espaรงos livres produtivos
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LA B5
FLAVIANA VIEIRA MARIANA VIEIRA ARQ1109 - 2018.1
ALUNX TÍTULO ORIENTADORX
Trabalho de Conclusão de Curso Graduação de Arquitetura e Urbanismo
Orientação: Duarte Vaz Coorientação: Roberto Lucas
Mariana de Assis Vieira 2018.1 3
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ÍNDICE
por que
7 Introdução Contexto
o que
35 Tema
como
56 Hortas Urbanas Compostagem
onde
72 Para quem Oportunidades e Desafios
referências
102
Bibliografia
5
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somos natureza
7
homem e natureza
Nos últimos anos, os impactos sociais e ecológicos da globalização têm sido um tema recorrente. Podemos dizer que estamos vivendo há algumas décadas um processo de crise da modernidade, manifestada através de uma crise ambiental e ética. Assistimos hoje o processo de transformação de uma sociedade cada vez mais ameaçada e diretamente afetada pelos detrimento socioambiental provocado pelo ser humano. Com o desenvolvimento das civilizações, o sentimento de pertencimento ao mundo natural e o cuidado com a terra foi se perdendo. De certa forma, a nossa capacidade de criar ferramentas e avançar em tecnologia nos deu uma autonomia que veio atrelada à uma falsa ideia de independência. O grande perigo é que as pessoas continuam e continuarão dependentes dos recursos naturais. Apesar disso, hoje o mundo natural não é mais seu lugar de moradia; é visto como um lugar distante, um ambiente de lazer, contemplação e turismo. Fica cada vez mais evidente a dissociação entre o homem e a natureza, a cidade e o campo, a casa e o quintal. Reaproximar esses ambientes é o grande desafio da atualidade.
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| i n t r o d u ç ã o
Se deixássemos de interagir em ambientes naturais e ficássemos confinados em ambientes artificiais, conectados à telas e eletrônicos... O que aconteceria conosco? E com nosso planeta?
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“Assim como os ecossistemas são compreendidos em função da noção de teia alimentar (redes de organismos), assim também os organismos são concebidos como redes de células, órgãos e sistemas orgâncios; e as celulas, como rede de moléculas. Uma das principais intuições da teoria dos sistemas foi a percepção de que o padrão em rede é comum a todas as formas de vida.“ ¹
“ONDE QUER QUE HAJA VIDA, HÁ REDES.“ Nós, como moradores da casa Terra, devemos nos comportar como os outros moradores dessa casa - as plantas, os animais e os microrganismos - que constituem essa enorme rede de relações que se desenvolveu e evoluiu ao longo de bilhões de anos sem se romper. Por isso, temos a obrigação de nos comportar de maneira a não prejudicar essa capacidade. Segundo Fritjof Capra ¹, esse é o sentido essencial da sustentabilidade ecológica. Hoje, somos responsáveis pelo rompimento. Amanhã, devemos nos tornar responsáveis pela reconexão.
¹ CAPRA, Fritjof. As Conexões Ocultas, ciência para uma vida sustentável.
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“Por que as árvores são seres tão sociais? Por que compartilham seus nutrientes com outras da mesma espécie e, com isso, ajudam suas concorrentes?” “Os motivos são os mesmos que movem as sociedades humanas: trabalhando juntas elas são mais fortes. Uma única árvore não forma uma floresta, não produz um microclima equilibrado; fica exposta, desprotegida contra o vento e as intempéries. Por outro lado, muitas árvores juntas criam um ecossistema que atenua o excesso de calor e de frio, armazena um grande volume de água e aumenta a umidade atmosférica – ambiente no qual as árvores conseguem viver protegidas e durar bastante tempo. Para alcançar esse ponto, a comunidade precisa sobreviver a qualquer custo. Se todos os espécimes só cuidassem de si, grande parte morreria cedo demais. As mortes constantes criariam lacunas no dossel verde. Com isso, as tempestades penetrariam a floresta com mais facilidade e poderiam derrubar outras árvores. O calor do verão ressecaria o solo. Todos os espécimes sofreriam. Assim, cada árvore é valiosa para a comunidade e deve ser mantida viva o máximo de tempo possível.” ¹
¹ WOHLLEBEN, Peter. A vida secreta das árvores.
