TGI II - UNICEP / Lar de idosos

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LAR DE IDOSOS COM ASSISTÊNCIA A SAÚDE

MARIA MAZAROTTO



LAR DE IDOSOS COM ASSISTÊNCIA A SAÚDE

UNICEP - Centro Universitário Central Paulista Arquitetura e Urbanismo TGI II Professor Orientador Itamiro Nogueira da Silva São Carlos — Dezembro / 2018

MARIA GABRIELA MAZAROTTO GARCIA RA:6100670



AGRADECIMENTOS À instituição pelo ambiente criativo e amigável que proporciona.

A universidade UNICEP, pela oportunidade de fazer o curso. A esta universidade, pelo seu corpo docente, direção e administração que oportunizaram a janela que hoje vislumbro um horizontem superior.


1. APRESENTAÇÃO ·

PROBLEMÁTICA

·

JUSTIFICATIVA

·

TERCEIRA IDADE E O LAZER

2. REFERÊNCIAS PROJETUAIS ·

LAR DE IDOSOS PETER ROSEGGER

·

VILA DO IDOSOS

·

Comunidade Sweetwater Spectrum

3. PROJETO ·

ÁREA DE INTERVENÇÃO

·

MAPAS DA CIDADE

·

ANÁLISE DA ÁREA

·

DIRETRIZES DE PROJETO

·

PROPOSTA DE PROJETO

·

CONCEITO

·

IMPLANTAÇÃO

·

ELEVAÇÕES

·

INSOLAÇÃO FACHADA OESTE


·

PLANTA BAIXA TERREO/ PRIMEIRO PAVIMENTO

·

COBERTURA

·

ANÁLISE DE ESTRUTURA

·

CORTES

·

PERSPECTIVAS

4. ANEXOS ·

VISITA Á INSTITUIÇÃO

·

ENTREVISTA AO PROFISSIONAL

·

BIBLIOGRAFIA



APRESENTAÇÃO


O projeto caracteriza-se por um edifício multifuncional que dispõe de diversas atividades para a terceira idade e se insere com objetivo de contribuir com um espaço diversificado, buscando ocupar uma área ociosa da cidade, servindo como função social para o meio urbano como conector do espaço público. O objetivo é reunir diversas atividades que proporcionem convivência e encontros, garantindo diversidade cultural e social.

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PROBLEMÁTICA O trabalho que se apresenta mostrará a atenção que se dá ao segmento populacional que se encontra em processo de envelhecimento, seus direitos definidos por leis, a preocupação pela sua autonomia na defesa de sua integridade física e moral, sua realidade e necessidades neste século assim como sua participação no cenário atual. O trabalho visa discussão e concepção de uma proposta de espaço para acolhimento e apoio ao idoso, seja ela de longa ou temporária permanência, que permita um elo afetivo e de pertencimento entre as pessoas e o lugar. Isto significa que o indivíduo precisa se sentir como pertencente ao lugar e ao mesmo tempo sentir que o mesmo o pertence. "O lar é uma condição complexa que integra memórias, imagens, passado e presente, sendo um complexo de ritos pessoais e rotinas quotidianas que constitui o reflexo de seus habitantes, aí incluídos seus sonhos, esperanças e dramas". (MIGUEL, 2002). Logo cabe ao arquiteto muito além de discutir e propor alternativas relacionadas à moradia para o idoso, cabe a ele oferecer um acolhimento por meio de recursos arquitetônicos, que permitam o uso total do espaço através dos sentidos, estimulando uma identificação e interação mais próxima com o ambiente e o convívio social interno e externo, estes podendo produzir no idoso o entendimento da instituição como seu lar. Detectou-se uma carência na estrutura urbana de edificações e programas voltados a atividades para a terceira idade, tendo em vista as leis que protegem seus direitos. Com o propósito de solucionar parte desse problema, propõe-se a elaboração de uma edificação que servisse como um centro de apoio com moradia para os idosos, mas que ao mesmo tempo trouxesse o convívio semelhante a de uma vizinhança, que terá como objetivo trabalhar o conceito de autonomia, inserção e qualidade de vida dos idosos.

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JUSTIFICATIVA Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) considera-se idoso pessoas com idade a partir de 65 anos em países desenvolvidos, e 60 anos em países em desenvolvimento. A estimativa é que em 2050 exista cerca de dois bilhões de idosos, sendo 80% deles em países em desenvolvimento (OMS ,2017).

A estimativa dada pelo IBGE mostra que em 40 anos a população idosa irá triplicar no país. A população idosa passará de 19,6 milhões (10% da população brasileira em 2010) para 66,5 milhões de pessoas em 2050 (29,3%). A quantidade de brasileiros com 60 anos ou mais de idade vão ultrapassar o de crianças de 0 a 14 anos. Com essas estimativas em 14 anos, os idosos chegarão a 41 ,5 milhões (18% da população) e as crianças serão 39,2 milhões (17,6% da população), segundo dados obtidos traves do IBGE (Leal, agosto /2016). Somente o estado de São Paulo conta com 5.895.571 pessoas com idades de 60 a 75 anos em 2016. O estado de São Paulo concentra cerca de 43.359.005 milhões de habitantes, mais de um quinto (21,7% da população), (SEADE, 2016). Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), do censo de 2010, mostram que em 2009 havia cerca de 21 milhões de idosos no Brasil e, entre 1999 e 2009, o percentual das pessoas com 60 anos ou mais de idade passou de 9,1% para 11,3% sendo que o município de Itirapina/SP, (VER QUADRO NA PROX. PÁGINA), a população acima dos 60 anos é de 10,13%, 1.574 pessoas em uma população total de 17.589 habitantes. Um estudo do IBGE, "Mudança Demográfica no Brasil no Início do Século XXI", divulgado em abril de 2015, faz uma análise sobre taxa de natalidade e mortalidade em diferentes regiões do país e mostra a diminuição de mortalidade e o aumento da natalidade em diferentes faixas etárias. Com está análise temos como resultado o envelhecimento de nossa população. Boa parte da garantia do avanço da média de idade da população deve-se a avanços científicos, como a descoberta de novos antibióticos, projetos para proporcionar ganhos na qualidade de vida, como mobiliários, edificações e equipamentos. Ao pensar sobre o impacto dessas estatísticas, a suposição natural dentro do conLAR DE IDOSOS

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texto da arquitetura é pensar em assistência médica, projetos hospitalares e cidades acessíveis. No entanto, isso negligencia um problema emergente e sério: A solidão e o isolamento social. Boa parte dos idosos moram sozinhos e os mais velhos têm contato com familiares e amigos menos de uma vez por mês.

