Espaços Livres: Forma e Uso do Espaço Público em São João del Rei-MG

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EQUIPAMENTOS COLETIVOS E ESPAÇOS PÚBLICOS

Espaços Livres

Amanda Acipreste Mariana Barbosa

Forma e Uso do Espaço Público em São João del-Rei SISTEMAS DE ESPAÇOS LIVRES

quando legislação é inadequada e ineficaz, o território é marcado também por espaços residuais, que se convertem em perda do espaço público, em

Entende-se como espaços livres o espaço não ocupado por volumes

qualidade e práxis social.

edificados e onde as pessoas tenham acesso (CUSTÓDIO apud Magnoli, 1982).

Assim, numa relação de cheios e vazios, de áreas abertas e fechadas, formais

(SANTOS, 2008), toda a cidade é um conjunto indissociável de sistemas de

ou informais, os espaços livres, sejam públicos ou privados, aparecem na

ações e sistemas de objetos, da relação entre a paisagem e a sociedade. É no

cidade em forma de ruas, praças, calçadas e calçadões, lotes vagos, quintais,

Sejam espaços livres ou espaços edificados, segundo Milton Santos

espaço da cidade que a vida acontece, e é essa vida que se deve valorizar.

campinhos, trilhas, parques, etc. Assim, o espaço livre é inerente à forma

urbana.

condicionam a forma como se dão as ações e, de

outro lado , o sistemas de ações leva a criação de

Toda cidade possuiu um sistema de espaços livres que pode acontecer

objetos novos ou se realiza sobre os objetos pré-

em razão de sua legislação, ou da falta dela. A forma do parcelamento do solo,

existentes. É assim que o espaço encontra a sua

a estruturação ou não de suas vias, as volumetrias e gabaritos permitidos, enfim, todo o processo de formação urbana, resulta destas relações entre cheios e vazios. São essas definições que em âmbito legal contribuem para o aparecimento de determinados tipos de espaços livres, diferentes em formas e usos, de acordo com os processos e práticas de cada cidade. Infelizmente,

De um lado os sistema de objetos

dinâmica e se transforma (SANTOS, 2008, p 63). CUSTÓDIO, Vandeli; CAMPOS, Ana C. M. de A.; MACEDO, Silvio S., QUEIROGA, Eugênio F. Sistemas de espaços livres e forma urbana: algumas reflexões. Texto retirado da internet. SANTOS, Milton. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. – 4ª ed. 4ª reimpressão . – São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2008.

junho - 2014

SISTEMAS DE ESPAÇOS LIVRES em São João del-Rei Em primeiro momento consideramos espaços livres os espaços públicos de São João Del Rei, porque procuramos entendê-los de modo associado. Enquanto o segundo se define por uma rede de elementos específicos (ruas, calçadas, praças, ...), os espaços livres compreendem a totalidade dos espaços não edificados da cidade. O plano diretor de São João del-Rei já contempla várias diretrizes para melhoria da paisagem urbana, mas percebe-se que até o momento pouco tem sido aplicado, e o espaço público continua à margem das preocupações políticas e públicas da cidade. No Mapa de cheios e vazios a seguir apresentamos o sistema de espaços livres da região central de São João del-Rei, interligando as praças numa teia, destacando-as no território. Em seguida, apresentamos uma análise das tipologias e dos usos de algumas destas praças.

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infraestrutura das vias, ciclovias, acessibilidade, entre outros, buscando a melhoria da paisagem urbana, a preservação dos sítios históricos, dos recursos naturais e a recuperação de áreas degradadas, visando um ambiente salubre com qualidade de vida para todos seus habitantes. O plano também destaca a importância de se implantar novas formas de lazer e recreação visando o entretenimento e maior permanência dos usuários, garantindo o acesso pleno da população à cultura, educação e lazer. Assim, outra diretriz se diz respeito à integração das ações da escola com áreas afins. Para o projeto, outro ponto relevante é a preocupação em recuperar paisagisticamente as praças e jardins do município e revitalizar as áreas de preservação cultural, através de projetos de revalorização da arquitetura e melhoria, recuperação e adequação dos logradouros públicos.