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sustentabilidade sustentação da vida
“Significa a possibilidade de se obterem continuamente condições iguais ou superiores de vida para um grupo de pessoas e seus sucessores.” Clovis Cavalcanti “Os princípios que dizem respeito à sustentação da vida são: redes, ciclos, energia solar, alianças (parcerias), diversidade e equilíbrio dinâmico. Esses princípios têm uma relação direta com a nossa saúde e bem-estar. Em virtude das necessidades essenciais de respirar, comer e beber, estamos sempre inseridos nos processos cíclicos da natureza. Nossa saúde depende da pureza do ar que respiramos e da água que bebemos, que depende da saúde dos solos a partir do qual são produzidos os nossos alimentos. Então, a sobrevivência da humanidade vai depender da nossa alfabetização ecológica, que deve ser, em todos os níveis, a parte mais importante da educação - desde as escolas de primeiro e segundo grau até as faculdades, universidades e centros de extensão educacional de profissionais.” ¹
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¹ CAPRA, Fritjof. As Conexões Ocultas, ciência para uma vida sustentável.
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“O ser humano tem que entender que faz parte de um sistema inteligente Não é ele o inteligente...”
ERNST GÖTSCH
AR
ALIMENTO
ÁGUA
SOLOS
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homem x homem sustentabilidade do ser
A sociedade moderna representa esse modelo de segregação não somente com a natureza, mas também entre sua própria espécie. A apropriação da terra, a crescente produção de excedentes, a má distribuição, o consumo exagerado e o desperdício geram efeitos avassaladores ao modo de vida da sociedade. Os recursos naturais renováveis e não renováveis estão sendo explorados de maneira abusiva para atender à um sistema insustentável onde predomina a competição e o individualismo. O que falta hoje é, principalmente, o entendimento de que há duas grandes comunidades às quais pertencemos: todos nós somos membros da raça humana e todos nós fazemos parte da biosfera global. Para resgatar nossa relação com o todo, precisamos começar recuperando nossa relação com o comum. Ou seja, é urgente a retomada da dimensão do que é comunidade e o sentimento de pertencimento.
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“ Comunidade é uma dimensão afetiva que nos foi sequestrada pelos interesses vigentes na era industrial e é essencialmente humana: somos/fomos tribos e esta memória esta marcada em nosso DNA.”
Lilian Lubochinski, Arquiteta e Urbanista
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cenรกrio atual das cidades
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7 mil ton por dia
de lixo têm destino irregular no estado do RJ. ¹
14.688 ton por dia
de resíduos sólidos foram destinados à aterros sanitários no RJ em 2016. ¹
12 novos aterros
sanitários foram construídos em apenas dois anos no RJ. Hoje contamos com 29 no território. ¹
4 bi de ton por ano
é a previsão de geração de lixo da ONU para o ano de 2050. ²
5 vezes mais
geração de lixo no Brasil aumentou 5 vezes mais que a população. ³
20
¹ Jornal O Globo ² Organizações das Nações Unidas Brasil ³ ABRELPE
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LixĂŁo da Estrutural, Distrito Federal Foto: Edinsol Rodrigues, Agencia Senado
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80%
da população vive sob níveis nocivos de poluição. ¹
9 em cada 10
pessoas respiram ar poluído e contaminado. ²
7 milhões por ano
de mortes por ano devido à poluição do ar. ²
570 mil por ano
de crianças morrem por infecções respiratórias. ¹
14 pessoas por dia
morrem na cidade do Rio de Janeiro devido à poluição do ar. ²
2222
¹ Organizações das Nações Unidas Brasil ² Organização Mundial de Saúde
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Poluição do ar na China, 2017 Fotógrafo desconhecido
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1 em cada 3
pessoas sente-se sozinha. ¹
80%
foi o aumento de solitários entre 1996 e 2011. ²
277 milhões
de brasileiros vivem sozinhos hoje em dia. ²
26%
maior risco de morte devido à solidão. ³
3,9 milhões
de pessoas dizem que a televisão é sua principal companhia. 4
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¹ Jornal Brasil El País ² IBGE ³ CACIOPPO, John. The Growing Problem of Loneliness 4 Age UK, 2014
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7,3 litros
de agrotóxicos são consumidos por pessoa durante 1 ano. ¹
200 mil
mortes por intoxicação aguda a cada ano. ²
60%
da perda da biodiversidade é devido à forma como produzimos os alimentos. ²
29%
das emissões humanas de gases do efeito estufa são provenientes da produção de alimentos. ³
1,3 bilhões de ton
de alimentos desperdiçados por ano.
