundo, mas são bonitos. Eu mantenho minhas mãos para o lado. — Eu pareço uma garota normal? — Eu pergunto.

20Black

Tie: É um vestuário formal, o famoso terno e gravata.

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Seu rosto suaviza. — Querida, você é uma garota normal, — diz ela em voz baixa. Ela estreita os olhos para mim. — Por que você está indo neste encontro? — ela questiona. — Porque eu não poderia cancelar, — eu admito. — E agora eu não quero desapontar Chase. Ela balança a cabeça. — Ele não é o cara para você, ele é? — Ela pergunta. Eu dou de ombros. — Eu não sei. Eu nunca lhe dei chance o suficiente para descobrir. Ela não diz nada. Minha mãe é bem assim. Ela é calma quando a situação exige calma, e ela tem muito a dizer quando a situação exige isso também. — Seu pai não deveria ter forçado esse encontro. Eu balanço minha cabeça. — E se ele estiver certo? E se Chase for a pessoa certa para mim? Eu não saberei até eu descobrir. — Eu suspiro. — O coração quer o que o coração quer, Reagan —, diz ela. Eu rio, mas não há nenhum humor no som. — O que isso significa exatamente? — Eu acho que você já sabe o que significa. — Ela se senta na beira da minha cama. — Este Pete, — diz ela. — Você confia nele, certo? — Tanto quanto eu posso confiar em alguém que conheço há três dias, — eu digo levianamente. Mas Pete é mais que isso, e eu sei disso. — Seu coração o conhece há muito tempo, — diz ela. — Meu coração não funciona como o coração de todo mundo, — eu mordo fora. — Eu não posso confiar nele para me levar em qualquer lugar. — Oh, Reagan, — ela respira suavemente. — Eu odeio esse homem por fazer isso para você. Tem sido mais de dois anos e você ainda não confia em si mesma para seguir em frente com sua vida. É como se você estivesse presa nesse momento em que ele te machucou. — Você não sabe como me sinto, mãe, — eu digo calmamente em advertência. Ela não pode falar sobre isso. Ela não passou por isso. — Você sabia que um em cada cinco meninas em idade universitária será estuprada durante a sua carreira universitária, — ela diz. — Uma em cada cinco, Reagan —, ela chora. — E então? — Digo. — A vida continua, é que o que você está dizendo? — Questiono. Minha vida não continuou. Eu estava presa nesse momento. Até Pete. — Pete me faz querer coisas que me assustam. — eu admito. — Isso é o que é o amor, Reagan. É emocionante e assustador como o inferno e ele faz o seu coração e o seu interior doerem. — Ela para e olha para mim. — Esses sentimentos são normais. O que não é normal é o que aconteceu com você e como você fechou-se para proteger o seu coração. — Bem, meu coração está oficialmente em perigo —, eu digo. — Assim como o dele —, ela me lembra.

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Nem uma única vez em todo este processo, eu parei para considerar os sentimentos de Pete sobre o nosso florescente relacionamento. Eu considerei os meus medos. Eu considerei os meus sentimentos. Eu considerei as minhas necessidades e desejos. Mas eu realmente não considerei os seus. E se ele não me beijou porque ele tem medo que vou prejudicá-lo? E se ele não me quer da mesma forma? E se ele me quer, mas ele tem medo de me tocar, porque eu vou ficar louca por ele? E se? E se? E se? — O coração de Pete é bom e gentil, — eu digo. — Isso é tudo que eu sei sobre isso. Ela sorri. — Isso é um começo. Meu pai grita para mim a partir do fundo da escadaria. — Reagan, — ele chama. — Chase está aqui! Mamãe se levanta. — Confie em seu coração, Reagan —, diz ela. Ela me beija na testa e caminha na minha frente. Na parte inferior da escada, eu vejo Chase olhando para mim. Seus olhos verdes não são os únicos que eu quero ver, mas eu preciso tentar, certo? Eu preciso dar a ele uma chance. — Oi, Chase, — Eu pio. — Reagan —, diz ele. Ele é todo sorrisos. Ele gira os quadris. — Você está pronta para uma dança? — É claro, — eu digo com um sorriso. — Parece divertido. Eu tomo o braço à medida que caminhamos para fora. Ele abre a porta de seu carro amarelo desagradável, e eu deslizo para o interior. Seu olhar vagueia pela minha coxa, onde acaba meu vestido, e eu o puxo para baixo. Ele sorri e fecha a porta. Em seguida, ele desliza para o banco do motorista e tira o carro da garagem, atirando pedras em nosso rastro.

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Eu olho para o meu relógio novamente e olho para a calçada. Reagan ainda não está em casa e já se passaram quatro horas. Isso é muito tempo para jantar e dançar, não é? Por que ela não está em casa ainda? Eu ouço o barulho desse motor Mustang alto, e meu corpo se tenciona. Levanto-me de onde eu estava sentado conversando com alguns dos meninos jovens e começo a andar. Está escuro lá fora, e as luzes estão acesas na frente da casa. Eu posso ver o carro, mas não de forma muito clara. — Eu já volto, — digo em voz baixa. Os meninos sorriem, e um balança a cabeça. — O quê? — Eu pergunto. — Nada, — diz ele, sorrindo. — Você é um filho da puta comandado por uma boceta, você sabia disso? É. Eu sei disso. E eu não me importo. Eu caminho lentamente em direção à frente da casa. Eu paro nos arbustos, me escondendo nas sombras. O carro para, mas não é o idiota que está no banco do motorista. É Reagan. Seu cabelo está uma bagunça, pendurado pelas costas em ondas emaranhadas. Quando ela saiu, estava em um nó chique em cima de sua cabeça. Seu vestido está pendurado fora de seu ombro, e ela o ajusta antes de ir casa. Ela para e arruma o cabelo, também. Ela está carregando os sapatos em seus dedos pelas correias. Que porra é essa? De repente, um segundo carro puxa para trás do primeiro, e Reagan gira. Ela sombreia os olhos e olha para as luzes. Ela pisa o pé, e então eu vejo Chase sair do lado do passageiro do outro carro. Reagan nem sequer para para falar com ele. Ela vai para dentro de sua casa e bate à porta. O barulho reverbera em todo o quintal.

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Chase manca até seu carro. Até este ponto, a escuridão está aglomerando os cantos da minha visão e eu mal consigo pensar, muito menos ver. Ele fez alguma coisa com ela, ou ela não estaria tão irritada. Eu avanço sobre ele e o assusto quando o jogo contra a lateral do carro e encaro seu rosto. — Que porra é essa que você fez com ela? — Eu pergunto, meu rosto a uma polegada do seu. Ele esfrega o meu cuspe de sua bochecha. — Eu não fiz nada com ela —, ele protesta. — Você fez alguma coisa ou ela não estaria tão irritada. — Eu o seguro contra o carro. Se eu não fizer isso, eu vou ter que acertá-lo, e eu realmente quero ouvir a sua história antes de eu bater nele. Quero ouvi-lo dizer que está arrependido, antes de matálo. — Eu não fiz nada —, ele jura, estendendo as mãos como se estivesse se rendendo. É quando eu noto que ele tem uma mancha de sangue em seu nariz. Eu o puxo em direção à luz. Seu nariz estava sangrando definitivamente, porque há manchas dele em sua camisa. Meu coração se emociona ao pensar nisso. — Você tem até eu contar até três —, eu digo. Mas antes que eu possa sequer começar a contagem regressiva, ele revela a verdade. — Nós estávamos dançando, e eu estava a tocando... — Tocando-a onde? — Eu rosno. Juro por Deus, eu vou matá-lo. — Só segurando-a enquanto nós dançávamos, — diz ele. Mas ele não me olha nos olhos. — E então? — Eu solicito. — E... —, diz ele lentamente. — E eu poderia ter roçado seu seio uma ou duas vezes. Em seguida, a próxima coisa que eu sabia, é que ela me deu um soco na cara. Então, ela me deu uma joelhada no saco, e quando me inclinei para impedi-la de correr, ela me bateu no queixo com o joelho. — Ele imita seus movimentos, e eu posso imaginar exatamente o que ela fez com ele. Risos borbulham dentro de mim. Mas ele não acabou ainda. — Então ela apertou o salto do sapato em minhas bolas enquanto eu estava deitado no chão e apertou com força, até que eu dei-lhe as chaves do carro. Em seguida, ela roubou meu carro. — Ele aponta para baixo a estrada para o outro carro que o abandonou e foi embora. — Eu tive que pedir ao meu amigo para me trazer daqui. Ela roubou a porra do carro depois que ela bateu nele. Eu rio. Eu não posso me conter. Eu ri na cara dele. Eu não preciso fazer nada para ele. Ela fez o suficiente. — Tem certeza que tudo o que você fez foi tocar seu seio? — Pergunto. — Isso é tudo. Eu juro. — O babaca ainda está agarrando suas bolas e ligeiramente acena quando eu o deixo ir. — Isso dói pra caramba, cara. Eu rio. Eu não posso evitar. — Tenho certeza que sim. — Essa puta é uma loucura, — diz ele, olhando para a casa. — Eu vou dizer a ela que você disse isso. — Eu rio. Eu não posso nem repreendê-lo por chamá-la de puta, não com tudo o que ela fez com ele. — Por favor, não —, ele implora. — Meu pai vai me matar se o pai dela ficar com raiva de mim.

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— Tarde demais, — uma voz chama da porta da frente. Seu pai se aproxima da luz. — Oi, Pete, — ele diz. Ele sorri para mim. — Olá, Sr. Caster, — eu digo, acenando para ele alegremente. — Oi, Chase, — diz ele. Chase é inteligente o suficiente para pressionar os lábios e não dizer uma palavra. — Você pode ir agora, Chase, — Sr. Caster instrui, e Chase luta para entrar em seu carro. Ele sai e pulveriza os nossos pés com cascalho quando ele se afasta. Sr. Caster sorri para mim. — Eu não conseguia nem acertar o pobre coitado depois do que ela fez com ele, — ele admite com uma risada. — Nem eu, — eu digo. Não teria sido justo. — Reagan está bem? — Eu pergunto. Eu realmente quero vê-la. — Ela está chateada como o inferno —, diz ele. Ele sacode um dedo polegar em direção ao celeiro. — Ela saiu pela porta dos fundos em direção ao celeiro. Eu olho ansiosamente em direção à área onde ele apontava. — O que você está esperando, meu filho? —, Ele pergunta. — Vá! Eu sorrio e alcanço sua mão. Ele balança comigo e sorri. — Obrigado, Sr. Caster, — eu digo, e eu corro para o celeiro. Abro a porta e encontro-a em pé no meio do corredor aceso entre as baias. Ela ainda está usando seu vestido bonito, mas ela substituiu suas sandálias de tiras por botas e seu cabelo cai sobre seus ombros. Sua cadela rosna quando me vê, me impedindo de chegar mais perto, então ela chama atenção de Maggie e ela vai se deitar a seus pés. — O que você quer? — Reagan late para mim. — Você o beijou? — Eu pergunto. Eu espero, incapaz de respirar até ouvir sua resposta. Ela olha para mim por um momento e, em seguida, ela balança a cabeça, e isso é tudo o que eu preciso.

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Estou tão chateada que eu mal posso ver direito. E Pete quer saber se eu beijei Chase Gerald? Sério? Ele corre em direção a mim e me pega em seus braços, me puxando contra ele. Ele olha para o meu rosto. — Eu vou te beijar, — adverte. Eu o empurro de volta, mas é como empurrar uma parede de tijolos. — Pare com isso, Pete —, eu digo. — Você está sendo ridículo. Ele me segura firmemente, porém, e engata suas mãos debaixo da minha parte inferior, levantando-me contra ele. Então, ele me empurra contra a parede da baia. Ele desliza um joelho entre as minhas pernas para me segurar, seu pé descansando ao lado de um saco de ração, e toma o meu rosto em suas mãos. Seu hálito cheira a balas e a Pete, e sua expiração faz cócegas nos meus lábios. — Reagan, — ele respira suavemente. Não é mais do que um murmúrio, mas ele pode muito bem ter gritado isso. Meu coração bate tão alto que eu posso ouvir em meus ouvidos, e eu sei que ele pode sentir isso. — Pete, — eu digo. Suas mãos vão dos cabelos para minhas têmporas, e os polegares inclinam meu rosto para que seus lábios quase toquem os meus. — Por favor, me beije, — eu respiro. Seus lábios finalmente tocam os meus, suavemente a princípio. Sua boca está fechada, e ele espera, com os olhos abertos e olhando para os meus enquanto ele testa a minha boca timidamente. Ele é macio e suave, mas eu não quero terno e macio. Eu sugo toda a costura de seus lábios, e ele se abre para mim. Sua língua invade minha boca e se

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emaranha com a minha. Suas mãos seguram meu rosto ainda quando ele assume o beijo, rosnando baixo em sua garganta enquanto ele brinca comigo. Oh, bom Deus, e ele realmente brinca comigo. Ele me lambe, dentro de mim, sua língua deslizando contra a minha, empurrando dentro e fora da minha boca. Eu o acendo, respirando com tanta força que não posso recuperar o fôlego. Aconchego-me mais em sua perna, pressionando minhas partes femininas contra ele. Meu clitóris está pulsando como um louco, e eu não posso sequer pensar em qualquer coisa, além de aliviar esta mais deliciosa dor que ele está estimulando dentro de mim. Sua língua puxa para trás da minha boca, mas eu não quero que ele vá. Um gemido que nem é mesmo o som humano deixa a minha garganta, e eu o puxo de volta para mim, sugando seu lábio inferior em minha boca. Eu passo a língua em seu piercing, e ele rosna baixo em sua garganta. Eu balanço contra sua coxa, e ele tira as mãos do meu rosto e as coloca em minha bunda para que ele possa me dar um puxão para a frente sobre o joelho. Ele aperta apenas o ponto certo, e eu levanto o meu rosto com um suspiro, tentando encontrar fôlego suficiente para manter meu coração batendo descontrolado, minha cabeça cai para trás contra a porta da baia. Ele está tomando todo o meu peso agora, porque minhas pernas nunca iriam me apoiar, mesmo se ele me soltasse. Seus lábios fazem cócegas em meu queixo e para o lado do meu pescoço, e ele olha nos meus olhos quando ele aperta meu quadril e começa a puxar meu vestido. Suas mãos são quentes e duras quando elas rodeiam minha cintura, apertando suavemente, sem pedir minha permissão, mas ele tem. Não há nenhuma dúvida sobre isso. Ele olha para o meu rosto quando ele levanta a mão para o meu sutiã, seu polegar segue através de meu mamilo. Tomo sua mão na minha e a pressiono mais forte contra meu peito. Ele rosna para o lado de minha garganta e congela. Ele para, inspirando e expirando. Aproveito seu rosto em minhas mãos e puxá-lo de volta para mim, mas ele vira o rosto. — Só um segundo, — ele implora. — Eu preciso de apenas um segundo. — Ele está respirando tão duro quanto eu estou. Mas eu não quero dar-lhe um segundo. Puxo a taça do meu sutiã para baixo e dou meu peito para ele. Pete inclina a cabeça e pega o meu mamilo em sua boca. Ele cantarola enquanto ele dá-lhe um puxão, os lábios insistentes enquanto ele suga, sua língua passando rapidamente contra a carne inchada. Eu não posso pensar. Eu não posso parar os gemidos que escapam da minha garganta. — Pete, — eu choro. Ele agarra minha bunda e me puxa mais para frente, em seguida, empurra minha barriga até eu deitar-me contra a porta da baia. Ele olha para a minha calcinha, e eu posso ver a mancha molhada sobre o tecido rosa. Eu fecho meus olhos. Ele pega meu queixo em sua mão esquerda e faz-me olhar para ele. — Abra os olhos, — diz ele. Eu balanço minha cabeça. Ele se afasta de mim. — Não! — Eu choro. Eu preciso dele. Eu não sei o que fazer com essa necessidade. — Estou com medo, — eu digo em voz baixa. Eu não tenho medo de Pete. Estou com medo de mim mesma. Porque eu faria qualquer coisa que ele me pedisse para fazer agora.

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Seu polegar escova a frente da minha calcinha, e minha boca fica aberta com a sensação. Ninguém nunca me tocou como ele antes. Nunca com tais mãos suaves, pecadoras, doces. Seu polegar pressiona minha calcinha no meu vinco, e ele entra em atrito com o meu clitóris, a abrasão do tecido não é o suficiente. Ele me beija, e eu respiro contra seus lábios. — Posso colocar minha mão dentro de sua calcinha? — Ele pergunta. Ele belisca meu ouvido quando ele faz isso, e eu grito. Concordo com a cabeça em seu pescoço, movendo-me tão perto dele quanto posso. Sua mão desliza entre minha calcinha e minha pele, e eu chego minha bunda mais perto dele, dando-lhe mais acesso. — Tão molhada, — diz ele. Eu aperto meus olhos fechados. Seus dedos trilham através da minha umidade, e então eles acham o botão de prazer que vem pulsando desde que seus lábios tocaram os meus. Ele pressiona a ponta de seu dedo médio contra mim, seu toque suave, mas insistente. — Pete, — eu choro. — Reagan —, ele respira. Ele me beija de novo, mas ele está quebrado por minha respiração, que gagueja pelos meus lábios. Eu não posso pensar. Eu não posso falar. Eu só posso ter o prazer que ele me dá. — Goza para mim, Reagan —, ele respira contra meus lábios. Então eu me quebro. Eu belisco o lábio inferior quando eu gozo, e ele rosna, enfiando a língua na minha boca, como se ele absorvesse todos os meus estremecimentos, cada suspiro, cada tremor. Eu balanço contra sua mão, pressionando contra ela enquanto ele me toca. Enfio minha cabeça em seu ombro, meus braços em volta do seu pescoço, quando ele torce a última gota de prazer do meu corpo até que eu esteja gasta e pesada contra ele, ainda trêmula, ainda sacudindo, ainda... apaixonada por ele. Eu choramingo em seu pescoço, e ele cantarola. Quando meu corpo acalma, ele puxa a mão da minha calcinha, me levanta, de modo que minhas pernas envolvem em torno de seus quadris, e ele se levanta. Em seguida, ele se senta em um fardo de feno comigo montando seu colo. Ele me segura com força contra ele, quando eu caio de volta à Terra. Quando consigo levantar a minha cabeça, eu sento e olho em seus olhos azuis. — Que porra foi isso? — Eu respiro. Eu rio. Eu não posso evitar, mas eu nunca pensei que eu iria sentir essa liberdade. Nunca. Ele me puxa para ele e me envolve em um abraço apertado. —Isso, minha querida Reagan, foi um inferno de um primeiro beijo. — Épico, — eu respiro. Então eu rio. Eu rio. Só porque eu posso.

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Jesus Cristo, essa foi a coisa mais quente que eu já vi, fiz, ou sequer imaginei. Eu estive com um monte de garotas, mas eu nunca tinha visto uma se desfazer como Reagan fez. Eu puxo-a contra mim, sua pele contra a minha camisa. Ela é quente e macia e se sente tão Bem em cima de mim que eu estou com medo de gozar em minhas calças. Eu a seguro contra mim, mas então ela se senta, olha para o meu rosto, e diz: —Que porra foi isso? Isso foi um orgasmo. Um muito, muito bom se os seus gritos eram qualquer indicação. Se a maneira como ela tremia em meus braços era qualquer indicação. Se a maneira como ela disse meu nome mais e mais e mais era qualquer indicação. — Isso, minha querida Reagan —, digo, tentando manter-me irreverente, mas estou mexido. Mexido de um modo diferente do que eu já fui mexido antes. — Foi um inferno de um primeiro beijo. Seu corpo treme e eu me preocupo que ela está chorando, mas ela não está. Ela está rindo. Rindo, na verdade. — Épico —, ela grita. Em seguida, ela ri novamente. Ela joga a cabeça para trás, com o cabelo caindo chegando às minhas mãos, que estão um pouco acima de sua bunda. Eu olho para baixo em seu seio, que ainda está descoberto, seu mamilo alegre e... nu. Deus, seus seios são lindos. Eu olho para o rosto dela, porque eu não posso olhar para seus seios mais. Eu a quero. Eu a quero tanto. Mas ela não está pronta para o que eu quero. Eu tenho certeza disso. Ela simplesmente não está. Eu deslizo meu dedo na borda de seu sutiã e o levanto para cobri-la. Ela olha para baixo e libera. Ela gozou em minha maldita mão e agora ela está tímida sobre isso? — Você está bem? — Eu pergunto, escovando o cabelo suado da testa.

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Ela balança a cabeça, mordendo o lábio inferior entre os dentes. Eu não posso evitar. Eu sou um cara. E eu estou tão duro que eu poderia bater pregos com meu pau. — Eu estou muito melhor do que bem —, diz ela em voz baixa. Forma-se uma lágrima no canto do olho, mas ela pisca de volta. — Pete —, diz ela. — Posso te perguntar uma coisa? — Qualquer coisa — murmuro. Eu a puxo para baixo para deitar no meu peito e derramo o comprimento de seu cabelo. — Você vai a um encontro comigo quando voltarmos para a cidade? —, ela pergunta. Risos brotam dentro de mim. Ela acabou de gozar sentada na minha perna com a minha mão em sua calcinha e ela quer saber se eu vou levá-la para um encontro. — É claro —, eu digo. — Eu não gostaria de mais nada. — Bem, eu meio que gostaria de gozar, também, mas eu posso esperar. Eu posso esperar para quando ela estiver pronta. — Isso foi um orgasmo? — Ela sussurra. Imagino que ela está sorrindo contra o meu peito, porque eu posso ouvi-lo em sua voz. Ela vira a cabeça e esconde o rosto na minha camisa. — Um grande —, eu digo com uma risada. — Malditamente enorme. — Eu sou o cara. Sim, eu sou. Ela ri, balançando os ombros, seu traseiro balançando contra o meu pau. Merda. Gostaria que ela parasse com isso. — Imaginei —, ela sussurra. Eu bato no seu bumbum. — Precisamos ter você vestida —, eu digo, incentivandoa com um aperto para sair de cima de mim. Ela se levanta, e eu a ajudo a consertar suas roupas. Seu cavalo faz um barulho, e ela olha para a porta da baia. Ela solta um suspiro. — Será em algumas horas —, diz ela. Ela faz um som nervoso, que pode ser o riso e evita o meu olhar. Será que ela de repente se sente autoconsciente? Eu esfrego a mão na parte de trás da minha cabeça e me forço a não pensar sobre a maneira como ela se sentia em meus braços. Eu já estou sentindo a perda dela e ela só está de pé a poucos metros de distância de mim. — Para quê? — Eu pergunto. — Tequila vai parir esta noite. Ela está falando uma língua que eu não sei. — Ela vai ter seu bebê —, ela esclarece. — Ah. — Eu não sei o que dizer sobre isso. — Você precisa chamar um veterinário? — Não, eu vou dormir aqui com ela. — Ela aponta para uma pilha de cobertores no canto. — Ela faz a maioria do trabalho. Eu só estou aqui para dar apoio moral e para ajudar se algo der errado. Eu coço a cabeça, sem saber o que fazer comigo mesmo. — Devo ir?

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Ela prende o lábio inferior entre os dentes. — Quer ficar comigo? — Ela pergunta em voz baixa. Deus, eu não quero nada mais. Eu quero dormir com ela e abraçá-la contra mim. Sim, eu quero ter sexo com ela, também, mas isso é o menor dos meus desejos. Concordo com a cabeça. Ela espalha cobertores em cima dos fardos de feno onde estávamos sentados. Ela faz um gesto para eu me deitar e, em seguida, se arrasta em meus braços. Deixo escapar um suspiro de satisfação. — Que horas são? — Ela pergunta. Eu olho para o meu relógio e bocejo. — Onze e meia. — Tarde —, ela sussurra. Ela deita a cabeça no meu peito e envolve seu braço em volta da minha cintura. — Deixe-me segurar você —, eu digo, e eu pressiono meus lábios em sua testa. Seu cabelo faz cócegas no decote da minha camisa, e eu estou instantaneamente duro novamente. Eu puxo sua perna no meu colo, e ela se aconchega ainda mais perto de mim. — Ei, Pete —, ela sussurra. — Sim —, eu sussurro de volta. — Eu quero te beijar de novo amanhã —, diz ela em voz baixa. Ela ri, e isso abala meu peito. Esse é o som mais bonito que eu já ouvi. Eu quero beijá-la novamente amanhã, também. Muito.

***

No meu sonho, eu estou correndo em direção ao som da voz de Reagan. Eu posso ouvi-la claramente, mas eu não posso vê-la. Eu sei que é um sonho, e os sonhos podem ser fodidos, então eu não estou em pânico. Mas ela está. Ela está claramente chateada, e eu procuro por ela em todos os lugares na névoa. Eu não posso encontrá-la. De repente, eu estou sendo puxado do meu sonho e me vejo deitado ao lado de Reagan no celeiro onde adormecemos. Ela está fazendo gritinhos de engasgo na parte de trás de sua garganta. Eu olho para ela. Ela é a única a sonhar. Seus olhos estão fechados com força e ela se enrolou em uma bola. Quando adormeceu, ela estava envolta em mim. Quando ela fugiu para longe? — Reagan — Eu murmuro baixinho. Ela se encolhe e bate em minha mão. Ela ainda está sonhando, e eu não sei como tirá-la dele. — Reagan, — eu digo com mais força. Seus olhos piscam abertos enquanto ela acorda lentamente. Ela bate seus cílios para mim quando eu olho para baixo em seu rosto. Ela está respirando com dificuldade, mas ela acalma rapidamente.

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— Eu estava sonhando —, diz ela. Ela olha em volta e se instala de volta contra o cobertor, relaxando seu corpo. — Pesadelo? — Pergunto. Ela acena com a cabeça. Eu rolo para o meu lado e descanso minha cabeça em minhas mãos para que eu possa olhar para ela. Ela foge para perto de mim, e eu coloco o braço em volta da cintura dela. — Desculpe —, ela murmura. Puxo sua cintura, puxando-a para mim. — Não se desculpe, — eu digo. — Eu costumava tomar remédios para ajudar com os sonhos, mas eles fizeram a minha cabeça ficar nebulosa, assim eu parei com eles. — Ela olha para mim, os olhos verdes a piscando lentamente. — Às vezes eu não durmo bem. Eu escovo o cabelo para trás de seu rosto. — Você sonha com o que aconteceu naquela noite? — Eu pergunto. — Às vezes. — Ela olha para o lado e evita o meu olhar. Ela não quer falar sobre isso, aparentemente. Eu quero fazer perguntas, mas eu não quero trazer tudo de volta para ela se ela tenta empurrar isso de sua mente. — Você revive em seus sonhos? — Eu pergunto. Ela balança a cabeça. — Não o estupro, especificamente —, diz ela. Ela diz como se fosse uma palavra tão comum. Meu instinto aperta. — Eu sonho mais sobre os sentimentos. Pesar, principalmente. — Do que você se arrepende? — Eu pergunto. Ela olha para mim, quase como se ela estivesse buscando uma conexão comigo, e eu gosto disso. Porra, eu adoro isso. — Eu lamento ter ido para aquela festa —, diz ela. — Eu deveria ter ficado no meu dormitório estudando. — Você o conhece? — Pergunto. — Ou ele era um estranho? — Eu nunca o tinha visto. É por isso que eu me sinto tão estúpida sobre isso. Eu nunca deveria ter ficado a sós com ele no banheiro. Sozinha com um homem que eu não conhecia. — Ela solta um suspiro. — Um minuto ele está me beijando, e então eu estou pedindo para ele parar porque aquilo simplesmente não estava funcionando para mim. Mas ele não parava. Ela treme, e eu quero trazê-la para dentro de mim e protegê-la. Uma lágrima desliza a partir do canto do olho e trilha em sua têmpora. Ela funga. — Desculpe, eu não queria chorar em você. — Ela ri, mas é um som aquoso. — Você gozou montada o meu joelho, princesa —, digo em voz baixa. — Eu acho que você pode chorar para mim, também.

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Seu rosto cora, mas ela sorri. Ela sussurra: — Eu nunca fiz isso antes. — Ninguém nunca fez você gozar? — Eu pergunto. Eu sei a resposta para isso, mas eu quero ouvi-la dizer isso. Eu não sei o porquê. Eu só preciso disso. Eu deslizo minha perna através de suas coxas e coloco um pouco do meu peso sobre ela, mas ela não pareceu se importar. Eu realmente quero abrir seu vestido para que eu possa colocar minha mão em sua barriga. Mas eu me contento com este momento, ao invés. Ela balança a cabeça. Eu passo o meu dedo pelo seu nariz. — Você nunca fez isso você mesma? — Eu pergunto. Ela balança a cabeça. — Não. — Ela olha nos meus olhos. — Obrigada —, diz ela. — A qualquer hora, princesa —, eu digo com uma risada. — Estou à sua disposição. — Você é como um doador —, ela provoca, empurrando meu ombro. — Eu vivo para servir. — Eu ri. Deus, ela me faz sentir tão leve e livre. — Eu acho que eu poderia ter alguns sentimentos muito reais por você —, eu deixo escapar. Quero morder as palavras de volta assim que eu as digo. — Bom —, diz ela, e ela sorri enquanto ela rola no meu peito e coloca o braço em volta de mim. Ela esconde o rosto na minha camisa. Eu acho que ela pode estar constrangida. — Eu derramarei meu coração e tudo que você pode dizer é bom? — Eu a aperto em meus braços. — Mmm hmm —, ela cantarola. Eu sinto os lábios contra a minha camisa, sua respiração aquecendo o tecido. Ela ri. — Você não pode realmente chamar isso de derramando seu coração, Pete. — Ela zomba, fazendo com que sua voz fique profunda. — Eu acho que eu poderia ter alguns sentimentos muito reais por você. — Ela ri, e dane-se tudo, é um som tão bonito que ela não pode me incomodar com isso. Ela levanta a barra da minha camisa, e seus dedos deslizam para cima do meu estômago. Eu a cubro com a minha mão para impedi-la da exploração. Eu estou muito ligado. Eu não acho que minha ereção já aliviou de antes, e está pressionando com força contra meu zíper agora. — Por que eu não posso te tocar? — Ela sussurra. — Porque eu estou muito ligado no momento —, eu sussurro de volta. Ela senta-se novamente para que ela possa olhar para a minha cara. — O que isso quer dizer? Eu pressiono meus lábios em sua testa, demorando-se lá. — Isso significa que eu sou um cara. E o vento está soprando.

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Suas sobrancelhas se reúnem. — O quê? Eu rio. — Nada. — Mas agora eu não consigo parar de rir. Ela dá um tapa em meu peito. — Não é engraçado, a menos que mais de uma pessoa esteja rindo. — Ela fica em silêncio por um minuto, e então ela diz: — Com quantas mulheres você já dormiu? Eu fecho meus olhos e estremeço. — Eu parei de contar a um tempo atrás. Quando acabaram meus dedos. — Mais de dez? — Sua voz é pequena. — Sim —, eu grunho. Eu não gosto de minhas próprias respostas, então não posso esperar que ela goste delas. — Mais do que os dedos das mãos e pés? —, ela pergunta. — Provavelmente —, eu respiro para fora. — Inferno, eu não sei. — Você sabe o nome delas? — Ela se senta na minha frente e cruza as pernas estilo “indiozinho”. Ela puxa o vestido para baixo para cobrir os joelhos. Sento-me também, para que eu possa encará-la. Eu coloco minha mão em seu joelho e desenho círculos sobre ele com o meu polegar. — Algumas delas. — Tenho um dedo quando ela começa a me perguntar outra coisa. — Mas não houve qualquer pessoa em um tempo muito longo. Desde antes de eu ir preso. — Eu olho para ela. — Isso conta para alguma coisa? Seu rosto suaviza e ela sopra um suspiro. — Eu não estava julgando você, Pete. Só estou tentando conhecê-lo. Concordo com a cabeça, incapaz de olhar nos olhos dela. — Alguma vez você já se apaixonou? — Ela pergunta. Ela está sorrindo para mim, porém, e esta pergunta parece mais benigna do que a última. Não até agora. Mas eu não digo isso, porque se eu fizer, eu vou assustá-la com a profundidade dos meus sentimentos. —Talvez —, eu me esquivo. — O que significa isso? — Ela pergunta. — Talvez? — Ela estreita os olhos. — Eu não sei, — eu digo. Eu sinto coisas por ela que eu nunca senti por ninguém. É amor? Eu apenas não sei. É muito novo para contar. Preciso de algum tempo para explorá-lo antes de eu ter que explicar isso. — E você? — Eu pergunto. — Alguma vez você já se apaixonou? Ela balança a cabeça. — Não. — Ela sorri. — O quê? — Eu pergunto. Eu esfrego o meu nariz. — Eu tenho uma meleca?

