TFG Arquitetura e Educação: Composição e influência desta na formação do estudante

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ARQUITETURA E EDUCAÇÃO: COMPOSIÇÃO E INFLUÊNCIA DESTA NA FORMAÇÃO DO ESTUDANTE




ARQUITETURA E EDUCAÇÃO:

COMPOSIÇÃO E INFLUÊNCIA DESTA NA FORMAÇÃO DO ESTUDANTE

Sociedade de Ensino Superior Estácio de Ribeirão Preto Ltda. Arquitetura e Urbanismo Maria Victória Jardini Martiniano 11281 Orientadora: Profa.


“A passagem da “sociedade do conhecimento” para uma "sociedade de conhecedores" vai acontecer na hora em que as escolas deixarem de exigir muros e começarem a abrir janelas" (ANONIMO)


[AGRADECIMENTOS]

KUNSTVÆG

Á minha familia, principalmente meus país, Wilson e Lucilia, que sonharam com esse meu momento e tiveram toda a paciência para me apoiaram e me ajudarem no que eu precisei. Essa vitória é de vocês.

VELKOMSTBORD

MALERUM

WHITEBOARD

SKÆRM

SKÆRM

SKÆRM

Agradeço inicialmente á minha orientadora, Profa. Tânia Bulhões pelo aprendizado, conselhos, apoio, motivação e não esquecendo, os muitos puxões de orelha.

KONCENTRATION

LOCKERS MED OPHOLD

SÆRLIG BELYSNING

SØGESTATION SKÆRM

MATERIALEVÆG

LÆRERLOUNGE

OPBEVARING

MØDESTED 10-16 ÅR

MØDESTED 6-9 ÅR

SÆRLIG BELYSNING PRINTER

UDSTILLING

Agradeço também a minha irmã, pelo ombro amigo quando eu precisei e por estar ao meu lado me incentivando sempre.

PRINTER

DANSERUM

MEDIA LAB

LYD STUDIO

SPEJL

SKÆRM

LYD STUDIO

MEDIA LAB SØGESTATION

SCENE

BLUESCREEN

Ao meu namorado, Luis Claudio, por toda ajuda, paciência, conselhos e companherismo durante etodo ste período.

BIBLIOTEK

40 dyb 30 høj

FORDYBELSE LÆSEBORD

WHITEBOARD

FRAME HOUSES

SKÆRM

SCENE FORDYBELSESLOUNGE

E à Deus, por me dar forças e sabedoria 6 ÅR para finalizar este trabalho. Plan 2 1:100


APRENDER INTERAGIR BRINCAR

INTERPRETAR CONHECER EDUCAR

APRENDER INTERAGIR BRINCAR

INTERPRETAR CONHECER EDUCAR

APRENDER INTERAGIR BRINCAR

INTERPRETAR CONHECER EDUCAR

APRENDER INTERAGIR BRINCAR

INTERPRETAR CONHECER EDUCAR

APRENDER INTERAGIR BRINCAR

INTERPRETAR CONHECER EDUCAR

APRENDER INTERAGIR BRINCAR

INTERPRETAR CONHECER EDUCAR


01

Introdução

02

Arquitetura e Educação + Leitura Projetual

2.1

SU MÁ RIO

2.2

12 16

A experiência do convênio escolar + Leitura Projetual 26 Pedagogias de ensino + Leitura Projetual

2.2.1 2.2.2-

Jiddu Krishnamurti

Edgar Morin

36 38

03

Levantamentos e análises da área

44

04

Estudos Preliminares

54

05

Diretrizes e Programas

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01. [INTRODUÇÃO]

01. [INTRODUÇÃO]


[INTRODUÇÃO] O edifício escolar é um dos projetos arquitetônicos mais presente na atualidade, ganhando importância ao longo dos anos graças a valorização cada vez maior da educação. Há pesquisas no âmbito pedagógico e arquitetônico on indicam que o espaço físico escolar influência na forma em que os cidadões trabalham e aprendem. Sabe- se que a arquitetura pode contribuir com a formação mais completa do indivíduo, na forma educacional e também ética.

[OBJETIVOS] O objetivo desse trabalho é reunir informações necessárias para a elaboração de um projeto de uma escola pública, e entender os benefícios que este espaço construido traz para a formação de todos os jovens que se tornaram alunos. Como objetivos mais especificios, este projeto irá abordar questionamentos a respeito do espaço escolar, como por exemplo: • Como criar um espaço arquitetônico para tratar de uma metodologia de ensino especifca. • Proporcionar novas abordagens á alunos que antes não tinham acesso a uma forma mais ampla de ensino. • Buscar soluções arquitetônicas para a criação de um espaço de ensino que enaltece o estudante.

[JUSTIFICATIVAS]

Hoje no Brasil apenas 73,7% dos jovens de 18 anos concluiram o ensino fundamental, e desses egressos, mais de 90% saem da escola sem aprender o básico necessário para ingressar no ensino médio. Na cidade de Franca, São Paulo, local escolhido pela autora para implantar-se o projeto a ser realizado pelo presente trabalho, o quadro não é diferente. Dos 85% de jovens concluintes do ensino fundamental, mais de 96% saem da escola sem aprender o que era esperado.

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O fato da cidade de Franca estar localizada no interior do estado economicamente mais ativo do país e mesmo assim possuir uma taxa tão alta de alunos que saem do ensino fundamental sem aprender o que é considerado pelo MEC como básico necessário, nos faz questionar a forma com que a educação no país é tratada. Sabe-se que a LDB (Lei de Diretrizes e Bases) hoje não prioriza outras metodologias que instiguem potencialidades (aqui denominadas de inteligências) de ordens distintas das lógicas matemáticas, tais como intrapessoal, interpessoal, espacial, musical, motora e linguisticas, restringindo assim ainda mais os jovens e adolescentes a ter acesso a uma educação ampla que os auxilie junto ao desenvolvimento pessoal e profissional ao longo de suas vidas. No Brasil, o quadro político-legislativo relacionado à responsabilidades educacionais mostra que os municípios são responsáveis pelo estabelecimento e desenvolvimento das etapas de ensino denominadas infantil e fundamental – tanto no suporte infraestrutural quanto na capacitação do corpo administrativo e docente para que estes atendam de modo exemplar às necessidades do corpo discente. O estado prioriza o ensino médio, mas pode atuar em parceria com os munípios na oferta de ensino fundamental. Tendo isso em vista, observa-se que diferentemente do que foi determinado em teoria pelas peças legislativas, na prática, a principal preocupação dos governos municipais quanto às construções de escolas é atender à grande demanda por vagas, a qual é cada vez mais crescente. Isso faz com que a prioridade não seja a qualidade arquitetônica dos edifícios destinados ao abrigo do programa escolar, mas sim a quantidade de vagas criadas com a construção advinda do poder público (municipal) - que é considerada pela Constituição Federal da República Federativa do Brasil, promulgada em 1988,como direito fundamental do cidadão – , essa questão se agrava pelo fato desse poder público


(em instância federal, estadual e municipal) alegar corriqueiramente falta de recursos financeiros disponíveis para otimizá-la. Esse trabalho não pretende questionar a fundo se a forma de educar no Brasil é equivocada ou se as metodologias de ensino utilizadas no país atualmente encontram-se ultrapassadas – inclusive porque tal discussão ultrapassaria o universo da Arquitetura e Urbanismo vinculando-se mais propriamente à Pedagogia e, para além, configurar-se-ia em um trabalho acadêmico de ordem superior ao nível deste, isto é, seria uma pesquisa de pós-graduação stricto sensu mais do que um trabalho final de graduação. Mas sim analisar possibilidades outras de aplicação de métodos educacionais e propor soluções espaciais que dialoguem com a qualificação dos ambientes destinados à difusão do conhecimento; de modo que a arquitetura, juntamente com noções da pedagogia, possa beneficiar a questão educacional de intancia pública . Ou seja, a partir da compreensão de uma metodologia de ensino que não necessariamente hoje encontra-se propagada no território nacional (a saber a metodologia do pensador e sociólogo francês Edgar Morim e o filósofo e educador Jiddu Krishnamurti. ) pretende-se desenvolver uma análise sobre como a qualidade de espaços arquitetônicos pode interferir positivamente na instauração dessa metodologia de ensino, para compreender como um projeto de arquitetura - que a autora deste trabalho produzirá ao final de ambos os semestres ( o qual será uma escola pública infantil e fundamental) - pode dialogar com uma espeficica metodologia de ensino. Foi escolhida a pedagogia de ensino difundida pelo sociólogo francês Edgar Morin conjugada com a pedagogia de ensino do educador indiano Jiddu Krishnamurti, pelo fato de ambas as pedagogias enaltecer o espaço aquitetônico edcacional, considerando este como principal fator para uma boa educação.

Edgar Morin percebe a classe escolar como um local onde pessoas de diversas classes sociais e gêneros se encontram, desta forma ele considera ser exatamente esse local o espaço ideal para se dar o início a uma transformação da maneira convencional de se pensar o ambiente escolar. (Morin, 2000) Morin indica que é necessário romper-se com a fragmentação do conhecimento em campos restritos, e também a não priorização de campos específicos da educação. Para conquistar a mudança na tradicional educação, Edgar Morin estabelece igualmente os sete saberes, para ele indispensáveis no desenvolvimento do futuro da educação. (Morin, Os 7 saberes, 2000) Na concepção do educador indiano Jiddu Krishnamurti, para um indivíduo obter uma educação apropriada é necessária uma autorreflexão associada com uma vontade contínua de novas descobertas ao longo da vida. Desta maneira, o educador torna-se o mediador de um processo singular e constante de reflexão e autocrítica. Nas escolas de Krishnamurti, cabe aos alunos juntamente com o corpo docente se ajudarem na tomada de decisões e nos cuidados diários dos terrenos e edifícios presentes na instituição escolar. Sabe-se que já existiram experiências arquitetônicas desenvolvidas no Brasil que vincula o universo da arquitetura com o universo pedagógico. Nesse sentido, o presente trabalho vai se basear nessas experiências, tanto nos seus questionamentos teóricos, como na leitura projetual de projetos implementados, para assim se retroalimentar – observando o que foi positivo e o que foi negativo nas experiências brasileiras. Em particular, a experiência do convênio escolar, da década de 50 e 60, na qual se constituiu um conjunto de projetos em nível nacional pelos arquitetos modernistas (João Batista Vilanova Artigas, Paulo Mendes da Rocha entre outros) e que vinculavam um partido de escolas parques no projeto de suas escolas públicas.

