Conceito das Escolas do Conhecimento

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ESCO LAS CO NHE CI MEN TO CRIAÇÃO COLETIVA

INTELIGÊNCIA COMPARTILHADA

GLOBAL COLLABORATION

co-criação

troca de experiências

planejamento colaborativo


UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ AUTORIDADES ACADÊMICAS VALDIR CECHINEL FILHO, Prof. Dr. Reitor CARLOS ALBERTO TOMELIN, Prof. Dr. Vice-Reitor de Graduação e Desenvolvimento Institucional ROGÉRIO CORRÊA, Prof. Dr. Vice-Reitor de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação JOSÉ CARLOS MACHADO, Prof. Dr. Vice-Reitor de Extensão e Assuntos Comunitários RODRIGO DE CARVALHO, Prof. Dr. Procurador Geral da Fundação UNIVALI LUCIANA MERLIN BERVIAN, Profa. Dra. Secretária Executiva da Fundação UNIVALI JOSÉ ROBERTO PROVESI, Prof. Dr. Chefe de Gabinete de Gestão Integrada EXPEDIENTE Coordenação CARLOS ALBERTO TOMELIN, Prof. Dr. Vice-Reitor de Graduação e Desenvolvimento Institucional Elaboração REGINA CELIA LINHARES HOSTINS, Profa. Dra. Diretora de Educação

Edição e revisão: Andrea Liter Borges Aline Cristine de Souza Harbs Camila Morgana Lourenço Design gráfico e editoração: Bianka Cappucci Frisoni Distribuição dirigida “A reprodução parcial ou total do conteúdo desta publicação institucional requer a autorização expressa do autor.” junho 2018


PLANEJAMENTO COLETIVO DAS ESCOLAS DO CONHECIMENTO

APRESENTAÇÃO A sociedade vive um ciclo potencial de mudanças em todos os âmbitos, e uma das suas forças motrizes mais evidentes é a capacidade de gerar o novo, de se reinventar. Da mesma forma, a Univali está em transformação. Por isso, mais do que se inserir nessa dinâmica, a Instituição busca ser um polo gerador de inovação e de qualidade para a Educação Superior. Neste contexto, fundamenta o compromisso com a produção científica e a universalização do saber e inicia um novo ciclo de desenvolvimento para garantir a vitalidade e a identidade como Universidade Comunitária inovadora e de excelência — que, como tal, se renova pautada na consciência do que faz de melhor: uma educação de qualidade que oferece soluções para transformar a sociedade e a vida cotidiana das populações e influenciar positivamente o futuro das pessoas. Nascida na década de 1960, no contexto de construção do modelo de Universidade moderna, a Univali, assim como outras Universidades, vem defendendo, entre seus princípios, a formação por meio da pesquisa e interação com a comunidade, a cooperação, a multi e a interdisciplinaridade, a autonomia de pensamento e a complementaridade de Educação Básica e Ensino Superior. Nas últimas décadas, no entanto, essas Universidades têm vivido o que se denomina de crise da modernidade e, por consequência, crise da Universidade — afetando fortemente a sua vocação política e científica, pois os complexos desafios apresentados pelos cenários cultural e tecnológico atuais põem em questão os princípios básicos, as formas de ensinoaprendizagem e a estrutura organizacional das

Esta crise é conceitual, pois o termo universidade é usado genericamente por diferentes Instituições; contextual, dadas a perplexidade e a inatividade da Universidade frente às dinâmicas e profundas transformações sociais; e textual, dadas as exigências de mudanças nos seus textos internos, seus conteúdos, suas formas de ensino, sua relação com a ética, a ciência e a tecnologia (GOERGEN, P. L. Prefácio. In: DIAS SOBRINHO, J. Dilemas da educação superior no mundo globalizado: sociedade do conhecimento ou economia do conhecimento? São Paulo: Casa do Psicólogo, 2005, p. 12).

Universidades, impondo a necessidade de atualização de discursos e práticas.