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Ela ri. — Não, — e ela escova minha mão para baixo. — Eu nunca estive apaixonada. — Seus olhos verdes saem em disparada ao redor por um segundo e depois pousam em mim. — Você saberia amar se você o encontrasse? — Ela pergunta. Eu inclino minha cabeça de um lado para o outro como se estivesse pesando a aflição de suas palavras. — Eu acho que eu saberia. Ela sorri. — Posso ficar fazendo perguntas ou estou deixando você nervoso? — ela pede. — Pergunte-me qualquer coisa. — Honestamente, eu estive preso por um tempo muito longo. Estar na cadeia é solitário, e eu preciso de uma conexão. Eu quero essa conexão com ela. E só ela. — Mas eu tenho que lhe fazer perguntas, também. — Isso é justo —, diz ela. Ela está pensando muito sobre sua próxima pergunta. — O nosso primeiro beijo —, ela sussurra. — Foi épico. — Sim, foi —, eu concordo. — É sempre épico? Com todas as garotas que você ficou? Eu arranho a parte de trás da minha cabeça. — A maioria das meninas não tem um orgasmo quando eu as beijo. — Eu rio. — É isso que você quer saber? Ela balança a cabeça. — Não. Quero dizer... — Ela cora. — Eu sei que não foi épico para você, mas foi muito, muito épico para mim. Eu me inclino para perto e pressiono meus lábios nos dela, porque eu só tenho que fazer isso. — Eu sei. Eu quase gozei em minhas calças só te observando. — Eu a beijo novamente, e ela cantarola contra a minha boca. É um som feliz. Mas então ela cobre o rosto quando eu olho nos olhos dela. — Você fala sobre isso como se fosse nada. — Ela está envergonhada. Eu tiro-lhe o queixo. — O que eu fiz no passado com outras meninas não era nada. O que fizemos hoje à noite? Isso estava longe de nada. — Eu beijo seu nariz porque estou prestes a balançar meu próprio mundo, e eu quero aliviar o golpe se ela me rejeitar. — Tenho sentimentos reais por você, Reagan —, digo em voz baixa. — Eu não posso explicálos. E eu não quero. Mas não tente forçar o que aconteceu entre nós esta noite como comum. Porque não foi. Foi grande. E eu quero continuar fazendo isso. Quero aprender tudo sobre você e ter você aprendendo tudo sobre mim. Eu quero que você conheça minha família. Eu quero ir a um encontro com você. — Eu olho em volta. — Este lugar é bom, mas... sério? Ela ri. — Você quer que eu me encontre com a sua família? — Ela pede. — Se você acha que pode suportar. Há cinco de nós. Todos homens. — Eu não tenho medo dos homens em geral —, explica ela.

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— Apenas aqueles que tocam você. — Eu corro meu dedo torto ao longo de sua bochecha, e ela se vira em minha mão para beijar minha mão. — Seus irmãos parecem com você —, diz ela. — Como você sabe disso? — Eu pergunto. — Eu os vi quando você saiu da prisão —, diz ela em voz baixa. — Você estava lá? Ela acena com a cabeça. — Meu pai me fez sentar no caminhão enquanto ele falava com você sobre o acampamento. — Ela desenha o lábio inferior entre os dentes e morde enquanto ela está preocupada com a minha resposta. — Desculpe. Eu deveria ter lhe contado antes. — Ela geme. — Eu meio que pedi para você estar aqui. Para que eu pudesse vê-lo. — Estou feliz que você fez isso. — Nunca estive mais feliz com nada. — Seus irmãos, todos têm tatuagens, também —, diz ela. Ela olha para a tatuagem no meu braço que é para a minha mãe. Ela pega a minha mão e traça as tatuagens que vão até meu antebraço para manga. — Eu quero olhar para todos elas para que eu possa descobrir o que faz você vibrar. — Ela desenha um círculo em torno da bandeira americana. — Essa é para o meu amigo que morreu no Afeganistão. As pontas dos seus dedos deslizam para cima do dragão no meu antebraço. — E esta? — Ela pergunta em voz baixa. — Essa foi um pouco de muita coragem em uma noite —, eu digo com uma risada. Sua mão desliza por baixo da borda da manga. — Eu acho que não posso ir muito mais longe —, diz ela. Chego por trás do meu pescoço e puxo a camisa sobre a minha cabeça à maneira como homens fazem. Ela sorri e fica um brilho maligno nos olhos. Mas eu mudo, encosteme contra a porta da baia, e a puxo em meu colo. — Se você começar a me explorar, eu começo a explorar você —, advirto. Eu faço cócegas com meus dedos até o lado de sua perna. Mas, em seguida, seus lábios pressionam contra as palavras que revestem a minha clavícula. Ela lambe suga minha pele. Eu gemo baixinho e movo a minha mão para sua coxa. Sua pele é macia e sedosa, e eu sei que eu vou ter que dar um basta a isso em breve. Eu só posso tomar tanto em uma noite. Ela inclina a cabeça para ler as palavras que ela acabou de passar a língua em meu peito. — Todos por um, um por todos —, ela lê em voz baixa. — Isso é sobre seus irmãos? Concordo com a cabeça. — Eu vivo para eles. Quando eu pensei que Matt estava morrendo, eu queria morrer com ele.

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— Seu irmão estava morrendo? — Ela questiona. As mãos dela param de me explorar, e ela olha na minha cara. — Matt estava com câncer. Um muito raro, e Logan teve que parar a faculdade. Estávamos sem dinheiro, e todos nós estávamos com medo de que ele fosse morrer. — Eu olho para o rosto dela. — Você quer ouvir sobre isso? — Eu pergunto. Ela acena com a cabeça e se instala em meus braços. — Eu quero ouvir tudo. — Sam e eu pegamos trabalhos laterais com esse cara no nosso bairro para fazer algum dinheiro extra. Não era realmente ilegal. — Eu paro e rosno. Eu não posso mentir para ela. — Sabíamos que era ilegal, mas precisávamos de dinheiro para Matt. É assim que eu fui preso. — Eu não tenho orgulho disso, mas eu não posso desfazer o meu passado. Isso seria como colocar pasta de dente de volta no tubo. — O desespero pode fazer uma pessoa fazer coisas que normalmente não faria —, diz ela em voz baixa. — Como está o Matt agora? Eu sorrio. — Ele está em recuperação. — Ah, bom —, ela respira. — Conte-me sobre os outros. — Paul é o mais velho. Ele tem uma filha chamada Hayley, e ela vive conosco metade do tempo. E Logan é o que eu disse a você que vai para a NYU. Ela conta com os dedos. — Há mais um, certo? Concordo com a cabeça. — Sim. — Onde ele está? — Ele está na faculdade com uma bolsa de futebol. — Ele está vivendo o sonho. Meu sonho. Sam só quer assar bolos. Mas Paul diz que todos nós temos que terminar a faculdade, então ele foi. — Vocês são próximos? — Ela pergunta. — Não estamos tão próximos como nós costumávamos ser. — Você pode resolver isso? Posso? — Eu vou tentar. — E eu vou. Assim que eu voltar para casa. Ela enfia-se mais perto debaixo do braço e se instala lá. Depois de alguns minutos, sua respiração se uniformiza e ela fica mole em meus braços. Eu olho por baixo do nariz para ela. Ela está dormindo em meus braços, e eu não quero decepcioná-la. Então, eu puxo o cobertor sobre nós dois e a mantenho perto de mim, o mais perto que eu posso.

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Eu acordei com um tilintar, um som metálico. Sento-me, pegajosa onde eu dormia no ombro de Pete. Devemos ter suado juntos, a nossa pele pressionada perto. E eu poderia ter babado em cima dele um pouco, também. Eca. Eu limpo o lado da minha boca e me sento. Pete mexe debaixo de mim e, em seguida, congela. Ele levanta a cabeça e olha em volta. Ele geme e cai de volta contra o cobertor. — Merda, eu estou fodido —, ele resmunga. — É melhor para você não ter sido, — meu pai chama. Ele abre a tampa da caçamba de alimentação enquanto ele escava alimentação doce para os cavalos. Link o ajuda, e papai está fazendo muito mais barulho do que Link está. Eu fecho meus olhos. Meu pai está bravo. Eu só dormi no celeiro com Pete. E ele sabe disso. — Oh merda, — eu digo. — Oh merda, — Link repete. Pete fecha seus olhos enquanto ele sorri. — É melhor você parar enquanto estiver na frente —, ele sussurra com uma risada. — Bom dia, Pete, — Papai diz, fingindo jovialidade enquanto ele anda por nós carregando baldes. Eu começo a me sentar, mas quando eu puxo o cobertor de Pete, eu percebo que ele ainda não tem uma camisa. Ele a tirou ontem à noite para que eu pudesse explorar suas tatuagens. Isso parece muito ruim.

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— Onde está sua camisa? — Eu sussurro. Eu olho em volta do caroço de cobertores e não a vejo. — Oh merda —, diz Link novamente. A cabeça dele surge ao lado da minha e segura a camisa azul de Pete. — Oh, a camisa azul —, diz Pete. — Oh, camisa azul, — repete Link. Pete a pega e puxa sobre sua cabeça. Ele estende a mão para despentear o cabelo Link, mas Link dá um passo para o lado. — Pelo menos ele não está dizendo merda mais —, diz Pete. — Merda —, diz Link. Eu gemo e corro a mão pelo meu cabelo. — Lincoln — papai late. — Traga-me aquele balde. — Traga-me o balde —, diz Link. Ele corre para obter balde de papai. — Bom dia, — Pete diz calmamente. Ele se vira para soltar os pés no chão e se levanta, se espreguiçando. Ele mostra uma pequena faixa de seu abdômen, e eu quero me inclinar para frente e lambê-lo. Deus, de onde é que isso veio? — Bom dia —, murmuro. Eu lambo meus lábios. — Pare de olhar para mim desse jeito —, Pete sussurra. — Como o quê? — Eu sussurro de volta. Mas um sorriso surge nos cantos dos meus lábios. Eu não posso evitar. — Como se você quisesse me lamber como um pirulito —, diz ele. Ele ajusta a frente de suas calças, e eu não posso deixar de notar a protuberância lá. — Pare de olhar para ele —, ele sussurra. Eu olho para o meu pai, mas ele está do lado de fora do celeiro. — Eu não sei mesmo o que eu estou olhando! — Eu reclamo. Pete pega a minha mão e pressiona meus dedos contra a protuberância de sua ereção. Ele engasga em uma respiração como meus dedos explorar os cumes dele. — Reagan —, ele resmunga. Ele vira seu quadril e coloca-se um joelho para me bloquear. — Quer parar com isso? Eu gostaria de sair daqui ainda hoje. — Lambê-lo como se fosse um pirulito? — Eu pergunto, incapaz de tirar essa ideia da minha cabeça. — Você pode fazer isso? Ele sorri e coçando a parte de trás de sua cabeça. — Bem, eu não posso. Mas você pode. — Sua voz é grave e um pouco nasal, pois ele acabou de acordar. — Não importa —, diz ele. Ele me puxa para os meus pés e pressiona um rápido beijo nos meus lábios. — Uh, — eu digo, escovando-o embora. — Hálito matinal.

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— Eu não me importo —, diz ele, inclinando-se para beijar-me rapidamente. Doulhe a minha bochecha. — Dê-me —, ele diz. Eu franzo os lábios e toco-lhe rapidamente, tomando cuidado para não respirar nele. — Assim é melhor —, ele canta. — Devo ir falar com o seu pai? — Ele pergunta. É realmente doce que ele iria sequer pensar nisso. — Eu duvido que seja uma boa ideia. Ouço um golpe do cavalo, e eu me lembro de toda a razão pela qual dormimos no celeiro, em primeiro lugar. Eu passo para um fardo de feno e olho para Tequila. Ela está em seus pés e, aparentemente, eu estava errada. Falso alarme sobre o parto. Pete cai um braço ao redor dos meus ombros e me puxa para perto dele. Papai explode de volta para o celeiro com o bater de uma porta. Eu pulo. Pete não me deixa ir. — Pete, você não tem um lugar para estar? — Pai pergunta. — Como em sua própria barraca em sua própria cama? Pete acena com a cabeça. — Sim, senhor —, diz ele. Ele se vira para mim. — Eu te vejo mais tarde? Concordo com a cabeça. Minha barriga deu uma cambalhota, e ele toca seus lábios nos meus. — Vejo você mais tarde, Sr. Caster —, que ele chama. — Não, se eu te ver primeiro, — Pai chama de volta. Papai bate ao redor do celeiro por mais alguns minutos, enquanto eu alimento Tequila com uma cenoura. Eu totalmente perderia o nascimento. Estou tão aliviada que as coisas foram bem. — Teve uma boa noite? — Papai late. Ele não presta atenção em nada do que ele está fazendo. Eu sorrio. Minha barriga desce para os dedos dos pés com o pensamento dela. — Eu tive, na verdade. — Reagan — Pai suspira. — Sim, papai? — Eu digo docemente. Ele está bravo, mas eu não posso fazê-lo ficar menos bravo. E, provavelmente, eu mereço para passar toda a noite no celeiro com Pete. — Não me faça ter que matar esse menino, — Papai adverte. — Sim, senhor —, eu digo, mergulhando a cabeça para que ele veja meu sorriso. — Você deve saber que não fiz nada de errado, porém. Ele foi um perfeito cavalheiro. Ele só... — Eu dou de ombros. — Ele só me segurou. Papai toma uma respiração rápida. Eu não deixo ninguém tocar em mim, e meu pai sabe disso. Portanto, nesta situação, eu poderia muito bem ter dito: Ele me fodeu a noite

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toda. O nível de intimidade é quase o mesmo na mente de meu pai. Eu tenho certeza disso. — Tudo bem —, ele resmunga. Ele joga feno para os cavalos, um floco de cada vez. — Pai —, eu chamo. Ele para e olha para mim. — Está tudo bem se eu fosse me apaixonar por ele? Os olhos do pai se abrem, e ele sopra um suspiro. — Reagan —, diz ele em voz baixa. — Você deve ir falar com sua mãe sobre isso. — Tudo bem... — eu digo. — Se você quiser falar sobre a melhor maneira de dar joelhada no saco —, diz ele, apontando para o peito, — então eu sou o cara. Mas se você quiser falar sobre sentimentos e emoções e controle de natalidade e outras coisas, vá falar com sua mãe. — Como é que você acabou de pular de sentimentos para controle de natalidade? — Eu tenho que perguntar. — Porque é isso que acontece, Reagan. Você pula de sentimentos fortes para controle de natalidade. É a ordem natural das coisas para os homens. — Ele tira o boné e passa a mão pelo cabelo é. — Eu já fui um homem vinte e um anos de idade. — Foi quando você conheceu Mamãe, — eu digo, e eu começo a sorrir. Ele parece desconfortável. Então eu tenho que pressioná-lo. — Então, você e mamãe passaram de sentimentos fortes a controle de natalidade? — Eu pergunto. Eu estalo os dedos. — Assim? — Não —, diz ele, parando para olhar nos meus olhos. — Como você acha que nós tivemos você? — Ele sorri neste momento. Ele acena com a cabeça em direção à casa. — Vá falar com sua mãe. — MI21, pai —, eu canto. — MI — Dirijo-me em direção à casa. — Reagan! — Papai chama. Eu me viro para encará-lo. — Pete é um cara bom —, diz ele. — Mas ele ainda é um cara. — Estamos levando as coisas devagar, pai —, eu digo. Calor inunda meu rosto. — Mmm hmm —, ele sussurra. Ele volta ao trabalho. — Vá devagar, — diz Link. — Eu te amo, Link — Eu falo. — Eu também te amo, — ele fala de volta. Eu entro pela porta de trás e encontro minha mãe derramando uma xícara de café. — Pete ainda está vivo? — Ela me pergunta enquanto se senta à mesa.

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MI - Muita Informação, do original em inglês: TMI – Too much information.

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— Por enquanto. — Eu suspiro. — Nós adormecemos. Não aconteceu nada, eu juro. — Bem, não exatamente nada. Mas nós não fizemos nada, realmente. Nada que não balançou meu mundo que eu saiba. — É por isso que você está brilhando? —, ela pergunta. — Porque não aconteceu nada? — Ela dá um tapinha na mesa ao lado dela. — Vem sentar-se —, diz ela. — Mãe, — eu reclamo, soando como uma criança, eu sei. — Sente-se —, diz ela com mais firmeza. Eu me deixo cair em uma cadeira. — Ele foi gentil? — Ela pergunta. Concordo com a cabeça. — Ele foi atencioso? Concordo com a cabeça e ponho meu lábio inferior entre os dentes enquanto eu lutar contra um sorriso. — Ele foi cuidadoso? — Ela arqueia a sobrancelha na última pergunta. — Deus, mãe —, eu reclamo. — Nós não fizemos nada. Ele apenas me beijou. — Vou marcar uma consulta com o meu ginecologista, se você quiser um controle de natalidade —, diz ela. Ela olha para mim. Encontro-me balançando a cabeça, e minha mãe sorri e acaricia minha mão. — Boa menina —, diz ela com um suspiro.

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Estou com o grupo de meninos com deficiência auditiva, e eles estão se revezando montando os cavalos ao redor do ringue. As crianças surdas tendem a fazer um grupo de si mesmos, e eles não têm interagido com algumas das outras crianças no acampamento. Eu vou ter que ver o que posso fazer sobre isso. Desde que meu irmão é surdo, tem uma coisa que eu sei, e é que as crianças surdas não se veem como deficientes. Eles têm uma cultura toda própria, e eles podem funcionar em sociedade com pouca ou nenhuma intervenção. Mas eles tendem formar panelinhas desde que a linguagem de sinais é algo que todos eles têm em comum. Eu nunca passei muito tempo em torno de cavalos. Ou nenhum tempo, se eu tenho que dizer a verdade. Eles são grandes, animais pesados, e a que eu estou levando em torno do ringue fica cutucando com seu nariz contra o meu ombro. — Quer parar com isso? — Eu pergunto, mas ela só faz um barulho ofegante e fuça a parte de trás da minha cabeça. Ela derruba o meu boné de beisebol, e eu me curvo para pegá-lo. Mas quando eu faço, ela me bate na bunda, e eu caio com minhas mãos no chão. Eu tiro a poeira de minhas mãos e olho ao redor. Edward, que já não posso chamar de Tic-Tac desde que eu ouvi a sua história, está liderando um dos outros cavalos. Ele bufa para mim. — Cara, eu acho que você acabou de levar um tapa. Mais uma vez. — Ele ri, então eu dou o dedo do meio para ele. Edward olha por cima do ombro e assobia baixo, e eu me viro para encontrar Reagan caminhando em nossa direção. Ela deve ter ido e tomado um banho, porque seu cabelo ainda está úmido e ela os está amarrando em duas tranças que pendem sobre os ombros. Ela está usando uma camiseta e um par de jeans cortados e umas botas de couro marrom até o meio da panturrilha. Porra, ela é bonita.

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Ela acaricia o cavalo que eu estou levando enquanto ela se aproxima. — Juliette está lhe dando um tempo difícil? — Ela pergunta. Ela se inclina para perto da orelha e sussurra algo para o cavalo. O cabelo em meus braços se levanta, e não é mesmo no meu ouvido que ela está sussurrando. Juliette balança a cabeça, e Reagan ri. Porra, é um som bonito. Ela passa por mim carregando um balde. — Onde você está indo? — Eu grito para ela. Ela se vira para trás, sorrindo por cima do ombro. — Tenho que ir buscar Romeo para Juliette —, diz ela. — É por isso que ela está sendo tão chata. Seu namorado está saindo com as vacas. — Ela balança a cabeça em direção ao pasto. — Quer me ajudar? — Pergunta ela. Ela tem Link com ela, e ele está seguindo-a quase tão perto quanto Maggie, a cachorra dela. Eu duvido que a cadela nunca deixa seu lado. Inferno, eu quero ser um cachorro e segui-la, também. Eu lanço a corda da ligação do cavalo que eu estou segurando a um dos garotos do programa da prisão. Ele sorri e balança a cabeça. Ele é o único que me chamou de pau mandado ontem à noite. É. Acho que eu sou. E isso não me incomoda nem um pouco. Eu corro atrás de Reagan, que ri quando eu a alcanço. — Você está muito bonita hoje —, eu digo. Eu quero beijá-la tanto que posso quase sentir isso. Ela cora. — Obrigada —, disse ela, olhando para baixo em direção a seus pés. — Eu senti sua falta —, eu digo. Ela sorri. — Você só me viu uma hora atrás —, ela me lembra. Como se eu precisasse me lembrar. Tudo o que posso pensar é sobre a forma como ela se sentia em meus braços. Ela se encaixava perfeitamente no meu peito. — Seu pai está bravo? — Eu pergunto. Não importa. Ele realmente está. Eu quero que seus pais gostem de mim, mas eu tenho medo que eu esteja fazendo tudo errado. Eu nunca conheci os pais de uma menina antes. Nunca tive qualquer necessidade. Mas com Reagan... Tudo é diferente. Ela encolhe os ombros. — Um pouco. — Ela ri. — Nós tivemos uma conversa sobre como dar uma joelhada em suas bolas, o fato de que os homens só querem uma coisa, e então ele me deu uma conversa sobre controle de natalidade. Eu paro de andar. Uau. Essa é uma responsabilidade muito grande. — Você fala com seu pai sobre isso? Ela encolhe os ombros. — Um pouco. Ele enviou-me para a minha mãe para o resto. — Que resto? Suas bochechas ficam ainda mais rosadas. — A palestra sobre controle de natalidade e todas essas coisas.

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— Oh, — eu digo. Pareço um idiota. Mas ela me jogou para uma cambalhota. Ela caminha em direção a uma cerca e se inclina para o pato entre os trilhos. Eu a sigo, e Link faz, também. Ele está em seu próprio mundo, e eu acho que ele está cantando uma canção. Mas é tão baixo, eu não posso dizer. — Então, você está... um... pensando sobre esse tipo de coisa, né? Ela morde o lábio e dá um pequeno aceno. — É. — Eu... ah... não sei o que dizer sobre isso. — Eu tiro meu boné e coço minha nuca. — Você não tem que dizer nada, — ela diz com um encolher de ombros. — Eu só queria que você soubesse que eu estou pensando sobre isso. Oh, Jesus Cristo. Meu coração tropeça no meu peito como um louco. Merda, isso ficou real. Ela estreita os olhos para mim, mas pode ser o sol em seus olhos. — Você pode me dizer se você não tem nenhum interesse romântico em mim, Pete. — Ela solta um suspiro. — Eu vou ficar bem com isso. Ela se vira e coloca dois dedos sobre os lábios. Um apito estridente explode no ar. Link cobre suas orelhas e sorri. De repente, um cavalo galopa para cima, batendo os cascos em direção a nós como um raio de luz em preto-e-branco. Reagan grita quando eu a empurro para atrás de mim, mas ela está rindo também. O cavalo para um passo dos meus pés e bufa na minha cara. — Filho da puta —, eu respiro. — Filho da puta, — Link repete. Oh, inferno. Isso é ruim. Eu tenho que aprender a cuida da minha boca em torno do garoto. — Cavalo bonito —, eu digo, e olho para Link. — Cavalo bonito —, ele repete. — Assim é melhor —, digo em voz baixa. Aceno a Link, e ele mantém o balde para que o cavalo possa enfiar seu nariz nele. — Este é Romeo, — Reagan diz enquanto ela desliza um cabresto por cima da cabeça dele. Ela acaricia seus lados. — Ele escapa o tempo todo e vai sair com as vacas. Então Juliette fica chateada e desconta a raiva em todos os outros. — Ela dá um tapinha nele, mas tudo que ele quer é ficar com a cabeça no balde. Ela começa a caminhar de volta para o celeiro. Eu sigo, tomando cuidado onde eu passo, à medida que caminhamos juntos. Ela está tranquila. Inferno, talvez ela esteja pensando sobre o controle da natalidade. Eu não sei. Estou preparado. Eu estou sempre preparado, mas ela não está pronta para o que eu quero. Nem perto disso. Quando chegarmos ao celeiro, Reagan joga a corda guia ao Link e diz: — Será que você pode levá-lo para Juliette, Link? — Ele balança a cabeça e leva o cavalo, e Reagan

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acena para que eu a siga. Andamos para trás do celeiro, e eu não posso deixar de pensar em todas as maneiras que seu pai iria tentar me castrar se ele nos achasse aqui de novo. Ela estreita os olhos para mim e um canto de seu lábio se levanta. — Você se lembra da noite passada quando disse que poderia ter alguns sentimentos reais por mim? — Ela pergunta em voz baixa. Concordo com a cabeça. Ela limpa a garganta e seu desconforto é tão bonitinho que eu quero beijá-la imediatamente. — Bem, eu quero que você saiba que eu sei que tenho alguns sentimentos muito reais por você, Pete. Não há nenhuma dúvida sobre isso. Então, sim, eu estou com medo. Estou com medo desses sentimentos, e minha mãe estava sendo uma mãe e meu pai estava sendo um pai e seu primeiro pensamento foi me impedir de engravidar. Porra, eu quero dormir com essa garota, mas eu quero muito mais do que apenas dormir com ela. — Reagan —, eu digo. Eu me aproximo dela, e, pela primeira vez, ela não se abala. Ela me permite cobrir seus quadris com as mãos e puxá-la contra mim. — Eu sou o cara —, digo, tentando não rir. — Eu cuidarei de todas as coisas sobre o controle de natalidade, quando for a hora certa. Ela acena com a cabeça. — Eu sei que você vai. — Ela deita a cabeça contra o meu peito, e eu posso sentir sua respiração contra a minha pele, quente e acolhedora. — Você só perguntou sobre o que minha mãe e meu pai tinham a dito. E isso é o que eles tinham a dito. — Ela encolhe os ombros. — Então, eu disse a você. — Ela fica nas pontas dos pés e pressiona os lábios para contra minha bochecha, demorando-se tempo suficiente para eu sentir o cheiro de seu creme dental de menta. — Não se preocupe, Pete. Prometo não contaminar você. — Ela sorri. Mas com o que aconteceu com ela, isso não é um pouco menos divertido. Eu gemo e deito a cabeça para trás, fechando os olhos enquanto eu penso. Eu não posso pensar enquanto ela está olhando para mim. — O que há de errado? — Ela pergunta. Ela dá um passo para trás, e eu sinto a perda de seu calor. — A ideia de ter relações sexuais comigo te broxa—, ela sussurra. — Não é? — Ela balança a cabeça. — Eu deveria saber. — Não —, eu começo, mas eu não sei o que dizer. Ela se distancia, e eu me aproximo das pontas dos dedos dela. Ela se vira, e eu pego sua camisa. Ela gira em torno, mas desta vez ela não me olha. Ela olha para a minha mão e sorri. Mas é um sorriso triste. Não é o que eu quero ver no rosto da minha menina. — Eu quero você. — Está tudo bem, Pete —, diz ela em voz baixa. — Talvez eu tenha lido tudo errado. — Ela faz um gesto de mim para ela e vice-versa. — Eu pensei que nós estávamos no mesmo lugar.

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— Estou mais desesperado do que você está, — eu deixo escapar. Ela para de andar e me olha nos olhos. — Desesperado? — Seus olhos verdes piscam lentamente. — Desesperado. Pronto. Acima dos céus. Não consigo parar de pensar em você. Quero estar com você o tempo todo. Poder sentir você contra a minha pele, mesmo quando você não está comigo. Sua respiração acelera. — Oh, — ela diz. Suas mãos planas em meu peito. — Mas eu acho que poderia estar muito mais desesperado do que você está. — Eu me inclino para baixo para olhar em seus olhos. — Você vai quebrar meu coração, Reagan? — Eu questiono. — Você já está pensando sobre o controle de natalidade, e isso me assusta, o próprio pensamento de chegar a estar dentro de você. Porque eu quero você, Reagan. Quero cada pedaço de você. — Até mesmo os cacos? — ela questiona. Eu pego seu rosto com as mãos e a puxo para ela me olhar nos olhos. — Eu serei a cola que vai colocar tudo de volta —, eu respiro. — Eu estive preso muito tempo, Reagan, — eu digo. — Eu estive trancada ainda mais tempo do que você, Pete —, diz ela, com a voz carregada de emoção. Ela engole. — Não me dê esperança a não ser que você tenha certeza —, eu imploro. — Eu nunca tive tanta certeza de qualquer coisa —, diz ela. Ela envolve as mãos em volta do meu pescoço e puxa minha cabeça para a dela e me beija. Seus lábios são suaves e quentes e insistentes, e quando a sua língua toca a minha, eu quase gozo em minhas calças. Eu me separo dela, porque eu não posso aguentar muito mais. Ela olha nos meus olhos. — Eu não estou pronta para o sexo ainda, Pete —, diz ela. — Mas eu estou mais perto do que eu estava. Eu sinto que você abriu a porta para o meu futuro. Agora eu só preciso de você para atravessá-la comigo. Então, pare de ficar fodidamente tão assustado sobre você me machucar, Pete. E apenas goste de mim. E então, um dia, talvez você vá me amar. Eu rio. Eu não posso evitar. Eu rio baixinho. — Estou feliz que você teve a conversa sobre controle de natalidade com sua mãe —, eu digo. — Meu irmão Paul empurrou preservativos para mim enquanto eu estava indo saindo pela porta para vir aqui. Eu não sei com quem ele pensou que eu ia trepar em um acampamento para meninos. Seu rosto fica vermelho. — Quero dizer, não trepar. Bem, se não fosse você, seria trepar. — Merda. Estou fodendo com isso tudo. Com ela, isso vai ser muito mais do que trepar. — Isso é o que me assusta, princesa. Eu nunca fiz o que eu quero fazer com você. — Você já fez isso muitas vezes —, diz ela com um aceno jovial.

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Eu balanço minha cabeça. — Não, eu não fiz. — Eu olho nos olhos dela. —Agora pense sobre o que isso significa e tenha certeza de que você está pronta para isso. Viro-me e volto para Juliette e levo a corda guia. Minhas malditas pernas estão tremendo, e eu mal posso respirar. Se isto é o que o amor se parece, eu estou feliz que esperei até que eu tivesse idade suficiente para compreendê-lo.