A solidão crônica na população idosa é incrivelmente prevalente e demonstra um impacto mensurável na saúde, como desenvolver um maior risco de incapacidades, doenças cardíacas , derrames e demência. A arquitetura tem um importante papel para ajudar esta parte da população. Nesse trabalho, parte dessa solução é tornar a moradia desejável para os moradores, independente dos gostos percebidos ou tradicionais. Viver em comunidades permite ao idoso o engajamento e interação, ao mesmo tempo em que começa a eliminar esse estigma de casa de repouso e permite que os mesmos mantenham sua independência.

POPULAÇÃO DE ITIRAPINA

Índice populacional de Itirapina/ Distribuição por sexo, segundo grupos de idade— FONTE: CENSO IBGE 2010 14

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DADOS IBGE População estimada 2017

17.589

População 2010

15.524

Área da unidade territorial 2016 (km 2)

564,603

Taxa de urbanização

90,2%

Densidade demográfica - 2010

27,49 (hab/km²)

Proporção de pessoas 0 a 14 anos de idade

18,6%

15 a 29 anos de idade

32,9%

30 a 59 anos de idade

38,4%

60 anos ou mais de idade

10,1%

Outros dados: IDH IDHM 1991

0,512

IDHM 2000

0,665

IDHM 2010

0,724

Serviços de Saúde 2009 : Leitos para internação em Estabelecimentos de Saúde Estabelecimentos de Saúde privado SUS

00 LEITOS

Estabelecimentos de Saúde privado total

00 LEITOS

Estabelecimentos de Saúde público

00 LEITOS ESTADUAL

Estabelecimentos de Saúde público

00 LEITOS FEDERAL

Estabelecimentos de Saúde público municipal

27 LEITOS

Estabelecimentos de Saúde público total

27 LEITOS

Estabelecimentos de Saúde total

27 LEITOS

Índice de pobreza

27,73% LAR DE IDOSOS

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População idosa em Itirapina censo IBGE 2010 Anos 60 a 64 65 a 69 70 a 74 75 a 79 80 a 84 85 a 89 90 a 94 95 a 99 100 ou mais Total Total da população idosa entre Homens e Mulheres em Itirapina

Homens 232 183 144 92 53 23 8

Mulheres 230 179 156 106 92 54 15 6 1 735 839 Aproximadamente 1574

No Brasil há um marco legal na política pública que estabelece a "Política Nacional do Idoso", criada pela Lei Federal 8.842 de janeiro de 1994. Entre suas finalidades ela aponta para: "A política nacional do idoso, que tem por objetivo assegurar os direitos sociais do idoso, criando condições para promover sua autonomia, integração participação efetiva na sociedade". Quanto à habitação e urbanismo em seu Artigo 10, item V, define competências aos órgãos e entidades públicos, sendo: a)

Destinar, nos programas habitacionais, unidades em regime de comodato ao idoso, na modalidade de casas-lares;

b)

Incluir nos programas de assistência ao idoso, formas de melhoria de condições de habitabilidade e adaptação de moradia, considerando seu estado físico sua independência de locomoção;

c)

Elaborar critérios que garantam o acesso da pessoa idosa à habitação popular;

d) 16

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Diminuir barreiras arquitetônicas e urbanas;


ACESSIBILIDADE ESPACIAL PARA O IDOSO Segundo a Lei 10.098/2000 estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção de acessibilidade das pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida, mediante a supressão de barreiras e de obstáculos. Propõe a consulta dos parâmetros constantes na norma de acessibilidade - NBR 9050. Segundo o autor, um ambiente cada vez mais acessível permite as pessoas realizarem atividades que proporcionem familiaridade, conforto de maneira mais fácil e segura. Para que se atenda a essa acessibilidade espacial, é preciso que se compreenda as quatro ideias de acessibilidade, segundo Dischinger, Bins Ely e Piardi (2009).

ORIENTAÇÃO ESPACIAL

Está ligada à percepção e compreensão do espaço, permitindo que os usuários reconheçam o ambiente e identifique funções do ambiente interno ou externo e desta maneira possam traçar meios de uso e deslocamento de forma independente. Todas as condições de orientação dependem das configurações arquitetônicas e dos suportes informativos, como também das condições psicológicas do indivíduo de tomar decisões e agir.

COMUNICAÇÃO refere-se às possibilidades de troca de i n f o r m a ções interpessoais, ou troca de informações por meio da utilização de equipamentos de tecnologia visual, auditiva, que facilite o acesso a compreensão das atividades. DESLOCAMENTO - É dado pelas condições de deslocamento ao longo de percursos horizontais e verticais de forma independente, de maneira mais segura e confortável possível, sem interrupções ou obstáculos. USO —

É dado através da possibilidade de participação de todo e ou qualquer indivíduo nas atividades, dando a liberdade de utilizar todos os ambientes e equipamentos naquele local. No seu contexto urbanístico, o "lar para idosos" pretende apresentar uma solução para os diálogos entre a comunidade idosa e os moradores locais, de modo que LAR DE IDOSOS

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incentive os valores da convivência comunitária. Dentro dessa mesma filosofia o projeto deve apresentar soluções para a conformação das áreas públicas propondo um contexto de cuidado, proteção e garantindo os direitos da pessoa idosa. O lar não é só um projeto voltado para moradia, mas também garante um meio de manter a convivência e integração da pessoa idosa com a comunidade. Esta edificação deve apresentar uma resposta contraria aos conceitos antigos¹, ele deve propiciar um ambiente de integração, proteção e estímulos para a pessoa idosa, garantindo que os conceitos de comunidade e solidariedade se mantenham nesse ambiente.

TERCEIRA IDADE E O LAZER O lazer na terceira idade permite a criação de umas atividades flexíveis sem que crie uma monotonia, preenchendo espaços livre com atividades diversificadas ao longo do dia, assim garantindo uma “manutenção” com a saúde mental, física e a interação social, além de relaxamento e prazer. As atividades devem ser divididas em três partes: de descanso ( permite o relaxamento do individuo) de recreação e entretenimento ( permitem sair da rotina ) e do desenvolvimento pessoal ( são atividades que possibilitam a interação social e aprendizagem). (DORNELES,2006). Dentro desse mesmo conceito foram analisados os seguintes projetos (Pg 22 a 27) para o melhor entendimento desse tipo de equipamento Nota ¹ - Conceitos antigos: Os asilos eram considerados estabelecimentos para o abrigo de pessoas com dificuldades de se manter, não promoviam a integração com a comunidade e o usuário.

