GUIA PRÁTICO AMBIENTAL RECICLÁZARO Projeto Nossa Comunidade, Quintal do Mundo. Tiragem: 1.000 exemplares Realização: Associação Reciclázaro Apoio: Instituto HSBC Solidariedade Coordenação: José Manoel Rodrigues e Raul Xavier de Oliveira Textos: Adilson Zompero e Liana Machado Gama Arte, Diagramação e Capa: Mariana Waechter
www.reciclazaro.org.br contato@reciclazaro.org.br telefone: (11) 2081-3673
2011
índice Capítulo 1 Jardinagem ....................................................................................... pág. 07 Capítulo 2 Consumo consciente ............................................................................ pág. 13 Capítulo 3 Horticultura ...................................................................................... pág. 21 Capítulo 4 Reciclagem ....................................................................................... pág. 27
jardinagem
Noções de plantio e jardinagem em áreas urbanas O que é jardinagem? Jardinagem é a arte de cultivar espécies vegetais, a fim de produzir frutos, embelezar e tornar um ambiente mais agradável.
E jardim, o que significa? É o espaço onde se cultiva árvores, flores e plantas em geral, e que contribui para a convivência entre o ser humano e a natureza.
Por que é importante cultivar plantas? As plantas ajudam a diminuir a poluição, umidificam o ar e produzem oxigênio. Servem de alimento para muitos animais e ajudam a tornar a cidade mais acolhedora. A jardinagem em áreas urbanas compreende os espaços ocupados por jardins na cidade. Podem ser praças, parques, calçada ou até mesmo o quintal de casa.
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Alguns cuidados ao praticar a jardinagem em áreas urbanas: Sombra e sol Existem plantas que gostam mais de sol e outras, mais de sombra. Eis algumas espécies exemplares: Sombra: lírio da paz, maranta e espada de são jorge. Sol: primavera, “onze horas” e cinerária.
Plantio de árvores Ao plantar árvores, prefira espécies nativas do Brasil. É uma forma de respeitar as características do solo em conformidade com os ecossistemas. Recomenda-se consultar a prefeitura antes de realizar o plantio em área pública.
Como fazer o plantio: Faça um buraco de 60 cm x 60 cm, com 60 cm de profundidade. Chamaremos este buraco de berço, pois nele colocaremos uma vida. Para o preparo do berço, use terra vegetal (terra preta) livre de pedras e entulho. Retire a muda da embalagem com cuidado para não danificar o torrão. A muda deve ser plantada no centro do buraco, sem enterrar com muita profundidade. A parte de cima do torrão não deve ser totalmente enterrada.
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Dicas: - Não cimente o local que foi plantado, pode impedir tanto o crescimento do tronco quanto a água de chegar até as raízes; - Não pregue placas nem pregos nas árvores. Isso danifica o tronco e abre caminho para o desenvolvimento de doenças; - Não pinte o tronco das árvores. Isso dificulta a respiração do tronco e possibilita o adoecimento da planta.
Irrigação
A irrigação é outra etapa importante da jardinagem. Existem plantas que gostam de muita água e outras, não. Cactos e suculentas (plantas A mesma ameaça existe, quando: com a folha carnosa) adoram o - Se fazem cortes ou se escreve nas árvores sol e não gostam de água todos - Planta-se em ambientes internos - se você mora em os dias, devem ser molhadas apartamento ou não tem espaço para plantar uma árvore, quando o solo está seco. pode cultivar plantas em vasos, jardineiras e garrafas PET. Escolha plantas de crescimento limitado, de acordo com o A falta de água é um ambiente onde deseja plantar. problema. Se as folhas estiverem murchas pode ser um sinal de falta de água. Mas o excesso de água também é um problema. O solo muito encharcado pode apodrecer as raízes. Lembre-se: sempre molhe as plantas pela manhã ou no final da tarde, pois é o momento em que o sol é menos forte e a planta absorve mais água.