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Maggie não está se sentindo bem novamente, e eu a ouço infeliz por toda a sala. — Mags —, eu digo. Mas é tarde demais. Ela vomita em todo o meu chão do quarto. Eu esfrego sua cabeça. Ela ainda é muito ágil para a idade dela, mas ela tem vomitado nas últimas semanas. Eu vou ter que levá-la ao veterinário para ver o que está acontecendo. Eu limpo a sua bagunça, e pego um pano úmido para esfregar o tapete. Mas há uma batida na minha porta. — Entre, — Eu chamo distraidamente. A porta se abre, e meu coração pula na minha garganta quando vejo Pete parado lá. É tarde. — Pete —, eu digo, quando eu olho para cima a partir do local vomitado. — Eu estava apenas... — Você deveria falar sobre a vômito com um homem? Provavelmente não. — Maggie ficou doente —, eu finalmente disse. — Precisa de alguma ajuda? — Ele pergunta. Ele caminha em minha direção e cai ao meu lado. — Eu acho que eu fiz praticamente tudo o que posso fazer com o chão. — Eu olho para o meu pijama e cruzo os braços na frente do meu peito. Eu nem sequer tenho um sutiã. Pete sorri e olha para o lado como um cavalheiro. Estou usando um top e shorts minúsculos que meu pai iria pirar se visse. Eu não estou sequer autorizada a sair do meu quarto quando eu estou usando isso. Eu vou até o banheiro e lavo as mãos muito rápido. Eu ando para trás para fora e encontro Pete olhando ao redor do meu quarto. Ele toca uma

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caixa de música na minha cômoda. Ele abre a tampa, e uma bailarina se levanta e gira em torno ao som de uma canção. Ele sorri e olha por cima do ombro para mim. — É bonito — , diz ele. — Assim como você. — Seus olhos vagueiam pelo meu corpo, e ele lambe os lábios. — O que você está fazendo aqui? — Eu pergunto. Ele se assusta um pouco. — Eu queria ver você. Sua mãe disse que eu podia subir. Isso me faz sorrir. — Será que meu pai sabe que você está aqui? Ele balança a cabeça. — Ele não estava lá embaixo. Tenho a sensação de que papai não iria gostar de Pete estar no meu quarto. Particularmente por causa da maneira que estou vestida. — Se eu soubesse que era você, eu teria me vestido —, eu tento explicar. Meu olhar vai para a cama, onde há um moletom enrolado. Eu costumo dormir com ele, e eu o puxo sobre a minha cabeça e para baixo pelos meus quadris. Os olhos de Pete se estreitam para mim. — Esse moletom parece familiar —, diz ele. Seus olhos se arregalam. — É aquele que eu te dei naquela noite? — Ele pergunta. Concordo com a cabeça. — É. — Eu o guardei. E eu o adoro. — Você o quer de volta? Ele sorri. — Se isso significa que você vai tirá-lo em seguida, inferno sim, eu quero de volta. Calor sobe em meu rosto. Chego para puxá-lo sobre a minha cabeça, e eu fecho os olhos para fazê-lo, mas de repente, Pete para meu movimento com as mãos. — Eu só estava brincando —, diz ele. — Fique com ele. Concordo com a cabeça e puxo de volta para baixo sobre meus quadris. — Estou surpreso que você ainda o queira, considerando como você acabou com ele. — Sua testa se enruga. — Você é a única coisa boa que aconteceu comigo naquela noite, Pete, — eu digo. Ele abre a boca para dizer algo, mas fecha rapidamente. — Eu durmo com ele. — Eu arrebito meu nariz. — Ele costumava cheirar como você, até que minha mãe me fez lavá-lo. — Eu tenho um pequeno futon no meu quarto, e eu movimento em direção a ele. — Você quer se sentar? — Eu pergunto. Ele balança a cabeça, mas ele voltou a avaliar o meu quarto. Ele arrasta as pontas dos dedos para baixo e pega as fitas de hipismo que revestem o meu espelho. Eu sento e cruzo os pés debaixo de mim. Eu pego um travesseiro para descansar os cotovelos nele. Pete vagueia em direção ao meu banheiro e enfia a cabeça para dentro. — Eu acho que o seu quarto é maior do que todo o nosso apartamento —, diz ele. Eu não sei o que dizer sobre isso, então eu não digo nada.

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— Quando você voltar para a escola, você vai estar no dormitório? — Ele se senta do outro lado do futon. Ele se vira para me encarar, e seu joelho escova o meu. Eu gosto disso, então eu me aproximo. — Eu tenho um apartamento em frente ao campus —, eu digo. — Papai não me queria no dormitório, e eu queria levar Maggie comigo depois do que aconteceu. — Maggie ouve seu nome e passeia em direção a mim, deslizando o nariz debaixo da minha mão. Eu distraidamente esfrego sua cabeça. — Eu não gosto de ficar sozinha à noite. Pete faz um barulho de beijinho com a boca, e Maggie anda em direção a ele. Ela é cautelosa, mas ela não tem medo. Ele a deixa cheirar sua mão e toca o topo de sua cabeça cautelosamente. Ela empurra-se em seu caminho, e ele coça atrás de sua orelha. — Você está tentando conquistar meu cão? — Eu pergunto. Mas, secretamente, eu amo que Maggie confie nele. Ela tem bons instintos, muito melhores do que os meus. — Tentando? —, ele zomba. — Tendo sucesso —, diz ele com um sorriso. Maggie pula para cima nas pernas de volta para colocar-se em seu colo. Ele se inclina para trás e dá um tapinha na perna, e ela pula para cima para sentar-se sobre ele, entre nós. Ele acaricia sua cabeça. — Você está muito bonita com meu capuz —, ele me diz. Meu rosto está, provavelmente, escarlate, com a maneira que ele está fazendo meu rosto ficar vermelho. — Obrigada —, eu respiro. — Eu gosto da ideia de que meu moletom com capuz tem estado em todo o seu corpo enquanto você dorme —, diz ele. Sua voz é rouca de repente e grossa. Seu olhar grudado em minhas pernas, mas ele não chega para mim ou tenta me fazer chegar mais perto. Ele apenas continua acariciando meu cão, que está de pernas pro ar quando ela tenta dar-lhe a barriga. Eu engulo em seco, meu coração batendo duro e forte. Eu limpo minha garganta, e ele só olha para mim por baixo dos cílios encapuzados. — Então, o que você quer fazer? —, Ele pergunta. Honestamente, eu quero beijá-lo. — Trata-se de um encontro? — Eu pergunto. Ele balança a cabeça. — Isso sou eu vindo visitá-la por alguns minutos, porque eu queria vê-la e me convidando a mim mesmo para ficar por um tempo. — Maggie vira, e Pete ri. — Você é uma tarefa simples —, diz ele para o meu cão. — Ela é um animal perigoso —, eu digo com uma risada. — Enquanto ela protege você, ela pode ser tão brutal como ela gosta. — Bom trabalho que ela está fazendo isso agora —, eu resmungo. — Os cães gostam de mim. Porque eu sou uma boa pessoa. — Suas pálpebras descem, porém, e ele lambe os lábios novamente.

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Puxo o moletom um pouco sobre meus quadris. — Pare de olhar para mim desse jeito —, eu sussurro, minha voz embargada. — Eu gostaria, se eu achasse que você realmente me queria —, diz ele. Ele sacode a cabeça. — Venha aqui —, diz ele em voz baixa. Eu balancei minha cabeça, mas um sorriso surge em meus lábios. — Não —, eu digo. Ele sacode a cabeça. — Venha aqui —, diz ele novamente. — Por favor? Eu sorrio para ele. Eu não posso evitar. — O que eu ganho se eu chegar aí? — Eu pergunto. — Venha aqui e descubra —, diz ele. Meu coração dispara. O que devo fazer? Devo ficar? Devo ir? Eu sinto que há uma corda invisível entre nós, e ele dá-lhe um puxão quando ele levanta a mão e entorta o dedo para mim, me chamando para frente. Dou a Maggie um empurrão suave para tirá-la de seu colo. Porque de repente eu quero estar lá. Eu quero me aconchegar contra ele e me enrolar em seu calor. Maggie bate no chão e sopra um suspiro quando ela cai pesadamente aos pés dele. E eu rastejo em direção a ele em minhas mãos e joelhos.

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Num minuto, o cão está no meu colo e no próximo, Reagan está se dirigindo em direção a ele. Ela é tão bonita enquanto rasteja através do sofá que ela tira o meu fôlego. Uma palma pousa no meu joelho e a outra na minha coxa. Ela morde o lábio inferior entre os dentes quando olha para mim. Eu escovo o seu cabelo para trás da testa e olho para ela. Eu realmente olho para ela. Ela está tremendo. Sua mão treme contra o meu joelho, então eu a cubro com a minha. Seus olhos encontram os meus. — Eu estou bem —, ela sussurra. — Eu sei que você está —, eu digo, e eu devagar e gentilmente a pego e a viro até que seu bumbum esteja no meu colo e suas pernas deitadas para o fim vazio de seu sofá. Eu tento não ir rápido demais porque isso é tudo muito novo para ela e eu sei disso. — Eu acho que sou eu quem está com medo, — eu admito, minha voz trêmula. Eu limpo minha garganta. Sua testa franze. — Por quê? —, ela sussurra. Ela coloca seu braço no meu ombro e seus dedos distraidamente acariciam o cabelo na parte de trás do meu pescoço. Eu não consigo nem pensar quando ela me toca. — Eu não achava que você viria —, digo. Seu rosto cora, e posso dizer que ela entendeu da maneira errada. Uma risada irrompe da minha garganta. — Eu quis dizer vir pelo sofá em minha direção, boba —, eu digo, e me aproximo para puxar seu nariz. Eu me inclino para ela e a beijo rapidamente na bochecha. — Embora —, eu digo. Eu tenho que parar e limpar minha garganta novamente. Eu abaixo minha voz para um sussurro. — Quando você veio com a minha mão em sua calcinha, isso me surpreendeu também.

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Suas respirações não estão saindo naturalmente agora. Elas estão um pouco mais apressadas e suas bochechas estão rosadas. Eu corro minha mão da parte externa de sua coxa, por todo o caminho até sua perna, porque ela está usando esses pequenos e curtíssimos shorts. — Como você acha que eu me senti? —, ela pergunta. Ela ri, e é o som mais bonito que eu já ouvi. Eu posso sentir suas palavras contra minha bochecha, ela está tão perto de mim. Elas são quentes e úmidas e de Reagan. Eu a empurro em meu colo com um solavanco do meu joelho. — Diga-me como você se sentiu, — eu pergunto. Eu quero saber tudo. Suas sobrancelhas arqueiam. — Você quer dizer, quando estávamos fazendo aquilo? —, ela pergunta. Concordo com a cabeça e deslizo minha mão em volta do topo de sua coxa, traçando a linha do short, o que realmente significa que eu estou traçando a dobra de sua coxa. Suas pernas se separam tão levemente e meu coração emociona-se com a maneira como ela responde para mim. Ela hesita por não mais do que um segundo. Então ela começa a falar. — Eu estava com raiva —, diz ela. — Chase foi um idiota durante toda a noite e então ele me tocou e eu realmente pensei sobre me afastar dele, mas ele era tão presunçoso. Não foi completamente uma reação instintiva quando eu bati nele. Foi eu ficando irritada e batendo nele só porque eu podia. Só porque ele merecia. Então eu roubei o seu carro e voltei para casa, e ele apareceu. Mas, então, você estava lá. Eu sabia que você estava lá nos arbustos. E eu sabia que você me viu chegar em casa com a minha roupa toda desarrumada, e eu estava com medo de que você pensasse o pior. — O pior? — eu pergunto. As pernas dela se abrem um pouco mais e sua boca se abre em um suspiro pesado enquanto eu acaricio sua coxa. Eu quero arrancar seu short e arrastar sua calcinha por suas pernas. Então eu quero tocar minha boca por todas as suas partes femininas molhadas e lambê-la até que ela goze no meu rosto. Mas seus pais estão lá embaixo. — Você estava com medo de eu ter o beijado? —, ela pergunta. Eu não respondo porque estou muito ocupado deslizando os dedos debaixo de seus shorts para traçar a linha da sua calcinha. — Anrram, — murmuro. — Eu pensei sobre isso —, diz ela. — Eu meio que queria acabar logo com tudo. Eu olho para cima. Ela realmente disse isso? — Acabar com tudo? — eu pergunto. Ela estremece. — Você me faz sentir... esses sentimentos, Pete. E eu não sei o que fazer com todos eles ou de onde vieram. E isso me assusta pra caralho, que eu possa ser assim com você mesmo sem ter que me acalmar ou trabalhar para empurrar os meus sentimentos para o canto da minha mente. Então, eu meio que queria testar isso com Chase. Mas quando ele me tocou, eu não senti nada. — Ele te assustou?

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Ela balança a cabeça. — Na verdade não. Ele era um idiota. E eu sabia disso antes de sair com ele. Mas então ele tocou meu peito e minha pele começou a formigar. Não foi nem um pouco parecido como quando você me toca. Então, isso me fez pensar. Isso me fez querer voltar aqui para você. Mas eu percebi que eu deveria terminar a noite. Mas então ele tocou meu peito de novo e riu sobre isso, e eu bati nele. Não foi uma reação instintiva. Eu queria bater nele. — Ela estremece novamente. — Sinto-me meio mal por isso. Eu só percebi que eu parei de traçar sua calcinha quando ela começou a falar sobre isso, e eu olho em seus olhos. — Então você não surtou. Você bateu nele de propósito? — Ela não tem ideia de como isso me faz feliz. — Sim —, ela admite. Mas ela não está sorrindo. Ela está refletindo um pouco sobre isso. — Mas então você entrou no celeiro e me perguntou se eu o beijei. Eu não poderia mentir para você. — Ela vira o meu rosto para o dela e olha nos meus olhos. — Você é o único que eu quero beijar, Pete. Você é o único com quem eu quero estar. Você é o único que eu quero para me abraçar e me tocar. — Ela acena a mão na frente do rosto como um leque. — Deus, está ficando quente aqui —, diz ela. Eu levanto Reagan de novo, e seus olhos se arregalam quando eu a coloco sobre o sofá. Eu separo os joelhos dela bem lentamente e corro minhas mãos até o interior de suas coxas, uma de cada lado, espalhando-a aberta para que eu possa me deitar em cima dela. Quando eu me estabeleço na excitação dela, eu percebo que ela está tremendo de novo. — Isso está bom? — Pergunto enquanto me escoro em meus cotovelos, minha cabeça logo abaixo do queixo dela. — Sim —, ela respira. Ela envolve seus braços em volta do meu pescoço e me empurra para baixo em seu peito, onde eu coloco minha cabeça em seus seios. Eu viro meu rosto, acaricio dentro dela e percebo o seu mamilo estão diretamente ao lado da minha boca. Suas mãos peneiram o cabelo curto na minha cabeça, as pontas dos dedos brincalhonas e leves. — Então, ontem à noite —, diz ela. Ela espera. Eu levanto minha cabeça para que eu possa olhar para o rosto dela. Ela tem o lábio inferior preso firmemente entre os dentes e então ela se apressa a dizer sobre uma expiração, — Eu realmente gostei do que fizemos na noite passada. Eu dou uma risada. — Eu poderia dizer isso. — Deus, eu me sinto tão leve e tão pesado ao mesmo tempo. Eu balanço meus quadris contra ela e sua bunda levanta, empurrando suas partes moles, quentes, provavelmente rosas e bonitas para o meu pau. Merda. — Eu também gostei. Ela puxa meu cabelo até que eu olhe para o rosto dela novamente. — Isto é rápido demais? —, ela sussurra. Eu olho para baixo em direção onde meu pau só está separado do seu calor por meus jeans e essa pequena coisa que ela chama de short. — Eu ainda estou com minhas calças. Eu prometo. Ela geme. — Eu não estou falando sobre isso. — Ela gesticula de mim para ela e para trás. — Eu e você. Isso está indo rápido demais? —, ela pergunta.

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Minha respiração engata. — Eu não sei —, digo. — Isso é muito rápido para você? Ela balança a cabeça. — Acabamos de nos conhecer há alguns dias. — Como se ela tivesse que me lembrar. Então, por que isso me faz sentir como se meu coração estivesse esperando por ela desde sempre? — Humm rumm, — eu murmuro, enquanto eu me empurro um pouco para cima e meus lábios podem tocar os dela. Ela me beija de volta, sua boca suave e insistente contra a minha. Eu puxo de volta, e ela sorri. — O quê? — eu pergunto, seu sorriso contagiante enquanto eu sinto o meu próprio puxão nos cantos dos meus lábios. — Aquele beijo não foi tão épico como o último —, diz ela. Eu tomo seus lábios de novo, suave e lentamente, a minha língua deslizando em sua boca, o meu coração se regozijando quando o dela roça contra o meu, tudo veludo e calor. — Nós vamos ter que trabalhar nisso, — eu respondo quando eu finalmente levanto a cabeça. Ela assente com a cabeça. Sua boca está perto do meu ouvido quando ela diz: — Eu quero que ele seja tão épico para você como foi para mim. — Um arrepio percorre minha espinha e eu balanço meus quadris, empurrando contra seu calor. Eu não consigo me conter. Merda. — Você me deixaria fazer isso por você? —, ela pergunta. Ela parece tão insegura que eu posso dizer que isso é difícil para ela. Ela não gosta de perguntar. E ela não estaria perguntando se não fosse importante para ela. — Não com seus pais lá em baixo —, murmuro. — Eu não quero dizer agora —, diz ela com um golpe de sua respiração. — Oh. — Ansioso e tudo mais. Ela ri. — Em outro momento? —, ela pergunta. — Quando os meus pais não estiverem a dez metros abaixo de nós? Concordo com a cabeça. Merda. Em que acabei de me meter? Eu ouço uma porta bater nas proximidades e eu me levanto para longe dela. Ela fecha as pernas e se senta, puxando meu moletom para baixo em torno de seus quadris. Mas tudo o que consigo pensar é como sua pele é suave sob meus dedos e quanto eu quero tocá-la. Mas há passos subindo as escadas. Eu chamo o cachorro e ela pula para cima no meu colo. Graças a Deus. O sussurro de passos contra o tapete é o único aviso antes de seu pai parar em sua porta. — O que você está fazendo? — Ele rosna. Seus olhos pousam em mim, e em seguida, no cão, e, em seguida, ele encontra o meu olhar. Eu sorrio para ele. Mas eu tenho que quebrar o contato visual depois de um momento. Eu estava nesse instante em cima de sua filha, afinal. — Conversando, — Reagan silva. Ela coça a parte de trás de sua cabeça. — Você precisa de algo?

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— Sua mãe e eu estamos indo alugar um filme. Você quer assistir? — Pete pode ir? —, pergunta ela. Ele olha para mim e eu concentro toda a minha atenção no cão. Ele confirma com a cabeça. — Se ele quiser —, diz ele vencido. Eu tenho que admitir que se eu tivesse um pai, eu queria que ele agisse assim como o Sr. Caster. Eu queria que ele tentasse me proteger sobre tudo e se preocupasse comigo mais do que qualquer coisa. Eu não tenho isso, pelo menos não de um pai. Tenho isso dos meus irmãos. Mas não é a mesma coisa. — Você quer assistir a um filme? — Reagan pergunta calmamente. Mas ela está sorrindo. Percebo que ela não se levanta. Concordo com a cabeça. — Claro. Ela olha para o pai dela. — Dez minutos? —, ela pergunta. Ele assente, olha para mim por um segundo a mais e depois sai. — Seu pai é muito legal, sabia? — eu digo a ela. Ela revira os olhos. — Se eu tivesse um pai, eu queria que ele agisse assim. — Eu evito o olhar dela neste momento. Porque eu não quero que ela veja muita coisa. Ela já vê o suficiente. — Seu irmão, o com quem você não fala —, ela começa. — Ele tem um telefone em seu dormitório? Afirmo com a cabeça. Ele tem um telefone celular que Paul deu para ele já que ele estava indo embora. Paul tem um, também. Eu sei o número de Sam decorado, mesmo que eu nunca tenha ligado. Tenho discado um milhão de vezes, e então eu desligo o telefone, porque eu sou um covarde. Ela segura o telefone dela para mim. — É hora de ligar para ele, Pete—, diz ela. Em seguida, ela pega uma calça jeans, a puxa por suas pernas enquanto eu assisto. É tão sexy assisti-la se vestir que eu fico todo excitado novamente. Ela se inclina e me beija muito rapidamente. — Eu vou fazer pipoca. Desça quando estiver pronto. Ela me deixa e fecha a porta atrás dela. Eu olho para o telefone. Quando eu parei de falar com Sam, eu me senti como se tivesse perdido um pedaço de mim. Talvez seja a hora de encontrá-lo. Eu disco o número, levanto o telefone no meu ouvido e meu coração está batendo mais rápido agora do que quando eu estava em cima de Reagan. Ring. Ring. Ring. Ring. Seu correio de voz atende. — Este é o Sam. Estou ocupado, então deixe uma mensagem e eu te ligo se eu quiser. — O beep soa, e eu hesito. Eu não consigo evitar. Então

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eu limpo minha garganta. Este é o momento de novos começos. E eu não posso saber se ele quer ou não um a menos que ele fale comigo. — Sam, é o Pete. — Eu paro e penso, enterrando minha testa na minha mão. — Eu só queria falar com você e ter certeza de que você está bem. Eu sinto sua falta, Sam. Isto é tudo. Eu apenas sinto sua falta. — Eu suspiro. Porque eu não sei mais o que dizer. — Sam, você acha que poderia voltar para casa neste fim de semana? Eu quero ver você. Eu estou no telefone de uma amiga então você não pode me ligar de volta, mas eu queria que você pudesse... Eu realmente gostaria que você pudesse. Eu amo você, Sam. Só queria dizer isso. Eu pressiono o botão "desligar" e olho para o telefone. Eu praticamente estraguei isso. Mas eu me sinto mais leve agora. Eu estou feliz que eu liguei para ele. Eu sinto falta dele. Como um louco. Enfio o telefone de Reagan no meu bolso e desço as escadas. Eu a encontro na cozinha derramando pipoca em uma tigela. Ela joga uma para mim quando eu chego perto e eu pego na minha boca. Ela ri e inclina seu quadril contra o balcão. — Você fez a sua ligação? —, ela pergunta. O telefone vibra no meu bolso. — Eu acho que você está recebendo uma mensagem, — eu digo enquanto eu o passo de volta para ela. Eu quero ser intrometido e olhar para ele. Ela olha para ele e sorri.

— Eu acho que é para você —, diz ela. — É esse o número que você ligou? — Ela me mostra a tela. É o número de Sam, e ele escreveu: Eu te amo mais. Eu sorrio. — Sim. Esse é o Sam. — Sam? —, ela pergunta. Sua testa franze. Ela aponta para a parte de trás de seu pescoço. — O Sam no seu pescoço? Aquilo é para o seu irmão? — Sim. Nosso pai fez as tatuagens em nós, porque ele nunca conseguia nos diferenciar. Ela franze a testa. — Então por que a sua diz Sam? Eu sorrio e encolho os ombros. — Ele não conseguia nos diferenciar, por isso, quando ele sentou Sam para fazer a sua tatuagem, ele disse que era Pete, e eu disse que era Sam. Então, nós temos os nomes um do outro em nossos pescoços. — Ele não conseguia diferenciar vocês? — Ela não está mais rindo, e ela parece um pouco triste. Eu balanço minha cabeça. — Nós somos gêmeos. Idênticos. — Uau —, diz ela. — Nossa mãe ficou tão brava —, eu digo com uma risada. — Ela conseguia diferenciar vocês? —, ela pergunta. Eu dou de ombros. — Qualquer um que nos conhece consegue. — Isso não fala muito bem de nosso pai, mas é o que é.

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Eu a puxo para mim pelas presilhas de cinto do seu jeans e ela cai em mim. Seus braços levantam para embrulharem-se ao redor do meu pescoço. Eu a beijo rapidamente. Mas seu pai grita: — Pete, quando terminar de fazer sexo com a minha filha na cozinha, está tudo pronto para o filme! Reagan ri. — Mesmo eu não sou tão rápido assim —, eu sussurro para ela. Ela cora novamente. Eu beijo sua testa. — Obrigado por me deixar usar o seu telefone —, eu digo. Ela acena com a cabeça e me leva pela mão, a outra segurando a pipoca. Sento-me na beira do sofá, e ela se acomoda ao meu lado, perto, mas não me tocando. O pai dela olha para nós de onde sua mãe está envolta ao seu lado no sofá oposto. — É bom ver você, Pete —, diz ele. — Você também, Sr. Caster —, eu digo. — Obrigado por me convidar. Eu abro minhas coxas um pouco para que a perna de Reagan esteja tocando a minha, e ela aperta a minha mão enquanto o filme começa. Porra, isso é bom. Amanhã é sexta-feira, e amanhã à noite é quando eu irei para casa. Eu não quero ir. Eu quero ficar ao seu lado para sempre. Assim dessa maneira.

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Hoje é o dia em que Pete vai para casa. Passei a maior parte da noite de ontem pensando nisso. Não quero que ele vá embora. Meu intestino aperta ao pensar nisso, e eu olho para minha mãe do outro lado da mesa. — Algo em mente? —, ela pergunta. Eu balanço a cabeça. — Não é algo que você queira falar sobre, hein? —, ela pergunta. Sua voz é suave, mas ela não é curiosa. Ela só está sendo minha mãe. — Pete está indo embora hoje, — eu digo calmamente. — Hmm, — ela murmura. — Então, eu estava pensando... — eu começo lentamente. Ela sorri e inclina a cabeça para mim como um cachorrinho curioso. — O que você estava pensando? — Na verdade eu estava pensando que eu poderia voltar para a cidade uma semana antes, — eu digo, minha voz hesitante e tranquila. Minhas aulas não começam até a próxima semana. Ela levanta a xícara de café para os lábios e me considera sobre a borda da mesma, enquanto ela toma um gole. — Isto tem alguma coisa a ver com Pete? —, ela pergunta. Não posso mentir para minha mãe. Se eu tentasse, me sairia muito mal. — Só tudo. — Eu sorrio para a expressão dela. Ela está sorrindo, também, e é quase contagioso. — Eu quero voltar e passar algum tempo com ele. — Dou de ombros. — Ver aonde as coisas vão. — Ele é o tal, hein? —, ela pergunta.

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Eu aceno minha cabeça. — Sim, eu acho que sim. — Minha voz é tranquila, mas sinto-me mais leve do que me senti há muito tempo. — Quer que eu ligue para ver se eu consigo marcar uma visita ao médico hoje? —, ela pergunta. Médico? Por que eu preciso de um médico? — Há uma pequena questão de controle de natalidade —, ela diz. — Oh —. Esqueci completamente disso. Calor rasteja acima das minhas bochechas. — Acha que você conseguiria? — Pergunto. Eu estremeço para dentro. Isso é tão constrangedor. Mas com quem você pode falar sobre isso se não com sua mãe? Ela pega o telefone dela. — Vou ver o que posso fazer. — Eu vou lá em cima e fazer as malas —, eu digo. Estou quase tonta. Esta é uma grande decisão. Eu só espero que quando voltarmos para a cidade, as coisas sejam as mesmas entre mim e o Pete. E se voltarmos, e a vida real se intrometer? E se a magia desaparecer? E se ele não gostar de mim tanto quanto eu gosto dele? Não consigo encontrar meus chinelos, então eu vou até o topo da escada para chamar a minha mãe. Mas ela está falando com meu pai. Eu posso ouvir suas vozes, suaves e hesitantes. Então meu pai diz: — Mas em que porra que você está pensando, encorajando isso? Eu travo. Eu não devia mesmo ouvir, mas não consigo evitar. — Estou incentivando que ela cresça, querido, — ela diz. — Isso é tudo. — Ela não vai voltar para a cidade. Ainda não. Absolutamente não. — Ouço alguns pratos quebrarem e eu estremeço com cada um deles. — Ela vai. Ela está fazendo as malas agora. — Mamãe é tranquila, mas firme. — Por que isso não te incomoda? Ela precisa da sua família ao redor mais do que ela precisa de um garoto. Minha mãe dá um passo para a minha linha de visão, e posso vê-la colocar uma mão calmante no peito do meu pai. — Ela não precisa de nós para esta fase da sua vida, querido, — ela diz. — Ela precisa dele. — Por que ele? — Meu pai rosna. — Pete é um bom homem, — ela diz. — Você sabe disso. Papai rosna novamente e minha mãe ri. — Não vou gostar de qualquer homem que queira tirar a roupa da minha filha, — ele resmunga. — Você percebeu como ela acordou desde que ele chegou aqui, Bob? —, ela pergunta. A voz dela é firme. — Ela não está saltando para as sombras, e ela está deixando as pessoas a tocarem. Ela está rindo. Ela está pensando em mais do que apenas se esconder no quarto dela. Ela está vivendo novamente, Bob. Então, pare com isso. Isso é uma coisa boa. — Ela aponta o dedo para ele em aviso. — E não diga qualquer coisa para ela sobre isso. Volto para o meu quarto e termino de fazer as malas. Sinto-me mal pelo meu pai, mas de repente estou vivendo uma existência de esperança. E eu gosto. Não quero mudar isso. Eu quero perseguir isso até Nova York para que não fuja de mim. Não é apenas de Pete que eu estou correndo atrás. É a promessa de um futuro. Que vai acontecer com ou sem ele, mas eu estou esperançosa pela primeira vez em muito tempo.

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É hora de começar a arrumar as malas e carregar o ônibus, mesmo que os campistas ainda não tenham terminado com as suas atividades. Mas temos que retirar as coisas ao escurecer, então poderemos voltar para a cidade à meia-noite. Eu olho ao redor e odeio apenas pensar em ir embora. Quando eu voltar para a cidade, vou voltar para prisão domiciliar e eu estarei de volta com meus irmãos. Eu gostei da liberdade que tive aqui, porém agora eu sei no que eu quero trabalhar daqui pra frente. Não sei como é o horário de Reagan, mas eu espero que ela ainda vá querer me ver quando ela voltar para a cidade. Gonzo rola sua cadeira e para na minha frente, me cortando no caminho em direção ao celeiro. Esperava poder encontrar Reagan lá. Eu quero falar com ela antes de sairmos. Não quero deixá-la, mas não vejo como isso pode ser evitado. Gonzo não sorri para mim pela primeira vez desde que o conheci. Ele parece quase tão triste como eu me sinto. — O que se passa? — Pergunto. — O céu —, diz ele, apontando para o céu. — Ha ha, muito engraçado, — eu digo. Mas ele não está rindo junto. — Alguma coisa te incomodando? — Pergunto. — Apenas você—, ele diz. — Eu? O que eu fiz para te incomodar? — Volto para empilhamento de cadeiras, porque é o que devemos fazer antes de partirmos. Ele me segue. Então, tenho que ajudar a todos os meninos mais novos a carregarem suas malas no ônibus. — Você ia embora sem dizer adeus? — Ele olha para mim. — Nós ainda temos algumas horas antes de sairmos —, lembro-lhe, olhando para o relógio. — Estava esperando que eu não me esquecesse de te dar um beijo de adeus? — Vou até ele, embrulho sua cabeça suavemente com o meu braço e dou-lhe um aperto. Ele empurra meu braço fora. Ele é está realmente com raiva? — Você está falando sério, não

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é? Você acha que eu ia embora sem dizer adeus para você? — Eu me agacho para baixo e olho nos olhos dele. Ele está sério. Muito sério. — Pensei que éramos parceiros, mas você meio que desapareceu nos últimos dias—, ele diz. Olho em direção a casa. Eu passei um pouco de tempo com Reagan, mas não deixei Gonzo de lado. Eu me certifiquei que ele tivesse garotos para conversar e passar o tempo. — Você fez amigos enquanto você esteve aqui? — Pergunto. Eu procuro no meu bolso e tiro um papelzinho dobrado. — Eu ia te dar isto mais tarde, mas acho que eu posso fazer isso agora, —Eu digo. Entrego para ele. — É só o meu número de telefone e meu endereço. Eu espero que você mantenha contato. Ele sorri. — Você me ama—, ele sinaliza. Claro que sim, amo esse merdinha. É difícil não gostar dele. — Amor é uma palavra muito forte —, eu digo. —Tolerar seria uma palavra melhor. Ele sorri. — Eu tolero você, também—, ele sinaliza. Ele desenha aspas no ar em torno da palavra tolero. — Se é assim que você diz às pessoas que você ama. — Ele me olha nos olhos. — Obrigado por tudo esta semana. Eu agradeço. E agradeço a você. — Agradeço a você, também, garoto, — Eu digo. — Quero que entre em contato comigo se precisar de mim. Pra qualquer coisa, tudo bem? Seus olhos ficam todos brilhantes e ele sinaliza a palavra sim. A mãe dele chama o seu nome da sua cabana onde ela está fazendo as malas, e ele se vira para ir ajudá-la. — Ei, Gonzo, — Eu chamo. Ele olha de volta para mim. — Você é um bom garoto, e eu estou feliz de ter conhecido você, — Eu digo. — Sim, sim—, ele sinaliza de volta. — Você vai me fazer pensar que você é apaixonado por mim. — Ele olha por cima do meu ombro. — Por falar em paixões—, ele sinaliza. Então ele aponta e pisca o olho. — Te vejo depois. — Não se eu te ver primeiro, — eu grito para as suas costas em retirada. Ele só me manda um dedo do meio em vez de voltar a olhar para mim. Eu dou risada e me viro para ver para o que ele estava apontando. Mas não é Reagan. É o pai dela, e ele está quase caindo sobre mim carregando aquele maldito machado. Atravesso as minhas mãos na frente do meu colo e dou um passo para o lado. — Pete —, diz ele. Ele está um pouco sem ar e sinto que ele correu até aqui para me encontrar. — Sr. Caster —, eu digo. Olho para o machado, e ele o levanta, avaliando-o gananciosamente, como se ele estivesse gostando de todo o meu desconforto. — Tudo bem? — Pergunto. — Claro que não, não está tudo bem, — ele diz. Ele esfrega a mão pelo seu rosto. Ele aponta um dedo na minha cara. — Eu já brinquei com você a semana toda, e agora cansei de brincar. — Não sabia que estávamos brincando, senhor, — eu começo. Ele levanta a mão para me parar. — Minha filha gosta muito de você e essa é a única razão pela qual tolerei você esta semana. — Hum —, eu começo. Mas ele me cala novamente com uma respiração silenciosa.