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REFERÊNCIAS


REFERÊNCIAS PROJETUAIS LAR DE IDOSOS PETER ROSEGGER ESCRITÓRIO: DIETGER WISSOUNIG ARCHITEKTEN

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VILA DO IDOSOS ESCRITÓRIO: VIGLIECCA&ASSOC

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COMUNIDADE SWEETWATER SPECTRUM- C.A.- E.U.A.—ANO- 2013 AUTOR DO PROJETOS- LEDDY MAYTUM STACY ARCHITECTS Ano- 2013 Área Construída – 11.331,18m²

1- Hall/ Estar 2– Parque 3– Moradia 4- Tratamento de aguas pluviais 5– Centro comunitário 6– Área de convívio 7– Piscina de hidroterapia 8– Pomar 9– Lixo 10- Edifício de armazenamento 11- Irrigação 12– Deposito de jardinagem 13– Horta orgânica 14– Acesso rápido.

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PROJETO


ÁREA DE INTERVENÇÃO Itirapina é uma cidade pequena do interior paulista, região central do Estado, cercada por cidades importantes como São Carlos e Rio Claro. A cidade surge a partir da conformação de uma das principais vias ferroviárias da América Latina, onde boa parte da safra do café paulista havia de ser baldeada de um trem para o outro, pois o leito ferroviário mudava de bitola, da estreita para a larga. A malha ferroviária foi extensão do trecho Santos-Jundiaí, prolongando-se até Campinas, Visconde de Rio Claro, Jaú e Bauru. A cidade crescia rodeando a nova-velha estação, fundada em 1885. Várzea do Morro Pelado, com este nome, até sua emancipação político-administrativo em 1935, Itirapina era referência para quem circulava pelos sertões paulista. Em Itirapina, SP a União possui cerca de 720.000m 2 de terras no município, sendo uma boa parte no perímetro urbano da cidade, parte está ociosa sendo depósito de lixo e mato e outra usada como moradia irregular ocupada recentemente pelo movimento MST. A área de intervenção possui 21 .900,00m2 e declividade de 1,98%, está a 755 m de altitude, dados coletados no setor de obras da Prefeitura de Itirapina. A área é cercada por cerrado, era cortada por um riacho que junto com outras nascentes, formavam afluentes do Rio Tiete. Com a chegada da ferrovia para a cidade, o local o local transformou-se em pátio de manobra para trens e uma parte barracões para estocagem das safras de café, do extinto I.B.C. (Instituto Brasileiro do Café). Com o declínio do café, e o aparecimento das rodovias na região, foi reduzindo o tráfego de trens e deu-se a quase extinção de nossas ferrovias, tornando a área em questão terras de ninguém. O bairro escolhido é um dos mais tradicionais e antigos da cidade, onde se concentra um grande número de idosos e crianças, essa proximidade facilita o deslocamento dos mesmos até o local do projeto, onde a comunidade realiza caminhadas, jogos e diversas atividades no decorrer do dia. Área que pertencia a FEPASA, propriedade hoje da União está em processo de doação ao Município. Antes da escolha dessa área foram observadas as seguintes legislações municipais e do estatuto do idoso: 30

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Primeira casa de abrigo na cidade de Itirapina.

Código de Obras Municipal: ·

Capitula IV - Das Condições Gerais das Edificações;

·

Capitulo V - Das Edificações para Fins Especiais;

·

Capitulo IX ,Seção II - No que diz respeito ao Uso e Ocupação do Solo

Estatuto do Idoso: ·

Capitulo II — Do Direito a Liberdade, ao Respeito e à Dignidade;

·

Capitulo IV — Do Direito à Saúde;

·

Capitulo V — Da Educação, Cultura, Esporte e Lazer; - Capitulo IX — Da Habitação.

·

Código Sanitário Estadual — Decreto n o 12.342, de 27-09-1978,

·

-Norma A.B.N.T. -N.B.R.- 9050- Terceira Edição - 11 - 09 - 2015.

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LOCALIZAÇÃO DO MUNICÍPIO - VIAS DE LIGAÇÃO

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ÁREA DE INTERVENÇÃO

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HIERARQUIA VIÁRIA -

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USO DO SOLO

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INSTITUCIONAIS

-

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IMAGENS DA ÁREA DE INTERVENÇÃO

Vista sul do terreno, estrada de acesso a lateral– Acervo pessoal

Imagem via satélite—Fonte Google maps

Vista da ocupação irregular– Acervo pessoal 38

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Vista sul do terreno, entrada da estrada de acesso a lateral ao terreno– Acervo pessoal

Vista da rua 3, sentido vale verde– Acervo pessoal

Vista lote vazio de frente a área– Acervo pessoal

Vista sul da área– Acervo pessoal LAR DE IDOSOS

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ANALISE DA ÁREA

Sem escala

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RELAÇÃO DOS ELEMENTOS DE UM ASILO

Relação entre os elementos em planta baixa. Livro Manual do arquiteto pg 158.

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PROGRAMA DE NECESSIDADES Apartamentos Sala Dormitório Cozinha

- Necessidades dos apartamentos A casa de repouso deve contar com apartamentos tipo suítes (para usuários individuais, casais e grupo) equipados com uma série de itens para conforto.

Sanitário Adaptado Lavanderia

Área de convivência

Sala de TV

Sala de música

Recepção

Ateliê de costura, pintura escultura em sabão

Espaço de leitura

Biblioteca

Espaço coberto para alimentação

Academia Sala Multimídia

Sala de informática Sala de dança Sala de estar Área de jogos Área de exposições e vendas de produtos gerados pelo ateliê 42

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Serviços de apoio Deposito/ Uniformes / Alimentos / Equipamentos clínicos / Equip. e produtos de limpeza Banheiros para visitantes Refeitório Cozinha compartilhada

Lavanderia


Área externa

Setor médico/administrativo

Piscina/ hidroterápica

Recuperação Hospitalar (2 leitos)

Pista de caminhada

Sala atendimento e acompanhamento de enfermeira (Ambulatório) 3 Und. (*)

Pátio Horta comunitária Deposito de equipamentos/ jardinagem/ Horta/ equipamentos esportivos/ manutenção geral Estacionamento visitantes/ Residentes/ veículos do ILP/ vaga para ambulância

Sala atendimento fisioterápico

Sala atendimento Psiquiátrico Sala de atendimento odontológico Recepção/ Secretaria Diretoria RH

Área de embarque e desembarque de pessoas (Veículos comuns)

Financeiro

Área de carga e descarga

Sala de Reuniões

Área para contemplação

Barbearia

Área de equino terapia

Área de espera

Parquinho

Almoxarifado

Área de exposições Estábulo Praças Quadra descoberta

Circulação interna Elevador Escada Hall de entrada e distribuição

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ESQUEMA DE RELACIONAMENTO ESPACIAL

