Raw Belle Aurora
Dedicatória: Para quem já amou incondicionalmente. Para todas as pessoas que amaram alguém que não merecia. E, finalmente, a cada pessoa que tenha seguido o seu coração pelo caminho menos percorrido. Isto é para você.
Prólogo
Vinte anos atrás...
E
u
posso
ouvi-los
novamente. Meus vizinhos estão brigando. O menino grita para ele parar. Eu me ajoelho na minha janela. Fechando os olhos com força, tapo os ouvidos e canto para mim mesma. Eu não gosto disso. Então, nada. Eu ouço com dificuldade, então descubro meus ouvidos. Virando-me, e ainda permanecendo um pouco, espreito por cima da borda da janela e o vejo andando rápido pelo lado da minha casa. Ele tropeça, cai e se arrasta para fora da minha vista. Ele está machucado. Meu coração dispara. Eu poderia entrar em um monte de problemas. Papai ficaria verdadeiramente louco.
Ajoelho-me longe de vista por um momento e espio rapidamente pelo batente da porta. Eu escuto. Com dificuldade. As peças de TV e o ouço roncar. Esperança inflama. Desço as escadas na ponta dos pés e fujo para a cozinha. Pego uma cadeira da mesa de jantar, subo nela para alcançar a prateleira de cima. Eu pego o que eu preciso, deslizo a cadeira de volta e vou para a porta dos fundos. Minha mão chega à maçaneta, agarro-a apertado, então... eu paro. Eu poderia me arrumar um monte de problemas por isso. Meu coração bate fora do meu peito. Girando a maçaneta, ela range um pouco e o medo flui sobre mim. Paro, e então eu giro tão lentamente que ela leva uma eternidade para fazer a rotação. Finalmente, eu sinto o clique da trava e empurro a porta aberta. Tirando os meus chinelos, eu os coloco entre a porta e o rodapé para que ela não feche. Descalça e vestindo
apenas minha
camisola branca, eu
ando
cuidadosamente através do quintal, o frio da grama macia sob meus pés, seguindo o som da respiração ofegante e do choro suave. O encontro na parte de trás da linha da nossa propriedade sob uma árvore, eu o vejo cobrir o rosto com as mãos. Seu corpo treme. Mesmo escondido no escuro, ele não quer que ninguém veja suas lágrimas. Ele está tentando ser forte. Meu coração dói.
Caminhando lentamente para mais perto, eu piso em um galho. Ele quebra, e seu rosto se ajusta para olhar para mim. Pulando como um gato assustado, ele grita: — Fique longe de mim. Sem me aproximar mais, eu abaixo minhas coisas e sussurro: — Você está ferido. Ele me observa com cuidado, olhando entre as coisas que eu trouxe e meu rosto, como se estivesse procurando alguma dica de isto ser uma piada. Ele franze a testa e diz baixinho: — Eu estou sempre ferido. Mesmo no escuro, eu vejo o ódio em seus olhos. Ele brilha como o dia. Eu vejo seu rosto ficar mais escuro. Dou um passo à frente com os meus olhos arregalados, digo-lhe: — Você está sangrando. Alcançando sua bochecha, ele toca a ferida com a ponta dos dedos, retiraos, em seguida, olha para o seu sangue. Ele o esfrega lentamente entre o polegar e o dedo médio. Acariciando o sangue, como se fosse desculpas. Eu gaguejo: — Eu - eu posso ajudá-lo. Erguendo os olhos frios para mim, ele cospe: — Ninguém pode me ajudar. Ele não pode mandar em mim. Colocando uma mão no meu quadril, eu olho para ele e sussurro. — Eu poderia entrar em um monte de problemas. Meu pai ficaria realmente louco. E... e vim para ajudá-lo. — de repente, com medo por mim, eu digo baixo: — Por favor, deixe-me ajudá-lo. Eu preciso voltar para dentro antes que meu pai descubra que eu não estou na cama. Meu rosto deve mostrar o meu medo, porque sua postura relaxa um pouco, e ele pergunta: — Por que você vai me ajudar, então?
Não tenho certeza. Eu dou de ombros. —Você está ferido. — Ninguém mais se importa se eu estou ferido. Meu coração dispara. Eu sussurro: — Eu me importo. Ficamos ali, olhando um para o outro por muito tempo. Finalmente, ele se aproxima de mim e pergunta: — Qual o seu nome? — Alexa. Alexa Ballentine. Ele assente, mas não diz nada. — Qual o seu nome? Ele chuta em uma pedra. — Não importa. Você vai esquecê-lo uma vez que eu for embora. Meu estômago dói. Eu preciso saber o nome dele. Aproximando, eu prometo: — Não, eu não vou. Erguendo a cabeça, ele passa a mão pelo cabelo castanho bagunçado para mantê-lo fora de seu rosto. Ele me olha mais um segundo antes que ele pronuncie: — Antônio Falco. Eu quero dizer que é um prazer conhecê-lo, mas não parece certo. Arrastando em torno de pé em pé, eu pergunto: — Quantos anos você tem? Ele se inclina para trás no tronco da árvore. — Oito. Ele parece mais velho para mim. Ele pergunta: — Quantos anos você tem?
— Seis. — pausa. — Eu vou ter sete em breve. — eu minto. Sua testa franze. — Você parece mais velha. Uau. Eu apenas pensei a mesma coisa sobre ele. Sem pensar, eu deixo escapar: — Por que seu pai te machuca? Seu maxilar enrijece e ele explica: — Ele é meu padrasto. Ouvindo um ruído na casa, eu me viro e meus olhos se arregalam de terror. Voltando-me para Antônio, eu sussurro: — Por favor, deixe-me ajudá-lo. Baixando os olhos, ele murmura: — Tudo bem. Alívio e alegria espiralam por meu corpo. Ele dá um passo à frente para a luz da lua e eu suspiro. O topo da sua bochecha está aberto. Eu engulo em seco, tentando não passar mal. Levando um pouco de algodão e antisséptico, advirto: — Esta coisa fedorenta arde. Mas quando eu toco em seu ferimento, ele nem sequer pestaneja. Seus olhos nunca deixando os meus. Pegando um band-aid, eu o abro e coloco no topo de sua bochecha. Ele não adianta muito. A ferida é muito grande. Mas ele ainda murmura: — Obrigado. Outro barulho na casa me faz tremer. Olhando nos seus olhos castanhos, eu sussurro urgente. — Eu preciso ir. Vejo você em outra hora, Antônio. Ele olha para o chão. — Não. Você não vai. E eu não vi. Nenhuma vez mais.
Capítulo Um
Lexi Sydney, Austrália 2014
A
batida na porta
não vai parar. Enterro-me mais profundamente no colchão, puxo as cobertas mais apertadas em torno de mim e suspiro de maneira sonhadora. Knock, knock, knock... — Alexa, levanta sua bunda daí! Você se esqueceu que dia é hoje? — isso soa como Drew. Meus olhos se abrem e eu suspiro. —Merda. — eu salto da cama como se eu tivesse sido expulsa. — Merda! Correndo pelo corredor até a porta da frente, eu destranco e abro a porta. E Drew com um olhar irritado está lá. Ele da uma olhada para o meu corpo e sua boca escancara. Franzindo a testa, olho para baixo e grito: — Merda! Eu não gosto de dormir em nada volumoso. Um top de alcinhas finas e calcinha são a minha combinação de dormir de costume. Correndo de volta para o meu quarto, eu ouço a risada de Drew e eu grito: — Pode rir, Drew! Você vai ter o seu.
Drew é um colega de trabalho em uma causa, e eu esqueci - porra, eu esqueci - que precisamos estar no tribunal esta manhã. Eu me mudei dos EUA para a Austrália quando tinha dezoito anos. Minha mãe adotiva cuidou de mim desde que eu tinha dezesseis anos, e quando sua saúde começou a declinar, ela queria se mudar para estar mais perto de sua família. Sendo nascida na Austrália, que é onde ela estava indo, pensei que eu ia perder a minha mãe. Só que não foi isso que aconteceu. Após dias estando deprimida sobre sua partida iminente, ela declarou: — Você precisa arrumar suas coisas em caixas para que eu possa enviá-las na nossa frente. Você só deve ficar com uma mala cheia de roupas. Eu vou me certificar de que não enviem tudo muito cedo, pois eu ainda quero encontrar nossas coisas quando chegarmos lá. Levantei minha cabeça abruptamente. O que dizer agora? O rosto de mamãe caiu com minha expressão estupefata. — Você não quer vir comigo? Piscando alguns momentos, deixei escapar um grito animado e saltei sobre ela. — Sim! Sim! Eu quero mamãe! Terminando assim a nossa pequena falta de comunicação. Tirando a roupa, eu espalho desodorante pelo meu corpo por uns bons trinta segundos antes de jogar a lata de lado e vasculhar por algo decente para vestir. Eu me contento com uma camisa branca de manga comprida por dentro de calças pretas e adiciono um cinto preto. Definitivamente chic para o tribunal. Deslizando sobre um par de saltos baixos, eu tiro o sono dos meus olhos, solto meu cabelo do rabo de cavalo o chacoalho e me olho no espelho.
Nada mal. Poderia ser muito pior. Apertando os lábios, eu aceno com a cabeça em afirmação. Vai ter que ser. Eu não tenho tempo agora. Saindo do meu quarto, Drew se vira para mim e da uma segunda olhada. Seus olhos azuis se arregalam. — Você fez... — ele aponta para todo o meu corpo. —... tudo isso em menos cinco minutos? Correndo para pegar a minha bolsa na cozinha, eu digo: — Uh-hum. Ele balança a cabeça, murmurando: — Eu tenho que ter uma conversa séria com a minha namorada. Sério, afinal de contas. Quem precisa de duas horas para se preparar para ir ao cinema? Isso é muito tempo. Finalmente localizei minha bolsa e arquivos, eu ando de volta para ele. — Não comece algo que vai sair pela culatra. Ela só leva tanto tempo porque ela quer ficar bonita para você. Caminhando para a porta da frente, ele zomba: — Eu a prefiro sem toda essa merda por todo o rosto. Parando no meu caminho, coloco a mão no meu quadril e inclino a cabeça. — Você já disse isso a ela? Lábios de Drew franzem indignados. Assim como eu pensei. Não. Ele não disse. Levantando as sobrancelhas e apontando o dedo para ele, eu o instruo. — Você precisa dizer isso a ela. Nós saímos do meu apartamento e nos dirigimos ao seu carro. No caminho para o tribunal, ele pergunta: — Você sabe o que você precisa dizer? Balançando a cabeça, digo-lhe: — É bem direto. Dentro e fora. Tahlia cuida melhor de si mesma do que seus pais fazem. E, além disso, ela tem
dezessete anos. Se ela quer se emancipar, eu acho que ela tem uma grande chance. Nós não estamos falando de treze anos de idade aqui. Estamos falando de dezessete anos de idade, que saiu de casa aos quinze, conseguiu um emprego e encontrou um lugar para ficar. Por. Conta. Própria. Ela é responsável, e... — voltando-me para Drew, eu adiciono com um sorriso: — Ela é uma boa garota. Tão doce e encantadora. Eu acho que ela tem o que é preciso para ficar fora do sistema. Drew se volta para a estrada, sorrindo: — Eu acho que este está no papo. Um largo sorriso de merda se espalha pelo meu rosto. — Eu sei. Estou empolgada.
Assim que nós saímos do tribunal, eu perco a minha cara de póquer, corro para Tahlia, e sussurro quase gritando: — Parabéns, querida! Ela ri baixinho e aceita o meu abraço. Eu a abraço forte, sorrindo o tempo todo. Eu amo meu trabalho. Ela murmura em minha camisa. — Obrigada. Realmente. Muito obrigada. Recuando, eu coloco seu cabelo atrás de sua orelha e admito: — Foi um prazer.
Liberando-a completamente, eu a informo sobre o plano. — Então, o que acontece agora, é que você é livre para fazer o que quiser. Isso não é um convite para que você viva na noite e desperdice sua vida, ouviu? Tahlia revira os olhos. — Sim, mãe. Eu rio. Eu amo como o sotaque australiano é atenuado. Sorrindo, eu coloco a minha mão em seu antebraço e aperto. — Você sabe que você pode me ligar a qualquer momento. Mesmo que não seja importante. — dando de ombros, eu digo a ela: — Pode ser algo bobo, como conselhos sobre um menino, ou mesmo o detergente para roupas a ser usado para um determinado tipo de mancha. — ela ri de mim e meu sorriso amolece. — Qualquer coisa, querida. Você não está em meus livros mais, mas você vai ser sempre um dos meus filhos. O sorriso diminui em seu rosto, seus olhos brilham. Ela sussurra: — Obrigada, senhorita Ballentine. Balançando minha cabeça, pronuncio completamente séria: — Oh, não. Você é uma adulta agora. Você pode começar a me chamar de Lexi. Ela enxuga seus olhos para parar a lágrima antes que caia. — Obrigada, Lexi. Me afasto em direção ao carro de Drew, e digo: — Você é sempre bemvinda. Drew espera pacientemente no banco do motorista brincando em seu telefone. Ao me aproximar do carro, eu sinto ele me olhando. Arrepios percorrem todo o meu corpo. A raiz dos meus cabelos está eriçada. Parando como uma idiota, eu tento manter a calma. Eu abro minha bolsa e faço com que pareça que eu estou procurando por algo importante. Meu coração dispara.
Onde ele está? Eu tento olhar em volta discretamente. Meu olhar deriva em frente a um dos muitos cafés ali. Meus olhos passeiam, procurando o capuz preto familiar. E assim quando eu estou a ponto de desistir, eu o vejo. Ele me olha por debaixo do capuz de sua jaqueta, reclinado em uma cadeira do café. Eu sei que eu deveria denunciar isso. Ele está em todos os lugares. E eu quero dizer em todos os lugares. Quase parece que ele sabe onde eu vou estar antes que eu saiba. Sua cabeça se eleva e seus olhos observam os meus. Ele nunca me abordou. Ele nunca fez um movimento para me saudar. Ele apenas... está. Nunca me incomodando. Na verdade, vê-lo desperta alguma coisa em mim. Ele está alojado no meu subconsciente. A estrela dos meus sonhos. O que é ridículo. Eu sei. Seus olhos são ferozes. Cheios de fogo. Eu não sei o que fazer com isto. Drew grita. — Pronta para ir, Lex? E eu balanço a cabeça, percebendo que eu estive aqui de pé por cerca de cinco minutos apenas olhando para um homem estranho do outro lado da rua. Com o rosto queimando, eu respondo: — Sim. Vamos voltar para o escritório. Meus olhos se voltam para ele. Só mais uma olhadinha. Mas ele se foi. Como sempre. Perseguida por um fantasma.
Eu mentalmente zombo. Imaginação.
Chegando ao nosso local de trabalho, eu digo adeus a Drew e aceito suas quatro centésimas felicitações por ganhar a liberdade de Tahlia. Sorrindo todo o caminho para o meu escritório, eu dou um passo para dentro para ver alguém sentado na minha cadeira. Bem, balançando sobre ela com os pés em cima da minha mesa como um empresário milionário. — Michael, pés fora da mesa. Agora. Usando a minha voz de mãe que não me leva a lugar algum, uma vez que ele vê como eu a faço com um sorriso enorme no rosto. Mas Michael é diferente. Ele é um bom garoto. Seus pés escorregam da minha mesa e ele sorri. — Tem algumas notícias para mim? Merda. Meu rosto cai. E quando ele vê isso, o mesmo acontece com o dele. Michael tem quase dezessete anos. Ele tem uma família adotiva, mas aí reside o problema. Sua mãe saiu da cadeia e não tem seis meses e ele quer viver com ela novamente. Mas ela...
— Ela não me quer de volta. — ele olha para baixo, para seus pés. Ando para frente, coloco minha bolsa na minha mesa e sento na cadeira do visitante com um suspiro. — Oh, querido. Não é isso. Há mais do que apenas querer você de volta, o que ela quer, por sinal. Ele vira seu olhar para mim. — Você deveria estar do meu lado. Inclinando-me para frente, eu o encaro. — Eu estou do seu lado. Sempre. Nunca questione isso. Olhando devidamente castigado, mas ainda chateado, ele pergunta baixinho: — Por quê? Inclinando-me para trás na cadeira, eu explico: — Há um processo enorme quando uma pessoa sai da prisão. A moradia que está prevista geralmente não é grande e básico do básico. Depois, há procura de um emprego. E aderindo a ele. No caso da sua mãe, ela precisa ir para a terapia toda semana, e ela vai ter testes de drogas feitos mensalmente por um tempo. E honestamente, querido... — ele olha para cima. —... ela pensa você merece coisa melhor. Assim como eu. Sua principal preocupação foi ficando para trás por alguns meses, você vai fazer dezoito anos e, em seguida, viver por conta própria. Você vai. Não vai? O rosto de Michael suaviza. — Sim. Eu só preciso de dinheiro primeiro. Um pequeno sorriso aparece no meu rosto. — Tudo bem, então. Nós vamos encontrar um emprego para você. Ele assente, em seguida, pergunta: — Como foi com Tahlia? O merdinh... Ele sabe que eu não posso responder isso. Colocando minha cara de pôquer, eu digo: — Eu não sei sobre o que você está falando.
Ele sorri. — Sim, você sabe. Sua coisinha no tribunal foi hoje. E você é sua assistente social. Eu dou de ombros casualmente. — Se você quer saber alguma coisa sobre Tahlia, sugiro que pergunte a Tahlia. O rosto de Michael se transforma sonhadoramente. — Ela é gostosa. Vejo-a perto da escola, mas eu nunca tive a oportunidade de falar com ela. E eu gostaria. Isso é tão doce. Minha cara de pôquer começa a se desintegrar. — Bem, talvez você deva fazer um esforço. Convide ela para sair. Ir ao cinema ou algo assim. Seu rosto fica rígido. — A única vez que eu for chamar uma garota pra sair será quando eu puder cuidar dela. E agora, eu não posso. Assim, o namoro não é uma opção. Deus nos ajude. Nós temos um pequeno dominador aqui. Meu rosto suaviza com um sorriso. — Você é um bom garoto, Mikey. Vamos encontrar um emprego para você. E em breve. Levantando de repente, ele pega sua mochila e vai para a porta. — Até mais tarde, senhorita Ballentine. Virando-me para a porta, eu digo: — Até mais tarde, querido. Assim que Michael sai, Charlie entra. Charlie é meu chefe e um cara incrível. Ele é Maori1, da Nova Zelândia. Então, ele é um homem grande, de pele morena, alto, grosso, mas sua voz é tão doce e aguda, é como falar com um cordeiro em pele leão. — Tem tempo para uma palavra, Lex? Eu me movo para sua frente. — Com certeza. O que posso fazer por você? 1
Maori é um termo que representa a cultura do povo nativo das ilhas da Nova Zelândia. Quando os primeiros exploradores europeus chegaram até lá os chamavam de aborígenes, porém o termo era usado pelos próprios nativos para se referirem a eles mesmos.
Movendo-me para sentar atrás da minha mesa, ele se move para a cadeira à minha frente e me entrega um panfleto, juntamente com a papelada. Já balançando a cabeça, eu sei o que é isso. Testes anuais de drogas. É obrigatório na minha área. O trabalho social na Austrália tem uma visão de tolerância zero contra as drogas. O que é bom. Eu não uso drogas de qualquer maneira. Charlie se inclina para frente e diz baixinho: — Estes estão chegando mais cedo este ano. Nós temos uma suspeita de que alguém no escritório vem utilizando. Com a ideia de alguém com quem trabalho ser pego usando drogas, meu couro cabeludo formiga e os cabelos na parte de trás do meu pescoço se eriçam. De olhos arregalados, eu sussurro. — Oh. Charlie assente com a minha reação. — Exatamente. Estamos pensando em fazê-los semestralmente, em vez de anual. Certifique-se de que manter as pessoas em alerta. Eu aceno de pleno acordo. — Se as pessoas estão começando a relaxar, isso pode ser uma boa ideia. Especialmente se um dos nossos está usando. A ideia de um dos meus filhos sendo liderados por uma pessoa que usa drogas me deixa louca. Muitas dessas crianças têm visto muita coisa errada no mundo, e muito disso tem sido causado pelo uso de drogas. Eu quero protegê-los. Eu quero que eles tenham a infância que eu não tive. Eu quero estar lá para pegá-las quando estiverem para baixo. Mas eu preciso ser cuidadosa. E eu vou ter cuidado. Tanto quanto uma pessoa com um perseguidor pode ser.
Dirigindo para casa, eu ouço e canto junto com o rádio. Sabendo que eu não tenho nada, e eu quero dizer nada, na geladeira para cozinhar, eu passo por uma lanchonete drive-thru e pego uma refeição com hambúrguer. Passando até o meu prédio para estacionar no meu lugar normal, eu franzo a testa. Os refletores acima do pátio de estacionamento estão ambos apagados. Normalmente, um fica acesso enquanto o outro está esperando para ser corrigido. Sento-me no meu carro um momento. Ambos estavam muito bem na noite passada. Discretamente tranco a porta do carro, eu olho em volta do lote. Nada parece fora do lugar. Então, por que o meu coração está acelerado? Você está se assustando. Bufando uma risada sem graça, eu corro minhas mãos pelo meu rosto. Eu realmente estou me assustando. As luzes estão apagadas e estou realmente acabada. Balançando a cabeça para mim, suspiro e destravo a porta do carro. Saindo, eu alcanço o assento para pegar a minha refeição. — Merda! Eu deixo cair minha bebida e derrama em todo o meu assento de carro. Rosnando, eu alcanço através do meio dos assentos na parte de trás, onde eu sempre tenho uma toalha de ginástica. A encontro e jogo a toalha suada
sobre o assento e tento absorver o máximo que eu consigo. Saindo do carro, uma mão chega à minha boca, enquanto outra aperta ao redor da minha cintura. Firmemente. Respiração pesada no meu ouvido. — Se você gritar eu vou transar com você sem camisinha. Eu tenho AIDS, cadela. Você quer que eu te passe AIDS? Tentando o meu melhor para manter a calma, eu balanço a cabeça rapidamente, e ele ri ao lado do meu rosto. Ele cheira mal. Muito mal. Pútrido. Ele diz: — Você vai vir comigo. Você não vai lutar. Vai ser uma boa menina, não vai? Fechando meus olhos, eu aceno. Mas, quando ele me puxa para baixo ao lado do edifício, eu começo a chorar. As lágrimas caem pelo meu rosto enquanto o meu corpo treme, tremendo de medo. Eu não consigo evitar. Eu sei que eu disse que não iria lutar, mas eu cavo meus calcanhares e agarro seus braços. Eu não quero que ele me leve em algum lugar escuro e longe da vista. Ele é um grande homem. Um homem que eu nunca poderia enfrentar sozinha. Sabendo disso, eu choro mais. Eu tremo de nojo quando sua língua molhada quente lambe o lado do meu rosto, muito lentamente. — Oh, quietinha. Você vai gostar. Eu prometo. Eu não gosto de merda, você é um maluco completo! Ele exige: — Feche os olhos. Eu não escuto. Estou o desafiando. Meus olhos permanecem abertos. Em seguida, ele empurra uma lâmina no meu lado. Profundamente. Eu sinto a ponta perfurar minha pele e eu choramingo em sua mão suja. — Feche a porra dos olhos, vadia.
Meu corpo está trêmulo, eu fecho os olhos e sinto a sua mão livre tentar puxar as calças para baixo. O cinto impede que isso aconteça e ele late: — Tire o cinto e as calças. Agora. Minhas mãos trêmulas trabalham lentamente, ganhando tempo, mas eu só posso fazê-lo por um tempo antes de o meu cabelo ser puxado com força. Eu choro de dor. A lâmina desaparece um momento antes de ele envolver seu braço em volta do meu pescoço, a mão segurando a faca com força e ele move a lâmina para descansar debaixo da minha orelha. De alguma forma, no meu estado tremulo eu consegui desfazer o cinto e botões. Ele me vira e pressiona a minha bochecha nos tijolos frios ao lado do prédio, a lâmina agora descansando ao lado de minha garganta. Arrancando minhas calças para baixo, ele chega para frente, em seguida, para baixo, e, instintivamente, eu seguro minhas pernas fechadas. Seus dedos trabalham o seu caminho para a junção entre as minhas coxas e ele esfrega meu monte através de minha calcinha, me fazendo gritar alto. Sua ereção pressiona em minha bunda e eu me encolho tanto que meu corpo estremece. Estou enojada. Isso é nojento. Apertando o braço em volta do meu pescoço, ele chia: — Cala a boca e não faça um som de merda. — seu cheiro em volta de mim, chorando tão duramente quanto eu estou, eu vomito. Sua mão deixa meu lugar mais íntimo, desliza sob a minha camisa e aperta o meu seio. Meu coração chora com cada toque revoltante. Ele acaricia o meu corpo como ele quer, como se eu fosse um brinquedo e não humana. Deslizando a mão pelas minhas costelas, ele descansa no meu quadril um momento antes de pronunciar: — Oh, cara. Você é linda. — ele, então, desliza a mão para baixo na parte de trás da minha calcinha, aperta minha bunda duramente e meu corpo estremece com cada reverberante, soluço abafado. Eu nunca tinha sido violada. Mas eu trabalho com pessoas que foram. E agora, sei que cada vez que eu disse as palavras eu entendo a cada um dos meus filhos, eu não entendia.
Nem perto disso. Eu quase posso sentir meu coração quebrar. De repente, eu estou sendo puxada para trás duramente. Eu aterrisso no concreto duro com um baque surdo e assisto a cena diante de mim em alarme. O rosto do meu grande agressor é chocado contra os tijolos na parte lateral do edifício por um homem igualmente alto. O capuz preto. É ele. Ele agarra o pescoço do meu agressor e joga a cabeça para baixo, enquanto ele levanta o joelho. Thunk, thump2. Ele faz isso de novo e de novo. Minhas entranhas se revoltam ao nível da ferocidade diante de mim. Eventualmente, eu ouço pings suaves no chão e percebo que o meu agressor perdeu alguns dentes. Oh Deus. O homem de capuz continua seu ataque sem palavras. Ele joga o meu agressor no chão e o chuta nas costelas, como se estivesse chutando uma bola de futebol. Ele faz isso mais algumas vezes antes dos seus olhos me pegarem. Respirando pesadamente, ele para e vem em minha direção. Petrificada, o observo vir na minha direção com os olhos embaçados. Ele está quase aos meus pés quando eu sussurro com a voz trêmula. — Por favor, pare. Não chegue mais perto. 2
Referência ao som de chutes e socos.
Meus cotovelos latejam; a pele sobre eles certamente se foi. Tento me arrastar para trรกs e grito de dor. Foi quando ele faz algo que eu venho desejando desde sempre. Ele abaixa o capuz.
Capítulo Dois
Lexi
—N
ão vou
te machucar. Oh Deus. Aquela voz. É exatamente como ele soa em meus sonhos. Baixa e levemente rouca. Então, me dou conta de algo. — Você é americano. Sem perder o ritmo, ele diz: — Você também. — o tom de sua voz transmite tédio. Olhando para ele, eu ainda não consigo ver seu rosto no escuro, mas eu ouço um zíper descer e choramingo alto. Sufocando em meio a lágrimas, eu imploro. — Por favor, não me machuque. Por favor. Sem dizer uma palavra, ele vem em minha direção. Tremendo, fecho meus olhos com força e imploro em um sussurro: — Por favor. Por favor. Não faça isso. Seus braços fortes pegam os meus e ele me levanta. Ele coloca algo quente sobre meus ombros, então eu percebo que o zíper que ouvi foi na verdade de sua jaqueta, e não de sua calça.
Estou tão aliviada que eu caio em seus braços. Enterro meu rosto em seu peito, ele envolve o braço em volta de mim enquanto eu soluço alto. Seu corpo se dobra e ele desce. Puxa minhas calças pelas minhas pernas, me vestindo, e percebe que o zíper está arrebentado. Deixamos meu agressor onde está, eu secretamente espero que ele esteja morto. A partir dos ruídos ofegantes que ele faz, eu não tenho tanta sorte. O homem me segura com ele, andando até meu prédio. Ele leva o seu tempo comigo, sendo extremamente paciente enquanto eu tento fazer minhas pernas trêmulas subirem os degraus para o segundo andar. Assim que chegamos ao meu apartamento ele abre a porta e entra comigo. Ele sabe onde eu moro. Então, por que eu não me sinto como se estivesse em perigo? Porque eu não estou. Só sei isso. Eu tenho certeza disso. Ele fecha a porta atrás de nós, acende a luz e me leva pelo pequeno corredor até o meu quarto. Foi quando vi a sua pele. Tatuado. Como uma peça maciça de arte. Sem chorar, mas com a respiração trêmula eu pergunto: — Você esteve aqui antes? Mas ele não me responde. Me leva para minha cama, me senta, em seguida sai do meu quarto. Nem 30 segundos se passam quando eu ouço o chuveiro, então ele está de volta ao meu quarto. Ele nem sequer olha para mim, vai até minhas gavetas, tirando peças de roupas para mim. Então, enquanto eu tenho um momento, eu penso.
Se eu visse este homem na rua, da forma como ele está vestido agora, abaixaria minha cabeça e atravessaria para o outro lado. Pediria a Deus que ele não me visse fazendo isso, porque ver um homem parecido com ele ficando puto, certamente não é uma coisa boa. Ele é lindo, apesar de tudo. Mas não de uma forma convencional. Ele é alto, um pouco mais de 1,90 metro, com um corpo musculoso e pele morena. Seu cabelo é castanho escuro, raspado dos lados e um pouco maior na parte de cima. Ele veste jeans azul escuro justo em suas longas e poderosas pernas, uma camiseta branca que cobre o peito forte e os ombros largos, está usando tênis branco e um cinto de couro preto grosso. Mas é o que tem debaixo da blusa que me chama atenção. Ele tem tatuagens nos braços e no pescoço. Tem também um pequeno 13 tatuado sob seu olho direito. As costas das suas mãos são lindas. Não há outra palavra para isso. Na parte de trás da mão esquerda está uma tribal, preta sombreada com rosa e com um contorno cinza esfumaçado. O lado direito tem um crânio cinza sombreado, com fumaça em torno dele. Parece tão real, eu tremo. Oh Deus. — Você está ferido. Os dedos estão sangrando e está inchado. Ele para o que está fazendo e volta os olhos sombrios para mim. Ele não me olha de uma maneira sexy, mas sombria e parece aborrecido, chateado. Muito mesmo. Ele fica lindo assim. Ele é bonito e seria algo parecido com um modelo de roupas sem as tatuagens. Ele tem um queixo forte, lábio inferior cheio e maçãs do rosto salientes. Seus olhos são de um castanho suave. Ele murmura: — Não se preocupe com isso. Vá para o chuveiro.
Não sei por que estou recebendo ordens de um homem que me olha de forma sombria e misteriosa, mas eu estou. Assim que eu levanto, sinto um arrepio nos cabelos atrás do pescoço, olho para ele e pergunto: — Você ainda vai estar aqui quando eu sair? Virando-se lentamente, ele me olha com curiosidade e com seus olhos sombrios. Nós nos olhamos por uns bons trinta segundos antes de ele perguntar com aquela voz rouca. — Você quer que eu esteja? Não confiando na minha voz, eu evito seus olhos e afirmo somente com a cabeça. Sinto um alívio imediato quando ele balança a cabeça em troca, se vira, e ordena: — Chuveiro. Pego meu roupão largo atrás da porta do meu quarto e vou para o banheiro. Tiro minha roupa sem olhar para o espelho. Sei que se me vir agora vou me assustar. Na verdade, eu me pergunto como não estou surtando agora mesmo. Estupidamente, eu tento ver meu reflexo e solto um risinho baixo. O espelho está todo embaçado, de forma que eu não consigo ver nada. Isto apenas não era para ser. Dispo-me rapidamente, eu entro no jato escaldante e fico lá tanto quanto possível sem me queimar. Abro a torneira até a água fique mais fria e penso sobre o que acabou de acontecer comigo. Eu realmente acabei de ser atacada por um homem grande e assustador, então, fui salva por meu perseguidor? ... Sim. Isso resume tudo. A primeira lágrima vem queimando. A próxima vem mais fácil. O resto cai livremente, como se elas fossem convocadas pela primeira.
Apoiando uma palma na parede do box para me equilibrar, meu corpo treme em soluços silenciosos. Eu não quero que ele me ouça. Respiro profundamente e uso minhas últimas energias para lavar meu cabelo, me ensaboar, enxaguar e sair do box. Visto meu roupão, penteio meu cabelo e saio do banheiro para ouvir o movimento na cozinha. Entro no meu quarto, deixo cair o roupão e me visto com as roupas que ele separou para mim. Somente quando já estou vestida, reparo que ele escolheu meu pijama favorito. Coincidência? De alguma forma, acho que não. Fazendo meu caminho pelo corredor em minhas calças de pijama do Elmo, camiseta branca e cabelo molhado, lentamente eu entro na minha sala de TV, olhando em volta com cautela. De onde estou, o vejo em pé na porta da geladeira, de costas para mim. Sabendo que não há nada lá para ele comer, eu me encolho. Do pouco que eu sei sobre ele, ou seja, que eu sempre o vejo na rua e vestindo as mesmas roupas. A assistente social em meu cérebro automaticamente assume que ele é um sem-teto. Meu peito aperta. Ele deve estar com fome. Eu limpo minha garganta e ele se vira para mim. — Está com fome? Minhas sobrancelhas franzem em confusão. Não deveria ser eu a perguntar isso? — Uh, não. Eu não acho que eu conseguiria comer, mesmo que eu quisesse.
Ele assente pensativo, e depois pergunta. — Você está bem? — enquanto olha para o meu corpo. Abaixando meu queixo, eu respondo de volta baixinho. — Sim. E eu estaria cem vezes pior se você não estivesse lá, então... Meu coração dispara. De repente, estou nervosa e impaciente. — O-obrigada. P-pelo que você fez lá. — eu gaguejo. Seus olhos glaciais perfuraram os meus. Ele zomba. — Não se iluda. Dando um passo em minha direção, seus olhos castanhos sombrios quase veem através de mim. — Monstros nem sempre se escondem nas sombras. Estendendo a mão, ele corre um dedo lentamente por baixo do meu queixo. Inclinando-se para frente, sua respiração me aquece quando ele murmura a um fio de cabelo dos meus lábios. — Às vezes eles se escondem bem na nossa frente. Com os olhos ainda fechados, eu sinto arrepios e os cabelos na parte de trás do meu pescoço se eriçam. Meus mamilos ficam duros quando ele corre o dedo no meu rosto, muito suavemente. Ele resmunga. — Tem alguns arranhões. Eu engulo em seco e me afasto dele. Ele é como um ímã, atraindo meu positivo para seu negativo. É demais nesse momento. Abrindo meus olhos para encontrar os seus ainda em mim, eu pergunto quase em um sussurro: — Qual é seu nome? Ele me dá um meio sorrido de lado. — Não importa. Você vai esquecê-lo assim que for vou embora. Dirigindo-me lentamente em direção a ele, eu prometo: — Não, eu não vou. É a sua vez de dar um passo atrás.
Ele me observa mais um pouco. Aqueles olhos. Que parecem como se eles veem tudo. Inspirando, ele responde em um exalar. — Sou Twitch. Twitch? Twitch?... Sério? Sentindo-me um pouco mais corajosa, eu explico. — Eu quis dizer seu nome verdadeiro. — Esse é o meu nome verdadeiro. Balançando a cabeça, eu digo baixinho. — Não, seu nome de batismo. Ele parece irritado. — Esse nome foi dado a mim. Agora, eu estou irritada. — Por seus pais? Ele retruca. — Não. Isso torna menos o meu nome? É o único que eu vou te dar, por isso, é pegar ou largar. Hmmm. Interessante. Eu olho ao redor da sala, em qualquer lugar, para evitar seus olhos e pergunto: — Por que você... ‘me persegue’... me observa? Quando fico sem resposta, eu olho para cima para encontrá-lo me inspecionando novamente. É estranho. Ele não se parece com um predador. Certamente não age como um. Então, qual é o problema? Irritação surge através mim rápido como um raio. Colocando a mão no meu quadril, eu pergunto: — Qual é o seu problema? Consigo obter uma reação. Ele sorri, parece saber o que está fazendo comigo. — Chama-se observar as pessoas.
Frustrada, eu debocho. — Observação de pessoas é estar observando várias pessoas. Diferentes pessoas em diferentes situações. Você não é uma pessoa observando. Você é pers... De repente, ele está colado em mim. Ele está tão perto que eu posso sentir o cheiro dele. —Eu sou o quê? — diz ele, desafiando-me a dizer a palavra feia. Respirando fundo, desejo que eu não tivesse. Ele cheira muito bem. Como loção pós-barba e almíscar... e todo homem. Eu sussurro: — Eu só quero saber por que você me observa? Ele fala de forma irônica e ácida. — Foi uma maldita coisa boa que eu estava, você não concorda? Um silêncio constrangedor se segue. Seus olhos amolecem um pouco. — Você está tremendo. — apontando para o meu sofá, ele diz: — Sente-se. Levanto minhas mãos e vejo que estou tremendo. Este homem - Twitch - ele faz alguma coisa para mim. Me arrasto para o meu sofá, me sento e me cubro com um cobertor. Fico surpresa quando ele me segue e senta na extremidade oposta. Minha surpresa se transforma em descrença quando ele enfia a mão no bolso, tira um pacote de M & M e joga um pouco em sua boca. Ele mastiga lentamente, observando-me ver sua boca. Inclinando para frente, ele estende o doce e acena com o queixo em direção a ele. Quando não faço nenhum movimento para pegar qualquer um e continuo a olhar para ele, ele volta para trás. — Fique à vontade. No momento de adrenalina remanescente, eu digo baixinho: — Eu deveria chamar a polícia.
Ele me olha e balança a cabeça lentamente. — Não. Você não vai. Já está resolvido. O quê? Com as sobrancelhas franzidas, eu pergunto: — O que você quer dizer com “está resolvido”? Seus olhos procuram os meus e ele me olha um longo tempo antes de falar. — Tenho um amigo que resolveu o problema. Meu sangue corre frio. Eu engulo em seco, em seguida, sussurro: — Ele está - está morto? Parecendo irritado, ele atira de volta: — Você se importa? Um momento de completa honestidade passa por mim. — Não. Quando você me levou, eu desejei que ele estivesse morto. Twitch acena e seus olhos amolecem. Ele parece gostar da resposta. — Não pergunte, não diga, Alexa. Meus olhos se arregalam e eu tremo. — Você sabe o meu nome. — uma afirmação. Jogando mais doces em sua boca, ele mastiga e olha para mim com sua testa enrugada. Eu sei o que ele está pensando. Estou pensando a mesma coisa. Por que você não está surtando agora? Então eu me lembro. Me levanto e vou para a cozinha, abro o armário superior e pego meu kit de primeiros socorros. Trazendo de volta para o sofá, eu alcanço sua mão, mas ele se afasta. Seus olhos escurecem. — Não precisa fazer isso. — Por favor, deixe-me ajudá-lo.
Seus olhos cintilam e ele balança a cabeça um pouco, como se para limpála. Fechando os olhos, ele murmura — Tudo bem. Vitória e alegria giram pelo meu corpo. Estou momentaneamente exultante. Meu tipo de trabalho significa que me deparo com muitos tipos diferentes de pessoas. Eu sei que todos são diferentes, mas o que eu tenho certeza sobre Twitch é que ele é um sociopata. Abrindo a garrafa de água oxigenada, eu firmo minha mão nervosa, tanto quanto possível e despejo um pouco sobre um chumaço de algodão. Alcançando sua mão, ele observa atentamente como eu pego sua mão e puxo para perto de mim, apoiando no meu joelho. — Esta coisa fedorenta arde. — aviso antes de esfregar o algodão em sua ferida. Ele não vacilou ou fez qualquer sinal de desconforto, mas suas pupilas dilatam enquanto eu limpo seus dedos crus. Não gostando da ideia de ele estar com dor por minha causa, eu me inclino e sopro levemente seus dedos. Quando ele aperta meu joelho com força, eu levanto a cabeça para olhar para ele. Seu maxilar está tenso, seus olhos sombrios e ele parece irritado. Eu sussurro: — Eu acho que você está bem agora. Seu rosto suaviza com meu tom moderado e ele ordena suavemente: — Você precisa ir dormir. Vai estar dolorida pela manhã. Tome ibuprofeno. Antes de eu conseguir falar qualquer coisa, ele está de pé, agarra meu braço firme, mas delicadamente, e me levanta. Envolvendo um braço em volta da minha cintura, ele me leva para o meu quarto, levanta as cobertas e me ajuda a deitar. Eu estou tão relaxada agora. A forte presença dele é alarmante. Eu me sinto protegida. E segura. Eu não tenho medo de nada agora.
Deito minha cabeça no meu travesseiro, ele me cobre e se vira para ir embora. Minha cabeça começa a latejar e meu coração dispara. E se eu nunca mais vê-lo novamente? Quando eu estou a ponto de chamá-lo, ele para na porta e se volta para mim. Parecendo um pouco inseguro, ele me observa. Sento-me, com meu peito arfando. Ele procura o meu rosto pelo que parece ser a bilionésima vez, então pergunta: — Você precisa da minha ajuda para dormir? Respondo sem hesitação. — Sim. Ele pisca. Sua testa franze. Então ele vai embora. Sentindo-me muito só agora, eu não consigo evitar a decepção que sinto neste momento. Eu aceito o fato de que esta é a forma como as coisas estão destinadas a ser para mim para sempre. Eu já passei por tudo na minha vida sozinha. Eu não preciso de ninguém agora. Você não precisa de ninguém. É que só seria bom ter alguém lá para você. Mesmo que fosse apenas por um tempinho. Não querendo pensar muito, eu fecho meus olhos e abaixo minha cabeça. Mas tudo o que eu vejo é a escuridão em sua forma mais sombria. Tudo que eu sinto é muito medo. Meu corpo não parece como meu próprio neste momento. Parece sujo e defeituoso. Fechando meus olhos com tanta foça que dói, eu ouço sua respiração ofegante repugnante e mordo o lábio para parar o meu gemido. Cobrindo minha orelha com a palma da mão, eu respiro profundamente, apenas para sentir seu cheiro rançoso. A ponta do meu nariz formiga. E eu estou sofrendo. Eu o odeio por me deixar.
Eu me odeio mais por querer que ele ficasse. Lágrimas deslizam pelo canto dos meus olhos molhando meu travesseiro. Eu tampo com mais força meu ouvido, tentando desesperadamente tirar esta noite da minha mente. Coisas assim não acontecem para pessoas como eu. Talvez em minha antiga vida, mas não mais. Eu não tenho certeza do que teria que estar sentindo depois disso, mas eu sinto raiva. E triste. E ferida. Tudo de uma só vez. Eu deveria estar preparada para isso. Confortar a mim mesma, é isto. Eu volto à minha infância e me enrolo em posição fetal, balançando levemente. Eu preciso de algo para abafar meus pensamentos. Levanto, eu vou até o CD player e coloco para tocar, em seguida, me jogo de volta na cama, mais uma vez me enrolando sozinha. Eu escuto Guy Sebastian cantar sobre cicatrizes de batalha nunca desvanecendo. Mantenho os olhos abertos, com medo do que eu vou ver se eu fechá-los, eu olho para o vazio que é o meu quarto, lágrimas deslizando dos meus olhos. Um rangido baixo pela minha porta faz meus ouvidos formigar. Passos leves se aproximam. Sinto um arrepio por todo meu corpo. A cama afunda. Meu coração dispara com o susto. Então... nada. Eu espero com os olhos arregalados por um ataque. Uma agressão. Alguma coisa. Virando, eu vejo seu olhar na pouca luz do quarto. Sinto um alívio imediato em meu peito. Ele não me deixou. Júbilo gira através da minha mente perturbada.
Olho para ele e sussurro: — Você não foi embora. Mas ele não me responde. Deita sobre as cobertas, puxa o seu capuz sobre seu rosto e em seguida coloca os braços atrás da cabeça. Ele diz por meio de um suspiro: — Durma, Lexi. Sentindo-me segura, acolhida e protegida, eu fecho meus olhos e deixo o sono me levar para um lugar mais brilhante do que hoje. Amanhã.
Acordando sobressaltada, meus olhos se abrem. Decepção me enche. Twitch se foi. Eu reprimo o desejo de fazer beicinho. Em vez disso, eu sorrio. Ele pode ter ido embora agora. Mas ele ficou.
Fiz o meu melhor para cobrir os pequenos arranhões e contusões da noite anterior, Charlie me olhou por um segundo muito longo e eu pulei em pânico. Imediatamente me forcei uma risada e expliquei que enquanto corria bati em uma parede de tijolos. Charlie estreitou os olhos para mim, mas logo, sorriu e balançou a cabeça em um ‘você é uma desastrada’. Consegui me manter ocupada durante toda a manhã, e antes que eu percebesse, a hora do almoço tinha chegado. Não queria ficar dentro de casa pensando no que aconteceu, então eu decidi que o parque era o lugar para passar este belo dia ensolarado. O desejo de comer não era muito forte. Meu estômago ainda doía quando pensava no que poderia ter acontecido na noite anterior. Parei em um café local, comprei um bolo e suco de laranja, então fiz o meu caminho para o parque do outro lado da rua. Tirando os meus sapatos, sentei-me diretamente na grama exuberante com as pernas estendidas para frente. Levantei meu rosto para o sol e suspirei em êxtase. Eu estava começando a relaxar novamente. O que nos traz ao agora. Meu corpo de repente se conscientiza. A consciência de que estou sendo observada. Minhas sobrancelhas se juntam e estreito meus olhos. Apesar do calor direto do Sol, eu sinto calafrios. De repente, um sentimento de contentamento cai sobre mim. Abrindo um olho, eu viro e percorro toda a rua como se eu o rastreasse. E lá está ele. A figura encapuzada, mãos nos bolsos, uma curta distância de mim. Sinto o calor retornar ao meu corpo e borboletas no meu estômago. Lá está ele. Me observando. Me protegendo. Mantendo-me segura.
Ou não, meu instinto me diz. Eu sei que eu deveria ter receio. Eu deveria me sentir desconfortável. Até mesmo com medo. Mas não estou. Algo sobre esse homem coloca minha mente em repouso. E eu sei que, lá no fundo, tenho nada a temer. Twitch vai me proteger. Como ele sempre fez.
Capítulo Três
Lexi
A
porta da frente do
meu apartamento se abre e ouço vozes familiares. — Alexa, baby, estamos aqui! — Nicole Palmer, minha muito Aussie3, muito desinibida, melhor amiga, grita. Ela rapidamente acrescenta: — Onde você está? Sorrindo, eu grito de volta: — No chuveiro, saio em um minuto! — Tome seu tempo, amor. Nós vamos abrir algo frio e espumante no sofá. — este é David Allen, o meu melhor amigo. Ele é alto, robusto e bonito, um amor completo, e tragicamente distante para a população feminina de Sydney, um cem por cento homossexual cantando em um show de música. Gay como eles vêm. Todos os anos, ele nos faz vestir-nos e participar do gay and lesbian Mardi Gras4. E a cada ano, eu faço uma confusão sobre ir. Os trajes são malditamente reveladores! Mas a cada ano, uma vez que estamos lá, eu me divirto demais. E sabendo que eu estou lá para apoiar o meu amigo é o suficiente para me levar lá. 3 4
Gíria para australianos. Festival e parada do orgulho gay em Sydney.
A porta do banheiro se abre e Nikki diz em voz baixa: — Ei, querida, apenas pensei que eu deveria deixá-la saber que Dave e Phil terminaram na noite passada. Com minhas mãos no meu cabelo, trabalhando o xampu em espuma, eu suspiro. De jeito nenhum! David e Phil estão juntos há quase um ano. Dave viu Phil na academia trabalhando como personal trainer e me fez me inscrever com ele para as sessões para obter informações dele. Eu, é claro, fiz isso por ele. Ele é tão adoravelmente, carente, que às vezes é difícil dizer não para aquele rosto doce. Três sessões com Phil - e meu corpo gritando de dor - eu decidi pedir-lhe para sair. Não que eu queria chamá-lo para sair. Oh, não. Veja, eu sabia que ele era gay desde a primeira sessão que tivemos juntos. Não era como se o cara estivesse escondendo o fato de que ele era desse jeito e gostava de verificar as bundas dos demais homens enquanto eles treinavam. Surpreendentemente, Phil aceitou o meu encontro para o almoço. Durante essa hora, chegamos a conhecer um ao outro, e eu cheguei à conclusão de que Phil era bom o suficiente para namorar meu amigo. E eu disse-lhe exatamente isso. Ele riu da minha petulância e disse cheio de atitude: — Querida, o que faz você pensar que o seu amigo é bom o suficiente para mim? E assim, eu sorri como uma louca batendo palmas e gritei no meio do café. — Você é perfeito! Phil e Dave se reuniram no dia seguinte para o jantar. E Phil... bem... ele meio que nunca deixou a casa de Dave. Um pouco como um filhote de cachorro que está sendo adotado. Eles eram super fofos juntos. Ambos carinhosos e carentes em suas próprias maneiras, eles se alimentavam um do outro, uma relação que eu não tinha pensado ser possível e eu sinceramente pensei que eles tinham o que é preciso para ir mais longe.
Minhas mãos acalmam no meu cabelo ensaboado, eu gemo baixinho: — Oh, não! Coitadinho de Dave! O que aconteceu? Eu ouço o barulho familiar dela sentando no meu cesto de roupa suja. Conversas no banheiro não é uma coisa incomum para Nikki e eu. Vivemos juntas enquanto estudamos, e modéstia logo se tornou uma coisa do passado. Ela suspira: — Eles tiveram uma briga. Uma ruim. Não como fazem normalmente, sabe? Foi um caso raro. Para encurtar a história, Phil acusou Dave de estar traindo ele. Ofegante uma segunda vez, eu quase grito. — Para.Com.Isso! Nikki faz um barulho de incerteza no fundo de sua garganta e sussurra: — Bem, não. Não é verdade. Mas é assim que Dave viu. — Gah! Dave é emocional, desde o melhor dos tempos. Nikki suspira. — E disse a Phil para embalar sua merda e ir embora. Então Phil fez. E Dave sentou e observou. Agora Dave está triste. Sua explicação curta e doce dos eventos de repente faz sentido. Dave pode ser uma diva às vezes. Confirmo: — Dave queria chamá-lo de volta, mas ele não o fez, certo? Seu orgulho masculino feroz ficou no caminho e agora ele se arrepende, deixando-nos com uma rainha chorosa, emotiva de um homem que provavelmente vai estar bêbado na hora que eu sair do chuveiro, certo? Diversão tinge a voz de Nikki quando ela responde: — Na mosca, baby. Bateu esse prego bem na cabeça. — sua voz se torna cheia de temor. — Você é tão boa em ler nas entrelinhas! Eu solto uma risada. — Nikki, você sabe o que eu faço para ganhar a vida? Eu lido com mentiras em uma base diária! Essas crianças... elas são inteligentes pra cacete. Elas sabem o que você quer ouvir e se esforçam, como qualquer coisa para colocar meu cão farejador idiota fora de seus rastros para que eles possam viver felizes sem educação e sem vigilância nas ruas. Acredite em mim, eu gostaria de não ter que ler nas entrelinhas. Mas eu tenho que fazer.
O guincho do cesto de roupa me diz que Nikki está agora de pé. — Eu sei, querida. E você é boa no que faz. Essas crianças não podem pensar nisso agora, mas eles têm sorte de ter você. E eu estou orgulhosa de você. — meu coração incha e eu sorrio. Eu realmente amo essa mulher. — Agora, anda logo caramba, para que possamos fiscalizar nosso próprio rato de rua esta noite. Ela me deixa terminar de condicionar o meu cabelo em paz e minha mente voa de volta para a noite anterior. Antes que eu me permito ir lá, eu começo a cantar para me distrair. Bem, isso, é para distrair os meus amigos de que estou me sentindo para baixo. Triste, um pouco como uma vadia e ainda abalada com o ataque de ontem à noite. Minha interpretação sem igual de Pony de Ginuwine deve funcionar. Quando digo sem igual, quer dizer que eu não posso cantar uma música para ganhar a vida. Mas eu gosto de cantar. Então foda-se tudo o que não te faz feliz. Eu vou cantar a minha bunda fora de sintonia. Envolvendo uma toalha em torno de mim e no meu cabelo fazendo um turbante, eu ando para o fim do corredor e na sala - copa para encontrar Dave jogado no sofá olhando para o nada, enquanto Nikki tem uma conversa unilateral com ele da cozinha. Ele não faz a barba por pelo menos dois dias e seus olhos estão vermelhos, uma prova de quanto esta ruptura está afetando ele. Ele toma um gole do vinho espumante que segura na mão. Coitadinho. Sem uma palavra, eu vou até ele, tomo o vinho espumante de sua mão, coloco sobre a mesa de centro e subo em seu colo. Sentado com as pernas envoltas em seu colo, eu envolvo meus braços em torno dele e puxo sua cabeça na curva do meu pescoço. Ninguém compreende Dave como eu. Eu sei disso porque ele me diz. Eu também sei disso porque Dave fala comigo. Ele me diz coisas que ele admite que ninguém mais sabe. Eu sou seu confessionário. E ele é a minha terapia.
Temos uma relação estranha, mas completamente funcional. Eu o amo como se fosse meu irmão. Eu gostaria que ele fosse meu irmão. O único que Deus me presenteou eu deixei para trás há muito tempo. E ele era um bom irmão. O tipo de irmão que para uma irmã seria motivo de orgulho. Lembro-me quando criança que ele sempre me colocava em primeiro lugar. Ele me dava a maior metade de nossas barras de chocolate na divisão. Ele nunca deixava ninguém pegar em mim. Ele me contava as melhores e mais assustadoras histórias. Ele sempre encontrava tempo para mim. E eu sinto falta dele. Eu sei que Dave precisa de afeto. Ele precisa de carinho como eu. Somos carentes de carinho. Mas nós nunca admitiríamos a ninguém. Nossas cascas duras protegem nossos interiores suaves. Dave funga. Eu sinto a umidade escorrer pelo meu pescoço. Deixei-o silenciosamente derramar sua tristeza. Depois de alguns minutos e sem mais lágrimas, eu sussurro em seu ouvido: — Quer um chocolate à la Lexi? Assentindo em meu pescoço, eu sinto o seu sorriso em minha clavícula e sorrio para mim mesma. Ele está triste, mas não quebrado. Nós podemos consertar isso. Chocolate à la Lexi é uma maneira elegante de dizer chocolate misturado com bebidas destiladas. É a minha especialidade. E eu sei como Dave gosta. Muito chocolate. Muita canela. Muita bebida. Levanto, vou até Nikki na cozinha e puxo uma panela para aquecer o leite. O timer de cozinha soa e sorrindo, ela puxa para abrir a porta do forno e o cheiro me atinge como um tijolo no nariz. Virando-me para ela, eu suspiro, então sussurro de olhos arregalados: — Duplo chocolate, niknaks5 de manteiga de amendoim? Rindo pelo nariz, ela coloca a bandeja de brownie no balcão da cozinha e zomba: — Bem, duh! Acho que esta ocasião exige isso. Você não acha? 5
Um tipo de barras de brownie.
Vamos esclarecer uma coisa. Não há ocasião na história do homem, que não exige um duplo chocolate, e niknaks manteiga de amendoim. Batizado, bar-mitzvah6, casamento, funeral, o Ramadã, a vinda dos quatro cavaleiros do apocalipse, reunião de AA, a ressurreição de Jesus, a conferência do G8, reunião de família... esses brownies seriam bem-vindos em qualquer um dos encontros acima. E eu me encarrego de inventar ocasiões para desfrutar destes bebês, porque Nikki é um osso duro de roer. Quando digo isso, quero dizer que a cadela é malvada! Ela pode ser uma molenga, mas não quando se trata de um duplo chocolate, niknaks manteiga de amendoim. Ela não faz estes brownies à toa. Assistindo-me observar sua fornada como uma raposa observando um frango fora da segurança de sua gaiola, ela limpa a garganta. Quando eu olho para ela, ela faz um gesto para a panela na minha mão. Certo! Chocolate à la Lexi! É pra já. Talvez esta noite não vá ser tão difícil quanto eu pensava que seria. Isto é, até aparecerem sulcos da testa de Nikki e ela se aproximar de mim com um olhar examinador. Estendendo a mão, ela toca meu rosto, então meu lábio com um toque suave e murmura: — Querida? Merda, porra, porcaria! Meu rosto fica em chamas, quando ela recua para procurar meu rosto. Virando a cabeça para verificar o Dave, ela me puxa para um canto da cozinha e sussurra: — Fale. Assim começa Whisperfest 20147. — Não é nada. Eu juro. Não faça um grande alarde. Eu não quero ver Dave pirando.
6 7
Cerimônia que insere o jovem judeu como um membro maduro na comunidade judaica. Festa de sussurros.
Ela sussurra de volta acaloradamente: — Se você não quer que eu diga alguma coisa, eu sugiro que você me diga o que aconteceu e então, haverá menos loucura da minha parte e eu não vou precisar alarmar nosso doce, ainda, triste, David. Dou um tapa em seu ombro e assobio: — Shhhh! Ele vai ouvir você! — não tendo tomado uma polegada da minha atuação, ela olha pra mim, enquanto bate o pé. E eu cedo. — Ok, então você tem que prometer que não vai pirar. Mas assim que eu digo - é claro - ela enlouquece. Com os olhos arregalados, ela recua e grita: — Quem fez isso com você? Foi George? Foi George, não foi? Eu disse que não queria que você vivesse ao lado de um cara instável! George, o meu vizinho bipolar, nunca iria encostar a mão em mim. O cara me ama! Sendo um assistente social, a primeira vez que nos falamos, eu peguei seu comportamento imediatamente. Tenho certeza que ele não estava acostumado com o que ele tem de mim. Um abraço. Eu disse a George que eu trabalhei com um monte de pessoas que sofriam de doença mental e que quando sentisse um ataque de pânico, eu estaria lá para ele; tudo o que ele precisava fazer era chamar. O que ele tem feito. E eu sempre estive lá para ajudar a acalmá-lo do estado esmagador em se encontra. Ele nunca - repito - nunca foi violento comigo. Então, eu estou um pouco chateada com Nikki agora. Eu olho furiosa para ela. — Não faz isso, Nikki! Isso não é nada legal, querida. — Fazer o quê? — ela responde, exasperada. Olhando-a por um momento, eu declaro: — Estereótipo. Sobrancelhas arqueando, ela sussurra: — Puta merda. Eu absolutamente fiz não é? — dando um passo para longe de mim, franzindo as sobrancelhas. Ela está obviamente chateada consigo mesma. E agora eu me sinto como merda.
Tomando-lhe a mão, eu suspiro: — Querida, eu vou explicar tudo mais tarde, eu prometo. Mas agora, eu tenho uma bebida de chocolate para fazer, você tem brownie para cortar e nós temos de encontrar uma maneira de fazer Dave se acertar com Phil. — apontando para o meu rosto, eu digo a ela, — Isso... não é uma prioridade no momento. Seus olhos procuram meu rosto e eu acrescento: — Pareço uma bagunça murchando agora? Revirando os olhos, ela responde de mau humor: — Bem, não. Assentindo, eu concordo: — Exatamente, Nikki. Prioridades. — ela me lança um breve aceno de cabeça. Eu sinto a necessidade de acrescentar baixinho: — Porque o que eu tenho que te dizer... não é bonito. Seu rosto fica ansioso, mas ela cobre rapidamente. Batendo palmas, ela abre a geladeira, me entrega o leite e ordena: — Certo! Chocolate à la Lexi. Agora, senhora! Esta é uma das razões que eu amo Nikki. Ela me conhece bem o suficiente para saber que eu vou falar com ela quando eu estiver pronta. E nós não temos segredos. Então por que estou pensando em uma mentira adequada para contar a ela sobre o estado do meu rosto? Empurrando esse pensamento de lado, faço minha famosa mistura e derramando a bondade fumegante em canecas. Colocando o chocolate e pedaços quadrados de niknaks em uma bandeja, eu ando com eles para a sala de estar e os coloco na mesa de café. Sem olhar para mim, Dave chega à frente e pega uma caneca. Roboticamente, ele coloca a caneca aos lábios e dá goles. Dois, três, quatro goles depois, o robô volta à vida. — Caramba, garota. Ninguém faz chocolate como você. Sorrindo suavemente, ele olha para mim, e seu rosto fica atordoado. — Baby! O que aconteceu com seu rosto?
Minto como uma profissional, dou de ombros e digo facilmente, como se tivesse ensaiado — Tropecei no último degrau de baixo e plantei meu rosto no corredor de tijolos. — ele suspira, e olhando para cima em pensamentos, eu adiciono para aliviar o clima: — Não é tão divertido quanto parece. Dave ri. — Merda, Lex. Só você faria algo assim. Você é uma Rainha desajeitada. Sorrindo através de meu lábio cortado, olho para Nikki. Seus olhos estreitam para mim e o desconforto sobe em cima de mim. Limpando a garganta, tomo minha caneca e anuncio: — Certo! Bem, eu acho que o primeiro plano de ação hoje à noite é encontrar uma maneira de Dave dizer para Phil que ele o quer de volta. Dave sorri para mim com tanto carinho, com tanta intensidade, que de repente eu lembro que estou com pessoas que também posso falar sobre meus problemas. Minha mente acalma neste pensamento. Pessoas que eu posso conversar. Fale. Converse com eles. Não fale com eles. Eles nunca iriam entender. Eu não quero que eles entendam. Twitch é meu. Só meu. E agora mesmo, eu gosto assim.
Naquela noite, os meus olhos se abriram. Em seguida, ampliaram em alarme. Então amoleceram com o meu sorriso sonolento. Sua mão repousa suavemente sobre meu quadril enquanto ele mantém a distância, o seu corpo longe do meu. Fechando os olhos, eu escuto sua respiração constante enquanto ele dorme. Meu último pensamento antes de adormecer é: — Ele voltou.
Na manhã seguinte, Twitch não está lá quando eu acordo. Mais uma vez. Mas isso não me incomoda tanto. Estou pensando cada vez menos sobre aquela noite e mais sobre o meu herói. Meu herói distante. Encontro-me propositadamente fazendo o meu caminho para o almoço no parque, na esperança de vê-lo. E hoje, eu o vejo. Minha coluna formiga em reconhecimento, eu levanto a cabeça e lá está ele. Hoje é diferente de outros dias. É diferente de outros dias, porque seu capuz está abaixado.
Quando eu sorrio e levanto a minha mão em uma saudação, eu sinto como se desse um tapa em minha testa com a palma da mão. Envergonhada, eu abaixo a minha mão rapidamente e vejo conforme ele se vira e vai embora. Eu não perco o sorriso que ele tenta manter escondido. Mordendo o lábio para segurar meu próprio sorriso de escapar, eu levanto o meu rosto para o sol e mais uma vez, sinto à sua luz.
Despertada de meu sono, eu entro no mundo da consciência. Aconchego em algo quente e respiro profundamente. E sinto o cheiro dele. Adoro o seu cheiro. Fuçando na curva do pescoço dele, eu o sinto se mover, então hesitar. Eu firmo minha respiração e coloco a minha mão em seu peito coberto por uma camiseta. Ainda assim, ele hesita. Fingindo dormir, eu levanto a minha perna sobre a dele e sinto seu corpo tremer em risadas silenciosas. Eu quero seus braços ao meu redor. Eu quero que ele me abrace forte. Eu silenciosamente desejo que ele faça um movimento. Mas ele não o faz. Ele resmunga: — Volte a dormir. Não sou mais capaz de esconder o meu sorriso, eu sussurro em seu pescoço: — Bons sonhos, Twitch. Meus olhos se fecham e eu perco a minha batalha para me manter acordada, apenas para memorizar a sensação de seu corpo contra o meu.
Três dias se passaram e todos os dias desta semana tive a mesma rotina. Isso é ótimo para mim, porque há segurança na previsibilidade. Eu me sinto mais segura e menos nervosa. A rotina do meu dia é algo assim: * Acordar sozinha. * Sentir Twitch me observando na hora do almoço. Às vezes localizá-lo. Às vezes não. * Fazer o meu caminho para casa, onde eu tenho um leve surto, no estacionamento do prédio. * Ir para a cama sozinha. Acordar durante a noite enrolada em Twitch. Que é onde eu estou agora. Envolvida em torno de Twitch. Hoje à noite é um pouco diferente no entanto. Hoje à noite, ele se aventurou debaixo das cobertas comigo e tirou sua camiseta. Minha cabeça repousa sobre seu peito nu, meu braço em volta dele muito como se eu abraçasse um ursinho de pelúcia, drapeando minha perna por cima dele, prendendo às suas. Sentindo-me acordar, seu braço envolve minhas costas. Arrastando os dedos em meu ombro, ele pergunta baixinho: — Você está bem? Eu levo um momento para pensar sobre isso. Eu estou bem? Considerando que sinto um formigamento em minha área privada e meus mamilos estão duros que poderia cortar através do vidro, eu diria que sim.
Esfregando minha bochecha ao longo de seu peitoral, respiro nele e respondo em um exalar suave. — Sim. Seus dedos ainda em minhas costas; ele solta seu domínio sobre mim e sonolento, profere: — Durma. Eu levo um segundo para dar-lhe um abraço apertado, relaxo e expiro. Twitch não fala muito. Ele não precisa. Você conhece aquele ditado ações falam mais que palavras? Suas ações estão falando por ele. E eu gosto do que estão dizendo. Gostaria de saber se ele vai me deixar ficar com ele.
Capítulo Quatro
Lexi
H
oje
se
tornou
oficialmente um dia de retrocesso. Sabe aqueles dias que são super cansativos e desgastantes, o tipo de dia em que tudo irrita e ninguém sabe dizer alguma coisa certa para você? Meu dia foi um desses. Porque um dia de retrocesso? Porque você deseja que pudesse voltar atrás e começar de novo de uma maneira muito melhor. Tudo começou na noite passada. Eu tinha passado um pouco mais de tempo me preparando para dormir. Eu raspei minhas pernas, hidratei e usava uma camisola simples, porém mais curta que a minha combinação de pijama tradicional do Elmo. Eu me certifiquei de passar desodorante e perfume e de fazer com que meu cabelo não ficasse muito rebelde. Uma vez que eu me considerei adorável, eu mesma verifiquei no espelho uma última vez antes de correr para debaixo das cobertas, certificando-me de mostrar pele o suficiente para atrair o olhar de certa pessoa por quem eu estava começando a ter uma grande atração.
Quer dizer, a atração estava lá desde a primeira vez que ele baixou o capuz, mas a partir dos últimos dias, a atração quadruplicou. E eu ia fazer algo sobre isso. Fui dormir pensando que esta noite seria a noite em que nós nos conectaríamos. Emocional e fisicamente. E eu estava ansiosa por isso. Havia um pequeno obstáculo no meu plano. Twitch nunca veio. Acordei de manhã sozinha. Ergui a cabeça para encontrar o lado oposto da cama intocado. E doeu. Eu estava irracionalmente ferida. Meu peito doía, e em algum lugar no fundo de minhas entranhas, eu sabia que nosso tempo juntos havia acabado. O que nos leva ao mau dia de hoje. Tenho certeza de que meus lábios estão em um estado perpétuo de beicinho, enquanto a minha testa está presa no estado de franzida. Devo parecer uma criança de dez anos de idade a qual lhe foi dito que ela não pode ter nenhum doce. O que é uma porcaria, porque eu quero um doce. Eu teria feito qualquer coisa para ter um doce. Eu quero o doce para me fazer gritar seu nome quando estivermos juntos pela primeira vez. Eu quero o maldito doce. Quero catalogar e colocar em ordem alfabética todas as belas tatuagens que eu vi e aquelas que eu não vi. Eu me sinto ligada a ele de uma forma que não consigo explicar. Ele me faz sentir segura de tudo. De todos. Bem dentro de mim, eu sei que ele não deixaria ninguém me machucar. Ele não faria isso. E agora o doce desapareceu. Justamente quando eu precisava de um pouco de açúcar.
Imagens. Inclinando-me para trás na minha cadeira de escritório com um suspiro eu espero que o tempo tenha misericórdia de mim e passe rapidamente. Caso contrário, eu poderia ficar louca.
Sentindo uma sensação de formigamento na parte de trás do meu pescoço, eu acordo com um susto. Levanto a cabeça do meu travesseiro, me sento e assisto a grande sombra se afastar de mim. E meu coração afunda. — Twitch? Parando no meio do passo, ele se vira e caminha lentamente de volta à porta do meu quarto. Meus olhos se acostumam à escuridão e eu vejo como ele me observa. Eu sussurro: — Você não voltou. Completamente acordada agora, eu percebo quão patética eu devo parecer, praticamente implorando meu perseguidor/protetor para dormir comigo para todo o sempre. Ele examina meu rosto na penumbra por um longo momento. E me pergunta rudemente. — Você precisa da minha ajuda para dormir? Merda.
A maneira como ele disse indicava que nós não iriamos dormir se eu disser que sim. Minha voz tensa. — Sim. Meus mamilos ficam tensos sob o seu olhar atento, e ele quase dá um passo adiante, mas detém-se de volta. Enfiando a mão no bolso, ele pega alguns doces e os joga na boca. Chupando-os, ele diz suavemente, mas com firmeza: — Eu só fodo de uma maneira. As palavras são tão brutas que meus lábios se abrem e eu xingo em uma respiração instável. Ele dá um passo à frente, seus olhos nunca deixando os meus. — Sujo. — assistindo a minha reação, ele acrescenta: — E este tipo de sujo... — ele respira fundo e diz em uma expiração. —... não se lava. Diga boa noite e esqueça que isso aconteceu. Eu gaguejo através do meu sussurro. — M-mostre-me. Você perdeu sua maldita mente. Seus olhos castanhos enrugam enquanto suas sobrancelhas se juntam, claramente não esperando essa resposta. — Eu acho que você não sabe o que está dizendo. — eu engulo em seco e ele inclina o quadril na minha cômoda e explica: — Você começa isso e muda de ideia, eu não vou parar. Parar quando estou fodendo, significa uma coisa muito diferente. A última coisa que eu preciso é de uma mulher chorando como se estivesse sendo estuprada. — fechando os olhos, espero que meu arrepio não seja visível. Forçando os olhos abertos, eu digo baixinho: — Eu quero. Estando em linha reta, sua expressão se torna indiferente. — Implore. Oh Deus, o quê? Sério? Diga a ele para sair! — Por favor. — eu falo tão baixo, que o vento lá fora faz mais barulho.
Eu estou tão envergonhada de mim mesma por querer isso. Sua marca de sexo vem com uma etiqueta de aviso. Que deve me fazer querer correr na direção oposta. Ele lentamente coloca as mãos nos bolsos de sua calça, balançando a cabeça. — Não, Alexa. Não é bom o suficiente. — então ele se vira e sai do meu quarto. Sentada na minha cama, meu rosto libera o mais brilhante dos rosas8. Será que eu fui seriamente rejeitada pelo meu perseguidor? Que porra é essa? Meu corpo, não aceitando um não como resposta, pula da cama e corre pelo corredor, encontrando Twitch na porta. Assim quando ele a abre, eu a fecho. Minha carranca deve ser feroz, porque suas sobrancelhas sobem. Enquanto ele demora em minha expressão, eu ladro. — Você não pode fazer isso, Twitch. Isso é uma jogada idiota! Você nem sequer me deu uma chance para... Ele me corta. — Você teve uma chance quando eu lhe pedi para implorar. Fiquei boquiaberta. — Isso era um teste? Seus olhos suavizam um pouco. — Não. Não é um teste. Apenas como eu gosto. E se você não estiver dentro, você não está dentro. A menos que você se dê para mim completamente, então... — ele dá de ombros. —... não vai acontecer. Eu não tenho certeza de como proceder. Vou correr o risco de me perder? Mesmo por uma noite? Ele vira a maçaneta da porta, mais uma vez, mas eu uso o meu quadril para batê-la fechada. — Eu vou fazer isso. O que você quiser. Eu vou fazer isso.