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Ele levanta o machado e eu dou um passo para o lado. — Mas eu juro por Deus que se fizer algo para magoar a minha filha, eu vou cortar fora sua cabeça logo depois que eu cortar suas bolas. — Eu não a machucaria, senhor, — Eu digo. Mas ele me cala novamente. — Quando você voltar para a cidade e não houver nenhum pai com um machado, à espera de te castrar, lembre-se que eu estou apenas a um telefonema de distância. Você entendeu? — Claramente —, eu digo. — Isso é tudo o que eu queria dizer. — Ele suspira profundamente e solta a respiração. — Foi um prazer conhecê-lo, Pete. Espero que você tenha uma boa vida se eu nunca mais te ver. Ele vai embora, balançando o seu machado. Merda. Eu não esperava por isso. Phil assobia quando ele sai de trás de uma árvore. — Achei que ele ia acabar com você por um minuto, — ele respira. Ele sorri e balança a cabeça. — Você sabe sobre o que foi aquilo? — Pergunto, empurrando meu polegar em direção ao Sr. Caster. — Hmm —, ele murmura. — Talvez. — Se importa em compartilhar? — Pergunto. — Ele é um pai e você é um jovem que gosta da filha dele. Ele sabe disso e é um tormento quando um pai tem que dividir o afeto de sua filha. Ele tem sido seu protetor por toda a sua vida e agora ela vai começar a procurar por outra pessoa para preencher esse papel. Possivelmente você. — Ele reduz os olhos para mim. — Como se sentiria se fosse com você? —, ele pergunta. Ele finge estar ocupado empilhando as cadeiras, assim como eu, mas ele é astuto e eu sei disso. — Eu ficaria em êxtase —, eu digo. — Você vai vê-la quando você voltar para a cidade? —, ele pergunta. Levanto a minha calça e o lembro da tornozeleira que estou usando. Ele sorri. — Tenho a sensação de que isso não vai impedi-la. — Espero que não. — Eu respire fundo. — Eu gosto dela, Phil, — Eu admito. — Eu poderia mesmo estar me apaixonando por ela. Ele para e me olha nos olhos. — Isso assusta você? —, ele pergunta. Eu dou risada. — Pelo contrário, na verdade, — Eu admito. Sinto-me esperançoso. E já faz um tempo desde que eu me senti assim. — Qual é o seu plano, quando você voltar, Pete? —, ele pergunta. Eu puxo um pedaço de papel do bolso. Ele me disse para escrever meus planos. Para torná-los reais. Então, eu escrevi. Começo a ler. — Um: resolver as coisas com o Sam. Dois: decidir qual será meu futuro. Será faculdade? Arrumarei um emprego? Irei decidir o que quero ser quando crescer? — Eu fecho o papel e o coloco no meu bolso. — Bom —, diz ele, assentindo com a cabeça. — Você acha que eu poderia fazer o que você faz? — Pergunto. — Você ajuda um monte de garotos.

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Ele confirma com a cabeça. — Acho que você seria muito bom no que eu faço. — Eu poderia ser capaz de impedir que alguns meninos acabem na minha situação. Ele assente. — É um objetivo muito bom de se ter. Eu ficaria feliz em ajudá-lo a decidir se você quiser isso. Você poderia até mesmo vir trabalhar comigo por alguns dias e ver se tem interesse. — Ele olha ao redor do acampamento. — A maior parte do meu trabalho não é tão glamoroso assim, infelizmente. É muito trabalho na prisão e no centro de detenção juvenil. Eu aceno com a cabeça. Talvez eu goste disso. — Você sabe como me encontrar quando chegar em casa. Eu sei. E irei. Volto para o empilhamento de cadeiras até ver Reagan caminhando em minha direção. Ela está sorrindo e o cabelo está solto e soprando em torno de seu rosto ao vento. Ela o escova volta com a mão e sorri para mim. — Oi, Pete, — ela diz. Ela embaralha os pés dela e olha para baixo, nervosa. — Eu acabei de ver meu pai vir falar com você? —, ela pergunta. — Com um machado? Eu espremo meus lábios juntos e tento não sorrir, mas ela é tão bonita, é difícil não sorrir. — Seu pai me assusta pra caralho —, admito. Ela ri. — Eu acho que isso é como ele quer. — Ela cerra os olhos para mim. — Ele falou com você sobre mim? —, pergunta. Confirmo com a cabeça. — Ele se ofereceu alegremente para cortar certas partes da minha anatomia. Ela parece desconfortável. — Não, quero dizer, ele falou com você sobre os planos para Nova York? Eu balanço a cabeça. — Quais planos? — Paro de empilhar as cadeiras e me viro para encará-la. Ela junta os dedos e olha para todos lugares, menos para mim. Ela parece tão desconfortável que eu imediatamente me sinto mal por ela. Eu me aproximo e levanto o rosto dela para o meu. — Quais planos? — Pergunto novamente. Ela coloca as palmas das mãos no meu peito e olha em meus olhos. — Pete —, ela começa. Mas ela para e balança a cabeça, então enterra seu rosto na minha camisa e geme. — Sinto-me tão estúpida, — ela diz contra meu peito. Eu mal consigo ouvi-la. Eu a puxo contra mim e a seguro mais perto, meus dedos entrelaçados em suas costas. Eu levanto o final da sua camisa e coloco minhas mãos contra sua pele. E ela me deixa. Esta parte ainda me surpreende e me faz derreter toda vez que vou tocá-la. Finalmente ela olha para mim. — Então você vai voltar para a cidade hoje. Eu aceno e espremo meus olhos fechados. Não quero nem pensar em deixá-la. Mas acho que não há outra maneira. — Sim, — Eu digo em um suspiro. — Então, — ela diz hesitante, levantando o seu rosto para olhar para mim. Seus olhos verdes piscam lentamente para mim. — Eu estava pensando em voltar para a cidade hoje, também. Meu coração salta no meu peito. Pego os ombros dela e a seguro um pouco, para que então eu possa olhar para ela. — Você está falando sério? — Pergunto. Eu mal posso respirar.

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O rosto dela cai. — Você não quer que eu vá, — ela diz calmamente. Eu dou risada. Eu a empurro contra mim e então envolvo meus braços firmemente ao seu redor e a levanto, rodando com ela tão rapidamente que ela tem de agarrar para meus ombros. — Claro que eu quero que você vá! Você está brincando? Estive tão preocupado que nunca conseguiria te ver de novo ou se não nos víssemos por algumas semanas, perderíamos o que temos. — O que temos, Pete? —, ela pergunta, mas ela está sorrindo. — Você não sabe? — Pergunto. Ela balança a cabeça. — Eu não sou sempre boa em ler pessoas, Pete, — ela admite, corando. Eu torço o nariz dela e fico firme. — Eu acho que estou me apaixonando por você, Reagan, — Eu digo. Eu engulo com dificuldade porque de repente há um caroço na minha garganta. Não sei de onde veio, e não importa o quão difícil eu engulo, não vai passar. Eu espero. Ela tem que dizer alguma coisa, certo? — Bom —, ela finalmente diz. Bom? É isso? — Obrigada por me dizer. — Ela sorri e gira para andar em outra direção. Eu agarro o braço dela e a puxo de volta para mim, e meu coração incha porque ela não me dá um soco e um pontapé em mim ou me dá uma joelhada no queixo quando eu a agarro para mim e a prendo contra uma árvore. — Isso é tudo o que recebo? — Pergunto. Meu coração está batendo como um louco. Talvez eu a interpretei mal. Talvez eu esteja fora de questão. Talvez eu seja um idiota. — O que você quer? — ela sussurra. Eu seguro a lateral do seu rosto e a encaro. Ela é tão linda que eu mal consigo pensar quando estou perto dela. — Quero que me ame de volta —, admito. — Feito —, diz ela. Uma vermelhidão rasteja acima das suas bochechas, e eu pensei que ela não conseguiria ficar mais bonita do que ela estava há um minuto atrás. Mas eu estava errado. — Feito? — Eu repito. Deus, agora eu pareço com o Link. Ela solta um suspiro. — Feito. Já era. Não quero ficar longe de você. Não consigo respirar quando penso em te deixar. Quero estar com você o tempo todo, já era. Feito. — Ela pisca, e então ela diz, — Você está dentro de mim, Pete. E eu quero mantê-lo lá. Porra. Essa é a melhor coisa que já ouvi na minha vida. E eu não consigo nem juntar dois pensamentos para dizer-lhe. De repente, ouço botas pisando na minha direção, e eu salto de volta por cima de Reagan quando vejo seu pai caminhando em nossa direção com aquele machado. Ele para e olha para mim. — Pete, você pode me fazer um favor? —, ele pergunta. Ele não parece muito feliz, mas, no entanto ele nunca parece quando está perto de mim. — O que você precisa, senhor? — Pergunto. — Reagan está determinada a dirigir de volta para a cidade hoje à noite, e vai ser tarde quando ela chegar lá. — Ele empurra o polegar em direção onde Phil está de pé. —

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Então perguntei Phil se você poderia ir com ela em vez de no ônibus, no caso que ela enguice ou algo assim. Reagan sorri e quero, também, mas eu me obrigo a não o fazer. — Phil disse que está tudo bem? — Pergunto. Olho na direção onde Phil está de pé, e ele caminha para nós. — Você tem que estar em seu apartamento até meia-noite —, diz Phil. — Eu vou saber se você não estiver. — Ele aponta em direção a minha tornozeleira de rastreamento. — Eu vou levá-lo diretamente para casa, — Reagan gorjeia. Ela está sorrindo, e eu quero sorrir com ela. — E os garotos mais novos? — Pergunto. — Você pode vê-los no dia seguinte no grupo. Às onze, se você quiser estar lá. — Ele arqueia a sobrancelha para mim. — Eu estarei lá —, eu digo. Eu quero ver aqueles meninos. Se puder ajudar ao menos um deles, irei me sentir melhor sobre o meu próprio passado. — Obrigado, Pete, — o pai dela diz. Ele me bate no ombro e aperta um pouco forte demais. Eu recebo isso como um aviso, o que eu acho que é o que ele quis dizer. Ele vai embora, deixando-me com Reagan. — Vai ser muito tarde, quando me deixar em casa, — Eu digo. Ela assente. — Eu sei. — Não quero que vá para casa para um apartamento vazio sozinha. Vou mandar um dos meus irmãos com você quando você me deixar. — Quem me dera poder voltar com ela e levá-la até a porta e fazer todas as coisas cavalheirescas que eu nunca quis fazer antes. — Eu terei Maggie comigo —, ela me lembra. — Ainda assim —, eu digo. Eu escovo o cabelo atrás da orelha dela. — Quer ter uma festa do pijama na minha casa? — eu pergunto. Os olhos dela se arregalam, e ela lambe os lábios. Ela está interessada. Eu posso dizer. — Eu vou dormir no sofá, — Eu digo. Isso vai me matar, mas eu o farei. Ela balança a cabeça. — Não vou ficar, se você vai dormir no sofá. Meu coração viaja no meu peito. — Não vou te expulsar da sua própria cama —, diz ela, rindo nervosamente. Os olhos dela me buscam, e espero que ela olhe muito profundamente porque não sei o que ela vai encontrar. — Eu vou ficar se você dormir lá comigo —, diz ela. Sua voz treme. — Tudo bem —, eu digo calmamente. Mas o meu estômago está dando cambalhotas. Ela fica na ponta do pé e me beija depressa. — Tenho que ir tratar de umas coisas, — ela sussurra. Ela me beija outra vez, mais devagar desta vez. Nós vamos ter uma festa do pijama. Ela e seu cachorro. — Maggie pode ficar, também, — Eu digo. Eu sou um idiota, mas eu mal consigo pensar neste momento.

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— Eu vou dizer pra ela, — ela sussurra divertidamente. — Ela vai ficar tão feliz. Nem um pouco tão animada como eu estou.

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Pete está meio quieto no caminho de casa. Ele mexe no rádio e brinca com Maggie. Às vezes sua mão procura pela minha, e ele a aperta para me tranquilizar. — Você tem certeza de que sua família vai ficar bem comigo ficando com vocês esta noite? — eu pergunto. Ele acena. — Tenho certeza. Sam está na escola e Logan mora com Emily no apartamento dela, embora eu não saiba porquê. Eles ficam no nosso apartamento muito mais do que no dela, de acordo com Matt. Sam e eu dividimos um quarto e já que ele não está lá, você pode dormir na minha cama, e eu vou dormir na dele. Droga. Eu esperava que pudéssemos dormir juntos. — Ou poderíamos dormir no quarto do Logan, já que há uma cama de casal lá. Eu não queria presumir que você iria querer dormir comigo. — Ele presta muita atenção nas orelhas da Maggie em vez de olhar para mim enquanto ele diz isso. — Eu gosto da segunda opção, — Eu digo calmamente. Eu finjo mexer com o lavador de para-brisa, mesmo que este não precise ser lavado. — Ah é? — diz ele calmamente. Ele sorri. — Eu esperava que você dissesse isso. — Ele estremece um pouco. — Eu tenho que avisá-la que o nosso apartamento não é nada como a sua casa. Não é em uma área tão boa da cidade. E é meio pequeno. — Nada disso importa para mim, Pete, — Eu digo. Eu estou dizendo a verdade. Só quero estar com ele. Ele poderia viver em uma caixa de papelão, e ele ainda conseguiria fazer disso incrível. Eu balanço meu polegar em direção a Maggie. — Maggie pode ser um pouco esnobe, no entanto. Então você vai ter que dar muitos deleites de cão para mantê-la feliz. — Maggie é moleza —, diz ele. Ela ficou doente no carro e tivemos de parar tempo suficiente para limpá-lo. Pete era muito bom nisso, porém. — Eu acho que ela me ama.

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Ele é fácil de se amar. Ele sorri para mim. — Então, você dorme nua? —, ele pergunta. Seus olhos brilham. Calor aparece no meu rosto. — Não! — Eu choramingo. — Claro que não. Ele inclina a cabeça dele contra o banco, inclinando a cabeça como um filhote de cachorro curioso. — Então, acha que eu poderia convencê-la a fazer isso? — Ele ri do que deve ser um hilariante olhar na minha cara. — Talvez —, eu digo calmamente. Ele se perde em uma respiração. Ele está surpreso. — Não estou certo se posso manter minhas mãos longe de você a noite toda —, ele adverte, sua voz calma, mas forte. A voz dele é mais profunda e mais áspera do que era há um minuto atrás. — Quem disse que eu quero? Ele põe a cabeça para trás e geme. Ele coloca uma mão no peito e respira com mais força. — A minha virtude está em perigo, Srta Carter? —, pergunta. — Se você tivesse alguma para estar em perigo, eu diria que sim, — Eu me queixo. Mas ele é tão engraçado, que não consigo tirar o sorriso do meu rosto. — Estamos aqui —, ele diz. Ele me aponta em direção a uma vaga de estacionamento no lado da rua. Eu me encolho e respiro fundo. Não sei o que fazer comigo mesma agora que estamos aqui. — Tem certeza que quer que eu fique? — Pergunto. Ele confirma com a cabeça. — É melhor você mandar uma mensagem pro seu pai e dizer que chegou na cidade. — Ele encaixa uma coleira na Maggie e a ajuda a sair do carro. — Faça isso e eu vou andar com Maggie rapidinho. Depois vou pegar suas malas. Eu aceno e começo a mandar a mensagem para meu pai. Pete faz barulhos de beijinhos para Maggie, até que ela o segue. Eu: Estamos aqui! Pai: Você está no seu apartamento? Está tudo bem? Não quero mentir. Eu: Não, eu estou na casa do Pete. Eu vou passar um tempo com a família. Pai: São 11:30 da noite, Reagan. Eu: Pai, está tudo bem. Pai: Eu preciso ir até ai e matar aquele garoto? Eu: Hoje não. Pai: Me avise quando eu precisar. Eu dou risada. Eu: Ok. Pai: Me mande uma mensagem amanhã pra me dizer que está viva. Eu: Te amo!

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Pai: Também te amo. Pete abre a minha porta e inclina-se sobre os cotovelos na porta. — Oi, — ele diz. — Está pronta para subir? Eu sorrio. Não consigo evitar. Movo-me para sair, mas Pete me bloqueia. — Você sabe que eu não tenho nenhuma expectativa sobre esta noite, certo? —, ele pergunta. — Eu sei. — Eu sei. Ele nunca me faria fazer qualquer coisa que não queira fazer. — Eu ainda posso ficar? Ele me puxa do carro e vai para o porta-malas para pegar minha mala. Mas é uma mala enorme. Eu estava indo para casa, afinal. — Apenas esta, — Eu digo, pegando minha bolsa de cosméticos. — Eu posso pegar o resto quando eu for para casa amanhã. Não há necessidade de arrastá-la até o elevador. Ele ri. — Você é mimada, não é? —, ele pergunta. — O que você quer dizer? — Não entendo. Ele coloca a minha bolsa no ombro, junto com sua mochila e pega minha mão. — Estamos no 4º andar. E sem elevador. — Oh. Eu sou durona. Eu posso aguentar. Ele mexe meus dedos em direção de seu prédio. — Tem certeza que você vai ficar bem com todos os meus irmãos? —, pergunta. Ele parece mais desconfortável do que nunca. — Pare de se preocupar —, eu digo. — Eu não sou feita de vidro, Pete. Este lugar não é nada como de onde eu vim e eu pulo quando alguém passa por nós. Ele me puxa para o seu lado. — Te peguei —, ele diz calmamente. Mas ele tem certeza, e eu me sinto completamente segura com ele. Há grafite na parede do prédio dele, e eu paro para olhar para ele. — Venha, — ele diz. — Eu quero que conheça minha família. Subimos quatro lances de escadas e passamos por um longo corredor. Pete gira a maçaneta e move as mãos para que eu o acompanhe para a sala. Eu faço, com a Maggie a seguir e imediatamente ouço a TV. Há homens empilhados como talos de madeira por todo o lado. Alguém aperta o botão de "pausa" na TV, e todo mundo se vira para olhar para nós. — Oi, — Pete diz. Ele coloca minha bolsa no chão ao lado dele e caminhamos juntos para a sala. Os homens se levantam e o maior deles caminha em direção a nós. — Não pensei que ia voltar até mais tarde, — ele diz. Ele me olha de cima a baixo, mas não de um modo assustador. — Quem é a sua amiga? —, pergunta. Ele ergue a mão para eu apertar, e eu a pego. — Eu sou Paul, — ele diz. Ele é enorme, e ele tem ainda mais tatuagens do que Pete. Há um outro cara atrás dele. Ele é magro e tem um longo cabelo loiro que está preso para trás com um elástico na nuca. — Matt —, ele diz enquanto ergue sua mão para o aperto. Então eu avisto um cara e uma garota sentados no sofá. Ela é a loira que eu vi na prisão, e ela me olha com o olhar de um negociante de antiguidades, como se ela estivesse à procura de todas as minhas imperfeições. — Emily —, ela diz com um aceno. — Logan — , ela diz, enquanto tapeia Logan no peito. Ele estende a mão, e eu a pego.

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Mas há mais um, e minha respiração prende na garganta quando ele sai por trás do Logan. Ele parece muito com o Pete. Ele tem que ser o Sam. Eu olho de Pete para Sam e para Pete de volta. — Eu sou o bonito —, diz Sam. Ele se aproxima como se ele quisesse me abraçar, mas eu recuo. Não consigo evitar. Eu cheguei longe, mas não tão longe. — É um prazer conhecê-la, — ele diz com um aceno de cabeça. Estendo a minha mão, e ao invés de sacudi-la, ele a leva à boca. Seu curto bigode faz cócegas na palma da minha mão. Eu torço meus dedos fora do seu aperto e Pete olha para ele. — Tire a porra das suas mãos da minha garota, — ele rosna. Mas então ele abre os braços, e Sam cai neles. Eles se abraçam como homens fazem, com muitos tapas nas costas e sussurros. — Estou feliz que esteja aqui —, diz Pete. — Você chamou. Eu vim. Como um bom irmão mais velho. — Oito minutos, — Pete rosna divertidamente. Ele deixa cair um braço ao redor de meus ombros. — Ele nasceu oito minutos antes de mim e acha que é a merda só porque ele é mais velho. Ele tosse em seu punho. — Desculpe-me. Eu sou a merda. — Ele sorri. Ele parece tanto com Pete que é quase perturbador. — Acho que vocês dois são merdas —, Paul diz enquanto ele vai para a geladeira e pega uma cerveja. — Você quer algo para beber? — Pete me pergunta tranquilamente. Eu balanço a cabeça. Ele segura meu rosto com as mãos. — Você parece um pouco cansada. Você quer ir para a cama? Eu confirmo com a cabeça. — Nós provavelmente deveríamos. Ele sorri. Eu acho que ele gosta da parte do nós. — Você acha que estaria tudo bem se eu tomar um banho primeiro? — Pergunto. Eu estive no carro por horas, e sinto-me meio suja. Eu gostaria de estar limpa quando eu me deitar abraçada nua com Pete pela primeira vez. Ele acena e me leva em direção ao banheiro, onde ele acende a luz. Ele tira toalhas e as coloca no balcão para mim. — Você precisa de alguma ajuda para tirar a roupa? —, pergunta. Ele levanta e abaixa as sobrancelhas para mim divertidamente. — Sim —, eu digo e fecho a porta atrás de nós.

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Merda. Ela disse sim. Ela empurra a porta fechada atrás de mim e eu congelo. Eu quero ir até ela, mas minha família está à cerca de três metros de nós do outro lado da porta. — Você precisa de algum shampoo ou algo assim? — Pergunto novamente. Chego por trás dela e puxo a cortina do chuveiro. Há ainda coisas com cheiro de mulher ali de quando Emily morava conosco. — Eu gosto da sua família —, diz ela, e em seguida, enrola os braços na minha cintura. Ela deita a cabeça no meu peito e me acaricia com o nariz dela, meu coração derrete, como acontece toda vez que ela me toca. — Estou feliz. — Seguro-a mais perto. Eu estava um pouco preocupado que eles iriam assustá-la. É muita testosterona em um cômodo. Felizmente, Emily estava aqui também. Finalmente, ela se afasta de mim. — Ok —, ela respira. — Você pode ir. — Ela me expulsa em direção à porta com um movimento de suas mãos. Eu beijo-a, demorando um pouco demais em seus lábios, mas ela não se afasta de mim. Eu gemo, me afasto dela e ajusto meu pau. Eu escorrego para fora da porta e fechoa atrás de mim, então ouço o clique da tranca atrás de mim. Eu inclino minha cabeça contra a porta e respiro por um minuto. Mas então eu me viro e vejo o Sam parado ali. — Ela é quem eu acho que é? —, ele pergunta tranquilamente. Ele tem o ombro encostado contra a parede e os pés cruzados. — Quem você acha que é? — Pergunto enquanto caminho até o armário e tiro lençóis limpos para colocar sobre a cama de casal no antigo quarto do Logan.

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— Essa é aquela garota daquela noite, — ele diz calmamente. Ele obviamente não quer que mais ninguém o escute. Eu pedi aos meus irmãos para ficarem de olho nela. Claro que ele sabe quem ela é. Paul ou Matt teriam lhe dito. Eu confirmo com a cabeça. Ele me segue até o quarto e me ajuda a tirar a roupa de cama e começamos a colocar os lençóis limpos. — Como você acabou ficando com ela? —, ele pergunta. — Ela veio me procurar quando eu saí, — Eu digo. Não consigo explicar melhor que isso. Ela é a razão pela qual que eu estava no acampamento, afinal. É verdade. — Você gosta dela? —, ele pergunta enquanto coloca em um canto do lençol. Eu aceno. — Muito —, admito. — Uh oh, — ele expira. Suas sobrancelhas arqueiam. — Você está apaixonado por ela. Eu aceno e um sorriso rouba meu rosto. — Muito —, repito. Maggie entra no quarto e deita-se aos meus pés. — Cachorro fofo —, ele diz. — Ela é uma assassina treinada, — Eu digo. Ele ri. — Conta outra. — Tente chegar perto da Reagan e veja o que acontece, — aviso. Não estou brincando. Esse cachorro quase me fez mijar nas calças naquela noite. — Eu prefiro não, — ele diz. — Então, você está bem? —, ele pergunta. — Eu sinto muito —, eu deixo escapar. Ele olha, chocado. — Pelo quê? — Sua testa enruga. — Por te ignorar. Por não responder suas cartas. Por ficar bravo com você quando eu te disse para ir. A boca dele cai aberta, como se ele não soubesse o que dizer em seguida. — Eu devia ter ficado. — Eu queria que você ficasse. — Eu solto em uma respiração profunda. — Eu estava com ciúmes —, admito. Dói como o inferno, mas é a verdade. — Você foi para a faculdade e começou a viver o sonho. E eu não estava lá. — Nós nunca estivemos separados antes disso. Ele se senta na borda da cama. — Fomos muito idiotas em trabalhar com Bone, quando sabíamos que era errado. Eu confirmo. — Muito idiotas. — Nós deveríamos saber, — diz ele. — Sim. — Sento-me ao lado dele. — Você quer beijar e fazer as pazes agora? —, diz ele, sorrindo. Eu me aproximo e o abraço, batendo-lhe na cama no processo, e ele envolve seus braços em volta de mim. Seu abraço rapidamente se torna uma luta livre, e ele me prende por um minuto nos lençóis. Mas estamos praticamente empatados. Eu escapo fora de seu

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domínio e viro-o, e é a minha vez de ficar por cima. Ele faz um barulho porque ele sabe que eu o tenho e então ele me vira para baixo de sua cabeça. Eu vivo pra essa merda, mas então eu escuto Maggie. Sam congela em cima de mim e olha para baixo. Merda. Maggie tem os dentes à mostra para ele, e ela está rangendo-os. — É melhor você me deixar levantar, — eu aviso. — Ela vai me morder? —, ele pergunta. — Porra, eu não sei. — Ele levanta as mãos e se move para o outro lado do quarto. Maggie pula para a cama, fica entre mim e ele e rosna. — Mags —, digo, exatamente como Reagan falaria. Maggie se vira e desliza a cabeça sob a minha mão. Um riso brota em minha garganta. — Agora essa merda é engraçada, — Eu digo. Sam não concorda, sua expressão é uma indicação. — Você trapaceou com a porra de um cachorro —, diz ele. Mas um sorriso aparece em seu rosto. Eu coço Maggie atrás das orelhas. Ela me ama. Já. — Está tudo bem, menina —, digo a ela. Ela acaricia a minha mão, os olhos dela indo e voltando entre mim e o Sam. — Ela consegue nos diferenciar. Isso não é uma merda? —Pergunto. Sam sai do quarto e eu sigo com Maggie nos meus calcanhares. Sento-me no sofá, e ela cai aos meus pés e deita a cabeça em suas patas. Eles ainda têm o filme desligado e posso dizer que estão esperando para grelhar-me. — Vocês dois fizeram as pazes? — Paul pergunta, enquanto ele cruza um pé sobre a perna. Ele está tentando ser casual sobre isso, mas nós dois sabemos que não há nada de casual quando ele está falando sério. E ele está falando sério sobre isso. — Nós tentamos, mas então Pete atiçou o cão para mim, — Sam lamenta. Ele se senta no braço do sofá. Emily está no colo do Logan na poltrona e Matt e Paul estão no outro sofá. — Quem é a garota? — Paul pergunta, apontando o polegar em direção ao banheiro. Olho em direção a ele, e minhas entranhas ficam macias só de pensar nela. — O nome dela é Reagan. Você não se importa se ela passar a noite, não é? Sam levanta a mão, como se um professor estivesse o chamando na sala de aula. — Ela pode dormir no meu quarto. Jogo um travesseiro na cabeça dele, mas ele desvia e passa por ele. — É essa a tal Reagan? — Matt pergunta. Ele pega uma lata de nozes na mesa de café e coloca um punhado na boca dele. — Sim —, eu respondo. — Mas não falem sobre isso com ela, tá? — Todos sabem sobre o estupro. — E não ajam como se tivessem pena dela quando ela estiver por aqui, tudo bem? Ela é reservada sobre essas coisas. — Não tenho pena dela —, diz Emily. — Eu a admiro muito. — Ela rouba as nozes de Matt rastejando em seu colo e roubando de suas mãos. Ele bate em seus dedos, mas ele está brincando. Ela ama a Emily. Todos nós amamos. — Bem, eu acho que eu a amo pra caralho, então sejam bonzinhos. Meus irmãos congelam. Todos menos Sam, e ele está ocupado tentando roubar a lata de nozes de Emily. Ela bate na cabeça dele com a lata, e ele desiste, amuado.

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— Você a ama? — Paul pergunta calmamente. Eu não consigo esconder meu sorriso. — Sim. — Ele tem a doença da vagina —, diz Sam. — Você sabe, aquela em que você consegue uma e não consegue para de pensar em ter de novo. Lanço outro travesseiro na cabeça dele. — Nós ainda não fizemos. — Eu digo calmamente. Olho em direção a porta. Não quero que ela me ouça. — Não? — Matt pergunta. Ele caminha para perto e senta perto da cabeça de Emily, que ainda está no colo de Logan, e rouba as nozes de volta. Ela se contorce embaixo dele e finalmente desiste. Ele segura uma castanha para ela, e ela abre a boca como um filhote de passarinho, então ele pode jogá-la. Em seguida, ele sai de cima dela. — Não. — Deus, eles são curiosos. — Ela tem um apartamento na cidade, mais perto de onde a Emily mora. — Ah, então nós podemos deixá-la em casa, — Emily silva. Mas ela já está perturbando Matt pela lata de nozes de novo. Ele a prende no sofá com o cotovelo e come enquanto se recusar a soltá-la. — Logan! — ela lamenta, mas ela está rindo. Logan apenas sorri. Ela entrou sozinha nessa bagunça; Ela pode sair sozinha. — Quero que ela fique aqui —, eu digo, balançando a cabeça para Emily. Matt deixa ela se levantar, e ela se inclina contra ele com a cabeça no seu ombro. Ele gosta de acarinhar ela. Ela é como uma irmã para todos nós, e espero que Reagan se encaixe assim como Emily um dia. Mas eu realmente não consigo imaginar ela lutando com eles como Emily faz. — O que aconteceu com seu olho? — Paul pergunta. Meu olho está ainda um pouco roxo de quando ela me bateu. — Reagan me bateu —, eu admito. Logan sorri. — Case com ela —, Logan diz. — Case com ela imediatamente. Eu aceno. — Acho que eu posso fazer isso, — Eu digo calmamente. Vejo seus rostos. Todos olham para mim, e então Logan começa a rir. Ele levanta-se e bate na minha mão. — Graças a Deus, — ele diz. — Pensei que Emily seria a única garota por aqui para sempre. — Emily não é uma garota —, diz Matt, fazendo caretas no pensamento disso. Ela lança-o um olhar irritado. Mas ela não é uma menina. Não para qualquer um de nós. — Então, vocês serão legais com ela, certo? — Pergunto. — Dã —, Sam diz brincalhão enquanto ele entra na cozinha e pega uma cerveja. Ele traz uma para mim, mas eu balanço a cabeça. Eu vou ter a Reagan nos meus braços pela primeira vez esta noite, e eu quero manter minha cabeça firme. Ouço a porta do banheiro abrir e levanto-me. Reagan caminha para ficar ao meu lado e sussurra, — Qual quarto é o nosso? — O cabelo dela está solto e úmido, pendurado para baixo sobre os ombros. Seu rosto está livre de maquiagem, e ela tem um cheiro tão bom que eu quero lambê-la. Ajusto meu pau e Matt ri em silêncio. Eu faço uma careta para ele, e ele acena em direção ao quarto. É um aviso sutil, mas eu o pego. — Foi um prazer conhecê-la, Reagan, — ele diz.