26
4
¹ Jornal O Globo ² Organização das Nações Unidas ³ Consultative Group on International Agricultural Research 4 O Rastro do Desperdício dos Alimentos – Impactos nos Recursos Naturais
| c o n t e x t o
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| c o n t e x t o
será que existe alguma relação?
29
regiĂŁo metropolitana do rio tem 2.444 quilĂ´metros quadrados
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36,2% de รกreas verdes
| c o n t e x t o
das quais... 31
1/3 são áreas protegidas
área de proteção ambiental área de reserva área urbana área agrícola 32
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e o resto? 33
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| t e m a
espaços livres públicos na cidade
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espaços livres públicos
Os espaços livres públicos são, em sua essência, espaços que simbolizam a democracia e a construção de cidadania, pois neles todos podem usufruir da mesma liberdade em igualdade. Como a própria noção de público já diz: espaços de e para todos que ampliam o reconhecimento que temos algo em comum que nos une. Além disso, esses espaços devem atender a diversas funções como: de circulação, de lazer e recreação, de contemplação e de equilíbrio ambiental. Sendo que, sobretudo no contexto atual de intensa urbanização da sociedade, torna-se vital que no processo de planejamento sejam considerados os elementos naturais de forma integrada, visto que esses espaços verdes são essenciais para a saúde e qualidade de vida.
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“
¹ SILVA, José Afonso. O direito ambiental constitucional.
“
A cidade industrial moderna, com seu cotejo de problemas, colocou a exigência de áreas verdes, parques e jardins, como elemento urbanístico, não destinados apenas à ornamentação urbana, mas como uma necessidade higiênica, de recreação e mesmo de defesa e recuperação do meio ambiente em face da degradação de agendes poluidores, e elementos de equilíbrio do meio ambiente urbano, de equilíbrio psicológico, de reconstrução da tranquilidade, de recomposição do temperamento desgastados na faina estressante diária. ¹
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circulação
contemplação
esporte/exercício físico espaços livres públicos funções ecossistêmicas
lazer/entretenimento
cidadania
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redução das ilhas de calor drenagem das águas permeabilização do solo qualidade das águas conforto térmico
purificação do ar
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atualmente, quantos são esses espaços no rio de janeiro?
41
população por bairro
42
x
praças e parques
| t e m a
zona central
BAIRROS
POPULAÇÃO
PRAÇAS E PARQUES
Benfica Caju Catumbi Centro Cidade Nova Estácio Gamboa Lapa Mangueira Paquetá Rio Comprido Santa Tereza Santo Cristo São Cristovão Saúde Vasco da Gama
25081 20.477 12.556 29.555 3.466 17.189 13.108 11.587 17.835 3.361 43.764 40.926 12.330 26.510 2.749 15.482
9 3 5 64 5 4 2 5 1 13 7 17 7 17 5 2
Botafogo Catete Copacabana Cosme Velho Flamengo Gávea Glória Humaitá Ipanema Jardim Botanico Lagoa
82.890 24.057 146.392 7.178 50.043 16.003 9.661 13.285 42.743 18.009 21.198
23 1 14 5 5 14 9 5 10 8 27
43
zona norte PRAÇAS E PARQUES
grande tijuca 44
POPULAÇÃO
Alto da Boa Vista Andarai Grajau Maracanã Praça da Bandeira Tijuca Vila Isabel
9343 39.365 38.671 25.256 8.662 163.805 18.274
7 8 7 7 2 34 10
grande méier
BAIRROS
