Knox

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Knox1 – Cassia Leo

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Knox1 – Cassia Leo

Tradução Efetivada por The Rose Traduções.

Disponibilizado: Juuh Alves Tradução: Juuh Alves Revisão Inicial: Rebecca Knox Revisão: Helena Flores Formatação: Claire Walters

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SINOPSE: Rebecca não tinha visto ou ouvido falar do seu pai, chefe da máfia,há quatro anos, mas ela está prestes a receber uma mensagem dele que vai transformar a sua vida num caos. Rebecca pensou que tinha deixado a família criminosa para trás quando ela entrou no sistema legal. Ela nunca esperava ser raptada por um estranho sexy. Mas este estranho faz uma oferta tentadora demais para recusar e logo Rebecca é arrastada para uma das vinganças mais cruéis do século. Knox Savage é o bilionário, CEO sexy da Knox Segurança,um playboy notório. O que a maioria não sabe sobre Knox é que uma grande parte da sua riqueza é feita ajudando criminosos de alto perfil escapar da justiça. Ele não faz julgamentos sobre culpa ou inocência. E ele não faz isso por razões sentimentais. Mas ele está prestes a assumir um caso que vai ficar muito pessoal.

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Capítulo 1 —Oh, Marco, não pare. Os olhos azuis dele estão fixos nos meus enquanto ele mói em mim, me penetrando mais fundo a cada impulso. Ele está sorrindo para mim. Oh, como eu amo aquele sorriso. Eu fecho os olhos e imagino a primeira vez que eu vi aquele sorriso. Sentado em uma cabine no canto da loja. O braço do meu pai ao redor dos seus ombros, parabenizandoo. —Eu tenho sentido sua falta, Marco. Eu deslizo minha mão por trás do pescoço dele e puxo sua boca contra a minha. Parece com o nosso primeiro beijo, só que melhor. Nós estamos mais velhos agora. Mais experientes. Eu trabalho para o departamento e Marco, ele... O que Marco faz para viver? —Eu amo você, Marco. Diga que você me ama. Ele sorri enquanto beija o canto da minha boca, mas ele não diz nada. Eu arranho os dedos sobre as suas costas e ele não faz um som. Nem um silvo de ar através dos seus dentes ou um gemido suave. Nada. —Marco, por favor.

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Seu pênis é tão grosso, me esticando quando ele levanta minha perna e me penetra lentamente. Eu envolvo minha outra perna ao redor do quadril dele, estimulando-o a ir mais para dentro. Ofegante, eu jogo minha cabeça para trás e ele beija o oco da minha garganta. Êxtase. Isso é êxtase puríssimo. Como sonho. Ele desliza a mão entre nós para acariciar meu clitóris e meu corpo treme debaixo dele. —Eu vou gozar, Marco. Estou gozando! Estou gozando! A risada suave me acorda e eu encontro August perto de mim. O quarto está escuro e eu estou aprisionando suas mãos entre as minhas coxas. Um calor escaldante arrasta-se até meu rosto enquanto eu percebo que eu estava sonhando com Marco novamente. —Você gozou?— August diz, e eu posso ouvir o sorriso maroto em sua voz. Eu empurro sua mão para trás, em seguida, viro de costas para ele. —Desculpe. Ele desliza o braço em volta da minha cintura e aperta o peito contra as minhas costas. —Boa noite, Becky...

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Capítulo 2 —Quando foi a última vez que vocês dois foram em um encontro?— Lita pergunta quando cruzamos Vanderbilt. Um idiota em uma van prata buzina para nós. Não era para os motoristas de van terem um estereótipo legal? Lita e eu paramos na esquina da 42 e Vanderbilt, Grand Central Terminal. Eu faço um movimento para dar um abraço de adeus e ela ri. —Nuh-uh. Responda à minha pergunta, Becky. Quando foi a última vez que você e August foram a um encontro? Seu cabelo castanho-claro é um pouco crespo e seu lábio superior está suando por causa do ar da noite pegajosa. Ela ainda consegue parecer linda, como se ela tivesse acabado de sair de uma sessão de fotos em um local exótico. Como se ela tivesse sido vestida e arrumada para parecer exatamente desta forma. Lita odeia quando as pessoas dizem que ela parece com uma modelo. Ela realmente acha que é um insulto. Ela quer desesperadamente ser levada a sério. Ela consegue isso por trabalhar na Wall Street, onde a sua estatura de modelo e voz suave deve comandar aviso prévio. —Nós não estamos namorando. Nós estamos em um relacionamento. Encontros à noite são para os 6


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casais que tentam reavivar seu relacionamento. Não há nada de errado com August e eu. Somos sólidos. —Sólidos como a parede entre vocês. Quando foi a última vez que você foi para o apartamento dele? Quero lançar o meu discurso habitual, mas eu estou realmente com medo de quantas vezes eu já disse as palavras em voz alta. August e eu temos uma relação confortável. Nós não precisamos agarrar-nos um ao outro a cada segundo de cada dia para nos sentirmos seguros. August me ama. Eu sei disso, porque ele se lembra do meu aniversário e meu sabor favorito de sorvete. Ele sabe quantos filhos eu quero (dois, ele quer quatro). E a maior vantagem de tudo: Ele não tem medo de falar sobre casamento. Ele ama que eu queira um grande casamento. E assim que seu blog estiver estabelecido o suficiente para que ele possa ter mais tempo livre, vamos nos casar. Esta é a parte em que você começa a se perguntar se eu sou realmente tão ingênua. Eu não sou. Estou longe de ser ingênua. Eu posso ser uma menina do centro da cidade agora, mas eu nasci e cresci em Bensonhurst1. Nascida e criada em Bensonhurst. Sempre que alguém ouve essa frase, supõe automaticamente que eu devo ser relacionada com 1

Uma área grande, multi- étnica que consiste em vários bairros, na parte sudoeste da cidade de Nova Iorque, no Distrito do Brooklyn

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uma família criminosa. Algumas pessoas são descaradas o suficiente para chegarem a perguntar de uma forma brincalhona, como se isso tornasse a questão menos inadequada. Eu só rio e digo algo como, “Não seria legal se eu fosse?” Isso é o que as pessoas querem ouvir. As pessoas não querem saber a verdade. Eles não querem saber que eu deixei toda a minha família para trás, com dezoito anos de idade, exceto pelo telefonema ocasional da minha mãe. Eles não querem saber que eu escolhi um trabalho no sistema legal com a esperança de enviar uma mensagem à minha família. Essa mensagem: eu não quero ter mais nada a ver com vocês. Eles especialmente não querem saber das coisas que eu vi. Porque as pessoas que idolatram a máfia, na verdade, acham que ser a filha de um chefe do crime é glamoroso. Eles me imaginam em meus casacos de pele, diamante incrustado nas unhas. Talvez eu esteja balançando uma bolsa de grife no meu braço, recheada com um adorável Chihuahua fofo. Eles imaginam homens que não têm medo de sujar suas mãos com sangue, chegam em casa e usam essas mesmas mãos para arrancar minha calcinha rendada e me reivindicar. Eles imaginam um cocktail sexy, pecaminoso de glamour, cravado com uma grande dose de poder inabalável.

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Eles estão certos na maior parte. Mas, mesmo assim, eles não viram o que eu vi. E o que eu vi na minha sala de estar, com a tenra idade de treze anos, foi o meu pai estrangulando um homem, que eu conhecia como o tio Frank. Um crime pelo qual ele nunca foi punido, apesar das muitas vezes que meu pai esteve dentro e fora da prisão por crimes insignificantes. A verdade é que eu mal conheço o meu pai. Espero que isso nunca mude. Eu olho nos grandes olhos cinzentos de Lita e minto. —Eu estive no apartamento de August na semana passada.— Eu bato com a mão no braço dela delicadamente. Ela balança a cabeça então me inclino para um abraço de adeus. —Aproveite a viagem para Poughkeepsie. Tenho certeza que sua mãe vai ter muita salada de batata e tender no mel para te engordar. —Nem me lembre. Ela me solta e seus dedos examinam meu antebraço até que ela se afasta. Quando a assisto partir em direção ao Terminal Grand Central, tudo que eu posso pensar é que eu... Sou ingênua. Eu sou tão ingênua. Eu não vou ao apartamento de August há quatro meses. Eu giro para enfrentar a rua e acenar para o primeiro táxi. Eu vou para o apartamento de August. Eu vou exigir saber o que está errado com a gente. Eu 9


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tenho 23 anos de idade com um namorado lindo de vinte e cinco anos, que nunca me leva para seu apartamento. Eu sei o que ele vai dizer. Ele vai dizer que é porque eu prefiro o centro ao lado leste inferior. Evitar seu apartamento é apenas sua maneira de tentar ser agradável. Eu não vou cair nessa. Eu estendo o meu braço com raiva, determinada a chamar um táxi e voar para o apartamento de August em um vento de fúria. Mas o primeiro carro que para não é um táxi. É um SUV preto brilhante. E antes que eu possa mover para o lado para tentar chamar um táxi real, um homem aparece ao meu lado, seus dedos discretamente enrolando em volta do meu pulso. —Seu carro está aqui.— Seus olhos escuros estão presos nos meus, nunca piscando, nem mesmo quando a porta da SUV se escancara. —Seu pai precisa falar com você. Isso é tudo o que ele tem a dizer.

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Capítulo 3 Subo no SUV e não fico surpresa ao descobrir que há outro homem lá esperando para me receber. Tanto ele quanto o cara que me encontrou no meio-fio, estão vestindo ternos e óculos escuros. Tenho certeza que se eu pudesse ver algo dentro deste SUV escuro, eu encontraria fones brilhando dentro das suas orelhas. Quando nós três nos estabelecemos no banco de trás, o SUV se afasta do Terminal Grand Central e desce a 42. O cara maior, à minha esquerda,alcança atrás das suas costas e meu coração para. Eles não me matariam desse jeito, não é? Eu me preparo para o que ele está prestes a recuperar atrás das costas, meu corpo fica tenso e pronto para bater. Mas quando ele puxa sua mão para fora, ele está segurando um grande pedaço de pano preto. Após uma inspeção mais aprofundada, percebo que é um capuz preto. Eu não posso ver seus olhos através dos óculos de sol, mas o fato de que ele está oferecendo-o para mim, em vez de colocá-lo por si mesmo, parece ser alguma demonstração de respeito. Eles não vão me matar. Eles nem sequer querem me machucar. Eles têm muito medo do meu pai. O que significa que o meu pai não está tão bravo comigo por ter abandonado a família como eu tinha imaginado. Ou... ele quer alguma coisa. Eu bufo quando pego a capa de seda preta da sua mão. Rapidamente analiso ao meu arredor antes de puxá-lo sobre a minha cabeça. Estamos apenas nos 11


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aproximando da Quinta Avenida. Tudo fica preto e eu tento rastrear as muitas curvas que o veículo faz. Mas não demora muito para eu perceber que eles estão, provavelmente, me levando por uma rota sinuosa só para me confundir. Quando o carro finalmente para e o motor morre, meu estômago embrulha. Eu não vejo o meu pai há quatro anos, desde a última vez que visitei minha mãe em casa e ele estava realmente em casa, uma ocasião rara. Eu tinha dezenove anos e tinha muita saudade de casa durante o feriado da Primavera,sentia saudades do Hunter College, onde eu estava estudando, de todas as coisas, a escrita criativa era o que eu mais sentia falta. Minha visita domiciliar era para ser calmante e relaxante e familiar. Em vez disso, meu pai decidiu sair da cadeia três semanas mais cedo e eu saí de casa sem ele dizer uma palavra para mim; seus olhos me observando enquanto eu saía pela porta, os lábios incapazes de um sorriso, ou quebrar o silêncio com sua única filha. A pior parte sobre sair de casa são as conversas com a minha mãe. Ela teve de suportar a dor do meu pai pelo fato de ela nunca ter lhe dado mais de um filho. Ela nunca admitiu isso, mas consigo imaginá-lo, chamando-a de inútil. Minha mãe está longe de ser inútil. Sem a minha mãe, eu provavelmente estaria perambulando pela cidade com unhas incrustadas de diamantes e um cão designer. Minha mãe me ensinou a querer mais.

