Centro Cultural Lazer & Vida

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CENTRO CULTURAL lazer evida MARIA FERNANDA DA SILVA

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CENTRO CULTURAL lazer

&

vida

TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO do curso de Arquitetura e Urnanismo da instituição Centro Universitário Estácio de Ribeirão Preto.

Profa. Ma. Catherine D’Andrea Profa. Ma. Alexandra Marinelli Aluna Maria Fernanda da Silva

RIBEIRÃO PRETO 2021 3


Ficha Catalográfica Elaborada por Maria Antonieta Ribeiro Marcolino. CRB 8/10165 S586c

Silva, Maria Fernanda da.

Centro Cultural Lazer & Vida / Maria Fernanda da Silva. Ribeirão Preto, 2021. 164 f.. Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Centro Universitário Estácio De Ribeirão Preto, como parte dos requisitos para obtenção do Grau de Bacharelado em Arquitetura e Urbanismo, sob a orientação da Profa. Ma. Catherine D’Andrea e da Profa. Ma. Alexandra Marinelli. 1. Centro Cultural. 2. Lazer. 3. Cultura. 4. Educação.

CDD: 720.07

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“Arquitetura é antes de mais nada construção, mas, construção concebida com o propósito primordial de ordenar e organizar o espaço para determinada finalidade e visando a determinada intenção.” - Oscar Niemeyer

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AGRADECIMENTOS

Hoje, venho aqui agradecer primeiramente a Deus por ter me dado forças todos esses anos na faculdade. Foram diversas noites sem dormir, semanas agitadas, mas Ele sempre esteve ao meu lado me dando suporte para seguir em frente. Sem Ele, tenho certeza que não estaria aqui. Á minha mãe, por ser esse exemplo de mulher, ao qual eu me inspiro muito, que sempre esteve presente me incentivando e me apoiando em todas as minhas decisões, que desde o início de tudo, acreditou em mim, que fez com que esse sonho enfim se torna-se uma realidade. Aos meus irmãos, Maria Núbia, Maria Michele e José Wellington, que diversas vezes me ajudaram e também contribuíram para que eu chegasse aqui hoje. Ao meu namorado Charles, por ter me dado tanto apoio nos dias mais difíceis que se passaram. A sua compreensão foi essencial para o meu desenvolvimento. Ao nosso Nick, nosso pacotinho de amor que chegou de repente em nossas vidas, e se tornou tudo pra nós. A todos os professores que passaram diversos ensinamentos e que permitiram eu estar concluindo mais essa etapa da minha vida. Vocês foram essenciais! Sou grata a todos que conheci e que convivi durante todos os esses anos. Cada um foi responsável por eu estar aqui hoje. Agradeço de coração a cada um de vocês. Um abraço apertado, Maria Fernanda.

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DEDICATÓRIA Esse trabalho é dedicado especialmente a minha Rainha, Minha Mãe. Minha inspiração diária. Espero um dia poder retribuir tudo que já fez por mim. Te amo incondicionalmente!

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RESUMO

O presente trabalho de conclusão de curso tem como objetivo propor a construção de um Centro Cultural, com um programa desenvolvido para suprir as necessidades dos moradores da cidade de Barrinha. Baseado em fundamentação teórica, leituras projetuais e levantamentos morfológicos, o projeto objetiva um espaço público, onde é possível promover a divulgação e efetivação de atividades culturais, incentivando a prática ao lazer regada a educação e entretenimento para crianças, jovens, adultos e para a melhor idade. Palavras chaves: Centro cultural, lazer, cultura,educação.

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the construction of a Cultural Center, with a program developed to meet the needs of the residents of the city of Barrinha. Based on theoretical foundations, project readings and morphological surveys, the project aims at a public space, where it is possible to promote the dissemination and realization of cultural activities, encouraging the practice of leisure watered by education and entertainment for children, youth, adults and for the best. age. Key words: Cultural center, leisure, culture, education.

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ABSTRACT

The present work of completion of course aims to propose


SUMÁRIO

01

INTRODUÇÃO AO TEMA p. 14

A CULTURA EM NOSSA SOCIEDADE p. 20

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02

INFLUÊNCIA DA CULTURA NA EDUCAÇÃO p. 28

LAZER E RECREAÇÃO p. 34

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05

REFERÊNCIAS PROJETUAIS p. 40

ÁNALISE DA CIDADE, BARRINHA p. 82

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O PROJETO p. 108

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS p. 160

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CAPITULO

01

Introdução ao tema 14


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INTRODUÇÃO

Barrinha é uma cidade que carece de equipamentos públicos gratuitos destinados à cultura, lazer e educação. Nesse contexto, também são escassos lugares com a possibilidade

como esse na minha cidade que está localizada no interior de São Paulo.

de qualquer entretenimento para a população. E, no que se refere a Constituição da República

equipamentos urbanos que poderiam vir a melhorar a qualidade de vida dos moradores da cidade, me

Federativa do Brasil: “O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da cultura nacional, e apoiará e incentivará

fizeram então desenvolver um projeto arquitetônico de um Centro Cultural, com a finalidade de fomentar a economia local com a criação de novos

a valorização e a difusão das manifestações culturais.” (Congresso Nacional do Brasil, 1988,

empregos, e oferecer atividades que possam a vir melhorar, de alguma forma, a percepção de vida

p.126), entretanto, a democratização do acesso à cultura e lazer é um dos grandes desafios que permeia a sociedade brasileira.

dos usuários. Essas atividades serão propostas em ambientes modernos e acolhedores, com espaços de convivência internos e externos.

Assim,

o

interesse

pelo

tema

Diante

relacionado

a cultura e educação, veio baseado em experiências pessoais que já vivenciei ao longo dos anos que estou na faculdade. Ambientes como o SESC, me fizeram abrir os olhos sobre a real importância de como um equipamento cultural como esse, pode agregar na vida de muitas pessoas, seja na área relacionada à educação, trabalho, cultura e lazer. Com isso, busquei compreender qual seria a relevância de um equipamento urbano tão importante como esse na minha cidade que está localizada 16

disso,

com

a

escassez

de

diversos


JUSTIFICATIVA A cultura, aliada às expressões artísticas, é uma ferramenta de transformação do indivíduo e da sociedade. Para a UNESCO, a cultura confere ao ser humano a capacidade de refletir sobre si mesmo: através da reflexão, o homem discerne valores e procura novas significações. Ela merece ser valorizada, não só pela sua capacidade educativa e social, mas também por reforçar nossa identidade nacional e unir o povo por meio de suas diferenças. Afinal, a cultura é a nossa maior riqueza.

de diversas localidades, favorecendo e atividades atrativas ao público. Atividades essas que podem atrair pessoas de todas as classes sociais.

(...) quanto mais experiências alicerçadas em relacionamentos sociais, mais possibilidades as crianças terão de ampliar seus conhecimentos e de se desenvolver. Ao se relacionar harmoniosamente com a natureza, ao se apropriar dos saberes da cultura e transformálos, as crianças irão se desenvolver física e afetivamente, bem como do ponto de vista cognitivo-linguístico, social, ético e estético, construindo sua identidade, autonomia e formando-se como cidadãs. (FARIA; SALLES, 2012, p.48)

Atualmente na cidade de Barrinha, são poucos os lugares adequados para a prática de atividades culturais e de lazer, e por essa razão a criação de um centro cultural aqui será essencial para contribuir na qualidade de vida, desenvolvimento pessoal e para o fortalecimento dos vínculos afetivos e sociais da população Barrinhense.

A reflexão e a organização são palavras-chave num centro cultural, objetivos fundamentais de suas ações. E no instante em que ficar claro que o acesso ao conhecimento é fundamental para sua própria existência como para a vida coletiva, isso passará a ser reivindicado como um benefício essencial. (MILANESI, 2003)

Os espaços culturais em uma cidade são de grande importância para o desenvolvimento cultural e de inclusão social das pessoas. Facilita o acesso à informação, viabiliza um ambiente de conhecimento, permite a criação, preservação de expressões culturais e manifestações artísticas, através 17


OBJETIVOS GERAIS

METODOLOGIA DO TRABALHO Bibliografias, livros, sites, leituras projetuais, levantamentos, pesquisa de campo.

O objetivo deste projeto é a construção de um Centro Cultural de forma a suprir as necessidades da população da cidade de Barrinha – São Paulo, proporcionando espaços voltados ao convívio, lazer, entretenimento e educação, onde possam aprender e vivenciar a cultura de forma dinâmica e social.

OBJETIVOS ESPECIFICOS Suprir a carência de infraestrutura cultural da área; Proporcionar o acesso gratuito de atividades culturais ligados a arte, lazer e educação em um único espaço; Promover espaços de convívio e lazer para a população; Promover atividades educacionais e de entretenimento para as diversas faixas etárias; Criar um cinema e praças de alimentação vinculado com o centro cultural, com o objetivo de trazer entretenimento e empregos para a cidade; Incentivar as pessoas a terem interesse pela cultura. 18


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CAPITULO

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A cultura em nossa sociedade 20


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A CULTURA EM NOSSA SOCIEDADE “Sem a cultura, e a liberdade relativa que ela pressupõe, a sociedade, por mais perfeita que seja, não passa de uma selva. É por isso que toda a criação autêntica é um dom para o futuro.” (Albert Camus)

A cultura, segundo Edward B. Tylor, pode ser definida como um complexo que inclui conhecimento de artes, crenças, tradições, leis, moral, costumes e todos os outros hábitos e capacidades adquiridos pelo homem como membro de uma sociedade. Ela é muito importante na formação crítica de todos os cidadãos, e por isso é de extrema importância preservá-la. É um direito de toda a população ter acesso aos bens culturais por condições asseguradas pelo Estado, entretanto, a democratização do acesso à cultura é um dos grandes desafios que permeia a sociedade brasileira. Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), cerca de 70% da população brasileira nunca foi a museus ou a centro culturais, e quase metade da população, cerca de 54%, nunca colocaram os pés numa sala de cinema. Tais dados só revelam que a maioria da população não tem acesso a esses equipamentos devido a sua condição financeira e grande parte da informação cultural está sendo concentrada na classe alta que possui dinheiro para poder conhecer os diferentes tipos de expressões culturais. Diante disso, observase que é preciso igualar a capacidade e o direito de conhecer a cultura independente da classe social em que as pessoas se encontram.

Figura 01: Pessoas que nunca fazem atividades culturais. Fonte: IDEA.

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Figura 02: Desigualdade social. Fonte: Imagem da agência Envolverde – Carta Capital

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O desenvolvimento cultural é, também, relacionado com o contexto urbano onde a população é inserida, e a dificuldade de acesso a equipamentos culturais é apontada como um dos principais fatores para criar barreiras. É visível a ausência desses equipamentos nas pequenas cidades do interior do Brasil, no entanto, nos grandes centros urbanos é possível ver diversos equipamentos existentes que, infelizmente, não são acessíveis à população mais carente. É necessário que as diferentes culturas de grupos, meios sociais, classes e segmentos de classes mantenham, cada uma, sua particularidade ao mesmo tempo que entram em equilíbrio com as demais, sem que se possa registrar entre elas uma relação de domínio. (COELHO, 1997) Assim, segundo José Luís dos Santos: A cultura, como temos visto, é uma produção coletiva, mas nas sociedades de classe seu controle e benefícios não pertencem a todos. Isso se deve ao fato de que as relações entre os membros dessas sociedades são marcadas por desigualdades profundas, de tal modo que a apropriação dessa produção comum se faz em benefício d os interesses que dominam o processo social. E como consequência disso, a própria cultura acaba por apresentar poderosas marcas de desigualdade.