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PLANEJAMENTO COLETIVO DAS ESCOLAS DO CONHECIMENTO

Em face desse panorama e imbuída do seu compromisso com a produção do conhecimento, a universalização do saber e a formação integral do estudante, a Univali se reestrutura para acompanhar as mudanças na sociedade contemporânea, reconhecida como sociedade do conhecimento em rede, abrindo caminhos alternativos de consciência para leituras (im)prováveis e variadas dos novos cenários e horizontes surgidos nesta sociedade — sobretudo na educação. Assim, atualmente reestrutura conceitos e práticas para a construção de um modelo de Ensino Superior que acompanhe as mudanças culturais e tecnológicas da sociedade — marcada por construções coletivas do conhecimento, interconectividades em rede, pensamento disruptivo, interação livre de restrições espaço-tempo, intercâmbios culturais e usos compartilhados de recursos. Para tanto, a Univali propõe a estruturação das Escolas do Conhecimento, uma inovação na estrutura acadêmica e pedagógica para responder às novas exigências de transversalidade, relações ensino-aprendizagem e formas de produção do conhecimento interdisciplinar e intercultural.

Em face desse modelo, este Plano de Desenvolvimento apresenta elementos que justificam a implantação dele no âmbito institucional, além de apresentar o conceito de Escola do Conhecimento implantado na Univali, bem como a sua proposta pedagógica.

A transformação dos Centros de Educação em Escolas do Conhecimento pauta-se na mudança de estruturas, relações, experiências de aprendizagem e fronteiras espaço-tempo, prevendo fomentar uma experiência educacional de enriquecimento intelectual, ético, social e cultural dos estudantes relacionando o conhecimento científico a práticas de pesquisa, inovação, internacionalização e extensão.

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PLANEJAMENTO COLETIVO DAS ESCOLAS DO CONHECIMENTO

TENDÊNCIAS DE INOVAÇÃO NO ENSINO SUPERIOR

O acesso ampliado a diferentes fontes de dados possibilita a identificação prévia de cenários para a educação — incluindo o Ensino Superior, notadamente com as novas tecnologias da informação e comunicação, que transformaram as formas de produzir e fazer circular o conhecimento. Desse modo, por meio de estudo documental, a Univali selecionou indicadores relevantes para compor a sua proposta de inovação acadêmica. Além disso, realizou pesquisa de imersão com abordagem qualitativa, com diferentes atores envolvidos no trabalho da Universidade, para discutir cenários e tendências profissionais e levantar ideias de inovação e projetos. Duas categorias foram então definidas: — Gestão e Aprendizagem/Tecnologias. Entre os indicadores da categoria Gestão do Ensino Superior para os próximos anos, estão, por exemplo: desenvolvimento de mecanismos mais eficientes para potencializar oportunidades de formação; mudança de formato, de dinâmica, de papéis na gestão da Universidade; valorização de habilidades sociais como parte do projeto acadêmico e institucionalização de mecanismos de formação integral.

Por meio do programa de relacionamento Conexão Futuro Univali.

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PLANEJAMENTO COLETIVO DAS ESCOLAS DO CONHECIMENTO

Na categoria Aprendizagem/Tecnologias, destacam-se, entre outros, os indicadores: mudança na estrutura física acadêmica para que os alunos sejam propositores; aproximação das formações com o mundo real; e ensino multidirecional, envolvendo momentos presenciais e a distância e utilizando múltiplos recursos de ensino.

Neste contexto, a tecnologia assume papel central na constituição dos cenários da educação superior atuando como aceleradora e promotora de novas formas de ensino e aprendizagem. Para tanto, seu uso requer mudanças também no perfil do professor, na relação dos estudantes com o conhecimento e nas formas de organização do ensino. Além disso, no cenário futuro, a evidência da conexão crescente entre áreas profissionais, a exigência do trabalho em rede, as mudanças nos processos de trabalho, nas atitudes e nas estruturas físicas para materializar essas conexões, a abertura para as novas linguagens e para a busca contínua do conhecimento são algumas das características que os stakeholders da Univali identificaram nas suas áreas de atuação por meio de um perfil que requer inteligência crítica e emocional. Entre as ideias apresentadas à Univali, há a necessidade de mudança de formato, de dinâmica, de papéis e de gestão do conhecimento prevendo processos mais flexíveis, interdisciplinares e interculturais, práticas orientadas para metodologias dinâmicas, vivências, experimentações e projetos direcionados aos potenciais da conectividade. Nestes cenários — interno e externo, atual e futuro —, encontram-se importantes pontos de convergência e inúmeras oportunidades de construção do futuro desejável para a Instituição e do modelo de inovação que se quer implantar com as Escolas do Conhecimento.

