la danse
Universidade Católica de Pelotas Centro Politécnico Curso de Arquitetura e Urbanismo Pesquisa e Metodologia do Trabalho Final de Graduação
ESCOLA DE DANÇA
Autor: Mariana Tavares Lafolga Orientador: Otávio M. Perez 2012/01
índice INTRODUÇÃO.......................................................................................1
PROPOSTA 1.1- ESCOLA DE DANÇA...........................................................................2 1.2- PÚBLICO ALVO.................................................................................3
REFERENCIAIS TEÓRICO 2.1 CONCEITOS RELACIONADOS À ATIVIDADE NO PROJETO 2.1.1 – DANÇA........................................................................................4 2.1.2 – ENSINO DA DANÇA.......................................................................5
2.1.3 – CLASSIFICAÇÃO E GÊNERO............................................................6 2.1.4 – COMPETIÇÃO DE DANÇA................................................................7 2.1.5 – A ARTE........................................................................................8 2.1.6 – CULTURA...................................................................................10 2.2- EVOLUÇAO DA DANÇA ATRAVÉS DO TEMPO 2.2.1 – HISTÓRIA DA DANÇA...................................................................11 2.2.2 – PRÉ HISTÓRIA............................................................................12 2.2.3 – IDADE ANTIGA............................................................................13
índice 2.2.4 – RENASCIMENTO..........................................................................14 2.2.5 – ROMANTISMO.............................................................................15 2.2.6 – IDADE MODERNA........................................................................16 2.2.7 – ESTADO ATUAL DA ARTE..............................................................16
CIDADE E SUAS CARACTERÍSTICAS 3.1- LOCALIZAÇÃO................................................................................17 3.1.1 – PERIMETRO URBANO DA CIDADE DE RIO GRANDE...........................18 3.1.2 – BREVE HISTÓRICO......................................................................19
SÍTIO DE IMPLANTAÇÃO 4.1 – LOCALIZAÇÃO...............................................................................20 4.1.1 – JUSTIFICATIVA...........................................................................21 4.1.2 – REGISTRO FOTOGRAFICO DO TERRENO.........................................22 4.1.3 – DIMENSÕES DO TERRENO............................................................24
4.1.4 – CARACTERISTICAS DO TERRENO...................................................25 4.1.5 – TOPOGRAFIA.............................................................................26
índice
4.1.6 – VENTOS PREDOMINANTES............................................................27 4.1.7 – LEGISLAÇAO URBANISTICA..........................................................28 4.1.8 – PLANO DIRETOR DAS ÁREAS FUNCIONAIS......................................30
ANÁLISE DO ENTORNO 5.1 – EDIFICAÇÕES EM DESTAQUE...........................................................31 5.1.1 – FOTOS DO INTORNO IMEDIATO....................................................32 5.1.2 – USOS........................................................................................34 5.1.3 – ALTURAS....................................................................................34 5.1.4 – TRANSPORTE PÚBLICO.................................................................34 5.1.5 – ESCOLAS DE DANÇA NO CENTRO..................................................35 5.1.6 – ESTUDO DO ENTORNO IMEDITADO................................................36 5.1.7 – MALHA URBANA DE INTERESSE AO EMPREENDIMENTO....................37 5.1.8– CONDICIONANTES DO ENTORNO...................................................38 5.1.8.1- ESTUDO DAS CONDICIONANTES DO ENTORNO..............................39
índice
ANÁLISE DE PRECEDENTES 6.1 -GRUPO CORPO 6.1.1 – CONCURSO NACIONAL PARA O CENTRO DE ARTES GRUPO CORPO....40 6.1.2 – CONCURSO NACIONAL PARA O CENTRO DE ARTES GRUPO CORPO (PROJETO FINALISTA)............................................................................44 6.2 .1– CENTRO DE MOVIMENTO DEBORAH COLKER...................................47 6.3.1 – CENTRO COREOGRÁFICO DO RIO DE JANEIRO................................54 6.4.1 -JUSTIFICATIVA DOS MODELOS.......................................................59
PROGRAMA DE NECESSIDADES 7.1 – ESPECIFICAÇOES DO ESPAÇO E AMBIENTES / ZONAS DO PROJETO.....60
7.2– FLUXOGRAMA.................................................................................62 7.3 – PRÉ DIMENSINAMENTO..................................................................63
ZONEAMENTO......................................................................................69
índice
CONCEITUAÇÃO...................................................................................70 8.2 METODOLOGIA CONCEITUAL (CONTEMPORÂNEO).................................72
CONCLUSÃO........................................................................................74
ANEXOS...............................................................................................75
BIBLIOGRAFIA....................................................................................91
introdução O presente trabalho é resultado da pesquisa realizada durante o primeiro semestre do ano de 2012, na disciplina de Seminário de Diplomação, ministrada pela Professora Arquiteta e Urbanista Daniele Behling Luckow. A pesquisa trata a respeito de uma proposta de Escola de Dança, a ser inserida na cidade de Rio Grande, RS. Para que o trabalho possa ser compreendido de forma íntegra, serão abordados temas, tais como o contexto histórico da cidade, a história da dança, análises do terreno, análise do entorno e das condicionantes naturais, programa de necessidades e o desenvolvimento da proposta.
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proposta 1.1- ESCOLA DE DANÇA O projeto a ser desenvolvido, visa tornar realidade uma necessidade eminente da cidade, dos praticantes, e admiradores da dança, arte e cultura. Tem como objetivo projetar instalações capazes de fornecer toda a infraestrutura necessária para a prática, estudo, convívio e aprendizagem dos freqüentadores. A Escola busca integração com os demais centros de dança do município, e visa preencher uma lacuna existente na cidade, que é a falta de locais para eventos e espetáculos. Trata-se de uma compreensão da dança que vai além do simples entretenimento, percebendo-a também como um poderoso instrumento de educação e produção cultural. Partindo da intenção de criar um centro onde seja possível o treinamento físico, mental, cultural, e que se torne viável a prática de lazer, relaxamento e cuidado com a estética, torna-se necessário pensar em áreas de convívio na parte interna e externa, atendendo ao público jovem que se pretende atingir. A escola terá suporte para atender os mais diferentes tipos, estilos de dança e público. Será um lugar aberto a todos interessados em artes, cultura e movimento.
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proposta 1.2- PÚBLICO ALVO Pretende-se oferecer cursos regulares para crianças, adolescentes, adultos, idosos e artistas (iniciantes ou profissionais) do município e região. Uma escola com diversas técnicas de movimento: Ballet Clássico, Dança Contemporânea, Hip Hop, Jazz, Sapateado, Alongamento, entre outras, e foco na integração com outras formas de arte como a Música, o Teatro, as Artes Plásticas e a Literatura. “Integração é fundamental para desenvolvimento de um corpo inteligente e de uma movimentação criativa e disciplinada.” Declaração da Cia de dança Deborah Colker
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referenciais teóricos 2.1 CONCEITOS RELACIONADOS À ATIVIDADE NO PROJETO 2.1.1 - DANÇA A dança é uma das três principais artes cênicas da Antiguidade, ao lado do teatro e da música. No antigo Egito já se realizava as chamadas
danças
astroteológicas
em
homenagem a Osíris. Na Grécia, a dança era freqüentemente vinculada aos jogos, em especial aos olímpicos. A dança se caracteriza pelo uso do corpo
seguindo
estabelecidos
movimentos
(coreografia)
ou
previamente improvisados
(dança livre). A dança pode existir como manifestação artística ou como forma de divertimento ou cerimônia. Como arte, a dança se expressa através dos signos de movimento, com ou sem ligação musical, para um determinado público.