(SANTOS, 1993, p.83) Diante desses fatos, a falta de atividades culturais, que deveriam ser proporcionadas pelo poder público, acaba afastando a sociedade do meio cultural, e em consequência, a sociedade vai perdendo o espírito de coletividade como um todo. Segundo Teixeira Coelho (1986), os primeiros centros culturais foram criados no século XIX pelos ingleses e foram denominados de centros de arte. Na França, os espaços culturais surgiram no final da década de 1950, e foram criados para ser uma opção de lazer para os operários, com a intenção de melhorar as relações no trabalho. Já no Brasil, os centros culturais chegaram por volta da década de 1960, mas foram efetivados a partir dos anos de 1980, em São Paulo, com a criação do Centro Cultural do Jabaquara e do Centro Cultural São Paulo. Os novos centros culturais surgiram com a finalidade de se pensar vários usos e distribuição de práticas diferentes em um único espaço. Antes dessa evolução os centros culturais eram vistos como bibliotecas, onde o único lazer seria a prática da leitura. (...) A biblioteca ficou como o lugar da coleção de livros e o centro cultural como o local de atividades menos convencionais e mais criativas, como o teatro e as exposições. Assim, criaram24


se conceitos diferentes, separando o acesso ao conhecimento (bibliotecas) da criação de um conhecimento novo (centros de cultura). (RAMOS, 2007, p.84) No entanto, para a inserção de um centro cultural, é necessário levar em consideração o cenário onde o mesmo será inserido, e as necessidades da comunidade, para assim realizar um equilíbrio entre eles e obter dados que possam contribuir para a elaboração de um programa de necessidades apropriado para o lugar. Segundo Edson Mahfuz (2004): A relação com o lugar é fundamental para a arquitetura; nenhum projeto de qualidade pode ser indiferente ao seu entorno. Projetar é estabelecer relações entre partes de um todo; isso vale tanto para as relações internas a um projeto quanto para as que cada edifício estabelece com seu entorno, do qual é uma parte. (MAHFUZ, 2004) Assim, os centros culturais devem estabelecer laços com a comunidade e com os acontecimentos locais. Têm como objetivo principal reunir um público com

ação cultural, “um espaço que seja a simbiose, o amálgama torturado das relações humanas, parece ser próprio à Cultura e desejável como proposta” (MILANESI, 2003, p. 172), evidenciando seus requisitos mais gerais: informar, discutir e criar. Não existe um modelo para centro cultural, mas sim uma ampla base que permite diferenciá-lo de qualquer outro edifício (um supermercado, um shopping, uma academia, etc.) possibilitando a discussão e a prática de criar novos produtos culturais. Porém, pode-se ressaltar que, qualquer hall de banco ou shopping é chamado de centro cultural ou corredor cultural e, qualquer antessala é considerada uma galeria. Mas, quem entra num centro cultural deve viver experiências significativas e rever a si próprio e suas relações com os demais. (NEVES, 2013, p. 3) Dessa forma, as ações governamentais devem não somente ampliar a oferta de eventos e espaços voltados para atividades culturais, mas também aumentar os estímulos para que os cidadãos os frequentem, pois é de extrema importância criar equipamentos urbanos acessíveis, que supram as necessidades da população e que unam as diversas classes socioeconômicas em um só lugar, quebrando então as barreiras sociais que dificultam a inserção da classe mais baixa no meio cultural. 25


Somente assim será possível levar ações que estimulem o bem e a mudança, transmitindo informação e conhecimento para todos.

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CAPITULO

03

Influência da cultura na educação 28


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INFLUÊNCIA DA CULTURA NA EDUCAÇÃO “Se a educação sozinha não pode transformar a sociedade, tampouco sem ela a sociedade muda.” (Paulo Freire)

No Brasil, especialmente, na década de 1960, em virtude das necessidades políticas e econômicas, houve uma formulação de medidas e leis com o objetivo de erradicar o analfabetismo.

Assim, compreendemos que o referido pacto é uma política educacional, uma medida do governo brasileiro frente à necessidade de garantir uma educação de qualidade para todos e não apenas a uma parcela do território.

Para que o país se desenvolvesse, era primordial que houvesse a alfabetização, e pesquisas como as de Paulo Freire (1921-1997) direcionaram seus esforços na tentativa de promover a emancipação do cidadão por meio da leitura e da escrita.

Segundo Kowaltowski (2011), o ambiente escolar é um local de desenvolvimento e aprendizagem. A educação é vista como uma transmissão de valores, ou seja, é a história da sociedade e seu desenvolvimento cultural, político e social. A escola é defendida como uma entidade socializadora que deve incorporar as diversas culturas, a fim de que haja um ambiente sociável onde todos possam manifestar seus ideais sem medo de serem tachados como antiéticos e serem discriminados pela cultura que estes manifestam ou pertencem. As mudanças que ocorrem nas escolas, seja na área da tecnologia ou na forma de ensino, são decorrentes de valores de certo período histórico. A quantidade e complexidade de conhecimentos adquiridos de acordo com cada geração, muda a forma de ensinar e aprender.

Figura 03: Taxa de analfabetismo. Fonte: IBGE

No início de 2013, O Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC), estabeleceu que a alfabetização das crianças seja realizada até a idade de oito anos, com o objetivo assegurar que todas as crianças brasileiras sejam alfabetizadas plenamente.

Segundo Kramer: (...) a escola que estiver comprometida com a cidadania e democracia necessita ter essencialmente a constituição cultural, para que seja estabelecida uma cidadania integral e isso em razão de que 30


o ensino-aprendizagem durante toda a história humana foi muito heterogêneo. (KRAMER, 1998, p.16) Quando se trata de cultura e educação, podemos dizer que ambos estão intrinsecamente ligados. A cultura e a educação juntas, tornam-se elementos socializadores capazes de modificar a forma de pensar dos educadores e também dos estudantes. Quando adotamos a cultura como uma aliada no processo de ensinoaprendizagem estamos permitindo que cada indivíduo que frequenta o ambiente escolar se sinta participante do processo educacional. Kramer afirma então que: (...) É crucial que todos – crianças e adultos – possam, de um lado, apropriarse dos conhecimentos científicos básicos e, de outro aprender com a história, com os livros, com o cinema, com a música, a dança, o teatro, com a linguagem e a arte, pois a experiência com essas produções constitui a formação cultural e humana necessária para enfrentar desafios ainda m a i s gr a ves da vida con temporân ea. (KRAMER, 1998, p.22)

Para Vera Candau (2003) as escolas além de serem uma instituição educacional, elas também são instituições culturais, onde dentro delas estão inseridos diversos grupos sociais que não devem ser ignorados pelos educadores muito menos pela escola, mas sim v alorizados , através de dis cus s ões e feiras, para que as culturas não tradicionais possam ser conhecidas e reconhecidas quanto a suas ideologias e formas de ser. Em consequência disso, é essencial que uma criança possa usufruir de elementos culturais, pois isso a auxilia a expandir a sua forma de viver, seus relacionamentos com os demais, considerando que elas também são fascinadas por todas as manifestações culturais. Dessa forma, percebe-se que a escola e a família são as principais responsáveis por transmitir e manter a cultura na sociedade, porém a maior dificuldade ainda hoje é sistematizar essa cultura para transmiti-la de forma a não se valorizar mais os conteúdos que os temas culturais e do cotidiano, evitando os julgamentos e permitindo que os componentes culturais auxiliam na formação de melhores cidadãos conhecedores do contexto em que estão inseridos. Assim, ela pode ser essencial em preencher as lacunas de aceitação dos valores diversificados do processo de socialização. Segundo Gimeno Sacristán: 31


elaboradas e produzidas se estendendo por toda sua vida. Nessa perspectiva de entendimento, a educação abrange todas as dimensões humanas e de acordo com MORIN (2014, p.11), a função do ensino se baseia na transmissão, não do simples saber, mas de uma cultura que possibilite o entendimento acerca da nossa condição que nos auxilie a viver e seja, ao mesmo tempo, favorável a uma forma de pensar mais livre e aberta.

A educação contribuiu consideravelmente para fundamentar e para manter a ideia de progresso como processo de marcha ascendente na História; assim, ajudou a sustentar a esperança em alguns indivíduos, em uma sociedade, em um mundo e em um porvir melhores. A fé na educação nutre-se da crença de que esta possa melhorar a qualidade de vida, a racionalidade, o desenvolvimento da sensibilidade, a compreensão entre os seres humanos, o decréscimo da agressividade, o desenvolvimento econômico, ou o domínio da fatalidade e da natureza hostil pelo progresso das ciências e da tecnologia propagadas e incrementadas pela educação. Graças a ela, tornou-se possível acreditar na possibilidade de que o projeto ilustrado pudesse triunfar devido ao desenvolvimento da inteligência, ao exercício da racionalidade, à utilização do conhecimento científico e à geração de uma nova ordem social mais racional. (GIMENO SACRISTAN, 2001, p. 21) Compreenda-se então que em todos os âmbitos de convivência ou contatos culturais fazem com que o homem construa novas referências, desde a sua infância nas primeiras impressões do mundo, sendo determinadas pelos processos educativos, e isso ocorre por meio do contato com as mais distintas formas culturais que são 32


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Lazer e recreação 34


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LAZER E RECREAÇÃO “A formação integral do ser humano nunca será completa sem a prática de esportes e a realização de atividades de lazer e recreação.” (SESC 70 anos)

O termo lazer vem do latim licere, que significa “ser permitido”. Ou seja, significa ser livre para fazer atividades, sem precisar da permissão de alguém. Além disso, abrange também a ideia de utilização do tempo livre para essa atividade que deve produzir uma sensação de satisfação. Dessa forma, ler um livro, ir ao cinema ou até mesmo descansar é lazer desde que isso satisfaça a pessoa. O conceito de lazer foi proposto por Dumazedier. O autor nos fala que:

de 1966, aprovado pelo Decreto Lei n. 226 de 12 de dezembro de 1995, e promulgado pelo Decreto n. 591, de 1992, afirma no artigo 7º: “ser direito de toda pessoa gozar de condições de trabalho justas e favoráveis que assegurem especialmente (...) d) o descanso, o lazer, a limitação das horas de trabalho e férias periódicas remuneradas, assim como a remuneração dos fer iados.” E, da mesma forma que a cultura, o lazer ainda é uma problemática contemporânea. Existem muitas formas de lazer, como passeios, cinema, dança, aulas de teatro e muitas outras atividades, porém, esses locais são de difícil acesso para quem tem pouca condição financeira, pois o custo de entrada ultrapassa o valor que essas pessoas podem pagar. Nesse sentido, fica claro que essa forma de crescimento está mais restrita às classes média e alta da sociedade brasileira. Marcelinno afirma que:

(...) o lazer é um conjunto de ocupações às quais o indivíduo pode entregar-se de livre vontade, seja para repousar, seja para divertirse, recrear-se e entreter-se ou, ainda, para desenvolver sua informação ou formação desinteressada, sua livre capacidade criadora, após livrar-se ou desembaraçar-se das obrigações profissionais, familiares e sociais. (DUMAZEDIER, 1976, p. 34).