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PROPOSTA PEDAGÓGICA DAS ESCOLAS DO CONHECIMENTO A TRANSMISSÃO CULTURAL EM DEBATE

A Universidade, desde a criação, tem assumido seu papel social de transmissor e intérprete da cultura e do conhecimento produzido pelas gerações antecessoras. Todavia, a velocidade das mudanças

Em face dessas demandas de flexibilidade e de

socioeconômicas atreladas ao uso

diferenciação de papéis, a Universidade compete

intensivo das tecnologias de

em condições desvantajosas, dadas as suas

informação e comunicação modifica

características “duras”, sua gramática estruturante

profundamente o panorama da cultura

e sua impermeabilidade a essas novas

comum, do conhecimento verdade e das

configurações da fluidez, da rede de conexões e da

ideias sobre o que se deve e como se

incerteza. Para tanto, a Escola (DUSSEL, 2009) ou a

deve transmitir o conhecimento na

Universidade deve ser o lugar de colocar as pessoas

academia.

em contato com um mundo-outro em que as

Assim, se antes a Universidade se

pessoas se confrontam com o desconhecido e são

constituía um espaço legítimo de

levadas a entender e a desafiar seus limites, a se

transmissão cultural (DUSSEL, 2009),

tornar mais abertas aos outros e a si mesmas e a

hoje ela compete com agências

intercambiar experiências, culturas e sentidos.

multiculturais, meios de comunicação e mídias digitais para a transmissão de saberes e tem sido solicitada a responder a uma multiplicidade de

DUSSEL, Inés. Cadernos de Pesquisa, v. 39, n.137, p

expectativas e perfis de estudantes —

351-365, maio/ago. 2009.

capazes de produzir intenso movimento e transformação de suas práticas e crenças.

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Nessa perspectiva, a Universidade, pelo ensino, ajuda os estudantes a relacionar-se mais livremente, mais abertamente com a tradição, pois, nessa articulação, a “transmissão de conteúdos” assume-se como uma passagem, uma conexão que se renova e se redefine a cada geração e cultura. Desse modo, a Universidade auxilia o acadêmico a seguir construindo uma sociedade na qual importa o que acontece com o outro, compreendendo as dinâmicas assimétricas de países, populações

e culturas e promovendo a elaboração de objetivos comuns, a discussão de pontos de vista, a busca compartilhada de soluções. Ou seja, essas transformações no papel da Universidade e na relação professor/estudante, em face da revolução tecnológica, social e cultural atual, possibilita à Instituição preservar o conhecimento existente e estabelecer formas mais flexíveis de dialogar com a realidade, além de manter a capacidade de inovação e de interlocução social e cultural.

O CONCEITO DE ESCOLAS DO CONHECIMENTO Where we're Going Na busca da inflexão do conhecimento em rede e de manter vivo o olhar para a vida contemporânea, a Univali vem dando passos importantes para implementar as Escolas do Conhecimento — que representam uma nova forma de pensar e atuar na graduação e no Ensino Superior, uma forma orgânica de organização e intersecção entre ensino, pesquisa e extensão, entre cursos, estudantes e professores das diferentes áreas, suas atividades e programas. A mudança passa também pela consciência das subjetividades envolvidas nos processos de ensino e aprendizagem e pelo fortalecimento de uma nova relação entre estudante e professor diante do conhecimento. Debruçando-se na realidade de forma crítica, ampliando o ato de aprender para fora da sala de aula, atuando sobre problemas de forma crítica e proativa, professores e estudantes aprendem entre si e pensam juntos (PUCPR, 2017).

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ. Mosaico de cinco cores: princípios orientadores para os processos de ensino e aprendizagem na educação superior. Curitiba: PUCPR, 2018.