RELAÇÃO DO IDOSO COM O ESPAÇO

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ESTUDOS DE VOLUMETRIA

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PROPOSTA DE PROJETO A ideia da criação de um novo lar para idosos com assistência á saúde, partiu da necessidade da criação de uma nova instituição asilar na cidade de Itirapina, para que suprisse a necessidade local e da região. Trazendo um conceito diferente da instituição presente no município. A ideia parte de um conceito que a comunidade local possa usufruir de algumas áreas do projeto sem que interfiram no cotidiano dos idosos, garantindo assim uma livre passagem para qualquer usuário. Por isso, o projeto possui características especiais como: elevadores, maior espaço nos banheiros para circulação de cadeiras de rodas, e corredores com ampla ventilação para que também sejam usados como área de convivência dos idosos para que o prazer de viver ainda continue sob o usufruto de se residir num equipamento voltado á realidade do idoso, não deixando de lado a questão da formação do espaço arquitetônico. Não só dá questão do equipamento em si com as observações de projeto específico voltado para a necessidade do idoso que utilizará a Arquitetura. O projeto deverá pertencer à cidade e a cidade ao projeto. Ao examinarmos a estrutura física de nosso entorno urbano podemos observar que, na maioria das vezes, não é seguido o princípio básico que a cidade deve ser para todos. O acesso físico aos distintos elementos constitutivos da estrutura urbana desde a necessária locomoção entre os seus diversos pontos, realizada tanto em meios de transportes quanto a pé. Com isso foram criados eixos de circulação horizontal onde o pedestre pudesse se locomover pelos espaços livres do terreno. Os parques criados com passeios através de eixos foi a solução encontrada para criar diversos caminhos ao projeto através de suas formas geométricas que se complementam e se ligam, e assim com um projeto paisagístico que utiliza como base as formas geométricas não regulares que circundam o edifício como um todo. A proposta é de um local que fizesse ligação com a creche e a ONG meninos do ARACY através de caminhos que ligariam um ponto ao outro do terreno, logo partiu do pressuposto da necessidade de criação de ambientes fora da edificação para LAR DE IDOSOS

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que a interação social continue e flua cada vez mais. O edifício abraça um pátio central que cria uma espécie de vila ou ponto de encontro, que se estende através dos caminhos que conduz o usuário até a área de atividades físicas, piscina, horta e estábulo. Á ideia é que os caminhos entre á área externa, as entradas da edificação e a cidade em seu entorno se conectem, conduzindo aos usuários diferentes maneiras de terem acesso a algum ponto desejado do local, assim também dando o direito aos residentes de ir e vir sem ter a necessidade de passar por toda edificação, através de entradas secundarias espalhadas em diversos pontos. A configuração adotada é composta por grandes aberturas para melhor ventilação e luminosidade dos ambientes. A disposição dos ambientes facilita a localização do usuário em seu meio. O edifício conta com cobertura de telhas cerâmicas típicas da cidade para manter as características locais, e que farão a captação da agua através das calhas, enviando as para os reservatórios que serão utilizados para irrigação das hortas que se concentram próximas ao estábulo, a estrutura adotada é de alvenaria convencional bastante utilizada no município, o edifício será sustentado por pilares com seção de 20cmx15cm e laje em concreto armado. O lado norte da edificação (área central do edifício que liga a face leste e oeste) abriga a área administrativa, sanitários, academia, biblioteca, sala de música, área de jogos, sala de dança, refeitório e sala de estar. Já o lado oeste abriga habitações, área de convívio e salão. O lado leste abrigará a área de saúde, sala multimídia, ateliê, habitação, e sala de estar. Do total das unidades de habitação no térreo, foram projetados 5 apartamentos de 45 m², 1 apartamento de 48 m² e 5 apartamentos de 50 m², todos eles foram projetados para pessoas com dificuldade de locomoção e espaço mais amplos para melhor acessibilidade do usuário. Já no pavimento superior é disposto 3 apartamentos de 45 m², 1 apartamento de 48 m² e 4 apartamentos de 50 m², todos adaptados para portadores de necessidades especiais.

O terreno conta com uma área 21.000m², a necessidade da ligação entre o edifí48

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cio e a cidade, fez com que houvesse uma diagramação visível através dos caminhos e ambientes, conectando um local ao outro por meios dos passeios. Ruas, praças, parques e jardins foram todos desenvolvidos para que os idosos pudessem transitar livremente sem grandes problemas.

A casa de repouso abrigara cerca de 57 residentes. Área do terreno: 21.000 m² Área construída aproximadamente: 3.940,00m² Á edificação se encontra no eixo de umas das principais vias coletoras da cidade, com isso cria-se um novo ponto para praticas de atividades, pontos de encontro e lazer. Marcado pelos seus eixos, busca se configurar na paisagem como um elemento flexível, aberto, convidativo, e exposto a participação de seus usuários. Sua implantação recria e conecta vários espaços por meios de passeios e espaços abertos, contendo diversos usos e conexões , entendendo estes elementos como essenciais para uma boa relação com a cidade. O edifício tira partido da disposição dos eixos criados que interligam de um ponto ao outro da área, garantindo assim o livre acesso do indivíduo sem interrupções , buscando uma conectividade com o meio urbano partindo de um sistema composto pelos elementos parque/edifício/lazer. A relação do edifício com o externo busca criar um lugar acolhedor, mais intimo de contemplação.

Agregando atividades como lazer, cultura e moradia, edifício busca restaurar o cotidiano da vida urbana, resgatando o hábito de morar em vizinhanças. A união de diversas atividades proporciona encontros e convivência, gerando inúmeras oportunidades de uso e recreação, diversidade cultural, criando como se fosse vizinhanças mais convidativas. Estrutura e espaços flexíveis ressaltam a diversidades de ambientes, que ressaltam a ligação da área externa da edificação (área do terreno) com a cidade e edificação, requalificando e interligando os três.

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CONCEITO Os espaços buscam qualificar os aspectos do edifício na escala urbana e do usuário, garantindo assim um ambiente semelhante a comunidade. O acesso principal do edifício se configura através de um ressalto da volumetria na lateral que abriga a área administrativa, isolando-o , mas estabelecendo uma conexão com a rua criada. A forma da edificação é irregular resultante de subtrações de formas, criando um pátio externo buscando criar um ambiente que una os dois eixos da edificação. O edifício apresenta um gabarito que é pensado para não configurar-se como barreira mais sim como continuidade da malha urbana local. Nessa relação com o entorno , o volume se articula com as edificações próximas, mantendo a paisagem urbana local em sua continuidade.

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IMPLANTAÇÃO Exemplo de piso a ser usado nos caminhos e calçadas:

Levando-se em consideração a existência de caminhos estabelecidos naturalmente pelo trânsito e pela população entre a rua três e um, buscou-se na implantação reestruturar essa conexão através de uma variedade de acessos entre o terreno e seu entorno, com áreas de convívio e jardins abertos.

Esse eixo garante então uma diversidade de caminhos, qualificando e resgatando a importância do espaço aberto. O pátio criado qualifica os aspectos interno da edificação, gerando um ligação com o que está dentro e fora da edificação, gerando assim contrastes diferenciados com a volumetria.

