Olê Muié Rendera: memorial e escola de moda.

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UNIVERSIDADE DE FORTALEZA CCT - ARQUITETURA E URBANISMO TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO

Olê Muié Rendera: memorial e escola de moda MARIANA NAVARRO BENEVIDES ORIENTADOR: Prof. MARCUS VENICIUS PINTO DE LIMA FORTALEZA 2018.1


Mariana Navarro Benevides

OLÊ MUIÉ RENDERA: Memorial e Escola de Moda Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Coordenação de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Fortaleza como requisito parcial para obtenção do título de Arquiteto e Urbanista. Orientador: Marcus Venicius Pinto de Lima

FORTALEZA 2018.1

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Mariana Navarro Benevides

OLÊ MUIÉ RENDERA: Memorial e Escola de Moda Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Coordenação de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Fortaleza como requisito parcial para obtenção do título de Arquiteto e Urbanista. BANCA EXAMINADORA Prof. Marcus Venícius P de de Lima ORIENTADOR Prof. Antonio Martins R. Junior PROFESSOR CONVIDADO

MEMBRO EXTERNO FORTALEZA 2018.1

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RESUMO

abstract

O presente trabalho de conclusão de curso tem por base o tema Olé Muié Rendera: memorial e escola de moda, no qual desenvolveu técnicas arquitetônicas com ênfase no conforto bioclimático e no paisagismo, com o intuito de atender a uma demanda social e econômica da população. O artesanato brasileiro constitui um reflexo da cultura de cada região do país. Na região Nordeste, a renda apresenta-se como uma forma de expressão sociocultural, além de uma fonte de renda para muitas famílias. Apesar de sua relevância histórica e econômica, essa técnica artesanal vem sendo amplamente desvalorizada, tendo sua produção apresentado um acentuado decréscimo ao longo das últimas décadas. Diante da necessidade de um espaço para valorizar a cultura da renda, deu-se a escolha do terreno do Aquário do Ceará, que atualmente encontra-se abandonado e inacabado. Dessa forma, este projeto propõe resgatar e valorizar a importância da renda como artesanato e incentivar sua perpetuação ao longo das gerações, no intuito de ressaltar seu valor cultural e econômico tanto para as famílias e comunidades que dependem dessa atividade, como para a economia do Estado.

The present final course work is based on the theme Olé Muié Rendera: memorial and fashion school, in which it was developed architectural techniques with emphasis on bioclimatic comfort and landscaping, in order to meet a social and economic demand of the population. The Brazilian handicraft reflects the culture of each region of the country. In the Northeast region, the lace presents itself as a form of sociocultural expression, as well as a source of income for many families. Despite its historical and economic relevance, this artistic technique has been widely devalued, with its production showing a marked decrease over the last decades. In face to the need for a space to value the lace culture, the land where the construction of the Ceará Aquarium started was chosen, which is now abandoned and unfinished. Thus, this project proposes to rescue and value the importance of the lace as art and encourage its perpetuation throughout the generations, in order to emphasize its cultural and economic value both for the families and communities that depend on this activity, and for the state economy.

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AGRADECIMENTOS Agradeço, primeiramente, a Deus, por toda força, coragem e sabedoria, que excede meu próprio ser. Aos meus pais, Heraldo e Nadja, pelos anos de dedicação, amor, apoio e investimento na minha educação. Ao meu amor, David, pela paciência, apoio e amor dedicado à mim durante toda minha graduação. Aos professores, que tanto me ajudaram e me inspiraram por serem prOFissionais que amam o que fazem, André Aráujo Almeida, Camila Bandeira Cavalcante, Fernanda claudia lacerda Rocha, Camila Barros de Oliveira, Domingos cruz Linheiro, e tantos outros. A todos os amigos que FIZeram e fazem parte do meu crescimento e aprendizado. Em especial á, Amanda Ferreira, Anyelly Soares e rafael coelho. Aos amigos arquitetos do DAE-Departamento De Arquitetura e engenharia, por acreditarem em mim, me acolherem e me fazerem sentir especial. Em especial a Denise Sá e Felipe Landim. Ao meu orientador, Marcus Lima, por ter acreditado em mim desde o começo, por ter ajudado com meu sonho de interCÂmbio e por me auxiliar na elaboração do meu trabalho de conclusão de curso. Muito Obrigada!

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LISTA DE FIGURAS Figura 1- Ilustração rendeira por Lu Paternoso......................13 Figura 2- foto rendeira por Natalie Soares. ..........................15 Figura 3- dEsenho sátira ao acquário do ceará......................16 Figura 4- Rendeira ä beira mar..............................................17 Figura 5- Rendeira fazendo renda de bilro.............................18 Figura 6- Renda produzida por rendeiras da prainha, foto por Marília Camelo......................................................................19 Figura 8- produtos a venda no mercado centrl por Hélio.........19 Figura 7- Rendeira fazendo renda com agulha. ......................19 Figura 9- Rendeiras, Ilustração de Percy Lau.........................22 Figura 10- Almofada, molde e bilro. .....................................23 Figura 11- Espinhos de mandacaru prendendo o desenho na almofada........................................................................................24 Fonte: Almeida et al., 2011...................................................24 Figura 12 – Cores vivas na renda, foto por Marília Camelo....27 Figura 13 – Cores vivas na renda, foto por Cristina Pioner....27 Figura 14– Rendeiras ajudadas pelo Projeto Olhar do Sertão

mostrando o trabalho em uma das lojas de Martha Medeiros. ...28 Figura 15– página de início da reportagem “Fios de Tradição”. 29 Figura 16– Vegetação típica do sertão nordestino.................31 Figura 17 – Desenho da perspectiva do Cais do Sertão e seu entorno....................................................................................32 Figura 18 – Exposição do sertão nordestino. .......................32 Figura 19 – Módulo 1 e seu pé direito elevado. ....................33 Figura 20 –– Parte interna do Módulo 2, mostrando o cobogó. 33 FigurA 21 – Fachada Biblioteca Brasiliana USP. .................34 Figura 22 – Parte interna da Biblioteca Brasiliana USP. ....34 Figura 23 – Biblioteca Brasiliana USP. ..............................35 Figura 24– Parte interna da Biblioteca Brasiliana USP. ......35 Figura 25 – Foto das rendeiras do Centro de Rendeiras da Prainha. ....................................................................................36 Figura 26 – Mapa de Fortaleza Identificando o bairro Praia de Iracema. ...........................................................................37 Figura 27 –IdentiFicação do terreno do Acquario do Ceará, no bairro Praia de Iracema. .......................................................37 Figura 28 – 3d dA PROPOSTA DO aQUÁRIO DO cEÁRA, REALIZADO PELO

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escritório IMAGIC!..................................................................38 Figura 29– PARTE DO áQUÁRIO DO CEARÁ.................................38 Figura 30 – PARTE DO AQUÁRIO DO cEARA.................................38 Figura 31 – comunidade Poço da Draga..................................39 Figura 32 – caixa de cultura Fortaleza. .............................39 Figura 33 – Mapa do entorno do terreno. .............................39 Figura 34 – pOnte dos Inglreses ...........................................39 Figura 35– Pavilhão Atlântico..............................................39 Figura 36 – Centro Dragão do Mar........................................39 Figura 37 -texto de Gabriela Nunes| Publicada originalmente em Finestra na Edição 90...........................................................43 Figura 38– Mapa do terreno. .............................................44 Figura 39– dELICADEZA DA RENDA, FOTO POR Marília Camelo.....45

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LISTA DE TABELAS TABELA 1- Distribuição da variedade de tipologias de artesanatos nos estados do Nordeste.......... 21 tabela 2 - programa de necessidades DO Olê Muié rENDERA......................................................... 46

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SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO..............................................13 1.1 Tema........................................................13 1.2 Justificativa do Tema.....................................13 1.2.1 Posicionamento Politico.................................16 1.3 OBJETIVOS................................................17 1.3.1 Objetivo Geral .........................................17 1.3.2 Objetivos específicos....................................17 2. PROCEDIMENTOS DE PESQUISA........................18 3. REFEReNCIAL CONCEITUAL.............................20 3.1 Aspectos Conceituais .....................................20 3.1.1 A história da renda....................................20 3.1.2 A renda como artesanato...............................22 3.1.3 O papel da mulher na profissão de rendeira...........25

3.1.4 Contexto atual da rendeira............................26 3.1.5 Reportagem .............................................28 3.2 Aspectos Arquitetônicos .................................30 3.2.1 Memorial como aspecto arquitetônico...................30 3.2.2 Conforto bioclimático no ambiente edificado...........31 4. REFERENCIAL PROJETUAL..............................32 4.1 Museu Cais do Sertão – Recife/PE.....................32 4.2 Biblioteca Brasiliana da USP – São Paulo/SP........34 5. O PROJETO................................................36 5.1 A Preocupação com o amanhã.............................36 5.2 Localização................................................37 5.3 O Aquário do Ceará .....................................38 5.4 O Entrorno.................................................39

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5.5 O Sítio ...................................................40 5.5.1 Plano Diretor Participativo............................40 5.5.2 Lei de Uso e Ocupação.................................40 5.5.3 Código de Obras e Posturas ..........................41 5.5.4 Direstrizes Projetuais..................................43 6. MEMORIAL DESCRITIVO ................................44 6.1 Condicionantes do Terreno................................44 6.2 Evolução do projeto.......................................47 7. CONSIDERAÇÕES FINAIS ...............................48 8. REFERÊNCIAS ...........................................49 9. ANEXOS ..................................................54

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1. INTRODUÇÃO 1.1 Tema O presente trabalho de conclusão de curso tem por base o tema Olê Muié Rendera: Memorial e Escola de Moda que, a partir de técnicas arquitetônicas com ênfase no conforto bioclimático, paisagismo e análise urbana foi desenvolvido com o intuito de atender a uma demanda social e econômica da população.

Figura 1- Ilustração rendeira por Lu Paternoso. Fonte: Site Lu Paternoso. Arte, design e multimeios.

1.2 Justificativa do Tema O artesanato brasileiro se constitui um reflexo palpável Dentre as diversas formas de artesanato, a renda se cada cultura do país que, apresenta diferentes maneiras em diversas racteriza como uma forma de expressão sociocultural tipicamente regiões. Na região Nordeste, o artesanato se configura como uma nordestina, além de representar uma fonte de renda para muitas forma de trabalho e renda para cerca de 3,3 milhões de pessoas famílias dessa região. O ato de tecer a renda é uma prática bas(SEBRAE, 2009), além de intensificar e dinamizar a demanda do tante antiga, perpetuada de geração em geração e que, no Brasil, setor turístico, âmbito este de grande importância econômica para está vinculada diretamente a atividade pesqueira. Tal ligação se o litoral brasileiro. Desta forma é promovida a preservação da dá pelo fato de boa parte das rendeiras serem esposas de pescadores, cultura e das criações artísticas locais, bem como a difusão ao e enquanto estes encontram-se ao mar realizando suas atividades de pesca, as rendeiras produzem a renda como forma de passatempo, redor do mundo.

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no intuito de conseguir um ganho extra. “A rendeira é mulher de pescador, o pescador sai pro mar, passa três, cinco, oito dias no mar... Aí você, enquanto ele tá lá se sacrificando, trabalhando, arriscando a vida, uma vida perigosa, você não vai ficar pelo meio do mundo, batendo perna. Aí você já tem essa amiga, porque isso aqui é uma amiga de primeira linha. A minha mãe, ela costuma dizer que a almofada é a melhor amiga que ela teve até hoje, porque ela disse que conta as coisas dela tudinho, passava o dia todinho furando ela, botava ela pra cima, botava ela pra baixo e ainda dava dinheiro a ela e ela nunca dizia nada, nunca contava os segredos dela pra ninguém. Quer dizer, tem ouvido, mas não fala.”