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Mas devo admitir que, à medida que eles me ajudam a sair do SUV, meu coração bate tão forte que mal posso respirar, não é só o medo do meu pai, que me deixou tão estressada. Eu também estou intrigada. Para o meu pai ter basicamente me sequestrado e me forçado a encontrar com ele, ele deve estar desesperado. Minhas sandálias de verão trituram no pavimento empedrado,quando alguém agarra meu braço e me orienta para frente. A porta abre com um rangido e eu sou atingida com uma rajada de ar frio do ar condicionado. O cheiro de borracha e graxa golpeiam o interior das minhas narinas,quando sou puxada mais para dentro desse novo ambiente. O assobio de outra porta abrindo. Mais passos. Parada. Ele está aqui? Silêncio. —Prepare-se, garota.— Este aviso emitido pelo rapaz à minha direita,parece mais sinistro do que deveria. É apenas o meu pai lá dentro, não é? A capa de seda é tirada da minha cabeça e estamos de pé no meio de uma ampla garagem, com elevadores hidráulicos e pneumáticos e uma variedade de equipamentos para a reparação de automóveis. Mas não há carros nesta garagem. Uma pessoa está de 13


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pé,cerca de dez encarando-me.

metros

de

distância

de

mim,

E não é o meu pai....

Capítulo 4 Seu terno escuro é perfeitamente ajustado ao seu corpo atlético. Ele está ereto, com os braços cruzados nas costas. Sua pele lisa e a sombra do cabelo ao longo do queixo gritam perfeição. Mas o brilho em seus olhos 14


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azuis é mortal. É um olhar que poderia me fazer divulgar meus segredos mais obscuros. Como o que eu vi na minha sala de estar há dez anos. Seu olhar desliza do meu rosto para baixo, examinando cada centímetro do meu corpo. Nenhum de seus palhaços procurou armas em mim, mas eles não precisam. E ele sabe disso. Seus olhos fixam sobre os meus novamente e vejo a sugestão de um sorriso curvando em seus lábios. E que lábios lindos. O cavanhaque perfeito e preenchido, com apenas um toque de brilho natural. O que há de errado comigo? Esse cara praticamente me sequestra e eu estou fantasiando sobre sua pele perfeita e lábios. Estou claramente em choque ou algo assim. Especialmente quando os lábios dele têm nada a ver com seus olhos azuis elétricos. —Você sabe quem eu sou? Sua voz é flexível e brusca ao mesmo tempo; um rosnado baixo envolto em seda. Abro a boca para falar e acho que não estou respirando. Dou uma respiração profunda, em seguida, limpo a garganta. Ele já parece impaciente comigo. —Não. Eu não ofereço qualquer outra coisa. Sem pedidos desesperados pela minha liberdade, ou demandas indignadas em saber o que está acontecendo. Algo me

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diz que já viu essas duas reações mil vezes. E ele não é facilmente influenciável. Seu cabelo escuro perfeito vibra um pouco sob o ar condicionado,quando ele caminha lentamente na minha direção. Eu olho atrás de mim; uma reação nervosa. Isso é quando percebo que estamos completamente sozinhos. Os dois rapazes no carro deixaram a garagem. —Você sabe por que está aqui? Eu quero dizer, “Porque você é um idiota”, Mas isso estaria longe de ser muito auto indulgente. —Não. Ele levanta uma sobrancelha e uma pequena dica de sorriso se alarga um pouco. — Respostas de uma só palavra. Seu pai ensinoulhe bem. De repente, meu sangue está fervendo. Meu pai não me ensinou a agachar. E quero lembrar esse cara disso. Até que eu me lembro de que meu pai, realmente,ensinou-me algo sobre ser interrogada. —Obviamente, o seu pai não está aqui—, ele diz, andando ao meu redor, seu braço roçando no meu ombro. —Mas ele está esperando por você em outro local. Eu só preciso fazer-lhe algumas perguntas antes de levá-la a ele.—Ele está atrás de mim e tão perto, que sua respiração está no meu pescoço. —Deixe-me começar me apresentando. Eu sou Knox Savage. 16


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Knox Savage? Onde é que já ouvi esse nome antes? Ele solta uma risada rouca e sua respiração arrepia os cabelos no meu pescoço, enviando um frio por mim. —Você não me conhece, então não se preocupe em peneirar por esses pequenos pensamentos bonitos. —Pensamentos bonitos? Merda! Respostas de uma só palavra, Becky! Não deixe que ele chegue até você. Ele me circula para que eu possa vê-lo, mas fica de costas para mim, enquanto finge olhar ao redor da garagem vazia. Eu tenho um desejo estranho de morder forte a parte de trás do seu pescoço, o que só me faz pensar em August. Quem sabe o que ele está fazendo? Provavelmente sentado no café escrevendo sobre as vantagens das meias de lã ante as de algodão. Talvez ele esteja em seu apartamento agora, com suas meias de lã sendo retiradas lentamente por alguma adúltera do fundo fiduciário. August vive em seu apartamento de solteiro perfeito no lado Leste. Ele pode jogar seus cabelos loiros para trás, enquanto toma um cappuccino, em um café escuro e ninguém vai julgá-lo, porque ele está cercado por descolados. Digitando em seu teclado, ele escreve sobre blusas vintage e oxfords de camurça para blogs de moda dos seus homens de grande 17


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sucesso. Eu, por outro lado, vivo em um pitoresco (palavra código para merda)apartamento no centro(ok, Cozinha do Inferno) onde eu posso ocasionalmente devorar Doritos, enquanto assisto CSI sem o julgamento de August. Knox se vira lentamente e me fixa com aquele olhar de aço que mais uma vez interrompe a respiração. —O negócio é o seguinte, Rebecca. Ele faz uma pausa quando vê meus olhos estreitarem. Ninguém me chama Rebecca há anos. Quando saí de Bensonhurst, tornei-me Becky. Alguém doce e inocente e, sim, talvez até um pouco ingênua. O fato de que ele me chamou Rebecca, me diz que esse cara realmente está aqui em nome do meu pai. De repente, eu me sinto mal do estômago. Isso é sério. Seu olhar suaviza quando alcança meus braços. —Você está pálida. Meus dedos estão formigando. Vou desmaiar. Eu dou algumas respirações rápidas para apressar um pouco de oxigênio para o meu cérebro. Em poucos segundos, o formigamento vai embora. —Merda—, eu sussurro. Ele solta endurecem.

os

meus

braços

e

os

seus

olhos

—Como eu estava dizendo, aqui está o que você vai fazer, Rebecca: Você vai para casa agora e fingir que isso nunca aconteceu. Na segunda feira de manhã, 18


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você vai caminhar para o trabalho com o seu namorado mauricinho e fingir que isso nunca aconteceu. —Você vai se sentar em sua mesa, no departamento de provas e, mais uma vez, você vai agir, como se nada disso tivesse acontecido... Até receber um telefonema, precisamente às 08h:12m da manhã. Então você vai fazer tudo o que pedirem para você. Você vai seguir todas as instruções ao pé da letra. Está claro? Todas as manhãs, August me cumprimenta na minha porta da frente com um café com leite desnatado e um beijo. Então, ele me leva para trabalhar enquanto nós atualizamos as notícias do dia anterior. Depois disso, ele toma o metrô para o seu pequeno santuário no Lado Leste e o ciclo se repete. Às vezes, ele aparece no meu apartamento mais cedo, para que possa fazer amor comigo antes do trabalho. Agora que penso sobre isso, nós nunca mais nos vimos à noite. Eu olho para os frios olhos azuis de Knox e agora estou pronta para permiti-lo ter algo. —Ok Knox. Acho que você me confundiu com outra pessoa. Alguém que atende todos os caprichos do meu pai. Eu não tenho medo do meu pai. Ele abre um sorriso novamente quando digo isso. Ele não acredita nem por um segundo. —Eu não tenho medo dele!— Eu insisto, soando como uma criança petulante. Eu poderia muito bem

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começar a saltar para cima e para baixo e tampar os meus ouvidos com os dedos. —Eu não vou ajudar você ou meu pai. Agora, por favor, leve-me para casa. Eu tenho que descansar para o trabalho de amanhã. —Eu não posso te levar para casa, até que você concorde com os meus termos. —E se eu me recusar a concordar com seus termos? Ele olha nos meus olhos, uma das suas sobrancelhas levanta, me desafiando a seguir com esta ameaça. —Então, você nunca vai voltar para casa. Eu não questiono isso. Eu não protesto. Porque eu posso ver isso em seus olhos. Ele está falando sério. Ele vai me manter aqui o tempo que for preciso.

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Capítulo 5 —Bem, você não pode me esconder aqui para sempre.Você, obviamente, precisa de algo de mim. Algo rápido, ou você poderia ter me enviado uma carta manuscrita via expresso de pônei. Então, eu acho que apenas vou esperar por isso. Ele ri, uma risada sexy animada, até mesmo jogando a cabeça para trás. Deus, ele é muito sexy para palavras. Quanto mais ele ri, mais fico desconfortável. Ele está um passo à minha frente.E algo me diz que ele sempre estará. —O seu desaparecimento só vai dar credibilidade à causa do seu pai. E será mais vantajoso para a minha missão.Assim, você pode enrolar o quanto quiser. Isso não vai deixar a sua situação mais fácil. Aqui é onde eu cago nas calças.Não literalmente, mas quase.Eu tenho que conseguir alguma vantagem nesta situação. —O que eu ganho se eu cooperar? Além da minha liberdade. Ele estende a mão e esfrega o polegar em todo o canto da boca enquanto sorri. É um gesto incrivelmente sexy. Como se eu tivesse acabado de lhe fazer uma pergunta embaraçosa. Mas eu não fiz.Ele está apenas se divertindo.