Piso intertravado

Piso tátil

CRECHE

ASILO SÃO VICENTE DE PAULO

Criação de pequenos trechos fora dos caminhos de passagem 52

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ONG MENINOS DO ARACY

Sem escala.


TOPOGRAFIA

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SETORIZAÇÃO DA IMPLANTAÇÃO EDIFICAÇÃO ESTABULO E ÁREA PARA TERAPIA COM ANIMAIS ÁREA PARA FEIRA , EXPOSIÇÕES, USO ENTRE O LAR E O PROJETO MENINOS DO ARACY PARQUINHO ÁREA DE CONTEMPLAÇÃO E MEDITAÇÃO

MORROTE ÁREA DE ATIVIDADES FISICAS ÁREA DE PISCINA HORTA CANTEIRO DE FLORES PRAÇA PÁTIO EXTERNO CICLO-VIA SENTIDOS DAS VIAS ACESSOS A EDIFICAÇÃO

ÁREA PARA AMPLIAÇÃO

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Na implantação fica visível a divisão das atividades, que resulta em um ambiente organizado e de fácil localização, os caminhos que se estendem de um ponto a outro no decorrer do terreno facilitam o caminhar do indivíduo, permitindo ao usuário um passeio sem interrupções por obstáculos .

Implantação

Está área serve como extensão para creche existente , neste local os idosos podem reunir as criança para participar de atividades que são comuns na pré-escola como dança, arte, contação de história e até mesmo a ida ao parquinho. Com isso o idoso passa por uma transformação com a presença das crianças garantindo assim uma melhor qualidade de vida e troca de conhecimentos. Parquinho

O pátio serve como ponto de encontro para os residentes, neste local eles podem se reunir para práticas de atividades ao ar livre como yoga, dança, pintura ou até mesmo para descanso, o pátio também tem a função de quintal para o residente, garantindo assim a privacidade do mesmo em relação ao entorno. Pátio externo

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ELEMENTOS QUE COMPÕEM O PROJETO PAISAGÍSTICO Segundo um estudo realizado na USP-SP, aponta que a presença de árvores diminui a quantidade de material particulado no ar e reduz casos de câncer de pulmão em idosos. Em consequência disso, foi observada também uma redução nos casos de doenças respiratórias. O projeto paisagístico teve como escolha de plantas típicas da região e de fácil manutenção. Algumas espécies nativas farão um visual de tratamento condizente com o porte da edificação. Os jardins espalhados procuram dar um tom acolhedor, mais intimo de contemplação: neles predominam folhagens, com suas múltiplas formas e diversidades de cores. Foram adotados espécies altas para sombrear os bancos e espécies mais baixas e vistosas para áreas de apenas passagem. Acompanhando as calçadas, foram utilizadas espécies que possuem raízes mais profundas evitando a deformação das vias, também são espécies largamente usadas na região, assim mantendo a uniformidade com o restante da cidade.

Áreas de jardins e praças

Acácia

Magnolia Calçadas envolta do terreno

Sibipiruna 56

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Jacarandá mimoso

Oiti



ELEVAÇÃO NORTE ESCALA 1/200

ELEVAÇÃO SUL ESCALA 1/200


ELEVAÇÃO LESTE ESCALA 1/250

ELEVAÇÃO OESTE ESCALA 1/250



ELEVAÇÃO NORTE—ESTÁBULO ESCALA 1/200

ELEVAÇÃO SUL—ESTÁBULO ESCALA 1/200


ESTUDO DE INSOLAÇÃO FACHADA OESTE

Equinox da primavera

Solstício de verão

Solstício de inverno


LAR DE IDOSOS

TGI II

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SETORIZAÇÃO

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ÁREA ADMINISTRATIVA

HABITAÇÃO

ÁREA DE HABITAÇÃO E ATIVIDADES OCUPACIONAIS

ÁREA DE SAÚDE

LAR DE IDOSOS

TGI II

ÁREA DE ATIVIDADES OCUPACIONAIS, CIRCULAÇÃO VERTICAL, COZINHA, SALÃO E ÁREA DE CONVIVIO


COMUNIDADES Criação de comunidades nas habitações, a diferenciação das comunidades será feita através de cores com painéis fixados ao lado de cada porta e pelo mobiliário interno.

Interno amarelo.

Interno azul. Térreo

Primeiro pavimento

Sem escala

Sem escala

Interno verde.

Interno vermelho LAR DE IDOSOS

TGI II

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Detalhe 1

Detalhe 2

Escala 1/75

Escala 1/75

Detalhe 3 66

LAR DE IDOSOS

TGI II

Escala 1/75


Perspectiva refeitório

Perspectiva área de convívio

O pavimento térreo indica a relação entre o pátio externo e com entorno, gerando uma organização no programa de convivência, garantindo assim uma passagem livre dos usuários através das entradas secundárias espalhadas pela edificação. REFEITÓRIO

RH

SALA DE ATELIE

SALA DE CONSULTA

PÁTIO EXTERNO

COZINHA/ CAFETERIA

ADMINISTRAÇÃO

ÁREA DE CONVIVIO

SALA DE FISIOTERAPIA

BIBLIOTECA

SECRETARIA GERAL

APARTAMENTOS

LAVANDERIA

SALA PISICOLOGO

BANHEIRO FEM/MASC

CIRCULAÇÃO VERTICAL

SECRETÁRIA SETOR MED.

DENTISTA

DEPOSITO

SALA DE INFORMÁTICA/ MULTIMIDEA

SALA PÓS OPERATÓRIO

BARBEARIA/SALÃO DE BELEZA

ENTRADA PRÍNCIPAL ENTRADAS SECUNDÁRIAS

TÉRREO


Detalhe 2 Escala 1/75

O projeto é pensado para se adaptar ás necessidades futuras de seus usuários, incorporando conceitos de durabilidade. As salas de atividades múltiplas, os espaços podem ser organizados por meio de painéis moveis ou portas de correr, que podem ser organizados de maneiras diferentes para gerar novas funções.

Detalhe 1

Detalhe porta tipo camarão

Escala 1/100

Escala 1/25


Perspectiva sala de TV

Vista externa da área de exposição

SALA DE JOGOS

BANHEIROS FEM/MASC

SALA DE ESPERA

ÁREA DE EXPOSIÇÃO

SALA DE DANÇA

DEPÓSITO

CIRCULAÇÃO VERTICAL

SALA DE TV

ACADEMIA

DIRETORIA

SALÃO ABERTO

APARTAMENTOS

SALA DE MÚSICA

SALA DE REUNIÃO

ÁREA DE CONVÍVIO

PRIMEIRO PAVIMENTO

As salas de atividade múltiplas estão dispostas por quatro pilares com distancias de 6 a 4 metros cada um, possibilitando a criação de novos ambientes com tamanhos variados adaptados á estrutura.