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02. [ARQUITETURA E EDUCAÇÃO]


2.1 [ARQUITETURA ESCOLAR]

O transmitir do conhecimento e da cultura de uma determinada sociedade paralelamente à formação psiquico-pedagógica dos seus indivíduos são necessidades antigas, e a forma de se atender a essa inevitailidade da vida humana foi sendo modificada ao longo da história da humanidade.

A contrapartida também se coloca como verdadeira, dado que se a arquitetura do espaço escolar conseguir absorver de maneira qualitativa as necessidades mais específicas da metotologia pedagógica, esta poderá superar seus limites atingindo maior qualidade no que se refere ao ensino/aprendizagem do discente.

Sabe-se que com o passar dos anos, diversos filósofos defenderam idéias distintas a respeito do conteúdo que se deve passar adiante afim de orientar novas gerações e que tais teóricos estruturaram metodologias didáticas para repassar tal conhecimento a todas essas futuras gerações de jovens .

Nesse sentido, foi extremamente relevante para o presente trabalho entender como este autor vai pinçando da historiografia internacional e nacional exemplos de instancias pedagógicas e seus rebatimentos espaciais – análise esta que ele realiza pautado em outros autores – ora ressaltando a importância de uma estruturação pedagógica do ensino para que a aprendizagem dos alunos seja melhor aproveitada, ora destacando o rebatimento desta pedagogia no espaço fisico arquitetônico propriamente dito. Portanto, a nossa análise vai perpassar sobre esses exemplos mais paradigmaticos que o Nascimento (2012) destaca na sua dissertação.

Nesse sentido, é importante salientar que para além da estruturação de um dado método de ensno, esses teóricos destacaram a importância que o espaço arquitetônico confere para o ensino de determinados conceitos/conteúdos e seu correlato aprendizado por parte do aluno. Através da leitura da dissertação de mestrado ”Arquitetura para a educação: a contibuição do espaço para a formação do estudante", defendida em banca de avaliação em 2012 pelo autor Mario Fernando Petrelli do Nascimento na FAU-USP, foram compreendidas algumas experiências conceituais sobre a importância da relação entre a metodologia pedagógica (que se aplica em determinado núcleo escolar) e as necessidades que ela possui quanto à conformação de um espaço fisico. Assim, observa-se que há uma íntima relação entre pedagogia e arquitetura de modo que as necessidades da primeira rebate diretamente na composição formal da segunda. Para além, como esta relação entre ambas é complexa, caso a arquitetura do equipamento escolar não absorva da melhor maneira possível as necessidades de sua pedagogia de ensino, provavelmente esta não alcançará todas as suas possíveis potencialidades.

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Desde a antiguidade, com Confúcio e Platão, a percepção do espaço como sendo um grande ajudante no educar é algo explicíto. Confúcio (551-479 a.C) dizia que o meio ambiente e a educação desempenha um papel muito importante na criação dos filhos. Platão (427-347 a.C) afirmava que controlar o ambiente educacional seria a ferramenta necessária para uma educação cultural apropriada. Para este filósofo, expor a mente jovem a experiências culturais, como a musica e a arquitetura, criaria um ambiente educativ extremamente favorável . (Nascimento, 2012)

“Se não sabes, aprende; se já sabes, ensina.” - Confúcio


Nossa avaliação, agora, tem como foco o ano de 1762, em que a obra Emilio ou Da Educação, do filósofo Jean-Jacques Rousseuau (1712-1778) se vincula à afirmação de que o conhecimento está relacionado aos sentidos da subjetividade humana, sendo assim, se a criança empenhar-se em um ambiente regular, seus impulsos naturais serão encorajados, fazendo com que as más influências da sociedade não consiga atingi-las. Rosseuau foi um dos pioneiros na defesa de atividades lúdicas na educação, respeitando então a natureza da criança.

No cenário do Brasil Colônia (mais acertivamente denominado de América Portuguesa), a educação era sobretudo relacionada à catequização, sendo conduzida pelos religiosos da Companhia de Jesus – grupo fundado por Santo Inácio de Loyola (1491-1556) – que ficou conhecido como ordem dos jesuítas. Analisando este universo pedagógico, observa-se que não havia uma específica determinação sobre o espaço onde o ensino deveria suceder, assim, ele se realizava em qualquer lugar. Sabe-se, no entanto, que uma pedagogia alicerçada em crenças religiosas pode, muitas vezes, ter o seu foco no repasse daquilo que interessa a esta religião, o que significa que o ensino, nesse caso, não é laico e, por conseguinte, não é totalmente isento de crenças específicas.

02. [ARQUITETURA E EDUCAÇÃO]

Antiguidade Confúcio (551-479 a.C) Platão (427-347 a.C) Educação progressiva norte-americana: John Dewey (18591952)

Renascimento Jean-Jacques Rousseuau (1712-1778) Cenário nacional Brasil Colônia: Santo Inácio de Loyola (1491-1556) Marquês de Pombal (1699-1782)

Johann Heinrich Pestalozzi (1746-1827) Educação moderna: Maria Montessori Rudolf Steiner (1861-195)

Johann Heinrich Pestalozzi (1746-1827), educador suiço contemporâneo de Rousseuau, criou um método conhecido como intuitivo, o qual valorizava a aprendizagem através dos sentidos e da observação do discente em relação ao espaço que o circundava. Pestalozzi levou crianças de baixa renda para sua casa, onde ofereceu escola e trabalho a elas como tecelãs, ensinando-as atividades práticas ligadas ao trabalho do qual poderiam obter seu sustento. Dessa forma, o educador aliou teoria e prática como âmbitos fundamentais para ampliar as potencialidades de uma pedagogia de ensino.

Vale destacar, entretanto, que no século XVIII o Marquês de Pombal (1699-1782) expulsou os jesuítas do território da colônia portuguêsa, e impõs inúmeras reformas so sitema de ensino da colônia. Pombal seguiu diretrizes de ensino dadas por Antônio Nunes Ribeiro Sanches (1699-1783) e por Luiz Antonio Verney (1713-1792), que utilizavam caracteristicas iluministas difundindas por toda a Europa na época. Não se sabe, ao certo, qual a qualificação dos espaços escolares durante este específico período.

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Tendo início no final do século XIX, porém se intensificando na primeira metade do século XX, o movimento das Escolas Novas manifestou-se como uma renovação do ensino. Também conhecida como “ Escola Ativa”- devido a possibilidade de o aluno conduzir o próprio aprendizado – e “ Escola Progressiva” – isso se da ao foto de que o seu currículo era baseado em um conjunto de experiências que unidas contribuem para a formação do aluno. O educador Americano John Dewey (1859-1952) foi um dos fundadores da escolar filosófica do Pragmatismo e também protagonizou o movimento da educação progressive norte-americana no início do século XX. Dewey sirigiu juntamente com sua esposa Alice um laboratório-escola, localizado dentro da Universidade de Chicago. Criou-se dentro da instituição uma “sociedade em miniature”, onde atividades cotidianas eram utilizadas como difusão de conteúdos para as crianças. As refeições eram feitas dentro da sala de aula, servindo assim como oportunidade de se ensinar física e biologia. Outro nome muito importante para o movimento das “Escolas Novas” é o da médica italiana Maria Montessori.Primeira mulher a se formar em medicina em seu país, foi também pioneira no campo pedagógico ao dar mais ênfase a auto-educação do aluno do que o papel do professor como fonte de conhecimento. Na virada do século XIX para o XX, criou um sitema conhecido pelo seu nome, pelo qual recomenda espaços e atividades que proporcionam um maior grau de liberdade em relação aos métodos que até então eram utilizados. Iniciou seu trabalho de pesquisa em instituições para crianças com deficiência mental. Ao gerar bons resultados, o método foi adaptado para crianças e adolescenteque não apresentam nenhuma deficiência (seja esta motora, física,pisíquico-pedagógica etc.).

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Montessori propunha o que ela chamava de ”ambiente preparado”, o local onde a criança desenvolve sua autonomia e compreende sua liberdade, esses espaços tinham como objetivos: o favorecimento a atividade da criança de maneira correta; tornar o aluno independente do adulto o quanto fosse possível; permitir que cada um caminhe no seu próprio ritmo e ocasionar a troca de experiências entre alunos de diferentes idades.


Em seu livro ”Educação e Paz” (1949), Montessori compara o ambiente para crianças pequenas como sendo um segundo útero,no qual elas poderiam se desenvolver da forma correta; a educadora ainda diz que "da mesma forma em que o embrião físico obtém sua nutrição do útero, o embrião ”espiritual” absorveria sua nutrição do ambiente em que vive” (montessori, 1949, página 74). A importância dada por Montessori ao seu público pode ser notada no nome da instituição: Casa da Criança, a qual mais do que uma casa com criança era uma casa feita para crianças. (Montessori, 1949, página 53). Para isso, nas escolas montessorianas, os espaços internos são cuidadosamente preparados para permitir aos alunos movimentos livres, facilitando assim o desenvolvimento da independência e da iniciativa pessoal. A atividade sensorial e motora desempenha função essencial, ou seja, permitir e incentivar a criança a desenvolver algo que ela já tem o costume natural de fazer: tocar e manipular tudo que está a seu alcance. Montessori criou objetos dimensionados especialmente para os estudantes, resultando na idealização de espaços e mobiliários em tamanho compatível para o seu público. Outro nome de extrema importância para a educação na década de XX, é o do filósofo educador austríaco Rudolf Steiner (1861-195), criador da tão conhecida pedagogia Waldorf. Criada em 1919 - a pedido de um proprietário de uma marca de cigarros chamada Waldorf-Astória (de onde surgiu o nome) - para atender os filhos dos operários de sua fábrica. (Waldorf A metodologia Waldorf tem como base o conceito de que o desenvolvimento de cada ser humano é distinto. Desta forma, nesta metodologia á uma necessidade de levar em conta as diferentes particularidades de cada indivíduo. É

considerada uma pedagogia holística pelo fato de cultivar o querer (agir) do aluno através da atividade corpórea da criança em quase todas as aulas. O sentir aparece por meio de abordagem artística constante em todas as matérias; o pensar vai sendo cuidado desde a imaginação dos contos, lendas e mitos no início da escolaridade até o pensar científico no ensino médio. Na pedagogia Waldorf a criança não aprende o pensamento intelectual na introdução á educação, isso faz com que o método se diferencie de outras formas de ensino pelo mundo..