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Divertindo-se com a minha ingenuidade. —Você negociar.

não

está

realmente

em

posição

de

—Então, em que posição eu fico?— Eu cubro minha boca quando percebo o que eu disse e ele solta outra risada animada. —Não foi isso que eu quis dizer! Meu rosto está queimando de vergonha, mas ele só continua a rir. —Seu pai me disse que você pode ser difícil de comprar.Mas não há ninguém que não possa ser comprado. Ele alcança o meu cabelo e eu afasto a mão dele. —Não me toque. Ele sorri para o meu desafio. —Cor de cabelo interessante. Combina com seus olhos... eu acho. Eu olho para o meu ombro, onde o meu cabelo castanho desce sobre minha blusa de seda coral. —O que há de tão interessante sobre isso? Ele balança a cabeça e se afasta de mim.Por um momento, eu tenho uma sensação forte de que Knox me conhece. Ele conhece a minha cor de cabelo real?Não, isso é ridículo.Ele é muito jovem para ser um dos capangas que trabalhava para o meu pai há quatro anos. —Você já ouviu o nome de Frank Mainella? 22


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Ele ainda está de costas para mim, caminhando em direção ao canto quando faz esta pergunta.Estou surpresa que ele não queira me olhar nos olhos, para avaliar a minha reação. Ele me parece o tipo de cara que gostaria de ver os meus olhos se arregalarem e meu corpo tremer com a simples menção de um nome. —Eu não sei quem é. —Não minta para mim, Rebecca. —Por que você continua Rebecca? Meu nome é Becky!

me

chamando

de

Ele vira as costas e me olha.—Não minta para mim, Rebecca! Conhece Frank Mainella? O tremor em minhas mãos se intensifica à medida que ele caminha na minha direção. —Eu não conheço ninguém chamado Frank! Ele me agarra pelos braços e seu rosto está a centímetros do meu quando ele ruge, —O que você sabe sobre Frank Mainella? —Solte-me! Minha luta só faz com que ele aumente seu aperto.—Diga-me o que você viu e eu te solto! Meu coração está batendo,enquanto os dedos dele afundam nos meus bíceps.Mas o meu olhar continua indo para os lábios. Aqueles lábios!

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—Pare com isso. Você está me machucando.—Eu murmuro estas palavras e ele solta suas garras de mim apenas ligeiramente. —Por favor,— Eu imploro, meu peito arfando, não tenho certeza do que estou pedindo. Seus olhos amolecem para um hipnotizante azulceleste. O tipo de céu que você pode descansar e se perder por horas. E de repente eu estou perdida em uma memória.

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Capítulo 6 Há oito anos Eu estou com 15 anos de idade e deitada na minha cama fazendo minha lição de casa.A campainha toca e, como de costume, eu espero a minha mãe atender.Um par de minutos depois, o ding-dong da campainha vem novamente. E novamente eu espero. No terceiro sinal, resigno-me ao fato de que eu vou ter que sair do meu quarto e, possivelmente,enfrentar meu pai.Ele não atende a porta, nem mesmo se ele estiver sentado na poltrona ao lado dela. Não é porque ele é preguiçoso ou chauvinista.É uma medida de segurança. Segurança.Como se alguém pudesse se sentir seguro ao redor do meu pai, sabendo as coisas que ele fez. Corro pelas escadas abaixo e fico aliviada ao encontrar a sala vazia.Eu disparo em direção à porta da frente e olho pelo olho mágico. O que Marco está fazendo aqui? Tecnicamente, eu não estou autorizada a atender a porta quando eu estou sozinha em casa.Mas este não é um estranho. Meu pai adora Marco Leone como um filho.

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Eu suspiro quando abro a porta.Os olhos azuis de Marco passam rapidamente sobre o meu corpo antes dele falar: —Seu pai está aqui? —Não.Ele provavelmente está lá embaixo, na loja. Meu pai é dono do Veneto na Rua 9, mas ninguém nunca o chama de um restaurante. É a loja.Porque há muito mais acontecendo lá do que comida. Marco olha por cima do ombro, nervoso. —Posso entrar e esperar por ele? —Ele não deve chegar em casa cedo— Ele parece ansioso, mas é o apelo desesperado em seus olhos que me captura. —Entre. Eu vejo Marco pelo bairro há anos, mas eu não o tenho visto muito, desde que a sua mãe foi morta há dois anos. Seu pai o deixou quando ele era criança.Então, quando sua mãe morreu, não havia nada o amarrando em Bensonhurst.Ele deve estar com vinte agora, ele tinha dezoito anos na época. —Sente-se—, eu digo, apontando para o sofá.— Você quer algo para beber? Meu coração está batendo,quando percebo que estou sozinha em minha casa com um cara que é cinco anos mais velho do que eu. Meu pai provavelmente, me mataria se soubesse que atendi a porta, enquanto estava sozinha em casa.

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Marco balança a cabeça enquanto ele senta-se no sofá de couro marrom. —Eu não estou com sede. Vou esperar aqui. Sento-me um par de metros de distância dele. O sofá exala um sopro de ar que cheira a fumaça de charuto.Eu puxo ambas as pernas para cima e enfrento Marco quando sento de pernas cruzadas. —Você não está muito por aí desde... Ele olha para o chão na frente dos seus pés.—Eu estive ocupado. —Fazendo o quê? Alguns poderiam me chamar de intrometida. Meu pai me chamaria de curiosa. Mesmo depois que meu pai descobriu que eu vi o que ele fez para o tio Frank, ele ainda se refere a mim como sua princesa inquisitiva, perfeita.Meu pai sabe que eu nunca contaria a ninguém o que eu vi.Mas isso não significa que eu ainda sinta o mesmo pelo o meu pai.Ele não é mais o herói do bairro para mim.Quando eu olho para ele agora, eu vejo um bandido de duas caras. Há algo de magnético sobre Marco.Apenas sentado lá, com um braço sobre o lado do sofá, olhando em volta para que não tenha que olhar para mim.Há uma energia intensa pulsando para fora dele. Puxando-me em direção a ele.

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Sem perceber, eu estendi minha mão para tocar a tatuagem em seu antebraço.Sua pele é tão calorosa e esticada sobre seus músculos firmes. —O que você está fazendo? Eu olho para cima, a partir da tatuagem como nome da sua mãe “Ella” e ele quase parece com raiva. —Eu sinto muito.— Eu puxo a minha mão.—Eu não queria fazer isso. Ele olha para mim por um momento, antes de seu olhar cair para os meus lábios.Ele balança a cabeça e olha para longe. Estou emitindo essa mesma energia? Eu fecho minhas mãos no meu colo para que eu não possa tocá-lo novamente.—Então, o que você tem feito? —Eu estive na prisão. Sua voz é dura e eu sei que ele está dizendo a verdade.Uma coisa que eu aprendi sendo parte dessa família é que você não pergunta às pessoas sobre os seus crimes.Há uma paranoia sobre a fofoca que corre intensa,através desta comunidade.Pedir a alguém para dar informações específicas sobre um crime que cometeu, é como vestir um sinal de que diz,“eu sou um vagabundo”. Mas eu não consigo evitar. —O que você fez? 28


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Ele olha de soslaio para mim e um pequeno sorriso enrola no lado esquerdo da boca.—Nada. —Quanto tempo você ficou na prisão por não fazer nada? Ele ri e é um som tão sexy, meus braços arrepiam.—Dezenove meses. —Você deve ter feito um monte de nada para ficar preso 19 meses. Ele se vira para mim e seu sorriso desaparece.— Ouça Rebecca, você não pode contar a ninguém que você me viu aqui.Você entendeu?Depois de eu ver o seu pai, eu estou deixando Bensonhurst para sempre. —Por quê? —Porque não há mais nada para mim aqui. Uma dor aguda faísca dentro do meu peito.—Você nunca mais vai voltar? Ele balança a cabeça e mais uma vez o seu olhar recai sobre os meus lábios.—Nah.Eu tenho alguns negócios para cuidar. Meu coração bate em cada centímetro da minha pele quando olho para os lábios dele.Seria tão errado se eu o beijasse.Mas é tudo que eu quero fazer.Se esta é a última vez que vou vê-lo, não há mal nenhum em apenas um beijo.Certo? —Quando você saiu da prisão?

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—Esta manhã. Ele saiu esta manhã.Isso significa que ele não beija uma garota há pelo menos 19 meses.Não é à toa que ele continua olhando para os meus lábios. De repente, eu estou no seu colo, minhas mãos segurando seu rosto, minha boca na dele.Nós dois estamos respirando tão pesado, que eu consigo ouvir o som do ar dentro das nossas bocas. —Pare—, ele insiste, enquanto suas mãos deslizam sobre meus quadris.—Nós não podemos fazer isso. —Por que não?Eu não sou uma virgem. É uma mentira, mas quando é que eu vou ter uma oportunidade como esta?Depois de hoje, nunca mais vou vê-lo novamente. Então eu vou sempre me perguntar sobre essa energia. Ele pega meu rosto e força minha cabeça para trás para que ele possa me olhar nos olhos. —Você tem quinze anos e você não é virgem?—Ele parece horrorizado.—Quem foi?Quem diabos fez isso?Diga-me e eu vou matá-lo! Eu não posso deixar de sorrir para essa reação.Por um momento, eu considero inventar um nome.Mas eu posso ver pelo olhar feroz em seus olhos, que ele provavelmente caçaria esse cara ficcional e arrancaria os olhos.

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—Ok, tudo bem.Eu ainda sou virgem.—Ele facilmente me tira colo e coloca-me no sofá ao lado dele. —Mas eu não quero ser mais virgem. Ele balança a cabeça enquanto se levanta na frente do sofá.—Eu não posso ficar aqui. —Por quê? —Porque você tem 15 anos e eu não quero que o seu pai me mate.Como eu disse, eu tenho merda para cuidar.E eu preciso estar vivo para fazer isso. Ele se dirige para a porta e eu o sigo. —Mas eu pensei que você tinha que ver o meu pai. Ele me olha nos olhos, enquanto pensa. —Apenas diga-lhe que vim e que eu vou entrar em contato com ele em breve.Mas diga apenas a ele.Não diga a mais ninguém. Entendido? Concordo com a cabeça, pressionando meus lábios para tentar segurar as lágrimas de rejeição.Ele solta a maçaneta da porta e se vira para mim.Ele toma o meu rosto em suas mãos fortes e me obriga a olhar para ele. —Não se entregue para qualquer idiota.Você é bonita demais para isso.Prometa-me que você vai esperar.

