PARQUE URBANO MARIANA ORTIGOSA TORRES
CENTRO UNIVERSITÁRIO MOURA LACERDA
MARIANA ORTIGOSA TORRES
PARQUE URBANO
RIBEIRÃO PRETO 2013
Centro Universitário Moura Lacerda Arquitetura e Urbanismo
PROJETO DE UM PARQUE URBANO PARA A CIDADE DE RIBEIRÃO PRETO
Projeto apresentado ao curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário Moura Lacerda, como requisito para a obtenção do título de bacharel em Arquitetura e Urbanismo, sob a orientação da Profª Dariane Bertoni.
RIBEIRÃO PRETO 2013
DEDICATÓRIA
Dedico esse trabalho à minha família e meus amigos, que sempre presentes, me proporcionam uma confiança imensurável. Mas dedico principalmente ao meu pai, Marco, que desde que nasci, é o meu ponto de apoio, se dedicando com muito amor para que eu realize meus sonhos.
AGRADECIMENTOS Antes mais nada agradeço à Deus por tantas pessoas boas que colocou em minha vida na jornada da faculdade e pela força que me deu em todos os dias de dificuldade que passei por aqui. Foram alguns dias de aperto e desespero, pois nosso curso é exigente, mas em maioria, sem dúvidas, esses dias foram de alegria. Amigos que serão para sempre, professores incríveis e companheiros, além de maravilhosos arquitetos e urbanistas. Agradeço principalmente ao meu pai Marco Antonio Torres Augusto, pois sem ele eu nunca chegaria onde estou hoje, me formando e sonhando com o sucesso da minha carreira. Obrigada pai! Por sempre estar do meu lado e não deixar de acreditar em mim em nenhum momento, por me incentivar e constantemente evidenciar que sou capaz de passar por qualquer dificuldade. Você é o meu exemplo de vida, de honestidade, perseverança e bondade. Tenho um orgulho enorme de ter você como pai e te amo muito. Ainda agradeço à toda minha família, que reza e torce muito por mim. Cada um de vocês é especial e a certeza que depositam em mim é imprescindível para o meu caminhar. Agradeço ao meu companheiro Ricardo Vessi, que esteve ao meu lado nos momentos mais extremos de nervosismo e ansiedade com o final dessa etapa da minha vida, me mostrando que a paciência é a nossa melhor amiga, e que tudo vai dar certo. Obrigada amor, pela calma, pelas noites sem dormir me ajudando nos trabalhos e por sempre me guiar para o melhor caminho. O seu apoio foi fundamental para que tudo isso desse certo. Agradeço aos meus amigos de faculdade Caio Drusus, Leandro Fardin, José Augusto Gual e João Henrique Bernardes, que se tornaram irmãos pra mim. Meninos, o meu obrigada é pelo amor que construímos. A nossa parceria na faculdade foi linda de viver! Com amor agradeço o apoio das minhas amigas de anos Mariane Matiola, Mariana Souza, Ana Camila Nobile, Barbara Copeti, Carolina Fávero e Nathalia Penha, pelo companheirismo que nunca deixam de ter comigo. Vocês também acreditam muito em mim, e isso é indispensável no meu percurso. À minha querida orientadora Dariane Bertoni, mulher e arquiteta que admiro muito. Obrigada por ter compartilhado comigo um pouco do seu vasto conhecimento. Sei que ainda tenho muito à aprender com você. Saiba que passou a ser para mim, um espelho da arquiteta que hei de ser. Também agradeço à todos os professores do curso de Arquitetura do Moura Lacerda, que além da sabedoria, passaram todo o amor que tem pela profissão. Graças à vocês, hoje digo que sem dúvidas, eu não me vejo fazendo outra coisa, outra faculdade, e não me arrependo em nenhum momento da escolha que fiz. Pois sou apaixonada pela Arquitetura. Porém, sem todos citados nos meus agradecimentos, eu não teria forças. Obrigada! O meu amor é muito grande por cada um de vocês.