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PARA TANTO, O CONCEITO DE ESCOLA FUNDAMENTA-SE NOS SEGUINTES REFERENCIAIS:

- Conceito originário de Skholé, um conceito grego em que a escola era definida como um espaço aberto e sem muros e como um lugar de possibilidades, ou seja, um lugar de pôr em suspensão o sentido habitual do mundo e um tempo no qual os estudantes se tornavam capazes de formar a si próprios, pela prática e pelo estudo (mediados por um preceptor). Afinal, a aprendizagem vai considerar espaços abertos e sem muros, físicos e virtuais e um tempo síncrono e assíncrono com interações livres de restrições de espaço e tempo e uma forma pedagógica tridimensional voltada à criação, à ação e à interação coletiva;

LARROSA, J. (Org). Elogio da Escola. Belo Horizonte: Autêntica, 2017.

- Teoria do conhecimento em rede, que pressupõe a apropriação do conhecimento por múltiplas relações e considera a emergência de uma nova forma de organização social baseada em redes, potencializada pelas redes de comunicação digital e pela microeletrônica .

CASTELLS, Manuel; CARDOSO, Gustavo (Orgs.). A sociedade em Rede: do conhecimento à ação política; Conferência. Belém (Por): Imprensa Nacional, 2005.

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PLANEJAMENTO COLETIVO DAS ESCOLAS DO CONHECIMENTO

Na sua organização, as Escolas, ainda que estruturadas em cursos, definem-se por meio de programas e projetos cujo funcionamento prevê: confluência de áreas e saberes; aproximação de docentes e discentes em campos comuns de atuação e investigação; novos formatos de cursos; criação de soluções inovadoras que articulem ensino, pesquisa e extensão; remodelagem da matriz curricular para enriquecimento intelectual, ético, social e cultural; métodos ativos de ensino e instrumentos pedagógicos adequados à confluência de áreas e saberes; internacionalização do currículo e diálogo com diferentes culturas; inserção curricular — interdisciplinar e multidisciplinar — da extensão, de modo a articular os saberes produzidos na vida acadêmica aos saberes da vida cotidiana das populações; relações sólidas com empresas, organizações da sociedade civil e comunidade; reconfiguração dos espaços de aprendizagem para atividades colaborativas. Nesta nova proposta, ensino, pesquisa, extensão universitária, tecnologias, inovação e internacionalização estão alinhados em ações conjuntas em redes não lineares. Com isso, os currículos passam a ser integrados, com mais disciplinas práticas e núcleos integradores de disciplinas para vários cursos, e o ensino ganha mais possibilidades de assumir modelos flexíveis, amigáveis, híbridos, invertidos e de vivências práticas.

A ORGANIZAÇÃO Na Univali são seis as escolas do conhecimento:

ESCOLA DE ARTES, COMUNICAÇÃO E HOSPITALIDADE

ESCOLA DE ESCOLA DE

CIÊNCIAS

NEGÓCIOS

JURÍDICAS E SOCIAIS

ESCOLA DE

ESCOLA DO

CIÊNCIAS DA

MAR, CIÊNCIA

SAÚDE

E TECNOLOGIA

ESCOLA DE EDUCAÇÃO

PAGE 10 | ORGANIZAÇÃO


POSSIBILIDADES COGNITIVAS, CRIATIVAS E EMOCIONAIS DE FORMAÇÃO DO ESTUDANTE

DUSSEL, Inés. Foro Latinoamericano de Educación; Educación y

Em face desse contexto de mudança

nuevas tecnologías: los

estrutural das sociedades e, por

desafíos pedagógicos ante

consequência, do ensino superior, novas

el mundo digital. VI Foro.

possibilidades criativas e cognitivas

Inés Dussel y Luis Alberto

impulsionam a composição do perfil de

Quevedo. - Buenos Aires :

formação dos estudantes das Escolas do

Santillana, 2010, p.60.