O aumento da população urbana não foi acompa nhado pelo desenvol vi mento de infraestrutura adequada, gerando desníveis na ocu p a çã o d o s o l o e d i fe renci a nd o marcadamente, de um lado, as áreas centrais, ou os chamados pólos nobres, concentradores de benefícios e, de outro, a periferia, com seus bolsões de pobreza, verdadei ros depósitos d e h a b i ta çõ e s . M e s m o qu a n d o n e s s e s espaços estão loca l izados equ ipamentos como shopping centers, a população local

A Declaração Universal dos Direitos do Homem, datada de 1948, da Organização Mundial das Nações Unidas, esclarece em seu artigo XXIV que: “todo homem tem direito a repouso e lazer, à limitação razoável das horas de trabalho e a férias remuneradas periódicas”. Além disso, o Pacto Inter nacional sobre D i reitos econômicos, sociais e cultu rais, 36


geralmente não tem acesso privilegiado a eles.

Segundo Marcellino, Democratizar o lazer implica democratizar o espaço. Muito embora as pesquisas realizadas na área das atividades desenvolvidas no tempo disponível enfatizem a atração exercida pelo tipo de equipamento construído, deve-se considerar que para a efetivação das características do lazer é necessário, antes de tudo, que ao tempo disponível corresponda um espaço disponível.

(MARCELLINO, 2006, p. 3) Outro aspecto que dificulta a prática do lazer é a questão do tempo, ou seja, muitas pessoas não têm tempo para a prática do lazer, e muitas vezes não fazem questão desse tempo. Um exemplo disso seria uma pessoa que mora em uma cidade grande e trabalha durante a semana, nos finais de semana, o que poderia ser um tempo para a prática do lazer, elas preferem trabalhar para assim aumentar a sua renda, ou então há aqueles que trabalham a semana inteira, e no final de semana só querem descansar, e com isso não tem tempo para nada, muito menos para o lazer. Marcellino (2006, p.7) destaca que: “Essa falta de espaços de lazer contribui para o enclausuramento das pessoas, que, por não ter opções de lazer nos logradouros públicos, acabam gastando seu tempo disponível em ambiente doméstico.”

(MARCELLINO, 2006, p. 3) A localização também vem a ser algo que dificulta a prática do lazer, visto que esses equipamentos geralmente são todos distantes uns dos outros. Raquel Rolnik em seu texto o Lazer humaniza o espaço, descreve o lazer como essencial para se ter uma boa qualidade de vida e aproximar as pessoas. Dessa forma, os espaços de lazer são de extrema importância quando nos referimos a qualidade vida, pois eles diretamente ajudam a melhorar a vida humana, seja no aspecto familiar, no trabalho e principalmente na área da saúde. Nesses espaços temos o momento para construir boas relações com o próximo, adquirir conhecimentos, fazer algo diferente, que saia da rotina, e as atividades de lazer também são formas de divertimento, descanso ou desenvolvimento

Outra problemática, é que a grande maioria das nossas cidades não conta com um número suficiente de equipamentos de lazer para o atendimento à população, e muitos deles, são mantidos por iniciativas privadas, como shoppings, teatros e cinemas, se tornando inacessíveis para a população mais carente. 37


que podem trazer inúmeros benefícios, não só para sua saúde física, como também para sua saúde mental e psicológica, que são tão importantes quanto a saúde física, pois o combate ao stress físico, mental e psicológico também são aliados da boa saúde.

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Referências projetuais 40


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42 Figura 04: Vista frontal da Biblioteca e Centro Cultural House of Wisdom Fonte: Foto de Chris Goldstraw disponível em https://www.archdaily.com.br


Cada uma das leituras projetuais estudadas tiveram uma grande relevância na elaboração do projeto do Centro Cultural. Começando pela Biblioteca e Centro Cultural House of Wisdom, onde a materialidade aplicada neste edifício, as telas móveis de bambu, que servem para dar privacidade, controlar a entrada de luz e também compor a fachada, serviram como uma grande referência no projeto, não estando somente presente na fachada, como também nas esquadrias. Em seguida, o Centro Cultural Les Quinconces onde a sua volumetria fala por si só. O emprego de uma lâmina fina interligando os dois blocos transmitem uma sensação de leveza, serenidade e integração. Sensações que estarão presentes no Centro Cultural Lazer & Vida.

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Por último, finalizo com SESC Guarulhos, no qual o seu programa tem uma grande importância para a sociedade e também para o projeto do Centro. Um programa com diversas atividades, onde você pode aprender, descansar, se divertir, tudo num mesmo lugar.


BIBLIOTECA E CENTRO CULTURAL HOUSE OF WISDOM / FOSTER + PARTNERS

Figura 05: Vista lateral da Biblioteca e Centro Cultural House of Wisdom Fonte: Foto de Chris Goldstraw disponível em https://www.archdaily.com.br

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FICHA TÉCNICA

Relevância para o projeto:

Arquitetos: Foster + Partners

MATERIALIDADE

Local: Sharjah - Al Juraina 1 - Sharjah - Emirados Árabes Unidos Área construída: 40.386m² Ano de construção: 2021

LOCALIZAÇÃO O prédio de dois andares está localizado a 10 quilômetros do centro da cidade em um novo distrito cultural e conta com uma “máquina de café expresso de livros” que pode imprimir e encadernar livros sob demanda entre suas principais características. Uma biblioteca repleta de tecnologia que a Foster + Partners projetou em Sharjah, Emirados Árabes Unidos, para o “futuro digital”. Sua forma retilínea e o telhado distinto que se projeta 15 metros em todas as direções foram projetados pela Foster + Partners para complementar seu ambiente desértico.

Figura 06: Localização Biblioteca e centro cultural house of wisdom Fonte: Google Earth, modificado por Maria Fernanda

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CONCEITO E PARTIDO A Biblioteca e Centro Cultural House of Wisdom conceitua a biblioteca como um centro social de aprendizagem, apoiado em inovação e tecnologia. Com o objetivo de criar um novo bairro cultural na cidade, a Casa da Sabedoria foi projetada para estabelecer e incentivar conexões com o entorno. A biblioteca e o centro cultural de dois pavimentos

apresentam

uma

grande

cobertura flutuante em todos os lados de

um

volume

retilíneo

transparente.

As linhas retas e minimalistas do edifício complementam

as

dunas

do

deserto,

inseridas em uma paisagem exuberante. O jardim do conhecimento é uma paisagem formal e “arranjada geometricamente”, com uma série de jardins e caminhos sombreados. Sua peça central é uma escultura em espiral gigante do artista britânico Gerry Judah chamada The Scroll. A obra de arte é uma interpretação contemporânea dos antigos pergaminhos árabes feitos de placas de aço laminadas cortadas a laser, tratadas para evitar a erosão durante tempestades de areia. 46

Figura 07: Escultura The Scroll do artista britânico Gerry Judah. Fonte: Foto de Chris Goldstraw disponível em https://www.archdaily.com.br


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ACESSOS E CIRCULAÇÃO Os visitantes entram no edifício a partir de sua face leste em um centro de recepção de pé direito duplo com um pátio central que traz luz para os espaços internos. Esta área verde densamente vegetada cria um ambiente externo confortável para eventos

Figura 09: Corte da Biblioteca e Centro Cultural House of Wisdom Fonte: Corte disponível em https://www.archdaily.com.br Maria Fernanda

sociais ou para uma contemplação tranquila. A circulação no edifico se dá por meio de escadas e elevadores.

LEGENDA Acessos Circulação vertical

Figura 08: Circulação do local (elevador). Fonte: Foto de Chris Goldstraw disponível em https://www.archdaily.com.br

Figura 10: Planta de circulação e acesso ao local. Fonte: Planta disponível em https://www.archdaily.com.br, modificado por Maria Fernanda

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Figura 11: Circulação do local (escadas). Fonte: : Foto de Chris Goldstraw disponível em https://www.archdaily.com.br

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DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL E PROGRAMA O piso térreo contém grandes espaços para exposições, um café ao lado de um espaço educacional infantil, a biblioteca e o arquivo e uma área de leitura com instalações como uma máquina de café expresso que permite imprimir e encadernar livros sob demanda.

Figura 13: Planta pavimento térreo Fonte: Planta disponível em https://www.archdaily.com.br, modificado por Maria Fernanda

LEGENDA

Figura 12: Recepção da Biblioteca e Centro Cultural Fonte: Foto de Chris Goldstraw disponível em https://www.archdaily.com.br

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Área de convivio

Espaço infantil

Biblioteca Sanitários

Café Áreas administrativas

Circulação

Jardim Central


Figura 14: Biblioteca do centro cultural Fonte: Foto de Chris Goldstraw disponível em https://www.archdaily.com.br

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O pavimento superior abriga uma série de espaços em casulos suspensos acima do pátio central, que oferecem aos usuários ambientes silenciosos e colaborativos, áreas de exposição e salas de leitura, incluindo uma sala de oração e uma área exclusiva para mulheres. Em todo o edifício, há uma ênfase em estabelecer e manter uma conexão com o exterior, sempre mirando para os jardins que circundam a construção.

Figura 16: Planta pavimento superior. Fonte: Planta disponível em https://www.archdaily.com.br, modificado por Maria Fernanda

LEGENDA Área de convivio

Sala de oração

Sanitários

Salas de leitura

Circulação Figura 15: Vista do Mezanino Fonte: Foto de Chris Goldstraw disponível em https://www.archdaily.com.br

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Exposições

Salas de leitura


Figura 17: Ilustração Situação Biblioteca e Centro Cultural House of Wisdom Fonte: Foto disponível em https://www.archdaily.com.br

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VOLUMETRIA, MATERIALIDADE E ESTRUTURA Ao mesmo tempo em que se caracteriza o edifício de concreto e aço, o telhado em balanço também ajuda a proteger as grandes fachadas transparentes da biblioteca do clima quente da cidade. Isso funciona em conjunto com telas fixas de alumínio que filtram o sol baixo à noite e telas de bambu móveis dentro que os ocupantes podem usar para controlar o brilho. A Foster + Partners apoiou o telhado com quatro núcleos de concreto posicionados perto de cada canto do edifício. Esse design oferece interiores abertos e sem colunas e é uma abordagem semelhante usada pela empresa em várias de suas Apple Stores , como a Apple Michigan Avenue e a Apple Central World . Figura 18: Vista das telas fixas de alumínio da Biblioteca e Centro Cultural House of Wisdom Fonte: Foto de Chris Goldstraw disponível em https://www.archdaily.com.br

Concreto

Telas de Bambu

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Vidro


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57 Figura 19: Fachada do Centro Cultural Les Quinconces Fonte: Foto de Cécile Septet disponível em https://www.archdaily.com.br


CENTRO CULTURAL LES QUINCONCES / BABIN + RENAUD

Figura 20: Fachada lateral do Centro Cultural Les Quinconces Fonte: Foto de Cécile Septet disponível em https://www.archdaily.com.br

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FICHA TÉCNICA Relevância para o projeto:

Arquitetos: Babin + Renaud Local: Le Mans, França

VOLUMETRIA E CINEMA

Área construída: 28.198 m² Ano de construção: 2014

LOCALIZAÇÃO O Centro Cultural está localizado entre as árvores da “Esplanade des Quinconces” que é o lugar da cidade destinado aos grandes eventos e a “Place des Jacobins” que recebe três vezes por semana um mercado ao ar livre. Está situado abaixo da base da catedral de Saint-Julien, na frente dos tribunais que foram construídos na década de 1980 e um grupo de edifícios residenciais com o comércio nos térreos e do Palácio “Comtes du Maine”, que hoje é utilizado como câmara municipal.

