CURIOSIDADES SOBRE A PÁSCOA.
O que é e como nasceu a Páscoa? Muitos pensam que a Páscoa nasceu com a morte e ressurreição de Cristo. Mas esta é uma festa bem mais antiga do que imaginamos, pois começou em março de 250 a.C . LEIA COM ATENÇÃO: Quando a Páscoa surgiu não havia um calendário como nós temos hoje, que é chamado de calendário gregoriano (cristão) – está baseado no movimento da Terra. Os judeus utilizavam uma espécie de calendário baseado nas estações do ano, conhecido como calendário lunar (hebraico) – está baseado no movimento da lua. A data da Páscoa foi definida, para os judeus, no mês conhecido como Nisan, que era o tempo da primavera e da lua cheia. Nesta época a cevada estava madura. Então era tempo de fazer pão com a cevada antiga para que, quando a nova fosse colhida, o sabor desta fosse realçado. Na primavera as cevadas mais belas ficavam no alto dos montes, por isso o pastor tinha que levar as ovelhas para pastar lá encima; e então ele aproveitava para trazer alguns feixes de cevada para casa. Durante a dura viagem o pastor pedia ajuda para Deus a fim de que Ele protegesse suas ovelhas. E, em
forma
de
agradecimento, o pastor sacrificava uma ovelha para o Senhor. Esta é a primeira Páscoa, quando o pastor precisa fazer a pesha (passagem) da planície para o monte e, como agradecimento pela ajuda de Deus na “passagem”, sacrifica um cordeiro. A segunda Páscoa é aquela que relembramos no Sábado Santo. A Páscoa do “povo escolhido”. Aqui temos presente o livro do Êxodo (12, 1-18): só será salvo quem tiver aspergido o sangue do cordeiro na porta de casa e estiver em paz com o vizinho. Mas como assim “em paz com o vizinho”? A passagem bíblica diz que era para dividir o cordeiro com o vizinho. Mas os judeus tinham um negócio chamado “comunhão de mesa”. Você só senta à mesa com o fulano se estiver em paz com ele.
É o mesmo princípio da Missa, é salvo aquele que estiver com Cristo (Cordeiro de Deus) e em paz com o próximo. Não basta, porém, ser aspergido com o sangue e não ter inimizade com as pessoas. É preciso sair de casa e ir para o deserto, em busca da terra prometida. Esta é a segunda páscoa: saio do Egito para ir ao deserto. É a pesha de um lugar seguro para um lugar desconhecido e perigoso, que me deixa com apenas uma escolha: confiar em Deus. "Na nossa vida constantemente somos chamados a deixar a comodidade da nossa casa e subir a montanha, deixar o Egito e ir para o deserto e deixar Nazaré e ir pra Cruz". E a terceira páscoa e definitiva é aquela que Cristo, o Cordeiro de Deus, trouxe. Lembremo-nos do início da Celebração do Sábado Santo, quando o Sírio Pascal entra na igreja. Cristo vai à frente (como o Sírio) e nós todos vamos atrás. Ele vai sozinho, no meio do escuro. E, nós seguimos o Senhor, porque sabemos que não tem buraco algum, apenas escuridão. Ele foi primeiro. Esta é a pesha, a passagem das trevas para a luz, do pecado para o amor supremo. Na nossa vida constantemente somos chamados a deixar a comodidade da nossa casa e subir a montanha, deixar o Egito e ir para o deserto e deixar Nazaré e ir pra Cruz. Mas, esse não é o fim pra nós que somos cristãos. Vamos à montanha, mas descemos com comida nova; vamos para o deserto, mas chegamos à terra prometida e, vamos para a cruz, mas ressuscitamos. As coisas nem sempre são fáceis, mas Deus nos mostrou na História – e nos mostra hoje – que é preciso ter perseverança e fidelidade a Ele e, quando menos esperarmos, um novo dia vai surgir em nossa vida.