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— Você também, — ela diz de volta, mas eu já estou levando-a para nosso quarto. Espero por Maggie entrar no quarto com a gente e depois fecho e tranco a porta. Ela olha ao redor. — Estou nervosa —, ela diz rapidamente. Ela coloca sua bolsa no chão e noto que ela está vestindo as roupas que usava antes. — Precisa de algo para dormir? — Pergunto. Ela balança a cabeça e sorri timidamente para mim, evitando meu olhar. — Pode se virar por um segundo? —, pergunta. Eu sorrio, e me faz tão feliz que tenha pedido. Ouço um sussurro de roupas e lençóis atrás de mim, e eu olho para trás para encontrá-la deslizando entre os lençóis da cama que compartilharemos. E ela está totalmente, completamente nua. — O que você está fazendo? — Pergunto. — Indo para a cama —, diz ela, olhando para mim como se eu tivesse perdido a cabeça. Ela rola para o lado dela e descansa a cabeça na palma de sua mão, seu cotovelo apontado para a cabeceira da cama. Ela massageia o espaço ao lado dela. — Você vem? A voz dela é trêmula, então eu sei que ela não está tão bem como ela quer que eu pense. Aponto para o volume que seu corpo deixa debaixo das cobertas. — Você está nua ai em baixo? — Pergunto. Não sei se aguento dormir ao lado dela nua. Eu sei que eu pedi a ela experimentar. Mas não tenho certeza de que meus nervos podem aguentar. Ela levanta a ponta do cobertor e olha para baixo. — Ainda estou de calcinha, — ela sussurra. Jesus Cristo. Corro a mão pelo meu cabelo. — Ok —, eu digo lentamente. Tiro meus sapatos e sento na borda da cama para tirar minhas meias. Em seguida, empurro o meu jeans fora rapidamente e puxo minha camisa pela minha cabeça. Eu deslizo entre os lençóis de cueca, tentando ficar virado para longe dela para ela não ver o quanto meu pau está duro. A última coisa que quero fazer é assustá-la. Eu sinto a ponta dos seus dedos no meu braço e solto uma respiração. — Jesus, — Eu digo. Os dedos dela ainda lá. — O que está errado? —, ela pergunta. — Nada, — eu solto. Ela senta-se. — Tem certeza? — Ela agarra as cobertas no peito dela. — Sim, — eu mordo para fora. Os dedos dela começam a rastrear minhas tatuagens, outra vez. — Você acha que poderia me fazer uma tatuagem? —, pergunta. Finalmente, um assunto seguro. — O que você quer? — Pergunto. Eu me viro para encará-la. Ela dá de ombros. — Não sei. Eu rolo em direção a mesa de cabeceira e abro a gaveta. Este costumava ser o quarto do Logan e ele é um artista, então há uma gaveta cheia de canetas e marcadores. Eu pego alguns e coloco-os na cama. — Vire-se —, eu digo. — Porquê? — Sua testa enruga.

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— Apenas confie em mim, — Eu digo, e proponho para que ela se vire novamente. Ela faz, olhando para mim por cima do ombro enquanto ela se move para deitar em seu estômago. O cobertor é está levantado quase até os ombros dela. — Eu posso puxar isto um pouco para baixo? — Pergunto. Ela assente e enrola o braço em volta do travesseiro, então descansa o rosto nele. Ela sorri suavemente. — Tudo bem, — ela diz calmamente. Suas respirações são mais duras, embora. E ela tem arrepios em seus braços e na parte de trás do pescoço. Eu destampo uma caneta e toco em suas costas, desenhando um pequeno rápido desenho de uma borboleta. — Podemos fazer uma borboleta como esta. Ela olha para trás, rolando um pouco para ver o que eu desenhei, e vejo a lateral do seu seio nu. Deus do céu. Eu esfrego uma mão pelo meu rosto. — Eu gostei, mas eu estava pensando em uma mais delicada, com galhos. Talvez no meu lado. — Ela empurra os cobertores mais para baixo e eu posso ver as curvas em cima de sua bunda e o elástico da sua calcinha. — Você quer espinhos? — Pergunto enquanto eu começo a desenhar. Ela balança a cabeça, rindo quando eu mudo o meu caminho até o lado dela. — Isso faz cócegas —, ela ri. — Qualquer coisa que você queira, teremos o Logan para desenhá-lo, por isso vai ficar espetacular. Então eu posso pintar você. — Eu desenho galhos por toda a lateral dela e em seguida coloco uma flor na lateral do peito dela que eu consigo ver. Eu sou um cara. Eu não posso evitar tocá-lo. Está lá. Eu quero. — Vire só um pouco, — Eu digo, e eu doulhe uma cutucada. — Porquê? —, ela pergunta. Mas ela já está cobrindo seus seios com as mãos enquanto ela se vira. Eu reorganizo a ponta dos dedos sobre o seio esquerdo para que eu possa terminar meu desenho. Acho que pego um relance de seu mamilo, e eu me perco em uma respiração. — Tão bonita —, eu respiro. — Posso ver? —, ela pergunta calmamente. — Não até eu terminar. — Ela relaxa enquanto eu continuo desenhando em seu estômago. Mas ela continua na posição, então eu a cutuco novamente para que se vire de volta. — Nós poderíamos lhe dar um selo de vagabunda, — Eu digo. — O que é isso? — Ela ri. — Uma tatuagem bem em cima da sua bunda. Elas costumavam ser muito popular. — Começo a escrever algumas palavras em cima da bunda dela, e o elástico da sua calcinha fica no meu caminho. — Eu posso puxar isso um pouco para baixo? — Pergunto quietamente. Eu estou entrando em território perigoso, e eu sei disso. — Sim, — ela respira. Não é nada mais do que um sopro de ar, mas parece uma buzina de ar. Dobro a calcinha para baixo então eu posso ver os topos das suas nádegas. Sorrio enquanto eu desenho. Eu amo que ela confie em mim assim. — Você definitivamente precisa de uma tatuagem aqui, — Eu digo. Esfrego meus quadris contra o colchão, tentando ajustar e diminuir um pouco da dor nas minhas bolas. Não funciona.

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Dou-lhe minha camisa para cobrir seus peitos porque não suporto olhar para eles redondos em torno de seus dedos quando ela se vira. Estou muito longe. Eu gentilmente a viro e coloco a camisa sobre seus seios para ver sua barriga. É lisa, e seus quadris são curvados. Eu puxo sua calcinha um pouco para baixo para que eu possa desenhar ao lado de seu quadril. — Você pode tirá-la, — ela sussurra. Suas palavras são suaves, mas pesadas. Eles caem em meus ouvidos como barulhos de um trovão. Estou de joelhos entre suas pernas inclinadas, e eu olho para o rosto dela. — Tem certeza? — Pergunto. Não pude deixar de lembrar da última vez que eu a ajudei com a calcinha dela, mas eu empurro aquelas memórias para longe e eu beijo o interior da coxa dela antes de eu puxar a calcinha para baixo de suas pernas e atirá-la para o lado. Eu desenho pelo seu quadril, mas mantenho os cobertores agrupados na área onde não estou trabalhando. Eu beijo o umbigo dela e mergulho minha língua lá dentro. Ela se contorce e solto uma respiração. — Nós deveríamos colocar um piercing aqui em você, — Eu digo. — Você tem a barriga perfeita para isso. — Onde mais você colocaria um piercing em mim? —, ela pergunta. Sua voz está tremendo, e eu amo isso. Ela está tão excitada que ela balança seus quadris para cima em direção a minha cara enquanto eu desenho por cima dos seus cabelos encaracolados curtos, aqueles que cobrem seu monte. Eu puxo os cobertores para baixo e peneiro os meus dedos pelo seu cabelo e mergulho para o vinco molhado. — Aqui —, eu digo. — Aí? —, ela respira, mas ela se contorce contra minha mão, então eu empurro um pouco mais forte. E muito suavemente espalho suas pernas e deito entre elas, colocando minhas canetas ao lado. — Terminou de me tatuar? —, ela pergunta. Ela está respirando como se tivesse acabado de correr um quilômetro em cinco minutos. — Posso te beijar? — Pergunto. Não quero fazer nada que ela não queira. — Você teria que vir aqui em cima para isso —, diz ela. Eu dedilho meu polegar em seu clitóris, espalhando sua abertura para ver o que estou fazendo. — Não —, digo. — Eu quis dizer aqui em baixo. Ela assobia uma respiração. — Você quer? —, ela pergunta. Ela ajusta os travesseiros atrás dela para que ela se sente um pouco mais e ergue os braços atrás da cabeça para que ela possa me assistir. Eu dou risada. — Oh sim, eu quero, — digo. O clitóris dela está todo inchado, e eu empurro o capô de volta com meu polegar. Eu me inclino para baixo e lambo através dele. Quero deslizar meu dedo dentro dela, mas tenho medo de que ela não esteja pronta para isso. Tenho medo de tudo quando se trata dela porque não quero estragar isso. — Eu quero te lamber até você gozar na minha cara, — Eu digo. Ela geme quando minha cabeça mergulha e eu chupo o clitóris dela. Os joelhos dela levantam para que ela possa se chocar contra minha boca. Olho para cima de onde estou trabalhando nela, e ela desenha seu lábio inferior entre os dentes, quando fecha os olhos. — Pete —, ela chora. Eu aceno, e eu continuo chupando. Ela está tão molhada e eu a tenho espalhada aberta e ela confia em mim e isso é a coisa mais perfeita que eu já fiz na minha vida. — Pete —, ela diz novamente. Seus dedos deslizam no meu cabelo, e ela me empurra um pouco para a esquerda. Eu paro meu aperto em seu clitóris e me movo. Ela

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grita quando eu a tranco novamente, e ela empurra minha cabeça, movendo-me para mais perto dela. Eu murmuro contra o clitóris dela, e ela grita, sua respiração irregular e instável. "Pete", ela diz novamente. — Pete, Pete, Pete, Pete, — ela grita. Seus olhos se fecham e a cabeça dela cai para trás, e então ela quebra. Eu aguento e entrelaço meus dedos através dos dela quando ela tenta empurrar a minha cabeça fora. Eu torno minha língua gentil, e ela relaxa, seu corpo pulsando enquanto ela faz isso. Ela goza na minha cara, e eu amo tudo sobre isso. Ela treme e estremece e aqueles barulhos que ela faz me deixam louco. Ela empurra minha testa e sussurra, — Não aguento mais. Por favor, Pete. — Ela ainda está tremendo embora, e a empurro até o fim disso. Quando ela finalmente termina, eu abro-a com meus polegares e lambo-a de cima para baixo, várias vezes. Ela está tão molhada, tem um gosto tão bom e ainda tem esses pequenos tremores que palpitam através dela. Eu limpo o meu rosto na sua coxa e rastejo acima por seu corpo. — Oh meu Deus, — ela geme. O corpo dela é macio e solto debaixo de mim. Beijo-a, e espero que ela possa sentir o quão feliz ela me fez. Ela levanta a cabeça. — Você faz alguma coisa que não seja épica? — Ela ri. É um som feliz, e eu quero fazê-la rir de novo e de novo. — Eu sou excepcional —, eu digo. Beijo-a, puxando seu lábio inferior entre meus dentes. Estou duro contra a barriga dela, e eu temo que isto irá assustá-la. — E você, Pete? — ela diz. Ela desce a mão pela minha barriga e desliza seus dedos tentadores por baixo de minha cintura, seus olhos estão arregalados quando ela envolve seus dedos em volta de mim e me segura firmemente. Enterro meu rosto no pescoço dela. Eu só vou deixá-la tocar-me por um segundo. Mas um segundo é o suficiente. — Merda, — Eu gemo enquanto minhas bolas rastejam em direção a meu corpo, e eu derramo em sua mão. Sua mão continua por um segundo, mas os olhos dela fecham quando ela faz um som feliz e me prende mais apertado. Eu empurro em seu punho, que agora está molhado com o produto de nós. Ela não solta. A mão dela é apertada e certa. Ela rola o dedo ao redor da cabeça com cada impulso de meus quadris. Ela está me tocando, e eu olho para baixo entre nós e vejo que eu fiz uma bagunça horrível na barriga dela. Eu paro e olho para o rosto dela. Ela está rindo. Não acho que eu já a vi parecer tão feliz. Ela me embrulha com a mão limpa e aperta-me apertado contra ela. A outra está presa entre nós, e ela ainda está segurando meu pau. Eu puxo meus quadris para trás, tentando deslizar fora de seu punho e assobio quando ela me aperta mais apertado. Eu jogo a camisa que está seus peitos para o lado e deito minha testa contra sua pele nua, tentando recuperar o fôlego. — Me desculpe —, eu digo. Não quis fazer isso. Ela pega meu rosto em suas mãos e levanta-o para que possa olhar para ela. Ela está sorrindo. — Está brincando? —, ela ri. — Foi incrível. — Sim, meio que foi —, eu digo. A beijo. Não consigo parar. Eu tenho que continuar. — Estamos uma bagunça —, aviso. — Não me importo. — Ela ri, e eu nunca, nunca ouvi um som mais feliz. — Você está bem? — Pergunto. E se ela está delirando do estresse disso? Ela deita a cabeça dela contra o travesseiro, o peito dela tremendo com o riso. — Acho que gozei na sua cara —, ela diz. Ela ri novamente. Eu dou risada também. Não consigo evitar. É contagiosa — a felicidade dela. Ela está muito feliz. E eu também.

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Eu acordo nos braços de Pete, os nossos membros nus entrelaçados. Pete tinha tirado a cueca e a usou para limpar a bagunça entre nós, e em seguida, ele deslizou para a cama nu, assim como eu. Ele me puxou contra seu peito e beijou minha testa, murmurando baixinho pra mim, sobre o quão incrível aquilo foi. Eu não acho que foi tão incrível para ele como foi para mim. Ele teve que trabalhar para me satisfazer, e tudo que eu tive que fazer foi tocá-lo muito rapidamente. Eu sorrio contra meu travesseiro ao pensar nisso. Perfeito. Isso é o que era. Perfeito. Ele mexe quando eu começo a mover-me, e os seus braços procuram por mim. Mas agora eu sei o que me acordou. Maggie está vomitando ao lado da cama, e eu preciso me levantar. Eu vou ter que ligar para o veterinário. Isso não é normal dela. Nem um pouco. Acho que posso esperar até o sol nascer. Eu olho para o relógio na mesa de cabeceira e ainda não é de manhã. — Eu volto já —, sussurro para Pete. Ele rola em seu travesseiro, e eu nem tenho certeza de que ele está acordado. Ele faz um som baixo, mas está mais para um murmúrio. Eu puxo a camisa de Pete sobre a minha cabeça e deslizo em meus jeans. Então eu enfio os meus pés nos tênis de Pete. Ele não vai se importar. Eu não estou usando calcinha e sutiã, mas eu só preciso ir ao banheiro e encontrar algo para limpar a bagunça de Maggie. Eu acaricio a cabeça dela por um segundo, e ela olha para mim como se estivesse arrependida. O corredor está escuro quando eu saio, e levo um minuto para me orientar. Eu volto, limpo o chão e vou fazer xixi bem rápido, mas depois eu vejo Maggie parada na porta da frente, arranhando-a. Ela precisa sair. Está no meio da noite, e nós não estamos em uma boa parte da cidade. — Oh, Mags, — digo. — Não dá pra esperar? —Eu jogo minha cabeça para trás e gemo. Acho que eu poderia acordar o Pete. Eu realmente não quero descer sozinha. Então, novamente, eu terei Maggie comigo.

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Papéis farfalham na mesa da cozinha, e eu salto. Um dos irmãos está sentado lá, e ele fecha um livro em frente de si mesmo. É aquele com o com o rabo de cavalo - Matt? Ele coloca sua caneta para baixo e diz baixinho: — Ela precisa sair? — Ele se levanta e pega seus sapatos. — Vou levá-la. — Ele desliza os pés nos sapatos e caminha em direção a mim. — Você não tem que ir, não quero te incomodar —, eu digo. Dou um passo para trás, e Maggie rosna para ele. Ele levanta as mãos ao lado. — Mags — Eu repreendo. Ela enterra a cabeça na minha mão e corre de volta para a porta, onde ela arranha. — Eu só vou levá-la muito rápido —, eu digo. Eu volto para o nosso quarto, pego a coleira de Maggie e a prendo em seu colar. Abro a porta e saio, mas antes que eu possa fechá-la, Matt se junta a mim. — Você realmente não tem que ir —, eu digo. Ele coloca as mãos nos bolsos e passa por mim, abrindo a porta para a escada. Ele não diz uma palavra. Ele só desce conosco e sai para a rua, onde ele nos leva para uma área com um pouco de grama e árvores. É pequena, mas vai servir. Maggie imediatamente faz o que tinha que fazer e volta a andar círculos em torno de minhas pernas. — Tudo feito? —, Ele pergunta. Ele escova o cabelo para trás, porque alguns estão caindo fora do elástico na parte de trás do seu pescoço. Ele realmente se parece muito com Pete, mas ele é magro e alto. Ele não é tão largo como Pete, mas ele é resistente e posso dizer que ele é forte. Ele não é nem um pouco ameaçador, e o fato de ele não ser me surpreende. Homens costumam me assustar muito. — Sim —, eu digo, e começamos a voltar para o apartamento. A cidade não está dormindo. Duvido que alguma vez durma, e alguns homens caminham por nós usando bonés de malha e camisas de futebol. Eu recuo e dou um passo até Matt. Ele coloca as mãos nos meus ombros e diz: — Cuidado. — Ele aperta meus ombros suavemente, em seguida, dá um passo para trás. Ele segura o portão, e eu deslizo por ele sem tocá-lo. Mas, no fundo da minha mente, eu estou lamentando o fato de que ele não fez minha pele arrepiar. — Você está bem? —, Ele pergunta quando começamos a subir as escadas. Confirmo com a cabeça. Mas eu tenho esse nó na garganta. Tenho oficialmente três homens em minha vida agora que não me assustam. Meu pai, Pete, e este homem que eu não conheço. E o fato de eu não o conhecer, porém me sentir bem com ele me tocando, me espanta. — Obrigado por ir comigo —, eu digo. — Eu não podia deixar a namorada do Pete sair no escuro sozinha. Ele nunca me perdoaria. — Minha barriga vira com sua escolha de palavras. Namorada do Pete. — Eu deveria ter apenas o acordado. Eu não acho que ele se importaria. Ele bufa. — Você nunca viu Pete de manhã, não é? Eu acho que não. Não quando ele acaba de levantar da cama. — Não —, eu admito. Mas até essa noite, ele nunca tinha gozado na minha mão, ou, então, eu acho que estou aprendendo todos os tipos de coisas sobre ele, como ele aparenta pela manhã é apenas uma delas. Chegamos ao meio da escada e eu percebo que Maggie não está com a gente. Larguei a coleira depois que entramos pela porta, porque ela sempre segue tão de perto. Eu olho para baixo e a vejo no segundo andar, deitada no chão ofegante. — Mags —, digo. Eu ando em direção a ela e ela se arrasta. Mas ela está instável, e se recusa a subir as escadas.

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— Ela me deixaria carregá-la? — Matt pergunta. Duvido. Eu posso levá-la sozinha, mas antes que eu possa dizer isso, ele vai até ela e a deixa cheirar sua mão. Ele passa mão na cabeça dela e para baixo no comprimento de suas costas. Então ele ergue-a nos braços e a leva pelas escadas. Ela não se queixa, e ela não tenta mordê-lo. Ele nos permite entrar no apartamento e a coloca no chão, e então ele se senta no chão e a deixa rastejar em seu colo. — Ela não costuma gostar de pessoas —, eu digo. Ele sorri. — Eles sabem quando somos inofensivos —, diz ele em voz baixa. — Você quer que eu encontre um veterinário agora à noite? —, Ele pergunta. — Eu acho que ela vai ficar bem até de manhã, não acha? — Eu nunca sei o que fazer com emergências. Eu nunca tive que lidar com uma sozinha. — Provavelmente —, ele diz. Ele levanta-se e eu percebo o quão grande ele realmente é. Ele é pelo menos tão alto quanto Pete, e ele é coberto de tatuagens assim como Pete é, mas ele é... diferente. É difícil de explicar. — Quer beber alguma coisa? —, Ele pergunta baixinho enquanto vai até a geladeira. Eu estou bem acordada, então eu poderia muito bem. Ele me traz uma garrafa de água e eu vejo-o pegar um pote de sorvete da geladeira. É chocolate com nozes e marshmallows, o meu favorito. — Quer um pouco? —, Ele sussurra, e então pega duas taças. Ele começa a colocar sorvete nelas. — Nós te acordamos? — Eu pergunto e me sento-me à mesa quando ele me dá uma tigela e uma colher. — Não. — Ele balança a cabeça. — Eu não durmo bem, às vezes, então eu me levanto e escrevo. — Ele encolhe os ombros. — Isso limpa a minha cabeça. — O que você escreve? — Eu pergunto. Ele dá de ombros novamente. — Só coisas diárias —, diz ele. — Eles me fizeram começar a fazer isso quando eles pensaram que eu ia morrer. — Ele ri, mas é um som sem humor. Eu puxo a colher fora da minha boca. Isso realmente é um bom sorvete. — Você está melhor agora, né? — Até onde eu sei —, diz ele. — Eu tenho que voltar na próxima semana para testes. — Ah. — Eu não sei o que dizer. — Posso te perguntar uma coisa? —, ele diz, e estremece enquanto pergunta. — Eu acho que sim. — O que você sente por Pete, — diz ele, — é um sentimento verdadeiro? Ou é gratidão? Eu engasgo com meu sorvete. Não vou cair. Quando eu finalmente me recupero, eu digo: — Eu não posso definir tão facilmente.

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— Tente —, diz ele. — Ele é meu irmão. Eu estou preocupado. Eu aponto a colher em direção ao meu peito. — Sobre mim? — Sim —, ele resmunga. — Meu irmãozinho está apaixonado —, ele diz. Ele sorri suavemente. — Estou feliz por ele, mas eu ainda não quero vê-lo se machucar. — Eu não quero ver isso também. — O sorvete agita no meu intestino. — Ainda estamos descobrindo as coisas. Ele sorri. — Fico feliz em ouvir isso. — Ele limpa a garganta. — Eu vi Pete com um monte de mulheres, mas nunca com nenhuma que ele olhasse como ele olha para você. Uau. Eu não sei como responder. — Apenas tenha cuidado com ele, ok? —, ele diz. Uma porta se fecha no corredor e eu ouço as rápidas batidas de pés pequenos. Uma pequena loira está no corredor e olha do canto para mim. Ela está vestindo um pijama da Tinker Bell22. — Oi —, eu digo. Eu olho para Matt, mas ele apenas ri. — Você não deveria estar acordada —, diz ele. Ele faz um gesto chamando-a e ela se instala em seu colo. — Eu acho que ela pode sentir o cheiro de sorvete a um quilômetro de distância. — Ele ri e escova seu cabelo do rosto com dedos suaves. — Ela é sua filha? — Eu pergunto. Ele ri. — Ela é filha do Paul. Ela mora aqui a cada duas semanas. Ela já estava na cama quando chegou aqui. — Ele bate os joelhos por baixo do seu bumbum e diz: — Você pode dizer a ela qual é o seu nome? — Meu nome é Hayley —, ela diz. Ela lambe os lábios e olha para a taça dele. Ele solta um suspiro e passa sua colher para ela, mas ele está sorrindo. — Hayley, esta é a Reagan. Ela é a namorada do Pete. Meu coração incha com as suas palavras. — É um prazer conhecê-la —, eu digo. Ela não olha para cima do sorvete até a colher clicar contra a tigela vazia. — É melhor você voltar para a cama antes de seu pai veja que você sumiu —, diz ele. Ele a coloca no chão e ela beija seu rosto rapidamente. Então ela corre de volta para o corredor e se arrasta lentamente para o seu quarto. — Ela é adorável, — eu digo. — Adorável não é a palavra certa para Hayley —, diz ele com uma risada. — Ela tem cinco anos, mas parece que vai fazer quinze. — Você tem filhos? — Eu pergunto. Seus olhos azuis encontraram os meus, e eles estão cheios de tristeza. — Filhos não estão nos planos para mim. Eu adoraria ter alguns, mas depois do meu tratamento, não

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Fada sininho

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há uma chance muito boa disso. — Ele escova seus cabelos para trás e os prende de volta com o elástico. — Então, eu mimo a Hayley. Paul me mataria se ele soubesse que ela estava comendo sorvete de madrugada. Eu levo minha taça e a sua até a pia e lavo-as. — Obrigada pelo sorvete. E por ajudar com a Maggie, — eu digo. — Tem uma senhora que estava na minha quimioterapia. Ela está morrendo. — Ele olha em volta como se não soubesse onde manter seus olhos. — O filho dela ligou hoje e perguntou se eu queria ir para vê-la. — Você vai? — Eu pergunto. — Eu estou com muito medo de olhar minha mortalidade na cara —, diz ele. — Poderia ser eu. — Ele tamborila seu polegar em cima da mesa, a palma da mão aberta. — Eu sou um covarde. E um amigo terrível. — Ele balança a cabeça, como um cão sacudindo a água de sua pele. Se pelo menos fosse assim tão fácil. — Você quer alguma companhia quando você for? — Eu pergunto. — Eu poderia ir com você. Seu olhar pula para o meu. — Quero dizer, eu poderia esperar na sala de espera. Ele assente. — Talvez. — Ele sorri. — Obrigado pela oferta. Ele vem para frente e agarra meu braço, apertando-o suavemente quando ele passa por mim. E eu não surto ou sinto que preciso lhe dar um soco. Talvez seja só ele. Ele parece ser um cara bom. Um dos melhores, provavelmente. Ele já passou por muita coisa. — Boa noite —, diz ele em voz baixa. — Boa noite, — eu digo. Eu cacarejo minha língua para Maggie e ela me segue para o quarto, onde eu fecho e tranco a porta. Eu tiro minhas roupas e deslizo na cama com Pete. Ele me puxa para ele imediatamente e eu rolo para frente, colocando o meu rosto contra o pouquinho de cabelo loiro neste peito. — Você está gelada —, diz ele. — Maggie precisava ir lá fora, — eu explico. Ele levanta a cabeça. — Você não saiu sozinha, não é? —, Ele pergunta. — Matt foi comigo. — Eu bocejo. — Oh, ok —, ele sussurra. Ele agarra minha perna e a puxa sobre seu quadril, e as minhas partes femininas nuas estão bem ao lado de suas partes masculinas nuas. Mas eu não estou preocupada, nem mesmo quando eu percebo que suas partes estão chegando para as minhas. Ele beija minha testa e murmura: — Volte a dormir. Eu fecho meus olhos e me aconchego nele. Ele está quieto e parado quando eu digo, — Eu te amo, Pete. — Eu também te amo —, ele diz, com a voz rouca de sono, mas clara. Eu sorrio e encontro o ponto ideal em que a minha cabeça se encaixa melhor.

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Sento-me no sofá com Maggie aos meus pés. Ela não está bem. Ela não foi capaz de se levantar esta manhã e então eu só sentei, a acariciei e falei com ela sobre Reagan. — Isso não parece bom —, diz Paul, olhando para Maggie. Ele está preocupado porque Hayley está aqui e ele não quer que ela se meta com Maggie. É difícil dizer para uma garotinha de cinco anos para deixar o cachorro sozinho. — Eu sei. Eu marquei uma consulta às nove horas —, eu digo. — Eu só preciso ir e acordar Reagan. — Ela sabe o quão ruim ela está? —, Ele pergunta. Ele está fazendo café da manhã para Hayley e ele para a cada poucos minutos para dançar em torno da cozinha com ela. — Eu duvido —, digo. — Ela estava andando por ai muito bem ontem. — É melhor você ir e acordá-la ou vocês vão se atrasar —, Paul adverte. Paul é o pontual da família. Sam começa a colocar seus sapatos. — Eu vou com vocês —, ele diz. — Você quer que eu vá também? — Matt pergunta. — Nenhum de vocês precisa ir —, eu lembro-os. — Por que você não fica aqui e faz um bolo ou algo assim, Sam? — Eu pergunto. Ela pode precisar se animar quando voltarmos. Ele dá de ombros. — Tudo bem. Mas Matt se prepara para ir conosco, e ele vem para tomar o meu lugar acariciando Maggie enquanto eu vou pegar Reagan. Eu entro no quarto e fecho a porta atrás de mim. Ela chutou as cobertas para baixo, de modo que um de seus seios estão expostos. Sua pele

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é pálida enquanto seu traje de banho a cobre, e ela tem uma marquinha de biquíni que eu quero traçar com a minha língua. Mas não agora. Sento-me ao lado da cama e dou-lhe uma agito suave. — Reagan, — digo em voz baixa. Seus olhos abrem-se lentamente e ela se estica, os lábios se espalhando em um sorriso. — Bom dia —, eu digo. Eu estou duro. Eu admito. Eu sou um cara, ela está nua e ela gozou na minha cara na noite passada. Então, sim, eu tenho que ajustar o meu pau. Essa não é a hora. — Bom dia —, ela diz, com a voz rouca de sono. — Você precisa se levantar —, eu digo. — Eu marquei uma consulta para Maggie esta manhã às nove horas no veterinário. — Ela ainda está agindo como cansada? — ela pergunta. Ela senta-se no lado da cama, segurando as cobertas sobre os seios. É pior do que ela estar cansada. Eu tenho certeza disso. — Sim. — Tudo bem —, diz ela, cobrindo um bocejo. Ela olha para as roupas dela jogadas no quarto. — Você precisa de roupas do carro? — Eu pergunto. Ela balança a cabeça. — Eu só preciso me vestir e escovar os dentes. — Eu vou dar-lhe alguns minutos, — eu digo. Mas o que eu realmente quero fazer é ficar e vê-la se vestir. E, em seguida, despi-la e fazer tudo de novo. Eu saio e Matt está com Maggie em seu colo. Ela não parece tão mal, mas ela está cansada. Eu posso dizer. Isso é grande coisa. Ela vomitou de novo e de novo ontem à noite, mais do que Reagan provavelmente está ciente. Reagan sai alguns minutos depois com o cabelo puxado em um rabo de cavalo. Ela desliza para dentro do banheiro e eu escuto-a escovar os dentes. Ela sai e eu me levanto com Maggie em meus braços. — Vou levá-la para baixo —, eu digo. — Ela pode andar, não pode? Eu balanço minha cabeça e eu vejo características de uma nuvem de preocupação de Reagan. Eu começo a ir em direção à porta e ela segue. Matt vai com a gente. Reagan sobe no banco de trás do seu carro e eu coloco Maggie no seu colo. Eu jogo as chaves para o Matt e ele dirige para que eu possa sentar-me com Reagan. Reagan murmura para seu cachorro, falando baixinho com ela sobre como ela está indo tomar algumas vitaminas e depois irão para casa. Mas eu duvido que esse vá ser o caso. Chegamos à clínica veterinária e eles nos colocam em uma sala. A veterinária entra e faz um exame rápido. Ela leva Maggie para a parte traseira para fotos e testes. Ela não tem Maggie com ela quando retorna. Ela tem o seu olhar de veterinária no rosto. — Eu sinto muito. Eu não tenho boas notícias —, diz ela em voz baixa. Reagan cobre a boca com a mão e um som escapa de seus lábios. Eu a puxo para o meu lado. Eu tinha a sensação de que isso ia acontecer. — Maggie tem quinze anos. Isso são muitos anos para sua raça.