Figura 21: Localização Centro Cultural Les Quinconces Fonte: Google Earth, modificado por Maria Fernanda

59


CONCEITO E PARTIDO O conceito do projeto é a transparência e a integração. A adoção da pele de vidro confere grande permeabilidade visual de dentro para fora e também de fora para dentro, o que permite que as pessoas consigam interagir independentemente de estar no interior da edificação ou não. Ele proporciona conexão com o entorno de forma direta e a iluminação também é uma característica marcante, pois foi trabalhada de forma que funcionasse como um foco de luz, visível especialmente durante o entardecer e noite, trazendo luz para fora.

Figura 22: Diagrama Centro Cultural Les Quinconces Fonte: Imagem disponível em https://www.archdaily.com.br

O edifício possui dois volumes geométricos sólidos conectados por uma mesma cobertura de pouca espessura (fina) que evoca explicitamente a passividade, especialmente na horizontalidade presente em sua volumetria e pelos materiais empregados, sendo revestimentos mais frios que expressam elegância e sofisticação.

Figura 23: Patio central do Centro Cultural Les Quinconces Fonte: Foto de Cécile Septet disponível em https://www.archdaily.com.br

60


ACESSOS E CIRCULAÇÃO A pessoa entra no foyer do teatro diretamente da praça, depois sobe um andar até o vasto salão que oferece uma vista excepcional e desimpedida da Place des Jacobins e da catedral. Há diversos acessos para se adentrar no centro cultural, como mostra na figura ao lado.

Figura 24: Corte 1Centro Cultural Les Quinconces Fonte: Imagem disponível em https://babin-renaud.com/

Figura 26: Planta de circulação e acesso ao local. Fonte: Planta disponível em https://www.archdaily.com.br, modificado por Maria Fernanda

LEGENDA Acessos Elevadores Escadas

Figura 25: Corte 2 Centro Cultural Les Quinconces Fonte: Imagem disponível em https://babin-renaud.com/

61


DISTRIBUIÇÃO E PROGRAMA O Centro Cultural Les Quinconces é um edifício de uso misto e conta com um programa voltado à cultura e ao lazer. Possui um

localizado um foyer dos artistas que se abre para um pátio ajardinado. Uma sala de ensaio fica em frente ao terraço com vista para a

teatro, que reúne 830 pessoas em excelentes condições de visualização e audição, e pode ser usado para peças de teatro, apresentações de dança, arte lírica e ópera.

Esplanade des Quinconces. Uma galeria de exposições e uma sala de reuniões também fazem parte do mesmo volume, esta última se abrindo para um segundo pátio arborizado.

Os camarins estão localizados atrás do palco em vários níveis, enquanto sob a praça está

Em frente ao teatro municipal fica um complexo que abriga 11 salas de cinema.

LEGENDA Área de convivio Teatro Restaurante Pátio Central Cinema Figura 27: Planta baixa do pavimento térreo. Fonte: Planta disponível em https://www.archdaily.com.br, modificado por Maria Fernanda

62


LEGENDA Área de convivio Teatro Sanitários Cinema Camarins Cinema Espaço para exposições Salas administrativas Figura 28: Planta baixa do primeiro pavimento. Fonte: Planta disponível em https://www.archdaily.com.br, modificado por Maria Fernanda ‘Maria Fernanda

Figura 29: Teatro Les Quinconces Fonte: Foto de Cécile Septet disponível em https://www.archdaily.com.br

Figura 30: Térreo do cinema Fonte: Foto de Cécile Septet disponível em https://www.archdaily.com.br

63


VOLUMETRIA, MATERIALIDADE E ESTRUTURA

O Centro Cultural Les Quinconces afirma a sua modernidade sem ser excessivamente monumental ou ostentoso. Incorporado à geometria do centro da cidade e às dimensões existentes, apresenta dois volumes sobressalentes e bem definidos sob um único teto que é definido horizontalmente como uma faca afiada. O teatro municipal fica à direita, envolto por uma cortina de vidro estriada verticalmente, e à esquerda, revestido de bela pedra branca, fica a parte visível do cinema multiplex. Um pouco retraído, o multiplex é defrontado por uma praça de pedra voltada para a catedral, que se encontra perpendicularmente enquadrada

entre

as

duas

instalações.

Figura 31: Detalhes da materialidade. Fonte: Foto de Cécile Septet disponível em https://architizer.com/projects/les-quinconces/

64

Figura 32: Volumetria da fachada Fonte: Foto de Cécile Septet disponível em https://architizer.com/projects/les-quinconces/


65


Vidro

Barras finas

Madeira

Pedra branca

A contraposição dos elementos vidro , madeira e do revestimento em barras finas na cor cinza traz equilíbrio, pois, enquanto o vidro revela aos olhos de todos a dinâmica que acontece , as barras revelam ao mesmo tempo um jogo interessante, já o revestimento em madeira cobre, envolve e “esconde” o que acontece em suas dependências, conferindo maior privacidade.

Figura 33: Aberturas em vidro. Fonte: Foto de Cécile Septet disponível em https://www.archdaily.com.br

66


67


68 Figura 34: Fachada do Sesc Guarulhos Fonte: Foto Nelson Kon disponível em https://www.archdaily.com.br


69


SESC GUARULHOS / DAL PIAN ARQUITETOS

Figura 35: Vista aérea do Sesc Guarulhos Fonte: Foto de Pedro Mascaro disponível em https://www.archdaily.com.br

70


FICHA TÉCNICA Relevância para o projeto:

Arquitetos: Dal Pian Arquitetos Local: Guarulhos, São Paulo, Brasil

PROGRAMA DE NECESSIDADES

Área construída: 34.200 m² Ano de construção: 2019

LOCALIZAÇÃO Localizado em região urbanizada, próximo do Aeroporto Internacional de Guarulhos e

do

conjunto

Habitacional

Zezinho

Magalhães, a paisagem de sua vizinhança apresenta

um

desenho

heterogêneo,

por vezes fragmentado e descontínuo, característico de ambientes urbanos em processo de crescimento e transformação. Edifício de uso público, que aglomera atividades culturais, esportivas, de ensino, de saúde, de recreação e de lazer, o SESC Guarulhos foi concebido como um grande espaço democrático e convidativo, que procura favorecer e suscitar o encontro, a convivência e a interação entre pessoas.

Figura 36: Localização Sesc Guarulhos Fonte: Google Earth, modificado por Maria Fernanda

71


CONCEITO E PARTIDO O grande diferencial do projeto é a

edifício catalisador e gerador de atividades

permeabilidade que ele proporciona ao olhar,

sociais, o SESC GUARULHOS impõe um signo

culminando na integração dos espaços. Todas

urbano forte e legível, estabelecendo com a

as áreas são bem providas de transparência,

envoltória urbana e o parque público contíguo

sendo

é possível

uma relação espacial contínua, direta e fruitiva

contemplar o que acontece em outro. Como

– mais que apenas um edifício, constrói um lugar.

que

de um espaço

Figura 37: Definição de espaços. Fonte: Imagem disponível em https://dalpian.arq.br/

72


Figura 38: Praça de Convivência. Fonte: Foto de Nelson Kon disponível em https://www.archdaily.com.br

73


ACESSOS E CIRCULAÇÃO O acesso ao edifício é generoso e não intimidador. Pensado como extensão dos percursos urbanos, procura gentilmente convidar o visitante ao conhecimento e uso da unidade. Internamente os espaços se estruturam ao entorno de uma grande Praça de Convivência que recebe os fluxos externos e concentra, articula e distribui as

diversas

atividades

do

complexo.

Figura 40: Planta de circulação e acesso ao local. Fonte: Planta disponível em https://concursosdeprojeto.org/ , modificado por Maria Fernanda

LEGENDA Acessos Elevadores Escadas e rampas

Figura 39: Praça da Convivência, ao fundo circulação nos corredores. Fonte: Foto de Nelson Kon disponível em https://www.archdaily.com.br

74


Figura 41: Rampa na Praça da Convivência Fonte: Foto de Nelson Kon disponível em https://www.archdaily.com.br

75


DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL E PROGRAMA O programa do Sesc Guarulhos se distribui em três pavimentos: TÉRREO – No térreo fica a central de atendimento e os espaços de tecnologia, artes e diversão para crianças entre 2 e 10 anos. Além disso, abriga a odontologia, um espaço para exposições e a sala jovem – que é um espaço mais descontraído para batepapo. No final da praça, concluindo esse espaço central, está o ginásio de esportes que comporta mais de 600 pessoas, sendo que em shows chega a receber quase 4 mil.

Figura 43: Planta Pavimento Térreo Sesc Guarulhos Fonte: Planta disponível em https://www.archdaily.com.br

LEGENDA

Figura 42: Foto Pavimento térreo. Fonte: Foto de Nelson Kon disponível em https://www.archdaily.com.br

76


INTERMEDIÁRIO – Neste pavimento estão concentrados o foyer do teatro com 350 lugares, a comedoria, a biblioteca, a administração e a estação de educação ambiental. Ainda no pavimento, os visitantes têm acesso às piscinas (coberta e descoberta) e a um jardim que permeia toda a lateral do projeto.

Figura 45: Foto área do centro de lazer do Sesc Guarulhos. Fonte: Foto de Pedro Mascaro disponível em https://www.archdaily.com.br

Figura 44: Planta Pavimento Intermediário Sesc Guarulhos Fonte: Planta disponível em https://www.archdaily.com.br

LEGENDA

Figura 46: Teatro no pavimento intermediário. Fonte: Foto de Nelson Kon disponível em https://www.archdaily.com.br

77


SUPERIOR – no último pavimento O último andar

acomoda

a

academia,

a

sala

multiuso e o centro de música – uma área com 1.200 m² – que organiza as salas de ensaios individuais e coletivos, salas de percussão, armazenamento de instrumentos e auditório para atividades realizadas.