Conhecimento na perspectiva do “perfil híbrido”. Tal perfil combina saberes e

A mediação das tecnologias e dos meios

competências de distintos campos

digitais abre possibilidades infinitas de

disciplinares e, apesar do domínio de

expansão das competências, de novas

habilidades específicas dessa ou daquela

práticas de conhecimento e de formação

profissão, transitam de maneira mais

de habilidades cognitivas complexas e

aberta e dialogam de modo mais efetivo

criativas. Nesta perspectiva, os jovens

com diversas áreas do conhecimento e

são incentivados a se vincular ao

com as práticas e os valores próprios de

conhecimento por meio de habilidades

um cidadão global.

como:

- Jogo: experimentar diversos caminhos para resolver problemas; - Performance/desempenho: adotar identidades alternativas, improvisar e descobrir; - Simulação: interpretar e construir modelos dinâmicos de processos do mundo real; - Apropriação: “remixar” conteúdo das mídias; - Multitarefa: “escanear” o ambiente e mudar o foco conforme sua necessidade; - Navegação transmidiática: transitar entre informações de múltiplas modalidades; - Redes: buscar, sintetizar, articular e disseminar informações; - Negociação: viajar entre comunidades diversas, captar e seguir normas distintas, discernir perspectivas múltiplas.

PAGE 11 | HABILIDADES


PROCESSO DE ENSINOAPRENDIZAGEM Com base no perfil, nas competências e

Já o senso crítico-reflexivo diz respeito à

nas habilidades que se pretende

atividade do pensamento que exige

desenvolver nos estudantes nas Escolas

análises, correlações, indagações,

do Conhecimento, são adotados os

elaboração de sínteses e julgamentos

seguintes princípios orientadores do

pautada em referenciais teóricos e

processo de ensino-aprendizagem:

contextuais, critérios e valores. No

autonomia, senso crítico-reflexivo, visão

ensino requer do professor a atenção

sistêmica, cooperação, compromisso,

para que seus estudantes aprendam a

empatia ou inteligência emocional e

formular julgamentos com base em

proatividade.

critérios racionais e éticos.

Neste contexto, a autonomia é a

Neste processo, a visão sistêmica é o

competência para construir e gerir

princípio que considera a sincronicidade,

projetos e escolhas e assumir

a complexidade e a intersubjetividade

responsabilidades. No ensino supõe a

como dimensões convergentes na

criação de espaço para o estudante

abordagem da realidade. No ensino,

desenvolver habilidades complexas de

supõe a abordagem interdisciplinar do

pensamento, independência e liberdade

conhecimento partindo da compreensão

intelectual e emocional no ato de

de que o conhecimento do todo

aprender.

possibilita a análise e/ou a interferência mais efetiva na realidade.

Já a cooperação corresponde ao modo de agir daqueles que se colocam junto, compartilham projetos e negociam o melhor caminho para a realização de determinada tarefa; enquanto o compromisso, à forma, pública ou não, de se vincular ou assumir uma obrigação ou responsabilidade com alguém, com algum objetivo. Além disso, a empatia ou inteligência emocional é o princípio que abrange a capacidade de compreensão da perspectiva pessoal das outras pessoas e a habilidade de experimentar reações emocionais observando a experiência alheia.

PAGE 12 | APRENDIZAGEM


Por fim, a proatividade se caracteriza como o comportamento de antecipação e de iniciativa na definição de escolhas e ações frente às situações impostas pelo meio. No ensino supõe a criação de experiências de busca ativa por oportunidades de mudança, planejamento e execução de ideias.

PROFISSIONAL

INTERCULTURAL

INTERPESSOAL

DESENHOS CURRICULARES As concepções e os princípios orientadores das Escolas do Conhecimento requerem a configuração de novos desenhos curriculares voltados à: - conexão e cooperação entre estudantes e professores de áreas diversas na construção de projetos; - aprendizagem compartilhada em disciplinas comuns às escolas e aos cursos; - construção de percursos formativos personalizados pelo estudante (disciplinas eletivas e /ou percursos acadêmicos complementares para enriquecimento pessoal e profissional); - vivência de disciplinas e projetos curriculares de extensão que conduz o estudante a articular os saberes produzidos na academia aos saberes da vida cotidiana; - convivência e conexão com outros mundos, outras linguagens e outras culturas por meio do currículo internacionalizado, intercâmbios e imersões internacionais.