8
Fica muito corada.
— Mostre-me o quanto você quer isso. Minhas bochechas queimam. Lambendo meus lábios, eu me inclino para frente e para cima, mas ele pega meu queixo em sua mão, segurando-o firme. Suas sobrancelhas franzidas, ele suaviza sua repreensão com uma voz suave. — Você não pode me beijar até que eu diga que você pode. Minhas sobrancelhas franzem coincidindo com as dele. Então, como eu posso mostrar-lhe que eu... Meus olhos se arregalam e eu engulo em seco. Ele vê o momento em que eu compreendo e seus lábios contraem. Fechando meus olhos, eu mantenho a porta fechada com uma mão e me ajoelho lentamente. Quando estou de joelhos na frente dele, eu estendo a mão e coloco meus dedos trêmulos sobre a fivela do cinto. Não sei por que eu faço isso, mas eu olho para ele, em silêncio, pedindo permissão. Seus olhos suavizam e ele coloca a mão na minha cabeça, acariciando suavemente meu cabelo. Aprovação. Sentindo-me um pouco mais corajosa, eu mantenho meus olhos sobre ele, enquanto eu trabalho o seu cinto, e quando ele finalmente se desfaz, eu solto o botão e baixo o zíper do seu jeans. Abrindo as abas, eu esfrego sobre o material da sua boxer por um momento. Ele toma uma respiração rápida. Uma onda de confiança me envolve. Eu chego até sua boxer e o puxo livre. Meus olhos se arregalam. Santa mãe de Deus! Com meus olhos arregalados, eu olho para Twitch. Seus olhos perfuraram os meus. — Faça-me querer isso.
Segurando seu pênis semiereto na minha mão ligeiramente trêmula, eu não sei o que fazer com isso. Eu nunca estive com um homem que tem um piercing antes. A barra vai à vertical, com uma esfera de prata descansando na parte inferior sensível e a outra apenas onde a cabeça começa no topo de seu eixo. Ele é grosso. Ele é longo. Ele é macio. Ele é impressionante. Eu vi pênis o suficiente para saber que este é maior do que a média. Eu acho que um cara grande precisa de um pau grande... certo? Apertando o meu domínio sobre ele, eu ergo minha outra mão para se juntar à outra e acariciá-lo. Quase completamente ereto, eu prendo o seu olhar quando eu me inclino para frente, separo meus lábios e começo a beijar suavemente a ponta. Seu pau empurrando em minhas mãos. Fechando meus olhos, eu acaricio lentamente, mas com firmeza enquanto coloco beijos na cabeça. Hora de parar de brincar. Abrindo minha boca totalmente, eu achato a minha língua e lambo da base até a ponta, deleitando-me com o calor suave dele. Ele tem um gosto bom. Limpo e ligeiramente almiscarado, assim como um homem deveria ter. Quando eu chego à cabeça, eu fecho minha boca em torno dele e chupo. Com os olhos ainda fechados, eu abaixo a minha boca em seu eixo. As esferas de seu piercing fazem ser estranho e desconhecido, mas perfeito ao mesmo tempo. A firmeza suave de sua ereção e o calor contínuo do piercing na minha língua me coloca em transe. Já não pensando sobre o que eu estou fazendo, eu suspiro baixinho ao seu redor e começo a mover minha cabeça para cima e para baixo. Ele abre as pernas amplamente. Removendo uma das minhas mãos de seu pênis, ele a leva, alcança sua cueca, e a coloca debaixo de suas bolas, as empurrando para cima.
Leva apenas um momento para que eu pegue a dica. Colocando-as na minha mão, eu as massageio suavemente, enquanto sugo lentamente e o acaricio com a outra. Não me lembro de uma vez em minha vida em que eu estive mais confortável fazendo um ato sexual. Algo em mim anseia desesperadamente pela aprovação de Twitch. Quando sua mão acaricia meu cabelo novamente, eu relaxo ainda mais, levando-o tão profundamente quanto eu posso em minha boca sem engasgos. A mão na minha cabeça emaranha meus cabelos e puxa. Meus olhos se fecham com a dor, e eu suspiro quando eu estou sendo puxada para trás. Estremecendo, eu olho para ele. Seus olhos estão semicerrados, ele murmura: — Chega. Seu domínio no meu cabelo facilita. Agarrando meu braço, ele me coloca em pé e ordena gentilmente: — Dispa-se. Não pensando nem duas vezes, eu pego a barra da minha blusa e a levanto sobre minha cabeça. Meus seios saltam livres para o ar frio fazendo meu corpo se arrepiar. Meus mamilos endurecem. Isso não passa despercebido por Twitch. Suas narinas se alargam e seus olhos cintilam antes que ele estenda a mão e role meu mamilo entre o polegar e o indicador. Minha boca se abre em um gemido silencioso e eu me inclino para frente com ele. Ele aperta meu mamilo um pouco demais. Eu assobio em uma respiração. Ele suavemente me lembra. — Eu disse para se despir Alexa. Deus. Esse cara me tem tão quente e incomodada, que eu realmente me sinto tonta. Coloco meus polegares no cós da minha calça de pijama e calcinha, eu lentamente as desço pelas minhas coxas, até que solto o suficiente para cair no chão por conta própria. Então, aqui estou eu. Nua. Na frente do homem que esteve me perseguindo por tanto tempo quanto me lembro.
Que porra há de errado comigo? Antes que eu possa processar a pergunta da minha mente, Twitch me alcança. Sua mão agarra minha cintura e me puxa para frente, me pressionando em seu corpo. Eu não sou baixa. Pelo contrário, eu sou do tipo alta para uma mulher. Mas Twitch... ele faz com que me sinta pequena quando estou próxima a ele. Sua mão aperta na minha cintura. — Você tem certeza que quer isso? — seus olhos semicerrados examinam meu rosto. — Você precisa abrir essa boquinha bonita e dar-me palavras, querida. Esta será a sua última chance de dizer não. O pensamento de Twitch saindo agora me deixa ansiosa. Não vai acontecer. Seios nus pressionados em sua camiseta, eu olho em seus olhos e sussurro: — Eu quero você. Algo no que eu disse o faz reagir. Seus lábios curvam e seus olhos ficam cruéis. — Hora de foder. Hein? Minha mente grita comigo a pensar sobre o que ele disse, mas quando suas mãos deslizam da minha cintura, acariciam minhas costas e, em seguida, para baixo sobre a minha bunda, todo o pensamento está perdido. Inclinando a cabeça para trás, eu gemo baixinho enquanto ele aperta minha bunda, não muito gentilmente. Suas mãos em meu traseiro, ele me puxa de volta para seu corpo. Ele exige: — Olhe para mim. — então eu faço. Seus olhos castanhos e ásperos, ele pergunta: — Quem você quer? Diga. Leva-me um segundo muito longo para responder. Eu sei disso porque o golpe duro que fere minha bunda me sacode tanto que o meu corpo se enrijece. Eu libero o mais brilhante dos vermelhos.
Mas que diabos? Isso dói! Meus olhos estreitam nos seus, e assim que eu abro minha boca para dizer-lhe meus pensamentos, uma mão aperta minha bunda com tanta força que dói, enquanto com a outra emaranha em meu cabelo, com o pulso forte o suficiente para me fazer estremecer. Abaixando seu rosto carrancudo ao meu até que estamos quase nariz-com-nariz, eu vejo isso. Desafio. Ele está me desafiando a dizer alguma coisa. Qualquer coisa. Me desafiando com nada além de um olhar. Minha mente bate palmas para a minha estupidez, claramente impressionada. Isto é sobre o que ele me alertou. Estes são os termos que eu aceitei. Segurando seu olhar só mais um momento, eu passo meus olhos para baixo em sua garganta em derrota. O que ele faz em seguida me surpreende. Inclinando para frente, ele coloca os lábios no topo da minha cabeça por um longo momento antes que ele beije suavemente meu cabelo e murmura: — Sabia que você seria perfeita. Sabia disso, caralho. Minha nudez de repente faz com que me sinta vulnerável, eu puxo meus braços cruzados e cubro meus seios com as mãos. Twitch beija minha cabeça novamente. — Está com frio? Eu balanço minha cabeça, sentindo que a honestidade é o caminho a percorrer. Ele é, afinal, um sociopata. Eu gostaria de ter a confiança dele. Ele estimula, com a voz rouca e abafada: — Você está se sentindo desconfortável? Concordo com a cabeça imediatamente. Apertando minha bunda mais uma vez, ele coloca seus lábios na concha do meu ouvido. — Bom. Acostume-se com isso. Porque eu vou fazer coisas ruins com você. E assim, qualquer calor ou segurança que eu estava sentindo voa para fora da janela.
Eu não consigo evitar, mas pergunto no que eu me meti.
Twitch O rosto de Alexa fica temeroso. Ela deveria estar com medo. Se eu não conhecesse essa mulher tão bem como eu conheço, eu a colocaria sobre os meus joelhos por deixar um completo estranho entrar em sua casa. Mas ai é que está. Eu não sou um estranho. E, embora ela não entenda ainda, ela sente o que eu sinto quando estamos juntos. De volta ao lar. O que é uma vergonha para ela, porque apesar de eu conhecê-la, isso não significa que eu vou pegar leve com ela. Muito pelo contrário. Eu preciso puni-la. Você precisa dela. Apenas ela. Nada mais. Ignorando a voz da minha mente, eu olho para a minha presa. Ela é a razão pela qual eu sou do jeito que sou. É tudo culpa dela. E ela vai pagar.
Lexi Eu deveria saber melhor agora. Eu lidei com pessoas ruins na minha vida antes. Eu sei que Twitch parece acabado, e embora eu não saiba onde isso vai dar, eu sei de uma coisa... Isso vai acabar mal para mim. Mas parece que eu sou uma masoquista, porque eu não vou parar o que está acontecendo aqui. Minha mente divaga. Se eu pedisse para ele parar agora, ele pararia? A necessidade de testar as águas é muito forte para mim para me impedir. — Pare. Twitch. Por favor, pare. Sua mão se aquieta na minha bunda. Seu rosto se contorce de raiva, estreitando os olhos em fendas. — Eu juro para você, Lexi... — ele se arrasta para longe, e eu sei que eu cometi um erro enorme. Eu vou ser punida por isso. Quando seus lábios se contorcem, eu sei que ele entendeu e tudo que eu consigo pensar é que eu estou ferrada. Ele soa divertido quando diz: — Oh Lexi. O que você está fazendo, babe? Você acha que eu estava brincando quando eu disse que não iria parar? Você está me testando, baby? Honestidade. Seja honesta.
Às vezes eu gostaria de ter um botão de rebobinar para minha boca. Eu tento corrigir só que estou fazendo um bom trabalho em arruinar tudo. — Eu sinto muito. Eu só precisava ter certeza. Quando ele passa a mão para cima e para baixo nas minhas costas, eu começo a relaxar. Eu não consigo obter uma leitura sobre esse cara. Ele vai do frio para o quente, em seguida, até muito quente em segundos. Ele é completamente imprevisível. E isso me deixa desconfortável. Ainda completamente vestido com sua ereção para fora, ele continua a esfregar minhas costas e explica. — Eu disse que você não está sendo testada, Alexa. — se inclinando para frente, ele sussurra em meu ouvido: — Tudo o que você precisa fazer para que isso vá bem... é ceder. Isso soa bastante fácil. Em teoria. Certo? Não. Não está certo. Nem um pouco. Quando você vem de casa como eu e se livra de um dito lar, você agarra o seu livre-arbítrio com as duas mãos. Porque, às vezes, é tudo que você tem. E não há segurança em saber que você tem somente uma escolha. Assim mesmo que eu entenda Twitch e sua necessidade de dominar, eu não sei se é algo que eu possa fazer facilmente. Ceder a uma pessoa em quem confio embora... Você confia nele. Você não sabe por que... mas você confia. Uma súbita onda de humilhação desliza para baixo no meu corpo. Eu não posso acreditar que estou fazendo isso. Quieta como um rato, eu evito seus olhos e imploro: — Não me machuque, Twitch. Por favor, não me machuque. A mão esfregando minhas costas para, acabando assim com a pequena quantidade de conforto que eu estava sentindo. Sua voz rouca exige: — Tire minha roupa, menina. Meu coração bate fora do meu peito. Isso está realmente acontecendo. Eu realmente vou deixá-lo fazer essas coisas para mim. Coisas ruins.
Eu selo o meu destino, quando eu pego a barra da sua camiseta firmemente e com cuidado e a retiro sobre a sua cabeça. Ela cai no chão com um assobio sem graça, e eu passo meus dedos nas laterais da sua calça jeans. Levantando os olhos, olho diretamente para ele. Ele não revela nada. Seu rosto permanece desprovido. Inexpressivo. Lentamente, puxando para baixo suas calças, elas ficam presas em torno de seus tornozelos. Droga. Esqueci-me dos sapatos. Esperando que eu não tenha ferrado tudo pela trigésima oitava vez esta noite, eu olho para ele com os olhos arregalados. Mas ele silenciosamente me deixa saber que está tudo bem quando ele me lança um pequeno sorriso. Ajoelhada aos seus pés, eu desfaço seus cadarços e removo os sapatos e as meias, antes de tirar seu jeans por todo o caminho. Bem. Isso foi estranho. Para mim. Ele estende a mão para mim; eu aceito a sua oferta e ele me ajuda a ficar em pé. Em seguida, ele faz algo que eu não esperava. Ele me puxa para frente, leva os meus braços e os envolve em torno de sua cintura. Seus braços em volta do meu corpo. E lá estamos nós, nus, em um abraço firme e intenso. Eu quero ouvir o seu batimento cardíaco. Eu preciso de uma prova de que ele tem um. Um coração, é isso. Virando a cabeça para o lado, eu descanso o lado da minha testa no peito dele, fecho meus olhos e suspiro profundamente, apertando sua cintura. Quando eu começo a sentir que eu estava preocupada atoa, seus braços me apertam firmemente. Realmente apertado. Malditamente apertado. Estou acanhada e me sentindo limitada, então eu fico tensa. Ele diz baixinho: — Não lute comigo. Eu posso fazer com que isso seja bom para nós dois.
Eu silenciosamente concordo, mas meu corpo tem outros planos. Eu começo a lutar em seus braços e ele ri. — Ou lute. Tanto faz. Eu não quero te machucar, mas eu vou se eu precisar, Alexa. A escolha é sua. Eu continuo minha luta e chio com os dentes cerrados: — Não há escolha. Eu não tenho escolha. Não posso me mover para fazer a porra de uma escolha! — claramente, estou em pânico. Agarrando-me mais forte do que deveria, ele ordena: — Olhe para mim. E eu não quero; eu estou me sentindo indignada. E de repente amarga. Eu não quero que o meu direito de escolha seja tirado. Eu não quero ser fraca. Sem uma resposta, Twitch libera um de seus braços e antes que eu perceba... Slap! Minha bunda lateja. Esse foi ainda mais forte do que a última vez! Minha boca se abre antes de eu ter a chance de pensar sobre o que eu estou fazendo. — O que diabo há de errado com você? Pare! Slap! O latejar na minha nádega parece que está pegando fogo. Mas eu continuo. — Eu não quero mais fazer isso! Pare, Twitch. Eu tive o suficiente disso. Eu não quero ser uma putinha fraca para você! Já chega! O
que
eu
acabei
de
dizer
faz
suas
sobrancelhas
franzirem.
Profundamente. Ele me solta completamente, e quando seus braços caem, sinto uma enorme perda que eu não consigo explicar. Afastando-se de mim, ele me olha por um momento antes de dizer lentamente, mas com firmeza. — Eu não levo mulheres fracas para cama. Nunca. — o ar se aquieta no corredor. E é assustador. — Jamais.
Eu quero que ele explique o que ele quer dizer, mas tudo o que posso fazer é envolver meus braços em volta de mim, cobrindo meus seios. Encontro um pouco de coragem que eu devo ter guardado dentro de mim, abro minha boca para perguntar o que ele quer dizer, mas não sai nada. Boca aberta, fecho minha armadilha e aceito o fato de que isso não vai acontecer. Meu peito dói. Olhando Twitch e seu corpo alto e forte, eu sinto vontade de chorar. Que vergonha. Alguns minutos passam e nós estamos lá ainda. Quando me arrisco a olhar para ele, seus lábios curvam para o lado, dando-lhe um dos mais belos sorrisos tortos que eu já vi. Dando um passo à frente, ele envolve um braço frouxamente em torno da minha cintura. — Está vendo? Você não é fraca. — quando olho para ele, ele esclarece: — Uma mulher fraca teria se desculpado por agora. E eu sei que você quer isto, como eu quero isto, mas você ainda não se desculpou por ter dito algo que você quis dizer. Uma mulher fraca teria se desculpado, mesmo que ela não estivesse arrependida. Como eu disse, eu não faço com mulheres fracas. Você percebe o quão forte uma mulher tem que ser para fazer o que eu estou pedindo? Hum. Eu nunca pensei nisso dessa forma. Ele continua. — É preciso uma mulher forte para se liberar de seus medos e sair da sua zona de conforto para entrar em algo que faz com que ela se sinta insegura e até mesmo com medo. Compreendo que você é uma mulher independente, e a escolha caminha de mãos dadas com o orgulho, mas não me entenda mal. Uma mulher forte também pode ser submissa na cama. Isso não a faz fraca. Faz com que ela seja mais forte do que a maioria. Colocar o seu corpo nas mãos de outra pessoa... isso exige coragem. Ambas as mãos se movem para baixo para minha bunda nua e me aperta. Ele se inclina e sussurra: — Eu sei que estou assustando você, mas eu prometo a você: entregue-se a mim e eu vou me certificar de que você nunca mais queira
sexo de outra maneira novamente. Seja forte para mim, Lexi. — mordiscando minha orelha, eu fico arrepiada. — Ceda. E simples assim, estou de volta a bordo. E mais excitada que o pecado. Inclinando-se para o chão, ele pega alguma coisa. E diz: — Enrole suas pernas em volta de mim. — nenhum segundo antes de ele me levantar. Eu coloco minhas pernas no alto de sua cintura, os braços em volta de seu pescoço e ele me leva sem pressa para o meu quarto. Assim que alcançamos a porta, ele me põe para baixo e meus olhos são atraídos para o objeto na mão. Seu cinto. Seu grosso cinto de couro preto. Meu cérebro grita: ‘Oh, não inferno!’, mas meu coração se cala. Twitch não vai me machucar. Não depois do que eu passei naquela noite. Ele não faria isso. Faria? Puta merda. Ele bateu em mim. Eu me toco que não conheço esse cara. Nem um pouco. Eu, basicamente, permiti que um estranho entrasse em minha casa e lhe implorei para fazer sexo comigo. Claro, ele me salvou, mas sério... O que em nome de Deus há de errado comigo? Você precisa dele. Você precisa saber quem ele é. Por que ele é. E por que ele te observa. Admita garota. Você o quer... tanto quanto ele a quer. Oh, nossa. Eu sou uma idiota estúpida. Eu vou ter uma conversa comigo mesma sobre isso mais tarde. Agora, eu estou distraída. Minha distração é sob a forma de um homem tatuado sexy, alto acariciando-se, observando-me através de seus olhos semicerrados.
Engolindo em seco, eu levanto o meu rosto para encará-lo. Seu olhar fixo encoberto percorre meu corpo lentamente em um olhar intenso antes de fazer seu caminho de volta para o meu rosto. Nossos olhos se encontram. Há um brilho familiar em seus olhos castanhos. E eu sei o que ele quer. E ele está caminhando para obtê-lo. Caminho para trás para a minha cama, eu paro quando a estrutura atinge as costas dos meus joelhos. Sentando, eu me empurro de volta para o meio da minha cama, observando Twitch o tempo todo. Deitada no meio da minha cama, eu estendo meus braços para os lados. Fechando meus olhos, calmamente, mas com firmeza eu sussurro: — Você venceu. Eu cedo.
Capítulo Cinco
Lexi
O
cinto em volta do
meu pescoço me faz sentir como um animal na coleira. Não está muito apertado, e certamente não está cortando o meu ar, mas ter algo colocado em volta do meu pescoço como se eu fosse um animal de estimação... eu não me sinto bem com isso. É humilhante. Twitch respira duramente no meu ouvido e minha boceta aperta, depois inunda. Quem diria que se esfregar sem penetração pudesse ser tão erótico? Ele está fazendo um bom trabalho distraindo-me de meus pensamentos desagradáveis. Assim que eu disse as palavras que eu sabia que ele precisava ouvir, eu ouvi seus passos atravessarem o quarto, e meu coração pulou várias batidas. Eu queria isso. Eu poderia mentir para ele. Eu poderia mentir para todos. Mas eu não poderia mentir para mim mesma. Eu sempre quis fazer sexo com um desconhecido. É uma das minhas fantasias secretas. Ouvi dizer que é intenso. Eu estava prestes a descobrir o quão intenso.
Mantendo meus olhos fechados, suas mãos agarraram meus quadris e fui virada para o meu estômago. Virada de bruços em minhas cobertas, ele levantou meus quadris, elevando a minha bunda e eu quase gozei. Alguma coisa sobre um homem forte - um homem que sabe o que quer e vai fazer o que ele tiver que fazer para ter - me transforma em algo selvagem. Mantendo os olhos fechados, esperei por seu toque. Mas antes que eu pudesse entender o que estava acontecendo, algo surgiu em volta do meu pescoço. Minha vida passou diante dos meus olhos. E que vida triste era. Eu não tenho realizações reais. Nenhum relacionamento verdadeiro. Ninguém iria me procurar tão cedo. Em resumo, de repente me senti patética. Eu tinha escapado da minha família para ficar longe de uma vida tóxica e aqui estou, fazendo sexo perigoso com um homem perigoso. Um homem que poderia me machucar de uma forma que eu nunca quis ser ferida. Trazendo os meus pensamentos de volta para o que estava acontecendo no meu quarto, abri a boca e soltei um pequeno grito. Mas meu grito foi cortado com uma mão firme sobre a minha boca. Twitch disse como um dominador: — Não. Não faça isso. — e eu acalmei. Como se fosse uma compulsão. Ele afirmou suavemente: — Não vou te machucar. Eu apenas gosto. Eu vou deixá-lo frouxo. Não vou te machucar, Lexi. Não seriamente, de qualquer maneira. Um soluço rasgou da minha garganta. Eu não queria ser ferida de forma alguma! ... Ou eu queria? Twitch pressionou nas minhas costas e o comprimento dele se ajustou entre minhas nádegas. Minhas lágrimas estavam excitando-o. Isso me assustou como nenhuma outra coisa. O cinto apertou levemente em volta do meu pescoço, enquanto ele gentilmente garantiu de se certificar em deixá-lo solto o suficiente para passar um dedo no interior do mesmo. Lágrimas rolaram nas minhas bochechas. Ele começou a balançar dentro de mim, me deixando
momentaneamente distraída do meu medo. Meus soluços pararam e foram substituídos com uma respiração pesada. O que nos traz ao agora. Envolvendo um braço sob o meu corpo, ele me puxa para cima enquanto pressiona mais profundo em mim. Seu corpo quente, o cheiro que me cerca, tudo o que posso pensar é o quanto eu o quero. Há algo animalesco sobre este homem. Algo que eu quero fazer parte. Algo que eu quero ser incluída. Ele é uma força da natureza. Movendo a cabeça para baixo para mim, ele pressiona sua bochecha na minha e exige: — Lexi, eu preciso que você me diga a quem este corpo pertence esta noite. Excitação faz a minha cabeça girar, eu respondo imediatamente: — Você, Twitch. É seu. — seu rosnado baixo de aprovação faz meu coração palpitar e meu núcleo chorar. Ele brinca comigo. — Você tem certeza? Eu não acho que você é toda minha esta noite. Eu sinto que você está se segurando. Ainda há uma parte de você que você está tentando segurar. E eu não gosto disso. Preocupação agita minhas entranhas. Eu não acho que eu estou. Não. Eu tenho certeza que eu não estou me segurando. Mas eu não sou rápida o suficiente com a minha resposta, então ele se repete. — Este corpo é meu hoje à noite? Sem hesitação. — Sim. — Meu para eu fazer o que eu desejar? Mais silencioso. — Sim. Sua respiração ofegante no meu ouvido me faz mais molhada do que nunca. Existe alguma coisa mais sexy do que os ruídos que um homem faz durante o sexo?
Movendo seu corpo contra o meu em um ritmo lento, a sensação de seu pau deslizar para cima e para baixo nas minhas nádegas faz eu me sentir inebriante. Quando eu me pergunto se ele nunca vai me foder, ele sussurra em meu ouvido: — Puta que pariu, você está molhada. Quando foi a última vez que alguém te tocou? Minhas bochechas coram e eu sussurro: — Cerca de oito meses atrás. Mordiscando meu ouvido, ele desliza a mão pelo meu estômago ao meu monte e o segura firmemente. — Depois desta noite, você não vai querer ninguém além de mim. É isso que eu tenho medo. Sua mão solta meu lugar mais íntimo, e ele atinge a parte superior do meu peito. Em um aperto, ele ordena: — Fique quieta. Eu quero ver você. — então ele se inclina para trás e longe de mim. Então, lá estou eu, virada para baixo, bunda para cima, todo meu pudor se foi. Sentindo-me um pouco como um cavalo que está sendo inspecionado para venda, eu mordo meu lábio, orando a Deus para que ele goste do que vê. Um momento passa. Em seguida, outro. E meu coração bate tão alto que eu acho que ele pode realmente ouvir as batidas. Ele não diz uma palavra e humilhação me agarra. Ele não gosta do que vê. Mas, ainda assim, eu fico onde estou. Fazendo como me disseram. Como um pônei de show. Meu coração se contrai. Mas tudo recomeça quando suas mãos descem nas minhas costas suavemente. Ele as move mais abaixo para os meus quadris, em seguida, ainda mais baixo para a minha bunda virada para cima. Espalhando minhas nádegas, ele sussurra: — Perfeita. E um calor flui através de todo o meu corpo, do couro cabeludo aos dedos dos pés.
Graças a Deus. Quando seus polegares vão até o centro da minha bunda exposta, eu fico tensa. Oh, por favor, Deus. Não. Não lá. A ponta de seu polegar passa suavemente sobre o meu orifício e eu não consigo evitar. Agarrando os lençóis com força, meu corpo torna-se rígido, e eu quase grito pare. Mas não o faço. Sua mão ainda em mim. O silêncio é pesado. E desconfortável. Além disso, Twitch, sempre pensa a frente da situação. — Você não quer que eu faça isso? — seu polegar desliza para baixo na fenda da minha bunda, parando por um momento e me fazendo suar. — Eu pensei que tínhamos um acordo. Que este corpo era todo meu esta noite. Eu não sei o que dizer sobre isso. Colocando o polegar de volta onde eu mais receio, ele afirma: — Este corpo é meu para fazer tudo o que eu quiser. E se você for boa, eu vou fazer você gozar. Se você for má, eu vou deixar você pendurada. Ao dizer isso, eu sei que você vai ser uma boa menina. Porque você definitivamente não quer me decepcionar. Você quer, Lexi? O pensamento de decepcionar Twitch faz meu estômago revirar... de uma maneira ruim. — Não, Twitch. Seu polegar esfrega a carne enrugada com mais firmeza. Inclinando-se sobre mim, ele cospe bem na minha entrada traseira e eu fico tensa pelo calor úmido que desliza lentamente e separa minhas carnes. Minha mente grita comigo enquanto ele empurra a ponta do polegar na minha entrada traseira um centímetro. Ele não faz um movimento para empurrá-lo mais profundo. E eu sei o que é isto. Eu entendi. Isto é Twitch afirmando o seu papel. Isto é Twitch me mostrando quem é que manda.
E mesmo que o pensamento do seu comprimento no meu lado errado me faça estremecer, eu gosto do domínio que ele está exibindo. Ele está me excitando tanto que eu quase me esqueço de onde o seu polegar está. Ele continua seu lento e torturante ataque sobre mim e eu vou ficando mais molhada. O pensamento de seu comprimento penetrando-me lá me faz estremecer, mas o seu domínio está me excitando tanto que eu quase quero. Isso é exatamente como eu imaginei na minha cabeça. Cru, bruto e sujo como o inferno. E não é sempre que você vê as suas fantasias vindo à vida. Esta fantasia, no entanto? Está me assustando pra caralho. Eu me pergunto se eu vou acordar logo para descobrir que tudo isso foi um sonho. Firme em me concentrar na minha respiração, eu não notei Twitch se movendo até que ele coloca a ponta de seu pau na minha entrada. O calor dele me faz suspirar levemente. Ah, eu quero tanto isso! Removendo o polegar de mim, eu dou um suspiro aliviado, e inclinando para frente, ele sussurra em meu ouvido: — Boa menina. Agarrando-se, ele trabalha a cabeça de seu pau para cima e para baixo nas minhas dobras, passando minha excitação sobre ele. Ele não diz uma única palavra quando ele lentamente empurra para dentro de mim. Eu sinto as esferas de seu piercing passar pela minha entrada, e isso acrescenta uma sensação que eu nunca senti antes. Estou inconscientemente ciente de que ele está lá, mas não de uma maneira ruim ou perturbadora. Ele não tem que dizer absolutamente nada. Ele empurra ainda mais em mim e eu suspiro levemente. A sensação dele - a grossura dele - me faz sentir mais completa do que eu jamais estive. Eu sinto como se uma parte perdida de mim estivesse retornando. Um pensamento perigoso. Um que eu realmente não quero pensar. Meus olhos se fecham e deixo escapar um suspiro suave quando a mão dele vem em volta da minha cintura, mais uma vez e ele me puxa para trás
suavemente enquanto ele empurra para frente. É uma sensação estranha! As esferas de seu piercing batem em alguma coisa dentro de mim e todo o meu corpo formiga. Dedos dos pés enrolando, eu aperto os lençóis com força e gemo alto. Eu uivo quando Twitch morde minhas costas e responde a minha pergunta não formulada: — Isso é o ponto G, babe. Eu acho que é preciso que um homem seja altruísta para perfurar seu pau apenas para o prazer das mulheres. Totalmente cheia dele, ele espera um momento para me ajustar antes que ele ordene calmamente: — Ponha as mãos atrás das costas, Lexi. Tendo o meu ponto G agradado, eu nem sequer pestanejo ao seu pedido. Minhas mãos se encontram no inferior das minhas costas e ele segura ambas em uma das suas gigantescas mãos. Ele empurra um pouco profundo demais em mim e uma pontada de dor bate no meu ventre, mas rápido o suficiente, ele se afasta e começa a balançar dentro de mim. Oh. Meu. Deus. Boca aberta, minha respiração se aprofunda ainda mais e meus olhos revertem em minha cabeça. Ele é bom. Muito bom. Angulando para o lado esquerdo do meu corpo, a cada estocada curta, ele bate no mesmo local várias vezes. E, de repente, o meu corpo queima, meu núcleo começa a se contrair e eu empurro de volta para ele. Então ele se foi. Que diabos no inferno? Que porra é essa, Twitch? Caralho! Rosto emoldurado em uma expressão de descrença, eu viro para encontrar Twitch sentado sobre seus calcanhares, os lábios franzidos em decepção. Peço acaloradamente: — Mas que porra é essa? Por que você parou? Inclinando-se para frente, tão perto que o seu nariz quase toca o meu; seus olhos furam os meus quando ele explica. — Você não está no comando
aqui. Você não pode gozar sem que eu permita isso. Eu sou responsável por seu orgasmo, não você. Você me compreende, garota? Eu realmente não entendo, mas eu quero que essa conversa estúpida chegue ao fim para que ele possa me encher como um peru de Ação de Graças novamente. Concordo com a cabeça, e ele pergunta: — Então por que você está empurrando de volta para mim e tentando assumir o controle? Sentindo-me um pouco como uma criança que está recebendo uma bronca, eu amuo e mergulho meu queixo. — Eu não percebi o que eu estava fazendo. Isso é novo para mim, Twitch. Estou acostumada a participar. Sinto muito. Na minha visão periférica, eu vejo suas mãos se moverem para os seus quadris. Ele respira fundo e responde em uma expiração: — Você está seriamente fodendo o meu talento agora. E eu não consigo evitar. Eu caio na gargalhada. Este é o mais estranho encontro sexual que eu já tive. Na minha vida. Ainda rindo, eu olho para Twitch. Ele não parece divertido. Revirando os olhos, eu imito sua posição e sento-me sobre os meus calcanhares. — Ah, vamos lá. Você não acha que isso é até um pouco engraçado? Estou na cama com um estranho que não me deixa participar de sexo... — brincando com a ponta do cinto com as pontas dos meus dedos, eu adiciono: — Eu tenho um cinto em volta do meu pescoço e o cara com quem eu estou fodendo me diz que eu estou o fazendo perder seu talento! Mas não, não qualquer cara. Um cara que me persegue diariamente! Um cara que me salvou de ser estuprada! Toda esta situação... é malditamente ridícula! — eu exclamo em uma risada.
Quando o rosto de Twitch não mostra quaisquer sinais de ele achar a minha história divertida, minha risada morre lentamente. Sento-me para trás em meus calcanhares e o vejo através dos seus olhos cansados. Então, algo milagroso acontece. Seus lábios se curvam para cima, no que é o mais lindo e brilhante sorriso que eu já vi. E é contagioso. Sorrindo para ele, ele coça o queixo e admite confusamente: — Isto não é o que eu tinha planejado para esta noite. De repente nervosa, eu admito de volta: — Eu também não. Quando seu rosto fica duro e calculista, arrisco meu orgulho. Que é uma coisa surpreendentemente difícil de fazer. Virando de volta eu deito no meu estômago com a minha bunda no ar e minhas mãos na parte baixa das costas. — Esta noite, meu corpo é seu para fazer o que quiser. Mostre-me como me submeter. Eu quero me submeter a você. Leva dez segundos bem lentos antes de eu sentir a cama se mexer, mas meu calmo coração bate novamente. Sem perder tempo com preliminares desta vez, o seu braço retorna para me sustentar sob o meu estômago; ele coloca a ponta do seu pau na minha entrada escorregadia e empurra todo o caminho para dentro. Eu estou cheia do seu calor rígido. E isso é a glória. O braço ao meu redor envolve-me com força e ele começa a empurrar para dentro de mim. Estou tão cuidadosa, esta não é hora de fazer um som ou de fazer algo estúpido, como gozar antes que ele me diga. Eu preciso do que ele está oferecendo, tão fodido quanto isso é. Eu preciso recuperar a sexualidade que eu estive tão perto de perder esta noite. Ele bombeia para dentro de mim, me acariciando profundamente e eu gemo baixo em minha garganta. Fechando os olhos, eu sinto seu peito pressionando minhas costas. Ele balança em mim e a conexão - a proximidade parece quase íntima. Sua mão em concha sobre meu queixo e ele aperta levemente, virando meu rosto o lado quanto pode. Meu núcleo começa a pulsar
e meus olhos disparam abertos. Ele me observa com os olhos sorridentes e um rosto rígido. Meus olhos suplicam-lhe. Eu preciso gozar. Agora! Olhando profundamente em meus olhos, ele pergunta: — Você vai gozar no meu pau, Lexi? Eu aceno com a cabeça rapidamente. Arrepios alinham minha espinha e manchas brancas borram minha visão. Então os meus olhos se fecham em êxtase, Twitch sussurra: — Goze para mim. Agarrando seu pênis apertado, eu vibro em torno dele e gemo: — Sim. Deus, sim. Suas estocadas avançam e se tornam mais duras, quase violentas. Levantando-se das minhas costas, ele agarra meus quadris com força e me puxa de volta para suas estocadas. Em coma de sexo, tudo que posso fazer é gemer e suspirar enquanto ele faz o que ele faz. É uma sensação incrível. De repente, ele chia: — Você toma pílula? Meus olhos se abrem. Meu coma de sexo se foi. Que merda! Nós não estamos usando proteção! O que diabos há de errado comigo? Eu culpo Twitch pela minha falta de raciocínio. Ele me tem tensa e agora muda. Um tapa na minha bunda me traz de volta à realidade. — Sim. Eu tomo pílula. Nem um segundo depois de eu responder a ele, seus dedos apertam em torno de meus quadris e ele empurra tão forte, tão profundamente em mim, que parece que eu estou pulando em um trampolim. Seu domínio aperta em mim. Ele me empala uma última vez e detém meus quadris firmemente no lugar. E eu sinto isso. Seu orgasmo.
Ele geme profundamente, então acalma os tremores do seu pau e a cada pulsar de sua libertação, um sentimento de conforto passa por mim. E que sentimento! Camadas de calor úmido me preenchem por dentro. É incrível. Eu nunca tive sexo sem camisinha. Meu cérebro me interrompe com: ‘Você percebe que você acabou de ter sexo fantástico com um sem-teto, loucamente fantástico com um cara perseguidor, certo? Você também deixou esse cara entrar dentro você e você o conhece cerca de um minuto e meio’. Os olhos do meu cérebro ampliam e assentem. ‘Você, minha querida, é uma vadia estúpida’. Twitch ainda não se retirou de dentro de mim. Seu polegar distraidamente acaricia meu quadril e os únicos sons que podem ser ouvidos no meu quarto é um dueto de respiração pesada. Eu sorrio para mim mesma. Ah. Eu me preocupo com as besteiras amanhã.
Twitch Que diabos foi isso? Minha cabeça coça em todo o espaço vazio onde o meu cérebro deveria estar. Cai fora, cara. Isso não era como as coisas eram pra acontecer hoje à noite. Ela era para ficar com medo, ser fraca e frágil. Não toda... caralho.
Ela deveria ser tudo o que eu precisava. Ela deveria ser algo com que eu pudesse trabalhar. Quem disse que não é? Estou me acostumando a ignorar a voz da minha mente quando ela fala estupidamente assim. Ela diz as palavras mágicas - eu cedo - e o meu pau fica feliz. Eu mal posso esperar para quebrá-la e começar o que eu esperei anos para fazer. Mas não. Ela não cede tão facilmente... e mesmo quando ela acha que está cedendo, ela só está dando uma pequena parte de si mesma. Não é o que eu preciso que ela dê para que isso funcione. E não é malditamente suficiente para mim. Eu preciso dela. Eu a quero. Eu a possuirei. A necessidade de puni-la está piorando. Então, por que você não faz? Procurando minha camiseta, eu a encontro na porta da frente junto com o resto das minhas roupas e coloco sobre a minha cabeça. Como eu disse, esta noite não saiu como planejado. E eu preciso me afastar dela. De seu cheiro doce e boca suave. Eu preciso pensar. Caminhando de volta para seu quarto, eu me sento na beira da cama e coloco meus sapatos. Sem me virar para ela, eu ando de volta pelo corredor, pego meu casaco do sofá e saio pela porta da frente. Dando-lhe uma falsa indicação do que esta noite significou para mim. Nada. Eu sei que eu sou um idiota. Não estou sequer arrependido. Quando eu fecho a porta atrás de mim, eu forço os olhos para baixo, certificando-me de não olhar pelo corredor e dentro daqueles grandes olhos azuis.
Não. Esta noite definitivamente não saiu como planejado.
Lexi Eu ouço o clique do trinco quando Twitch sai do meu apartamento. Eu não tenho certeza do que eu esperava... mas não era isso. Acho que eu esperava pelo menos um boa noite. Minha testa franze. Meu cérebro faz horas extras. Com essa saída, estou me sentindo deixada como uma prostituta que pagou seu herói de volta com favores sexuais. E de repente eu me sinto suja. Em pé com as pernas trêmulas, nossos fluidos combinados escorrem pelas minhas pernas quando eu faço o caminho do banheiro a tempo de vomitar.
Eu acordei esta manhã de mau humor. Isto era esperado. Fui para a cama de mau humor, por isso faz sentido acordar assim também.
Depois que Twitch se foi e eu fiz a minha corrida louca para o banheiro para perder o conteúdo do meu estômago, tomei banho, pela segunda vez naquela noite para lavar o sentimento sujo de cima de mim. E enquanto eu estava tomando banho, eu me perguntava o que diabos eu estava pensando, permitindo que um homem que não conheço - um homem potencialmente perigoso - me levasse pelo seu caminho. Minha mente está em branco. Eu não tive nenhuma resposta. Foi uma coisa estúpida de se fazer. Algo que eu nunca vou fazer de novo. Eu me comprometo a nunca fazer algo assim novamente. Porque eu sou melhor do que isso.
Twitch — O que está na sua bunda hoje? — pergunta Ling com os olhos apertados. Eu mal lhe poupo um olhar e continuo lendo o jornal sem responder. Mas, Ling sendo Ling, ela não se contém. — Não, sério, Twitch? Ou eu deveria tirar o t e o w e adicionar um b9 em vez disso? Eu ouço o sorriso em sua voz e quero colocá-la sobre o meu joelho. Isso não seria uma coisa incomum entre nós. Na verdade, quase todas as manhãs temos uma rapidinha dura e forte. Mas minha mente está na noite passada. Em suma, eu não estou à altura. 9
Twitch - bitch: puta, vadia, cadela, etc.
Mais como meu pau não está à altura. Ling não é a pessoa com quem ele quer brincar. Estou repensando muitas coisas desde a noite passada. Eu dou uma boa olhada ao meu redor, nos quartos da minha casa que são visíveis a partir da mesa de jantar, e eu acho que a vista deveria me fazer feliz. Mas hoje, isso não acontece. O que você faz quando o objetivo que você está trabalhando a sua vida inteira some como uma nuvem de fumaça? Certo. Você encontra um novo objetivo. A partir de hoje, o meu novo objetivo está definido. Lexi. Eu sorrio cruelmente em meu papel. Eu vou quebrá-la.
Capítulo Seis
Lexi
U
ma
semana
se
passou. Uma semana de mau humor. Uma semana de entranhas produzindo ansiedade. Uma semana de depressão silenciosa. Suspiro. Tem sido uma semana difícil. Por que, você pergunta? Bem, isso é bastante simples. Twitch desapareceu. Ao longo da semana eu estive de olho nele, esperando que ele fosse se mostrar. Fazer uma aparição. Algo. Eu normalmente sinto seus olhos em mim antes mesmo que eu o veja. Sinto alguma coisa. Mas, ele apenas... desapareceu. O que me deixa com os seguintes pensamentos correndo pela minha cabeça: O sexo foi realmente tão ruim assim? Tão ruim que o seu perseguidor terminou com você? Eu sei que foi estranho, mas terminou bem... não é?
Ser descartada pelo seu perseguidor é muito ruim. Quer dizer, ele te observa semana sim, semana não por quase um ano e depois de ter relações sexuais, ele é como ‘Zás, bam, obrigado senhora. Nós não requeremos mais a sua posição como vítima. Não nos ligue; nós vamos te ligar. Não é você... sou eu. Estamos em fases diferentes de nossa relação perseguidor/vítima. Eu preciso de espaço’. Quão patética você é? Você está realmente incomodada que seu perseguidor não está mais se escondendo nas sombras. Isso é apenas... lamentável. Eu sei que é estranho, caramba! Que é parte da razão para o meu super mau humor. Então, quando eu me acomodo à minha mesa, trago meu café aos meus lábios e eu sou interrompida por uma batida na porta, eu rosno. Sim. Na verdade rosno alto. — O que é? Charlie aparece lá, colocando seu rosto meigo e redondo no meu escritório. — Ei Lex, você tem um minuto? Como eu poderia ficar brava com Charlie? Ele é sempre tão educado e gentil quando fala. Sinto-me como uma cadela por rosnar para ele. Ele me faz sentir ainda pior quando seu rosto mostra preocupação e ele pergunta calmamente: — Lex, você está bem? Você parece um pouco para baixo. Merda. Faça eu me sentir como uma bosta, por que você não faz?! Forçando um sorriso, eu digo a ele: — Só um pouco de dor de cabeça. Nada que alguns analgésicos não resolvam. Sua preocupação não cessa. — Eu posso conseguir alguém para fazer isso. Não é grande coisa. Sorrindo mais firme, eu golpeio minha mesa. — Fale para mim, Charles! O que está acontecendo? Parecendo convencido de que eu estou bem, ele explica: — Nós temos um novo patrocinador. Uma empresa de plásticos que quer fazer uma contribuição anual para os próximos cinco anos.
Isso é incrível! Embora sejamos financiados pelo governo, há toneladas de organizações sem fins lucrativos e instituições de caridade por aí que precisam de dinheiro para continuar fazendo o que eles fazem. O governo ajuda onde eles podem, mas os fundos são limitados e a maioria deles perde. O que é realmente triste. Serviços como abrigos para mulheres, refeições para os sem tetos e os centros de acolhimento para as crianças de rua dependem de doações privadas para se manterem. E se estamos falando de um compromisso de cinco anos, devemos estar falando de muito dinheiro. Contendo minha súbita excitação, eu pergunto calmamente. — Quanto por ano? O sorriso de Charlie brilha. — Quinhentos mil. E eu aperto as bordas da minha mesa para me impedir de cair no chão desmaiada. Isso é muita grana para uma empresa dar. Isso é dois milhões e meio de dólares ao longo de cinco anos! Isso é incrível... incrível... surpreendente! Este é um valor que pode fazer algo grande acontecer. Muito dinheiro durante um período de tempo significa grandes projetos. Eu estou tonta! Levanto tão rapidamente que minha cabeça gira, eu vou até Charlie e coloco minhas mãos em seus braços, apertando-os emocionada. Abro a boca para transmitir o meu nível de excitação... mas não sai nada. Charlie observa minha boca aberta e ri baixinho. — É por isso que eu queria que fosse você que cuidasse dos detalhes. — seus olhos suavizam. — Ninguém se preocupa mais com as pessoas do que você, Lex. Encontrando a minha voz, eu sorrio meu primeiro sorriso genuíno em uma semana. — Mande-os entrar. Charlie sorri vacilante. — Tudo bem. Mas Lex... — ele divaga e eu levanto minhas sobrancelhas em questão. Mas Charlie balança a cabeça lentamente e profere: — Apenas... basta lembrar o nosso lema, sim?
Virando, ele sai do meu escritório, me deixando confusa e desconfiada. O nosso lema. Igualdade sobre estereótipo. No nosso campo, nós lidamos com todos os tipos de pessoas de diferentes origens, raças e religiões. Não existe tal coisa como normal em nosso trabalho. E a triste verdade é que é fácil colocar um estereótipo sobre uma pessoa que você não conhece. Olhar para uma pessoa é o suficiente para as nossas mentes imaginar o tipo de pessoa que você acha que eles são. E noventa e nove por cento das vezes, estamos errados. Bem, agora eu estou um pouco nervosa. Tomando meu café, eu ando em direção à porta, quando meu calcanhar trava. Eu oscilo no local um momento e consigo me equilibrar, mas não sem antes derramar café no meu braço e no chão. Levanto a cabeça em uma oração silenciosa, respiro profundamente, em seguida, caminho ao redor da minha mesa, puxando um punhado de guardanapos da minha gaveta. Levantando minha saia um pouco, me ajoelho no chão e começo a limpar a bagunça. Alguém limpa sua garganta. Mais especificamente, um homem. Há trinta centímetros de mim, um par de sapatos de couro italiano entra em foco. Ótimo. Subo meu olhar até as calças pretas, que cobrem fortes e grossas pernas muito masculinas, passam sobre sua virilha, até o cinto... Esse cinto. Meus olhos se arregalaram. Esse cinto! Percorrendo lentamente sobre sua camisa branca engomada, gravata de seda preta e elegante paletó preto, meus olhos se se movem rapidamente para encontrar um par de olhos semicerrados marrons, suaves.
Meu coração dispara. O que está acontecendo aqui? Analisando seu rosto enquanto ele olha para baixo em mim, meus olhos desviam sobre o pequeno '13 ' tatuado em sua maçã do rosto, em seguida, mais abaixo nos redemoinhos artísticos de cor e tons de cinza que espreitam para fora sob a camisa e que decoram seu pescoço. Passamos um momento observando um ao outro de perto. Eu, tentando descobrir o que diabos está acontecendo e ele, tentando avaliar minha reação ao vê-lo em um... sentido mais profissional. Tomando um pequeno passo em minha direção, estamos incrivelmente perto. Meu peito escova seu joelho. Seus lábios se contorcem, e ele aponta para a minha posição de joelhos no chão. Usando uma mão tatuada para ajustar a abotoadura do punho oposto, sua voz rouca me inunda. — Sinto que já estivemos aqui antes. Oh meu Deus. Isso não está acontecendo.
Twitch Caramba. Vendo a bela Alexa Ballentine de joelhos na minha frente não era como eu assumi que essa reunião começaria. E pelo olhar em seu rosto atordoado, ela não esperava também. Mas aqui estamos nós.
Seus olhos azuis claros derivam até a minha cintura e suas pupilas dilatam enquanto ela inala rapidamente. Foda-se, porra, caralho! Ela gosta do cinto. Ninguém gosta do cinto. É uma porra de um sufocador pelo amor de Deus. Um grunhido me escapa e sua cabeça se levanta. Ela tenta evitar o meu olhar. Eu não gosto disso. Avançando, eu pego seu queixo delicadamente, mas com firmeza e levanto seu rosto. Ela não tem escolha a não ser fazer contato visual e quando nossos olhos se encontram, libera seu rosto e seus lábios finos em frustração óbvia e aborrecimento. Ela sussurra: — O que você está fazendo aqui? Sem jamais facilitar as coisas para alguém, eu respondo bem baixinho: — Você já está molhada, não é, Alexa? Assobiando uma respiração, ela fecha os olhos. — Você não deveria estar aqui. Tenho um compromisso. Agarrando-lhe o queixo com força, eu murmuro em um tom aborrecido: — Eu sei. Falcon Plastics. Doação. Entrevista. Todo esse jazz10. Seus olhos se arregalam. Ela tropeça em suas palavras. — E-então você ainda está me observando? E-eu não vi você por aí. Ou até mesmo s-senti você ao redor. Eu presumi que você tinha terminado... Cortando-a, pego em seu braço e a puxo gentilmente. Ela se levanta, abaixando a saia por cima dos joelhos e eu anuncio: — Eu sou o dono da Falcon Plastics, Lexi. — seus olhos arregalados, o rosto incrédulo é... impagável. Eu amo isso. Tensão inábil enche o escritório. Tão espessa que você pode cortá-la com uma faca. Isto é o que eu gosto. É a minha coisa favorita a fazer. Fazer as pessoas ficarem desconfortáveis é divertido. — Eu sou seu compromisso, babe. — eu sorrio um pouco feliz. O que ela diz a seguir faz o meu sorriso dissipar em meu rosto.
10
Usado para expressar: etc.
— M-mas eu pensei que você era sem teto. — ela murmura. Meu sangue ferve. Não. Meu orgulho... não gosta disso. Estive desabrigado. Os melhores anos da minha vida. Sem brincadeira. Quando eu tinha oito anos de idade, decidi que ser sem teto era melhor do que ser um saco de pancadas de algum gordo, porco repugnante que merecia a morte que ele teve... eventualmente. E foi melhor. Descobri que havia um monte de garotos como eu por aí. Fugindo de casa. Correndo da morte certa. A maioria das pessoas pensa em casa como um local seguro. Um paraíso. Não eu. Minha casa era... horrível. Um maldito pesadelo. Dando dois passos para trás, eu movo lentamente minha mão para apertar sobre a placa na porta. Esta sala está agora Em Uso. Levando meu tempo fechando a porta, quando a trava clica ruidosamente, Lexi salta... medo? Em antecipação? Com desejo e necessidade? Não tenho certeza. As mulheres são criaturas complicadas. Olhando para trás, eu alcanço a corda pendurada ao meu lado, desenrolo e vejo as persianas até caírem no chão, deixando-nos em total privacidade. O rosto de Lexi mostra medo. Mas eu a conheço bem. Ela não está medo de mim. Ah, não. Ela está com medo de si mesma. De sua própria reação a mim. Eu a avisei. E eu quis dizer o que eu disse. Ela nunca vai querer mais ninguém depois que eu terminar com ela. E depois que eu terminar com ela. Eu vou embora. E sem olhar para trás. Voltando ao assunto em questão, meus dedos se movem para o meu punho direito, soltando minha abotoadura. Com minha voz rouca, eu digo lentamente: — Como você pode ver, eu definitivamente não sou sem teto. Não mais. E eu nunca serei novamente.
Seguindo em direção a ela, ela recua até que a parte traseira de suas pernas batem em sua mesa com um baque suave. Os dedos da minha mão direita trabalham no punho oposto, e uma vez que estou livre, eu retiro o meu paletó, jogando-o em sua mesa e arregaço as mangas da minha camisa até os cotovelos. Minha mente - sempre calculando - sugere que eu jogue com meu mais novo brinquedo. Quem sou eu para me recusar de prazeres simples? Eu não posso dizer que não. Ela parece tão corada e mansa agora. E eu estou completamente duro. Quando em Roma11... Meus pés param na frente dela; levanto minha mão até tocar seu rosto, e quando escovo a pele do seu queixo, seu corpo estremece, como se levasse um choque. Meu pau salta. Nós gostamos disso. Inclinando minha cabeça para a dela, eu escovo a ponta do meu nariz contra o dela. — Estou disposto a dar um monte de dinheiro para a sua causa, Sra. Ballentine. — sua respiração aquece meus lábios. Inconscientemente, ela para a centímetros da minha boca. Afastando-me, acrescento: — O que você está disposta a fazer por mim? Os olhos de Lexi encontram os meus. Tantas emoções piscam através deles. Raiva. Excitação. Vergonha. Meu olhar semicerrado permanece nela, nunca revelando nada. Ela finalmente abaixa o rosto e eu sorrio com a vitória. Ela calmamente pergunta: — Você está dizendo que não vai doar, se eu não... — ela engole em seco e tropeça em suas palavras. —... se nós não... quer dizer, se eu não deixá-lo... Salvando-a de si mesma, eu afrouxo a minha gravata e aspiro. — Claro. Se for isso que você precisa ouvir. Se você precisa de um motivo para justificar você chupando meu pau em seu escritório às 9h da manhã em uma segunda-feira. — inclinando a cabeça para o lado em pensamento, eu digo distraidamente: — Chupando pau para contratos... — eu me desvaneço e assisto com prazer os flashes de fúria em seus olhos. 11
Provérbio: When in Rome, do as the Romans do. - Quando em Roma, faça como os romanos. - Siga o fluxo.
Estou atordoado quando seus braços saem e empurram meus ombros, com força. Eu sou forçado a dar um passo para trás e dou um meio sorriso pelo sucesso em deixá-la sem jeito. Lexi cospe: — Eu não sou uma maldita prostituta, Twitch. Eu não vou fazer isso. Você ia doar de qualquer maneira, então basta fazê-lo já e sair. Você viu isso? Eu gosto deste lado com raiva. Há uma ferocidade nela que eu nunca soube que existia. Esta descoberta me agrada. Vai ser divertido. Quebrando-a, isso é que é. Tomando minha distância como uma oportunidade de escapar, ela se move para trás de sua mesa, puxa a cadeira, e me propõe de eu me sentar na cadeira de hóspedes antes de sentar seu doce traseiro. Eu sei que não deveria, mas eu não consigo evitar. Sabe aquela coisa que as pessoas têm que lhes diz que está fazendo algo errado ou pressionando demais? É. Eu não tenho um desses. Caminhando ao redor da mesa para ela, eu puxo a cadeira usando pouca força. Erguendo a cabeça, ela fecha o rosto para mim. — O que você pensa que está fazendo? Tomando suas mãos nas minhas, eu a puxo para ficar de pé e sento na cadeira dela. Agarrando seus quadris, eu a empurro para trás suavemente até que sua parte inferior atinge a borda da mesa. Sua expressão mostra a derrota. Ela parece derrotada. Muito derrotada. Eu gosto disto. Eu estou fazendo progresso com ela que eu não tinha previsto fazer tão rapidamente. Eu tinha planos de tomar vinho com ela, jantar e lentamente construir sua confiança e carinho antes de eu socar isso nela. O meu verdadeiro eu. E mais importante, por que eu sou do jeito que sou.
Ela está fazendo isso muito fácil para mim. Eu sinto que ela precisa ser recompensada por seu bom comportamento. Afinal de contas, quando um cão faz um truque ou se comporta, ele recebe um agrado. E assim Lexi deve obter seu agrado. Reclinado na cadeira, eu coloco meus braços por trás da minha cabeça, e seu olhar desvia para os meus braços expostos. Ela gosta das tatuagens. A parte estúpida do meu cérebro está satisfeito porque ela gosta das tatuagens. Estalo os meus dedos, seus olhos voltam para mim. Bom cãozinho. — Levante sua saia. Inclinando-se para longe de mim, ela me olha com os olhos semicerrados. Ela olha para mim como se eu estivesse louco. Tudo o que sei é que ela não moveu um músculo. E eu a quero de saia levantada. Portanto, repito: — Levante-a. — seus olhos correm de um lado ao outro, e eu sei que ela está pesando nos prós e contras em sua mente. Adoçando o negócio, eu digo a ela em um sussurro: — Se você levantar a saia, eu vou fazê-la se sentir tão bem, vai valer a pena ser pega de novo. Endireitando-se um momento, ela balança a cabeça quando ela chega à bainha de sua saia e profere: — O que há em você que me faz querer fazer coisas muito estúpidas? E apesar de eu não fazer mais do que sorrir para ela, eu estou rindo por dentro. Ela é realmente fofa, às vezes. Uma pena. Deslizando o material acima dos joelhos, eu vejo através dos olhos encobertos enquanto ela sobe a saia mais acima, até suas coxas macias e sedosas, até que eu espreito o algodão branco na junção entre suas pernas. Derrubo minha cabeça para trás e seguro a vontade de gemer, apenas um pouco. Arrastando-me para frente um pouco, sem permissão, eu avanço debaixo de sua saia, engancho sua calcinha com meus polegares e puxo. Em seguida, ela se foi.
Calcinhas de algodão puro. Esta calcinha em qualquer outra pessoa me enojaria. Eu gosto que minhas mulheres se vistam bem em todos os momentos; o que inclui lingerie. Lexi sai de sua calcinha e apoia seu traseiro na borda da mesa. Olhando para ela, peço com toda a seriedade: — Diga- me o que você necessita de mim para tonar este contrato legal. A incredulidade em rosto não tem preço. Olhando ao redor da parte de trás da sala com uma expressão confusa gravada em seu rosto, ela profere roboticamente: — Humm, tudo bem então. Bem, precisamos de uma prova de que você possui a Falcon Plastics, bem como... — levantando as pernas dela rapidamente, coloco seus pés de salto sobre os meus ombros e enterro meu rosto no calor de sua boceta. Ela uiva, em seguida, grita: —... Ayyye! Levantando a cabeça um momento, eu advirto: — Se você para de explicar eu paro também. Faça valer a pena. Abaixando meu rosto em sua fenda depilada de dar água na boca, eu não perco tempo com preliminares. Isto é preliminar. E eu digo a mim mesmo que apressar isso não tem nada a ver com o fato de que ela cheira tão bem, que porra, eu tenho que prová-la antes de começar a merda intensamente. Suavemente passando minha língua até sua fenda, o primeiro gosto é tudo que eu preciso para me sentir arrebatado. Ela tem um gosto incrível. Como deve ser o sabor de uma boceta. Levemente almiscarado, leve e ligeiramente picante. Meu pau da estocadas na minha calça. Eu sinto meu esperma borbulhando. Eu não deveria estar fazendo isso. Ela deveria estar me chupando. Mas eu não consigo parar de saboreá-la. Ela tagarela um monte informações que eu não preciso, e tenho certeza que não faz sentido nenhum, só para ter certeza que eu não pare minha doce tortura. E, eu tenho que dizer, isso me faz feliz, que ela possa seguir instruções sob pressão. É um alívio saber quando a merda ficar pesada entre nós, ela vai saber lidar. Pelo menos um pouco.
Olhando para ela por entre suas pernas, enterro minha língua em seu calor úmido e a vejo de perto. De olhos fechados, ela fala baixinho quando eu deslizo minhas mãos por seu corpo para apertar seu seio, enquanto rolo e belisco seu mamilo oposto. Incapaz de me segurar, eu gemo dentro dela e sinto seus músculos se apertarem em torno da minha língua. Inacreditável. Eu nunca gozei comendo uma boceta. Mas esta boceta é da Lexi... Alcançando debaixo dela, eu coloco minhas mãos em sua bunda e aperto suas nádegas firmes com força enquanto eu a puxo para o meu rosto, forçando minha língua mais fundo dentro dela. Ela para de falar um momento e geme longo e baixo. Apenas quando eu acho que eu ganhei, assim que termina seu gemido, ela começa de novo, tagarelando em voz baixa. Muito baixinho. Eu não consigo nem entender o que ela está dizendo. Mas eu tenho que lhe dar pontos por tentar. Ela pode terminar. Eu vou permitir isso. Puxando para fora dela, eu achato a minha língua em sua entrada e lambo torturantemente lento, agitando minha língua por todo o caminho até seu clitóris. — Perto? — eu pergunto. Assentindo, ela abre os olhos e olha para mim através da névoa que estou sentindo tanto quanto ela. Eu digo a ela: — Eu quero que você goze, Alexa. Eu nunca diria: ‘Você pode gozar quando quiser’. Isso faz parecer como um pedido. O que não é. Eu sou um cara exigente. Então me processe. Abaixando a boca para seu clitóris, eu o chupo suavemente em um ritmo constante antes de sugar forte. As mãos de Lexi voam para a minha cabeça, quando ela começa a rebolar contra meu rosto. Sua respiração se aprofunda e ela geme baixo em sua garganta. Eu mantenho a minha agressão sexual, lambendo e chupando. A calma forçada na voz dela me estimula a ir adiante. A necessidade de fazer com que ela quebre seu controle é extrema. Eu enterro minha língua dentro dela e quebro as barreiras. Segurando minha cabeça, ela
choraminga, sacudindo incontrolavelmente, puxando-me mais fundo em sua boceta pulsante. O momento perdura, em seguida, o momento se vai. Levantando imediatamente, eu ajusto a minha ereção em minhas calças, caminho ao redor da mesa, pego meu casaco e abro a porta. — Espere! Voltando-me, o rosto de Lexi é mais uma vez confuso. Pobre Lexi. Ela vai aprender. Eventualmente. — Aonde você vai? Temos documentos para assinar. — ela diz, parecendo mais irritada do que confusa e puxando seus quadris para endireitar a saia amaçada. — Eu sei. Vou mandar alguém para lidar com isso. Ela retorna exasperada. — Eu pensei que você tinha dito que era o dono da empresa! — Eu sou. — colocando uma abotoadura, acrescento: — Coproprietário. Happy terá prazer em assinar qualquer coisa que você precise assinado. Eu ligo, Lexi. — Espere! — ela grita. — Qual o seu nome? Eu sei o que ela quer. E ela não está conseguindo. Não até que eu esteja pronto para lhe dar. — Lexi, nós já passamos por isso. Sou Twitch. Apenas... — eu dou um meio sorriso. —... Twitch. Virando e ignorando seu pedido para esperar, eu fecho a porta atrás de mim e aceno para Happy, que espera no corredor. Happy bate na porta do escritório que eu acabei de sair, e eu não me incomodo em me virar para vê-lo enfrentar a bagunça afobada que é Lexi.
Eu sorrio para mim mesmo. Isso foi divertido. Ajeitando minha gravata, eu silenciosamente rio. Minha lĂngua se lança, deslizando ao longo do meu lĂĄbio inferior, saboreando-a. Devemos fazer isso novamente algum dia.
Capítulo Sete
Lexi
O
h cara, eu estou
chateada ou o quê? Toco minha caneta rapidamente à beira do meu teclado, eu confirmo alguns detalhes que eu tenho. — Então, Sr. Ahmadi, eu não entendo muito bem. Você possui Falcon Plastics, juntamente com o Senhor... Eu espero por ele para dar o sobrenome de Twitch, mas mesmo que eu espere, eu sei que ele não vai me dar nada. Esse cara não é estúpido. Ele sabe o placar. Quer dizer, ele conhece Twitch. Disse o suficiente. Seu comportamento frio é intimidante. Ele não está sendo rude. Nem um pouco. Ele tem sido um cavalheiro, na verdade, mas seu caráter frio. Praticamente pensativo. Ele responde eficiente: — Por favor, chame-o de Twitch. Ele prefere assim. E eu gostaria que você me chamasse de Happy. Ou se você preferir manter as coisas formais, então Farid. Por favor. Happy? Um apelido estranho. Especialmente para alguém que não parece... feliz. — Muito bem, Farid. Eu vejo que não vou obter qualquer informação de você sobre o meu convidado surpresa, vou? — o pequeno tremor de seus lábios é a minha resposta. Assentindo em resignação, trago a papelada necessária para o
patrocínio de longo prazo. Farid me dá toda a papelada da empresa que eu preciso para fazer fotocópias; ele assina o contrato e dentro de meia hora, terminamos. E nós temos quinhentos mil dólares a mais no orçamento. E eu estou de repente tonta novamente. Farid me observa através de suas sobrancelhas grossas franzidas, como se ele não pudesse me entender. Seus olhos quase pretos são revestidos com espessos cílios negros; se o seu nome não me alertasse para o fato de que ele é de um fundo do Oriente Médio, isso teria sido uma dica. Sua cabeça raspada careca brilha sob a luz fluorescente acima. Quase tão alto quanto Twitch, mas muito maior em estatura, eu me pergunto se ele é o músculo do Twitch12. E eu não consigo evitar. Meu sorriso se alarga. Ele pergunta: — Isto significa algo para você, não é? Opa. Pergunta capciosa. Subitamente emotiva, eu pisco com meus olhos nebulosos e eu sussurro: — Você não tem ideia. Sua testa franze mais profundo por um momento antes que ele acene com a cabeça. Estendendo sua mão, eu a pego alegremente quando ele diz: — Eu fiquei feliz que pudéssemos ajudar. Eu também estou contente de saber que a pessoa que levou a nossa doação é alguém que é claramente apaixonada pelo seu trabalho e vai se certificar de que seja bem usado. Eu sou muito grata por pessoas como este homem aqui. Ele realmente se importa. A maioria das pessoas que se importam como ele, já passou por algo próprio - algo difícil - por isso, eles sabem o valor das organizações de caridade. É apenas o meu palpite, mas eu diria que Farid passou por alguns momentos difíceis, como tenho certeza que Twitch também. Eu respondo: — Obrigada. Muito obrigada. Você não tem ideia do que isto significa. Para alguns, isso vai significar uma cama quentinha para dormir, ou o calor durante o inverno, ou mesmo uma refeição decente. Podemos educar
12
Jogo de palavras, Twitch significa contração muscular.
com este dinheiro. Podemos treinar com esse dinheiro. Nós podemos fazer a diferença com esse dinheiro. Obrigada, Farid. Foi um prazer conhecê-lo. Estou agradavelmente surpresa quando ele cobre nosso aperto de mãos com a mão livre e diz: — Eu espero que você me chame de Happy. Por favor, chame-me de Happy. Eu não tenho ideia do que eu fiz para fazer este homem frio aquecer-me tão rapidamente, mas é do tipo impressionante. Sorrindo estupidamente, eu aceno uma vez e repito: — Happy. Liberando minha mão, ele enfia a mão no bolso de trás e me entrega um cartão de visita. Não tem nenhum nome, apenas um número. Happy se inclina para perto de mim e sussurra: — Se você entrar em apuros novamente como fez na outra semana e Twitch não estiver por perto, ligue para esse número e alguém vai ajudá-la. Os cabelos na parte de trás do meu pescoço levantam-se. De repente, estou sem palavras. Happy é a pessoa que Twitch chamou para se livrar de um problema meu. Eu sinto drenar a cor do meu rosto, e Happy nota. Apertando meu antebraço gentilmente, ele me assegura: — Nós não somos de todo ruim. Twitch é... bem... ele é complicado. — eu quero gritar ‘você tem razão!’, quando ele acrescenta: — Ele não é ruim. Ele só... — os olhos escuros de Happy encontram os meus, quando ele diz com sinceridade: —... ele não conhece nada melhor. E então ele se foi. Inclinando-me para trás para me sentar na borda da minha mesa, eu corro a mão pelo meu cabelo e penso em tudo que aconteceu. Uau. Que manhã fantasticamente louca. Que diabo estava acontecendo com essa visita de Twitch? E mais importante, por que eu cedi para ele tão rapidamente?
Simples. Você queria sua boca suja em você. Mais precisamente, você queria que sua boca imunda fizesse coisas desagradáveis para o seu corpo. Embora eu não vá negar a observação completamente errônea do meu cérebro, eu definitivamente não vou concordar com isso. Nem agora, nem nunca. Porque Twitch é um esquisitão que me vigia. E para mim, ter sentimentos intensos por um homem que faz esse tipo de coisa... bem... o que isso diz sobre mim? Permitindo-me algum tempo para pensar não me faz bem. Na verdade, isso me deixa cada vez mais irritada com o que aconteceu aqui há menos de uma hora. Quem esse homem pensa que é? Um deus excêntrico? E daí que ele se parece com um semideus? Ele não é o meu chefe. Eu tenho uma vontade de lhe dizer exatamente isso. E isso é exatamente o que eu pretendo fazer.
Sentada no meu carro ao lado do estacionamento da Falcon Plastics, eu olho para frente para o nada e balanço minha perna rapidamente em ansiedade. Eu nunca deveria ter vindo aqui. Uma pessoa normal teria ficado chateada, comido um pote inteiro de sorvete quando chegasse em casa depois do trabalho, em seguida, ido para a cama pensando em todas as grandes reviravoltas que poderia ter e deveria ter sido dito no momento do confronto.
Etapas um e três já aconteceram, e tenho certeza que a segunda etapa não está muito atrás, mas tenho certeza que uma pessoa normal não teria ido ao local de trabalho de um homem potencialmente perigoso para lutar com ele. Mas eu? Eu sou diferente, eu acho. Masco meu chiclete quase tão rapidamente quanto minhas pernas balançam, eu quase sujei minhas calças e gritei aos céus quando uma batida forte veio de fora da janela do carro. Colocando a mão no meu peito arfante, olhos arregalados do susto, viro para ver os olhos negros familiares me encarando. E aqueles olhos... eles estão sorrindo. Abrindo a porta do carro, Happy murmura divertido: — O chefe gostaria de saber quando você vai deixar o seu carro e colocar seu traseiro para dentro. Meu rosto cora. Eu solto de volta: — Talvez eu nem estivesse aqui para vê-lo. Ele sorri. — Você está sentada em seu carro em uma área industrial parecendo uma viciada em crack desesperada querendo sua próxima pedra por cerca de meia hora. Então, ou você está aqui pelas as drogas, ou... Ele deixa sua declaração suspensa, e logo em seguida, eu o odeio. Só um pouco. Sentindo-me humilhada por ter sido assistida todo esse tempo, eu rolo meus olhos. — Tudo bem, então talvez eu estivesse me perguntando se o que eu estava fazendo seria considerado antiprofissional. O rosto de Happy se torna sério quando ele afirma: — Isto é antiprofissional. Sem saber se ele está falando sério ou apenas é muito bom no sarcasmo, eu engulo em seco e abro minha boca para defender minhas ações quando ele acrescenta em outro sorriso: — Mas Twitch começou. — o nó no meu estômago solta um pouco com sua atitude casual. Abrindo a porta do carro completamente para eu sair, eu pego a minha bolsa e vejo em descrença
atordoada quando Happy chega ao meu carro, tira as chaves da ignição, fecha a porta e o trava. Sorrindo, ele estende o cotovelo para mim, e depois de olhar entre ele e meu carro por um minuto sólido, eu aceito o que é oferecido, colocando a mão na dobra do cotovelo. Happy me leva através do estacionamento e para o escritório. Eu arrisco uma olhada ao redor. Parece com qualquer outro escritório. A cores neutras off-white das paredes, assim como quase tudo no escritório. Cubículos, mesas, aparelhos, até mesmo os funcionários todos parecem estar mantendo o tema da cor neutra. O que eu percebo mais do que qualquer outra coisa, porém, são os funcionários. Eles estão felizes. Sorrisos, risos e conversas giram em torno de nós enquanto Happy me leva em direção ao elevador. Nós vamos até o segundo andar e todo o caminho pelo longo corredor. Assim que chegamos ao seu escritório, eu sei que é dele. Claro, a pomposa sombra de um homem faria suas coisas diferentes de todo o resto do edifício. A porta na minha frente foi projetada para intimidar. E agora, está fazendo um bom trabalho. Grossa, portas duplas de mogno esculpidas à mão em um tema gótico dão arrepios na espinha. Cada porta tem um salgueiro-chorão complexamente esculpido, que está flutuando pelo vento. Finos galhos com folhas fluem em todas as direções. Ambos os salgueiros são feitos para aparentar o mesmo, mas completamente diferentes do padrão e direção do vento. Tudo parece tão fluido. A pessoa que fez essas portas é claramente talentosa. E eu não tenho dúvida de que Twitch pagou uma quantia enorme por elas. De repente, eu percebo que o que estou prestes a fazer é um grande erro. Virando-me para Happy, seus olhos encontram os meus e sua testa enruga. Eu sussurro-chiando: — Eu mudei de ideia. Eu gostaria de sair agora.