Abolição Agua Santa Cachambi Del Castilho Encantado Engenho de Dentro Engenho Novo Higienópolis Jacaré Jacarezinho Lins de Vasconcelos Manguinhos Maria da Graça Méier Piedade Pilares Riachuelo Rocha Sampaio São Francisco Xavier Todos os Santos
11.356 8.756 42.415 13.610 15.021 45.540 42.172 15.734 9.276 37.839 37.487 36.160 7.972 49.828 43.378 27.250 12.663 8.766 10.895 8.343 24.646
1 3 26 9 2 7 4 9 4 4 2 0 3 7 4 8 1 1 0 2 1
Bonsucesso Bancários Cacuia
18.711 12.512 11.013
8 0 5
Z
A A B B B C C C C C C C C E E G H I I J M M O P P P P P P
ilha do governador/zona leopoldina
Piedade Pilares Riachuelo Rocha Sampaio São Francisco Xavier Todos os Santos BAIRROS
7 8 7 7 2 34 10
56 56 15 10 21 40 72 34 76
1 3 26 9 2 7 4 9 4
zona norte
43 65 71 56 62 05 74
43.378 4 27.250 8 12.663 1 t e | 8.766 1 m a 10.895 0 8.343 PRAÇAS 2E 24.646 POPULAÇÃO PARQUES1
Bonsucesso Bancários Cacuia Cidade Universitária Cocotá Freguesia Galeão Jardim Carioca Jardim Guanabara Maré Moneró Olaria Pitangueiras Portuguesa Praia da Bandeira Ramos Ribeira Tauá Zumbi Zumbi
18.711 12.512 11.013 1.556 4.877 70.511 22.971 24.848 32.213 129.770 6.476 57.514 11.756 23.856 5.948 40.792 3.528 29.567 2.016 2.016
8 0 5 1 6 4 1 77 126 16 2 19 3 12 1 10 4 18 2 2
Acari Anchieta Barros Filho Bento Ribeiro Brás de Pina Campinho Cavalcanti Cascadura Coelho Neto Colégio Complexo do Alemão Cordovil Costa Barros
27.347 55.652 14.049 43.707 59.222 10.156 16.141 34.456 32.423 29.245 69.143 45.202 28.442
3 14 1 7 11 3 1 8 6 7 2 10 8
45
Iraj Jar Ma Ma Osw Par Par Par Pav Pen Pen Qui Ric Roc Tom Tur Vaz Vic Vig Vila Vila Vis
.274
1
zona norte 3
.711 .512 .013 .556 .877 .511 .971 .848 .213 .770 .476 .514 .756 .856 .948 .792 46 .528
26 9 2 7 4 9 4 4 2 0 3 7 4 8 1 1 0 2 1
zona norte
.356 .756 .415 .610 .021 .540 .172 .734 .276 .839 .487 .160 .972 .828 .378 .250 .663 .766 .895 .343 .646
10
8 0 5 1 6 4 1 77 126 16 2 19 3 12 1 10 4
Barros Filho 14.049 1 Bento Ribeiro 43.707 7 Brás de Pina 59.222 11 Campinho 10.156 3 Cavalcanti 16.141 1 Cascadura 34.456 PRAÇAS 8E Coelho Neto 32.423 PARQUES6 BAIRROS POPULAÇÃO Colégio 29.245 7 Complexo do Alemão 69.143 2 Cordovil 45.202 10 Costa Barros 28.442 8 Engenheiro Leal 6.113 1 Engenheiro da Rainha 26.659 7 Guardalupe 47.144 20 Honório Gurgel 21.969 3 Inhauma 45.698 25 Irajá 96.382 33 Jardim América 25.226 10 Madureira 50.106 10 Marechal Hermes 48.661 28 Oswaldo Cruz 34.040 5 Parada de Lucas 23.923 2 Parque Anchieta 26.212 15 Parque Colúmbia 9.202 4 Pavuna 97.350 50 Penha 78.678 25 Penha Circular 47.616 19 Quintino Bocaiuva 31.185 2 Ricardo Albuquerque 29.310 6 Rocha Miranda 44.188 12 Tomás Coelho 22.676 3 Turiaçu 17.246 4 Vaz Lobo 15.167 1 Vicente de Carvalho 24.964 4 Vigário Geral 41.820 11 Vila da Penha 86.018 2 Vila Kosmos 25.465 7 Vista Alegre 8.622 1
Cidade Nova Estácio Gamboa zona sul Lapa Mangueira Paquetá Rio Comprido Santa Tereza Santo Cristo São Cristovão Saúde BAIRROS Vasco da Gama Botafogo Catete Copacabana Cosme Velho Flamengo Gávea Glória Humaitá Ipanema Jardim Botanico Lagoa Laranjeiras Leblon Leme Rocinha São Conrado Urca Vidigal
3.466 5 17.189 4 13.108 2 11.587 5| t e m a 17.835 1 3.361 13 43.764 7 40.926 17 12.330 7 26.510 17 2.749 PRAÇAS E5 POPULAÇÃO 15.482 PARQUES2 82.890 24.057 146.392 7.178 50.043 16.003 9.661 13.285 42.743 18.009 21.198 4.554 46.044 14.799 69.356 10.980 7.061 12.797
23 1 14 5 5 14 9 5 10 8 27 14 24 1 2 17 8 5
47
zona oeste
barra da tijuca e baixada de jacarepaguá
BAIRROS
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POPULAÇÃO
PRAÇAS E PARQUES
