Implantação de um Mercado Público Municipal na Cidade de Serrana - SP. by Mariana Martini

Implantação de um Mercado Público Municipal na Cidade de Serrana—SP

Trabalho Final de Graduação Autora: Mariana Montagnane Martini Orientadora: Catherine D’Andrea ARQUITETURA E URBANISMO UNISEB Ribeirão Preto—São Paulo 2015

AGRADECIMENTOS

Em primeiro lugar, agradeço a Deus, por nunca ter me deixado esquecer de seu amor por mim. Aos meus pais, Sônia e Antônio Carlos, sem eles eu não estaria concluindo mais esta etapa em minha jornada. Agradeço por todo esforço que sempre fizeram para me proporcionar o melhor, pelos valores de vida que me passaram e que me regem a cada dia, obrigada pelo amor que nunca me faltou. Aos meus irmãos, em especial à minha irmã Marina, que nunca permitiram que os momentos difíceis me derrubassem, pelo contrário, me deram força, e caminharam junto a mim rumo a mais uma conquista. Ao meu marido, Henrique, por todo apoio e compreensão, por nunca me permitir desistir deste sonho e por estar ao meu lado nos momentos mais importantes da minha vida. Aos meus professores por tudo que aprendi durante estes 5 anos, pelo amor e dedicação à profissão que tanto contribui para o nosso futuro. À minha orientadora e amiga Catherine D’Andrea, por toda dedicação e paciência, o seu apoio e amizade durante este ano todo foi essencial para chegar até aqui, Obrigada.

RESUMO

O presente trabalho apresenta uma proposta de Implantação de um Mercado Público Municipal. Sendo cidadã do município de Serrana, e já conhecendo algumas de suas maiores dificuldades e necessidades, surgiu a motivação para propor algo que contribuísse positivamente para a cidade e sua população. A realização e análise de levantamentos na cidade e seu entorno fez confirmar a crítica situação de estagnação em que o município se encontra devido, principalmente, à proximidade com Ribeirão Preto, um pólo de desenvolvimento regional. Visando a melhoria da dinâmica da cidade como um todo apresentamos a seguir uma proposta de Implantação de um Mercado Público Municipal na Cidade de Serrana—São Paulo.

SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................... 6 2. EMBASAMENTO TEÓRICO ENVOLVENDO O TEMA MERCADO MUNICIPAL.................................. 8 2.1 ORIGEM E EVOLUÇÃO DOS MERCADOS PÚBLICOS ........................................................................................................................ 9 2.2 IDEIAS SOBRE O COMÉRCIO........................................................................................................................................................... 10 2.3 ASPECTOS E ELEMENTOS PROJETUAIS E CONSTRUTIVOS.............................................................................................................. 12

3. LEITURAS PROJETUAIS ............................................................................................................ 13 3.1 MERCADO PÚBLICO MUNICIPAL DE SÃO PAULO ......................................................................................................................... 14 3.2 MERCADO ENCANTS........ ............................................................................................................................................................ 24 3.3 ECOMERCADO PALHANO ............................................................................................................................................................. 32

4. REFERÊNCIAS E INSPIRAÇÕES PROJETUAIS .............................................................................. 40 4.1 MUSEU MOESGAARD—DINAMARCA ......................................................................................................................................... 41

5. LEVANTAMENTOS.................................................................................................................... 44 6. DIRETRIZES ............................................................................................................................. 53 7. DESENVOLVIMENTO E EVOLUÇÃO DO PROJETO ...................................................................... 56 8. O PROJETO ............................................................................................................................. 68 9. REFERÊNCIAS ......................................................................................................................... 79

INTRODUÇÃO

INTRODUÇÃO Título / Tema / Justificativa do Tema / Objetivo

MERCADO MUNICIPAL NA CIDADE DE SERRANA—SÃO PAULO JUSTIFICATIVA DO TEMA:

mento da população começa muitas vezes na infância, à procura de uma escola de maior qualidade para seus filhos os pais são obrigados a submeterem seus filhos a viajarem todos os dias para estudar, posteriormente vem o ensino superior, quem almejar uma graduação precisará se submeter a viajar todos os dias também, para ter empregos melhores, com salários maiores também é necessário este deslocamento.

A motivação para propor um Mercado Público Municipal na cidade de Serrana surgiu, primeiramente, por eu ser cidadã desta cidade e ter consciência de algumas de suas necessidades, a falta de ofertas de emprego no ramo de comércio e prestação de serviços é uma delas. Este é um dos principais motivos que levam muitos de seus moradores a se deslocarem todos os dias para Ribeirão Preto a trabalho, tendo em vista que Os cidadãos nascidos no município de Serraas oportunidades são melhores e mais atra- na passam o dia todo em Ribeirão Preto, tivas. trabalhando, estudando, e retornam à cidade para passar a noite. As pessoas que perSerrana está desempenhando um papel de manecem na cidade são aquelas que migracidade dormitório, a proximidade com o ram de outros estados como a Bahia, Minas município de Ribeirão Preto, cerca de Gerais, entre outros estados, a procura de 17km, faz com que a cidade não se desenemprego, ou já empregados temporariavolva. Ribeirão Preto é um polo de desenmente em safras da agroindústria existente volvimento regional e por este motivo a vana cidade. Outro agravante é o presídio que riedade de oferta em todos os setores é existe entre os municípios de Serrana e Rimuito farta e atrativa para as cidades vizibeirão Preto, famílias de presidiários estão nhas que aproveitam da proximidade e facise instalando em Serrana pelo baixo custo e lidade de acesso para utilizar das estruturas proximidade com uma cidade como Ribeidisponíveis sem se preocupar em desenvolrão Preto. Os fenômenos descritos acima ver-se internamente para atender cada vez sobrecarregam a pouca estrutura de educamais as necessidades de seus cidadãos e geção, saúde e lazer que existe na cidade. rar renda para o próprio município. Uma cidade interiorana, onde todos os moradores se conheciam, as famílias eram lembradas por sua tradição e sobrenome, onde os vizinhos se reuniam na calçada para bater papo no final da tarde, onde a mercearia da esquina vendia fiado, esta é uma cidade que não existe mais. Serrana é uma cidade dormitório atualmente, toda a vida do cidadão é desenvolvida em Ribeirão, o desloca-

dade de se propor algo no município de Serrana que possa de alguma forma melhorar a economia e a dinâmica da cidade como um todo é minha maior motivação. Com o intuito de modificar esta situação temos a intenção de propor um Mercado Municipal para aumentar as ofertas de emprego, oferecer maiores variedades de comércio e lazer, entre outros benefícios que acreditamos ser possível através deste projeto.