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Concordo com a cabeça mais uma vez,quando a primeira lágrima rola em meu rosto e ele se inclina para me beijar.Este não é o beijo faminto que nós compartilhamos um par de minutos atrás.Este é um beijo lento, carinhoso;o tipo que ficará impresso na minha memória para sempre.Ele se afasta e dá um beijo suave na minha testa. —Adulteração de provas em uma investigação federal—, ele sussurra com aquele sorriso torto que faz com que a covinha em seu queixo fique mais pronunciada. Em seguida, ele beija minha bochecha e sai da minha vida para sempre.

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Capítulo 7 —Marco? Há um flash de reconhecimento em seus olhos, mas ele vai embora em um instante. —Esse não é o meu nome.— Sua boca está cerrada em uma linha firme, quando ele aumenta o aperto em meus braços novamente.—O que você sabe sobre Frank? Estamos tão próximos, meu peito está pressionado contra o seu.Eu deveria dar uma joelhada na sua virilha, mas não tenho nenhum lugar para correr.E eu estou perdendo minha determinação.Eu nunca deveria ter levado Lita ao trem hoje. Com quem eu estou brincando? Se eles não tivessem me encontrado na Rua 42, eles teriam me encontrado em meu apartamento.Knox trabalha para o meu pai.E se Knox é realmente Marco. Eu acho que eu reconheceria aqueles olhos azuis em qualquer lugar, então ele tem trabalhado para o meu pai desde antes dele ter sido enviado para a prisão por adulteração de provas.Dez anos podem fazer muita coisa para um homem nesta linha de negócios. —Diga-me quem você é, quem você realmente é e eu vou te contar sobre Frank. Ele solta sua mão e balança a cabeça.

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—Você acha que isso é um jogo?Eu já te falei, você não está em posição de negociar.—Ele sorri e inclina a cabeça.—E você sabe disso. O calor da sua respiração no meu nariz faz meu coração disparar.Eu não posso desconversar ou ser mais esperta que ele.Mas talvez... talvez eu possa fugir dele. —Ok.Eu vou trabalhar amanhã e fazer o que você quiser que eu faça.Posso ir agora? —Não.— Ele finalmente solta os meus braços.— Você vai sentar e me dizer tudo o que sabe sobre Frank Mainella.Então você pode fazer o que eu quero que faça. Ele aponta para uma pilha de três pneus para eu sentar.Eu suspiro quando vou para lá, puxando a minha saia para cima, para que não fique poeira de pneu ou graxa sobre ela, e sento.A borracha dura é fria contra as minhas pernas nuas. —Diga-me o que é isso tudo.— Ele olha para mim, com raiva por eu ainda estar fazendo exigências.—Por favor,— eu suplico em voz baixa.—Meu pai está com problemas? Suas feições esculpidas amolecem.—Sim.Seu pai está com um monte de problemas.Ele vai ser acusado amanhã à tarde pelo assassinato de Frank Mainella. Eu cubro o rosto com as mãos e me forço a não chorar.Era isso que eu queria, não é?

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Knox1 – Cassia Leo

—Eu preciso saber tudo o que sabe sobre a morte de Frank Mainella, e as semanas que antecederam a ela.Você pode fazer isso? Sua voz está mais suave agora, como se o “zangado Knox Savage”fosse apenas um papel que ele estava desempenhando.Eu puxo uma respiração profunda e olho para cima.Seus olhos estão implorando para eu cooperar.Ele não quer me manter aqui mais do que eu quero ficar. —Eu o vi fazer isso.— Eu dou outra respiração instável.—Meu pai o matou, na nossa sala de estar, dez anos atrás. Ele se ajoelha diante de mim e olha nos meus olhos.—Rebecca, você tem que me contar tudo o que viu. Aquele olhar.Aqueles olhos.A maneira como ele coloca a mão no meu joelho.Basta isso para que eu lhe conte tudo.Porque é isso que meu pai quer.Não é? Sua mão desliza para fora do meu joelho e eu quase engasgo com a forma que o seu toque é elétrico.Nem um pouco desajeitado,como sinto o toque de August muitas vezes. Ele se levanta e oferece a mão para me ajudar a levantar. —Eu vou te levar para casa. —Só isso?— Eu pergunto, pegando sua mão.

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Knox1 – Cassia Leo

Ele me puxa para cima e meu corpo parece tão exausto quanto minha mente.Deve ser perto de meianoite.Mas,de repente, eu não estou pronta para ir. —Não, não é só isso. Amanhã começa a parte mais difícil.

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Knox1 – Cassia Leo

Capítulo 8 Os capangas de Knox parecem relutantes, quando ele fala que vai me levar para casa sozinho.Mas são espertos para não discutir com ele.Nós caminhamos em silêncio por outro corredor, e em seguida saímos da garagem através de uma porta dos fundos.O beco está escuro, mas a luz da lua brilha sobre o carro esportivo de prata. —Vou levá-la para casa para que eu possa verificar se a sua casa tem escutas.Então, quando entrarmos no seu apartamento, não diga nada até que eu lhe dê o sinal de que está tudo limpo. Ele pressiona o controle da chave para destravar o carro, em seguida abre a porta do passageiro para mim. —Qual é o sinal de que está tudo limpo? Eu deslizo no banco do passageiro e ele faz uma pausa para me assistir colocando o cinto de segurança. —Eu vou te avisar quando estiver tudo limpo. O zumbido do motor me diz que esse carro é poderoso.Potente e silencioso.Nós passamos despercebidos pelas ruas de Manhattan.Estou surpresa por não ter sido vendada novamente.Agora eu posso ver que estávamos sem uma garagem no Harlem.

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Knox1 – Cassia Leo

Há tantas perguntas que eu quero fazer a ele,enquanto nos dirigimos em direção ao centro.Principalmente, eu quero saber se este homem sexy, seguro de si é o Marco.Seu rosto só se parece com o de Marco nas extremidades das maçãs do rosto acinzentado.E os seus olhos.Estou certa de eu reconheceria aqueles olhos em qualquer lugar.Mas o seu nariz é diferente, um pouco mais alargado.E a covinha no queixo desapareceu. Chegamos ao meu prédio enquanto ainda estou pensando no seu rosto.Ele estaciona seu carro caro em uma vaga de hóspedes no parque de estacionamento subterrâneo.Então ele pega a minha mão, antes que eu possa sair do carro. —Lembre-se: Não diga uma palavra.Pode haver escutas em todos os lugares.Mesmo no elevador.Entende? Eu aceno, já praticando meu ato de fechada.Ansiosa para agradar esse estranho. Ele sorri pensamentos.

como

se

pudesse

ouvir

boca meus

Nós subimos de elevador até o quarto andar.Ele segue logo atrás de mim,quando o conduzo à minha porta. Antes que eu possa virar a chave na fechadura, ele coloca a mão sobre a minha. —Eu vou primeiro.

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Knox1 – Cassia Leo

Ele termina de girar a chave, então a entrega para mim.Dou um passo para trás enquanto ele gira a maçaneta e lentamente empurra a porta aberta. O apartamento está um breu, do jeito que eu gosto. —O interruptor de luz está... Ele me faz sinal para eu me calar e uma onda de raiva me invade.Eu não saí de Bensonhurst há quatro anos apenas para me envolver em mais um dos esquemas do meu pai.Estou prestes a dizer-lhe para sair do meu apartamento, quando ele se vira.Ele está sorrindo enquanto aponta para o interruptor de luz na parede.Aquele sorriso é tão desarmante .Eu concordo com a cabeça e ele aciona o interruptor. Ele pressiona um dedo sobre os lábios para indicar a necessidade de silêncio, então continua entrando no meu apartamento. Eu pego um par de copos com água gelada, enquanto ele procura na cozinha e no banheiro.Quando ele se move em direção à reduzida sala de estardormitório, eu o sigo. Meu estômago se aperta com força, enquanto ele mexe no meu armário e minha cômoda.Quando ele alcança a gaveta de cima da minha mesa de cabeceira, eu quase grito para ele parar.Ele abre a gaveta e faz uma pausa quando olha para o conteúdo.Então ele estende a mão para dentro da gaveta e tira um grande vibrador e uma caixa de preservativo com nervuras. 39


Knox1 – Cassia Leo

—Por favor, coloque de volta. Ele faz sinal com a boca para que eu me cale novamente no momento que abre a caixa de preservativos.Ele realmente acha que ele vai encontrar um dispositivo de escuta lá?Então ele pega uma tira de preservativos.Ele enrola a tira nos seus dedos,olhandoa com curiosidade.Em seguida, ele joga os preservativos na cama e coloca a caixa vazia e o vibrador de volta na gaveta. Ele circula a cama e meu coração dispara quando ele vem na minha direção.Parando na minha frente, ele se inclina até que seus lábios estejam no meu ouvido. —Tudo limpo. Um arrepio percorre meu momento em que ele envolve minha orelha.Sua respiração ouvido.Eu não sei se eu quero que não quero que ele pare.

pescoço e ombros no os lábios em torno da está quente no meu isso.Tudo que eu sei é

—É esse o sinal?—, Pergunto ofegante. Sua mão é firme quando aperta a parte de trás da minha cabeça, inclinando a cabeça para o lado para que ele possa beijar o meu pescoço.Sua outra mão desliza na minha cintura até a minha bunda.Ele puxa meus quadris contra os seus,então sua ereção fica dura contra a minha coxa.Isso deve ser o sinal.Um sinal muito grande.

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Knox1 – Cassia Leo

Oh, Deus.Eu vou realmente fazer isso?Vou trair o August com um cara que eu conheci horas atrás? Quando estou sóbria? Quando ele levanta a parte de trás da minha saia e desliza a mão firme na minha calcinha, eu sei que a resposta para aquilo é sim.Um sim muito grande.

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Knox1 – Cassia Leo

Capítulo 9 Levanto minhas mãos para que eu possa desatar o nó da gravata.Mas ele pega minhas mãos e me olha. —Eu faço isso—, ele diz, empurrando minhas mãos para baixo, para perto da sua virilha. —Mas eu quero fazer isso. Eu dou o meu sorriso mais sexy de “vem aqui” e ele balança a cabeça. —Você não vai fazer nada—, ele rosna.—Você vai deitar e prestar atenção,enquanto eu te mostro o que significa ser fodida, em todos os sentidos da palavra.E quando eu terminar, você vai ter apenas uma opção: fazer tudo o que eu pedir.Entendido? Puta merda.No que eu fui me meter? Algo tão completamente fodido que eu não sei se tem alguma saída.Eu estou caindo cada vez mais neste buraco de coelho2a cada segundo.Caindo alegremente, atrás de Knox.Com a esperança de que ele suavize o impacto quando eu cair no fundo. —Entendido—, eu sussurro. Em seguida, sua boca está na minha. O momento que eu estava esperando. E é tão perfeito e elétrico, como eu imaginava que seria. O jeito que ele me beija, 2

Fazendo referência à Alice, no País das Maravilhas, no original rabbit hole, que significa caminho bizarro, estranho.