Com inclinações que variam de 25% a 30% em diversas direções se cria um jogo de cobertura diversificado, dando a impressão de que existe varias edificações agrupadas dentro de um mesmo contexto.

TELHA CERÂMICA

RIPA

CAIBRO TERÇAS


CALHA COLETORA DE ÁGUA PLUVIAL

COBERTURA EM CONCRETO

COBERTURA

TELHA CERÂMICA PROJEÇÃO DAS PAREDES INTERNAS

CALHA COLETORA DE ÁGUA PLUVIAL


ESTÁBULO— PLANTA BAIXA BAIAS

ÁREA DE CONVÍVIO

ÁREA DE TREINAMENTO ABERTO

DEPÓSITO DE EQUIPAMENTOS

ÁREA DE TREINAMENTO

ÁREA DE DESCANÇO P/ANIMAIS

DEPÓSITO DE ALIMENTO

ESPELHO D’ÁGUA

BANHEIROS FEM/MASC

HORTA ELEVADA

DEPÓSITO

ÁREA DE TREINAMENTO ABERTO

SALA ZELADOR

ÁREA DE DESCANÇO P/ANIMAIS

ÁREA DE ESTOCAGEM HORTA ÁREA DE DESCANÇO / ANIMAIS ÁREA DE CARGA E DESCARGA


CALHA QUE LEVA A ÁGUA RECOLHIDA ATÉ O ESPELHO D’ÁGUA

CALHA COLETORA DE ÁGUA PLUVIAL

ESTÁBULO— COBERTURA

ESQUEMA TRELIÇA EXPLODIDA ESQUEMA TRELIÇA

ESCALA 1/50 LAR DE IDOSOS

TGI II

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ESQUEMA DOS APARTAMENTOS DE 50 M² A tipologia habitacional permite a criação de um ambiente adicional, sem prejuízo da qualidade interna do ambiente anterior. Os espaços podem ser remodelados gerando diferentes configurações ou de acordo com cada necessidades dos usuários. Tipologia 1

Escala 1/150

Cozinha e sala de estar—TP 1

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LAR DE IDOSOS

Tipologia 3

Tipologia 2

TGI II

Escala 1/150

Cozinha e sala de estar—TP 2

Escala 1/150

Quarto casal—TP 3


ESQUEMA DOS APARTAMENTOS DE 45 M²

Tipologia 1

Escala 1/150

Quarto casal—TP 1

Tipologia 3

Tipologia 2

Sala e Cozinha—TP 2

Escala 1/150

Escala 1/150

Quarto solteiro—TP 3

LAR DE IDOSOS

TGI II

75


ESQUEMA DOS APARTAMENTOS DE 48 M²

Tipologia 1– 48m²

Tipologia 2– 48m²

Escala 1/150

Cozinha e sala de estar—TP 1

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LAR DE IDOSOS

TGI II

Escala 1/150

Quarto casal—TP 2

Tipologia 3– 48m²

Escala 1/150

Sala e cozinha—TP 3


ÁNALISE ESTRUTURAIS A

O edifício emprega um sistema estrutural bem utilizado na cidade, alvenaria convencional compõem-se por vigas, pilares e lajes de concreto armado, estes elementos fazem parte da estrutura que farão a sustentação da edificação, a alvenaria tem função somente de vedar e separar ambientes. DT-1

Corte A Escala 1/500

Vantagens

A Posição dos pilares– térreo Escala 1/1000

·

Suporta grandes vãos;

·

Grande disponibilidade de mão de obra e materiais;

·

Pouca exigência de qualificação da mão de obra;

·

Facilita futuras reformas e mudanças no projeto.

Detalhe 1 Escala 1/500 Perspectiva estrutura

LAR DE IDOSOS

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ÁREA DE JOGOS- PD= 2,85

Laje de piso em concreto armado

REFEITÓRIO- PD= 3,00

Vidro low-e( Cebrace)

Melhor desempenho térmico

Telha cerâmica Parede de tijolo cerâmico

PD= 2,90

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LAR DE IDOSOS

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Vista norte—Sem escala


Calha coletora de água pluviais

Alvenaria

Área de habitação Vista Sul - Sem escala Calha coletora de água pluviais

Espaço de convívio com visão do entorno Placas horizontais

Vista Oeste—Sem escala


CORTE A ESCALA 1/250

CORTE B ESCALA 1/250


CORTE C ESCALA 1/250

CORTE D ESCALA 1/250



CORTE E ESCALA 1/250

CORTE F ESCALA 1/250


A caixa de escada conta com 18 degraus, com espelhos de 17 cm.

Detalhe 1– Corte A Escala 1/75

A abertura criada na laje superior permitindo a passagem de luz através da janela, garantindo assim uma melhor iluminação dos ambientes que estão em sua projeção. Detalhe 2– Corte A Escala 1/75

As vigas estão embutidas nas paredes principais.

Detalhe 1– Corte F

Escala 1/75


CORTE A—ESTÁBULO ESCALA 1/250

Vista área de equino terapia

Vista fachada norte

Vista área espelho d’água

Vista área de treinamento coberto LAR DE IDOSOS

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O Hall de entrada conta com um pé direito duplo de 5,80m , que garante uma ventilação melhor e uma boa iluminação no decorrer do dia. Ele se apresenta próximo as áreas de convívio , transformando-o em um lugar convidativo perdendo o estigma de um local apenas de passagem.

Hall de entrada

Área para feiras

Este espaço atua como extensão para ONG meninos do Aracy que se encontra ao lado da área do lar. O espaço pode ser utilizado de varias maneiras diferentes ele atua como um conector com o meio urbano, neste local pode se concentrar feiras, exposições, apresentações, encontros e etc. Ele se encontra em meio a um trechos de caminhos que conectam ao restante do terreno, esses caminhos são demarcados de acordo com o piso como pode ser observado ao lado, variando de textura e cor.

Este local serve como conector entre o parquinho e a área de exposições, ele atua também como extensão para ambos. Com bancos mais largos permite os indivíduo o uso de diversas formas, os caminhos são generosos com cerca de 3m.

Bancos a área de exposições 86 próximos LAR DE IDOSOS TGI II


Os benefícios trazidos pelas praças públicas decorrem tanto da vegetação que pode ser abrigada por elas, quanto de aspectos subjetivos relacionadas á sua existência, como a influencia positiva no psicológico da população, proporciona benefícios pelo contato com a área verde ou usos do espaço para o convívio social. A praça também exerce como um papel importante na identidade do município, rua ou bairro. Praça

A interação dos animais com os idosos demonstram efeitos positivos sobre diversos aspectos, como a interação verbal, a socialização, bem-estar social e cardiovascular por meio de companhia e distração com os animais, além de aliviar o sentimento de solidão e melhorar a qualidade física do idoso.