OBJETIVO: O objetivo deste trabalho é a melhoria da dinâmica da cidade como um todo, criar ofertas de emprego no ramo de maior demanda que é o de comércio e serviços, fazer com que as pessoas voltem a conviver na cidade e também promover encontros.

Este fato afasta ainda mais os moradores da cidade pois a violência cresceu, as pessoas não são mais todas conhecidas, entre outros problemas que serão apresentados mais a frente no decorrer dos levantamentos. O nível de dependência de Serrana para com Ribeirão Preto é muito alto e a necessi7

EMBASAMENTO TEÓRICO ENVOLVENDO O TEMA MERCADO MUNICIPAL

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Embasamento Teórico que envolvem o tema Mercado Municipal ORIGEM E EVOLUÇÃO DOS MERCADOS PÚBLICOS De acordo com Oliveira Júnior (2006), a expansão e crescimento das cidades se deu ao longo das margens dos rios e seu aparecimento se relaciona com o surgimento do transporte aquático em massa e também com o aperfeiçoamento da navegação. Em seguida começou-se a utilizar animais para cargas, surgiram veículos sobre rodas, e a implantação de estradas calçadas expandiram o transporte o que possibilitou distribuir excedentes e adquirir especialidades de outras regiões. Estas são “funções desempenhadas por uma nova instituição urbana denominada de mercado.” (OLIVEIRA JÚNIOR, 2006, f.22). Ainda segundo Oliveira Júnior (2006) Os registros mais remotos sobre as cidades remetem ao templo o desempenho das funções do mercado como: fornecimento, armazenagem e distribuição de produtos. O mercado podia existir como unidade própria, embora na forma de abrigos temporários, algo que ainda permanece, nos dias de hoje, nas feiras semanais de várias cidades do mundo. A conquista de um lugar permanente do mercado na cidade é consequência direta tanto do tamanho e crescimento populacional – que seja capaz de desencadear bons negócios aos mercadores – quanto da produção local, que permita a realização de excedentes. (OLIVEIRA JÚNIOR, 2006, f.22).

Na concepção de Oliveira Júnior (2006), Um dos exemplares mais expressivos desta nova ordem urbana foi a produção industrial dos mercados públicos em ferro, que eclodiu na Europa a partir da segunda metade do século XIX. Apesar do enorme sucesso causado na ocasião da London Exibition, em 1851, pela grande estrutura em ferro do Crystal Palace, de Joseph Paxton, segundo Silva (1986) foi o Les Halles Centrales, do arquiteto Victor Baltard, construído em Paris no ano de 1855, na administração de Hausmann, que influenciou todos os mercados produzidos posteriormente. (OLIVEIRA JÚNIOR, 2006, f.42). Silva (1986 apud Oliveira Júnior, 2006), nos diz que no Brasil nenhum edifício fabricado em ferro teve tanta importância e utilidade como os mercados públicos. (OLIVEIRA JÚNIOR, 2006, f. 42 apud Silva 1986). No período compreendido entre o final do século XIX e a primeira década do século XX, diversos mercados em ferro foram implantados em várias regiões brasileiras. A qualidade das suas instalações físicas e a repercussão social na época representaram o reconhecimento da importância destes equipamentos no abastecimento e na segurança alimentar da população. (OLIVEIRA JÚNIOR, 2006, f. 42).

Conforme Oliveira Júnior (2006) a exploração do ferro dada pela revolução industrial cria possibilidades ilimitadas de usos. Este material, o ferro, foi difundido com sucesso para todos os ramos da sociedade. As novas necessidades humanas, surgidas pela intensificação das relações sociais criou uma demanda diferente para os modelos de edificações e o ferro, por sua flexibilidade, foi sendo utilizado nestas construções.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Embasamento Teórico que envolvem o tema Mercado Municipal IDEIAS SOBRE O COMÉRCIO De acordo com Vargas (2001) não é possível iniciar o estudo do setor terciário, o comércio, sem abordar as ideias que se formaram sobre o mesmo. A primeira dessas ideias refere-se a uma discussão quanto ao seu caráter de atividade social; a segunda incorpora o enorme “pré-conceito” adquirido pela atividade de troca como atividade indigna, pouco nobre e especulativa; e o terceiro é decorrente da negação da atividade economicamente produtiva. (VARGAS, 2001, p.19).

Segundo Vargas (2001), está implícito na atividade de troca o caráter social, pois há a necessidade do encontro para realizar-se o mesmo.

Portanto Vargas (2001) afirma que a relação entre o comércio e as demais atividades sociais é umbilical. As teorias locacionais buscam identificar as razões pelas quais uma determinada atividade econômica (principalmente as de domínio provado) escolhe a sua localização. (VARGAS, 2001M p.53).

Conforme Vargas (2001), a relação entre atividade econômica e localização pode apresentar duas perspectivas. A primeira consiste em onde localizar, estabelecer, o seu negócio já definido, ou seja, buscar a melhor localização para determinado ramo, afim de dar continuidade ou expandir sua rentabilidade. “Nesse caso, a atividade econômica é entendida como um dado, e a análise refere-se à escolha da melhor localização” ( VARGAS, 2001, p.54).