Thiago Pereira, FONTE: Reparatoris
VAMOS ENTENDER O SIGNIFICADO DA PÁSCOA! Para entender o significado da Páscoa cristã, é necessário voltar para a Idade Média e lembrar os antigos povos pagãos europeus que, nesta época do ano, homenageavam Ostera, ou Esther – em inglês, Easter quer dizer Páscoa. Ostera (ou Ostara) é a Deusa da Primavera, que segura um ovo em sua mão e observa um coelho, símbolo da fertilidade, pulando alegremente em redor de seus pés nus. A deusa e o ovo que carrega são símbolos da chegada de uma nova vida. Ostara equivale, na mitologia grega, a Persephone. Na mitologia romana, é Ceres
. Estes antigos povos pagãos comemoravam a chegada da primavera decorando ovos. O próprio costume de decorá-los para dar de presente na Páscoa surgiu na Inglaterra, no século X, durante o reinado de Eduardo I (900-924), o qual tinha o hábito de banhar ovos em ouro e ofertá-los para os seus amigos e aliados.
SIGNIFICADO DOS SÍMBOLOS DA PÁSCOA!
OVO DA PÁSCOA
O ovo é um destes símbolos que praticamente explica-se por si mesmo. Ele contém o germe, o fruto da vida, que representa o nascimento, o renascimento, a renovação e a criação cíclica. De um modo simples, podemos dizer que é o símbolo da vida. Os celtas, gregos, egípcios, fenícios, chineses e muitas outras civilizações acreditavam que o mundo havia nascido de um ovo. Na maioria das tradições, este “ovo cósmico” aparece depois de um período de caos. Na Índia, por exemplo, acredita-se que uma gansa de nome Hamsa (um espírito considerado o “Sopro divino”), chocou o ovo cósmico na superfície de águas primordiais e, daí, dividido em duas partes, o ovo deu origem ao Céu e a Terra – simbolicamente é possível ver o Céu como a parte leve do ovo, a clara, e a Terra como outra mais densa, a gema.
O mito do ovo cósmico aparece também nas tradições chinesas. Antes do surgimento do mundo, quando tudo ainda era caos, um ovo semelhante ao de galinha se abriu e, de seus elementos pesados, surgiu a Terra (Yin) e, de sua parte leve e pura, nasceu o céu (Yang). Para os celtas, o ovo cósmico é assimilado a um ovo de serpente. Para eles, o ovo contém a representação do Universo: a gema representa o globo terrestre, a clara o firmamento e a atmosfera, a casca equivale à esfera celeste e aos astros. Na tradição cristã, o ovo aparece como uma renovação periódica da natureza. Trata-se do mito da criação cíclica. Em muitos países europeus, ainda hoje há a crença de que comer ovos no Domingo de Páscoa traz saúde e sorte durante todo o resto do ano. E mais: um ovo posto na sexta-feira santa afasta as doenças.
COELHO DA PÁSCOA
Coelhos não colocam ovos, isto é fato! A tradição do Coelho da Páscoa foi trazida à América por imigrantes alemães em meados de 1700. O coelhinho visitava as crianças, escondendo os ovos coloridos que elas teriam de encontrar na manhã de Páscoa. Outra lenda conta que uma mulher pobre coloriu alguns ovos e os escondeu em um ninho para dá-los a seus filhos como presente de Páscoa. Quando as crianças descobriram o ninho, um grande coelho passou correndo. Espalhou-se então a história de que o coelho é que trouxe os ovos.
No antigo Egito, o coelho simbolizava o nascimento e a nova vida. Alguns povos da Antiguidade o consideravam o símbolo da Lua. É possível que ele se tenha tornado símbolo pascal devido ao fato de a Lua determinar a data da Páscoa. Mas o certo mesmo é que a origem da imagem do coelho na Páscoa está na fertilidade que os coelhos possuem. Geram grandes ninhadas! Assim, os coelhos são vistos como símbolos de renovação e início de uma nova vida. Em união com o mito dos Ovos de Páscoa, o Coelho da Páscoa representa a renovação de uma vida que trará bons novos e novos e melhores dias, segundo as tradições.