Entrevista realizada com a rendeira Maria (ALMEIDA et al., 2011).

do Lauro

A renda apresenta ainda grande importância econômica, inicialmente

com a geração de capital para as próprias rendeiras e, consequentemente, para economia do Estado como um todo. Em SEBRAE (2009) foram apontados que, cerca de 104 munícipios do Ceará apresentam a renda e o bordado como produto artesanal, sendo a cidade de Fortaleza um dos maiores polos de divulgação e venda desses produtos. Tal comercialização se dá principalmente em locais de grande visitação de turistas, como por exemplo a Feirinha da Beira Mar e o Centro de Artesanato-CEART. Apesar de sua relevância histórica e econômica, essa técnica artesanal vem sendo amplamente desvalorizada, tendo sua produção apresentado um acentuado decréscimo ao longo das últimas décadas (SANTOS, 2007). Concomitante a isso, observa-se uma mudança significativa no sistema de confecção da renda, que tem caminhado cada vez mais para uma produção não-artesanal. Tais aspectos têm levado à uma perda crescente da identidade da renda como uma manifestação artística e tornando-a um mero produto comercial, levando frequentemente a uma perda da essência cultural de comunidades onde a renda apresentava grande representatividade. A carência de incentivos econômicos ainda é uma lacuna

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presente no setor da renda, principalmente pela dificuldade em associar a produção artesanal a uma atividade capaz de gerar lucros. De acordo com Brito (2009), a falta de recurso e crédito caracteriza-se como um problema existente na cadeia de produção do artesanato como um todo, sendo os trabalhadores artesãos os mais vulneráveis a esses impactos. Tal problemática faz com que esse setor se torne, algumas vezes, mais vantajoso e lucrativo para quem se aproveita dele participando de feiras, exposições ou revendendo os produtos. Isto dificulta por parte das rendeiras e rendeiros para que os mesmos se firmem financeiramente e como trabalhadores atuantes na manutenção cultural, tendo entendimento que são agentes influenciadores para o desenvolvimento econômico da região onde vivem. Diante da necessidade de um espaço para valorizar a cultura da renda, deu-se a escolha do terreno do Aquário do Ceará, que atualmente se encontra abandonado e inacabado por falta de verbas do Governo do Estado, e por falta de interesse de terceiros em sua compra. A localização do mesmo, conta com outros equipamentos culturais próximos, influenciando ainda mais o desenvolvimento da

cultura no bairro Praia de Iracema. Dessa forma, propõe-se o Olê Muié Rendera: Memorial e Escola de Moda, como forma de resgatar e valorizar a importância da renda como artesanato, o incentivo a sua perpetuação ao longo das gerações, bem como o intuito de ressaltar seu valor cultural e econômico tanto para as famílias e comunidades que dependem dessa atividade como fonte de renda, quanto para a economia do Estado, além da utilização do terreno do que viria a ser o Aquário do Ceará que não foi concluído, para a criação do projeto.

Figura 2- foto rendeira por Natalie Soares. Fonte: Site Expedia.com

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1.2.1 Posicionamento Politico A mobilização “Quem dera ser um peixe”, questionava o O DNOCS - Departamento Nacional de Obras Contra a licenciamento ambiental, a falta de particiapação popular,a locaSeca, criado em 1909, se constitui na mais antiga instituição lização e a estrutura da obra. federal com atuacao no nordeste. Como o Estado do Ceará tenta combater o problema da seca Sua segunda sede foi instalada na Praia de Iracema, cons- há tantos anos com a ajuda de um departamento, e nesse mesmo truído com influência na arquitetura brutalista, no qual o estilo terreno pretendia construir um mega-aquário utilizando 15 milhões visava a utilização de concretos com exposição das estruturas. O de litros de água? uma parte dessa aguá que seria captada do mar, prédio ocupava uma faixa de areia criando uma barreira entre a não iria prejudicar a vida marinha? e ainda pretendiam desapropriar Ponte dos Ingleses e a Ponte Metálica. Após a transferência do uma comunidade centenária, o Poço da Draga? departamento para outro local mais central, o prédio ficou abandonado por 10 anos. Até que no ano de 2011, a União permutou essa área para a Preeitura de Fortaleza que repassou para o Estado do Ceará. Desde 2009, a Prefeitura e o Estado já haviam idealizado a construção do Projeto do Aquário do Ceará, o maior da América Latina, no intuito de aumentar o setor turístico, a economia do Estadoe e para a geração de mais empregos. A obra previa inauguração para o ano de 2014, com inFigura 3- dEsenho sátira ao acquário do ceará. vestimento de 150 milhões de dólares. Fonte: pÁGINA FACEBOOK DO “Quem derá ser um peixe”.

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1.3 OBJETIVOS 1.3.1 Objetivo Geral Este trabalho teve

como objetivo projetar um memorial da renda e uma escola de moda que aborde os aspectos histórico-culturais da renda, bem como sua importância no contexto socioeconômico cearense, através não só do visual, mas também na parte educacional, tendo sua localização no bairro Praia de Iracema.

1.3.2 Objetivos específicos - Proporcionar conhecimento e aprendizado sobre a história da renda para a população; - Mostrar a relevância do papel da mulher rendeira como profissional e geradora de renda; - Valorar a importância da renda na história do Ceará; - Incentivar o interesse pela produção da renda pelas novas gerações; - Promover a integração entre a população e o espaço público de cultura e lazer.

Figura 4- Rendeira ä beira mar. Fonte: Livro “O mucuripe”, de Chico ALbuquer

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2. PROCEDIMENTOS DE PESQUISA

Figura 5- Rendeira fazendo renda de bilro Fonte: acervo da autora.

O trabalho teve como base informações advindas de pesquisas bibliográficas e de campo, estudos de caso e desenhos, abordando o tema em questão nas áreas de arquitetura, moda, social, patrimônio imaterial, gênero e tradição, o que contribuiu para o engrandecimento e ampliação das escassas informações disponíveis acerca da temática abordada. O projeto foi desenvolvido em quatro etapas distintas. Na primeira, deu-se as pesquisas bibliográficas a partir de livros, periódicos, revistas e outros meios sobre aspectos gerais da renda, sua história, importância cultural, econômica e o papel da mulher como profissional artesã. Na segunda etapa, foram realizadas pesquisas de campo com as artesãs produtoras ativas de renda, onde foram coletadas informações sobre os processos de produção e comercialização. A terceira etapa consistiu em estudos de caso de projetos que objetivaram a valorização cultural e a história regional, bem como de pesquisas sobre a implantação e adaptação da vegetação local à projetos paisagísticos. A quarta etapa contou com o processo de criação e desen-

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volvimento do projeto, buscando valorizar os aspectos conceituais e projetuais relacionados ao tema. Com a coleta desses dados criou-se base para o desenvolvimento da pesquisa do trabalho teórico e projetual da edificação em questão.

Figura 7- Rendeira fazendo renda com agulha. Fonte: site Pintrest.

Figura 6- Renda produzida por rendeiras da prainha, foto por Marília Camelo. Fonte: Diário do Nordeste.

Figura 8- produtos a venda no mercado centrl por Hélio Fonte: site Férias brasil

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3. REFEReNCIAL CONCEITUAL 3.1 Aspectos Conceituais 3.1.1 A história da renda A renda começou a ser produzida originalmente no Oriente, sendo incorporada na cultura ocidental no século VI a partir do movimento histórico das Cruzadas (PEZZOLO, 2004). Na Europa do século XV, começou a ser utilizada como adorno em roupas da nobreza, passando a ser considerado artigo de luxo pela sociedade, como forma de representar a classe abastada. Sua popularidade foi tanta que a técnica passou a ser ensinada em escolas, levando a uma diferenciação regional da mesma, como na cidade italiana de Veneza com a renda de agulha e em Anvers (Bélgica) com a renda de bilro, sendo essa última técnica bastante difundida no Brasil. Em Portugal e nos outros países europeus não foi diferente, a renda era comumente utilizada pelos nobres como forma de decoração das vestimentas. Dado o contexto histórico da época, a

grande necessidade de exploração e comercialização impulsionavam navegadores europeus a fazerem extensas expedições pelo mundo, nas quais suas esposas optavam por acompanhá-los e utilizavam a produção da renda como forma de entretenimento durante as longas viagens. Com a chegada dos portugueses em 1500 e holandeses em 1624 no Brasil, essa atividade manual começou a ser apreciada pelos nativos, despertando o interesse dos mesmos em aprendê-la e possibilitando a incorporação da renda na cultura da região. Devido a diversidade de origens e nacionalidades que transmitiam esse conhecimento, o Brasil passou a apresentar diversos tipos de renda, que se diferenciam nas formas de execução e no material a ser utilizado para a produção. Mendonça (1959) explica que a educação de jovens de famílias importantes daquela época era feita por missionários estrangeiros, onde além de ensinar línguas novas e arte, também ensinavam bordados com agulha, propiciando com que a prática da renda com agulha fosse também difundida. Diferentemente deste tipo de renda que foi ensinada de maneira

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mais tradicional nas escolas antigas, a renda de bilro foi ensinada através de tradição oral. Apesar disso, esta última foi a que mais se destacou e se desenvolveu no Nordeste, principalmente, no território cearense. No Ceará, assim como em outros locais do Brasil, a renda chegou com os colonizadores e se disseminou tanto pelo litoral quanto pelo interior. Em Matsusaki (2016), menciona-se que na metade

do século XX, o Estado do Ceará era caracterizado como polo de destaque de renda de bilro, atraindo dessa forma compradores de outros lugares do Brasil, de regiões sul e sudeste. Atualmente, o Ceará é o estado com a maior diversidade de tipos de renda, como mostra a Tabela 1 disponibilizada pela SEBRAE (2009).

TABELA 1- Distribuição da variedade de tipologias de artesanatos nos estados do Nordeste. Fonte: acervo da autora.

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Na

tabela anterior, é possível observar as tipologias de artesanatos existentes no Nordeste brasileiro, bem como sua distribuição entre os estados que o compõem. Na categoria artesanal de Rendas e Bordados, o Ceará aparece com 104 tipologias e se caracteriza como o estado de maior diversidade em produção de renda. Além disso, se destaca com a maior porcentagem em representação dos artesanatos em geral do Nordeste, mostrando assim, toda importância que esta seara possui para a produção e o fortalecimento da arte no âmbito regional. Em virtude do que foi mencionado, a renda é um tipo de artesanato antigo, com origem no Oriente, foi levado a vários países e teve a tradição oral como importante forma de propagação, tendo o Ceará como maior produtor de renda do Nordeste.

3.1.2 A renda como artesanato Em Brussi (2015), menciona-se que o processo de trabalho manual que se aproxima da renda, teve início há vários séculos, quando ancestrais começaram as técnicas do trançado com palha, para a criação de cestos. Com o desenvolvimento da tecelagem e o

interesse de que não fosse mais necessária uma base para a criação de bordados, foi desenvolvida a renda, com o objetivo de trazer mais leveza para os tecidos e para a peça onde a mesma seria aplicada. A renda se caracteriza como um conjunto de trançados de linhas, na qual resulta diferentes composições. Existem dois modos na qual a renda pode ser confeccionada: a renda de agulha e a renda de bilro, esta última, também conhecida como “Renda do Ceará” por sua grande importância e representatividade neste estado. A renda de agulha, é distinguida pelo uso de linhas e

Figura 9- Rendeiras, Ilustração de Percy Lau. Fonte: Site Terra Brasileira.