A segunda caracteriza-se por definir o tipo de negócio para determinada localização, com objetivo de obter maior rentatroca vai levar a atividade comercial a procurar bilidade. “Aqui a localização é entendida como o dado, e a os lugares mais propícios a esse encontro, os análise refere-se às mudanças de uso do solo de atividade quais coincidem com o cruzamento de fluxos de que tal localização pode sustentar” (VARGAS, 2001, p.54). A necessidade de encontro para a realização da

pessoas ou com os locais onde as demais ativi-

dades sociais acontecem pelos mais diversos motivos: religião, política, diversão, cultura. (VARGAS, 2001, p.20).

Vargas (2001) afirma que a busca por bens diversificados irá se tornar Cada vez mais, dependente das oportunidades criadas pelos encontros. Quanto menos necessários esses bens forem, mais estratégias deverão ser implementadas para garantir as compras por impulso. (VARGAS, 2001, p.20).

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Embasamento Teórico que envolvem o tema Mercado Municipal É preciso acrescentar que, com o crescimento de áreas já devidamente ocupadas, começa a

nência do projeto em termos de atividade econômica e sua adequada inserção urbana.’ (VARGAS, 2001, p.88).

ser mais importante saber que tipo de negócio

instalar nas áreas disponíveis. Principalmente Na concepção de Vargas (2001), a arquitetura é a forma de no que se refere à recuperação de áreas urba- arte mais social. Através dela é possível entender muito so-

nas deterioradas. E, nesse sentido, além da via- bre as ideias da sociedade pelos edifícios construídos por

bilidade quanto a sua importância para a cidade, ela. Por exemplo, as igrejas da renascença, na Itália, são isto é, para o interesse da coletividade. “exemplos de edifícios que ajudam a recriar a imagem das (VARGAS, 2001, p.54).

sociedades que as criaram.” (VARGAS, 2001, p.95).

Segundo Vargas (2001), os centros urbanos são exemplos de desenvolvimento varejista não planejado, ou seja, gerados pelos estabelecimentos comerciais construídos sem esta finalidade. O desenvolvimento varejista planejado é aquele projetado, especificamente, para a atividade de comércio e serviços, como aconteceu nas cidades novas, nas reconstruções do pós-guerra e nas renovações urbanas. Nesses casos tentava -se reproduzir, planejadamente, a lógica do espaço terciário espontâneo acrescentando algumas facilidades e serviços que melhorassem o desempenho do centro, principalmente do ponto Fonte: (Richard Nelson, The Selection of Retail Location Nova York:

de vista do usuário. Essa é, na verdade, a no-

F. W. Dalge, 1958 apud Heliana Comin Vargas, Espaço Terciário: o

ção mais ampla de espaço comercial planejado

lugar a arquitetura e a imagem do comércio—Editora SENAC São

que se identifica com os centros das cidades

Paulo, 2001 ).

(centro de compras ou shopping centers, como diria os ingleses.) (VARGAS, 2001, p.100).

De acordo com Healey (apud Vargas 2001), os fatores socioculturais, como nível de escolaridade, idade, entre outros, são importantes na escolha da localização. “Na aprovação de projetos de tal magnitude, os municípios deveriam avaliar os seus reais interesses e também a perti-

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Embasamento Teórico que envolvem o tema Mercado Municipal ASPECTOS E ELEMENTOS PROJETUAIS CONSTRUTIVOS De acordo com Oliveira Júnior (2006), a composição básica do mercado público consiste em áreas para comercialização, apoio, como por exemplo sanitários, administração, depósito, frigorífico, carga e descarga, coleta de lixo, estacionamento, entre outras áreas. A configuração espacial e as dimensões destes ambientes estão diretamente ligada com a área de abrangência na cidade, à quantidade de pessoas a ser atendida e também à variedade de produtos a ser comercializado. Ainda segundo Oliveira Júnior (2006) um elemento que merece atenção especial na hora de conceber um edifício destes é a circulação, esta deve permitir a acessibilidade a todos os lugares do edifício e ainda evitando, sempre que possível, que os acessos do comércio se cruzem com os acessos para carga e descarga.

Fonte: SAREM (1982:34) apud Oliveira Júnior, José Vanildo de. Fluxograma do processo de planejamento arquitetônico aplicado a mercados públicos / José Vanildo de Oliveira Júnior.- João Pessoa, 2006. 146f. : il.

Conforme Oliveira Júnior (2006),

Uma premissa básica para equipamentos de uso público é que os mesmos utilizem materiais de longa durabilidade e de alta resistência à abrasão. Além destas características, os pisos e o revestimento das paredes do mercado devem ser de fácil higienização e manutenção. As vedações devem inibir o ataque de pragas, principalmente os roedores, mas fundamentalmente permitir a ventilação cruzada no ambiente, de modo a criar um clima ameno e agradável. A solução de cobertura adequada deve considerar a possibilidade de vencer grandes vãos, viabilizar a exaustão do ar e captar a iluminação natural de forma indireta, detalhes amplamente utilizados pelos mercados em ferro, ilustrados no segundo capítulo desta pesquisa. (OLIVEIRA JÚNIOR, 2006, f. 120).