Figura 48: Planta Pavimento Superior Sesc Guarulhos Fonte: Planta disponível em https://www.archdaily.com.br

LEGENDA

Figura 47: Sala multiuso. Fonte: Foto de Nelson Kon disponível em https://www.archdaily.com.br

78


VOLUMETRIA, MATERIALIDADE E ESTRUTURA A fachada do teatro foi desenvolvida com o

cor exclusiva, um afastamento especial e

sistema de fachada ventilada em concreto

variável gerando uma volumetria pela fachada

polímero da ULMA Architectural Solutions,

e “quebrando” a continuidade das paredes

onde

altas que se impõem na entrada da unidade.

os

arquitetos

criaram

além

da

Figura 49: Volumetria da fachada Fonte: Foto de Nelson Kon disponível https://dalpian.arq.br/

79


O edifício tem um sistema estrutural misto em concreto e aço, com pilares periféricos que não obstruem as zonas de ocupação. Para a cobertura da Praça de Convivência é proposto um fechamento em vidro duplo fixado em perfis metálicos e protegido por um sistema externo de brises em alumínio. Suas lâminas, reguladas mecanicamente com o auxílio de células fotossensíveis, variam

na

sua

inclinação

de

acordo

com as horas do dia e períodos do ano. Como vedação e revestimento são utilizados vidro, concreto, metal e pedra, materiais tradicionais de grande durabilidade e resistência.

Brises de aluminio

Figura 50: Esquema do sistema estrutural do Sesc. Fonte: Imagem disponível em https://dalpian.arq.br/

Vidro

Metal

80

Concreto


81


CAPITULO

06

Análise da cidade, Barrinha 82


83


A CIDADE DE BARRINHA APRESENTAÇÃO DA CIDADE Localizada na região Sudeste do Estado de São Paulo, a 354 km da Capital Estadual e a 730 km de Brasília, a cidade de Barrinha de acordo com o último censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em 2019, contava com 32.812 mil habitantes e a densidade demográfica é de 225,3 habitantes por km².

A partir desse fato deu-se início a cidade de Barrinha, cujo nome foi idealizado em razão da estação ferroviária de Barrinha, e foi inspirado na barragem entre as cidades da região.

Figura 52: A estação de Barrinha em 1918. Foto: Filemon Peres

Figura 51: Região Metropolitana de Ribeirão preto Fonte: Imagem disponível em https://contadorribeiraopreto.com.br

Barrinha foi um pequeno Porto Fluvial do Rio Mogi-Guaçu. Suas primeiras casas foram edificadas em volta da estação da Cia. Paulista de Estrada de Ferro, que era de propriedade da Cia. Agrícola Fazenda São Martinho que, em consequência da crise do café, resolveu lotear essa área dando início a um pequeno povoado em 1930.

Figura 53: Patio da Estação de Barrinha. Foto: Rafael Correa, 2008

84


centro urbano. Essa atividade econômica vem sustentando a população barrinhense até a atualidade. Outras culturas cultivadas, como algodão, milho e café, foram responsáveis pelo acúmulo de muitas riquezas nos anos anteriores. Na atualidade podemos encontrar ainda o amendoim, cana-de-açúcar, milho e soja sendo cultivados em lavouras temporárias. Barrinha apresenta um setor comercial bastante variado, com aproximadamente 950 empresas atuantes (IBGE 2014), que oferecem grande variedade de produtos para a população, mas infelizmente não suprem a demanda de emprego para toda a população. Das indústrias instaladas na cidade, as que mais se destacam trabalham com montagem industrial e equipamentos para usinas de açúcar. O comércio é tímido. Os serviços, mais tímidos ainda. Hoje a cidade pode ser considerada “dormitório”. Mais de 6 mil trabalhadores saem de manhãzinha para trabalhar nas lavouras da região. Outros tantos para indústrias e usinas próximas, e cerca de 2 mil trabalham em Ribeirão Preto como empregados domésticos e pedreiros.

Figura 54: Fachada da Estação de Barrinha, 22/01/200 Foto: Hermes Y. Hinuy

Barrinha é também conhecida carinhosamente como “Princesa do Mogi”. Dizem que seu nome se originou por causa deste Porto Fluvial, e que sua ótima argila favoreceu a implantação de várias cerâmicas, e esses dois fatores: as Cerâmicas e a Estrada de Ferro fizeram com que o município crescesse rapidamente. Sua Emancipação Política Administrativa, deu-se em 30 de dezembro de 1953, e seus primeiros habitantes foram trabalhadores da própria Cia. Agrícola Fazenda São Martinho, os imigrantes italianos e japoneses. Com o desenvolvimento dos transportes rodoviários, houve um período de calmaria na cidade até os anos 50/60, quando começou a surgir a cultura de cana-de-açúcar e usinas de açúcar e álcool que, gradativamente, foram absorvendo os agricultores para o 85


LOCALIZAÇÃO DA ÁREA BARRINHA, SÃO PAULO AREA TERRITORIAL: 145,6 KM POPULAÇÃO ESTIMADA: 32.812 PESSOAS DENSIDADE DEMOGRÁFICA: 225,4 HAB/KM APELIDO: PRINCESA DO MOGI BARRINHA É UM MUNICÍPIO BRASILEIRO DO ESTADO DE SÃO PAULO PERTENCENTE A REGIÃO METROPOLITANA DE RIBEIRÃO PRETO, FICANDO A UMA DISTANCIA DE 37 KM DA MESMA.

A área onde será implantada a intervenção fica localizado no bairro Vila Recreio I, entre os bairros Jardim Vera Lúcia I e II e Vila Recreio II.

.................

O terreno onde será implantado o Centro Cultural, possui um declive lateral que atualmente já foi resolvido com um talude. A área inferior do terreno atualmente já é plana, não sendo necessário fazer alterações muito significativas.

Figura 55: Mapa do Brasil e estado de São Paulo. Fonte: PNGWINK, modificado por Maria Fernanda.

BARRINHA-SP

86

Barrinha é uma cidade carente de equipamentos culturais e de lazer, e essa área do onde será construído o projeto é muito importante para a população, pois muitos moradores de diversas faixas etárias vêm para o local para fazer caminhadas, praticar ciclismo ou até mesmo fazer jogos com os amigos. As figuras de 56 a 64 mostram um pouco da área onde será implantado o projeto.


Figura 56: Terreno 1 da Intervenção. Fonte: Foto registrada pela autora no dia 09/05/2021.

Figura 59: Criança de bicicleta no estaciomento do ginásio. Fonte: Foto registrada pela autora no dia 09/05/2021.

Figura 62: Pessoas com seus familiares na lagoa. Fonte: Foto registrada pela autora no dia 09/05/2021.

Figura 57: Entorno da intervenção Fonte: Foto registrada pela autora no dia 09/05/2021.

Figura 60: Terreno 2 da Intervenção. Fonte: Foto registrada pela autora no dia 09/05/2021.

Figura 63: Vista da lagoa. Fonte: Foto registrada pela autora no dia 09/05/2021.

Figura 58: Estacionamento Ginásio Esportivo. Fonte: Foto registrada pela autora no dia 09/05/2021.

Figura 61: Vista da lagoa ao lado da intervenção. Fonte: Foto registrada pela autora no dia 09/05/2021.

Figura 64: Amigos fazendo piquenique na lagoa. Fonte: Foto registrada pela autora no dia 09/05/2021.

87


MAPA

ASPECTOS AMBIENTAIS

51

4

52

51

52

4

9

9

53

53

4

9

LAGOA

50

9

53

9

LEGENDA DECLIVIDADE DIREÇÃO DOS VENTOS ÁREAS VERDES ÁREA DA INTERVENÇÃO

53

4

50

9

51

4

51

52

9

52

4

9

N

MAPA ASPECTOS AMBIENTAIS ESC. 1 400

Figura 65: Mapa de aspectos ambientais. Fonte: Desenvolvido por Maria Fernanda.

88


Atualmente, a maior parte das áreas verdes estão situadas ao redor da lagoa que é de origem natural e possui uma nascente ao fundo, e também nas praças como mostra no mapa ao lado (Figura 67). A topografia é marcante , e desce no sentido à área da intervenção (área mais baixa). Os ventos são provenientes das áreas mais baixas da cidade, tornando a sensação térmica “mais confortável” nessas áreas.

Figura 67: Declividade dos pontos altos. Fonte: Foto registrada pela autora no dia 25/05/2021.

Figura 66: Vegetação nas praças. Fonte: Foto registrada pela autora no dia 25/05/2021.

89

Figura 68: Vegetação nativa em volta da lagoa. Fonte: Foto registrada pela autora no dia 09/05/2021.


MAPA

USO DO SOLO

LAGOA

LEGENDA RESIDENCIAL COMERCIAL INSTITUCIONAL SERVIÇOS VAZIOS URBANOS ÁREAS VERDES ÁREA DA INTERVENÇÃO

N

Figura 69: Mapa de Uso do solo. Fonte: Desenvolvido por Maria Fernanda.

MAPA DE USO DO SOLO ESC. 1 400

90


A área destinada para estudo de uso do solo, apresenta uma área parcialmente de uso residencial. Tem ocorrência de alguns comércios, próximos à área de intervenção, como bares, oficinas de veículos e também há escolas de ensino infantil e fundamental. As

habitações

ao

redor

da

área

da

intervenção são de médio e baixo padrão. Ao lado da área da intervenção, temos um ginásio poliesportivo, que atualmente encontra-se desativado, um campo de futebol e também há a lagoa qua ainda hoje é bastante utilizada pelos moradores para prática de exercícios e atividades de lazer.

Figura 71: Tipologia de casas residenciais. Fonte: Foto registrada pela autora no dia 25/05/2021.

Figura 70: Rua com tipologias residenciais Fonte: Foto registrada pela autora no dia 25/05/2021.

91

Figura 72: Tipologia de comércio local. Fonte: Foto registrada pela autora no dia 25/05/2021.


OCUPAÇÃO DO SOLO FIGURA FUNDO

LAGOA

LEGENDA LOTES ÁREAS VERDES ÁREA DA INTERVENÇÃO

N

MAPA DE FIGURA FUNDO ESC. 1 400

Figura 73: Mapa de Figura fundo. Fonte: Desenvolvido por Maria Fernanda.

92


A análise de ocupação do solo mostra que os lotes foram ocupados de modo que foram aproveitados ao máximo, resultando em pouco recuo entre eles. As casas, em geral, apresentam uma largura de 7 a 8 metros, e comprimento de 16 a 18 metros. O bairro em sua maioria já está todo ocupado e possui poucos vazios urbanos. As unicas quadras que não apresentam edificação na área de estudo é na área onde será feita a intervenção.

Figura 74: Vazio urbano. Fonte: Foto registrada pela autora no dia 09/05/2021.

93 Figura 75: Quadra da nternvenção. Fonte: Foto registrada pela autora no dia 09/05/2021.


OCUPAÇÃO DO SOLO GABARITO

LAGOA

LEGENDA 1 PAVIMENTO 2 PAVIMENTOS VAZIOS URBANOS ÁREAS VERDES ÁREA DA INTERVENÇÃO

N

MAPA DE GABARITO ESC. 1 400

Figura 76: Mapa de Gabarito. Fonte: Desenvolvido por Maria Fernanda.