Adubação As plantas são adubadas periodicamente. Dê preferência para adubos orgânicos como o húmus de minhoca. A borra de café sem açúcar pode ser colocada no solo de vez em quando. É uma boa maneira de repelir alguns insetos. Casca de ovo triturada no liquidificador vira um pó que fortalece a planta com alguns nutrientes.
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Cuidados a serem observados:
- Não utilize plantas com espinho, se o local é de circulação intensa de pessoas.
- Não cultive plantas de grande porte em espaços pequenos ou cobertos.
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- Deixe o local de trabalho sempre organizado.
- Ao mexer com a terra, use luvas, botas e tome cuidado com as ferramentas.
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consumo consciente
Consumo consciente Pensar no meio ambiente se tornou uma questão indispensável. Os recursos naturais da Terra estão sendo consumidos mais depressa do que sua capacidade de renovação. Diante de tantos problemas ambientais, o consumo consciente tornou-se uma urgência. Para praticá-lo, são suficientes gestos simples, que levem em conta os impactos da compra, uso ou descarte de produtos ou serviços, ou a escolha das empresas das quais consumimos, em vista de seu compromisso com o desenvolvimento socioambiental. Assim, o consumo consciente é uma contribuição voluntária, cotidiana e solidária para garantir a sustentabilidade da vida no planeta. Você encontrará, nesta cartilha, dicas de como praticar o consumo consciente, economizar recursos naturais, diminuir a produção de lixo, ganhar tempo e economizar dinheiro.
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Água É um recurso natural importante para todos os seres vivos. No ser humano, a quantidade de água presente é em média de 70 a 75%. Sem a água não tem como haver vida. Então, comece agora a economizar esse recurso maravilhoso, pois cerca de 97% da água do planeta está inacessível: concentra-se em oceanos e o custo para dessalinização é inviável. Do restante, cerca de 2,4% está em calotas polares. Assim, nos resta aproximadamente 0,6 % de água doce no planeta. Vamos começar a economizar em casa, veja como:
- Procure tomar banhos rápidos e se ensaboar com o chuveiro desligado; - Ao escovar os dentes, mantenha a torneira fechada; - Não deixe a torneira aberta ou pingando; - Não dê a descarga sem necessidade; - Use a vassoura para limpar o quintal, ao invés da mangueira; - Se lavar o quintal, reaproveite água do enxágue das roupas, ela já está com sabão; - Se possível, faça captação de água da chuva para regar as plantas.
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Energia A energia elétrica custa muito caro à natureza. A construção de barragens e usinas agride o meio natural, destruindo florestas e campos, modificando o clima local e comprometendo o equilíbrio da vida existente. Um dos problemas da energia elétrica são os acidentes que ocorrem diariamente, causando sérios danos e até morte. Por isso, economizar energia e tomar alguns cuidados com a energia é fundamental.
- Deixe as luzes apagadas durante o dia; - Ao comprar eletrodomésticos, verifique se possui o selo PROCEL, este selo é concedido pelo INMETRO e indica que o produto economiza energia; - Prefira produtos com o selo PROCEL com a letra A, pois indica menor consumo de energia; - Evite deixar a porta da geladeira aberta por muito tempo; - Programe a TV para desligar automaticamente quando for dormir; - Não coloque vários aparelhos na mesma tomada. Fios sobrecarregados podem causar incêndio; - As lâmpadas econômicas fluorescentes gastam 30% menos energia; - Empine pipa longe da rede elétrica; - O ferro deve ser desligado sempre que o serviço for interrompido.
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Nas compras A publicidade está sempre nos incentivando a comprar. Porém, tudo que compramos tem uma origem, vem de uma matéria prima. É preciso saber de onde vem esses produtos que compramos, a forma como foram produzidos e como ocorre o seu descarte.