RESUMO O presente trabalho tem como tema o projeto de um parque urbano, um equipamento diferente do que nos é proporcionado. Se trata de uma área de convívio, criada para oferecer um local aberto, de recreação, para pessoas e cães. Para a elaboração e implantação, estudamos praças de Ribeirão Preto, e por consequência as questões da paisagem, que incluem topografia, diretrizes viárias, equipamentos urbanos, paisagismo e principalmente o espaço para uso deste parque.
ABSTRACT The theme of this work is an urban park, a different equipment of what is give to us these days. It’s about a common area, created to offer a outdoor place, for recreational purpouses, both for people and their dogs. For this project, we study a lot of parks in Ribeirão Preto, and then, the aspects: topography, guidelines, urban equipments, paisagism and especially the place to build this park.
SUMÁRIO Introdução 1.Parques Urbanos…………………………….…………………………………..................12 2.Referências Projetuais…………………………….…………………………....................15 3.Árvores………………………………………………………………………………………..25 4.Área de Projeto……….…………………………………………………………….…….….28 5.Proposta Projetual………………..……..……………….……………………………….…40 Referências
INTRODUÇÃO O presente trabalho tem como tema o estudo
de
ambientes
abertos
comer, beber, etc., e principalmente, eles
têm necessidade de espaço adequado para
frequentados por animais e pessoas. Sabemos que atualmente a convivência
convidados a viverem parte de uma vida conosco, estão presentes em inúmeros momentos importantes, e até mesmo momentos sem significado algum como, uma
co’mpanhia
para
assistir televisão; Há também outras situações, onde existem pessoas que necessitam da companhia de um cão para
realizar
atividades
ligadas
Segundo
Batch
As pesquisas mostram que os cães não são apenas companheiros. Eles oferecem benefícios tanto físicos como para a saúde mental de seus proprietários. A importância dos cães na sociedade ajudou mesmo gerar um novo campo de estudo, gestão de animais urbanos, que visa assegurar os cuidados dos animais tomados no ambiente urbano.
mais frequente e íntima. Os cães são
exemplo,
bem.
(2012.Não paginado).
dos animais com os homens é cada vez
por
viverem
a
locomoção e orientação, como os cães
Entendemos portanto que é importante um
guias, acompanhantes de portadores de
local
deficiência
outras
integração, convívio e socialização com
deficiências. Por isso e muitos outros
outros da mesma espécie, melhorando o
motivos, nossos amigos necessitam de
comportamento dos animais. As pesquisas
condições para uma vida saudável. São
indicam que cães que frequentam lugares
seres que dependem de nós para viver,
onde possuem outros cães se tornam
visual,
entre
adequado
para
atividades,
8
menos agressivos e mais sociáveis tanto
O espaço oferecido é visto não como um
entre si, como com as pessoas. Ser
benefício somente para os cães, mas
sociável, não é apenas conviver com os
também para toda a sociedade, que
seres da mesma espécie, mas também
utilizará
aprender a lidar com algo novo, viver sem
atividades de lazer e ainda irá conviver
medos. E o resultado disso, são animais
num ambiente projetado para atender as
adultos equilibrados e saudáveis. Muitas
necessidades de seus animais, com boas
dessas características são presentes em
condições
cães que tem contato com outros cães, e
segurança. São comuns os casos de
praticam atividades físicas.
pessoas que possuem cães de grande
Segundo Dumazedier (1979:16, apud
porte e não encontram locais adequados
MORAGAS, 2009, p. 2)
para a prática dos exercícios que este tipo
o
parque
de
urbano
higiene,
bem
em
suas
estar
e
de cão necessita, tanto para gasto de O conjunto de ocupações às quais o indivíduo pode entregar-se de livre vontade, seja para repousar, seja para divertir-se, recrear-se e entreter-se ou ainda, para desenvolver sua formação desinteressada, sua participação social voluntária, ou sua livre capacidade criadora, após livrar-se das obrigações profissionais, familiares e sociais.
energia quanto para o adestramento, o que
traz
muitos
benefícios
ao
cão
tornando-o mais calmo, obediente e feliz. No Brasil não existem locais apropriados e planejados
para
Geralmente
usa-se
estes
as
vias
animais.
públicas,
criando constrangimento, porque algumas pessoas não se identificam com a espécie, assim, constituindo locais impróprios de uso.