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referenciais teóricos 2.1.2 – ENSINO DA DANÇA
O ensino da dança nas escolas brasileiras é abordado dentro do conteúdo das Artes, segundo os Parâmetros Curriculares
Nacionais
constitui
componente
curricular
obrigatório, contemplando para o ensino fundamental Artes Visuais, Dança Música e Teatro, e, para o ensino médio, além destas linguagens já citadas, há a inclusão das Artes
Audiovisuais. A abordagem da dança dentro do contexto da educação física é complementar e deve auxiliar no preparo físico para que os profissionais de artes possam atuar. Existem cursos de bacharelado em Dança que qualificam profissionais de dança, seja o artista bailarino, dançarino ou coreógrafo. A dança é uma área de conhecimento autônoma, até mesmo dentro das Artes, e é preciso ser respeitada e reconhecida como tal. A formação para professores e artistas de dança é adquirida nos cursos superiores de dança (bacharelados e licenciaturas) e a profissão é regulamentada pela Lei 6.533/78 a Lei do Artista.
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referenciais teóricos 2.1.3 – CLASSIFICAÇÃO E GÊNERO A dança pode receber variadas classificações, levando-se em conta os mais diferentes critérios. Quanto ao modo de dançar: dança solo (ex.: coreografia de solista no balé, sapateado); dança em dupla (ex.: tango, salsa, valsa, forró etc.); dança em grupo (ex.: danças de roda, sapateado).
Quanto à origem: dança folclórica (ex.: catira, carimbó, reisado etc.); dança histórica (ex.: sarabanda, bourré, gavota etc.); dança cerimonial (ex.: danças rituais indianas); dança étnica (ex.: danças tradicionais de países ou regiões). Quanto à finalidade:
dança erótica(ex.: can can, striptease, pole dancing); dança cênica ou performática (ex.: balé, dança do ventre, sapateado, dança contemporânea); dança social (ex.: dança de salão, axé, tradicional); dança religiosa/dança profética (ex.: dança sufi).
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referenciais teóricos 2.1.4 – COMPETIÇÃO DE DANÇA Uma competição de dança é um evento organizado em que os concorrentes executam danças perante um juiz ou juízes visando prêmios e, em alguns casos, prêmios em dinheiro. Existem vários tipos principais de competições de dança, que se distinguem principalmente pelo estilo ou estilos de dança executados. Os principais tipos de competições de dança incluem: Dança competitiva: em que uma variedade de estilos de danças teatrais, como dança acro, balé, jazz, hip hop, dança lírica e sapateado, são permitidos. Competições abertas: que permitem uma grande variedade de estilos de dança. Um exemplo disto é o popular programa de TV So You Think You Can Dance. Dança esportiva: que é focada exclusivamente em dança de salão e dança latina. Exemplos disso são populares programas de televisão. Competições de estilo único: como dança escocesa, dança de equipe (dance squad) e dança irlandesa, que só permitem um único estilo de dança. É interessante ver que hoje há vários concursos de dança na televisão e na internet que incentivam a prática desse esporte.
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referenciais teóricos 2.1.5 – A ARTE A arte geralmente é entendida como a atividade humana ligada a manifestações de ordem estética ou comunicativa, realizada a partir da percepção, das emoções e das idéias, com o objetivo de estimular essas instâncias da consciência e dando um significado único e diferente para cada obra. Considera-se que no início da civilização a arte teria principalmente funções mágicas e rituais, mas ao longo dos séculos e das diferentes culturas tanto conceito como função mudaram de maneira importante, adquirindo componentes estéticos, sociológicos, lúdicos, religiosos, morais, experimentais, pedagógicos, mercantis, psicológicos, políticos e ornamentais, entre outros. A arte está ligada principalmente a um ou mais dos seguintes aspectos: a manifestação de alguma habilidade especial; a criação artificial de algo pelo homem;
o desencadeamento de algum tipo de resposta no ser humano, como o senso de prazer ou beleza; a apresentação de algum tipo de ordem, padrão ou harmonia; a transmissão de um senso de novidade e ineditismo; a expressão da realidade interior do criador; a comunicação de algo sob a forma de uma linguagem especial;
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referenciais teóricos
a noção de valor e importância; a excitação da imaginação e a fantasia; a indução ou comunicação de uma experiência-pico; coisas que possuam reconhecidamente um sentido; coisas que dêem uma resposta a um dado problema.
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referenciais teóricos 2.1.6 – CULTURA É integro dizer que a cultura é dinâmica, e sendo esta um mecanismo adaptativo e cumulativo, a cultura sofre mudanças. Traços se
perdem,
velocidades
outros distintas
se
adicionam, nas
em
diferentes
sociedades. Dois mecanismos básicos permitem a mudança cultural: a invenção ou introdução de novos conceitos, e a difusão de conceitos a partir de outras culturas. Há também a descoberta, que é um tipo de mudança cultural originado pela revelação de algo desconhecido pela própria sociedade e que ela decide adotar. O 'ambiente' exerce um papel fundamental sobre as mudanças culturais, embora não único: os homens mudam sua maneira de encarar o mundo tanto por contingências ambientais quanto por transformações da consciência social.
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rreferenciais teóricos 2.2- EVOLUÇAO DA DANÇA ATRAVÉS DO TEMPO 2.2.1 – HISTÓRIA DA DANÇA A história da dança cênica representa uma mudança de significação dos
propósitos artísticos através do tempo. Com o Balé Clássico, as narrativas e ambientes ilusórios é que guiavam a cena. Com as transformações sociais da época moderna, começou-se a questionar certos virtuosismos presentes no balé e começaram a aparecer diferentes movimentos de Dança Moderna. É importante notar que nesse momento, o contexto social inferia muito nas realizações artísticas, fazendo com que então a Dança Moderna Americana acabasse por se tornar bem diferente da Dança Moderna Européia, mesmo que tendo alguns elementos em comum. A dança contemporânea como nova manifestação artística, sofrendo influências
tanto
possibilidades influenciada
de
todos
tecnológicas pelas
novas
os
movimentos
(vídeo,
passados,
instalações).
condições
sociais
-
Foi
como
essa
das
novas
também
muito
individualismo
crescente,
urbanização, propagação e importâncias da mídia, fazendo surgir novas propostas de arte, provocando também fusões com outras áreas artísticas como o teatro por exemplo.
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referenciais teóricos
2.2.2 – PRÉ HISTÓRIA A dança foi uma das primeiras formas de expressão artística e pessoal. Pinturas de dançarinos foram encontradas em paredes de cavernas na África e no sul da Europa na pré-história. Estimasse que estas pinturas podem ter mais de 20 mil anos. As cerimônias religiosas que combinavam dança música e dramatizações, provavelmente desempenharam um papel importante na vida do homem pré-histórico. Estas cerimônias devem ter sido realizadas para reverenciar os deuses e pedir-lhes mais sucesso nas caçadas e lutas. As danças também podiam realizarse por outras razões: como nascimento, curar um enfermo ou lamentar uma morte. Os cientistas estudam as danças de várias culturas porque as formas de dança de um povo podem revelar muita coisa sobre seu modo de vida.
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referenciais teóricos 2.2.3 – IDADE ANTIGA Tanto as danças sagradas como as profanas existiam na Antigüidade, principalmente nas regiões junto ao mar do Mediterrâneo e no Oriente Médio. As pinturas, esculturas e escritos do antigo Egito fornecem informações sobre os primórdios da dança egípcia. Este povo dedicava-se principalmente à agricultura, por isso suas festas religiosas mais importantes se concentravam em danças para homenagear Osíris, o deus da vegetação. A dança também servia como entretenimento. Os escravos, por exemplo, dançavam para divertir as famílias ricas e seus convidados. Os gregos antigos consideravam a dança essencial para a educação, para o culto e para o teatro. O filósofo grego Platão aconselhava que todos os cidadãos gregos aprendessem a dançar para desenvolver o autocontrole e o desembaraço na arte da guerra. Danças com armas faziam parte da educação dos jovens de Atenas e Esparta. Danças sociais eram realizadas em ocasiões festivas. As danças religiosas desempenharam importante papel no nascimento do teatro grego.