LEITURAS PROJETUAIS

LEITURA PROJETUAL MERCADO MUNICIPAL DE Sﾃグ PAULO

LEITURAS PROJETUAIS Revitalização do Mercado Municipal de São Paulo

IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO Ficha Técnica Prefeitura do Município de São Paulo—Administração Prefeita Marta Suplicy Secretário Waldemir Garreta Emurb – Empresa Municipal de Urbanização—Presidente Nadia Somekh Diretor de Desenvolvimento do Centro Marcos Barreto Assessoria Técnica AçãoCentro Arqº André I. Leirner Semab – Secretaria de Abastecimento—Secretário Valdemir Garreta Local São Paulo, SP Projeto 2002 (projeto básico); 2004 (projeto executivo) Conclusão da obra 2004 Áreas 19 805,43 m2 (total) - 15 671,46 m2 (existente); 4 133,97 m2 (acréscimo); 834,14 m2 (demolição) Arquitetura e Urbanização Pedro Paulo de Melo Saraiva Arquitetos Associados S/C Ltda. Arquiteto Pedro Paulo de Melo Saraiva (coordenador); Engenheiro Emmanuel Prado Lopes;Arquitetos Fernando de Magalhães Mendonça, Pedro de Melo Saraiva, Alberto Guimarães, Fernanda Berlfein, Vivian Hori Hawthorne, Luciano Gouveia Braga de Lima; Designer Gráfica Fernanda de Melo Saraiva; Arqº André Wicenbach (maquete eletrônica) Instalações Gerais Figueiredo Ferraz Consultoria e Engenharia de Projeto Ltda. Engenheiro Nelson Nagi Zahr (coordenador) Hidráulica: Engenheiros Décio Luiz Goulart e Fernando dos Santos Elétrica: Engenheiros José Alves Ferreira Júnior e Daniel Moreira Carneiro Projetistas Vanderlei Prado Luzinik e Mário Sérgio da Silva Engenheiro Alessandro Obara Ikari Levantamentos “As Built” D & V Serviços Técnicos Engenheiro Nicola del Priore Restauro do Patrimônio Maria Luiza Dutra & Associados Arquitetura e Restauro Arquiteta Maria Luiza Dutra (coordenador); Arquitetas Ana Carolina Giusti; Michelle Ticci; Carolina Martinez Iluminação/Luminotécnica Franco & Fortes Lighting Design Arquiteto Gilberto Franco (coordenador); Arquitetos Carlos Fortes, Claudia Borges Shimabukuro, Letícia Mariotto, Orlando Marques, Rafael Salsa Corrêa Sistema Viário MS-Michel Sola Consultoria e Engenharia Engenheiro Sergio Michel Sola (coordenador); Engenheiros Yogi Yamamoto e Mario Saito 15

Localização—Vista Aérea

LOCALIZAÇÃO INFORMAÇÕES RELEVANTES O Mercado Municipal paulistano foi construído em 1933, com a função de mercado central e hoje desempenha um importante papel no que se refere ao abastecimento da população. O mercado desempenha função de marco na paisagem urbana, é um monumento, e assim sendo necessita ser preservado e recuperado. O arquiteto Pedro Paulo de Melo Saraiva já estava envolvido neste projeto desde 1988, quando foi chamado para elaborar um projeto de revitalização do mercado na gestão de Jânio Quadros. O projeto era grandemente ambicioso e acabou por ser arquivado não tendo prosseguimento.

Mercado Municipal em 1933.

Mercado Municipal atualmente.

Na gestão posterior, de Marta Suplicy, o projeto foi retomado sendo totalmente revisado. Não havia um programa preestabelecido pela administração pública, então coube ao arquiteto elaborar um projeto básico sendo mais conservador e viável. O projeto previa elementos expostos, aflorados ou flutuantes. Houve uma grande preocupação com a execução pois não era possível paralisar as atividades do mercado.

MATERIAL TÉCNICO/ PROGRAMA

Implantação

Subsolo

Foi construído um sobsolo interamente novo nele foram instalados banheiros públicos, vestiários de funcionários, casa de máquinas, fraldário, enfermaria, refeitório e transformadores . Sobre o subsolo foi implantado uma doca para carga e descarga de mercadorias. 17

Detalhe Doca—Carga e Descarga

Térreo

Detalhe Mezanino—Lojas e Restaurante

Mezanino

DETALHAMENTO DE ALGUNS DOS RESTAURANTES DO MEZANINO SEGUNDO PEDRO PAULO DE MELO SARAIVA, ARQUITETO DA INTERVENÇÃO,— “VARANDA GASTRONÔMICA”

Imagem Ilustrativa—Restaurante Brasileiro Torre A

As torres do mercado foram reformuladas e passaram a abrigar restaurantes típicos, padarias, choperias e piano-bar. Planta Baixa—Detalhamento Restaurante Brasileiro Torre A

Na Torre A se localiza o Restaurante Brasileiro e Choperia. Torre B o Restaurante Espanhol. Torre C Restaurante Portugues e Torre D Restaurante Árabe.

Planta Baixa—Detalhamento Restaurante Espanhol Torre B

Imagem Ilustrativa—Restaurante Espanhol Torre B 19

A intervenção realizada que fez possível dotar o edifício de novos usos é a plataforma metálica, que possui pouco mais de 2000m², seu posicionamento permite a visualização dos 6 vitrais temáticos, tornando-se um mirante. Nesta plataforma foram instalados restaurantes e lanchonetes. Esta plataforma, Mezanino, possui ligação com as Torreas A e B. O acesso se dá por meio de escadas rolantes localizadas nas extremidades do mezanino e também por escadas e elevadores localizados nas duas torres de circulação A e B.

Mezanino—Vista Interna

Corte Transversal Esquemático

Mezanino com vista para os vitrais.

Corte Esquemático Mezanino/ Torres / Subsolo Mezanino—Vista Aérea Esquemática

Acessos Verticais

Corte Esquemático—Detalhe Torre A

Imagem Ilustrativa—Panificadora Torre A

ACESSOS E FLUXOS

Sentido das vias Acessos Principais ao Mercado Acessos ao Mercado Acessos Carga e Descarga Acesso Estacionamento Fluxo nos estacionamentos

Implantação Geral

MATERIALIDADES METAL O Mercado Municipal de São Paulo é um patrimônio histórico e desta forma, na revitalização realizada e finalizada no ano de 2004, foram mantidas e respeitadas todas as características do edifício. As demolições que ocorreram foram feitas de acordo com a aprovação do órgão responsável só sendo possível demolir os anexos sem valor arquitetônico.

Placa metálica evidenciando onde houveram demolições.

O arquiteto deixou bem evidenciada a diferença entre o velho e o novo, o mesmo material metálico utilizado na plataforma também foi utilizado na fachada nos locais em que ocorreram demolições. 21

MADEIRA E VIDRO O piso da plataforma (mezanino) foi feito em madeira e vidro. O vidro foi utilizado de maneira a iluminar os eixos de passagem do pavimento inferior.