Puxando seu cotovelo, ele mantém-se firme enquanto me observa atentamente por dez segundos antes de levantar a mão e bater os nós dos dedos na porta. Oh, o quê? Eu não acredito que ele fez isso! Com os olhos arregalados, eu olho para ele com um olhar que deveria ler: você perdeu sua maldita mente? Seu olhar preguiçoso diz: eu não sei o que você está falando. Fechando os olhos com força, eu rezo para um deus que não acredito para me dar força, quando ouço a voz mais sexualmente excitante que eu já ouvi em toda a minha vida dizer: — Entre. Meus mamilos apertam tão tensos que realmente machuca. Eu tenho esta voz empenhada em minha memória. Há apenas algumas coisas na vida que valem a pena lembrar. Esta voz é uma dessas coisas. Coloco a minha melhor cara de pau, eu levanto o meu nariz no ar e olho como se eu tivesse apenas farejando algo desagradável. Happy ri ao meu lado, e eu quero chutá-lo na canela. Happy abre a porta e me guia através dela. Minha cara de pau vacila um pouco quando vejo uma mulher asiática muito delicada, muito linda empoleirada no final de uma mesa caríssima de Twitch. Tudo bem, então a mesa é também de mogno e enorme, mas chamá-la de caríssima é rude. Assim como falso. Eu vi a arma que ele estava embalando. O cara não precisa de qualquer tipo de compensação. Miss Ásia olha para mim e Happy e não se preocupa em esconder sua carranca, que, aliás, é destinada a mim. Isso me irrita. Com um swoosh13 de seu cabelo negro perfeitamente reto, na altura dos ombros, ela se move para ficar atrás Twitch e coloca a mão em seu ombro. Uma reivindicação, se você preferir. Foda-se! O babaca tem uma namorada. Ótimo! Simplesmente ótimo. O que me faz aquela mulher. A outra mulher. 13
Aqui a palavra se refere ao som de uma jogada de cabelo.
Happy pega delicadamente minha mão de seu cotovelo e a acaricia antes de baixá-la ao meu lado. Twitch, que não levantou a cabeça de sua papelada, fala lentamente em seu material de leitura: — Você está me seguindo? E o meu estado emocional atual se passa de com raiva à ligeiramente furiosa. As palavras escorregam para fora da minha boca como se estivessem com manteiga. — Você me segue. Eu pensei que era uma coisa nossa. A carranca de Miss Ásia se transforma em um olhar mortal, e eu luto contra o desejo de tirar as insolentes curvas de seus lábios. Os lábios de Twitch se curvam nos cantos; ele levanta a cabeça para me ver através de seus olhos semicerrados que eu não consigo parar de pensar e ele coloca o final de sua caneta na boca, mastigando devagar. Desejo que a caneta fosse meu lábio. Seu olhar examinador é suficiente para que eu me contorça, mas eu luto com a última gota de força de vontade deixada em meu corpo. Então, de repente, ele anuncia: — Todos para fora. Merda. Esta foi uma má ideia. Isso está realmente acontecendo. Vamos ser botados para fora. Happy não perde tempo questionando Twitch. Ele se vira e vai embora. Miss Ásia, no entanto, decide que agora é uma boa hora para dar uma boa olhada em mim. Seus olhos castanhos amendoados irradiam um feixe de laser para o meu. Meu olhar nunca renuncia. Eu fui uma criança de rua por algum tempo. Eu sei táticas de intimidação. Eles não fazem muito para mim, vindo de outra mulher. Vindo de Twitch no entanto... Meus pensamentos são interrompidos quando Twitch se levanta lentamente e se vira para sua namorada. Sem se impressionar, ele rosna: — Ling. — os olhos dela seguram os meus apenas mais um segundo antes que ela olhe para ele. Seus lábios com batom vermelho perfeitos combinam com seu perfeito... tudo.
Eu não gosto nada nada dessa mulher. Twitch olha para ela em advertência e seu olhar duro vacila. — Você está me ouvindo, cadela, ou precisamos testar seus ouvidos? E assim, eu sinto pena dela. Isso não é jeito de falar com sua garota. Isso não é jeito de falar com qualquer garota. Eu firmo meu próprio olhar penetrante em Twitch quando Ling passa perto demais. Seu ombro cutuca o meu, e apesar de não machucar, isso me irrita pra cacete. Ah, e o sentimento de pena que eu tinha? Se foi. É. Vá embora Vadia McGee14. A porta se fecha mais forte do que deveria, e Twitch rodeia sua mesa para se sentar na frente dela. — O que você está fazendo aqui? Mudando de assunto, eu declaro: — Eu não acho que sua namorada gosta de mim. — colocando a expressão mais entediada que eu posso, acrescento inexpressiva: — Eu estou perturbada. Balançando a cabeça para mim, ele murmura: — Sim, eu posso ver isso. Esquivar Pergunta. Nível: especialista. Um silêncio constrangedor segue. Um longo silêncio constrangedor. E não torna nenhum um pouquinho mais fácil para mim, Twitch me observa sob seus longos cílios, o rosto desprovido de expressão. O cara teve seu pau em mim. Ele colocou seu cinto em volta do meu pescoço. Deixei que ele colocasse o dedo na minha bunda virgem. Ele trouxe-me ao orgasmo. Mais de uma vez. E eu não sei nada sobre ele. Tudo o que eu achava que sabia sobre ele está errado, ou completamente mal compreendido. Suspirando profundamente, ele pergunta secamente: — Você veio para olhar para mim durante todo o dia, ou você vai falar? — meu rosto despenca em 14
Referência à Michelle McGee que se envolveu em um escândalo ao se envolver com Jesse James na época casado com a atriz Sandra Bullock.
seu comportamento brusco e rude. Olhos endurecidos, ele rosna mais alto — Fala. E com isso, eu deixo escapar: — Eu não gosto do que você está fazendo comigo. Cruzando suas longas pernas na frente dele, ele diz completamente desinteressado: — Não. Você não gosta do que você me deixou fazer com você. Eu reflito sobre isso. E quando eu percebo que ele possivelmente pode (definitivamente) estar certo, pergunto fracamente: — Por que você não vai me dizer seu nome? Sua resposta é um olhar entediado em minha direção. Enfiando a mão no bolso, ele puxa um pacote de botões coloridos de chocolate, derrama um punhado na palma da mão e empurra o lote em sua boca. Mastiga lentamente, eu assisto sua garganta trabalhar enquanto ele engole pouco a pouco a doçura pegajosa derretida, e aperto minhas coxas juntas, tentando em vão negar o fato de que este homem tem um poder sobre mim. Encontro coragem em algum lugar no fundo das minhas entranhas, dou um passo para frente e com um estado de falsa coragem: — Eu não sei quem você é, mas vou descobrir... Twitch. Seu lindo rosto se contorce de raiva, os olhos piscando. Ele se levanta abruptamente e vai para trás de sua mesa para sentar-se no trono que ele chama de cadeira. Perdendo um pouco da paciência, ele pega um documento e passa os olhos sobre ele. — Não vá procurar, Alexa. Você com certeza vai encontrar alguns ossos. — eu não sei o que dizer sobre isso, mas o meu estômago aperta com força. Ainda lendo, ele acrescenta: — Continue assim e você vai se machucar. Minha coluna endurece. — Isso é uma ameaça? Erguendo a cabeça, seus olhos castanhos endurecem. — É uma merda de uma promessa.
Meu coração tamborila no meu peito. Eu preciso sair daqui. Esta foi uma péssima ideia. Engolindo em seco, eu respiro profundamente e dou um passo para trás, recuando enquanto eu ainda tenho um pouco de orgulho. No meio do caminho até a porta, ele pergunta: — Você tem planos para este fim de semana? Parando no meio do caminho, eu balanço minha cabeça. Abrindo uma gaveta da mesa, ele tira um envelope dourado, remove o cartão de dentro e rabisca alguma coisa nele. Segurando o cartão em sua mão estendida para mim, eu resisto apenas um momento antes da curiosidade ser maior que eu. Uma vez em sua mesa, eu pego o cartão e leio em silêncio. Uma máscara. Evento de Caridade. Sábado à noite. Baile à fantasia. Eu
conheço
duas
pessoas
que
iriam
amar
isso.
Sentindo-me
desconfortável, eu pergunto calmamente: — Posso trazer alguém? Os lábios de Twitch se enrolam. — Sem encontros. Hmmm. Interessante. Vamos pensar sobre isso mais tarde. Balançando a cabeça, eu começo: — Não, meus dois melhores amigos iriam... — mas eu sou cortada quando ele se inclina sobre a mesa, arranca o cartão da minha mão e outra vez rabisca algo na frente. Virando o cartão, ele escreve algo na parte de trás e entrega o cartão de volta para mim. Abaixando a cabeça para sua papelada, ele me demite com um: — Até sábado, Alexa. Muito atordoada para sequer lhe dizer adeus, eu saio de seu escritório, fecho a porta atrás de mim e olho para o cartão na minha mão. Alexa Ballentine e convidados. Um pequeno sorriso enfeita meus lábios. Eu tenho telefonemas para fazer.
Capítulo Oito
Lexi
A
porta da frente d0
meu apartamento escancara, e lá está Nikki, parecendo abatida e cansada. Sorrindo, eu abro minha boca para cumprimentá-la, mas ela me corta com um aceno de sua mão. — Não! Você disse que ia me dizer. Agora estamos livres e você pode me dizer. O que diabo aconteceu com você no outro dia? Não vai mais me evitar! Por que as pessoas sempre me cortam? Gesticulando, eu fico no meu lugar no sofá. — Café? Sentada ao meu lado no sofá e expirando cansaço, ela responde: — Macaco quer banana15? Rindo, eu vou fazer café e penso muito sobre o quanto eu deveria dizer a ela. Nikki e eu não temos segredos, mas neste caso, eu preciso fazer uma exceção. Meus instintos gritam em apreensão. Merda está prestes a acontecer. Coloco nossos cafés sobre a mesa, sento longe dela na poltrona para que eu possa ter um pouco de espaço, enquanto eu falo sobre o que aconteceu.
15
No original: Do bears shit in the woods? - Os ursos defecam no mato? Mas optamos por um ditado mais popular no Brasil.
— Então você lembra quando eu te disse a um tempo que eu achava que alguém estava me observando?
— imediatamente, seus olhos ficam
preocupados. Ela acena com a cabeça e eu continuo cautelosamente: — Bem, agora eu sei... — pausa. —... tem alguém... — pausa. —... me observando. Olhos arregalados, boca aberta, ela nem sequer pisca. Chocada é a palavra que eu usaria. Definitivamente chocada. Sem saber como continuar, eu falo baixo: — Surpresa. Reduzindo seus olhos arregalados, ela balança a cabeça como se quisesse limpá-la. — Ele machucou você? Defina machucar. Bebendo o meu café, eu sinto de repente a necessidade de defender Twitch. Afinal, ele me salvou. — Não. Se ele não estivesse lá quando eu fui atacada... — Nikki suspira e cobre a boca com a mão. —... eu teria sido estuprada. Talvez até mesmo morta. — olhando Nikki no olho, eu digo a ela, sinceramente: — Eu não sei o que eu teria feito se ele não estivesse lá, Nik. Ele me salvou. Ela diz: — Oh meu Deus. Inclinando-se para trás na poltrona, eu concordo. — Sim. Muito louco. Ainda em estado de choque, ela repete distante: — Oh meu Deus. Balançando a cabeça, digo a ela: — Poderia ter sido muito pior. E eu sei o momento exato em que a ficha dela cai, porque ela dá um pulo, cobre a boca com ambas as mãos e grita: — Porra, oh meu Deus! Atirando-se para mim, eu desajeitadamente passo um braço ao redor dela, equilibrando o meu café, com o outro. Espremendo-me apertado, ela diz: — Você foi atacada e um perseguidor estranho tinha que salvá-la! E você se machucou! Você foi ferida, Lex! Oh, meu Deus. Eu não posso acreditar nisso. Coisas como esta não acontecem com as pessoas que eu conheço, caramba!
Doce, doce Nikki. Esfregando suas costas, eu declaro em voz baixa: — Eu estou bem. Como eu disse, poderia ter sido pior, certo? Assentindo em meu ombro, ela murmura: — Você teve sorte que ele estava observando. Eu sei disso. Se afastando de mim, ela grita com raiva. — Você tem um perseguidor? Melhores amigas dizem umas às outras merdas assim, Lexi! Se esse cara fizesse algo para você, como você acha que eu me sentiria por você ter mantido isso em segredo? Há quanto tempo você sabe que um cara estava seguindo você, Lex? Isso é uma coisa muito idiota para manter para si mesma. Ele poderia ter sido o único a atacá-la! Ele poderia ter matado você! Sentindo-me como uma criança que está sendo castigada, eu digo a ela fracamente: — Mas ele não fez. Ele me salvou, Nikki. — sua raiva não diminui, por isso, eu explico: — Ele nunca se aproximou de mim. Nunca. Ele sempre ficou só... lá. Eu imaginei que ele era inofensivo, mas você está certa. Totalmente certa. Porque quando ele entrou em cena e eu vi o que ele fez com o homem que me atacou, houve uma fração de segundo em que eu pensei que ele só estava assumindo o lugar do outro. — olhando nos olhos dela, eu lhe digo com firmeza: — Mas ele não fez. Ele me ajudou, veio até aqui e cuidou de mim. Ele é um pouco estranho, mas eu... — olhando para as minhas mãos, eu digo baixinho: — Eu me sinto segura com ele. Respirando profundamente, ela exala um longo suspiro antes de acenar para o meu café. — Eu acho que vou precisar de algo mais forte do que isso. Transformo meu rosto em um, por favor, não fique brava comigo, e de forma meiga, eu ofereço: — Chocolate à La Lexi? Seus olhos se estreitam, e eu sei que ela desejaria ficar com raiva de mim um pouco mais, mas ela fracassa ligeiramente quando seus lábios tremem. — Claro. Faça um duplo.
Sorrindo tanto que meu rosto dói, eu corro para a cozinha para preparar uma grade quantidade de chocolate. Voltando com duas canecas cheias, eu entrego-lhe uma, e quando ela toma o primeiro gole com os olhos fechados em êxtase, eu mudo o assunto. — A propósito, nós fomos convidadas para um baile de máscaras neste fim de semana. Um evento de caridade. E eu sei que você acha que bailes à fantasia são chatos, mas eu pensei que talvez se nós tirássemos Dave de casa, ele não sentiria tanta pena de si mesmo. Dave e Phil ainda não acertaram as coisas. E não por falta de tentativas de Dave. Falei com Phil on-line por um tempo hoje, ele explicou que só precisa de algum tempo para pensar sobre o que ele quer da vida e se Dave é algo que poderia fazer parte disso. Não parece um bom sinal. Dave o magoou profundamente. E está pagando o preço. Você só pode empurrar alguém tão longe até que esse empurrão lhes envie em direções opostas. Todo mundo tem seus limites. Dave talvez precise repensar seus modos de diva. Em uma nota mais brilhante, Nikki parece ter se animado ao ouvir a palavra convite. — De onde este convite veio? É um pouco em cima da hora, babe. Fantasias de última hora são difíceis de encontrar. Evitando a primeira pergunta, eu tento fugir respondendo sobre o dilema da fantasia. — Há um endereço no cartão. Uma loja de roupas na cidade foi completamente reservada para uso do baile de máscaras. Tudo o que precisamos fazer é aparecer com o convite e fazer as nossas escolhas. Nikki frustra minha evasão muito rapidamente. — Quem nos convidou? Eu sou péssima em mascarar minhas emoções. Eu as tenho bem ali na minha manga para todos verem. Então, quando meus olhos se arregalam e eu gaguejo. — E-eu não tenho certeza na verdade, eu acho que f- foi... — Corte a besteira e me diga!
— Twitch. — eu deixo escapar. — Saúde. Explodindo em gargalhadas, repito: — Twitch. É o nome dele. Twitch. O homem que me persegue. O cara que me salvou. Ela se afasta de mim com a fisionomia intrigada. Sorrindo, eu confirmo. Ela pergunta, incrédula: — O cara que te persegue se chama Twitch? — Sim. Depois de um segundo, ela murmura baixinho: — Malditos hippies. Outro ataque de riso explode de mim. — Esse não é seu nome verdadeiro, babe, é só como ele chama a si mesmo, e pelo que tenho visto, é como todo mundo o chama também. Ele não quer que as pessoas saibam o seu verdadeiro nome, e por enquanto, isso está bom para mim. Ele é proprietário de parte de um negócio - um grande negócio - então eu sei que seria fácil o suficiente descobrir, mas... — minhas sobrancelhas se juntam e faço um biquinho. — É importante para ele por algum motivo. Então, se ele não quer que as pessoas saibam, não serei eu que vou procurar saber. Não até que ele mesmo me diga. Levantando meus olhos para Nikki, seus olhos em mim faz com que eu me sinta como em um interrogatório e sei que me fodi. De repente, seus olhos se arregalam comicamente, ela se inclina para frente, e sussurra: — Você transou com ele! — quando minhas sobrancelhas quase batem no meu couro cabeludo, ela ofega: — Sua vadia! Sua prostituta suja vadia! Quando isso aconteceu? E mais importante, foi bom? Ambas tomamos nossos lugares no sofá mais uma vez, eu me inclino para trás na almofada macia. — Foi outra noite. Eu não sei se ele estava tentando recuperar minha sexualidade e não deixar meu agressor ter um estúpido poder sobre mim ou se era só... — suspiro —... apenas Twitch. Eu realmente não consigo explicá-lo a você. É algo que você tem que experimentar. Ele gosta de controle e ele não tem medo de que as pessoas saibam disso. Ele pode ser tão malditamente arrogante e irritante em um segundo, em seguida, no segundo
seguinte, ele tem você querendo acatar as ordens dele. Ele é intenso. E meio assustador. E eu quero conhecê-lo melhor. Então, eu vou esperar o meu tempo e fazer o que eu tiver que fazer para ele se abrir para mim. — franzindo a testa, eu olho em seus olhos e digo-lhe calmamente: — Alguma coisa ruim aconteceu com ele, Nik. Eu posso sentir isso. Seus olhos ficam tristes. — Oh querida. Estou feliz que você está segura e tudo mais, mas você pode realmente confiar nesse cara? Você mal o conhece e você acabou de dizer que ele é meio assustador. — quando tento falar, ela me interrompe. — Eu confio em você. Você nunca tomou uma decisão ruim em sua vida. Eu sei disso. Nós já passamos por muita coisa juntas. E talvez você tenha razão. Talvez ele precise de alguém. Mas eu não quero que você faça dele um projeto. Você tem que parar de se preocupar sobre como proteger todos à sua volta e começar a proteger a si mesma. Olhando olho-no-olho, um pequeno sorriso irrompe em meu rosto enquanto eu sussurro: — Ele é uma aberração na cama. Seu corpo treme com o riso silencioso. — Oh, eu tenho que ouvir isso. Conte. Sinto um frio na barriga. E de repente, eu mal posso esperar até sábado.
Twitch Eu não sei se posso fazer mais isso.
O desejo de tocá-la é esmagador. Nunca sendo alguém a me negar nada, eu permito que meus dedos deslizem sobre a pele sedosa de seu ombro.
Lexi Acordo sentindo uma mão forte no meu braço, o pânico se instala por apenas um momento antes de eu sentir o cheiro dele. Meu corpo tenso relaxa quase que imediatamente. A escuridão do meu quarto me permite fingir dormir um pouco mais, saboreando a doçura suave de um toque reservado para seus momentos privados. Momentos como estes são fugazes. Eu sei que ele nunca iria me tocar assim se soubesse que eu estava acordada. O CD player no meu armário ainda está tocando em volume baixo, eu nunca fui capaz de adormecer sem a TV ou a reprodução de música. Algo que eu levei comigo quando saí de casa. Quando criança, eu precisava de algo para abafar os gritos constantes e brigas. Música funcionou. E isso ficou enraizado. Quando as pontas dos dedos se afastam do meu braço, eu sinto vontade de chorar. Eu os quero de volta. Eu o quero. Desesperadamente.
Os sons de roupas sendo removidas fazem minha barriga vibrar e eu luto contra a vontade de me virar e bater palmas. Ele levanta o edredom, sobe na cama e junta seu corpo ao meu. — Twitch? — chamo sonolenta. Um longo silêncio, em seguida, uma voz rouca. — Sim. — segurando a barra da minha blusa entre o polegar e o indicador, ele puxa e diz: — Tira. Esticando, tiro minha blusa enquanto ele puxa as calças do pijama e calcinha de uma só vez. Então eu estou deitada nua no meio da minha cama, incapaz de ver muita coisa, apenas a silhueta de um grande corpo masculino. E que o corpo está vindo para mim, então me cobrindo. Juntando seu peito ao meu, ele se deita em cima de mim, pele com pele. Seu corpo quente e firme cobrindo o meu. Ele me pressiona contra o colchão, colocando seu peso sobre mim. Colocando pressão sobre mim. Não é desconfortável, mas me restringe. Juntando a ponta de seus dedos com os meus, ele lentamente puxa meus braços acima da minha cabeça. Eu sei o que ele quer. Hoje à noite, ele não vai encontrar resistência. Eu vou ceder. Tanto quanto é possível para mim. Olhando para o meu corpo, ele leva o seu tempo se embriagando de mim. E a maneira que ele olha para mim, é como se eu fosse preciosa. Seu lento e arrastado suspiro, arrepia todo o meu corpo e me excita ao extremo. Seu joelho empurra entre as minhas pernas, forçando-as a se separar. Recebo a dica. Abro minhas pernas para ele, ele se aproxima de mim e coloca o rosto perto do meu. Tão perto que seus lábios tocam o canto do meu quando ele fala. — Pernas em volta de mim. Sua respiração aquece meus lábios. Concordo com a cabeça. Coloco minhas pernas em torno de seus quadris e aperto. Ele não vai fugir de mim facilmente esta noite. Ele libera uma de suas mãos, agarra seu pau e esfrega para cima e para baixo na minha entrada úmida. Cada vez que seu piercing toca meu clitóris,
meus olhos rolam para trás e eu luto contra o desejo de gemer em voz alta. Fico surpresa quando ele rosna: — Já molhada. Eu sabia que estaria. Eu estou pronta para ele quando ele empurra a cabeça de seu pau dentro de mim. Pronta ou não, eu ronrono como uma gata no cio. A plenitude, a satisfação, o calor permanente... é a perfeição. Como eu poderia querer mais que isto? Eu me sinto completa. Então meus olhos se abrem e as suas palavras me assustam. — Você não vai querer ninguém além de mim. Assim que minha mente começa a entrar em pânico, Twitch entra em mim. Minha boca se abre em um gemido silencioso e meus olhos se fecham. Entrelaçando nossos dedos mais uma vez, ele segura minhas mãos firmemente acima da minha cabeça, balançando dentro de mim lentamente, mas profundamente. — Saudade de mim? Ouço o sorriso em sua voz e não posso deixar de sorrir de volta. — Você é um idiota. Alterando sua voz, ele responde sério. — Eu sei. Ele empurra fundo e meu canal o agarra firmemente. Quase como se o meu corpo ainda temesse que esta fosse à última vez e não quero que ele vá. Eu não sei o que me possui, mas as palavras voam para fora como gemido. — Me beije. Thrust. Thrust. Thrust16. — Não. Bem, tudo bem então. Valeu a tentativa. Eu acho. Graças a Deus, o quarto está tão escuro que o rubor em meu rosto envergonhado vai passar despercebido.
16
Thrust: estocar, empurrar, etc.
Quando ele para de empurrar e tenta desenrolar as minhas pernas em torno dele, eu espremo mais apertado em torno de sua cintura. Soltando suas mãos, ele diz baixo em alerta. — Lexi. E com um beicinho, eu me permito ser desvencilhada. Agarrando meus quadris, ele me puxa mais para baixo da cama, levanta minhas pernas sobre seus ombros e entra em mim novamente em um só impulso firme. Um gemido se liberta de mim. Assim que Twitch ouve, algo nele quebra. Ele grunhe e bate em mim. Neste ângulo, eu o sinto ir muito mais profundo. Tão profundo que quase dói. E eu amo cada segundo. Ele continua a trabalhar o meu corpo em um frenesi. Jogando a cabeça de um lado para o outro, eu gemo alto e agarro os lençóis. A primeira contração nos adverte que meu orgasmo está vindo forte e rápido. Então ele puxa para fora. Mais uma vez. Exasperada e insatisfeita, deixo escapar um grunhido de frustração. Eu não consigo evitar perguntar entre respirações profundas: — Então eu não estou autorizada a gozar esta noite? Ofegante e não fazendo nenhum esforço para me responder, ele me vira de lado e se instala atrás de mim. Envolvendo um braço em volta da minha cintura, ele me puxa para ele e mordisca meu ouvido: — Você quer gozar, baby? — seus dedos trilham até a minha protuberância sensível e circulam lentamente. Meus mamilos enrijecem ainda mais. — Sim. Por favor. Chupando o ponto onde o pescoço encontra o meu ombro, ele se mexe mais rápido e pontos brancos piscam atrás dos meus olhos. — Eu quero que você implore, Lexi. Estou perto da linha de chegada, por isso, implorar não é impossível para mim neste exato segundo. — Oh merda, Twitch! Por favor, por favor, deixe-me gozar. Eu preciso muito. Enfie seu pau em mim. Agora! Por favor!
Colocando o joelho entre os meus, ele afasta minhas pernas e entra em mim novamente. Um longo gemido sai de mim, quando minhas contrações começam. Ele sussurra: — Oh baby, você não viu nada ainda. Os arrepios na espinha se transformam e completos fogos de artifício explodem, quando ele bate em meu clitóris. Duramente. Gritando: — Porra, oh meu Deus. — meu corpo convulsiona ferozmente quando eu gozo violentamente ao redor dele. O braço em volta da minha cintura puxa, me segurando mais profundo em seu pau enquanto suas estocadas se tornam superficiais. Ofegante devido ao meu orgasmo, um soluço me escapa. Sua mão livre vem até amassar meu seio, e um formigamento familiar começa baixo nas minhas costas enquanto eu vibro em torno dele. Ele profere ofegante: — Porra, sim. Eu sabia. Porra, eu sabia. Meus olhos rolam e eu choramingo quando o polegar e o indicador trabalham juntos para torcer meu mamilo. Liberando a outra mão, ele acaricia de leve meu clitóris e acontece. Nunca na minha vida eu tive um orgasmo múltiplo. Nunca. Jamais. Mas eu sou agora a prova viva de que eles não são uma lenda. Eu choramingo quando um formigamento toma conta do meu corpo e minha boceta pulsa levemente. Meu choramingo se transforma em um gemido quando ele empurra com mais força e mais profundo em mim. Quando ele rosna e morde meu ombro, eu inclino a cabeça para trás e grito bem alto. Meu corpo se torna rígido quando eu começo a pulsar. Twitch morde mais forte e a mistura de prazer e dor quebra alguma coisa em mim. Se o paraíso fosse um lugar, seria essa pequena área onde o piercing de Twitch toca quando ele me faz gozar. Lágrimas trilham meu rosto em êxtase total e absoluto.
No momento em que ele acalma, ele geme em volta do meu ombro. Seu pau dentro de mim, estremecendo, e o calor que eu sinto, me diz que ele - mais uma vez - não usou preservativo. Se fosse qualquer outra pessoa, isto seria um grande problema. Mas não é qualquer um. O braço em volta da minha cintura me segura apertado. Removendo os dentes do meu ombro, ele descansa a testa em seu lugar. Ambos ofegantes, nós ficamos assim alguns minutos. Mais cedo do que eu gostaria, ele desliza para fora de mim, e então sai da minha cama, vestindo-se de forma rápida e se afasta sem um pio. Ou pelo menos eu acho. Na porta do meu quarto, ele se vira para mim e fala para a escuridão. — Eu ligo para você. Um pensamento súbito corre através de mim, fazendo com que meu estômago se contorça, e sem pensar duas vezes, eu deixo escapar: — Você está limpo, certo? Ele para um momento antes de responder com uma seriedade absoluta: — É claro. Minha mente e meu corpo relaxam dez vezes. Fechando meus olhos, eu escuto os passos caminhando cada vez mais longe de mim com apenas um pensamento em mente: Por favor, não me machuque.
Capítulo Nove
Twitch
V
irando
minha
cadeira para ficar de frente para a janela, eu coloco meu pé no meu joelho oposto e me pergunto por que diabos eu não consigo me concentrar hoje. Fechando os olhos, eu toco a caneta na minha testa e tento evitar quaisquer pensamentos sobre a mulher cuja boceta tem um gosto tão bom que quero à minha disposição todas as horas. A mulher pela qual eu já tenho um propósito. A mulher que está de alguma forma transformando a porra do meu cérebro em mingau. Isto era para ser divertido. E começou assim. Mas isso não parece tão divertido, não mais. Julius iria rir e me sacanear muito se soubesse que estou começando a sentir algo mais do que atração física por esse passarinho. Julius é o meu melhor amigo. E a pessoa por quem eu faria qualquer coisa. Ele é uma das raras pessoas que eu escuto. Mantendo-me seguro no reformatório é uma das coisas que eu sempre vou lembrar. Ele me salvou.
A porta range aberta e o som de salto alto vindo em minha direção me alerta para o fato de que alguém quer algo de mim. Como sempre. Quando ela chega à minha vista, eu viro a cabeça para ver Ling sorrindo para mim. — Tem um segundo? Assentindo, eu vejo seu sorriso de predadora. E minha mente suspira. Hoje não. Ling e eu temos um acordo de longa data. Não é grande coisa. Apenas sexo. Mas eu não toquei nela desde o dia em que salvei minha menina. Tentando manter a cabeça limpa é difícil quando o sexo está envolvido. Dando um passo em minha direção, sua mão pequena e longas unhas vermelhas deslizam para cima do meu joelho dobrado, então sobem para minha coxa. Ela não perde tempo apalpando minha virilha. Eu rosno mentalmente. Ela sabe o que acontece quando ela toma liberdades comigo, o que significa que ela está se sentindo brincalhona e quer uma reação. Quando eu não reajo e deixo que ela me apalpe, seus lábios vermelhos formam um beicinho. Ela quer uma luta. Ela não vai conseguir uma. Seus olhos amendoados estreitam e ela pressiona mais forte em mim. Seu rosto assume uma máscara de fúria. — O que diabo está acontecendo com você, Twitch? Você não me toca há muito tempo. Eu não respondo. Ela continua a manusear meu pau flácido, à procura de sinais de vida, mas o pequeno Twitch não quer o que está no cardápio de hoje à noite. Os gostos do pequeno Twitch mudaram. Tentando obter uma reação minha, ela aperta o meu pau forte e crava as unhas. Eu rosno e mostro meus dentes para ela. Seus olhos incendeiam de emoção. Isso já foi muito longe. Coloco a palma da mão sobre seu rosto e a empurro de volta, com força. Ela tropeça em seus saltos e cai de bunda no chão. — Isso que você quer, Ling? Você quer áspero? Porra, sai fora. Eu não estou de bom humor.
Peito arfando, ainda sentada no chão, seu rosto em chamas. Caminhando até ela, eu lhe ofereço a minha mão, mas ela bate me afastando. A pequena mulher tem muito orgulho. Ela nunca vai aprender. De pé, ela alisa a frente do vestido e pergunta com muita calma. — Você está transando com alguém? Sem hesitação. — Sim. — Você quer ficar com ela? Ling me conhece bem. Ela é uma observadora. Eu coço meu queixo distraidamente. — Sim. Eu vou ficar com esta. Seu rosto exibe atordoada descrença. Claramente não é a resposta que ela estava esperando. Em seguida, um pequeno sorriso se espalha por seus lábios. Um sorriso calculista. — É ela, não é? Meu rosto desprovido de emoção. — Quem? Ling sorri. — Ela. A garota que veio para o escritório. Lexi. — seus olhos escurecem. — Você sabe. A que você observa. Eu não gosto de seu tom. Raiva surge através de mim. Cruzando o escritório em um passo rápido, eu coloco minha mão no pescoço dela e a levo para a parede até que ela bate fazendo um pequeno baque. Apertando o suficiente para avisar, mas não o suficiente para machucá-la, eu nunca estive tão sério na minha vida quando eu ameaço: — Ling, eu juro, se você estragar tudo para mim... — com os olhos cheios de luxúria, ela morde o lábio. Inclinando-me para frente, eu sussurro: — Porra, te mato. Eu aperto sua garganta mais forte um momento antes de soltá-la. Mas Ling não leva a dica. Sorrindo, ela olha para mim com os olhos semicerrados e sussurra de volta. — Nós ainda podemos nos divertir. Eu não me importo se você a quer também. Ninguém me conhece como você. Ninguém sabe o que eu gosto.
Revirando os olhos, eu jogo a merda no ventilador. — Não é verdade. Eu sei que você está fodendo Happy. — e cerca de dez outros caras. Suas bochechas coram. — Ele não é como você. Eu solto uma risada sem vontade e aceno uma vez. — Sim. Ele tem um coração. Ling tem gostos estranhos. Talvez seja por isso que eu gostava dela. Por um tempo. Houve um tempo em que eu pensei que nós estávamos na mesma, mas não demorou muito para ver que tudo o que eu pensava que gostava sobre ela, agora só me irrita. Se aproximando de mim, ela pega minha mão e a leva por baixo de seu vestido, para sua boceta nua e a gira, se masturbando contra meus dedos moles. Seus olhos vibram fechados. Ela mói contra mim e geme alto. — Faça isso. Isso normalmente me excita. Normalmente. Eu sei o que ela quer. Eu estou tão malditamente agitado agora que eu poderia. Mas isso significaria que ela ganhou. Não vai acontecer. Olhando ao redor da sala de forma entediada, eu suspiro. — Você vai ser breve? Eu tenho coisas para fazer. Seus olhos se abrem; mágoa brilha lá. Ela se recupera rapidamente, esfregando sua boceta molhada sobre minha palma da mão aberta. —Vamos lá, baby. Ajude-me. Você costumava adorar isso. — sua declaração soa mais como uma súplica. Não sendo capaz de aguentar mais dessa merda, eu puxo minha mão debaixo de sua saia e digo a ela com firmeza, mas em voz baixa. — Chega. Você está se envergonhando. Seu rosto bonito muda para algo feio e cruel. Levantando ambas as mãos pequenas, ela empurra meus ombros. — Foda-se, Twitch! Você acha que é o
único cara que pode me agradar? Bem, você está errado! Posso ter qualquer cara. Qualquer cara que eu queira! Eu rio com o fato de que ela está apenas contradizendo a si mesma e balanço a cabeça. — Sim. Tudo bem. Você pode levar sua cadela raivosa para fora? Como eu disse, eu tenho coisas para fazer. Virando as costas para ela, eu ouço seus saltos se afastando antes da porta de meu escritório ser fechada com força. Sento em minha cadeira, a primeira coisa que vem à mente é o sorriso doce de uma mulher com a qual eu nunca deveria ter me envolvido. Meu pau se agita. Passando a mão pelo meu rosto, eu penso muito sobre o que precisa ser feito, ao mesmo tempo sabendo que não vou deixá-la ir.
Lexi Pela segunda vez consecutiva, contemplo o que diabos eu estou fazendo no meu carro, ao lado do estacionamento da Falcon Plastics. Antes que eu possa desistir, pego minha bolsa e me embaralho para fora do meu carro, certificandome de lembrar a razão pela qual eu estou aqui. Ou, isto é, a razão de eu dizer por que estou aqui. Verificando meu relógio de pulso, vejo que são 17h46min e gostaria de saber se alguém vai realmente estar lá. O pensamento de que todos já se foram vem como um grande alívio.
Sim, porque você não quer ver o galã tatuado lindo que fode como um profissional. Qual é o ponto em negar que eu gosto do cara? O que eu estou fazendo aqui tem tudo a ver com isso. Eu quero começar de novo, e eu sei que a única maneira de fazer isso com alguém como Twitch é dando o primeiro passo. Aproximando-me das portas duplas, eu puxo e encontro resistência. Meu cérebro aplaude e salta de alegria, enquanto eu dou um grande sorriso e digo para mim mesma, ‘Oh, bem! Nós tentamos! Melhor sorte da próxima vez!’ Eu já estou aqui, então eu me pergunto se deveria desistir tão cedo; apenas quando me viro para olhar ao redor e vejo um interfone, a porta se abre diante de mim e uma jovem mulher se choca comigo. Seu corpo bate no meu e ela chia. — Oh caramba! Sinto muito! Eu não vi você aí! Agarrando-a, eu sorrio. — Não, você está certa. Eu não sabia que estava fechado. Empurrando seus modernos óculos escuros mais acima no nariz, ela alisa o vestido para baixo. — Oh, estamos tecnicamente, mas os patrões ainda estão... — quando ela levanta seu rosto e me vê, ela chia novamente. — Srta. Ballentine! Sr. T pediu que lhe deixasse entrar outro dia. Se eu não deixá-la agora, ele vai ficar chateado. Eu estou meio com pressa, mas se você me der um segundo, eu posso te mostrar seu escritório. E o meu dia ficou interessante. — Eu estou supondo que Sr. T é Twitch? — ela acena com a cabeça. — Tudo bem, bem, eu sei como chegar ao seu escritório. Posso lhe poupar alguns minutos por me deixar entrar? Seu rosto relaxa instantaneamente. — Você não tem ideia de como isso seria ótimo. Estou atrasada para pegar minha filha na escola e eles fecham às seis. Eu já estou atrasada. — segurando a porta aberta para mim, ela rapidamente acrescenta: — O código de elevador é 2245. Pode ir!
Sorrindo para ela, eu aceno e faço o meu caminho através do edifício agora vazio. É tão quieto aqui em comparação com o outro dia. É tão misterioso, que o meu corpo irrompe em arrepios. O código de elevador funciona e antes que eu me dê conta, eu estou de pé em frente às enormes portas duplas de mogno que levam ao desconhecido. Levantando minha mão fechada, hesito em bater quando ouço um gemido e o que parece ser batidas. Meu rosto ferve. Oh merda. Ele está ocupado. De repente, meu estômago cai. Isso dói de uma forma tão irracional que eu estou questionando minha sanidade. O pior é que eu tenho certeza que ele está fazendo isso com a sua vadia toda-tão-perfeita namorada. Eu sei que eu deveria ir embora, mas eu... eu não posso. Colocando a mão na maçaneta, a viro o mais lentamente que eu posso e abro a porta alguns centímetros. Quando o vejo, meu coração gagueja. O observo através da fresta da porta, eu sorrio silenciosamente. Bem, isso poderia ter sido embaraçoso. Sua costa nua virada para mim, eu vejo a obra de arte tatuada nele. Suas costas é uma grande imagem. O que parece ser um anjo - mais precisamente, um anjo caído - abrange o comprimento dele em uma das tatuagens mais realistas que eu já vi. O anjo está alto e orgulhoso em um manto esfarrapado preto, o vento que sopra para um lado, separando o manto, revelando uma perna delgada e longa e pé descalço. Longas mechas de cabelo loiro para o lado, o vento levanta o cabelo ligeiramente para revelar seu rosto. Um lado, lindo. O outro, derretido e desfigurado. Eu não entendo o que isso significa, mas seu rosto é tão sem vergonha e cheio de orgulho que é bonito de uma forma distorcida.
Ofegante, de costas para mim, ele pergunta em voz alta: — Você vai ficar aí a noite toda, ou você vai entrar? Pega. Meu rosto ferve. Abrindo a porta, eu vejo como ele bate no saco de boxe no meio de seu escritório, antes de responder. — Não tinha certeza se eu era bem-vinda. — Você não é. Bem... merda. Se virando ele acrescenta com um sorriso: — Mas isso também não me impede. Caminhando para a sua mesa, ele pega uma toalha e seca seu rosto, braços e peito arfante. Eu sabia que ele malhava. — Gosta do que vê? — idiota arrogante. Com meus olhos nunca deixando o seu corpo, eu engulo em seco. — Sim. — quando ele vem em minha direção, eu rapidamente levanto minhas mãos e dou um passo para trás. — Não! — digo isso de uma maneira que você diria para o seu cão por tentar roubar sua comida. E isso choca Twitch. Eu sei disso porque suas sobrancelhas sobem em descrença. Estou chocada também. — Não faça isso. Hoje não. Eu só vim aqui para lhe agradecer. Sua testa franze. — Pelo quê? — Pela doação. Pelo dinheiro. Eu percebi que eu nunca sequer disse obrigada, o que foi totalmente rude. Minha mãe ficaria chateada comigo. Você não tem ideia do quanto podemos fazer com esse dinheiro. É... — eu paro um momento, tentando desesperadamente colocar minhas emoções sob controle. Eu sussurro embargada: — É uma dádiva de Deus.
Ele para a meio passo para me observar de perto. Seus olhos como sempre, semicerrados me escrutinam preguiçosamente. Seus olhos estreitam perigosamente. — Não há de quê. — parada junto à porta do escritório, sentindo-me estranha e vulnerável, eu poderia beijá-lo quando seus olhos enrugam nos cantos. — Eu posso mostrar como você pode me agradecer. Sorrindo, eu abaixo a cabeça. — Hoje não. Estou aqui puramente por razões profissionais. Suas sobrancelhas sobem novamente. — Está certa disso, Srta. Ballentine? — eu aceno e babo pelo seu corpo musculoso enquanto ele se senta na borda da mesa. Meu Deus, este homem é um deleite! Eu não sei se eu gosto mais dele sem camisa ou com um maldito terno. Eu não consigo decidir. Ele é de lamber os lábios em ambos os sentidos. Cruzando suas longas pernas a sua frente, ele pergunta curiosamente. — E qual é o seu propósito aqui esta noite, Alexa? — o jeito que ele diz meu nome assim, não é apenas uma palavra ou um nome, é uma carícia. Recostando na parede, afirmo tentando transparecer tranquilidade, mas nervosamente: — Eu quero saber como você trabalha. Como sua empresa trabalha. Eu quero saber o que você faz aqui. Seu rosto fica sério. Eu não tenho ideia do que eu disse para que isso acontecesse, mas minhas mãos começam a suar. Correndo a língua sobre os dentes, ele respira fundo, então acena para a cadeira ao lado dele. — Sente-se. Quando eu não faço nenhum esforço para me mover, seus olhos encontram os meus e ele diz com mais firmeza: — Sente-se, Lexi. Dou pequenos passos com as pernas trêmulas, certificando-me de não cair, ele empurra a cadeira com o pé e eu me sento. Olhando em seus olhos castanhos, ele me observa, analisando o meu rosto com os olhos estreitados por um longo tempo antes que ele afirme: — A empresa é uma fachada.
Meus olhos se arregalam e ele continua. — Sim, nós somos uma empresa de plásticos. Um sucesso. Muito bem sucedida. Mas só havia uma razão para um cara como eu comprar um lugar como este. — ele afirma calmamente. — E eu acho que você sabe por que isso seria. Você é uma garota inteligente, Lexi. O que você acha que nós estamos fazendo e vendendo daqui? Uma coisa vem à minha cabeça imediatamente, mas eu a afasto tentando ignorar o sangue rugindo em meus ouvidos. Volto a pensar no outro dia quando Happy me ajudou a sair do meu carro. ‘Você está sentada em seu carro em uma área industrial parecendo uma viciada em crack desesperada querendo sua próxima pedra por cerca de meia hora. Então, ou você está aqui pelas as drogas, ou... ’ Drogas. Eles estão fazendo e vendendo drogas no armazém. Um sorriso torto aparece em seu rosto. — Ela sabe. Meu estômago cai. Decepção e arrependimento correm através do meu corpo rígido. Eu preciso ir embora. Como ontem. De pé e tentando evitar contato visual, eu digo trêmula: — Foi estúpido eu ter vindo aqui. Sinto muito por me intrometer, Twitch. Isso não vai acontecer novamente. Uma mão no meu braço impede a minha saída. — Pare. — e eu obedeço, mas quando ele vê o meu pânico óbvio, ele sussurra: — Respire. Sento novamente, eu luto contra meus tremores por um minuto inteiro, antes de a raiva correr em minhas veias. Eu sussurro: — Por que você me disse isso? Você mal me conhece. Ele não responde. Quando eu olho para ele, seu o rosto transmite a resposta. Que ele me conhece melhor do que eu acho. Eu ainda não consigo acreditar nisso. — O que diabo há de errado com você?
Seus olhos estreitos; ele analisa meu rosto lentamente e diz entediado: — Eu me faço essa pergunta todos os dias da minha vida miserável. Eu não permito que o comentário dele me amoleça. Agora não é hora de simpatia. Sentindo-me desafiante, afirmo: — Eu poderia dizer para a polícia. Se aproximando, ele corre os dedos pela minha bochecha. Respirando profundamente ele responde em uma expiração: — Você poderia. Mas você não vai. — fechando os olhos, eu me inclino em seu toque, agora traçando meu maxilar. — Você não vai porque você sabe o que aconteceria com você, o que acontece a um delator, não é, Lexi? Meu corpo fica tenso. Eu me afasto do seu toque demasiadamente convidativo. — Isso é uma ameaça? Balançando a cabeça lentamente, seus olhos nunca deixam os meus quando ele ressalta: — Não. Apenas fatos. Encarando-o, eu me abstenho de dizer a ele que eu sei tudo sobre drogas. E nenhuma informação veio por ser assistente social, mas sim de ter que retirar agulhas do braço do meu irmão quando ele estava drogado demais para perceber o que tinha feito a si mesmo. Mas isso foi o que viver em nossa casa fez conosco. Meus pais nunca foram do tipo para ganhar o prêmio de pais do ano. Mais para o premio de viva, seus filhos ainda estão vivos. Meu pai era um alcoólatra pura e simplesmente. Minha mãe era boa em fingir que as coisas estavam bem, enquanto ela trabalhava longas horas. No geral, eu tinha dois pais que não eram pais em tudo. Meu irmão encontrou o seu caminho para escapar do fato de que nós nunca sairíamos daquele buraco do inferno. Pensar sobre meu irmão sempre me faz lembrar a música Me, You and My Medication de Boys and Girls. ‘Somos todos viciados em algo que tira a dor. ’ Há tanta verdade nessa frase.
Meu coração dói, subitamente levada de volta a um tempo esquecido, trazendo à tona memórias há muito reprimidas. Estou de volta à realidade quando Twitch me puxa para ficar na frente dele. Abrindo suas pernas, ele segura a minha mão firme e me coloca entre elas. Olhando acima de mim, confusão em seus olhos, ele afirma: — Acho que estou pronto para estes lábios agora. Seus olhos se voltam para a minha boca que se abriu e eu tremo. Seu braço serpenteia ao redor da minha cintura, segurando-me firmemente contra ele. Meu corpo pressionado ao dele, a minha língua se lança para molhar meu lábio inferior. Querendo muito aquele beijo, a minha voz soa fraca, até mesmo para mim. — Você está me manipulando. Alcançando-me com o braço livre, ele pega com os dedos uma mecha do meu cabelo e admite. — Sim. — inclinando-se para frente, ele escova seus lábios contra os meus por um breve momento antes de sussurrar em meu ouvido. — Você não tem ideia do dom que minhas palavras tem. Mas você terá. Eu não sei o que isso significa. Antes de eu ter tempo para pensar sobre isso, ele ordena: — Agora, me beije, Lexi. Eu não vou pedir novamente. Respirando pesadamente, eu toco a pele nua de seu peito. Uma carícia suave no calor firme. Fechando a distância entre nós, nossos lábios se tocam e meu corpo treme. Eu gemo baixinho, pressionando um pouco mais firme até que nossas bocas se conectam abertas, respirando um ao outro. O braço em volta da minha cintura aperta ainda mais. Seu gosto. Chocolate e menta. Apenas... incrível. Este gosto está agora gravado em minha memória. E um gosto não é o suficiente. Minha boca se fecha sobre a sua, colocando beijos suaves em sua boca surpreendentemente passiva. Sua língua arremessa para fora, e por um momento, eu esqueço onde estou. Divertidamente me afastando, sorrio quando ele rosna, puxando-me de volta para seu corpo.
Slap! Minha bunda lateja e sua boca engole meu grito de surpresa. Não mais passiva, sua boca devora a minha, me provando avidamente, persuadindo minha língua a duelar com a dele. Meu núcleo já se liquefez novamente. Estendo a mão entre nossos corpos para seu rosto, ele permite por apenas um momento antes dele remover suavemente minhas mãos dele, me afastando. O ar é espesso no escritório, o único som é da nossa respiração pesada, Twitch está, de repente, se afastando de mim. — Eu ligo para você. E assim, de repente, eu sou dispensada. Eu saio da Falcon Plastics um pouco mais informada e completamente ansiosa, porque sinceramente, eu não tenho ideia de com quem estou lidando.
Capítulo Dez
Lexi
P
or volta das sete da
manhã, meu telefone toca indicando que recebi uma mensagem. Mal desperto e bebo o meu café, eu vou checar o telefone:
Número desconhecido: sábado. Vista-se bem.
Eu fico olhando para a mensagem por um minuto inteiro antes de responder, sabendo muito bem que a enviou.
Eu: Quem é?
Nem dez segundos se passam quando eu recebo uma resposta.
Número desconhecido: Lexi...
E eu quase posso ouvir a advertência em sua voz através do texto, e ainda estou rindo ao digitar a minha resposta.
Eu: Sim TWITCH. Eu entendi. Vista-se bem. Mais alguma coisa?
Esta mensagem deve tê-lo estupefato, porque eu não ouço meu telefone apitar por um total de cinco minutos.
Número desconhecido: Não.
Sorrindo para mim mesma, eu rapidamente salvo o número em meus contatos, vou para o banheiro e ligo o chuveiro, tentando não pensar no fato de que o cara com que eu estou transando é, de fato, um traficante de drogas.
No segundo que eu sinto seus olhos em mim, um sorriso estúpido irrompe em meu rosto. Pego meu sushi e uma garrafa de água no balcão do restaurante Japonês, que fica no mesmo quarteirão do meu local de trabalho, dirijo-me para um banco no parque do outro lado da rua, sento e olho discretamente para ele. Com meus óculos de sol e telefone para fora, qualquer um seria mais inteligente do que eu nessa situação. De repente, a realidade faz meu estômago embrulhar.
Ele ainda está perseguindo você. Esqueceu-se que ele é um traficante? E de que ele precisa claramente de tratamento de controle da raiva. O que faz você pensar que esse tipo de homem é ideal para você? Ele vai contra tudo o que você trabalha. Não foda sua vida por causa desse cara. Ele é só um cara. Um muito perigo. Acorde! Eu penso sobre isso. Eu trabalhei tão duro para estar onde estou agora. Eu não faria nada para me colocar em uma posição que me fizesse perder meu emprego. E quando digo isso, eu sei que é uma mentira. Porque aqui estou eu, ainda querendo me envolver com meu perseguidor, mesmo depois que ele me disse coisas que certamente me fariam dispensá-lo. Ele não vale a pena. Eu sei disso. Então, por que eu estou... Ping Quase jogando o meu telefone fora das minhas mãos, eu pulo de surpresa e coloco a mão no meu peito agora arfando.
Twitch: O que há de errado?
Olhando para a mensagem, tenho vontade de responder 'você', antes de escrever uma resposta simples.
Eu: Eu não sabia que você ainda estava me observando. Você me assustou.
Quase imediatamente, o tom de mensagem aparece.
Twitch: Você nunca se assustou antes.
Minha testa franze.
Eu: Bem, você não estava fazendo um bom trabalho em esconder isso.
Eu espero, espero e espero. Alguns minutos se passam e nada vem. Coloco o meu telefone para baixo e saboreio a minha garrafa de água quando o tom de mensagem aparece, e o que ele escreve em seguida faz minha cabeça silenciosamente implodir.
Twitch: Talvez eu não estivesse escondendo nada.
Levanto a cabeça, não me importando se ele me vê olhando para ele, meus olhos viram da esquerda para a direita, procurando o fantasma de um homem. Mas como de costume, ele se foi. Jogando meu telefone para baixo no meu colo, eu sento no banco e solto um longo suspiro. Eu não me importo se ele vai ser a minha morte, eu vou descobrir mais sobre esse homem estranho. E, neste caso, eu sei que a paciência é definitivamente uma virtude.
Sábado à noite se aproxima rapidamente, e eu me olho no espelho. — Por que você sempre tem que ser Cleópatra? Eu queria ser Cleópatra. — eu digo mau humorada, olhando para o reflexo de Nikki enquanto ela se senta na minha cama aplicando gloss cor de pêssego nos seus lábios carnudos. Sem nem mesmo olhar para mim, ela continua a se maquiar e diz suavemente. — Porque Cleópatra combina mais comigo. Você não pode ser Cleópatra. Ela é tudo sobre morte, dos outros e dela, e você estaria mais voltada para a forma de como poderia ajudar essas pessoas? — eu sorrio silenciosamente. Ela está certa. — Não, querida. Você não é Cleópatra. Você é um anjo. E um belo, por sinal. Um grunhido na porta chama minha atenção. Dave está lá fazendo beicinho, estendendo a combinação de cinto e espada. — Eu não consigo ajeitar isto. Ele não está de bom humor como eu esperava que estivesse. Acontece que Phil está feliz sendo solteiro novamente, e Dave, obviamente, não está levando bem a notícia. Caminhando até ele, pego o cinto dele e coloco ao redor de sua cintura. Ele é um pirata esta noite, vestindo calças de couro, uma camisa bufante, um tapa-olho e uma espada. A coisa toda. Demora alguns segundos, mas eu ajeito o cinto, e ele suspira. — Obrigado, querida. Olhando em seus olhos perdidos, eu digo suavemente. — Nós não temos que ir. Podemos alugar alguns filmes e ficar aqui comendo besteiras até desmaiar.
E ele sorri. O primeiro sorriso de verdade que eu o vi dar em mais de uma semana. É então que ele percebe a minha fantasia. Recuando para dar uma boa olhada em mim, seu rosto suaviza. — Você realmente é um anjo. E você está linda. É perfeito para você. Acaricio a lateral de seu rosto, ele aceita o gesto apenas por um momento, antes de soltar um pigarro e virar de costas saindo do meu quarto. — Eu vou estar na sala. Esperando Nikki terminar a maquiagem que vai com a fantasia dela, eu me volto para o espelho uma última vez e dou uma boa olhada em mim mesma. O longo vestido branco que estou usando é suave e simples, de mangas compridas e todo decorado com pequenas pérolas e cristais brilhantes. É impressionante. O preço da fantasia deve ser mais de mais de mil dólares, mas é linda. Twitch pode pagar. Então, vale a pena. Minhas asas são levemente brilhantes e suas pontas passam a minha bunda. Esta fantasia não tem halo, mas em seu lugar uma tiara, mais uma vez brilhando com cristais e pérolas. Meu longo cabelo escuro foi deixado solto em ondas pelos ombros e Nikki fez maravilhas com a minha maquiagem dos olhos, que é branco perolado e cintilante. Meus lábios levemente pintados, eu estou pronta para ir. Nikki grita atrás de mim. — Pronta? Acenando para o meu reflexo, eu respondo fracamente. — Sim. Tão pronta como eu nunca estarei.
Chegando à histórica mansão em Darling Point, eu me pergunto o custo deste lugar para a noite. Eu sei que Twitch é bem de vida, mas um lugar como este teria custado mais de vinte milhões de dólares para comprar, então alugá-lo para a noite seria na casa das centenas de milhares de dólares, eu tenho certeza. O táxi estaciona em frente e nós três nos olhamos, sem acreditar. Dave pergunta. — Tem certeza que este é o lugar? Com a quantidade de carros que estão estacionados em torno do lugar, eu diria que sim, mas checo o convite de qualquer maneira. — Sim. É o lugar certo. Nikki diz com admiração. — É incrível. Tão lindo. Eu concordo. É de tirar o fôlego. Pagando o motorista de táxi, nós seguimos em direção à linda mansão. Os seguranças estão em frente aos enormes portões duplos de ferro verificando os convites das pessoas. Meu rosto vira impressionado, olho para meus amigos e percebo que eles também estão impressionados com tudo. Quando nos aproximamos dos portões, um segurança gigante pega nossos convites e verifica as nossas identificações. Minhas entranhas contorcem quando o segurança me olha nos olhos, pega seu walkie-talkie, e anuncia: — Ela está aqui. Nenhum sorriso. Sem nada. O segurança me olha e diz: — Espere aqui. — como se eu estivesse pensado em armar alguma confusão, espero muito revoltada. Lutando contra a vontade de revirar os olhos, abro a boca para falar, quando uma voz profunda e familiar pronuncia. — Será que você já viu isso? Um anjo na vida real. Happy vem para frente e surpreende pra cacete quando ele beija minha bochecha e me abraça brevemente. Sorrindo para ele, respondo. — Sem fantasia?
Ele sorri. — Não. Estou na equipe de segurança à noite. Ou eu estaria com outra roupa, porque porra, eu odeio me vestir assim. — ele pisca, deixando todos nós sabermos que é a pura verdade. Rindo, eu faço as apresentações. — Nikki e Dave, esse é Happy. — quando eu olho para os dois os vejo fazendo luxuriosos olhinhos para o homem musculoso e careca, eu me encolho mentalmente. Caramba. Isso ficou estranho rápido. Mas fico duplamente surpresa quando Happy sorri e os verifica. Aos dois. Santo... Uau! Eu não vi isso vindo. Happy estende um cotovelo para mim e outro para Nikki; nós o tomamos e ele nos leva a um carrinho de golfe estacionado logo ao lado dos portões. Happy explica. — Twitch não tinha certeza se você usaria saltos esta noite. Ele não queria que andasse todo o caminho para a casa. Nikki se vira para mim com olhos de filhotinho de cachorro e fala: — Tão doce! Oh meu Deus. Vamos ver se ela acha isso, depois que ela o conhecer. O carrinho de golfe parte, e realmente não era um caminho curto até a mansão. Demora cerca de cinco minutos para chegar lá, enquanto passamos por pessoas conversando durante a sua longa caminhada pelo chão de cascalho. Assim que chegamos à frente da casa, Happy ajuda Nikki a sair, enquanto Dave me ajuda. Happy olha para nós e promete: — Eu te vejo por aí hoje à noite. Guarde uma dança para mim, sim? Todos os três acenam estupidamente e ele ri quando se afasta. Dave imediatamente faz um bico. — Eu o atraí! O belo rosto de Nikki se contorce. — Ele é claramente para as mulheres, Dave. Você viu como ele olhou para mim? Ele me quer.
Dave retruca. — Vadia, por favor. Ele estava olhando porque você tem batom em seus dentes. Ah. Aí está a diva que todos nós sentimos falta! Nikki suspira alto: — Seu mentiroso! — enquanto procura em sua bolsa por um espelho compacto. Esfregando as pontas dos dedos ao longo de seus dentes não muito suavemente, eu olho para Dave e digo: — Você é mau. Sorrindo como o idiota que ele é, ele encolhe os ombros e fala por cima deles. — Ele me quer. E sinceramente, eu não tenho ideia do que quer Happy. Ele é difícil de ler. Dave toma seu lugar entre nós e Nikki e eu enfiamos os braços através de seus cotovelos, então, nós seguimos. A entrada conduz a um salão que poderia funcionar como um salão de baile tranquilamente. Cortinas de seda pendem do teto para o chão em verdes esmeralda e vermelho rubi. Classe pura. Este lugar é elegante. E chique. E de bom gosto. Peças de arte foram colocadas aqui e ali, e embora deva parecer estranho, não é. Parece fabuloso. Tomando o nosso lugar na fila para o salão de baile, esperamos e olhamos em volta até que eu ouço uma mulher limpar a garganta do meu lado. Virando-me, eu olho para ver uma Ling muito aborrecida ao meu lado. Ela parece fabulosa. Claro. Eu não estou realmente certa sobre o que ela pretende ser, mas ela está vestida com um vestido preto elegante com seu cabelo em um estilo levantado e chique, usando luvas pretas longas e pérolas. Agora que eu olhei mais de perto, ela poderia ser Audrey Hepburn a la Breakfast at Tiffany’s17. Ela mal consegue conter o rolar de olhos quando ela diz roboticamente. — Você não espera na fila. Venha comigo. Vadia.
17
Filme estadunidense de 1961. No Brasil com o nome de Bonequinha de Luxo.
Sem dizer uma palavra, seguimos Ling até uma porta escondida atrás das lindas cortinas. Olhando Dave de cima em baixo, ela lambe os lábios. — Atalho. Quando ela vira as costas para nós, as sobrancelhas de Dave sobem e eu rolo meus olhos como se dissesse para ele não pergunte nada. Um corredor estreito e longo que parece não ter fim nos leva direto para a cozinha. Pessoas trabalham na maior agitação enquanto passamos por eles. Eu pego Nikki roubando algo de uma bandeja e enfiando rápido na boca. Eu olho para ela de olhos arregalados e ela dá de ombros, mastigando como pode antes de sussurrar. — Isso está divino. Quando chegamos à outra sala, Ling se vira para mim, mas fala sem me olhar. — Siga o corredor. Primeira porta à sua esquerda. — espreitando através de seus longos cílios para Dave, ela corre um dedo de seu peito para o estômago antes de lamber os lábios e ir embora. Nós todos assistimos por um longo tempo antes de Nikki murmurar. — Seu gaydar18 está quebrado. Rindo silenciosamente, eu abro a porta e meus olhos brilham quando eu percebo que leva direto para o salão de baile. Este lugar... Oh Deus, este lugar! É impressionante. Quero viver aqui. Para todo o sempre. Amém. É o epítome da elegância. O piso de azulejos brancos reluzentes é recémpolido e encerado, com altos e grossos pilares de estilo grego a cada poucos metros e do mais brilhante dos brancos. Eles parecem estar segurando o teto enquanto as paredes brilham em ouro e pêssego. Cortinas, também cor de pêssego, decoram as seis janelas em ambos os lados do salão. As mesas-redondas com oito assentos cada estão estrategicamente colocadas ao redor da sala. As toalhas brancas combinam com as capas das cadeiras, cada cadeira decorada com um pêssego e uma fita de ouro presa em uma curva na parte de trás.
18
Radar para gays.
E aqui estamos nós, três Zé ninguém que nunca estiveram num baile de caridade assim, embasbacados olhando ao nosso redor. Um momento passa antes que Nikki sussurre. — Talvez devêssemos usar nossas máscaras. Eu estava segurando a minha máscara o tempo todo. O convite dizia que fantasias eram obrigatórias, mas as máscaras eram opcionais, e pelo que eu posso ver, a maioria das mulheres está usando uma, enquanto nenhum dos homens se preocupou. O que é justo, porque quando eu perguntei a Dave que máscara que ele escolheu, ele riu. E riu. E riu um pouco mais. Acenando para Nikki, ela vem à frente para me ajudar com a minha máscara. É um pouco fora do comum, mas eu não podia dizer não. É toda de renda branca na forma de uma borboleta e forrada com veludo branco; ela prende ao lado do meu cabelo. É tão leve, não sinto que estou usando uma, e embora cubra a maior parte do meu rosto, você ainda pode ver que sou eu. Nikki escolheu uma máscara de olho de gato preto e dourado, que é sustentada por um mastro longo fino em sua mão. Ambas mascaradas, sorrimos uma para outra e pegamos o braço de Dave. Passando por uma escada em espiral alta, sinto os olhos em mim. Travo em meu caminho e olho para cima. Eu o avisto no topo da escada vindo em minha direção. Ele está vestido com calça preta, uma camisa branca e asas de seda preta. As asas são esfarrapadas e desgastadas. Suas calças estão rasgadas, sua camisa branca rasgada e cortada. Gotas vermelhas estão pintadas como se estivessem gotejando de seu coração. Algo preto que se parece com fuligem foi esfregado em seu rosto para fazê-lo parecer sujo. Quando ele chega até nós, ele olha Dave de cima a baixo antes de proferir com voz rouca. — Eu acredito que esta pertence a mim. Estendendo sua mão, com a palma para cima, eu acho que não deveria me afastar de Dave para ficar com ele. Colocando minha mão na dobra do seu cotovelo, ele estende a mão livre para Dave e se apresenta. — Você é David Allen. — Dave balança a cabeça, estupefato. Deixando de lado a mão de Dave,
ele leva a pequena mão de Nikki em seus lábios e beija o início da mesma. — E você deve ser a bela Nicole Palmer. Oh, meu Deus. Que falso! Agindo todo educado e suave em torno de meus amigos. Gah! Rangendo os dentes e apertando sua camisa com força, eu vejo os meus amigos se encantando com Twitch e luto contra a vontade de gritar: ‘É uma armadilha! Não caiam nessa!’ E continuo a apertá-lo. Ele conversa com Nikki e Dave um tempo, e Nikki me lança um olhar que diz que ela aprova. Eu posso ver que Dave tem suas dúvidas, olhando para o pescoço e as mãos tatuadas de Twitch. Quero franzir o nariz, dizendo-lhe para não estereotipar as pessoas, mas, neste caso, eu estaria errada. Twitch é exatamente como seu estereótipo prevê. E isso é uma merda. Eu gostaria que ele fosse diferente. Ele não é exatamente modelo de namorado. Isso, e ele têm uma namorada. Pelo menos, eu acho que ele tem. Ling é uma vadia. Ela combina com ele. De repente, estamos caminhando na direção oposta dos meus amigos. Junto às sobrancelhas e pergunto: — Onde vamos? Ele diz, sem nenhuma emoção. — Eu disse a eles que eu tinha reclamado você como meu par hoje à noite. — fechando a feição ainda mais, ele me olha e seus lábios torcem. — Nicole parece gostar de mim. David nem tanto. Eu zombo. — Isso é porque você está cheio de merda! Nikki é uma romântica incurável, enquanto Dave pode cheirar merda a um quilômetro de distância. — ele não responde, só caminha comigo acenando com a cabeça. Nós paramos em um canto deserto da sala e Twitch leva o seu tempo olhando toda a minha fantasia. Quanto mais ele me olha, mais irritado ele parece ficar. E, de repente, eu estou petrificada achando que fiz a escolha errada. Tentando desviar a atenção de mim, eu pergunto: — Do que você está vestido?
Seu olhar percorre meu corpo mais uma vez. Seus olhos semicerrados, finalmente se voltam para os meus. Olhando meu rosto por um longo tempo, ele finalmente se afasta e olha para a multidão. — Amor. Meu corpo inteiro irrompe em arrepios e eu visivelmente estremeço. Amor? Ele é o amor? Que diabo é isso? Ele e eu temos visões muito diferentes de amor. Isso é triste. Apenas... triste. Olhando em meus olhos, ele faz uma carranca. — Não faça isso. — me surpreendo, e antes que eu possa perguntar o que quer dizer, ele acrescenta. — Não sinta pena de mim. E não pense que você me conhece. Você não sabe nada sobre mim. Quente de fúria, querendo evitar uma discussão, eu largo seu braço e começo a me afastar. Ele pega a minha mão e puxa forte, me levando na direção oposta. Confusa, eu pergunto baixinho. — Para onde vamos? Ele me arrasta por um longo tempo antes de responder: — Vou te levar em um tour pela minha casa.
Capítulo Onze
Lexi
E
le acabou de dizer a
sua casa? Esta é a sua casa? Fico de boca aberta sem acreditar, ele me leva para fora do salão, por um pequeno corredor e sobe um lance de escadas estreitas. Quando chegamos ao topo da escada, ele se vira para olhar para mim e faz cara de surpresa quando vê minha expressão extremamente atônita. — Não fique tão chocada, Lexi. Você sabe o que eu faço para viver. O dinheiro vem fácil. E gastá-lo é mais fácil ainda. E eu não tenho muitos gastos. — o tom entediado de sua voz está começando a se tornar irritante. Quando ele me puxa para mais perto dele, eu deixo escapar: — Ling é sua namorada? Olho de lado para ele, eu vejo seus lábios se inclinando levemente para cima. — Será que isso importa? Sim! Imitando seu tom entediado, eu minto através de meus dentes. — Não realmente. Enquanto isso não me afeta ou os homens que eu... — aham. —... vejo.
Ele aperta ainda mais a minha mão, e de repente eu sou empurrada contra a parede do corredor. Respirando pesadamente, eu o vejo se transformar de um príncipe escuro para algo demoníaco. Seus olhos brilham e seu rosto se contorce; descendo sua mão, ele agarra meu monte através do meu vestido e diz entre os dentes: — Ninguém toca em você. Você entendeu? Enquanto eu quiser você, ninguém mais pode ter, e depois que eu terminar com você... — ele lambe meu maxilar. Meus olhos se agitam. Ele pressiona sua ereção em minha coxa. — ... você estará para sempre insatisfeita. Ninguém nunca vai cuidar de você igual eu cuido. Do jeito que eu sei que você quer. Eu sei o que você precisa Lexi, mesmo que você não saiba. Então eu vou te ensinar. Meu coração bate praticamente fora do meu peito. Estou um pouco assustada e não sei o que fazer com o que ele me disse. Além do fato de que ele disse que ele vai me deixar. Não é um talvez. Um fato. É por isso que eu deveria ir embora. E eu preciso expressar isso. Então, eu faço. Eu sussurro trêmula. — Eu preciso me afastar de você. Seu nariz corre pelo meu e eu fecho meus olhos. Seu lábio inferior quase toca o meu quando ele sussurra de volta. — O que faz você pensar que eu vou deixar você, Alexa? Meu estômago afunda. Abrindo os olhos, pergunto seriamente: — Por que você me persegue? Eu preciso saber. Meu estômago mergulha uma segunda vez, quando ele inspira, olha sobre o meu rosto como se fosse uma obra de arte, em seguida, se inclina e beija a ponta do meu nariz. E ele faz isso tão suavemente, tão docemente, que meu coração dói. — Tudo há seu tempo. Você não me conhece. Ainda. Isso soa quase como uma promessa. Meu coração começa a bater novamente. Eu posso viver com isso. Uma pequena promessa está bem por agora. Eu não estava esperando muito, então eu acho que eu estou recebendo exatamente o que eu esperava. Tomando uma respiração profunda, eu olho para seu rosto manchado de fuligem e mudo de assunto. — Você vai me sujar.