94


Salvo

algumas

exceções,

a

área

da

intervenção é predominantemente ocupada por casas térreas. Há alguns sobrados, com dois pavimentos,

mas sem muita variação

de altura em volta do lote. A cidade por si, não comporta prédios altos, sendo permitido no máximo quatro pavimentos.

Figura 78: Casa com dois pavimentos. Fonte: Foto registrada pela autora no dia 25/05/2021.

Figura 77: Casas com um pavimento em frente a área da intervenção. Fonte: Foto registrada pela autora no dia 25/05/2021.

95

Figura 79: Casas com um pavimento. Fonte: Foto registrada pela autora no dia 25/05/2021.


MAPA

EQUIPAMENTOS URBANOS

LAGOA

LEGENDA GINÁSIO ESPORTIVO UBS ESCOLAS CRECHE PRAÇAS CAMPO FUTEBOL GARAGEM MUNICIPAL IGREJAS GARAGEM SÃO SENTO SUPERMERCADO ÁREA DA INTERVENÇÃO

N

MAPA EQUIPAMENTOS URBANOS ESC. 1 400

Figura 80: Mapa Equipamentos Urbanos. Fonte: Desenvolvido por Maria Fernanda.

96


Próximo a área de estudo existem alguns equipamentos urbanos, porém não há nenhum equipamento

de

grande

escala

próximo

a área da intervenção, considerando que o ginásio esportivo está desativado. Possui equipamentos voltados à educação como escolas e creches, igrejas e um supermercado que fica a cerca de 10 minutos de caminhada. A área também conta com um equipamento de saúde sendo ele o Centro de Referência da Mulher e da Criança Leila A. Saleh, que é de extrema importância para os moradores desse bairro.

Figura 82: Ginásio Esportivo. Fonte: Foto registrada pela autora no dia 09/05/2021.

Figura 81: Supermercado Flamingo. Fonte: Foto registrada pela autora no dia 2/05/2021.

Figura 83: UBS Leila A. Saleh. Fonte: Foto registrada pela autora no dia 28/05/2021.

97


MAPA

HIERARQUIA VIÁRIA FISICA

LAGOA

LEGENDA VIA ARTERIAL VIA COLETORA VIA LOCAL ÁREA DA INTERVENÇÃO

N

MAPA HIERARQUIA FISICA ESC. 1 400

Figura 84: Mapa hierarquia fisica. Fonte: Desenvolvido por Maria Fernanda.

98


A área escolhida está situada entre duas vias coletoras que são a Avenida Presidente Castelo Branco e Rua dos Andradas, que serão de extrema importância para se chegar ao Centro Cultural. Ao redor da área da intervenção temos apenas vias locais.

Figura 85: Via coletora - Rua dos Andradas. Fonte: Foto registrada pela autora no dia 25/05/2021.

99 Figura 86: Vias coletora - Av. Presidente Castelo Branco. Fonte: Foto registrada pela autora no dia 25/05/2021.


MAPA

HIERARQUIA VIÁRIA FUNCIONAL

LAGOA

LEGENDA FLUXO ALTO FLUXO MÉDIO FLUXO BAIXO ÁREA DA INTERVENÇÃO

N

MAPA HIERARQUIA FUNCIONAL ESC. 1 400

Figura 87: Mapa hierarquia funcional. Fonte: Desenvolvido por Maria Fernanda.

100


De acordo com a análise das classificações das vias, foi possível identificar vias de fluxo médio e baixo, grande parte são apenas vias de fluxo baixo. O fluxo na cidade em geral é relativamente baixo em relação às cidades vizinhas, havendo um fluxo maior apenas no centro da cidade.

101

Figura 88: Vias fluxo baixo - Rua David Rigota e Rua Lupércio Aparecido Garcia. Fonte: Foto registrada pela autora no dia 25/05/2021.


LEVANTAMENTO

FOTOGRÁFICO DO ENTORNO

4 2 Lagoa

3

5

LAGOA

9 8 7

6

LEGENDA

1 N

LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO ESC. 1 400

Figura 89: Levantamento fotográfico. Fonte: Desenvolvido por Maria Fernanda.

102

ÁREAS VERDES ÁREA DA INTERVENÇÃO


1

2

3

4

5

6

7

8

9

Figura 90: Demarcação dos pontos do levantamento fotográfico do entorno. Fonte: Desenvolvido por Maria Fernanda.

103


LEGISLAÇÃO

PLANO DIRETOR Educação Para o desenvolvimento do projeto está sendo seguido o plano diretor da cidade de Barrinha, datado em 17 de outubro de 2006 pela lei n° 1.905. O plano diretor apresenta diversas diretrizes na área da educação, lazer e cultura.

Art. 13 - A política educacional objetiva garantir a oferta adequada do ensino fundamental e da educação infantil, observando-se os princípios e diretrizes constantes da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Art. 14 - São diretrizes da política educacional: I - universalizar o acesso ao ensino

Segundo o artigo 13 e 14 do capítulo II

fundamental e à educação infantil;

- Da política de educação, do título II,

II - promover e participar de iniciativas e programas

da promoção humana apresentado

voltados à erradicação do analfabetismo e à

na pagina 07 do plano diretor

melhoria da escolaridade da população;

municipal, são essas as diretrizes

III - criar condições para permanência dos alunos

educacionais:

da rede municipal de ensino; IV - assegurar oferecimento da educação infantil em condições adequadas às necessidades dos educandos nos aspectos físico, psicológico, intelectual e social; em condições adequadas às necessidades dos educandos nos aspectos físico, psicológico, intelectual e social; V - garantir os recursos financeiros necessários para pleno acesso e atendimento à educação infantil, de 0 a 6 anos, em creches e escolas de educação infantil; VI - promover regularmente fóruns e seminários para discutir temas referentes à educação.

104


Lazer

Cultura

Para o lazer, as diretrizes também são

As diretrizes para o setor cultural são apresentadas

apresentadas no título II, capítulo V - Da

no

política de esportes e lazer, dispostos nos

histórico e cultural, distribuídas nos artigos

artigos 19, 20, 21, que são apresentados na

65 e 66, e estão apresentadas na página 22.

título

IV,

capítulo

II

-

Do

patrimônio

página 10. Art. 65 - Incentivar a produção cultural e Art. 20 - A política de esportes e lazer deverá

assegurar o acesso de todos os cidadãos e

orientar-se pelos seguintes princípios:

segmentos da sociedade às diferentes formas

I - desenvolvimento e fortalecimento dos laços

de

sociais e comunitários entre os indivíduos e

histórico e cultural do Município de Barrinha.

grupos sociais;

Art. 66 - São diretrizes da política do Patrimônio

II - universalização da prática esportiva

Histórico e Cultural:

e recreativa, independentemente das

I - efetivar o Conselho Municipal de Cultura e

diferenças de idade, raça, cor, ideologia,

Valorização do Patrimônio;

sexo e situação social.

II - incentivar e valorizar iniciativas experimentais.

Art. 21 - São diretrizes da política de esportes

inovadoras e transformadoras em todos os segmentos

e lazer:

sociais e grupos etários;

I - envolver as entidades representativas na

III - utilizar legislação municipal para tombamento

execução das ações esportivas e recreativas;

e proteção de bens culturais, vegetação nativa e

II - prover, ampliar e alocar regionalmente

referências urbanas;

recursos, serviços e infraestrutura para a

IV - preservar e divulgar as tradições culturais e

prática de atividades esportivas e recreativas;

populares do município; VII - implantar o museu

III - garantir a toda população, condições

histórico de Barrinha para exposição de pinturas,

de acesso e de uso dos recursos, serviços e

fotos e equipamentos que resgatem o surgimento

infraestrutura para a prática de esportes e

e crescimento da cidade;

lazer.

VIII - ampliar o acervo da Biblioteca Municipal.

105

cultura,

a

preservação

do

patrimônio


CÓDIGO DE OBRAS O projeto também seguirá as orientações descritas pelo código de edificações municipal, que foi redigido pela Lei n° 1218 de 27 de novembro de 1991, onde a mesmo descreve na página 16, no capítulo XI - Edificações para fins especiais: Artigo 70: As edificações para fins especiais, tais como escolas, cinemas, teatros, hospitais, estabelecimentos comerciais e industriais de gêneros alimentícios, estabelecimentos industriais, e comerciais farmacêuticos, e de produtos dietéticos, de higiene, de cosméticos e congêneres, e outros não previstos neste Código, só serão aprovados se obedecerem rigorosamente a legislação sanitária do Estado.

106


107


CAPITULO

07

O projeto 108


109


Conceito O conceito do projeto é a transparência e a integração. A concepção da forma do Centro Cultural se deu através da necessidade de compreender as principais dificuldades que os moradores da cidade têm e trazer melhorias significativas na qualidade de vida de todos. O propósito é dar a eles um espaço acolhedor, onde se possa ter acesso à prática do lazer, com ambientes voltados

à

educação,

cultura,

capacitação

e

desenvolvimento de habilidades, melhorando o senso de comunidade da população. O Centro Cultural contará com um cinema de apoio, que será responsável por trazer

movimentação, no sentido de trazer mais pessoas

e empregos, desenvolvendo a cidade economicamente.

110


Partido

projetual

O partido do projeto se deu através do aproveitamento da topografia do terreno e a sua forma foi desenvolvida através de dois volumes geométricos sólidos conectados por uma lâmina fina, que emite serenidade, e os revestimentos de vidro empregados expressam elegância e integração, o que permite que as pessoas consigam interagir, mesmo estando do lado de fora do edifício. Com uma forma do edifício conversar com a topografia, foi criado uma passarela de acesso na Avenida Presidente Castelo Branco,

desenvolvendo-se

acessos

em diferentes níveis, enriquecendo a experiência de integração entre o projeto e a população.

111


112 Figura 91: Perspectiva aérea Centro Cultural. Fonte: Desenvolvido por Maria Fernanda.


DESENVOLVIMENTO DA FORMA

Volume único Centro Cultural

DOIS VOLUMES Centro Cultural Centro de lazer

LÂMINAFINA (integração) União dos blocos Passarela de acesso

(passsarela)

Figura 92: Desenvolvimento da forma. Fonte: Desenvolvido por Maria Fernanda.