Vista cobertura com utilização de vidro

Há utilização de vidro na cobertura trazendo para o ambiente muita luz natural. Os vitrais também iluminam de uma forma natural e poética. Piso da plataforma em madeira e vidro

Vidro na cobertura e utilização de vitrais

ILUMINAÇÃO Iluminação externa—Monumental

Vista Noturna—Iluminação Monumental

Imagem externa—Iluminação Monumental

Iluminação interna—Ambiental O projeto de iluminação, feito em parceria com Franco & Fortes e Neide Senzi é de grande relevância sendo internamente ambiental e externamente monumental. Vista Interna—Iluminação Ambiental

ASPECTOS QUE SERÃO LEVADOS ADIANTE NO PROJETO Após esta leitura foi possível trilhar os primeiros passos para a concepção do nosso projeto, concluímos que o projeto analisado apresenta uma simplicidade, solucionando os problemas necessários, e ao mesmo tempo uma preocupação com a beleza, a estética, a monumentalidade do edifício. No nosso caso em específico o edifício será projetado do zero, não serão necessárias análises apuradas envolvendo o patrimônio histórico e a arquitetura do edifício já existente, o que torna as coisas bem mais flexíveis e gera múltiplas possibilidades. Fato que não ocorreu com o arquiteto Pedro Paulo de Melo Saraiva. Em relação ao programa do edifício achamos que foi coerente e correto a construção do subsolo para apoio aos funcionários, equipamentos, administração, enfim, os bastidores, já que o arquiteto lidou com possibilidades preestabelecidas. No subsolo do Mercado Municipal de São Paulo se encontra então a área de funcionários. No pavimento térreo foi mantido o grande salão com os boxes e para que fosse possível trazer novos usos o arquiteto criou uma plataforma “flutuante”, o mezanino, incluindo espaço para lojas e restaurantes temáticos. O arquiteto também utilizou as torres já existentes para implantar restaurantes, panificadoras, escola de gastronomia, estas torres antes muito pouco utilizadas agora ganharam novos usos com novos programas.

O que carregaremos após analisar este projeto é o mezanino, um espaço muito agradável de encontros produzidos pelos restaurantes, a materialidade utilizada e também é muito interessante. O mezanino criou um espaço moderno, uma vista de todo o mercado e ao mesmo tempo sem prejudicar o conforto deixando que a iluminação natural adentre no espaço.

LEITURA PROJETUAL MERCADO ENCANTS—BARCELONA

LEITURAS PROJETUAIS Mercado Encants

IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO Ficha Técnica Arquitetura b720 Fermín Vázquez Arquitectos Localização Gran Via-Pl de les Glòries, 08018 Barcelona, Espanha Equipe De Projeto Fermín Vázquez, Francesc de Fuentes, Cristina Algas, Sonia Cruz, Guillermo Weiskal, Albert Freixes, Gemma Ojea, Javier Artieda, Angel Gaspar, Oriol Roig, Juan Pablo Porta, Leonardo Novelo Jorge Mascaray, Francisco Marques, Helia Pires, Elies Porta, Tosca Salinas, Myriam Gonzalez, Nastascha Gergoff, Egbert Oosterhoff Engenharia Estrutural BOMA Engenharia De Serviços Grupo JG Área 35440.0 m² Ano 2013 Fotografias Rafael Vargas

LEITURAS PROJETUAIS Mercado Encants

LOCALIZAÇÃO

INFORMAÇÕES RELEVANTES Els Encants é um mercado muito antigo localizado em Barcelona porém organizado informalmente, o comércio ali acontecia na rua, ao ar livre. Foi então destinado um espaço, não muito distante do original, para se localizar o mercado em um novo edifício. Este novo local esta situado em uma confluência de avenida com praça. O principal objetivo deste projeto é manter as características originais de espaço aberto, mercado de rua. Um desafio deste projeto é em relação às áreas, o lote em questão apresenta 8000m² e o programa do mercado necessita mais que o dobro para atender a todo o programa. Para fugir do tradicional dos vários pavimentos de centros comerciais o autor evita a construção de diferentes pavimentos. Para isto ele projeta um plano comercial contínuo com planos levemente inclinados que se entrelaçam em um “nó” que gera o percurso sem uma solução contínua entre os postos comerciais. É como caminhar por uma rua. O objetivo foi manter a sensação de estar fazendo compras ao ar livre. A enorme cobertura suspensa a 25m de altura confere ao mercado um reconhecimento como equipamento público urbano além de proteger da radiação solar.

LEITURAS PROJETUAIS Mercado Encants

MATERIAL TÉCNICO/ PROGRAMA O mercado possui três níveis acima do solo e dois níveis no subsolo, o primeiro abriga a logística do mercado e o segundo o estacionamento destinado ao público. Pavimento que abriga a logística do mercado

Planta Subsolo

Planta nível praça

Estacionamento

Planta nível intermediário

Planta nível superior 27

MATERIAL TÉCNICO

Cobertura Níveis Mercado Subsolo—Logística do mercado Eixos Circulação Vertical

Cortes

Perspectiva cortada

COBERTURA/MATERIALIDADES

Detalhe Cobertura

Planta Zenital

Detalhe Cobertura Planta Cobertura

AÇO INOX DOURADO A cobertura é organizada em bandas de várias larguras. Na face inferior é gerado um teto de múltiplos planos quebrados que se convertem num mecanismo de reflexão da cidade para o interior o mercado. O destaque do mercado é a sua cobertura, feita com chapas de aço inox douradas que refletem e privilegiam a entrada de luz natural 29

FOTOS

ASPECTOS QUE SERÃO LEVADOS ADIANTE NO PROJETO

O projeto estudado é muito interessante e de grande relevância para a proposta. Como serrana é uma cidade simples, interiorana, não adianta projetar um edifício imponente para abrigar o Mercado Público Municipal, isto intimidaria as pessoas e ao invés de convidá-las para entrar, afastaria pela forma. Gostamos muito da proposta dos arquitetos pois eles realmente quiseram fugir da tradicionalidade dos grandes centros comerciais, como o mercado era realizado na rua a proposta deles é de que o usuário sinta que está passeando em uma rua enquanto passeia pelo mercado para fazer suas compras. Não existem muitas barreiras entre interior e exterior, é um projeto aberto, que cria praças e desta forma convida as pessoas a adentrarem em seu espaço. Acreditamos que para que este mercado funcione no município de Serrana a proposta tenha que ser bem parecida, espaços abertos criando praças, sensação de se estar caminhando em uma rua, iluminação natural, enfim, um edifício que seja atrativo e descontraído para os usuários se sentirem à vontade.