- Compre somente o necessário; - Ao ir ao mercado, vá com uma lista dos produtos que precisa; - Resista às tentações de comprar algo só porque está na promoção; - Compre produtos que causem pouco impacto ambiental e que a embalagem possa ser reciclada; - Prefira produtos a granel, pois você leva menos lixo para casa com embalagens e escolhe o que está comprando; - Leve sua sacola às compras, assim você reduz o uso de sacolas plásticas; - Evite o uso de copos e pratos descartáveis, pois geram muito lixo.
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Na alimentação A sabedoria popular diz que “você é o que come”. A comida que ingerimos tem um grande impacto na nossa saúde e bem-estar. Comer bem e de forma equilibrada é um dos melhores investimentos que você pode fazer na sua saúde. Invista em si e na sua alimentação. Veja algumas dicas:
- Não consuma alimentos com a data de validade vencida; - Evite alimentos industrializados; - Reduza o consumo de carne; - Tome bastante água; - Reduza a quantidade de sal na comida; - Coma muitas frutas e verduras.
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Na construção Uma construção sustentável incorpora práticas de projeto, construção e operação que reduzem ou até eliminam o impacto negativo causado ao meio ambiente e a usuários. Algumas estratégias são:
- Usar tijolos ecológicos que não passem por processos de queima na fabricação; - Aproveitar o máximo da iluminação natural possível; - Usar madeira certificada; - Ter sistema de captação de água da chuva; - Telhado ecológico.
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- Em curtas distâncias, siga de bicicleta ou a pé. Você economiza dinheiro, faz atividade física e ainda ajuda o meio ambiente; - Pratique carona solidária; - Não jogue lixo nas ruas, parques, praças, rios e na praia; - Não fume ou tente parar de fumar; - Dê preferência ao transporte público.
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horticultura
Horticultura Hortas domésticas Todos nós sabemos da importância de uma alimentação mais saudável. Com frutas, legumes e hortaliças orgânicas. No entanto, na correria do dia a dia, e com os custos mais elevados dos produtos orgânicos, nem sempre fazemos as escolhas mais inteligentes e saudáveis.
Afinal, o que fazer? Para facilitar essas escolhas podemos ter uma horta em nosso próprio apartamento ou casa. Não é preciso um grande quintal para começar uma horta orgânica. Um pequeno vaso ou jardineira já é o suficiente para dar início ao processo. Veja a seguir os oito passos sobre como criar a sua horta em seu apartamento.
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Fique sabendo: a agricultura orgânica não é apenas um sistema de produção agrícola onde não se permite o uso de agrotóxicos. É também um sistema de manejo sustentável da unidade de produção, que privilegia a preservação ambiental, a agrobiodiversidade e a qualidade de vida do homem, visando a sustentabilidade social, ambiental e econômica.
Passo a Passo 1º O primeiro passo é adquirir os materiais. Os principais materiais necessários são: Jardineiras plásticas ou vasos Pá Manta bidim (opcional) Terra preta Argila expandida ou pedra Mudas (preferencialmente orgânicas) -
2º Adquiridos os materiais, o próximo passo é observar se a jardineira ou vaso possui furos em seu fundo. Caso não, faça pequenos furos na parte inferior da jardineira ou vaso. Esses furos têm a função de promover o escoamento da água, evitando seu acúmulo.
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3º Em seguida, as argilas expandidas (preferencialmente) ou pedras devem ser colocadas na jardineira ou vaso formando uma fina camada, de aproximadamente 2 cm. A argila expandida tem a função de manter a umidade em níveis adequados, evitando o encharcamento da horta doméstica.
4º O próximo passo é colocar a manta bidim. Essa manta tem a função de filtrar e preservar os nutrientes da água de irrigação. Basta cortá-la na forma e tamanho da jardineira ou vaso e colocá-la sobre a argila expandida. .