ESPORTE E LAZER

Plano Diretor

EDUCAÇÃO

O plano diretor de São João del-Rei destaca diretrizes que buscam a qualidade urbana a partir de projetos para promover o uso e melhoria do espaço público. Neste sentido, destacam-se os projetos de arborização pública,

INFRAESTRUTURA

CULTURA E MEIO AMBIENTE

ACESSIBILIDADE

ESPAÇO PÚBLICO

SISTEMAS DE ESPAÇOS LIVRES Principais Vias de Fluxo Árvores Urbanas

1

14 13

12

2 3 4

5

11

7 6

9 8

10 Minas Gerais

- São João del Rei

Mapa base produzido por Danielle Dias adaptado pelas autoras.

aNÁLISES

para traçar o perfil dos usuários destes espaços, detectando como eles se

Escolhemos analisar as praças porque são os espaços públicos óbvios

numa primeira percepção da população, para identificarmos a variedade de usos que estas proporcionam de acordo com sua inserção no entorno, tipologias, acessos, mobiliário e usuários. Reconhecendo a cidade como palco da realização humana, ela não pode se restringir a pequenos usos que minimizam a totalidade das práticas sociais, em especial, na contemporaneidade. Assim, destacamos a importância do estudo do espaço público, sobretudo das ações que acontecem e que podem acontecer nele, para que o usuário possa realizarse livremente ao percebê-lo, praticá-lo, apropriá-lo e, a partir disso, criar o vínculo de pertencimento com a cidade.

Desta forma, a primeira parte das análises foca na identificação dos

100

Praças X Usos 1- Praça Carlos Gomes 2- Largo da Cruz 3- Praça Barão de Itambé 4- Praça Francisco Neves 5- Largo Tamandaré 6- Praça da Biquinha 7- Praça dos Carroceiros 8- Largo São Francisco I 9- Largo São Francisco II 10- Praça do Bonfim 11- Praça do Chafariz 12- Praça dos Ferroviários 13- Praça Tancredo Neves 14- Praça Dr. Salatiel

A partir desta análise do sistema de espaços livres e das

entrevistas realizadas em alguns espaços públicos que o compõe,

apropriam do espaço público, e se gostariam que o espaço oferecesse mais

escolhemos estudar algumas praças, estudando seus acessos, fluxos,

possibilidades de uso, e quais seriam estes.

entorno, histórico, usos e usuários, localizando nelas a possibilidade

80

de acontecer as atividades que as pessoas gostariam que existisse num espaço público, destacando-se assim a riqueza deste sistema, que

- Foram entrevistadas 53 pessoas de diferentes faixas etárias.

60

distribui no território diversos usos e novas possibilidades.

- Os gráficos consideram as opções que foram mais marcadas.

40

o que as pessoas gostariam que espaço público oferecesse adequadamente

20

usos que acontecem em cada uma das quatorze praças da região central da cidade, demonstrado na tabela e gráfico a seguir.

Em um segundo momento, partimos de questionários com a população

0

14

8

6

6

5

3

3

2

2

ENCONTRAR amigos

Legenda

PLAYGROUND

36 a 45 anos

COMER

Praças urbanas

16 a 25 anos

Espera Descanço

DESCANSar

oUVIR MÚSICA

Contemplação

Trabalho

26 a 35 anos

ESTUDAR

Passagem

Estacionamento

+ de 45 anos

10 a 15 anos

Entretenimento

Esporte e Lazer

INTERNET

ESPORTE JOGOS sHOWS


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Amanda Acipreste Mariana Barbosa

Forma e Uso do Espaço Público em São João del-Rei indo além

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Praça dos Expedicionários

A relação entre a escolarização e ocupação da cidade precisa ser

compreendida de maneira mais informal. As práticas educativas devem incorporar a cidade e seus territórios como espaços de conhecimento e aprendizagem dos direitos civis, políticos e sociais do cidadão. Para essa ruptura de práticas de ensino tradicionais, mantida somente entre os limites da escola, precisamos ponderar a individualidade e identidade de cada aluno, considerando suas diferenças de origens e história de vida. “Esses sujeitos não querem apenas vagas nas escolas, mas uma escola que conheça sua cultura, seus saberes e suas práticas sociais dispersas socialmente.”(LEITE, 2013.)