Anil Barra da Tijuca Camorim Cidade de Deus Curicica Freguesia Gardênia Grumari Itanhangá Jacarepaguá Joá Pechincha Praça Seca Recreio Tanque Taquara Vargem Grande Vargem Pequena Vila Valqueire
24.172 135.924 1.970 36.515 31.189 19.437 17.715 167 38.415 157.326 818 64.147 34.709 82.240 37.856 102.126 15.482 82.890
53 212 3 39 10 44 5 3 55 108 5 14 8 113 12 56 11 16 17
Bangu Deodoro Gericinó Jardim Sulacap Magalhães Basto Padre Miguel Realengo Santíssimo Senador Camará
220.552 10.842 15.167 13.062 24.430 64.228 180.123 41.458 105.515
164 5 0 19 7 29 56 27 55
zona oeste
grande bangu
Jacarepaguá Joá Pechincha Praça Seca Recreio Tanque Taquara Vargem Grande Vargem Pequena Vila Valqueire BAIRROS
157.326 818 64.147 34.709 82.240 37.856 102.126 15.482
108 5 14 | t e m a 8 113 12 56 11 PRAÇAS16E 82.890 PARQUES 17 POPULAÇÃO
Bangu Deodoro Gericinó Jardim Sulacap Magalhães Basto Padre Miguel Realengo Santíssimo Senador Camará Vila Kennedy Vila Militar
220.552 10.842 15.167 13.062 24.430 64.228 180.123 41.458 105.515 24.176 13.184
164 5 0 19 7 29 56 27 55 0 1
Barra de Guaratiba Campo Grande Cosmos Guaratiba Inhoaíba Paciência Pedra de Guaratiba Santa Cruz Senador Vasconcelos Sepetiba
3.577 328.370 77.007 110.049 64.649 94.626 9.488 217.333 30.600 56.575
0 1 58 49 29 35 12 64 15 4
49
50
| t e m a
e a qualidade deles?
51
praรงa do grego, jardim guanabara
praรงa mahatma gandhi, centro
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| t e m a
como ativar os espaços livres públicos “adormecidos” que atualmente não atendem à uma ou mais funções?
53
praça miguel pedro, bangu
praça sans peña, tijuca
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| t e m a
de que maneira podemos propor uma relação mais próxima entre homem e a natureza através do desenho desses espaços?
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U CO M M todo mundo come
E NH
CIMEN
educação sobre os ciclos da terra
TO
CO
(ou deveria)
TEMPO sazonalidade. respeito ao tempo
56
CO M
| c o m o
I B Á S CO essencial para a vida
CO
NEXÃO
interação direta com a paisagem
A
M IDA
UT
ONOMI
A
menor dependencia do sistema
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horta urbana
“Neste contexto, onde as cidades e suas populações enfrentam diversos problemas relacionados à degradação do meio ambiente e à depreciação da qualidade de vida nos meios urbanos, com aproximadamente um terço da população mundial vivendo em favelas e assentamentos informais, surge uma maior atenção voltada à Agricultura Urbana como elemento indispensável no planejamento urbano e nas políticas públicas” ¹
“Por causa da multifuncionalidade da agricultura urbana que interage com o desenvolvimento das dimensões sociais, ecológicas e econômicas do urbano das cidades, é fato que ela pode nos ajudar a diversificar e fortalecer nossas estratégias de planejamento urbano eficazes na construção de espaços democráticos e produtivos. Contudo, muitos gestores e planejadores urbanos pensam em sua cidade mais em termos de habitação, transportes, serviços comerciais e da indústria, em vez de em termos de agricultura, que gera rendimentos relativamente baixos (GIRARDET, 1992 apud DEELSTRA, 2000), possuindo pouca compreensão da necessidade das pessoas de produzir alimentos nas cidades.” ¹
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¹ O’ REILLY, Érika de Matos. Agricultura Urbana: um estudo de caso do Projeto Hortas Cariocas em Maguinhos, Rio de Janeiro. Projeto de Graduação apresentado ao Curso de Engenharia Ambiental da Escola Politécnica, UFRJ, 2014.