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agulhas para a formação do desenho, tendo como base o papel, rede de pesca ou de seda. Este tipo de renda com agulha apresenta diversas variações, dentre elas, a renda Renascença, a renda Filé, a renda Nhanduti ou Tenerife, dentre outras. A renda de bilro se apresenta bem mais complexa que a de agulha, e depende, para sua confecção, de almofada típica para essa arte, molde, linhas e bilros. Também conhecida como “ renda de almofada”, é caracterizada pelo uso de uma almofada cilíndrica, preenchida por diversos materiais, variando entre palha ou resto de tecidos, recoberta por tecido maior ou manta. Nas regiões interioranas, é comum o tecido das almofadas ser de chita, pois sua coloração e estampa trazem mais vivacidade. Sobre essa almofada é colocado um molde de papelão preso com alfinetes ou espinhos de mandacaru. Em uma das extremidades estarão as linhas de algodão presas nas peças dos bilros, a outra estará presa à almofada. Os bilros são instrumentos feitos de pedaços de madeira, que impedem que a linha escorregue, estes são utilizados em pares e sua movimentação resulta na criação dos desenhos pré-estabelecidos nos moldes.

Figura 10- Almofada, molde e bilro. Fonte: Acervo da autora.

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(SEBRAE, 2004, p.21 apud BARROS, L. A. S., 2006)

Para Silva (2006),

Figura 11- Espinhos de mandacaru prendendo o desenho na almofada. Fonte: Almeida et al., 2011.

Em Barros(2006) relata-se que, em 1996, foi especificado o conceito da palavra artesanato pelo Conselho Mundial de Artesanato, sendo descrito da seguinte forma: “Artesanato é toda atividade produtiva que resulte em objetos e artefatos acabados, confeccionados manualmente ou com a utilização de meios tradicionais ou rudimentares, com habilidade, destreza, qualidade e criatividade. ”

o valor e importância da renda se devem pelo fato de ser uma arte bastante antiga que, além de transmitir a história de tantas famílias que a produziram e usaram seu tempo para o ensino e construção das peças ao longo das gerações, também por serem consideradas referências próprias de determinados grupos. Atualmente, no Nordeste existem vários modelos de rendas. Em IICA- INSTITUTO INTERAMERICANO DE COOPERAÇÃO AGRÍCOLA (2017), cita-se que existem sete variações, a Nhanduti ou Tenerife, a Inglesa ou Renascença, a Filé, a Irlandesa, a Bilro e a Frivolité que, como mencionado acima, são feitas com agulha ou bilro. Além da variação sobre a forma de produção e o modelo de renda, há também variedade em relação aos pontos característicos de cada tipologia. Dessa forma, a renda é caracterizada como artesanato devido a sua necessidade de grande habilidade de construção manual,

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além de ser um elemento cultural característico de diversas regiões.

3.1.3 O papel da mulher na profissão de rendeira A renda é uma produção artesanal típica de certas comunidades e é caracterizada, principalmente, pela participação predominantemente feminina em sua produção. A técnica é passada de geração em geração como uma tradição oral, onde as mulheres mais velhas ensinam as mais novas, que costumam ter entre 6 a 9 anos, a como produzi-la. Com isso, evidencia-se que o convívio com a arte de fazer renda é algo que torna mais fácil o aprendizado, já que não é uma profissão que necessita de cursos especializados, mas sim de experiência e observação. “A minha mãe pegou nas mãos da gente pra gente aprender. Aí ela pegava as mãos da gente, segurando os bilros. Aí, por exemplo, aqui tem os quatro bilros, aí ela segurava na mão da gente aí dizia assim: “Passe um bilro por riba do outro”. Aí a gente passava. “Passe o outro”. Aí a gente passava. “Bota um por dentro do outro”. Aí a

gente botava. “Bota de novo, bota de novo”. Aí pronto, saia o trocado. Assim que a gente aprendeu. ”

Entrevista realizada com a rendeira Aldacir (BRUSSI, 2015).

Além da importância que a renda possui como geradora de capital para essas mulheres, há também a significação dessa arte como forma de entretenimento enquanto estas esperam seus cônjuges. Como relatado no início desse trabalho, a produção da renda era uma típica forma de tentar se tranquilizar e não se preocupar com seus esposos pescadores quando estes estavam em alto-mar, buscando com a produção da renda recursos financeiros extras para o orçamento familiar. Para Zanella (2000), nestes casos, o artesanato servia tanto de “entretenimento para a saudade”, quanto como forma de regular a conduta da mulher, já que a mesma tinha que permanecer em casa para a produção, além de ser uma forma de produzir mercadorias e assim, possibilitar a independência financeiras das mesmas. A produção da renda é feita, geralmente, durante as ativi-

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dades corriqueiras do dia-a-dia, não sendo necessário o deslocamento das artesãs para outro local para produção. Entretanto, de acordo com Brussi (2015), muitas dessas mulheres tinham que produzir as peças de maneira rápida e em grande quantidade para que pudessem conseguir capital suficiente para alimentarem suas famílias. Por isso, para os jovens que vivem no contexto de produção da renda, atingir idade suficiente para ajudar em sua produção, passa a ser sinônimo de uma garantia no auxílio financeiro para a família. Devido a necessidade de uma maior produção, muitas vezes para garantir suas subsistências, mulheres artesãs rendeiras se unem em rodas de cooperação para produzir a renda que será posteriormente vendida, compartilhando além de técnicas, histórias e aprendizados importantes para a manutenção cultural e social dessa arte. Percebe-se, sobretudo, que a atividade da renda une essas mulheres, as entretêm, ajudam as mesmas a desenvolver habilidades manuais, e gera renda, além de, muitas vezes, possibilitar a transmissão de suas histórias pessoais para o produto no qual estão confeccionando.

3.1.4 Contexto atual da rendeira A renda, como explanado anteriormente, é uma arte bastante antiga, de grande habilidade manual e de valor histórico e cultural, entretanto, com o passar dos anos, sua produção vem decaindo, o que motiva estudos a fim de compreender como se dá a dinâmica da produção da renda nos dias atuais. Em IICA- INSTITUTO INTERAMERICANO DE COOPERAÇÃO AGRÍCOLA (2017), menciona-se que, muitas vezes, o desejo das rendeiras é de encontrar alguma forma de continuar a ensinar esse artesanato para as novas gerações, seja criando uma escola com esse fim específico ou levando esse ensino para dentro das escolas comuns, fazendo com que os jovens posam ter um convívio com essa arte. “Quando faço renda gosto, sinto que estou levando uma cultura de meus antepassados à frente. Eu sinto uma alegria enorme”

Entrevista realizada com uma Rendeira de Monteiro (IICA- INSTITUTO INTERAMERICANO DE COOPERAÇÃO AGRÍCOLA, 2017).

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Apesar do interesse em repassar essa tradição adiante, as rendeiras dos dias de hoje têm a árdua tarefa de cativar e chamar a atenção das novas gerações que, muitas vezes, buscam por um retorno financeiro imediato. Dessa forma, os jovens atuais acabam não percebendo a relevância da profissão de rendeira, desvalorizando a dedicação e a paciência necessárias para atingir uma boa produção dessa arte. Outro ponto bastante relevante no cenário da renda atual, é a exploração dessa produção por terceiros, ou seja, por pessoas alheias ao processo de criação dessa arte, o que parece ser injusto com os artesãos que, muitas vezes, ficam com a menor parcela dos lucros. Melo e Valença (2010) comentam que o consumidor atual se cansou do comum e agora procura objetos que tenham uma maior apropriação e identidade. A partir disso, o hand made, ou seja, a produção manual se tornou objeto de desejo entre muitos consumidores. Com a dificuldade das rendeiras de venda em grande escala e da falta de autovalorização da produção, outras pessoas compram e revendem essas peças por preços altos, ganhando assim popularidade e a maior parcela dos lucros.

Figura 12 – Cores vivas na renda, foto por Marília Camelo. Fonte: Diário do nordeste

Figura 13 – Cores vivas na renda, foto por Cristina Pioner Fonte: Diário do nordeste

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Um exemplo contrário a esta exploração, é a marca da estilista Martha Medeiros que, juntamente com rendeiras do estado de Alagoas, desenvolve e cria peças únicas. A marca é famosa não apenas por utilizar uma arte regional para a produção de suas peças, mas também pela oportunidade de valorização às artesãs, além de possibilitar uma maior difusão dessa arte pelo Brasil e pelo mundo. Além das lojas, a estilista possuí um projeto social denominado “Projeto Olhar do Sertão”, que auxilia moradores sertanejos.

Figura 14– Rendeiras ajudadas pelo Projeto Olhar do Sertão mostrando o trabalho em uma das lojas de Martha Medeiros. Fonte: Site Oficial Martha Medeiros.

Diante do exposto, ressalta-se que o ensino e a valorização da renda precisam ser propagados. Uma maior capacitação e ensino ás rendeiras, podem levar as mesmas a administrar suas produções com maior eficácia, garantindo assim, uma maior renda e uma maior possibilidade de perpetuação desse patrimônio cultural. 3.1.5 Reportagem “Fios de Tradição, rendas de bilro - Ceará e Portugal” Dentro desse contexto, a reportagem feita pelas jornalistas Cristina Pioner, Germana Cabral e Marília Camelo para o jornal Diário do Nordeste e publicada em novembro de 2014, foi bastante importante para uma maior compreensão dos aspectos relacionados a renda como arte. Nessa reportagem é feito um comparativo da tradição da renda de bilro no Ceará e em algumas cidades de Portugal. Esse comparativo se deu evidenciando a forma com que cada local aborda o tema da renda e como tende a preservar essa forma de artesanato tão típico dessas regiões através de sugestão de livros, reportagens, museus e políticas públicas específicas ao tema.

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Toda

a reportagem é de conteúdo explicativo e de grande importância para o entendimento desse patrimônio cultural. Uma das abordagens mais significativas foram as entrevistas com as antigas e novas gerações de artesões da renda, que aconteceram com residentes de Aquiraz e Trairi, no Ceará, e de Peniche e Villa do Conde, em Portugal. Ao que parece, os portugueses já entenderam a forma como essa arte é significativa para essas regiões, ao ponto de criarem museus, procurarem ensinar o ato de tecer em escolas e pela geração mais nova ter a consciência de querer aprender para que esta tradição não morra, o que não acontece com significância no Brasil. De acordo com Amanacia Diógenes, coordenadora de Desenvolvimento do Artesanato do Ceará, essa forma de artesanato vem sendo bastante valorizada ao longo dos últimos anos, como por exemplo, através do investimento do Governo do Estado do Ceará, por meio do Programa de Desenvolvimento do Artesanato do Ceará, que apresenta cerca de 1700 rendeiras vinculadas. Esse programa tem como intuito o desenvolvimento de novos produtos, capacitação, gestão da produção, além de investir em polos de comercialização

Figura 15– página de início da reportagem “Fios de Tradição”. Fonte: Site Diário do Nordeste.

da renda de bilro, como Acaraú, Trairí, Aquiraz e Itapipoca. Além disso, houve a criação de dois centros de rendeiras no interior do estado, um no Iguape e outro na Prainha, e a criação selo Ceart, que representa uma certificação da autenticidade do produto artesanal cearense. Dessa forma, o estudo dessa reportagem ajudou no desenvolvimento da parte edificada do Olê Muié Rendera: Memorial e Escola de Moda.