Neste trabalho, realizamos um estudo qualitativo e quantitativo

dos espaços públicos em São João Del Rei, a fim de explorar nesses locais sua capacidade de se tornar um espaço educador. O estudo partiu da premissa de que o espaço público possui grande importância social na cidade, pois se trata de um espaço comum a todos, onde se estabelecem

Entorno

Observar

Análise Tipológica

1 – A proximidade imediata com a Escola Municipal Maria Teresa, que proporciona grande fluxo de automóveis e pedestres (pais e alunos) nos horários de entrada e saída dos turnos escolares;

1 – A praça tem formato retangular, maior na sua largura;

Uma das praças a serem analisadas é a Praça dos Expedicionários em

razão de sua localização no centro comercial da cidade, de sua espacialidade e proximidade com equipamentos importantes como a Escola Municipal Maria Teresa, Colégio Nossa Senhora das Dores, hospitais, shopping e demais serviços. No entanto o espaço não é bem utilizado mesmo com todas suas

2 – Presença do Chafariz da Legalidade, importante monumento do patrimônio sanjoanense;

potencialidades.

A praça funciona como um respiro desta área central que possui quadras

adensadas com edificações de uso misto (residencial, comercial e serviços), além de importantes equipamentos urbanos.

O parcelamento do solo desta área mostra um traçado irregular,

seguindo a topografia, no sentido do bairro do Bonfim, que se encontra numa

as relações humanas, culturais e sociais. Sendo assim, focamos na forma

parte íngreme da cidade; e traçado regular, de forma retangular, nas quadras

em que as pessoas percebem o espaço através de seus sentidos, com o

mais próximas ao leito do Córrego do Lenheiro, mantendo o seu traçado do

intuito de despertar nelas novos olhares sobre a cidade e o espaço ao seu

século XIX.

redor.

LEITE, Lúcia H. A.; CARVALHO, Levindo D.; NOGUEIRA, Paulo H. de Q (orgs). Educação integral e integrada: módulo IV - A Escola e a Cidade: políticas públicas e pedagógicas. Belo Horizonte: UFMG - Faculdade de Educação, 2013.

praça, que embora não seja o original, representa a memória de uma época,

3 – Pontos de ônibus que atendem linhas intraurbanas e interurbanas, de acesso à quase todos os bairros da cidade e cidades vizinhas;

2 – Os passeios ao redor da praça são irregulares, apresentando trechos com estreitamentos, com exceção do passeio da Rua Luiz Baccarini, que por se tratar de acesso à escola, é mais largo. Os passeios apresentam obstáculos para os pedestres como os pontos de ônibus e as árvores que danificam a pavimentação; 3 – Por a praça estar localizada acima do nível da rua, a praça não é extensão

4 – Trânsito intenso na Av. Balbino da Cunha localizada à frente da praça, sendo uma das vias principais para acesso à mesma; 5 – Entorno construído compacto e contínuo, com edificações que, em sua maioria, não possuem recuos frontais e laterais, seguindo um gabarito médio de 2 e 3 pavimentos.

das calçadas o que minimiza sua integração com a rua. O acesso à praça é feito por meio de escadas e rampas e caminhos delimitados por canteiros gramados.

Os acessos aparecem obedecendo a topografia de implantação

da praça, sendo dois por rampas (fora das normas de acessibilidade para usuário de mobilidade reduzida), dois acessos que se fazem planos seguindo a inclinação das ruas laterais, e uma escada larga que se encontra entre dois

Outro ponto importante é a presença do Chafariz da Legalidade na

constituindo o Patrimônio Cultural da cidade. Hoje se encontra escondido, não exerce nenhuma função e é alvo de vandalismo.

6 – Edifício São João – é um elemento que obstrui a visão da paisagem e se destoa do conjunto. Após a construção do edifício, o Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Cultural de São João Del-Rei passou a se preocupar com o impacto que as novas construções e outras obras poderiam causar na paisagem do centro histórico e seu entorno.

Fluxos N

A praça, por servir de passagem e descanso, tem grande fluxo de

pedestres durante a manhã e a tarde, sobretudo nos horários de almoço e nas entradas e saídas de turnos escolates.

A noite, apesar de bem iluminada, a praça não é utilizada.