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Knox1 – Cassia Leo

rápido e em seguida, lento, duro e depois suave, eu sei que não há como voltar atrás. Porque não há nenhuma maneira que ele pode negar agora. Este é o Marco. Uma vez que ele me beijou o suficiente para que eu abandonasse todo o controle, ele recua.—Tire a sua calcinha. Eu escorrego minha calcinha para fora e chuto-a a poucos metros de distância. Ele dá um passo para frente e desliza a mão entre as minhas coxas. Seu dedo rapidamente encontra o meu clitóris e meus joelhos começam imediatamente a curvar. Ele envolve seu braço grosso na minha cintura para me firmar, acariciando-me lentamente, enquanto os meus membros enfraquecem. Então, de repente, ele atola com dois dedos dentro de mim e eu suspiro. —Meu Deus. Ele desliza os dedos para fora e minha umidade jorra ao mesmo tempo. Ele esfrega o meu clitóris novamente, mais firme desta vez, até que eu não consigo respirar. Ele aperta o braço em volta da minha cintura e me levanta do chão. Então ele me senta na beirada da cama. Eu começo a deitar e ele balança a cabeça. Ele se ajoelha diante de mim, lentamente tirando a gravata, em seguida, seu casaco e camisa. Abrindo os meus joelhos devagar,ele levanta minha saia para

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Knox1 – Cassia Leo

olhar para mim.Eu posso sentir minhas bochechas ficando quentes.Ele abaixa a cabeça entre as minhas perna se eu enfio minhas unhas nas suas costas musculosas, enquanto ele me devorava. Sua língua massageia minha protuberância dura, até que eu tenho certeza que meus sucos encharcaram o edredom e os lençóis abaixo dele.Meu corpo treme,as costas dele com gritantes marcas de arranhões vermelhos, ele finalmente vem à tona para respirar.A sede nos olhos dele, não está sequer perto de ser saciada.Ele não apenas quer mais.Ele precisa demais. —Tire a roupa e deite-se de barriga. Eu faço o que ele diz e, quando me deito, eu observo a tira de preservativos.O colchão abaixa sob seu peso no momento em que ele desliza minhas pernas e sobe atrás de mim.A pele da perna dele fricciona contra o interior daminha coxa.Ele toma minhas mãos e puxa-as nas minhas costas.Em seguida, o tecido de seda suave da gravata é frio contra a minha pele quando ele envolve os meus pulsos.Ele dá um nó apertado e solta uma risada suave. —Você nunca esteve do lado errado da lei, Rebecca.— Ele se deita em cima de mim, seu peso me pressionando contra o colchão, enquanto sua ereção esfrega contra o vinco da minha bunda.—Eu vou te ensinar uma pequena lição sobre ficar sem a sua liberdade, assim você pode saber o quão sério estou neste trabalho.

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Knox1 – Cassia Leo

Sua mão desliza para baixo dos meus seios.Em seguida, ele levanta os quadris e a ponta da sua ereção está na entrada da minha vagina. —Espere!Você não vai colocar uma daquelas? —É isso que você quer? —Sim. —Então, não.Eu não vou. —Espere, espere, espere!Não!Quero dizer,não.Não é isso o que eu quero.—Cale a boca, Rebecca.Ele não vai cair na sua tentativa idiota de salvar este último resquício de controle. Ele ri de novo, mas desta vez seu riso soa um pouco insano.—Rebecca, eu não vou te engravidar.Eu sou incapaz de tais coisas. Deixei escapar um suspiro profundo.—Por favor, diga-me quem você é. —Como é a sensação de estar nesta posição?Fisicamente rendida.—Ele desliza seu pau dentro de mim e eu grito. —Mentalmente rendida.Incapaz de conseguir as respostas que precisa tão desesperadamente. Ele desliza para fora de mim e de repente eu me sinto oca.Incompleta.Ele coloca a ponta do seu pênis contra a minha abertura de novo e eu prendo a respiração.

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Knox1 – Cassia Leo

—Por Favor. —Por favor, o quê? —Por favor, coloque-o dentro— Eu imploro. Ele brinca comigo um pouco, deslizando apenas um ou dois centímetros.Em seguida, ele o força para dentro de mim, preenchendo-me completamente e meu peito treme de desespero. —Mais—, eu imploro.—Mais Rápido.Mais Duro. Ele empurra para dentro de mim, usando minha umidade para enfiar mais profundo a cada estocada. Meus braços e pescoço estão ficando cansados desta posição, com o lado do meu rosto pressionado contra o colchão.Como se pudesse perceber isso, ele puxa o pênis para fora de mim e empurra minha bunda para baixo, para que eu fique deitada. Ele ajeita a minha perna direita, em seguida, dobra a minha perna esquerda enquanto me penetra por trás.Neste ângulo, com seu peito pressionado firmemente contra as minhas costas, eu começo a me perder rapidamente. O atrito quente entre nós deixa os nossos corpos lisos com suor.Seu pênis me enche, estende,apunhala.Sua boca devora meu pescoço, enquanto suas mãos massageiam meu peito, apertando meu mamilo. Eu posso sentir aquela atração carnal no meu abdômen inferior.Ele se move dentro e

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Knox1 – Cassia Leo

fora de mim, ofegante em meu ouvido quando sua mão desliza entre as minhas coxas. —Oh, Knox!— convulsão.

Eu

grito

com

meu

corpo

em

Minhas coxas tremem conforme seu empurrão acelera.Ele rosna, um rugido baixo primal,quando morde o meu pescoço e explode dentro de mim.Ele segura o dedo sobre o meu clitóris, acariciando suavemente, enquanto meus músculos contraem e relaxam.Até que eu gozo. Deitamos sem fôlego, fracos enquanto nos recuperamos.Em seguida, ele lentamente estende a mão entre nós e me solta.Ele joga a gravata no chão e eu suspiro quando estico meus braços.Então, uma sensação de mal estar se desenvolve no meu estômago e um pensamento igualmente doente se materializa na minha mente. Eu não quero ser livre.

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Capítulo 10 Acordo para descobrir o outro lado da cama vazio.Por um momento, eu considero que eu possa ter sonhado todo o calvário com Knox.Talvez eu até tenha sonhado a parte em que eu fui levada para a garagem. Então, eu vejo a gravata espalhada pelo tapete bege ao lado da faixa de preservativos.E eu ouço o chuveiro correndo.Era real.Knox é real. É ele? Eu salto para fora da cama.Eu tenho que descobrir se Knox é Marco, e esta é provavelmente a única oportunidade que eu vou ter para fazer isso.Eu mexo ao redor da cama, até que eu vejo sua calça jogada na poltrona a poucos metros de distância da minha cama.Eu procuro nos bolsos e encontro sua carteira.Quando eu a abro, eu não fico surpresa de não encontrar uma identificação.Tudo o que vejo é um cartão de crédito preto com o nome de Knox Savage. —Você está sem toalhas. Eu deixo cair a carteira e calças na poltrona e giro.Knox está de pé na porta do banheiro completamente nu.A água pinga do cabelo preto brilhante e seu corpo musculoso, sobre todo o chão, formando pequenas poças em torno de seus pés.Meus olhos voam para seu antebraço, procurando pela tatuagem do nome da mãe de Marco.Todo o seu antebraço é coberto em uma manga de tatuagens. 48


Knox1 – Cassia Leo

—Eu sinto muito—, murmuro.—Eu vou pegar uma toalha para você. Eu vou em direção minhas roupas e meus lá.Seus braços travam enquanto ele aperta seu nu.

ao armário, onde guardo as lençóis, mas ele me alcança ao redor da minha cintura, corpo nu contra o meu corpo

—Encontrou alguma coisa interessante na minha carteira? Seus olhos azuis parecem ainda mais azuis na luz da manhã.Eu quero gritar para ele.Só me diga a verdade! Mas eu não quero saber que tipo de lição ele vai me ensinar depois disso.Ou talvez eu realmente queira saber. —Quem é você?—, Eu grito.—Diga-me quem você é. —Você está fazendo exigências para mim, Rebecca?— Ele pega meu rosto, seu polegar e os dedos afundando nas minhas bochechas.Quando eu não respondo, ele puxa meu rosto para ele, assim nossos narizes estão se tocando e rugindo.—Você está me exigindo algo? Eu não digo nada.Eu não conseguiria falar se eu tentasse.Minha garganta fecha e minha boca está seca.Se ele não me matar agora, ele vai fazer eventualmente.

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Knox1 – Cassia Leo

Ele esmaga seus lábios nos meus e eu luto para respirar, enquanto ele devasta a minha boca.Uma de suas mãos agarra a minha bunda, puxando-me contra ele, quando sua outra mão encontra meu clitóris.Seus dedos deslizam exatamente para o ponto do meu prazer e ele os empurra para dentro de mim.Ele curva os dedos, massageando e procurando até que ele encontra o meu ponto G e eu começo a desmoronar. —Por favor, pare—, eu imploro.É tão bom que é quase doloroso.Eu não sei se consigo aguentar. Seu polegar massageia meu clitóris e seu dedo médio acaricia o meu ponto G e eu balanço a cabeça inflexivelmente. —Por Favor. —Por favor, o quê?—, Ele murmura contra os meus lábios. —Isso é demais. Por favor... só me fode. Ele ri, quando retira a mão de entre as minhas pernas e começa a se vestir. —O que incrédula.

você

está

fazendo?—

Eu

pergunto

Ele me ignora e continua a puxar suas roupas sobre o corpo ainda úmido.Ele envolve a gravata no seu punho e bagunça seu cabelo enquanto caminha em direção à porta.

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Knox1 – Cassia Leo

Quando ele chega à porta, se vira e aponta para mim com o mesmo dedo que ele acabou de usar para me torturar. —Nunca me espione de novo, porra, ou isso vai acabar muito mal. Ele abre a porta e faz uma pausa por um momento. —Agora, tome um banho e fique bonita.Você tem trabalho a fazer.—Ele pega a maçaneta da porta, em seguida, faz uma pausa de novo, meu coração batendo forte quando antecipo o que ele vai dizer ou fazer a seguir. Ele olha nos meus olhos e desliza lentamente o dedo em sua boca e sorri. —Seja uma boa menina no trabalho hoje e eu vou terminar isso com você hoje à noite. Isso é tudo o que ele precisava dizer. Uma promessa. Haverá mais se você se comportar.