9
acompanhados em nível de habitação e serviços urbanos, ocasionando desestruturação na vida da cidade.
Em países de primeiro mundo são comuns os parques “Pet Place”, como são chamados, foram projetadas já há alguns anos praias para uso e lazer de cães.
Atualmente
Perante isso, vemos a necessidade de
extremamente acelerada, tentando seguir
pesquisas relacionadas ao assunto, sobre
o
as necessidades caninas, pois ao longo
desenfreado nos grandes centros urbanos,
dos anos há um aumento considerável de
e também pelas novas formas de morar, e
pessoas
como
a constante migração ou transição de
animais de estimação. Há uma grande
indivíduos entre as cidades, em busca de
demanda para este público, que utiliza
melhor qualidade de vida, como emprego
locais inadequados.
e estudos, torna as cidades desordenadas,
Segundo Moragas (2009, p.3)
espraiadas
que
possuem
cães
ritmo
a
expansão
do
urbana
crescimento
e,
muito
está
populacional
frequentemente
subutilizando áreas de grande potencial No que diz respeito ao espaço para o lazer, percebe-se uma série de descompassos. Entre eles o crescimento recente e acelerado de nossas cidades, o aumento da população urbana, intensificada pelo êxodo rural e pelas migrações internas, que não foram
por não servir mais a determinadas necessidades.
Sobre
a
postura
dos
governos em relação à concepção dos
espaços, Dias (2005, p.6), aponta que “faltam-nos
principalmente
políticas
públicas verdadeiramente imbuídas para a criação de projetos urbanísticos voltados a melhoria e a criação de novos espaços
10
e a obesidade, os tornando também mais
públicos”.
dóceis e calmos.
O passeio é a atividade de maior importância para a saúde deste animal,
Nas grandes cidades, as relações tendem a ser mais impessoais, com as pessoas sendo mais anônimas; portanto, levar animais de companhia a parques e locais públicos em grandes centros urbanos se constitui numa prática social que auxilia a maior proximidade entre elas, especialmente entre os proprietários de cães, animais que servem como ponto de contato entre os seus donos. (DALFARRA, 2003).
cada dono deve ter a responsabilidade e a consciência de estimular e acompanhar seu
cãozinho
em
atividades
físicas
diárias. É claro que cães que moram em apartamentos
e
praticam
caminhada
todos os dias, gastam muito mais a energia que se acumula, do que outros que vivem em um espaço grande, porém não praticam exercícios. “Cães
são
tão
sociais
quanto nós,
autenticas borboletas sociais que não conseguem viver sem interação social.”
Optamos por desenvolver um local aberto
(MCCONNELL,
apud
para pessoas e cães, estudamos praças
RUFATO 2011). Eles têm necessidade de
de Ribeirão Preto para a implantação e por
interação social, e minimização do tédio,
consequência incluímos as questões da
até porque a maioria passa um ou dois
paisagem.
Dentro
períodos do dia sozinho. É a partir dai
estudamos
o
que vemos que o passeio serve de
diretrizes viárias, equipamentos urbanos e
estímulo mental e para o gasto de
principalmente o estudo do espaço e uso
energia, além de diminuir o sedentarismo
para este parque urbano.
2006
p.
20,
dessas
questões,
paisagismo,
topografia,
11
1. PARQUES URBANOS ambiente, as áreas verdes públicas constituem-se elementos imprescindíveis para o bem estar da população, pois influencia diretamente a saúde física e mental da população.