Análise Quantitativa Área total: aproximadamente 1282 m² Área de canteiros: aproximadamente 713 m² Área de acesso: aproximadamente 569 m² Mobiliário: 3 Bancos; 11 lampiões de iluminação; 2 refletores para o chafariz; 2 lixeiras, estando uma imprópria para o uso.

pontos de ônibus, o que dificulta e inibe o acesso do pedestre à praça;

Para a educação, novas percepções locais Sentidos: tato (texturas de vegetação e pedra); visão (vista de parte da cidade, grande movimentação de pessoas e veículos); olfato (cheiro de vegetação, pessoas e escapamentos dos veículos); audição (sons de conversas e trânsito). Sensações: frescor e tranquilidade. Os acessos à praça não são muito indicados às pessoas com mobilidade reduzida, pelo tipo de pavimentação utilizado, já o espaço da praça em si é acessível. Fonte: Danielle Dias e Danielle Lopes

Aqui a criança Pode: Explorar as texturas - grama, pedra. Seguir as formas - seguir o desenho dos canteiros. Treinar o equilíbrio - irregularidades do solo e obstáculos (pedras, canteiros) Pular - escadas e rampas

Chafariz da legalidade

Colégio Nossa Senhora das Dores

Escola Municipal Maria Teresa

Praça dos Expedicionários

CENEP - Centro de Educação Profissional Tiradentes

O Chafariz da Legalidade foi construído no Largo Tamandaré em 1834 em razão do aqueduto que levava água da Ponte do Rosário até o largo. Em 1895 tanto o chafariz quanto o aqueduto foram dinamitados por ordem da Câmara Municipal. Atualmente ele foi reconstruído na Praça dos Expedicionários, conhecida Praça do Chafariz, onde encontrase “escondido à apreciação pública, visto que não está em local de grande afluxo de pessoas e de onde nunca jorrou água.” Shopping Hills

Fonte: http://www.sjdr.com.br/historia/igrejas_monumentos/chafariz/indice.html

N

Conhecer o patrimônio - Chafariz da Legalidade

Pontos Negativos do Projeto 1 – Falta de integração do entorno devido os desníveis e aos acessos não atrativos/convidativos; 2 – Vegetação densa inadequada à praça, que obstrui a visão do edifício da Escola M. Maria Teresa, de importância histórica e patrimonial, e que causa problemas de estufamento e quebra da pavimentação; 3 – Área de canteiro que diminui o espaço de convívio das pessoas; 4 – Desenho de seus canteiros sugere isolamento da praça em relação ao entorno, minimizando e demarcando os acessos; 5 – Insuficiência de mobiliário urbano: poucos bancos, lixeiras e iluminação.

Pontos Positivos do Projeto 1 – Importância de sua localização ao criar uma área de respiro no centro urbano; 2 – Sombreamento devido às árvores que é um atrativo de uso. O edifício São João também obstrui grande parte da insolação durante a tarde.

Ponto Negativo de uso 1 – Sujeira humana, com acúmulo de lixo doméstico e comercial e o lixo deixado pelas pessoas, e falta de limpeza urbana (muitas folhas secas pelo chão.

Pontos Positivos de uso 1 – Lugar de descanso da vida agitada do centro urbano e de espera para os familiares das crianças da escola e para os usuários do transporte público. 2 – Local de espera de serviços oferecidos no entorno, como cartório, despachante e delegacia de trânsito. 3 – Alternativa de passagem para pedestres que preferem os caminhos da praça à calçada que fica tumultuadas pela espera do ônibus

Chafariz da Legalidade com a Escola Municipal Maria Teresa ao fundo. Notase também a vegetação densa que bloqueia em parte a visão da escola.

Principal acesso à praça. Destaque para a rampa de acesso, para o lixo acumulado e para o estufamento da pavimentação pela raiz da árvore.

Aula patrimonial para alunos da 9 ª série do ensino fundamental com guia turistico na praça.


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Amanda Acipreste Mariana Barbosa

Forma e Uso do Espaço Público em São João del-Rei

junho - 2014

Praça dos Ferroviários ENTORNO

GLOSSÁRIO ANÁLISE TIPOLÓGICA

A Praça dos Ferroviários, ou Praça da Estação, localiza-se ao lado da

Estação de Ferro do Oeste de Minas (EFOM), e sua construção se deu após a demolição das casas e jardins dos engenheiros que lá trabalhavam, em 1981. A

4- Monumentos na praça: na lateral, em frente à estação, o busto do primeiro Presidente da Companhia Ferroviária Aureliano Mourão.