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Knox1 – Cassia Leo

Capítulo 11 Eu me esfrego no chuveiro, mas parece que eu não consigo me livrar do cheiro de Knox. Eu não acho que sobrou algo dele em mim, mas eu ainda posso sentir o cheiro dele. Como se ele tivesse encaixado tão profundamente dentro de mim, em lugares que eu não posso alcançar. August vai estar aqui para me levar para o trabalho em menos de uma hora.Eu tenho que me apressar para vestir e secar meu cabelo.Eu tenho que fazer parecer que nada tenha acontecido.Então eu posso jogar isso em August, quando chegarmos à delegacia: August acabou.Eu encontrei um cara que pode foder meus miolos.Literalmente.Eu acho que eu perdi minha mente e numa questão de horas, mas eu nunca me senti melhor. A campainha toca quando eu estou pegando meu sutiã no armário.Merda!Ele deve estar aqui mais cedo na esperança de dar uma rapidinha antes do trabalho.Olho para mim mesma.Eu estou usando uma toalha enrolada no meu corpo e outra toalha em volta da minha cabeça. A campainha toca novamente.Eu bato a minha gaveta para fechar e precipito em direção à porta.Eu me atrapalho com a fechadura por um 52


Knox1 – Cassia Leo

momento,perguntando-me se Knox deixou vestígios de mim na fechadura e maçaneta da porta quando ele saiu. Ao abrir a porta, eu não estou preparada para me sentir totalmente revoltada, quando vejo o rosto sorridente de August. Eu quero dar-lhe um tapa e perguntar por que não fui convidada para ir ao seu apartamento em quatro meses.Eu queroacusá-lo de me trair.Eu quero sacudi-lo com tanta força atéa verdade cair dele como moeda solta. Em vez disso, eu dou um sorriso e convido-o para entrar.Ele se inclina para me beijar quando ele pisa na soleira da porta e eu deixo.Na minha cabeça tudo o que posso pensar é,Seu filho da puta.Seu pequeno geek3 mentiroso. —Bom dia, luz do sol. Ele imediatamente entra na área da cozinha e começa a colocar café no pote.É algo que eu geralmente achava cativante.Como ele entende e apoia o meu vício em cafeína.Hoje acho que é irritante. —Como você dormiu?— Ele pergunta quando enche a jarra de café com água, em seguida, derrama a água na máquina de café. —Eu dormi muito bem.Como um bebê.

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Gíria inglesa para designar pessoas peculiares ou excêntricas.


Knox1 – Cassia Leo

—Sério?Você médico lhe deu?

preencheu aquela

Abro a gaveta realmente exausta.

receita

que o

novamente.—Não.Eu

estava

—Sério?O que você fez na noite passada? Ele passa os dedos pelo cabelo loiro suave,quando caminha para mim com um sorriso malicioso.O sorriso que diz,eu sou mais inteligente, mais rico e mais bonito do que você, e eu sei disso.E de repente,lembro-me do dia em que conheci August. Lita tinha me levado para jantar na casa de seu então namorado, no Hamptons.O namorado dela,Marty, era algum advogado especialista de uma gravadora grande.August foi à festa com um encontro,apesar de eu não saber disso até depois de 40 minutos na nossa conversa, quando seu encontro tropeçou para o pátio e tentou me dar um soco na cara. Eu deveria ter aprendido naquela época a não confiar em August.Mas ele era tão charmoso.E tão bem vestido.O homem se vestia melhor do que eu.E o fato de que ele deu um fora no seu encontro ali mesmo, foi igualmente impressionante. Ele estava dormindo no meu apartamento, me fazendo café, e me chamando de querida menos de duas semanas depois.

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Knox1 – Cassia Leo

Sim, eu me apaixono pelos piores caras.Mesmo agora, quando August lança aquele sorriso malicioso em minha direção, meu estômago dá uma cambalhota.Ele estende a mão para mim e minha toalha cai,quando volto para dentro da cômoda. Ele ri quando seu olhar desliza sobre o meu corpo nu. —Deus, você é tão bonita. Ele agarra meus quadris e me puxa para ele.Suas mãos são macias.As mãos de alguém que bebe café e digita em seu laptop durante o dia todo.Mas elas também são fortes quando ele me segura contra ele. Ele se inclina para me beijar e eu viro minha cabeça. —Pare. —Por quê?— Ele murmura quando beija meu pescoço.—Você tem um gosto tão bom. —August, pare!— Eu o empurro com força no peito. —O que está errado?Você está no seu período? —Ugh!Não, eu não estou no meu período! Você está... você está me traindo, não é? Todo o seu rosto enruga em confusão. —O quê?O que você está falando?

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Knox1 – Cassia Leo

Ele se move em direção a mim e eu levanto minha mão para detê-lo. —Por que não eu estive em seu apartamento em quatro meses? Ele ri.—Você acha que eu estou traindo você? Porque você odeia vir ao meu apartamento.Querida, eu parei de convidá-la depois que você recusou seis vezes seguidas. —Você é tão previsível, August!Eu sabia que você diria algo assim. Seu sorriso desaparece.Se há uma coisa que August odeia, é ser chamado previsível ou banal. Toda a sua vida é projetada em torno da sua capacidade de reunir o velho e o novo, o fresco e o vintage, e torná-lo em algo clássico facilmente. Ele tempera o seu desapontamento interior, e dá um passo para trás. —Becky, eu te amo.Você sabe que eu nunca faria algo que comprometesse esse amor.O que temos é sólido. É... eterno.Por favor, não deixe que isso... Essa paranoia nos destrua. —Paranoia? —Bem, do que mais você poderia chamar isso?Você me acusa de te trair com absolutamente nenhuma evidência, além do fato de que eu não convidei você para o meu apartamento recentemente.

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Knox1 – Cassia Leo

—Então, eu estou paranoica? —Becky, por favor. —Pare de me chamar de Becky! —O quê? Eu balanço minha cabeça enquanto eu me viro e pego o controle remoto da TV em cima da cômoda.Ligo a TV e já está no canal correto.Eu assisto ao programa matinal local a cada manhã antes do trabalho.Ele me ajuda a pensar.Isso me mantém focada, me visto e fico pronta para o trabalho.Caso contrário, eu me distraio.Eu sei que quando a garota do tempo vem pela segunda vez, é hora de sair, ou vou me atrasar para o trabalho. A garota do tempo está nos dizendo que belo dia de verão que vai ser em Manhattan.Eu coloco o controle de volta em cima da cômoda e tiro meu sutiã da gaveta superior.August esgueira-se atrás de mim,pressionando os lábios na minha orelha. —Deixe-me fazer isso para você.Nós podemos passar a noite em minha casa hoje à noite.É sextafeira.Podemos passar todo o fim de semana lá.—Sua língua traça a minha orelha e eu fecho meus olhos, tentando bloquear pensamentos de Knox.—Eu vou levar café da manhã na cama para você e, em seguida, vou me banquetear em cima de você. A garota do tempo desaparece e um alerta de notícias de última hora acende.

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—Notícias de última hora.John Veneto, o chefe brutal da Família Criminosa Veneto, será acusado esta tarde pelo assassinato de Frank Mainella.Frank Mainella foi assassinado há 10 anos, mas seu corpo nunca foi encontrado até três semanas, quando uma empresa de construção começou a demolir um velho centro comercial de Bensonhurst e encontrou os restos mortais de Mainella envoltos em concreto, abaixo de uma loja de impressão.A Família Criminosa Veneto tem controlado Bensonhurst e bairros vizinhos há mais de trinta anos.A polícia está otimista de que essa prisão vai restaurar a ordem a esta vizinhança florescente. —Veneto?— August repete meu último nome em voz alta.—Eu não achava que era um sobrenome comum. —Não é. August me segue quando vou para o armário para pegar algumas roupas. —Você não é de Bensonhurst? —Ele é meu pai, ok?Você está feliz agora?Quer ir escrever sobre ele na sua porra de blog? Ele ri de novo, quando se inclina para beijar meu pescoço novamente. —Isso é meio quente. Sem pensar, eu dobro meu braço para o meu peito, então eu dou uma cotovelada nas costelas dele.

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Knox1 – Cassia Leo

—Sai do acabados!

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meu

apartamento,

August.Estamos


Knox1 – Cassia Leo

Capítulo 12 Eu tento não chorar enquanto caminho até a estação do centro na Rua 35. Em vez disso, eu aplico minha maquiagem durante a caminhada por entre a multidão na calçada. Ignorando as queixas iradas para eu ver onde estou indo. Eu passo um batom na boca e dobro meu compacto em minha bolsa. Parando na calçada, eu olho para o prédio que eu trabalho há 13 meses. Parece diferente. O tijolo castanho e dourado que reveste o lado parece ainda mais chamativo do que o habitual.Um design quadrado que costumava simbolizar força, agora parece ridículo e ultrapassado.Este departamento não é páreo para homens como Knox Savage.Enquanto ele pode ter alguém lá dentro.Alguém tão fraco e suscetível quanto eu. Pelo que eu sei Knox provavelmente orquestrou toda essa confusão com August.Tudo para que ele pudesse me encontrar ontem à noite, na Rua 42, no meu momento mais vulnerável.Como se estivesse me resgatando. Não, isso é simplesmente insano.Por que alguém iria tão longe para fazer outra pessoa se sentir insegura?

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Knox1 – Cassia Leo

Só para mexer com a sua cabeça.Então, novamente, eu sei quase nada sobre Knox, além do fato de que ele trabalha para o meu pai. Eu entro na estação e digo meus bons dias para os oficiais que trabalham na recepção.Vocês não deviam ser tão bons para mim.Eu vou traí-los, em poucas horas,eu quase deixo escapar.Pego o elevador para baixo, para o subterrâneo.As portas se abrem e o detetive Charlie Hunter está de pé no corredor de concreto. —Bom dia, Veneto—, ele diz com sua voz suave de jazz. Charlie Hunter é um erro que eu cometi em todo o departamento.Todos aqui sabem quem é o meu pai.Algumas pessoas acham que é engraçado fazer piada sobre isso.Você viu o seu pai neste fim de semana?Ajudou o seu pai a enterrar os cadáveres neste fim de semana? Charlie foi o único nesta testosterona de homens adultos abastecidos com café, que parecia normal.Então eu pensei em ser agradável.Saímos para bebidas em uma churrascaria na esquina.Eu não acho que foi um encontro.Charlie discordou.Quando ele descobriu que eu estava saindo com alguém, ele desenterrou um monte de sujeira de August e deixou-o em uma pasta de documentos na minha mesa no armário de provas.

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Knox1 – Cassia Leo

Assim que eu percebi o que era, eu cortei a pasta e todo o seu conteúdo.Eu não queria ler aquilo. Embora, eu deva admitir que eu lamente um pouco.Especialmente, considerando tudo o que aconteceu com August. —Hey, Charlie—, eu digo, saindo do elevador. Ele para no limiar do elevador e me assiste. —Hey, azar sobre o seu pai. Eu não tenho que virar.Eu posso ouvir o sorriso maroto em sua voz. —Foda-se, Charlie.