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— Ela estava bem ontem —, Reagan protesta. — Ela não estava —, a veterinária diz, balançando a cabeça. — Ela tem uma massa em seu abdômen. É muito grande, e é tão grande que se rompeu, então ela está sangrando em sua barriga. Eu sinto muito. Reagan olha para mim, com os olhos brilhando com esperança. — Então, você tira a massa, certo? A veterinária balança a cabeça. — Eu sinto muito, mas isso não é algo que possamos corrigir. Eu recomendo que você coloque-a para dormir. — Quando? — Reagan pergunta. Ela acha que Maggie ainda tem tempo. — Agora —, ela diz. — Fazê-la esperar é desumano. Um ruído estrangulado sai da boca de Reagan e a puxo para mim, mas ela me empurra para longe e caminha para ficar no canto da sala. Ela anda para trás e para frente. Em seguida, ela para. — Não há nada que você possa fazer? —, Ela pergunta, com a voz baixa. — Eu sinto muito. Não há nada. — A veterinária está sendo o mais simpática possível. — Você quer que eu vá pegá-la para que você possa dizer adeus? Lágrimas rolam pelo rosto de Reagan e eu pego Matt limpando uma de suas próprias. Ele nem ao menos conhece a merda do cachorro e Reagan o tem chorando sobre ela. Mas esse é o Matt. — Sim, por favor —, Reagan sussurra. Poucos minutos depois, eles trazem Maggie de volta, amarrada a uma mesa, e ela está deitada lá quieta. Ela não parece nem um pouco infeliz, mas as aparências enganam. — Posso ter um minuto com ela? — Reagan pergunta. Vamos todos para o corredor e esperamos. Após cerca de cinco minutos de murmúrios atrás da porta fechada, Reagan sai e acena. Ela está pronta. A veterinária e um assistente entram na sala. — Nós vamos dar-lhe um pouco de sedativo, em seguida, nós vamos dar-lhe uma dose que vai parar o seu coração. Os olhos de Reagan estão inchados e vermelhos, e suas bochechas estão molhadas. Ela bate nelas, mas isso não importa. O técnico veterinário dá a Maggie o sedativo, e Maggie deita a cabeça para baixo. Seus olhos estão bem abertos e suas respirações são suaves. — Agora nós vamos dar-lhe a dose —, disse a veterinária adverte. Reagan coloca uma mão do lado de Maggie, mas ela não se aproxima. Ela já disse seu adeus, eu aposto. Maggie se contorce quando furam a agulha na sua pata traseira e Reagan começa a soluçar. Matt a alcança e cobre a mão dela com a sua, e eu me inclino para baixo perto da cabeça de Maggie. Maggie está lutando com isso, então eu inclino para frente e sussurro em seu ouvido. Os olhos de Maggie enlouquecem, e, em seguida, ela relaxa. Sua respiração fica lenta e depois para. Eu observo seu peito e meu estômago aperta quando eu percebo que não está se movendo. Reagan está destruída, e eu me levanto, agarro Reagan, e a puxo para mim. Ela envolve-se em meus braços e me permite absorver os seus soluços na minha camisa. Eu murmuro para ela e a abraço, e eu não sei mais o que posso fazer. Ouço Matt fazendo os arranjos para a cremação, e eles tiram a coleira de Maggie e a entregam pra Reagan antes de levarem Maggie da sala.

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Reagan soluça enquanto Maggie vai embora, e ela chora em meus braços até que se dissolva em soluços suaves. Eu só a abraço. Não há mais nada que eu possa fazer. — Está melhor agora? — Eu pergunto. Ela assente com a cabeça. — Eu pensei que nós estávamos indo apenas dar algumas vitaminas. Eu escovo o cabelo dela para trás de seu rosto. Está molhado e preso aos lábios. — Sinto muito —, eu digo. Reagan pega minha camisa em seus punhos e me segura, olhando nos meus olhos. — O que você sussurrou para ela? —, Ela pergunta. Eu tusso em meu punho porque há um caroço do tamanho de uma maçã na minha garganta. — Não importa —, eu digo. — Diga-me —, ela protesta. Eu respiro fundo e me recomponho. Eu limpo minha garganta. — Agradeci a ela por protegê-la todos estes anos e disse a ela o quanto eu apreciava isso. Mas que ela poderia ir em frente e partir porque eu protegerei você de agora em diante. Eu disse a ela que eu ia assumir de onde ela tinha deixado. Reagan cai contra mim e chora ainda mais. E Matt me passa um lenço para que eu possa secar meus olhos. Mas ele concorda com a cabeça sutilmente e bate uma mão no meu ombro. Ele aperta minha nuca com força, e eu o absorvo, porque é isso que os meus irmãos fazem por mim. Sempre. Reagan me solta e abraça Matt muito rapidamente. Ele a aperta e eu acho que eu o vejo dar um beijo perto do cabelo dela. Droga. Ela é parte da família agora. Sem dúvida.

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Pete pega as minhas chaves de Matt, que deve tê-las pego quando saímos do consultório veterinário. Eu não me queixo. Eu mal posso colocar um pé na frente do outro, muito menos dirigir. Pete desliza atrás do volante, ajusta o banco e os espelhos, e olha para mim. — Quer que eu chame seu pai para você? Eu balanço minha cabeça. — Eu posso fazer isso. — Eu preciso ligar para os meus pais. Mas eu sei que vou chorar de soluçar se eu tentar fazer isso agora. Pete olha para o relógio e xinga. — O quê? — eu pergunto. — Eu tenho que estar no centro juvenil às onze —, diz ele. Ele pega a minha mão e a aperta. — Eu vou ligar e dizer a eles que eu não posso ir. — Não —, eu protesto. Eu não quero que ele mude seus planos. Minha cadela está morta. Ele não ir ajudar esses meninos não vai trazê-la de volta. — Você deve ir. — Eu me viro e olho para Matt. — Você quer ir para o hospital e ver a sua amiga esta manhã? Ele olha nos meus olhos. — Você teve tristeza suficiente por hoje. — Seus olhos começam a vagar ao redor do carro, e eu posso dizer que ele está chateado. — Ela vai morrer, Matt —, digo em voz baixa. — Você precisa vê-la. Pete senta-se alto para que ele possa olhar para Matt no espelho retrovisor. Ele está curioso sobre o porquê de eu saber tanto sobre Matt. Eu deveria ter dito a ele que nós conversamos ontem à noite, mas eu meio que sinto como se fosse entre mim e Matt. — Quem está morrendo? — Pete pede. — Kendra —, diz ele em voz baixa.

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— Ah não, — Pete respira. Ele balança a cabeça. — Você precisa ir, Matt. Nós vamos com você. Matt solta um suspiro e aponta para mim. — Ela pode ir. Você não pode. A testa de Pete enruga. — Por que não posso ir? —, ele pergunta. — Porque você tem que ir ver os meninos no centro. — Ele olha nos meus olhos. — Podemos ir hoje? —, ele pergunta. Concordo com a cabeça. — Eu adoraria. — Vai ser melhor do que sentar por aí sentindo falta da Maggie. Nós dirigimos através da cidade e largamos Pete no centro juvenil. Ele sai, ajusta sua calça jeans, e me puxa para ele. Estamos de pé na frente do carro, e Matt senta no banco do motorista. Eu escovo a camisa de Pete. Ele tem pelos da Maggie grudado nele em alguns lugares. — Você vai ficar bem com o Matt? —, ele pergunta. — Eu não tenho que ir para a reunião. Eu posso ir com você. Eu realmente não quero deixá-la hoje. — Eu preciso de algo para fazer. — É verdade. Se eu ficar em casa, eu vou pensar em Maggie durante todo o dia. E Matt precisa fazer isso. Eu posso sentir isso no meu intestino. Além disso, Matt não me assusta. O olhar em seu rosto me faz querer abraçá-lo e segurá-lo perto. Ele está lutando, e eu sei como é isso. Pete bate no capô do carro, e Matt enfia a cabeça para fora. — Que porra que você quer? — Matt lamenta. Mas a discussão é brincalhona. Adoro a forma como eles interagem uns com os outros. — Você vai levá-la para casa depois, né? Ele encolhe os ombros. — Se lá for para onde ela quer ir. Pete alcança e enfia uma mecha de cabelo atrás da minha orelha. — Eu quero que você durma na minha cama. Borboletas voam no meu ventre. — Ok —, eu sussurro. — Você vai me fazer um favor? —, ele pergunta. Eu faria qualquer coisa por ele. — O que você precisa? — Cuide de Matt. Ele não é tão forte quanto parece. Eu discordo, porque eu aposto que ele é muito mais forte do que parece, e ele se parece com um linebacker23. — Vou ficar de olho nele. Seus lábios tocam os meus, e não é um estalinho na minha boca. Ele mergulha com tudo e me deixa saber que ele está lá. Quando eu estou sem fôlego, ele me ajeita em volta dele com um gemido, com as mãos sobre os meus ombros. — Não se esqueça de ligar para seus pais —, diz ele. Ele se afasta de mim para o centro de detenção juvenil. Eu vejo-o

23Linebacker

é a posição de defesa do futebol americano.

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caminhar, admirando seu traseiro. Ele se vira para trás e envolve suas mãos ao redor de sua boca. — Eu te amo —, ele grita. Eu balanço minha cabeça e sussurro com a boca as palavras de volta para ele. Então eu entro no carro, onde Matt está batendo no volante com os polegares cantando junto com uma canção no rádio. Ele age como se estivesse enfiando os dedos na garganta dele e faz um barulho de engasgo. — Vocês vão me fazer vomitar, se vocês continuarem com isso. — Ele sorri, apesar de tudo. Eu empurro seu ombro. — Isso não é engraçado. — Não, não vai ser nada engraçado quando eu vomitar. Eu vomitei muito durante a quimioterapia. Eu sou bom nisso. — Ele ri. Ele estende a mão e aperta meu joelho. — Ligue para o seu pai na unidade. Temos cerca de uma hora para matar. Eu pego o telefone e ligo para os meus pais, e eles me colocam no viva-voz. Eu não posso falar sobre isso por muito tempo sem quebrar. Mamãe está visivelmente chateada, e meu pai quer dirigir para a cidade para ter certeza que eu estou bem. — Eu estou bem —, eu lhes digo. — Estou saindo com a família de Pete hoje. Então, eu não estou sozinha. Meu pai grunhe. — Pai, — eu aviso. — Tudo bem —, diz ele. Eu posso dizer que ele está mordendo a língua. — Já sinto falta dela, pai —, eu digo. — Eu sei —, disse ele em voz baixa. — Ela tem estado com você há muito tempo. Eu posso ouvir mamãe chorando baixinho ao fundo. — Quem vai te proteger? —, ele pergunta. — Talvez você devesse voltar para casa. — Pai, eu estou bem. Matt sorri para mim e pisca. Eu tenho um sentimento que eu tenho todo o clã Reed para cuidar de mim, se eu pedir a eles. Eu desligo com o pai enquanto ele ainda está protestando, e eu me acomodo de volta contra o assento. Matt aumenta o rádio, e nós fazemos todo o caminho até o centro de câncer sem ele dizer muito. Em seguida, ele desliga o carro e toma uma respiração profunda. — Agora ou nunca —, diz ele. Eu saio do carro com ele e caminho para dentro. A funcionária o conhece pelo nome e o cumprimenta na recepção. — Estou aqui para ver Kendra. Ela aponta sobre o ombro de Matt, e eu vejo três crianças sentadas na sala de espera. Uma delas é mais velha, talvez dezesseis anos mais ou menos, um menino, e ele está segurando uma criança pequena em seus braços. Ela não pode ter mais do que três. E há uma jovem da idade de Hayley na cadeira ao lado deles. Ele está lendo um livro para ambas as meninas. — Seth? — Matt pergunta. O menino olha para cima, confuso. Ele coloca a menina menor no chão e se levanta. Matt estende a mão, e eles falam em voz baixa. Eu não consigo ouvi-los. Eu vou para a máquina de venda automática e pego um chiclete,

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e depois o levo de volta e ofereço para as duas pequenas um pedaço. Se há uma coisa que eu sei, é como conquistar crianças pequenas. — Não engole —, diz a menina mais velha. Ela empurra a menor no ombro. A pequena sorri. — Oops —, diz ela, e ela põe a língua para fora para que eu possa ver a boca vazia. — Oops —, repito, e eu vou pegar o livro que eles estavam lendo. — Posso ler o seu livro? — eu pergunto. Elas acenam com a cabeça e sobem em uma cadeira de cada lado de mim. — Reagan —, diz Matt. — Você vai ficar bem aqui por alguns minutos? Concordo com a cabeça e sorrio. — Posso ir? — a pequena sibila. — Não agora —, diz Seth. Ele senta-se e solta um suspiro. Ele se comporta como se fosse muito mais velho do que parece. Eu assisto enquanto Matt entra em uma sala próxima. Ele para na porta, assustado, e eu vejo sua cabeça cair. Ele caminha ao lado da cama, e quando ele se aproxima, a porta fecha-se lentamente atrás dele, deixando uma visão dele andando ao lado da cama, onde ele cai e coloca a testa no joelho da mulher. A porta fecha por conta própria, e eu não posso ver mais. — Como vão as coisas? — pergunto a Seth. — Elas estão indo —, diz ele. Ele acena para as menores, e eu vejo que elas estão nos observando de perto. Eu entendo. Ele não quer falar sobre sua mãe agora. De repente, há uma enxurrada de atividades na porta, e uma mulher entra. Ela está usando uma saia lápis e um casaco, e ela está carregando uma bolsa que provavelmente custa mais do que estas crianças comem em um ano. Ela corre para a recepção em seus saltos Louboutin24 de dez centímetros, e eles estalam contra o chão. Ela para, empurra os óculos escuros incrustados de strass para o topo da sua cabeça, empurrando os cabelos loiros para trás, e pede pelo quarto de Kendra. Ela corre para dentro, e a porta se fecha atrás dela, também. — Quem era? — eu pergunto. — Provavelmente nossa tia —, diz Seth com um encolher de ombros. — Você não sabe? Ele balança a cabeça. — Nunca a conheci. Ela não se parece nada com eles. Essas crianças têm pele escura e são, obviamente, mestiços. Ela é de origem tão branca quanto é possível com cabelos louros que caem sobre os ombros. A mulher que eu vi na cama é mestiça também.

24 Louboutin:

é um designer francês de calçados que lançou sua linha de sapatos principalmente femininos na França, em 1991. Sua marca registrada do designer é a sola vermelha.

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— Eu sei —, ele ri. — Eu não entendo também. Depois de cerca de meia hora, Matt sai com a mulher. Ele olha para mim. — Reagan —, ele começa. Ele escorrega uma mão pelo rosto e esfrega a parte de trás de sua cabeça. — Preciso de um favor. Levanto-me e caminho pelo corredor com ele. — Kendra quer que as crianças vão para casa. Ou, pelo menos as pequenas. Ela quer que Seth fique, se ele quiser. Mas a sua tia vai levar as pequenas de volta ao apartamento delas. Você acha que você poderia voltar com ela e me deixar o seu carro para que eu possa voltar para casa depois? — Você não vem com a gente? — Eu vou ficar —, diz ele. — Até o fim. Eu prometi —, ele sussurra. — Eu preciso. Ele ainda tem as chaves de mais cedo. Concordo com a cabeça. — Devo ficar com as crianças? A moça está de joelhos na frente das duas meninas, e ela está falando suavemente com elas. Elas todas levantam-se, e ela as leva pelas mãos. — Prontas? —, ela pergunta. — Eu posso ficar? — Seth pergunta. Ele olha de Matt para a tia e para trás. Sua voz de repente é profunda, e vejo-o pigarrear, tossir em seu punho. Ele quer ficar. Ele quer estar lá para a mãe dele. — É claro que você pode ficar —, diz a tia. Ela olha para Matt. — Você vai trazê-lo para casa? Depois? Matt concorda. Ele bate a mão no ombro de Seth, e Seth olha para ele, piscando forte. Eu saio com a tia e as meninas. — Meu nome é Skylar —, diz ela. — As pessoas me chamam de Sky. — Reagan —, eu digo. Ela abre as portas com a chave e diz: — Eu comprei uma cadeirinha de criança no caminho para cá, mas eu não tenho certeza de como usá-la. Eu a ajudo a instalá-la, e nós acomodamos as crianças no banco de trás de seu pequeno carro esportivo. Ela suspira pesadamente e liga o carro. — Se você quiser ficar, eu posso levar as crianças de volta comigo e tomo conta delas —, eu ofereço. — Eu não quero ficar —, diz ela secamente. — Kendra é a sua irmã? — eu pergunto. — Meia irmã —, diz ela, e ela faz um barulho na parte de trás de sua garganta. — Nós nunca tínhamos nos conhecido até hoje. Então o que diabos ela está fazendo com as crianças? — A Kendra não tem ninguém —, explica ela. — Então eles me chamaram. — Ela bufa. — Eu fui ensinada a odiá-la toda a minha vida —, diz ela tão baixo para que as crianças não consigam ouvi-la, mas eu consigo. — E agora eles querem que eu crie seus

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filhos. — Ela sacode um dedo polegar em direção à menor delas. — Eu nunca troquei uma fralda na minha vida. — Eu posso ir com você. Ela balança a cabeça. — Eu suponho que eu preciso aprender. — Você está indo para a casa delas? — eu pergunto. Ela olha para mim. — Eu acho que vai ser mais confortável lá, não é? Suas próprias camas. Seus brinquedos. — Eu posso ajudar. Ela balança a cabeça novamente. — Eles disseram que não vai ser mais do que algumas horas. Então Matt trará Seth para casa, e ele pode me ajudar. Concordo com a cabeça. — Eu posso dar conta até então. — Ela olha para as meninas no espelho retrovisor. — Quem quer sorvete? —, ela grita. — Eu! — ambas as meninas gritam. Depois de sorvete e uma rápida parada na loja para fraldas e comidas para crianças, ela para em um semáforo. — Tem certeza que você não quer que eu vá com você? — Eu realmente não me importaria. Ela balança a cabeça e puxa seus óculos escuros caros para baixo para esconder seus olhos. — Obrigado, Reagan —, diz ela. — Eu acho que eu dou conta disso. Eu não acredito nela. Nem um pouco.

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Estou preocupado com Reagan, então eu ligo para ela da Reed’s, a loja de tatuagem onde eu trabalho com meus irmãos. Já que ninguém estava em casa, eu fui trabalhar com os caras. Eu desligo o telefone e tomo uma respiração profunda. Alguém está deixando-a em cinco minutos na loja. Eu não tenho ideia do que aconteceu com Matt, mas ele tem o carro de Reagan e ela voltou para casa com um estranho. Eu particularmente não gosto disso, mas Matt não faria nada para machucá-la. Pelo menos não de propósito. Finalmente, ela entra pela porta. Eu tenho a minha pistola encostada nas costas de alguém enquanto eu desenho um esboço. Ela solta um suspiro frustrado quando ela passa através da porta. — Tudo bem? — eu pergunto. Eu não posso parar o que estou fazendo. Não agora. — Tudo bem —, diz ela. — Isso foi muito estranho. Emily está empoleirada em cima de uma mesa balançando seus pés, chupando um pirulito. Ela é tão fodidamente fofa em suas botas de combate e jeans que eu quero abraçála. — O que foi estranho? —, ela pergunta. — Aquelas crianças —, disse Reagan. — Estou preocupada com elas. Ela nos conta a história e tudo sobre a tia que nunca tinha visto as crianças antes. — Talvez Matt saiba mais sobre isso e possa nos contar mais tarde? — eu sugiro. — Estou feliz que ele foi —, diz Reagan. — Ele teria se odiado caso o contrário. Uma mulher entra pela porta da frente, e cada homem na casa para para olhar. Ela está usando uma saia curta e um top justo com as costas abertas. — O que podemos fazer por você? — Friday, a garota da recepção, pergunta.

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— Eu gostaria de colocar um piercing —, diz ela, e ela morde o lábio inferior. — Um de vocês pode fazer um piercing? — Friday chama. Friday é muito bonita em uma espécie de Katy Perry. Ela tem tatuagens nos ombros e nas costas e nas pernas. Eu sei sobre as nas pernas porque eu as coloquei lá. Ela tem crânios e ossos e tartarugas cruzadas e umas merdas muito estranhas. E ela se veste toda retrô, como uma menina pinu25p dos anos sessenta. — Que tipo de piercing? — eu pergunto. Cada olhar no lugar se vira para a mulher, e ela cora. — Um daqueles piercings! — Friday grita dramaticamente. — Pete pode fazer —, diz Paul. A boca de Reagan cai aberta. Ela caminha até perto de mim. — Você não está fazendo um piercing privado —, ela sussurra. Eu faço o tempo todo, mas eu nem quero fazer mais. Ela coloca a mão em volta da minha orelha. — Os únicos lugares privados que você está tocando são meus. Meu coração incha. Eu gosto disso. Eu gosto muito. — Desculpe, — eu digo. — A mocinha falou. — Eu levanto meu rosto, e ela se inclina para me beijar. Paul olha para Logan, mas Emily sinaliza alguma coisa para ele muito rapidamente e ele sorri. Ele balança a cabeça. — Não posso fazer isso —, diz ele. — Por que não? — Paul solta uma respiração pesada. — Porque eu quero fazer sexo hoje à noite —, diz Logan. — E amanhã à noite. E na noite seguinte. Sam não está aqui. Ele provavelmente está assando um bolo em algum lugar. E todos nós sabemos onde está Matt. Paul joga o lápis sobre a mesa onde ele estava desenhando uma tatuagem. — Vocês são inúteis —, ele reclama. — E paus mandados. Estou feliz por ser pau mandado. Logan se aproxima e bate os punhos nos meus, e Emily sorri para Reagan. — Obrigado por pegar um pela equipe —, eu digo para Paul. Não vai ser difícil para ele. A menina é linda. — As coisas que eu tenho que fazer para que vocês possam fazer sexo. — Ele levanta sua calça jeans e faz uma produção de ajudá-la a escolher um piercing. Ele leva Friday com ele quando ele vai atrás da cortina porque aprendemos ao longo dos anos que você não deve fazer trabalhos íntimos sem uma garota presente. Como uma espécie de ginecologista homem sempre tendo uma enfermeira na sala. Ele sai alguns minutos depois, e a menina está andando engraçado. Ela vai embora, e Paul se senta e em seguida começa a rir. Ele joga um guardanapo na minha cabeça. — Vocês são muito trouxas —, diz ele.

Nos anos 40 a 60, era passatempo entre os soldados americanos pendurar (em inglês, pin-up) fotos de mulheres bonitas em seus alojamentos, que constituíam um incentivo para as tropas. Com o tempo, foi se estabelecendo um padrão específico. Pin-up passou a ser necessariamente uma mulher voluptuosa, com ar clássico e retrô e muito feminina. 25

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Friday se levanta e diz: — Vamos pegar um cachorro-quente. — Eu tenho um cachorro-quente para você —, diz Paul. — Promessas, promessas, — Friday sibila. Ele a agarra pelo pescoço e esfrega o topo de sua cabeça com os nós dos dedos. — Eu te arranjaria com alguém se você gostasse de pau, Friday. Friday faz uma cara como se ela tivesse cheirado algo ruim. Friday não é lésbica, mas Paul pensa que ela é. Quando ela começou, ele deu em cima dela com tudo, e ela começou a falar sobre uma de suas amigas uma noite. Ele assumiu que ela era gay. Ela e eu estávamos trabalhando tarde da noite, e ela admitiu para mim que ela não era. Ela gosta de homens. É apenas mais fácil trabalhar em torno de um monte deles quando eles acham que ela é lésbica. Eu não contei ao Paul ainda. É muito engraçado vê-lo com ela. Ela é um dos caras, e eu gosto dela desse jeito. Eu não conseguia pensar nela como uma menina se eu tentasse, e isso foi antes de eu sequer conhecer Reagan. Friday leva Emily e Reagan com ela ao virar a esquina para obter um cachorroquente. Elas saem, e eu não posso deixar de rir enquanto Paul observa o balançar do traseiro de Friday. Ele sorri para mim e encolhe os ombros. — Cara, você não está entrando nas calças dela —, eu digo. — Eu posso olhar —, ele fala, ainda sorrindo. Um menino corre na porta carregando uma caixa. Isso acontece muito no nosso bairro. As crianças precisam comer, e aproveitam qualquer oportunidade que puderem para fazer um dinheirinho. — Você quer comprar um? —, ele pergunta, e ele me mostra o que há na caixa. — Quanto? — eu pergunto. — Cinco dólares —, diz ele. Eu dou a ele um dez e alcanço na caixa, puxando a minha compra para fora. — Você não está trazendo essa coisa para casa com você —, Paul adverte. — E se estiver doente? Oh merda. E se estiver doente? Eu coloco em meu bolso da jaqueta, certificandome que possa respirar. — Vou levá-lo ao veterinário. — É melhor fazer isso antes de dar a ela. O cão dela acabou de morrer, idiota. — Tudo bem. Estarei de volta em pouco tempo. — Eu volto para Paul. — Você tem algum dinheiro? — eu sorrio para ele. — Porra, era mais barato para mim quando você estava na prisão —, ele lamenta. Mas ele alcança no seu bolso e tira sua carteira. — Diga a Reagan que eu estarei de volta daqui a pouco, — eu digo. Eu ando para fora, mantendo uma mão suave ao redor da protuberância no meu bolso. A que está ronronando. Não a outra.

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Parece meio estranho sair pela porta com Emily e Friday, mas ambas são partes da família Reed, e eu quero ser uma parte dela também. — Eu acho que Paul estava observando sua bunda de novo —, diz Emily a Friday. Friday contrai seus quadris na saia curta que se alarga ao redor de seus quadris. É muito Marilyn Monroe, com os laços que vão ao redor de seu pescoço e da curta e esvoaçante saia. Friday balança a cabeça. — Paul pensa em mim como um dos caras, não importa o que eu use para o trabalho. Emily levanta os dedos em forma de V até seus lábios e dá umas lambidas pelo meio deles. — Isso é porque ele acha que você faz isso tanto quanto ele faz. — Ela ri, e Friday a empurra no ombro. Emily ri. Ela olha para mim. — Que tipo de cachorro-quente que você quer? — Completo —, eu digo. Eu me pergunto se eu deveria pegar um para Pete. Mas eu nem sequer sei o que ele gostaria. — O que Pete gosta? — eu pergunto. — Você sabe? — Cebolas e mostarda —, Friday e Emily dizem ao mesmo tempo, e Emily faz um barulho de engasgos na garganta. Friday retira quarenta dólares. — Paul me deu dinheiro para pegar cachorrosquentes para todos —, diz ela. Alguém esbarra nela, e ela deixa cair vinte. Curvo-me para pegá-lo. Eu ouço um assobio atrás de mim e imediatamente fico tensa. Mas é apenas Emily. Ela levanta a borda de minha camisa com os dedos delicados. — Alguém teve um bom passatempo brincando com os marcadores na noite passada —, diz ela, mas ela está sorrindo. Calor sobe no meu rosto. Puxo a minha camisa para baixo. — E alguém não quer

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falar sobre isso. — Ela ri. Ela e Friday se inclinam juntas com os ombros tocando. Ambas estreitam seus olhos para mim. — A que altura você acha que esses marcadores foram? — ela pergunta a Friday. Mas ela sabe que eu posso ouvi-la. — Eu prefiro saber quão baixo eles foram —, disse Friday. As duas riem. Um sorriso surge meus lábios, apesar do calor que está inundando meu rosto. — Longe o suficiente —, eu digo em voz baixa. Os olhos de Emily estreitam novamente. — Eles não fizeram isso ainda —, diz ela. Ela se vira para o pedido. — Ela está certa, não é? — Friday pergunta. Concordo com a cabeça, e ela amaldiçoa, puxando uma nota de cinco de seu bolso. Ela desliza-o no bolso traseiro de Emily. — E não vai ser hoje à noite, porque ele ainda vai se sentir mal com o seu cão. — Ela coloca a mão no meu ombro e o esfrega com carinho. — Eu realmente sinto muito sobre isso —, diz ela. Eu não tinha pensado sobre Mags em horas, e agora eu me sinto mal por ter esquecido dela. Lágrimas picam meus olhos, mas eu as pisco de volta. — Ah merda —, diz Emily. — O que você fez? — ela fuzila Friday. — Eu mencionei seu cão —, diz Friday. — Eu lhe disse para não fazer isso —, Emily sibila. — Pete disse para não trazer isso à tona. Ele fez isso? — Está tudo bem. Eu não me importo —, eu digo. Eu quero sentir a falta dela. Eu quero lembrar dela. Eu quero falar sobre ela. Alguém bate em meu ombro, e eu fico tensa novamente. Eu não gosto desta rua movimentada. Nem um pouco. Eu me aproximo mais de Friday. Ela olha para mim enquanto o vendedor embrulha nossos cachorros-quentes. — Eu quero gostar de você, Reagan —, disse Friday. — Eu... quero... gostar de você, também, — eu digo lentamente. — Esses meninos são como minha família —, diz ela. — Friday —, Emily adverte. Mas ela segura a mão. — Esses meninos são como minha família. Quando eu não tinha ninguém, eles estavam lá. — Há uma história aqui, e eu realmente quero saber qual é. — Você tem uma família —, diz ela. — Então, se você foder com a minha, eu vou cortar você. — Ela empunha um garfo de plástico em minha direção, mas depois ela começa a rir. — Eu estou apenas brincando —, diz ela. — Bem, mais ou menos. — Eu entendo —, eu digo. — Ela não está nem dormindo com ele ainda —, diz Emily. — Deixe-a em paz. Friday bufa. — Eu não deixei você em paz. — Você nos disse para borrifar desinfetante se fizéssemos sexo na loja. — Emily balança a cabeça. Ela sorri. — Então nós compramos desinfetante extra.

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— Eca —, disse Friday. Eu ri. Eu podaria gostar dessas mulheres. Nós pegamos os nossos cachorros-quentes e voltamos para o estúdio de tatuagem. Mas Pete não está lá quando voltamos. — Para onde ele foi? — eu pergunto. — Eu o mandei em uma tarefa —, diz Paul. Ele está fazendo uma tatuagem e parece um pouco distraído. — Será que ele vai voltar? — eu pergunto. Eu não estou muito feliz por estar presa aqui, particularmente desde que Matt tem o meu carro. — Eventualmente —, diz Paul. Eu sentei e comi meu cachorro-quente, mas então a loja enche. Um grupo de fuzileiros entra pela porta. Há cinco deles, e de repente eu me sinto encurralada. Eu caminho em direção ao fundo do prédio, mas isso não ajuda o meu crescente sentimento de mal-estar, nem um pouco. Paul olha por cima da tatuagem que ele está fazendo, e seus olhos se estreitam. — Você está bem, Reagan? —, ele pergunta. Eu não estou. Eu não estou nada bem. Eu pensei que eu tinha superado tudo isso. Mas não. Aparentemente, eu só sou capaz de superar quando Pete está comigo, e isso me deixa tão inquieta quanto os homens deixam. Concordo com a cabeça, mas eu realmente não estou bem. Paul larga sua pistola de tatuagem e caminha para o fundo da loja comigo. Ele puxa a cortina ao redor da área privada. Eu solto uma respiração, finalmente capaz de encher meus pulmões desde aqueles homens chegaram à sala. — Melhor? —, ele pergunta. Ele se senta em uma mesa e abre uma caixa de canetas. Ele começa a desenhar distraidamente em um pedaço de papel. — Não fique aí parada —, diz ele. — Sente-se. — Ele dá um tapinha na mesa em frente a ele. — As pessoas me deixam nervoso quando elas ficam andando —, diz ele. Ele nem sequer olha para mim. Ele apenas se senta e desenha silenciosamente. — Paul —, eu começo. — Eu acho que eu deveria ir. Ele concorda com a cabeça, mas ele ainda não olha para cima. — Deixe-me saber quando você estiver pronta para que eu possa arrumar as minhas coisas. — O quê? — Por que ele precisa arrumar suas coisas? Ele finalmente olha para cima, e seus olhos azuis encontram os meus. — Enviei Pete em uma tarefa. E ele saiu sabendo que eu iria cuidar de sua garota. Então, se você for embora, eu tenho que ir embora. Apenas me deixe saber quando você estiver pronta. — Eu não preciso de uma babá —, eu falo mordendo. Mas meus olhos estão cheios de lágrimas já. Eu as pisco de volta furiosamente. — Eu não disse que você precisava de uma babá —, ele responde, e eu posso dizer que ele está aborrecido. Ele ainda é gentil e carinhoso, mas há algo turvo abaixo da superfície, também. — Esses caras fazem você se sentir desconfortável, não é? —, ele pergunta. Ele olha para o papel novamente. Ele não está prestando muita atenção em mim, mas fico com a nítida sensação de que ele está.