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desenvolvimento da sustentabilidade valorização dos saberes locais multifuncionalidade dos espaços desenvolvimento da economia solidária equidade de gênero fortalecimento de laços de comunidade segurança alimentar conservação e preservação dos recursos naturais
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agricultura urbana x agricultura rural
Segundo Mougeot (2000), a característica principal da agricultura urbana que a distingue da agricultura rural é a sua integração no sistema econômico e ecológico urbano. A agricultura urbana estimula a economia local com a venda dos produtos ao mercado consumidor próximo ao lugar de produção e geração de empregos aos moradores do local onde é ela praticada. Além disso, ela apresenta uma nova ideia de verde urbano, um verde produtivo, mas também estético e recreativo, otimizando o uso do território e com importantes consequências na impermeabilização e nas reduções do risco ambiental (ATTIANI, 2011), propiciando também uma melhora na regulação climática. ¹
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¹ O’ REILLY, Érika de Matos. Agricultura Urbana: um estudo de caso do Projeto Hortas Cariocas em Maguinhos, Rio de Janeiro. Projeto de Graduação apresentado ao Curso de Engenharia Ambiental da Escola Politécnica, UFRJ, 2014.
| c o m o
AGRICULTURA RURAL
AGRICULTURA URBANA
Tipo de exploração agrícola
Convencional, normalmente extensiva
Não convencional, normalmente intensiva, móvel ou temporária, parcialmente acima do solo ou sem solo
Agricultura como meio de vida
Agricultura é o principal meio de vida, ocupando tempo integral
A agricultura é frequentemente uma atividade secundária
Indentidade do agricultor
Usualmente já nascem em famílias de agricultores
Agricultores em tempo parcial, migrantes do meio rural, atividade vista como lazer
Perfil da comunidade
A maioria dos membros da comunidade pratica a agricultura
A porcentagem dos membros da comunidade que lidam com agricultura é muito variável
Ponto de vista dos participantes com respeiro à importância da agricultura
Geralmente a apoiam
Têm pontos de vista diversos
Contexto político, social, econômico
Mais homogêneo
Mais homogêneo
Uso e disponibilidade da terra
Geralmente estável para a agricultura
Vários usos competem pela mesma terra (usos agrícolas x não agrícolas)
Apoio político
Alta prioridade na agenda política
Situação indefinida, políticas de apoio vagas ou inexistentes
CARACTERÍSTICAS
¹ CAMPILAN; DRECHSEL; JÖCKER, 2011
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horta urbana
antes
depois
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| c o m o 04/06/2018
Crianças tomam conta de terrenos baldios e os transformam em jardins, hortas e áreas de leitura “Quando viu um terreno vazio e abandonado diante de sua casa, no empobrecido distrito de Comas (periferia de Lima), em 2011, o peruano Rogelio Ramos Huamán se lembrou de um projeto que fizera na escola alguns anos antes: ele havia sido encarregado de cuidar de um pequeno terreno, onde plantava sementes e regava as plantinhas. Huamán decidiu, então, repetir a experiência em terrenos baldios perto de casa. As crianças da vizinhança foram convidadas a usar esses espaços para fazer seus pequenos jardins, com cartazes coloridos e pequenas mudas de plantas. Em questão de meses, diz ele, eram tantos os jardins infantis espalhados pela vizinhança de Comas que a comunidade decidiu ir além: pediu à prefeitura autorização para ocupar um terreno da região, com 120 m2, que estava abandonado e cheio de lixo. As crianças locais o transformaram em um bosque, com vasos de plantas, árvores frutíferas e bancos para leitura.” ¹
“A meta é empoderar as crianças para transformar seu entorno e reconhecer o papel delas no desenvolvimento sustentável” ¹ Jornal BBC Brasil, São Paulo
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horta urbana
Nunca imaginei na minha vida plantar, colher e comer tomate cereja na minha casa. É fantástico Juarez Faria
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“
“
| c o m o 03/11/2013
Na zona norte do RJ, horta em favela envolve obra de infraestrutura pública R$ 80 milhões foram investidos em ruas, serviço de água, esgoto e lixo, Horta custou R$ 500 mil e causou grande impacto na comunidade.