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3.2 Aspectos Arquitetônicos 3.2.1 Memorial como aspecto arquitetônico Como já mencionado durante pesquisa,

o presente trabalho tem como intuito valorizar a profissão das rendeiras, com a finalidade de mostrar sua importância como produção artesanal, representação do Nordeste e empoderamento feminino. Entretanto, durante o processo de pesquisa e definição de aspectos técnicos do projeto, surgiram questionamentos sobre a maneira com a qual o projeto seria proposto, por isso, faz-se necessário o esclarecimento sobre algumas divergências características de um museu, centro cultural e memorial. Segundo o Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM), a definição de museu pode ser encontrada no Estatuto dos Museus, na Lei nº 11.904 de 14 de janeiro de 2009, onde se estabelece que “consideram-se museus, as instituições sem fins lucrativos que conservam, investigam, comunicam, interpretam e expõem, para fins de preservação, estudo, pesquisa, educação, contemplação e turismo, conjuntos e coleções de valor histórico, artístico, científico, técnico ou de qualquer outra natureza cultural, abertas ao

público, a serviço da sociedade e de seu desenvolvimento.” Por meio de Ramos (2007), explica-se que a definição de centro cultural se baseia em um espaço que tem como objetivo a reunião de pessoas para desenvolvimento e apreciação cultural, oferecendo diversas atividades, normalmente, sendo acessível e de natureza estatal. Barcellos (1999), expressa que um memorial se configura como um espaço em homenagem a algo, ou alguém, no qual há objetos que remetem e simbolizam a sua memória. Além disso, explica que este espaço também é composto por um conjunto de atividades, composta por museus, centro culturais, centros de convenções, entre outros. Dessa forma, a partir dos conceitos acima apresentados, optou-se que o trabalho tivesse como conceito um Memorial e Escola de Moda, no intuito de que a memória dessa produção artística fosse apresentada não só com exposições, mas também com rodas de conversas, cursos e atividade culturais.

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3.2.2 Conforto bioclimático no ambiente edificado Devido a busca pela criação de um ambiente que trouxesse bem-estar para os frequentadores do projeto proposto, o conforto bioclimático caracteriza-se com uma das estratégias arquitetônicas mais importantes. Para Romero (1988), os fatores climáticos devem ser levados em consideração para a elaboração do projeto, com isso, as características locais, como a topografia, a vegetação e superfície do solo são pontos importantes nesta análise. Além dos fatores locais, fatores globais também são parâmetros importantes, como os ventos, a latitude e a radiação solar. Em Maia (2004), menciona-se que boa parte do Nordeste apresenta bioma caatinga, e que o Ceará, apresenta em boa parte de seu território características de clima semiárido quente e com baixa pluviosidade. Devido a escolha do local de implantação do edifício proposto ter sol poente vindo do leste e ventos ao sudoeste, criou-se o projeto pensando em soluções que utilizem tais condições naturais da melhor forma possível, sem a necessidade do uso de refrigeração artificial, entre outros artifícios.

3.2.3 Paisagismo como valorização da flora regional Além do conforto térmico que busca o bem-estar, a valorização da vegetação regional foi um ponto levado em consideração durante o processo de planejamento do paisagismo do projeto. Uma vegetação muito destoante daquela típica da região poderia comprometer a sobrevivência das mesmas, por isso, foi feita uma pequena pesquisa sobre as espécies típicas mais adaptadas para a área.

Figura 16– Vegetação típica do sertão nordestino. Fonte: Site Blog da Geografia.

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4. REFERENCIAL PROJETUAL No intuito de exemplificar as idéias que foram sendo desenvolvidas para o projeto do Memorial e Escola de Moda, foi feita a descrição de dois projetos de referência que apresentam conceitos e aspectos semelhantes aqueles utilizados no desenvolvimento do presente trabalho.

Como primeira referência e a que mais se assemelha com as características para o projeto tem-se o Museu Cais do Sertão, projetado pelo escritório Brasil Arquitetura. Tendo uma área de 7500 m², este projeto foi implantado na cidade de Recife, Pernambuco, como o objetivo de homenagear o povo do sertão nordestino, cujo conceito surgiu através da análise de obras de Luiz Gonzaga. Assim como este Museu, o projeto que foi elaborado também homenageia o povo nordestino e sua cultura, mais especificamente a arte da renda.

4.1 Museu Cais do Sertão – Recife/PE

Figura 17 – Desenho da perspectiva do Cais do Sertão e seu entorno. Fonte: Site Brasil Arquitetura.

Figura 18 – Exposição do sertão nordestino. Fonte: Site Brasil Arquitetura.

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O projeto do Cais, foi construído onde havia o Armazém 10 do Porto de Recife, por isso, seus grandes vãos e pé direito alto ainda estão presentes em algumas partes do edifício. No projeto do Memorial e Escola de Moda, houve a utilização de parte da remanescente estrutura do que viria a ser o Aquário do Ceará, além de também estar localizado em proximidade com o mar. O Museu Cais do Sertão é composto por duas edificações, o módulo 1, que utiliza da estrutura do armazém que existia e o módulo 2, sendo esta a última parte a ser construída e que procurou representar o sertão na “casca” do edifício, que no caso foram os cobogós, com desenho singular, simbolizando o chão rachado da seca. O projeto do Olê Muié Rendera, também utilizou do uso de cobogós para melhor circulação do ar, além de, ter um desenho criado especificamente para a edificação.

Figura 19 – Módulo 1 e seu pé direito elevado. Fonte: Site Museu Cais do Sertão.

Figura 20 –– Parte interna do Módulo 2, mostrando o cobogó. Fonte: Site Brasil Arquitetura.

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4.2 Biblioteca Brasiliana da USP – São Paulo/SP O projeto da biblioteca Brasiliana da USP está localizado na Cidade Universitária da Universidade de São Paulo, em São Paulo. Com uma área de 21950 m², o projeto foi desenvolvido pela colaboração entre Eduardo de Almeida e Mindlin Loeb + Dotto Arquitetos.

também tem como intuito armazenar objetos de valor cultural, como os da coleção Luiza Ramos, que conta com informações e peças importantes da renda e que, atualmente, se encontram na Casa José de Alencar.

FigurA 21 – Fachada Biblioteca Brasiliana USP. Fonte: Site ArchDaily.

A biblioteca surgiu para abrigar o maior acervo de livros raros que existia no Brasil, que pertenciam ao bibliófilo José Mindlin, com cerca de 17 mil títulos e 40 mil volumes que foram doados à USP. Assim como este projeto, a edificação neste trabalho

Figura 22 – Parte interna da Biblioteca Brasiliana USP. Fonte: Site ArchDaily.

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A edificação encontra-se cerca de 4,60 m soterrada no terreno, o que ajuda a melhor dividir os setores. Neste caso, o setor administrativo fica localizado nessa parte mais baixa, além de proporcionar uma melhor movimentação e pontos focais. O projeto proposto, é bastante semelhante já que foi utilizado 5 metros de profundidade para fazer boa parte da edificação, além de contar com a parte administrativa na sua parte inferior. Outro ponto bastante interessante no projeto desta biblioteca, é o fato de também terem sido levados em consideração os aspectos sustentáveis para sua construção, como uma coberta que permite a passagem de luz natural, além de um paisagismo harmonioso, mesmas características presentes neste trabalho.

Figura 23 – Biblioteca Brasiliana USP. Fonte: Site ArchDaily.

Figura 24– Parte interna da Biblioteca Brasiliana USP. Fonte: Site ArchDaily.

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5. O PROJETO 5.1 A Preocupação com o amanhã Durante a pesquisa de campo, foram entrevistadas várias rendeiras, encontradas em pontos de venda da sua produção, como na CEART, Centro das Rendeiras da Prainha, ENCETUR e Mercado Central. Durante as conversas, as artesãs falaram sobre como produzem as peças, os valores de venda, e podemos considerar como ponto principal, a história e o legado das mesmas. Entrevistando uma das rendeiras do Centro das Rendeiras da Prainha, dona Edilene, relatou que a maioria delas ficam preocupadas com o legado que a profissão vai ter daqui há alguns anos, já que as mesmas já tentaram ensinar para familiares, principalmente os jovens, e nenhum mostrou interesse ou aceitou aprender essa arte. Também mencionou que aprendeu tecer a renda de bilro desde pequena, vendo a avó e a mãe fazendo, porém, formou-se como educadora, e só agora como aposentada, estava voltando a produção para que pudesse ajudar a mãe que estava doente e não

estava mais conseguido confeccionar as peças, mostrando assim, que o aprendizado não precisa ser como profissão principal, mas para conhecimento e quando necessário, auxílio financeiro. A partir das entrevistas e estudos no assunto da renda, os ambientes foram projetados de acordo com essas necessidades encontradas.

Figura 25 – Foto das rendeiras do Centro de Rendeiras da Prainha. Fonte: Acervo da Autora.

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5.2 Localização

a facilidade que moradores da região, além dos turistas terão para visitar o local, ampliando a visibilidade e a oportunidade da apreciação da cultura regional, principalmente,a da tradição artesanal. Pensando em um local na cidade de Fortaleza de grande influência para a cultura, o projeto foi realizado no terreno onde seria localizado o Aquário do Ceará, no bairro Praia de Iracema.

Figura 26 – Mapa de Fortaleza Identificando o bairro Praia de Iracema. Fonte: Anuário do Ceará.

Durante o processo de escolha da localização mais favorável para a implantação do Olê Muié Rendera, decidiu-se que o mesmo seria construído na capital do Estado. Essa decisão se deu devido

Figura 27 –IdentiFicação do terreno do Acquario do Ceará, no bairro Praia de Iracema. Fonte: Gerado no Google Earth Pro.

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5.3 O Aquário do Ceará O projeto do aquário foi iniciado no ano de 2012, pelo Governo do Estao do Ceará, onde foram investidos mais de 130 milhões de reais para sua construção, porém, por falta de recursos para continuação da mesma, a obra teve que ser paralizada,apresentando apenas 30% da sua conclusão. Desde o moemto da paralisação da obra, o Governo procurou por países ou empresas que pudessem ajudar com incentivo privado, porém, nenhum dos procurados mostrou interesse.

Figura 28 – 3d dA PROPOSTA DO aQUÁRIO DO cEÁRA, REALIZADO PELO escritório IMAGIC! Fonte: Site O gLOBO.

Figura 29– PARTE DO áQUÁRIO DO CEARÁ. Fonte: Acervo da Autora.

Figura 30 – PARTE DO AQUÁRIO DO cEARA Fonte: Acervo da Autora.

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N

5.4 O Entrorno Nas proximidades do terreno encontra-se alguns equipamentos culturais, como o Centro Cultural Dragão do Mar e a Caixa de Cultura, formando assim uma espécie de corredor cultural para a região.

Figura 34 – pOnte dos Inglreses Fonte:Site Wikipedia

Figura 35– Pavilhão Atlântico. Fonte: Site Ingress Intel.

Figura 31 – comunidade Poço da Draga Fonte: Site Tribuna do Ceará.

Figura 32 – caixa de cultura Fortaleza. Fonte: Site Caixa Cultural.

Figura 33 – Mapa do entorno do terreno. Fonte: Mapa desenvolvido pela autora.

Figura 36 – Centro Dragão do Mar Fonte: Site MontalTur.

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A localização do projeto próximo a comunidade Poço da Draga, também é uma justificativa, já que a mesma é caracterizada como uma zona de pescadores, tendo assim ligação direta com a profissão das rendeiras, como mencionada na pesquisa acima. 5.5 O Sítio 5.5.1 Plano Diretor Participativo O terreno se encontra em uma macrozona de ocupação urbana, como ZO (Zona de Orla) do trecho III, no qual se caracteriza “como sendo área contígua à faixa de praia, que por suas características de solo, aspectos paisagísticos, potencialidades turísticas, e sua função na estrutura urbana, exige parâmetros urbanísticos específicos “, e o trecho III sendo específico da Praia de Iracema, região do trabalho. Art. 115. A ZO, Trecho III – Praia de Iracema –, corresponde aos limites delimitados na área de interesse urbanístico pela Lei Municipal n. 7.814, de 30 de outubro de 1995.