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Na atualidade, estudos comprovam que o ambiente escolar tem um repercussão considerável sobre o aprendizado e o comportamento dos alunos. Sendo assim, a arquitetura escolar de qualidade influência os índices de desempenho de ensino dos usuários. Os diversos métodos pedagógicos exigem uma atualização constante dos programas arquitetônicos, para se adequarem às atividades de ensino. Outra dificuldade enfrentada pelos projetistas é o fato do espaço escolar abrigar diversos tipos de pessoas, desde alunos de variadas idades a professores e funcionários de cargos administrativos e/ou de suporte psicpedagógico. Vemos que é possível se instalar metodologias de ensino diversas e distintas da atual utilizada no Brasil. Á exemplo, na cidade de Ribeirão Preto encontramos um colégio que utiliza da metodologia Montessori para educar seus alunos. Localizado na rua Chile, no Jardim Santa Ângela, o colégio Santa Ursula define a metodologia Montessori como “Uma educação para liberdade responsável e independências, que respeita e atende as diferenças individuais, uma educação para o domínio de si, ou seja, uma auto educação. É possível notar que dentro do Santa Ursula a criança encontra os móveis planejados a sua altura, para uma maior liberdade, mostrando assim que é possível colocar em prática as principais características do método Montessori. Nota-se também a forma como o conteúdo é ensinada utilizando atividades do dia-a-dia.

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Outro exemplo dentro da cidade de Ribeirão Preto é a escola Waldorf João Guimarães Rosa, localizada na Rua Virgínia de Francesco Santilli, 81, no bairro City Ribeirão, onde no ensino infantil o foco é o “brincar imitativo” e o estimula da imaginação através da interassão social das crianças. O papel do professor é trabalhar para um ambiente harmonioso, utilizando dos sentidos, como cuidar do jardim, criar brinquedos e fazer pão para merenda

.

A natureza é algo de enorme presença na instalação, isso faz com que a criança tenha uma educação mais ampla e aberta, não apenas em ambientes fechados.


[LEITURA PROJETUAL 1: ESCOLA VITTRA TELEFONPLAN] Tendo em vista o panorama descrito pela fundamentação teórica até o presente momento, acha-se importante trazer , já aqui , uma leitura projetual que ilustre minimamente com o projeto o universo da arquitetura e urbanismo que dialoga com as caracteristicas da fundamentação teórica colocada. Neste sentido, a leitura projetual da escola Suiça, Vittra Telefonplan, a qual será feita a seguir , dará suporte as caracteristicas elencadas sobre a relação entre a arquitetura e a educação.

FICHA TÉCNICA

NOME: Escola Vittra Telefonplan ARQUITETOS: Rosan Bosche CONSTRUÇÃO: 2011 ÁREA: 1900.0 m2 LOCALIZAÇÃO: Hägersten, Estocolmo, Sweden

LOCALIZAÇÃO/IMPLANTAÇÃO

A escola Vittra Telefonplan está localizada em Estocolmo, capital da Suiça. Mais precisamente, no bairro conhecido como Hägersten.

CONCEITUAÇÃO/PARTIDO A escola Vitra Telefonplan possui uma proposta pedagógica inovadora, onde o ensino e o design se fundem. Telefonplan é uma rede que abrange cerca de 35 escolas gratuitas públicas e já possuiu mais de 8 mil alunos matriculados, com um ensino para crianças de 6 a 11 anos. Essa nova metodologia educacional, reafirma como é possível e mais divertido aprender brincando. Esta nova proposta baseia-se em eliminar as carteiras e mesas de uma sala de aula comum. Proporcionando, assim, um espaço criativo e aconchegante onde o aluno poderá explorar e desenvolver suas ideias, habilidades, etc. Para isso, é essencial um ambiente que favoreça a liberdade de pensamento e expressão dos alunos.

Em outros ambientes como laboratório, auditório e biblioteca, há grandes mesas onde um grupo se reúne para reuniões e ainda um pequeno nicho onde é possível contemplar alunos trabalhando individualmente. Criou-se também uma sala para relaxamento, um cinema, uma sala multimídia e um grande espaço direcionado as recreações. A escola Vittra apresenta um novo método de ensino, com períodos mais longos em que os alunos não precisam permanecer sentados ou fechados dentro de salas de aulas durante todo o tempo. Todos os dias, antes do início das aulas, os alunos se reúnem em um auditório onde discutem um tema, uma nova ideia, para um novo projeto, além de trocarem experiências de vida.

O processo de fusão entre a pedagogia e o design é Desse modo, em 2011, arquitetos, cria um espaço abstrato professores e alunos, sob a direção como um fator inovador o de Rosan Bosch, arquiteta, criaram qual incentiva a criatium ambiente onde pufs substituem as vidade e o prazer de na escola cadeiras e os alunos podem andar estar livremente pelo espaço. Arquibancadas , banquetas, mesas, lustres entre outros objetos foram criados com grande design: cores vibrantes, formas geométricas e abstratas.

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SCENE

40 dyb 30 høj

6 ÅR

FORDYBELSE LÆSEBORD

WHITEBOARD

FRAME HOUSES

SCENE SKÆRM

FORDYBELSESLOUNGE

PLANTAS BAIXA

Plan 2 1:100

LÆSERØR

UDSTILLING BØGER

SKELET

MALERUM OPDAGELSESRUM

MATERIALERUM EXPERIMENTARIUM

UDFORSKNINGSVÆG

UDSTOPPET DYR

SANSEVÆG

KONCENTRATION

SÆRLIGT LOFT UDSTILLING

G

LIN

IL ST UD

SÆRLIG BELYSNING

TUMLE/DANSE RUM ARBEJDSSTATION

KLATREVÆG

MØDESTED

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VELKOMST TEGN

HJØRNESPEJLE

RÆKKEHULER

TRÆSTUBBE

ING

MATERIALEVÆG

SÆRLIGT LOFT

BLØDT UNDERLAG

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SANSERUM

Ao obervarmos as plantas baixas ao lado,nota-se que o edificio escolar não possui salas de aula comuns. Como dito anteriormente, as aulas são ministradas em um lugar comum e as turmas são formadas dependendo do ritmo da criança. Desta forma, os mobiliários criados pela arquiteta auxilia na hora de aprender,tornando estes espaços comuns em locais de aprendizagem.

PO

SCENELYS

LYSSPIL

SAMLING

DEN STORE SCENE

FARVE NICHE

SCENE

SANSEVÆG

VANDPYT

VÆRKTØJSVÆG TÆPPE

Plan 1 1:100

Strukturen set skråt fra siden

GRAFIK

KUNSTVÆG

WHITEBOARD

VELKOMSTBORD

WHITEBOARD

SKÆRM

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SÆRLIG BELYSNING

SKÆRM

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MALERUM

KONCENTRATION

Diagramatisk opstalt

LOCKERS MED OPHOLD

SÆRLIG BELYSNING

SØGESTATION SKÆRM

LÆRERLOUNGE

OPBEVARING

MØDESTED 10-16 ÅR

MUSIKRUM

MØDESTED 6-9 ÅR

Vittra skole Brotorp

Plan 0 1:100 MATERIALEVÆG

23 april 2012 SÆRLIG BELYSNING PRINTER

UDSTILLING

BIBLIOTEK

MEDIA LAB

PRINTER

LYD STUDIO SPEJL

SKÆRM

LYD STUDIO

BLUESCREEN

DANSERUM

GRAFIK NEONRØR

MEDIA LAB SØGESTATION

SCENE

40 dyb 30 høj

6 ÅR

FORDYBELSE LÆSEBORD

WHITEBOARD

FRAME HOUSES

SCENE SKÆRM

FORDYBELSESLOUNGE

UDSTILLING BØGER

SKELET

LÆSERØR

Plan 2 1:100

MALERUM OPDAGELSESRUM

UDSTOPPET DYR

SANSEVÆG

KONCENTRATION

UDFORSKNINGSVÆG

MATERIALERUM EXPERIMENTARIUM

SÆRLIGT LOFT

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UDSTILLING

IN

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ST

UD

SÆRLIG BELYSNING

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TUMLE/DANSE RUM ARBEJDSSTATION

KLATREVÆG

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UDST

ILLING

UDS

A escola também é equipada com uma biblioteca variada onde os alunos podem consultar o que quiserem, na hora que quiserem, para enriquecerem seus trabalhos. Todos esses ambientes são providos com móveis criativos e bem desenhados onde as crianças podem desfrutar e ficar à vontade enquanto trabalham em seus projetos. Existem também os nichos ou “cavernas”, para quem prefere ficar mais isolado ou precise se concentrar mais.


ULER

SÆRLIGT LOFT

BLØDT UNDERLAG

IE

SANSERUM PO D

SCENELYS

DEN STORE SCENE

VANDPYT

LYSSPIL FARVE NICHE

SCENE

SANSEVÆG

CORTES

SAMLING

TÆPPE

RELAÇÃO COM O PROJETO EM DESENVOLVIMENTO

A genial idéia da coletividade representada pelos espaços coletivos da escola é o principal ponto de referencia para o projeto a ser desenvolvido. Salas grandes e de multiusos estarão presentes no projeto, dando mais enfase ao ensino coletivo do que ao ensino privativo.

Plan 1 1:100

Strukturen set skråt fra siden

Mobiliários criativos e desenhados para serem utilizados de diversas maneiras, estarão no projeto em desenvolvimento. Em vez de brinquedos comuns de playgrounds, serão criados mobiliários que sirvam para a recreação e para outras atividades escolares a serem desenvolvida pelos alunos.

Diagramatisk opstalt

Plan 0 1:100

Apesar de não haver cortes o suficiente para uma melhor análise do edifício, o corte representado a Vittra skole Brotorp cima mostra o principal ideal da escola: a liberdade para a criatividade da criança e do adolescente. Ao apresentarem mobiliários lúdicos em um espaço escolar, oferece uma maior liberdade para a criança brincar e criar o que ela quiser. Abaixo, algumas fotos destes mobiliários criados pela própria arquiteta do projeto.