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referenciais teóricos 2.2.4 – RENASCIMENTO Durante a Idade Média, aproximadamente do século V até o século XIV, o cristianismo tornou-se a força mais influente na Europa. Foram proibidas as
danças teatrais, por representantes da Igreja, pois algumas delas apresentavam movimentos muito sensuais. Mas os dançarinos ambulantes continuaram a se apresentar nas feiras e aldeias mantendo a dança teatral viva. Quando ocorreu a peste negra, uma epidemia que causou a morte de um quarto da população, o povo cantava e dançava freneticamente nos cemitérios; eles acreditavam que essas encenações afastavam os demônios e impediam que os mortos saíssem dos túmulos e espalhassem a doença. Isto ocorreu no século XIV. Durante toda a Idade Média, os europeus continuaram a festejar casamentos, feriados e outras ocasiões festivas com danças folclóricas, como a dança da corrente, que começou com os camponeses e foi adotada pela nobreza, numa forma mais requintada, sendo chamada de carola. No final da Idade Média a dança tornou-se parte de todos os acontecimentos festivos.
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referenciais teóricos 2.2.5 – ROMANTISMO O Romantismo foi um movimento artístico que deu grande importância à individualidade e à liberdade de expressão pessoal. Até
então, a maioria dos balés girava em torno dos deuses e deusas, mas com o Romantismo passaram a tratar de pessoas comuns. Muitos enredos de balés do século XIX tinham como personagens seres imaginários, como fadas e silfides (espíritos do ar). No século XIX, grande parte das danças sociais que se popularizaram na Europa e na América começou com o povo. Outra vez, a nobreza em vez de lançar moda imitava os camponeses que dançavam valsas e polcas.
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referenciais teóricos 2.2.6 – IDADE MODERNA
A dança, desde 1900, vem apresentando uma grande variedade de estilos e muitas formas experimentais, que começaram com a dança moderna, baseada na liberdade de movimentos e expressão. Atualmente, os estilos de balé incluem elementos de jazz, dança moderna e rock. 2.2.7 – ESTADO ATUAL DA ARTE A dança contemporânea é tudo aquilo que se faz hoje dentro dessa arte, não importa o estilo, procedência, objetivos nem a forma. Para ser contemporâneo não é preciso buscar novos caminhos. São contemporâneos tanto os coreógrafos que usam a técnica de Balanchine ou Béjart, como os que se inspiram em Martha Graham; eles se inspiram em qualquer fonte: sua visão pessoal, a literatura e suas observações. A dança caminha ao lado da humanidade e de seus progressos, há uma grande riqueza à disposição do público, desde as grandes obras românticas até o modernismo, passando pelas danças folclóricas e as religiosas. Não é mais uma arte de elite, mas se transformou num meio de diversão de todas as classes, já que é apresentada além do teatro, em televisão, cinemas e praças.
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cidade e suas características
3.1- LOCALIZAÇÃO Rio Grande é um município brasileiro do extremo sul do estado do Rio Grande do Sul. Possuía, segundo o censo do IBGE de 2010, 196.337 habitantes. A cidade é servida pela BR-392, que se interliga com BR-471, BR-116 e BR293. Pela BR-116, chega-se à capital do estado, Porto Alegre, e ao centro e norte do
país. O município de Rio Grande, está localizado na Planície Costeira Sul do
Estado do Rio Grande do Sul. Seu território compreende uma faixa de terras baixas, na restinga do Rio Grande, a Sudoeste da desembocadura da Lagoa dos
Localização de Rio Grande no Rio grande do sul
Patos.
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cidade e suas características 3.1.1 – PERIMETRO URBANO DA CIDADE DE RIO GRANDE
LEGENDA: Rio Grande São José do Norte Ilha dos Marinheiros Ilha da Base
Terreno
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cidade e suas características 3.1.2 – BREVE HISTÓRICO Foi fundada em 1737 pelo Brigadeiro José da Silva Pais, e elevada - com substancial ajuda de Francisco Xavier Ferreira - à condição de cidade em 27 de junho de 1835, ano em que o coronel da guarda nacional Bento Gonçalves inicia a Revolução Farroupilha. Está situada no extremo sul do estado do Rio Grande do Sul, entre a Lagoa Mirim, a Lagoa dos Patos (a maior laguna do Brasil) e o Oceano Atlântico. A cidade construiu sua riqueza ao longo de sua história devido à forte movimentação industrial. Ainda hoje é uma das cidades mais ricas do Rio Grande do Sul, e a mais rica da região sul do estado, principalmente devido ao seu porto (o segundo em movimentação de cargas do Brasil), e à sua refinaria (a cidade é a sede da Refinaria de Petróleo Riograndense, antiga Refinaria Ipiranga). Rio Grande forma, juntamente com Arroio do Padre, Capão do Leão, Pelotas e São José do Norte, uma das três aglomerações urbanas do Rio Grande do Sul, sendo classificada como centro sub-regional .
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Sítio de implantação 4.1 – LOCALIZAÇÃO
Localização Terreno
Localiza-se na Rua Cdor. Vasco Viera da Fonseca, no Bairro Centro, da cidade do Rio Grande – RS
.
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Sítio de implantação 4.1.1 – JUSTIFICATIVA A área de implantação para o projeto localiza-se na Rua Cdor. Vasco Viera da Fonseca, no Bairro Centro, da cidade do Rio Grande – RS. Para sua escolha, levou- se em consideração, o fato de este estar situado nas proximidades do centro histórico da cidade, escola Barão de Cerro Largo e alguns pontos turísticos como o Yatch Clube e o Museu Oceanográfico. Estes espaços atraem um grande fluxo de pedestres e automóveis, possibilitando que o futuro projeto se aproveite disso e se tone ponto de referencia do local tanto para os turistas quanto a população do município. O terreno é de fácil acesso, por onde se transita transporte público, e possui ligação com vias de grande fluxo (R. Aquidaban). O local é relativamente tranqüilo e possibilitará vista para a Lagoa dos Patos. Existe a possibilidade de um projeto amplo em função da área disponível. PONTOS FORTES localizado em uma zona central Proximidade de pontos turísticos e escolar (Yatch Club e Museu Oceanográfico) Fácil acesso Local bem servido de parada de ônibus, o que facilita o acesso ao local.
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sítio de implantação 4.1.2 – REGISTRO FOTOGRAFICO DO TERRENO
TERRENO
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sítio de implantação
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Sítio de implantação 4.1.3 – DIMENSÕES DO TERRENO
FACHADA NORTE: 224m2 FACHADA SUL: 240m2 FACHADA LESTE: 133.13m2 FACHADA OESTE: 137.83m2
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sítio de implantação 4.1.4 – CARACTERÍSTICAS DO TERRENO TOPOGRAFIA: plano
ORIENTAÇAO SOLAR:
Norte ( Av. Comendador Vasco Vieira da Fonseca),
Oeste(Cap. Tem. Heitor Perdigão) Leste ( vista para terreno baldio) Sul (vista para o Yatch Clube).
INCIDENCIA SOLAR: Por se tratar de possuem edificações em seu entorno
um terreno de esquina, onde não (com exceção do prédio da Justiça
Federal), não existem barreiras altimétricas (edificações altas) que prejudiquem o aproveitamento da radiação solar durante todo o dia, o que favorece com o desempenho do conforto térmico a ser desenvolvido
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sítio de implantação 4.1.5 – TOPOGRAFIA
o3
o7 o6
o5 o4
O
terreno apresenta baixo índice de desníveis, o que torna possível
classificar-lo em terreno plano, onde não será necessário o uso de sistemas de aterramento para nivelar- lo
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Sítio de implantação 4.1.6 – VENTOS PREDOMINANTES
Os Ventos Predominantes são o Nordeste ( que sopra o ano inteiro) e o
Sudoeste ( vento de outono). O Nordeste é mais freqüente no inverno, porem sopra o ano inteiro. O sudoeste é mais freqüente no outono e período em que há maior predominância de ventos é na primavera. Exige-se que haja proteção da edificação nas duas orientações citadas.
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Sítio de implantação 4.1.7 – LEGISLAÇAO URBANISTICA
Terreno
O terreno abrange a área denominada AF (Área Funcional), dentro do Plano diretor do Município da Cidade de Rio Grande.