Estábulo com vista do espelho d’água

A fachada oeste recebe o sol da tarde e como meio de solução para este problema foram utilizados brises estendidos logo a cima das janelas, Neste local também conta com diversas árvores dispostas logo a frente da edificação como meio de barreira conta o som e insolação.

Fachada oeste com vista da entrada principal LAR DE IDOSOS

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ANEXOS


ANEXO 1 VISITA A INSTITUIÇÃO INFORMAÇÕES SOBRE O EQUIPAMENTO ESCOLHIDO Residentes: 12 Homens / 12 Mulheres · 5 homens cadeirantes · 4 mulheres cadeirantes 7 Funcionários 2 Voluntários 2 Projetos em Andamento · Noite da Pizza · Cozinha para todos 1 Enfermeira chefe 1 Enfermeira técnica 1 Cozinheira 2 Pessoas para Organização e Limpeza 1 Administrador ESTRUTURA 11 Dormitórios: 8,75 m² cada · 2 Camas por dormitório · Tipo suíte 2,5 m² · Ventilador de teto · 1 dormitório com 3 camas Área Administrativa: 12 m² · 1 Armário tipo arquivo · 1 Mesa com suporte para computador · 1 armário comum 1.7x1.2 m 2 salas de TV: 15 m² 1 sala com: · 10 poltronas · 1 sofá · 1 TV 1 sala com: · 4 poltronas 90

LAR DE IDOSOS

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· 1 TV Cozinha industrial: 35 m² Refeitório: 40 m² · 8 mesas de 2x0.6 m Barbearia: 4 m² Sala de farmácia e atendimento: 20 m² Enfermagem: 10 m² · 1 cama com aparelhos, de monitoramento e oxigênio · 1 cama simples de solteiro · 2 Banheiro para Funcionários / Feminino e Masculino, não adaptados para deficientes Lavanderia: 44 m² 24 Guarda roupas · 1 secadora industrial · 1 máquina de lavar roupas industrial

Deposito administrativo · 2 Armários tipo arquivo · 2 estantes 2x 1.5 m AREA EXTERNA Deposito equipamentos de limpeza: 6 m² Deposito geral: 25 m² Horta: 8 mm² · 5 canteiros com legumes, verduras e plantas para chás medicinais Jardim Fábrica de Sabão: 12 m² · 5 tanques para armazenamento de óleo de cozinha usado e preparo de sabão Área para atividades: 100 m² Capela: 44 m² Garagem Total construído aproximadamente 493.98 m² Área total do terreno 1064.53 m²

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VISITA TECNICA AO EQUIPAMENTO A INSTITUIÇÃO O equipamento escolhido para visita foi o Asilo ‘ LAR DOS POBRES SÃO VICENTE DE PAULO’, localizado Rua três, 901- Vila Monte Alegre, Itirapina-SP. Inicialmente ele abrigava pessoas que desciam na estação a duas quadradas dali, servia como uma espécie de albergue para viajantes e doentes. Sua estrutura era simples contava apenas com a capela e mais quatro quartos com cerca de 10 m² cada. Não a registros de quando começou a abrigar somente pessoas da terceira idade. O Asilo possuía quatro quartos, cozinha, dois banheiros e a capela. Abrigava doze idosos inicialmente de maneira precária. A partir de 2009 o local começou a receber uma série de reformas e ampliações, para seguir as normas sanitárias e de acessibilidade, hoje conta com onze quartos com cerca de 10,75 m² com duas camas e banheiro adaptado, cozinha, refeitório, lavanderia, sala de TV, farmácia, ambulatório, administração e barbearia. O asilo recebe doações de alimentos e produtos de limpeza da população, por se tratar de uma instituição filantrópica a maior parte do dinheiro usada para manutenção é obtido por doações, através da venda do sabão caseiro que é produzido pela própria instituição (arrecadação de óleo de cozinha usado) e participação de eventos que ocorre na cidade montando barraca de comida típica como o tema abordado no evento, foi uma das maneiras alternativas encontradas para manter em funcionamento a instituição.

Pátio com jardim

Pátio com acesso ao refeitório

Horta


ESTRUTURA Ao adentrar ao asilo pode se notar que se trata de um local bem simples, é possível encontrar um pátio interno que é bem amplo que separa os quartos dos demais ambientes do asilo. Ao lado direito pode se encontrar os quartos, estes são bem simples, contam apenas com duas camas e um banheiro, e apenas uma janela que dá acesso ao pátio, pelo fato do quarto ser muito pequeno acaba dificultando a movimentação de dois idosos nesse mesmo ambiente. Ao lado esquerdo logo na entrada pode se notar a horta, com 5 canteiros que são divididos entre legumes, verduras e plantas medicinais para o preparo de chás, a adubagem é feita com restos de alimentos e adubo que doado por uma fazenda da região. Ao lado da horta se encontra a antiga capela juntamente com a pequena fábrica de sabão, que é feita de maneira artesanal por voluntários da comunidade e da igreja. Logo em seguida pode se notar a sala de TV que serve como um local de encontro entre os familiares dos residentes e é o ambiente onde eles passam a maior parte do dia, a sala é bem ampla e escura devido a pequena janela usada. A iluminação na maior parte dos ambientes é feita de maneira artificial. A sala de TV faz ligação com os demais ambientes do asilo, através de um corredor se tem acesso a farmácia e a sala de enfermagem, seguida da ampla varanda que da vista a lavanderia e a horta, voltando a sala de TV, pode se observar uma porta localizada ao lado esquerdo onde se encontra o refeitório que faz ligação a cozinha. O refeitório é um dos ambientes mais amplos do local seguido da cozinha e lavanderia.

Pátio de entrada

Refeitório

Cozinha


Logo após a cozinha pode se encontrar a área administrava que é compartilhado o deposito de arquivos e banheiros para os funcionários. Ao lado esquerdo ao fundo do lote pode se encontrar a lavanderia, onde são higienizadas as roupas dos funcionários e dos residentes, e é também o local onde se guarda as roupas de cada residente. Logo em seguida se encontra o deposito geral, onde se encontra camas, vassouras, cadeiras de rodas entre outras coisas. A rotina é bem simples sem muitas variações de atividades para os residentes, eles recebem cerca de cinco refeições ao longo do dia, passam por uma breve analise física no período da manhã e mais uma antes de irem dormir. O café da manhã é servido as 7:30 h, o almoço é servido das 11:30 às 13:00 h e por volta das 17:30h é servido a janta, entre uma refeição e outra são servidos lanches, frutas, sucos e leite.

No período da tarde eles começam a tomar banho e por volta das 18:30h, são colocados em seus quartos. O asilo é aberto à visitação de domingo a domingo das 9:00h às 16:30h.