A pesquisa bibliográfica tem como objetivo o conhecimento sobre
parques urbanos para definir o que são, quais seus usos e qual a sua relação com a cidade, também verificar o que é necessário à um parque urbano para cães e de como o mesmo pode ser implantado no ambiente urbano na cidade de Ribeirão Preto – SP.
É importante destacar os conceitos e definições
de
áreas
verdes
públicas
urbanas, seus benefícios e relações com o meio urbano e a natureza.
Cabe lembrar que este assunto ainda é incipiente no Brasil e não há uma
O paisagista deve atentar, também, para a adaptação, que é uma expressão do ajustamento entre o ser e o meio, o animal e a planta, o homem e a natureza, o homem e a cidade. MARX (2004, Pag. 45).
bibliografia específica para o mesmo, então esta pesquisa tomará como base
referências sobre parques urbanos e suas relações com a cidade. Segundo LOBODA (2005, pag.131). A qualidade de vida urbana está diretamente atrelada a vários fatores que estão reunidos na infraestrutura, no desenvolvimento econômico-social e àqueles ligados à questão ambiental. No caso do
Na
implantação
urbano
que
de
atende
um a
equipamento uma
grande
quantidade de pessoas e animais é necessário tomar conhecimento de toda a sua ligação com a cidade, por isto o local
escolhido deverá ser prioritariamente 12
analisado e selecionado a partir de
estudos de regiões em que um parque para
cães
teria
aproveitamento
um e
melhor assim
consequentemente valorizando o seu
a requalificação da paisagem urbana, valorizando áreas, se aproveitando de grandes vazios urbanos, e tornando áreas marginalizadas
em
locais
com
mais
segurança e com uma grande frequência de pessoas, com o constante crescimento
entorno.
das cidades é importante a presença de A distribuição de espaços livres para serem apropriados pelo homem sistema de parques) fica vinculada às maneiras de acessos disponíveis em cada uma das escalas de urbanização, e à frequência dos usuários. MAGNOLI (2006, pag. 203). Define-se com esta pesquisa a frequência e perfil do usuário, qual a melhor forma de atender ao público que possui cães como animais de estimação e pessoas que utilizarão este parque, seja para prática
de
exercícios,
integração,
contemplação paisagística, entre outras diversas fontes de lazer. Um parque urbano também contribui para
áreas onde as pessoas possam desfrutar dos benefícios da natureza num ambiente urbano.
Moro (1976, pag. 15 apud LOBODA, 2006 p. 130) afirma: A constante urbanização nos permite assistir, em nossos grandes centros urbanos, a problemas cruciais do desenvolvimento nada harmonioso entre a cidade e a natureza. Assim, podemos observar a substituição de valores naturais por ruídos, concreto, máquinas, edificações, poluição etc..., e que ocasiona entre a obra do homem e a natureza crises ambientais cujos reflexos negativos 13
banalizados e esquecidos, locais para o encontro de pessoas como praças e contribuem para degeneração do meio ambiente urbano, proporcionando condições nada ideais para a sobrevivência humana.
parques acabam perdendo espaço no meio urbano, é necessário à retomada destes equipamentos, garantindo que as pessoas utilizem destes locais.
Segundo SANTOS (1997, p. 48. Apud Parques Urbanos merecem destaque quanto aos benefícios que trazem para a cidade, entender como a sociedade interage com estes espaços e qual sua
visão sobre eles é uma importante estratégia para suprir as expectativas da população e principalmente entender este espaço como um todo.