1 – Apresenta conformação de um quadrado. 2 – Não existem desníveis nem delimitação de passeios. A praça está ao nível

5 - Trânsito intenso de bicicletas, motos, carros e ônibus nas ruas Maria Tereza e Emílio Alves.

da calçada numa ligação direta com a rua.

6 - Pontos de ônibus em frente à estação que atendem linhas intra e intermunicipais.

dos canteiros, considerados aqui confusos, cria recortes com ângulos que

7 - Entorno construído compacto e contínuo, com edificações que, em sua maioria, não possuem recuos frontais e laterais, seguindo um gabarito médio de 2 e 3 pavimentos.

4 – Caracteriza-se por ser uma praça de passagem e de permanência.

sem padronização, algumas mais compridas, outras mais largas.

ANÁLISE quantitativa

a EFOM não possui nenhuma integração com esta, sendo desarticuladas por

OBSERVAR

Área total: 1670,00 m²

Estação pode ser considerada um lugar no tempo, que carrega as lembranças, recordações e experiências de todas as classes, o que nos mostra a importância desse espaço público em suas proximidades.

A região onde a praça está inserida é caracterizada pela oferta de

serviços de agências bancárias, restaurantes, estação de ferro, consultórios médicos, entre outros. Seu entorno é definido por quadras retangulares, mas

1 - A proximidade com a Estação de Ferro Oeste de Minas, que é patrimônio tombado da cidade. 2 - Localização no centro da cidade, às margens do córrego do Lenheiro. 3-Turismo atraído pelo funcionamento da Maria Fumaça nos finais de semana e Museu Ferroviário.

14 Bancos 09 lampiões de iluminação

2 refletores para o chafariz

11 lixeiras

5 – O quiosque de sorvete atraem pessoas para a praça. 6 – A praça dos ferroviários sendo construída para atender tanto a cidade quanto

Fluxos

Mobiliário:

Por está localizada no centro comercial e de serviços da cidade, a Praça dos Ferroviários, possui uma constante movimentação de pessoas durante o dia. Além dos vendedores ambulantes (carrinhos de picolé, remédios caseiros, frutas e artesanatos) é constante a presença de pessoas à espera dos serviços bancários ou atendimentos médicos. O quiosque de sorvete também é motivo de atração nos dias quentes e ensolarados. Nas quintas-feiras à noite acontece a Quinta Lei, nesse evento os jovens se encontram na praça e realizam uma roda de música.

N

Para a educação, novas percepções locais Sentidos: tato (texturas de vegetação, ferro e pedra); visão (vista do patrimônio da cidade e do rio, movimentação de pessoas e veículos); olfato (cheiro de pessoas e escapamentos dos veículos); audição (sons de conversas, passos, músicas e trânsito). Sensações: frescor. Os acessos à praça não são muito indicados às pessoas com mobilidade reduzida, pelo tipo de pavimentação utilizado, já o espaço da praça em si é acessível. Fonte: Danielle Dias e Danielle Lopes

Aqui a criança Pode: Explorar as texturas - grama, pedra. Seguir as formas - seguir o desenho dos canteiros. Treinar o equilíbrio - irregularidades do solo e obstáculos (pedras, canteiros) Pular - escadas e rampas Estação de Ferro do Oeste Mineiro

Praça dos Ferroviários

Restaurantes

Agências Bancárias

Acessibilidade: “Possibilidade e condição de alcance, percepção e entendimento para a utilização com segurança e autonomia [de qualquer indivíduo] de edificações, espaço, mobiliário ou equipamento urbano” (CREA, 2006 p.10). Deve que se pensar em acessibilidade além das rotas acessíveis e de dimensões recomendadas, garantindo a todas as pessoas [deficientes físicos e mentais, de mobilidade reduzida, crianças, adultos e idosos] o direito igual à cidade, pensando-se também no deslocamento no espaço, por exemplo, o transporte coletivo deve contemplar a cidade como um todo, de forma segura, ordenada e autônoma.

obstruem a passagem dos pedestres em diversos pontos.

acesso à mesma.