LEITURA PROJETUAL ECOMERCADO PALHANO

LEITURAS PROJETUAIS Ecomercado Palhano

IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO Ficha Técnica Área DO Terreno 6.930,54 m² Área Construída 11.337,5 m² Início DA Obra 15/06/2009 Conclusão DA Obra 10/05/2011 Arquitetura Studio Guilherme Torres Estrutura Zocco Projetos Estruturais Construção Engenharia Civil Edgard Marin & Sérgio Gonçalves Instalações elétricas Engebrazil Hidráulica Hidráulica Carrion Luminotécnica Guinter Parschalk Paisagismo Alex Hanazaki Paisagismo Consultoria Ambiental Master Ambiental (eng. Fernando Barros) Exaustão Contractors

LEITURAS PROJETUAIS Ecomercado Palhano

LOCALIZAÇÃO O mercado está localizado em Londrina. A região selecionada é localizada em frente a um lago artificial numa área nobre da cidade. O grande desafio estava em superar o aclive de 25m do lote, respeitando a máxima altura de 7,5m imposta pela legislação local

LEITURAS PROJETUAIS Ecomercado Palhano

INFORMAÇÕES RELEVANTES Este projeto é uma referência na arquitetura sustentável, está sob o LEED (Leadership in Energy and Environmental Design®) certificação e aplicação de conceitos de iluminação e ventilação natural, assim como o uso de materiais e recursos locais, grande economia energética e ao uso racional da água.

O mercado abriga e agrega diferentes tipos de comércios relacionados às lojas de produtos alimentares, assim como um mercado municipal tradicional que são encontrados nas grandes cidades.

LEITURAS PROJETUAIS Ecomercado Palhano

INFORMAÇÕES RELEVANTES/MATERIAL TÉCNICO Com uma ampla escavação do lote, o projeto camuflou toda a estrutura de serviços e estacionamentos, deixando apenas a área comercial à vista. No nível superior, um grande deck de observação com jardins suspensos acomoda três restaurantes com uma vista privilegiada do entorno.

Deck de observação e restaurantes Serviços e logística do mercado “enterrados” Mercado—Boxes

LEITURAS PROJETUAIS Ecomercado Palhano

MATERIAL TÉCNICO

LEITURAS PROJETUAIS Ecomercado Palhano

FOTOS

ASPECTOS QUE SERÃO LEVADOS ADIANTE NO PROJETO

Achei o projeto do Ecomercado Palhano muito interessante pela preocupação com a sustentabilidade. Além de ser um edifício sustentável e se preocupar com todas as questões ambientais é um projeto que me traz muita inspiração. Admiramos muito a materialidade, madeira, concreto. A parte de serviços e a logística do mercado foi “enterrada” no lote deixando somente a área comercial à vista dos usuários. Este é um aspecto que levaremos adiante no projeto.

REFERÊNCIAS E INSPIRAÇÕES PROJETUAIS

Museu Moesgaard / Henning Larsen Architects

Museu Moesgaard / Henning Larsen Architects Dinamarca

Ficha Técnica Arquitetos: Henning Larsen Architects Localização: Aarhus, Dinamarca Área: 16000.0 m2 Sinalização, orientação espacial e design: Henning Larsen Architects Paisagismo: Kristine Jensens Tegnestue Engenheiro: Cowi Construtoras: MT Højgaard and Lindpro Equipe de Design de Inteiores Henning Larsen Architects: Christian Andresen, Karima Andersen, Louise Bay Poulsen, Marie Louise Mangor Equipe de Kristine Jensens Tegnestue: Kristine Jensen (Parceiro e Diretor Criativo), Nina Walsh Holmbroe (Arquiteta) Cliente: Museu Moesgaard

Museu Moesgaard / Henning Larsen Architects Dinamarca

Este museu da Dinamarca trouxe muita inspiração para uma parte de meu projeto. A passarela que estou propondo nasceu após tomar conhecimento deste museu. Achei bem interessante o edifício estar “camuflado” na paisagem e utilizarei deste conceito para conceber meu projeto.

LEVANTAMENTOS

SERRANA Histórico e inserção do município na região

O município de Serrana esta localizado muito proximo a um polo de desenvolvimento regional—a cidade de Ribeirao Preto, sao 17km que separam uma cidade da outra. Devido a esta grande proximidade a dependencia de Serrana para com Ribeirao Preto e muito grande. Na verdade, todas as outras cidades da regiao como Cajuru, Serra Azul, Altinopolis, Brodowski, Cravinhos, Jardinopolis, Barrinha, Dumont, entre outras, dependem das infraestruturas oferecidas por Ribeirao Preto, umas mais outras menos, porem todas dependentes.

O mineiro Serafim Jose do Bem foi quem adquiriu no territorio de Sao Simao em 1870 tres fazendas, com area total de 3.500 alqueires, em 1875 fixou-se com sua família naquelas terras as margens do corrego Serrinha. La ele ergueu um cruzeiro em madeira onde se reunia com a família para as preces, perto dali havia uma trilha de tropeiros e com o tempo o local do cruzeiro acabou virando ponto de descanso, desta forma a “Serrinha” se foi tornando conhecida em outras regioes. Este fato levou alguns povoadores a montarem residencia por ali.