PONTOS POSITIVOS A instituição conta com funcionários bem atenciosos, e que tratam os residentes como se fossem da família, sempre estão à disposição para os cuidados dos residentes. Não há um período longo de espera para o atendimento dos residentes. Objetos e equipamentos são novos não necessitam de troca e adaptações A edificação foi reformada recentemente, passou por melhorias e conta com ambientes dentro das normas de acessibilidade.

PONTOS NEGATIVOS Os quartos são extremamente pequenos não existe a possibilidade de um cadeirante se locomover sozinho no ambiente. O espaço disponível dentro da instituição para lazer e outras atividades ao ar livre é 94

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bem reduzido, causando uma certa desmotivação por parte dos residentes na pratica de algumas atividades propostas. A falta de ambientes mais interativos, é um dos pontos que deve ser avaliado no estudo desse local, mesmo com vários projetos realizados na instituição para o contato dos residentes com os visitantes e com os projetos de música, dança, esporte, jogos, e etc, é nítido a falta de vontade na participação dos idosos em relação a essas atividades, os ambientes são monótonos, próximos uns aos outros, e a disposição dos ambientes ao terreno não se comportam de maneira que “ force” o residente e nem incentive ele a caminhar ou permanecer em locais diferentes na maior parte do tempo. Muitos acabam permanecendo a maior parte do tempo, sentados em bancos próximos aos seus quartos ou na sentados na sala de TV. A disposição dos ambientes é inadequada pra cada função, principalmente os quartos que tem acesso bem próximo a rua. As passagens como portas e corredores internos são muitos estreitos, geralmente os residentes necessitam da ajuda dos funcionários para passar por esses lugares.

CONCLUSÃO Mesmo passando por adaptações ao longo do tempo, para se adequar as necessidades que eram vigentes em cada momento , onde não houve nenhum planejamento para se tornar uma casa de repouso para idosos, a instituição mesmo que pequena ela cumpre com as necessidades básicas para um centro de repouso para idosos, contudo ainda necessita de melhorias e ampliações, tanto nos quartos dos residentes, nos ambientes administrativos, áreas para lazer, convívio, áreas comuns e principalmente na disposição dos mesmo em relação ao lote.

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ANEXO 2 ENTREVISTA AO PROFISSIONAL DA ÁREA Nome: Luciana Cristina Lucas Idade: 35 anos Formação Acadêmica: Fisioterapia – Universidade Camilo Castelo Branco- Descalvado Anos de atuação: 12 anos Quais são suas principais funções nessa área de atuação? Resposta: Bom, eu tenho de atender os idosos em suas necessidades, priorizar dinâmicas específicas para cada um, pois tem idosos cadeirantes e acamados. Minha função é dar a eles condições de uma rotina mais ativa, pois são extremamente sedentários; então a fisioterapia entra para tirá-los da rotina, proporcionando uma vida mais ativa. Como os cuidadores (Estagiários, voluntários) agem quando sabem que terão que cuidar de pessoas da terceira idade com um certo grau de deficiência? Quais as justificativas apresentadas no caso de não aceitarem a função? Resposta: Eles agem naturalmente, mas sem ajuda de um fisioterapeuta cometem alguns erros, por exemplo: pegar e colocar em cadeira de rodas, fazer um deslocamento de forma adequada e outras. A partir da entrada da fisioterapeuta foi possível melhorar e orientar os estagiários e voluntários para um melhor atendimento, pois assim agem de forma mais natural e segura; independente se os idosos forem deficientes ou não. De que forma o sistema de saúde veem encarando o público da terceira idade? Resposta: Bem precário, pois hoje a maioria das pessoas e principalmente os idosos necessitam de atendimentos mais específicos e especializados. Hoje uma parte dos idosos é colocada em asilos, pois a família não tem muitas condições de trata-los em casa, acreditando que nos asilos eles sejam atendidos melhores, mas como disse anteriormente ficam lá só pela alimentação, pois não há pessoas especializadas para um tratamento adequado. Os profissionais da saúde que atendem,

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pouco se envolvem, virando uma rotina. Algumas das instituições não têm profissionais para atendimentos específicos dos idosos. Só melhoraria se tivesse mais investimento na saúde pública. A sociedade mostra-se preconceituosa a toda realidade que não corresponde, aos modelos veiculados na mídia. Em sua opinião, que tratamento a sociedade dispensa às pessoas da terceira idade? Resposta: Respeito ,pois as pessoas da terceira idade tem muito conhecimento e experiência que poderia ser transmitida para os jovens, crianças e adultos, mas infelizmente para a nossa sociedade isso não acontece, uma pessoa da terceira idade quando começa a dar trabalho ( precisa de ajuda para se locomover, para se alimentar, fazer sua higiene,...) ela é considerada como um transtorno na vida dos familiares , então, elas são colocadas em asilos ( famílias que não tem recursos ) ou em clinicas particulares ( famílias com recursos) e são esquecidas. Em sentido de cidades, tentam mascarar, fazendo alguns acessos para facilitar a locomoção das pessoas da terceira idade. Enquanto a saúde é uma calamidade, sem comentário, a pessoa que não tem um plano de saúde as vezes morre na fila esperando ser atendida. Quais são os desafios ao inserir as pessoas de terceira idade em ambientes comunitários? (Vilas para idosos, ILP, Centro de cuidado temporário) Resposta: É difícil, porque muita gente não sente atraída por essas instituições. Esses ambientes às vezes não são atrativos e, além disso, às famílias colocam os idosos nessas instituições ou por não terem condições de mantê-los em casa ou porque acham que eles atrapalham sua vida, sendo assim, são abandonados pelos próprios familiares. Também esses ambientes não têm projetos sociais para inclusão desses idosos à sociedade. Como o espaço influencia na interação com as demais pessoas da terceira idade e funcionários? Você possui experiência em outros locais que deram certo?

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Resposta: O lugar tem de ser atrativo, amplo e oferecer atividades criativa para que eles sintam seguros para poder participar. Mas na realidade os asilos apresentam uma rotina em que eles levantam, tomam banho, tomam café, assistem tv, almoçam, descansam, tomam café da tarde, medicação, jantam e depois dormem. Não possuo experiência em outros locais, só trabalhei nesta instituição em Itirapina, mas na minha opinião, uma instituição só dá certo se a administração for voltada para o idoso e não para fins lucrativos. Em sua opinião a construção de uma sociedade inclusiva é papel de todos nós? Resposta: Sim, mas é necessário que toda a sociedade tenha uma maior preocupação de inclusão dos idosos, isto é, é dever, do Estado, Município dar condições e acolhe-los através de Projetos Sociais, para que tenham uma forma mais digna na sociedade. A maior inclusão depende exclusivamente da família, aceitando e respeitando os seus idosos.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS -

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