CORDEIRO DA PÁSCOA
O cordeiro é um dos principais símbolos (é o símbolo da aliança entre Deus e o povo judeu) de Jesus Cristo, já que é considerado como tendo sido um sacrifício em favor do seu rebanho. Segundo o Novo Testamento, Jesus Cristo é “sacrificado” durante a Páscoa (judaica, obviamente). Isso pode ser visto como uma profecia de João Batista, no Evangelho segundo João no capítulo 1, versículo 29: “Eis o Cordeiro de Deus, Aquele que tira o pecado do mundo”. Paulo de Tarso (na primeira epístola a Coríntio no capítulo 5, versículo 7) diz: “Purificai-
vos do velho fermento, para que sejais massa nova, porque sois pães ázimos, porquanto Cristo, nossa Páscoa, foi imolado.“ Jesus, desse modo, é tido pelos cristãos como o Cordeiro de Deus (em latim:Agnus Dei) que supostamente fora imolado para salvação e libertação de todos do pecado. Para isso, Deus teria designado sua morte exatamente no dia da Páscoa judaica para criar o paralelo entre a aliança antiga, no sangue do cordeiro imolado, e a nova aliança, no sangue do próprio Jesus imolado. Assim, a partir daquela data, o Pecado Original tecnicamente deixara de existir. No Antigo Testamento, a páscoa era celebrada com pães (sem fermento) e com o sacrifício de um cordeiro. O cordeiro que os israelitas sacrificavam no templo, no primeiro dia da páscoa, era tido como uma recordação do grande feito de Deus em prol de seu povo – o fim da escravidão no Egito. Assim o povo de Israel celebrava a libertação e a aliança de Deus com o seu povo. O cordeiro, para os cristãos, é a representação de Jesus Cristo – o cordeiro de Deus – sacrificado na cruz pelos nossos pecados.
CRUZ
A Cruz também é tida como um símbolo pascal. Ela mistifica
todo
o
significado
da
Páscoa,
na
ressurreição e também no sofrimento de Jesus. No Concílio de Nicea em 325 d.C, Constantino decretou a cruz como símbolo oficial do cristianismo. Então, ela não somente é um símbolo da Páscoa, mas o símbolo primordial da fé católica.
CÍRIO PASCAL
É uma grande vela que é acesa no fogo novo, no Sábado Santo, logo no início da celebração da Vigília Pascal. Assim como o fogo destrói as trevas, a luz que é Jesus Cristo afugenta toda a treva do erro, da morte, do pecado. É o símbolo de Jesus ressuscitado, a luz dos povos. Após a bênção do fogo acende-se, nele, o Círio. Faz-se a inscrição dos algarismos do ano em curso; depois se cravam cinco grãos de incenso que lembram as cinco chagas de Jesus, e as letras “alfa” e “ômega”, primeira e última letra do alfabeto grego, que significam o princípio e o fim de todas as coisas.
PÃO E VINHO
O pão e o vinho simbolizam a vida eterna,
o
corpo
e
o
sangue
de
Jesus,
oferecido aos seus discípulos, conforme é dito no capítulo 26 do Evangelho segundo Mateus, nos versículos 26 a 28: “Durante a
refeição, Jesus tomou o pão, benzeu-o, partiu-o e o deu aos discípulos, dizendo: Tomai e comei, isto é meu corpo. Tomou depois o cálice, rendeu graças e deu-lhe, dizendo: Bebei dele todos, porque isto é meu sangue, o sangue da Nova Aliança, derramado por muitos homens em remissão dos pecados”.
O pão e o vinho, na antiguidade, eram os alimentos mais comuns. Ao estabelecer a Eucaristia, Cristo utilizou de tais alimentos para simbolizar sua constante presença entre as pessoas. Assim, o pão e o vinho simbolizam o elo entre o Criador e a sua criatura. A Eucaristia foi feita na Última Ceia, quando Jesus Cristo ofereceu o pão e o vinho aos seus discípulos dizendo: “Tomai e comei, este é o meu corpo (pão)… Este é o meu sangue (vinho)…”.
SINOS
Muitas igrejas possuem sinos que ficam suspensos em torres e tocam para anunciar as celebrações. O sino é um símbolo da Páscoa. No domingo de Páscoa, tocando festivo, os sinos anunciam com alegria a celebração da ressurreição de Cristo. O seu repicar festivo, convida a todos para louvarem a Cristo nossa Páscoa, nossa vida. Os sinos
badalam
ALELUIA!