113


PROGRAMA DE NECESSIDADES

O projeto será feito em dois blocos, o Bloco I

e as áreas de convívio . Já no Bloco II, temos

e o Bloco II, e cada um possuirá um programa

as lojas, praça de alimentação, cinema e

próprio, porém estarão ligados pela lâmina

área técnica. Na área externa temos os

fina e pelas intenções projetuais. Todos os

estacionamentos para o público e para os

setores do programa são voltados para a

funcionários. Foi criado uma tabela com as

educação, cultura, economia e lazer.

divisões dos setores para melhor visualização

No Bloco I se concentram os setores

dos ambientes do Centro Cultural .

administrativo, educação, serviço, comercial ADMINISTRATIVO Recepção: 15,00 m²

EDUCAÇÃO

SERVIÇO

COMERCIAL

Vestiário func. Feminino: 33,29 m²

Administração: 13,28 m²

Dança/ Teatro: 28,39m²

Vestiário func. Masculino: 28,44 m²

Cozinha: 13,70 m²

Espaço de exposições: 534,85 m²

Sala de reuniões: 20,03 m²

Camarim: 5,77 m²

Copa funcionários: 19,69 m²

Depósito: 6,16 m²

Banheiros: 27,90 m²

Direção: 11,55 m²

Sala de música: 41,10m²

Almoxarifado: 7,85 m²

Banheiros: 33,30 m²

DML: 8,52 m²

Almoxarifado: 6,30 m²

Estética e beleza: 24,37 m²

Copa: 7,70 m²

Costura: 33,01 m²

Banheiros: 34,93 m²

Depósito: 8,25 m²

Hall de entrada: 41,00 m²

Café: 97,20 m²

CONVIVIO

Sala de infomática: 43,50 m²

Pátio de convivência: 232,59 m²

Banheiros: 41,80 m² Biblioteca: 103,25 m² Laboratório de pesquisa: 38,50 m²

149,79 m² LOJAS 2 Tipologias I: 32,00 m²

367,94 m² PRAÇA ALIMENTAÇÃO

141,75 m²

150,36 m²

CINEMA

ÁREA EXTERNA

803,86 m² AREA TECNICA

Praça com mesas: 238,92 m²

2 Salas de cinema: 461,04 m²

Praças da Integração: 381,09m²

7 Tipologias II: 81,11 m²

Restaurantes: 70,33 m²

Bilheteria: 16,42 m²

Estacionamento:780,51 m²

Reservatório: 30,00 m²

6 Tipologias III: 60,00 m²

Hall: 49,43 m²

Foyer cinema: 190,18 m²

(61 vagas)

Lixo: 19,09 m²

Pátio Lojas: 241,48 m²

Caixas eletrônicos: 46,53 m²

Conveniência: 17,94 m²

Estacionamento Func.: 246,48 m²

Banheiros: 35,66 m²

Copa funcionários: 11,97 m²

Cozinha: 15,60 m²

(19 vagas)

Banheiros: 35,66 m²

Depósito: 7,83 m²

Bicicletário: 54,83 m²

DML: 4,29 m²

Banheiros: 82,60 m²

450,25 m²

457,13 m²

791,61m² APROXIMADAMENTE 4.808,14 m²

114

1.506,29 m²

Casa de maquinas: 14,90 m²

61,16 m²


FLUXOGRAMA

Através do fluxograma é possível notar que o

Os ambientes foram dispostos nas laterais do

programa do Centro Cultural foi desenvolvido

edifício, para melhor conforto e ventilação dos

com o intuito dos espaços conversarem entre

usuários. O fluxo é disposto no meio do edifício,

si, e de todos os lados do edifício terem contato

na área de exposições e praças de alimentação,

e acesso com a área externa. Desse modo,

e os espaços externos foram destinados aos

o programa se distribui em dois pavimentos.

estacionamentos e às praças de convivência.

ESTACIONAMENTO PUBLICO

ENTRADA

ENTRADA

LOJA

LOJA

LOJA

LOJA

COZINHA

LOJA

CAFÉ

BANHEIROS

DEPÓSITO LOJA

LOJA

LOJA

ENTRADA

LOJA

LOJA

LOJA

LOJA

LOJA

SALA DE REUNIÕES

INFORMÁTICA

LOJA

DIREÇÃO MÚSICA

ENTRADA

LOJA

BANHEIROS

BANHEIROS

ENTRADA

DANÇA/ TEATRO

COSTURA PRAÇA INTEGRAÇÃO

COPA

ENTRADA

EXPOSIÇÕES

ADMINISTRAÇÃO

ESTÉTICA

ENTRADA

RESTAURANTE

ALMOXARIFADO

RECEPÇÃO PRAÇA ALIMENTAÇÃO

DEPÓSITO

RESTAURANTE

RESTAURANTE CINEMA

CINEMA

BANHEIROS

BANHEIROS

BILHETERIA

CONVENIÊNCIA

COPA FUNC.

DML

FOYER

BANHEIROS

RESTAURANTE BIBLIOTECA

LABORATÓRIO

CAIXAS ELETRO.

VESTIÁRIOS ENTRADA

ENTRADA

HALL

RESTAURANTE

RESTAURANTE

LIXO

BANHEIROS

ENTRADA

COPA ENTRADA

Figura 93: Esquema de fluxograma proposto para o projeto. Fonte: Desenvolvido por Maria Fernanda. ESTACIONAMENTO FUNCIONÁRIOS

115

DML

ALMOXARIFADO BANHEIROS

LIXO


PLANO DE MASSAS

Rua dos Andradas

EXPOSIÇÕES

Av. Pres. Castelo Branco

Av. Pres. Keneddy

CINEMA

COMÉRCIO

ADMINISTRATIVO

EDUCACIONAL

SERVIÇO

Rua General Osório

Figura 94: Esquema de plano de massas. Fonte: Desenvolvido por Maria Fernanda.

116


SETORIZAÇÃO

Cinema

Setor educacional 600,53 m²

791,61 m²

Comércio (lojas, restaurantes) 907,38 m²

Setor de Serviço 141,75 m²

Setor administrativo 149,79 m²

Setor Exposições e café 713,11 m²

A

v.

s. Pre

K

e en

dd

Ru

y

a

Ru

G

en

er

al

O

rio

A

Figura 95: Esquema de setorização. Fonte: Desenvolvido por Maria Fernanda.

117

v.

e Pr

s.

C

as

t

o el

Br

c an

o

ad o

sA nd

rad

as


AVENIDA PRESIDENTE CASTELO BRANCO

RUA DOS ANDRADAS

projeção lâmina fina

AVENIDA PRESIDENTE KENNEDY

ESPELHO D'ÁGUA

45

46

20

22

21

07

18 projeção telhado

44

39

42

38

41

06

17

ESPELHO D'ÁGUA

16 15

02

12

14

40

10 09 08

19

43

11

01

03 04 05

13

projeção telhado

projeção beiral

IMPLANTAÇÃO LAYOUT TÉRREO N

ACESSO VEÍCULOS ACESSO PEDESTRES

RUA GENERAL OSÓRIO

ESC. 1 500

01. Passarela de Acesso 02. Hall de Entrada 03. Sanitário PNE 04. Sanitário Masc. 05. Sanitário Fem. 06. Recepção 07. Administração 08. Copa 09. Almoxarifado 10. Diretoria 11. Sala Reuniões 12. Espaço de Convivência

13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24.

Biblioteca Laboratório de Pesquisa Sanitário Masc. Sanitário Fem. Depósito Sala Estética Sala Costura Sala Música Sala Dança/Teatro Sala Informática Espaço Multiuso Café

25. Cozinha 26. Depósito 27. Sanitários 28. Vestiário Fem. 29. Vestiário Masc. 30. Copa Funcionários 31. Almoxarifado 32. Sanitário Fem. 33. Sanitário Masc. 118 34. DML 35. Lixo 36. Estacionamento Func.

37. 38. 39. 40. 41. 42. 43. 44. 45. 46. 47. 48.

Bicicletário Foyer Cinema Bilheteria Conveniência Cozinha Depósito Sanitário Fem. Sanitário Masc. Sala de Cinema I Sala de Cinema II Caixas Eletrônicos/ Hall Praça de Alimentação

49. 50. 51. 52. 53. 54. 55. 56. 57. 58. 59. 60.

Depósito Lixo DML Restaurantes Sanitário Fem. Sanitário Masc. Lojas Praça da Integração Entrada Centro Lazer Estacionamento público Reservatório Espelho D'água Figura 97: Implantação Layout Térreo. Fonte: Desenvolvido por Maria Fernanda.


RUA DOS ANDRADAS

58 37

AVENIDA PRESIDENTE CASTELO BRANCO

59

projeção lâmina fina

AVENIDA PRESIDENTE KENNEDY

60 55

25

24

27

26 54

53

57 53

52

52

56 23

54

60 projeção telhado

52

52

52

52 48

50 51

49 28 29

47

31

32

34

30

33

35 projeção telhado

projeção beiral

36

IMPLANTAÇÃO LAYOUT NÍVEL -3.85 M N

37

ACESSO VEÍCULOS ACESSO PEDESTRES

RUA GENERAL OSÓRIO

ESC. 1 500

23. Espaço Multiuso 24. Café 25. Cozinha 26. Depósito 27. Sanitários 28. Vestiário Fem. 29. Vestiário Masc. 30. Copa Funcionários 31. Almoxarifado 32. Sanitário Fem.

33. 34. 35. 36. 37. 47. 48. 49. 50. 51.

Sanitário Masc. DML Lixo Estacionamento Func. Bicicletário Caixas Eletrônicos/ Hall Praça de Alimentação Depósito 119 Lixo DML

52. 53. 54. 55. 56. 57. 58. 59. 60.

Restaurantes Sanitário Fem. Sanitário Masc. Lojas Praça da Integração Entrada Centro Lazer Estacionamento público Reservatório Espelho D'água

Figura 98: Implantação Layout Nível - 3,85m. Fonte: Desenvolvido por Maria Fernanda.


120 2.70

.40

.45

3.00

3.00

2.33

.70

.70

1.37 .30

2.60

1.54

1.10

1.70

2.16

7.40

2.00

2.40

.30

1.00

.30

2.89

2.25

1.80

RUA GENERAL OSÓRIO

3.45

3.45

3.00

1.70

2.52

2.00

2.18

3.00

3.60

7.70

IMPLANTAÇÃO COBERTURA

3.55

1.27

.65

2.18

.90 .401.10

2.80

3.45

2.55

12.45

TELHA METÁLICA i=10%

i=10% TELHA METÁLICA

AVENIDA PRESIDENTE CASTELO BRANCO

TELHA METÁLICA i=10%

i=10% TELHA METÁLICA

LAJE IMPERMEABILIZADA

.30

CORTE AA 1.05

N

3.70

AVENIDA PRESIDENTE KENNEDY

RUA DOS ANDRADAS

LAJE IMPERMEABILIZADA

ACESSO VEÍCULOS ACESSO PEDESTRES

ESC. 1 500

Figura 99: Cobertura e corte AA esc. 1 500. Fonte: Desenvolvido por Maria Fernanda.


1.30

3.45

.45.45 1.84

3.00

1.10

.65

.40

2.80

1.20 1.35 .90

3.45

1.82

8.65

CORTE CC

ESC. 1 400

Figura 101: Corte CC esc. 1 400. Fonte: Desenvolvido por Maria Fernanda.

121 3.96

4.22

2.38

3.60

4.70

5.42

.14 .60

.30

2.90

2.90

2.90

3.80

.30

2.18

2.80

1.30

3.00

3.45

2.98

1.27

.65

.45

.40

1.05

1.20

2.18

1.10

2.18

.70

.70

1.52

2.60

1.52 .30

1.80

3.00

2.40

3.30

2.10

CORTES

CORTE BB

ESC. 1 400

Figura 100: Corte BB esc. 1 400. Fonte: Desenvolvido por Maria Fernanda.