Art. 116. São parâmetros da ZO, Trecho III: I — índice de aproveitamento básico: 2,0; II — índice de aproveitamento máximo: 2,0; III — índice de aproveitamento mínimo: 0,25; IV — taxa de permeabilidade: 25%; V — taxa de ocupação: 60%; VI — taxa de ocupação de subsolo: 60%; VII — altura máxima da edificação: 48m. Parágrafo único. Permanecem em vigor os parâmetro e indicadores urbanos para os setores 1.1, 1.2 e 1.3 da Área de Interesse Urbanístico, definidos pela Lei Municipal n. 7.814, de 1995.

5.5.2 Lei de Uso e Ocupação De acordo com a Lei de Uso e Ocupação, o bairro da Praia de Iracema se encontra na Área da Faixa de Praia de Orla Marítima, pertencendo ao trecho V. O bairro é classificado como Área de Interesse Urbanístico e com o Memorial sendo aplicado no mesmo, fará parte do Setor 1, “como área destinada à revitalização urbana com incentivo à implantação dos usos Habitacional, Cultural, de Lazer e de Hotelaria.“

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Apresenta duas vias, ao sul do seu terreno a Rua dos Tabajaras, e ao oeste com a Rua Almirante Tamandaré e Rua Viaduto Moreira da Rocha, todas consideradas vias locais. De acordo com as normas das Áreas de Interesse Urbanístico para o Setor 1: SUBSEÇÃO II DAS NORMAS DE OCUPAÇÃO E INCENTIVOS PARA OS SETORES 1 E 3 Art 125. A ocupação da área ao norte da Rua Tabajaras, localizada no Setor 1, não poderá ultrapassar o Índice de Aproveitamento - I.A. igual a 1.0 (um) e deverá respeitar a altura máxima de 10,50m (dez metros e cinquenta centímetros).

Além disso, se encontra no grupo institucional e no subgrupo, equipamento para atividades cultural e lazer (ECL). Apesar de não existir a categoria Memorial nas legislações, será utilizado as de Museu, pois apresentam características semelhantes. 5.5.3 Código de Obras e Posturas De acordo com o código de obras e posturas um Museu é caracterizado como edifício para fim cultural e se encontra na categoria de Locais de Reuniões- Culturais.

Seção IV CULTURAIS Art. 374. As edificações para locais de reuniões de fins culturais destinam-se às atividades abaixo relacionadas: 1. Cinemas 2. Auditórios e salas de concertos 3. Biblioteca, discotecas, cinematecas 4. Museus 5. Teatros cobertos 6. Teatros ao ar livre 7. Teatro de arena 8. Teatro de bolso Art. 375. A edificação deverá dispor, pelo menos, de compartimentos, ambientes ou locais para: I. Ingresso ou recepção; II. Acesso e circulação de pessoas; III. Instalações sanitárias; IV. Serviços; V. Administração; VI. Espectadores; VII. Acesso e estacionamento de carros. Art. 376. As edificações deverão satisfazer, além das exigências para a categoria, constantes da Seção I do presente Capítulo, aos requisitos seguintes: I. Próximo à porta de ingresso haverá um compartimento ou ambiente para recepção, ou sala de espera, com área correspondente à da sala de espetáculos (platéia), e que deverá ser obrigatoriamente na proporção mínima seguinte: a) para cinemas: 8% (oito por cento); b) para teatro, auditórios e outros: 12% (doze por cento); II. Se houver balcão, este deverá também dispor de sala de espera própria, dimensionada na forma do item anterior;

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III. Não poderão ser contados, na área exigida pelos itens anteriores, quaisquer espaços da sala de espera utilizados para bombonieres, bares, vitrinas, mostruários ou instalações similares; IV. Qualquer que seja a área da sala de espetáculos, a sala de espera terá área, no mínimo, de 16,00m2 (dezesseis metros quadrados). Para os balcões, a área será de 10,00m2 (dez metros quadrados); V. No caso da sala de espetáculos situar-se em andar inferior ou superior da edificação, além do exigido nos itens precedentes, deverá existir junto á porta de ingresso, ao nível do solo, outra sala de espera, com área mínima correspondente à metade da prevista nos itens I e IV; VI. Os locais de ingresso e saída terão largura mínima de 3,00m (três metros). Os espaços de acesso e circulação, como corredores, passagens, átrios, vestíbulos, escadas e rampas de uso comum ou coletivo, terão largura mínima de 1,50m (um metro e cinquenta centímetros); VII. As rampas de acesso, observando o disposto no artigo 84, vencendo altura superior a 3,50m (três metros e cinquenta centímetros), deverão ter patamar intermediário com profundidade, pelo menos, igual á largura; VIII. Próximo aos agrupamentos de instalações sanitárias de uso do público, deverá haver com acesso de uso comum ou coletivo, bebedouros providos

com filtro;

IX. Se existir serviços de refeições, como restaurantes, bares e similares, deverão ser observadas as normas próprias estabelecidas nos artigos 359 e 360 e na altura “a” do item IX do artigo 365; X. A sala de espetáculos deverá satisfazer às condições fixadas no artigo 133 e no item XIX do artigo 356 exigindo-se ainda: a) se forem previstas iluminação e ventilação através de aberturas para o exterior, que esta estejam voltadas para orientação que ofereça ao ambiente condições adequadas de iluminação, de modo a evitar ofuscamento ou sombras prejudiciais, tanto para os apresentadores quanto para os espectadores; b) ter a relação entre a área total das aberturas para iluminação, referidas na letra anterior, e a do piso do recinto não inferior a 1:5; c) que no mínimo, 60% (sessenta por cento) da área exigida na letra anterior, para abertura de iluminação, permita a ventilação natural permanente. Salvo a hipótese do item XIX do artigo 356 aplicável a cinemas, teatros e outras atividades similares, nos demais casos apenas a metade da ventilação natural, ora exigida, poderá ser substituída por instalação de remoção mecânica de ar com capacidade mínima de 30,00 m3 (trinta metros cúbicos) por hora, por pessoa, distribuída uniformemente pelo recinto e de acordo com as normas técnicas

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oficiais ou sistema equivalente; d) que o pé-direito seja de

6,00m (seis metros), no mínimo; e) que haja ampla visibilidade da tela ou palco, por parte de espectador situado em qualquer um dos lugares. Para demonstrar essa condição tomar-se-á a altura de 1,125mm (um metro e cento e vinte cinco milímetros) para a vista do espectador sentado; a reta que liga o piso do palco, ou a parte inferior da tela, até a vista de cada espectador, deverá passar, pelo menos, 0,125mm (cento e vinte cinco milímetros) acima da vista do espectador da linha (ou acesso) anterior; f) que o ângulo da visibilidade de qualquer lugar com o eixo perpendicular à tela ou boca de cena seja, no máximo, de 60º (sessenta por cento); g) que existam obrigatoriamente cadeiras, poltronas ou outra modalidade de permanência sentada.

5.5.4 Direstrizes Projetuais Como mencionado na justificativa, o objetivo do projeto foi resgatar e valorizar a importância da renda como artesanato, para além das gerações, ajudando a desenvolver a economia e o turismo da região, além de, utilizar de um equipamento público de fim cultural que não foi finalizado e que pela atual condição financeira

do Estado, nem se tem ideia se irá ser vendido ou continuará a obra, transformando-se em uma área subutilizada. O terreno se encontra em uma área beneficiada pela proximidade com o mar e por ser próximo a outros edifícios de cultura e lazer, com a Caixa de Cultura e o Centro Dragão do Mar, com isso, ajudando ainda mais a desenvolver essa região de Fortaleza e por compartilharem de uma mesma rua, podendo se tornar um corredor cultural.

Figura 37 -texto de Gabriela Nunes| Publicada originalmente em Finestra na Edição 90 Fonte: site arcoweb

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6. MEMORIAL DESCRITIVO 6.1 Condicionantes do Terreno Como já mostrado nas páginas

anteriores, o projeto está limitado ao norte pelo mar, ao sul pela rua Tabajaras, ao leste com o Bar do Pirata e ao oeste com a Comunidade do Poço da Draga. Além disso, apresenta boa localização cultural e oferece várias possibilidades de atividades turísticas, visando passar ao público mais informações sobre a história das rendeiras. Sua localização permite uma boa ventilação, já que conta com o vento a sudeste e a brisa marítima, que incide diretaamente. Figura 38– Mapa do terreno. Fonte: Mapa desenvolvido pela autora.

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O terreno atual conta com uma área de 12.864, 38 m², no qual o edifício do Aquário do Ceará ocupa 5.222,62 m² , aproximadamente. Buscando ainda passar ao público a história da rendeira de forma mais literal, o projeto apresenta 7 subdivisões: A TERRA - Recepção e ambientes auxiliares. O LAR E A FAMÍLIA - Sala Interativa com objetos e exposição de fotos. A ARTE - As salas da escola de moda, para o aprendizado da renda e afins. A ESPERA - Restaurantes e lojas. A MEMÓRIA - O museu com seus ambientes auxiliares. O ENCONTRO - As praças, tanto a externa, quanto as internas. z

Figura 39– dELICADEZA DA RENDA, FOTO POR Marília Camelo. Fonte: Site Diário do Nordeste

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tabela 2 - programa de necessidades DO OlĂŞ MuiĂŠ rENDERA. Fonte: acervo da autora.

46


6.2 Evolução do projeto

47


48


7. considerações fiFINais Com os estudos realizados sobre o tema, tanto no âmbito econômico, social e cultural acerca da Renda, o presente trabalho consiste na elaboração de um projeto envolvendo um edifício público que se encontra inacabado e em desuso, resultando num aproveitamento de espaço que beneficia ambas as partes, o Governo do Estado e as produtoras da renda. Conclui-se que o projeto também será de grande importância para área da Praia de Iracema, pois engrandecerá os equipamentos culturais do entorno, proporcionando uma ampliação dos espaços turísticos na cidade de Fortaleza.

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53


9.ANEXOS

54


B

N

C

9.16

D 72.85

A

M ANTE TA AV. ALMIR

0.00

ANDARÉ

2.89

A

B

0.00

C

RUA DOS TABA JA

RAS

3.33

D

RUA DOS TABA

JARAS

AV. ALMIR

RUA DOS TABA

JARAS

É MANDAR

RUA DOS CARIRI

ANTE TA

QUADRO DE ÁREAS ÍNDICES

S

01

LUOS

TERRENO

A. DO TERRENO

-

21214 m2

A. CONSTRUÍDA

-

14076,46 m2

INDICE APROV.

2,0

0,6

TAXA DE PERM.

25%

72%

TAXA DE OCUP.