Loboda, 2005 pag.136), “as cidades são criadas para a economia e não para os cidadãos” isso faz com que o espaço público
cada
vez
mais
ausente,
só
contribua para a marginalização de certas
áreas. Parques e áreas de convívio são equipamentos que além de integrar a população, elimina os locais perigosos da
As atividades recreativas requerem espaços livres apropriados, as zonas verdes para o jogo e para o esporte perto das casas, os parques dos bairros, os parques da cidade, as grandes zonas protegidas do território. BENEVOLO (1993 apud Loboda, 2005).
cidade. “O paisagismo é a única expressão artística em que participam os cinco sentidos do ser humano” Abbud (2006, pag. 16). O indivíduo tem sensações ao ter contato com a natureza, seja pela visão, tato, olfato ou paladar. É importante a conexão entre pessoas e o meio natural,
Com o crescimento das cidades os locais
proporcionando uma vivência sensorial
públicos
muito mais ampla.
se
tornam
cada vez mais
14
2. REFERÊNCIAS PROJETUAIS
Fig. 01
Fonte: http://cityhallblog.dallasnews.com/2009/12/7-acre-dog-park-to-open-saturd.html/
NorthBark Dog Park está
manutenção. Possui uma paisagem nativa
localizado em Dallas, Texas, EUA. É um
com
parque implantado em uma área de 5,75
estacionamento
hectares, que contabilizam 57.500m².
sanitários,
Funciona de 8 a 9 horas por dia,
bancos em locais sombreados, fontes de
fechando as terças-feiras para
água e uma lagoa.
vastas
áreas para
bebedouros,
de
sombra,
140
veículos,
latas
de
lixo,
15
Fig. 02
Fonte: http://s3-media1.ak.yelpcdn.com/bphoto/bEjjPGcZ_ez3atrVdlvs9A/l.jpg
Qualquer pessoa que trouxer seu cão deve mantê-lo preso à coleira ao entrar e
interessante: os cães devem ter um
sair do parque. Essa é uma das regras
registro, ninguém pode entrar nas áreas
principais. Uma vez dentro do local
fechadas com um animal que não esteja
designado sem coleira, é permitida a
usando etiquetas que mostrem que ele
retirada, permitindo que o cão corra
está vacinado contra raiva. O usuário que
livremente. Por medidas de segurança,
não cumprir as regras é punido com uma
também
multa de até US $ 2.000,00.
é
adotado um
sistema
16
Fig. 03
Fonte: http://www.dfwdogs.com/northbarkpark/map.gif /
As áreas são cercadas e divididas por
menos de 14kg, em uma área de pouco
porte animal: Cães de grande porte, com
mais de 4.000m². Entre essas duas áreas
mais de 14kg, ficam em uma área de
existe uma lagoa de uso comum que
30.000m², já os de pequeno porte, com
possui 7.000m².
17
Fig. 04
Fonte: http://farnorthdallas.advocatemag.com/wp-content/uploads/2012/05/IMG_9563_2.jpg
Há também uma trilha para caminhada,
pavilhão cuja laje é um mirante. Nesse
equipamentos para treinamento de agility
pavilhão há áreas de estar, trilhas para
e 4 mesas de piquenique locadas sob um
caminhadas e passeios de bicicleta.
18
Fig. 05
Fonte: http://www.arthitectural.com/wp-content/uploads/2011/02/810-01_01_ph-Elena_Valles.jpg
Localizada na antiga cidade de Lheida na
pequena,
Espanha, o estudo feito pelo escritório
enriquecimento do espaço público de um
EMBT, de Enric Miralles traz um projeto
dos bairros mais antigos da cidade. Seu
para a nova praça com a combinação da
sutil urbanismo atua como uma onda
arte da paisagem mais elegante com
expansiva, onde o tratamento de luz
melodias do compositor que leva seu
natural e iluminação artificial representam
nome:
um
Ricard
Viñes.
