Portfolio 2021

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MARIANA VIEIRA

Portfólio 2021 www.marianadiasvieira.com @mari_vieira


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COPAN DRAMA #1 DRAMA #2 DRAMA #3 ARROZ NUMA NADA DADA SITUAÇÃO CAFÉ-DA-MANHÃ GÊMEAS BRINACANDO DE ALINHAR A LUA NOUVELLE

Meu trabalho se desenvolve a partir das imagens em movimento e da poesia com grande interesse em suas diferentes temporalidades e espacialidades seja através da insistência nos planos fixos de longa duração ou das imagens que surgem dos fluxos narrativos dos poemas. Vejo a cidade e os espaços construídos muito influenciada pela minha formação em arquitetura e urbanismo mas também como uma grande mesa de montagem onde todos os assuntos se aproximam e se misturam possibilitando a construção de novos sentidos e significados. A pesquisa se materializa, na maioria dos trabalhos, em videoinstalações e fotografias com interesse crescente nas ações performáticas e artes da cena.

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COPAN - faltava-me o ar mas eu ainda podia ver 16’03’’ Vídeo 2020 O trabalho é resultado de uma imersão de 4 dias no Edifício COPAN, em São Paulo - 2 meses antes da pandemia de Covid-19. As imagens pareciam me preparar para essa asfixia que se transformou 2020. Faltava-me o ar mas eu ainda conseguia ver. Inaugurado na década de 60, o COPAN tornou-se um ícone da arquitetura moderna no Brasil e no mundo. Com projeto de Oscar Niemeyer (115 metros de altura, 32 andares, 120 mil metros quadrados de área construída, 1.160 apartamentos, aproximadamente 5 mil moradores, várias lojas e restaurantes no térreo) é um dos maiores complexos habitacionais do país e um dos mais famosos de São Paulo, o edifício sofreu um esvaziamento significativo por conta da pandemia.

10’11’’

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COPAN - faltava-me o ar mas eu ainda podia ver 16’03’’ Vídeo 2020

1’49’’

6’19’’

10’11’’

14’18’’

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DRAMA #1 - Inveja 4’32’’ Vídeo 2019 A série Drama é um inventário sobre cenas e movimentos. Composta por vídeos onde há sempre uma ação sendo captada por um personagem que se mantém oculto da cena. Em cada cena, a ação que se desenvolve é descoberta ao mesmo tempo que é captada. Há no personagem oculto uma tensão em se manter oculto e ao mesmo tempo próximo da cena. Há, portanto, uma tensão dramática que se desenvolve na cena e atrás da câmera que a registra. A série vem se desdobrando desde 2013 quando o conceito ficou mais claro no projeto Inveja que capta/ observa a conversa de um casal dentro de um trem em movimento ao mesmo tempo que capta/ observa pela janela, a paisagem que vai se transformando lá fora.

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DRAMA #1 - Inveja 4’32’’ Vídeo 2019

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DRAMA #2 2’29’’ Vídeo 2019

0’09’’

0’47’’

0’50’’

1’11’’

1’22’’

1’31’’

1’41’’

1’55’’

2’10’’ Acesse o vídeo na íntegra 7


DRAMA #3 10’31’’ Vídeo 2020

0’10’’

0’19’’

0’43’’

1’14’’

3’48’’

4’44’’

5’23’’

6’12’’

6’21’’ Acesse o vídeo na íntegra 8


ARROZ 16’47’ Vídeo performance 2020 O trabalho sugere uma central de controle de imagens e informações em tempos de pandemia. Com várias janelas abertas ao mesmo tempo na tela do meu computador apresento cenas de trabalhos em processo, outras captadas no ateliê e de vários cômodos da casa de onde não saía há quase 40 dias. Imagens e movimentos em suspensão. Nada parece ser, tudo é. A central armazena e reorganiza as imagens que vejo, as pesquisas que faço e os pensamentos que permeiam tudo isso. Tudo acaba aparecendo na tela e se ajustando por analogia como em um grande atlas. Enquanto me ocupo de sentir o tempo passar, novas imagens seguem alimentando a central.

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ARROZ 16’47’ Vídeo performance 2020

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NUMA NADA DADA SITUAÇÃO Editora 7Letras Livro de poesia 2020 Foto da capa: Mariana Vieira. Sinal Fechado, 2013

Disponibilidade do livro 11


CAFÉ-DA-MANHÃ projeção sobre mesa e louça branca com som ambiente 2014 O projeto café-da-manhã surge como o diário de um casal que se separa antes de concluir a meta de dois anos de fotografias diárias. A separação é, portanto, o elemento inesperado que desestabiliza e congela o projeto inicial por quase três anos até transformá-lo em outro projeto completamente novo que não existiria sem o primeiro e que dele se alimenta e se reinventa como a vida, como um sistema, como tudo. Duas regras básicas definiram o registro das imagens originais: (i) As fotos deveriam ser feitas invariavelmente após o café-damanhã, sem qualquer direção de arte (como organizar talheres, louças, toalhas, guardanapos, restos de comida etc.) e (ii) cada foto deveria ser clicada de um ponto ortogonal à mesa onde o prato e a xícara estivessem pousados. Acesse o vídeo na íntegra 12