60%

27%

PLANTA DE SITUAÇÃO ESCALA

1/500

B

N

C

D

1

SALA INTERATIVA a=60.23 m²

VAI P/ 0.00 M

VAI P/ -2.00 M

D

D

CIRCULAÇÃO

D

SALA DE EXPOS

A

0.00

a=25.10 m²

D

IÇÃO 2

D D

RECEPÇÃO

D

3

VAI P/ -3.00 M

D PREPARAÇÃO PREPARAÇÃO

a=185.63 m²

SALA DE EXPOS IÇÃO 1

VAI P/ +2.00 M

a=36.19 m²

EMPRATAMENTO

PREPARAÇÃO

LAVAGEM

RESTAURANTE

D

COZINHA

D D

a=34.78 m²

D

CONFECÇÃO

S

RECEPÇÃO

BAR

a=8.25 m²

PLATAFORMA

CIRCULAÇÃO SERVIÇO a=23.86 m²

CIRCULAÇÃO

PASSARELA

VAI P/ -3.00 M

D

D

PLATAFORMA

VAI P/ -5.00 M

0.00

CIRCULAÇÃO

AV. ALMIR

VAI P/ 0.00 M

S

D

VAI P/ -3.00 M

D

0.00

A

D

WC MASC

2

VAI P/ +2.00 M

a=19.81 m²

ANTE TA

S D

WC FEM a=19.81 m²

É MANDAR

DML

D

a=5.38 m²

4

S

B

0.00

C

RUA DOS TABA JARA

S D

RUA DOS TABA

JARAS

AV. ALMIR

RUA DOS TABA

JARAS

MANDAR

RUA DOS CARIRI

ANTE TA É

IMPLANTAÇÃO ESCALA

CAFETERIA

2

PARQUINHO

3

ESTRUTURA INTERATIVA 1

4

S

01

1

1/500

ESTRUTURA INTERATIVA 2


PLANTA DE NÍVEIS

NÍVEL 0 M

NÍVEL 0 M

NÍVEL -3 M NÍVEL + 2 M

NÍVEL -2 M

NÍVEL -3 M

NÍVEL -3.5 M

NÍVEL -5 M

NÍVEL -5 M

NÍVEL + 2 M

NÍVEL -2 M

NÍVEL -3.5 M

NÍVEL 0 M

NÍVEL -3 M

NÍVEL -5 M

NÍVEL + 2 M

ESCALA 1/750


B

D

C FACHADA NORTE

N

213.30 200.00 DML

a=5.00 m²

a=18.40 m²

WC FEM a=18.40 m²

D

A

D

VAI P/ 0.00 M

DML

a=38.23 m²

VAI P/ +2.00 M

LOJA DA RENDA 2

VAI P/ +2.00 M

a=4.16 m²

LOJA DA RENDA 1

a=28.41 m²

a=26.67 m²

D

+2.00

RECEPÇÃO 3 a=29.72 m²

WC MASC

WC FEM

a=18.40 m²

a=18.40 m²

S

14.21

RECEPÇÃO 1

S +2.00

CIRCULAÇÃO

ENTRADA PRINCIPAL a=45.00 m²

+2.00

D

A

27.64

D

PLATAFORMA

FACHADA LESTE

PLATAFORMA

PR-01

FACHADA OESTE

VAI P/ 0.00 M

13.43

WC MASC

+2.00

ENTRADA SECUNDÁRIA a=47.61 m²

RECEPÇÃO 2 a=20.95 m²

S

DIREÇÃO a=18.92 m²

VARANDA

SALA DE REUNIÕES

LOJA FAZER RENDA 3

D

a=18.94 m²

a=14.41 m²

LOJA FAZER RENDA 2 a=20.63 m²

LOJA FAZER RENDA 1

S

a=14.41 m²

0.00

0.00

C

D

B

S

C

B

S

FACHADA NORTE

FACHADA NORTE

1 planta baixa nível 0 (+2.00m)

FACHADA SUL D

C

B

N

16m

0m 4m

213.30

20m

213.30

200.00

200.00 DML

a=5.00 m²

a=18.40 m²

WC FEM a=18.40 m²

VAI P/ 0.00 M

D

D

PLATAFORMA

D VAI P/ 0.00 M

DML

LOJA DA RENDA 2

RECEPÇÃO 1

a=28.41 m²

a=38.23 m²

VAI P/ +2.00 M

a=26.67 m²

D

VAI P/ +2.00 M

a=4.16 m²

LOJA DA RENDA 1 RECEPÇÃO 3 a=29.72 m²

WC MASC

WC FEM

a=18.40 m²

a=18.40 m²

A

+2.00

14.21

PR-01

A

27.64

PLATAFORMA

13.43

WC MASC

S

S +2.00

CIRCULAÇÃO

+2.00

D

ENTRADA PRINCIPAL

+2.00

a=45.00 m²

ENTRADA SECUNDÁRIA a=47.61 m²

VARANDA

RECEPÇÃO 2 a=20.95 m²

S

DIREÇÃO a=18.92 m²

D

SALA DE REUNIÕES

LOJA FAZER RENDA 3 a=14.41 m²

LOJA FAZER RENDA 2 a=20.63 m²

LOJA FAZER RENDA 1

S

a=14.41 m²

0.00

a=18.94 m²

0.00

S

S

ENTRADA OESTE - POÇO DA DRAGA AMBIENTES QUANTIDADE ÁREA (UN.)M ÁREA TOTAL M ² ENTRADA PRINC. 1 45 45 RECEPÇÃO 1 1 38,23 38,23 RECEPÇÃO 2 1 20,95 20,95 DIREÇÃO 1 18,92 18,92 SALA REUNIÕES 1 18,94 18,94 WC FEM 1 18,4 18,4 WC MASC 1 18,4 18,4 DML 1 5 5

FACHADA SUL

1 planta baixa nível 0 (+2.00m) 0m

4m

16m

20m

ENTRADA LESTE - BAR DO PIRATA AMBIENTES QUANTIDADE ÁREA (UN.)M ² ÁREA TOTAL M ² ENTRADA SEC. 1 47,61 47,61 RECEPÇÃO 3 1 29,72 29,72 LOJA RENDA 1 1 26,67 26,67 LOJA RENDA 2 1 28,41 28,41 LJ FAZER RENDA 1 1 14,41 14,41 LJ FAZER RENDA 2 1 20,63 20,63 LJ FAZER RENDA 3 1 14,41 14,41 WC FEM 1 18,4 18,4 WC MASC 1 18,4 18,4 DML 1 4,16 4,16

2 planta baixa nível 0 (+2.00m)

FACHADA SUL

0m

4m

16m

20m


B

D

C FACHADA NORTE

N

213.30 200.00

D

D

D

D

VAI P/ -3.00 M

a=185.63 m²

a=60.23 m²

PLATAFORMA

CIRCULAÇÃO SERVIÇO

D

VAI P/ -3.00 M

VAI P/ -5.00 M

FACHADA LESTE

SALA DE EXPOSIÇÃO 1 0.00

CIRCULAÇÃO

CIRCULAÇÃO

D

VAI P/ 0.00 M

14.21

D

PASSARELA

A

27.64

A

PLATAFORMA

a=8.25 m²

a=36.19 m²

PR-01

FACHADA OESTE

RECEPÇÃO 4

D

D

D

a=25.10 m²

0.00

D

VAI P/ -3.00 M

a=34.78 m²

SALA DE EXPOSIÇÃO 2

VAI P/ 0.00 M

D

COZINHA

D

D

D D

RESTAURANTE

13.43

VAI P/ -2.00 M

SALA INTERATIVA

WC MASC a=19.81 m²

D

WC FEM a=19.81 m²

D

DML

D

C

B

D

C

B

a=5.38 m²

FACHADA NORTE FACHADA NORTE

1 planta baixa nível 1 ( 0.00m) D

C

B

FACHADA SUL

16m

0m 4m

213.30 200.00 VAI P/ -2.00 M

D

213.30 200.00

D

D

D VAI P/ -2.00 M

SALA INTERATIVA

D

20m

D

VAI P/ -3.00 M

D D

a=60.23 m²

D

D

D

VAI P/ -3.00 M

RESTAURANTE a=185.63 m²

COZINHA

D

a=34.78 m²

RESTAURANTE

SALA INTERATIVA

a=185.63 m²

a=60.23 m²

D

COZINHA

D

a=34.78 m²

D

SALA DE EXPOSIÇÃO 2 a=25.10 m²

VAI P/ 0.00 M

RECEPÇÃO 4

SALA DE EXPOSIÇÃO 2

0.00

D

PLATAFORMA

PLATAFORMA

a=8.25 m²

a=25.10 m²

CIRCULAÇÃO SERVIÇO

D

VAI P/ -5.00 M

RECEPÇÃO 4

VAI P/ 0.00 M

D

PLATAFORMA

a=8.25 m²

0.00

D

PLATAFORMA

SALA DE EXPOSIÇÃO 1 a=36.19 m²

D

0.00

SALA DE EXPOSIÇÃO 1

D

CIRCULAÇÃO

CIRCULAÇÃO

a=36.19 m²

0.00

CIRCULAÇÃO

CIRCULAÇÃO

D

VAI P/ 0.00 M VAI P/ 0.00 M

D D

PASSARELA

WC MASC a=19.81 m²

PASSARELA

WC MASC a=19.81 m²

D D

WC FEM a=19.81 m²

DML

D

a=5.38 m²

WC FEM a=19.81 m²

DML

D

a=5.38 m²

ENTRADA NORTE - PASSARELA AMBIENTES QUANTIDADE ÁREA (UN.)M ² SALA INTERETIVA 1 60,23 SALA EXPOS . 1 1 36,19 SALA EXPOS . 2 1 25,1

ÁREA TOTAL M ² 60,23 36,19 25,1

1 planta baixa nível 1 (0.00m) 0m

4m

16m

20m

ENTRADA NORTE - RESTAURANTE AMBIENTES QUANTIDADE ÁREA (UN.)M ² ÁREA TOTAL M ² RESTAURANTE 1 185,63 185,63 COZINHA 1 34,78 34,78 RECEPÇÃO 4 1 8,25 8,25 WC FEM 1 19,81 19,81 WC MASC 1 19,81 19,81 DML 1 5,38 5,38

2 planta baixa nível 1 ( 0.00m) 0m

4m

16m

20m

CIRCULAÇÃO SERVIÇO

VAI P/ -5.00 M


B

D

C FACHADA NORTE

N

213.30 200.00 VAI P/ -2.00 M

D

D

-2.00

WC MASC a=12.92 m²

D

LOJA 2

WC FEM

a=61.64 m²

a=12.92 m²

D

D

D

C

B

VAI P/ -3.00 M

FACHADA NORTE

1 planta baixa nível 2 (-2.00m) 0m 4m D

C

B

FACHADA SUL

213.30 200.00 VAI P/ -2.00 M

D

D

PAREDE VERDE

LOJA 1

a=58.44 m²

-2.00

WC MASC a=12.92 m²

D

LOJA 2

a=61.64 m²

WC FEM a=12.92 m²

D

VAI P/ -3.00 M

AMBIENTES LOJA 1 LOJA 2 WC FEM WC MASC

A

14.21

27.64

A

FACHADA LESTE

LOJA 1

a=58.44 m²

PR-01

FACHADA OESTE

13.43

PAREDE VERDE

ÁREA LOJAS QUANTIDADE ÁREA (UN.)M ² ÁREA TOTAL M ² 1 58,44 58,44 1 61,64 61,64 1 1 2,92 12,92 1 12,92 12,92

D

1 planta baixa nível 2 (-2.00m) 0m

4m

16m

20m

16m

20m


B

D

C FACHADA NORTE

N

213.30 200.00

D

D

VAI P/ -3.00 M

D

D

D

VAI P/ -3.00 M

D

D

VAI P/ -3.00 M

JARDIM D -2.00

AUDITÓRIO a=154.62 m²

-3.00

ESPAÇO DE CONVIVÊNCIA

VAI P/ -5.00 M

a=649.22 m²

VAI P/ -5.00 M

ÁREA MULTIUSO

D

D

D

D

D

D

VAI P/ -3.00 M

-3.00

VAI P/ -3.50 M

D

1 planta baixa nível 3 (-3.00m)