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5º Colocada a argila e a manta, a próxima etapa é colocar a terra. Coloque até a metade da jardineira, pois o restante será colocado após o plantio das mudas. Nota: a escolha do tipo de solo (terra) a ser colocado na jardineira é de fundamental importância para o bom desenvolvimento e crescimento das plantas, visto que é da terra que a planta absorve os nutrientes necessários. Portanto, terras de coloração mais escura são recomendadas, devido à maior concentração de matéria orgânica.
6º O passo 6 é o plantio das mudas. Para essa tarefa retire as mudas dos saquinhos com o torrão. Este deve ser mantido para evitar danos mais severos as raízes. Posteriormente, coloque-os sobre a terra e adicione o restante da terra. Lembre-se: a terra deve preencher a jardineira até sua superfície, pois após a irrigação a terra se “acomoda”.
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7º Preparado o solo, plantadas as mudas, sua horta já está pronta! O próximo passo é a escolha do local onde a horta ficará. Nessa escolha deve-se observar a presença de luz, disponibilidade de água, sombra, etc. Dica: a quantidade de mudas a ser plantada varia de acordo com o tamanho e forma da jardineira ou vaso e também com o tamanho que as espécies plantadas irão adquirir quando já crescidas. Dessa forma, ao plantar, imagine as espécies já grandes, deixando sempre um espaçamento entre as plantas. Essa prática evitará a competição das raízes das plantas, permitindo um melhor desenvolvimento e crescimento.
8º Por fim, basta irrigar sua horta. A frequência da irrigação varia com o clima e com a espécie. E geral, em dias muito quentes deve-se irrigar duas vezes ao dia. Mas na dúvida, coloque o dedo sobre o solo de sua jardineira e verifique Dica: em uma mesma jardineira o teor de umidade.
devem-se plantar diferentes espécies, o que é conhecido como consórcio. Esse consórcio favorece a diversidade de sua horta o que reduz os riscos de doenças e pragas.
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reciclagem
O que é Reciclagem? Conceito Reciclagem é um processo industrial, no qual alguns produtos que iriam para os lixões e aterros sanitários voltam para indústria e são transformados em novos produtos. Este processo é importante porque além de reduzir o volume de resíduos que seriam lançados na natureza, contribui para uma menor quantidade de matéria prima e economia de recursos naturais. Para que o material seja reciclado, é importante separá-lo. Em hipótese alguma deve ser misturado com o lixo que não é reciclável. Esse processo se chama coleta seletiva e requer ainda que os materiais sejam limpos antes do descarte adequado. Com a reciclagem todos ganham, gera renda e contribui para limpeza da cidade, entre outras vantagens. Uma grande parceira da reciclagem é a educação ambiental, pois ajuda a conscientizar os cidadãos a respeito do destino do lixo.
O processo de reciclagem dos 4 principais tipos de material Muitos materiais podem ser reciclados, mas existem alguns que são mais presentes no nosso dia a dia. Entre eles estão o papel, vidro, plástico e metal, porém cada um passa por um processo diferente.
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Papel: Sem dúvida, é um dos produtos que mais utilizamos em nosso dia a dia. Após ser utilizado e não poder mais ser reaproveitado, podemos encaminhá-lo para reciclagem. Neste processo, será transformado em outro papel e contribuirá com o meio ambiente, pois ao reciclar o papel, muitas árvores deixam de ser cortadas e diminui-se o gasto com água e energia.
O processo de reciclagem O papel adquirido através da coleta seletiva é encaminhado para Central de Triagem, é separado dos demais materiais e recebe o nome de “aparas”. Essas aparas são vendidas para fábricas que as transformarão em novo papel. Na fábrica, as aparas serão misturadas com água e trituradas em um tipo de liquidificador para que suas fibras sejam separadas. Em seguida, outro processo eliminará algumas impurezas como areia, grampos e plásticos. Esse processo dará origem a uma pasta de celulose, passando depois por uma máquina onde é retirada a água e feita a prensagem e secagem, formando um novo papel.
Tipos de papéis recicláveis: jornais e revistas, folhas de caderno, formulários de computador, envelopes, rascunhos, caixas em geral, fotocópias, cartazes e folhetos, papel sulfite, papelão, caixas de embalagens e papel de presente.