CAFÉ-DA-MANHÃ projeção sobre mesa e louça branca com som ambiente 2014 O trabalho se completa na projeção do filme e não apenas na montagem da sequência das fotos emparelhadas lado a lado com os efeitos sonoros. Na instalação montada no atelie da artista foram usadas duas mesas de 70x70cm cada, dois projetores suspensos, independentes entre si, dois pratos de louça branca. Na primeira mesa, a projeção ortogonal se impõe como se arrumasse a mesa em looping. A distância focal da lente foi programada para fazer com que a imagem projetada ocupasse medidas reais ao ponto de coincidir com o prato - objeto de louça - em apenas um dos lados. Na segunda mesa, as duas fotos emparelhadas aparecem no centro de um prato de louça como se fosse uma miniatura.

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CAFÉ-DA-MANHÃ montagem 2014

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GÊMEAS: a experiência da diferença Voal de algodão em dois tons de cinza 5 vestidos 2014 5 Vestidos integra o projeto Gêmeas: a experiência da diferença que segue em processo pela artista e que inclui trabalhos em diferentes linguagens que se desdobram ao longo do tempo. A série é uma reflexão sobre a vida e sobre o reconhecimento das identidades individuais dentro do universo de duplicidade que marca a vida de um par de gêmeas univitelinas. Fala sobre amor, transformação, consanguinidade, acordos mútuos conscientes ou não. Sobre o fato de terem sido a mesma coisa até, aproximadamente, 14 dias após a fecundação. Inspirados em um modelo de vestido muito utilizado pelas duas na infância, os vestidos reconstruídos em dois tons de cinza representam as diferentes fases da vida das duas e foram nomeados por verbos e pronomes pessoais oblíquos átonos que completam o trabalho.

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GÊMEAS: a experiência da diferença Voal de algodão em dois tons de cinza 5 vestidos 2014 Fotos de: Tiago Rios e Diogo Cavour

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BRINCANDO DE ALINHAR A LUA Fotografia digital 20x26cm 2014 É uma tentativa de apreender diferentes pontos de vista de uma mesma realidade que se transforma a todo instante. Alinhar a lua assume aqui uma dimensão para além da geometria que também interessa neste trabalho. É um gesto delicado com o mundo e com todas as coisas que existem. Um modo de ver e viver a cidade. É um trabalho sobre o tempo. Quantas vezes conseguimos observar as coisas, os caminhos e os percursos com olhos curiosos como os de uma criança? As três imagens desta série celebram esse momento em que uma conexão acontece nos permitindo enxergar. Uma celebração ao momento presente. Ao aqui e agora. Três cenas e um pequeno deslocamento. De corpo. Cada imagem é independente e ao mesmo tempo parte umas das outras.

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BRINCANDO DE ALINHAR A LUA Fotografia digital 20x26cm 2014

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NOUVELLE 6’42’’ Vídeo 2014 Nouvelle é uma sequência de fotos realizadas em 2011, entre Recife e João Pessoa. Fala de transformação quase imperceptível dos seres e das coisas. Do que não podemos prever, nem conter e, sequer, conseguimos contar ou descrever. É uma grande nuvem branca que nos acompanha indiferente a todo o resto que passa. Nouvelle é isso mas também é um convite.

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MARIANA VIEIRA

É arquiteta, poeta e artista visual. Natural de Campina Grande, Paraíba. Vive e trabalha no Rio de Janeiro. Seu último trabalho audiovisual “Arroz” realizado em 2020 foi selecionado para mostra Fractal da Galeria Caixa-Preta. Participou da antologia Alto-Mar, organizada por Katia Maciel e da performance que acompanhou sua instalação. Seu primeiro livro de poesia “Numa Nada Dada Situação” foi lançado em novembro de 2020, pela Editora 7Letras. É professora no curso de Arquitetura da PUC-Rio, onde coordena, juntamente com a professora Flaviana Vieira o Laboratório Arte, Paisagem e Política, que trabalha narrativas poéticas, ações e montagens. Foi Produtora Executiva e Coordenadora de Projetos na Unloop Filmes entre 2011 e 2017. Assinou o roteiro do filme que conquistou o 1o lugar no Concurso de Curtas Metragens sobre o Plano Diretor Estratégico de São Paulo. Organizou o Concurso Internacional de Ideias para Artes Design e Arquitetura - Reperimetral (2015) e o Reconvexo (2017). Graduada em Arquitetura e Urbanismo (UFPB,1997), Doutora em Arquitetura (FAU/UFRJ, 2008). www.marianadiasvieira.com @mari_vieira

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