23 april 2012

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2.1 [ARQUITETURA ESCOLAR] Continuando á ánalise que se colocou no capitulo anterior, entre a relação profunda que deve ser estabelecida com o espaço físico arquitetônico e o programa pedagógico de determinadas metodologias de ensino, salienta-se na historiografia brasileira a experiencência do convênio escolar. Este programa surgiu no Brasil nas décadas de 50 e 60, através do vinculo do pedagogo Anisio Teixeira com alguns profissionais da arquitetura e urbanismo em Salvador. Anisio Teixeira possuia uma intima relação com Helio Duarte, e ambos começaram a discutir a importância da relacão entre o rebatimento de uma pedagogia de ensino nos espaços arquitetônicos dos grupos escolares da época. O convênio escolar resultou-se da junção entre União, Estados e Municípios que tinham como finalidade implementar um sistema de ensino primário no país, foi consequência da promulgação do Decreto-Lei Federal numero 4.598, de 1942, no qual foi instituído o Fundo Nacional de Ensino Primário. Foram três os convênios escolares firmados entre o Estado e o Município de São Paulo. O primeiro reduziu-se a construção de somente três novas unidades, sem importância quanto a sua arquitetura. No segundo, foram construídos 52 edifícios no período de cinco anos, marcando assim, a arquitetura da cidade de São Paulo. E no ultimo , foi construído mais de 15 unidades as quais são presentes até o momento. O primeiro deles, foi celebrado no dia 14 de Setembro de 1943, e fez-se necessário devido ao grande número de crianças sem escola e sem ensino na cidade paulistana, cuja a população, naquele momento, já era quase de 1 milhão de habitantes . O segundo convênio escolar foi assinado em 28 de Dezembro de 1949. O presidente da Comissão Executiva era o engenheiro José Amadei, que era o diretor do Departamento Municipal de obras na prefeitura de São Paulo. Para diretor da Subcomissão de Planejamento foi nomeado o arquiteto Hélio de Queiroz Duarte, baiano que acabara de

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chegar em São Paulo, onde trabalhou diretamente com o educador Anísio Teixeira, e para a subcomissão de Obras o engenheiro Ernesto de Faria Alves. O segundo convênio escolar apresentou á sociedade um completo programa de atendimento a todas as necessidades das crianças pobres da cidade, o qual ofereceu-lhes condições plenas de se desenvolverem como cidadãos do futuro. Foram construídos edifícios de menor porte, com sua maioria tendo 12 salas de aula. Esse critério adotado substituiu o anterior de construir grandes edifícios, reflexo da carência que generalizava por toda a cidade. Desta forma, optou-se por formar ,a partir dos edifícios escolares, pequenas comunidades de bairro dentro de um raio de 1.500m de abrangência, de modo a se distribuírem por todo o município estudado. O terceiro convênio foi promulgado através da Lei Estadual número 2.816, de 27 de Novembro de 1954. A diferença entre este convênio com os outros foi que o dinheiro repassado para a construção de novas escolas foi menor. Voltando ao segundo convênio escolar, considerado por muitos como o mais importantes dos três, o educador Anisio Teixeira teve grande influência na criação de escolas que mudariam totalmente a educação das crianças brasileiras. A história do educador Teixeira com a arquitetura escolar iniciou-se em 1931, quando assumiu a Diretoria Geral de Instrução Pública do Distrito Federal, onde encontrou um cenário nada favorável a educação pública da capital do país – que nesta época era o Rio de Janeiro. O educador observou só existir escola para 45% das crianças da cidade. Para ele, esse cenário era deficitário e portanto, extremamente alarmante naquele momento. Interpreta-se que como estamos falando da capital do país, seria necessário o minimo de infraestrutura vinculada a condiçoes básicas ligadas ao processode educação nacional,

Para Anísio Teixeira, o maior problema do brasileiro não só era a falta de escolas, mas também, a condição infraestrutural das escolas existentes, as quais se limitavam apenas a alfabetizar os discentes, colocando em um Segundo plano (em termos de grau de importância) outros ensinos fundamentais para a formação ética e moral e para o desenvolvimento dos jovens cidadães. O papel escolar deveria ser o de proporcionar a criança e ao adolescente uma qualidade de vida melhor, e uma formação mais complexa, tanto no suporte a atividades técnicas (futuras atividades profissionais) , como na formação de sua cidadania (como sujeito ativo dentro da sociedade local), para tanto elas criariam hábitos de leitura, estudo e meditação juntamente com uma melhor vivência familiar e social para todas as crianças do estado. O primeiro passo para resolver o problema da escassez da educação pública era resolver a situação de quantidade de escolas na cidade sem que houvesse prejuizo na qualidade. Sendo assim, o planejamento e a organização das edificações escolares juntamente com a escolha ideal do corpo docente, serão implementadas nas reformas educacionas do educador Anísio Teixeir a .

“Educar é crescer. E crescer é viver. Educação é assim, vida no senrido mais autentico da palavra.” - Anísio Teixeira

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[LEITURA PROJETUAL 2: CENTRO EDUCACIONAL CARNEIRO RIBEIRO] Tendo em vista o panorama descrito pela fundamentação teórica até o presente momento, acha-se importante trazer já aqui uma leitura projetual que ilustre minimamente com o projeto o universo da arquitetura e urbanismo que dialoga com as caracteristicas da fundamentação teórica colocada. Neste sentido, a leitura projetual que será feita dará suporte as caracteristicas elencadas sobre o convênio escolar, e para tanto, escolheu-se um dos principais objetos arquitetonicos que foi desenvolvido através das ideias de Anísio Teixeira e Helio Duarte: Centro Educacional Carneiro Ribeiro.

O centro educacional Carneiro Ribeiro está localizado no bairro Caixa D’agua em Salvador, Bahia. A escolha deste bairro se deu ao fato de que ele é considerado o bairro mais populoso de Salvador, e mesmo assim, não havia equipamentos públicos de educação na região do bairro. O terreno escolhido para a implantação não é nenhum pouco acidentado em termos topograficos,

FICHA TÉCNICA NOME: Centro Educacional Carneiro Ribeiro ARQUITETOS: Diógenes Rebouças e Hélio Duarte IDEALISTA: Anísio Teixeira

Escola Classe Centro Ed. Carneiro Ribeiro em relação ao seu entorno.

CONSTRUÇÃO: 1950 á 1963

CONCEITUAÇÃO/PARTIDO

ÁREA: 42.292 m2

Sabe-se que há um elo de ligação existente entre o sistema pedagógico de ensino e os espaços que são propostos para ele. Por esse motivo, os arquitetos deste projeto (Diógenes Rebouças e Hélio Duarte) juntamente com o pedagogo e idealista (Anísio Teixeira) pensaram na importância da sociabilidade para a eduação do jovem, não se utilizando mais da primitiva ideia de que o aluno precisa ficar preso em uma sala de aula para saber um conteúdo eminentimente técnico (o conteúdo técnico é muito importante,

LOCALIZAÇÃO: Rua Saldanho Marinho, n 134, Caixa D ‘agua, Salvador - Bahia

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porém existem outras inteligencias para além das lógicas matematicas que precisam ser potencializadas no aluno ). Neste sentido, o con tato entre o ambiente interior do edificio escolar e o ambiente exterior é positivo, por isso o pedagogo cria essa ideia de escola parque e escola classe, mostrando assim que a experiência de vida e a sociabiliade vai ensinar o aluno da mesma forma que a escola técnica também ensina, representando desta forma o elo de ligação entre essas duas instancias.

entrada

LEGENDA Escola Classse Escola Parque


FICHA TÉCNICA

Para o pedagogo Anisio Teixeira, a ideia de coletividade é tão importante que nota-se no projeto que há um núcleo, um centro do “campus ”, onde é encontrado equipamentos que dão suporte a atividade de lazer, a atividades culturais, ao aprendizado para fora da sala de aula. Esses equipamentos públicos tem a ver com a ideia de sociabilidade, de aprender fora da sala de aula.

entrada

Dado a época em que foi implantada esses edifícios, sabe-se que a arquitetura brasileira ainda tinha uma influencia modernista muito grande, então nota-se que todos esses prédios possuem uma linguagem modernista. Pensando no sistema construtivo como um todo, ele é modulado. observa-se que não só a distancia entre os pilaes é modulada, mas tam’bem as aberturas , a altura da edificação entre outros detalhes construtivos que é possivel identificar como modulação.

Biblioteca

Ginásio

Auditório

Área livre

Teatro ar livre

Auditório

Os edificios se são em formas de prismas ortogonais como octogonos, Pavilhão de reifeitório paralelepipedos, ou um circulo propriamente dito. S ão figuras geoméEscola-Classe tricas reconheciveis pelo cérebro humano. A escolha dessas figuras se da pelo fato Circulação de que elas dialogam como essa ideia logica matematica da industria, muito presente no movimento modernista .

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BIBLIOTECA: PLANTAS, CORTES E FACHADAS Na planta ao lado nota-se que no espaço da biblioteca há um núcleo de sociabilidade, uma circulação perimétrica que se dá no perimetro externo deste nucleo e que ramifica-se para várias atividades que ocorrem dentro deste espaço da biblioteca. Nota-se que há um

núcleo hi-

dráulico

e também algumas salas que precisam acontecer um fechamento, pois necessitam de uma maior privacidade para as suas atividades, e outras que se vinculam com essa “praça central”. Desta forma, percebemos que mesmo dentro de um ediício há a ideia de um local central para ocorrer uma maior sociabilidade entre todos .

entrada

Pav.superior

Enquanto iluminação, nota-se que todas as salas estão localizadas no perimetro desta grande circunferencia para ter iluminação externa e circulação de ventos. Em relação as salas, vemos que há um módulo a ser seguido, só que para certos programas ele é muito grande, o que faz com que ocorra uma divisão ao meio. O pé direito do prédio é duplo, pois é o espaço da sociabilidade. Apenas ao centro isso muda, já que há um segundo pavimento com mezanino onde há uma sala mais priváda, utilizada para estudos que exigem maior concentração.