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Concordo com a cabeça e mordo o fim da minha unha, puxando com tanta força que eu rasgo a cutícula. Eu limpo o sangue na minha calça jeans. — Merda —, diz Paul. Ele vai para uma gaveta e tira um Band-Aid. — Se Pete volta e você está sangrando, eu nunca vou parar de ouvir sobre isso. — Ele rasga a atadura aberta com os dentes e puxa para fora as abas dela. Ele a segura como se ele quisesse envolvê-la em torno do meu dedo. Eu estico a minha mão, porque tenho a sensação de que ele não vai parar. Minha mão está tremendo, no entanto, e eu odeio isso. Ele o enfaixa, e então ele me dá um aperto. Ele se senta e começa a desenhar novamente. Sento-me em frente a ele, e ele me passa o papel, onde ele tinha desenhado uma margarida simples atrás das grades da prisão. A margarida está alcançando em direção a um feixe de luz do sol. — Sombreie isso para mim —, diz ele. — Eu não desenho —, eu digo, mas eu me sento em frente a ele. — Todo mundo sabe como colorir —, diz ele com uma risada. — Basta escolher algumas cores e ficar entre as linhas. Ou ir para fora das linhas com um propósito. — Ele encolhe os ombros. — Eu não me importo. Eu pego um marcador e começo a preencher as linhas. E eu vou para fora das linhas de propósito. Sorrio para Paul, e ele sorri de volta e pisca. Quando eu termino, eu olho fixo para aquilo. A margarida é colorida e bonita, mas arredia com suas pétalas submissamente deitadas, e ela está se inclinando para o eixo da luz solar. — Esta sou eu, não é? — pergunto calmamente. — É mesmo? —, ele responde, mas ele não olha para mim. Ele mantém o desenho. — Sim. — Sou eu. Eu toco seu braço, e ele olha para os meus dedos, sua sobrancelha se arqueia como se ele estivesse se divertindo. — Você pode colocar isso em mim? — eu pergunto. Estou quase sem fôlego, eu estou tão animada. — Você quer um tempo para pensar sobre isso? —, ele pergunta. — Você costuma perguntar isso às pessoas? —, eu respondo. — Só quando eu acho que eu preciso. — Ele ainda parece divertido, mas sério ao mesmo tempo. Ele solta um suspiro. — Onde é que você quer? — Onde é que você sugere? — eu pergunto. — Talvez no seu ombro? —, ele diz. Ele desliza luvas de látex sobre seus dedos e as estala em seus pulsos. — Você não acha que Pete vai se importar se eu fizer isso, não é? — , ele pergunta. Eu não tenho certeza de que ele realmente se importaria, mas eu estou feliz que ele perguntou. — Bem, se você estivesse indo colocar na minha coxa —, eu digo, — Eu poderia vêlo não gostando disso. — Eu rio com o pensamento. — Ah, esse era o próximo lugar que eu ia sugerir. — Ele estala os dedos cobertos de látex, mas eles não fazem nenhum barulho. Mas eu peguei a ideia, no entanto. Uma risada surgiu da minha garganta. Paul começa a derramar cores em pequenos copos. — Você vai ter que tirar isso —, diz ele, e ele puxa o braço da minha camiseta.

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Uh oh. Eu não tinha pensado nisso. Ele puxa uma camiseta de um armário e usa uma tesoura para cortar a parte de trás dela. Eu a pego, agradecida de que ele pensou nisso. Ele vira as costas, enquanto eu tiro minha camiseta sobre a minha cabeça e deslizo a camiseta rasgada de volta. Ela está aberta na parte de trás, mas eu não me importo. Deixo o meu sutiã. Ele disse que é no meu ombro, no final das contas. — Uau —, ele respira, quando ele anda atrás de mim. — Vocês tiveram muita diversão na noite passada, não foi? — ele ri. Eu olho por cima do ombro e coro por toda a tinta que eu nunca lavei. Eu não estive em casa por muito tempo. — Nós estávamos testando alguns desenhos, — eu tropeço para dizer. — Umm hmm —, ele sussurra. — Claro que vocês estavam. — Ele ri, e um sorriso puxa meus lábios. — O tramp stamp26 é muito criativo. Eu nem vi isso ainda. — O que diz? — Eu olho para trás por cima do meu ombro. Ele aponta para um espelho atrás de mim, e eu vou para frente dele e olho por cima do meu ombro. Eu coro como louca quando vejo que ele tinha escrito, Garota do Pete em uma letra gótica com flores onduladas e videiras escorrendo para baixo da cintura da minha calça jeans. Paul abre a cortina e sinaliza para Logan. Ele vem para os fundos e sinaliza algo para Paul. Paul mostra-lhe o desenho, e Logan pega um lápis e começa a adicionar algo a ele. — Não se preocupe —, Paul diz para mim. — Você vai adorar. — O que é? — Eu pergunto. — Confie em mim —, diz ele. Ele me vira, e eu sento-me à mesa de tatuagem. — Pronta? —, ele pergunta. Concordo com a cabeça. Ele transfere o esboço do desenho para a minha pele. O motor silencioso da pistola de tatuagem começa a funcionar, e eu a sinto tocar o meu ombro. É como uma picada de formiga. Não faz mal. E quando ela começa a se mover, a dor desaparece completamente. Sento silenciosamente, e às vezes Logan fala comigo. Eu falo com ele, cuidando ao olhar para ele quando eu respondo, mas ele não tem nenhum problema de falar comigo, mesmo que eu não saiba a linguagem de sinais. Ele é muito inteligente, na verdade. Depois de iniciar a segunda hora, Emily enfia sua cabeça por trás da cortina. — Todos os fuzileiros navais se foram? — Paul pergunta. Ele olha para mim para verificar a minha reação, eu assumo. — Sim, apenas um deles queria uma tatuagem —, diz ela. Ela vem em torno para olhar para o meu ombro. Eu a ouço puxar um fôlego. — Shh —, diz Paul silenciando ela. — O quê? — eu pergunto.

26Tramp

Stamp é uma expressão pra tatuagens feitas na parte de baixo das costas de uma mulher, bem acima do bumbum.

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— Nada —, diz ela, mas sua voz racha, e ela enxuga uma lágrima de seu olho. — Será que ele colocou uns seios em mim ou algo assim? — eu pergunto. Agora estou realmente preocupada. — Você desenhou isso? —, ela pergunta ao Logan. Ela vai e envolve seus braços em volta do peito dele. Ele acena com a cabeça e beija sua testa. — Você fez um bom trabalho —, diz ela. — Ei, eu colori isso —, eu digo. — Tudo pronto —, diz Paul. E ele desliga a pistola e a larga. Ele passa um pouco de loção em toda a tatuagem e a lava, então me puxa para cima pelos meus cotovelos e me aponta para o espelho. — O que você acha? —, ele pergunta. Ele observa meu rosto de perto. Paul faz muito isso. Você não tem que falar para ele para saber como você está se sentindo. Eu viro as costas para o espelho, e vejo a obra de arte que ele criou. Ele desenhou a margarida, e ele coloriu com as minhas cores. Ela está alcançando um raio de sol por trás das grades. Essa parte é exatamente o que eu esperava. Mas na base da margarida, Maggie está deitada com a cabeça equilibrada sobre as pétalas menores, assim como ela costumava equilibrá-la no meu joelho. Ela está perfeita em toda sua glória em preto-ebranco, e seus olhos brilham, assim como os dela brilhavam. Um soluço se formou na minha garganta. — Eu amo isso —, eu resmungo. — É perfeito. Paul me alcança lentamente, com cuidado para não me assustar, com seus movimentos lentos, e ele me puxa para o seu peito. Eu envolvo meus braços em torno dele, e ele fecha a minha camisa aberta atrás de mim com os dedos e me aproxima nele. Ele acaricia a mão na parte de trás da minha cabeça. — De nada —, diz ele. Vejo Logan darlhe um polegar para cima. — Obrigada, Logan, — eu digo. Eu olho no espelho novamente. É realmente perfeita. — Da próxima vez, vamos fazer uma sem grades —, Paul diz enquanto ele me ajeita de volta e olha nos meus olhos. Concordo com a cabeça. — Da próxima vez —, eu digo. Pela primeira vez desde o ataque, eu sinto que a minha gaiola está lentamente sendo destrancada. Paul ainda tem seus braços em volta de mim quando a cortina se abre e Pete enfia a cabeça na área. Ele está sorrindo, até que ele me vê envolta nos braços de Paul. — Vocês deveriam colocar uma placa para que eu saiba que há algo íntimo acontecendo aqui atrás, — diz ele. Ele me olha de perto e faz uma carranca quando me vê limpar os olhos. — Que porra que você fez com ela? —, ele pergunta. Ele caminha para frente, e Paul me deixa ir. Pete empina meu queixo para cima. — Você está bem? —, ele pergunta. Ele está preocupado, e eu odeio e amo que ele esteja. — Eu estou bem —, eu digo. Logan, Emily, e Paul deixam a área e fecham a cortina. Eu viro as costas para que Pete possa ver a minha nova tatuagem. — Vê o que eu fiz? — eu pergunto. Eu puxo meu rabo de cavalo para o lado para que sua visão seja desobstruída.

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— Uau —, diz ele. — Isso é fantástico pra caralho —, diz ele. Seus dedos fazem cócegas na minha pele, muito levemente delineando a área onde Maggie foi imortalizada. — Logan a desenhou, não foi? —, ele pergunta. — Sim, mas eu fiz o sombreamento, e Paul desenhou a flor e outras coisas. — Eu posso conhecer o trabalho dele a uma milha de distância —, diz Pete. De repente, há um movimento embaixo da minha barriga. Eu olho para baixo. O colo do Pete está se movendo? — Sério, Pete —, eu digo. — Este não é o lugar. — Ele ri e cai sobre um sofá. O bolso externo de seu moletom está balançando, subindo e descendo. — Por que você não vem e vê o que eu tenho para você —, ele diz, balançando as sobrancelhas. Uma risada escapa da minha garganta, apesar de eu dizer: — Isso não é nada engraçado. — Vamos lá, garotinha —, ele zomba. — Venha ver o que está no meu bolso. Seu moletom está definitivamente balançando, e há algo lá dentro. Eu vou sentar ao lado dele, e ele arqueia os quadris em direção a mim, quando eu chego e pressiono suavemente sobre a protuberância. — Continue —, diz ele. Sua voz está rouca de repente. Eu alcanço o lado do bolso e sinto um nariz frio cheirar minha mão. Eu levanto a borda e olho para baixo. — O que é isso? — eu pergunto, mas eu já estou sorrindo. — Esse é o seu presente —, diz ele. Ele ainda está sorrindo. — Eu acabei de voltar do veterinário com ela. Ela foi desparasitada e teve as orelhas limpas e foi testada para as doenças de filhotes. Ela está saudável. — Ele a puxa para fora, e ela é tão pequena que cabe na palma de sua mão. — Eu tenho uma caixa de areia e um pouco de comida e outras coisas também —, diz ele. Ele está me observando, quase como se ele estivesse esperando que eu a empurrasse para ele e comece a gritar. Ela é bem pequenininha, e ela tem o pelo laranja. — Qual é o nome dela? — eu pergunto. Ele encolhe os ombros. — Isso é com você. — Ginger27 —, eu digo. — Ela é uma ruiva. — Eu a levanto até minha bochecha e ela me fuça. — Ela é realmente minha? — Bem —, ele diz, rindo: — Se eu quisesse uma boceta28 para mim mesmo, eu apenas pediria por uma. Me surpreendi. Mas então percebo que o que ele disse é tão estupidamente ridículo que eu começo a rir. É uma gargalhada profunda, e eu mal posso recuperar o fôlego. Eu me inclino e o beijo. — Você quer uma, tudo que você tem a fazer é pedir, — eu digo.

27Ginger:

significa ruiva em inglês.

Aqui a autora faz uma piada, pois a palavra em inglês pussy pode significar tanto gata quanto boceta. 28

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Ele rosna baixo em sua garganta e me puxa para que ele possa me beijar. Eu puxo de volta quando eu estou sem fôlego. — Mais tarde? —, eu pergunto. Sua testa arqueia. Ele concorda com a cabeça, mas ele evita o meu olhar. Sobre o que é isso?

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Reagan gosta da gatinha, eu posso dizer. Ela gosta muito dela. Ela não parou de murmurar para ela desde que chegou a casa. Ela deixou a gatinha comigo o tempo suficiente para tomar um banho, e agora ela está deitada na minha cama, com o cabelo úmido e pendurado sobre os ombros, e ela está envolvida em torno dessa gatinha. A coisa só me custou dez dólares, mas eu teria pago muito mais do que isso apenas para vê-la sorrir. Eu saio do banheiro com uma toalha enrolada em volta dos meus quadris e fecho a porta atrás de mim. Ela olha de cima da minha cama, e suas pálpebras caem enquanto seus olhos vagueiam em torno de meu corpo. Meu pau fica duro imediatamente, e me dirijo para longe dela tempo suficiente para colocar um par de boxers e esfrego a toalha para trás e para frente através do meu cabelo muito raspado. — Obrigado pela gatinha —, diz ela em voz baixa. Então eu ouço o barulho da cama enquanto ela se levanta e vem em minha direção. Seus dedos tocam minhas costas. — Você acha que um de seus irmãos pode tomar conta dela para que possamos passar algum tempo juntos? — Sua voz é suave e silenciosa, como seus passos e o toque de seus dedos. Sua voz treme assim como suas mãos. — Eu posso esperar, — eu deixo escapar. Eu sou um cagão. Eu sei disso. Eu não quero que ela se sinta como se ela tivesse que fazer qualquer coisa. E com toda a honestidade, eu tenho medo que isso vá mudar alguma coisa entre nós. E se eu não puder atender suas necessidades? Ela precisa ser amada com calma e cuidado. E se eu não conseguir fazer isso? E se eu ficar muito preso no momento e esquecer as necessidades dela? E se eu fizer isso errado? E se eu fazê-la me odiar? E se ela detestar a ideia de ter sexo comigo novamente depois disto?

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Ela apanha a gatinha e a coloca em meus braços. — Eu não quero esperar —, diz ela. Ela puxa sua camisa sobre a cabeça, e ela não está usando um sutiã. Minha respiração deixa meu corpo. Tudo o que eu posso ver são seus peitos perfeitos e seus empinados mamilos cor de rosa, que são apertados e sendo empurrados em direção a mim. Ginger se debate quando eu a aperto muito forte. Eu olho para baixo e me forço para abrir as mãos. Reagan engancha seus polegares no cós do short de pijama e o puxa para baixo, junto com sua calcinha. Ah, meu Deus. — Volto já —, eu gemo. Me viro e deslizo para fora da porta, parando para pressionar as costas contra ela assim que estou do lado de fora, e respiro fundo algumas vezes até que o meu pau perceba que não está mais no quarto com ela. Quando eu finalmente consigo recuperar minha respiração, eu ando para a sala de estar e vejo Paul e Matt sentados lá assistindo a um filme. Matt chegou em casa cerca de uma hora atrás, os olhos bordados em vermelho. Ele ficou em silêncio, mas quando eu fui dizer algo a ele, Paul balançou a cabeça para mim em sinal de advertência. Então, eu o deixei em paz. Eu ando mais e aperto o botão de "pausa" na TV. Ambos olham para cima, franzindo o cenho. Mas eu devo parecer assustado, porque eles estão subitamente preocupados. — O que há de errado? — Paul pergunta. — Nada —, eu arfo. Eu me largo no sofá e coloco Ginger no colo de Matt. Ele sorri e deixa a gatinha se afundar em seu pescoço. Ele sorri e fuça o rosto nela. Eu largo o meu rosto em minhas mãos. — Ela não está pronta, não é? — Paul pergunta. Eu odeio quando ele faz isso. É como se ele fosse psíquico. Ele sabe o que nós estamos pensando antes mesmo de dizer qualquer coisa e ele sempre sabe. Nós não podíamos escapar com merda nenhuma, a menos que Sam e eu trabalhemos juntos para fazer uma pegadinha ou outra. Ou sermos presos. — Ela está pronta, — eu suspiro. — Mas... Mas... Mas... Mas... — Eu calo a boca, porque eu não consigo encontrar as palavras certas. Eu gemo e me atiro de volta no sofá. — E se eu foder tudo? — eu pergunto. — Como você acha que faria isso? — Matt pergunta. A gatinha se aninha na gola de sua camisa e fica lá, absorvendo seu calor. — Não é como se você fosse virgem, idiota —, diz ele. Eu nem sei como articular o que estou sentindo. Nem um pouco. — Eu nunca amei nenhuma daquelas outras garotas. Matt toma um gole de sua cerveja e olha para mim. — Mas você ama esta. — Isso não é uma pergunta. É uma declaração. E isso é um fato. — Sim. — Você precisa de uma lição sobre os pássaros e as abelhas? — Paul pergunta. — Você coloca ponta A na abertura B. — Ele faz um gesto rude com os dedos. — Ou ponta A na abertura C. — Ele sorri. — Ou ponta A na abertura D. Mas algumas meninas não gostam disso, então não comece por aí. Você pode até reservar essa para um aniversário ou ocasião especial. Seu. Não dela. Eu pego um travesseiro e jogo em sua cabeça. Ele ri e pega.

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Finalmente, ele diz suavemente. — Pare de paranoia. — Ela passou por tanta coisa —, eu digo. Eu olho para a porta fechada. — Você não teve nenhum problema em ser o que ela precisa, Pete. Ela não precisa de muito. Só que você a ame. Deixe-a levar isto. Deixe-a te mostrar o que ela quer —, Paul diz em voz baixa. Ela está nua no meu quarto. Eu já sei o que ela quer. — Ok —, eu digo. Eu olho para Matt, que está esfregando o nariz na gatinha. — Você pode cuidar da gata? — Eu vou manter Ginger aquecida comigo. Não tem problema —, diz ele. Ele está tão calmo, e eu sei que ele teve um dia difícil, mas eu não sei o que dizer a ele. Eu aperto seu joelho e caminho em direção ao meu quarto. Paul chama meu nome e sacode um dedo polegar em direção à gaveta na cozinha com todos os preservativos nela. Eu sorrio e vou buscar um punhado. — Nunca podia dizer que o menino não está preparado —, Matt diz, brincando. Ele me dá um sinal de positivo e um sorriso estúpido. Abro a porta do quarto, mas Reagan apagou a luz. Há uma luz fraca do abajur ao lado da minha cama, mas isso é tudo. Reagan se encontra de barriga para baixo com os braços cruzados sob o travesseiro. Sua tatuagem está brilhante e um pouco inchada. Eu ainda não consigo acreditar que ela tem uma tatuagem. Seu pai vai me matar. E a ela. Suas costas estão nuas, e eu sei que ela está em sua roupa do dia que nasceu sob os lençóis. Eu ando para o meu lado da cama e coloco as camisinhas no canto da mesa de cabeceira. Então eu deslizo entre os lençóis e deito nas minhas costas, olhando para o teto. Ela não se move, e acho que ela já pode estar dormindo. Mas quando eu rolo em direção a ela para puxá-la em meus braços, ela vem a mim, toda a pele macia, nua e partes femininas maravilhosamente cheias. Seus seios nus se imprensam contra o meu peito, e seus mamilos se projetam contra a minha pele. Ela fuça o rosto no meu ombro. — Ei, Pete —, diz ela. — Sim —, eu gemo. Eu não consigo colocar duas palavras juntas. Não agora. — Se você não me quer por causa do que aconteceu, você deve me dizer agora. — Ela está tranquila, mas suas palavras são fortes. O problema é que eu não sei a que ela está se referindo. Ela está se referindo a Maggie? Ou sobre o ataque? A única coisa que posso fazer é ser honesto. — Eu não quero tirar vantagem de você —, eu digo. — E eu meio que sinto que eu possa talvez tirar. Ela ri contra meu peito. — Eu diria que é, na verdade, em sentido inverso. Eu me sinto como se eu estivesse tirando vantagem de você. — Ela beija meu peito. — Vamos apenas dormir. Eu escovo o cabelo dela para trás da testa e coloco um beijo lá. — Ok —, eu respiro. Graças a Deus. Porque eu sou um cagão. Um grande, gordo velho, cagão, sem valor. Ela rola em suas costas e olha para o teto. Eu posso ver o perfil dela no escuro. Eu agarro sua mão com força na minha. Eu estou meio que suando, então eu não a puxo de volta contra mim.

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Sua respiração se equilibra, e eu consigo relaxar um pouco. Eu acomodo mais profundamente no travesseiro. Mas quinze minutos mais tarde, eu ainda estou deitado olhando para a escuridão. Seu corpo nu está a menos de um centímetro do meu. Sua mão se move, e ela extrai delicadamente os dedos da minha. Deixei porque eu meio que quero que ela pense que eu estou dormindo. Eu ouço um pequeno suspiro de sua boca e miro meus olhos em sua direção, sem mover a cabeça. Ela empurra as cobertas para baixo dos seios, e eu vejo a ponta dos dedos começarem a brincar em torno de seu peito. Ela traça círculos em torno de seus mamilos, e ela os aperta suavemente. Eu ouço a sua inalação de ar, e se eu não estava duro o suficiente só de tê-la deitada ao meu lado, eu estou agora. Sua mão desliza para baixo da sua barriga, e eu imagino que ela está chegando em seus cachos. Ela provavelmente está toda escorregadia e molhada e quente e necessitada. Seus joelhos levantam, e ela começa a se esfregar. Sua respiração engata novamente. Eu realmente deveria lhe dizer que eu não estou dormindo, mas eu não posso. Eu não quero estragar isso para ela. — Oh, Pete —, ela respira. Eu não consigo aguentar mais. Eu simplesmente não consigo. — Reagan —, eu digo. Minha voz soa como um tiro de canhão na escuridão. Ela congela. — Pete —, diz ela. — Eu não queria te acordar. — Sua mão ainda está baixa entre as pernas. Ela para de movê-la e a traz para deitar sobre sua barriga. — Que vergonha —, ela sussurra. E sua voz racha. — Reagan, vem aqui —, eu digo. Ela se inclina em um cotovelo e diz: — Onde? — Se estiver tudo bem com você, eu vou deitar bem imóvel e você vai vir aqui comigo. Ela pula para cima sobre os joelhos e coloca a mão no meu peito. — Desse jeito? — diz ela. Tomo sua mão na minha e a levanto para os meus lábios. — Reagan, estou com medo, — eu admito. — Eu também —, diz ela. — Eu quero tanto estar dentro de você que dói, — eu admito. Eu aperto meus olhos bem fechados. As pontas dos dedos de Reagan engancham no cós da minha cueca, e eu a sinto levantá-la sobre o meu pau. Eu levanto os meus quadris para que ela possa deslizá-la para baixo e tirar. Agora estou nu como ela. — Posso? —, ela pergunta. — Posso tentar algumas coisas? — Você pode tentar o que quiser —, eu digo. Eu levanto os meus braços para que as palmas das mãos fiquem por trás de minha cabeça. Se eu toca-la, eu vou ter que rolá-la e deslizar dentro dela. E eu sei que isso precisa ser feito no passo dela. Seus dedos envolvem em torno do meu pau, e ela geme. — Eu não tenho certeza se isso pode caber dentro de mim —, avisa.

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— Vai caber —, eu digo. Reagan passa sobre mim, e eu percebo que ela está pegando um preservativo. Eu não estou pronto para isso ainda, então eu a pego enquanto ela está em cima de mim com as minhas mãos ao redor da cintura dela. Eu a levanto para que seus seios estejam no meu rosto, e eu beijo seu mamilo esquerdo até que ele esteja rígido e alcançando a minha boca. Ela choraminga e deixa, e então eu passo para o outro seio. Dou a ele a mesma atenção generosa, e ela treme em meus braços. — Pete —, Reagan geme. Eu mergulho minha mão entre as pernas dela para ver como ela está molhada. Eu não consigo evitar. Ela está tão malditamente encharcada. Ela está quase pingando. — Deus, Reagan, — eu digo. Eu arrasto meu dedo sobre seu clitóris. Eu ouço uma embalagem de camisinha enquanto ela a rasga, e então eu a sinto pressionar contra a cabeça do meu pau. Ela quer colocá-la em mim. Isso aí! Mas eu pego sua mão. — Reagan — eu aviso. — O quê? — ela respira. — Eu sou apenas um homem. — O que isso quer dizer? —, ela sussurra. — Isso significa que, se você colocar isso no meu pau, a próxima coisa que vai entrar aqui é você. — Ela congela por um momento, e eu ouço a respiração dela trepidar. Mas ela começa a rolar o preservativo no meu pau e quando ela chega à base, eu puxo um pouco mais baixo. Ela está sendo muito gentil comigo. — Venha aqui —, eu digo em voz baixa. — Venha e me monte. Mostre-me como você quer. Ela joga uma perna em cima de mim e atravessa meus quadris, e todas as suas partes femininas molhadas estão tocando minhas partes viris duras. Ela balança, montando a minha ponta, até que meu pau é entalhado na fenda onde se esconde o seu clitóris. — Coloque sua mão entre nós e me coloque para dentro, — eu digo. Minha voz é tão áspera, eu mal posso compreendê-la. Mas ela me ouve e faz. Ela coloca a cabeça do meu pau em sua abertura, e então ela para. — Está tudo bem? — eu pergunto. Eu mordo meu lábio inferior para não gritar. Ela não responde, mas ela começa a afundar em mim. Seus braços e pernas estão tremendo, e eu pego seus quadris para ajudar a guiá-la. Ela está quente, e ela desliza em mim como uma luva de veludo apertada. — Merda —, eu digo. Eu desejo que eu não tivesse dito porque ela para de se mover. — O que há de errado? —, ela pergunta. — Nada —, eu digo. — Você está malditamente perfeita. Continue indo. Ela afunda mais um pouco e diz: — Você está dentro.

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Deus, sim, eu estou. — Sim —, eu digo. Eu cerro os dentes para não gozar. — Você está dentro de mim, Pete —, diz ela. Eu sinto um pingo molhado no meu peito. — Você está chorando? — eu pergunto. — Talvez —, diz ela. Ela está muito parada. — Você está machucada? — eu pergunto. Corro minhas mãos por suas coxas nuas. — Não —, diz ela. — E eu estava tão preocupada que machucaria. Eu só... — Ela funga. — Eu só não quero que isso acabe, Pete —, diz ela. — Eu quero ficar assim para sempre. Eu rio com isso, e meu pau se move dentro dela. — Oh, — ela diz. Ela ajusta seu corpo. Eu só estou na metade do caminho dentro dela, mas eu queria que ela fizesse isso do seu próprio jeito. Meu pau pulsa, e eu abaixo ela em mim e curvo meus quadris para empurrar ainda mais para dentro ao mesmo tempo. Ela grita. — Ah! —, diz ela. Eu a puxo para mim e a beijo para que ela fique quieta. Meus irmãos estão na sala de estar. — Shh —, eu digo. Eu arqueio meus quadris e fodo dentro dela, e sua língua desliza na minha boca. — Jesus —, eu digo quando ela levanta a cabeça. Suas pernas estão tremendo, e ela equilibra-se no meu peito. — Você pode? —, ela pede. — Posso o quê? — Posso ficar assim para sempre? Não. Porque eu vou gozar e deixála insatisfeita. — Você pode fazer isso? —, ela pergunta, com a voz hesitante. Sento-me e envolvo meu braço em torno dela, e então a rolo muito lentamente de costas. As pernas dela levantam para enlaçar em torno de meus quadris. Eu empurro dentro dela, ainda mais do que antes, mas ainda não todo o caminho para dentro — Oh, isso é bom —, diz ela. Eu rio e enterro minha cabeça em seu pescoço. — Assim está bom? — eu sussurro. Eu empurro um pouco mais e então puxo para fora. Quando eu empurro de volta eu afundo tanto nela quanto eu consigo. Ela é tão apertada que eu mal posso respirar. — Sim. — Ela choraminga quando eu inclino sua bunda para cima e enterro fundo, tomando tudo o que ela pode me dar. Eu vou gozar, e ela não. Então eu faço algum espaço entre nós, e minha mão procura seu calor, esfregando seu clitóris. Eu tomo o mamilo entre os dentes e o esfrego suavemente, e ela começa a se contorcer debaixo de mim. Seus quadris arqueiam para encontrar minhas estocadas, e seus gritos são pequenos barulhos pela minha orelha. Sua respiração sopra na minha bochecha, tão úmido quanto seu lugar privado onde estou enterrado e malditamente adorando. De repente, ela agarra meus ombros e endurece debaixo de mim. Seu corpo estremece, e ela começa a gozar. Eu a esfrego durante isso, e é tão difícil não empurrar as pernas dela de volta para seus ombros e estocar através do meu próprio orgasmo. Mas eu me forço em manter lento e suave. Ela treme em meus braços. E não é até que ela está solta e mole que eu vou atrás do meu próprio orgasmo. Eu envolvo meus braços sob o dela

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e enterro meu rosto contra o dela e empurro uma, duas, três vezes. E então eu derramo nela enquanto eu gozo. Eu sinto como se minhas bolas estivessem tentando sair através dos meus dedos, e ela apenas envolve seus braços em volta de mim e me segura perto, enquanto eu me perco nela. Eu escovo o cabelo para trás de seu rosto, e seu corpo começa a tremer sob o meu. Ela está chorando? Ah droga. Mas então ela bufa, e eu percebo que ela está rindo. Quase histericamente. Seu corpo treme e sacode, e sua apertada profundidade aperta meu pau. Eu retiro dela, porque eu preciso, não porque eu quero. Meu pau está tão sensível que eu mal posso suportar a retirada. Ela ri, e eu olho para ela. Seus olhos estão escuros na penumbra da sala, e eles estão brilhantes. Mas não de lágrimas. De felicidade. — Como é que eu fui? — eu pergunto. Eu beijo sua bochecha rapidamente com pequenos selinhos. Ela ri novamente. — Isso foi um teste prático —, diz ela. — Quando podemos fazer o exame final? Eu tomo uma respiração profunda. — Qualquer hora que você queira, princesa. Eu vivo para servir. Ela ri de novo, e eu nunca, nunca ouvi um som mais bonito. Nunca.

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Eu acordei com a sensação da minha traseira aninhada no colo de Pete, sua dureza pressionada contra minha bunda. Ele balança contra mim, e eu acordo lentamente. Ele afasta o meu cabelo da minha nuca, e os seus lábios tocam o lugar sensível onde o pescoço encontra o meu ombro. Dedos fortes envolvem meus seios, e ele não se move. Ele não se aproxima em direção ao meu mamilo, ele só acaricia os dedos preguiçosamente sob a área sensível do meu peito. — Pete —, eu sussurro. — O quê? —, ele sussurra de volta, e eu posso ouvir o sorriso em sua voz. — Você está tentando se dar bem comigo? — eu pergunto. Ele ri. — Se você tem que perguntar isso, eu estou fazendo um trabalho muito ruim com isso. — Ele me rola para minhas costas e joga minha perna por cima do seu ombro, e sua respiração é quente contra meus cachos quando ele sorri e diz: — Eu vou ter que trabalhar mais duro. Eu suspiro quando ele me espalha aberta com os polegares e curva sua cabeça, sua língua lambendo contra o meu clitóris mais e mais. — Eu vou ter você treinado antes que eu saiba, — eu digo. Mas eu mal consigo recuperar minha respiração. Eu alcanço uma mão no seu cabelo e agarro com força, empurrando-o para onde eu quero. Ele agarra meu clitóris, bem quando ele desliza o dedo dentro de mim. Ele é menos cuidadoso comigo hoje do que foi noite passada. Ele parece com menos medo de tentar algo novo comigo, mas ele ainda é suave e lento. Eu sei que ele se segura um pouco por mim, e eu me pergunto quanto tempo ele vai sentir a necessidade de fazer isso. Para sempre? Eu não tenho medo dele ou o que ele faz para mim, e eu nunca tive. Eu agarro o lençol em minhas mãos e aperto firmemente quando ele curva um dedo dentro de mim e

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alcança um ponto que eu não sabia que existia. Eu grito, e ele gentilmente e ritmicamente chupa meu clitóris no ritmo do movimento de seus dedos até que eu saia do controle. Eu gozo com tanta força que eu mal posso respirar, e ele me bebe no calor do momento. Eu empurro sua cabeça para trás quando eu começo a ficar muito sensível, e ele solta meu clitóris e lambe sobre ele. Eu tremo com agitação. Pete enxuga seu rosto na minha coxa e depois engatinha para cima do meu corpo. Ele se estica sobre mim e pega um preservativo e se embrulha rapidamente. Bem quando eu acho que ele vai se acomodar entre minhas pernas, ele não o faz. Ele vira meu corpo lentamente, e desliza um travesseiro sob meus quadris. — Está tudo bem? —, ele pergunta. Ele coloca o seu peso nas minhas costas, e seus lábios tocam meu ombro novamente, assim como fez há alguns minutos atrás, e ele morde suavemente. — Eu preciso de você —, diz ele. Concordo com a cabeça. — Está tudo bem —, eu digo. Ele afunda em mim por trás. É uma estocada lenta até que ele está totalmente encaixado dentro de mim. — Você está dolorida? —, ele pergunta. — Um pouco, — eu admito. Há uma pequena pontada, mas recebo bem isso porque Pete está dentro de mim de novo, e é exatamente onde eu quero que ele esteja. — Serei cuidadoso —, ele sussurra. Eu sei que ele vai. Eu não quero cuidadoso. Quero Pete. Ele me tem com movimentos preguiçosos, me preenchendo e então recuando, empurrando e puxando, me montando com cuidado e cautela. Eu gozei com sua boca entre as minhas pernas, mas eu sinto surgindo novamente. É uma sensação completamente diferente. É mais como uma lavagem quente de calor do que um furioso, tremendo orgasmo. Eu gozo, e ele grunhe e empurra dentro de mim, seu corpo tremendo enquanto ele goza comigo. Ele geme e faz um barulho baixinho em sua garganta. É um barulho de conclusão. Muito em breve, ele puxa para fora, e se levanta, tira a camisinha e se limpa. Então, ele me entrega uma toalha e vira de costas. Eu limpo muito rapidamente, e em seguida ele está de volta na cama comigo, me puxando para seu peito. — Você está bem? —, pergunta ele, me puxando para baixo para deitar na curva onde seu braço encontra o seu ombro. — Eu não vou quebrar, Pete —, digo em voz baixa. — Você não tem que me tratar como se eu fosse feita de vidro. Ele se surpreende e olha para baixo para mim. — Eu não trato. — Você trata —, eu digo em voz baixa. Eu odeio que eu esteja fazendo isso. Mas eu não posso ter um relacionamento baseado em medos que ele pensa que ele quer evitar comigo. Meu telefone apita, e eu alcanço minha calça no chão, porque eu sei que está no meu bolso. Eu o retiro e leio a tela. Pai: Onde você está? Eu: Eu estou no Pete. Pai: Por quê?