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sítio de implantação
Dentro do plano diretor da cidade do Rio Grande, não existem planejamento e restrições para as áreas denominadas FUNCIONAIS, dessa forma, pretende-se a elaboração de um projeto que não desrespeite seu entorno e vizinhança. Dentro do seus limites, haverá maior cobrança ás exigências do código de obras quanto a função. De acordo com zoneamentos entendesse que esta área encontrasse nas
seguintes situações:
De acordo com o zoneamento ecológico-econômico da cidade, o
terreno encontra-se em uma área de desenvolvimento.
De acordo com o zoneamento de interesses públicos no território,
encontra-se em uma área de interesse turístico.
De acordo com o mapa de potencial de conflitos, a área possui baixo
potencial de conflito.
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sítio de implantação
4.1.8
–
PLANO
DIRETOR
DAS
ÁREAS
FUNCIONAIS
DAS
DISPOSIÇÕES GERAIS Art.. 76. Áreas Funcionais são as que requerem regime urbanístico especial, condicionando às suas peculiaridades no que se refere a: I - Características de localização, situação, condição topográfica, proteção à saúde pública e ao patrimônio ambiental, nos seus aspectos ecológicos, paisagísticos e culturais; II - Equipamentos urbanos, programas e projetos governamentais implantados
em sua área; III - Urbanização, regularização e produção de habitação de interesse social. § 1º. As Áreas Funcionais dividem-se em: I - Áreas de Interesse Público; II - Áreas de Interesse Urbanístico; III - Áreas de Interesse Ambiental; IV - Áreas Especiais de Interesse Social. § 2º. Ficam estabelecidas as Áreas Funcionais que, com esta denominação, já estejam identificadas no Mapa 06 do Plano Diretor.
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análise do entorno 5.1 – EDIFICAÇÕES EM DESTAQUE
Museu Oceanográfico
Yatch club
Praça recreativa
Tribunal da Justiça
Escola Barão de Cerro Largo
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análise do entorno 5.1.1 – FOTOS DO INTORNO IMEDIATO
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anรกlise do entorno
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análise do entorno 5.1.2 – USOS Por se localizar em uma área central da cidade, a zona de implantação apresenta variações quanto ao uso das edificações. Existe a predominância de edificações de uso residencial uni e multifamiliar, com alguns
pequenos
empreendimentos comerciais e áreas de lazer. A área é provida de instituição de ensino, praça de lazer com mobiliários para recreação infantil, e fluxo de transporte público.
5.1.3 – ALTURAS Por se tratar de uma área em desenvolvimento, é possível notar que existe uma variedade de alturas dos edifícios. Mesmo que em pontos isolados, a região é dotada de edifícios multifamiliáres em altura (até 25m) , comércios e residências unifamilar (até 6m) e vazios.
5.1.4 – TRANSPORTE PÚBLICO A Av. é uma via de sentido duplo onde se encontram duas paradas de transporte público coletivo, o que facilita o acesso ao futuro edifico. Esta é uma via que transita por área institucional onde é visível que esta é provida de sinalização adequada, garantindo a segurança dos pedestres.
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análise do entorno 5.1.5 – ESCOLAS DE DANÇA NO CENTRO
LEGENDA: 1. Academia Art. & Manhas 2. Escola de Belas Artes
Terreno Centro Histórico
3. SESI Semente Olímpica 4. Academia Ensaio 5. CIA de Dança Sandro Vieira
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análise do entorno 5.1.6 – ESTUDO DO ENTORNO IMEDITADO
LEGENDA: 1. Rio Grande Yatch Club
8. Santa Casa
2. Prédio Tribunal da Justiça
9. Supermercado Guanabara
3. Central Hortigranjeiro
10.
4. Porto Velho
11. Lanchas – São José do Norte
5. Escola
12 . Mercado Público
6. HUFURG
13. Praça Xavier Ferreira
7.UNIMED
14. Museu Oceanográfico
Terreno
Praça Tamandaré
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análise do entorno 5.1.7 – MALHA URBANA DE INTERESSE AO EMPREENDIMENTO Terreno Centro Histórico
Via coletora Leste/Oeste
Via coletora Norte/Sul
LEGENDA: 1. Avenida Major Carlos Pinto
6. Avenida Rheingantz
2. Avenida Portugal
7. Rua Cdo. Vasco Vieira da Fonseca 12. Avenida Silva Paes
3. Rua Domingos de Almeida 4. Avenida Presidente Vargas 5. Rua Buarque de Macedo
8. Rua Vinte e Quatro de Maio 9. Rua General Neto
11. Rua do Riachuelo
13. Rua Barroso 14. Avenida Ipiranga
10. Rua Val Porto
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análise do entorno 5.1.8– CONDICIONANTES DO ENTORNO
Yatch Clube e Museu Oceanográfico garantem grande fluxo na área
Prédio do Tribunal da Justiça impede Visual
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análise do entorno 5.1.8.1- ESTUDO DAS CONDICIONANTES DO ENTORNO
Durante análise do entorno e terreno, foi possível definir condicionantes de intenção de proposta e pontos de influencia do loca. Ficou perceptível que o prédio do Tribunal da justiça impede o visual da fachada leste, dessa forma optou-se por ter como ponto focal visual, a fachada sul, pois nas demais fachadas, devesse levar em consideração que futuramente existirão edificações. Devido ao fluxo das vias, a disposição das fachadas principais, dão a sensação de permeabilidade.
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análises de precedentes 6.1 -GRUPO CORPO O Grupo Corpo nasceu na capital mineira, Belo Horizonte, em 1975. Esta companhia, que se dedica integralmente à dança contemporânea, conquistou sua própria sede em 1978. A longo custo o Grupo Corpo conquistou o alto grau de qualidade que marca suas criações, a base bem alicerçada que mantém a Companhia sempre ativa, e um calendário com previsões a longo prazo, o que garante a esta comunidade uma estabilidade invejável. 6.1.1 – CONCURSO NACIONAL PARA O CENTRO DE ARTES GRUPO CORPO FICHA TÉCNICA:
Data do projeto: 2001
Concurso Público Nacional – Menção Honrosa
Localização: Nova Lima, MG
Projeto de arquitetura
Arquitetos: Martin Corullon, Guilherme Wisnik e Rodrigo Cerviño Lopez
Colaboradores: Anna Ferrari e Paulo Aires
Área do terreno 2.800 m²
Área construída 3.250 m²
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análises de precedentes
O projeto procura organizar os diferentes usos do programa em três
setores – Sede do Grupo, Teatro e Centro Cultural –, ao longo de um percurso contido em um grande muro que articula todo o terreno em sua extensão longitudinal. O plano geral de ocupação interliga os espaços de uso restrito ou eventual, como a Sede e o Teatro, a partir de uma Praça pública rebaixada, que em conjunto com a Galeria de experimentações artísticas, definem o núcleo do projeto. O tom ferruginoso da terra, e a materialidade do próprio ferro bruto, ou o aço cortem, sugerem marcos de uma ocupação ostensiva e tátil do território. Assim, a imposição de um grande muro, com um gabarito que, no entanto, evita a monumentalidade excessiva da construção, procura configurar o terreno como um lugar de usos definidos: uma área pavimentada, tratada como plano de acessos, e um parque íntimo. Sendo formado por tramas irregulares de barras de ferro em diferentes densidades, o muro termina quase que por anular seu caráter de edificação, formada por vidros e coberturas. Torna-se mais, uma continuidade desigual e vazada, interceptada por outros volumes vedados com chapas metálicas.
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análises de precedentes
Portanto, o que aparece na origem como ambigüidade – atrair público e atenção para uma área distante – desdobra-se, aqui, na tentativa de exploração da própria dualidade: por um lado, uma aposta na animação do conjunto, como um núcleo vivo de excelência e exibição de espetáculos e objetos, feito de espaços de contato que se auto-estimulam. Por outro, propondo o aumento do número de aposentos e a criação de áreas múltiplas de criação artística multimídia, o projeto procura reforçar o caráter retirado e concentrado da criação, propiciado por situações singulares como as do local e do programa em questão. Resulta, a criação de espaços reservados e abertos, na fronteira de manifestações que serão gestadas e irradiadas a partir do impulso iluminado da dança: o equilíbrio e o movimento, o repouso e a circulação.