E os tipos não recicláveis: papel carbono, fita crepe, papéis metalizados, papéis parafinados, papéis plastificados, papéis sanitários, “papel” de bala, embalagens de biscoitos, papéis sujos, etiqueta adesiva, tocos de cigarro e fotografias.
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Vidro: É positivo o hábito de reutilizar copos, potes e garrafas para armazenar temperos, geleias e produtos diversos, como fazem até hoje muitas mães e avós. Desta forma, elas evitam o descarte imediato do vidro, depois de consumido o conteúdo destes recipientes. O objetivo é promover um ciclo virtuoso de reaproveitamento do vidro. Mas como reciclá-lo? Para que Exemplo dos tipos de vidro que o vidro volte a embalar outros são recicláveis: : garrafas em geral; produtos, a triagem é fundamental potes de alimentos, frascos de (utilize coletor exclusivo); procure perfumes, vidros planos e lisos, vidros de janelas, pratos, tigelas uma cooperativa que faça a coleta e copos (desde que não sejam de seletiva, pois assim aquela garrafa que você não acrílico, cerâmica ou porcelana). quer mais entrará no processo produtivo de outra garrafa ou objeto de vidro. E quem responderá por este processo? A indústria recicladora, que comprará o vidro das cooperativas, gerando renda para projetos sociais. Nesta última fase, o material é triturado e derretido em fornos para originar um vidro novo.
O processo de reciclagem O vidro é 100% reciclado. No processo de reciclagem, o vidro é selecionado por cores: incolor, verde e marrom. Produzir vidro novo requer insumos básicos como areia, calcário, carbonato de sódio e um forno para trabalhar com altas temperaturas. São dois os processos de reciclagem, por derretimento ou moagem.
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Plástico: Quase sempre, onde há consumo, existe plástico para ser reciclado. A recomendação básica ao destinar os materiais plásticos à coleta seletiva é zelar para que cheguem em boas condições à cooperativa. Lembre-se então: antes de colocar potes, tapoeres ou garrafas de plástico no coletor, dê uma lavada porque os materiais enviados com restos de bebidas ou de alimentos provocam mau cheiro e atraem ratos e insetos. Quando o plástico chegar à indústria para ser reciclado, será lavado, moído e enviado a um processo de descontaminação e posterior granulação. Estes grãos ou pellets concentram a resina que constituirá a matéria prima da nova embalagem plástica.
O processo de reciclagem da PET As embalagens PET, sigla que quer dizer Polietileno Tereftalato, são encontradas nas garrafas de refrigerantes, óleo comestível e água mineral, e separadas de acordo com a cor e volume, quando chegam à cooperativa. Na sequência, são enfardadas por meio de prensas para facilitar o transporte até as fábricas recicladoras.
Exemplos de plásticos recicláveis: Garrafas PET, potes diversos, tampas de embalagens, sacos plásticos diversos, canos de PVC, parachoques de carros, copos descartáveis, plásticos de brinquedos, embalagens de produtos de limpeza.
O PET é submetido a processo de moagem e granulação, como ocorre com a sacolinha, o copo descartável e outros utensílios de plástico. A resina é o que varia e define a especificidade do produto final, sendo seis os tipos de resina mais utilizadas. Se quiser fazer uma pesquisa e identificá-los, vale uma consulta no site: www.reciclazaro.org.br.
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Metal: Na reciclagem, o metal não perde as suas características. Vejamos o aço como exemplo no que se refere à continuidade da vida útil do metal: o aço volta a ser encontrado em latas e peças de automóvel, sem que ninguém perceba qualquer sinal de que já constituiu outro produto.
O processo de reciclagem A etapa de redução do minério a metal (verificada quando da extração na natureza) está descartada na reciclagem. Com isso, há grande economia de energia no processo que consistirá nas seguintes etapas: separação das impurezas, compactação, fundição e conformação do metal.