Seus olhos escurecem. — Já sujei, baby. — e eu sei que o que ele disse não tem nada a ver com fuligem. Chegando ao meu lado esquerdo, o ranger de uma maçaneta soa e ele empurra a porta aberta. Nós olhamos um para o outro um segundo a mais antes de ele tomar o meu cotovelo e me levar para um enorme quarto. Meu núcleo aperta em emoção com a visão da cama king-size modelo trenó do lado direito do cômodo, mas eu faço um excelente trabalho mantendo-me firme. Twitch para ao meu lado brincando com suas abotoaduras, que após uma inspeção mais próxima, posso ver que hoje são crânios de ônix preto com ossos cruzados. Ele afirma: — Este é o seu quarto sempre que você estiver aqui. Você terá uma chave e seu próprio conjunto de códigos de entrada. Você terá acesso a toda a casa, e eu preferiria que se você estivesse aqui, pelo menos, três noites por semana. Assim que eu ouço as palavras seu quarto, minha mente se embaralha e ouço zumbidos. - Este cara perdeu a cabeça. Acho melhor ir embora agora. Não é possível processar o que exatamente nós estamos discutindo aqui, aproveito esta oportunidade para caminhar ao redor do quarto. Atingindo uma cômoda antiga sólida, eu levanto as tampas de duas peças decorativas de vidro que ficam em cima dela, fazendo-me em casa no que é, aparentemente, a droga do meu quarto. Um está cheio até a borda com balas coloridas de chocolate ao leite, e o outro tem abotoaduras de todos os tipos dentro. Minha testa franze. — Mas este é o seu quarto. Uma mão tatuada vem em torno de mim para tomar um punhado de chocolate. Sem me virar, eu posso ouvi-lo empurrar as balas em sua boca. Ele diz com sarcasmo: — E ela é inteligente também. Girando, minha expressão claramente aborrecida. — Eu realmente não entendo por que eu iria passar três noites por semana aqui. Mastigando o chocolate, ele volta para pegar mais um punhado com o olhar perdido no pensamento. Finalmente, ele dá de ombros. — Por que não?
Virando de volta para a cômoda, eu levanto a minha mão e aponto o meu dedo indicador. — Número um, eu nem te conheço, Twitch. — apontando o meu dedo do meio. — Número dois, este lugar é realmente muito longe de onde eu trabalho, como você sabe. — apontando o anelar. — E número três, eu não tenho absolutamente nada aqui que seja meu. Então, é estranho para mim. Empurrando o segundo punhado de doces em sua boca, ele mastiga, pega minha mão e me leva em direção a uma porta. Quando ele abre, meu ar falta e meu queixo cai. Isso é ridículo! Eu estou em pânico. E suada. Eu não me sinto bem. Acho que vou vomitar. Dobro para frente na cintura, estendo minhas mãos trêmulas para segurar meu cabelo para fora do caminho quando eu começo a hiperventilar. Eu realmente gostaria de ter um saco de papel para respirar dentro agora. Este é o momento onde Twitch pergunta calmamente. — É muito? Me ergo, eu fecho meus olhos por meio minuto antes de apontar para o closet cheio até a borda com roupas femininas, e todas parecem ser do meu tamanho, e grito: — Oh, porque isso não é estranho! Nem um pouco, Twitch! Seu sorriso é tão delicioso que eu quero lambê-lo. Mas, quando ele diz. — Babe. — como se eu estivesse sendo ridícula, eu perco a cabeça. — Não! Você realmente não vai fazer isso, senhor! Nada de Babe! Tenho saltos e vou usá-los como uma arma, se for preciso. Você vai responder a algumas das minhas perguntas agora. — sentindo-me um pouco corajosa, eu adiciono como uma ameaça. — Se você não fizer isso, eu vou embora. E eu não vou voltar. Mordendo um pedaço de doce em sua boca, ele engole e fala. — Sim, sobre isso. Eu não lido bem com ameaças. E eu definitivamente não recebo ordens. Mas você vai aprender tudo isso. Eventualmente. Percebo que eu te conheço melhor do que você se conhece, mas há algumas coisas que você deve
saber sobre mim. E eu vou tornar isso fácil para você. — imitando o que eu fiz com os dedos, ele aponta o dedo indicador. — Número um, você vai ficar aqui, porque você quer estar aqui, não porque eu te obriguei. Nunca. — apontando o dedo do meio. — Número dois, este armário é seu, e eu espero que você use o que está lá dentro, até as calcinhas. — apontando o terceiro dedo. — Número três, você é tão sexy quando se irrita, que porra, eu gostaria que você chupasse o meu pau. E quando eu digo que eu realmente gostaria, é o que eu realmente quero Lexi. Agora. Pressionando minhas pernas juntas com força, meu núcleo apertando. Eu realmente quero isso. — Eu não quero. Seus lábios formam uma linha fina, e ele dá um passo à frente para o campo de força que ergui a minha volta. Levantando as mãos, ele segura nas laterais do meu pescoço, afasta meu cabelo e diz em voz baixa. — Eu não vou contar a ninguém. Eu sei o que você deseja, querida. Não negue a si mesma. Eu odeio isso. — ele retira as mãos do meu pescoço, e com cuidado, ele remove minha máscara, e quando o meu rosto é finalmente exposto, seus olhos se fecham nos cantos enquanto eu sou repentinamente empurrada para baixo de joelhos na frente dele. Com as duas mãos em meus ombros, ele pronuncia. — Você precisava de um empurrão na direção certa. Agora vamos ver se você pode me colocar de joelhos também. Desafio aceito. Minhas sobrancelhas se contraem em agitação. Eu trabalho em seu cinto e quando abro, ele o desliza para fora das presilhas de sua calça e começa a prendê-lo em volta do meu pescoço. Eu sei que isso não deveria me excitar. Eu sei que isso é errado de tantas maneiras. Mas eu quero isso pra caramba. Há uma parte de mim que quer tudo o que Twitch está oferecendo, não importa o quão fodido seja. Desfaço o botão e abaixo o zíper, eu abro a calça e mordo o lábio quando o vejo, semiereto, grosso e bem na altura dos meus olhos. Quando o cinto em volta do meu pescoço é puxado um pouco apertado, eu olho para ele com pânico
em meus olhos. Seus olhos falam com os meus. Eles dizem que vou cuidar de você. Ou, pelo menos, é isso que eu quero acreditar que eles estão dizendo. Eles poderiam estar dizendo quero lhe estrangular, pelo que sei. Assim que ele está preso, Twitch envolve o comprimento da correia em torno de sua mão e puxa suavemente. A pressão no meu pescoço é alarmante e desconfortável. Então por que estou toda molhada? Ele pega o meu suspiro e sorri. Ele sabe. Ele sempre sabe! O sorriso desaparece, seus olhos semicerrados escurecem, e ele ordena. — Me faça gozar. — em seguida, puxa o cinto, me forçando para frente em sua virilha. Sem perder um segundo, eu o agarro colocando minhas mãos ao redor de seu endurecido pau e o guio para a minha boca, tendo cuidado para não engasgar com as esferas de seu piercing. Assim que a minha língua toca a parte inferior sensível, ele suspira. — Sim. É isso. Puxando o cinto mais para o seu lado, ele me força para mais perto dele, e ao mesmo tempo empurra-o mais profundo em minha boca. Fecho meus olhos, eu trabalho nele com a minha boca. Ruídos de chupões e lambidas ecoam pelo grande quarto. De repente, eu sou puxada muito profundamente e eu engasgo. Meus olhos se arregalam. Seus olhos perfuram os meus enquanto ele mantém seu comprimento muito profundo. — Olhos em mim. Não me faça repetir. Apertando minha garganta em torno dele, meus olhos lacrimejam e eu aceno vigorosamente. Puxando completamente para fora da minha boca, eu ofego e puxo uma respiração, saliva escorrendo pelo meu queixo de uma forma nada atraente. Ele acaricia minha bochecha carinhosamente. — Boa menina.
Sem me dar um segundo para conseguir minha respiração sob controle, ele se dirige para minha boca novamente. Mas estou um pouco assustada. Eu não quero ser sufocada novamente. Twitch deve sentir isso porque ele afirma. — Faça o que eu digo e não vai acontecer novamente. Eu acho que me faz bem ouvi-lo agora. Há algo sobre ter suas escolhas tomadas de você que é igualmente libertador e assustador. Entregar o controle para uma pessoa é um grande negócio. Uma exibição de confiança. E às vezes, eu gostaria de ser tomada em um passeio ao invés de dirigir. Piscando rapidamente, eu olho em seus olhos castanhos enquanto ele lentamente, mas profundamente entra e sai da minha boca. Neste exato momento, tudo o que posso fazer é contemplá-lo, Camisa branca, rasgada e salpicada de tinta, boca entreaberta, olhos semicerrados em êxtase, seu rosto sujo parece quase angelical, enquanto relaxa com cada movimento de si mesmo no calor úmido de minha boca. Eu poderia olhá-lo o dia todo. Então seus olhos se fecham e ele inclina a cabeça para trás de prazer; os músculos de seu pescoço um momento tenso antes que ele engula em seco, a obra de arte com tinta lá aparentemente voltando à vida com todos os movimentos de seus músculos da garganta. Ele é impressionante. E embora ele não esteja mais olhando para mim, mantendo um olho em mim para se certificar de que estou seguindo as instruções... eu não consigo tirar meus olhos dele. Os sons de couro rangendo suavemente na minha orelha me alertam para o fato de que ele apertou o cinto mais uma vez. Incapaz de me parar, eu deixo a minha postura passiva e faço o melhor que posso. E eu sei que ele está perto. Eu sei disso porque quando trabalho mais rápido com a minha boca, ele sussurra. — Porra, Anjo. Sim, babe, chupa bem ele.
Fechando meus olhos, eu trabalho nele em um movimento constante. Eu sinto a ponta dos dedos escorregarem para o colar que é o seu cinto, e eu sei o que está por vir. E porque eu sei, eu estou preparada para isso. Puxando-me pela minha gargantilha, ele fala. — Estou pronto. Toma. Sugando o ar pelo nariz, eu sou puxada ainda mais para frente em seu pau incrivelmente duro. Relaxada, minha garganta se abre. Seus quadris empurram com a primeira contração de seu orgasmo, e de repente, eu sou garganta profunda. Que estranho? Eu não sinto o desconforto que eu senti antes. Twitch geme longo e baixo. Eu o sinto se masturbar irregularmente, e o calor da sua libertação desliza para baixo de minha garganta receptiva. E isso me deixa tão molhada, tão excitada, que eu sei que um simples toque me fará explodir. Acalmando, ele começa a puxar para fora. Meus reflexos da garganta retornam e eu engasgo um pouco quando o seu piercing bate em cima da minha boca. Ele finalmente se liberta. Eu me sinto molhada com um líquido quente saindo pelo lado da minha boca. Suas narinas se abrem e seus olhos brilham. Usando o polegar, ele enxuga o excesso de líquido e oferece-me. Com os lábios inchados devido à fricção, dirijo lentamente a minha língua e enrolo em torno de seu polegar. Eu presto atenção no prazer que ele sente, já que seu pau quase flácido salta. Eu me sinto poderosa agora. Fechando os lábios em torno de seu polegar, eu sugo delicadamente e o libero com um pop. Twitch fica onde ele está, e eu mordo meu lábio para parar o meu sorriso vitorioso. Twitch não é uma pessoa a quem você diz, eu te disse, então eu não faço isso.
Da forma mais gentil que eu posso, eu o coloco de volta em suas calças. No entanto, deixo o cinto em volta do meu pescoço. Eu não tenho certeza se estou fazendo a coisa certa. A última coisa que eu quero é dar a ele uma desculpa para me punir. Eu gosto quando ele está feliz comigo. Apesar de que tê-lo chateado comigo me traz bastante emoção. Quem diria? De olhos fechados, ele visivelmente estremece, seus cílios vibram e ele olha para mim, seu olhar cheio de reverência. Seus lábios se enrolam. — Droga. Você chupou todo o meu sentido. — sua mão desce sobre a minha cabeça e acaricia meu cabelo. Ele murmura. — Você fez bem, Anjo. Um pequeno sorriso enfeita meus lábios. O jeito que ele me chamou de anjo é como se ele realmente acreditasse que eu fosse um. Apoiando-me em seu toque, o afastamento chega cedo demais e seus dedos delicadamente desfazem o cinto em volta do meu pescoço. Um pensamento me atravessa. Eu não quero que ele tire o cinto. Minha mente pondera isso. Nossa. Você é uma aberração. Ajudando-me a ficar de pé, ele possessivamente envolve um braço em volta dos meus ombros e me puxa para ele. Apoiando-me em seu peito, eu respiro seu cheiro e sinto seu calor. Ele nos guia para fora de seu quarto e pelo corredor. Descendo na extremidade oposta de onde viemos originalmente. É nesse momento que nós ouvimos. Uma mulher grita: — Socorro! Não! Não! Pare! — soluços. — Por favor, não. Eu não quero você! Por favor! Meu sangue corre frio.
Meu corpo fica tenso e meus olhos se arregalam. Eu olho para Twitch que me observa com cuidado, seus olhos estão aborrecidos. O que me choca é a falta de tentativa de investigar ou ajudar. Quando a mulher grita no auge de seus pulmões, Twitch suspira, como se essa mulher não estivesse sendo atacada, mas dando trabalho a alguém. Rugidos de sangue em meus ouvidos. Eu perco o controle. Rosto marcado com desgosto, eu arranco meu braço para longe dele, e rangendo os dentes, eu empurro seus ombros antes de decolar pelo corredor, procurando a fonte dos gritos de socorro. — Lexi! Não vá lá! Espere, porra! Mas eu não o obedeço. Eu corro. Freneticamente procurando pela mulher que, obviamente, precisa de ajuda. Seus gemidos, sussurros e soluços aparecem cada vez mais perto, até que finalmente, eu estou apenas fora da porta, com medo de espiar dentro. Com medo do que vou encontrar. Meu coração bate fora do meu peito. Com os olhos arregalados, a minha mão tremendo segurando a maçaneta. Virando-a lentamente, a trava clica e a porta se abre dois centímetros, quando sou puxada para trás por um corpo rígido. Uma mão aperta a minha boca e eu luto. Respirando pesadamente através do meu nariz, eu luto apenas um momento antes de Twitch dizer diretamente em meu ouvido: — Pare. Veja. Está tudo bem, Lex. Ainda lutando, sua mão aperta a minha boca. Formam-se lágrimas nos meus olhos e meu corpo treme. Puxando o lado do meu rosto em sua bochecha, ele balança comigo, gentilmente me balançando de um lado para o outro. — Ssssh. Basta assistir. Fecho meus olhos por um longo momento, eu percebo que não estou saindo disso até que eu faça o que ele diz. Então, fungando, eu abro meus olhos e aprecio a vista através da fresta da porta.
Meu coração salta uma batida. A raiva surge através de minhas veias como lava líquida chamuscando minhas entranhas. Estou chocada. E com o coração partido. Preciso ligar para a polícia.
Capítulo Doze
Twitch
O
corpo rígido de
Lexi treme com choro silencioso, enquanto assistimos através da fresta da porta. Envolvendo o meu braço em torno dela, eu a balanço no que eu espero ser uma tentativa de acalmá-la. Eu não sou muito bom em coisas assim. Não é uma visão bonita. E parte de mim roga a Deus que ela consiga ver isso comigo. Independentemente do que ela pensa, ela é forte. Ela é perfeita. Eu sabia que ela seria. É muita coisa para absorver. Mas ela vai encontrar um jeito de enfrentar isso. Eu sei que vai. Eu vou estar lá, guiando-lhe ao mesmo tempo.
Lexi Fechando meus olhos, eu tento bloquear a imagem que agora queima em meu cérebro. Incapaz de me conter, eu choro em completo silêncio, meu corpo treme contra o homem alto que de repente eu odeio. Sinto-me enojada. E impotente. E abatida. Mas, acima de qualquer um desses sentimentos, eu odeio Twitch. Cobrindo minha boca com uma mão, ele envolve em meu peito para segurar meu ombro enquanto ele gentilmente me balança, arrulhando. — Ssssh, Anjo. Eu sei que é difícil. Eu só preciso que você assista um pouco mais. Eu choro mais. Quem é essa besta? Eu sei que Twitch tem problemas. Questões muito profundas e antigas. Mas eu nunca imaginei o quanto profundas eram as raízes dessas questões. Eu deveria ter escutado Nikki quando ela me disse para não fazer deste homem um projeto. Seus lábios tocam a concha da minha orelha e ele sussurra. —Você tem que confiar em mim, Lex. — sua voz implora. — Abra os olhos. Quero berrar 'Foda-se!'...mas algo em sua voz me diz para fazer o que ele diz. Então, eu faço. E minha garganta se fecha. Tanto que não consigo engolir.
A cena diante de mim é horrível. Ling está de bruços no meio da cama king-size em um quarto intocado. Seu pretinho básico está rasgado e em frangalhos sobre seu corpo na maior parte nu. Uma luva de seda longa saiu, a outra pendurada em seus dedos tensos. Seu rosto bonito está distorcido pela aflição e angústia que ela está passando neste momento. Meu coração se parte por ela. Meus olhos se recusam a piscar e as lágrimas descem pelo meu rosto. Quero chamá-la. Eu quero que ela saiba que não está sozinha. Eu quero gritar por socorro. Mas acima de tudo, eu quero bater pra cacete no bruto de um homem segurando seu braço torcido atrás das costas enquanto ele a penetra com brutalidade. Não, esqueça isso. Eu quero matar aquele homem. Tenho certeza que se eu tivesse uma arma neste momento, eu a usaria. Não para defender. Não para ferir. Para matar. Meu olhar deriva sobre seu corpo brevemente antes de pousar em seu rosto. Soluçando baixo, com a voz tensa e fraca, ela pede: — Por favor. Por favor, pare. Não faça isso. Como se Twitch pudesse sentir meu desespero, ele aperta a mão sobre minha boca e sussurra: — Só um pouco mais. Então, podemos ir embora. Mas eu não consigo parar meu corpo de reagir. Puxando meus braços tão forte quanto eu posso, eu luto com o homem que me aperta. Em vão. Então, quando ele morde minha orelha com força, um grito abafado me escapa. Então ele rosna. — Ela quer. Observe! Oh Deus! Ele é um daqueles caras perseguidores psicopatas que estupram mulheres, e em seguida, dizem que elas queriam! O homem segurando Ling, é mais do que o dobro de seu tamanho; não há nenhuma maneira que ela possa lutar com ele, mesmo se quisesse. Meus
instintos me levam de volta para semanas atrás, quando Twitch me salvou daquele... daquele... da porra do monstro que me atacou. Então, por que ele não a ajuda agora? O homem segura seu braço torcido desajeitadamente atrás de suas costas enquanto ele empurra para dentro dela. E a cada estocada, um olhar de dor cobre o rímel manchado sua face. Seu batom manchado pelo seu queixo, ela tem um lábio inchado. O homem tem marcas de arranhões visíveis no peito; vermelho escuro abrange os arranhões e sinto um pouco de satisfação em saber que ela o marcou. De repente, Ling chega com o braço livre e bate com seu punho no quadril dele. A tentativa é tão fraca que seu braço cai para baixo. Ela está exausta. Exausta da luta. Eu não posso ver mais. Fecho meus olhos, e a mão de Twitch vai da minha boca até meu maxilar, onde os dedos me seguram com firmeza. Quase à força, ele aperta meu maxilar duramente. — Eu disse para você assistir. Agora assista, porra. Meus olhos se abrem e o que vejo depois muda tudo. Os olhos de Ling abertos, a boca formando um O, e ela diz: — Vai! Vai, filho da puta! O homem sorri e a vira, mergulhando de volta em uma Ling fraca, levanta o braço e lhe dá um tapa no rosto. Pressão aumenta em meus ouvidos. Meus olhos se arregalam em choque. Eu não posso acreditar no que estou vendo. Ela suspira alto, então geme de puro prazer. Ele se inclina sobre seu corpo pequeno e a fode com força. Transa com ela como se ele a odiasse. Com os braços extremamente musculosos apoiados em ambos os lados de sua cabeça, ela se inclina para cima e suas bocas se chocam em um beijo quente.
De repente eu me sinto suja. Como se eu estivesse me intrometendo em um momento especial entre os dois. Eu nem sequer notei que Twitch já não me segurava com força, mas tinha os dois braços em volta da minha cintura com os lábios em meu templo. Os gemidos do homem me atraem de volta para o show ao vivo. Os olhos de Ling piscam de excitação antes de seu rosto se contorcer mais uma vez com medo. Incorporando a atriz, ela implora: — Não mais. Por favor! Pare. Eu não aguento. O homem acaricia o rosto que antes tinha esbofeteado e se prepara para fazê-lo novamente, e eu não consigo mais assistir isso tudo. Fechando meus olhos, eu bloqueio o que está prestes a acontecer. Slap! Lamúrias preenchem o ar, e Ling clama: — Oh Deus! Sim! Espreitando, eu assisto as costas de Ling saírem da cama; seus olhos se revirando um momento antes de ela empurrar de forma incontrolável, gemendo ao mesmo tempo. O homem range os dentes. — Porra, isso! Goza no meu pau, babe. Goze para mim. Seu corpo se acalma, aperta sua bunda e inclinando a cabeça para trás, ele ruge enquanto empurra seu corpo incontrolavelmente no corpo gasto que é Ling. Sentindo-me tão desgastada, como os dois que agora se encontram ofegantes e deitados em um emaranhado na cama, meu corpo enfraquece com uma confusão de emoções correndo pela minha cabeça. Eu me inclino para trás em Twitch. Com um aperto na minha cintura, ele me leva para longe da bagunça na minha frente e de volta para seu quarto. Eu sei o que ele quer. Eu sei que isso deve acontecer. Mas eu estou temendo essa conversa.
Twitch Porra, Ling. Sempre brincando comigo. Sempre mexendo com o que é importante para mim. Eu não tenho ideia por que eu a mantenho por perto. A cadela é mais problema do que ela vale. Você sabe por que a mantém por perto. É. Eu acho que eu sei. Somos parecidos em muitos aspectos. Nem todos, mas nós temos um ao outro. Apertando a cintura de Lexi, eu a levo pelo corredor, até que ficamos na frente do meu quarto. Lentamente, para não assustá-la, eu passo à sua frente e abro a porta. Sem dizer uma palavra, ela se permite entrar comigo e eu fecho a porta atrás de nós. Afasto-me dela, vou até minha cama e me sento na borda. Mas Lexi fica parada perto do armário, olhando para o nada. — Lexi, venha aqui. Nada. Ela permanece onde está. A luz em seus olhos escureceu tanto, que eu me pergunto se eu a quebrei tão cedo em nosso jogo. — Vem cá, Lexi. Sente-se comigo. Vamos conversar. Alívio e decepção passam por mim, quando ela franze as sobrancelhas. — Eu - eu não entendo. — diz ela em voz baixa.
Afirmo: — Você não faria isso. Dando um passo para trás, ela esbarra na cômoda. — Ele estava a machucando. Ele foi... — seus olhos perdem o foco. — E ela estava... ele bateu nela e ela... eu não entendo. Eu odeio a maneira como ela parece tão frágil agora. Leva-me de volta à minha infância. Um lugar que eu prefiro manter enterrado profundamente. Fico de pé, e me aproximo um pouco. Meu anjo. Ela está linda esta noite. Como sempre. Mas agora, ela se parece com um anjo caído. Devastada. Mexida. E aflita. É doentio, mas eu gosto. Implorar para o meu pau não reagir é impossível. Ele sacode na minha calça e eu dou alguns passos em sua direção. Eu não vou implorar. Eu não imploro. Mas eu vou encontrá-la no meio do caminho. Só esta noite. Estendendo minha mão para ela, eu peço gentilmente. — Pegue minha mão. Finalmente, ela me olha, seus olhos azuis parecem muito pálidos, a escuridão lá realmente começa a me incomodar. Não. Eu não gosto disso. Estendendo minha mão mais uma vez, ela me olha por um longo tempo antes de sussurrar. — Você sabia. Você - você sabia. Concordo com a cabeça. — Sim. Podemos discutir isso quando você não estiver tão longe de mim. Inclinando-se ainda mais para a cômoda, ela pergunta. — E se eu não quiser falar sobre isso? Eu não gosto de ser questionado. Rangendo os dentes, eu sufoco minha súbita irritação e falo com uma voz suave, calma, porém firme. — Precisamos falar sobre isso. Seus olhos perfuram os meus. Tanta tristeza lá.
Estendendo a mão devagar e hesitante, ela coloca sua pequena mão na minha, e com um pequeno puxão, eu a puxo para o meu corpo, passando meus braços em torno dela e ando para trás em direção à cama. Sentando, eu a coloco sentada em meu colo e brinco com os dedos de sua mão esquerda quando eu começo. — Você não estava preparada para ver isso. Balançando a cabeça, ela diz desanimada. — Não. Acho que eu não estava. — uma pequena pausa. — Você sabia que ela gosta dessas coisas? Eu não respondo. Essa é a minha resposta. Lexi endurece. Ela sussurra. — Você...? Quer dizer, como você sabia? Mais uma vez, eu deixo o meu silêncio falar por mim. Ela engole em seco. — Entendo. De repente, meu coração acelera. É um sentimento tão estranho que me parte. Eu percebo que o sentimento é preocupação. Eu a estou perdendo. Calmamente, eu explico. — Ling está quebrada. O que ela passou, eu sinceramente não sei como ela conseguiu sair viva. Não estou dizendo que seu gosto é normal ou natural, mas eu estou dizendo para não julgá-la com demasiada severidade. Ela não é de todo ruim. Lexi tenciona ainda mais. — Como você pôde fazer isso com ela? Envolvendo um braço em volta de sua cintura como se quisesse impedi-la de fugir, eu permaneço honesto. — Porque ela queria. Foi consensual, mesmo que não pareça. Ling tem idade suficiente para tomar suas próprias decisões, e ela não é burra ou comprometida de alguma forma. — então, a honestidade brutal. — Foi realmente fácil. Era sexy. Isso me excitou. Eu gostei e faria novamente. Olhos tristes encontram os meus. — Você bateu nela? — Sim. Mais de uma vez. Talvez até mais forte do que ele.
Balançando a cabeça, seus olhos ficam assustados quando ela pergunta. — Você vai me bater? Lutando para manter a raiva sob controle, eu pergunto. — Você quer que eu te bata? E sua resposta é a redenção pura. Sua resposta me deixa saber que eu tenho perdido muito dela. — Não gosto disso. Alívio flui através de mim quando eu puxo um pedaço de seu cabelo. — Eu sou bom em ler as pessoas, Lexi. Quando estamos juntos, eu sei o que você gosta e o que você não gosta. Eu sei o que você pensa que você não gosta e está com medo de tentar. Eu sei como levar você mais longe do que você está acostumada. — permitindo me afundar em seu pescoço por um momento, eu digo a ela. — Eu vou bater em você. Eu vou ser duro com você. Vou te empurrar até o seu limite. Mas eu prometo que se você der uma chance, vai desfrutar recebendo tanto quanto eu gosto de dar. Seu peito se ergue com uma respiração pesada. — E se você me ler errado? E se for longe demais? Estendendo a mão, meus dedos seguram seu maxilar com firmeza enquanto olho nos olhos dela e pergunto seriamente. — Você gosta do que fizemos até agora? Ela hesita, e eu sei que ela quer mentir, por isso estou surpreso quando ela responde. — Sim. Eu gostei. Você me assusta. Você é intenso. E você meio que me assusta pra cacete. Mas eu gosto. Ouvir isso me faz sentir bem. Um pouco bem demais. Enterrando meu rosto em seu pescoço, beijo-lhe a pele sensível lá e dou um leve sorriso quando sinto seus tremores. Sua próxima pergunta me faz enxergar vermelho. — Então, o que você gosta? Você é um Dom? Afasto-me de seu pescoço, eu olho sua garganta. Minha indignação é clara, quando eu estalo. — Sabe do que eu não gosto? Rótulos. Sua testa franze. — Rótulos?
Balançando a cabeça, eu confirmo. — Rótulos. — ficando mais irritado a cada segundo, eu afirmo: — Eu gosto do que eu gosto e o faço sem procurar desculpas para isso. E o que eu gosto é considerado normal? Provavelmente não. Sim, eu acho que está claro que eu gosto de estar no controle. Eu sou um Dom? Não. Será que isso importa? Não. Porque eu realmente não me obrigo a estar com alguém a não ser que eu queira. — minha raiva surge a um novo nível: Incontrolável. — Quem diabos é alguém para me julgar? Para colocar um rótulo em mim? Ninguém me conhece bem o suficiente para fazer isso, e as pessoas que me conhecem sabem que me rotular não é bom. Então, se você for esperta, Lex... você não fará isso. Lexi tenta levantar. Mas eu não deixo. Meu braço aperta em torno de sua cintura e eu ouço o pânico em sua voz. — Eu preciso que você me solte. Eu não consigo pensar quando você está tão perto de mim. E eu realmente não gostei do que vi lá, Twitch. Eu preciso de algum tempo para pensar. Tempo sozinha. Fazendo um enorme esforço para reprimir minha raiva, minha resposta é breve. — Você pode pensar depois. Hoje à noite, você fica comigo. Eu já mandei Happy arranjar um carro para Nicole e David. Seus olhos escurecem de raiva. — Por que você...? Quem você acha que...? — o mais bonito e baixo rosnado vem de sua garganta e ela está desenrolando meus braços de sua cintura. Ela começa a andar agitada na minha frente. — Escute, eu sei que não fiz coisa alguma sobre você, quando começou a me perseguir. Mas merda! É assustador quando eu penso sobre isso. Eu não entendo por que não me sinto insegura perto de você, mas eu tenho certeza que ele tem algo a ver com o fato de que você me salvou daquele idiota que tentou me estuprar. — uma emoção que eu não estou acostumado a sentir cai sobre mim. Culpa. Ela continua. — Eu preciso que você saiba que eu estou nesse momento muito assustada, porra. Eu não vou mentir. Você é intrigante e atraente... bem... lindo. E eu estava esperando conhecê-lo melhor. Mas agora... — ela para com sua agitação e olhando nos meus olhos diz baixinho. —... agora eu não tenho tanta certeza.
As mulheres são criaturas complicadas. Eu não sei o que fazer com essa informação. Parece inútil para mim, mas algo no fundo do meu instinto me diz para ouvi-la. Suas mãos trêmulas se juntam e ela as torce. — Eu preciso ir. E ficar longe de você. Eu tenho muito em minha mente, e mesmo que eu goste de você de uma maneira estranha, você é... — ela engole em seco. —... eu não acho que você seja bom para mim, Twitch. Meu queixo cai, e antes que eu possa pensar em uma resposta, ouço o som da porta se fechando. Eu a perdi.
Lexi Assim que eu vejo um Happy sorridente na parte inferior da escada, ele dá uma olhada para o meu rosto e seu sorriso é substituído por um olhar de preocupação. Encontrando-me no último degrau, ele envolve um grande braço em volta dos meus ombros e estou tomada pela emoção. Agarrando sua lapela, eu choro em seu peito enquanto ele me leva até a parte de trás da casa para onde o carro está esperando. Guiando-me, ele dá ao motorista o meu endereço, então me diz com tristeza. — Nem todo mundo pode ser um herói de conto de fadas. — ele faz uma pausa por um momento, em seguida, acrescenta. — O mundo precisa de vilões também.
O carro leva-me para casa. Eu tomo banho, visto-me, em seguida, vou para a cama. Eu me esforço para mandar um texto a Nikki e Dave para que eles saibam que estou em casa, e para aproveitarem a festa sem mim porque eu não estou no clima. Ligo meu leitor de CD e deslizando sob as cobertas, meu último pensamento antes de cair no sono é o quanto eu vou sentir falta de Twitch.
Twitch Caindo a um nível que eu nunca pensei que eu ia chegar, eu contemplo a minha posição atual. A única desculpa da minha mente para o que eu estou fazendo é que eu estou fazendo isso por Lexi. Ela precisa de mim. Eu preciso dela. Eu ignoro a voz da minha mente. Porque ela está errada.
Lexi Minha cama afunda, um corpo alto desliza por trás de mim e um braço forte vem na minha cintura, me puxando de volta para o calor. Meu coração começa acelerar. É quando eu sinto seu perfume. Pergunto sonolenta: — O que você está fazendo aqui? Beijando meu ombro por um sólido minuto, ele responde: — Ssssh. Quanto mais você falar, menos tempo você pensa. Então, pense, Anjo. Só vou dormir um pouco. Meu coração incha estupidamente. Ele fez um esforço. Ele está fazendo um esforço. Algo me diz que isto é um grande negócio. Inclinando-me para trás para ele, eu sussurro: — Você não vai me deixar ir, não é? Enterrando seu rosto no meu cabelo, ele me inspira e ordena: — Durma. Agora. Incapaz de me parar, eu ligo meus dedos com sua mão no meu quadril e caio em um profundo sono repousante. Meu cérebro livre. Meu coração contente.
Capítulo Treze
Lexi
H
oje não está indo
bem.
Twitch Virando à esquerda no corredor até chegar ao escritório de Lexi, eu paro quando eu ouço uma voz exaltada. Minha testa franze. — Você simplesmente não entende, Srta. Ballentine! Tenho razões. Eu não posso te dizer quais são. Você só tem que confiar em mim! — isto vem de um homem jovem. Pela voz dele, eu diria que um é adolescente.
Lexi atira de volta. — Confiar em você como, obviamente, você confia em mim? — sarcasmo escorre de sua voz. Eu paro à porta e ouço a troca acalorada. — Michael, você não pode continuar matando aula assim. O Sr. Gilbert me ligou quatro vezes na semana passada para me avisar que você estava atrasado, e eu realmente não estou feliz com a sua mentira. — uma pausa, então mais suavemente. — Nós tínhamos um acordo. Você mantém o seu telefone ligado para que eu possa contatá-lo em todos os momentos. Você realmente não tem ideia de quanta liberdade eu estou te dando, querido. Você gostaria de saber por que o trato de forma diferente? Eu espio dentro. Michael mantém o rosto abaixado, os braços cruzados sobre o peito, queixo quadrado de adolescente em desafio, enquanto Lexi chega mais perto dele e diz baixinho. — É porque você é inteligente, Mickey. Eu fui sua assistente social por dois anos agora e eu sei o que é inteligência quando eu vejo isso. Eu também sei que as pessoas vão fazer o que puderem para tornar a vida mais fácil, então eu tenho que dizer-lhe como estou decepcionada com o que Sam viu no outro dia. Os olhos de Michael se alargam, a cabeça ainda abaixada. Ele se desloca em volta nervosamente e engole em seco. Sinto a tristeza de Lexi através de sua voz. — Eu pensei que você não estava fazendo mais. Tínhamos um acordo. Michael fica quieto um longo tempo antes de sussurrar. — Às vezes as pessoas boas tem que fazer coisas ruins. Não é nada pessoal. É apenas a vida, senhorita Ballentine. Nossa. Isso é duro. Mas ele acertou bem em cheio. Eu decidi que eu gosto desse garoto. E Lexi estava certa; ele é inteligente.
Reagindo sem pensar, eu entro a passos largos no escritório. Lexi olha para cima e seus olhos se arregalam. Ela sorri calorosamente antes de seu rosto se transformar em descrença atordoada. Correndo para mim, ela sussurra. — O que você está fazendo aqui? Levanto a mão para impedi-la de falar, eu passo para ficar na frente de Michael. — Levanta rapaz. Ainda sentado, com os braços cruzados, ele me olha de cima a baixo com um lábio enrolado antes de rolar os olhos e levantar em um acesso de raiva. Eu pergunto: — Quantos anos você tem? Olhando para o lado como se dissesse ‘eu estou tão desinteressado que eu estou ficando distraído’, ele responde: — Eu vou fazer dezessete anos na próxima semana. — Você precisa de dinheiro? Seu rosto se encaixa ao meu. É. Eu sei o que é desespero quando eu o vejo. Afirmo: — Você precisa de dinheiro. — tomando uma decisão precipitada, lhe digo: — Você só tem que parar. Diga a Frank ou Hamid que você não está mais vendendo. Diga a eles que você trabalha para Twitch agora e eles não vão dar-lhe uma merda. Os olhos de Michael se ampliam comicamente, obviamente chocado por eu saber o nome de dois dos maiores traficantes de Sydney. Ele gagueja: — Por por quê? Você nem me conhece. Por que você iria me contratar? Não perdendo o ritmo, eu respondo: — Porque Lexi está certa. Você é muito inteligente, para ser a porra de um traficante de drogas nas ruas de Sydney. Venha trabalhar para mim e vamos transformá-lo em algo melhor. Você não vai fazer nada grande no início, mas tem que começar em algum lugar.
Ele olha as tatuagens no meu pescoço, em seguida, olha para as tatuagens em minhas mãos. Seus olhos se movem de volta para o meu rosto e eu sei que ele está olhando para o pequeno treze tatuado no osso da minha bochecha. Ele está desabando. E rápido. Acho que eu esperava mais de uma luta dele. Pergunto firmemente: — Você está dentro ou fora? Porque se você está fora, eu vou deixá-lo saber que você nunca vai ter outra oportunidade como esta novamente. Eu cuido dos meus funcionários, Michael, é por isso que eles não me deixam. Michael parece inseguro por um segundo. Ele pergunta: — O que eu vou ser para você? Meus lábios se contraem. Garoto esperto. Eu sabia que eu gostava dele. — Um jovem empregado que gosta de aprender. Alguém com uma mente imaculadamente fresca, que eu possa ensinar sem ter que desensinar a merda que você foi ensinada. Um funcionário que vai trabalhar o seu caminho para cima. Um funcionário que pode até ser eu um dia. Os olhos de Michael se tornam um tanto esperançosos e melancólicos, e eu sei que eu o tenho. Ele acena e eu sorrio suavemente. — Bom. — entregando-lhe um cartão de visita, eu explico: — Este é o seu novo local de trabalho. Você virá, todos os dias depois da escola e trabalhar comigo até às vinte horas. Eu mesmo vou te levar para casa, então, você não precisa se preocupar com isso. Se, no final do ano, você decidir que trabalhar comigo é um lugar que você se vê no futuro, você pode abandonar a escola e eu vou pagar para promover a sua educação através de TAFE19 ou universidade. Parece bom? Seu rosto tem um olhar de descrença e ele concorda lentamente. Olhando para as suas roupas, lhe digo: — E vista-se bem, Michael. 19
Sistema de ensino técnico e/ou universitário.
Seu rosto cai e eu poderia me bater. Isso foi insensível. Chegando ao meu bolso de trás, eu puxo a minha carteira. Tiro cinco notas de cem dólares e as coloco em sua mão. — Como eu estava dizendo. Vistase bem. E corte o cabelo também. Você se parece com um maldito hippie. Pasmo. Essa é a única palavra que eu poderia usar para explicar sua expressão. Ele
pisca
para
baixo,
para
o
dinheiro,
agarrando-o
com
força. Recuperando-se rapidamente, ele diz: — Obrigado... — Twitch. — eu ofereço minha mão, em seguida, adiciono rapidamente, — Mas você vai me chamar de Sr. T. Olhando para mim, ele pronuncia: — Obrigado, Sr. T. Eu prometo que não vou decepcioná-lo. Ofereço-lhe um pequeno pedaço do meu verdadeiro eu quando ameaço: — Você não vai me decepcionar, Michael. Seria muito estúpido se você me decepcionasse. Olhando com um pouco de medo, ele diz calmamente: — Sim, senhor. Sim, senhor. Eu gosto disso. Esta foi uma boa ideia. — E se você tiver a menor suspeita de que você vai se atrasar, mesmo que por um minuto... — eu espero para ter certeza de que ele está me ouvindo. Ele balança a cabeça rapidamente para eu continuar. — Você me liga e vai ligar para senhorita Ballentine. Eu não me importo que hora do dia ou da noite seja. Você vai fazer a porra da ligação. Entendeu?
Ele acena com a cabeça vigorosamente. Querendo colocá-lo à vontade, eu coloco a mão em sua cabeça e mexo em seu cabelo castanho desgrenhado. — Tudo bem, garoto. Você está dispensado. Vejo você segunda-feira. Olhando para o dinheiro em sua mão, ele pega sua mochila e sai do escritório, fechando a porta atrás de si. Eu inspiro profundamente e expiro lentamente, esperando que de alguma maneira eu não tenha tomado a decisão errada. O garoto é inteligente. Ele é rápido com suas palavras, mas tem respeito. Ele vai fazer muito bem. — O que foi isso? — ah. Lexi. Brincando com uma abotoadura, eu digo a ela: — Você estava aqui, babe. Apenas dei um emprego ao garoto. Andando através do escritório, ela fica de igual para igual comigo. E isso me faz sorrir. Um sorriso real. Ela é tão pequena. Com as mãos nos quadris e seu rosto agrupado, ela parece chateada comigo. Eu não sei por que ela estaria com raiva de mim, mas sua postura faz com que eu fique um pouco excitado. Meus olhos brilham. Sentado na beira de sua mesa, eu abro minhas pernas com os joelhos afastados e ordeno. — Venha aqui, Lexi. Se curvando na cintura, ela sussurra: — Não! Eu não, venha aqui, Lexi só porque você disse! O que eu ainda estou tentando entender é por que você acabou de dar um emprego para o meu caso de dois anos, um garoto de dezessete anos de idade, quando eu não o quero lidando com isso! Recuo.
Dobrando meus braços sobre o peito, eu me inclino para trás e estudo a palavra, franzindo os lábios. — Você acha que eu dei a Michael um trabalho de tráfico de drogas? — eu olho para ela com as sobrancelhas franzidas. Seus olhos perdem um pouco de vapor e sua postura enfraquece. — Bem, eu acho. Até que você disse isso. — estendendo a mão, ela aperta a ponta de seu nariz. — Droga, agora eu estou apenas confusa. Adorável. Não brinca. — Babe, eu dei aquele garoto um emprego. Um emprego legítimo. Ele precisa do dinheiro para alguma coisa, e ele está desesperado o suficiente para voltar para as ruas. E isso não vai acontecer agora. Ele vai ser a minha sombra e ser um pouco de um assistente pessoal para mim. Você mesmo disse, ele é inteligente. Ele precisa de algo melhor para fazer. E eu prometo, se ele ficar comigo, eu vou cuidar dele. Ele vai para a escola e conseguir um diploma. Vai ser melhor para ele trabalhar para mim. Seu rosto se abranda, mas seus olhos ainda estão cautelosos. Revirando os olhos, ela pergunta com sarcasmo: — Então, o quê? Você só vai contratar todos os meus filhos agora? Pergunto imediatamente com toda a seriedade: — Isso faria você feliz? Porque porra, eu faria. Por ela, eu faria isso. Não respondendo, ela balança a cabeça e seu rosto se torna doce novamente. — Eu sinto muito. Eu tirei conclusões precipitadas e foi realmente uma merda. Estou feliz que Michael está trabalhando para você em vez de mexer com drogas. Foi uma coisa boa de se fazer. Então, obrigada, Twitch. Acariciando o interior do meu joelho, eu exijo mais uma vez: — Venha aqui, Lexi.
Olhando-me nos olhos, ela dá dois passos para frente para ficar em entre minhas pernas. Inclinando-me para frente, eu escovo a ponta do meu nariz contra o dela e sussurro: — Você está realmente feliz com isso, ou você está simplesmente dizendo isso? Seus olhos se fecham, ela esfrega a ponta do nariz no meu novamente, e diz com voz rouca: — Eu estou muito, muito feliz. Eu faço um ruído gutural suave na minha garganta. Esta pequena mulher me transforma em algo feroz. — Então você está grata? — ela abre os olhos e concorda. Inclinando-me afastado dela, eu a observo através do meu olhar semicerrado e peço muito lentamente. — Grata o suficiente para chupar minha língua? Sua respiração engata e ela pisca os olhos azuis ainda mais brilhantes. Eu sorrio grande. Ela gosta disso. Inclinando-me mais perto, eu baixo o meu rosto para o dela até que nossos narizes se encontram. Abrindo minha boca, eu corro minha língua ao longo de seu lábio inferior. Seus lábios se separam um pouco e eu deslizo minha língua em sua boca. E ela suspira. Ela suspira, porra. Como se a minha língua fosse um presente do caralho. O melhor presente que ela já ganhou. Seus lábios se fecham em torno da minha língua e ela chupa muito, muito suavemente. Meu pau já duro, se agita dolorosamente em minhas calças. Eu a desejo. Eu quero tocá-la, mas isso é sobre ela me mostrar gratidão. Meus dedos curvam em torno das bordas de sua mesa para me impedir de beijá-la de volta.
Ela chupa um pouco mais forte. Seus lábios são celestiais. Suas mãos sobem e seguram minhas bochechas e inclinando um pouco a cabeça, ela chupa ainda mais, indo tão profundamente que nossos lábios se encontram. Esta experiência é única, a mais erótica da minha vida. Um som de miado escapa dela e eu me afasto. Maravilhosamente ruborizada, seus olhos se abrem e eu lambo meus lábios. Gosto do brilho labial de morango. Limpando a garganta, eu digo. — Gratidão apresentada. Agora me agradeça baby. Pedir-lhe para me agradecer por deixá-la chupar a minha língua é um pouco demais, eu admito isso, mas ela pisca antes de dizer em voz baixa, quase sonhadora. — Obrigada, Twitch. E meu pau quase explode. Eu preciso sair daqui. Abotoando o casaco, eu levanto. — Tenho coisas pra fazer, babe. Eu te ligo. Retornando a si mesma, ela sorri. — Não. Você não vai. Sorrindo de volta, eu respondo: — Não. Eu não vou. Então, eu viro e vou para longe da garota dos meus sonhos.
Deixando o escritório de Lexi, estou de volta ao trabalho a tempo de Happy me puxar de lado para um raro momento de privacidade. — Você resolveu as coisas com a menina? Olhando-o, eu procuro seu rosto. Meus lábios se contraem. Que porra isso tem a ver com ele? Quando ele pega meu olhar, ele corresponde. — Não olhe para mim assim. É o meu negócio, porque isso é o seu negócio. Você se lembra que eu tenho essa maldita empresa também? Lembre-se que você veio até mim por esse motivo? Você é muito impulsivo. Desequilibrado, mesmo. E você sabe disso. Eu só quero proteger o meu investimento. Eu não vou deixar você foder as coisas para mim, cara. Te amo como um irmão, mas eu não vou deixar você fazer isso. Não vai deixar... não vai me deixar? Dando um passo em direção a ele, meus olhos queimam, ele coloca algo na minha mão. Parte de mim é raiva, parte de mim levanta para deixá-lo ir. Mas a parte com raiva... ela sempre vence. Olhando para o cartão de visita, a fúria faz sua corrida ao meu cérebro. Levantando o punho, eu soco meu amigo na boca. Tropeçando para trás, ele cai de bunda no chão. Ignorando meus dedos palpitantes, eu aperto a minha mão um momento para aliviar a dor, em seguida, jogo o cartão de visita em seu peito. Meus olhos focam no sangue escorrendo do canto de sua boca, eu enrolo minhas mãos em punhos e conto até dez para me impedir de atacar uma segunda vez. E uma terceira vez. Minha cabeça lateja com a necessidade de fazer exatamente isso. — Não preciso falar com a porra de um charlatão, amigo. — eu digo amigo de uma maneira que faz parecer que ele é tudo menos isso. — Eu estou bem. Eu estou bem pra caralho. Happy tira um lenço do bolso da camisa e enxuga o lábio sangrando, ofegante. — É exatamente por isso que você precisa ver alguém, mano. — nós nos encaramos. — Você não está bem. Não acho que você esteve bem um dia em sua vida.
Happy é meu amigo, mas ele também é um pé no saco. Virando para me permitir um momento para acalmar a fera que reside na minha cabeça, eu respiro profundamente. — Nenhum charlatão. Assunto encerrado. O que está na agenda de hoje? Ele responde imediatamente: — Controle de danos. Armazém A. Minha sobrancelha levanta. Um sorriso sádico aparece no meu rosto. Parece que eu vou ser capaz de descontar a minha raiva em alguém, afinal de contas.
Sentado em uma cadeira de cinco dólares de uma loja de ferragens, a minha raiva aumenta ao assistir o traidor que tenta em vão cobrir a sua história. Porém ele está mentindo Eu conheço mentiras. Eu sou o rei das mentiras. E a dele está me dando nos nervos. Happy chuta seus joelhos para fora. Ele cai para frente em uma posição ajoelhada. O comparsa gordo de meia-idade treme enquanto suplica: — Senhor T, por favor, não faça isso. Minha família, eles... Ele morde a língua ao mencionar sua família. Como se eu fosse atrás deles. O cara não me conhece. Esse não é o meu estilo.
Chegando à parte de trás das minhas calças, eu puxo a minha semiautomática calibre 32. Ela é uma beleza, mas a minha 45 é minha favorita. Eu não vou usar o meu bebê neste pedaço de merda, no entanto. Eu não quero que ela se suje pelo seu sangue imundo. Olhando para baixo, direto em seus olhos, eu seguro seu olhar. Usando o cano da arma para riscar no meu templo distraidamente, pergunto uma segunda vez: — O que você disse a Hamid, Patrick? E não diga ‘nada’, porque fotos não mentem. E a maneira como ele balançou sua mão e sorriu como se tivesse ganhado na maldita loteria, eu sei que você disse a ele alguma coisa. — ele treme e chora. Muco desce de suas narinas para a boca. — Nada? Você não vai me dizer? De pé, eu dou dois passos em direção a ele e suspiro para seu estado lastimável. — Não é nada pessoal. É apenas negócios. Elevo o cano da arma em sua testa, respiro fundo e fecho os olhos. Eu exalo. O tiro ressoa.
Lexi Sorrindo como uma idiota, estou feliz de conseguir encontrar um ‘tempo de garota’. Eu realmente preciso dele após os acontecimentos desta semana.
Nikki e eu temos um encontro semanal em um café local. Em algum lugar que nós possamos nos encontrar durante a semana e gastar o nosso horário de almoço tagarelando. Eu não gosto, necessariamente, do assunto de hoje. Ela mexe com seu café e evita meus olhos, parecendo culpada. — Eu não sei nada sobre esse cara e isso me preocupa. Eu... — tosse. — Perguntei por ai e... Eu a corto com um suspiro. — Nikki, você não fez isso! Colocando as mãos para cima de forma apaziguadora, ela acrescenta. — Eu não posso deixar minha amiga sair com qualquer um agora, posso? Esse é o ponto, babe, porque eu não poderia inventar nada. As pessoas sabem dele. As pessoas sabem sobre ele. E as pessoas preferem engolir lâminas de barbear a fazer fofocas sobre Twitch. Ou seja: ele não é apenas assustador, mas o homem mantém sua merda mais apertada do que um padre do Vaticano. Eu não sei o que fazer com essa informação. Então, eu não faço nada. E alguma coisa. Eu mudo de assunto. — Você notou que faltam apenas duas semanas para seu aniversário, certo? Completamente me sacando, ela revira os olhos: — Sim, mãe, eu sei, mas não adianta tentar mudar de assunto, menininha. — sorrindo um sorriso malicioso, ela sussurra: — Como ele é? Ela está morrendo de vontade de saber. Eu posso sentir a vontade saindo dela em ondas. Pensando, eu suspiro e derreto em minha cadeira. — Quando é bom, é a melhor e a mais bela coisa que eu já experimentei. Tão bom, que me faz sentir mal pelas pessoas que não tiveram a honra. — ela sorri grande e eu acrescento: — Mas quando é ruim... é ruim, Nikki. A maldita tragédia grega. É horrível. E assustador pra cacete. — agitando o café que já não precisa ser agitado, eu sussurro: — Ele me assusta.
Eu vejo como o sorriso cai de seu rosto. Ela agora usa uma expressão de ansiedade. Chegando do outro lado da mesa para pegar a mão dela na minha, eu digo a ela, honestamente. — Mas esses bons momentos... — eu suspiro sonhadora. — Vou levar o ruim apenas para que eu possa ter o bom. Porque o bom é excelente. Então, se você quer saber, eu vou com o fluxo e aceitando conforme recebo. Nikki ainda parece preocupada, mas seus olhos ficaram sonhadores. Isso é o que eu amo sobre Nikki. Ela tem um coração totalmente romântico. — Tudo bem, garota. Você é mais esperta do que qualquer um que eu conheço, mesmo assim, eu me preocupo com você, eu sei que você vai fazer o que é certo. Mas prometa-me uma coisa: se ficar muito intenso, você vai sair, independentemente do quanto o bom seja bom. Eu imediatamente respondo. — Eu prometo. E então eu me pergunto por que eu menti na cara da minha melhor amiga.
Capítulo Quatorze
Twitch
O
garoto tem mais
cinco minutos para chegar até aqui, ou ele está demitido, porra. E isso seria uma forma de merda para começar o seu primeiro dia. Ele não ligou, mesmo ele estando atrasado, e eu estou oficialmente irritado. Se ele não sabe que ele está na merda, logo ele vai descobrir quando chegar aqui. De repente, meu telefone apita.
Lexi: Como está indo o primeiro dia de Michael? Por favor, seja gentil com ele. Ele é um bom garoto, Twitch.
Minha raiva fracassa marginalmente. Eu não sei como ela faz isso, mas ela só faz. A minha própria forma de controle da raiva. E ela tem medo de você.
Esse súbito pensamento indesejável causa um vinco na minha testa.
Eu: Eu te diria se ele tivesse aparecido.
Sua resposta é imediata.
Lexi: Por favor, não faça nada precipitado. Vou resolver isso.
Assim que eu apertei responder, a minha porta do escritório se abre e Michael entra de cabeça baixa, caminhando para o meu escritório. Eu digito rapidamente para Lexi.
Eu: Ele está aqui. Afaste-se, mamãe urso.
De pé, digo-lhe: — Que bom que finalmente aparec... — minhas palavras são cortadas quando ele anda mais perto de mim e eu noto o lábio inchado. De pé, eu o encontro no meio do caminho; a minha testa franze quando eu uso os meus dedos para levantar delicadamente seu queixo. Cerrando seu maxilar, ele fecha os olhos com força e me permite inspecioná-lo. Um olho roxo, um nariz quebrado e um lábio arrebentado. Merda. Alguém levou seus punhos nele. Bateram-lhe bem. Eu me pergunto o quão ruim o seu corpo parece agora, mas eu não vou perguntar. Eu vou deixá-lo com o resto de sua dignidade. O garoto fez o que eu pedi e comprou roupas
novas e teve um limpo corte de cabelo curto. Os novos jeans estão rasgados, seus tênis novos arranhados, sua brilhante camisa polo branca está imunda e manchada de sangue. Liberando seu queixo, eu coloco minhas mãos em meus quadris e suspiro. — O que aconteceu, rapaz? Ele fala sem emoção. — Disseram-me para lhe dar isso. Enfiando a mão no bolso de trás, ele tira um pedaço de papel dobrado, manchado com gotas de sangue. Pego o papel e procuro seu rosto. O sangue escorre de seu nariz quebrado e goteja sobre o tapete persa do meu escritório. Assim que ele sente, ele coloca a mão debaixo do seu nariz, pegando o sangue e sussurra com medo. — Eu sinto muito. Eu não queria. Caminhando à minha mesa, eu puxo um punhado de lenço para fora da caixa e entrego a ele. Ele o pega com a mão trêmula e eu pergunto, realmente confuso. — Você tem medo de mim? Colocando o lenço agrupado no nariz, ele responde: — Eu devo ter? Honestidade. — Sim. Assentindo,
ele
me
olha
nos
olhos. —
Tudo
bem. Está
bem
normalmente
me
então. Estou com medo de você. Eu
gosto
desse
garoto. Sua
boca
inteligente
incomodaria. Mas com ele, isso não acontece. Desdobrando o bilhete, eu olho para baixo e leio.
Você quer uma guerra, você vai ter uma.
Eu sei a resposta antes de eu perguntar, mas eu sinto que eu tenho que confirmar isso. A guerra é um grande negócio. Para alguns.
— Isto veio de Hamid ou Frank? Frank é um maricas. Ele nunca faria algo assim. Seu poder foi passado de seu pai. Eu sei de fato que ele não quer a posição que lhe foi dada. Quer dizer, ele é um príncipe da máfia. Ele é um príncipe da máfia italiana que está apaixonado por uma princesa da máfia russa. Se eu fosse ele, eu iria me matar, porra. Michael olha para mim através de olhos arregalados e eu suspiro. — Hamid, o estúpido filho da puta. Este é definitivamente mais o negócio de Hamid. Ele trabalha com táticas de medo. O que não é diferente de mim, mas só a minha presença, incute isso nas pessoas ao meu redor. Eu nunca tenho que provar isso. E se eu fizer isso, eles costumam perder. Suas vidas, eu quero dizer. Hamid é um manhoso rato iraniano. Ele ataca enquanto você está de costas. O cara tem fome de poder. Foda-se as drogas. Poder é a sua droga de escolha. E um dia, vai ser a morte dele. Estreitando meus olhos para o meu novo assistente, pergunto interessado. — Se você pudesse fazer alguma coisa para Hamid sem que haja quaisquer consequências, o que você faria? Os olhos de Michael escurecem como uma sombra. — Eu iria tirar o olho dele. Com algo enferrujado. E sem corte. Meus lábios apontam para cima. Eu sabia que eu gostava desse garoto. Retirando o meu telefone, eu ignoro a mensagem recebida e chamo Happy. Assim que ele responde, eu mantenho meus olhos em Michael e digo ao meu parceiro de negócios. — Temos um problema que precisa ser tratado. Resolvido. Happy responde: — O que está acontecendo? — Estamos levando o garoto para o local para... — eu sorrio. — O treinamento. Precisamos de dez homens. Armados com algo visível. Alguma coisa grande.
Rindo Happy diz: — Oh merda. Alguém vai se foder. Sorrindo, eu mordo a ponta da minha língua. — Claro que sim. Você está nisso? Happy fica sério. — Você sabe que eu te apoio, mano. Sempre. E ele faz. Eu não sei onde eu estaria sem Happy ou Julius. Eu simplesmente respondo: — Dez minutos. Coloco o canto do meu telefone abaixo do meu queixo, eu o mantenho lá por um momento, meus lábios franzidos em pensamentos. Apontando o telefone para Michael, digo-lhe: — Dê um jeito em seu rosto. Começamos o treinamento em dez minutos. O olhar de descrença em seu rosto é engraçado. Tão engraçado que eu começo a rir, ando perto dele e bato-lhe no ombro. — Não se preocupe. Você vai adorar. Eu saio do meu escritório com um sorriso.
Tomamos três SUV’s para o armazém que está sendo usado para empacotar a coisa de Hamid, dando um show suficiente, para que o próprio homem saia para nos cumprimentar. Hamid está na doca de entrega usando calças pretas, uma camisa preta e um sorriso arrogante. Seu cabelo espetado em um estilo jovem, não há nada sobre este homem que levaria você adivinhar o seu passado. Sua pele pálida,
olhos verdes amendoados, estatura média e cabelos pretos, não mostra nada de sua cultura iraniana. Quando todos os três carros param ao mesmo tempo e todos os dez homens visivelmente armados, além de um adolescente espancado saem dos veículos, eu juro que ele começa a suar. Ele deve suar. Ele vai se lembrar de hoje durante o tempo que ele viver. À espera de meus homens para formar uma linha atrás de mim, eu estalo meus dedos para Michael, em seguida, aponto para o meu lado. Ele se junta a mim com rapidez suficiente. Happy está do seu lado livre, formando uma barreira protetora ao redor do meu mais novo funcionário. Assim que Hamid vê isso, ele sabe que cometeu um erro. Seus olhos brilham, então estreitam em confusão, então, alargam quando ele engole seco. Abordamos
o
homem
nervoso. Ele
nos
cumprimenta.
—
Salam, Twitch. Happy. A que devo este prazer? — seu forte sotaque, um lembrete de que ele só viveu na Austrália poucos anos. Isso me irrita. Meus olhos tremem enquanto cerro meus dentes e digo com calma. — Você declarou guerra. E bater no meu assistente pessoal, fazendoo se atrasar para seu primeiro dia. Acho que você sabe exatamente por que eu estou aqui, Hamid. Você ainda se atreve a nos cumprimentar com a palavra persa para a paz? Sim, é isso mesmo, idiota. Eu sei o que significa salam. O sorriso de Hamid cai. — Eu não sabia que ele era um empregado seu. O garoto... Michael o corta. — Na verdade, chefe, isso foi a primeira coisa que eu disse a ele. E eu quero cair na gargalhada ao ver o olhar embasbacado no rosto de Hamid. Na verdade, eu não estou tão irritado quanto eu poderia estar, mas este
homem precisa de uma lição sobre o que acontece quando você fode comigo e com o que é meu. Você tem que estar preparado para a guerra quando você declara uma. — Isso é verdade? — pergunto a Hamid. Olhando para Michael, ele responde: — Eu pensei que o garoto estava mentindo para sair do trabalho. Eu também acreditava que você estava caçando meus homens, a começar por este. — seus dedos se movem na direção de Michael. — Obviamente, eu estava errado. Eu peço desculpas. Balançando a cabeça, eu aponto para o armazém. — Eu acho que nós precisamos falar mais do que apenas isso. Você não acha? Não confiando em meu tom de voz calmo, seus olhos estreitam em mim por um momento antes de ele sorrir. — Claro. Por favor, entrem. Ele nos leva para o escritório do armazém onde ele se vira e diz: — Seria sensato deixar seus homens do lado de fora. Eu não gostaria que minhas mulas fossem desencorajadas pensando que algo está errado. Mulas. Isto é o que alguns fabricantes de drogas chamam as pessoas que embalam suas coisas, bem como as levando para traficantes. Trazer os homens aqui foi tudo para a aparência de qualquer maneira, eu aceno para Happy, para que todos eles esperem por nós lá fora. Michael tenta ficar para trás com os homens, mas eu aponto para o meu lado. Ele anda mais com a cabeça para baixo. Quando Happy se junta a nós, Hamid pergunta: — Uma bebida, talvez? Eu o encaro. Ele me olha por um minuto inteiro antes de sorrir ocupar a cadeira atrás de sua mesa. — Toda essa animosidade é sobre o garoto? Nós três ficamos na frente de sua mesa. Happy diz de repente: — Toda essa animosidade é sobre a guerra. As mãos de Hamid ondulam em desprezo. — Isso foi antes de eu perceber que você não estava caçando meus homens.
Afirmo. — Patrick diz Olá. Hamid empalidece. O fato de que eu tinha que me livrar de um dos meus homens por causa deste idiota me irrita. Ele estala. — O... o que você quer dizer? Ignorando a sua tentativa de se fazer de bobo, eu digo-lhe: — Claro, onde ele está agora, vai ser difícil para você entrar em contato com ele novamente. — eu inclino minha cabeça e estreito os olhos para ele. — Muito difícil. Pode-se dizer que ele está... subterrâneo... por um tempo. Happy acrescenta: — Por muito tempo. Ele pode até nunca voltar. A falsa arrogância de Hamid desaparece e um olhar de preocupação atravessa seu rosto. — Eu não fui até ele. Ele veio até mim! E ele não disse nada que eu já não soubesse. Agora, que temos falado, eu peço desculpas; não há necessidade para isso. Podemos seguir caminhos separados e esquecer isso. — embora ele tente fazer soar como uma afirmação, sai mais como um apelo. Happy e eu olhamos um para o outro um longo momento antes de Happy acenar em minha direção. Eu sorrio internamente. Caminhando ao redor da mesa, eu falo: — Quer saber? Eu acho que você está certo. Eu não acho que Patrick disse qualquer coisa que você já não soubesse. Mas eu acho que você sabia exatamente por que Michael estava deixando-o. E eu acho que você não gostou de perder um homem para mim, não é? Hamid faz uma carranca. Eu empurro ainda mais. — Não é? Ele responde com uma língua ácida. — Isso não importa Twitch. Está tudo resolvido. Não haverá nenhuma guerra. Eu não vou pedir desculpas pela segunda vez. Eu acho que é hora de você e seus homens saírem. Finalmente chegando à parte de trás de sua cadeira, eu me inclino para frente sobre sua cabeça e sussurro alto o suficiente para nós quatro ouvirmos: — Tudo é justo no amor e na guerra. Tão rápido como um ataque de cobra, meu antebraço gira em torno de seu pescoço e aperta o suficiente para cortar o seu ar. Happy não reage, mas Michael sussurra: — Puta merda.
Hamid levanta as mãos e agarra meus braços. Ele não consegue nada. E este é o ponto em que eu olho para Happy e empurro meu queixo em direção a ele. Ele vem para frente, conforme eu levanto Hamid pelo pescoço para fora de sua cadeira e o seguro. Happy vem por trás dele e toma o meu lugar, colocando Hamid em um estrangulamento. Respiro profundamente, eu digo a Hamid. — Sabe, eu gostaria que as pessoas não me forçassem a fazer coisas como esta. — chego ao meu bolso, eu puxo o meu canivete marfim e estendo a lâmina. — Infelizmente, você não me deixa escolha com o seu desrespeito flagrante. E eu deixei que fosse por muito tempo. Então, hoje será a sua primeira e única lição de mim. A falta de ar faz com que tenha um acúmulo de pressão no seu rosto, agora de cor marrom. Ele sufoca o medo em seus olhos. — O que você vai fazer? Olhando em seu olho esquerdo, depois o direito, afirmo roboticamente: — Olho por olho. Happy espera com sua garganta apertada, ele empurra um lenço enrolado em sua boca e a cobre com a mão livre. Hamid luta contra seu aperto, seus gritos abafados. O homem está petrificado. Eu poderia deixá-lo ir agora. Seria uma lição ensinada a ele, mas uma lição que seria logo esquecida. Eu quero que esse filho da puta acorde todas as manhãs comigo em sua mente. Eu quero que ele se lembre para o resto de sua vida miserável. Clinicamente, digo a Happy: — Segure-o firme. Eu não quero tirar os dois. Os olhos de Hamid alargam um momento antes dele se esforçar mais e fechar os olhos, lágrimas rolando para fora dos cantos. Quando ouço um gotejamento, eu olho para baixo para ver que o homem se mijou todo. O cheiro forte de amônia no ar, eu olho para ele. — Vamos fazer isso. Filho da puta. Um corte aqui.
Hamid grita até que ele está rouco, abafado pela mordaça improvisada de Happy. Uma fatia ali. Ele choraminga. Seu corpo treme de forma incontrolável, entrando em estado de choque. Suas mãos agarram o ar. Um buraco lá. Sua respiração pesada e a rigidez de seu corpo me alertam para o fato de que ele desmaiou. Droga. Filho da puta sortudo. O que deveria provavelmente ser triste é que eu sinto pouco ou nada por fazer isso. Não há nenhuma pontada na parte de trás da minha cabeça me dizendo para parar. Nenhuma emoção. Há apenas... nada. Minha mente e eu estamos completamente à vontade fazendo isso para alguém que acreditamos ser culpado. Alguém que precisa ser ensinado uma lição. Quando eu estou satisfeito com a minha obra, eu ando até a porta do lado do escritório e abro. O banheiro é pequeno, mas ele vai servir. Eu não gosto de seu sangue em mim. Lavo uma vez após outra até que eu tenha certeza que as minhas mãos estão limpas, eu ando de volta para o escritório para ver Michael se inclinando sobre o rosto pálido de Hamid e contorcendo o corpo, olhando para sua órbita ocular agora com os olhos arregalados. Happy está ao lado, também observando atentamente para ver o que Michael vai fazer. Michael pergunta indiferente: — Ele vai morrer? Eu respondo baixinho: — Não. Mas ele vai desejar ter morrido. O garoto olha para mim. — Você fez isso... — ele parece envergonhado. — Por mim?
— Em parte. — eu digo a ele. E é a verdade. Ninguém se mete com meus funcionários. Então Hamid teve o que mereceu. Se não fosse eu, teria sido outra pessoa. Ele tem sorte que foi eu, porque ele vai viver mais um dia para ser o rato que ele é. Michael concorda. Eu olho para Happy, seus olhos ainda fixos no garoto, um olhar impressionado em seu rosto. Sim. Ele vai fazer muito bem. Puxando a minha carteira, eu retiro o meu cartão de visita dela e caminho até a mesa para escrever uma nota para Hamid quando ele acordar.
Declarar guerra foi um erro. Para que conste... eu ganhei.
Eu sempre ganho. Caminhando ao longo do seu corpo mole, eu deixo o cartão flutuar para baixo em seu peito e ando em direção à saída, os homens atrás. Quando nos aproximamos do SUV, saúdo um dos capangas de Hamid e declaro: — Se você quer que o seu chefe viva, você vai chamar uma ambulância. Agora. Seus olhos se arregalam antes de ele correr para o escritório. Meus homens embalados e prontos para sair, nós saímos aos sons do inferno acontecendo. Virando-me para Michael, que se senta ao meu lado, ele me olha com os olhos arregalados. Eu sorrio e despenteio o cabelo dele. Sim. O garoto vai ficar bem.
Lexi Virando a chave para abrir o meu apartamento, eu me pergunto por que Twitch não respondeu à minha mensagem perguntando se estava tudo bem com Michael. Com uma carranca, penduro meu casaco, coloco minha bolsa no balcão de café da manhã e caminho em direção ao meu quarto. Parando no meio do caminho no corredor, eu escuto atentamente. O chuveiro está ligado. — Twitch? — eu chamo do lado de fora. Uma voz familiar grita. — Não, querida. Sou eu. — Dave. Meu sorriso morre assim que ele acrescenta: — E nós vamos falar sobre o porquê você acha que é outro homem em seu chuveiro assim que eu sair daqui. Merda. Meu telefone toca.
Nikki: Noite das meninas! Uhull! Estou chegando x
Noite das meninas? Hoje à noite? Não há nenhuma maneira que eu possa ter esquecido algo assim.
Eu já havia tomado banho esta manhã, então só coloquei uma calça de moletom, em seguida, passei meu desodorante para tirar qualquer cheiro. Sabe... só no caso. Quando estou indo até a cozinha, a porta do banheiro se abre e ouço passos vindo em minha direção. Vestido com apenas uma toalha e ainda molhado do chuveiro, Dave me engolfa em um abraço de urso que eu não estou pronta para receber. Com meu rosto colado em seu peito molhado, ele me abraça ainda mais apertado quando eu digo em um pânico abafado. — Não consigo. Respirar! Belisco sua lateral para ele me soltar, ele ri e me abraça mais forte. Literalmente tendo meu suprimento de ar interrompido por um peito firme, faz com que a gente comece a agir por instinto. Como eu não tinha outra escolha, eu mordi seu mamilo. Forte. Dave uivou e pulou para longe de mim, olhando irritado, mas ainda sorrindo. — Isso dói, cadela! Colocando a mão no meu quadril e respirando com dificuldade, eu grito: — Eu estava quase sufocada pelo homem-teta! Dave suspira. — Essas tetas são peitorais musculosos, fabulosos, vadia! Incapaz de conter o riso da sua expressão de ofendido, com cuidado passo a mão pelo meu rosto e pergunto: — Por que você quer uma noite das meninas? O que está acontecendo? Ele sorri como um maldito lunático. — Tudo no seu tempo. Nikki precisa estar aqui para isso. Revirando meus olhos, vou para a cozinha, certificando-me de ter Chocolate à la Lexi pronto para as notícias que meu amigo vai nos dizer.
Capítulo Quinze
Lexi
C
oloquei o chocolate
em uma bandeja e fui para minha mesa de café, quando a porta da frente foi aberta. Olhando para cima, eu encontro uma Nikki muito feliz entrando com um recipiente. Um recipiente cheio de... — Duplo chocolate, niknaks manteiga de amendoim? — eu quase dei um grito. — Você fez duplo chocolate, niknaks manteiga de amendoim? Ela deu um grande sorriso, eu salto no lugar de excitação. Esses niknaks são uma merda. — Qual é o motivo? — pergunto chegando ao seu lado, atingindo dentro do recipiente. Ela bate afastando minha mão, ri da minha expressão desolada e diz: — Tudo no seu tempo, querida. Quando Dave chega à sala de estar, vestindo um casaco sem mangas cinza claro, toalha secando seu cabelo, ele dá uma olhada e sorri de forma atrevida para Nikki. — Estou tão feliz que você está aqui! Ela envia-lhe um sorriso igualmente vencedor e fala docemente. — Oh, querido, eu também senti sua falta! Venha pegar um niknak.