O
arquiteto
transforma uma área relativamente
papel
contribuindo
relevante
para
na
o
paisagem
urbanística do entorno onde está situado. 19
Fig. 06
Fonte: http://www.designboom.com/weblog/images/images_2/erica/788/plaza01.jpg
labiríntico,
guiando
os
passos
da
Seu layout com o desenho de um labirinto
coreografia em torno da figura central,
se junta os elementos de mobiliário para
uma característica que guia o movimento
uso público. Este se integra à trama
da dança, preenchendo o espaço com um
urbana,
passeios
som que se envolve com a vida. As
longitudinais e um tapete verde que
pessoas e o tráfego se envolvem de
orienta os transeuntes no interior da
maneira diferente na Praça Ricard Viñes,
cidade. Propôs-se um espaço aberto com
onde os pedestres são prioridade da
uma pista de dança e um caminho
mobilidade na praça.
através
dos
20
Fig. 07
Fonte: http://farm2.static.flickr.com/1071/5154516402_9b20874ed1.jpg
A praça é dividida por áreas verdes, um
natural, suavizado com o plantio de novas
labirinto de árvores e arbustos é visível
árvores e pequenos espaços verdes que
de
estabelecem o ritmo de entrada pros
longe.
Essa
vegetação
ajuda a
organizar as atividades da área de
edifícios residenciais.
entretenimento,
parques
Uma ampla fonte de luz ressalta a idéia de
infantis, bancos e caminhos. As duas ruas
vida em comunidade em um espaço
que levam à praça são de acesso aos
púbico e o conceito de festa de rua como
pedestres, com pavimento em pedra
um sinal de identidade coletiva.
com
bares,
21
EQUIPAMENTOS Fig. 08
Fonte: http://4.bp.blogspot.com/-XoCMm8CajfQ/UHRodZ113I/AAAAAAAAAkg/7bH7m2ounU4/s1600/FONTE+ILHABELA+(1).JPG
Fig. 08: Fonte interativa localizada na Praça Coronel Julião de Moura Negrão, em Ilhabela, SP.
É utilizada para a recreação de crianças e como elemento lúdico da praça,
22
Fig. 09
Fonte: http://www.cre8play.com/#gallery/project/28
Fig. 09: hidrante de pulverização e
Localizado no Dream Dog Park, em Johns
borrifadores de água que saem do chão
Creek, Geórgia, EUA.
para a recreação de cães e crianças.
23
Fig. 10
Fig. 10: Bebedouro de รกgua para pessoas e animais, este situado no Dog Park, em Irving, no Texas. Fonte: http://www.flickr.com/photos/triple_d_brand/6340868392/ Fig. 11
Fig. 11: Mobiliรกrio desenvolvido pelo arquiteto Enric Miralles. Fonte: http://sebastianperez.files.wordpress.com/2008/07/sdc11645.jpg
24
3. ÁRVORES Fig. 12
Segue estudo feito para as três espécies de árvores escolhidas para complementar as que já existem na área de projeto.
SIBIPIRUNA
Conhecida cientificamente como Caesalpinia Peltophoroides, e popularmente também chamada de coração de negro, ebipira, sibipira ou sibipiruna. É uma leguminosa de porte grande, pode atingir de 8 a 25 metros de altura. Seu tronco é cinzento e se torna escamoso com o tempo, com o diâmetro de 30 a 40 cm. A copa é arredondada e ampla, com até 15 m de diâmetro. Sendo a mesma densa, desempenhando uma sombra fresca e floração exuberante. Suas folhas são compostas, com folíolos elípticos e verdes. No inverno caem quase todas as folhas, que voltam a brotar na primavera. A floração ocorre de setembro a novembro, com inflorescências eretas e cônicas, do tipo espiga e com numerosas flores amarelas. É uma árvore nativa da Mata Atlântica, possui uma boa adaptação ao clima de todo o Brasil. De excelente efeito paisagístico, costuma ser muito utilizada na arborização urbana, pois tem um crescimento rápido e raízes comportadas, que dificilmete causam danos ao passeio. Ao ter um espaço adequado para seu crescimento, é possível seu plantio em qualquer região do país.