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LEGENDA Iluminação solar (externa) Circulação de ventos


OFICINAS E ESPAÇOS ADMINISTRATIVOS: PLANTAS, CORTES E FACHADAS No edificio de oficinas, foi criado um espaço onde a circulação é livre para os discentes e docentes, para que estes possam efetuar seus trabalhos a qualquer hora do dia e da semana. Nota-se que há um módulo para todas as salas deste edifício, onde as paredes são móveis e possam deslizar formando assim uma oficina do formato e tamanho necessário para se realizar certos trabalhos. Apenas o núcleo hidráulico não possui essas grandes paredes que se movem.

entrada

entrada

LEGENDA Núcleo hidráulico Módulo das salas Circulação

Vemos também que há algumas aberturas centrais, onde se localizam praças internas para o convivo dos alunos e também para uma melhor circulação de ar e iluminação externa que entra por este grande espaço aberto. Mais uma vez percebemos a importancia do local de sociabilidade no projeto, onde há a possibilidade momentos de distração mesmo dentro dos edificios.Encontra-se também neste edificio, um local para um banco e outros serviços disponiveis, facilitando assim a vida dos discentes, docentes e funcionários deste local. No edificio administrativo não é muito diferente. Percebe-se uma modulação geral das salas. A circulação por sua vez, é mais restrita, já que apenas docentes e funcionários do local tem acesso a essa área do edifício.

LEGENDA Iluminação solar (externa) Circulação de ventos

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BIBLIOTECA: PLANTAS, CORTES E FACHADAS No auditório da escola parque, se encontra tudo o que é mais necessário para uma apresentação. No nivel do palco, encontra-se salas de dança e música para ocorrer ensaios e guardar objetos para a hora de apresentar.Essas salas se localizam ao lado do palco. A circulação é livre, para que os discentes e convidados possam circular pela área em busca de um local para se sentar . Já no subsolo, encontra-se os vestiarios, onde as pessoas que se apresetarem possam se arrumar e aguardar a sua hora de entrar.

LEGENDA Salas de dança

Nestes vestiarios, há núcleos hidráulicos para uso privado de quem for se apresentar. Neste subsolo encontra-se também um deposito, para guardar instrumentos, cenários, vestuários e outras coisas de suma importancia para a apresentação, ou mesmo aquelas que já foram utilizadas e guardadas. Núcleo hidraulico estão

Vazio do palco

Depósito

Vestiários

Circulação

Os sanitários para o público utilizar também encontra-se neste local, perto do depósito. Nota-se que apenas perto destes sanitários “publicos”a circulação é livre. Na parte de vestiário há uma restrição na circulação. Como todos os outros prédios deste centro educacional, nota-se que o projeto é de uma forma geométrica, mais precisamente um figura totalmente triangular.

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LEGENDA Iluminação solar (externa) Circulação de ventos


PAVILHÃO DE REFEITÓRIO E SERVIÇOS: PLANTAS, CORTES E FACHADAS Na planta ao lado, vemos como o pavilhão de refeitório e serviços é inteiramente bem diagramado. É possivel notar que a cozinha tem um tamanho ideal para uma escola grande como esta. Neste comodo a, apenas pessoas autorizadas (trabalhadores) podem circular. Em frente a cozinha há mesas e cadeiras para que os discentes, docentes e todas as outras pessoas que ali frequentam possam sentar e se alimentar, já que o almoço (ou merenda) é servido gratuitamente todos os dias. Nesta área de reifeição há núcleos hidráulicos femininos e masculino, e há também sanitários para uso dos prestadores de serviço da cozinha e lavanderia. No subsolo, encontra-se a lavanderia, juntamente com uma caldeira. subsolo

LEGENDA Cozinha Núcleo hidráulico Lavanderia Circulação

Neste local também apenas pessoas com autorização podem circular, já que esta é uma área restrita apenas a quem trabalha ali. Há outro núcleo hidraulico com sanitários no subsolo, de uso exclusivo para os trabalhadores da lavanderia e pde quem cuida da c a l d e i r a .

LEGENDA Iluminação solar (externa) Circulação de ventos

No lado de fora do pavilhão, se localiza a caixa d’agua do centro educacional. Está estrategicamente posicionada neste local pelo fato de a cozinha e a lavanderia ser onde mais se consume água em todo o complexo educacional.

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GINÁSIO E TEATRO DE ARENA: IMPLANTAÇÃO Ao lado esquerdo, temos a implan-

ginásio e da quadra de volei da escolsa parque.Não

tação do

entrada

foi possivel encontrar plantas, cortes e fachadas deste ambiente.

Ao observamos o ginásio, nota-se que a localização dele em relação á escola parque é ótima. Tanto o ginásio quanto a quadra estão centralizadas no terreno.

LEGENDA Ginásio Quadra de volei Teatro de arena Circulação

Iluminação solar (externa)

Outra observação possivel de ser feita é sobre a materialidade e o sistema construtivo do edifício. O movimento modernista está fácilmente notalvel através das formas geométricas, da modulação de todo o edifício e da utilização do concreto. Apoós pesquisas, descobriu-se que no interior do ginásio há um núcleo hidráulico: vestiários e banheiros femininos e masculinos,

LEGENDA Concha acústica Arquibancada Circulação

Iluminação solar (externa)

Circulação de ventos

Circulação de ventos

Ao lado direito temos o teatro de arena. Por ser ao ar livre, a sua circulação é igualmente livre e sua circulação de vento também, já que não há nenhuma cobertura presente neste local. Muito ulitizado na antiguidade, este tipo de teatro tem como pontos positivos uma melhor projeção de som, uma boa circulação de ar e iluminação natural. Como pontos negativos, pode ser que o som do ambiente em volta atrapalhe e dependendo do dia, o calor pode ser em excesso,

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2.2 - [PEDAGOGIAS DE ENSINO] 2.2.1 - JIDDU KRISHNAMURTI

Na sociedade moderna, há dois educadores que são muito citados por terem revolucionado a educação de uma forma mais ampla de se dizer. Ambos educadores e alguns de seus métodos de ensino escolhidos, serão usados pela autora deste trabalho para a criação de uma escola de ensino fundamental pública. São estes o Jiddu Krishnamurti e Edgar Morim. O primeiro é o indiano Jiddu Krishnamurti, escritor, educador e filosófo que nasceu no dia 11 de Maio de 1895. Os assunstos mais abordados por Jiddu foram: revolução psicológica, a natureza da mente, meditação , relacionamentos humanos, e como trazer mudanças positivas na sociedade. Ele sempre enfatizou a necessidade de uma revolução na psique de cada ser humano também que tal revolução não pode ser provocada por qualquer entidade externa, seja ela religiosa, política ou social. Krishnamurti nasceu em uma Telugu Brahmin – uma comunidade na India que pratica o Hinduismo e falam a lingua Telugu - no que era até então, a conhecida Índia colonial. No início da sua adolescência ele teve um encontro inesperadamente com o ocultista e teósofo Charles Webster Leadbeater. Após este episodio, ele se encontrou outros teólogos importantes da época, mas mesmo assim, ele abdicou todas essas ideias,e alegou fidelidade a nenhuma nacionalidade, classe social, religião e filosofia , e passou o resto de sua vida viajando pelo mundo, palestrando para grupos de diversos tamanho.

Escreveu vários livros ao longo de sua vida, entre eles estão: A primeira e a Ultima Liberdade, Sobre o Aprendizado e o Conhecimento e Diário de Krishnamurti. A maioria de suas palestras e debates também foram públicada. A sua última palestra pública foi em Madras, na Índia, em Janeiro de 1986, um mês antes de sua

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“A escola é um lugar onde se aprende sobre a totalidade e a plenitude da vida. A excelência acadêmica é absolutamente necessária, mas uma escola inclui muito mais do que isso. É um lugar onde tanto o professor quanto o aluno exploram, não só o mundo exterior, o mundo do conhecimento, mas também seu próprio pensamento, seu próprio comportamento.” - J. Krishnamurti. AS ESCOLAS DE KRISHNAMURTI Um dos principais temas de debate e preocupação para Ktishnamurti foi a educação. Para ele, se os jovens e os velhos viessem a ser despertados do seu condicionamente de nacionalidade, religião, preconceitos, medo e desejos, o que inevitavelmente leva ao conflito, eles poderiam ter uma qualidade de vida muito diferente das que já possuem. Desta forma, sua preocupação com a educação o levou a construir escolas na India e diversos outros países. Ao falar com as crianças, Krishnamurti usou uma linguagem clara e simples. Explorou com eles a sua relação com a natureza e a relação entre uns com os outros. Falou também sobre problemas psicológicos como medo, autoridade, competição, amor e liberdade . ( Para o educador, as escolas são um meio no qual as grandes questões existenciais poderiam e deveriam ser exploradas emu ma atmosfera de liberdade e responsabilidade. Ao ser questionado sobre quais seriam os seus objetivos educacionais, Jiddu enumerou os seguinte passos: 1. Perspectiva global: uma visão do todo como distinta da parte; nunca deve ser um sectário perspectivas, mas sempre uma visão holística livre de todo preconceito.


2. A preocupação com o homem eo ambiente: a humanidade é parte da natureza, e se a natureza não é cuidada, será bumerangue sobre o homem. Só a educação o direito, e profundo afeto entre as pessoas em toda parte, vai resolver muitos problemas, incluindo os desafios ambientais. 3. Espírito religioso, que inclui o temperamento científico: A mente religiosa é sozinho, não solitário. Ele está em comunhão com as pessoas ea natureza. Desta forma, em suas escolas, as características mais evidentes desse método criado por Krishnamurti são compartilhadas por todos nos espaçosos campos de grande beleza natural das escolas. Há uma relação amigável e atenciosa entre professores e alunos, onde os alunos não só vivem,trabalham, jogam,e estudam juntos, como cuidam também da propriedade e dos terrenos da escola. Em relação a alimentação das crianças e dos funciomários, há uma dieta vegetariana simples e e muito saudável, onde há uma enorme preocupação de que os ingrediente, que na maioria das vezes são do próprio jardim da escola e colhidos pelos alunos, sejam orgânicos. As salas de aula são bastante espaçosas e convidativas. As bibliotecas e laboratórios são muito bem equipados para dar um suporte maior no aprendizado dos alunos. As escolas oficiais criadas pelo educador Jiddu Krishnamurti são: Oak Grove School (California, Estados Unidos), Brockwood Park School (Inglaterra), Rishi Valley Education Center (India) , The School "Damodar Gardens" (India), The Valley School Bangalore Education Center (India), Sahyadri School (India).