“Em Manguinhos, na Zona Norte da cidade do Rio de Janeiro, foi realizada uma obra de infraestrutura pública com investimento de R$ 80 milhões, destinados a abertura de ruas, coleta de lixo, serviço de água e esgoto, além da montagem da horta, que teve um custo de R$ 500 mil e causou grande impacto na comunidade. Os responsáveis pelo projeto levaram terra, composto e mudas. Também foi montado o sistema de água e de drenagem. Como a proposta é de produção orgânica, eles usam o agrobio, uma calda biológica que age tanto como preventivo como defensivo agrícola. Embora recente, a produção de Manguinhos já começa a decolar. O pessoal tira produtos da horta de duas a três vezes por semana. A fartura vem de uma área que era extremamente degradável. Em uma comunidade com muitos moradores que passam dificuldade, a primeira produção é doada aos mais necessitados.” ¹
¹ Jornal O Globo, G1
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horta urbana
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| c o m o 12/06/2018
Horta em escola estimula vida saudável e consciência ambiental de alunos no Amapá Estudantes da Escola Municipal José Leoves, em Macapá, fizeram as primeiras plantações do projeto ‘Horta Legal’ nesta terça-feira (12). Mais de mil crianças vão participar da manutenção da horta.
“O projeto “Horta Legal”, que busca ampliar conhecimentos referentes a cultivo de hortaliças que serão usadas pela comunidade escolar, teve seu piloto iniciado nesta terça-feira (12) na Escola Municipal José Leoves, localizada no bairro Renascer, na Zona Norte de Macapá. O projeto funciona em parceria das escolas municipais, que acionam a Secretaria Municipal de Educação (Semed), que, por sua vez, avaliará e indicar as instituições para a Semam, responsável pelo apoio estrutural e técnico das hortas. As mudas plantadas são produzidas pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico (Semdec).”
“A escola, junto com ONGs, já iniciou alguns projetos voltados para a educação ambiental. Logo, ter um horta era um sonho distante. Agora nossos alunos poderão colocar em prática o que aprenderam” ¹
¹ Jornal O Globo, G1
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compostagem
os resíduos são alimentos
O princípio de que “os resíduos são alimentos” significa que todos os produtos devem, em algum momento, servir pra nutrir alguma outra coisa.
“Compostagem é o nome do processo de decomposição de matéria orgânica (principalmente restos de frutas, verduras e legumes). O resultado desse processo é o adubo, que é usado para a fertilização do solo. A compostagem é realizada por microorganismos e animais invertebrados, que, na presença de umidade e oxigênio, se alimentam dessa matéria e propiciam que seus elementos químicos e nutrientes voltem à terra. Este processo enriquece a terra em nutrientes para plantas; evita queimadas que poluem o ar; melhora a estrutura do solo; melhora a drenagem, retêm água nos solos arenosos e reduz a necessidade de usar herbicidas e pesticidas.” ¹
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¹ Ciclo Organico
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resĂduos organicos ar + ĂĄgua solo (microorganismos) diĂłxido de carbono composto (alimento)
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E S P A Ç O PRODUTIVO colaborativo
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conhecimento
cidadania
laรงos comunitรกrios
alimentos
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ensaio jardim de alah
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ESCOLA MUNICIPAL SANTOS ANJOS 367 alunos
3min
CRUZADA SÃO SEBASTIÃO 2300 moradores aprox.