Área de acesso: 830 m²

3 – Existem 3 acessos generosos para a praça, porém o desenho geométrico

duas barreiras: as grades da estação e o canteiro da praça que desconsidera o

Área de canteiros: 840 m²

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Conhecer o patrimônio - Estação Ferroviária e monumentos.

Equipamento Coletivo: HETZBERGER (1999) se refere ao termo “coletivo” como a tradução, em âmbito espacial, do termo “público”, e nesse sentido referese à acessibilidade de determinadas áreas a todos e cuja responsabilidade de sua manutenção é assumida coletivamente. Entende-se como equipamentos coletivos: escolas, creches, hospitais, postos de saúde, igrejas, a rede de infraestrutura, clubes, entre outros. Assim, podemos entender equipamento coletivo como equipamento público, que serve (ou deveria) à toda a população de uma cidade. São bens de utilidade pública, destinados à prestação de serviços e, por isso, necessários à cidade. Escala: Sobre os objetos de estudo - espaços públicos e equipamentos coletivos – consideramos as: escala espacial ou de área de abrangência de um processo ou fenômeno (local, regional, nacional global); e a escala conceitual, ou as relações entre um objeto de pesquisa,os questionamentos e teorias pertinentes e sua representação cartográfica (CARLOS et al., 2012). Espaço Público: Segundo Philippe Panerai (PANERAI, 2006, p.79 ) “O espaço público compreende a totalidade das vias: ruas e vielas, bulevares e avenidas, largos e praças, passeios e esplanadas, cais e pontes, mas também rios e canais, margens e praias.” Ele não se confunde com os prédios públicos nem com as edificações aberta ao público ou que o acolhem, os quais “são, ainda que locais públicos, propriedades privadas e, simplesmente abertos em certas condições ao acesso geral”.(RONCAYOLO, 1993 apud PANERAI, 199 , p.79). Assim, podemos entender o espaço público como um “sistema que organiza o tecido, como espaço específico, suscetível de ser apreciado em si mesmo e analisado com as categorias específicas da arquitetura (...)” (PANERAI, 2006, p.81). Dito isto, eu entendo o espaço público como lugar de encontro, espaço aberto à criação, à ação coletiva, à contemplação e à ocupação. PRAÇA: Várias são as definições para o termo praça. Mesmo havendo divergências entre autores, a praça é caracterizada como um espaço público destinado à convivência de seus cidadãos, contextualizado em ambiente urbano e que se encontra livre de edificações. No Brasil, o termo praça é comumente associado à idéia de áreas livres, geralmente ajardinadas, repletas de equipamentos públicos destinados à recreação de seus usuários conflitando em muito com os espaços e projetos dessa tipologia no continente europeu.

Pontos Negativos do Projeto

N

1 – A praça se fecha para seu entorno com o desenho de seus canteiros ao abraçar o monumento em seu centro. 2 – O desenho dos canteiros e do monumento ao centro obstruem a passagem do pedestre em alguns pontos. 3 – A estação ferroviária, que já fica fechada em seus muros e gradis, não é integrada à praça, 4 – Acesso inadequado para pessoas com mobilidade reduzida: rampas fora do padrão ABNT. 5 – Iluminação insuficiente, que fica bloqueada pelas árvores.

Pontos Positivos do Projeto 1 – Quiosque de sorvete que contribui para a permanência das pessoas na Praça. 2 – Vegetação de médio porte, proporcionando sombra sem atrapalhar a paisagem. 3 - Os bancos localizados nos ângulos criam um ambiente confortável e e mais íntimo para o usuário.

Ponto Negativo de uso As análises não mostraram pontos negativos relacionado à apropriação do espaço pelas pessoas.

Pontos Positivos de uso 1 – Lugar de descanso da vida agitada do centro urbano e de espera de serviços oferecidos no entorno como agências bancárias e serviços médicos. 2- Encontro de jovens na Quinta Lei. 3 – Crianças usam as árvores e o monumento central como diversão.

Vista da praça com usuários nos bancos e traseuntes. Nota-se a vegetação de médio e pequeno porte.

Passagem sobre o canteiro para acesso à grade que bloqueia o visitante a ter contato com a Maria Fuamaça.

Monumento cetral da Praça que costuma ser ocupado por crianças e jovens.

Vista da Praça com seus bancos ocupados.


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