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GRAFIK

SÆRLIG BELYSNING

Diagramatisk opstalt

2.2.2 - EDGAR MORIM Plan 0 1:100

O próximo educador a ser citado é o sociólogo e pensador francês Edgar Morim. Formado em Direito, História e Geografia, realizou estudos em Filosofia, Sociologia e Epistemologia. Autor de mais de trinta livros, entre eles: O método (6 volumes), Introdução ao pensamento complexo, Ciência com consciência e Os sete saberes necessários para a educação do futuro. Elaborou em suas obras profundas reflexões sobre a educação. Para ele, o Homo Sapiens (como gosta de se referir ao ser humano) é um fruto da vida natural e da cultura. Desta maneira, seguindo esta mesma linha de raciocínio, ele obtem uma maneira de construir uma “educação dos tempos futuros”, apesar de estar totalmente vinculada também com o passado. O educador defende o pensamento integral, já que este permite que o homem concretize uma “meditação” mais pontual. Entretanto, a pedagogia atua com seu radical fracionamento do saber, levando assim o individuo a a entender o universo em que vive de forma facciosa, sem conexão com o universal. Desta forma, rompe-se qualquer interação entre local e global, o que possibilita uma resposta para as questões existenciais completamente desvinculada da contextura em que elas estão situadas. Morim percebe a classe escolar como uma entidade considerada complexa, que compõe pessoas de diversas classes sociais, etnias e gêneros. Assim, ele considera ser este o espaço perfeito para se dar início a uma transformação dos paradigmas, da maneira convencional de se pensar o ambiente escolar. É preciso que este contexto tenha um profundo significado para os alunos. O caminho indicado por Morin é o da visão que se retira do âmbito estreito de todas as disciplina estudadas,

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Vittra skole Brotorp 23 april 2012

compreende o contexto e adquire o ideal para se seguir na educação é aquele que poder de encontrar a conexão com a existência. É preciso romper com a fragmentação do conhecimento em campos restritos, no interior dos quais se privilegiam determinados teores, e também eliminar a estrutura hierárquica vigente entre as disciplinas. Reformar esta tradição requer um esforço complexo, uma vez que esta mentalidade foi desenvolvida ao longo de inúmeras décadas. Desta forma, se empenhando para mudar a tradição educacional, Edgar Morin estabele os 7 saberes: 1. O primeiro é sobre as cegueiras do conhecimento – o erro e a ilusão: deve-se valorizar o erro enquanto instrumento de aprendizagem, pois não se conhece algo sem primeiro cair nos equívocos ou nas ilusões. 2. O segundo saber se relaciona ao conhecimento próprio, a unir os mais diversos campos do conhecimento para combater a fragmentação; assim, a educação deve deixar a contextura, o universal, as diversas dimensões do ser humano e da sociedade, e a estrutura complexa bem claras. 3. O terceiro saber é ensinar a condição humana, transmitir ao aluno que o Homem é um ser multidimensional. Assim, a pedagogia do amanhã necessita, antes de tudo, privilegiar a compreensão da natureza do ser humano, ele também um indivíduo fragmentado. 4. O quarto saber diz que a identidade terrena também deve ser prioridade, pois é fundamental conhecer o lugar no qual se habita, suas necessidades de sustentabilidade, a variedade inventiva, os novos implementos tecnológicos, os problemas sociais e econômicos que ela abriga.

“É preciso substituir um pensamento que isola e separa por um pensamento que distingue e une.” - Edgar Morim


5. O quinto saber indica a urgência de enfrentar as incertezas, que parte da certeza da existência de dúvidas na trajetória humana, pois, apesar de todo o progresso da Humanidade, não é possível, ainda, predizer o futuro, uma região nada previsível, a qual desafia constantemente o Homem. 6. O sexto saber defende que se deve ensinar a compreensão, fator indispensável na interação humana; ela deve ser instaurada em todos os campos de ação do cotidiano escolar. 7. O sétimo saber é a ética do gênero humano, correspondente à antropo-ética, a qual defende que não devemos querer para outrem aquilo que não desejamos para nós mesmos.

“Todo conhecimento comporta o risco do erro e da ilusão. A educação do futuro deve enfrentar o problema de dupla fece do erro e da ilusão. O maior erro seria subestimar o problema do erro; a maior ilusão seria subestimar o problema da ilusão. O reconhecimento do erro e da ilusãao é ainda mais difícil, porque o erro e a ilusão não se reconhecem como tal." - Edgar Morin

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[LEITURA PROJETUAL 3: ESCOLA VIVENDA] Para ilustrar o que foi dito neste capitulo sobre novas metodologias de ensino que ainda não são difundidas no país, fez-se necessário apresentar a escola Vivenda, localizada em Franca, interior de São Paulo. A escola possui entre seus métodos de ensino, o pedagogo Edgar Morin, citado neste capitulo.

FICHA TÉCNICA NOME: Escola Vivenda ARQUITETOS: Nelson Arruda CONSTRUÇÃO: 2011

É nesse espaço de aprendizagem e convivência sadias que o aluno tem a possibilidade de se desenvolver plenamente.

CONCEITUAÇÃO/PARTIDO A Escola Vivenda surgiu de um antigo e acalentado sonho de seus diretores que, ao optarem por colocar a “mão na massa”, disponibilizam para a toda a cidade uma vasta experiência na área educacional.

Um privilegiado espaço físico de 4.000m², adequadamente arborizado, ÁREA: 4.000m² dividido em três setores: educação infantil, ensino fundamental I e LOCALIZAÇÃO: Franca, São Paulo, Brasil ensino fundamental II, salas contendo equipamento multimídia adequado para cada área do conhecimenespaço para animais que andam LOCALIZAÇÃO/IMPLANTAÇÃO to, livremente pela escola, horta, A escola Vivenda localizada na parque de madeira, casinha de cidade de Franca, interior de São boneca, roda de espirobol, além de quadra esportiva coberta. Paulo. Mais precisamente, ela está uma localizad no bairro Com o currículo baseado em conceitos que estruturam o pensar – e não apenas em conteúdos que precisam ser memorizados – sua ação pedagógica fundamenta-se nos ideários sócio-históricos de Lev Semenovich Vigotsky, na visão sistêmica de Edgar Morin e no que concerne à formação plena do indivíduo, as idéias da antroposofia desenvolvidas por Rudolf Steiner, norteiam todo o trabalho escolar.

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O ensino oferecido na Escola Vivenda aborda todos os aspectos legais da educação escolar de uma forma única, diferente e ampla. O currículo é planejado para atender as diversas etapas do desenvolvimento da criança. Os professores se dedicam a criar um entusiasmo interior genuíno pela aprendizagem que é essencial para o sucesso educacional do aluno. As crianças do maternal e da educação infantil aprendem principalmente através da imitação e i m a g i n a ç ã o . O objetivo do jardim é desenvolver na criança pequena todo um senso de admiração e reverência por todas as coisas da natureza e em todas as relações humanas. Ou seja, isto cria uma enorme ansiedade por todos os assuntos acadêmicos que virão a seguir no ensino fundamental.


A ESCOLA Por ter uma metodologia de ensino diferente das encontradas nas escolas da cidade, as crianças que estudam na escola Vivenda possui um grande convivio com animais em seu dia a dia . Desta forma, ao andar pela escola é possível notar animais vagando pelo exterior das salas de aula .

Não há palcos dentro da sala de aula. Desta forma, os professores ficam no mesmo nível de visão que os aluno, o que faz com que as crianças possuam liberdade para organizar as aulas e tomar decisoes juntamente com os professores em sala.

A cozinha infantil, mais precisamente para armazenamente de leite, se localiza em um espaço próprio e totalmente reservado, longe dos outros alimentos. Assim, não há perigo de estragarem .

As crianças menores possuem um espaço separado na escola.

Os móveis são adaptados para as crianças. Tudo está ao alcance da criança, fazendo com que elas tenham mais autonomia na escola.

A criança aprende dentro da sala de aula com atividades do cotidiano.

A biblioteca, apesar de pequena, possue diversos titulos de livros que ajudam o jovem e as crianças menores a aprender. Neste espaço yambém ocorre aulas de interação onde os alunos mais velhos contam histórias para os mais novos.

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03. [LEVANTAMENTO DO ENTORNO]


LEVANTAMENTO Rifaina, SP NW

NE

SW

SE

Claraval, SP

Ribeirão Corrente, SP

L

Ibiraci, MG

O terreno escolhido para a implantação da escola tem uma ótima localização dentro da cidade de Franca.

Restinga, SP LIMITE DA APP REPRESA

LIMITE DA APP

Ribeirão Preto, SP

Patrocinio Paulista, SP

A cidade de Franca faz divisa com diversas cidades, tanto no estado de São Paulo quanto do estado de Minas Gerais Desta forma,o equipamento público de escola a ser implantado poderá ser usado também por discentes de pequenas cidades vizinhas que não conseguem uma boa educação em suas cidades, e graças a essa circulação de Franca, esse acesso será muito fácil atingindo assim também outras cidades.

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Ele se localiza entre o centro da cidade e o bairro estação, um dos mais importantes e considerados como outra área central da cidade, facilitando assim o acesso dos alunos para chegar a escola. Localiza-se, mais precisamente, na rua Torquato Caleiro, no bairro Vila Nicáci, no lado oeste da cidade . Este bairro é conhecido na cidade por seus moradores serem de todas as classes sociais. Há moradores de classe alta e de classe muito baixa. Desta forma, o equipamento escola pública poderá atender o maior número de pessoas possiveis da cidade .


TERRENO

VENTOS PREDOMINANTES

FOTO 1

FOTO 3

Rua Evangelista de Lima

Rua Evangelista de Lima

FOTO 1

Rua Cel . Tamar indo

FOTO 4

FOTO 2

Rua Gonçalves Dias

Rua Torquato Caleiro

Rua Cel . Tamar indo

Rua Gonçalves Dias

Rua Torquato Caleiro

FOTO 2 Os ventos predominantes no Brasil de modo gral vem do Sudeste. Portanto, o lado do terreno da Rua Cel. Tamarindo será o que vai receber mais ventilação natural.