2min
CENTRO MUSICAL ANTONIO ADOLFO
1min
COLÉGIO SARAH DAWSEY
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ESCOLA MUNICIPAL HENRIQUE DODSWORTH 520 alunos CRECHE E ESCOLA GIRASSOL
1min 6min 3min
COLÉGIO E CURSO PH
CRECHE OS BATUTINHAS
7min 3min 1min
ESCOLA MODA D
ESCOLA E VESTIBULAR DE AaZ
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alimentos orgânicos
produzido localmente
80
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contato com a รกgua 84
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prĂŠ existencias 90
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prĂŠ existencias 92
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responsáveis por toda a limpeza do jardim de alah e as feiras do entorno 105 pessoas trabalhando: 67 turno da manhã 22 turno da tarde 16 turno da noite o caminhão de lixo passa todo dia de manhã e a noite não há separação de resíduos e esse lixo é encaminhado ao caju ¹
¹ Entrevista realizada no local com o Gerente e a responsável administrativa.
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90% do “lixo” do local é composto de resto de alimento das feiras e folhas secas
será que isso é mesmo lixo?
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feiras do entorno
das quais a comlurb SG06B é responsável pela limpeza
segunda-feira jardim de alah epitácio pessoa terça-feira general osório sexta-feira nossa sra da paz
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20% dos alimentos das feiras vira lixo ยน
ยน Jornal O Globo
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área de intervenção águas jardins ciclovia comlurb cruzada são sebastião escola municipal santos anjos escola municipal henrique dodsworth
100
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50 0
200
100
101
plano de trabalho momento 1 contextualização, relevância, justificativa do problema afunilamento do tema - escolha da vertente de projeto a seguir
momento 2 definição da área escolhida justificativa de escolha análise da área: - levantamento e entendimento do local, preparação de bases de trabalho - preexistências - reuniões com moradores, comlurb, escolas e restaurantes interessados - estudo de projetos existentes para a área - estudo de projetos inspiração
momento 3 esboço primeiras escolhas projetuais reuniões com possíveis parceiros para o entendimento da replicabilidade do projeto
momento 4 revisão das primeiras escolhas proposta de projeto 102
cronograma simplificado
1
alteração no tema
arq1109
1e2
3
4
arq1110
103
referências bibliográficas WOHLLEBEN, Peter. A vida secreta das árvores. LOUV, Richard. The Nature Principal, Human Restoration and the end of Nature-Defict Disorder. CAPRA, Fritjof. As Conexões Ocultas, ciência para uma vida sustentável. AZEVEDO, I. T. T. Os Jardins da Cidade: do jardim privado aos espaços verdes enquanto elementos estruturantes do espaço urbano. 163f. 2013. Dissertação (Mestrado em arquitetura) - Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra. Coimbra, 2013. SILVA, José Afonso. O direito ambiental constitucional. O’ REILLY, Érika de Matos. Agricultura Urbana: um estudo de caso do Projeto Hortas Cariocas em Maguinhos, Rio de Janeiro. Projeto de Graduação apresentado ao Curso de Engenharia Ambiental da Escola Politécnica, UFRJ, 2014. MOLLISON, Bill. Introdução à Permacultura. YOUNG, Ken. Projetar com a Natureza. LONDE, P. P. A influência das áreas verdes na qualidade de vida urbana. Revista Brasileira de Geografia Médica e da Saúde YOUNG, Ken. Projetar com a Natureza. 104
CACIOPPO, John. The Growing Problem of Loneliness. GÖTSCH, Ernst. O Renascer da Agricultura. Rio de Janeiro, maio de 1996 (2ª edição). UNITED NATIONS. Wake Up Before It’s Too Late, make agriculture truly sustainable now for good food security in a changing climate, 2013. Atlas Escolar, Prefeitura do Rio de Janeiro http://apps.data.rio/atlas-escolar/ (acesso 07/06) CHIANCA, G. L. M. Agricultura Urbana como Fenômeno Universal. Publicado em: Sonia Carvalho e Paulo Knauss (org.) Agricultura urbana: dimensões e experiencias do Brasil actual. Enda Brasil. 2007, pp. 11-30. Jornal BBC Brasil https://www.bbc.com/ (acesso 08/06) Jornal O Dia https://odia.ig.com.br/ (acesso 10/06) Battling the Nature Deficit with Nature Play An interview with Richard Louv and Cheryl Charles QEdu http://www.qedu.org.br (acesso 15/06) Panorama de Resíduos Sólidos no Brasil 2016 Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais 105