Pare
alegremente que
se
anunciando:
espalhe
forte
e
penetrante por todos os ares o anúncio da Ressurreição de Jesus, da Aliança nova e plena de Deus com a humanidade. Os sinos falam da alegria que devemos ter durante toda a nossa vida porque temos um Salvador que muito nos ama e que diariamente nos ajuda a chegar ao Céu.
COLOMBA PASCAL
Criado na Itália é um pão doce em formato de pomba. A pomba simboliza a paz de Cristo e também a presença do Espírito Santo. Diz a lenda que a tradição surgiu na vila de Pavia (norte da Itália), onde um confeiteiro teria presenteado o rei lombardo Albuíno com a guloseima. O soberano, por sua vez, teria poupado a cidade de uma cruel invasão graças ao agrado.
RAMOS DE PALMEIRA
.
A Semana Santa começa com o Domingo de Ramos, que lembra a entrada de Jesus em Jerusalém, ocasião em que as pessoas cobriam a estrada com folhas de palmeira, para comemorar sua chegada. Atualmente, as folhas de palmeiras são usadas na decoração das Igrejas durante as comemorações da Semana Santa, como um sinal de “boas-vindas a Cristo”.
PEIXE
O peixe é um símbolo inserido pelos apóstolos que eram pescadores. Símbolo de vida, foi usado pelos primeiros cristãos, no acróstico IXTUS – peixe em grego. As letras são as iniciais de ‘Iesus Xristos Theos Huios, Sopter’, que significa “Jesus Cristo, Filho de Deus, o Salvador”. Faz parte do ritual da Semana Santa comer peixe na Sexta Feira Santa, para lembrar o ritual dos 40 dias de jejum de carne, seguido pelos cristãos durante a Quaresma.
GIRASSOL
O girassol é uma flor de cor amarela, formada por muitas pétalas. Ganhou tal nome porque está sempre voltada para o sol. A flor, como símbolo da Páscoa, representa a busca da luz que é Jesus Cristo e, assim como ele segue o astro rei (sol), os cristãos buscam em Cristo o caminho, a verdade e a vida.
CARTÕES DE PÁSCOA
Na Páscoa enviamos cartões aos amigos, parentes. Desejar a alguém Feliz Páscoa é querer que ele tivesse da parte de Jesus Ressuscitado muita ajuda para se libertar do pecado; do egoísmo;
da
falta
de
amor
e
de
todas
as
dificuldades que tiver. É desejar também que esta pessoa cresça na fé e no amor de Jesus
Por que a Páscoa nunca cai no mesmo dia todos os anos? O dia da Páscoa é o primeiro domingo depois da Lua Cheia que ocorre no dia ou depois de 21 março (a data do equinócio). Entretanto, a data da Lua Cheia não é a real, mas a definida nas Tabelas Eclesiásticas. (A igreja, para obter consistência na data da Páscoa decidiu, no Concílio de Nicea em 325 d.C, definir a Páscoa relacionada a uma Lua imaginária – conhecida como a “lua eclesiástica”). A Quarta-Feira de Cinzas ocorre 46 dias antes da Páscoa, e, portanto a Terça-Feira de Carnaval ocorre 47 dias antes da Páscoa. Esse é o período da quaresma, que começa na quarta-feira de cinzas. Com esta definição, a data da Páscoa pode ser determinada sem grande conhecimento astronômico. Mas a sequência de datas varia de ano para ano, sendo no mínimo em 22 de março e no máximo em 24 de abril, transformando a Páscoa numa festa “móvel”. De fato, a sequência exata de datas da Páscoa repete-se aproximadamente em 5.700.000 anos no nosso calendário Gregoriano.
QUARESMA Os 40 dias que precedem a Semana Santa são dedicados à preparação para a celebração. Na tradição judaica, havia 40 dias de resguardo do corpo em relação aos excessos, para rememorar os 40 anos passados no deserto.
FONTES BIBLIOGRÁFICAS:
http://www.comshalom.org/
http://ceticismo.net/religiao/a-verdadeira-histori-da-pascoa/
http://www.suapesquisa.com/pascoa/simbolos_pascoa.htm
http://cirartes.webnode.com.br/products/pascoa/