1 planta baixa nível 3 (-3.00m) 0m

4m

0m 4m

D

C

B

FACHADA SUL

ESPAÇO DE CONVIVÊNCIA AMBIENTES QUANTIDADE ÁREA (UN.)M ²ÁREA TOTAL M ² CONVIVÊNCIA 1 649,22 649,22

16m

A

14.21

A

FACHADA LESTE

D

PR-01

FACHADA OESTE

VAI P/ -5.00 M

27.64

D

13.43

D

20m

AMBIENTES AUDITÓRIO

QUANTIDADE 1

AUDITÓRIO ÁREA (UN.)M ² ÁREA TOTAL M ² 154,62 154,62

20m

16m

1 planta baixa nível 3 (-3.00m) 0m

4m

16m

20m


B

C

D

FACHADA SUL

N

D

C

B

FACHADA NORTE

213.30

A

27.64

A -3.50

FACHADA LESTE

ÁREA MULTIUSO

14.21

a=162.89 m²

D

VAI P/ -3.50 M

1 planta baixa nível 4 (-3.50m)

FACHADA SUL B

0m 4m

D

D

C

C

B

16m

20m

FACHADA NORTE

N

213.30

27.64

13.43

200.00

-3.50

ÁREA MULTIUSO a=162.89 m²

14.21

PR-01

FACHADA OESTE

13.43

200.00

D

VAI P/ -3.50 M

AMBIENTES ÁREA MULTIUSO

ÁREA MULTIUSO QUANTIDADE ÁREA (UN.)M ² ÁREA TOTAL M ² 1 162,89 162,89

1 planta baixa nível 4 (-3.50m) 0m

4m

16m

20m


B

D

C FACHADA NORTE

N

213.30 200.00

DML

D

DML

VESTIÁRIO FEM a=25.19 m²

a=25.19 m²

TESOURARIA a=23.24 m²

SECRETÁRIA

RECEPÇÃO 5

a=15.14 m²

a=27.50 m²

SALA DE MATRÍCULAS

a=3.72 m²

VESTIÁRIO MASC

a=15.95 m²

a=25.40 m²

ÁREA DE CONVIVÊNCIA

VESTIÁRIO FEM

a=35.97 m²

a=25.40 m²

SALA DE AULA 2

SALA DE AULA 1

SALA DE AULA 3

a=28.34 m²

a=28.04 m²

SALA DE APRESENTAÇÃO 1

JARDIM

a=28.07 m²

SALA CRIATIVA1

SALA CRIATIVA 2

a=26.11 m²

a=25.00 m²

a=26.11 m²

ÁREA DE CONVIVÊNCIA a=30.04 m²

D

SALA CRIATIVA 3

D

a=31.73 m²

D

JARDIM

JARDIM

PLATAFORMA

-5.00

-5.00 -5.00

SALA DE MANUTENÇÃO

RECEPÇÃO 6 a=16.27 m²

a=13.03 m²

CIRCULAÇÃO

VAI P/ -5.00 M

JARDIM

D

CAFETERIA D

RECEPÇÃO 7 a=13.28 m²

REFEITÓRIO

CONSULTÓRIO PSICOLÓGICO 2

JARDIM

D

a=30.25 m²

-5.00

CIRCULAÇÃO

PÁTIO

SALA TÉCNICA

MUSEU DA RENDA

a=16.00 m²

a=247.07 m²

a=11.64 m²

a=200.11 m²

BIBLIOTECA a=101.26 m²

SALA DO DIRETOR

COZINHA

MÍDIATECA

a=270.88 m²

a=23.08 m²

CIRCULAÇÃO PRIVATIVA

CAFETERIA

PAREDE VERDE

SALA DOS FUNCIONÁRIOS

RECEPÇÃO

a=12.25 m²

-5.00

GUARDA-VOLUME

CONSULTÓRIO PSICOLÓGICO 1

SALA DE ECONOMIA CRIATIVA 1

a=20.25 m²

a=21.97 m²

SALA DE ECONOMIA CRIATIVA 2

WC MASC a=19.83 m²

A

WC FEM

FACHADA NORTE

ACERVO E DOCUMENTAÇÃO

a=19.87 m²

C

a=18.39 m²

C

SALA DE CONTROLE

PÁTIO

a=188.90 m²

B

VAI P/ -5.00 M

CIRCULAÇÃO

a=66.51 m²

RECEPÇÃO

SALA DOS PROFESSORES

CIRCULAÇÃO

ÁREA MULTIUSO

a=12.91 m²

27.64

COORDENAÇÃO

GUARDA- VOLUMES

COPA

PLATAFORMA

B

PLATAFORMA

-5.00

PLATAFORMA

FACHADA LESTE

SALA DE APRESENTAÇÃO 2 a=26.00 m²

CIRCULAÇÃO

CIRCULAÇÃO

PR-01

FACHADA OESTE

VAI P/ -5.00 M

D

A

13.43

VESTIÁRIO MASC

14.21

a=3.64 m²

a=17.62 m²

a=22.10 m²

BATE-PONTO

1 planta baixa nível 5 (-5.00m) 20m 16m213.30

0m 4m

D

C

B

FACHADA SUL

200.00

DML

DML

a=3.64 m²

VESTIÁRIO FEM

VESTIÁRIO MASC

a=25.19 m²

a=25.19 m²

TESOURARIA a=23.24 m²

a=25.40 m²

VESTIÁRIO MASC FEM VESTIÁRIO

ÁREA DE CONVIVÊNCIA VESTIÁRIO FEM TESOURARIA a=25.19 m²

a=25.19 m² a=25.40 m²

a=35.97 m²

a=23.24 m²

SALA DE AULA 1 RECEPÇÃO a=28.04 m² 5 a=27.50 m²

SALA DE SALA DE AULA 2 SECRETÁRIA a=28.34 m² MATRÍCULAS a=15.14 m²

a=3.72 m²

SALA DE AULA 3 VESTIÁRIO MASC a=28.07 m²

ÁREA DE CONVIVÊNCIA

VESTIÁRIO FEM

a=25.40 m²

a=15.95 m²

a=25.40 m²

a=35.97 m²

PLATAFORMA

PLATAFORMA

PLATAFORMA

-5.00

SALA DE MANUTENÇÃO

-5.00

CIRCULAÇÃO

CIRCULAÇÃO

a=28.04 m²

SALA DE AULA 2 a=28.34 m²

D

CIRCULAÇÃO

CIRCULAÇÃO

-5.00

COORDENAÇÃO

GUARDA- VOLUMES

COPA

PLATAFORMA

a=12.91 m²

SALA DOS PROFESSORES

CIRCULAÇÃO

a=66.51 m²

COORDENAÇÃO

GUARDA- VOLUMES

COPA

a=12.91 m²

SALA DOS PROFESSORES

A

VAI P/ -5.00 M

CIRC

a=66.51 m²

-5.00

SALA DE CONTROLE a=18.39 m²

CIRCULAÇÃO

-5.00

SALA DE MANUTENÇÃO a=13.03 m²

RECEPÇÃO 6

RECEPÇÃO 6

a=16.27 m²

a=16.27 m²

CIRCULAÇÃO

CAFETERIA

CAFETERIA

CONSULTÓRIO PSICOLÓGICO 1

RECEPÇÃO 7

a=12.25 m²

REFEITÓRIO

a=13.28 m²

REFEITÓRIO

SALA DOS FUNCIONÁRIOS

JARDIM

SALA DOS FUNCIONÁRIOS

a=200.11 m²

CONSULTÓRIO PSICOLÓGICO 2

CONSULTÓRIO PSICOLÓGICO 2 a=11.64 m²

BIBLIOTECA a=101.26 m²

SALA DO DIRETOR

COZINHA

a=20.25 m²

a=12.25 m²

JARDIM

a=11.64 m²

a=200.11 m²

COZINHA

CONSULTÓRIO PSICOLÓGICO 1

RECEPÇÃO

a=13.03 m²

SALA DEJARDIM AULA 1

JARDIM

GUARDA-VOLUME

a=18.39 m²

VESTIÁRIO MASC

a=15.95 m²

D

DML

a=3.72 m²

D

PR-01

FACHADA OESTE

PR-01

SALA DE CONTROLE

a=15.14 m²

a=27.50 m²

JARDIM

A

SECRETÁRIA

RECEPÇÃO 5

DML

a=3.64 m²

SALA DE MATRÍCULAS

a=23.08 m²

a=20.25 m²

BATE-PONTO

PISO INFERIOR 1 AMBIENTES QUANTIDADE ÁREA (UN.)M ² ÁREA TOTAL M ² SL DE CONTROLE 1 18,39 18,39 SL DE MANUTENÇÃO 1 13,03 13,03 SL FUNCIONÁRIOS 1 200,11 200,11 COZINHA 1 20,25 20,25 VESTIÁRIO MASC 1 25,19 25,19 VESTIÁRIO FEM 1 25,19 25,19 DML 1 3,64 3,64

BATE-PONTO

1 planta baixa nível 5 (-5.00m) 0m

4m

16m

20m

AMBIENTES TESOURARIA RECEPÇÃO 5 SECRETARIA SL MATRÍCULA VESTIÁRIO MASC VESTIÁRIO FEM DML SL PROFESSORES ÁREA CONVIVÊNCIA

PISO INFERIOR 2 QUANTIDADE ÁREA (UN.)M ² ÁREA TOTAL M ² 1 23,24 23,24 1 27,5 27,5 1 15,14 15,14 1 15,95 15,95 1 25,4 25,4 1 25,4 25,4 1 3,72 3,72 1 66,51 66,51 1 35,97 35,97

2 planta baixa nível 5 (+5.00m) 0m

4m

16m

20m


200.00 200.00 D

DML

5

TÁRIA

4 m²

SECRETÁRIA a=15.14DE m² SALA MATRÍCULAS

SALA DE MATRÍCULAS a=15.95 m²

VESTIÁRIO MASC a=25.40 m²

a=15.95 m²

DML a=3.72 m²FEM VESTIÁRIO

VESTIÁRIO MASC a=25.40 m²

a=25.40 m²

VESTIÁRIO FEM

a=3.72 m²

ÁREA DE CONVIVÊNCIA a=35.97 m² SALA DE AULA 1 ÁREA DE CONVIVÊNCIA a=28.04 m²

a=28.04 m²

a=28.34 m²

SALA DE AULA 2

D

SALA DE AULA 3

JARDIM

a=28.07 m²

SALA DE AULA 3

a=28.34 m²

a=35.97 m²

a=25.40 m²

SALA DE AULA 2

SALA DE AULA 1

JARDIM

D

a=28.07 m²

SALA DE APRESENTAÇÃO 1

SALA DE APRESENTAÇÃO 1

SALA CRIATIVA1 a=26.11 m²

SALA CRIATIVA1

a=25.00 m²

a=26.11 m²

a=25.00 m²

SALA CRIATIVA 2 a=26.11 m²

SALA CRIATIVA 2 a=26.11 m²

ÁREA DE CONVIVÊNCIA

SALA CRIATIVA 3

a=30.04 m²

a=31.73 m²

D

D D

a=31.73 m²

JARDIM VAI P/ -5.00 M

D VAI P/ -5.00 M

JARDIM SALA DE APRESENTAÇÃO 2

SALA DE APRESENTAÇÃO 2

PLATAFORMA

a=26.00 m²

PLATAFORMA

a=26.00 m²

ÇÃO

SALA CRIATIVA 3

a=30.04 m²

D

D

CIRCULAÇÃO

D

ÁREA DE CONVIVÊNCIA

-5.00

PLATAFORMA

PLATAFORMA

-5.00

-5.00

GUARDA- VOLUMES

COPA

COORDENAÇÃO

GUARDA- VOLUMES

COPA

SALA DOS PROFESSORES

SALA DOS PROFESSORES

-5.00

ÁREA MULTIUSO

a=12.91 m²

COORDENAÇÃO a=12.91 m²

CIRCULAÇÃO

a=66.51 m²

CIRCULAÇÃO

a=66.51 m²

VAI P/ -5.00 M

VAI P/ -5.00 M

ÁREA MULTIUSO

CIRCULAÇÃO

PÁTIO

CIRCULAÇÃO

a=188.90 m²

PÁTIO

a=188.90 m²

-5.00

RECEPÇÃO 6

JARDIM VAI P/ -5.00 M

VAI P/ -5.00 M

CAFETERIA

D

D D

CAFETERIA

BIBLIOTECA

D

ÁREA TOTAL M ² 28,4 28,34 28,07 12,91 16,27 12,25 11,64 13,28 23,08 101,26

BIBLIOTECA

a=101.26 m²

a=101.26 m²

a=23.08 m²

0m

SALA CRIATIVA1

a=26.11 m²

20m

16m

4m

FACHADA FACHADA SULSUL

SALA CRIATIVA 2

a=26.11 m²

a=25.00 m²

ÁREA DE CONVIVÊNCIA a=30.04 m²

CAFETERIA

N

PISO INFERIOR 4 QUANTIDADE ÁREA (UN.)M ² ÁREA TOTAL M ² 1 25 25 1 26 26 1 26,11 26,11 1 26,11 26,11 1 31,73 31,73 1 21,97 21,97 1 22,1 22,1 1 30,04 30,04 1 270,88 270,88 1 19,83 19,83