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análises de precedentes PLANTAS E CORTES
Imagem: Planta de Situação
Imagem: Planta Baixa
Imagem: Corte
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análises de precedentes 6.1.2 – CONCURSO NACIONAL PARA O CENTRO DE ARTES GRUPO CORPO (PROJETO FINALISTA) FICHA TÉCNICA: Data do projeto: 2001 Concurso Público Nacional Localização: Nova Lima, MG Projeto de arquitetura Arquitetos: Alexandre Mirandez de Almeida, Cesar Shundi Iwamizu, Marcelo Pontes de Carvalho, Ricardo Bellio, Pablo Herenu e Paula Cardoso Zasnicoff O lugar escolhido para a implantação do Centro de Arte Corpo determina que este seja entendido não só como um centro de cultura, mas também como um marco inicial de construção de uma urbanidade desejável. Para solucionar um programa complexo, sem deixar de insinuar relações interessantes com o entorno, foram projetadas duas réguas laterais suspensas que configuram um espaço central flexível onde se articulam os grandes programas. Na cota da rua, o conjunto é acessível por todos os lados, sem criar frentes ou fundos. Os passeios protegidos sob as réguas acolhem de forma igual quem chega a pé, de automóvel ou ônibus.
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análises de precedentes
Dessa maneira, os setores determinados pelo programa de necessidades – um de uso público e outro para a sede do Grupo Corpo Companhia de Dança – foram dispostos de modo a formar um conjunto coeso, como partes com caráter diferenciado que se complementam. O primeiro, junto à avenida de acesso, articula os programas em torno de um pátio a céu aberto, seco, local de encontro das grandes concentrações de público. No outro extremo, um pátio densamente arborizado organiza as funções da sede da Companhia de Dança em cada uma de suas faces.
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análises de precedentes Para atender a construção em etapas e organizar cada item do programa de acordo com as necessidades, foi prevista a divisão do conjunto em três partes: Sede do Grupo Corpo Companhia de Dança, Espaço Cultural e Grande Teatro. As réguas laterais configuram essas fases por serem constituídas de três módulos idênticos de cada lado. Treliças metálicas com 60m de comprimento que assumem diferentes papéis em cada trecho e funcionam como articuladores de todo o conjunto, enfatizando a idéia de flexibilidade de usos e de unidade do projeto. Dessa maneira, cada etapa configura um edifício coeso, ainda que as etapas subseqüentes não estejam construídas.
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análises de precedentes 6.2 .1– CENTRO DE MOVIMENTO DEBORAH COLKER
FICHA TÉCNICA: Data do projeto: 2003 - 2005 Centro de Movimento Deborah Colker Localização: Rio de Janeiro, RJ Projeto de arquitetura Arquitetos: Archi 5 Arquitetos Associados – Alder Muniz, Bruno Fernandes, Octávio Reis, Pedro Moreira e Roberto Nascimento Colaboradores: Cláudio Antunes, Marcelo Brito Área do terreno 582.70 m² Área construída 1.167 m²
Um sobrado oitocentista de estilo eclético, no bairro da Glória, foi eleito para abrigar a nova sede da companhia de dança de Deborah Colker. Após quatro anos de pesquisas na região central do Rio de Janeiro, a escolha do
imóvel se revelou adequada não só às demandas do programa, mas também às solicitações da bailarina e coreógrafa em relação à fácil acessibilidade, preservação arquitetônica e revitalização cultural de trecho do núcleo histórico da cidade.
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análises de precedentes
O projeto simboliza a relação entre passado e presente, característica de
toda criação artística. A construção, que no final do século 19 foi residência do pintor Victor Meirelles, revela agradável surpresa em relação ao denso e desordenado entorno: sua fachada de pouco mais de oito metros de largura delimita um amplo terreno em forma de L, que se abre para uma vila nos fundos. “Os espaços são ampliados à medida que caminhamos pela edificação”, comenta o arquiteto. Do sobrado oitocentista os arquitetos mantiveram as paredes externas e a divisória central, executadas com tijolos maciços sobre embasamento de pedra. As peças do telhado, os caixilhos frontais e até as lajes dos dois pavimentos superiores foram completamente refeitos Embora preservados os elementos de identidade do imóvel, sobretudo o desenho dos caixilhos de madeira, o projeto do Archi 5 recriou a linguagem dos
interiores. Através da abertura de vãos em lajes e paredes, a exemplo do pédireito duplo da entrada e das janelas internas das salas laterais de dança, foi favorecida a recíproca visualização entre as áreas de recepção, de convivência e as salas de aulas, gerando interessantes perspectivas internas.
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análises de precedentes A entrada ganhou pé-direito duplo através de corte feito na nova laje. A escada metálica tem proteções laterais de vidro e parede azul, ambas com detalhes inclinados e coloridos A construção, que no final do século 19 foi residência
do
pintor
agradável
surpresa
Victor
em
Meirelles,
relação
ao
revela
denso
e
desordenado entorno: sua fachada de pouco mais de oito metros de largura delimita um amplo terreno em forma de L, que se abre para uma vila nos fundos. “Os espaços são ampliados à medida que
caminhamos
pela
edificação”,
comenta
o
arquiteto.
Do
sobrado
oitocentista
os
arquitetos
mantiveram as paredes externas e a divisória central, executadas com tijolos maciços sobre embasamento de pedra. As peças do telhado, os caixilhos frontais e até as lajes dos dois pavimentos superiores foram completamente refeitos
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análises de precedentes
Embora preservados os elementos de identidade do imóvel, sobretudo o desenho dos caixilhos de madeira, o projeto recriou a linguagem dos interiores. Através da abertura de vãos em lajes e paredes, a exemplo do pé-direito duplo da
entrada e das janelas internas das salas laterais de dança, foi favorecida a recíproca visualização entre as áreas de recepção, de convivência e as salas de aulas, gerando interessantes perspectivas internas. A setorização do projeto modificou a típica forma de ocupação desse modelo de sobrado. O andar térreo, originalmente ambiente secundário, adquiriu nova espacialidade e hierarquia. No lugar de escadas perimetrais de madeira, disposta
em frente à entrada surge uma escada metálica, iluminada zenitalmente e protegida por interessantes anteparos laterais. Com linguagem de galpão, a nova construção, nos fundos do lote, abriga o espaço de ensaio da equipe de dança. Ele é caracterizado pelo elevado pédireito - da ordem de oito metros - e pela cobertura metálica com sheds transversais.
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análises de precedentes
Luminosidade natural, pé-direito elevado
e
cobertura
metálica,
com
sheds, são elementos característicos
Elementos paredes
de
existentes,
tijolo
como
aparente
e
cobertura de duas águas, interagem
com novos materiais
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anรกlises de precedentes
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anรกlises de precedentes CORTES E FACHADA
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análises de precedentes 6.3.1 – CENTRO COREOGRÁFICO DO RIO DE JANEIRO FICHA TÉCNICA: Data do projeto: 2001 Centro Coreográfico do Rio de Janeiro Localização: Rio de Janeiro, RJ Projeto de arquitetura Arquitetos: Luiz Antônio Rangel e Ricardo Macieira Área do terreno 3.720 m² Área construída 3.820 m² Ocupando parte das instalações de uma antiga fábrica de cerveja, o projeto conservou a imagem externa da edificação, considerada um marco na memória
da Tijuca, zona norte do Rio de Janeiro. Ao projetar uma unidade do hipermercado Extra, no térreo e no primeiro andar das antigas instalações da cervejaria, os arquitetos sugeriram ao grupo controlador Pão de Açúcar que cedesse à prefeitura carioca a utilização cultural da parte alta do prédio, inapropriada ao novo uso.