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Eis alguns exemplos de metais recicláveis: latas de alumínio (refrigerante e cerveja) e aço (latas de sardinha e molhos), parafusos, tampas, panelas sem cabo, arames e fios de metal, entre outros objetos.
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tempo de decomposição
Reciclagem de Resíduos Orgânicos O que é lixo? É todo e qualquer resíduo sólido resultante das atividades humanas. No Brasil, são produzidos 240 mil toneladas de lixo por dia, sendo que 76% são depositados em lixões, 13% em aterros controlados, 10% vão para usinas de reciclagem e 0,1% é incinerado. Do total do lixo urbano, 60% constituem resíduos orgânicos. Mas, o que podemos fazer para mudar essa situação? Uma alternativa simples, barata e eficiente é a transformação do lixo orgânico em húmus e biofertilizantes, através dos processos de compostagem e da tecnologia conhecida como “minhocultura em caixas”. Veja, a seguir, como fazer essa transformação do lixo em sua própria casa.
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Compostagem A compostagem é um processo biológico em que microrganismos transformam a matéria orgânica, como estrume, folhas, papel e restos de comida, em um composto que pode ser utilizado como adubo em hortas, vasos e jardins. Para realizar a compostagem em sua casa, você precisará de uma caixa, vasilha ou qualquer recipiente plástico, além de uma pá, um pouco de terra e esterco. Antes de iniciar a montagem da composteira caseira, é necessário conhecer os tipos de resíduos orgânicos que podem ser compostados e os que devem ser evitados.
PODE: borra de café, saquinhos de chá, legumes, vegetais, frutas, cascas de ovos, guardanapos de papel, folhas secas, palha ou serragem, papel (que não tenha impressões coloridas porque contaminam a cama com metais pesados), restos de plantas e flores.
PODE em pouca quantidade: frutas cítricas, cinzas, restos de cebola e alho.
NÃO PODE: madeiras tratadas, plantas doentes, carnes, peixes, laticínios (leite, queijo, etc), ossos e espinhas, sementes, gorduras e óleos.
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Vamos começar? Dica: para acelerar o processo de decomposição, corte os resíduos em pequenos pedaços.
Nota: caso você não possua terra, pode-se usar aquela de vasos ou jardineiras, cujas flores já tenham morrido.
1 - Inicie a montagem formando uma fina camada de terra seca sobre o recipiente plástico.
2 - Posteriormente, faça uma nova camada com os restos orgânicos úmidos (cascas, legumes, verduras, frutas).
3 - Sobre essa camada, adicione um pouco de esterco. Nesse esterco estão os microorganismos realizadores do processo de compostagem.
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4 - Após a colocação da terra, dos resíduos e do esterco, adicione o material seco (folhas, galhos ou mesmo papel). Pronto! Sua composteira já está pronta. Agora é só esperar aproximadamente 50 dias e usar o adubo formado para colocar em vasos, hortas ou jardins.
Dica: sempre deixe algumas folhas secas para serem colocadas por cima e adicione borra de café. Esse procedimento evita o aparecimento de insetos indesejáveis e do mau cheiro.
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O que fazer se ocorrer algum problema?
Se... Aparecerem minhocas, “tatu-bola”, etc
Não se preocupe. Esses animais aceleram o processo de decomposição
Estiver seco
Adicione mais material úmido
Aparecerem moscas ou roedores
Certifique-se que não adicionou carnes e coloque folhas por cima, evitando que a comida fique exposta
Cheirar mal
Cheirar à terra
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Então...
Junte folhes secas, papel, palha e serragem
Excelente! Seu adubo já deve estar pronto
Minhocário em Caixas
Fique sabendo: As minhocas da espécie Californiana vermelha Eisenia Andrei - são indicadas para a “minhocultura em caixas”, pois além de se adaptarem facilmente às condições de criação, apresentam grande capacidade de ingestão de alimentos e, portanto, de formação de húmus e rápida reprodução. Essa espécie consome o equivalente ao seu peso em matéria orgânica e produz um casulo a cada 3 a 7 dias, contendo em seu interior entre 2 e 5 novas minhocas.