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Merda. O que eu digo? Eu: Podemos falar sobre isso depois? Pai: Claro, nós podemos. Assim que você chegar ao seu apartamento, onde nós estávamos esperando desde a noite passada. Merda, merda, merda, merda. Eu: Eu estarei aí em poucos minutos. Eu dou um suspiro e deito minha cabeça na cama. Meu pai vai me matar. Ou matar Pete. — Meus pais estão no meu apartamento —, eu digo. — Ah, não —, ele respira. Ele rola para a beira da cama e começa a se vestir. — Aonde você vai? — eu pergunto. Ele olha para cima, sua sobrancelha se arqueia. — Eu vou com você. — Isso não é necessário —, eu digo. Na verdade, eu preferia que ele não fosse. Papai vai ficar puto e ver Pete só vai piorar a situação. — Eu não me importo —, diz ele, e ele continua se vestindo. — Pete —, eu chamo. Ele finalmente olha para mim. — O quê? — Eu prefiro que você fique aqui. — Por quê? — Ele parece confuso. — É manhã de domingo. Meus pais provavelmente vão ficar o dia todo. Eu preciso passar algum tempo com eles. — Eu realmente só quero poupá-lo da ira de meu pai. Ele balança a cabeça. — Tudo bem —, diz ele lentamente. Ele chuta seus sapatos para longe. Eu me visto e vou para lhe dar um beijo. — Posso te ligar mais tarde? — eu pergunto. Ele concorda com a cabeça. — Claro. Eu preciso lidar com essa situação com o meu pai para que eu nunca precise ter que lidar com isso de novo.

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O telefone toca, e eu salto para agarrá-lo. São seis horas da noite de domingo e Reagan esteve fora o dia todo e não ligou uma vez sequer. — Olá —, eu digo. Sam ri em seu punho. Ele está pegando o ônibus de volta para a escola hoje à noite, então ele vai ficar aqui até por volta das onze. Ele diz algo sobre as minhas bolas estando em um vício, e eu jogo um travesseiro nele. — Pete? — uma voz masculina diz. — Sim —, eu digo. — Pete, aqui é Phil. — Eu devo estar muito quieto, porque ele continua a dizer: — Seu agente da condicional. — Sim, senhor —, eu digo. Eu me sento para que eu possa prestar mais atenção. — Pete, eu poderia ir buscá-lo e levá-lo em algum lugar comigo? É meio que importante. — É claro —, eu digo. Eu nem sequer hesitei. — Posso perguntar para onde estamos indo? — Eu vou te dizer mais quando eu buscá-lo —, diz ele. Ele soa como ele se estivesse chateado, e eu quero saber o que está acontecendo. — Você pode estar pronto em dez minutos? Nós desligamos, e eu vou me vestir. Gostaria de saber o que poderia ser importante o suficiente para fazer Phil precisa me ver em um domingo. Mas eu acho que eu vou descobrir.

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Phil encosta no lado de fora do meu prédio em um Ford preto, e ele faz um gesto para eu entrar. — Eu tenho algumas más notícias, Pete —, diz ele. Ele não olha para mim. — Que tipo de notícia? — eu pergunto. — Edward, o rapaz do programa de jovens, ele teve visitação ontem com a irmã depois do grupo. Ele estava indo tão bem, eu senti que ele estava pronto, especialmente depois que ele passou tanto tempo com você no acampamento. Houve uma briga, e o pai adotivo de sua irmã foi gravemente ferido. Edward foi esfaqueado, e ele acabou de sair da cirurgia. O pai adotivo morreu na briga. — O quê? — eu respiro. — Como isso pôde acontecer? — Aparentemente, a irmã de Edward lhe disse que o pai adotivo não a tratava bem. Edward perdeu a cabeça, e ele pirou. Ele o atacou, e os dois brigaram sobre uma lâmina que o pai tinha. Edward passou toda a manhã na cirurgia. — Ele está bem? — eu pergunto. Phil balança a cabeça. — Eu não tenho certeza. É por isso que eu estou indo vê-lo. Ele não quer ver ninguém, e você parecia ter uma conexão real com ele no acampamento e até mesmo no grupo ontem. Então, eu pensei que você poderia ser capaz de falar com ele. — O que vai acontecer com ele? — eu pergunto. — Esperançosamente, esse vai ser um caso de autodefesa. A última vez que ele ficou em apuros, ele era um delinquente juvenil. Ele tem dezoito anos agora. Ele vai ser julgado como um adulto se houver acusações criminais. — Ele balança a cabeça e solta um suspiro. — Eu preciso de alguém para obter a sua história, para que Caster possa ajudar a preparar a sua defesa, mas ele não quer falar com ninguém. Já falei com Bob Caster, e ele está indo falar com ele, também. — Ele está na Reagan —, eu digo. Ele mira os olhos em mim quando ele coloca a caminhonete em marcha. — Sim, eu ouvi falar. Eu sento e esfrego a parte de trás da minha cabeça com a mão. — Eu lhe disse para ter cuidado com ela —, Phil me lembra. — Eu tenho tido —, eu digo. — Muito cuidado. — Ele está muito chateado —, ele me diz. Eu já tenho certeza disso. — Eu a amo como um louco, Phil —, eu digo. Seu polegar bate no volante, mas ele não diz mais nada. Quando chegamos ao hospital, eles nos deixam entrar no quarto quando Phil mostra sua identificação. Ele entra e eu vejo Tic-Tac, não Edward, na cama. Ele tem tubos e fios enfiados em seu corpo, e ele parece tão frágil. Há uma jovem moça em uma cadeira ao lado dele segurando sua mão, e eu não posso evitar de pensar que essa deve ser sua irmã. Ela pula para seus pés quando chegamos ao quarto. — Eu nunca deveria ter dito a ele —, diz ela. — Eu nunca deveria ter dito a ele, e então isso não teria acontecido.

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Phil entrega a ela um lenço de papel, e eu enfio minhas mãos nos bolsos. Eu não tenho certeza do que fazer com elas. — Olá —, eu digo quando ela olha para mim. — Você deve ser Pete —, diz ela. Ela sorri. — Edward me contou tudo sobre você. — O que aconteceu? — eu pergunto, apontando para a cama. Suas sobrancelhas arqueiam com diversão fingida. — Ele deu a sua vida por mim. Mais uma vez. Ele fez isso antes, quando ele foi para o centro de detenção, e ele fez isso de novo hoje. Phil a vira com uma mão em seu ombro. — Eu poderia pegar um pouco de café —, diz ele. — Caminhe comigo? Eu acho que ela sabe que eu quero falar com Edward. Ela balança a cabeça e olha com saudade para a cama. — Por favor, faça-o lutar —, ela sussurra. — Não deixe que ele desista. Ela sai da sala com Phil, e vou sentar na cadeira onde ela estava sentada. Eu roo distraidamente, minha unha, perguntando se eu deveria acordá-lo. — Eu estou tão bonito que você não pode recuperar o fôlego, não é? —, ele pergunta, com a voz calma. Eu nem sabia que ele estava acordado. — Respire fundo, cara —, diz ele. — Você consegue passar por isso. — Como você está? — eu pergunto. Eu forço alguma jovialidade em minha voz. — Você parece uma merda. — Obrigado. — Ele geme quando ele se empurra para cima na cama. — Eles dizem que eu vou viver. — Seu olhar vagueia pela sala, e eu me pergunto se ele está pensando sobre o homem que ele matou. — Estou feliz —, eu digo. Eu não sei como falar com esse garoto. Eu realmente não sei. Eu estou me debatendo aqui. — Quer me contar o que aconteceu? — eu pergunto. Ele balança a cabeça. — Por que você não faz isso de qualquer jeito? — eu pergunto. — Ele está morto, certo? —, ele pergunta. Uma lágrima rola pelo seu rosto, e ele a limpa. — Sim. — Algumas pessoas precisam de assassinato —, diz ele. Ele não abre um sorriso, e a sua voz quebra. Ele está sofrendo, e eu posso dizer. — Ele precisava de assassinato? — eu pergunto. — Ele estava machucando a minha irmã —, diz ele. — Eu soube na hora que eu entrei no quarto. — Ele aperta a grade da cama, até os nós dos dedos ficarem brancos. — Ela nem sequer teve que me dizer. Eu podia ver nos olhos dela. Assim como antes. — Havia uma faca? — eu pergunto. Tento lembrar tudo o que ele está me contando, e eu me pergunto se eu deveria estar escrevendo tudo.

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Seu olhar se encaixa ao meu. — Não era minha —, diz ele. — Era dele. Ele veio para mim com ela, e eu não consegui impedi-lo. — Ele coloca uma mão sobre o estômago. — Ele me espetou com ela. Eu a puxei para fora, e ele pulou em mim e se lançou sobre ela. — Ele está chorando abertamente agora. — Juro por Deus que eu não queria matá-lo. Estendo a mão e aperto a mão dele, apertando forte, nossos polegares cruzaram a maneira como os homens apertam as mãos. — Foi um acidente. — Você acha que eles vão acreditar? —, ele pergunta. — Eu não sei —, eu digo em voz baixa. Eu não quero dar-lhe esperança, se não houver nenhuma. — Eu tinha planos, sabe? —, diz. Ele funga. — Eu os escrevi. Jesus Cristo. Esse garoto tinha planos. — Eu queria ser alguém que a minha irmã pudesse se orgulhar. Eu queria ser para ela o que ninguém foi para mim. — Você ainda pode ter essas coisas, Edward —, eu digo. Ele balança a cabeça. — Será que eu vou para a prisão? —, ele pergunta. — Eu não sei —, eu digo novamente. — Eu não quero ir para a prisão —, diz ele. — Precisamos fazer algumas tatuagens, — eu digo. — Ninguém se mete com você na prisão se você estiver todo tatuado. — Eu aperto a mão dele. — Eu preciso que você me faça um favor —, eu digo. — O quê? —, ele pergunta, seus olhos cautelosos. — Eu preciso que você se lembre que você é tão importante quanto a sua irmã. — Eu não sou —, ele começa. Eu fico na cara dele neste momento. Eu só posso lembrar de quando eu costumava chamá-lo de Tic Tac na minha cabeça, e eu percebo que é um desserviço que fiz a esse garoto. Ele é melhor do que isso. Ele é bom no interior, e eu poderia tentar ser mais como ele. Mas eu julguei o exterior, e eu me sinto mal por isso. — Você é tão importante quanto ela é, e você nunca teve ninguém para lutar por você. — Eu sinto meus olhos cheios de lágrimas, e eu as pisco de volta. — Mas você tem alguém agora, idiota. Eu estou aqui. Eu não vou a lugar nenhum. — Eles me disseram toda a minha vida que eu não valho nada. — Eles mentiram — eu cerro os dentes. — Eles mentiram para se sentirem melhor. —Eu encolho os ombros. — Cabe a você acreditar neles ou não. — Eu larguei sua mão porque segurar ela está ficando estranho. — Você é muito malditamente incrível —, eu digo. — Minha irmã precisa ir para um lar até que eu possa tirá-la de um orfanato —, diz ele. — Nós vamos conversar com Phil e ver se ele pode ajudar. — Eu puxo uma respiração profunda. — Não desista, ok? — eu digo.

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Ele não diz nada. — Olha o que você tem passado, Edward —, eu digo. — Quantas pessoas poderiam ter sobrevivido? Você sobreviveu. Portanto, não jogue tudo fora agora. Tenha esperança. — Eu não posso pagar nenhuma esperança. — Ele bufa. — Essa merda é cara. — Então você pode ter um pouco da minha. Inferno, você pode ter toda a esperança que eu tenho para você. Porque tenho um montão dela. — Eu nunca tive alguém do meu lado antes —, diz ele. Phil e Mr. Caster entram na sala. Mr. Caster olha pra mim, e Phil parece curioso. — O cara caiu sobre a faca, — eu digo. — Edward não fez isso de propósito. Mr. Caster puxa um bloco de notas e começa a escrever. Ele faz um gesto para Edward para continuar, e ele passa por toda a história, enquanto o pai de Reagan toma notas. Phil bate a mão no meu ombro. — Obrigado —, diz ele. — Eu realmente acho que você poderia ser bem sucedido neste tipo de trabalho. — Eu não tenho certeza se posso aguentar as mágoas —, eu admito. — Ele chorou como um bebê —, Edward atira. Ele ri e depois agarra seu lado quando dói. — Eu não chorei — eu resmungo. Eu aponto para o seu lado. — E isso é o que você ganha por ser um espertinho. — Melhor um espertinho que um idiota —, diz ele. Eu lhe mostro o dedo do meio. — Eu deveria te levar para casa —, diz Phil. — São quase nove horas. Merda. Eu quase me esqueci. Concordo com a cabeça e aperto a mão de Edward. — Vejo você amanhã —, eu digo. Ele sorri e acena com a cabeça. Observá-lo é como observar uma flor buscando pelo sol. É como a tatuagem de Reagan. — Mr. Caster —, eu digo, e eu estendo a minha mão. Ele a pega, embora com relutância. — Foi bom vê-lo novamente. — Você estará vendo muito mais de mim, Pete —, diz ele, e ele sorri. Mas não há alegria nele. É tudo aviso. — Não teria nenhuma outra maneira, senhor —, eu digo. Phil acena para mim, e saímos para a caminhonete. Minhas emoções estão em sobrecarga, e eu quero bater em alguma coisa. — O que aconteceu com Edward, aquilo acontece com muitas crianças? — Eu pergunto. — Mais do que você poderia imaginar —, diz ele. — Todas as variações da mesma cena. — Ele olha para mim. — Eu não estava brincando quando disse que você seria bom neste tipo de trabalho. — Eu sei. Estou pensando sobre isso. — Eu não sei se eu quero estar na linha de frente do jeito que ele está. Ou se eu quero ser um advogado como o Sr. Caster. Eu ainda estou decidindo. — Obrigado por ir comigo —, diz ele.

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— A qualquer hora —, eu digo enquanto ele para a caminhonete, e eu saio. Eu realmente quero ir para a Reagan, mas com esta maldita pulseira de monitoramento, eu não posso. Eu não preciso estar lá com ela de qualquer maneira. Estou muito emocional no momento. Eu nunca poderia ser o que ela precisa neste estado. Eu corro pelas escadas. Eu realmente preciso de um bom treino para me livrar dessa energia. Eu sinto que estou a dois passos de perder o controle de mim mesmo. Eu estou com raiva. Eu estou com raiva de mim mesmo por ter fodido com minha vida uma vez. Eu estou com raiva do câncer por deixar Matt doente. Eu estou com raiva de minha vida. Estou com raiva de mim. Eu estou com raiva de um governo que não poderia proteger Edward ou sua irmã. Estou furioso em geral. Eu caminho para o apartamento e as luzes estão apagadas. Graças a Deus, ninguém está em casa. Uma lasca de luz brilha por debaixo da minha porta. Eu a abro e vejo Reagan esparramada em minha cama lendo um livro. Ela se levanta e escova seu cabelo para trás de seu rosto. — Você está em casa —, diz ela. Ela sorri para mim. É tão bonita e tão doce e tão nada do que eu preciso agora. — Você não deveria estar aqui agora —, eu digo. — O quê? — Suas sobrancelhas torcem juntas. — Você deve voltar para o seu apartamento, — eu digo. Eu mexo com coisas sobre a cômoda para que eu não tenha que olhar para ela. — Não —, diz ela. — O que há de errado? —, ela pergunta. — Tive um longo dia. Eu particularmente não quero qualquer companhia. — Eu sei que eu a estou machucando, mas se ela ficar, eu não posso ser o que ela precisa. — Pete —, ela começa. — Diga-me o que aconteceu hoje. — O que aconteceu com você? — eu pergunto. — Seu pai estava puto que você passou a noite aqui? — Com o ex-presidiário. Eu não digo a última parte, mas eu penso. — Ele estava —, diz ela com um aceno. Ela está escolhendo as palavras com cuidado. — Mas ele é o meu pai. Ele deveria agir assim. Sua mão pousa no meu ombro, e eu recuo. Ela recua também, mas ela não a puxa de volta. Eu aperto meus olhos fechados e descanso as mãos sobre a cômoda, meus cotovelos travados. Eu quero rastejar em uma bola no canto e me balançar para dormir. Não, eu não quero. Quero arrastar Reagan em meus braços e afundar dentro dela e tornála uma parte de mim e deixá-la levar tudo isso. Mas ela não pode. Ela não é feita para isso. — Você deve ir, Reagan —, eu digo novamente. — Não —, ela responde. Ela tenta me virar para encará-la, mas não vou ceder. Ela solta um suspiro e se abaixa para deslizar debaixo do meu braço, ficando entre mim e a cômoda. Eu recuo. Eu não posso estar tão perto dela. Eu não posso. Não está tudo bem. — Eu não posso ser o que você precisa agora —, digo em voz baixa. Minha voz treme. — O que você acha que eu preciso? —, ela sussurra.

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Eu engulo o nó na minha garganta e flexiono os dedos, fazendo e desfazendo punhos. — Você precisa ser amada com calma e cuidado. E eu não posso fazer qualquer um esta noite. Você precisa ir. — Eu não posso nem olhar para ela. Eu não posso. — Você acha que eu preciso ser amada com calma e com cuidado —, diz ela lentamente. Concordo com a cabeça, sugando meu piercing na minha boca para brincar com ele. — Você quer saber o que eu acho? —, ela pergunta. — O quê? — eu gemo. Aparentemente, eu me transformei em um homem das cavernas que só pode falar por monossílabas. — Eu acho que eu preciso ser amada... completamente. Meu olhar pulou para o dela. Seus olhos são suaves, e um sorriso brinca na boca. Ela caminha até mim e leva meu rosto em suas mãos. — Eu te amo completamente —, eu digo. — Mas... Ela balança a cabeça. — Não, você não ama. Você se segura, porque você está com medo de me machucar. — Ela envolve seus braços em volta de meu pescoço, e seus lábios pairam uma polegada do meu. Ela sussurra. — Me ame completamente, Pete. Eu rosno e empurro a camisa sobre a cabeça dela e puxo sua calça de pijama para baixo, a calcinha vai com ela. Ela não se intimida comigo, então eu a levo para trás em direção à cama. Ela dá um passo para trás toda vez que eu dou um passo para frente, até que ela não tem escolha a não ser sentar-se na cama. Ela corre para o centro da cama, e eu bebo na minha dose dela enquanto eu a observo se despir muito rapidamente. — Eu não consigo ser calmo ou cuidadoso —, eu aviso, — mas eu vou parar se você me pedir. Basta dizer a palavra. — Eu sei —, diz ela. Ela curva um dedo para mim, mas eu não a deixo assumir o comando. Eu agarro o pé dela e a puxo para mim. Eu imediatamente me preocupo que eu estou sendo muito forte, mas ela apenas ri. — Eu preciso estar dentro de você —, eu digo quando eu pego um preservativo e o enrolo no meu pau. — Eu não acho que eu posso esperar. Ela não disse uma palavra. Eu cuspo na minha mão, porque eu tenho medo que ela vai estar seca. Eu esfrego meu pau com isso e engatinho até me situar entre suas pernas. Eu espalmo sua bunda e a direciono para mim, e então eu penetro dentro dela em um empurrão forte, batendo forte o bastante para que ela se mova na cama, sua cabeça empurrando em direção à cabeceira da cama. Ela grita. Mas ela não está gritando de dor. — Não pare —, diz ela. Ela puxa meu cabelo nas mãos e me obriga a olhar em seus olhos. — Deixe-me ser o que você precisa, então você pode ser o que eu preciso, também. — A respiração dela sai falhada enquanto eu golpeio dentro dela. Eu não consigo ter o suficiente dela. Eu não consigo ir fundo o suficiente. Eu empurro as duas pernas dela em direção a seu peito, o que inclina seu traseiro mais alto. Suas mãos agarram minha bunda,

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me puxando, mais profundo e mais forte a cada estocada. Estou plenamente dentro dela, tomando cada centímetro de invólucro sedoso enquanto ela me aceita. Ela aceita minha raiva. Ela aceita a minha impotência. Ela aceita o meu amor por ela. — Pete —, ela grita. Ela respira o meu nome, de novo e de novo, e eu sinto a sua boceta contrair em volta do meu pau, me ordenhando enquanto ela goza. Mas eu não estou pronto para terminar. Eu a viro e a deixo de joelhos e então eu estou dentro dela novamente. Eu agarro suas coxas e a puxo de volta para mim, e eu a sinto ainda mais apertada desta maneira, se isso é possível. Ela se deita, com o rosto contra os lençóis e sua bunda no ar. Ela me deixa estocar nela por trás. Eu sou brusco e abrasivo e eu a amo pra caralho. Eu rolo seu cabelo ao redor do meu punho para que eu possa virar a cabeça dela e beijá-la. Sua língua toca a minha, e seus lábios tremem. Alcanço ao seu redor e encontro seu clitóris, esfregando-o do jeito que eu sei que ela gosta. Eu retardo os meus movimentos e trago-a ao orgasmo até ela estar tremendo em meus braços. Eu rolo em minhas costas e a puxo para sentar com uma perna em cada lado em mim. — Eu não sei quantas vezes mais eu posso gozar, Pete —, diz ela. Ela puxa o lábio inferior entre os dentes e se preocupa. — Me cavalgue —, eu digo. Ela alcança entre nós e me pega em seu punho, dando meu pau uma bombada lenta. Está escorregadio com seus sucos. Eu paro a mão dela, e ela se equilibra na cabeça do meu pau. Pego seus quadris e a puxo para baixo em mim, até que ela tem tudo de mim. Então eu a trago para deitar sobre meu peito e eu a fodo forte por baixo. Ela grita o meu nome entre gemidos, e eu fodidamente amo que ela vai me deixar amá-la desse jeito. Sua respiração se move pelo meu ouvido e ela diz: — Eu amo você, Pete, — de novo e de novo e de novo e eu não posso acreditar o quão malditamente sortudo eu sou. Ela se desfaz em meus braços, e eu a abraço com força enquanto eu gozo também. Eu me derramo dentro dela, e meu amor por ela transborda em meu coração. Eu envolvo meus braços em torno dela, e ela ainda está tremendo. Eu escovo o seu cabelo suado atrás da orelha. — Você está bem? —, ela pergunta. Ela repousa o queixo no meu peito e olha para mim. Eu escapo de dentro dela, e eu não posso reprimir um gemido quando nos separamos. — Eu estou bem —, eu digo. Eu olho para ela e de repente me sinto muito triste por ter feito isso com ela. — E você? — eu pergunto. — Por favor, me diga que eu não te machuquei. — Pete —, ela respira. — Você tem que superar seu medo de me machucar. — Superei muito bem isso —, eu digo. Depois disso, eu não tenho um medo restante no meu corpo. Eu rio. — Eu superei completamente isso. Ela deita lá envolta em mim, e nada nunca pareceu tão certo. Eu desenho pequenos círculos nas costas dela. — Eu te amo completamente, princesa —, eu digo. Ela me aceita como ninguém jamais aceitou. Ela me aceita como Pete. Ela me aceita como o ex-presidiário. Ela me aceita como um irmão para quatro homens que vão amá-la,

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porque eu a amo. E eu espero que um dia, ela vá me aceitar como seu marido, porque eu não acho que eu poderia viver sem ela neste momento. Ela ri, e a sensação disso rola através de mim. — Eu acho que eu vou estar muito dolorida para você me amar completamente de novo esta noite. — Eu posso pensar em algumas maneiras de contornar isso. Eu ouço um miau lamentoso do outro lado da porta e olho para ver uma pequena pata varrendo para trás e para frente no espaço onde a porta não chega a tocar o chão. — Vá buscar a minha gata —, diz ela, empurrando meu ombro. — Você me esgotou. Não posso me mover. Eu rio e deixar sua gatinha entrar no quarto.

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Reagan está dando uma aula sobre autodefesa no centro de recreação, e todos nós, irmãos Reed estávamos escalados para estar lá. Nenhum de nós sabia que ela queria nos usar como manequins de treino. — Nós não devíamos ter máscaras e alguns estofamentos para isso? — Paul pergunta, enquanto ele tenta bloquear um chute na virilha vindo de Friday. Ele consegue, mas apenas por pouco. — Eu podia tanto ter pego você! — Friday grita. Ela bombeia seu punho no ar, e Paul envolve um braço em volta da sua cintura e oscila em torno dela, brincando. Ela grita e bate em suas mãos, mas ele não a deixa ir. Reagan olha para Pete e pisca. Ela não tem medo de qualquer um de nós em tocála mais. Ela nunca teve medo de Pete, mas agora ela está calma e contente em torno de nós, e às vezes eu a pego e a abraço só porque eu posso. Ela faz Pete feliz pra caralho. — Vem me atacar —, diz ela. — Por favor? —, acrescenta ela quando ele hesita. Ele geme e se levanta. Ele ainda estava no chão desde a última vez que ele pretendeu atacá-la. Ele vai até ela, e ela gira e o arremessa de costas. Ele geme e rola em uma bola. —Chega —, ele grita. — Tem que ser a vez de mais alguém. O pai de Reagan ri. Seus pais estão aqui para o fim de semana. Pete está meio que puto porque ele teve que voltar para casa enquanto eles estão no apartamento dela. Ele vive com ela quase o tempo todo, agora que ele está fora da prisão domiciliar. O pai de Reagan está curtindo demais o desconforto de Pete. O irmão mais novo dela, Link, é muito bom em artes marciais, também. Ele faz isso como ele faz todo o resto, com paixão, premeditação, e cautela. Ele não fala com frequência, mas todos nós estamos bem com isso. Ele é quem ele é, assim como o resto de nós. Sam se prontifica, e Reagan exercita alguns movimentos com uma das meninas do programa de agressão. Sam leva o que Reagan lhe dá, e a menina cresce mais confiante

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com cada movimento. É bom ver isso. É bom ver Reagan em seu elemento, e eu sei que ela está fazendo um bom trabalho com essas meninas. Um dos amigos de Pete do programa de prisão, Edward, veio com a irmã. Ele não foi acusado por sua participação na morte do homem, e ele está passando muito tempo com sua irmã, mesmo que ela não possa viver com ele. Ele mantém um olho sobre ela. Ela é tímida como um rato, mas ela é uma menina doce, e eu sinto que ela pode passar por isso. Ela não está participando da classe ainda. Ela está sentada na beira da linha de arquibancada ao lado de um menino em uma cadeira de rodas. Eu acho que o nome dele é Gonzo. Ele é outro das crianças abandonadas de Pete. Eles ficam em torno dele como se precisassem dele. Talvez eles precisem. Eu sei que eu preciso. Pete se tornou o homem que ele sempre foi suposto a ser agora que ele tem Reagan. Eu nunca estive tão orgulhoso dele. Gonzo ri, e eu sei que o menino não pode falar por causa de sua traqueia. Então, Gonzo está usando um computador para que ele possa se comunicar com a irmã de Edward. Eu gostaria de poder lembrar o nome dela. Ela fala com ele, e ele sorri e tecla algo muito rapidamente. O rosto dela cora. Eles são da mesma idade, e há definitivamente uma faísca lá. Há uma tampa para cada panela, Pete sempre diz. Eu dou de ombros mentalmente. Reagan gesticula para eu ir para frente. Eu vejo Sam deitado no chão em um monte. Merda. Ela vai castrar todos nós. — Eu tive câncer —, eu atiro para ela quando ela sorri para mim. — Eu quase morri, — eu a lembro. Ela ri e me usa para mostrar alguns movimentos. Ela pega leve comigo. Ou pelo menos eu acho. Então estou com minhas costas no chão, também. Ela põe as mãos nos quadris e sorri para mim. — Você não achou realmente que eu fosse pegar leve com você, não é? —, pergunta ela. Logan joga Emily por cima do ombro e começa a correr ao redor do ginásio com ela gritando. Paul faz o mesmo com Friday, e Sam vem para o meu lado. — Alguma coisa acontecendo entre Paul e Friday? —, ele pergunta. — Paul ainda pensa que ela é lésbica —, eu digo. — Devemos lhe dizer que ela não é? — Sam pergunta. Eu balancei minha cabeça. — Nah. — Eu sorrio. É mais divertido assim. Eu olho para a porta e vejo Skylar, a mulher que está cuidando das crianças de Kendra. Ela prometeu trazer Seth hoje, e eu estou contente de vê-la. Meu coração tropeça ao vê-la. Ela está vestindo roupas de ginástica, e eu posso ver a sua barriga. Eu quero lambê-la. Ou perfurá-la. Ou subir em cima dela. Meu pau se contorce, e eu ando até ela. — Oi —, eu digo. Ela assopra seus cabelos com um suspiro arrebitado. — Oi —, diz ela. — As coisas vão bem? — eu pergunto. Ela lança um olhar em direção a Seth. — Não realmente —, diz ela com um suspiro pesado. — Eu estava esperando que eu pudesse lhe pedir alguma ajuda. — Para essas crianças? — eu pergunto, apontando o dedo em direção a elas. — Qualquer coisa.

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Eu olho em volta do ginásio. Esta é a minha vida. E eu adoro isso, porra.

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Caros leitores,

Este livro foi uma viagem, mas eu espero que vocês lembrem-se de que esta foi a jornada de Reagan, e que todas as vítimas de agressão sexual terão uma diferente. Não importa a história, todos nós devemos estar cientes dos fatos:  1 em cada 4 meninas em idade universitária será agredida sexualmente durante a sua carreira universitária;  20% das mulheres, quando perguntadas se elas alguma vez foram forçadas a cometer um ato sexual, vão dizer "sim".  Se você é uma vítima de agressão ou conhece alguém que é, há recursos nacionais que pode contatar por ajuda.  The National Rape, Abuse and Incest National Network pode ser alcançado em 1800656-HOPE. Lembre-se, mesmo se você não for uma vítima, você pode se voluntariar para ajudar alguém que é. Seu centro local de crise de estupro terá mais detalhes. Espero que tenham gostado da história de Reagan e Pete. Por favor, lembre-se que o silêncio não muda nada. Com os melhores cumprimentos, Tammy

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O que ele precisava era de um milagre. Matthew Reed teve sua cota de problemas. Mas ele é um Reed e os Reeds podem superar qualquer coisa. Matt está trabalhando na loja de tatuagem de sua família com seus irmãos em torno dele. A única coisa que lhe falta é ter uma família para si próprio. Então sua batalha contra o câncer o faz encontrar uma mulher que precisa dele tanto quanto ele precisa dela. Ela não precisa de nada. Skylar Morgan é feliz. Ela tem um namorado. Claro, ele não faz seu coração bater mais rápido e ele realmente não a apoia quando ela precisa. Mas ela não precisa de muito. Precisa? Ela está feliz em ser autossuficiente e está feliz por não ter uma montanha de responsabilidades. Ela é educada, tem um ótimo trabalho, e tem dinheiro suficiente por uma vida toda. Mas o que ela não tem, ela não percebe até conhece-lo. E eles. Aqueles que mudam a sua vida.

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