Dave espia os niknaks. Seu rosto puxa em uma carranca. Quase perguntando a si mesmo, ele murmura: — Por que temos niknaks hoje? Andando pela sala Nikki passa por nós para se sentar e diz: — Não. Você primeiro! Conte-nos sua grande novidade! Dave, parecendo uma criança que recebeu permissão para saltar sobre o castelo inflável, se senta e começa. — Garota. Sei que tivemos um pouco de competição acontecendo na outra noite como quem iria pegar Happy... — puta merda, isso é novidade para mim! Meus olhos se arregalaram em choque quando ele continua. —... então eu espero que não haja ressentimentos, docinho. Os olhos de Nikki diminuem perigosamente. — O que você quer dizer? Alcançando seu chocolate, ele bebe, então sorri em sua caneca. — Eu ganhei. Nikki puxa o chocolate de suas mãos e Dave olha pra ela. — Ei, isso não é grande coisa. Ele é só um cara... Mas ela o corta com um abrupto grito. — Quando? Quando foi que você fodeu com ele? Dave limpa a garganta. — Bem, tecnicamente, ele me fodeu. E o evento ocorreu na noite passada. Bem. Isso é estranho. Eu queria que o chão se abrisse e me engolisse. Um pequeno sorriso irrompe no rosto de Nikki e eu não sei o que fazer sobre isso. É quase como o sorriso de Mona Lisa. Eu estreito meus olhos enquanto procuro por uma pista em seu rosto. Ela está escondendo alguma coisa. Dave pisca um momento antes e deixa escapar. — Bem, isso é uma porcaria. Eu pensei que eu iria me sentir todo triunfante, mas agora eu me sinto como uma bosta presa em um sapato! Obrigado, Nikki. Muito obrigado. — então
não empurra um, mas dois niknaks em sua boca, na tentativa de mostrar o seu atual estado de depressão. Meus olhos arregalados vão de Nikki para Dave e eu ali tentando não ser notada, igual a um camaleão. Eu li em algum lugar que eles podem sentir o medo. Fique quieto e se disfarce de folha. Foi quando Nikki pegou um niknak e tirou um pedacinho. Com um suspiro, ela parece chateada quando ela fala para Dave. — Não se preocupe, querido. Porém você está errado. Ainda mordiscando seu deleite, Dave parece confuso quando ele pergunta a ela. — O que você quer dizer com eu estou errado? Empurrando o niknak em sua boca, ela responde incompreensível. — Oxe ão aô. Eu anei. Dave e eu olhamos um para o outro, incapaz de decifrar sua fala de boca cheia. Dave dá de ombros. — Pois é, eu também não consigo decifrar isso. Tomando seu tempo de mastigação, ela finalmente engole, fica em pé e aponta para Dave, gritando. — Você não ganhou! Eu ganhei! Pobre Dave. Seu nível de confusão apenas passou de eu não entendi para eu sou especial. Ele murmura: — O que? Como...? — admirado, ele para, aponta de volta para Nikki, e grita: — Pausa extra longa no banheiro no baile de máscaras! — estreitando os olhos em tom de acusação, ele sacode o dedo no rosto dela. — Não havia nenhuma fila, não é? Você estava transando! Com o gostoso! Eu só posso assistir surpresa quando Nikki anuncia. — Melhores 15 minutos que eu já passei em um banheiro. Incapaz de suportar a ser uma mera espectadora por mais tempo, eu também fico de pé e grito: — Quem são vocês e o que vocês fizeram com os meus melhores amigos?
Nikki e Dave olham chocados com a minha explosão antes de olhar um para o outro e começarem a rir. Dave se move para ficar perto de Nikki, envolvendo um braço em volta de sua cintura. — Querida, isso não é novidade. Nós fazemos esse tipo de coisa o tempo todo. Sabe? Jogando, quem pode pegar o cara. Nikki se inclina para Dave e acena com a cabeça. — Sim. Ele está certo. Não é a primeira vez. Não será a última também. Estou chocada. Boquiaberta, esclareço. — Então, nenhum dos dois está furioso com o outro? Vocês não se importam em transar com o mesmo cara? Nikki zomba. — De jeito nenhum. É tudo apenas por diversão. Nós não fazemos isso há um bom tempo. Não, desde que Dave e Phil estavam juntos, então fui vencida. Dave ri. — Sim, nós fizemos á três em uma cama só. — os olhos de Nikki se arregalam e ela da uma cotovelada nas costelas de Dave. Ele franze a testa para ela. — Ai! Que merda foi isso? Meu queixo bate no chão. Não. Calma. Para tudo. Inclinando-me para frente, eu sussurro: — Vocês fizeram sexo a três? Os olhos de Dave estreitam com a minha explosão. Ele rapidamente percebe por que Nikki lhe deu uma cotovelada para manter a boca fechada. Lentamente, andando em minha direção, seus olhos me observam cuidadosamente e ele diz: — Sim, querida, nós fizemos. Estou um pouco chateada, que não fiquei sabendo disso. Melhores amigos dizem uns aos outros coisas como esta. Quando ele vê o meu mau humor óbvio, ele me envolve em um abraço. — Não tem nada a ver com o que sinto por você, querida. Nós dois estávamos apenas guardando isso para que você não nos julgasse pelas coisas que gostamos. Eu não estou dizendo que você teria feito
isso, mas a possibilidade foi o suficiente para fazer-nos mantê-lo para nós mesmos. Nós te amamos. Tomando um momento para refletir sobre o que ele disse, passei meus braços em volta de sua cintura e apertei com força. Nikki me abraçou por trás e me beijou o cabelo. — Nós te amamos Lex. Pensar que você não iria entender ou pensar que somos estranhos era assustador pra caralho. Você acha que somos estranhos? Deus, eles estão certos? Estou julgando? Eu pensei que eu era muito mente aberta, mas minha reação inicial mostra que não é inteiramente verdade. Se eles soubessem sobre as coisas que Twitch gosta de fazer... Deus do céu. Aqui estou, em silêncio, julgando quando eu fiz a mesma coisa. Eu não disse a nenhum deles a extensão do meu relacionamento sexual com Twitch, tudo o que eu lhes disse é que ele gosta de áspero. Eles não sabem nada de sua necessidade de controle constante, ou o cinto... Suspiro. O cinto. Eu amo o cinto. Engolindo em seco, eu percebo que eu não sou diferente deles. E agora que eu tive um momento para reunir os pensamentos, eu digo: — Não! Eu não acho que vocês são estranhos, pessoal. Foi apenas um choque. Eu acho que eu me senti um pouco deixada de fora. Então, se você quiser ver dessa maneira... eu sou a estranha! Um pouco mais de abraço em grupo, nós liberamos um ao outro e passamos a maior parte da noite conversando e comendo niknaks. Por volta das onze, meus amigos se foram embora. Acenando, eu fechei a porta atrás de mim e fiz o caminho pelo corredor até o meu quarto. Assim que a porta volta a abrir, o meu coração salta uma batida. Sorrindo um pequeno sorriso, eu escuto os passos que fazem lentamente o caminho até mim. Uma vez que minha visita inesperada atinge minhas costas,
seus braços envolvem minha cintura, me puxando para ele. Estendendo minha mão, eu acaricio seu cabelo delicadamente e digo baixinho. — Michael. Ele está bem? Twitch suspira. — Eu fiquei esperando quase a porra da noite toda para os seus amigos saírem, então eu realmente não quero falar agora, Anjo. Ele
estava
esperando? Esperando
pacientemente
como
um
cavalheiro? Nossa. Isso é grande. Não, é enorme. Virando em seus braços, eu olho para ele. Com a luz do meu quarto apagada, um brilho angelical fornecido pela luz da cozinha na distância banha o seu rosto. — Você esperou? Sua testa franze no pensamento, como se ele ainda não tivesse considerado esse fato. — Sim. Eu acho que esperei. E eu não consigo evitar. Estendendo a mão, em forma de concha em seu rosto eu o puxo para baixo. Nossos lábios se conectam. Seus braços se apertam em torno da minha cintura, mas seus lábios não respondem aos meus. — Beijeme. — eu imploro em um sussurro. Ele sussurra contra os meus lábios. — Não. Eu gosto quando você me beija. Sorrindo contra sua boca, eu sinto o seu sorriso de volta e meu coração incha. Algo está diferente nele hoje à noite. Há algo mais nele neste momento. Algo quente. Seus braços se soltam, suas mãos deslizam em meus quadris, e ele lentamente aperta minha bunda. Conectando os polegares em minhas calças de moletom, ele empurra para baixo, junto com minha calcinha. Meu lugar mais sensível está pulsando e estou toda molhada para ele. Caminhando para a minha cama, ele me empurra e eu caio de costas. Olhando-me nos olhos, ele afirma: — Você se mexe, eu paro. —
abaixando o rosto para o meu núcleo já tenso, ele diz: — Grite. Eu gosto de ouvir. Jogando minhas pernas sobre seus ombros e costas, ele se ajoelha no chão na beira da minha cama e lambe quente e longamente a minha boceta. Eletricidade flui em minhas veias. Meu corpo treme, quando deixo escapar um suspiro suave. Ele lambe mais duas vezes antes de falar. — Nunca provei nada assim antes. Nunca tive uma boceta doce. — achatando sua língua, ele lambe a minha entrada, repetidamente antes de dizer: — Se eu pudesse comer sua boceta o dia todo, todos os dias, porra, eu iria encontrar um jeito de fazer isso o meu trabalho. Suas palavras, embora vulgares, foram as coisas mais doces que eu já ouvi sair de sua boca desde que eu o conheço. Estendendo a mão entre minhas pernas, eu corro meus dedos pelos cabelos, ele lambe e vira-se para chupar. Meus quadris empurram involuntariamente, empurrando-me mais profundo em seu rosto. Eu gemo bem alto. Ele rosna e chupa no ritmo perfeito. Meus olhos rolam quando ele bate em meu clitóris com a língua. Minha respiração se torna pesada e minhas coxas se apertam em torno de sua cabeça. — Não goze, Lexi. Ah, seu filho da... fácil para você! Estou tão perto que posso sentir o gosto. Pouco acima de um sussurro, eu canto. — Por favor, por favor, por favor. Com um golpe final de sua língua, ele para. E eu quero chutá-lo por me provocar. Então, eu faço. Eu o chuto no quadril, e quando meu pé bate, ele olha para o seu quadril com uma carranca, então de volta para mim. E, de repente, o meu aborrecimento é substituído por preocupação. Tudo o que consigo pensar é: Oh merda. Estou em apuros.
Com um grunhido, ele se joga em cima de mim e eu grito. Seus braços envolvem em torno de mim e ele nos vira então eu estou em cima dele. Eu quero chorar. Eu sei que ele tem problemas de raiva e eu o provoquei. Que diabo há de errado comigo? Meu coração dispara. Estou petrificada. Então, eu sinto algo que me faz ir de preocupada para louca em um segundo. — De que você está rindo? — pergunto desafiadoramente. Ocupando seu colo, eu empurro no peito dele e ele ri mais. — Não é engraçado, Twitch! Eu poderia ter machucado você! Sua risada é histérica. Cruzando meus braços sobre o peito, o encarando e espero até que ele consiga manter sua risada sob controle. Quando ele respira fundo e sorri para mim, a minha raiva se derrete. Empurrando o meu cabelo atrás da minha orelha, ele diz: — Hoje foi um dia ruim. Então, eu vim aqui para relaxar, passar algum tempo com a minha boca em você, querendo a sua boca em mim. Eu não vim aqui esperando rir assim. Eu não ria assim desde que eu era adolescente. E a maior parte desse tipo de riso era porque eu estava muito drogado20, como a porra de uma pipa. Isso me deixa triste. Quando ele vê meu rosto sombrio, ele sorri mais. — Engraçado pra caralho. Seus olhos escurecem de repente, e ele se senta, então estamos peito-apeito. — Não pense que eu esqueci o seu acesso de raiva. — envolvendo um braço em torno de minhas costas, a mão livre desliza para baixo na minha bunda e aperta forte o suficiente para me fazer estremecer. Começando por meu pescoço, ele beija uma trilha até o meu maxilar, meu rosto, então, finalmente, no canto dos meus lábios. — Beije-me, Anjo. Minha respiração esta pesada, meus olhos semicerrados, eu respondo em um sussurro rouco. — Está bem, baby.
20
Em inglês, high , alto
Passando os lábios sobre os meus, eu viro a cabeça ligeiramente e inclino para ele. O beijo é lento, mas profundo, e quando seus lábios estão nos meus, eu percebo que ele está, realmente, me beijando de volta desta vez. Sua mão amassa minha bunda, eu caio em um estado de sonho. Um estado de sonho que não dura muito tempo. Slap! Gritando em sua boca, ele me beija mais forte, quando minha bunda vai de dormente um segundo antes de começar a pulsar. Slap! Choramingando, meu rosto se contorce de dor. Sua mão acaricia a área latejante, e de repente meu cérebro interrompe a transmissão da dor, pensando: Nossa. A intenção disso é sentir prazer? Slap! Mais forte do que os dois primeiros, eu me afasto de sua boca, e inclinando a cabeça para trás, eu grito. Meus olhos se arregalaram por um momento. Formando umidade entre minhas pernas. Slap! Minha boca forma um O, em um grito silencioso. Nossos olhos se encontram, nenhum de nós revela nada. Passando a mão sobre a carne dolorida e quente, antes de arrastar para baixo, mais baixo para tocar a carne enrugada. Eu fico tensa. Seus dedos permanecem ali por um momento, antes de usar a ponta do dedo para testar o estado da minha excitação. Minhas bochechas estão quentes. As que estão no meu rosto. Pessoas normais não se excitam com coisas assim. Twitch passa a ponta do dedo para cima e para baixo em minha carne úmida e quente. Seus olhos piscam um momento, depois escurecem, e ele os fecha com um gemido. — Você precisa se sentar no meu pau.
Rolando nós dois para o lado, ele me desce um momento antes e freneticamente desfazer o cinto e remover sua calça, camisa e suspensórios em tempo recorde. De pé na minha frente, ele acaricia seu grosso e longo pau; as esferas de prata brilhando na luz suave. Deitado ao meu lado, ele continua a acariciar seu pênis. Virando-se, ele murmura: — Monte em mim. Ele não precisa me pedir uma segunda vez. Escalei de quatro, eu coloquei uma perna sobre ele e o montei. Nós dois estamos prontos. Não há necessidade de perder tempo. Alcançando atrás de mim, eu seguro seu pau para cima, alinhando com a minha entrada e, lentamente sento-me, permitindo que a cabeça dele ficasse dentro de mim. Dando-me um momento para ajustar, eu coloco as duas mãos sobre seu peito, olhando em seus olhos quando ele agarra meus quadris. Ele me olha através dos olhos semicerrados de luxúria. E de repente, uma onda inesperada de emoção passa por mim. Estendendo a mão, eu traço o treze na maçã de seu rosto. Sinto a carne cicatrizada sob a tatuagem. Você não diria que esse treze está escondendo uma cicatriz só de olhar. Balançando a cabeça e fechando os olhos, eu puxo minha mão. Um aperto no meu pulso me para, trazendo minha mão de volta para seu rosto. Ele se inclina para o meu toque, quase como um gato. Virando sua cabeça, ele beija o interior do meu pulso. E minha garganta trava. Você não pode se apaixonar por ele! É. Isso seria uma merda. Precisando da distração a partir deste momento pesado, eu me sento mais fundo em cima dele, ainda mais longe, até que minha bunda encontra sua virilha. Meus olhos rolam, me sentindo quente e completa. Ele é maravilhoso. Olhando para ele, com a testa franzida no que parece ser confusão. Estendendo a mão, ele junta a minha com a sua, entrelaçando nossos dedos, e descansando as costas das mãos sobre a cama por cima de sua cabeça.
Isso está se tornando demais. Minha garganta fecha ao ponto de eu não consigo engolir. Ele está me dando o controle. Um sussurro rouco me escapa. — Não brinque comigo. Em vez de me responder, ele se inclina para o meu rosto e meu peito dói. Meus lábios se conectam com os seus em um beijo doce e gentil. Contra os meus lábios, ele murmura: — Perfeita. Merda. Isso é intenso. Aprofundando o nosso beijo, eu começo um movimento de balanço e engulo seu profundo gemido. Devagar e sempre, para cima e para baixo, ele me permite o controle completo sobre o que está acontecendo aqui. Nós balançamos juntos, beijamos, tocamos, conectamos de uma maneira que nunca imaginei ser possível com um homem como ele. Afastando-me um pouco, eu beijo seus lábios suavemente. Pressionando sussurros de beijos por todo o rosto. Suas bochechas, seus olhos, seu nariz, então, finalmente, de volta para seus lábios macios e cheios, durante todo o tempo moendo profundamente sobre ele. Levantando para uma posição sentada, eu suspiro quando eu encontro o ponto. Sabe? Aquele ponto. Seus olhos fixos em mim, ele me vê chegar mais e mais perto de minha libertação. Eu aperto em torno dele e eu estou lá. Minha coluna formiga; fecho meus olhos, manchas brancas piscam diante de mim e eu estou gemendo. De repente, meus olhos se abrem e eu olho para ele, segurando a minha libertação. Sua boca se abre, ele acena com a cabeça, dando-me o que eu preciso. Permissão. Meu coração dispara. Inclino a cabeça para trás, eu lamento longo e baixo com os primeiros apertos de contração firmemente. Me soltando, com as mãos
estendidas em meus quadris. Ele me segura com firmeza, empurrando-se dentro de mim. Meu núcleo aperta em torno dele e êxtase flui através de mim. A última das minhas contrações me domina. Eu sinto seu pau inchar dentro de mim. Puxando meus quadris com força, meus olhos encontram os dele enquanto ele silenciosamente passa por sua libertação, contraindo seu estômago, sem tirar os olhos castanhos do meu. Ânsia enche o meu quarto. Nenhum de nós faz um esforço para desconectar. O pensamento de não tê-lo dentro de mim agora faz o meu estômago mergulhar na ansiedade. Como se percebesse isso, ele nos rola e então deita ao meu lado. Nunca deixando meu corpo, ele descansa a testa na curva do meu pescoço, beijando minha clavícula, e meu corpo relaxa completamente. Passando os braços ao redor dele, eu aperto a parte de trás do seu pescoço com uma mão, à outra acariciando seu cabelo. Meus braços envolvem em torno de Twitch, inconscientemente ele me aperta com força. Eu poderia fazer isso para sempre. Esse foi o meu último pensamento antes de adormecer.
Capítulo Dezesseis
Lexi
F
azendo
meu
caminho para o trabalho, eu sinto os olhos das pessoas sorrindo para mim como lasers, claramente confusas pela maneira óbvia do meu passo. — Bom dia a todos. — saúdo com um sorriso malicioso no rosto. Eu tenho certeza absoluta de que o pensamento dos meus colegas de trabalho é: Bem, merda. Alguém fez o trabalho. E eu realmente fiz o trabalho. Twitch é muito bom em fazer o trabalho. Mas na noite passada, foi muito mais. Ele me deu o controle de algo que ele não está acostumado, ele passou as rédeas adiante. E o que é melhor, ele não se preocupou. Ele não ficou com raiva ou frustrado. Ele mostrou-me de maneira sutil que ele confia em mim. E isso é incrível. E foi incrível. Foi também extremamente emocional. Como assistir o nascimento de uma tartaruga, ela fazendo o seu caminho para o oceano por conta própria. Foi lento. Nós levamos o nosso tempo. Mas valeu totalmente a pena. Se eu tivesse energia, eu teria aplaudido e comemorado no final de tudo.
Você não pode apressar o progresso de uma pessoa. Isso tem de ser feito no seu próprio tempo. Você pode estimular uma pessoa a mudar, mas a única hora que a mudança vai acontecer é quando algo que eles querem conseguir por conta própria. Quando eu acordei esta manhã sozinha, demorei um pouco para tirar a minha bunda miserável para fora da cama. Eu fiz meu caminho até a cozinha e vi um pedaço dobrado de papel colado na porta da geladeira. Estreitando os olhos para o pedaço de papel, olhei para a esquerda e depois à direita, certificando-me de que eu não estava sendo observada, então arranquei o papel da porta e abri. E o que eu vi levantou meu humor de uma Classe A triste para um arcoíris de fadas Classe B. E as fadas do arco-íris são felizes pra cacete. Bem, se elas não são, deveriam ser. Elas fazem o arco-íris pelo amor de Deus! Lendo a nota uma segunda vez, eu me inclinei com o quadril no balcão da cozinha e suspirei.
Jantar. 18:00. Ficar comigo esta noite. Mandarei um carro. Vista-se bem.
Rindo, eu olhei para o comando que foi dado, igual a quase todas as vezes que estamos juntos. Vista-se bem. Eu precisava desesperadamente ir às compras. É por isso que eu enviei uma mensagem de texto para Nikki, pedindo-lhe para me encontrar para o almoço.
Chegando em meu escritório, eu paro na porta quando vejo Michael sentado atrás de minha mesa. Olhando para ele, eu fecho os punhos ao lado do meu corpo e cerro os dentes. — É melhor você ter uma boa razão para faltar à escola, Mickey. Ele sorri. — Dia livre para alunos. Minha raiva evapora e percorro todo o caminho até a mesa do meu escritório. — Bem, essa é uma boa razão, eu diria. — piscando para ele, eu chego até ele e suspiro. Twitch me disse que ele tinha sido agredido. Ele também me disse que lidou com isso. Quando perguntei o que tinha acontecido, ele falou calmo, mas muito sério. — Não pergunte, não diga. Isso, obviamente, me fez sentir tão relaxada como uma pessoa com um furúnculo nos olhos. Pegando o rosto de Michael em minhas mãos, eu olho para ele com olhos tristes. — Deixe-me olhar para você, querido. Seu nariz inchado e torto, lábio cortado no lado esquerdo e seu olho roxo, mas o inchaço desaparecendo, eu decidi jogar com calma e não mostrar o quanto eu estou pirando com o fato de que um dos meus filhos foi espancado. E bem espancado. Ainda segurando seu rosto, eu corro a mão pelo cabelo agora curto e arrumado. — Você está bem? Seus olhos se fecham ao sentir os meus dedos em seu cabelo. Meu peito dói. Quanto tempo passou desde que alguém mostrou afeição maternal a Michael? Meu palpite é muito tempo. Olhos fechados, ele murmura. — Eu estou bem. Nada que eu não tenha sofrido antes. Eu amo o meu trabalho.
Isso me faz sorrir. Um sorriso genuíno. Libertando-o de minhas garras, eu falo meio estridente: — Bom! Não, ótimo! Como está o seu novo chefe? Tudo bem. Estou oficialmente pescando informações. Alguém pode me culpar? Michael mergulha o queixo e sorri suavemente. — Eu não sei de onde esse cara veio, senhorita Ballentine. Mas eu sou grato. — olhando para mim, seu rosto fica sério. — A forma como ele cuidou do que aconteceu... — seus olhos se arregalaram e ele balança a cabeça. — Seu namorado é seriamente assustador pra caralho. Ao invés de corrigir sua suposição, eu olho feio para ele. — Olha a língua. Olhando para mim com os olhos vazios, ele pronuncia distraidamente. — Desculpe. Ele era todo corte, facada e buraco, e eu estava tipo o que? E então ele estava todo sorridente de novo, como se nada tivesse acontecido, e eu estava seriamente pirando de preocupação. — seus olhos encontram os meus, e Michael volta da viagem em que estava mergulhado. — Mas eu acho que ele gosta de mim. — ele sorri. Ele parece tão feliz. Mas eu ainda estou presa na parte do corte, facada, e buraco. Meu sangue corre frio. Limpando a garganta, eu viro de costas para ele e pergunto em falsa alegria. — Quais são os seus planos para hoje? Eu ouço Michael dizer. — Trabalho. Eu deveria ir. Sr. T não ficaria feliz se eu chegasse atrasado. Fingindo pegar alguns livros da estante ao lado da sala, eu digo. — Tudo bem, Mickey. Fique bem. A porta se fecha atrás dele e colocando uma mão no meu peito arfante, gostaria de saber como eu vou aguentar o jantar de hoje à noite.
Cancelar não é uma opção quando se trata de Twitch.
Já estou sentada na parte de trás do carro, alisando meu pequeno vestido preto que não precisa de alisamento, hiperventilo um pouco mais e penso em uma maneira de trazer a tona no jantar tudo o que Mickey me disse hoje. Tendo decidido que eu iria esperar até o jantar acabar, eu faço o meu melhor para colocar uma cara de poker, a porta do meu lado abre e um maduro, motorista grisalho tem uma mão estendida para mim. Colocando minha mão na sua, eu saio e fico cara-a-cara com Twitch. Seus olhos enrugam nos cantos, mas, em seguida, ele perde o sorriso quando ele vê o meu vestido e os saltos. Ele fica com os olhos semicerrados, inclina-se, colocando os lábios na minha bochecha em um gesto de carinho que me causa surpresa. Quebrando-me em arrepios, eu tremo e fecho os olhos. Twitch pega minha mão pequena em sua grande e tatuada, me guiando para a porta da frente do pitoresco e pequeno restaurante italiano. Sua escolha do local me surpreende. Isto não se parece com algo que ele escolheria. Ele parece o tipo que escolhe lugares fantásticos, caros e modernos. Não, doce, quente e delicioso. Estamos na fila de espera para que nos levem a mesa, quando um homem mais velho vem em nossa direção vestindo uma camisa branca e um chapéu de chef branco, limpando as mãos molhadas em um pano de prato e falando rapidamente em italiano.
Twitch sorri para o homem antes de soltar da minha mão dando um passo na direção dele. O homem mais velho beija seu rosto, ainda falando como uma tempestade. Com seus gestos animados e carrancas brincalhonas, não posso deixar de sorrir para ele. Ele aperta a bochecha de Twitch com força, sacode um pouco, então o libera, mas não antes de dar um tapa em seu rosto. E o pensamento de alguém tratá-lo de tal forma é um choque. Tanto é um choque que os meus olhos se arregalaram e eu tenho que morder o lábio para segurar meu riso. Quando o homem me vê, ele volta o olhar duas vezes e, em seu discurso entusiasmado cessa. Sorrindo um sorriso doce, ele diz: — Olá. Eu sou Joe. Estendendo a mão para mim, eu a pego e sorrio genuinamente. — Eu sou Lexi. Prazer em conhecê-lo, Joe. Twitch revira os olhos para o homem. — Basta nos colocar em uma mesa, velho. Estamos com fome. Dando uma cotovelada em Twitch, ele murmura. — Eu vou mostrar-lhe o velho. Chegando à nossa mesa no canto de trás, longe dos outros clientes, eu olho em volta e agradeço a Deus pela privacidade. Eu quero que esta noite seja a noite em que, finalmente, vamos falar sobre mais do que apenas negócios. Eu quero saber mais sobre ele, mas eu tenho que fazer isso de uma maneira sorrateira. Eu tenho que fazê-lo responder as minhas perguntas sem ele perceber o que estou fazendo. Pegando o meu menu, Joe o tira da minha mão com um olhar desolado. — Não, senhora. Não. É a sua primeira noite conosco, então eu tenho a honra de escolher o que você vai comer. — meu coração afunda. E se ele escolher uma coisa que eu não gosto? Isso pode ser desastroso. Vendo meu rosto ansioso, Joe sorri. — Não olhe para mim assim. Você vai gostar. Eu prometo.
Olhando por cima da pequena mesa para Twitch, ele repousa os cotovelos sobre a mesa, juntando as mãos sob o queixo. Ele levanta as sobrancelhas de uma forma que diz — Não se incomode em discutir. Então, eu não me incomodo. Coloco um sorriso brilhante, e digo para Joe: — Isso está bem por mim. Mas eu deveria deixar você saber, eu não amo frutos do mar. Já indo embora, Joe diz: — Anotado! Twitch profere: — Já disse a ele sobre os frutos do mar. E pimentas. E ervilhas. Minha testa franze em confusão apenas um momento antes que eu me lembre que Twitch tem o hábito de me observar. Eu deixo escapar. — Você ainda me observa? Muito sutil. Minha mente dá um tapa em minha testa. Pegando um pedaço de pão, ele se recosta na cadeira e olha para mim. Tirando uma grande mordida ele acena com a cabeça uma vez. Então eu pergunto mais gentilmente dessa vez. — Quando foi a última vez que você me observou? Engolindo seu pedaço, ele se senta ereto na cadeira. — Hoje. Você e Nicole fazendo compras. Eu não estava esperando por isso. Murmurei: — Tudo bem. — eu vejo quando ele pega um pacote de pastilhas de chocolate do bolso. Já livre, ele empurra um punhado na boca e mastiga. Distraída da minha linha de pensamento, eu falo através de um pequeno sorriso. — Eu não entendo? Você não parece ser do tipo viciado em pastilhas de chocolate. — Sim, bem, é melhor do que passar por uma porrada de crack.
Isso me cala. O sorriso cai do meu rosto. — Eu era um viciado. Eu vi o que isso estava fazendo pra mim então eu parei. Entrei em abstinência. Fiz Happy me levar para Kimberly no oeste da Austrália, me trancar em uma cabana e guardar a porta armado. Eu disse a ele que se eu tentasse sair, para atirar em mim. Happy? De jeito nenhum. Eu zombei. — Isso é cruel. Como se ele fosse realmente atirar em você. Ele mastiga mais um punhado de chocolate, ele late uma risada. — Droga, garota. Ele esvaziou um pente inteiro em torno de mim, me forçando a voltar para dentro. — seu sorriso desaparece, seu rosto cai e seus olhos perdem o foco. — Você não tem ideia de como é, não tem nada semelhante. Eu juro que eu poderia ter matado alguém para conseguir algo no primeiro dia. Passei três dias vomitando, sentindo como se estivesse morrendo e arranhando a minha pele. Eu arranhei todo o meu corpo, abrindo feridas por toda parte. Não foi bonito. Arranquei uma unha apenas por distração. Foi foda. Mas isso acabou. Fiquei embasbacada. — Você está me dizendo que você realizou uma reabilitação DIY21 sozinho? Ele assente solenemente. Eu não consigo acreditar. A maioria das crianças que encontro na rua é viciado em alguma coisa ou outra, e é preciso intensa reabilitação, às vezes por meses para tirá-los do vício. Alguns até mesmo voltam a usar. Então ouvir que Twitch se forçou a se reabilitar... Isso é notável. Verdadeiramente notável. Estou muito impressionada com o seu autocontrole. Isto é o máximo que ele já me disse, e enquanto eu estou em um rolo, eu pergunto em um sussurro: — Por que eu?
21
Faça você mesmo.
Esta questão torna-o desconfortável. Sei disso por sua súbita atitude se contorcendo, e por um momento, eu me pergunto se eu pressionei demais, muito cedo. Foi quando ele respondeu: — Porque você é você. Ele diz isso como se isso explicasse tudo. Mas eu não estou satisfeita com isso. Eu pergunto: — Há quanto tempo você vem me observando? Olhando-me nos olhos, seu olhar se intensifica. — Há muito tempo. Limpando a garganta, ele se inclina para frente e diz coisas que eu nunca esperei ouvir. — Quando você é um viciado, tornar-se viciado em coisas, é fácil. E isso é um pouco como eu sou. Eu tenho uma personalidade viciante. Então eu parei de usar drogas, mas fiquei viciado em doces. Então eu comecei a ir para academia uma vez por semana para eliminar o doce. Mas tornou-se uma obsessão. Eu preciso malhar três vezes por dia. Então, com você... — seu olhar suaviza. — Eu disse a mim mesmo que eu iria observá-la só uma vez... — ele para. E embora eu não entenda, eu sei o que ele está dizendo. Isso deveria estar me fazendo suar, não fazendo meu coração inchar do jeito que está. — Eu sou um vício? Ele responde calmamente — O pior deles. Não há cura para esse vício. Eu respondo sem fôlego. — Oh. De repente, franzindo a testa, ele afirma: — Eu não sou uma boa pessoa. — inclinando-se para longe de mim, ele acrescenta: — Você acha que uma pessoa como eu merece o seu tipo de bondade? Não. Eu vou te dizer agora que eu não mereço. — parecendo frustrado consigo mesmo, ele morde a unha do polegar. — A coisa é, eu sou egoísta. E eu não dou a mínima para o que eu mereço. Tudo que me importa é o que eu quero. E, porra, eu quero tanto você, que eu faria quase qualquer coisa para mantê-la. Sirenes de alarme soam na minha cabeça, mas meu coração bate mais alto, as silenciando. Mais uma vez. — Oh. — tão baixo, eu mal me escuto.
Minha boca se abre, pronta para fazer outra pergunta, quando eu vejo Joe vindo com dois homens, os braços cheios de pratos de comida. Uma bolha de riso sai de mim e Twitch se vira para olhar. Ele sorri e balança a cabeça. Joe mandou um garçom trazer outra mesa para todos os nossos pratos. Cada vez que ele coloca um na mesa, ele explica em detalhes o que o prato é e de que parte da Itália originou. Temos carnes, massas, nhoque, sopa, um prato de queijo e presunto em fatias finas. Parece divino. Deixando-nos para comer com nada mais do que um piscar de olhos, eu não espero por Twitch quando eu ataco meu nhoque com molho rosé. Eu amo nhoque. Acho que nhoque está seriamente menosprezado. E este nhoque é leve e macio, como pequenas almofadas de nuvens que derretem na boca. Eu acredito que meu ponto de vista deve ser vocalizado. — O nhoque está tão delicioso. Eu acho que é um dos alimentos mais menosprezado. As pessoas devem saber o quão delicioso nhoque é. Twitch mastiga sua garfada de macarrão e fala de forma distorcida: — Eu só acho que você gosta de dizer nhoque. Com um aceno de cabeça quase real, eu confirmo sua suspeita com calma. — Isso também. Conversamos um pouco mais, para meu deleite, e descubro que Twitch foi um fugitivo, que acabou no reformatório por quatro anos, até seu décimo sexto aniversário. Eu adoraria dizer que esta é uma história improvável, mas trabalhando com isso, eu vejo essas situações o tempo todo. — O que aconteceu para você ir parar no reformatório? — eu pergunto, mordiscando um pouco de queijo provolone. — Agressão. — Isso é muito tempo para uma criança ir para o reformatório por agressão.
Foi quando ele acrescentou vagamente. — Agressão a um policial. Minha boca cai aberta. É. Isso faria. Enrolando uma fatia de presunto, eu fico remexendo nela por muito tempo. — E as tatuagens? Ele encolhe os ombros. — Eu fiz a primeira no reformatório quando eu tinha quatorze anos. Então tornou-se um vício. — ele mexe as sobrancelhas para a palavra vício. — Nós não tínhamos as ferramentas certas para fazer. Usamos alfinetes e tinta de caneta. — ele ri. — Um monte de tatuagens básicas que eu cobri com novas, mas ainda tenho algumas que significam algo para mim. Elas são importantes. Eu as mantenho para me certificar de nunca esquecer. Minha mente me agarra pelos ombros e me sacode enquanto grita bruscamente: Esquecer o que? Pergunte a ele! Por favor, pergunte a ele! Eu não pergunto. Parece muito para esta noite, por isso, com um sorriso, eu deixo a deriva em um silêncio confortável, enquanto nós comemos. Ao terminar a refeição, eu afundo em minha cadeira e Twitch ri. Eu estou entrando rapidamente em coma alimentar. Quando eu vejo Joe vindo em nossa direção com outra bandeja, eu falo para ele quando se aproxima da mesa. — Não mais. Por favor. Não mais. Se eu comer mais um pedaço, eu vou estourar. Então você vai ter que limpar todos os pedaços de Lexi, e eu tenho certeza que seria um perigo para a segurança, para não mencionar o desperdício de comida deliciosa que eu gostaria de manter em minha barriga. Levantando os olhos sonolentos para ambos os homens olhando para mim com os olhos plissados, murmuro: — É verdade. Isso seria trágico. Joe coloca o prato na frente de Twitch, juntamente com a conta, e eu assisto Twitch comer toda a peça de Tiramisu por conta própria enquanto me olha. Ele coloca algumas notas de cem dólares sob a bandeja, estende a mão para mim e me ajuda a ficar de pé. Entrelaçando nossos dedos, ele me puxa para seu lado. Se alguém nos visse agora, teria certeza que somos um casal. E eu gosto desse pensamento.
Caminhando para seu elegante, esportivo Mercedes preto, ele me ajuda a entrar e sentar. Uma vez lá dentro, ele chega mais perto de mim e abre o porta luvas procurando por algo. Tirando uma pequena lata, ele abre, e meus olhos se arregalaram em choque. Eu me inclino para ele e sussurro: — Você está seriamente enrolando um baseado? O corpo de Twitch sacode com o riso silencioso. — Eles não são chamados assim por pelo menos uns dez anos, babe. Mas sim, eu estou. De repente, eu me sinto como uma líder de torcida que está sendo pega de surpresa com o delinquente da cidade. Olhando para mim, seu lábio contrai e ele diz. — Eu aposto que você nunca fumou antes. Meu rosto fecha em aborrecimento em sua isca. — Sim, eu já fumei antes, muito obrigada. Eu já fui adolescente. Ele sorri, estendendo o cigarro de maconha apagado para mim. Eu fico olhando para ele um longo tempo antes de balançar a cabeça. — Eu não posso. Realizamos teste de drogas surpresa no trabalho. Twitch sorri mais. — Vai sumir do seu corpo em um dia. É um kit de teste de saliva? — concordo e ele se inclina para perto de mim. — Fume comigo. Eu adoraria vê-la solta. Seja livre comigo esta noite. Abaixando meu queixo, meu rosto se aquece. Devo parecer uma nerd completa. Não me deixando acabar com sua festa, ele acende o cigarro e traga profundamente. O cheiro forte enche o ar no carro e me da água na boca. Virando para ele, ele prende a respiração, a fumaça junto com ele, e me olha com os olhos encapuzados. Meu cérebro fervilha, então para de funcionar. Incapaz de parar a mim mesma, eu me inclino para ele. Ele me encontra no meio do caminho. Tão perto que nossos lábios se tocam, eu fecho meus olhos e abro meus lábios. Ele exala lentamente, e eu inspiro, levando o doce sabor forte da fumaça.
Eu seguro a fumaça pelo que parece uma eternidade. Minha cabeça gira e meus olhos piscam em câmera lenta. Finalmente expiro, eu me volto para o homem lindo, olhando para o seu rosto mal iluminado e pergunto: — Para onde vamos agora? Sem se virar para mim, ele liga o carro e responde: — Hoje à noite, nós festejamos.
Capítulo Dezessete
Twitch
D
irigindo-me
à
longa entrada de minha casa, eu estaciono e observo Lexi espiar todos os carros que alinham os lados do local. Faz um tempo desde que demos uma festa social em casa entre amigos. Happy disse que estávamos em atraso, e Ling apoiou a ideia. Então, aqui estamos nós. Festa em minha casa. Eu sinto que estou chegando a uma festa sem um convite, considerando que eu não sei quem vai estar aqui. Eu os deixei organizar a lista de convidados. A lista de convidados da festa por mim incluiria talvez dez pessoas. Não seria muito uma festa, eu acho. O que posso dizer? Eu não confio em pessoas. Na melhor das hipóteses, eu nem gosto de pessoas. Estaciono o carro, eu me movo para sair do carro quando Lexi segura na minha manga. — Antes de entrar, eu posso, por favor, falar com você sobre algo? Ela diz isso tão baixo que meus lábios viram para baixo em uma carranca profunda. Íamos nos divertir esta noite, e eu sei que o que ela tem a dizer é sério. Virando-me para olhar para ela, eu respondo: — Claro.
Olhando para suas mãos, ela começa. — Michael veio me ver esta manhã. E enquanto estávamos conversando, ele me disse o quanto ele gosta de seu trabalho, e que ele gosta muito de você, mesmo você podendo ser assustador. Posso dizer que ele admira muito você. — piscando rapidamente, ela divaga. — O que é ótimo, porque ele precisa de um bom modelo masculino em sua vida. Especialmente um tão bem sucedido, então, eu não quero que você pense que estou em suas costas, ou qualquer coisa, uma vez que você deu a ele um trabalho que ele precisava, sem perguntas e... Eu a cortei. — Essa história tem um ponto? Olhando para mim, suas pupilas dilatadas, eu posso dizer a erva a afetou, apesar de ter sido uma pequena quantidade. Ela respira. — Certo. — engolindo em seco, ela sussurra: — Ele... ele meio que parecia que ele entrou em sua cabeça um pouco e mencionou algo... algo sobre o corte, facada e buraco. Meu rosto vazio de todas as emoções. Esse garoto e eu teremos uma boa conversa amanhã. Ela vê a mudança imediata no meu rosto e volta atrás. — Ele não falou muito... — Ele disse alguma coisa. Revirando os olhos, ela afirma: — Ele só disse isso porque ele acha que você é meu namorado! — então, ela zomba como se isso fosse a noção mais ridícula que ela já ouviu falar. E assim, tudo o que eu comecei a sentir por Lexi ao longo dos últimos dias murcha, encolhe e morre. Isto é o que ela pensa de você. Você não é bom o suficiente para ela. Você nunca vai ser bom o suficiente para ela. Você também sempre vai ser um sem teto para ela. Ela nunca vai vê-lo do jeito que você quer que ela veja. E por uma boa razão. Você é escória... e você sabe disso. — Para dentro. — eu fervo enquanto saio do carro.
Ouvindo a porta do carro fechar atrás de mim, eu não espero por ela quando me aproximo da casa. Subindo os degraus da frente, o clique rápido de saltos me faz saber que estou andando muito rápido para ela acompanhar. Mas eu não me importo. Subindo as escadas, eu a ouço gritar: — Onde você está indo? — Eu vou descer em cinco minutos. Porque, sinceramente, eu preciso que cinco minutos para conseguir colocar minhas coisas sob controle.
Lexi Encontrando um canto deserto no salão de baile, eu vejo através de óculos cor-de-rosa como todo mundo conversa a minha volta. Eu sou um adereço. Ou pelo menos eu serei até Twitch voltar para baixo. Eu não sei o que eu disse para perturbá-lo, mas eu sabia que era algo ruim o suficiente para que ele precisasse se afastar de mim no mesmo instante. Minha mente nebulosa parece estar funcionando em câmera lenta, ou até mesmo em um ritmo retardado, porque uma tosse irritada me deixa saber que eu não estou sozinha. Piscando, eu olho para encontrar Ling encarando um espelho. Seis linhas de pó branco estão em cima dele, tão puro, tão bonito, que eles realmente parecem apetitosos.
Eu sei o que é. Eu não tenho que ter visto a cocaína antes para saber que é exatamente o que eu estou olhando. Eu nunca usei uma droga tão forte em toda a minha vida. Maconha foi a única droga que eu usei, e mesmo assim, tinha sido apenas algumas vezes na universidade. Até esta noite. De repente, eu estou melancólica. Os pensamentos de como a maconha me fez sentir livre retornam. Meu corpo ficou leve. Meu cérebro esgotado, limpo. Minhas inibições se foram. Ling ondula o espelho debaixo do meu nariz. Eu sei o que ela está fazendo. Eu sei o que é isso. Isto é um desafio. Ela quer ver até onde eu vou. E hoje à noite, por Twitch, eu vou lhe mostrar o quão longe. Eu arranco o canudinho de seus dedos e nossos olhos se encontram. Suas sobrancelhas sobem em questão. Abaixando o rosto para o ouro branco, eu coloco o canudo em meu nariz. Antes que eu possa me parar, eu cheiro. Uma carreira. Um pequeno sorriso se forma no rosto Ling. Ela está impressionada. Ela não pode acreditar que eu fiz isso. Nem eu. Assim, quando ela se move para ir embora, eu levanto o canudo e cheiro de novo. Seus olhos se arregalaram em descrença atordoada. Ela pisca um momento antes de ela surpreender a si mesmo. Curvando-se quase majestosamente, ela se afasta para oferecer o estoque para outro convidado.
Poucos minutos se passam - pelo menos eu acho que são poucos minutos - e eu sinto a mudança. Uau. Eu posso ver tudo. E eu quero dizer tudo. Eu posso ver as cores atirarem para fora dos alto-falantes estéreos, junto com a batida da música. Explosões brilhantes de laranja, rosa e branco giram em torno dos convidados dançando. E estou muito contente. Eu posso ver os pensamentos saindo da cabeça das pessoas. Um pouco escuro. Um pouco sexy. Um pouco claramente fodido. Eu posso ver o ar em movimento. Dançando. Ele está me implorando para me juntar a ele. Rindo alto, eu corro a mão pelo meu rosto antes de me levantar e deixo Counting Stars do One Replubic passar por mim. Estou eufórica. Em um estado de êxtase. E é felicidade. A música chama meu nome. Eu preciso dançar.
Twitch Descendo as escadas, eu fecho a abotoadura no buraco do botão no punho da minha camisa. Minha testa franze quando vejo pessoas se reuniram em torno do centro do salão. Curioso para saber o que está causando a aglomeração, eu ando um pouco mais rápido o resto do caminho para baixo. Eu não tenho um bom pressentimento. Minhas entranhas apertam com a visão dela. Lexi dança fora dos padrões da música, em seu próprio ritmo. A saia do vestido preto curto abana em torno de suas coxas, erguendo alto o suficiente para ver as bochechas arredondadas de seu traseiro. Ela parece perdida. E, ao mesmo tempo, situada. O vazio em seus olhos me alerta para o fato de que ela está drogada. Mais do que drogada, na verdade. Ela está perdida. Puta que pariu. Pesquisando o salão de baile, vejo Ling encostada na parede nas sombras, sorrindo com a visão de Lexi. Caminhando com um propósito, Ling me vê alguns segundos antes de eu chegar até ela. O sorriso se foi agora, o medo brilha em seus olhos. Ela deve estar com medo. Se alguém se aproximasse de mim me procurando da maneira que eu faço agora, eu sujaria as calças.
Andando mais pesado, eu não paro até que nós estamos de igual para igual. Inclinando-me para o rosto dela, eu peço em perfeita calma. — O que você deu a ela? Com os olhos arregalados, Ling abre a boca para falar, mas não sai nada. Meus olhos contraem. A raiva começa a descer o sangue em minhas veias. Levantando a mão em câmera lenta, eu a coloco entre sua clavícula e seu pescoço, descansando lá. Um aviso. — O que você deu a ela? Ling responde em pânico. — Ela deu a ela mesma! Eu só ofereci. A mão na sua garganta aperta, eu me seguro. Mergulhando meu queixo, meus olhos se fecham quando eu respiro profundamente, tentando me controlar. Liberando-a, eu me aprumo, endireitando meu casaco. — O que ela usou? Ling permanece em silêncio. Eu mantenho meus olhos nos dela. Minha carranca é suficiente para fazê-la sussurrar: — Cocaína. Duas carreiras. Meu maxilar cerra. Isso é muita cocaína para alguém que não usa drogas. Não é à toa que ela está dando um show. Ignorando a expressão aterrorizada de Ling, volto-me para o espaço que foi liberado para a apresentação de Lexi. Sob os holofotes, eu vejo o suor na sua testa refletir sob a luz brilhante. Seus quadris balançam de um lado para o outro, fluindo como as ondas do oceano. Suas mãos espalmadas nos quadris deslizam lentamente para cima suas costelas para seus seios.
Ela é linda. Como o anjo que eu sempre soube que ela era. Um anjo... Eu a odeio por isso. Por que ela não podia ter sido uma idiota? Ela teria tornado as coisas muito mais fáceis para mim. As mãos sobre os seios apertam delicadamente por alguns segundos antes de trilharem mais acima do peito. Com os olhos ainda fechados e balançando sensualmente, ela usa uma mão para apertar o lado de seu pescoço, enquanto a outra desliza passando de sua orelha para deslizar em seu cabelo. Ela emaranha os dedos em seus cabelos escuros, e seus quadris são puxados repentinamente. A visão de Lexi em transe sexual é suficiente para me deixar fortemente duro. Seus lábios se partem em um suspiro silencioso. A mão apertando seu pescoço desliza para baixo lentamente pelo seu peito mais uma vez, então ainda mais baixo. Quando a mão vai deslizando pelo corpo dela para baixo em seu estômago, meu pau contrai. Meus olhos focam em seu rosto, eu vejo seus olhos fechados e os lábios entreabertos, com apenas uma coisa em mente. Eu a quero. Agora. Estou agarrado aos meus pensamentos quando ouço gemidos de gato. Olhando em volta, meu corpo fica rígido quando eu marco Lexi. No meio do salão. Sob os holofotes. Em uma névoa. Sua mão desaparece sob o vestido, esfregando sua boceta através da pequena calcinha branca fio dental. A outra mão apertando suavemente um mamilo através do tecido branco de seda do vestido. A boca se separa, a cabeça jogada para trás em êxtase. Engolindo em seco, abertamente eu olho fixamente.
Ela é linda pra caralho. Sem reticências. Apenas vivendo a batida da música. Um cara alto que eu encontrei algumas vezes antes persiste na borda de seu espaço antes de caminhar através do salão. Minha testa franze. Ele vai para trás de Lexi, envolvendo um braço através de seu estômago, puxando-a de volta à sua frente. Eu não posso ouvi-lo, mas eu vejo a boca dela partir um pouco mais no que parece ser um gemido. Ela se inclina para trás para ele, pegando sua mão, puxando-a para baixo de seu corpo e substitui a dela em seu monte. Minha cabeça martela. Ela inicia um movimento circular suave com os quadris, e eu sei que ela está esfregando sua doce bunda em seu pau. A única coisa sobre o meu cérebro é que ele está danificado. Pensamentos não se processam da forma como outras pessoas fazem. Na verdade, o termo pensar não se aplica a mim. Perseguindo todo o salão de baile, eu alcanço a frente de Lexi. Agarrando seu braço, eu a puxo para longe do filho da puta. Com força. Ela tropeça, mas eu não noto. Eu não percebo, porque o cara alto já está em suas costas. Meus punhos batem em seu rosto continuamente. Forte e rápido. Rosto contorcido de raiva, meu peito se ergue a cada respiração pesada que dou. Um respingo de calor úmido jorra no meu rosto. Sangue ruge através de meus ouvidos. Eu não ouço os gritos dizendo para eu parar.
Eu posso cheirar seu medo. Seus braços vêm para cima. Ele tenta em vão bloquear os meus golpes. Cerrando os dentes, eu levanto o meu braço sobre minha cabeça, em seguida, trago meu cotovelo para baixo em sua bochecha cheio de força. A sensação dele se quebrando debaixo de mim traz uma onda de euforia. Seu corpo treme e sacode como se estivesse sendo eletrocutado. Braços fortes vêm em torno de mim por trás. Eu vagamente ouço: — Caralho, Twitch! Você vai matá-lo! Pare! Lutando, eu sou afastado dos gemidos e da confusão sangrenta no centro do piso do salão. Mais claramente desta vez, eu ouço: — Você pegou ele, mano. Você pegou ele. Ele teve o que mereceu. Você está pronto agora. É hora de parar. — isso vem de Happy. Ofegante, eu dou de ombros. Virando-me, meus olhos varrem o ambiente, entrando em contato com os rostos aterrorizados dos meus convidados. Happy oferece-me alguma coisa. Um lenço. Tomando-o e limpando o sangue na minha bochecha e testa, eu digo através de respirações pesadas. — Saiam. A festa acabou. Mas ninguém se mexe. Acalmando, eu os observo por um momento antes de dar um passo à frente e estourar. — Caiam fora da porra da minha casa! Qualquer um que ainda estiver aqui em três minutos, eu mesmo vou escoltar, caralho. Em um saco preto de merda22! Eles se embaralham, finalmente percebendo que eu poderia realmente fazer isso, e não quero dar a eles a chance de descobrir. Inteligente. 22
Saco preto para cadáver.
Perseguindo até uma Lexi ainda dançando no canto da sala sem nenhuma batida, pego em seu braço e tudo mais a arrastando atrás de mim. No meio da escada, ela tropeça e cai na gargalhada, como se fosse a coisa mais engraçada que ela já fez em sua vida. E isso faz meu sangue ferver. Eu me odeio por desejá-la nesse estado drogado em que ela está. Como uma criança petulante, eu estou atirando meu ciúme nela. Agarrando-a com muita força, ela grita de surpresa; eu a puxo adiante muito rapidamente. Uma vez no meu quarto, eu abro a porta do banheiro e a jogo dentro. Ela tropeça e acaba de joelhos sobre o tapete do banheiro. Ela ri, e raiva serpenteia em minhas entranhas. Alcançando o chuveiro atrás dela, eu ligo a água fria e cuspo: — Lave o cheiro dele de você. Agora. Então eu fecho a porta e caminho, cerrando meus punhos com força, maxilar pulsando. Uma vez que eu acho que eu não estou mais homicida, eu respiro profundamente e sento-me na beira da cama, esperando Lexi terminar seu banho. Cinco minutos passam. Eu a ouço cantar, por isso, dou-lhe mais algum tempo. Mais cinco minutos passam e minha testa franze. O canto parou. Alguma coisa me empurra para ver como ela está, e quando eu abro a porta do banheiro, o meu coração salta uma batida. Ainda em suas roupas no chão do chuveiro, ela treme de forma incontrolável. Puta que pariu! Chegando nela, o vapor me bate e está muito frio. Ela passou simplesmente dez minutos em um banho gelado.
Desligando a água, eu grito: — Que porra há de errado com você? — como se a culpa fosse dela e não minha por deixar uma mulher que nunca usou cocaína antes tomar um banho sozinha. Estou chateado comigo mesmo. Mas eu nunca vou admitir isso. Seus lábios estão azuis, sua pele pálida, e seus grandes olhos azuis me assistem com medo. Colocando uma mão no meu quadril, eu mergulho minha cabeça e aperto a ponta do meu nariz, forçando-me a acalmar, porra. Em seguida, tão suavemente quanto eu posso, eu chego para ela e digo: — Vamos lá, babe. Eu tenho que esquentá-la ou você vai ficar doente. Isso não é um talvez. Isso é um definitivo. No entanto, eu tenho que tirála e ela parece assustada. Ela está tendo um ataque histérico. Ela pisca um momento antes de estender a mão trêmula para pegar a minha. Eu a levanto, mas ela treme tanto que quase parece que ela está tendo um ataque. Alcançando a bainha do seu vestido escuro - que agora está colado ao seu corpo - eu o levanto-o sobre a sua cabeça e faço um trabalho rápido com sua calcinha. Recolhendo uma grande toalha macia, eu a envolvo e a levo para fora do banheiro e até a minha cama. Sento-a na borda, enquanto ligo o cobertor elétrico e tiro a roupa toda. Tenho quase vergonha de mim mesmo por estar duro, mas com Lexi, eu não consigo evitar. Simplesmente acontece. Retiro a toalha de seu corpo tremendo, me deito, em seguida, a puxo para baixo ao meu lado. Eu envolvo meus braços em volta dela. Meu corpo inteiro irrompe em arrepios quando seu corpo se encontra com o meu. Droga. Foda-se! Ela está congelando. Tão fria que a frente do meu corpo recebe uma sensação de alfinetes e agulhas nele. Meus braços apertam ao seu redor, sabendo que isso é culpa minha; eu aceito a dor de seu corpo quase congelado
no meu. Punição para mim mesmo, se você preferir. O cobertor elétrico funciona de forma rápida, e eu esfrego os seus braços e costas por alguns minutos antes de seu corpo parar de tremer. Seus dentes ainda estão batendo quando ela pergunta: — Por que você não veio para mim? Eu estava te chamando. Meu peito parecia como se uma bala tivesse acabado de passar por ele. Sentindo-me culpado pra caralho, eu respondo calmamente: — Eu não ouvi você, baby. Ela enterra seu nariz frio em meu pescoço e sussurra: — Eu chamei e chamei, mas você não veio. Se eu tivesse um coração, ele quebraria. Então eu faço algo que ainda me choca. Esfregando suas costas, eu emito o primeiro pedido de desculpas da minha vida. — Desculpa, baby. Eu deveria estar te observando. Ela não responde, mas seus dentes batem e ela concorda em meu pescoço. O movimento infantil me perfura como uma faca para o lado. De repente, estou protetor com Lexi. O que é um monte de merda. Protetor da mulher que havia me machucado. Eu sou um imbecil. Sério. Danificado nem sequer começa a cobrir o que eu sou. Eu acho que não foi inventada uma palavra para o nível de merda que eu sou. A sensação do corpo de Lexi afundando tão de repente no meu me faz saltar. Agarrando seus braços firmemente, eu procuro seu rosto sem vida e a agito com força. — Lexi! Porra!
Quando seus olhos se abrem e seus olhos se arregalam de susto, meu coração começa a bater novamente. Ela pergunta: — O quê? Eu pensei que você estava inconsciente e isso me assustou para caralho. Balançando a cabeça, eu engulo em seco. — Nada, babe. Volte a dormir. Eu não vou acordá-la novamente. Prometo. Ela esconde o rosto ainda frio em meu pescoço e suspira. Meu maxilar pulsa. Eu nunca deveria ter trazido ela aqui. Inconscientemente, meus braços apertam ao redor dela, desafiando a afirmação da minha mente.
Capítulo Dezoito
Lexi
A
cordo
no
escuro
com a cabeça latejando, dor de garganta, e uma barriga fervendo, eu pulo em pé e salto da cama para o banheiro. Lutando com a maçaneta da porta, meu corpo começa a vomitar quando uma mão se estende por mim para abrir a porta. Uma vez dentro, eu jogo o meu corpo tremendo até o vaso sanitário e solto o conteúdo do meu estômago. Que é uma pena mesmo. Eu amei cada pedaço do que eu comi no jantar na noite passada. Gemendo no assento do vaso sanitário, algo pesado cobre o meu corpo, mas eu estou tão quente agora, eu encolho. Um sonolento: — Aguente, Anjo. — vem da minha esquerda. De olhos fechados, eu franzo a testa. — Muito quente. A mão fria na minha testa me faz suspirar feliz. Isto é, até que eu ouço: — Merda, Lexi. Você está queimando. E essa é a última coisa que me lembro antes de adormecer, a cabeça firmemente fixada no assento do vaso.
Twitch Eu sei o momento exato em que Lexi desmaia porque os braços abraçando o vaso sanitário caem moles para os lados, com o rosto esmagado no assento do vaso sanitário. O doce som de sua respiração constante é a única coisa que me acalma no momento. Deixando-a onde ela está, eu ando até a mesa de cabeceira, busco o meu celular e chamo Happy. Às 03:57. Ele responde meio adormecido. — É melhor você ter uma boa razão, filho da puta. Ignorando a sua frustração, eu rapidamente lhe digo: — Eu preciso do número de um médico. Silêncio. Em seguida, em tom acusador: — O que você fez? Eu retruco. — Eu vou ignorar seu tom e essa porra de declaração e pedirlhe mais uma vez. Ele imediatamente recua: — Não fique assim, mano. Sinto muito, está bem? O que você esperava que eu pensasse, me chamando esta hora da noite, soando como se estivesse em apuros? Eu não o culpo. Realmente, eu não sei. Eu sei que ele tem razões para pensar o pior de mim. O cara já recebeu a força dos meus punhos por pouca ou nenhuma razão. E ele é um dos meus melhores amigos. Passando a mão sobre o meu rosto, eu digo a ele. — É Lexi. Ling deixou que ela cheirasse duas malditas carreiras ontem à noite. Deixei-a para tomar
banho e voltei para encontrá-la sentada sobre os azulejos sob a água gelada. Então, eu não sei se ela está doente, ou apenas tendo uma reação a coca. Ela... não está bem. Sua voz suaviza. — Deixe-me lidar com isso, cara. Vá se sentar com ela. Nós estaremos aí em breve. Eu digo: — Obrigado, mano. — o que não digo é: Eu te devo uma. Mas nós dois sabemos que é um fato.
O médico olha o inconsciente e suado o corpo de Lexi, agora coberto em uma das minhas camisetas, fazendo humm e ahh por cerca de dez minutos. Sentindo suas glândulas, olhando-a nos olhos com uma luz, medindo a sua temperatura quatro vezes ao longo dos minutos. É seguro dizer que, estou em pânico. Se fosse qualquer outra pessoa, mas ela... Afastando o pensamento da minha cabeça, eu o assisto de perto. Eu não gosto de suas mãos sobre ela. Tudo sobre ela. Este é o quão ridículo eu sou. Sei que ele é um médico. Sei que ele está aqui para ajudar. Mas isso não me impede de querer arrancar a sua cabeça com a visão de suas mãos no corpo dela. Em meu corpo. Ela é minha. Ela pertence a mim. Por um segundo, eu me preocupo com os pensamentos que eu tomei as coisas com Lexi longe demais. Por um segundo, eu digo a mim mesmo para quebrar todos os laços com ela. Por um segundo, eu me pergunto se eu estou no fundo aqui.
Por um segundo. O médico, um homem alto e em forma, de meia-idade, com cabelo grisalho, vem para ficar ao meu lado. Esguichando desinfetante na palma da mão, ele as esfrega. — Então você diz que ela nunca fez uso de drogas antes, então decidiu usar maconha e cocaína tudo em uma noite? — sua testa franze. Ele não acredita em uma palavra do que eu digo. Cerrando meu maxilar, eu explico: — Eu pedi a ela para fumar um cigarro comigo e ela fez. — olhando-o nos olhos, eu declaro: — De bom grado. — ele acena na forma ‘devidamente anotado’ e eu acrescento: — Mas eu acho que a erva prejudicou seu julgamento suficiente para usar cocaína. Eu não estava por perto, e quando voltei ela estava fora de si. Ela estava preocupada com a erva em seu sistema, então eu não sei por que ela teria... — eu dou de ombros. O resto é autoexplicativo. O médico me observa de perto, estreitando os olhos. O filho da puta está me fazendo suar e ele sabe disso. Passando a mão pelos cabelos, ele suspira. — Parece viral para mim. O uso de drogas pode ter amplificado a reação de seu corpo ao vírus, mas tanto quanto eu posso dizer, ela está apenas severamente desidratada. Daí o soro. Eu olho para a intravenosa ligada à parte superior da mão de Lexi. Na verdade, eu encaro. Posso realmente continuar a magoá-la, quando eu não aguento nem ver uma porra de uma agulha nela? Eu nunca vou dizer ao filho da puta, mas Happy estava certo. Eu nunca estive bem. Nem um dia em minha vida. Minha mente está... está... arruinada. E eu sei o ponto exato que foi de mal a pior. O doutor diz: — Eu vou ter que ficar aqui até que ela acorde. O soro levará mais quatro horas para esvaziar. Então se você tem uma cama extra para mim, eu vou usá-la com prazer. De preferência, uma perto da garota.
Leva tudo o que tenho dentro de mim para não derrubar esse cara. Eu não gosto do jeito que ele disse a garota. Ele disse como se ela fosse uma viciada ou uma maldita prostituta ou algo assim. Mal sabe ele o tipo de trabalho que ela faz, ou como maldito governo tem sorte por ter alguém tão apaixonado como ela do lado deles. Mas então, eu estou pagando esse cara uma porrada de dinheiro para evitar a questão das identidades. — Então. — eu continuo observando Lexi, meu anjo. — Ela vai ficar bem, certo? Pegando sua maleta de transporte, ele afirma: — Eu não posso confirmar ou negar isso. Vou precisar vê-la quando ela acordar. Um esquecido Happy emerge da entrada e se movimenta para o doutor segui-lo. E eu sou deixado com a garota que está destinada a me odiar. A garota que eu am... Opa. Que porra é essa? Meu corpo fica tenso. Encarando Lexi, eu balanço a cabeça como se quisesse limpá-la. Eu não gosto do que ela está fazendo comigo. Minha emoção vira raiva por qualquer coisa que eu não gosto ou não entendo. E eu estou de repente com raiva dela. Carrancudo, giro em meu calcanhar e sigo para fora do quarto. Eu nunca deveria ter trazido ela aqui.
Lexi Minhas pálpebras pesadas tentam abrir, mas o peso delas me obriga a parar. Uma brisa fria sopra sobre o meu corpo quente, proporcionando um pouco de alívio, mas ainda assim sinto-me bem, no entanto. O beliscar na minha mão faz minhas sobrancelhas se unirem. Parece que eu estou sendo picada por uma abelha. Dispondo meus braços para levantar, eu consigo alcançar lentamente a área ferida em cima da minha mão para sentir o plástico irregular. Minha testa franze mais. Isso é quando eu ouço alguém falar ao meu lado: — Ela está acordando. Sim. Eu não sei. Está bem. Abrindo um olho para espiar o meu visitante, vejo Happy me olhando com uma expressão cautelosa. O esforço para abrir o olho parece ter tomado toda a minha energia. Fechando os olhos e cessando todo o movimento, eu murmuro. — Doente. Eu sinto Happy se inclinar para mais perto e escovar o cabelo preso à minha testa: — Eu sei boneca. Você está melhor. Não tão febril. Então, isso é bom. Engolindo em seco, eu sussurro. — Twitch. Happy hesita por um momento antes de se inclinar ainda mais perto e sussurrar: — Ele estará em casa em breve. Tudo bem? Meu corpo está pesado, eu não respondo. Até mesmo um aceno de cabeça seria demais. Quero Twitch.
Sentado na cama, o médico olha para mim. Ele passa por cima dos movimentos e eu olho para o relógio digital no criado-mudo. 16:56. Estou acordada há uma hora. Já me disseram que eu estava desidratada e precisava de duas infusões intravenosas de soro. Tenho que admitir que depois que eu consegui ignorar o beliscar, a intravenosa estava fazendo o seu trabalho. Já me sinto melhor. Mas uma coisa está faltando. Ou devo dizer, uma pessoa.
O quarto está mal iluminado pela luz da lâmpada, eu viro para ver Happy assistindo TV na cadeira ao lado da cama. Eu me sinto muito melhor agora. Eu não estou mais desidratada e eu comi. O médico deu instruções de despedida, que ele disse que iria escrever para mim. Ele me lançou um olhar quando ele me entregou o papel dobrado. Então ele se foi. Assim que ele saiu, eu abri o bilhete e li. A parte superior do papel tinha impresso a recomendação do médico ao paciente. Debaixo estava escrito:
Não use cocaína. Meu rosto inflamou. Eu não lembro exatamente o que aconteceu ontem à noite, mas eu me lembro do suficiente para encolher e estremecer com minhas ações. Meu coração dispara. Não há nada para fazer. Vou perder meu emprego. Eu não vou passar no teste aleatório de drogas este ano. E eu culpo Twitch. Sua bagunça de vida se tornou minha bagunça. Virando-me para o relógio digital no criado-mudo, eu olho para o visor. 22:45h e ele ainda não está em casa. Covarde do caralho. Abraçando-me ao redor dos joelhos, eu digo baixinho: — Eu gostaria de ir para casa agora. Eu sinto os olhos de Happy em mim. Ele suspira: — Você não tem que ir, Lex. Você pode ficar... Eu o interrompo. — Eu gostaria de ir para casa. Se você puder me arranjar um carro, bom. Se você não puder, eu vou pegar um táxi. Ele zomba: — Nem pense nisso, garota. Eu te levo eu mesmo. Dentro de dez minutos, minha bunda miserável está se dirigindo para longe do homem que eu pensei que poderia mudar. Que mudaria. Eu acho que me enganei.
Uma semana depois...
Dizer que estou nervosa é um eufemismo. Passou-se uma semana desde que eu vi Twitch. Uma semana desde que eu estive doente. Uma semana desde que eu usei cocaína pela primeira vez. Sentada atrás da minha mesa, eu escuto Charlie sem realmente ouvi-lo. Pequenos pedaços da conversa derivam dentro e fora da minha consciência. — Teste anual de drogas... a cada seis meses... aleatoriamente... amanhã à tarde... obrigatório... resultará na rescisão imediata... nada para se preocupar. Meu coração afunda. Hora de encarar os fatos. Amanhã é o dia em que eu vou perder meu emprego. Um trabalho que eu trabalhei pra caramba para conseguir. Um trabalho que eu amo com todo meu coração. Charlie procura meu rosto. Ele olha com as sobrancelhas franzidas. — Lex, eu sei que não é suposto misturar o lado pessoal no trabalho, mas eu... — ele suspira. —... eu só quero perguntar se está tudo bem. Você não tem sido a mesma recentemente. Raramente vejo você sorrir. Estou preocupado com você. Levanto abruptamente, eu enxugo minhas palmas das mãos suadas na frente da minha saia. Coloco meu sorriso mais brilhante, digo-lhe: — Eu estou bem. Realmente. Eu não tenho dormido bem ultimamente. Eu tenho muito em minha mente. Charlie me lança um sorriso simpático. — Tudo bem. Bem, você sabe que você pode falar comigo a qualquer hora.
De pé, ele se despede e eu estou atrás da minha mesa, o cérebro em branco. A semana passada foi uma merda. Uma merda, porque eu me senti mal quase todos os dias, e uma merda porque Twitch decidiu que ele está cansado de jogar comigo. Porém, não teve a coragem de me dizer ele mesmo. Eu estive esperando por toda a semana ele aparecer no meu quarto ou me mandar uma mensagem. Eu nem sequer senti ele me observando. Ele simplesmente... desapareceu. Sei que a coisa da cocaína era ruim e eu não deveria ter feito isso, mas com toda a seriedade, eu nem me lembro de ter feito isso. Quer dizer, eu? Usando a cocaína? Eu não sei o que aconteceu. Isso simplesmente não sou eu. Eu tenho evitado Nikki e Dave tanto quanto é humanamente possível. Eles têm ligado todos os dias perguntando se podemos ficar juntos, mas eu disse a eles que eu não estive bem e não quero passar meu vírus pra ninguém. Dave parecia apaziguado. Nikki? Nem tanto. Ela sabe. Ela sempre sabe quando algo aconteceu. E aquele babaca. Aquele babaca de merda. Descartou-me como o lixo de ontem. Digo a mim mesma que eu não me importo e que é muito melhor assim. Cortar os laços, sem deixar uma bagunça. Mas eu estaria mentindo se eu dissesse que não me cortou profundamente. Parece que estou a atravessando as fases do luto. Eu já passei pelo primeiro passo, a negação e isolamento, e estou mudando para a fase dois, raiva. E eu estou com raiva agora. Como ele se atreve? Quem ele pensa que é? Eu não preciso dele.
Talvez se você apenas ligar para ele...? Oh inferno. Eu já estou à beira da etapa três. Negociação. Não me importa quem ele é, eu não vou ligar para ele. Eu não fiz nada de errado! Sento-me novamente atrás de minha mesa, eu mando uma mensagem para Nikki e Dave, pedindo-lhes para me encontrar esta noite. Preciso de uma noite das meninas.
— Então o que você está dizendo é que ele simplesmente parou de ligar? Bem, tecnicamente Twitch não liga, mas... — Sim. Isso é quase certo. — eu digo a Nikki. Dave olha para mim com os olhos tristes. — Talvez você devesse ligar para ele. Ele poderia estar só ocupado. Revirando os olhos, eu afirmo: — Você nem sequer gosta dele! Por que você está ficando do lado dele? Dave coloca suas mãos em um gesto de rendição: — Eu não gosto dele, mas eu sei que você gosta, o que significa que ele tem que ter algumas qualidades redentoras ou você não iria gostar dele. Twitch tem quaisquer qualidades redentoras? Vou ter que refletir sobre esta questão mais tarde.