1.
Na caixa superior ficam as minhocas e a matéria orgânica que vai sendo colocada aos poucos. A minhoca “californiana” é a mais usada porque é considerada uma “especialista em restos orgânicos”.
2.
As sobras de comida como cascas de legumes e pedaços de frutas são despejadas nesta caixa. Mas nem tudo pode ser colocado para as minhocas comerem! Os principais alimentos que NÃO podem ir são carnes, queijo, leite – que podem apodrecer – e também comidas muito salgadas ou muito ácidas.
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3.
Ainda nesta caixa, deve-se cobrir tudo com serragem ou palha e folhas secas, isto ajuda a manter a umidade. Quanto mais diversificado for o alimento que damos para as minhocas, melhor será o adubo.
5.
Durante o processo de decomposição dos restos orgânicos, um líquido cheio de nutrientes escorre para a caixa de baixo. Esse é considerado um “bom chorume”, devido ao tipo de material que foi colocado anteriormente, por isso é importante não colocar papel com tinta, nem alimentos ácidos ou que apodrecem. O líquido que fica na caixa é um adubo natural que pode ser usado para pulverizar as plantas, servindo também como pesticida.
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4.
Assim que esta caixa fica cheia, ela deve ir para o meio e durante 2 meses as minhocas vão fazer o trabalho de digestão da matéria orgânica, transformando-a em adubo. A caixa que está no meio deve ir para cima, e ali o processo recomeça com os novos restos de comida que serão jogados.
6.
Os alimentos que estão na caixa do meio vão sendo absorvidos e a maioria das minhocas sobe para a caixa de cima, onde estão os alimentos novos. Quando isto acontece é porque o adubo está pronto para ser utilizado em vasos e jardins. E então o processo começa novamente, passa-se a caixa de cima para o meio, e após a retirada do adubo, a caixa do meio vai para o topo para receber os novos alimentos.
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Bibliografia: SECRETARIA MUNICIPAL DO VERDE E MEIO AMBIENTE. Agenda 21 – Do Global ao Local. São Paulo: 1998. PEREIRA, Denise Scabin; FERREIRA, Regina Brito. Ecocidadão. Secretaria do Meio Ambiente/ Coordenadoria da Educação Ambiental. São Paulo, 2008. NEVES, Maria Cristina Prata; ALMEIDA,Dejair Lopes de; DE-POLLI, Helvécio; GUERRA, José Guilherme Marinho; RIBEIRO, Raul de Lucena Duarte Ribeiro. Agricultura orgânica: uma estratégia para o desenvolvimento de sistemas agrícolas sustentáveis. Seropédica, RJ: EDUR 2004. FILGUEIRA, Fernando Antonio Reis Filgueira. Novo Manual de Olericultura: agrotecnologia moderna na produção e comercialização de hortaliças. 3ª edição Viçosa, MG: 2007. VIEIRA, Débora de Faria Alberna. Catálogo Brasileiro de Hortaliças: saiba como plantar e aproveitar 50 das espécies mais comercializadas no país. Sebrae e Embrapa hortaliças-2010 SCHIEDECK, Gustavo; et AL. Minhocultura: produção de húmus. Embrapa Informação tecnológica, 2009. 52 p.: Il. – (ABC da Agricultura Familiar, 24). Links interessantes - Onde saber mais? Embrapa Hortaliças www.cnph.embrapa.br
Planeta Sustentável www.planetasustentavel.abril.com.br
Minha Horta www.minhahorta.com
Akatu www.akatu.org.br
Sebrae www.sebrae.com.br/setor/horticultura
Alimentação Saudável www.alimentacaosaudavel.org Minhocasa www.minhocasa.com
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