SISTEMA ESTRUTURAL

O sistema construtivo do edificio compõese por pilares, vigas e vedação em alvenaria convencional com planos de vidro em algumas fachadas. O sistema estrutural escolhido para o projeto será a estrutura metálica, por sua capacidade de vencer grandes vãos, e a cobertura também será composta por telhas metálicas com inclinação de 10%.

122


Foi utilizado vigas em perfil I e pilares em perfil H nas dimensões de 30X30 cm. Figura 102: Representação da disposição das vigas. Fonte: Desenvolvido por Maria Fernanda.

Figura 102: Representação do sistema estrutural. Fonte: Desenvolvido por Maria Fernanda.

123


MATERIALIDADE

A materialidade escolhida para o Centro Cultural foi elaborada de modo a estabelecer e incentivar conexões com o entorno. A fachada foi composta por brises retráteis de bambu, dando uma maior privacidade para quem está dentro do edifício e também proteger da insolação. O revestimento de cimento queimado e o concreto aparente branco são encontrados nas duas fachadas do edifício, trazendo uma contraposição com os revestimentos de bambu que foram empregados em todas as esquadrias externas, e também com a lâmina metálica na cor vermelha que interliga os dois blocos.

Figura 103: Elevação frontal. Fonte: Desenvolvido por Maria Fernanda.

124

FACHADAS cimento queimado

FACHADAS concreto aparente


BRISES RETRÁTEIS/ ESQUADRIAS bambu

LÂMINA FINA lâmina metálica vermelha

PISO EXTERNO intertravado

125


Figura 104: Elevação esquerda. Fonte: Desenvolvido por Maria Fernanda.

Figura 106: Elevação posterior. Fonte: Desenvolvido por Maria Fernanda.

126


Figura 105: Elevação direita. Fonte: Desenvolvido por Maria Fernanda.

Seguindo o conceito de integração, os grandes janelões de vidro permitem uma conexão com quem está fora e dentro do edifício, trazendo uma grande permeabilidade visual e iluminação natural.

FACHADAS vidro

PISO INTERNO porcelanato timeless

127


128 Figura 107: Fachada principal Centro Cultural. Fonte: Render desenvolvido por Maria Fernanda.


129


4.01

6.00

2.00

2.80

6.00

6.00

ZOOM bloco cultural

CAMARIM 0.00 A=5,77m²

11

3.79

2.88

3.30

5.00

0.00 A=43,50m²

0.00 A=28,39m²

10

7.23

6.00

5.88

0.00 A=11,55m²

0.00 A=6,30m²

08

19 0.00 A=33,01m²

0.00 A=7,70m²

3.10

5.50

3.50

3.50 3.75

5.50

1.80

09

3.50

2.20

0.00 A=41,10m²

6.85

22

21

20

0.00 A=20,03m²

07

18

0.00 A=13,28m²

3.50

0.00 A=24,37m²

0.00 A=8,25m²

1.50

5.00

0.00 A=15,00m²

5.50 3.10

3.00

17

06

4.30

4.00

16 0.00 A=20,90m²

02

4.28

12 0.00 A=232,59m²

8.78

2.60

0.00 A=38,50m²

0.00 A=4,82m²

04

13

0.00 A=8,36m²

0.00 A=103,25m²

14.75

5.50

N

03

05 0.00 A=11,00m²

2.22 2.20

7.00

7.00

5.50

2.20

8.20

0.00 A=20,90m²

14

01

0.00 A=41,00m²

3.80 2.20

15

3.10

4.28

5.00

ZOOM LAYOUT TÉRREO ESC. 1 250

01. Passarela de Acesso 02. Hall de Entrada 03. Sanitário PNE 04. Sanitário Masc. 05. Sanitário Fem. 06. Recepção 07. Administração 08. Copa 09. Almoxarifado 10. Diretoria 11. Sala Reuniões 12. Espaço de Convivência

13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22.

Biblioteca Laboratório de Pesquisa Sanitário Masc. Sanitário Fem. Depósito Sala Estética Sala Costura Sala Música Sala Dança/Teatro Sala Informática

130

Figura 108: Entrada Centro Cultural. Fonte: Render desenvolvido por Maria Fernanda.


131


132 Figura 109: Recepção Centro Cultural. Fonte: Render desenvolvido por Maria Fernanda.


133 Figura 110: Biblioteca Centro Cultural. Fonte: Render desenvolvido por Maria Fernanda.


134 Figura 111: Sala de Informática. Fonte: Render desenvolvido por Maria Fernanda.


135 Figura 112: Sala de Música. Fonte: Render desenvolvido por Maria Fernanda.


3.14

ZOOM bloco cultural 60

3.80

-3.75 A=97,20m²

27

1.80

3.43

3.43

2.28

3.20 -3.75 A=13,09m²

3.35

-3.75 A=8,69m²

2.00

14.00

3.35 20.86

-3.75 A=6,16m²

2.00

25.18

24

-3.75 A=13,70m²

26

-3.75 A=4,00m²

2.60

25

2.00

6.00

6.00

4.00

24.61

23

-3.75 A=534,85m²

60

3.41

3.55

-3.75 A=13,95m²

34 -3.75 A=8,52m²

2.50

5.00

33 3.93

-3.75 A=13,95m²

4.00

3.64 2.44

3.08

2.44

3.50

30

-3.75 A=19,69m²

N

32

3.94

3.08

-3.75 A=28,44m²

5.00

4.30

2.90

-3.75 A=7,85m²

5.05

29 2.23

-3.75 A=33,29m²

4.70

4.70

28 2.23

31

1.30

2.37

2.57

3.80

1.90

6.88

3.58

4.86

25.65 3.80

35 -3.75 A=12,51m²

4.30

3.90

ZOOM LAYOUT NÍVEL -3,85 ESC. 1 250

23. Espaço Multiuso 24. Café 25. Cozinha 26. Depósito 27. Sanitários 28. Vestiário Fem. 29. Vestiário Masc. 30. Copa Funcionários 31. Almoxarifado 32. Sanitário Fem.

33. 34. 35. 60.

Sanitário Masc. DML Lixo Espelho D'água

136


137 Figura 113: Espaço Multiuso/ Exposições. Fonte: Render desenvolvido por Maria Fernanda.


138


139 Figura 114: Café Centro Cultural. Fonte: Render desenvolvido por Maria Fernanda.


140


141 Figura 115: Fachada Centro de Lazer. Fonte: Render desenvolvido por Maria Fernanda.


2.94

4.00

4.00

2.94

4.30

ZOOM bloco lazer

A=11,73m²

A=11,73m²

-3.75

A=11,73m²

A=11,73m²

A=11,73m²

-3.75

-3.75

-3.75

-3.75

2.93

2.93

2.94

2.94

4.00

2.93

A=11,73m²

A=11,73m²

-3.75

-3.75

4.00

4.00 4.00

4.00

55 A=241,48m²

A=16,00m²

A=16,00m²

-3.75

-3.75

-3.75

A=10,00m²

A=10,00m²

-3.75

-3.75

A=10,00m²

-3.75

-3.75

3.70

3.70

3.22

-3.75

A=10,00m²

A=10,00m²

-3.75

-3.75

3.18

2.70

A=16,09m²

4.00

4.38

A=10,00m²

2.70

4.33

54

2.70

3.70

2.70

3.70

4.00

4.00

2.70

2.70

4.00

53 A=16,09m² -3.75

2.80

52

3.70

-3.75

A=16,09m²

13.60

-3.75

2.00

2.91

3.00

3.00

2.00

52 A=11,93m² -3.75

A=12,30m²

3.01

2.87

2.87

48

50 51

49

A=238,92m²

A=4,29m²

A=11,97m² -3.75

-3.75

4.00 4.98

17.25

4.98

-3.75 1.50

A=49,43m²

A=46,53m²

-3.75

-3.75

47 N

2.00

2.00

-3.75

2.30

2.00

-3.75

-3.75

52 -3.75

2.00

A=12,34m²

A=12,30m²

A=6,58m²

4.00

52

52

2.00

-3.75

2.91

3.00

3.00

4.00

2.00

4.33

54

3.70 A=10,73m²

3.01

-3.75

3.22

52

2.80

3.01

A=16,09m²

3.70 3.70 A=10,73m²

1.40

53

3.18

1.40

3.70 1.40

3.70

2.80

1.40

4.38

2.80

25.65

ZOOM LAYOUT NÍVEL -3,85 ESC. 1 250

47. 48. 49. 50. 51.

Caixas Eletrônicos/ Hall Praça de Alimentação Depósito Lixo DML

52. 53. 54. 55.

Restaurantes Sanitário Fem. Sanitário Masc. Lojas

142


143 Figura 116: Detalhe na fachada Centro de Lazer. Fonte: Render desenvolvido por Maria Fernanda.


144 Figura 117: Praça de alimentação Centro de Lazer. Fonte: Render desenvolvido por Maria Fernanda.


145 Figura 118: Lojas Centro de Lazer. Fonte: Render desenvolvido por Maria Fernanda.


20.33

20.33

ZOOM bloco lazer

45

46

A=230,52m²

A=230,52m²

0.00

0.00

12.33

2.60

4.60

43

A=24,72m²

4.00 0.00

A=16,42m²

42

A=7,83m² 0.00

4.35

7.80

0.00

1.80

4.95 9.80

39

A=24,72m²

1.80

1.80

6.51

4.95

44

38 A=190,18m² 0.00

2.55

7.80

0.00

1.20

5.18

2.60

2.30

5.18

1.20

4.00

12.33

41 A=15,60m²

40

0.00

A=17,94m² 0.00

21.10

N

2.35

2.00

ZOOM LAYOUT TÉRREO ESC. 1 250

38. 39. 40. 41. 42.

Foyer Cinema Bilheteria Conveniência Cozinha Depósito

43. 44. 45. 46.

Sanitário Fem. Sanitário Masc. Sala de Cinema I Sala de Cinema II

146


147 Figura 119: Foyer cinema. Fonte: Render desenvolvido por Maria Fernanda.


148 Figura 120: Sala de cinema I. Fonte: Render desenvolvido por Maria Fernanda.


149 Figura 121: Sala de cinema II. Fonte: Render desenvolvido por Maria Fernanda.


150


151 Figura 122: Perspectiva fachada Centro Cultural. Fonte: Render desenvolvido por Maria Fernanda.


152


153 Figura 123: Centro Cultural. Fonte: Render desenvolvido por Maria Fernanda.


154


155 Figura 124: Estacionamento público. Fonte: Render desenvolvido por Maria Fernanda.


156


157 Figura 125: Visão Centro de Lazer e Centro Cultural . Fonte: Render desenvolvido por Maria Fernanda.


158


159 Figura 126: Visão da Praça da Integração . Fonte: Render desenvolvido por Maria Fernanda.


CAPITULO

08

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161


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164

NOVEMBRO 2021 I MARIA FERNANDA DA SILVA TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO DE CURSO


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