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análises de precedentes
O espaço de 3800 metros quadrados é composto por salas de dança e ensaio; centro de memória com biblioteca, videoteca e bancos de dados; sala de múltiplo uso, para conferências, seminários etc.; apartamentos para visitantes; sala de exposições/galeria de arte; loja de material de dança, café, auditório para 300 pessoas e administração/serviços. O programa foi acomodado na totalidade do segundo ao sexto andares. A antiga fábrica é composta por dois volumes ligados : o primeiro, erguido entre 1904 e 1914, abrigou a Hanseática, a primeira cervejaria do Rio; o segundo, dos anos 1940, foi construído pela Christiani Nielsen, responsável por
várias instalações industriais do período.
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análises de precedentes
O bloco da Hanseática é um edifício eclético, com um tramo nos dois primeiros pavimentos e o resto da fachada em arcos romanos imitando tijolos, com mais dois pavimentos no torreão central. O restauro das fachadas foi baseado em pesquisa iconográfica e levantamento da pintura original. O volume da década de 1940 fica na lateral do primeiro e, além do pavimento de acesso, possui quatro andares-tipo. “Ele tem fachadas semidéco, embasamento em pilares largos, tratamento vertical de cheios e vazios nos demais pavimentos, beiral saliente e telhado aparente com quatro águas. Os interiores são amplos e livres, com grandes pés-direitos. Atrás do conjunto, sobre o prédio do hipermercado, fica o volume das salas de dança - chamado de anexo -, sobre o qual existiam duas cúpulas, demolidas. Rangel propôs uma releitura desse elemento com a estrutura
metálica que poderá ser coberta por lona. O projeto foi elaborado de forma a garantir entrada e operação independentes ao espaço cultural. Externamente, o ingresso ao hall e portaria se dá por rampa e plataforma diante da escada.
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análises de precedentes
Atrás do conjunto, sobre o prédio do hipermercado, fica o volume das salas de dança - chamado de anexo -, sobre o qual existiam duas cúpulas, demolidas. Rangel propôs uma releitura desse elemento com a estrutura metálica que poderá ser coberta por lona. O projeto foi elaborado de forma a garantir entrada e operação independentes ao espaço cultural. Externamente, o ingresso ao hall e portaria se dá por rampa e plataforma diante da escada. A entrada ocorre, de fato, no terceiro andar, ocupado pelo centro de memória e sala de reuniões. Do terceiro pavimento , pela escada do vazio do bloco da Hanseática, atinge-se o andar inferior, onde estão hall de serviço, foyer, camarins para bailarinos e a sala de dança, que, “na falta da sala de espetáculos projetada, tornou-se espaço cênico”, informa o arquiteto. No quarto piso ficam, além da sala de exposições, mais duas salas de dança (no anexo). No pavimento superior (quinto), ao qual se chega por elevador, está a administração. No último ficam os apartamentos para visitantes, com quartos no mezanino. .
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análises de precedentes
No foyer, as escadas situam-se no
Uma das salas de dança do quarto
vazio do bloco da Hanseática
pavimento, no volume anexo
No segundo pavimento, no anexo, a sala de dança também é utilizada como espaço cênico,
para
suprir
a função da sala de espetáculos, ainda não construída
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análises de precedentes 6.4.1 -JUSTIFICATIVA DOS MODELOS Os modelos analisados foram escolhidos partindo do conceito de forma, distribuição, zoneamento e programa de necessidades. É integro afirmar que o Centro de Movimento Deborah Colker mais se aproxima do objetivo de trabalho a ser realizado dentro da Escola , e que o arquitetônico realizado pelos arquitetos Martin Corullon, Guilherme Wisnik e Rodrigo Cerviño Lopez para o Grupo Corpo, melhor justifica o conceito que será realizado no projeto. Do Centro Coreográfico do Rio de Janeiro, serão aproveitados a logística de iluminação, distribuição de salas amplas, pés direito e uso de treliças aparentes. Toda esquemática do projeto será voltada para melhor suprir o programa de necessidades e manter uma ligação com o estorno. Um dos pontos focais, será o cuidado com a necessidade de um teatro e planejamento de área externa. O uso de vazios, entranças, mezaninos, cuidado com a implantação, o contemporâneo com o rústico, são conceitos que serão abordados na temática do projeto. Atendendo as devidas premissas, a idéia é gerar um espaço dinâmico e agradável através da forma, cores e materiais a serem empregados.
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programa de necessidades
7.1 – ESPECIFICAÇOES DO ESPAÇO E AMBIENTES / ZONAS DO PROJETO
ZONA DE INFRA- ESTRUTURA Estacionamento
Jardim
ZONA ADMINISTRATIVA Secretária Diretoria Sala dos Professores
ZONA INSTITUCIONAL
Sala de Reuniões
Sala de aula teórica
Sala de Aperfeiçoamento
Sala de aula prática
Sala Apoio
Sala de descanso
Sanitário Feminino
Sala de convenções
Sanitário Masculino
Sala de musica
Almoxarifado
Sala apoio Cenotécnica Armazenamento Cênico Atelier Armazenamento de figurinos Enfermaria
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programa de necessidades
ZONA SOCIAL Hall Show Room Café/ Bar Sala de Estar Biblioteca Sanitário Feminino
Sanitário Masculino
ZONA DE SERVIÇO Vestiário/ Sanitário Masculino Vestiário/ Sanitário Feminino Cozinha Despensa Refeitório Depósito de Jardinagem Depósito de Materiais de Limpeza
ZONA AUDITÓRIO
Depósito de Lixo
Foyer
Depósito de Gás
Recepção/ venda de ingressos
Caixa D água
Palco Platéia Camarins Sala de tradução simultânea Sala de Projeção Sanitário Feminino Sanitário Masculino
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programa de necessidades 7.2– FLUXOGRAMA
Acesso Principal
Acesso Auditório
Acesso Serviço
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programa de necessidades 7.3– PRÉ DIMENSIONAMENTO
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programa de necessidades
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programa de necessidades
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programa de necessidades
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programa de necessidades
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zoneamento
ACESSO AUDITÓRIO
ACESSO PRINCIPAL
LEGENDA: 1. Área Institucional e administrativa
4. Café e área verde de lazer
2. Auditório
5. Estacionamento
3. Recanto de lazer
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conceituação A Escola de Dança tem como objetivo proporcionar melhores instalações para o aprendizado em uma ambiente confortável e adequado para seus usuários. O projeto abrange vasta gama de modalidades de dança, incluindo aulas práticas e teóricas.para fim de melhor formação de seus acadêmicos. Dessa forma a dança passa de apenas uma atividade de lazer e abrange um comprometimento maior. O objetivo é dar suporte para grupos, artistas e companhias emergentes, multiplicar o acesso à arte do movimento a crianças, adultos, idosos e portadores de necessidades especiais e reconstruir conceitos da dança contemporânea em parceria.
Quanto ao estudo da forma, busca-se a HORIZONTALIDADE, uma edificação LEVE, com linguagem CONTEMPORANEA, que passe a sensação de FLUIDEZ e MOVIMENTO, onde sua plástica se destaque do entorno, mas sem agredir.
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conceituação
Em relação às tipologias existente no entorno mais imediatos, as construções são caracterizadas por uma volumetria que vão de um a dois pavimentos, onde esse tem a predominância de uso residencial, comercial e terrenos vazios,dessa forma, o projeto visa criar uma contraposição que a difere com as tipologias arquitetônicas existentes em seu entorno. A implantação terá a responsabilidade de passar a mensagem de INFILTRAÇÃO onde terá volumes que se interligam através de sobreposição e os grandes vão envidraçados farão conexão do interior com o exterior. Serão elaborados ambientes externos que proporcionem lazer e entretenimento dos usuários.
Os acessos serão adaptados para
portadores de necessidades especiais
(rampas e piso tátil), incluindo pavimentação externa e interna. Para maior fidelidade ao contemporâneo, serão utilizados matérias que fazem leitura e este, como : cimento queimado, concreto aparente e grandes vão envidraçados. A busca de conforto luminico será de acordo com a orientação solar e a
iluminação artificial será tanto cênica como de acordo com as exigências da necessidade do local.