PÁTIO

0m

MÍDIATECA a=30.25 m²

-5.00

CIRCULAÇÃO

PÁTIO

a=270.88 m²

SALA TÉCNICA

MUSEU DA RENDA

a=16.00 m²

a=247.07 m²

CIRCULAÇÃO PRIVATIVA

CAFETERIA

SALA DE ECONOMIA CRIATIVA 1 a=21.97 m²

SALA DE ECONOMIA CRIATIVA 2

WC MASC a=19.83 m²

WC FEM

ACERVO E DOCUMENTAÇÃO

a=19.87 m²

a=17.62 m²

a=22.10 m²

PISO INFERIOR 5 AMBIENTES QUANTIDADE ÁREA (UN.)M ² ÁREA TOTAL M ² PÁTIO 1 188,9 188,9 MUSEU DA RENDA 1 247,07 247,07 MÍDIATECA 1 30,25 30,25 SL TÉCNICA 1 16 16 ACERVO / DOC. 1 17,62 17,62

14.21

D

A

27.64

RECEPÇÃO -5.00

PAREDE VERDE

B

B

D

a=19.87 m²

a=19.87 m²

1 planta baixa nível 5 (-5.00m)

a=188.90 m²

D

WC FEM

4m

20m

16m

1 planta baixa nível 5 (-5.00m) 0m

4m

16m

20m

FACHADA LESTE

CIRCULAÇÃO

JARDIM

VAI P/ -5.00 M

a=19.83 m²

a=22.10 m²

D

D

C

VAI P/ -5.00 M

PLATAFORMA

-5.00

ÁREA MULTIUSO

a=21.97 m²

WC FEM

WC MASC

D

a=31.73 m²

PLATAFORMA

C

a=26.00 m²

SALA DE ECONOMIA SALA DE ECONOMIA WC CRIATIVA 1 CRIATIVA 2 MASC SALA DE ECONOMIA a=21.97 m² SALA DE ECONOMIA a=22.10 m² a=19.83 m² CRIATIVA 1 CRIATIVA 2

D

SALA CRIATIVA 3

JARDIM SALA DE APRESENTAÇÃO 2

MUSEU DA RENDA

CAFETERIA

AMBIENTES SL APRESENTAÇÃO 1 SL APRESENTAÇÃO 2 SL CRIATIVA 1 SL CRIATIVA 2 SL CRIATIVA 3 SL ECON. CRIATIVA 1 SA ECON. CRIATIVA 2 ÁREA CONVIVÊNCIA PÁTIO WC MASC

1 planta baixa nível 5 (-5.00m)

SALA DE APRESENTAÇÃO 1

JARDIM

CIRCULAÇÃO

CIRCULAÇÃO

13.43

PISO INFERIOR 3 QUANTIDADE ÁREA (UN.)M ² 1 28,4 1 28,34 1 28,07 1 12,91 1 16,27 1 12,25 1 11,64 1 13,28 1 23,08 1 101,26

PÁTIO

a=270.88 m²

MUSEU DA RENDA

a=23.08 m²

AMBIENTES SL AULA 1 SL AULA 2 SL AULA 3 COORDENAÇÃO RECEPÇÃO 6 CONS. PSICO. 1 CONS. PSICO. 2 RECEPÇÃO 7 SL DO DIRETOR BIBLIOTECA

PÁTIO

a=247.07 m²

SALA DO DIRETOR

ORTE

D

-5.00 -5.00

a=270.88 m²

a=11.64 m²

SALA DO DIRETOR

-5.00

PAREDE VERDE

a=11.64 m²

-5.00

D

PAREDE VERDE

JARDIM

RECEPÇÃO 7 CONSULTÓRIO a=13.28 m² PSICOLÓGICO 2

D

CONSULTÓRIO PSICOLÓGICO 2

JARDIM

a=13.28 m²

RECEPÇÃO GUARDA-VOLUME

a=12.25 m²

RECEPÇÃO 7

a=12.25 m²

GUARDA-VOLUME

CONSULTÓRIO PSICOLÓGICO 1

RECEPÇÃO

D

CONSULTÓRIO PSICOLÓGICO 1

RECEPÇÃO

a=16.27 m²

RECEPÇÃO

a=16.27 m²

RECEPÇÃO 6

JARDIM

-5.00

a=247.07 m²


trecho 1

trecho 2

trecho 3

trecho 4

1 CORTE AA 6m

15m

33m

13.89 m

0m

nível1 (0.00 m) 3.00m

3.00m

nível 1 (+2.00 m) nível 2 (0.00 m) nível 5 (-5.00 m)

1 trecho 1 0m

3m

9m

21m

nível5 (-5.00 m)

2 trecho 2 0m

3m

9m

21m

nível2 (-2.00 m)


3.00m

nível2 (0.00 m) nível 5 (-5.00 m)

nível3 (-2.00 m) nível3 (-3.00 m) nível4 (-3.50 m)

1 trecho 3 3m

9m

21m

13.89 m

0m

3.00m

nível 1 (0.00 m) nível 3(-3.00 m) nível 5 (-5.00 m)

1 trecho 4 0m 3m

9m

21m


13.89 m

nível 0 (+2.00 m) nível 1 (0.00 m) 3m

nível 5 (-5.00 m)

6m

15m

30m

nível 1 (0.00 m) 3m

3m

0m

13.89 m

1 CORTE bb

13.89 m

nível 5 (-5.00 m)

3 CORTE dd

nível 3 (-2.00 m) 3m

nível 5 (-5.00 m)

2 CORTE cc 0m

6m

15m

30m

0m

6m

15m

30m


JANELA MAXIM-AR DE VIDRO E MADEIRA

PORTA DE ABRIR DE VIDRO

VITRINE DE VIDRO E MADEIRA

PINTURAS DE RENDA

PILARES METÁLICOS COBERTOS COM PAINEIS DE MADEIRA

1 fachada norte TINTA CORAL NA COR BOLA DE GOLFE

JANELA MAXIM-AR DE VIDRO E MADEIRA

TINTA CORAL NA COR VESTIDO DE MOÇA

PORTA DE ABRIR DE VIDRO

TINTA CORAL NA COR BOLA DE GOLFE

TINTA CORAL NA COR BRANCO NEVE

TINTA CORAL NA COR GRANITO MOLHADO

TINTA CORAL NA COR BRANCO NEVE

15m

6m

PINTURAS DE RENDA

PILARES METÁLICOS COBERTOS COM PAINEIS DE MADEIRA

TINTA CORAL NA COR VESTIDO DE MOÇA

0m

30m

COBOGÓ

1 fachada sul TINTA CORAL NA COR CÉU CELESTIAL

0m

6m

15m

30m


PILARES METÁLICOS COBERTOS COM PAINEIS DE MADEIRA

PORTA DE ABRIR DE VIDRO

COBOGÓ

PINTURAS DE RENDA

1 fachada leste 0m

6m

15m

30m

PILARES METÁLICOS COBERTOS COM PAINEIS DE MADEIRA

VITRINE DE VIDRO E MADEIRA

COBOGÓ

TINTA CORAL NA COR BOLA DE GOLFE

TINTA CORAL NA COR BRANCO NEVE

TINTA CORAL NA COR BOLA DE GOLFE

TINTA CORAL NA COR BRANCO NEVE

TINTA CORAL NA COR VESTIDO DE MOÇA

TINTA CORAL NA COR CÉU CELESTIAL

TINTA CORAL NA COR VESTIDO DE MOÇA

TINTA CORAL NA COR CÉU CELESTIAL

PINTURAS DE RENDA

2 fachada oeste 0m

6m

15m

30m


VISTA INTERNA LOJAS E ENTRADA SECUNDÁRIA

VISTA EXTERNA NORTE DO TERRENO, VISTA CALÇADÃO PARA O EDIFÍCO


VISTA EXTERNA NORTE DO TERRENO, ENTRADA DA PRAIA PARA O EDIFÍCIO

VISTA EXTERNA OESTE DO TERRENO, VISTA DA PRAÇA PARA O EDIFÍCIO.


VISTA INTERNA ENTRADA PARA SALA INTERATIVA E SAÍDA DO EDIFÍCIO PARA A PRAIA

VISTA INTERNA SALA INTERATIVA SOBRE O LAR DAS RENDEIRAS.


VISTA INTERNA CORREDOR DO RESTAURANTE

VISTA INTERNA RESTAURANTE


ESTRUTURA CASCA COBERTA -TRELIÇA METÁLICA -TELHA ZIPADA DE ALUMÍNIO PINTADA DE MARROM BOM ISOLAMENTO TÉRMICO -ARCO COM ALTURA DE 1.90 METROS -PILARES METÁLICOS GRIDE DE 12 EM 12 METROS

PRÉ-DIMENSIONAMENTO DE SISTEMAS ESTRUTURAIS DE AÇO E MADEIRA Fonte:http://usuarios.upf.br/~zacarias/predimen.pdf


MOBILIÁRIO-INSPIRAÇÃO MI CASA YOUR CASA DESIGNERS: HÉCTOR ESRAWE E IGNACIO GADENA MATÉRIAL: AÇO PINTADO DE VERMELHO LOCALIZAÇÃO NO PROJETO: PRAÇA NOME DE INDENTIFICAÇÃO NO PROJETO: ESTRUTURA INTERATIVA 1 ( PLANTA DE IMPLANTAÇÃO).

FONTE: SITE ARCHDAILY

WHENSICAL OUTDOOR PAVILION

PROJETO ALTERADO PELA AUTORA COM A DESIGNERS: GREG CORSO E MOLLY HUNKER DA COLOCAÇÀO DE ESTAMPA DE CHITA FIRMA SPORTS. MATÉRIAL: COMPENSADO COM ESTUQUE ELASTOMETRÍCO. LOCALIZAÇÃO NO PROJETO: PRAÇA. NOME DE INDENTIFICAÇÃO NO PROJETO: ESTRUTURA INTERATIVA 2( PLANTA DE IMPLANTAÇÃO).

FONTE: SITE CONTEMPORIST



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