Seja no quesito saude, educaçao, lazer, como a proximidade e o acesso facil estas outras cidades da regiao sobrevivem a sombra e nao saem do lugar, nao se desenvolvem. Este e o cenario que encontramos nesta regiao. O município de Serrana hoje desempenha papel de cidadedormitorio, esta parado no tempo e ate o momento sem perspectivas de grandes melhoras.

A vila so prosperava e por volta de 1900 Serafim Jose do bem doou 12 alqueires para o patrimonio entao Vila Serrinha e construiu a primeira capela em homenagem a Nossa Senhora das Dores. Pela Lei n° 1316 de 28 de agosto de 1912 criou-se o Distrito de Serrinha, onde a instalaçao deu-se em 16 de janeiro de 1913, no município de Cravinhos. Pelo Decreto n° 9775 de 30 de novembro de 1938 teve a atual denominaçao de Serrana e em 24 de dezembro de 1948, SERRANA tornou-se município pela Lei 233 contando na epoca com apenas o distrito de Paz da sede. Sua emancipaçao política aconteceu no dia 10 de abril de 1949 em cuja data comemoramos o aniversario de emancipaçao política de Serrana. 45

LEVANTAMENTOS ABRANGENTES IDENTIFICAÇÃO DAS ÁREAS DEGRADADAS NA CIDADE

Área de Intervenção

ÁREAS DEGRADADAS—PARQUE NATURAL BELA FONTE

Parque Bela Fonte logo após a sua inaugura-

Parque Bela Fonte bem péssimo estado –

Parque Bela Fonte bem péssimo estado

O Parque Natural Bela Fonte em Serrana está em estado lamentável sem ao menos ter existido tempo para a população aproveitá-lo quando ainda estava em boas condições. Este parque foi inaugurado há 3 anos, no final da administração anterior, com o propósito de trazer benefícios à população, criar um espaço agradável de lazer que pudesse ser utilizado por famílias, crianças, entre outros. O Parque hoje se encontra em péssimas condições de uso, mal iluminado, sujo, há lixo jogado por toda parte, inclusive dentro do lago que ali existe. Estas más condições e atividades ilegais instaladas no parque o tornaram um local totalmente diferente do que foi inicialmente planejado. Hoje é um local perigoso e não frequentado pelos moradores.

ÁREAS DEGRADADAS—PRAÇA DOM CAMILO

A Praça Dom Camilo localiza-se no bairro Dom Camilo, o bairro mais nobre do município de Serrana, é um bairro estritamente residencial. Esta praça está passando no momento por uma revitalização, porém as obras estão paradas, fazendo com que não seja possível a utilização pelos moradores do bairro, desta forma surgem atividades ilegais e o resultado é de um local cada dia mais perigoso.

ÁREAS DEGRADADAS—RODOVIÁRIA

A Rodoviária de Serrana está desativada desde 2011 devido ao início de obras para reforma, a previsão de entrega para esta obra seria junho de 2012, porém nada aconteceu. A obra está parada até os dias de hoje e a rodoviária esta sem uso e abandonada. Do mesmo modo que ocorre em outras áreas no município de Serrana, esta obra parada atrai atividades ilegais pois fica sem uso, mau iluminada e abandonada. Esta paralisação da rodoviária prejudica muito os moradores que necessitariam deste local para uma melhor organização do transporte e auxílio. 47

ÁREAS DEGRADADAS—LAGOA DA MARAVILHA

A Lagoa Maravilha localiza-se na entrada da cidade. Vindo do município de Ribeirão Preto, a lagoa pode ser vista da Rodovia Abrão Assed. Esta lagoa esta sendo má utilizada pelos moradores de Serrana, as pessoas utilizam para pescar, muitos jogam lixo e também é utilizada para nadar. Á área acaba se tornando degradada por não ter regras estabelecidas, o lixo que ali é jogado pode contaminar a água e até mesmo o subsolo gerando um problema ambiental. Esta é uma área que possui um grande potencial para ser revitalizada e urbanizada, formando um parque, já que a cidade também carece de espaços de lazer. Esta semana a Prefeitura Municipal lançou um comunicado e um projeto de revitalização da lagoa e também a construção de um parque, o Parque Maravilha.

LEVANTAMENTOS ABRANGENTES ÁREAS DE PRESERVAÇÃO CULTURAL A Igreja Matriz Nossa Senhora das Dores, situada na Praça Armando Salles de Oliveira, é considerado um patrimônio cultural por ser a matriz, mais antiga de toda cidade, sendo mantida a sua estrutura original até os dias de hoje.

Antigamente, o local funcionava como cinema na cidade de Serrana. Depois de passar um tempo sem uso, passou por uma reforma, e hoje abriga o teatro da cidade e exposições.

A fazenda Transwall é a mais antiga fazenda da cidade, que é preservada até os dias atuais. Ainda há moradores que vivem lá.

A antiga biblioca da cidade, hoje sem uso, desativada, é considerada um patrimônio cultural de Serrana.

LEVANTAMENTOS ABRANGENTES EQUIPAMENTOS DE LAZER Quando o assunto é lazer a conversa se torna mais complicada, o município de Serrana é muito carente neste aspecto. Não existe nenhum tipo de entretenimento para os jovens, adultos e idosos e é por este motivo que muitos acabam indo para as ruas. É muito comum, quando se esta dirigindo pelas ruas de Serrana, encontrar um grupo de crianças brincando no meio da rua, esta prática não é extinta na cidade por conta da falta de opções em lazer. Na cidade existem dois clubes, particulares, e que não se encontravam em condições de funcionamento, portanto estavam abandonados.

Área de Intervenção

Clubes

A Praça Matriz e um trecho da Av. Deolinda Rosa são os mais frenquentados por jovens no período da noite e nos finais de semana. Existe na Praça Matriz uma fundação cultural, teatro e cinema, porém, raramente são oferecidas programações. Os bares e restaurantes presentes na cidade acabam não investindo muito em seu negócio pela proximidade entre Serrana e Ribeirão e consequentemente pela facilidade que o morador tem de acessar tantas outras opções. Neste quesito lazer os atrativos do município de Ribeirão Preto fazem muitas pessoas também se deslocarem todos os dias.