Nikki pergunta: — Você não acha que ele está apenas dando-lhe algum tempo para si mesma depois de ficar doente na casa dele? Talvez ele pense que você está envergonhada com isso e irá até ele quando estiver pronta. É. Isso mesmo. Eu sou oficialmente uma mentirosa de merda. Eu não podia dizer aos meus amigos que eu tinha voluntariamente usado drogas. Eles ficariam tão decepcionados comigo. Dave e Nikki não são contra o uso de drogas, mas eles sabem o que eu faço para viver. Eles sabem o que acontece se eu usar drogas. Eles sabem... eles sabem que eu vou perder meu emprego. E amanhã tudo vai acontecer. Mas eu vou esperar até lá. Jogando
algumas
batatas
fritas
em
minha
boca,
eu
mastigo
ruidosamente, suspiro, em seguida, soltou um desarticulado: — A vida é uma merda.
A mulher que esfregou o interior da minha bochecha era jovem e gorda, com cabelo preto curto e tatuagens. Tatuagens que imediatamente me fizeram lembrar um certo alguém que eu prefiro não pensar. Ela disse: — Você pode esperar aqui os resultados. — quando ela começou a processar o meu resultado positivo.
Incapaz de sentar-me lá sabendo o que estaria acontecendo em poucos minutos, eu quase corri de volta para o meu escritório e confusa, comecei a procurar nas minhas gavetas. Então, aqui estou eu, esperando por alguém bater à porta e dizer-me o meu destino inevitável. Sons de batida e eu pulo. — Entre. — eu chamo fracamente. Charlie caminha ao meu escritório com uma folha branca de papel em suas mãos. Coloca o papel na minha mesa, ele me olha. — Os resultados chegaram. Oh merda. É isso. Ondas de confusão passam sobre mim quando seu rosto se transforma em um enorme sorriso, então piscadelas. — Aprovada. Como de costume. A porta do escritório se fecha atrás dele. Eu fico olhando para ele estupefata. Não estou entendendo. Eu estava me preparando para perder meu emprego. Talvez eles tenham cometido um erro. Como poderiam? Há muito pouca margem de erro nesses testes. Tinha que ter sido um erro. Um erro feliz. Eu ainda não entendo. O que aconteceu? Meu telefone apita, me assustando pra cacete. Piscando, eu olho para a tela e meu coração dispara.
Twitch: De nada.
Oh. Isso é o que aconteceu. Nem um segundo passou, quando meu telefone apita pela segunda vez. E esta mensagem faz meu coração parar.
Twitch: Para que conste... você me deve uma, Anjo.
Eu não tenho ideia o que isso significa, mas sei que isso não é uma coisa boa. Fico lá em completo silêncio, meu peito dói. No que eu me meti?
Capítulo Dezenove
Twitch
A
abstinência
quando você está tentando quebrar um vício pode ser dolorosa. Mais como excruciante. Passou-se uma semana desde que eu vi Lexi. E eu estou começando a suar. Eu não gosto disso. Eu não gosto do controle que ela tem em mim. Eu não gosto de como eu estou afetado por não vê-la. Você poderia chamar minha evasão de prova de fogo. Eu precisava saber o quão profundamente eu estou enraizado nisso... isso... você chamaria o que temos de um relacionamento? Pessoalmente, eu diria que é dar e receber. Ela dá e eu recebo. Observá-la às escondidas está me enlouquecendo. A mulher estúpida foi trabalhar no dia seguinte que ela saiu da minha cama doente. Um dia. Eu tive que assistir de longe quando ela lentamente subiu os degraus do edifício, com as mãos tremendo, postura fraca e pálida.
Eu poderia ter espancado sua bunda por isso. Há algo sobre uma mulher forte, porém. Algo que faz você vê-la com orgulho. Lexi não deixa nada ficar em seu caminho. Fiz alguns telefonemas para as pessoas certas, e descobri que o seu teste de drogas obrigatório, aconteceria mais cedo do que eu pensava, eu sabia que tinha que me envolver. Pagando o testador para pincelar sua própria boca e substituir o de Lexi pelo dele foi mais fácil do que eu pensava. Valeu a pena os quinhentos mil. Assim como qualquer vício, a minha desculpa para usar novamente era forte demais para lutar. Lexi, sendo o vício, eu mando uma mensagem pra ela. Assim que eu faço, eu deixo o meu telefone na minha mesa e fecho os olhos com força. É oficial. Eu nunca a deixaria ir.
Caminhando até o armário para pegar outro cartucho de impressora, eu paro completamente no meu percurso quando ouço um falar abafado vindo do interior. Minha testa franze. Eu passo mais perto de ouvir. — Foi a sua primeira vez? — Ling.
Nenhuma resposta. Ela ergue. — Está tudo bem se foi. Você fez muito bem. Depois. — Não foi minha primeira vez. — Michael. Ele diz isso muito defensivamente. Minha raiva borbulha. Ling começa. — Mickey, baby, não é grande coisa. Realmente, é... A porta se abre e eu encontro um Michael com o cabelo despenteado e camisa meio desabotoada. Estou furioso. — Volte ao trabalho, idiota! — Michael pula atento. Olhando uma Ling irritada, eu mantenho uma ameaça na minha voz quando eu aponto o dedo para ela e digo: — Você e eu vamos conversar sobre isso. Afastando-me da cena irritante, eu ouço Michael me acompanhar de perto. Ele gagueja: — M-m-mas você não me deu nada para fazer ainda. — ele rapidamente acrescenta: — Senhor. Quando nos aproximamos do meu escritório, eu percebo que não estou mais com raiva. Apenas cansado. Eu pergunto: — Você precisa de mim para lhe dizer o que fazer? Consiga uma caneta e caderno do armário, lá. — eu aponto para o lado esquerdo da sala e ele acelera o passo, tentando ser o mais rápido que pode. Sentando-me na minha mesa, eu o vejo aproximar-se de olhos arregalados e afirmo: — Número um em sua lista do que não fazer... Seu rosto se fecha e ele questiona: — Lista do que não fazer? Ignorando-o, eu brinco com o abridor de cartas que normalmente fica na minha mesa. — Número um: Você não deve ter relações sexuais com Ling.
Finalmente olhando para ele, eu vejo seu rosto em chama. Ele explica em voz baixa. —E-e-ela disse que você ficaria zangado se eu não fizesse. Oh cara! Quero puni-la por manipular esse garoto do jeito que ela fez. Sem dúvida, ele era virgem também. Ela realmente é uma merda doente. Não que eu possa falar. O olhar no meu rosto deve transmitir o meu pensamento sobre Ling neste momento porque Michael entra em pânico. — Ela está em apuros? Desconsiderando-o, eu declaro: — Número dois na sua lista do que não fazer: Você não deve me irritar. Mas ele continua focado em Ling. — Você não vai... — ele engole em seco. — Você não vai machucá-la, certo? Zombando, eu levanto minha mão alta e derrubo o abridor de cartas na minha mesa com um baque surdo. A adaga fica na posição vertical, perfurando minha mesa monstruosa e eu aponto para ele, dando a minha instrução final. — Número três na sua lista do que não fazer: Você nunca - e eu quero dizer nunca, Michael - nunca me questione. Ele pisca um momento antes de assentir sua compreensão e anotar as suas indicações. Eu vejo muito de mim nesse garoto, eu sinto algo por ele. Algo quase paternal. Revirando os olhos, eu suspiro: — Garoto, a única vez que eu coloquei minhas mãos em uma mulher. — eu sorrio para o seu olhar repentino de interesse. — Foi ela que me pediu para fazer isso. Pisando mais perto, ele olha para trás para a porta aberta antes de se inclinar para mais perto e sussurrar: — I-isso acontece muito? Só Deus sabe o que Ling o fez fazer. Fortalecendo o meu rosto, meu maxilar salta em tiques enquanto eu respondo: — Não. Isso não é algo que se vê com frequência. Mas sim, algumas mulheres são assim. — quero me dar um soco na cara por usar um rótulo, eu
explico de uma maneira que possamos entender melhor. — Não é o que é considerado normal, apesar de tudo. Balançando a cabeça, mais uma vez, eu mudo a minha atenção para a tela do meu computador e aceno um braço seu caminho. — Dispensado. Soando em pânico mais uma vez, ele afirma apressado: — Mas você ainda não me deu nada pra fazer! — Traga-me um café. Um forte e doce, com um pingo de leite. Ele corre para fazer isso e eu sorrio para mim mesmo. Ele está ansioso para agradar. Ele é educado. Mas ele ainda é de rua. Eu realmente gosto de Michael. Ele é tudo o que eu era antes que o mundo me fizesse o filho da puta que sou hoje. Minha única vontade para este garoto é que a sua história termine de forma diferente. Eu quero que a sua história seja feliz como um conto de fadas, não um drama. Perdido em pensamentos, Michael retorna com meu café. De pé, eu me deparo com ele em torno da mesa, pego a caneca de suas mãos, e saboreio. Fingindo tossir, eu estalo. — Que porra você colocou nisso? O olhar de horror em seu rosto me faz rir em voz alta. Rindo, eu bato no seu ombro. — Está perfeito. Relaxe Michael. Você fez bem. — respirando pesadamente, ele acena com a cabeça, e meu sorriso desaparece. Digo-lhe, sinceramente. — Relaxe, Mickey. Você está seguro aqui. — nunca tendo parado de balançar a cabeça, ele continua a fazer isso arrepiando os cabelos e afastando: — Encontre Happy e comece a trabalhar, cabeça oca. Se eu tivesse um filho como Michael, eu teria certeza que eu ensinaria a ele direito. Ele é gente boa. Ele caminha lentamente para longe, arrastando os pés adolescentes com um tênis sneaker, e algo estranho acontece. Leva-me um minuto para processar a ocorrência.
A sensação estranha e indesejável de felicidade lava sobre mim. É uma sensação áspera e desconfortável. Eu não sei se eu gosto. Ainda. O que eu sei, é que eu continuo a trabalhar durante todo o dia com um pequeno sorriso no meu rosto.
De frente para a tela do meu computador, eu ouço uma ligeira batida na porta do meu escritório. A voz entediada pergunta: — Você queria me ver? Ling. Sem olhar para ela, eu cerro meu maxilar e gemo. Fechando a porta atrás dela, ela vem para frente e se senta na cadeira de convidado. Já na defensiva, vejo sua postura firme e maxilar cerrado. Eu pergunto-lhe: — Você se divertiu hoje, com o garoto? Como se ela tivesse pesquisado os fatos - o que sem dúvida ela fez - ela dispara roboticamente. — Michael tem dezessete anos. Não é contra a lei. Ele está acima da idade de consentimento em New South Wales. Eu não fiz nada errado. Ling é difícil de lidar. Como eu, ela tem a distorcida visão de certo e errado. — Não. Você está certa. Não é ilegal. Apenas imoral e antiético. Sem mencionar, você fazendo o que você fez no trabalho. — inclinando-me para mais
perto dela, meus olhos arremessam dardos nos dela. — E dizer a ele que eu ficaria bravo com ele se ele não te fodesse é coerção. Coerção é quase tão ruim quanto o estupro neste estado. Ameaçá-lo é definitivamente ilegal, e eu não preciso desse tipo de problema, Ling. Você está me trazendo uma tempestade de merda. Eu posso sentir isso. Olhando para nada em particular, ela suspira frustrada. Como se eu fosse seu pé no saco. Minha raiva nasce em poços. — Você não é melhor do que seu pai. Ou seus irmãos. Você é igual a eles. — seu maxilar em aço; seus olhos brilham. Eu continuo: — Você vai cuidar do menino como cuidaram de você? Transar com ele enquanto ele não pode ver o erro disso, em seguida, vender seu corpo para cada pedófilo em Sydney? É esse o seu plano? Saltando para cima, ela grita: — Foda-se! Vá se foder, Twitch! Eu não sou nada como eles. Tremendo, ela atinge os cabelos com os punhos severamente. Deixando escapar um gemido aflito, ela grita. — Eles fizeram coisas. Eles fizeram coisas comigo. Eu era apenas uma menina. Eu não sabia! — ainda puxando seu cabelo, ela sussurra: — Minha família fez coisas ruins para mim. Vendo Ling desmoronar não é algo que eu gosto de ver. Ela é tão forte, mas com uma menção de sua família, ela se desfaz. Eles a danificaram. Muito parecido como a minha família me danificou. Nós temos um ao outro. Lágrimas manchadas de rímel encharcam e atropelam seu rosto enquanto ela treme de raiva. Caminhando ao redor da minha mesa e colocando as mãos em seus quadris, eu a puxo para mim. — Eu sei, Ling. Não foi culpa sua. Fungando, ela sussurra em meu pescoço: — Você me salvou.
Ela chama isso de salvar, eu chamo de ganhar um funcionário sem escrúpulos. Ling estava trabalhando nas ruas quando a encontrei. Ela estava drogada, quando ela se aproximou de mim em uma noite, e quando eu recusei seus avanços, ela puxou uma faca pra mim. Nem sequer com uma ameaça. A cadela estúpida estava tão fodida que ela realmente tentou cortar minha garganta enquanto tentava pegar a minha carteira do bolso da calça. Eu tinha duas escolhas. Matar a vadia. Ou empregar a vadia. Eu escolhi a segunda opção. Ela veio morar comigo. Eu vigorosamente a desintoxiquei e contratei uma enfermeira para cuidar dela por um mês. Após esse tempo, ela era parcialmente humana novamente. As primeiras palavras que Ling ouviu sair da minha boca foram: — Você me deve. Eu a alimentei, dei a ela abrigo e a vesti com as melhores marcas. E ela era grata. Ela me mostrou quase todo o tempo que ela pôde o quão grata ela era. Nunca me incomodou. Não até recentemente. Ling é uma viciada em sexo confessa. Eu tentei fazer com que ela procurasse ajuda uma vez. Uma vez. Então eu a encontrei almoçando com a Dr. Laura McCullough. A médica foi gentil o suficiente para chupar o meu pau enquanto eu a assistia lambê-la com entusiasmo. Apesar de ter sido quente, nunca levei Ling lá novamente.
Ling se afasta de mim. — Seu filho da puta. Nunca traga a minha família. — irritada, mais uma vez, ela me dá um tapa em toda a face e grita: — Nunca mais! Seus saltos fazem barulho para longe e ela bate minha porta do escritório fechada. Esfregando meu rosto vermelho e quente, eu sorrio. Não demorou muito tempo para levá-la de volta para a forma como ela era. Pegando meu celular, eu chamo Happy. O telefone toca duas vezes antes de ele responder: — Opa. Apertando meus lábios, eu pergunto: — O que você sabe sobre lingerie? Latindo uma risada, depois: — Huh, eu sei que as mulheres ficam bem nisso. Eu rio: — Não, eu quero dizer o que você sabe sobre as marcas de lingerie? Quais são boas e tudo mais? Humor colorindo sua voz. — Talvez você devesse falar com Ling sobre isso. Esfrego a parte de trás do meu pescoço e digo-lhe: — Não. Eu a irritei. Happy Suspira: — O que ela fez agora? Você sabe que ela é suscetível, certo? — Eu sei. Mas eu também. — silêncio, então eu deixo escapar: — Eu quero comprar algumas lingeries para Lexi. Ele enrola um momento, depois diz em uma voz cantante: — Então, eu sugiro que você vá às compras. Caça feliz. Ele desliga na minha cara.
Eu olho para o meu telefone, em seguida, jogo-o em minha mesa com um suspiro. Compras. Quão ruim pode ser?
Lexi No limite com o teste de drogas de ontem, eu pulo quando ouço a porta da frente abrir. Três palpites para quem poderia ser. Nikki, Dave ou Twitch. Vendo como eu falhei com os dois primeiros e sei que eles estão ambos ocupados esta noite, pelo processo de eliminação, eu vou com a opção três. E cara, nós vamos conversar hoje. Assim que eu o vejo de volta pela porta da frente, eu começo com: — Você tem a corag... Parando no meio da frase, fico boquiaberta. Arrastando sacolas, sacolas e mais sacolas atrás dele, ele chuta a porta, em seguida, diz: — Poderia ter um pouco de ajuda aqui, Anjo. A maneira como ele me chama de anjo... ele não deveria ter permissão para me chamar de Anjo.
Eu respiro. — Está bem. De pé transpirando, de camiseta, cabelo ninho de rato e óculos de leitura, eu vou até a imagem alta coberta de terno e tomo algumas das sacolas dele. Ele parte pelo corredor em direção ao meu quarto e coloca as sacolas no chão. Colocando minha remessa de sacolas no chão ao lado dele, eu observo enquanto ele começa a virar as sacolas de cabeça para baixo. Roupas, acessórios e caixas de sapato caem na minha cama. E eu estou de pé aqui, pensando: — Hum... não estamos chateados um com o outro? Eu sussurro. — O que é tudo isso? Não respondendo a minha pergunta, ele declama: — Você sabia que há uma senhora no shopping que você pode contratar para fazer compras para você? Tudo o que ela precisa é de medidas e bam, ela está pronta. Como uma fodida máquina. Você diz a ela para não poupar gastos e ela não poupa nenhum gasto. — ele olha por cima do ombro para mim com um olhar compreensivo. — Sabe o que eu quero dizer? Com minha boca ainda escancarada, eu consigo um: — Uhh... Ele aponta para coisas aleatórias na minha cama. — Roupa de noite. Sapatos de noite. Roupa de trabalho. Sapatos de trabalho. Alguns vestidos e roupas do dia a dia. Colares e merda com babados. Coisas de cabelo. — ele sorri: — E aqui são suas peças delicadas. Peças delicadas? Olhando para ele com uma careta, eu inclino-me e revisto a sacola que ele simplesmente apontou. Pegando um baby-doll transparente, eu chio. — Lingerie. Balançando a cabeça, eu pergunto com raiva: — O que você está fazendo aqui? Eu não ouvi nada de você durante uma semana. Você sabe? Quando você
me deixou em sua cama para me recuperar de um vírus e nunca sequer ligou para saber de mim? Twitch não pestanejou. — Posso não ter ligado, mas eu sabia que você estava bem. Eu sempre sei. Assim como eu sabia que precisava de ajuda com o seu teste de drogas obrigatório, uma pequena. Eu ladro de volta: — Você não acha que eu queria vê-lo? Que talvez eu precisasse de vo... — eu me corto. Eu não vou deixá-lo saber o quanto eu precisava dele. O quanto quebrou meu coração que ele poderia me cortar como se eu fosse apenas mais uma mulher. Ele acalma então se vira para mim. — Precisava do quê? — Eu gostaria que você saísse. Seus olhos escurecem uma sombra. — Não antes de eu conseguir algo pelo qual eu vim. Minha voz cai marginalmente. — Pelo que você veio? Lentamente, andando em minha direção com um propósito, eu sei exatamente o que ele vai dizer antes que ele diga. — Pelo que você me deve.
Twitch Sento-me na beira da cama, segurando a minha cabeça em minhas mãos, cotovelos nos meus joelhos.
Levemente balanço nas pontas dos meus pés, eu argumento comigo mesmo. Que porra você está fazendo? Basta. Isso tem que parar. O leitor de CD sobre a cômoda toca suavemente. One More Night do Maroon 5.
“... There you go again makin’ me love you...” “... You stuck on my body, on my body like a tattoo23.”
Meu ligeiro balançar se torna mais forte e mais rápido, quase violento. Meu maxilar pulsa e eu fecho meus olhos com força. Meu rosto se contorce de ódio e raiva. As mãos na minha cabeça em punhos firmemente. Rangendo os dentes, eu bato com força em minhas sobrancelhas. Minhas entranhas serpenteiam de raiva. Em pé, de repente, eu ando até a cômoda e pego o leitor de CD, puxando o fio para fora da parede. Caminhando com propósito para a janela aberta, eu jogo o leitor de CD para fora com tanta força quanto eu posso e fecho a janela. Parece uma queda abafada. Eu absorvo. Fechando os olhos, respiro fundo e espero pacientemente que minha frequência cardíaca volte ao normal. Voltando, eu olho para a cama onde ela dorme. Apenas seus olhos azuis brilhantes estão abertos. E ela viu o que eu fiz.
23
Trecho da referida música: ... Aí vai você de novo me fazendo te amar. Tenho você presa no meu corpo como uma tatuagem.
Eu não estou acostumado com as pessoas por perto quando eu fico com raiva. Ela encontra-se de bruços, as costas nuas parecendo pálida ao luar. O lençol descansa baixo em suas costas, mal cobrindo seu doce traseiro. Ela olha para mim, sem julgamento ou raiva. E por um segundo, eu sou tomado de volta a um tempo esquecido. Um tempo em que a vida era boa. Passando a mão pelo meu cabelo, eu suspiro e vou para a cama. Sentado ao seu lado, eu movo seu cabelo escuro de seu ombro. Eu corro meus dedos suavemente a partir do ombro, até o cotovelo e volto. — Oi. — eu calmamente a cumprimento. Ela responde com cautela. — Oi. Meu rosto suaviza ao som da sua voz. Porra. — Eu vou substituir o CD player. Seu rosto permanece passivo enquanto ela responde gentilmente: — Está tudo bem. Eu queria um novo de qualquer maneira e você só me deu uma razão para consegui-lo. Caralho. Não posso fazer nada de errado aos olhos dessa mulher? O incomodo do meu episódio anterior retorna e eu olho para ela. Ela engole em seco imediatamente e seus olhos ficam com medo. Eu rio sem graça. — Babe. Sério. Você é muito inteligente para estar com uma pessoa como eu, e você é definitivamente mais esperta do que uma daquelas garotas que fode um cara como eu. Mas eu entendo que você está gostando disso. — um sorriso cruel aparece em meus lábios. — Afinal de contas, a boa menina quer sempre o bad boy. Não é? Sentando na cama, o lençol cai e eu sou agraciado com sua beleza nua.
Seus belos olhos agora estão tristes e vidrados. O rosto dela é pura fúria. Então ela está tremendo de raiva, ela sussurra: — Saia. Eu rio baixo na minha garganta e rolo os olhos para o show que ela está dando. Meu riso é interrompido quando a lâmpada da cabeceira voa por mim e bate na parede por minha cabeça. Cacos de vidro caem no chão aos meus pés. Eu viro meu olhar sobre ela. — Você poderia ter arrancado meu olho, Lexi. Caralho! Em pé e andando pelo quarto, ela pega um vaso de cristal e joga em mim, com força. Eu o pego em pleno ar, enquanto ela grita: — Eu disse para você dar o fora, Twitch! Lágrimas caem pelo seu rosto enfurecido; seu corpo treme de raiva, e me sinto como um idiota. Eu não posso deixar que esse show dure. Não é parte de quem eu sou. Não mais, de qualquer maneira. Coloco o vaso sobre a mesa ao lado da porta, sem dizer nada deslizo sobre minha calça, então os meus sapatos; eu tomo a minha camisa e paletó em minhas mãos e saio. Fechando a porta atrás de mim, Lexi deixa escapar um gemido triste. E aí está. Apenas um lembrete de por que não podemos ficar juntos.
Capítulo Vinte
Lexi
P
ensei muito sobre o
que aconteceu com Twitch ontem à noite. Eu pensei por horas e horas sobre como me sinto, e pensei ainda mais sobre o que precisa ser feito. Minha opinião está formada, eu decidi visitá-lo no trabalho. E é só quando me aproximo de seu escritório e ainda continuo na frente da porta que percebo a quão estúpida eu devo ser. Mas se eu não fizer isso agora, eu nunca vou fazer. Então eu tenho que fazer isso. Agora. Eu estaria mentindo se eu dissesse que não estava com medo. Entrando sem bater, seu rosto irritado olha para ver quem o interrompeu. Quando ele me vê, as sobrancelhas sobem de surpresa, mas ele cobre tudo muito rapidamente. Olhando de volta no computador, ele digita e murmura. — Estou ocupado aqui. O que você precisa, Lexi? Lexi. Não Anjo. Eu fecho a porta atrás de mim e dou dois passos para frente. Minha bravura corre para fora da janela aberta. — E-eu acho que você precisa procurar ajuda. — eu digo com voz fraca. Seu rosto endurece. Seus olhos ficam frios.
Perdendo um pouco de coragem que eu acho ainda que eu tenho, a minha voz oscila. — Ver um psiquiatra não é uma coisa ruim, Twitch. Eu mesma faço. Ele fica de pé de repente. Sua cadeira bate na parede com um estrondo. Eu pulo. Ele ordena: — Saia. Quando ele vê que eu não vou me mover, ele persegue em torno de sua mesa lentamente, como um predador. Um leão indo matar. E eu estou tão petrificada como eu tenho certeza que o antílope estaria. Quando ele está a trinta centímetros de mim, eu sussurro: — Você não tem que viver assim, Twitch. Seus olhos se fecham. — Eu disse para sair. — É um meio para um fim. Seu maxilar pulsa. — Saia, Alexa. — Você vai sentir como uma nova pessoa. Seus olhos se abrem. Inclinando-se até que estejamos nariz-com-nariz, ele range os dentes e chia. — Cai fora, vadia. O insulto desliza precisamente para longe de mim. Sendo uma assistente social, eu sei como os sistemas de defesa das pessoas trabalham e, além disso, eu já fui chamada de coisa pior. Tremendo, eu decido tentar algo. Algo incrivelmente estúpido. Lentamente, chegando com as mãos trêmulas, eu pego em seu rosto suavemente. Seu maxilar contrai sob as palmas das minhas mãos, e os seus olhos frios e semicerrados encontram os meus. Eu sussurro: — Você não quer me machucar. Ele cospe: — Se alguém deve machucá-la, deveria ser eu.
Meu coração salta uma batida. Um sorriso cruel se espalha por seu rosto. — Qual é o problema, Lexi? Você está com medo? Eu pisco. Minha respiração falha. — Você está aterrorizante. — Então por que você ainda está aqui? — Porque você precisa de ajuda. — Não de você. — Se eu não fizer, quem o fará? Seus olhos piscam mais uma vez antes de ele fechar os olhos e abaixar a sua testa na minha. Ele diz com voz rouca: — Eu vou te machucar. — uma declaração. Meu coração dispara, mas minhas mãos apertam suas bochechas com mais força. — Você não vai. Eu tenho fé em você. Eu o assisto espremer os olhos fechados ainda mais. — Então você é mais burra do que eu pensava. Ele abaixa a boca querendo a minha e eu caio na dele. Ele usa força selvagem, beijos de punição. E eu os aceito, beijando de volta ferozmente. Sua língua acaricia meu lábio inferior enquanto ele mói sua ereção no meu quadril. Calor queima minhas entranhas. Minhas mãos deslizam pelo seu rosto e costas, para circundar o pescoço. Eu preciso me aproximar dele. Puxando sua cabeça, eu conecto nossas bocas novamente e gemo. Ele tem um gosto tão bom. Como doces e scotch. Eu nunca provei nada mais inebriante na minha vida. Estou começando a entender o termo bêbado de amor.
Sem aviso, seus braços musculosos envolvem em torno de minha cintura, me levantando. Minhas pernas circulam seus quadris magros e musculosos, e ele me leva até sua mesa. Eu sei o que está por vir. Eu deveria parar com isso. Eu realmente deveria. Mas eu não posso. Eu quero. Muito. Meu núcleo inunda. Twitch tem esse efeito sórdido em mim. Virando-me quase severamente, ele me empurra de costas, forte, e meu estômago encontra a mesa. Minhas mãos têm uma mente própria, se encontram nas minhas costas, e ele as agarra firmemente em uma das suas mãos. Levantando minha saia, ele puxa minha calcinha e elas se foram. Assim de repente. Embora eu não possa vê-lo, o sinto. Sua palma livre desliza para baixo para a minha bunda, apertando antes de eu o ouvir expelir uma respiração pesada, enquanto as pontas dos dedos arrastam a parte de trás das minhas coxas. Deixando de lado as minhas mãos, ele ordena rispidamente. — Mantenha-as aí. Não se mexa, Lexi. Ligando os dedos mindinhos nas minhas costas, minha boceta aperta quando a ponta do dedo trilha minha fenda molhada. Eu tremo. Eu o ouço chupar o dedo ao fazer um som de humm. Meus quadris contraem. Eu preciso tanto dele. E eu sei que ele pode sentir isso. Ele está me torturando propositadamente. Eu amuo. Sua exibição de poder é desnecessária. De repente, minha bunda se espalha e eu sinto uma língua deslizar pelas minhas dobras. Apertando as mãos com força, meus olhos se arregalaram e eu suspiro: — Oh Deus! Ele late: — Não diga uma maldita palavra. Ou eu paro.
Mordendo meu lábio, eu choramingo, mas obedeço. Como sempre. Agarrando minha bunda com mais força, ele me separa; sua língua estimula a minha entrada e minhas pernas estremecem. O calor úmido de sua língua é quase demais para suportar. Empurrando ainda mais fundo em mim, seu nariz bate na minha entrada traseira enrugada enquanto ele lambe fora da minha fenda. Ele está fazendo com a minha boceta, como se fosse minha boca. Com tanto entusiasmo. Com tanta determinação. Tão exigente. É o céu. Eu nunca me senti mais desejada em toda a minha vida. Ele pergunta: — Você gosta disso, baby? Imediatamente, eu paro. Isto é uma armadilha. Eu vim a conhecer Twitch. Ele é um trapaceiro. Um trapaceiro e um vigarista. Mas de repente eu estou nervosa e suando. Quando eu não respondo, ele pronuncia com aprovação: — Boa menina. E mesmo que eu odeie esse termo, vindo dele, significa algo para mim. Meu corpo despenca na mesa em alívio, e ele continua a me comer como se eu fosse a sua última refeição. É assim que o sexo oral deve ser. Desinibido e libertador. Não estranho e desajeitado, como eu sempre tive. Sua língua desliza para cima da minha boceta até que o calor firme, úmido encontra um lugar que eu ainda não havia explorado sexualmente, e ele lambe de novo e de novo. Isso é novo para mim. Eu não sei como eu deveria estar me sentindo, mas meu estômago está tenso e minhas costas estão rígidas. Eu sussurro. — Pare.
Mas, é claro, ele não faz. O que ele faz é massagear uma nádega com uma mão, e chegar ao redor com a outra. Seus dedos encontram meu clitóris, e ele o acaricia lenta e suavemente. Quase amorosamente. As sensações começam a mudar. Eu não estou mais desconfortável. Na verdade, eu estou queimando. Minha respiração se aprofunda, e eu começo a agir contra seus dedos. Ele endurece a língua e pressiona em mim. Minhas entranhas viram e torcem. Isso não deveria ser tão bom! Meus dedos mindinhos se prendem com força. Meu corpo treme. Ele empurra adiante, e sua respiração aquece a pele lá. Empurrando de volta para ele, ele rosna, lambe mais uma vez, então para. Então sei que ele vai me foder. E eu poderia chorar de felicidade. Eu ouço o zíper abaixar. O som parece mais alto na sala. Mas quando seu pau me toca, meus olhos se arregalam e eu puxo para frente, para longe ele. Batendo duramente na minha bunda com a mão aberta, ele me faz estremecer e saltar. Ele estende a mão para segurar meu cabelo, com força, e puxando-o suavemente, ele afirma: — Você quer isso. Eu? Eu realmente quero? Eu não tenho tanta certeza. A cabeça de seu pau se instala na minha entrada traseira, mais uma vez, e ele resmunga: — Agora é a sua chance de fugir. Você está tão certa de que não vou machucá-la? Você é realmente estúpida o suficiente para ficar? Foda-se! Isso é um maldito teste! E eu vou falhar. Droga! Eu não estou pronta para isso. Não desta forma. Em qualquer outro momento, talvez, mas não agora.
Uma lágrima desliza para fora do lado do meu olho e eu digo sem convencer através de um suspiro trêmulo: — Eu confio em você. De onde veio isso, eu não tenho certeza. Mas foi dito agora. É tarde demais para voltar atrás. Eu sinto o seu corpo ficar rígido enquanto ele sibila: — Você fez a escolha errada. A ponta dele entra em mim e eu choramingo. Dói um pouco, mas a minha entrada está tão lisa de sua saliva que isso poderia ser só do choque do mesmo. Minha respiração engata enquanto outra lágrima me escapa. Ele suspira atrás de mim, e segurando minhas mãos nas minhas costas com a dele, ele se inclina para frente e empurra seu pau um pouco mais dentro de mim. Arde, meus olhos se fecham e as sobrancelhas agrupam em dor. Ele sussurra: — Se você não quer que isso doa tanto quanto pode, você precisa empurrar para baixo e para fora. Agora. Assim que ele terminar de falar, ele lentamente empurra, e fazendo o que me disse, eu empurro para fora e de volta para ele. As esferas de seu piercing entram sem problema. Meu estômago enrola com sensações. Eu nunca me senti tão completa antes. Não dói, só arde um pouco. Ele acalma um momento, respirando pesadamente. Com a mão livre, ele acaricia meu cabelo e diz suavemente: — Boa menina. Nem um minuto passa, antes que ele libere as mãos para agarrar meus braços atrás das costas com força. Ele murmura: — Aguente, baby. E então ele começa. Ele empurra tão profundo quanto ele pode, tira um pouco, em seguida, empurra para dentro de mim. Manchas brancas borram minha visão. Dirigindo-se em mim com um ritmo constante, tudo que posso fazer é aguentar enquanto sou montada. Estou tão confusa com as sensações. É uma sensação incrível. Mas então, tudo com Twitch é incrível.
A borda da mesa trabalha meu clitóris com cada impulso, e quase do nada, eu me sinto apertar enquanto minha respiração aumenta. Eu aperto em torno dele e ele geme: — Foda-se, Anjo. Faça-o. Se liberte. Incapaz de aguentar por mais tempo, eu me solto. Meu corpo fica rígido e eu me sinto como se eu estivesse caindo. Fora da montanha mais alta. Em um oceano de puro êxtase. Eu pulso a cada estocada, e mordo a língua para me impedir de gritar. Tão rapidamente como veio, ele se foi. Eu estou mole, ressentindo-me da pessoa pela qual eu estou sendo montada. Como ele faz isso? Sou tão facilmente manipulada por ele. Olhos ardendo, eu os fecho com força, envergonhada por meus desejos por ele. Chorando silenciosamente na mesa, minha raiva aumenta. De repente, ele acalma. Gemendo, calor enche meu traseiro e eu mordo meu lábio para me impedir de chorar. Um momento depois, ele puxa suavemente para fora de mim, entregando-me um monte de lenços. Sem perguntar, eu seguro o lenço onde provavelmente vai escorrer, e caminho até seu banheiro pessoal, fechando a porta atrás de mim. Tomando meu tempo para me limpar, uma vez terminado, eu abaixo a tampa do vaso sanitário e sento-me um pouco. Fungando, eu enxugo meus olhos e me pergunto por que esse homem está fazendo isso comigo. Minha vida era boa antes de eu conhecê-lo. Agora é um caos. E o pior é que eu vou deixar isso acontecer. Minha mente lança uma palavra para mim que eu enterro bem fundo. E embora eu não queira que seja verdade, eu sei em meu coração que por algum motivo fodido, quero Twitch, independentemente de como ele é danificado.
Eu vim aqui hoje para encontrar alguma forma de clareza. Às vezes, quando você olha perto o suficiente uma pessoa na esperança de encontrar alguma clareza, a imagem da pessoa se torna tão vaga, tão distorcida, que tudo deixa você com pensamentos obscuros e mais perguntas. Isto é o que acontece quando eu tento entender Twitch. Há pouca ou nenhuma previsibilidade com este homem. Eu sei que ele está danificado. Eu sei que ele é complicado. Mas eu não posso evitar me perguntar o que aconteceria com ele se eu o abandonasse. Mas isso é apenas um pensamento. Um estúpido. Eu não posso deixá-lo. Eu não vou deixá-lo. Ele precisa de mim. Você precisa dele. Ele precisa mais de mim. E eu vou estar lá para ele. Balançando a cabeça em minha conversa interna estimulante, eu faço o meu caminho para fora do banheiro para encontrar Twitch de volta atrás de sua mesa, digitando como se nada tivesse acontecido. Abro a boca para falar, quando ele pronuncia. — Como eu disse, estou ocupado. Da próxima vez, marque uma hora. Fico ali em completo silêncio. Meu coração racha. Eu fui apenas dispensada? Quanto mais eu fico ali, mais a minha raiva aumenta. Só quando eu digo a mim mesma para virar, sair e nunca mais voltar, eu grito inesperadamente: — Deus, você é tão fodido!
Twitch —Deus, você é tão fodido! Minha cabeça se encaixa, sobrancelhas enlaçam. Ela faz uma pausa, ofegante, em seguida: — E eu me odeio por amar você. O que ela disse? Seus lábios tremem e ela sufoca. — Porque eu não posso desistir de você. Uma única lágrima trilha pelo seu rosto. Espere. Recue. O que ela disse? Lexi me ama? Desde quando? Levantando lentamente, eu faço o meu caminho até ela, procurando seu rosto choroso. Quando estamos quase de igual para igual, eu levanto a minha mão para escovar-lhe o rosto. Mas ela recua. E isso me dói.
Lexi Sua mão vem até minha bochecha. — Não, babe. Não olhe para mim assim. Não vou te machucar. Não gosto disso. Eu não sei por que, mas de alguma forma, eu já sei disso. Ele acrescenta em um sussurro: — Eu mataria qualquer um que tentasse. Imediatamente, eu respondo: — Eu sei. O que eu não adiciono é: — E isso me assusta pra cacete. Os olhos de Twitch olham para baixo nos meus; sabendo o que está vindo, eu inclino meu rosto enquanto ele abaixa a para o meu e leva meus lábios em um beijo exigente. E aquele beijo transmite muito mais do que as palavras jamais poderiam. Eu me odeio por amar esse homem.
Twitch Beijo Lexi com tudo que eu tenho, eu quase posso sentir seu amor fluindo através de mim. Eu me sinto bêbado. Bêbado de amor.
Colocando minha testa na dela, eu sussurro: — Você tem que prometer nunca me deixar. Eu-eu... você só tem que prometer. Sua resposta é: — Você tem que prometer tentar me amar de volta. O que você está fazendo comigo... não é assim que você trata uma pessoa que você ama, Twitch. Eu te amo desde que você tinha seis anos. A beijo mais uma vez, eu digo a ela, sem hesitar: — Se você prometer nunca me deixar, eu vou te amar. E ser bom para você. Eu vou te tratar como uma rainha. Minha rainha. Ouvi em algum lugar que um rei só se curva à sua rainha. E eu estou curvando-me para Lexi. Meu peito dói. Eu não sei se eu gosto desta coisa de amor. Ela sussurra as palavras mágicas: — Eu prometo que não vou te deixar. E foi assim que de repente... ... Lexi se tornou minha.
Capítulo Vinte e Um
Lexi
S
entada
em
minha
mesa, de volta ao trabalho, eu mastigo a ponta da minha caneta e lembro o resto da nossa conversa de hoje. Eu deveria estar trabalhando, mas minha mente está voltada só para uma coisa. Twitch. Nossa conversa foi curta, mas parecia que tanto foi colocado lá em tão poucas palavras. Ele me beijou de novo e de novo, e então perguntou: — Você é minha? Só minha? E a maneira como ele perguntou, com tanta insegurança em sua voz, era como se ele não soubesse a resposta para suas perguntas. E isso me acalmou ao saber que ele se sentia tão inseguro quanto eu. Suas perguntas não tinham a sua confiança habitual e soava quase juvenil. Eu disse a ele honestamente: — Se você me deixar entrar e prometer tentar, por mim, então sim. Eu sou sua. Puxando para trás e olhando para mim, seus olhos enrugaram nos cantos. — Então, nós estamos fazendo isso? Você é minha namorada? Corando, eu mergulhei meu queixo. — Eu-eu acho que sim. Essa é geralmente a forma como estas coisas acontecem. Eu sei que você não me ama... Ele cortou com: — Eu vou te amar.
—... ainda, mas não importa para mim. Estou disposta a fazer isso, se você acha que pode me deixar entrar o suficiente para compreendê-lo. Isso é tudo que eu preciso, Twitch. Ajude-me a compreendê-lo. — eu sussurrei em seu ouvido: — Deixe-me entrar. Envolvendo seus braços ao meu redor, ele me segurou com força, enterrou o rosto em meu pescoço e murmurou: — Eu vou tentar baby. Vou tentar. E eu acreditei nele. Como tudo isso aconteceu tão rápido, eu realmente não tenho ideia. Em um segundo eu estava oferecendo ajuda à Twitch - ajuda que ele precisa desesperadamente - e no próximo, eu estava perdendo meu anal Vcard24. Então eu estou gritando e, finalmente, eu sou a namorada do Twitch. Rindo sem humor, eu balanço a cabeça. Este pode ser o maior erro da minha vida. Ou poderia ser o prêmio mais perfeito. Um que eu ganhei. Há algo sobre Twitch. Ele é apenas... cru25. Tudo nele é cru. E corajoso. E desvinculado. Ele é um fogo furioso. E eu sou uma mariposa frágil esvoaçando para a chama. Mais cedo ou mais tarde, eu vou ficar queimada. Eu sei disso. Será que vou sobreviver ao calor? Como posso confiar neste homem depois de tudo o que passamos em tão pouco tempo? Sem perder o ritmo, minha mente fornece a resposta. 24 25
Referência a cartão de virgindade. Em inglês Raw.
Fácil.
Passar a tarde revendo minha decisão de me envolver com um homem como Twitch fez a minha cabeça virar mingau. Eu tenho uma responsabilidade ética dentro do meu setor para ajudar a todos que precisam. Eu sei que Twitch precisa de ajuda, mesmo que ele não acredite nisso. Não é nenhum segredo que o homem tem problemas de raiva que beiram a violência. Eu me pergunto em que eu estou me metendo. Ele tem segredos. Segredos que são profundos. Pensando nas coisas que poderiam ter acontecido com ele faz meu coração apertar. As pessoas não se transformam em tipos como Twitch, por nenhuma razão. Algo terrível aconteceu para ele ser assim. E eu estarei lá, esperando pacientemente para quando ele finalmente quiser revelar essas razões. Algo me diz que, dando-lhe a promessa que estarei lá, e não o deixarei, sua confiança em mim subiu para um novo nível. Twitch me pediu para encontrá-lo em minha casa quando saísse do trabalho. Ele disse que estava tirando à tarde de folga e nós iríamos ficar em sua casa hoje à noite. Tudo dentro de mim me disse para não ir. Para não estar sempre ao seu dispor. Que eu precisava disso para ser independente.
Mas tudo que eu conseguia pensar era em quanto tempo perdido, tínhamos que compensar. Sinceramente, aprender sobre Twitch é mais importante para mim do que qualquer coisa. E hoje à noite vai ser à noite. Eu lhe mando uma mensagem, dizendo-lhe que iria encontrá-lo e que seria melhor ele estar pronto para conversar. E conversar foi o que nós fizemos. Encontrei-o no meu quarto quando eu cheguei em casa, e ao ver a minha seleção de roupas íntimas, ele franziu os lábios em desgosto. — Sério babe? — O quê? — eu perguntei Ele pegou uma de minhas calcinhas de algodão rosa e esticou entre os dedos. Fazendo um estilingue com ela, ele atirou-a em meu quarto, em seguida, caminhou até a cama. Sentado, olhou para meu corpo, como se estivesse me despindo com os olhos. E isso me deixou um pouco desconfortável. Eu não estou acostumada a ser examinada tão de perto. Ele me puxou em direção a ele, então eu estava entre suas pernas. Suas mãos viajaram até meus lados, em seguida, sobre os meus seios e na parte debaixo das minhas costas. Ele murmurou vagamente: — Este corpo. Saindo de seu torpor, ele continuou: — Um corpo como este é um presente. Então ele precisa ser embrulhado para presente. Eu gosto dos meus presentes vestidos bem sexy. — arrastando um dedo do meu umbigo até o topo do meu monte, ele murmurou: — Eu gosto de minhas mulheres em seda e rendas, babados e laços. Eu não sou bonito, mas eu gosto de mulheres que são bonitas. Olhando para mim, ele disse: — Você é bonita, você não vai se livrar de mim.
Para Twitch, isso era uma espécie de doce. E muito macho. E seriamente machista. A feminista me vaiou e assobiou, enquanto a adolescente com tesão em mim caiu contra uma parede e suspirou sonhadora. Não querendo que ele soubesse disso, eu brinquei: — Você é o meu perseguidor. Eu não conseguiria me livrar de você, nem se eu tentasse. Seus lábios tremeram. — Eu gosto da Lexi. Ela é engraçada. Não sou um grande fã de Alexa, no entanto. Ela é meio que uma chata. Eu estava confusa. — Mas eu sou Alexa. E Lexi. Nós somos a mesma pessoa. Ele sorriu imensamente: — Não. Você não é. Assim como eu sou Twitch às vezes, mas eu também sou... — meus olhos se arregalaram. Por favor, me diga. Abra-se para mim. Por favor. Seu sorriso vacilou apenas um segundo antes de dizer: — Vamos lá. Vamos para casa. Casa. Com Twitch. Isso parecia tão certo que minha mente não foi capaz de formar palavras. Meus lábios se separaram, eu simplesmente balancei a cabeça, e lá fomos nós. Casa.
Twitch Passar a tarde com Lexi foi louco. Foi uma loucura, porque eu não me lembro de uma vez em minha vida em que eu ri tanto ou sorri tanto. A mulher é uma palhaça, sério. Ela é adoravelmente pateta. E eu amo isso. Eu nunca pensei que poderia ser assim conosco. Ela diz que me ama. E quando ela disse com raiva, eu sabia que era verdade. Eu não posso lhe dizer como me sinto sobre ela ainda. Eu preciso que ela me conheça - tudo de mim - antes que eu possa lhe dizer isso. Eu tenho minhas razões. Passamos o dia ao ar livre. Ela vestiu-se com um vestido amarelo brilhante, que eu comprei para ela, depois de uma discussão que durou quase uma hora sobre eu lhe comprar coisas. Ela me ensinou sobre as pessoas famintas em todo o mundo e sobre as crianças que vivem nas ruas. Ela só desistiu de seu argumento quando eu soltei: — Eu sei Lex. Eu era um menino de rua. Então, eu entendo. — seu rosto ficou suave e seu argumento morreu. Acrescentei: — Só queria fazer algo de bom para a minha namorada, tudo bem? Em pé próxima a sua penteadeira, ela respondeu calmamente: — Tudo bem, querido. Como eu disse, eu sempre ganho. Mostrei-lhe alguns dos meus lugares favoritos na cidade, incluindo um pequeno café italiano onde tivemos algo leve para o jantar. Ela disse sorrindo: — Você gosta de comida italiana, né? Inclinando-me para trás na cadeira, eu disse a ela: — Eu acho que tem algo a ver com a minha herança. Eu amo comida italiana. É a minha favorita. Ela sorriu ainda mais. Tenho certeza de que tinha algo a ver com o fato de que eu estava dando lentamente a informação sobre mim mesmo. — Está bem, então. Vou me lembrar disso. — ela soltou.
De mãos dadas, nós andamos por toda parte, em sua maioria, em silêncio, mas de vez em quando, explicando para o outro que lugares gostamos e por quê. Eu descobri que Lexi adora comida mexicana. Quanto mais picante, melhor. Ela também me disse que faz chocolate quente, como eu não gosto muito, não dei tanta importância. Ela mencionou o irmão dela, o que prendeu minha atenção. Ela disse que ele era um ótimo irmão e era extremamente protetor. Quando eu perguntei onde ele estava, ela puxou as suas emoções para dentro dela e me disse sem expressão que ela não falava com ele há algum tempo, mas a última vez que soube, ele estava de volta aos EUA. Isso fez o meu peito doer por ela. O engraçado é que mesmo sabendo de tudo o que ela estava me dizendo, parecia nova informação quando vinha de sua boca. Gosto da maneira como seus olhos se iluminaram quando ela falou sobre seus amigos, Nikki e Dave. Nikki e Lexi foram colegas de quarto na universidade. Dave entrou para mesma universidade e trabalhou no café do campus. Por Dave ser gay, foi incomodado diariamente por isso, e um dia derramou café em um cliente do sexo masculino. Sem pensar, Dave pegou um punhado de guardanapos, e pedindo desculpas, começou a limpar o café no cliente. Foi quando o cliente chamando Dave de veado derrubou-o no chão, e começou bater nele. Lexi e Nikki assistiram com horror durante dez segundos antes de pegaram suas bolsas de livros e baterem no homem e conseguiram nocauteá-lo. Sorrindo, ela explicou: — Nós fomos presas, mas as acusações foram retiradas. Dave veio nos visitar no dia seguinte em nosso dormitório e começou a conversa com ‘bem, vocês não são apenas um bando de cadelas loucas!’ — ela riu abertamente. — E nós temos sido amigos desde então, apesar de Nikki e Dave terem essa rivalidade estúpida acontecendo. Eu estava prestes a perguntar a ela sobre sua família quando ela deixou escapar: — Então, Happy, hein? Ele é gay, bissexual ou algo assim? Isso me surpreendeu. —O quê? — eu estava confuso.
Ela só brincava com meus dedos, e eu perguntei com os olhos tensos. — O que você sabe Anjo? — Só que ele está desfrutando da companhia de Dave. E Nikki. Então, eu só assumi que era gay, mas ele definitivamente deve ser bi, não é? Eu disse a ela incisivamente: — Ele não é nada. Ele é Happy. — ela olhou para mim como se eu fosse louco quando eu lembrei-lhe suavemente, mas com firmeza: — Você sabe como eu me sinto sobre rótulos. Happy gosta do que ele gosta. Ele não precisa de um rótulo. Suas sobrancelhas subiram em pensamentos. Ela assentiu com a cabeça uma vez. — Okies. — Okies? — Sabe? É como Okay, só que mais bonito. Olhando fixamente em seus olhos risonhos, eu murmurei: — Okies? Ela caiu na gargalhada, e vi a forma como seu rosto franzia em deleite; seus lábios cheios, os dentes retos e brancos, e foi então que eu soube que eu era um caso perdido. O que nos leva ao agora, tranquilo, em minha cama, assistindo TV com a minha namorada. — Por que você é assim? — Lexi pergunta baixinho, quando ela pega minha mão no quarto sutilmente iluminado. Ela entrelaça nossos dedos e sussurra: — Alguma coisa ruim aconteceu com você. Não brinca Sherlock. Passam alguns minutos e nós permanecemos em silêncio, mas seu polegar acaricia o meu tão suavemente que o desejo de falar me supera. — Tive uma infância de merda. A infância de merda se transformou em uma adolescência de merda. Eu conheci alguém quando eu era apenas um garoto que me fez acreditar que poderia ficar melhor. Na minha cabeça, eu disse a mim mesmo que eu tinha que fazer mais do estava fazendo para que as coisas
melhorassem então eu fiz o que pude. Eu fugi da infância de merda e vivi nas ruas por alguns anos. As coisas melhoraram em alguns aspectos. Mas outras coisas só pioraram. Acabei em lugares ruins, fazendo coisas ruins para fazer um dinheirinho para viver. Eventualmente ruim - em minha mente - se tornou bom. — um olhar de confusão atravessa seu rosto. Tento explicar: — O que eu quero dizer, é que essas coisas ruins, eu não as via tão ruim mais. Era apenas a minha vida. Então, eu acho que você poderia dizer que eu estou insensível a um monte de besteira. Merdas que iria chocar e enojar uma pessoa normal não me choca mais. E ruim não parece mais tão ruim. Em minha mente, a maioria das coisas ruins é boa. Virando, eu vejo a silhueta semi-iluminada de Lexi, que me observa com os olhos arregalados, claramente em choque me vendo revelar coisas sobre mim. Estou chocado também. As duas únicas pessoas que realmente sabem sobre mim - quero dizer realmente sabem sobre mim – são Happy e Julius. Happy, Julius e eu, nos conhecemos em lugares ruins. Nós temos um ao outro. Mudando o foco para ela, eu pergunto: — O que fez você quem você é? Lexi dá de ombros. — Um monte de coisas. Eu não sei realmente. Eu resmungo. — Besteira. Eu lhe fiz uma pergunta, garota. Espero uma resposta. Ela vira de lado, apoiando o queixo na mão virada para cima. — Tudo bem, espertinho. Bem, eu acho que começou em casa comigo também. As coisas não eram boas. Minha mãe estava trabalhando o tempo todo. Meu pai era um velho bastardo. Minha mãe trabalhava na maioria das noites, porque o dinheiro era melhor, e o imbecil que eu chamava de pai gastava a maior parte desse dinheiro em maconha e bebida alcoólica, afogando a bagunça que era a sua vida. Eu e meu irmão cuidávamos um do outro, tanto quanto podíamos. Mas eu não podia protegê-lo do jeito que ele me protegia. Eu era pequena e frágil. Sempre que meu pai ficava louco, meu irmão me enfiava no meu quarto e trancava a porta pelo lado de fora. Eles brigavam, mas nada muito ruim. Inevitavelmente, meu irmão virou-se para as drogas, porque meu pai estava...
Seus olhos perdem o foco, e algo se agita em minhas entranhas. Uma sensação estranha. Protecionismo. Eu me sinto protetor de Lexi. Eu não sei o que fazer com isso. Sacudindo a cabeça, seus olhos encontram os meus e ela força um sorriso. — Todo mundo tem uma história. Poderia ter sido pior. Meus vizinhos que me viram crescer, eles... — sua testa franze. — Eles não eram boas pessoas. Eu era apenas uma criança, talvez cinco ou seis anos, e eu gostaria de não ouvilos todas as noites. Gritando e machucando seu filho. — ela sussurra: — Ele era apenas um garoto. E eu sentava em meu quarto e... e só chorava. Chorava com ele. Sua voz soa dolorida, e meu coração dispara. Ela acrescenta baixinho: — Eu o encontrei uma vez. Eu o vi mancando em meu quintal. Ele estava ferido. E quando ele caiu, mesmo eu sendo apenas uma garota, eu não poderia imaginar deixá-lo lá, sozinho e com medo. — ela sussurra novamente: — Ele era apenas um garoto. Um garotinho. E ele estava muito ferido. Puxando a mão dela para trazê-la para perto de mim, eu passo um braço ao redor de sua cintura e ela enterra o rosto no meu pescoço. Eu preciso saber. — O que aconteceu com o menino? Ela respira fundo e responde em uma expiração. — Ele tentou lutar contra mim. — eu rio em seu templo. Ela deve ter sentido, porque ela ri baixinho. — Sim. Ele foi difícil. Não querendo ajuda de ninguém, especialmente a minha. Muito cauteloso e desconfiado. — então ela diz algo que faz meu peito doer. — Ele era um pouco como você, Twitch. Aconchegando-se em mim, ela fala junto do meu pescoço. — Ele não queria me dizer o seu nome. Mas eu pedi que dissesse. Ele me disse que eu iria esquecer uma vez que ele tivesse ido embora e eu prometi que não faria isso. Lembro-me de me esforçar para ter certeza de que eu não iria esquecê-lo. — ela
sorri em minha garganta. — Eu até gravei seu nome no enorme carvalho perto de casa, quando eu tinha dez anos. — ela ri: — É como se eu quisesse provar a ele que eu mantive minha palavra. — silêncio, então. — Não importa, no entanto. O dia seguinte que eu o conheci, havia ambulâncias e carros de polícia em frente a sua casa. Eu me escondi em meu quarto, cobrindo meus ouvidos até que eles se foram. E eu sabia... eu sabia que ele tinha ido embora. Meu peito dolorido é aliviado quando uma sensação de calor cai sobre mim. Lexi boceja. — Eu acho que é por isso que eu faço o que faço. Sabe? Ajudo as crianças que eu ajudo. É meio por causa dele. Eu nunca vou esquecê-lo. Ele era um lutador. Eu sempre pensei nele como um sobrevivente. Eu não quero perguntar. Eu não quero perguntar. Não pergunte. — Você se lembra do nome dele, baby? Meio adormecida, ela sussurra: — Antonio Falco. Meu corpo fica tenso, duro como uma rocha. Eu ouço atentamente enquanto sua respiração se aprofunda depois se equilibra, e seu corpo amolece quando ela cai em um sono profundo. Caralho. Puta que pariu. Eu não acredito nessa merda. Respirando pesadamente, cerro meu maxilar e puxo Lexi mais perto de mim, saboreando seu calor e doçura. Sou teimoso demais para esquecer de tudo. Porra! Isso não era para acontecer. Isso... Porra... Isso muda tudo. Lexi se lembra de mim.
Um grito lancinante no meu ouvido faz todo meu corpo tremer. O grito soa novamente. Em seguida, novamente. Meu quarto está com as portas abertas, e Happy está lá de cueca, bem como Ling em uma camisola vergonhosa, ambos me olhando acordar. Quando Ling vê Lexi ao meu lado, ela faz uma carranca. Lexi levanta a cabeça e murmura: — O que está acontecendo? Que grito pavoroso foi esse? — piscando, ela olha para a porta e grita: — O que ela está fazendo aqui? Uma pergunta de cada vez, jovem gafanhoto. Respondendo a todas as perguntas fora de ordem, eu digo: — Isso é o alarme, alguém está invadindo. — eu olho para Happy, que acena com a cabeça em confirmação. — E Ling mora aqui, Lex. Ling sorri. Lexi franze a testa. — Por quê? Não querendo constranger Ling, eu beijo a testa de Lexi e sussurro: — Não tem outro lugar para ir. Lexi empurra seu rosto em meu toque antes de se afastar com os olhos arregalados e grita: — Alguém está invadindo? Happy sorri e Ling murmura: — Novata. Eu sorrio. — Não se preocupe. Acontece o tempo todo. Os olhos dela derivam para baixo para o meu peito quando ela gagueja: — A-a-acontece o tempo todo? Deslizando para fora da cama, eu puxo um par de boxers e ordeno: — Fique aqui em cima. Independente do que você ouvir, não desça. Você está me ouvindo?
Ela puxa as cobertas até o pescoço e sussurra: — Eu não posso prometer isso, mas eu vou ficar aqui enquanto eu aguentar não pensar em sua morte iminente. Parando em meu caminho depois de ouvir sua explicação excessivamente dramática, eu pergunto: — Por quanto tempo você acha que vai conseguir? Olhando-me enquanto pensa, ela murmura: — Cerca de cinco minutos. — De acordo. — apontando para ela, eu ordeno: — Não desça. Durante cinco minutos. Quando eu ando para o corredor, Ling caminha de volta para o seu quarto, fechando a porta atrás dela, enquanto Happy segue atrás de mim. Pergunto-lhe: — O que temos hoje? Happy responde: — Um cara. Parece um viciado fodido. Na área de refeições, procurando como um louco. Suspirando, eu murmuro: — Eles nunca aprendem. Quando chegamos ao meio do caminho da escada, encontramos de cara com um homem, eu diria que na casa dos trinta, com dreadlocks loiros desgrenhados e olhos vermelhos, vestidos com bermudas cinza e uma camiseta branca suja. Eu não sei quem o enviou, se alguém o enviou. Desde a aparência dele, ele pode ser apenas um viciado em um frenesi, desesperadamente à procura de algo para vender e ter outra rodada. Ele fica lá por um momento em estado de choque antes de decolar como um foguete até o salão. Oh, querido. Parece que ele escolheu um beco sem saída. Que vergonha. Andando calmamente pelo corredor até a sala de jantar formal, eu faço o meu caminho para a sala e encontro o homem tentando em vão sair pelas janelas muito altas. Com um aceno de cabeça, eu alcanço o tornozelo e puxo. Com força. Ele cai aos meus pés tremendo, suando, bagunçado, e eu pergunto: — Quem te mandou?
Balançando a cabeça, ele pronuncia: — Ninguém, cara. Ninguém. Colocando a mão na sua cabeça, ele choraminga quando eu o revisto como um cão. — Aqui estou eu, desfrutando de uma noite com uma das minhas meninas, e eu tenho que lidar com esta merda. Eu realmente gostaria de saber quem o enviou. Balançando a cabeça, mais uma vez, a minha raiva aumenta. Eu enrolo meus dedos firmemente em seu cabelo e o levanto por seus dreadlocks. Ele grita, e da forma como os seus murmúrios e fio de voz, eu estou preocupado que ele vá vomitar. Puxando-o para a requintada mesa de jantar antiga, eu chuto uma cadeira pesada para fora do caminho antes de jogar seu corpo na superfície do mogno sem mácula. Agarrando o cabelo com força, eu pergunto: — Você quer saber por que eu mantenho minha porta trancada à noite? Respirando pesadamente, ele acena com a cabeça. Inclinando-me mais perto de sua orelha, digo-lhe em um sussurro: — Para proteger as pessoas do lado de fora, de mim. Puxando a cabeça para cima pelos cabelos, eu cerro os dentes e bato sua cabeça na mesa de jantar. Repetidamente. O som de seu nariz quebrando me faz tremer. Eu sinto muito prazer com essa merda. É quase alarmante. Quase. Jogando-o no chão inconsciente, meus olhos pegam algo se movendo em direção a mim. Lexi parece longe. Ela sussurra distante: — Você disse uma das suas meninas. — O quê? Evitando meus olhos, ela pronuncia com mais firmeza: — Você disse que estava desfrutando de uma noite com uma das suas meninas. Não sua namorada.
Minha testa franze. Eu disse isso? Alcançando-a, ela se afasta e bufa. — Eu tenho que ir. É tarde. Porra. Ela está chateada. Antes que eu possa chamá-la, ela se vai. Happy se inclina contra a porta, e eu dou de ombros para ele como se perguntasse. Ele balança a cabeça, confirmando que eu disse o que cortou Lexi profundamente. Aborrecimento e frustração fervem dentro de mim. Olhando para o monte que é o intruso, eu puxo a minha perna para trás e o chuto na lateral. Uma, duas, três vezes e, finalmente, uma quarta. Ele geme fracamente, escorrendo baba manchada de vermelho de sua boca para o chão. Apontando para a porta, eu me aproximo de seu rosto e digo: — Agora, olhe o que você fez! Risadas vem de Happy e eu lhe lanço um olhar, o advertindo para não se meter comigo. Suspirando, eu corro a mão pelo meu cabelo. Controle de danos à uma da madrugada. Isso vai ser divertido.
Capítulo Vinte e Dois
Lexi
A
lcançando
meu
shot26, eu o viro de uma vez. Eu não sou uma grande bebedora, mas Nikki, Dave e eu tivemos algumas doses juntos. Lembro-me de todas às vezes como diversão. De repente eu me pergunto por que desta vez não está tão divertido para mim. — Aqui estou eu, desfrutando de uma noite com uma das minhas meninas... Sem pensar, eu alcanço o próximo shot na tentativa de esquecer o homem que envenena minha mente que costumava pensar tão claramente. Pegar um táxi a esta hora da noite e ir para um bar qualquer e beber, parecia uma boa ideia na hora. Mas, como minha mãe sempre dizia: Nada de bom acontece depois de duas horas da manhã.
26
Dose de bebida.
Twitch Usando o sistema de rastreamento GPS que eu instalei no telefone de Lexi, eu estou surpreso de encontrá-la em um bar desprezível que eu costumava ir com frequência na cidade a essa hora da noite. Isto é, até eu perceber a razão pela qual eu frequentava este bar, era porque Lexi vinha aqui com seus amigos. É tão fácil de manter um olho em alguém quando está ao seu lado a maior parte do tempo. Eu não precisava mais perseguir Lexi. Além disso, Lexi perto supera Lexi longe em qualquer dia da semana. Sentada no bar, olhando para os copos de shot vazios na frente dela, ela esconde suas emoções quando ela parece falar roboticamente com o homem ao lado dela. Eu enxergo vermelho e fico irado com a visão do homem colocando a mão em seu braço e faço o meu caminho até que eu estou de pé atrás dela. — Levante-se, Lexi. Vamos embora. — eu digo a ela, enquanto eu enrolo meus dedos em torno de seu pulso. Olhando para cima, seu rosto revela sua mágoa. Lutando para sair do meu controle, ela me insulta: — Não. Eu não vou com você. Eu vou ficar aqui. Ficar com... — ela para antes de olhar para o homem com os olhos suplicantes. Ele ri: — Brad. — ela anuncia: — Ficar com Brad! Aumentando minha força sobre ela, eu coloco meus lábios em seu ouvido: — Você não vai ficar. Você está voltando para casa. Você vai voltar para casa? Eu quis dizer ‘a minha casa’. Isso é... eu não quero nem analisar isso agora. Tenho peixes maiores para fritar.
Puxando o pulso da minha mão, seus olhos vazios e sua voz tornam-se sombrios. — Não quero ir com você. Você é um veneno. Meu peito dói. Puta merda. Essa porra dói. Uma dor filha da puta. Não é uma mentira, mas ainda dói. Eu nunca pedi antes. Nunca na minha vida. Tenho certeza que não vou começar com essa porra agora. Tento ser legal, solto uma risada. — Babe o que você acha que está fazendo aqui afinal? Este lugar... não é para gente como você. O que não digo é: — Você é boa demais para estar em um lugar como este. Um lugar como este puxa o seu bom e ofusca o seu brilho. E eu gosto do seu brilho. Olhando para o meu peito, ela chega mais perto de mim e sussurra miseravelmente: — Eu estou aqui para deixar Brad me foder. — Tiques em meu rosto e minha cabeça, implodem. Ela se aproxima de mim para acrescentar: — Ele vai me foder. Me foder até eu te esquecer. Até eu me esquecer que eu te conheci. Ele está me ajudando a afogá-lo, e eu gosto quando eu não estou pensando em você. — ela olha nos meus olhos e repete em um sussurro: — Você é um veneno. Eu oficialmente estou farto desta conversa. Tomando-lhe o cotovelo, eu a puxo para mim, quando Brad o babaca levanta e começa: — Ei! Deixe-a! Ela não quer ir com você. Ouviu... Chegando à parte de trás da minha calça jeans, eu puxo a minha semiautomática calibre 32 e aponto bem no meio de sua testa. Afastando-se tão rapidamente com os braços erguidos, ele tropeça para trás em um banquinho. Mas eu não posso ir embora ainda. Sua humilhação é algo que eu preciso agora. Eu preciso que ele aprenda. O que, exatamente? Não tenho certeza. Mas eu quero ver o seu medo.
Lexi puxa meu cotovelo e silenciosamente diz derrotada: — Está bem, Twitch. Você ganhou. Eu vou com você. Deixe-o em paz e vamos babe. Só eu e você. É a minha vez de arrancar meu cotovelo de seu aperto enfraquecido pelo álcool. Tomando dois grandes passos, eu empurro o cano da pistola na testa, com força. Ouvindo-o gemer me dá prazer. O calor se espalha através de mim. Inclinando-me para mais perto dele, eu cerro os dentes e digo baixinho: — Você tem alguma coisa para me dizer, espertinho? Diga, porra. Brad começa a tremer, e eu posso sentir os olhos em mim. O mais provável é que sejam de todos no bar. Sorte que eu conheço o barman. Bem. Jimmy e eu tivemos negócios. Eu sei que ele sabe que eu estou fazendo o que eu acho que tenho que fazer. Dou a Brad um total de trinta segundos para responder antes de sussurrar: — Sim, eu pensava assim. — e me afasto dele. Coloco a Colt27 de volta na minha cintura, viro para pegar Lexi, envolvo o meu braço em seus ombros e puxo-a para meu lado. Sua mão desliza até o meio do meu peito, e ela aperta os punhos em minha camisa. — Vamos babe. Vamos embora. — ela sussurra. Levantando o dedo, eu aponto firme para Brad que está tremendo, e anuncio em voz alta: — Ninguém brinca com as minhas coisas. Ninguém toca o que é meu. Esta... — deslizando minha mão até a bunda de Lexi, eu faço um show a explorando e apertando. Forte. —... esta é minha. Entendeu? Brad - ainda com as mãos levantadas em sinal de rendição - acena com a cabeça vigorosamente, e eu sei que eu fiz o meu ponto. Para Brad. E para Lexi. É egoísta mantê-la por perto quando eu sei que ela quer um tempo sozinha. Eu sei que é. Mas eu não posso deixá-la ir. Você precisa dela. Eu não preciso de ninguém. Eu sou apenas egoísta. 27
Marca de armas.
Pelo menos, é o que digo a mim mesmo.
— Você me deixou. Conduzo Lexi de volta a sua casa, eu sei que nós temos que falar sobre o que aconteceu. Fico pensando sobre essa coisa de ter uma namorada. Eu lembro a ela: — Você me deixou depois de ter dito que não faria isso. Olhando para fora da janela, ela murmura miseravelmente. — Sim, bem, eu pensei que se você não poderia manter sua promessa, então eu não deveria ter que manter a minha. É em momentos como este que eu desejo que meu cérebro funcionasse como todos os outros. Respiro profundamente, eu tento, em vão, acalmar meu coração acelerado. — Eu não sou... não é como... eu não quis dizer isso, Anjo. Eu juro. Não há mais ninguém. Só você. Eu espero pacientemente, mas ela não responde. Por que eu não consigo dizer o que eu acho que deveria, e ela saltaria para meus braços abertos se aninhando? Coisas como, 'Eu sou seu!’. Filmes estúpidos e suas cenas de argumento completamente impreciso. Aproximo-me mais para segurar sua mão, eu estou surpreso que ela me permite. Entrelaçando os dedos, eu puxo a mão na minha coxa e tento novamente. — Eu não estou acostumado a ter uma mulher, Lex. — ela zomba e eu me encolho, sabendo (agora) que não era a coisa certa a dizer. — O que eu quis dizer é que eu nunca me entreguei a uma mulher. Eu sempre evitei
relacionamentos, porque eu não gosto do que vem com eles. Sendo isso uma dessas coisas. Ela resmunga: — Você mesmo disse. Você vai me machucar. Desvalorizando minhas palavras, eu dou de ombros. — Vai acontecer, baby. Tenho certeza que você vai me machucar também. Mas isso é apenas algo que acontece quando você se preocupa muito com alguém. Todo mundo se machuca. — ela vira seus olhos tristes para mim. Acrescento: — Mas isso faz o doce muito mais doce. Se todo relacionamento fosse perfeito, pense em quão entediante seria. Sem falar, que o sexo de reconciliação é supostamente fodástico. Ela inclina levemente os lábios para cima, e eu sei que a tenho. Ela vira o rosto para a janela: — Você é um idiota. Levantando suas mãos para a minha boca, eu mordisco seus dedos. — Eu sou seu idiota. Se virando para mim, ela pergunta com toda a seriedade: — Você fala sério? — pausa. — Você é meu? Só meu? Sem mentiras. — Completamente. — ela não parece convencida. Beijo o dorso de sua mão, eu digo algo que eu não tinha planos de contar a ela. — Você me possui. Nós paramos em um sinal vermelho, e virando meu corpo para o dela, eu ponho minhas mãos em seu rosto e puxo sua cabeça para minha. Colo meu nariz no dela, junto meu maxilar ao dela e com uma falsa calma eu sussurro: — Mas você não pode me deixar. Nunca. Seus olhos ficam tristes e eu sei que ela pensa que eu tenho problemas. Ela não está errada. Eu tenho problemas. Ela beija a ponta do meu nariz. — Você não sabe? Minha testa franze e ela sorri.
Nossos lábios se tocam. Ela sussurra contra eles. — Você preenche o buraco no meu coração. Calor flui através de mim. Meu coração martela em meu peito. Sinto-me melhor do que eu já me senti na minha vida. Em seguida, ela estraga tudo. — Você me salvou. Você é meu herói. Deixando de lado suas bochechas, eu me afasto e olho em seus olhos. — Não. Eu não sou. Você não tem ideia do quão errada você está. — respiro profundamente, eu falo através de uma expiração. — O que você quer que eu seja... eu não posso ser nunca. Não sou eu. — meu rosto fica frio. — Eu sou o vilão nesta história. O carro de trás buzina para que nós nos movamos, mas eu mantenho o olhar de Lexi. Ela olha em volta em confusão a respeito de porque nós não estamos ainda em movimento. O carro buzina mais demoradamente e eu cerro o maxilar. Há uma razão para não nos movermos ainda, e eu preciso que ela me veja. Veja o meu verdadeiro eu. Isto é importante. É importante porque ela está presa a mim para sempre. E ela não sabe disso ainda. Um abafado: ‘Vai, idiota!’ vem do lado de fora. Eu lentamente e deliberadamente viro a cabeça de lado a lado, estalando o pescoço. Deixando o motor ligado, eu saio do carro. Olhando a bonita boca de Lexi abrindo em surpresa, eu digo a ela docemente: — Já volto Anjo. Caminhando até o homem claramente irritado, ele abre a janela e fala em tom de deboche: — Mova seu carro de luxo para o lado da estrada. Este não é um lugar de estacionamento.