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conceituação 8.2-METODOLOGIA CONCEITUAL – COMTEMPORÂNEO Busca da linearidade - horizontalidade Fachada em destaque Jogo de iluminação Uso de elementos verticais Uso de mezanino Busca de movimento Diversidade em revestimentos
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conceituação
Iluminação zenital Elementos no forro Jogo de vidros e grandes vãos Uso de concreto aparente
Paisagismo como recantos e área de lazer
Ambiente em estilo contemporâneo Elementos como vidro, espelhos e movimento no piso Projeto luminotécnico em destaque.
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conclusão
A partir do presente trabalho, é notório que existe uma diversidade de técnicas e tipos que dança que não são devidamente exploradas pelo fato dos empreendimentos existentes, não possuírem infra-estrutura adequada a estas. Faltando-se espaço para prática e aprendizado, ocorre o déficit de profissionais qualificados para o ensino. Partindo desse diagnóstico, acredita-se que a implementação de uma escola de dança que tenha potencial para suprir a carência das demais, teria grandes melhorias aos eventos culturais do município e incentivaria a prática desta modalidade. Infiltrada em um ponto estratégico, onde esta será passagem para pontos turísticos, tem-se a intenção desta ser ponto de referencia ao observador, garantindo desta maneira a sua “popularidade”. No projeto proposto contempla–se um ambiente moderno, funcional e tecnológico, adequadamente distribuído dentro de um espaço arrojado que incentive a busca do saber e a integração da dança.
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anexos CÓDIGO DE OBRAS DE RIO FRANDE, RS CAPÍTULO XXI - ESCOLAS Art.. 185° - As edificações destinadas a escolas, além das disposições do presente Código que lhe forem aplicáveis, deverão: 1. Ser de material incombustível, tolerando-se o emprego de madeira ou outro material combustível apenas nas esquadrias, lambris, parapeitos, revestimentos de piso, sustentação de cobertura e forro; 2. Ter locais de recreação descobertos e cobertos, quando para menores de quinze (15) anos, atendendo ao seguinte: a) local de recreação descoberto com área mínima de duas vezes a soma das áreas das salas de aula, devendo os mesmos serem gramados ou ensaibrados, e com perfeita drenagem; b) local de recreação coberto com área mínima igual a um terço (1/3) da soma das área das salas de aula;
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anexos
3. Ter instalações sanitárias obedecendo às seguintes proporções mínimas: a) meninos: um vaso sanitário para cinqüenta (50) alunos; um mictório para cada vinte e cinco (25) alunos; um lavatório para cada cinqüenta alunos (50); b) meninas: um vaso sanitário para cada vinte alunas (20); um lavatório para cada cinqüenta (50)alunas; 4. Ter um bebedouro automático, de água filtrada, no mínimo para cada quarenta alunos (40); 5. Ter chuveiro, quando houver vestiários para educação física; 6. Ter reservatório de acordo com o Código de Saneamento; 7. Ter instalação preventiva contra incêndio de acordo com a ABNT. Art.. 186° - As salas de aula deverão satisfazer às seguintes condições; 1. comprimento máximo de dez (10) metros; 2. largura não excedente a duas vezes (2) a distância do piso à verga das
janelas principais; 3. pé direito mínimo de dois metros e sessenta centímetros (2,60m); 4. área calculada à razão de um metro e cinqüenta centímetros quadrados (1,50m2), no mínimo por aluno, não podendo ter área inferior a quinze metros quadrados (15,00m2), nem ser ocupada por mais de quarenta alunos (40); 5. piso pavimentado com material adequado ao uso;
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anexos 6. possuírem vãos que garantam a ventilação permanente através de, pelo menos, um terço (1/3) da superfície, e que permitam a iluminação natural, mesmo quando fechados; 7. possuírem janelas, em cada sala, cuja superfície total seja equivalente a um quarto (1/4) da área do piso respectivo; Art.. 187° - Os corredores deverão ter a largura mínima de um metro e cinqüenta centímetros (1,50m) e quando principais a largura mínima de dois metros (2,00m); Art.. 188° - As escadas principais deverão satisfazer às seguintes condições: 1. largura mínima de um metro e cinqüenta centímetros (1,50m) sempre que utilizadas por um número igual ou inferior a trezentos (300) alunos, considerando-se o número de alunos que efetivamente as utilize aumentando sua largura na razão de oito milímetros (8mm) por aluno excedente, a largura
assim determinada poderá ser distribuída por mais de uma escada; 2. possuírem degraus com largura compreendida entre vinte e nove centímetros (29cm) e trinta e três centímetros (33cm), a altura compreendida entre quinze centímetros (15cm) e dezoito centímetros (18cm), atendendo em qualquer caso a lei de Blondel;
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anexos
3. sempre que a altura a vencer for superior a dois metros e cinqüenta centímetros (2,50m) ter patamares, os quais terão de profundidade, no mínimo, um metro e vinte centímetros (1,20m), ou a largura da escada quando esta mudar de direção; 4. não se desenvolverem em leque ou caracol; 5. estarem localizadas de maneira que a distância à entrada de qualquer sala de aula não seja superior a trinta metros (30,00m); 6. possuírem iluminação direta, em cada pavimento. Art.. 189° - As rampas além de atenderem o que prescreve o artigo 188° e
incisos de um(1) a seis (6), deverão ter declividade máxima de dez por cento (10%);
Art.. 190° - As escolas que possuam internatos, além das demais exigências do presente capítulo deverão: 1. Ter dormitórios: a) área mínima de seis metros quadrados (6,00m2), nove metros quadrados (9,00m2) e doze metros quadrados (12,00m2), respectivamente, para um (1), dois (2) e três (3) leitos e pé direito mínimo de dois metros e sessenta centímetros (2,60m);
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anexos b) área acrescida de quatro metros quadrados (4,00m2) por leito excedente a três e até um limite máximo de oitenta metros quadrados (80,00m2) e pé direito
mínimo de dois metros e oitenta centímetros (2,80m). 2. Ter instalações sanitárias privativas do internato obedecendo às seguintes proporções mínimas: a) meninos - um vaso sanitário para cada dez alunos (10); um mictório para cada vinte alunos (20); um lavatório para cada cinco (5) alunos; um chuveiro para cada dez (10) alunos; b) meninas - um vaso sanitário para cada cinco (5) alunas; um bidê para cada vinte (20) alunas; um lavatório para cada cinco (5) alunas; um chuveiro para cada dez (10) alunas; 3. Ter bebedouro automático, de água filtrada, no mínimo, para cada oitenta (80) alunos.
CAPÍTULO XXII - AUDITÓRIOS Art.. 191° - As edificações destinadas a auditórios, além das disposições do presente Código, que lhe forem aplicáveis, deverão:
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anexos
1. ser de material incombustível tolerando-se o emprego de madeira ou outro material combustível apenas nas esquadrias, parapeitos, revestimentos do piso, da cobertura e forro; 2. ter vão de iluminação e ventilação efetiva cuja superfície não seja inferior a um décimo (1/10) da área do piso; 3. ter instalações sanitárias para uso de ambos os sexos, devidamente separados, com fácil acesso, obedecendo às seguintes proporções, nas quais "L"
representa a metade da lotação: HOMENS: vasos L/300 Lavatórios L/150 mictórios L/150 MULHERES: vasos L/250 lavatórios L/250 4. ter instalação preventiva contra incêndio de acordo com o que dispuser a ABNT. Parágrafo único - Em auditórios de estabelecimentos de ensino, poderá ser dispensada a exigência constante do inciso três (3), do presente artigo uma vez havendo possibilidade de uso dos sanitários existentes.