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Capítulo 13 Mandar um detetive ir se foder provavelmente não foi a minha jogada mais inteligente.Mas eu estou muito estressada para lidar com idiotas presunçosos.Sentome a minha mesa no armário de provas, olhando para o telefone, desejando que toque, para que possamos acabar com isso. —Você está bem, Veneto? Você parece que vai vomitar. Tracy Warner é a minha colega de trabalho e a única pessoa neste recinto com quem posso ser honesta.Até hoje, pelo menos.Eu não posso lhe contar nada sobre Knox, ou o meu pai, ou Frank Mainella. —É essa coisa toda com o meu pai.Estou passando mal com isso.E todo mundo está olhando para mim estranho.Este...este é o último lugar que eu quero estar agora. Não é uma mentira total. —Você quer tirar o dia de folga?Eu falo para o sargento que você está violentamente doente e vomitou em toda uma bolsa de provas. —Que jeito de conseguir que eu seja demitida. Ela sorri e sua pele morena enruga ao redor dos olhos.

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Knox1 – Cassia Leo

—Querida, você parece uma merda.Não foi você quem me disse que seu pai estava morto para você? Eu dou de ombros.—Sim, isso foi quando eu sabia que eu poderia abraçá-lo a qualquer momento que eu quisesse. Acabei de dizer isso em voz alta? —Menina, não há nada de errado em amar a sua família fodida—, ela diz, esfregando minhas costas.—Eu te contei sobre meu primo Evan.Aquele menino está dentro e fora da prisão mais vezes do que posso contar e eu ainda o busco toda vez que ele é libertado.É sangue, baby.Não há nada mais forte. Sangue.Eu me pergunto que tipo de provas eles têm contra o meu pai.Que provas eu tenho que destruir?Não pode ser sangue.Vi Frank Mainella morrer.Não havia sangue.Meu pai apagou as luzes no térreo e apertou a corda em volta do pescoço de Frank.Então, ele segurou até que os olhos de Frank viraram injetados e sua língua pendeu para o lado. O telefone toca e meu coração pula em minha garganta. —Você quer que eu atenda isso?— Tracy diz, inclinando-se sobre mim enquanto pega o telefone. —Não!— Eu digo, minha mão tirando a dela do telefone. Eu pego o telefone e pressiono no meu ouvido para que eu não tenha que ver a reação de Tracy. 64


Knox1 – Cassia Leo

—Olá?Hum, eu quero dizer, Midtown Sul.Veneto falando.Posso te ajudar? —Veneto, aqui é Savage.— Sua voz é linda.— Rebecca, você está aí? —Sim! Sim, eu estou aqui. Como posso ajudá-lo? —Rebecca, eu preciso que você verifique seu email.O seu endereço de e-mail privado.Há uma mensagem para você da Segurança Knox. Siga as instruções no e-mail. Boa sorte. Ele desliga antes que eu possa lhe perguntar se vou vê-lo hoje à noite.Estou me comportando como uma estudante desesperada, esperando apenas mais um olhar do capitão quente do time de futebol.Eu suspiro quando abro o navegador do meu computador.Então eu me paro.Eu não posso verificar do meu computador de trabalho. Eu puxo o meu telefone da minha bolsa e abro o aplicativo de e-mail.Com certeza, o e-mail mais recente é da Segurança Knox.Quando eu abro, o logotipo parece muito familiar.Há um anexo, mas requer uma senha. Eu digito o nome Frank Mainella e nada acontece.Eu digito o nome do meu pai e nada.Tem que ser Rebecca.Eu entro meu nome e ainda não acontece nada. Em seguida, algo me bate.

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Eu digito a senha que eu uso para todas as minhas contas pessoais.A senha que eu acho que ninguém, exceto eu, sabe. Imediatamente uma mensagem de vídeo abre.Eu pauso o vídeo e peço licença para ir ao banheiro, para que eu possa assisti-lo.Sento-me no vaso sanitário e pressiono play. A voz envia um arrepio através de mim.Ele me dá instruções claras sobre o local e o número do catálogo do arquivo que eu preciso que chegue as minhas mãos.Não é neste recinto.É no laboratório forense Queens. Eu não estou surpresa.Nós deixamos muito pouca evidência aqui na Midtown Sul. Knox prossegue explicando uma mentira elaborada, o que eu deveria memorizar para que eu possa ter acesso às provas.Ele desliga com um aceno de cabeça.Estou quase triste que não houve promessa de nos encontrarmos esta noite.Mas está claro que ele não pode colocar isso no vídeo. —Quem era?— Tracy pergunta quando sento à minha mesa na frente dela. —Quem era o quê? —No telefone, antes de ir para o banheiro? —Oh.Oh,aquilo.Era apenas Charlie perguntando se ele pode me levar para uma bebida para afogar minhas mágoas. 66


Knox1 – Cassia Leo

—Ele não vai apenas deixar para lá, vai? Enfio meu telefone na minha bolsa e coloco minha cabeça na minha mesa. —Eu realmente não estou me sentindo bem.Talvez não seja só essa bagunça com o meu pai. —Querida, você vai para casa.Eu consigo aqui. —Obrigada, Tracy.— Dou-lhe um abraço com um braço antes de sair do guarda-volumes. Saio por uma entrada diferente da que eu entrei, então eu não tenho que ouvir mais comentários sobre o meu pai.Mas eu ainda consigo encontrar o Charlie novamente na calçada. —Saindo tão cedo?—, ele diz.—A pressão finalmente está chegando a você?Você parece um pouco pálida. Eu o ignoro quando passo, então eu paro.Eu não posso deixar esse cara me intimidar.Se ele não consegue lidar com a rejeição,vamos ver como ele lida com a ira. Viro no meu calcanhar para enfrentá-lo. —Você sabe o que, Charlie, você é patético.Você acha que desenterrar sujeira do meu namorado, vai me fazer querer namorar você em vez disso?Você acha que arrastar o meu nome através da lama, em seguida, esfregar no meu rosto, vai me fazer respeitá-lo?Você não passa de um pedaço de merda que não consegue

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Knox1 – Cassia Leo

aceitar uma rejeição.Agora,me deixe sozinha, porra, antes que eu registre uma queixa de assédio. Ele olha para mim por um momento e deixa cair o cigarro sobre o concreto e pisa nele com o seu sapato social. —Onde você está indo, Veneto?Terrivelmente cedo para sair do trabalho. —Eu estou indo para casa vomitar no meu próprio banheiro, enquanto meu namorado segura meu cabelo para trás e me fode por trás. Tenha um bom dia.

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Capítulo 14 Eu pego um táxi para o Queens, mas eu peço ao motorista para me deixar um par de quadras de distância como Knox instruiu.Ele não quer que ninguém, nem mesmo o motorista de táxi, saiba onde estou indo. Ele não disse isso, mas eu também acho que isso é para que ele possa me seguir.Enquanto desço à Avenida Jamaica, quase posso sentir Knox lá fora, observando cada movimento meu.E isso me faz sentir segura. Eu entro na área de recepção e dois policiais uniformizados estão locados no balcão da frente.Há um portão preso com corrente à esquerda deles, com um grande sinal branco com a palavra Pare.Espere aqui até que alguém te chame. Eu me aproximo do balcão e o oficial mais velho vem para me cumprimentar. —Posso ajudar? —Sim, eu sou da 14ª Delegacia.O Sargento Sullivan me enviou para pegar o...—Faço uma pausa, bem do jeito que Knox falou, —... o caso Sugarman. Eu estendo o emblema que paira em torno do meu pescoço. O oficial, com o cabelo grisalho e os olhos pretos duros, examina meu crachá.Ele me coloca para

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dentro e me diz como chegar à outra área da recepção, onde o balconista vai puxar o arquivo para mim. Você provavelmente está se perguntando como eu vou conseguir acabar com isso. Eu não vou. Eu não vou realmente fazer qualquer coisa.Quando eu chegar à área da recepção, o funcionário não vai estar lá. Ela vai estar no banheiro, passando mal violentamente por causa de algo que alguém colocou no seu café da manhã. Vou chegar lá e pegar tanto o arquivo Sugarman,quando o arquivo Veneto. Vou levar o arquivo Sugarman comigo, mas eu vou enfiar o arquivo de Veneto na gaveta inferior da mesa da recepcionista. É isso aí. É uma tática de procrastinação.Eu realmente destruir provas.

não

vou

Sem a evidência, não há nenhum caso contra o meu pai.Por mais tentador que seja destruir o arquivo, isso não é o meu trabalho.E Knox deixou isso muito claro.Nós apenas precisamos comprar algum tempo.E um pouco de liberdade. Sem o arquivo, o juiz provavelmente irá conceder fiança ao meu pai pela acusação de hoje.Provavelmente vai ser uma quantia exorbitante, mas Knox vai cuidar disso.Então é só uma questão de esperar para eu ser intimada.

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Knox1 – Cassia Leo

Knox não disse que tipos de evidência encontraram nos restos do esqueleto de Frank Mainella, mas tem que ser algo que une Frank à nossa casa em Bensonhurst.Eu não consigo pensar em qualquer outra razão que os fariam para precisar me intimar.Mas enquanto fico à espera, é quando a fase dois da Operação Liberdade Veneto começa. Deixe-me deixar isso claro.Eu não desculpo o que meu pai fez para Frank Mainella.Na verdade, eu o odeio por isso.Eu sofri pesadelos e ansiedade por anos depois daquela noite.Mas você não pode controlar quem você ama.E eu amo meu pai, apesar das atrocidades que ele cometeu.Eu sempre amarei. Enfio o arquivo do Veneto na gaveta inferior da mesa da recepcionista e a fecho. Quando circulo a mesa, eu ouço o som dos seus saltos estalando contra o azulejo no corredor.Eu gesticulo para solicitar o arquivo Sugarman.Seu rosto está branco como papel de seda, que ela se arrasta de volta para o depósito e recupera o arquivo para mim.Ela o entrega e agradeçolhe profusamente.Então eu sugiro que ela descanse um pouco.Há um problema estomacal acontecendo por aí. Quando saio do Laboratório Criminal e piso na calçada, quase dou um suspiro de alívio. Até que eu vejo Charlie em pé na calçada. —Pensei que você estava indo para casa? —Você está me seguindo?

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Knox1 – Cassia Leo

Meu coração está acelerado, mas não com fúria.Isso é ruim.Isto é assim, tão ruim.Isso não fazia parte do plano. O plano era eu entrar em outro táxi a alguns quarteirões de distância.Esse táxi deveria me levar para o meu apartamento, onde Knox estaria esperando.Um dos seus caras, disfarçado como um mensageiro do tribunal, tinha a atribuição de entregar o arquivo na delegacia.Então Knox Savage me devastaria. —Por que eu estaria te seguindo? Esta é uma pergunta capciosa.Charlie está tentando me fazer escorregar e dizer algo sobre meu pai. —Porque você é obcecado por mim. —Você deseja.Eu sou a porra de um detetive.É o meu trabalho estar aqui.Por que você está aqui? —Eu trabalho com evidência.É o meu trabalho estar aqui. Ele revira os olhos, enquanto caminha em direção à porta de entrada. —Divirta-se sendo fodida em um banheiro. Merda. Merda, merda, merda, merda, merda!