Fonte: http://static.panoramio.com/photos/original/10491434.jpg Fig. 13
Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/ commons/d/d2/Caesalpinia_pluviosa_Leaves.jpg
25
AROEIRA PIMENTEIRA
Sua espécie é Schinus Terebinthifolius, e dentre os populares estão: aroeirabrasileira, aroeira-pimenteira, aroeira-vermelha, aroeira-dobrejo, entre outros. É uma árvore nativa de porte médio que chega a ter de 5 à 10 m de altura. Sua copa arredondada e adensada, geralmente com média de 7 m de diâmetro, proporciona uma sombra agradável e fresca. Seu tronco é tortuoso, com casca fissurada e grossa, pode ter de 30 à 60 cm de diâmetro. As folhas são compostas, com folíolos em número de 3 à 10 pares. As flores são pequenas em panículas, que abrem principalmente entre os meses de setembro e janeiro. Seu fruto é vermelho brilhante, aromático e adocicado, e a frutificação ocorre entre janeiro e julho. Além do seu crescimento ser relativamente rápido, sua beleza ornamental aliada à rusticidade, a faz ser uma excelente escolha para paisagismo e arborização urbana.
Fig. 14
Fonte: http://arvoresdesaopaulo.wordpress.com
Fig. 15
Fonte: http://reinometaphyta.wordpress.com /2012/06/02/aroeira-vermelha-schinus-terebinthifolia/
26
Fig. 16
UVAIA De nome científico Eugenia Pyriformis, essa é uma árvore frutífera de origem nativa, de porte pequeno à médio, que pode ter de 2 à 13 m. Seu fruto é amareloalaranjado, com 5 à 7 cm, de formato esférico ou piriforme e rico em vitamina C (cerca de 4 vezes mais que a laranja). A casca é extremamente fina e polpa macia e suculenta, que contem um aroma acentuado e delicioso sabor agridoce. É considerada uma das mais perfumadas e saborosas frutas da Mata Atlântica. O crescimento é de brevidade média. Só é uma fruta ausente no mercado pelo fruto amassar, oxidar e ressecar facilmente, o que dificulta sua comercialização. Floresce nos meses de agosto e setembro, sento os frutos produzidos de setembro à janeiro. Sua delicadeza é expressiva, de copa densa e arredondada. Apresenta características ornamentais graças à essa delicadeza.
Fig. 17
Fonte: http://plantandovida.files .wordpress.com/2012/09/dsc000051.jpg
Fonte: http://www.flickr.com/photos/ andrebenedito/2333730896/
27
Fig. 18
Mapa de Localização
4. ÁREA DE PROJETO
Fonte: https://maps.google.com.br/
Local: Subsetor Sul 3 – Bairro Jardim Irajá
28
FOTOS DA ÁREA
Fig. 19
Fonte: Arquivo pessoal
29
Fig. 20
Fonte: Arquivo pessoal
30
Fig. 21
Fonte: Arquivo pessoal
31
Fig. 22
Fonte: Arquivo pessoal
32
Fig. 23
Fonte: Arquivo pessoal
33
Fig. 24
Fonte: Arquivo pessoal
34
Fig. 25
Fonte: Arquivo pessoal
35
Mapa Topográfico
Fig. 26
Fonte: Arquivo pessoal
A praça escolhida é localizada no bairro
na área, famílias da vizinhança e algumas
Jardim
pessoas com seus animais de estimação.
Irajá,
próxima
às
Av.
Leais
Paulistas, César Vergueiro e João Fiúsa.
Na topografia é presente um desnível a
A predominância do entorno é residencial,
partir da R. Dr. Paulo Barra, descendo 10
contendo algumas prestações de serviços
metros em direção à R. Paschoal Bardaro.
e comércios. Foi observado no estudo de
A vegetação é mista e em grande
campo feito
demanda.