Parecendo arrependido, eu sorrio e me inclino para a janela aberta. — Eu sei, mas a minha namorada queria conversar e estávamos tendo um momento. — minha mão golpeia para fora na velocidade da luz, apertando seu pescoço. Sem ar, ele se agarra em minha mão. Eu falo dissimuladamente: — Você tem que pensar antes de abrir a boca para falar. Você nunca sabe quando essas palavras podem ser as suas últimas. Você me entendeu? O homem acena com os olhos arregalados. Eu deixo sua garganta e o vejo ofegar. Gesticulando ao lado do carro, digo-lhe: — Passe pela lateral. Não é difícil. O homem faz exatamente isso e volto para o meu carro. Sentando-me, eu me volto para Lexi e digo-lhe: — É por isso que você não pode me deixar. Seu rosto franze em confusão mais uma vez e eu explico. — Baby, isso teria sido muito pior se você não estivesse aqui. Você me faz fazer coisas assim... — eu movimento com o polegar para a parte de trás do carro. —... menos. Você é boa para mim. Você torna mais fácil. Com os olhos arregalados e assustados, ela pergunta em um sussurro: — Torna o que mais fácil? Sorrio um sorriso triste. — A vida. Colocando a mão na minha, ela diz com determinação. — Eu não vou deixar você, Twi... — parando de repente, ela pergunta, hesitante. — Eu gostaria de saber... quer dizer, se você quiser contar... qual é o seu nome? Eu deveria dizer a ela. Agora. Faria todo o resto mais fácil. Mas eu estou de repente apavorado que vá ser demais para ela, e ela vá me deixar. Então ao invés de dar-lhe um quilômetro, eu lhe dou um centímetro. — Tony. Meu nome é Tony.
Um pequeno sorriso enfeita seus lábios. Aquele pequeno sorriso se estende incrivelmente. Então, ela está radiante para mim. — Eu gosto. — diz ela, baixinho. — Combina com você. Levando-a para casa, eu aperto o volante com força para me impedir de ficar todo homem das cavernas sobre ela e arrastá-la pelos cabelos de volta para o meu quarto. Estaciono em frente a casa dela e pergunto meio sorridente: — Você quer que eu entre? Ela ri: — Hum. Não. Eu vou ficar bem, Tw... — ela sorri. — Tony. Eu vou ficar bem, Tony. Coloco minha melhor cara triste, murmuro: — E o incrível sexo de reconciliação que eu deveria ter? Inclinando-se sobre o assento, ela beija meus lábios. — Antecipação irá torná-lo ainda mais incrível. Beija-me de novo e de novo, eu digo contra seus lábios: — Tudo bem. Nada de sexo. — outro beijo. — Deixe-me saborear a sua boceta, no entanto. Seu corpo treme contra o meu no riso silencioso. Ela se afasta. — Estou saindo do carro. Não me siga. Eu tenho uma frigideira e sei como usá-la. Espalmando meu pau, eu digo desanimado: — Você é tão má, Anjo. Ainda rindo, ela fecha a porta do carro, sacudindo a cabeça. Erguendo a mão em um aceno, eu sopro-lhe um pequeno beijo e quero saber quando isso realmente aconteceu. Quando foi que eu realmente me apaixonei por Lexi? O que eu costumava sentir por ela, vejo agora que era na verdade uma obsessão perigosa e insana. Eu queria machucá-la. Eu não quero mais isso. Eu quero fazê-la feliz. Porque ela me faz feliz. Eu estou feliz. Pela primeira vez na minha vida. Sorrindo enquanto ela se afasta, eu pondero.
Meu sorriso se desvanece. Eu tenho que dizer a ela. Tudo.
Lexi Rindo alto, eu falo com Nikki e Dave no meu celular enquanto eu abro a porta do meu apartamento. Hoje foi um bom dia. Gastei uma parte do dinheiro que Falcon Plastics doou. Eu dei cinquenta mil para um novo abrigo para mulheres que estava em extrema necessidade financeira, dei dez mil para uma instituição de caridade que se concentra em alimentar os sem-teto e dei vinte e cinco mil para um programa que é conhecido por seu trabalho com crianças vítimas de abuso no sistema de adoção. Eu estive rindo e sorrindo como uma completa idiota durante o dia todo. E eu não me importo. Eu sou uma idiota e Twitch é o meu idiota. Ele que disse isso. Então eu tive uma conferência com meus amigos e contei tudo o que havia acontecido entre mim e meu homem. Bem, nem tudo. Apenas o essencial. Dave grita: — Você está com ele? Tipo ‘querida estou em casa’ com ele? Nikki zomba: — Eu acho que você entendeu exatamente o que isso significa, viadinho. — ele então grita: — Oh meu Deus! Estou tão feliz por você, babe! Eu sabia que ia dar certo. Eu só sabia disso.
Caminhando para dentro do meu apartamento, eu lhes digo: — Sim. É oficial. Estou com Twitch. E eu ficaria super feliz se vocês me apoiassem nisso. Eu não posso garantir que não será difícil, mas... — eu grito de surpresa quando braços fortes circulam minha cintura. Meu rosto esquenta de vergonha por ter sido pega falando sobre ele tão livremente com meus amigos. Mas eu preciso terminar minha frase. — Mas posso garantir que vai valer a pena. — eu rapidamente adiciono para que ele ouça. — Se nós nos colocarmos em cem por cento no que queremos. Sou recompensada com um aperto. Inclino-me para trás até ele, ele beija meu rosto; mantendo os lábios em mim e fechando os olhos, aspiro seu cheiro. Adoro o seu cheiro. Meu dia de trabalho estressante é esquecido, tudo por um pequeno abraço e seu cheiro. Dave ainda fala carinhosamente. — Eu estou apoiando você, babe! Eu nem me lembro de quando foi à última vez que você esteve assim, de modo que isto é importante. Eu sei que você não teria ido para isto sem pensar a respeito. — então ele diz algo que me lembra de por que eu amo esse homem. — Talvez eu só precise conhecê-lo. Nós podemos fazer um jantar uma noite. Todos nós. Se ele é importante para você, eu vou fazer um esforço, doce. Eu sussurro através de minha garganta grossa. — Dave. Nikki diz emocionada. — Ouunn, Dave! É por isso que eu amo odiar você! Nenhum homem deveria ser tão doce. Você está nos arruinando para todos os outros homens. Então, em perfeito estilo Dave, ele estraga o momento. — Tudo bem, tudo bem. Não há mais doçura. Mas diga-me uma coisa... — ele faz uma pausa dramática para o efeito, então: —... o quão grande é o seu pau? Nikki e eu gritamos: — Dave! — então, prontamente caímos na gargalhada.
É quando Tony arranca o telefone da minha mão e falando com sua voz bem rouca, diz-lhes: — É a porra de um monstro. Rio tanto que lágrimas brotam em meus olhos, eu escuto quando Nikki grita de tanto rir. A última coisa que eu ouço antes de ele desligar os meus amigos é Dave gritando: — Uau! Limpando meus olhos, eu dou um sorriso. — Isso foi hilário. Quem diria que você poderia contar uma piada? Sem dizer uma palavra, ele sorri, puxando a minha bolsa do meu ombro e colocando-a no chão, perto da porta. Ele caminha até o sofá e se senta. Em seguida, espalhando seus pés, ele coloca uma almofada no chão entre eles e ordena: — Sente-se, Lexi. Se não tivesse o visto dizer meu nome, eu estaria olhando em volta para ver quem estava falando. Isso é apenas estranho. Eu não quero sentar no chão. — Hum. Eu normalmente me sento ali. — digo-lhe, apontando para o espaço livre ao seu lado. Caminhando até ele, ele dá um tapinha no joelho. — Lexi, sente-se. De repente eu me sinto como um cachorro que está sendo chamado para ficar ‘junto’. É humilhante e completamente degradante. Eu não quero começar nosso dia com uma briga, então eu passo ao lado dele e digo: — Eu vou sentar no meu lugar de sempre. — enquanto tento estacionar a minha bunda no sofá confortável. Assim que minha bunda desce, ele conecta o braço em volta da minha cintura e me puxa para baixo para a almofada entre seus pés. Ele resmunga: — Assim é melhor. Meu maxilar cerra. Esta é a minha casa. E eu vou sentar onde eu bem quero! Isso é um absurdo! Por que estou permitindo isso? Eu sei que ele gosta de estar no controle, mas isso é ridículo.
Desconfortável e rígida, eu abro a minha boca para falar quando ele se inclina e sussurra em meu ouvido: — Eu acho que você vai descobrir que eu geralmente consigo o que quero. Meu cérebro não consegue comandar a minha boca. Porra, que audácia! De repente, suas mãos caem sobre meus ombros e ele os esfrega com firmeza. Minha postura rígida desmorona, minha cabeça cai para frente, e eu gemo baixo na minha garganta. Ele diz: — Você trabalha demais. Seu ombro está tenso. Você precisa de uma pausa. Deixe os merdinhas se defenderem sozinhos um pouco. Tire um tempo. Murmuro: — Eles não são merdinhas. — Sim, eles são querida. Eu sei disso porque eu era um deles. Minha assistente social era uma idiota, no entanto. A cadela costumava me perseguir o tempo todo sobre crescer e conseguir um emprego. Então, quando eu consegui um emprego, ela exigiu que eu parasse. Isso é incomum. Minha testa franze. — Que trabalho? — Lidar com ervas. O riso explode fora de mim. — Oh, doce senhor. Você deve ter sido um saco. Eu estou feliz que eu não era a sua assistente social. — Baby, se você fosse minha assistente social, eu estaria no caminho correto e honesto. E eu teria feito essa merda só para impressioná-la. Assim como Mickey faz. Eu sorrio. — Como está Mickey? Ele não me visita mais. Êxtase flui através de mim enquanto as mãos fortes de Tony trabalham meus músculos em uma polpa. Ele diz: — Sim, isso é minha culpa. Eu estou mantendo-o ocupado. Dando-lhe um monte de merda estúpida para fazer. Coisas que realmente não precisam ser feitas. Eu só não quero que ele volte às ruas para tentar dinheiro fácil. Eu não quero que ele seja o que sou. Eu quero
que ele seja melhor. Ele vai ter um diploma e ser alguém. Grave minhas palavras. O garoto é inteligente. Eu sei que Michael é inteligente. Ele tem muito potencial. O que eu pensava ser uma má ideia se transformou em algo que eu sou grata. Fico feliz que ele está trabalhando com Tony. Ele pode aprender muito com ele. Eles podem aprender muito um com o outro. — Bem, diga a ele para me visitar. Mamãe urso sente falta de seu filhote. Suas mãos ainda estão em mim, e eu uso seus joelhos como apoio para me levantar, enquanto giro meu pescoço relaxado. Tomando minha mão, ele me gira em direção a ele, me traz entre suas pernas abertas e me puxa para perto. Olhando para mim, ele pronuncia baixinho: — Você vai ouvir na próxima vez que eu lhe pedir para fazer alguma coisa? Grata pela massagem em meu ombro, eu respondo sem fôlego. — Sim. Seus lábios se inclinam levemente. — Boa menina. E eu acho que estou mais apaixonada por este homem.
Capítulo Vinte e Três
Twitch
— A
njo, o
que é tudo isso? — eu pergunto, enfiando um punhado de chocolate em minha boca, olhando para as sacolas e mais sacolas de mantimentos que ela e Happy trazem através da porta da cozinha. Ela grita: — Merda! Esqueci o maldito leite! Eu posso tudo, menos vê-la fazendo beicinho em minha casa aos pés da escada. Vou até a cozinha, assim que eu a vejo parada no meio da cozinha, com um beicinho e braços cruzados, eu dou um grande sorriso. — Qual é o problema? Ela fala desanimada: — Eu estava tentando ser uma boa namorada e fazer o jantar e agora está arruinado, tudo porque eu esqueci a merda do leite. — caminhando até ela, eu abro meus braços e ela cai em mim, murmurando em minha camiseta. — Sinto muito, babe. Eu estava tentando fazer algo de bom. — Está tudo bem. A intenção que conta, certo? De qualquer forma, eu posso levá-la de volta para a loja, se você ainda deseja cozinhar? Olhando para mim com olhinhos brilhando, ela sussurra: — Você pode? Eu não vou ao supermercado há tempos.
— Claro. Vamos. E eu estava a ponto de ser lembrado do por que disso.
Lexi Tony encontra um lugar para estacionar no supermercado local e nós dois pulamos para fora do carro. Segurando a minha mão, eu caminho com um grande sorriso e vamos para a entrada. Não me lembro da última vez que tenha sido tão feliz. Tudo o que sei é que ele tem me dado essa felicidade. Tony a trouxe para mim. De mãos dadas, entramos na loja e eu me lembro de mais uma coisa. — Você pode pegar o leite? Eu só preciso de um pouco de canela, enquanto nós estamos aqui. — Claro. — ele pronuncia antes de nos separamos. Perguntando a um atendente onde as especiarias estão, eu faço o trabalho rápido de pegar o que eu preciso e não demoro a ir para seção do leite. Estamos namorando oficialmente por duas semanas agora. Ele fez com que nos víssemos todos os dias, ele sai do seu caminho para vir a mim quando já é tarde da noite ou eu estava simplesmente cansada. Todos os dias nós vamos para o quarto. E tem sido muito longe de nosso arranjo original. Não me interpretem mal, ele ainda é muito controlador... dentro e fora do quarto, mas não há muito mais dele que eu nunca tinha visto. Ele é protetor. E doce. E apaixonado.
Cada beijo que coloca no meu corpo está cheio de afeto e, embora ele não tenha dito que me ama, seus beijos transmitem exatamente o que ele sente. E eu amo os beijos que enfraquecem meu joelho. Ele me mima também, trazendo-me algo diferente a cada dia e ignorando completamente as minhas súplicas para parar. Ele disse que era algo que não aceitaria que eu negasse, e ele disse isso com firmeza, então, eu deixo acontecer. Por enquanto. O último presente que ele me trouxe foi um novo sistema de som para substituir o CD player de baixa qualidade, que ele jogou pela janela. Eu nunca cheguei a substituí-lo, e como ele era usado como um auxílio para dormir, é claro que ele me deu algo chique e top de linha. O que eu tinha me custou quarenta dólares. E eu estava feliz com isso. Quando ele me entregou o controle remoto e eu fiquei ali olhando para ele, ele me perguntou o que estava errado. De olhos arregalados, eu respondi: — Eu não quero quebrar esse treco. Seus lábios tremeram. — Treco? Dando de ombros, eu disse a ele: — Treco é uma palavra. Inclinando a cabeça, ele parecia estar pensando. — Treco. Eu gosto. Sorrindo para a memória, eu acelero o meu ritmo para voltar para ele. De costas para mim, o vejo falando com um homem que trabalha na loja. Tudo bem, então o homem é na verdade um garoto. Em sua adolescência, no máximo. E ele parece nervoso. Então, novamente, todo mundo parece nervoso perto de Twitch. Ao me aproximar, eu ouço o garoto explicar: — Bem, há um monte de tipos de leite. Você tem o seu um e dois por cento, cheio de creme, alta de cálcio, ômega três enriquecido, soja e leite de amêndoa... Andando mais perto, eu ouço Twitch dizer ao garoto em frustração. — Eu só quero leite.
O garoto aponta para o mostruário. — Há muito para escolher. Qual deles você precisa? Twitch sibila: — Qualquer coisa, porra! — perdendo a paciência, ele grita para o garoto: — Eu só quero a porra do leite comum. Leite que você coloca no cereal, seu merdinha! Meu estômago aperta. Uma crise de raiva não estava na agenda de hoje. Colocando minha mão em seu braço, ele recua. Ele vira o rosto vermelho para mim e suspira de alívio. Ele parece tão derrotado quando ele diz: — Baby, eu tentei... Acalmando ele, eu escolho o leite mais próximo de mim, tomo sua mão e caminho até os caixas. Finalizamos nossas compras e voltamos para o carro. No meio do caminho para casa, pergunto gentilmente: — Você quer falar sobre o que aconteceu lá? Ele murmura: — Não muito. Acariciando a mão no console central, eu digo: — Tudo bem. Mas se você quiser, você pode. Chegamos em casa, e assim que eu passo para abrir a porta, ele se agarra a minha mão, bloqueando minha saída. — Eu sempre fico um pouco perdido nos supermercados. Lembro-me de quando eu era criança. — fico no meu lugar e gesticulo para ele continuar. — Você não tem ideia de como é ser uma criança na rua... Acho essa à oportunidade perfeita para deixá-lo saber de um segredo meu. — Na verdade, por um ano, quando eu tinha dezesseis anos, eu era uma menina de rua também. Ele parece surpreso com isso. — Sério? — eu concordo com a cabeça, e com a confusão escrita em seu rosto, ele pergunta: — Por quê? Brincando com meus dedos, eu abaixo meu olhar e explico: — Eu disse a você. Meu pai era um idiota.
— O que seu pai fez com você? Típico dele esta pergunta, então eu decido pisar de leve. — Hum, nada muito ruim. Ele gostava de me deixar muito desconfortável e demonstrar poder sobre mim. Ele provocava minhas emoções o tempo todo. Como um dia quando eu cheguei da escola e ele me encontrou na porta com as mãos nos quadris. Ele disse: ‘Se você não pode lidar com as minhas regras, eu tenho que tirar algo de você.’ — eu dei de ombros. — Quer dizer, eu era apenas uma garota. Eu lhe disse que não tinha nada para dar. Então ele disse: ‘Não importa, eu já peguei uma coisa.’ E quando eu entrei no quintal, meu cachorro tinha ido embora. A mão de Tony aperta a minha. Eu não falava sobre o meu pai há muito tempo. É bom tirar isso do meu peito. Perco-me em pensamentos, e eu digo com tristeza: — Lembro-me de chorar a noite toda. Durante toda a maldita noite. Eu era uma bagunça. Meu cachorro era meu melhor amigo, além de meu irmão. Eu era uma criança. Animal de estimação de cada criança é o seu melhor amigo. — balançando a cabeça, como se para limpá-la, eu continuo. — Na noite seguinte, eu cheguei da escola e Misty estava abanando o rabo para mim como se ela sempre estivesse lá. E o meu coração se partiu mais uma vez só de pensar que ela tinha ido embora para sempre. Eu chorei e chorei tudo de novo. E lá estava meu pai, sorrindo um sorriso cruel, sabendo que ele tinha quebrado um pequeno pedaço do meu espírito. Quando meu irmão começou a usar drogas para fugir da vida em casa, eu sabia que tinha que sair. Então meu irmão saiu uma noite, e eu não tinha nada mais por que ficar. Então eu saí. Quando eu termino, sinto minha mão sendo espremida com muita força. Eu olho para cima para encontrar o maxilar de Tony cerrado, e eu tento rir dele. — Minha mãe não era uma pessoa ruim, ela simplesmente não era muito maternal e trabalhava longas horas para ficar longe de meu pai. — quando seu rosto não muda, eu acrescento: — Ah, olha, não é como se ele me tocasse ou coisa assim.
— Abuso é abuso, babe. Fazê-lo para o seu filho... faz com que seja dez vezes pior. Ele pode não ter colocado a mão em você. Não o torna menos doloroso para a criança. E ele está cem por cento certo. Abuso dói independentemente da forma. Eu puxo seus dedos. — Conte-me sobre o que aconteceu lá no supermercado. — Só se você me contar sobre o seu tempo na rua. Admito imediatamente. — Fechado. Ele limpa a garganta. — Sim. Tudo bem. Então, eu fui um menino de rua por um longo tempo. Até que eu acabei no reformatório. Eu fiz o meu quinhão de furto porque, ei, eu tinha que comer, certo? Todos os supermercados lembram-me do sentimento de ser preso. Eu não tinha ido a um em um longo tempo e eu esqueci o porquê. Até esta noite. O pensamento dele se sentindo como um animal preso faz meu estômago se apertar. Eu gostaria de poder afastar essas lembranças dele. Eu gostaria de poder fazer isso melhor de alguma forma. Isso não justifica a sua reação à presença do jovem funcionário da loja, mas eu entendo melhor. Entrelaçando nossos dedos, digo-lhe: — Da próxima vez, eu não vou deixar você. Da próxima vez, vamos fazer compras juntos, e cada vez que você sentir que algo está te incomodando, basta me dizer que precisamos sair e nós saímos. Está bem? Ele não responde a minha pergunta, em vez disso, ele muda de assunto. — Você na rua. Conte. Eu dou de ombros. — Tudo bem. Saí da minha casa com cinquenta dólares no bolso que eu tinha roubado da minha mãe e uma mochila cheia de roupas. Andei por aí, pegava ônibus para onde eles estivessem indo e passei muito tempo tentando ser invisível. De alguma forma, eu acabei em Chicago.
Não foi tão ruim assim. Eu encontrei algumas ótimas pessoas na rua. Uma garota de quem me tornei íntima, Fran, era vigia enquanto eu me esgueirava para a casa das pessoas e roubava tudo o que poderia usar ou vender para fazer dinheiro para comprar comida. Fizemos isso por meses sem sermos pegas, e nos tornamos confiantes sobre isso. — olhando para ele incisivamente, digo-lhe: — Confiantes de mais. Se você entende o que eu quero dizer. Ele sorri: — Você foi pega. Eu sorrio. — Eu fui. Eu fui pega. A velha senhora que possuía a casa chamou a polícia porque eu estava fazendo muito barulho. Eu não os notei até que eu estava tendo lido os meus direitos e sendo levada para a parte de trás de um carro da polícia. Eles sabiam que eu era menor de idade. Eu não disse uma palavra. Nem uma única palavra para a polícia. Eu estava com tanto medo que eles me mandassem para casa. Voltar para o lugar que eu me esforcei tanto para escapar. De repente, eu estava sendo levada para uma casa de recuperação na cidade e recebendo uma cama para dormir até que eles pudessem descobrir algumas informações sobre mim. Eu ri sem humor: — A coisa sobre os policiais é que você não sabe como eles são espertos. Eles descobriram quem eu realmente era. Passei uma semana em uma casa de recuperação completamente grata que eu tinha uma cama para dormir e comida para comer, e eu estava alheia ao fato de que as decisões estavam sendo feitas sobre a minha vida naquele momento. — meu rosto cai. — Entraram em contato com a minha mãe. — olhando para Twitch, eu sorrio com tristeza: — Ela não me quis de volta. — minha garganta engrossa e eu puxo uma tosse para cobri-la. — A semana passa e os policiais me visitam na casa de recuperação. O oficial superior me perguntou se eu preferia ficar lá. — meus olhos lacrimejaram e eu sufoco. — Ou se eu queria ser a filha de alguém de novo. — Eu não podia acreditar que alguém me queria. Parecia surreal que meus pais, meu próprio sangue, não se importavam nem comigo ou meu irmão, mas alguém que eu não conhecia me queria. Queria cuidar de mim. Foi uma surpresa. Eu concordei em ser adotada. — sorrio um sorriso aguado. — Você não vai acreditar, mas a minha nova mãe adotiva era a velha senhora que chamou a polícia para me prender. — virando-me para ele, eu rio através das minhas
lágrimas. — E ela era uma mulher louca da melhor maneira. Nós comíamos panquecas no jantar. Sobremesa no café da manhã. Ela me mandou de volta para a escola e me ajudou com o meu dever de casa. Passávamos a maior parte de nossas noites assistindo TV ou ouvindo música alta de madrugada. Ela passou todos os dias garantindo que eu estivesse cuidada, se preocupava, eu me sentia amada. — Ela era a minha mãe. Eu tive uma mãe, antes dela, mas ela era a pessoa que eu amava e segui para a Austrália, porque o pensamento de viver sem ela me fez mal. — limpo o nariz com a manga, eu balanço minha cabeça. — Ela morreu há alguns anos. Câncer. E eu poderia ter ido trabalhar em qualquer lugar, mas a ideia de deixar Sydney me faz sentir como se eu estivesse a abandonando. Eu não posso sair. Eu vou viver em Sydney até o dia que eu morrer. — Parece que você teve uma aventura. Eu sorrio. — Sim. Eu me considero sortuda. Eu tenho o meu felizes para sempre. A maioria não. — ele não diz nada, e eu estou oficialmente finalizando esta conversa e as emoções que estão sendo trazidas para fora. Virando-me para encará-lo, eu pergunto: — Com fome? Ele sorri. — Faminto. E estamos de volta para Lexi e Tony. Apenas mais uma noite. Cozinhar com entusiasmo para o meu homem.
Twitch Quem diria que Lexi pudesse cozinhar? A partir do conteúdo de sua geladeira, você pensaria que ela era uma má cozinheira de tal forma que ela poderia incendiar cereal. Depois de um incrível jantar feito a partir do zero de lasanha com molho bechamel e massas caseiras, eu estou feliz e satisfeito. Eu estou tão cheio depois de minha terceira porção, que eu não ficaria surpreso se eu caísse no sono na minha cadeira. Happy decidiu comer conosco, mas Ling saiu. Menina esperta. Happy canta louvores à Lexi com cada maldita mordida. — Droga, garota. Você pode cozinhar para mim a qualquer hora. E eu quero dizer a qualquer hora. Lexi sorri docemente para ele. Que puxa saco. Assim que eu abro minha boca para dizer-lhe para fechar a matraca, meu celular toca. Sem olhar para a tela, eu respondo: — É muito tarde. Se você tem negócios a tratar, você precisará ligar amanhã. Movo o dedo para o botão de finalizar chamada e ouço uma risada familiar. Acalmo meu dedo. — Filho da puta! — um sorriso se espalha pelo meu rosto. — Nox? Nox ri. — Oh, não. Esta é uma chamada de negócios. Eu vou ter que te ligar amanhã. Tem sido um longo tempo. — Porra, cara. Quanto tempo? Eu quase posso ouvir as sobrancelhas subindo no pensamento quando ele responde: — Huh. Há alguns anos. Eu acho. É difícil manter o controle. Lexi parece confusa, mas sorri com minha expressão feliz. Happy encolhe os ombros em mexe os lábios sem emitir sons, 'Nox'. Happy sorri e me dá um polegar para cima, enquanto empurra outra garfada de comida na boca. Eu suspiro. — Muito tempo, cara. Muito tempo. O que você precisa?
Ele responde: — Nada de mais. Só verificando. Eu não tinha ouvido falar de você desde que você me pediu para rastrear aquela garota. Só queria ver se você a encontrou. Meu rosto sem emoção. De pé, eu pisco para Lexi e balbucio, 'importante' antes de decolar para o andar de cima para o meu escritório. Uma vez que eu fecho a porta do escritório atrás de mim, digo-lhe com sinceridade. — Eu a encontrei. Ela é, na verdade, a minha namorada agora. Silêncio, em seguida, um contido: — Ainda bem que deu certo. Sentado na minha cadeira, minha testa franze em seu tom. — Qual é o problema? Nox suspira: — Só... não fique chateado, está bem? Mas Julius ligou e... — filho da puta! — E ele poderia ter mencionado que a garota estava em perigo. — Por minha causa, certo? Pausa. — Sim, cara. Então, você poderia dizer que estou um pouco preocupado com ela, vendo como você já se envolveu com ela. Minha pressão arterial sobe através do telhado. Eu cerro os dentes e conto até dez. Respiro profundamente, e asseguro-lhe: — Independentemente do que Julius pensa, ela é a minha namorada. E eu mataria por ela. Nox suspira. — Julius não vê dessa forma. Eu cuspo: — Julius precisa cuidar da porra da vida dele! Silêncio. — Nox, não me ferre nisso. Estou em um bom lugar. Pela primeira vez em... desde sempre. Nox bufa em descrença. — Seu idiota você se apaixonou por ela. — uma declaração.
— Eu sempre a amei, de uma forma muito fodida. Você sabe que dizem que há uma linha tênue entre o amor e o ódio? Eu a odiava. Mas essa linha oscilou quando eu a conheci de verdade, em comparação com a versão de minha mente sobre ela. — Nox é um cara bom, e uma das raras pessoas com quem trabalho que eu confio. Eu preciso que ele saiba disso. — Olha, mano. Vou ser sincero aqui. Eu queria machucá-la. Eu ia machucá-la. — sua ingestão de ar permite-me saber que ele está chateado comigo. Eu continuo rapidamente: — Mas você tem que entender que a minha obsessão por ela começou há muito tempo atrás, quando eu era criança, e a mente distorce as coisas. Especialmente quando você está no auge de sua adolescência. — eu digo baixinho. — Ela não é nada do que eu achava que ela fosse. Ele diz suavemente: — Às vezes você tem que ir embora para o bem das pessoas que você ama. — Passei a minha vida à procura de mais. Nunca tive algo tão bom. Finalmente tenho algo que eu me orgulho, e você quer que eu desista dela? Não tem como. Você pode tentar tirá-la de mim quando eu estiver morto, mano. — Estou preocupado que você possa machucá-la sem querer. Meus olhos se contorcem. A raiva cresce através de mim. — Você não me conhece mais. Ela me mudou. Ela me acalma. Pausa. — Twitch, você é meu amigo. Eu tenho uma obrigação aqui. Vou dizer algo que você precisa ouvir. Não apenas ouvir, mas ouvir. Ouça com atenção. — revirando os olhos, eu rosno para ele ir em frente. — Você a ama, então você precisa dizer a verdade. Você precisa dizer a ela agora. Porque o tempo vai passar e esse segredo vai ser um laço apertando em torno de seu pescoço. Você vai amá-la tanto e fazer de tudo para mantê-la, e se tornará um laço tão apertado que você não poderá respirar. Mas um dia, ela vai descobrir. E é aí que você vai perceber que a perdeu. E estará com uma corda que você colocou em torno do seu próprio pescoço. Pensando bem sobre o que ele disse, eu digo baixinho: — Concordo.
Ouço grito no meu ouvido, é Nox berrando. — Lily! Ele está solto! Que porra é essa? Uma mulher grita de volta: — Você sabe, ele não é filho de chocadeira. Ele é seu filho também! Nox tenta cobrir o telefone, mas eu ouço cada palavra. — Rocco, vai até a mamãe. Mamãe tem biscoitos. Você quer um biscoito? Bom. Pega um para o papai também. A mulher grita: — Não tem biscoitos! O jantar estará pronto em breve. Ele grita de volta. — Eu quero um biscoito! Eu mereço um biscoito, caramba! A mulher zomba: — Ah, é? O que você fez para merecer um biscoito? Tudo o que eu lembro foi voltar para casa com um filho sujo e um marido ainda mais sujo! Nox zomba: — Ele queria pintar! O que eu podia fazer, princesa? Você sabe que eu não posso dizer não para ele. — de repente, ele grita: — Rocco, volte com a perna do papai! Mais alguns ruídos brigando, então ele está de volta. — Desculpe por isso. Ele fica um pouco agitado antes do jantar e da hora de dormir. — O que aconteceu com sua perna? Ele ri: — Ela saiu correndo. — eu sorrio. Idiota. Ele explica solenemente. — Missão que acabou mal. — Você tem um menino? Eu ouço seu sorriso. — Claro que sim. Eu estou aposentado. Casado também. Sorrio para isso. — Eu ouvi. Ela parece te colocar para trabalhar.
Ele late uma risada. — Oh sim. Lily foi a minha última missão. — ele não tem que dizer isso. Ela era a razão pela qual ele perdeu a perna. Ele sussurra: — Ela vale a pena, apesar de tudo. Pergunto com toda a seriedade: — E se alguém lhe pedisse para desistir dela? Longa pausa. — Não é a mesma coisa. Respondo ferozmente: — Amor é o amor. Ele não discrimina. E com uma certeza do caralho, não espera até que você esteja pronto para isso. Ele suspira: — Eu sei cara. Eu sei. — mais barulhos soam, então: — Olha, cara, eu tenho que ir. Rocco quer jogar Frisbee com os pratos do jantar. — eu solto uma risada. — Basta pensar sobre o que eu disse. Então meu amigo se foi.
Capítulo Vinte e Quatro
Twitch
O
uço
passos
subindo as escadas e paro de digitar. Levantando minha cabeça, esperando que eles venham para perto de mim, mas eles param no meio do caminho, no corredor que leva ao meu escritório. Meu escritório, que então é ocupado por uma pequena mulher vestida de calça de moletom e uma das minhas camisetas. Espero para lhe ouvir, espero que comece a falar, e eu já estou inventado desculpas em minha mente. Você pode acreditar nisso? Desculpas do caralho. Como se eu lhe devesse uma explicação. Eu balanço minha cabeça lentamente em meu pânico equivocado. Finalmente, ele vem me procurando, mas no momento em que sua silhueta chega à porta, eu me volto para o meu trabalho. Se parecer que estou ocupado, ele poderia me deixar em paz. Palavra-chave aí: Poderia. — Há um pardal sentado em sua mesa. Sem olhar para ele, eu rosno. — Ela tem trabalho a fazer. Deixa pra lá, cara. Vamos. Deixe. Ir.
Quando ele dá alguns passos na sala, eu olho para o meu amigo mais antigo. O homem que provavelmente salvou minha vida quando me levou para sua casa e me manteve sob um olho de falcão, certificando-se de que eu estava curado de... bem... do que a vida tinha me causado. Eu não tenho certeza quem de nós foi mais mal tratado, mas eu sei que a minha cabeça não pensa como a de outras pessoas. Não. Eu posso dizer-lhe que eu tenho problemas. Questões que eu não me orgulho. Questões que eu estou tentando superar. Como de costume, Julius parece que acabou de sair de uma sessão de fotos Armani. Vestindo um terno bege que contrasta sua pele cor de mocha, seu cabelo escuro - que carinhosamente chamamos de ‘cabelo de bebê’ cuidadosamente cortado e penteado, e seu rosto muito definido em minha opinião. O único homem que conheço com a pele mais escura que tem olhos azuis claros. Aqueles olhos veem mais do que deveriam. Ele repete para si mesmo, mais lento desta vez. — Há um pardal... sentado em sua mesa. — quando eu não respondo, ele empurra. — Um pardal, Twitch. — permaneço em silêncio, ele acrescenta: — Um pardal na porra da sua mesa. Usando o seu maldito computador. O computador que armazena todas as informações. Um computador que contém todas as porras das minhas informações, irmão. Ele está chateado. Sem dúvida. Mas ele não conhece Lexi. Por isso é garantido. Levantando
minha
mão
em
um
aceno
de
desprezo,
digo-lhe
distraidamente. — Eu mudei o usuário. Ela não tem acesso. — Quem é ela? — Ela é quem ela é. — eu digo. Pisando mais perto de mim no sofá, ele pergunta de forma lenta e quase ameaçadoramente. — Eu disse, quem é ela?
Nenhuma resposta. Não há nenhum ponto. Ele só vai explorar de qualquer maneira. Assim como eu sabia que ele faria, sem dizer uma palavra, ele se afasta e eu suspiro. Ele sempre foi de enfiar o nariz onde não era chamado. Fico em pé, fecho o meu laptop e o coloco sobre o braço do mesmo antes de marchar atrás dele. Filho da puta intrometido. Ele já está na porta do escritório olhando quando eu o alcanço. Um pequeno sorriso puxa em seus lábios. E eu não posso deixar de balançar a cabeça vendo Lexi. O ‘pardal’ não pode cantar merda nenhuma. Mas ela não se importa. Ela gosta de cantar. Então a deixe cantar. Aproximando com passos lentos, sua cabeça gira um pouco para mim, mas ele não tira os olhos de Lexi. — Ela é real? Meu lábio contrai, mas não respondo. Aproximo-me mais de meu amigo e observo Lexi da porta. Ela parece tão pequena na minha mesa, no meu trono. Tenho certeza que seus pés sequer tocam o chão. Eu a aceito. Mesmo usando o que ela está usando - o que eu não aprovo - ela parece pertencer a uma capa de revista. Cantando (mais parecendo berrar) Marry You de Bruno Mars, parecendo alheia ao mundo, ela salta em sua cadeira, entretida antes de parar de repente e se inclinar para trás para olhar para o seu trabalho. Confusão escrita em seu rosto, ela olha para a tela do computador e coça a cabeça. — Ei, Twitch. — ela grita. — Sim? — eu respondo da porta. Ela grita de susto, sua mão voando ao peito. — Não faça isso! Eu odeio quando você se esgueira. Ou se arrasta. Ou se esconde. — seu rosto está aborrecido, e ela diz: — Não me surpreenda assim, caramba! Em seguida, ela levanta a cabeça para encontrar a nós dois olhando para ela com sorrisos largos. Seu rosto fica rosa de vergonha. Ela se levanta
lentamente, alisa as minhas roupas que está usando - que parecem ridiculamente enormes nela - então chega até o coque bagunçado e seus olhos se arregalam no que eu acho que é a vergonha por ter sido pega com as roupas que ela está vestindo. Bem feito. Aproximando-se do homem ao meu lado, ela coloca um sorriso fácil e estende a mão para ele. Quando ele olha para ela com os olhos estreitados e um pequeno sorriso, ela explica em voz baixa: — Eu sinto muito, eu não vi você aí. Tomando-lhe a pequena mão pálida, ele a balança suavemente e sorri: — Eu não queria interromper o show que você estava fazendo. — seu rosto fica mais vermelho ainda e ele ri. — Eu sou Julius. Nervosa, Lexi decide fazer uma observação, e divaga. — Como Doutor Hibbert. Sabe o médico estranho de Os Simpsons? — seus olhos se arregalam. — Não que você seja estranho! Ele é! O Doutor Hibbert, é isso. Você não. Quer dizer, você pode ser, mas eu não o conheço. Doutor Hibbert faz aquela coisa onde ele ri todas as horas erradas em coisas que não são engraçadas, e é realmente estranho. — Julius olha para seu assunto desconexo com a testa franzida, como se ele não tivesse certeza se ela é de verdade e Lexi acrescenta baixinho: — Assim como eu estou fazendo nessa conversa agora... — ela resolve se calar. Mas Julius alivia o ar, com um sorriso: — Eu amo Os Simpsons. Eu ainda assisto até hoje. E assim, de repente, Lexi encontrou uma alma gêmea. Ela sorri enorme. — Eu também! É o meu prazer culpado. Eu não acho que há uma situação de vida lá fora, que não tem uma frase de Simpsons ligado a ela. Eu não entendo Os Simpsons. Eu realmente não gosto de assistir TV. Mas eu assisto Os Simpsons com Lexi. Dessa forma, eu posso vê-la rir. E eu gosto de vê-la rir. Eu me intrometo com: — Eu não entendo esse programa.
Lexi me lança um olhar descontente e abre a boca para falar, mas Julius a corta. — Você não tem que entender qualquer coisa, cara. É humor estúpido. Pastelão. Ele não tem que fazer sentido. Os olhos de Lexi se transformam quando ela olha para Julius. — Exatamente! Isso é o que torna tão engraçado! Julius ri. — Porra, mulher. Você é o meu tipo de garota. — Lexi cora e ele ri novamente: — Então, qual é o seu nome, pássaro cantante? Merda. Baixando os olhos de vergonha, ela responde calmamente: — Alexa Ballentine. Mas as pessoas me chamam de Lexi. Eu gostaria que você me chamasse de Lexi. Reconhecimento faz com que seus olhos pisquem. Soltando a mão um pouco rápido demais, seus olhos se arregalam um momento antes que ele olhe para ela, forçando um sorriso, e diz friamente: — Prazer em conhecê-la, Lexi. Espero vê-la novamente. Eu estava pelo caminho e precisava de uma palavra rápida com Twitch. — o rosto dela cai com a sua súbita mudança de comportamento e sua dispensa óbvia. Julius abre um sorriso amplo e diz: — Assunto de trabalho, sabe? Forçando um sorriso, ela diz com falsa alegria: — Sim. Eu sei. Falando nisso, eu tenho que voltar a ele. Então, se vocês me dão licença. Logo que estamos de volta na minha sala de estar, ele começa. Virando-se, seu olhar me fixa, e me mantenho onde estou. — Você está fora de você se pensa que pode se apaixonar, irmão. — o jeito que ele acabou de dizer irmão é como se eu fosse menos que nada para ele. — Por favor, me diga que você não vai continuar com isso, cara. — eu não disse uma palavra. Eu não preciso me explicar para ninguém. Eu vejo medo por Lexi brilhar em seus olhos. — Ela é uma garota legal, Twitch. Ela não é o que você pensa em sua cabeça fodida. Ela não é seu inimigo. — se qualquer outra pessoa me chamasse de cabeça fodida, eu daria um murro direto no nariz. Nem mesmo de brincadeira.
Apontando para a porta, ele late: — Olhe para ela! Ela canta enquanto ela digita! Ela fala sobre Os Simpsons como se fossem a sua religião! Ela não merece isso, cara. Não faça isso. Parecendo tudo muito chato, eu respondo: — Isso é tudo, irmão? Decepção aparece em seu rosto, mas ele esconde rapidamente. De pé, ele me olha com indiferença. — Sim. Isto é tudo. Eu estou fora. Em seguida, ele se foi. Não. Eu não gosto disso. Este é o primeiro desentendimento que tive com Julius em anos. Não me faz sentir bem. Eu não me importo em decepcionar as pessoas. Mas Julius não é qualquer pessoa. Ele é da família. Eu preciso esclarecer isso. Rápido. De pé, eu me apresso, correndo pelo corredor, descendo as escadas e saio pela porta da frente. Eu o pego, assim que ele entra em sua Mercedes Kompressor prata. Eu grito: — Espere. Sentado, ele fecha a porta do carro e abaixa a janela. — O quê? Eu não sei o que dizer aqui. Julius me conhece melhor do que ninguém. Ele teve o que de pior eu tenho em uma série de maneiras, e mesmo ele sendo meu amigo, eu sempre tive inveja que ele conseguiu nos controlar quando eu não podia. Eu o odiei por isso por um longo tempo. Eu já me conformei com isso e fiz minha paz com a vida. — Eu a amo. Olhando para frente, vejo seus olhos piscarem com surpresa. Ele olha para frente um longo tempo antes de perguntar: — Amor de verdade? Ou comoeu-fodo-muito-com-ela, eu acho que é amor?
Beliscando a ponta do meu nariz, eu suspiro. — A primeira. — Se você a ama, você não vai machucá-la. Eu zombo: — Está destinado a acontecer, você não acha? Ela ainda não sabe, Jay! Ela não sabe o meu nome. Ela não sabe por que eu a quero. Ela nem sabe que eu contratei... — merda. Eu não posso nem dizer isso. Ele termina a minha última frase para mim. — Ela não sabe que você contratou um homem para estuprá-la. Engolindo em seco, de repente eu sinto vontade de vomitar. Aproximando-me da janela do carro, eu me ajoelho ao lado e sussurro: — Eu precisava de uma forma de me aproximar, era a única maneira... Julius me corta. — Não, não era. Você não pode dar desculpas para essa merda, cara. Ele machucou sua garota. Você arranjou. Você tem que conviver com isso. Não eu. Incapaz de esconder a minha raiva, eu soco o lado de seu carro com raiva e medo. A raiva de mim mesmo por que eu deixei acontecer e medo de perdê-la. Eu odeio quando ele está certo. Eu assobio: — Ele nunca deveria ter ido tão longe! É por isso que ele está morto e ela está bem. Porque eu a salvei! Julius olha para mim através da decepção em seus olhos: — Quem você está tentando convencer, cara? Eu? Ou você? Com isso, ele se despede. E eu estou de joelhos na frente da minha casa, observando o Mercedes prata. Ansiedade flui através de mim quando eu percebo que desapontei o meu melhor amigo. E ele pode nunca mais voltar. De pé, eu chego e cruzo os braços atrás da cabeça ao olhar para longe. Eu sou um completo filho da puta.
Lexi Passar tempo na Casa de Twitch não é tão desconfortável quanto eu pensei que seria. Eu tenho um lugar onde eu posso fazer o meu trabalho, tenho boa companhia (quando Ling não está por perto), e na maioria das vezes, sou só eu e Twitch nos escondendo em seu quarto. Ali é onde a mágica acontece. É aí que Twitch ganha vida. Eu adoro sexo com Twitch, mas... Oh cara, isso é difícil de admitir.
Mas eu sinto falta do cinto.
Ele não o usou mais em mim. O sexo ainda é áspero, e ele ainda é muito controlador, mas isso não chega nem perto de como era escuro quando nos conhecemos. E na primeira noite... bem... ele deu o tom do que eu pensei que viria. E assim foi por um tempo. Infelizmente, não mais. Minha pobre vagina. Ela sente falta do velho Twitch, tanto quanto ela ama o novo Twitch.
Uma batida na porta do meu escritório me traz de volta para o mundo real. — Entre. Meus olhos se arregalam quando a porta se abre e um rosto familiar, mas muito novo aparece e ele sorri. — Espero não estar incomodando. Voltou seu sorriso fácil. — Não por isso, Julius. Como posso ajudá-lo? Entrando, ele fecha a porta atrás de si e, lentamente, olha em volta do meu escritório, e diz: — Você pode me ajudar, pássaro cantante, me chamando de Jay. Por que ele está aqui? — Está bem, Jay. Silêncio. Então ele sorri. — Vá em frente. Pergunte-me porque eu estou aqui. Eu gosto deste homem. — Mas isso seria rude. Ele contrapõe. — Não mesmo. Rude é arrogância. Rude seria estar se sentindo como se estivesse acima das pessoas. Chegar ao ponto nas coisas não é rude, doce. Você é doce como torta. Eu sei que você me conheceu somente na noite passada. Um rubor brilhante sobe do meu pescoço. — O-obrigada, Jay. Depois de olhar em volta do meu escritório, pegar coisas aleatoriamente para examinar, ele se senta na minha cadeira de hóspedes com um suspiro. — Twitch é o meu melhor amigo. O meu melhor amigo no mundo inteiro. Conheço-o a vida inteira. Se ele queria o meu interesse, certamente ele conseguiu. Mas estou confusa. — Ele nunca falou de você.
Julius concorda. — Eu suspeito que ele não o faça. Nós nos conhecemos no reformatório. Não é exatamente um bom conto. Definitivamente não um que você quer dizer para tentar impressionar sua garota. Ele procura o meu rosto. De repente eu me sinto como uma criança quando eu sussurro: — Diga-me sobre ele. Por favor. — Isso é parte da razão pela qual eu estou aqui. Há algumas coisas que você precisa saber sobre ele. Sobre o porquê de não desistir dele. Você sabe por que ele estava no reformatório? — eu nego com a cabeça e ele diz: — Ele estava em um mau caminho quando ele chegou até mim. Tinha cerca de três dias que ninguém conseguia acalmar o menino. Ele estava provocando brigas com qualquer um e com todos. Havia tanta raiva nele. Nunca vi nada assim. Quase como se ele fosse um animal selvagem que estavam tentando engaiolar. — ele sorri. — Ele chamou minha atenção. Eu estava lá há dois anos, quando ele chegou, então eu sabia o caminho das coisas e sabia que se continuasse assim, ia chamar a atenção dos guardas. E suas punições. Bem, vamos apenas dizer que teriam rasgado um novo idiota. Trocadilho intencional. Eu não sei se eu posso ouvir isso. Julius continua: — Um dia, no reformatório, ele se envolveu em uma briga com o garoto errado. Miúdo, pequeno. Parecendo que ele facilmente levaria uma surra. Mas o garoto era hábil. Eu pulei antes que Twitch conseguisse sua bunda chutada, e ele me pagou, dando-me um olho roxo. Então, naquela noite, quando voltamos para nossos quartos para dormir, eu fiquei acordado. Esperando até as luzes estarem apagadas, tirei a minha faca de seu esconderijo e fui procurar Twitch. Ele estava dormindo. Tinha pesadelos. Fiquei em cima dele, coloquei a faca em sua garganta e o acordei dando-lhe um tapa em seu rosto. — Ele pulou, viu a faca e se acalmou. — seus olhos se tornam suaves. E deprimidos. — Foi à coisa mais triste que já vi. Como se estivesse em paz se morresse. Eu disse a ele que ele poderia lutar comigo tudo o que ele queria, mas ele precisava escolher um lado. Comigo ou contra mim. Ele não disse uma
palavra por um longo tempo antes que ele me perguntasse o que eu fiz. Então eu disse a ele honestamente que eu tinha matado meu pai. Triste com esta história, eu suspiro. Julius olha para mim com um sorriso triste. — Ele perguntou por que eu matei meu pai. Eu disse a ele que eu o peguei estuprando a minha irmã. Meu coração está partido por este homem. A picada familiar de lágrimas se formando em meus olhos começa, e Julius me pega tentando cobri-las. — Viu? — diz ele, apontando para os meus olhos lacrimejantes. — É por isso que ele precisa de você. Limpando a garganta, ele continua com a sua história. — Então, Twitch decidiu que ele estava comigo. Baixei a faca e nos tornamos amigos. Há uma confiança entre nós. Eu realmente não posso explicar. Nós dois éramos crianças, mas eu estava curioso e senti que tinha que perguntar a ele. Então eu fiz. Eu perguntei a ele por que ele estava tão irritado. Ele me disse que quando ele tinha oito anos, seu padrasto tentou matá-lo. Sufocou a vida fora dele. Ele ficou morto por 14 minutos antes que o trouxessem de volta. Disse que tinha danos cerebrais menores, e alguns médicos ainda disseram que é onde sua raiva decorre. Eu disse a ele que ele tinha razão para estar zangado com isso. Ele balançou a cabeça e corrigiu minhas suposições. Ele disse: ‘Não. Eu estou com raiva porque eu não morri’. Giro minha cadeira e fico de costas para Julius. É um momento muito particular, quando o seu coração se parte. Eu não quero que ele veja. De repente eu queria estar sozinha. Respirando com um enorme nó em minha garganta, eu tento, em vão, manter as lágrimas. Julius diz: — Ele pensa em todos, como ninguém. Se você não desistir dele, ele vai fazer de você alguém.
Cobrindo meu rosto com a mão, eu sinto o calor das minhas lágrimas fluindo sobre a palma da mão quando eu ouço a minha porta do escritório abrir e fechar. Penso nas palavras que eu não consigo dizer agora. Obrigada, Julius.
Capítulo Vinte e Cinco
Lexi
V
oltando para casa de
uma noite com Dave e Nikki, eu abro a porta para meu apartamento, e assim que eu entro, chuto meus sapatos. Eu não tenho ideia do por que nós, mulheres usamos essas coisas. Eles são apenas instrumentos de tortura dos tempos modernos. A única razão pela qual eu usava estes extravagantes brilhantes vermelhos era porque Twitch me deu. Para combinar com o vestido preto apertado que ele também me comprou. E a bolsa de couro vermelho e um pingente de rubi para combinar. Tudo presente de Twitch. Caramba. Tenho certeza de que minha roupa esta noite sozinha custou em torno de mil dólares. O que é ridículo, se você me perguntar. Eu precisava de uma noite com as minhas meninas. Eu digo isso, sem ofensa. Dave nomeou-se uma de nós desde que estávamos juntos na Universidade. Tanto amor lá. Estou com fome. Eu também estou bêbada.
Segurando na parede do corredor para me apoiar, eu dou passos minúsculos até o meu quarto. Coloco uma música, canto junto com Carrie Underwood do Blown Away. Uma canção triste. — Canção triste. Eu não quero uma música triste. Eu preciso de algo animado. — digo a mim mesma. Oscilando no local, aponto atentamente para os botões e procuro minha playlist. Pousando em The Fray Love Don’t Lie, eu grito e salto com a batida. Chego a minha cômoda e pego minha escova de cabelo, escovo através ninho de pássaro que é o meu cabelo, e me lembro da noite. Eu encontrei Dave e Nikki no bar e nos sentamos em um banquinho frágil trocando beijos e abraços. Falamos sobre o que fizemos durante a semana, o que era novo e nossos relacionamentos. O que foi apenas estranho, porque foi um pouco assim... Eu lhes disse: — Tudo com Twitch é bom agora. Ele é complicado e tudo, mas ele é diferente comigo. Ele me trata bem. Ele gosta de me mimar e eu estou amando-o mais a cada vez mais. Por isso, vou bem, eu acho. Nikki e Dave sorriram docemente para mim. Estou tão feliz que meus amigos estão me apoiando. Eles são muito importantes para mim. Então Dave olhou para Nikki e perguntou: — Como você acha que as coisas estão indo com Happy? Ela encolheu os ombros. — Boas. Eu acho. O sexo é explosivo, e eu sei que ele gosta de mulheres, mas... — ela sorriu para Dave. —... eu gosto de ver Dave e ele juntos. É quente. Dave fez graça. — Ouunnn, obrigada babe. Eu gosto de ver vocês trepando também. Boceta não é a minha praia, mas vendo alguém entrar e sair é quente. Eu fico boquiaberta com sua estranha escolha de conversa.
Nikki riu: — Ah, eu gosto especialmente quando ele... — ela se inclinou mais perto de Dave e sussurrou algo em seu ouvido. Dave mordeu o lábio antes de murmurar: — Eu gosto disso também. Levantando o braço para combinar com minhas sobrancelhas, eu chamo um garçom e faço um pedido: — Preciso de cerca de dezessete drinks para apagar os últimos cinco minutos de uma conversa fodida. O que você sugere? Nikki e Dave apenas sorriram como um casal de gatos que tem o leite, enquanto eu me contorcia. Bebemos. E conversamos. E bebemos um pouco mais. Em seguida, a conversa se voltou para as coisas mais a minha velocidade. Dave fala arrastado: — Você sabe o que é uma palavra estranha? — Nikki e eu esperamos com ansiedade. — Calças. Por que o plural? Sim, há duas pernas, mas é apenas uma peça de roupa. É uma calça pelo amor de Deus! Murmúrios de aprovação. Foi quando eu perguntei: — Eu não gosto disso. É a mesma coisa com Weetbix28. Por que uma única barra é chamada de Weetbix? É um Weetbik se é um, certo? Dave deu um gole em sua bebida, acenando com a cabeça. — É por isso que somos amigos. Nikki se empolgou. — Eu tenho um! Por que elas são chamadas de tesoura, então? Dave e eu demos-lhe as nossas melhores caras de entendimento e concordamos com a cabeça. Eu amo meus amigos. Balançando a cabeça da nossa tolice no bar, eu giro ao redor do meu quarto para a música que está tocando no meu caro som estéreo. 28
Marca de barra de cereal.
Voltando, eu guincho para a sombra negra na minha frente. Tomando uma respiração profunda, eu abro minha boca para gritar, quando os braços me envolvem e eu sinto o cheiro dele. Twitch, idiota. Twitch idiota sorrateiro, com seu rastejar, à espreita e se escondendo. Grudo-me nele, eu deixo escapar a primeira coisa que eu penso. — Por que você não usa mais o cinto em mim? Uau. Isso soou muito mais desesperado do que o planejado. Afastando-se, ele responde: — Porque eu tenho certeza que você não vai tentar correr agora. Hmmm. Bem, eu acho que faz sentido. De um jeito meio fodido. Eu acho. Fiz um beicinho. Ele pergunta divertido: — Você está bêbada? Eu zombo. — Não. Eu só tomei... — conto mentalmente. —... Seis Long Island Iced Teas29 e um shot de tequila. Eu estou bem. Quando eu digo isso, tropeço em meus pés e Twitch me segura como uma boneca. Ele beija minha testa carinhosamente. — Você quer que eu pegue o cinto? Eu respondo sem fôlego: — Sim. Colocando-me em minha cama, eu vejo quando ele vai até as calças no chão, remove o cinto das presilhas, e em um piscar de olhos está de volta para mim. Nossa. Ele faz alguma coisa com minha cabeça. Toda maldita vez. Normalmente, os pensamentos se escondem na coisa que eu chamo de cérebro. Agora, tudo que eu ouço é um ruído de assobio estridente. Estamos oficialmente fora do ar.
29
Coquetel feito com vodka, gim, tequila e rum.
No meu estado alcoólico desinibido, eu falo: — Eu quero tentar algo novo hoje à noite. Ele para no meio do caminho. Envolvendo o cinto em torno de sua mão e apertando, é a coisa mais quente que eu já vi. — Ah, é? O que é isso, Anjo? Entorto meu dedo para chamá-lo mais perto, ele se aproxima de mim. Eu me ajoelho na cama e coloco minhas mãos em torno de seus ouvidos para sussurrar. — Role play30. Ele sussurra uma risada. — Claro. Estou dentro. De repente nervosa, eu me inclino para trás e abaixo a cabeça. — Você acha que eu sou estranha. Que eu não sou normal. Ele responde: — Foda-se o normal. Quem vai dizer o que é normal. Rótulos, babe. Isso é tudo o que eles são. Diga-me, baby. — mas a minha boca não abre. — Vamos lá, Lex. Eu não vou julgá-la. — mas eu não posso. Foi quando ele perguntou baixinho: — Você quer experimentar o que Ling estava fazendo? Estou tão envergonhada. Eu cubro meu rosto com as mãos e meu coração dispara. Seu dedo vem sob meu queixo e o levanta. Eu deixo cair as minhas mãos para aceitar o meu destino. Olhando nos meus olhos preocupados, ele me beija suavemente antes de dizer: — Assim que eu colocar este cinto em volta do seu pescoço, começará. Como ele faz isso tão fácil para mim? E por que eu quero tanto isso? Ambos os pensamentos circulam em minha cabeça. Meu pensamento é interrompido quando ele trabalha o cinto grosso em torno do meu pescoço. Olhando para ele, a boca se separa um pouco, ele me olha com cuidado. Fervo sobre o cinto sendo apertado em mim, ele leva o seu tempo, dando-me a oportunidade de recusar. Mas eu não vou. 30
Uma encenação, onde muitas vezes se finge ser outra pessoa.
Eu não posso. Eu preciso disso. Algo dentro de mim deseja a aprovação de Twitch, e tem desejado desde o primeiro dia. No momento em que ele me libera, ele procura o meu rosto. Eu sei o momento exato em que ele se transforma. Meu agressor. Eu sei disso, porque seus olhos semicerrados escurecem e seus lábios assumem uma aparência cruel. Ele envolve o restante do cinto em torno de sua mão com força, puxando forte. Eu grito quando meu corpo é esmagado contra seu torso nu. Uma grande mão espalma firmemente em minha bunda através do meu pequeno vestido preto. O toque não é quente ou carinhoso. É tão estranho que eu sinto que este homem não é mesmo Twitch. Mas não é essa parte do apelo? Que neste exato momento, podemos nos tornar duas pessoas diferentes? Pessoas que nunca iríamos ser ou nos tornar? É absolutamente emocionante. Meu coração dispara e eu começo a suar. Respirando pesadamente, eu me equilibro, tanto quanto posso, deslizo para fora da minha cama e fico na frente dele. Twitch me provoca. — Mova-se porra, e eu te mato, vadia. — em seguida, puxa o cinto lentamente, mas com firmeza para mais perto de seu corpo. O movimento nos deixa incrivelmente próximos. Agora, eu acredito nele; ele poderia me machucar, mesmo que eu saiba que isto é um jogo. Agora, Twitch é o homem mais atraente na terra, bem como o mais aterrorizante. Tudo acontece tão rapidamente. Sua cueca de seda sumiu. Eu tremo quando ele pega a frente do meu vestido, segurando com força. Ele me olha nos olhos enquanto ele puxa com toda sua força e o arranca de mim. O som de rasgar do material preenche o quarto antes de cair aos meus pés em um trapo. Eu claramente fico embasbacada para ele.
Eu gostava desse vestido. Agora vestida com apenas um sutiã sem alças e uma calcinha fio dental de renda, minha mente nada em um oceano de felicidade quando ele puxa meu sutiã para baixo de meus seios. O movimento empurra meus seios para cima, e no pouco de iluminação do luar através das cortinas fechadas, eu vejo seus olhos fixos sobre eles. Olhando como um homem faminto de olho em sua primeira refeição em meses, ele sai de seu papel apenas um momento para acariciar o bico do meu seio com o polegar e murmurar: — Perfeito. Tão perfeito. Balançando a cabeça, como se para limpá-la, ele olha para mim com os olhos semicerrados e sussurra bem perto. — Eu vou foder você nua. — meu coração gagueja. De um jeito bom. Ele sorri. — Vou explodir dentro de você. E você vai gostar. Começo com minha primeira fala. — Não. Não faça isso. Por favor, não. Eu vou ficar grávida. Ele late uma risada. — Perfeito. — esmagando os lábios na minha bochecha, ele pronuncia contra ela: — Toda vez que você olhar para ele, irá me ver. — mordendo meu rosto não muito gentilmente, ele sussurra: — Você não vai parar de tremer e eu vou fazer você engasgar com meu pau. É quase preocupante que ele pode fazer isso tão bem. Quase. Baixando a voz para um sussurro, eu imploro: — Por favor, deixe-me ir. Eu nunca vou contar a ninguém sobre isso. Apenas deixe-me ir. Moendo seu comprimento impressionante contra o meu estômago, ele se abaixa para esfregar meu monte através do material de renda. Ele zomba. — Vadias como você não usam merdas assim se você não quer um homem para foder você. Eu sou um homem, baby. Eu vou foder você. Você querendo ou não. O medo em minha voz de repente parece de verdade, digo-lhe: — Se você tentar, eu vou gritar.
Eu ouço o sorriso em sua voz. — Grite o quanto quiser. — seus lábios tocam a minha orelha. — Me excita quando elas lutam. — puxando o material para o lado, o dedo entra em contato com o calor úmido da minha extrema excitação e ele sussurra: — Está vendo? Você quer isso. Seu corpo não mente. Não lute comigo. Nós dois sabemos que ele realmente quer dizer: ‘Lute comigo, baby. Eu amo isso’. Então, eu faço. Afastando-me dele, eu levanto o meu pé no estômago e tento ganhar alguma distância entre nós, empurrando-o para longe. Ele puxa o cinto, me sufocando um pouco. Eu suspiro, então inspiro fortemente, enquanto meu coração dispara e minha cabeça lateja. Eu empurro seus ombros. Ele envolve o braço em volta da minha cintura e me puxa para o seu corpo, me prendendo. Eu choramingo. Ele rosna e morde meu ombro. Eu solto gemidos e grito de tanto prazer e dor. Meu núcleo pulsa. Eu já estou perto do orgasmo. Eu grito: — Por favor, não me machuque. Ele acalma um momento antes de falar tudo muito calmamente: — Eu preciso. Abaixando a cabeça, ele leva um mamilo em sua boca, chupando forte, então mordendo a carne tenra. Um gemido me escapa quando as minhas mãos seguram a parte de trás de sua cabeça. Correndo meus dedos pelo seu cabelo, eu percebo que estou me perdendo e rapidamente dou um puxão em seu cabelo. Ele rosna: — Você vai se arrepender disso. Eu não sei o que me dá, mas eu faço algo realmente estúpido. Levanto o meu joelho, o surpreendo quando ele se conecta com sua coxa. Ele gagueja sem fôlego e cai com os braços para os lados. É isso. O momento de estupidez. Esta é a parte em que eu me viro. E corro.
Quando estou a meio caminho no corredor, eu ouço seus passos rasteiros vindo atrás de mim, o meu coração acelera. Estou verdadeiramente petrificada. Lágrimas desfocam minha visão, e quando um braço envolve minhas costelas por trás, eu grito. Minha angústia neste momento parece muito real, mesmo que minha mente esteja curtindo muito o que está acontecendo aqui. Lágrimas deslizam para fora dos meus olhos e os meus lábios tremem. Seu outro braço vem ao redor do meu peito e ele morde minha orelha. — Correr foi uma escolha ruim. A luta segue. Minhas mãos em punho se conectam com seus braços musculosos, quando eu tento escapar. Meu corpo se contorce contra o seu. A minha luta é muito real. Com o coração acelerado, eu viro e luto para fugir. Quando me viro, eu consigo encará-lo. Sua mão recupera a extremidade do cinto, e ele puxa forte para chamar minha atenção. Mas não consegue ainda. Em vez disso, eu abaixo a minha cabeça em seu colo e lhe dou uma mordida. Forte. Eu mordo com tanta força que ele solta um rugido feroz entre os dentes e me empurra na parede do corredor. A parte de trás da minha cabeça se choca com a parede com um baque surdo. A luz fraca da cozinha me deixa ver somente a sua silhueta. Ofegante, ele toca o lugar em que eu afundei meus dentes. Ele leva um dedo à boca. Lambendo meus lábios, eu sinto o sabor metálico. Marquei-o com força suficiente para tirar sangue. Meu instinto aguça. Vindo um passo à frente, ele respira com raiva. — Oh, baby. Você fodeu tudo. Ele se aproxima ameaçadoramente, e assim que nós estamos bem próximos, eu me inclino para o rosto dele e cuspo. Eu assisto em câmera lenta enquanto ele recua, claramente não esperava por isso. Ofegante, eu rosno: — Foda-se, seu filho da puta. Em um segundo ele me pega, eu sei que isso é uma brincadeira, mas está muito próximo se ser real. Twitch ferve. Eu sinto a raiva saindo dele como faíscas elétricas. Quando me tem firme em suas mãos, ele joga o meu corpo para
baixo ao seu lado. Minhas mãos se conectam com o chão, com os joelhos latejando. De repente, seu corpo cobre o meu, me empurrando para o chão. Luto e sussurro repetidamente: — Por favor, não. Por favor, não. — mas Twitch não está mais atuando. Ele já acabou com a atuação. Seu braço circunda minha cintura e ele me levanta até que eu estou de quatro, como um cachorro. Sua mão se estende para baixo para encontrar o meu núcleo encharcado. Ele geme, levando o material de minha tanga para o lado, eu sinto a cabeça dele encontrar minha entrada. Mas eu luto. Lutando, eu empurro meu corpo para longe dele. De joelhos atrás de mim, ele bloqueia a frente, mas eu fujo dele mais uma vez. Sua mão dispara e circula minha garganta, apertando. A luta em mim desaparece quando percebo o que está prestes a acontecer. Eu não tenho mais como fugir. Rangendo os dentes, eu suspiro com os olhos cheios de água. A cabeça dele toca na minha entrada, mais uma vez; sinto as esferas de seu piercing quando ele corre a cabeça para cima e para baixo em minha fenda. Ele empurra. Apenas a ponta. Seus lábios beijam suavemente meu ombro. — Eu ganhei. Minha excitação facilita o trabalho dele empurrando para dentro de mim, todo o caminho. Simultaneamente, clamamos em êxtase. Ele me coloca em uma posição que exige submissão, eu sei que deveria estar furiosa, mas eu não estou. Meus olhos se fecham quando ele solta seu aperto sobre minha garganta. Estou em êxtase quando ele mantém sua mão em meu pescoço enquanto ele mói seu pau em mim. Sentando profundamente sobre ele, eu suspiro silenciosamente. É uma sensação incrível. Tão profundo que parece que encontrou um lar no meu estômago. Ninguém perde aqui. Nós dois ganhamos. E, no entanto, eu ainda luto. Lutando fracamente, ele começa a empurrar, e por esse ângulo, a minha excitação explode. As esferas de seu
piercing esfregam todos os pontos certos, e em poucos segundos, estou ofegante: — Não. Não. Não. Eu vou gozar. Aperto em torno dele, a luz brilhante borra minha visão e todo o meu corpo treme com um alto prazer. Derrubo minha cabeça para trás, os lábios se separaram em um gemido silencioso, eu ouço Twitch arfar pesadamente. — É isso aí, Anjo. Deixe ir. Goza no meu pau. Todo meu pau. As barragens se rompem. Meu rosto contrai de tanto prazer e dor. Eu convulsiono em torno dele. Gemendo, minha cabeça se debate de lado a lado, no que é o orgasmo mais intenso que eu já tive na minha vida. A cada pulso de minha libertação, meu corpo se aquece em felicidade completa. De repente estou exausta. Segurando minha garganta com uma firmeza suave, ele bate em meu corpo agora fraco. Eu não poderia participar, mesmo se eu quisesse. Estou exausta tanto emocional quanto fisicamente. Segurando um braço debaixo da minha barriga, ele me puxa de volta para cada impulso. Um minuto inteiro empurrando como um louco, ele geme e se mantém dentro de mim por um longo momento antes de ele empurrar de novo e de novo. Calor molhado escorre em minhas coxas. Seus impulsos param lentamente. Sua respiração ofegante segue o exemplo. Ele finalmente se acalma dentro de mim. De pé, ele me puxa para cima e para ele. Eu me sinto suja, usada e abusada. E eu nunca me senti melhor. Tantos pensamentos correm pela minha cabeça. O que eu fiz? Passando os braços ao redor de seu pescoço, ele me levanta. Minhas pernas o circulam enquanto ele lentamente me leva até minha cama. Ele me
coloca para baixo e desliza ao meu lado. Não nos preocupamos em limpar. Algo precisa ser dito. Permito-me um minuto de silêncio constrangedor e quando estamos lado a lado, pergunto baixinho: — O que aconteceu? Virando-se para mim, ouço seu sorriso na escuridão. — Você acabou de ser fodida. Devidamente fodida. Uma bolha de riso histérico sobe em minha garganta. Eu não posso segurá-la. Eu rio. Eu sinto a vibração da cama enquanto ele silenciosamente ri comigo. Minha garganta engrossa e meus olhos ardem. Meu corpo treme por um motivo diferente, quando eu começo a soluçar. Eu não gosto de mim mesma agora. Twitch me puxa para ele e embala minha cabeça, colocando beijos em meus olhos e bochechas. Ele não diz nada. Ele me conhece o suficiente para saber que eu só preciso dele para me abraçar agora. Minha mente vagueia. Este é provavelmente um mau momento para falar que eu não tomo pílula há duas semanas.
Ando em meu apartamento com um enorme sorriso em meu rosto, eu penso na minha sessão de compartilhamento improvisada. Fui para uma consulta com a psicóloga do escritório, Emeline, eu estava incomodada em ouvir que o que eu fiz não estava certo. Eu fiquei pensando
sobre isso durante toda a noite, por isso não era exatamente uma surpresa não ter conseguido dormir. Isso estava me corroendo. Então, quando eu entrei no seu escritório e sentei-me com ela, eu esperava ser interrogada. Logo percebi que eu estava errada. Realmente errada. Emmy nos fez um cappuccino em sua máquina extravagante, e nós duas sentamos no sofá em seu escritório. A consulta que eu tinha temido de alguma forma se transformou em um encontro de café entre amigas. Ela perguntou: — Então, eu tenho que dizer que estou um pouco surpresa de ver você aqui, Lexi. Está tudo bem? Bem, eu implorei para meu namorado traficante de drogas me foder a força ontem à noite. Ah, e eu gostei. Então, não. Não está. Torcendo minhas mãos, eu olhei para os meus pés e comecei: — Bem, não é realmente sobre mim. Trata-se de uma amiga. Estou preocupada com ela e queria uma opinião profissional antes de tentar ajudar em uma situação que é completamente estranha para mim. Mentira. Tudo mentira. Balançando a cabeça, ela parecia simpática quando ela explicou: — Claro. Eu sei que pode ser difícil ver os seus amigos passarem por coisas. Os seres humanos não gostam de se sentir impotentes. É uma coisa muito admirável o que você está fazendo. Piscando, engoli em seco e esclareci: — Ela é uma amiga muito próxima. Eu a conheço bem, e ela passou por muita coisa em sua vida. Mais recentemente, ela estava perto de ser estuprada e foi salva antes de seu agressor poder penetrá-la. — balançando a cabeça, eu suspiro. — Desculpe. Eu não estou fazendo muito sentido aqui. — limpando a garganta, tento de novo. — Algumas noites atrás, ela me ligou arrasada. Ela e seu namorado estavam tendo relações sexuais e as coisas ficaram um pouco violentas.