INSOLAÇÃO FOTO 3

FOTO 4

Através de estudos feitos de insolação, nota-se que o “melhor sol”é o sol da manhã (das 6h ás 11h). Este sol será recebido do lado leste, ou seja,será recebido da Rua Torquato Caleiro para a Rua Evagelista de Lima

Já as fotos 2,3 e 4, fram tiradas de dentro do terreno mostrando todo seu entorno. Há uma certa dificuldade de locomoção no local, o que impede de tirar fotos dos outros lados de fora.

Rua Cel . Tamar indo

A Foto 1 foi tirada na rua Torquato Caleiro virada diretamente para o terreno.

Rua Gonçalves Dias

Rua Torquato Caleiro

Rua Evangelista de Lima

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TOPOGRAFIA

USO DO SOLO

do Rua Cel . Tamar in

974

975

976

977

Rua Gonçalves Dias

Rua Torquato Caleiro

Rua Evangelista de Lima

Observando a topografia do terreno nota-se que se trata de um local plano, onde há pouca diferença de niveis por todo o espaço. Sendo assim, não será necessário alterar a topografia existente.

TOPOGRAFIA O acesso ao terreno se da apenas pela Rua Torquato Caleiro. Nas laterais do terreno, há casas e prédios construídos e também terrenos vazios. Ao

fundo

do

terreno,

também

construçoes.

Rua Cel . Tamar indo

Rua Gonçalves Dias

Rua Torquato Caleiro

Rua Evangelista de Lima

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LEGENDA Área Verde

Institucional

Residencial

Industrial

Comercial

Vázio

Prestação de serviços

Córrego

O mapa a cima mostra os tipos de uso predominantes na região próxima ao terreno escolhido para a implantação da escola. Nota-se que a área é quase totalmente residenc i a l . Os pontos que possuem maior número de comércio são os lotes que estão ao redor do córrego, que está ao centro de uma das avenidas de maior importancia e de maior fluxo da cidade. a Av. Dr. Hélio Palermo. Outros tipos de uso identificados são os lotes de prestação de serviços, institucional e as áreas verdes. Não há uma quantidade significatva de prestação de serviço na área.


OCUPAÇÃO DO SOLO

LEGENDA 1 a 2 pavimentos

Área verde

3 a 7 pavimentos

Córrego

8 a 18 pavimentos

Vazio

Mais de 18 pavimentos Ao observarmos o mapa a cima, notamos que em toda região estuda há predominancia de edificios com apenas 1 ou 2 pavimentos. Há poucos lotes com mais de 3 pavimentos. Isso ocorre porque o bairro é considerado antigo, um dos primeiros a surgir em Franca, o que fez com quena época em que começaram a construir edificios altos, a maior parte dos lotes na região já estavam ocupados. Os edificios com mais de 3 andares começaram a surgir em 2010 .

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HIERARQUIA VIÁRIA FUNCIONAL

LEGENDA

LEGENDA

Fluxo intenso

Avenidas

Fluxo moderado

Vias coletoras

Fluxo leve

Vias locais

Nota-se que em relação ao transito da região,apenas as avenidas que estão presente na área - Av. Dr.Hélio Palermo e Av.Major Nicácio, possui fluxo i n t e n s o . Os lugares que possuem fluxo leve são as ruas que cruzam o bairro, próximo as casas.

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HIERARQUIA VIÁRIA FÍSICA

Ao observarmos o mapa a cima, nota-se que na área há apenas duas avenidas que passam, a Av. Helio Palermo e a Av. Afonso Pena. Ambas são avenidades muito importante dentro da cidade de Franca. A maior parte das ruas são vias locais, isso ocorre porque o bairro é residencial.


EDUCAÇÃO EM FRANCA

A cidade de Franca possui um grande número de escolas de ensino fundamental estaduais e municiípais, portanto não há falta de vagas para crianças e adolescentes da cidade. Porém, não existe nenhuma escola com alguma metodologia de ensino diferente, o que faz com que o joven francano não tenha acesso a outros tipos de ensino que não seja o tradicional lógico matematico que as escolas do Brasil ensinam. Desta forma, com a implantação deste projeto escolar na cidade, não só os discentes francanos, como também os alunos das pequenas cidades vizinhas á Franca, poderão ter um ensino de qualidade e diferencial, melhorando e promovendo assim a educação na cidade. REGIÃO SUL E.E. Adalgisa De São José Gualtieri E.E. Prof. Agostinho De Lima Vilhena E.E. Profª. Amália Pimentel E.E. Ângelo Scarabucci E.E. Prof. Evaristo Fabricio E.E. Profª.Iolanda Ribeiro Novais E.E. Prof. César D'elia REGIÃO LESTE E.E. Profª. Adelina Pasquino Cassis

REGIÃO NORTE EMEB Profª. Odette do Nascimento (Sede da Região) EMEB Rev. Prof. Nicanor Xavier da Cunha EMEB Profª. Sueli Contini Marques EMEB Profª. Valéria Teresa Spessoto Figueiredo Penna EMEB Prof. Florestan Fernandes EMEB Profª Olívia Corrêa Costa EMEB Prof. Mitermair Alves Barbosa - Jardim Luiza II EMEB Prof. Aldo Prata

E.E. Prof. Âgelo Gosuen E.E. Prof. Benedito Eufrásio Marcondes Vieira E.E. Profª. Carmem Munhoz Coelho E.E. Profª. Carmem Nogueira Nicácio E.E. Dr. João Marciano De Almeida E.E. Prof.José Carlos Donadeli Panice E.E. Prof. José Dos Reis Miranda Filho E.E. Capitão José Pinheiro De Lacerda

EMEB Dr. Valeriano Gomes do Nascimento CAIC

REGIÃO NORTE

EMEB Profª Maria Antonia Stevanato Reis EMEB Prof. Antônio Manoel de Paula EMEB Prof. Fausto Alexandre Souza Teodoro EMEB Prof. José Mário Faleiros EMEB Profª Christiane Dezuani Dias de Oliveira REGIÃO LESTE EMEB Prof. Milton Alves Gama (Sede da Região) EMEB Frei Lauro de Carvalho Borges EMEB Profª Luzinete Cortez Balieiro EMEB Prof. Dr. Rubens Zumstein EMEB Prof. César Augusto de Oliveira REGIÃO OESTE EMEB Profª. Guiomar Ferreira Silva (Sede da Região) EMEB Prof. Augusto Marques EMEB Anor Ravagnani EMEB Prof. e Escritor Nelson dos Santos Damasceno EMEB Profª Etelgina de Fátima Viveiros EMEB Profª Rita de Cássia Calixto Xavier EMEB Dorotea Paulino Ferro REGIÃO CENTRO EMEB Profª. Emília de Paula Tarantelli (Sede da Região) EMEB Profª. Izanild Paludeto Silva

E.E. Adelmo Francisco Da Silva E.E. Antonio Fachada E.E. Prof. Celso Toledo E.E.Profª . Helena Cury De Tacca E.E. Prof. José Ricardo Pucci E.E. Profª. Laura De Mello Franco E.E. Prof . Lina Pcchioni Rocha REGIÃO OESTE E.E. Profª. Ana Maria Junqueira E.E. Prof. Assuero Quadri Prestes E.E. Barão De Franca E.E. David Carneiro Ewbank E.E. Prof. Hélio Palermo E.E. Prof. Israel Niceus Moreira E.E. Jeronimo Barbosa Sandoval E.E. Profª. Josephina Zinni Almada REGIÃO CENTRAL E.E. Prof. Dante Guedine Filho

EMEB Profª. Ana Rosa de Lima Barbosa EMEB Profª Maria Angela David Henrique dos Santos REGIÃO SUL EMEB Frei Germano de Annecy (Sede da Região) EMEB Profª. Vanda Thereza de Senne Badaró EMEB Prof. Paulo Freire EMEB Prof. Hélio Paulino Pinto

E.E. Francisco Martins Coronel E.E. Homero Alves

49


APRENDER INTERAGIR BRINCAR 04. [ESTUDOS PRELIMINARES] INTERPRETAR CONHECER EDUCAR

APRENDER INTERAGIR BRINCAR

INTERPRETAR CONHECER EDUCAR

APRENDER INTERAGIR BRINCAR

INTERPRETAR CONHECER EDUCAR

APRENDER INTERAGIR BRINCAR

INTERPRETAR CONHECER EDUCAR

APRENDER INTERAGIR BRINCAR

INTERPRETAR CONHECER EDUCAR

APRENDER INTERAGIR BRINCAR

INTERPRETAR CONHECER EDUCAR


04. [ESTUDOS PRELIMINARES]


CONCEITO

Ao falarmos de educaçào infantil, não só devemos pensar na relação que deve haver entre o espaço físico construido e uma metodologia de ensino, mas também é necessário entender que o ideal é que essa relação se de atraves da convivência entre as pessoas. Desta forma, há uma enorme necessidade em ensinar esta convivencia em grupo e para os discentes e utiliar disto para se ter uma melhor educação em relação a ética, qualidade de vida e sociabilidade das crianças e adolescentes que de toda a escola.

PROGRAMA DE NECESSIDADES Salas de aula

Copa Professores

Laboratórios

Receb.alimentos

Sala multiúso

Cozinha

Sala de informática

Cantina/Refeitório

Sala de video

D.M.L

Sala de Educação Plastica

Vestuários Sanitátios

SETOR PEDAGÓGICO

PARTIDO A intenção de se criar uma escola de ensino fundamental com uma pedagogia de ensino diferente foi a de abrir novos espaços para uma educação diferenciada DA EXISTENTE na cidade de Franca. Apesar de nào faltar escolas na cidade, não há nenhuma municipal ou estadual que possui metodologias de ensino diversa da tradicional e a ideia de se aprender no coletivo, junto com outras pessoas, e nao só apenas n individual da criança.

TERRENO Foi escolhido um terreno que já estava destinado a ser uma escola municipal, porém, devido a corte de gastos, a cidade de Franca adiou a construção. O terreno localiza-se entre dois dos bairros mais importantes da cidade, o centro e a estação, onde antes se localiza-va a estação ferroviária de Franca, desativada desde 1983.