LEVANTAMENTOS ABRANGENTES MOBILIDADE E USO DO SOLO URBANO No mapa de Serrana estão marcadas as av. de Olinda Rosa, av. Habbib Jabali, av. Gabriel José do Vale, rod. Ângelo Cavalheiro (que liga Serrana a Cravinhos), rua Vicente de Paula Lima (cuja a importância na cidade é fundamental, pois é a rua do comércio) e por fim rod. Abraão Assed. No caso de Serrana, assinalamos vias mais importantes e com maior movimento.

Podemos concluir através deste mapa acima que o município de Serrana é predominantemente residencial, seus comércios se localizam ao longo das avenidas e também ao longo da Rua Vicente de Paula Lima (rua de mais relevância na cidade). Concluímos também que é uma cidade com poucas áreas verdes projetadas, o que se encontra, na maioria das vezes, são locais vazios e abandonados onde existem árvores e vegetação.

ESCOLHA DA ÁREA Potencialidades e Fragilidades da área escolhida e Levantamento Hierarquia Viária Funcional A área em questão foi escolhida inicial e principalmente por sua localização. Está localizada estrategicamente na avenida Deolinda Rosa, avenida esta que recebe o fluxo que vêm da Rodovia Abrão Assed (liga Serrana a Ribeirão Preto) e também da Rodovia Ângelo Cavalheiro (liga Serrana a Cravinhos), é uma avenida que possui vias largas, onde o trânsito flui tranquilamente, possui semáforos em 2 pontos que são mais críticos nos horários de pico (início da manhã e final da tarde). Estando entre duas avenidas, Avenida Deolinda Rosa e Avenida Leonino Gonçalves de Oliveira, a área permite fácil acesso a partir de qualquer ponto da cidade.

LEGENDA Vias de fluxo moderado Vias de fluxo intenso

Além do fácil acesso a área também está inserida em um bairro novo do município de Serrana e que possui um grande potencial de crescimento.

Demarcaçao area de intervençao

POTENCIALIDADES ‘



Localiza-se entre duas avenidas.



Facil acesso.



Inserida em um bairro novo com grande potencial de crescimento.



Grande area disponível para projeto



Topografia aproveitavel

FRAGILIDADES 

Uma das ruas paralelas ao lote, a Rua Serafim do Bem e uma rua onde ocorrem muitas inundaçoes em períodos de muita chuva. O ponto mais alto desta rua e onde se localiza a area, a partir dai a rua apresenta um desnível e na sua parte mais baixa e onde ocorre pontos de alagamentos devido a ma absorçao pelas tubulaçoes. Recentemente passou por reformas para troca das galerias pluviais.

DIRETRIZES

LOTE ESCOLHIDO Levantamento dos aspectos físicos do lote

INSOLAÇÃO E POSSIBILIDADES DE ACESSOS

LEGENDA Sol da manha Sol da tarde

INSOLAÇÃO

POSSIBILIDADES DE ACESSOS

A frente do lote voltada para a Avenida Deolinda Rosa e tambem a lateral voltada para a Avenida Leonino Gonçalves dos Santos recebem o sol da manha. Esta insolaçao e bastante favoravel pois a Avenida Deolinda Rosa e a via mais importante que existe ao redor do lote, podendo ser bastante explorada esta face. Ja a face voltada para os fundos do lote que tambem esta na Avenida Leonino Golçalves dos Santos e tambem a face voltada para a Rua Serafim do Bem recebem o sol da tarde e portando devem ser projetadas para minimizar os incomodos recorrentes.

O lote possui possibilidades de acessos por todos os lados pois e cercado por vias. As duas melhores opçoes para o acesso do publico sao as Avenida Deolinda Rosa e Leonino Gonçalves dos Santos. Ja o melhor acesso de serviços, carga e descarga, se localiza na rua Serafim do Bem pois e uma rua com pouco movimento. LEGENDA Acesso aos usuarios Acesso de serviços— Carga e descarga

TOPOGRAFIA

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O lote em questao possui um desnĂvel consideravel, sao 13 metros no total porem a area total do lote tambem e muito grande sendo assim suave em toda a sua extensao. E uma importante potencialidade se trabalhar explorando esta topografia.

3 1 VISTAS DO LOTE

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DESENVOLVIMENTO E EVOLUÇÃO DO PROJETO

O INÍCIO—PROGRAMA IDEALIZADO Programa idealizado após leituras projetuais realizadas

PROGRAMA

O edifício sera composto por um subsolo, que abrigara a logística do mercado e tambem a area reservada para funcionarios. O mercado acontecera no terreo, os boxes agrupados formarao uma praça interna que se expande por toda a extensao a frente do edifício fazendo com que os usuarios adentrem o edifício sem perceber. A cobertura dos boxes servira como um mirante. Uma area interligada com o mercado municipal sera projetada para que aconteça um lazer noturno, bares, restaurantes e lanchonetes darao vida noturna ao ambiente.

SUBSOLO          

Area para carga e descarga Deposito geral do mercado D.M.L Almoxarifado Sanitarios/Vestiarios funcionarios Copa Refeitorio Sala de descanso funcionarios Lixo (armazenamento, preparaçao, separaçao e descarte) Escada e elevador de serviços.

TÉRREO/MERCADO      

COBERTURA/MIRANTE Mirante acontecera na cobertura dos boxes e tera acesso direto atraves de uma grande passarela que se inicia em uma das extremidades do lote.

ÁREA DE LAZER NOTURNO Um nível acima do terreo do mercado acontecera a area de lazer noturno, sera projetados espaços para abrigarem bares, restaurantes e lanchonetes e tambem uma grande area destinada a mesas e espaços de estar. Este ambiente acontecera abaixo da grande passarela que liga uma das extremidades do lote ao mirante.

Sanitarios usuarios Boxes com depositos individuais Circulaçao de serviço interna aos boxes Circulaçao usuarios Praça interna Circulaçao vertical para acesso ao mirante (cobertura)