As sobrancelhas de Emmy franziram, mas ela balançou a cabeça para eu continuar minha história sobre minha amiga. Então eu fiz. — E... e... ela gostou. Logo, o sexo ficou mais e mais áspero, e antes que ela percebesse, eles estavam realizando uma fantasia de estupro. E ela gostou. Imensamente. — permitindome parar por um momento, eu chego ao ponto: — Agora ela acha que há algo de errado com ela, e eu não tenho ideia do que dizer a ela. Eu olhei para a minha amiga que me olhava com olhos preocupados. Olhei para ela com um olhar suplicante. Eu precisava de ajuda. Emmy, sendo a profissional que é, recostou-se no sofá e suspirou: — Bem, você pode dizer a sua amiga que não há nada de errado com ela. Absolutamente nada. Na verdade, isto não é inédito em pessoas que foram agredidas sexualmente. A coisa é que a reação pode ir de um extremo ao outro. Por um lado, você tem pessoas que não conseguem lidar com o pensamento de outra pessoa tocá-las, o que pode tornálas doentes; por outro lado, você tem pessoas como sua amiga, ansiosa para tomar o controle de uma situação que originalmente não tinha controle. Como assim? Não escondendo a minha confusão, eu pergunto: — Então, o que você está dizendo é...? Bebericando seu café, ela explicou: — Sua amiga está bem. Não há nada de errado com o role play no quarto. É muito saudável, desde que seja legal para os dois e que ambos consintam; eu não vejo um problema aqui. Sua amiga quase foi estuprada, você diz. Talvez isso tenha despertado algo dentro dela, algo primitivo e feroz. O pensamento de ser atacada é horrível. No entanto, o instinto primário da sua amiga - que está tentando entender o que aconteceu - decidiu tentar transformar a memória de algo terrível e assustadora, em algo... — levantando a cabeça no pensamento, ela procurou uma palavra. —... vamos dizer algo prazeroso. Agradável. Sua amiga é mais forte do que ela pensa. — ela terminou com um sorriso triste e eu sabia, eu sabia que ela sabia. Ela confirmou meus pensamentos quando ela soltou: — Sabe, a sua amiga é bem-vinda para falar comigo a qualquer hora. A qualquer hora sobre qualquer coisa.
Aproximando-me mais e apertando-lhe a mão, eu sussurrei: — Obrigada. Vai significar muito para ela ouvir isso. E assim, saí com uma nova maneira de pensar, e o dia ficou mais brilhante com isso. O que nos leva ao agora. Caminhando pelo corredor, eu olho para a direita para ver uma forma alta de pé na porta da geladeira aberta. A forma alta em calças pretas e nada mais. Mmmm. Twitch sem camisa. Delícia. Olhando sua musculatura e suas costas tatuadas, meus olhos derivam para baixo, onde as calças parecem penduradas em seus quadris, e as pontas do V recuado um pouco abaixo de seus quadris se destacam. Mal me impedindo de trançar minhas pernas nele, eu pergunto: — Fome? Ainda olhando para a geladeira com decepção, ele distraidamente coça a barriga tonificada e responde: — Sim, mas eu não estou tendo nenhuma sorte aqui. Você nunca faz compras? Rindo, eu digo-lhe: — Não realmente. Eu sou o tipo de garota que compra quando precisa. Seu rosto franze em decepção. — Que merda. Só que eu estou com fome agora. Sou incapaz de conter o sorriso, ele o vê e quase ri antes que ele pare. Apontando para meus lábios, ele diz: — Explique-me isto? O que é esse sorriso? Você estava chorando ontem à noite, e agora vejo esse sorriso e isso me faz pensar no por que. Inclinando meu quadril no balcão, digo-lhe: — Não é nada. Absolutamente nada. Eu nem sei por que eu me preocupei. Eu tive um compromisso com a nossa psicóloga, esta manhã, Emmy, e expliquei-lhe o que aconteceu... — seus olhos castanhos semicerrados se estreitaram ainda mais, e adicionei rapidamente: —... mas eu disse que aconteceu com uma amiga. — eu pisco para ele. — E ela disse que era perfeitamente normal role play no quarto, e que alguém que está na minha situação onde eu quase fui estuprada, era como
se eu estivesse tomando o controle em uma situação que eu normalmente não teria controle! Não é fantástico? Eu sou normal! Bate Aqui! Saltando no local, eu mantenho a minha mão no alto para ele bater e me dar apoio, estou com um sorriso tão grande quanto eu posso. Observar o rosto de Twitch traz um fim abrupto para a minha emoção. Sua testa franze e ele coloca as mãos nos quadris e repete em um sussurro: — Você é normal. Normal, caralho. Não sei bem qual é o problema, eu pergunto baixinho: — Por que você está com raiva? Piscando para mim, ele estende um braço, abaixa minha mão e explode: — Mais uma vez com os rótulos! Sempre com a porra dos rótulos! É tão importante para você, Lex? Ser rotulada como alguém que todo mundo vê como normal? Quero dizer que não, quero me defender. Quero ir dormir, fingir que eu nunca disse isso e acordar quando este assunto estiver esquecido. Não sei como responder, eu permaneço em silêncio, mas olhando para meu rosto, Twitch sorri sombriamente. — Claro que é. — vindo em minha direção, ele pergunta ao longo do caminho: — Deixe-me perguntar-lhe uma coisa? Como você me rotula? — meu coração começa a acelerar e eu engulo em seco. Seus olhos brilham. — Psicótico? Humm? Eu não sei, talvez, insano? Louco? Diga-me, Lexi. De que porra você me rotula? Aterrorizante. Perturbado. E assustador. Rangendo os dentes, ele pega o meu queixo em sua mão. — Você rotula a si mesma como você desejar, Alexa. — soltando sua mão, ele olha para mim um momento, e o que eu vejo em seu rosto me faz querer vomitar. Decepção. Ele está desapontado comigo. Virando, ele pega o seu moletom do sofá e abre a porta da frente. Parando por um momento e se mantendo de costas para mim, ele diz friamente: — Não me dê a porra de rótulos. — seus punhos cerrados ao seu lado, quando ele diz
suas palavras de despedida. — Pense sobre isso, garota. — girando, seus olhos cheios de fúria - e encontrando os meus. — Quem era você antes das pessoas começarem a dizer o que você deveria ser? E então ele se foi.
Capítulo Vinte e Seis
Twitch
A
porta
de
meu
escritório se abre, e Michael entra devagar. Senta-se confortavelmente na cadeira a minha frente, e coloca os pés sobre a mesa. Eu estalo os dedos em sinal de advertência. Os pés descem. Assim é melhor. Ele suspira — Dê-me algo para fazer, chefe. Estou entediado. Eu suspiro. — Entediado? Aqui? Peça a Happy para dar-lhe algo para fazer. Ou Li... — pensando bem. — Ling não. Depois de trabalhar comigo por mais de um mês, o medo que Michael tinha de mim quase desapareceu. Quase. Acho que ele me vê mais como um irmão mais velho agora. O que é legal para mim. Eu sempre quis ter um irmão. E se eu tivesse um irmão nesta vida, eu queria que ele fosse como Michael. Tornou-se claro para mim semanas atrás que Michael era mais esperto do que eu pensava. Quando ele se aproximou de meu escritório uma manhã e simplesmente perguntou: — Você é um traficante de drogas?
Olhei para baixo. Para minha surpresa, ele não recuou. Nem mesmo um centímetro. Fiquei impressionado. Eu respondi: — Não pergunte, não diga. Ele zombou. — Então é uma maneira elegante de dizer sim. — quando eu não respondi, ele disse: — Eu poderia fazer entregas, sabe? Eu fiz antes, quando eu trabalhava para Hamid. Eu sei os prós e contras, então eu não seria pego. Eu não iria decepcioná-lo. — Você nunca decepciona Mickey, mas não. Isso não vai acontecer. Eu não preciso de mais entregadores. Você está aqui porque você está trabalhando honestamente. Ele murmurou: — Se você está falando. Eu sorri. Claro que ele teria uma resposta. Virando-me para o garoto, eu pergunto: — O que foi? Ele resmungou: — Nada. — se o garoto queria me falar, ele falaria. Então, eu deixei quieto. Assim que eu começo a digitar novamente, ele deixa escapar: — Tem uma garota. Claro que há. Há sempre uma garota. — Você está se encontrando com esse passarinho? Balançando a cabeça, ele pronuncia: — Não. Eu não quero convidá-la até que eu esteja estabelecido. — Você está muito estabelecido para mim, jovem caçador. Tem um emprego, vai à escola, ganha algum dinheiro, e faz isso tudo ao mesmo tempo em que está procurando um lugar para ficar quando completar dezoito anos. — eu levanto uma sobrancelha para ele. — Eu diria que está bem para um encontro. Ele sorri suavemente. — Sim. — em seguida, um mais firme: — Sim, acho que sim. — eu o observo de perto. Eu vejo a coragem florescer em seus olhos e luto contra o meu próprio sorriso. — Eu vou fazer isso. Vou convidá-la. Dou-lhe um sorriso e aceno para ele em aprovação.
De repente, ele se vira para mim. — Como exatamente eu faço isso? Eu rio por dentro. O garoto é engraçado.
Lexi A porta do meu escritório explode. — Eu vou convidá-la para sair! Olhando para cima, eu vejo Michael parecendo elegante usando calças pretas e uma camisa branca, com as mangas arregaçadas e vestindo suspensórios finos pretos. Ele se parece muito com Twitch, é assustador. Menos as tatuagens e tudo mais. Estreitando meus olhos, eu aponto para sua escolha de roupas. Ele olha para si mesmo e murmura: — Sr. T disse para me vestir bem. Por que isso não me surpreende? Eu murmuro para mim mesma: — É claro que ele disse. — termino rapidamente o meu trabalho, e olho para ele sorrindo. — Você está tão bonito. Como um mini Twitch. — ele revira os olhos e eu luto contra a vontade de rir. — Quem é que você vai convidar para sair, querido? — Tahlia. Oh nossa! Meu coração infla.
Estou tão feliz com o pensamento de Michael e Tahlia juntos. Ambos vieram de uma educação menos do que estelar. Eles têm muitas coisas em comum. E eu sei que Tahlia tem uma queda por Michael. Quando liguei para ela ontem para ver como estava, ela perguntou por ele cerca de três vezes. Com os olhos arregalados, eu me inclino sobre a minha mesa um pouco e simulo um sussurro: — Oh-em-gee31! Isso é tão emocionante! Como você vai fazer? Seu sorriso vacila. — Eu-eu só ia perguntar. Sr. T me disse para ser direto, mas não agressivo. Basta perguntar, mas sem dar a ela a opção de dizer não. Eu quero cantar com o riso. Ele pediu a Twitch um conselho sobre namoro? Oh meu Deus. Eu tenho que corrigir isso. E rápido. Reprimindo o desejo insano de gargalhar, eu começo: — Querido, não. Se você não pedir a ela direito, poderia arruinar toda sua chance. — seus olhos se arregalaram de medo, e eu suspiro. — Onde você está pensando em levá-la? Ele encolhe os ombros. — Eu não sei. Cinema ou algum lugar calmo. Eu gemo me lamentando. — Michael! Você tem que ter o encontro planejado antes, então, pode dar-lhe os detalhes quando ela aceitar. Suas sobrancelhas sobem. — Ela vai aceitar? Concordo com a cabeça e sorrio suavemente. — Ela vai aceitar. De repente sério, ele se senta na borda da minha mesa e diz: — Tudo bem. Legal. Eu quero levá-la em algum lugar agradável. Sr. T já disse que posso usar o motorista da empresa. Eu quero levá-la em algum lugar chique. Ugh. Não. — Mickey, Tahlia não é o tipo de garota que quer ir a algum lugar chique. Um lugar chique só iria fazê-la se sentir estranha e pareceria que você está forçando a barra. Tahlia gostaria em algum lugar aconchegante. — eu dou de
31
OMG! - Oh meu Deus - Sendo soletrado.
ombros. — Digamos, um restaurante italiano. — meus sinos do cérebro tocam e meus olhos se arregalam de empolgação. — Eu sei exatamente o lugar! Espere um pouco. Agarrando meu celular, eu rapidamente digito uma mensagem.
Eu: Eu preciso do endereço do restaurante italiano que você me levou outra noite.
A resposta vem quase que imediatamente. Estou surpresa que não há demonstração de hostilidade, quando acabamos nosso encontro ontem, de uma forma bastante abrupta.
Twitch: Já foi reservado para o garoto e sua menina. Vou dar-lhe o endereço quando ele chegar. Diga-lhe para mover sua bunda. Ele vai se atrasar para o trabalho.
Sorrindo como uma louca, eu atiro de volta uma resposta.
Eu: Você vai transar esta noite. Te amo x
Twitch: eu transo todas as noites, Anjo. X
Ele não mente. Ele transa todas as noites.
Eu me lembro de todas, tenho vivido mais com Twitch por algumas semanas agora. Eu só estive em casa para pegar roupas e verificar minhas correspondências. E sempre que eu trago roupas de casa, ele me questiona sobre eu não usar o armário que está designado para mim. Mas eu continuo a dizer-lhe que o armário é assustador! — Está tudo reservado, sunshine32. Twitch tem os detalhes. Você vai saber quando você chegar ao trabalho, que, por sinal, você vai atrasar. — eu digo a ele enquanto eu olho para o meu relógio. Verificando o seu próprio relógio, ele sibila: — Merda! — então se atira para fora da porta. Nem um segundo mais tarde, ele corre para trás e pergunta: — Como faço para convidá-la? Digo-lhe o que eu gostaria de ouvir. — Diga a ela que você estava esperando o momento certo para pedir e que você queria há muito tempo, mas não sabia como. Traga-lhe flores. Margaridas, eu acho. Ela vai dizer que sim. — Eu não sei o que eu faria sem você, Srta. Ballentine. Eu dou de ombros. — Você é um dos meus filhos. Eu vou perder você em breve. Tenho que ajudar sempre que posso. Ele pisca para mim um momento antes de mergulhar o queixo. — Eu sempre serei seu filho. Em seguida, ele se foi. Deixando-me em uma confusão chorando no meu escritório.
32
Brilho do sol, nesse caso, no sentido de Querido.
Twitch Você não é ninguém até que alguém te ame. Pelo menos é assim que eu me sinto agora que eu tenho Lexi. Eu sempre pensei que eu precisava dela, porque isso é o que minha mente me disse que eu precisava. Porque a minha mente está quebrada em mais de um sentido, meu interesse por ela se transformou em uma obsessão. Adicione isso a uma dependência de drogas pesadas e você vai ter problemas. Por esse ponto, minha mente tinha me avisado que eu não só precisava de Lexi, eu precisava fazê-la sofrer por me fazer acreditar que haveria um ponto em minha vida em que as coisas iriam melhorar para mim... desde que eu a tivesse. Quando eu tinha oito anos, eu a tive. Por uma noite. O destino é um filho da puta de cruel, e aquela noite mudou tudo para mim. Eu posso dar desculpas. Eu poderia dizer que eu era apenas um garoto danificado que cresceu para ser um homem quebrado. Eu podia. Mas eu não vou. Eu não gosto de rótulos. Eu não vou ser definido por palavras como normal, desequilibrado ou danificado. Há muito mais para mim do que palavras. Tenho camadas, assim como a próxima pessoa, e se você me visse além, camada por camada, você encontraria uma crosta enegrecida onde meu coração deveria estar. Mas desde que Lexi entrou na minha vida, um broto fino de vegetação nasceu lá, dando-me a esperança de que até mesmo eu poderia ser a pessoa que fazia o dia de alguém ser melhor. Ele está crescendo a cada dia. E eu serei amaldiçoado, se alguém tentar tirá-la de mim. Eu mataria qualquer um que tentasse. Passando a mão pelo meu cabelo, eu engulo em seco com meus pensamentos.
A decisão tem de ser feita. Ninguém se atreveria a tirá-la de mim, então por que eu estou arriscando perdê-la, dizendo-lhe a verdade? Eu sei que o que eu fiz foi imperdoável. Eu poderia dizer a ela. Eu sei em que resultaria. Minha garota iria se afastar de mim em um segundo. O sentimento de culpa cresce. Há muita coisa que precisa ser dita. E Nox estava certo... a corda em volta do meu pescoço está apertando. Eu mal posso respirar. — Você está bem, chefe? — a voz preocupada vindo da porta chama minha atenção. O garoto. — Eu estou bem. — sorrindo discretamente, eu pergunto: — E você? Você pediu a sua garota para sair ou o quê? Ele meio que me olha. — Eu teria, se eu não achasse que eu me atrasaria para o trabalho. Há apenas algumas coisas que não podem esperar. Eu sei disso agora. Pegando meu celular, eu digito um texto, pressiono enviar e espero. Michael parece cada vez mais nervoso a cada segundo, e eu sorrio. Eu gosto de saber que ele ainda tem medo de mim quando ele não deveria. É engraçado. Happy aparece na porta do escritório atrás de Michael. — Chefe? Cruzando os braços atrás da minha cabeça, eu me inclino para trás no meu trono e olho para ambos. — Você vai levar o garoto junto com você hoje. Primeiro, ele tem uma parada para fazer. Depois, vocês podem ir cuidar dos negócios como de costume. Happy estreita os olhos para mim. — Não posso. Eu tenho... — o encaro e seguro seu olhar ao meu. —... merda para fazer. Droga. Eu esqueci. Ele acompanha algumas entregas hoje para alguns lugares importantes e que precisam permanecer seguros. Meu rosto cai. Eu não tenho tempo para levá-lo eu mesmo. Eu tenho um compromisso em uma hora.
Eu suspiro. — Esqueça. — mas então, eu vejo o rosto de Mickey. Ele cai mais rápido do que London Bridge. Foda-se. Happy levanta uma sobrancelha para mim. Eu sei que ele iria levá-lo junto, ele só precisa da minha aprovação, digamos assim. Lexi iria ficar puta. Ou seja, se ela descobrisse. Se. Se é bom. Um sorriso aparece em meus lábios. — Vá em frente. Mickey, vá convidar a sua menina para sair, então você vai estar na estrada com Happy a maior parte do dia. O rosto do garoto se transforma de descrença e atordoado, ao choque, à radiante, tudo em questão de segundos. — Sério? Não querendo parecer molenga para ele, eu me volto para o meu laptop, dispensando os dois. — Vá em frente. Vão. Digitando rápido, eu finjo não notar Mickey ainda parado na porta do meu escritório. — Obrigado. — ele diz isso em voz tão baixa que eu mal consegui ouvir. — Por tudo. Meu peito dói. Eu respondo com igual suavidade. — Não precisa agradecer. — ele fecha cuidadosamente a porta atrás dele. Eu sussurro para a sala vazia. — Não precisa agradecer, irmão.
Happy Sorrindo como um idiota, eu assisto Michael atropelar os passos do prédio. Seus olhos arregalados, e parece que ele está prestes a desmaiar. Meu coração salta uma batida. Meu sorriso se desvanece. Ele faz uma pausa no meio da corrida e caminha até o carro quase em câmera lenta. Foda-se. O garoto parece que está com o coração partido. Droga. Quando finalmente chega ao carro, ele abre a porta e senta, olhando para o painel do carro, com os olhos em branco. Atingindo mais, eu agarro seu ombro e pergunto gentilmente em um aperto. — O que aconteceu, cara? Sua boca se abre, mas não sai nada. Ele encolhe os ombros. Um momento depois, ele sussurra: — Ela disse que sim. Eu sorrio. — Ela disse? Ainda parecendo confuso além da crença, ele acena com a cabeça. Empurrando em seu ombro, eu dou risada: — Não é isso que você queria, garoto? — Sim. Quer dizer, é claro. — ele faz uma pausa. — Eu simplesmente não entendo por que ela iria me querer.
Oh, cara. Isso está ficando muito profundo para mim. Eu ofereço-lhe a melhor comparação que posso pensar. — Você viu Lexi? Suas sobrancelhas se juntam quando ele acena. — Você viu Twitch? Com as sobrancelhas ainda juntas, ele acena com a cabeça. Ele acena um pouco mais. Um pequeno sorriso puxa seus lábios, e eu sei que ele me entende. Digo-lhe: — Os opostos, mano. Os opostos se atraem. Iniciando o carro, eu retiro meu celular e mando um texto a Twitch.
Eu: O garoto tem sua garota.
Nem 10 segundos se passam quando meu telefone emite um som.
Twitch: Ótimo. Agora, volte ao trabalho.
Virando-se para Michael, eu pergunto: — Você está pronto para ver o lado real da Falcon Plastics, rapaz? Seus olhos se arregalaram e ele sussurra: — Caralho, sim. Eu rio. O garoto está indo muito bem.
Lexi Repassar o resto do orçamento de Falcon Plastics está me estressando. Quem sou eu para decidir quais instituições de caridade e organizações precisam de mais do que outras? Charlie parou por meia hora para me encontrar hiperventilando. Ele perguntou qual era o problema. Isso foi na época que Alexa a garota maluca abriu caminho para fora do meu cérebro por meio de minha boca. — Não há um monte de dinheiro sobrando, Charlie, e eu pensei que seria fácil, sabe? Dar dinheiro para as pessoas que precisam dele como Robin Hood. O que faz de você um membro dos meus homens alegres. E isso é bom, porque você é como um enorme urso de pelúcia da Austrália, então as pessoas estariam com medo de você e não teriam ideia que você é um querido, mas como um membro dos meus homens alegres eu tenho que pedir-lhe para levar este fardo para longe de mim. Porque é muita carga. E eu sou apenas humana, Charlie. — eu olhei nos olhos dele em súplica. — Eu não gosto de ser Robin Hood. Por favor, não me faça usar calças. E faço uma pausa para respirar. Charlie sorri e se aproxima de mim. Quando ele chegou à beira da minha mesa, ele disse: — Você sabe o que eu gosto em você, Lex? — eu neguei com a cabeça, ainda em pânico. Ele continuou: — Você tem coração. E eu sabia que você ia ser assim. Estou surpreso que isso não veio mais cedo. Mas é também por isso que eu sabia que você ia ser perfeita para cuidar do orçamento. — eu não estava seguindo. E a partir da risada de Charlie, ele sabia disso. — Eu sei que quem acabar no seu orçamento vai merecer isso. Eu sei que o último centavo desse dinheiro será dado a uma série de organizações. O dinheiro será
distribuído igualmente e sem discriminação. — meu coração aquece e ele sorri. — É por isso que eu escolhi você. E com isso, ele foi embora. Sentada em minha mesa, enquanto ainda salientando, mas sentindo-me melhor sobre isso, meu telefone toca. Puxando-o para fora da minha bolsa, eu vejo três mensagens.
Happy: A menina disse sim.
Twitch: O garoto tem sua garota.
Mickey: Você estava certa. Tahlia disse sim!
Sorrindo como uma louca, eu olho para a tela quando um outro texto aparece.
Mickey: Eu acho que vou vomitar.
Rindo para mim mesma, de repente eu percebo que não estou mais tão estressada. Não há realmente nenhuma necessidade de estar. A vida é boa.
A tarde passa em um borrão. Depois de duplas e triplas verificações em minhas somas, entrego os folhetos do orçamento revisado a Charlie. À toa, eu tomo meu tempo andando de volta para o meu escritório. Na metade do corredor, eu ouço meu celular tocando, e assim que eu me aproximo da minha porta, ele para. Claro. Entro em meu escritório com um suspiro, eu verifico o display. Dez chamadas não atendidas de Twitch. Minha testa franze. Meu celular se acende na minha mão e inicia meu toque. Twitch novamente. Eu respondo brincando: — Ei, você, você está me seguindo? A resposta que recebo mata meu bom humor. — Baby, você precisa vir para o hospital. O da Macquarie Street. Você precisa vir agora. Meu coração lentamente começa a corrida. Minha voz soa fraca, mesmo para mim, quando eu pergunto: — Você está bem? O ouço engolir em seco. Então, gentilmente: — Eu estou bem. Não sou eu, Lex. É o garoto. Ele diz essas três palavras que fazem o sangue drenar para fora do meu corpo.
— Michael foi baleado.
Capítulo Vinte e Sete
Lexi
C
om
o
coração
acelerado no meu peito, eu corro através da rua lotada da cidade. Eu corri tão rápido que minhas pernas ficaram dormentes. Eu cutuco e empurro através do mar de gente em meu caminho sem desculpas. Eu grito com as pessoas para saírem do caminho. Eu estou em pânico. Estou irritada. Essas pessoas não entendem que é uma emergência? Como ousam viver suas vidas quando sinto que a minha está desmoronando? Estou preocupada. Estou com medo. Mais ainda quando eu finalmente chego à entrada do hospital. Fazendo uma parada na recepção, eu rapidamente pergunto onde é a sala de espera da emergência. Uma vez que a resposta é dada, eu estou fora. Correndo pelos corredores de um hospital estéril, com um milhão de pensamentos passando pela minha cabeça.
E se Mickey estiver muito machucado? E se ele precisar de ajuda especial depois disto? E se ele... Agitando os pensamentos loucos da minha cabeça, eu decido esperar para conseguir detalhes para saber com o que eu estou lidando aqui. Pode não ser nada. Eu corro para o final do corredor e vejo Twitch. Ofegante e suada, eu ando até ele. De costas para mim, eu pergunto baixinho: — O que aconteceu? Twitch se vira para mim. Seu rosto em branco. Pesquisando meu rosto por um momento, ele explica: — O garoto queria chamar sua garota para sair. Ele me disse que teria feito isso se ele não tivesse que estar no trabalho na hora certa, então eu fiz Happy levá-lo, em seguida, arrastar o resto do dia. — abaixando os olhos, ele se desloca ao redor, inclina-se para mais perto, e sussurra: — Happy teve que fazer algumas paradas. Fazer algumas entregas. Assegurar alguns carregamentos. O sangue circula para fora do meu rosto. — Happy levou o garoto para pedir a menina para sair, em seguida, eles começaram a trabalhar. Eles estiveram em três outros lugares sem problemas. — dando um passo mais perto de mim, ele agarra meus braços suavemente. — Happy sabia que algo estava errado, logo que eles entraram. Muitos homens. Muitos homens armados. Eles tentaram roubar a carga sem pagamento. Happy jogou com calma, colocando o garoto atrás dele antes que ele sacasse a arma. Ele se aproxima, levando meu queixo entre os dedos e levantando, então, nós nos encontramos olho no olho. — Meu corredor levou um tiro. Ele morreu no local. Happy levou um no ombro. — ele segura meu olhar por alguns segundos. — Michael levou um nas costas. Uma ingestão súbita de ar me faz tremer. Eu saio de seu alcance e pergunto com voz trêmula: — Onde ele está?
Engolindo em seco, ele dá um passo em minha direção. — Happy os tirou de uma chuva de balas. Ele chegou aqui rapidamente. Ele estava perdendo sangue... Outro passo para trás. Mais trêmula: — Onde ele está? —... muito sangue. Eles começaram a tratá-lo assim que chegou. Happy ligou para que eles soubessem o que esperar. Eles estavam esperando às portas da emergência... Silenciosa: — Eu quero vê-lo, Twitch. —... a perda de sangue o fez fraco e ele teve uma parada cardíaca. Eles o trouxeram de volta algumas vezes e ele lutou, baby, ele lutou muito, mas... Eu sussurro fracamente: — Eu quero ver o meu filhote. Seus olhos ficam tristes. —... mas ele morreu, Anjo. Ele se foi. Meu coração para de bater por completo. Ofegante, eu me afasto de Twitch, levantando meus braços como um aviso. Não chegue perto de mim. Com cada respiração que tomo, ainda parece que estou sem ar. Minha cabeça gira. Ele não disse isso. Ele não pode ter dito. Isso é uma piada. Uma brincadeira estúpida. Estou sendo enganada. Não chore. Você está sendo enganada. Peito arfando, eu olho para aqueles olhos castanhos frios. Só que agora, eles não estão tão frios. Eles estão quentes, apologéticos e suplicantes. É quando me atinge. Ele se foi. Michael realmente se foi.
— Não. — eu sussurro, levantando a mão trêmula para cobrir a boca envolvendo o outro braço em volta de mim, me segurando. Confortando-me. Fechando os olhos com força, um grito suave de lamento me escapa. Minha tristeza é interrompida quando a raiva surge através de minhas veias como lava derretida. Isso tudo é culpa dele. Ofegante, eu estalo os olhos abertos, cerro os dentes e silvo: — A culpa é sua. Tudo culpa sua! — Twitch dá um pequeno passo para trás como se minhas palavras estivessem ferindo-o fisicamente. — Ele era apenas um garoto. E agora ele está morto. Meu trabalho é ajudá-los, e eu vou ter que viver sabendo que eu sou responsável por isso - por sua morte - porque... — minha voz falha. —... ele nunca teria te conhecido se eu não estivesse transando com você! — mergulhando meu queixo, meus ombros tremem em soluços silenciosos. Dedos no meu braço me fazer recuar. Lentamente levanto minha cabeça, eu olho para ele com nojo. — Não faça isso. Você não me toque, porra. — andando para trás, eu jogo meu tiro de despedida. — Tudo o que você toca vira merda. Virando-me, eu vou embora. Choro por mim, eu me pergunto como eu vou dizer a Tahlia que seu encontro está cancelado.
Algumas coisas na vida são tão tristes, que não há palavras para descrever a quantidade de tristeza, angústia e sofrimento que uma pessoa está sentindo.
Suponho que é por isso que Deus permitiu aos humanos o simples ato de chorar. Quando uma pessoa chora, ela sente a tristeza aliviar lentamente. Ela se sente como se estivesse respeitando justificadamente uma pessoa que morreu por mostrar a sua tristeza. Eles permitem que um momento de tristeza os superem e clamem por uma pequena parte de sua dor invisível. Ligar para Tahlia foi uma das coisas mais difíceis que eu já fiz. Segurando as lágrimas, por um momento, eu tentei ser forte por ela. Eu realmente tentei. Ela achava que eu tinha a chamado para parabenizá-la e darlhe dicas para seu encontro. Quando ela riu desinibidamente e gritou: — Eu não posso acreditar que ele finalmente me convidou! — foi o momento em que quebrei novamente. Expliquei-lhe que seu encontro não iria acontecer ela me deu o silêncio de rádio. É difícil ler alguém pelo telefone quando ficam em silêncio. Você não sabe o que está acontecendo ou o que está sentindo. Fungando, eu disse-lhe que tinha havido um acidente e que Michael foi levado para o hospital. Imediatamente, Tahlia perguntou qual hospital, em pânico. Ela disse que queria vê-lo. Eu tentei muito para não ir para o fundo do poço. Isto é, até que percebi que não há nenhuma maneira fácil de dizer a uma pessoa que alguém que eles se preocupam morreu. Tahlia continuou seu silêncio, enquanto eu explicava que Michael foi morto a tiros. Ela escutou pacientemente, nunca dando suas emoções. Ela terminou a nossa chamada abruptamente com um furioso: — Isso é tudo, Srta. Ballentine? Eu realmente preciso ir. Sua súbita mudança de caráter deveria ter sido alarmante, mas eu sei que ela só estava se protegendo. Eu me recompus o suficiente para dizer a ela que eu estava sempre livre se ela precisasse conversar, e, por favor, me avisasse se ela precisasse de alguma coisa. Ela grunhiu no meu ouvido e me disse que não seria necessário. Nos despedimos de forma contida e Tahlia jogou seu telefone para baixo, obviamente, pensando que ela tinha desligado a chamada. Mas ela não tinha.
Eu a ouvi chorar por uma hora. Eu não tive coragem de desligar. Eu senti que seria abandoná-la. Eu não poderia fazer isso. Não para um dos meus filhos. Então, eu chorei com ela. Charlie me deu o resto da semana de folga. Eu tentei esconder o quanto isto estava me afetando, mas ele viu através de mim. O que ele não sabe é que uma semana para mim é uma semana de tortura. Minha mente vai vagar por todos os caminhos que não deveria. Eu vou passar a semana culpando a mim mesma. Eu vou passar a semana odiando Twitch. Eu vou passar a semana sentindo falta de Michael. Em algum lugar nas primeiras horas da manhã, eu adormeço soltando uma torrente de lágrimas. Meu coração está quebrando silenciosamente. A culpa me corrói. Por que ele tinha que morrer quando eu posso viver? Ele tinha dezessete anos de idade. Em algum lugar no meio do sono e vigília, sinto alguém deslizar para a cama comigo. Sinto seu cheiro imediatamente. Nem mesmo totalmente desperta, minha boca se abriu, e eu soltei um grito suave quando me lembro de por que ele tinha que esgueirar-se para entrar. Seus braços me rodeiam. Ele me abraça, me balançando e acalmando. Eu ouço sua voz falhar de vez em quando. O calor de suas lágrimas deslizarem para o meu templo. Ele me diz que vai ficar tudo bem. Ele diz que vai torná-lo melhor. Ele me diz que está arrependido. Uma e outra vez. Caímos em um emaranhado de pernas, e meu último pensamento, antes de eu cair no sono é: — Este é um mau momento para dizer-lhe que estou grávida.
Acordo no escuro, encontro-me sozinha e fico em pânico por um momento. Levantando minha cabeça, eu ouço o movimento na cozinha e minha cabeça cai no travesseiro com um assobio. Sonhei com Twitch enquanto eu dormia. Ele era alto, montado em um cavalo branco, vestindo armadura prata reluzente. Sua mão tatuada baixou para chegar para mim. Eu olhei para a mão um longo tempo antes de me afastar dele e vi quando ele desapareceu de minha mente. Talvez eu o construí tanto na minha cabeça que eu não o vejo pelo que ele realmente é. Eu não quero um cavaleiro em uma armadura brilhante. Eu quero um cavaleiro em uma armadura arranhada. Eu quero que seu capacete tenha amassados. Eu quero que meu cavaleiro seja real, sombrio e selvagem. Eu quero que meu cavaleiro seja um sobrevivente. Alguém que foi testado e conseguiu através de seus julgamentos. Não um maricas em metal reluzente. Eu não quero metal reluzente. Eu não preciso de um maldito cavaleiro. Eu preciso de um guerreiro destemido.
Preciso de Twitch.
Aproximando-me da cozinha, estou no final do corredor olhando para dentro. Meu coração se parte por ele. Ele está sentado de costas para mim, ombros caídos com o queixo caído. Deixando-o com um pouco de paz e tranquilidade, viro-me para sair. — Preciso de ajuda. — ele sussurra. Sem me virar para ele, eu aperto o batente da porta com força e respondo tão silenciosamente através da espessura na minha garganta. — Eu sei, baby. Um momento passa antes dele perguntar baixinho: — Como seria - quer dizer, como eu faço... — eu ouço a frustração alta e clara. — Como? Finalmente me virando, eu observo sua postura derrotada. — Eu vou te ajudar. — Não. Alguém além de você. Mais firme desta vez. — Eu vou ajudá-lo, Twitch. Eu quase perco quando ele sussurra: — Não mereço sua ajuda. Ele está certo. Ele não merece. Mas isso não significa que eu vou ignorar seu apelo. Eu não posso fazer isso. Fazendo meu caminho através da sala, eu coloco minha mão em seu ombro nu tatuado. Ele se encolhe. Recuperando-se rapidamente, ele coloca a mão na minha e aperta. — Eu preciso de ajuda. Espremendo o ombro em uma forma silenciosa de apoio, a ponta do meu nariz formiga. Lágrimas em meus olhos. Eu tento desesperadamente mantê-las dentro de mim. Tudo em vão. Meu corpo treme em soluços silenciosos. Alívio flui através de mim. Eu não posso acreditar. Estou atordoada. Eu nunca pensei que veria esse dia.
Ele está pronto. Ele quer ajuda.
Está em todos os noticiários. Como um garoto de dezessete anos acuado em uma entrega de drogas foi baleado e morto por traficantes em uma parte corrupta da cidade. Como um proprietário de um negócio de sorte transeunte e alto perfil teve sorte de estar vivo depois de tentar ajudar a juventude rebelde. Mas quem ouve a história sacode a cabeça em um ‘bem, isso é o que você ganha seguindo esse tipo de caminho’. Porque Michael era apenas mais um menino no sistema. Outra criança rebelde apenas procurando maneiras de chocar as pessoas e ser um incômodo. Ele era apenas um pedaço de terra pedindo por isso. Meu coração - mal mantido inteiro - se parte com cada releitura falsa da história. E fica pior e mais fabricado cada maldita vez. Ninguém sequer o conhecia. Ele estava destinado para coisas maiores. Ele queria uma vida. Uma vida boa. Ele estava trabalhando duro para conseguir isso. Mas não era para ser. Twitch desapareceu esta manhã antes de eu acordar. Eu estava esperando para falar com ele sobre o nosso pequeno amendoim. Infelizmente, hoje não é o dia. Eu não tenho nenhuma ideia de como ele vai reagir. Não é como se eu tivesse feito isso deliberadamente. Passar todas as noites na casa dele,
realmente me fez esquecer a danada da pílula traquina. Fica em minha mesa de cabeceira, então eu me lembro de tomá-la antes de ir para a cama. Infelizmente, depois de passar uma semana na casa dele e só parando em casa para verificar a correspondência, ela não estava em minha mente. E agora eu estou nos primeiros estágios da minha gravidez. Tão no início, que eu preciso falar com ele sobre isso para que eu possa planejar, venha o que vier. Uma parte estúpida do meu cérebro deseja que ele vá ouvir a notícia e prometer ser um homem melhor, começando naquele exato momento. A parte realista do meu cérebro zomba. Não é provável. Embora eu esteja preparada para fazer isso sozinha. Eu não vou mentir. Ter um pedaço de Twitch dentro de mim... parece bom. Agarrando o controle remoto com um aperto de morte, eu não consigo parar de olhar como eles acusam Michael de ser tudo o que ele não era. Eu quero me levantar e gritar: — Você nem sequer o conhecia! Meu sangue ferve. Eu clico para desligar a TV e jogo o controle remoto para baixo. Se há algo que esta situação me ensinou é que a vida é curta, e se você quer algo, você tem que pegar com as duas mãos e segurá-lo com força. Eu sorrio para mim mesma. Bom ou mau humor, hoje é o dia que Twitch descobre que estou grávida. Espero o melhor, enquanto espero o pior.
Nikki e Dave se sentam na minha frente, a boca escancarada em um silêncio atordoado. Eu espero pacientemente por suas reações enquanto eu saboreio o meu chá verde. Dave é o primeiro a quebrar. — Grávida, como em, você vai ter um bebê? Ou grávida, como em, você está tão cheia de emoções que você está grávida com elas, e você poderia estourar a qualquer momento, regar as pessoas de Sydney com uma mistura de feliz e triste? Nikki e eu viramos para olhar para ele usando uma expressão idêntica de confusão. Seus ombros caem. — Oh meu Deus. Você está grávida do demônio sexy. Eu sorrio tristemente. — Oh, seja agradável. Ele não é tão ruim assim. Ele é... — minha mente vagueia de volta para a outra noite. — Ele sabe que precisa de ajuda. Ele está pedindo ajuda. Nikki chega através da mesa de café e descansa sua mão quente na minha. — Eu sei que você vai ser a melhor mãe do mundo. Eu só sei isso. E se Twitch está pronto para isso, então eu vou apoiar os dois, cem por cento. Eu sei que você nunca faria nada para prejudicar o seu filho. Ela está certa. Eu não faria. Dave amua. — Babe, eu só não entendo como você deixou isso acontecer. Isso foi uma coisa idiota de fazer. Você mal conhece o cara. Nikki o acerta e eu sou grata por isso. Eu não preciso ouvir isso agora.
Dave encolhe os ombros e murmura: — O quê? Ao ver minha expressão derrotada, ele revira os olhos. — Eu não estou dizendo que isso é uma coisa ruim. Mas poderia ser melhor, certo? E eu sei que com a perda de Michael você está em um alto emocional no momento. Eu só não quero que você tome qualquer decisão sobre julgamento prejudicado. — arrastando sua cadeira perto da minha, ele envolve um braço ao meu redor. Eu me inclino para ele. — Eu te amo. E seja qual for a decisão que você tomar, eu estarei ao seu lado. Como você ficou ao meu lado. E lutou por mim. E eu o amo novamente. O rato bastardo. Brincando com a minha xícara de chá, eu evito seus olhos. — Eu queria dizer a vocês primeiro. Eu não sei como é que isto vai passar, mas eu tenho fé. Ele não me disse que me ama ainda... — eu olho para os dois, determinação nos meus olhos. Eu sussurro: —... mas eu sinto isso. Eu sei que ele me ama. É quase como se ele estivesse com medo de dizer. Como se dizer isso é fraco ou algo assim. Nikki assente. — Amar alguém é uma fraqueza, Lex. Você está entregando seu coração em uma bandeja de prata para alguém usar como bem entender. Você tem que confiar muito na pessoa que vai fazer isso. — ela suspira. — Você não nos disse nada sobre as acusações tráfico de drogas que estão sendo jogados ao redor, e por que não dizer-nos que é um absurdo, é uma coisa. Um tipo muito real da coisa. Então, ao invés de sermão, eu vou dizer isso. Alguém como Twitch declarando seu amor por alguém é totalmente uma fraqueza. Meu coração gagueja. Eles sabem. Nikki continua. — Pense sobre isso. Alguém que tem problemas com Twitch de repente tem problemas com você. Isso não tem que ser pessoal. — meus olhos se arregalam. Ela está certa. Ela se inclina para frente e sussurra: — Alguém que tem problemas com Twitch... — ela faz uma pausa. —... tem problemas com seu filho.
Não. Eu não tinha pensado nisso. Meu coração dispara. Dave permanece de boca fechada, mas eu posso ver que ele quer dizer alguma coisa. Eu pergunto: — Você tem alguma coisa a acrescentar? Ele arfa apressadamente. — Oh, muito obrigado! — limpando a garganta, ele pronuncia: — Se você está certa sobre esse cara, você tem que estar preparada para o que vem com um homem em seu estilo de vida. — ele diz tudo o que estou feliz em esquecer. — As drogas, miséria, vício, mulheres. — ele olha para mim se desculpando. — Um homem como Twitch não se deixa prende por uma mulher, baby. Sinto muito, mas não faz. Toco na borda da minha xícara de chá com a minha unha, eu tomo o silêncio repentino com agradecimento. Eu tenho muito em que pensar.
Capítulo Vinte e Oito
Twitch
D
ifícil olhar para a
foto na minha mão trêmula. Minhas entranhas se enrolam de raiva. O corpo inerte de Michael nos braços de Happy, enquanto Happy tenta escapar da carnificina que é a emboscada. Virando a foto, eu leio.
Todo mundo que você ama vai morrer.
Pressão aumenta na minha cabeça enquanto eu leio a frase seguinte.
Ela é a próxima.
Sangue ruge em meus ouvidos. Assim que eu vi a letra, eu sabia de que quem veio.
Um persa com um olho só, exigiu um desejo de morte. O que me deixa com uma escolha. É hora de Lexi se machucar.
Lexi Diante do mogno lindo que é as portas do escritório de Twitch, hesito em bater. Engolindo em seco, eu viro a cabeça para a esquerda e detecto Ling fitando buracos na minha cabeça. Deus me livre dela sorrir. Eu acho que seu rosto iria rachar. Voltando à minha direita, vejo Happy sentado na borda de uma mesa dando instruções a um funcionário, com o braço em uma tipoia. Ele me vê e meu coração gagueja. Seus olhos encontram os meus e eu vejo a dor piscar em suas feições. Eu sei que ele se sente responsável pelo que aconteceu com Michael. Eu não sou estúpida. Não foi culpa dele. Mas isso não significa que não me faz mal olhar para ele. Vivo e bem. Minhas sobrancelhas franzem. O que eu estou esperando? Eu preciso fazer isso.
Colocando a mão na maçaneta da porta, eu entro sem bater. Eu me preparo para este encontro, dando-me mentalmente uma conversa estimulante. Twitch me ama, se ele admite isso ou não. Eu sei disso. Ele é tudo para mim. Eu nunca vou amar alguém do jeito que eu o amo. Meu amor por ele é quase desesperador. Aproximando-me de sua mesa, eu sorrio. — Ei baby, podemos conversar? Sem olhar para mim, ele responde com um suspiro. — Sério, Lexi, eu não posso simplesmente largar tudo quando você precisa conversar. Falaremos mais tarde. Você vai para minha casa hoje à noite, a propósito. Meu nariz enruga. O que aconteceu com eu vou torná-lo melhor e eu sinto muito? Este não é o homem que deixou a minha cama esta manhã. Algo não está certo. Mudando de um pé para o outro eu pergunto: — Tudo bem. Você tem certeza que não tem tempo para uma palavrinha rápida? Ele solta um suspiro firme e levanta. Olhando para mim com os olhos frios, ele pronuncia: — Certeza pra caralho, Alexa. Eu não tenho tempo para as suas merdas hoje. E essas palavras me atingem como um tapa na cara. Eu me odeio quando sinto a ponta do meu nariz começar a formigar. Eu não sou uma pessoa fraca. Vou descobrir o que está acontecendo aqui. — O que há de errado, babe? Caminhando ao redor de sua mesa, ele diz frustrado: — Nada. Absolutamente nada. Sério quando eu digo que eu não tenho tempo. E você está empurrando um problema quando não deveria haver um.
Eu retruco: — Algo não está certo. Eu posso ouvir em sua voz. Alguma coisa mudou. — acumulando toda a minha coragem, eu pergunto: — Você está terminando comigo? Ele sorri cruelmente. — Para terminar com você, precisaríamos ter alguma coisa. Um pequeno pedaço do meu coração se rompe e cai no chão, quebrando com o impacto. Lágrimas picam meus olhos. — Eu não entendo. Eu pensei que nós... — eu volto atrás e dou de ombros. Parando à minha frente, ele pronuncia: — Tudo o que há de errado com a minha vida é por sua causa! Meu corpo treme de medo. Meu coração dispara. Estou realmente muito assustada neste exato segundo. — O que você quer ouvir, Lexi? — ele zomba: — Que eu te amo pra caralho? Que você significa... — cerrando os dentes, ele bate em seu peito com o punho fechado. —... tudo para mim? Minha cabeça bate suavemente. Através de lábios trêmulos, eu sussurro: — Eu só quero te entender. Ele late uma risada sem humor. — Boa sorte com isso. Nem eu posso me entender. Ele começa a andar. Seu maxilar pulsa. — Você sabe o que eu posso dizer sobre mim? Honestamente? Olhando para ele com os olhos embaçados, eu aceno. Eu mataria para saber qualquer coisa sobre ele.
Olhando para mim através de uma carranca, ele sussurra: — Eu não sou um bom homem. Eu posso dizer isso, com certeza. — meu coração afunda. Ele acrescenta: — Quer saber como eu sei? Segurando meus soluços, eu aceno com a cabeça e quando eu faço, uma lágrima cai no meu rosto. Ele observa a lágrima de perto e murmura: — Se você me escolher, muito mais lágrimas você vai derramar. Eu garanto. Erguendo os braços, apontando para tudo ao nosso redor, em seu escritório, ele explica calmamente: — Tudo isso, eu fiz por você. E você nem sequer me conhecia. Esperança se fixa em algum lugar dentro de mim. Twitch vê e balança a cabeça. — Isto que eu estou dizendo a você, não é bom, Lexi. Então escute. Eu preciso que você saiba quão fodido eu sou. É hora de você saber sobre mim. Movendo-se para trás à frente de sua mesa, ele se senta sobre ela com um suspiro. — Sempre soube que tinha que fazer algo para mim e eu não era bom na escola, então eu tive que descobrir uma outra maneira. — sua cabeça cai para frente um pouco. — É aí que a droga entrou. Então, meu plano era trabalhar duro, ganhar muito dinheiro e voltar para você. Eu não posso evitar a pausa que meu coração dá. O que ele diz a seguir faz o meu peito desmoronar. — Eu fiz uma armadilha para você. — ele sussurra. Dando um passo para trás, eu respiro um suspiro trêmulo. Ele observa meus pés quando me afasto e diz: — Boa menina. Finalmente vejo algum sentido. Ele está me afastando. Eu não sei por que, mas eu pretendo descobrir. Pergunto trêmula: — P-por quê? E como? Suas mãos apertam a borda da mesa. Ele respira fundo e responde em uma expiração. — Você foi feita para viver em uma casa de merda, com uma
família de merda, e ter uma vida de merda. Eu estava contando com isso. Então, quando eu fiz o meu primeiro milhão eu voltei para você... — eu suspiro e coloco a mão no meu peito. Seus olhos piscam e ele sorri cruelmente. — Oh, sim. Eu voltei para você. Só que você não estava lá. Mas sua família ainda estava. Então, quando eu bati na porta e perguntei se Alexa estava em casa, seu pai riu de mim. Seu maxilar cerra. — Ele riu de mim, porra. Lá estava eu, um maldito recém-milionário, e um cara com nenhum de seus próprios dentes ri de mim? Não. Não vai acontecer. — O que você fez com o meu pai? Ele se inclina para frente e enrola seu lábio. — Nada que o filho da puta não merecesse. Eu deveria tê-lo feito implorar. Você sabia que seu irmão morreu, Lexi? Será que o imbecil tentou sequer encontrá-la para lhe dizer? Caminhando para trás, eu perco o passo, tropeço para trás e caio duro de bunda. Não. Não! E Twitch fica lá. Olhando para mim. Como se eu fosse um pedaço de lixo. — Quem é você? Ele ri: — Agora, você pergunta? Você esteve me fodendo por meses e você nem sabe meu nome. Quem faz isso? O que ele diz a seguir me faz perceber que, tanto quanto eu tentei entender esse homem, eu não o conheço. Ele me olha nos olhos e anuncia clinicamente: — Meu nome é Tony Falcon. Passei minhas noites sonhando com uma garota chamada Alexa, que me ajudou quando eu tinha oito anos de idade. Ela me disse que não iria esquecer o meu nome. — seu rosto fica duro. — E eu prometi a mim mesmo me certificar de que ela não faria isso. Meus olhos se arregalaram em descrença atordoada e meu sangue corre frio. A pressão em meus ouvidos se constrói. Não!
Isto é um pesadelo. Um maldito pesadelo. Isto não está acontecendo comigo. As lágrimas vêm fortes e rápidas. Eu murmuro entre respirações ofegantes. — Antonio? Antonio Falco? Assentindo com a cabeça, lentamente, ele procura o meu rosto por um longo momento antes que ele cruze as pernas e se faz confortável. — Na minha mente, você era uma putinha de merda. Uma idiota estúpida que não podia cuidar da própria vida. E eu prometi a mim mesmo que eu te encontraria e seria a porra do seu dono. Tudo porque você me ajudou. Você me deu esperança em um mundo fodido. E quando essa esperança diminuiu e morreu, eu fiquei amargo. Eu sou amargo. Foi a porra da sua culpa que eu já tive sonhos. Sonhos que eu nunca deveria ter tido, Lexi. — fechando os olhos, sua voz suaviza um pouco. — Então eu não consegui te encontrar. Você não estava em qualquer lugar. Eu tinha todo esse dinheiro. Todos esses recursos ao meu alcance, e eu não consegui encontrá-la. Seus olhos se abrem e ele olha pra mim. — É como se você estivesse se escondendo de mim. Zombando de mim. Dizendo que eu não poderia tê-la. E ninguém diz não para mim, Lexi. Se o fizerem, eles mudam de ideia malditamente rápido o suficiente, ou morrem. Simples assim. Por que você não está indo embora? Porque ele está me cortando tão profundamente que eu preciso ouvi-lo até o fim. Twitch só poderia ter o seu desejo, afinal. Endireitando um pouco, ele remove as abotoaduras e as coloca ao lado dele na mesa. — Então, eu contratei uma pessoa que não iria falhar. E custoume o primeiro milhão, Lexi. Nox é o melhor no que faz, e ele não a encontrou... pela porra de um ano. De modo que só me deixou mais louco. — seus olhos brilham. — Então, quando eu finalmente recebi aquela ligação, eu estava chateado. Ele me disse que você está vivendo na Austrália há alguns meses e que sua mãe adotiva estava morrendo. Veja, isso deveria ter me feito sentir mal, mas isso não aconteceu, porque se estivesse sozinha, eu poderia manipulá-la mais
facilmente. Eu pensei que talvez demorasse apenas alguns jantares e ser doce com você para fazer você cair. Rapaz, eu estava errado! Meu cérebro está em congelamento. — O-o que aconteceu, então? Cruzando os braços, ele respira fundo e responde através de uma expiração. — Você era independente. E doce. E malditamente bonita. Você foi educada por si só. Você nem sequer precisa do meu dinheiro. Pelo menos, eu não acho que a teria feito mais feliz. E eu senti algo no primeiro segundo em que eu sentei e a assisti por debaixo do meu capuz. Eu também. Ele mergulha seu queixo. — E você também. Eu sei que você fez. — levantando o rosto de repente cansado ao meu, ele pronuncia com cautela: — Eu não estava destinado a me apaixonar por você. Você ia ser apenas um brinquedo para mim. Nada mais, nada menos. Eu ia humilhá-la sempre que pudesse, só porque eu podia. Fazer você perceber que a esperança significa merda. Eu ia fazer você fazer coisas horríveis, todas para o meu prazer. Não quero ouvir mais. Vamos. Em pé com as pernas trêmulas, eu viro e vou até a porta. Foi quando ele diz isso. — Você é a melhor coisa que já me aconteceu. Se não fosse por você, eu estaria na cadeia. Ou morto. Eu não sei qual é pior. Mas você me salvou. — ele parece decepcionado com ele mesmo quando ele sussurra: — Não era para eu me apaixonar por você. As lágrimas começam a cair, minha respiração trava, e eu giro a maçaneta. Sua voz soa atrás de mim, cruel e sarcástica. — Boa viagem. Sabia que ia ser um problema a partir do segundo eu contratei esse rato de rua para te estuprar.
Fugindo, ouço mentalmente vidro quebrando sob os meus pés porque eu passo por cima do meu coração despedaçado. Suas palavras deviam me deter. Elas deviam ter me deixado com raiva. Fazer com que eu queira lutar. Mas não há nenhuma luta dentro de mim. Estou farta. Farta com esta relação. Farta por me contentar com alguém que não me quer ou me ama. Farta com as mentiras e coisas escondidas. Estou farta. Meu coração não está partido. Não sobrou nada para que ele quebre. Estou oca. Minha mente repete o que Twitch disse. Sabia que ia ser um problema a partir do segundo eu contratei esse rato de rua para te estuprar. Um soluço irrompe em mim quando eu tento escapar da Falcon Plastics. Curiosamente, Ling me pega de surpresa esperando pelo elevador. Seu rosto uma mistura de preocupação e tristeza: — Ele terminou com você? Eu cuspo: — Cai fora, sua puta idiota. Ela suspira e se inclina na porta do elevador. — Se ele terminou com você... — ela se endireita, em seguida, começa a se afastar. — Há uma boa razão para isso. Descarto sua mensagem enigmática, o elevador se abre e eu o sinto nas minhas costas. Ele parece desesperado. — Você vai pegar o próximo elevador. Nós precisamos conversar. Sua mão tenta capturar a minha, mas eu me afasto. — Nada mais a dizer.
Entrando no elevador vazio atrás de mim, as portas se fecham e ele sussurra: — Pensei que eu poderia fazê-lo. Pensei que eu poderia deixá-la ir. Mas... mas eu não posso. — minha raiva aumenta. — Assim que eu vi você ir embora, algo estalou dentro de mim. Eu-eu não quis dizer isso. Entrei em pânico. Por favor, fale comigo. Sem me virar para ele, eu pergunto: — Você realmente contratou aquele homem? Ele responde imediatamente: — Sim. — minhas entranhas afundam e ele acrescenta com urgência: — Mas não era para ele levar tão longe. E ele está morto agora. Por isso, não importa. Eu te salvei. Eu zombo e ele diz: — Eu precisava de uma chance de conhecê-la. Eu precisava ter algo em você. Algo que você me deveria. Eu amo você, Lexi. — Você tem um jeito engraçado de mostrar isso. — virando-me para ele, eu zombo. — Antonio. Parado na minha frente, bloqueando a minha saída, ele rouba a minha mão e a coloca sobre o pequeno treze tatuado na maçã de seu rosto. Seus olhos encontram os meus frenéticos. — Sente essa cicatriz? Sabe como eu a consegui? — seus lábios tremem. — Você deveria. Você estava lá. Colocando a mão em seu rosto, eu mergulho meu queixo e choro baixinho — Eu ainda te amo. Então eu preciso me afastar de você. Você precisa de ajuda. Ele me ignora. — Este anjo aparece na minha frente. Eu penso que Deus mandou para mim. Que eu ia morrer e que ela estava lá para me guiar para o céu. Meus ombros tremem com cada respiração ofegante, eu gaguejo: — P-por favor, pare. Pegando meu rosto em suas mãos, ele continua: — Ela era mandona pra cacete. E eu me apaixonei por ela. Mas eu pensei que ela nunca iria querer alguém como eu. E a minha vida ficou complicada, e meu cérebro parou de
funcionar, como outros lugares. Em algum lugar entre aquela época e agora, ela se apaixonou por mim também. Beijando minha boca, ele pronuncia: — No entanto, ela está em perigo. E eu preciso mantê-la segura. Porque eu a amo. — outro beijo. — Eu mataria qualquer um que tentasse machucá-la. — Você está me machucando. Você esteve me machucando desde o primeiro dia. E o meu coração não aguenta mais. Estou farta. As portas do elevador se abrem e ele puxa para trás. — Você disse que nunca iria me deixar. E eu estou me segurando a isso. Porque quando você estiver segura novamente, eu voltarei para você, Anjo. Deixando-o no elevador, viro e começo a andar para trás. Observando ele olhar para mim, eu digo a ele: — Eu estou grávida. Seu rosto se contorce de dor. Uma lágrima cai passando o treze em sua bochecha. Fungando, ele vira a cabeça para limpar a lágrima. Ele parece tão determinado quando ele diz: — Então eu voltarei para vocês dois. Percebendo que não há nenhum ponto em discutir com Twitch, eu viro e vou em direção à entrada principal. Um homem segura a porta aberta para mim. Ele sorri docemente, e eu devolvo o sorriso. Não há nenhum ponto em estar com raiva de um homem que eu não conheço. Especialmente um que usa um tapa-olho. Eu ando uma curta distância antes de ouvir Twitch gritar: — Lexi! Corra! Mas eu não faço. Viro-me para o som de sua voz. O homem com o tapa-olho tem sua arma apontada para mim. Um coro de gritos em pânico irrompe, e as pessoas se dispersam como formigas. Eu não os culpo. Se eu não estivesse tão petrificada, eu correria também. O homem sorri para mim e grita para Twitch: — Você devia saber melhor, velho amigo. — segurando meu olhar, ele pronuncia: — Ninguém ganha na guerra.
Fechando os olhos com força, minhas mãos cobrem meu estômago protetor enquanto espero o inevitável. Hoje, eu morro. O tiro ressoa, e estou espantada com o quão pouco eu sinto. Outros três tiros ressoam e eu abro meus olhos. Twitch tem o homem de costas, com a arma apontada para sua testa. O homem ri. — Oh bem. Valeu a pena tentar. E essas seriam as últimas palavras que o homem disse. O corpo do homem treme de forma incontrolável quando Twitch puxa o gatilho e coloca uma bala em seu cérebro. Twitch se ajoelha sobre o corpo do homem, ofegante. Estendendo a mão, ele segura ao lado de seu pescoço, e por esse ângulo, não posso dizer o quão gravemente ferido ele está. Meu cérebro finalmente conta com meus pés para se mover e eu corro em direção a ele. A minha boca não vai funcionar. Meus olhos se movem para baixo para o lado de seu pescoço onde ele aperta sua mão. O sangue escorre por entre os dedos e eu sufoco. — Você está ferido. Ele ri. — Apenas um arranhão, babe. Sério, não é nada. Eu vejo como o fio se transforma em um jorro. Seus olhos tremulam quando ele diz fracamente: — Vai buscar Happy. Agora. Levantando rapidamente, eu corro de volta para dentro do prédio e grito: — Happy! Preciso de ajuda! Nem um segundo passa antes de ver Happy saindo pela porta à minha direita e correr para mim. Não me permitindo mesmo um momento longe de Twitch, eu corro e Happy segue. Ele grita: — O que aconteceu? Eu grito de volta: — Ele levou um tiro. No pescoço. Quando chegamos a ele, meu coração bate rapidamente. Ele não está se movendo. Happy corre para o seu lado e o levanta. Eu vejo o buraco de bala em
seu pescoço. Com cada batida de seu coração, mais sangue é bombeado para fora de seu corpo e para a calçada. Happy diz: — Vamos lá, cara! Espere! Basta esperar! Twitch! Acorde! — Happy o agita e ele se mexe. Puxando seu telefone celular, Happy disca e diz: — Ferimento de bala no pescoço. Perdendo muito sangue. Ele está quase inconsciente. — ele recita o endereço enquanto Twitch e eu olhamos nos olhos um do outro. Ele murmura: — Teimoso demais para morrer, babe. Você sabe disso. Eu sei disso. Pelo menos, é o que eu escolho acreditar agora. Com os olhos borrados, eu sussurro sem convencer: — Tudo bem. Ele força um sorriso e diz fracamente: — Tive ferimentos piores do que este. — seus olhos vibram. — Diga-me como vamos chamar nosso bebê. Eu sei o que ele está fazendo. Ele está tentando me distrair. O buraco de bala escorre sangue grosso e eu fico ali, petrificada, mas incapaz de desviar o olhar. Ele sussurra: — Baby, olhe para mim. Em meus olhos. Você sabe que eu amo quando você me vê. Piscando através das minhas lágrimas, eu digo a ele: — Eu não pensei em nomes. É muito cedo. Ele dá um meio sorriso. — Talvez nós vamos fazer juntos quando eu estiver melhor, não é? Eu respondo imediatamente: — Sim. Está bem, querido. Os sons de sirenes estridentes, juntamente com luzes vermelhas e brancas param meus pensamentos felizes. Mãos vêm em meus ombros e quando eu olho para o paramédico, eu vejo sua boca se movendo, mas as palavras não me atingem. O rugido do sangue em meus ouvidos faz com que eu fique temporariamente surda. O medo me imobilizou. Então Twitch está sendo carregado na parte de trás da ambulância, sorrindo para mim fracamente. Happy salta com ele e grita para mim: — Encontre-nos no hospital, Lexi.
Balançando a cabeça através de uma torrente de lágrimas, eu peço trêmula: — Não morra, está bem? Ele responde tão firmemente quanto pode. — Vai ficar tudo bem. E ele diz isso tão ferozmente que eu acredito nele.
Eu acredito nele.
Lexi Cinco anos depois...
A
cordo
de
manhã
com algo se contorcendo ao pé da cama, eu sorrio sonolenta. — Que diabos é isso? Há um monstro na minha cama? — eu tento o meu melhor para parecer horrorizada. Mas, seus risinhos histéricos são suficientes para denunciá-lo. Em um movimento rápido, eu puxo as cobertas e começo a rugir como um leão. AJ grita, completamente tonto antes de saltar em meus braços. Eu o envolvo apertado e começo balançá-lo, colocando beijos em sua testa. Avistando algo em suas mãos, eu sufoco uma risada na minha garganta antes de perguntar: — Querido, o que aconteceu com suas mãos? Olhando para cima, ele sorri, e eu seguro minha segunda risada da falha feita pela abertura dos dois primeiros dentes da frente faltando.
Eu sei que ele é meu filho, mas, por Deus, ele é adorável. Ele aponta para as costas das suas mãos e explica: — Eu sou como o papai. Verificando suas mãos novamente, eu olho de perto os desenhos do marcador em suas mãos. Ninguém nunca o acusou de não amar seu pai. Falando nisso, precisamos levantar. Nós vivemos sozinhos em uma casa de três quartos na periferia de Sydney. Viver com Twitch não foi uma opção. Eu parei meu trabalho como assistente social e agora visto com orgulho o título de mãe que fica em casa para o meu garotinho de quatro anos e meio de idade, de cabelos pretos, olhos castanhos. E ele é tão parecido com Twitch que é assustador. Mesmos olhares. A mesma atitude. Mesmo tudo. Às vezes me pergunto se esse garoto é sequer um pouco meu. Conhecendo Twitch, seu esperma provavelmente chegou ao meu ventre e decidiu que ia fazer a coisa toda do bebê por conta própria. A teimosia deve estar nos genes, porque AJ tem isso também. Ser uma mãe solteira, nem sempre é fácil, mas quando eu olho para o meu filho, eu não poderia imaginar minha vida sem ele. Ele totalmente vale a pena. E ele é tudo para mim. Colocando um último beijo em sua cabeça, digo-lhe: — Vamos lá, querido. Hora para ficar pronto. Vamos ver o seu pai hoje.
Ele pula e grita: — Uhulll! — então decola como um foguete pelo corredor até o banheiro. Eu ouço abrir água e sei que ele está escovando o que sobrou de seus dentes soltos. Rindo para mim mesma, saio da cama, estico, espreguiço e começo a me preparar. AJ corre pelo corredor vestindo uma camiseta e cueca; olhando em pânico, ele pergunta: — O que devo vestir? Mergulhando meu queixo, eu seguro meu riso. Twitch. Total Twitch-ismo ali mesmo. O dia em que ele começar a dizer às pessoas “vista-se bem”, eu vou ter um ataque cardíaco. Sabendo que ele quer se vestir bem para ver seu pai, digo-lhe: — Que tal o jeans preto e sua camiseta do Spiderman? Meu filho olha para mim com os olhos arregalados em reverência como se eu fosse um gênio e sem uma palavra, corre de volta para seu quarto. Eu ouço coisas sendo jogadas ao redor e eu não posso evitar. Eu rio silenciosamente enquanto balanço a cabeça. Ele sai todo vestido e eu digo: — Aí está! Você está ótimo, querido. — e ele está. Então eu vejo as mãos ainda desarrumadas com o marcador, e sugiro: — Talvez devêssemos lavar as mãos, no entanto. AJ suspira dramaticamente. — Mãe, eu tenho que mostrar ao papai! E isso encerra o assunto. Como posso discutir com isso? Eu rapidamente me visto e grito: — Vamos, AJ. Vamos lá. Ele me segue para fora da porta e nós estamos fora.
AJ diz-me para esperar em meu lugar normal, enquanto ele fala com Twitch, alto e animado. Fingindo ler, sento no banco e vejo quando AJ mostra-lhe as suas ‘tatuagens’ e alguns de seus novos brinquedos. Seu novo e favorito é um boneco Buzz Lightyear que chegou semana passada. AJ mostra o astronauta por um tempo, então ele se senta na frente de seu pai e fala a orelha dele um pouco mais. Quando a meia hora passa, meu peito aperta. Relutantemente, eu os abordo e peço a AJ: — Ei amigo, você se importa se eu falar com seu pai sozinha por um tempo? AJ não parece feliz, mas ele murmura: — Tudo bem. Digo-lhe: — Fique onde eu possa ver você, baby. Ele se move para sentar no banco onde eu normalmente espero, e eu volto para Twitch. — Ele é lindo, não é? — eu pergunto. Mas, como de costume, a lápide branca brilhante não responde. E meu coração dói. O dia que eu tentei sair e Twitch foi baleado, ele passou uma semana em coma induzido antes de finalmente desaparecer. E foi difícil.
É sempre difícil perder alguém que você ama. Mas isso foi mais difícil. Foi mais difícil, porque nós lutamos. Foi mais difícil, porque eu lhe disse que a morte de Michael foi tudo culpa dele. Foi mais difícil, porque eu tinha acabado de descobrir que estava grávida. Foi mais difícil também, porque eu tinha duas mortes a lamentar. Michael e Twitch. Peguei dispensa no trabalho por tempo indeterminado, mas decidi no final que eu estava muito danificada para querer ajudar outras pessoas danificadas. Era egoísta, mas eu tinha que fazer o que era melhor para mim. Happy, Nikki e Dave são ainda uma grande parte de nossas vidas. Eles têm que ser. Eu não lhes deixei uma escolha. Eles são padrinhos de AJ. Nós nos reunimos tanto quanto possível, o que é geralmente uma vez por semana. AJ deleita-se com as histórias que seu tio Happy conta a ele sobre seu pai. Um mês depois de sua morte, Ling apareceu na minha porta. Olhamos uma para a outra por muito tempo. Ela olhou para a pequena onda de minha barriga antes de quebrar. Eu a segurei e lamentamos juntas, unidas em nosso amor por Twitch. Antes de sair, ela me entregou um envelope e, antes de abri-lo, eu sabia o que era. O abri e eis que um cheque de sete dígitos estava lá dentro. Então eu descontei, e quando AJ nasceu, eu coloquei a maior parte dele em um fundo fiduciário para ele, que ele pode acessar quando ele tiver vinte e um anos. Eu comprei a nossa casa com o dinheiro e guardei um pouco para vivermos. Não que isso seja necessário. Todo mês, uma quantidade mais do que razoável de dinheiro é transferida para a minha conta. A quantidade seria suficiente para AJ e eu vivermos confortavelmente. Pedi a Happy para parar de fazer isso. Ele
confidenciou que não era ele, e após trabalhos de detetive, a fonte do dinheiro é indetectável. AJ leva o nome de Twitch. Nome completo do meu bebê é Antonio Falco Jr. O cheque não foi uma surpresa para mim. Eu sempre soube que Twitch iria cuidar de mim. Nem sempre do jeito que eu queria. Ele sempre fez a coisa certa da maneira errada. Mas ele me amava. Em sua própria maneira. Eu sei que ele fez. A coisa é, eu ainda sou apaixonada por ele. Olhando para a lápide de mármore, a ponta do meu nariz formiga. Lábios tremem, eu sufoco: — Isso nunca fica mais fácil, babe. Algum dia, eu quero vir aqui e sair sem chorar. — as lágrimas caem livremente. — Mas eu não posso. É muito difícil. — eu fungo. — Eu ainda sinto você. Eu sei que é loucura, mas eu sinto você me observando. Isso me traz conforto. Mesmo que seja apenas na minha cabeça. Às vezes eu não consigo parar de olhar para você. Eu daria qualquer coisa para ver aquele capuz. Enxugando as minhas bochechas, eu respiro fundo, inspiro e expiro lentamente. — Eu te amo. Seu filho te ama. — minha voz treme. — Eu espero que você esteja lá em cima sentindo o amor. Porque ainda sinto você aqui em baixo. AJ está orgulhoso que você é o pai dele. E eu também — andando para trás, eu sussurro: — Você é para sempre meu herói. Feliz aniversário, Twitch. Vou até o meu filho, levo-o pela mão, e juntos, fazemos nosso caminho para o nosso carro. AJ se liberta e corre de volta para Twitch. Cavando os bolsos, ele tira os pequenos punhos de suas calças e coloca o M & M na lápide reluzente antes de correr de volta para mim, sorrindo. Ele chega abraçando-me ofegante, e passando um braço ao redor dele, eu inclino e beijo sua cabeça com cheiro doce. Estendendo a mão, ele pega a minha mais uma vez. Um sentimento familiar me envolve.
Meu coração dói quando eu me afasto do único homem que amei.
Twitch Eu observo do meu local de costume, os binóculos me ajudam a ver tão claramente quanto possível. As mãos de AJ cobertas com marcador me fazem chorar como um maldito bebê. Vendo Lexi perder o controle também não ajuda. Essa mulher devia ser minha esposa. Eu tenho ciúmes de Happy. Ciúmes de que ele vai passar tempo com minha família enquanto eu não sou nada, apenas uma sombra. Mas meu filho merece uma vida boa, e se isso significa não ser parte dela, então que assim seja. Então eu tenho que vê-lo crescer de longe. É uma merda, mas eu o amo o suficiente para saber que ele está melhor sem mim. Virando-me, eu vou embora sabendo que, tornando-me morto, eu fiz a coisa certa. Pela primeira vez na minha vida. Eu voltarei para eles.
Redenção está próxima. E eu a chamo de AJ.
Fim