54

ADMINISTRAÇÃO

{

Diretoria Sala de Professores Gabinete Professores Secretaria Gabinete Atendimento Almoxarifado Arquivo Morto Financeiro Sala de Espera

SERVIÇOS

SETOR DE VIVÊNCIA

Biblioteca

APOIO

Sala de estar

Patio Coberto

Sanitários

Patio descoberto

Vestuários

Quadras

D.M.L

Auditório

Almoxarifado

Brinquedoteca

Recebimento de materiais


IMPLANTAÇÃO E ACESSOS

DIAGRAMA

Entrada para a escola

VOLUMETRIA

Teto verde nos edifícios Praça entre os edifícios

Setor pedagógico: FUNDAMENTAL II

Setor de vivenSetor de viven- cia: AUDITÓRIO cia: BIBLIOTECA

55

Rua para entrar na escola

Setor pedagógico: INFANTIL

Serviços: Setor admiREFEITÓRIO, nistrativo COZINHA

Concreto Bancos de madeira


05. [DIRETRIZES E PROGRAMAS]


[A METODOLOGIA DA NOVA ESCOLA]

04. [MEMORIAL JUSTIFICATIVO] 58


[O PROGRAMA]

59


[SISTEMA CONSTRUTIVO] Para harmonizar a ideologia de ensino da nova escola com seu sistema construtívo, optou-se em utilizar a pré-modulação . Desta forma, acontece o que chamamos como “campo de obra seco” Sendo assim, os pilares, as vigas, e emesmo o fechamento do edifício são peças pré moldadas.

PILAR

FECHAMENTO

Optou-se por utilizar placas cimentícias como fechamento do projeto, por motivos de racionalidade, por ser mais fácil de manusear e por uma questão conseguir assim o desejado caneiro de obras seco. Por ser um ediício com dimensoes grandes, e sendo assim, possuir medidas diversas tanto no seu exterior como no interior, fez-se necessário utilizar quatro tipos de modulação de placas que existem no mercado. São essas:

Utilizou-se pilares de concreto com suas dimensões de 0,20 x 0,20.

No ginásio poliesportivo, localizado no Primeiro Pavimento do edifício, foi necessário utilizar treliça metalica em vez de pilar de concreto. Desta forma, o pé direito aumentou para receber esta estrutura. Esta

VIGAS

mudança

de

altura

Vigas de concreto com medidas de 0,20 x 6,00 e de 0,20 x 8,00 foram utilizadas no projeto.

60

1,00 1,20 1,20 1,20

x x x x

1,00 1,00 1,20 2,00

ABERTURAS As aberturas do edifício também foram uma forma de racionalizar. A ídeia foi conseguir tirar placas cimentícias da modulação inteira para assim criar tanto as portas quanto as janelas, e dessa forma, brincar com todo o desenho do edifício.

[SETORIZAÇÃO]


MEMORIAL JUSTIFICATIVO

1

Observando a imagem a baixo é possível notar que optou-se por fazer apenas um edifício escolar, ao contrário da idéia inicial do projeto. Desta forma, há uma maior interação de todos os alunos e funcionários que ali frequentarão todos os dias.

2

Há duas voltadas jardins, para

3

Foi criada uma rua interna que passa por todo o terreno da escola. Isso fez-se necessário por não houver outros acessos além da Rua Torquato Caleiro. Feito isso, evita-se trafégos lentos na rua de entrada e dá uma maior segurança e comodidade aos alunos, país, vans, funcionários da escola.

4

Ao entrarem na rua lateral da escola, o motorista encontra o estacionamento. Há 65 vagas , sendo 3 vafas especiais de deficientes e 2 vagas exclusivas para carga e descarga.

praças externas da escola que são para o público em geral, onde há bancos para descanso e playground as crianças do bairro.

3 6

5

6

O terreno escolhido para a implantação da escola possuia dois tipos de vegetação já existentes. Mais precisamente, 11 Eucaliptos e uma Copaíba, totalizando 12 árvores. Essas árvores foram usadas como ponto de partida para o projeto do edifício escolar. A escola possui hortas onde os estudantes poderão plantar os alimentos que depois serão utilizados na preparação da merenda.

7

Colocou-se faixas de pedestres na calçada onde entra carros para a rua implantada e tam’bem, na rua Torquato Caleiro .

8

Os bancos encontrados nas praças externas do edifício são móveis. Trata-se de módulos de 0,50 x 0,50, onde os alunos, funcionários e moradores do bairro poderão leva-los e junta-los como bem entenderem.

7 3

2 5 1 5 8

61

4


MEMORIAL JUSTIFICATIVO

Praça para descanso dos funcionários da cozinha Ginásio poliesportivo possui pé direito mais alto.

Portas pivotantes “Muro”para impedir que as crianças menores vãO para a rua.

62


MEMORIAL JUSTIFICATIVO

Estacionamento

63

Playground lúdico


REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABREU, I. R. N. Convenio Escolar: Utopia Construída. 2007. 334f. Dissertação (Mestrado – Projeto de Arquitetura). Universidade de São Paulo, São Paulo, 2007. BASTOS, M. A. J. A escola-parque. aU – Arquitetura e Urbanismo. São Paulo, v. 178, Janeiro/2009. CALDEIRA, M. H. C. Arquitetura Para Educação: escolas publicas na cidade de São Paulo (1934 – 1962). 2005. 229f. Tese (Doutorado – Estruturas Ambientais Urbanas). Universidade de São Paulo, São Paulo, 2005. CANEIRO. I. L. B. A Antropologia Filosófica na Perspectiva Jiddu Krishnamurti: A educação como elemento fundante do homem. 2009. 226f. Tese (Doutorado – Filosofia, Linguagem e Práxis Pedagógica). Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2009. Krishnamurti, J. A educação e o significado da vida. São Paulo: Cultrix, 196 MORIN, E. Os sete saberes necessários à educação do futuro. 9.ed. São Paulo: Cortez; Brasília, DF: UNESCO, 2004 NASCIMENTO, M. F. P. Arquitetura Para a Educação: A Contribuição do Espaço Para a Formação do Estudante. 2012. 154f. Dissertação (Mestrado – Historias e Fundamentos da Arquitetura do Urbanismo). Universidade de São Paulo, São Paulo, 2012. OLIVEIRA, F. V. Arquitetura Escolar Paulista Nos Anos 30. 2007. 158f. Dissertação (Mestrado – Historia e Fundamentos da Arquitetura e Urbanismo). Universidade de São Paulo, São Paulo, 2007.


ÍNDICE DE IMAGENS

Imagem retirada do site “Dafont”

Imagem retirada do site “Brasil Escola”

Imagem retirada do site “Nova Escola: Montessori”

Imagem retirada do site “Nova Escola: Montessori”

Imagem retirada do site “Vida e Obra Edgar Morin”

Imagem retirada do site da escola Waldorf Ribeirão Preto

Imagem retirada do site “Krishnamurti:o pensador do século Imagem retirada do site da escola Waldorf Ribeirão Preto

Imagem retirada do site “Art,history resources”

Imagem retirada do site “Art,history resources”

Imagem retirada do site Nova Escola: Anísio Teixeira”

Imagem retirada do site “Vida e Obra Edgar Mori”n”

Imagem retirada do site “Nova Escola: John Dewey”

Imagem retirada do site “Nova Escola: Anísio Teixeira”

Imagem retirada do site “Nova Escola: Anísio Teixeira”

Imagem retirada do site “Nova Escola: Escola Parque”

Imagem retirada do site “Wikipedia: Franca”

Imagem retirada do site da escola Waldorf Ribeirão Preto

Imagem retirada do site “Art,history resources” Imagem retirada do site “Krishnamurti: O pensador do século Imagem retirada do site Imagem retirada do site Imagem retirada do site “Nova Escola: Montessori”

Imagem retirada do site “History of Waldorf schools”

Imagem retirada do site “Krishnamurti: O pensador do século Imagem retirada do site “Nova Escola: Escola Parque

Imagem retirada do site “Nova Escola: Montessori”

Imagem retirada do site “Vida e Obra Edgar Morin”

05. [DIRETRIZES E PROGRAMAS]


B

01

o r i e l a C o t Rua Torqua 12,2

12

+0.00

6

16,2

2,8

4,72

5

-1,5

A

A

8 8

3

6,3

01

12,2

01

12,2

3

+0.00

8

6

6

6

6

7,28

2

13

2

3

8

-52,5 3,95

6,3

3,9

12

3

2

2,8

2

6

8

3

5,95

5

2,5

973

974

975

B

01

Evangelista de Lima

PLANTA TÉRREO N

Endereço Título do Desenho

PLANTA TÉRREO ARQUITETURA E EDUCAÇÃO: COMPOSIÇÃO E INFLUêNCIA DESTA NA FORMAÇÃO DO ESTUDANTE

Orientadora Folha

Escala


Cal 12,2

12

+0.00

6

16,2

2,8

4,72

5

-1,5 8 8

3

6,3

12,2

12,2

3

+0.00

8

6

6

6

6

7,28

2

13

2

3

8

-52,5 3,95

6,3

12

3,9

3

2

2,8

2

6

8

3

5,95

Endereço Título do Desenho

PLANTA TÉRREO ARQUITETURA E EDUCAÇÃO: COMPOSIÇÃO E INFLUêNCIA DESTA NA FORMAÇÃO DO ESTUDANTE

Orientadora Folha

Escala


12

12,2

A

01

Detalhamento placa cimentícia

Escala: 1/20

24,6

Escala 1/20

3,4

5,00

Detalhamento “parede móvel” 6.0000

3.2000

Escala: 1/50

PLANTA PRIM.PAVIMENTO

N

B

01

Endereço Título do Desenho

PLANTA PRIMEIRO PAVIMENTO ARQUITETURA E EDUCAÇÃO: COMPOSIÇÃO E INFLUêNCIA DESTA NA FORMAÇÃO DO ESTUDANTE

Orientadora Folha

Escala


CORTE AA

CORTE BB

VISTA SUL

VISTA NORTE

VISTA LESTE

VISTA OESTE Endereço Título do Desenho

CORTE AA, BB E VISTAS ARQUITETURA E EDUCAÇÃO: COMPOSIÇÃO E INFLUêNCIA DESTA NA FORMAÇÃO DO ESTUDANTE

Orientadora

Folha

Escala



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