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Isso não é bom.Charlie não pode saber que eu estive aqui. Eu corro pela calçada e aceno para um táxi.Falo o endereço do meu apartamento,então inclino para trás para recuperar o fôlego.O táxi para bruscamente e minhas pálpebras abrem.A porta do táxi é escancarada.Sou arrancada do banco traseiro por um cara de terno e óculos de sol pretos. —Jesus Cristo!— Eu grito quando ele me leva para um SUV preto, que está parado na frente do táxi. —Shh! Ele me enfia no banco de trás e sobe atrás de mim.Em seguida, o carro acelera para longe.Não na direção do meu apartamento.

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Capítulo 15 Eu viro minha cabeça ao redor para ver quem mais está no carro com a gente.Sou só eu, o motorista, o cara que me jogou na fileira de bancos de trás, e Knox no banco ao meu lado.Ele está vestindo um terno azul escuro hoje.Está parecendo ainda mais arrebatador do que na noite passada.E ele não parecia feliz. Eu não tenho que perguntar para onde estamos indo.É óbvio que vamos voltar para a garagem onde tudo isso começou.Quero perguntar-lhe o quão fodidos estamos, mas estou com medo da sua resposta.Em vez disso, estamos olhando para os olhos um do outro por um tempo, sua mandíbula cerrando e abrindo. Eu não aguento mais. —O que vamos fazer com Charlie? —Você não vai fazer nada.Eu vou cuidar de Charlie. —O que você quer dizer com cuidar?O que você vai fazer com ele? —Você se preocupe em fazer o seu trabalho e eu me preocupo com o meu. —Você não pode machucá-lo.Ele é um canalha, mas ele não merece se machucar.

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Knox1 – Cassia Leo

Knox se inclina para frente de repente e empurra um dedo apontado na minha cara. —Você deveria ter ficado com a porra do roteiro!Mas, não, você tinha que ir e antagonizar aquele perdedor.Aconteça o que acontecer com ele agora é sua culpa!Está na sua cabeça! Meu coração está batendo tão forte que meu peito começa a doer.Eu não posso ser responsável por qualquer coisa ruim que aconteça com Charlie.Eu tenho que corrigir isso.Eu me inclino para trás em meu assento, segurando meu peito.O que eu fiz? —O que está errado?Você está tendo um ataque cardíaco ou algo assim?—A raiva em sua voz ainda está lá,enterrada sob uma camada de preocupação genuína. Eu tusso para tentar limpar o aperto em meu peito.Eu não consigo respirar. —Eu tenho ataques de ansiedade... desde que... Frank. Eu me inclino para frente para tomar respirações rápidas, afiadas.Mas tudo que eu posso pensar é em Charlie.Eu estraguei tudo.Consegui isso sobre a minha cabeça.Eu nunca deveria ter concordado em ajudar Knox.Agora Charlie vai pagar o preço pela minha estupidez. —Respire—, murmura Knox, com a mão nas minhas costas, confortando-me.—Não pense em nada.Só respire.

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Knox1 – Cassia Leo

Eu fecho meus olhos e bloqueio as batidas frenéticas do meu coração.Eu concentro toda a minha atenção em cadarespiração.Lentamente, começo a respirar normalmente ea dor no meu peito desaparece.Sento-me e Knox está bem ao meu lado, sua coxa pressionada contra a minha, o seu braço em volta do meu ombro. Ele parece preocupado,quando esfrega o cabelo sobre meu ouvido. —Você está bem?— Concordo com a cabeça, apesar de que estar tão perto dele esta fazendo meu coração disparar novamente. —Desculpe-me, eu gritei com você.— Ele pega meu rosto em suas mãos e inclina a testa contra a minha.—Eu não quero que você se machuque.Eu só quero que você saiba o quão sério é isso. O carro para, mas eu não me incomodo de olhar em volta para ver onde estamos.O motorista e segurança saem do carro sem dizer uma palavra, deixando Knox e eu sozinhos.Minhas mãos estendem até agarrar seus pulsos e ele embala o meu rosto. —Eu não sei se eu posso fazer isso—, eu sussurro. Ele beija a ponta do meu nariz. —Você pode fazer isso, Rebecca.Isso é justiça... para o seu pai.

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Knox1 – Cassia Leo

Eu balanço minha cabeça. —Eu não acredito nisso.Eu preciso saber mais sobre este plano, se eu puder continuar.Minha ignorância coloca todos em risco. Seus ombros sobem e descem quando ele suspira pesadamente. —Você está certa.É hora de você conhecer a verdade.Mas em primeiro lugar... Ele dá um beijo suave na minha mandíbula, em seguida, traça os lábios por toda a extensão do meu pescoço para o meu ombro. —Deixe-me tê-la uma última vez.A verdade pode mudar a maneira como você se sente sobre mim.Mas você é tudo que eu pensei hoje. Sua mão desliza para debaixo da minha saia.Enquanto seus dedos brincam com a borda rendada da minha calcinha, provocando-me, a resolução é drenada do meu corpo.Subo para o seu colo e me inclino para provar seu pescoço.Suas mãos alcançam embaixo da minha saia e agarram a parte de trás da minha calcinha.Sem aviso, ele a rasga e puxa para fora, entre as minhas pernas. Estendo a mão para desabotoar suas calças.Sua enorme ereção está testando a força do seu zíper.Eu desfaço seu cinto, então as calças, e logo ele brota livre debaixo de mim.

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Knox1 – Cassia Leo

Deixo escapar uma arfada aguda quando monto nele. —Você está tão duro. —Isso é porque você me deixa louco. Ele empurra para dentro de mim,quando subo e caio em cima dele.A combinação de ambos os movimentos levando-o mais profundamente para dentro de mim do que eu pensava ser possível.Cada vez que ele bate no meu colo, eu grito de dor prazerosa.A dor mais intensa que eu já experimentei. —Você sempre deixou—, ele sussurra contra o meu pescoço. —O quê?—, Eu digo, agarrando o cabelo dele para que eu possa trazer a sua boca para a minha. —Você sempre me deixou louco—, ele murmura em minha boca.—Desde o dia em que você me beijou na sua sala de estar. Eu puxo minha cabeça para trás para olhar nos olhos dele e ele está com um sorriso quase imperceptível. —É você. Ele balança a cabeça. —Não pare—, ele diz, agarrando meus quadris enquanto mói em mim.—Eu tenho sonhado com você por dez anos.Não pare agora.

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Knox1 – Cassia Leo

Eu subo lentamente, em seguida, desço ainda mais lentamente.Saboreando a fricção deliciosa.A forma como o seu pau grosso me estica e me enche como ninguém. —Marco—, eu sussurro em seu ouvido e seu pênis pula dentro de mim.—Foda-me, Marco.Faça-me gozar. Minha boceta está pulsando com a minha necessidade por ele, quando ele me joga rudemente de costas sobre o assento.Ele empurra a minha camisa e sutiã e coloca o meu peito em sua boca.Os movimentos da língua dele no meu mamilo e seus gemidos me deixam mais molhada a cada segundo. —Oh, Marco. Ele beija em um rastro quente na minha barriga, parando quando seu rosto está entre as minhas pernas.Estou doendo, pulsando pela sua boca.Pronta para enfiar o rosto dele em mim.Quando ele me lambe tão suavemente, que tenho certeza que eu estou imaginando. —Por Favor.Faça-me gozar— eu imploro. —Diga meu nome.— Ele me lambe novamente, deixando-me totalmente insatisfeita.—Diga a porra do meu nome! —Marco—, eu sussurro. —Como se você quisesse. —Marco!—, Eu grito.—Por favor, Marco.Não pare.

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Knox1 – Cassia Leo

Seus lábios e sua língua são quentes em mim, bebendo meu suco, chupando a minha carne, devorando meu clitóris dolorido como se eu fosse uma última refeição suculenta.Ele me tortura dessa forma.Praticamente rasgando a minha carne em um momento, então amorosamente lambendo e me acalmando no próximo. Eu não posso acreditar que isso está acontecendo, eu penso comigo quando meu corpo convulsiona violentamente.Eu não acredito que estou tendo o orgasmo mais intenso da minha vida com Marco Leone. Ele não me dá qualquer tempo para recuperar deste orgasmo.Ele sobe em cima de mim e estoca dentro, então eu grito.Tudo sobre ele é elétrico.A pele dele contra a minha.O olhar em seus olhos.Seu beijo. Seu beijo é uma coisa que eu nunca tinha esquecido.Eu sonhei com isso por anos.E agora eu sei que eu vou fazer de tudo para não perdê-lo novamente. Qualquer coisa.

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Knox1 – Cassia Leo

Capítulo 16 Uma vez que estamos vestidos e controlamos a nossa respiração, entramos na garagem.Tenho o prazer de encontrar uma mesa comprida e quatro cadeiras onde podemos sentar dessa vez.Minhas pernas estão como geleia agora. —Sente-se—, cadeiras.

diz

Knox,

apontando

para

as

Aproveito de bom grado um assento na cadeira de metal mais próxima de mim. —Então, você vai me contar tudo agora? Ele se senta na minha frente e eu posso sentir que algo mudou.A fome animalesca e a ternura que eu vi no carro desapareceram.Seu olhar está duro e calculista.Uma máscara de frieza. —Eu acho que eu tenho compartilhado mais do que suficiente com você, Rebecca.Eu acho que é hora de você começar a ser honesta comigo. —Mas eu já lhe disse tudo. —Você não me disse tudo. —Eu lhe disse tudo que sei sobre Frank Mainella! —Você não me contou sobre August Simmons. Meu estômago aperta com a menção do seu nome.

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Knox1 – Cassia Leo

—O que tem August? —Não fique reservada comigo, Rebecca.Diga-me o que você sabe sobre a família de August. —O Quê? Eu... Eu realmente não sei o que você está falando. Em seguida, desperta para mim.É isso que eu teria encontrado no arquivo que Charlie me deu, se eu tivesse tomado o tempo para lê-lo? —Eu juro que não sei do que você está falando—, eu insisto.—Por favor, você tem que acreditar em mim.Tudo o que eu sei sobre August é que ele vem deu ma família que tem dinheiro. Eu só encontrei sua mãe duas vezes, quando ela visitou Manhattan para almoçar com a gente. Eles vivem em Connecticut. Eu não sei nada sobre eles. Eu estendo a mão do outro lado da mesa e ele senta-se para trás para ficar fora do meu alcance. —Por que eu deveria acreditar em você? —Porque eu estou dizendo a verdade. —Como eu verdade?Prove.

sei

que

você

está

dizendo

a

A porta do corredor clica e eu viro minha cabeça para ver August entrar. —Sim, Becky.Prove.

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Knox1 – Cassia Leo

Em Breve Continuação em Knox 2!!!

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