36
(prancha plotada A3)
(prancha plotada A3)
(prancha plotada A3)
5. PROPOSTA PROJETUAL Essas áreas existentes têm sido cada vez mais utilizadas para atividades, dentre elas esportivas, lúdicas e culturais. Existe uma
tentativa, como as academias ao ar livre, por exemplo, que é um item que faz com que esses espaços sejam mais bem PRAÇAS - PROBLEMAS Uma questão que vem sido
utilizados, porém vemos claramente que precisam ser aperfeiçoados.
discutida com frequência é o abandono
Áreas verdes existentes apenas para
de praças na cidade, os investimentos
contemplação e utilizadas pra descanso,
dependem do poder público, que parece
hoje são apenas espaços mal utilizados,
não se importar muito com isso. Praças e
tornando o ambiente inseguro. Por isso é
áreas de lazer são investimentos que
importante dar ênfase a atividades que
devem ser feitos para a sociedade,
dão movimento.
porém, para um bom uso da população,
A
esses locais devem ser mantidos em
interessantes e isso é importante para
manutenção
adultos,
constante,
o
que
cabe
população
precisa
crianças
e
de
como
espaços
citado
também do poder público, no caso a
anteriormente, é de grande importância
Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto.
um espaço destinado aos cães.
40
PROGRAMA DE NECESSIDADES
- SETORES POR PORTE DE CÃES: PEQUENO MÉDIO/GRANDE
- ÁREAS DESCOBERTAS:
ÁREAS AO AR LIVRE - GRAMADO TRILHA PARA CAMINHADA LAGO FONTE INTERATIVA BANCOS/LIXEIRAS BEBEDOUROS DE ÁGUA PARA AS PESSOAS E SEUS ANIMAIS
- ÁREAS COBERTAS:
COBERTURAS SOMBREADAS SANITÁRIOS
‘
41
FLUXOGRAMA
PESSOAS
CÃES
Áreas descobertas
Bancos
Divisão por porte Pequeno
Áreas cobertas
Lixeiras
Médio Grande
Áreas ao ar livre Áreas sombreadas
Trilha para caminhada
Fonte interativa
Lago
Bebedouro Sanitários
Bebedouro
42
CROQUIS INICIAIS Fig. 27
Fig. 29
Fonte: Arquivo pessoal Fig. 28
Fig. 30
Fonte: Arquivo pessoal
Fonte: Arquivo pessoal
Fonte: Arquivo pessoal
43
PLANO DE MASSAS INICIAL Fig. 28
área gde. porte área méd. porte área peq. porte
gramado
pista para caminhada
Lanchonete/ área convívio lajes/assentos em concreto
44
PLANTA INICIAL
área coberta
escada
espelho d’água
área gde. porte
sanitários
área peq. porte
área méd. porte
45
(prancha plotada A1)
(prancha plotada A1)
(prancha plotada A1)
(prancha plotada A1)
(prancha plotada A1)
IMAGENS 3D
51
52
53
54
55
56
57
58
59
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6.REFERÊNCIAS MILLAN, Cesar. O encantador de cães; Compreenda o melhor amigo do homem. 2006. MILLAN, Cesar. Cães educados, donos felizes. 2007. RUFATO, Adriana Feres. Parque para cães. 2011. Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação.
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Praças da cidade vêm sendo alvo de vandalismo e abandono. Disponível em: < http://www.ribeiraopretoonline.com.br/noticias/pracas-da-cidade-vem-sendo-alvo-devandalismo-e-abandono/21386> Acesso em 12 abr. 2013. Árvores indicadas para o plantio na arborização de São Paulo SP. Disponível em: < http://arvoresdesaopaulo.wordpress.com/fotos-arvores-e-florestas/ > Acesso em 27 set. 2013.
Características da Sibipiruna. Disponível em: < http://www.cuidar.com.br/sibipiruna > Acesso em 04 out. 2013. Jardinagem. Disponível em: < http://www.jardineiro.net/ > Acesso em 10 out. 2013.