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anexos
Art.. 192° - As portas serão dimensionadas em função da lotação máxima e obedecendo ao seguinte: 1. possuírem no mínimo, a mesma largura dos corredores; 2. possuírem as de saída largura total, (somados todos os vãos) correspondendo a um centímetro (1cm), por pessoa, não podendo cada porta ter menos de um metro e cinqüenta centímetros.....(1,50m) de vão livre, nem ficarem a menos de dois metros (2,00m) de qualquer anteparo, devendo abrir no sentido do escoamento. Art.. 193° - Os corredores serão dimensionados em função da lotação máxima e obedecendo ao seguinte: 1. as circulações de acessos e escoamento devem ter completa independência
às economias contíguas ou superpostas ao auditório. 2. os corredores de escoamento devem possuir largura mínima de um metro e cinqüenta centímetros (1,50m) para até cento e cinqüenta pessoas, largura que será aumentada na razão de um (1) centímetro por pessoa excedente. Quando o escoamento se fizer para dois logradouros, este acréscimos poderá ser reduzido para cinqüenta por cento (50%);
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anexos
3. Os corredores longitudinais do salão devem ter largura mínima de um metro (1m) e os transversais de um metro e setenta centímetros (1,70m) para até cem (100) pessoas, larguras estas que serão aumentadas na razão de um centímetro (1,00cm) por pessoa excedente deduzida de acumulação de quatro pessoas (4) por metro quadrado (m2) no corredor) Art.. 194° - As escadas serão dimensionadas em função da lotação máxima obedecendo ao seguinte: 1. quando de escoamento, devem ter largura mínima; de um metro e cinqüenta centímetros (1,50m) para até cem (100) pessoas largura que será aumentada na razão de um centímetro (1cm) por pessoa excedente; 2. sempre que a altura a vencer for superior a dois metros e cinqüenta centímetros (2,50m) devem ter patamares, os quais terão profundidade, no mínimo, um metro e vinte centímetros (1,20m) ou o da largura da escada quando esta mudar de direção; 3. não poderão ser desenvolvidas em leque ou caracol; 4. deverão possuir corrimãos contínuos, inclusive junto à parede da caixa de escada;
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anexos Art. 195° - Os vãos, passagens, corredores e escadas destinadas ao escoamento, só poderão ser fechadas por portas que não prejudiquem o livre escoamento. Art. 196° - As poltronas deverão ser distribuídas em setores, separados por corredores, observando o seguinte:
1. o número de poltronas em cada setor não poderá ultrapassar a duzentos e cinqüenta (250); 2. as filas dos setores centrais terão no máximo dezesseis (16) poltronas; 3. quando estes setores ficarem junto às paredes laterais será de oito (8) o número de poltronas no máximo; 4. o espaçamento mínimo entre as filas de poltronas deverá ser: a) quando situadas na platéia, noventa centímetros (90,00cm) para as poltronas fixas e oitenta e cinco centímetros......(85,00cm) para as móveis; b) quando situadas nos balcões, noventa e cinco centímetros (95,00cm) para as poltronas fixas e oitenta e oito centímetros (88,00cm) para as móveis; 5. a diferença de nível nos balcões entre os patamares em que se colocam poltronas deverá ser no mínimo igual a trinta e quatro centímetros (34cm), devendo ser intercalados degraus com altura máxima de dezessete centímetros (17cm).
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anexos CAPÍTULO XXIV - TEATROS Art. 201° - As edificações destinadas a teatros, além das disposições expressas do presente Código que lhes forem aplicáveis, deverão: 1. ser de material incombustível, tolerando-se o emprego de madeira ou outro
material combustível apenas nas esquadrias, parapeitos, lambris, revestimentos de piso, estrutura da cobertura e forro; 2. ter os contrapisos e entrepisos constituídos de concreto; 3. ter salas de espera independentes para a platéia e balcões com área mínima de vinte centímetros quadrados por pessoa (20dm2) 4. ter compartimentos destinados a depósitos de cenários e material cênico, guarda-roupas e decoração, não podendo ser localizados sob o palco; 5. ter instalação sanitária separada por sexo, com acesso pelas salas de espera obedecendo as seguintes relações nas quais "L" representa a metade da lotação da ordem da localidade a que servem: HOMENS: vasos L/300 lavatórios L/250 mictórios L/150 MULHERES: vasos L/250 lavatórios L/250
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6. ser dotadas de instalação de ar condicionado quando situada na zona central; 7. ser equipadas no mínimo, com instalação de renovação mecânica de ar quando situadas fora da zona indicada no inciso anterior; 8. ter instalação de emergência para fornecimento de luz e força; 9. ter tratamento acústico adequado; 10. ter instalação preventiva contra incêndio de acordo com o que estabelecem as normas da ABNT. Art. 202° - As portas, corredores, escadas e distribuição de poltronas deverão atender ao que prescrevem os artigos 192°, 194°, 195° e 196° e seus incisos do capítulo XXII. Art. 203° - A parte destinada aos artistas deverá ter acesso direto pelo exterior, independentemente da parte destinada ao publico, admitindo-se este acesso pelos corredores de escoamento.
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Art. 204° - Os camarins individuais deverão atender ao seguinte: 1. ter área útil mínima de quatro metros quadrados (4,00m2), permitindo a inscrição de um círculo de diâmetro de um metro e cinqüenta centímetros (1,50m); 2. ter pé direito mínimo de dois metros e quarenta centímetros (2,40m); 3. ter ventilação direta, podendo ser feita por meio de poço; 4. ter instalação sanitária separadas por sexo, em número de um conjunto de vasos, chuveiro e lavatório, no mínimo, para cada cinco camarins (5); Art. 205° - Os camarins gerais ou coletivos, no mínimo um para cada sexo, deverão atender ao seguinte: 1. ter área útil mínima de vinte metros quadrados (20,00m2), permitindo a
inscrição de um círculo de dois metros (2,00m) de diâmetro; 2. ter pé direito mínimo de dois metros e quarenta centímetros (2,40m); 3. ter ventilação direta, podendo ser por meio de poço; 4. ter lavatórios em número de um (1) para cada cinco metros quadrados (5,00m2); 5. ter instalação sanitária, separadas por sexo, em número de um (1) conjunto
de vaso e chuveiro, no mínimo, para cada dez metros quadrados (10,00m2).
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Art. 202° - As portas, corredores, escadas e distribuição de poltronas deverão atender ao que prescrevem os artigos 192°, 194°, 195° e 196° e seus incisos do capítulo XXII. Art. 203° - A parte destinada aos artistas deverá ter acesso direto pelo exterior, independentemente da parte destinada ao publico, admitindo-se este acesso
pelos corredores de escoamento. Art. 204° - Os camarins individuais deverão atender ao seguinte: 1. ter área útil mínima de quatro metros quadrados (4,00m2), permitindo a inscrição de um círculo de diâmetro de um metro e cinqüenta centímetros (1,50m);
2. ter pé direito mínimo de dois metros e quarenta centímetros (2,40m); 3. ter ventilação direta, podendo ser feita por meio de poço; 4. ter instalação sanitária separadas por sexo, em número de um conjunto de vasos, chuveiro e lavatório, no mínimo, para cada cinco camarins (5);
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Art. 205° - Os camarins gerais ou coletivos, no mínimo um para cada sexo, deverão atender ao seguinte: 1. ter área útil mínima de vinte metros quadrados (20,00m2), permitindo a inscrição de um círculo de dois metros (2,00m) de diâmetro; 2. ter pé direito mínimo de dois metros e quarenta centímetros (2,40m); 3. ter ventilação direta, podendo ser por meio de poço; 4. ter lavatórios em número de um (1) para cada cinco metros quadrados (5,00m2); 5. ter instalação sanitária, separadas por sexo, em número de um (1) conjunto de vaso e chuveiro, no mínimo, para cada dez metros quadrados (10,00m2).
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anexos
TABELA PARA CALCULO DE LOTAÇÃO DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE M2/ pessoa Serviços de Educação Salas de aula Laboratórios, oficinas Atividades não específicas e administrativas
1,50 4,00 15,00
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anexos
TABELA PARA CALCULO DE LOTAÇÃO DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE M2/ pessoa BARES E RESTAURANTES Setores para freqüentadores em pé Setores para freqüentadores sentados Demais áreas
0,70 1,00 7,00
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bibliografia
www.wikipedia.org.com.br www.dancarte1c.blogspot.com.br/p/festivais-de-danca-no-mundo.html www.samyafarhan.com.br
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