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Nesta dinâmica, a conectividade tem papel protagonista e pode ser vislumbrada nas interações entre disciplinas, entre a Universidade, a comunidade e o mundo, entre pesquisa e ensino, entre teoria e prática, entre estudantes e professores, entre o estudante em seu ser interior — e em seu estar no mundo —, entre o estudante e outros estudantes, entre os vários componentes do currículo, entre as diferentes áreas do conhecimento.

Trata-se da concepção de Currículo Conectado, que fornece uma estrutura para a integração das várias vertentes de atividade na Univali, as quais enriquecem o currículo formal e buscam assegurar, aos alunos, oportunidades regulares para apresentar o seu trabalho e aplicar a sua aprendizagem teórica em contextos práticos. Além disso, o Currículo Conectado responde à tensão vigente (nas Universidades) entre a pesquisa acadêmica e o currículo ensinado — de que o ensino tem uma relação pobre com a pesquisa acadêmica —, pois representa uma reafirmação radical daquilo que se acredita ser a

É uma estrutura de aprendizado que reconceitua a educação na Univali, apoiando os estudantes a aprender fazendo pesquisa, mediados pelas tecnologias, com foco na solução de problemas e na produção de ideias (inovação) com um olhar para o mundo (internacionalização) e para o outro (extensão).

educação universitária. Como tal, este currículo ressoa plenamente com os princípios de inovação, do pensamento disruptivo e da atuação cidadã.

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PLANEJAMENTO COLETIVO DAS ESCOLAS DO CONHECIMENTO

CURRÍCULO CONECTADO Neste sentido, uma cultura de ensino "baseado em

- Núcleo Integrado de Disciplinas:

pesquisa", em vez da educação mais tradicional

que contempla oferta de disciplinas a

"conduzida por pesquisa", é particularmente

serem compartilhadas por estudantes

apropriada para o conceito de Escola do

de vários cursos e estruturadas por

Conhecimento, que, pelo Currículo Conectado, concentrará investimento e atuação de modo a firmar o compromisso com a paridade entre ensino, pesquisa e extensão. Afinal, a experiência de pesquisa não é apenas um

trilhas de conhecimentos denominadas humanidades, gestão e tecnologias; - Disciplinas eletivas: conjunto de disciplinas de escolha do estudante; - Estágio: disciplinas dedicadas à

trampolim para a academia. As habilidades envolvidas

prática de mercado;

em pesquisa são cada vez mais essenciais para as

- Trabalho de Conclusão de Curso:

profissões, ao possibilitar a vivência genuína dos

disciplinas dedicadas à elaboração de

princípios que orientam o ensino e a aprendizagem nas

projetos com características de

Escolas: o desenvolvimento do senso crítico, da

inovação e pesquisa;

autonomia, do pensamento sistêmico, do

- Núcleo Curricular Suplementar de

compromisso, da cooperação e da proatividade.

Extensão Universitária: disciplinas,

Com esse modelo, busca-se oferecer a cada estudante um conjunto de disciplinas e experiências compartilhadas — curriculares e extracurriculares — que lhe darão a oportunidade de estabelecer conexões entre seu desenvolvimento como pesquisador,

projetos e cursos dedicados a práticas extensionistas na comunidade; - Núcleo de Disciplinas Internacionais: oferta de disciplinas em língua estrangeira, validação de disciplinas cursadas no exterior e

profissional e cidadão. Para tanto, o currículo dos

oferta de dupla titulação;

cursos das Escolas do Conhecimento apresentará:

- Atividades Complementares: atividades personalizadas de acordo com os interesses do aluno.

PAGE 15 | CONEXÃO


PLANEJAMENTO COLETIVO DAS ESCOLAS DO CONHECIMENTO

A proposta é potencializar a oferta de oportunidades para a aprendizagem experiencial dos alunos, configurando percursos formativos personalizados. Por decorrência, as abordagens metodológicas de ensino estarão alinhadas às concepções e aos princípios de ensino-aprendizagem definidos, aproveitando a tecnologia para enriquecer a experiência em sala de aula pela adoção de metodologias ativas, ambientes virtuais de aprendizagem e disciplinas digitais.

REDESENHO DOS ESPAÇOS DE APRENDIZAGEM A proposta de inovação dos modelos curriculares dos cursos requer a reestruturação dos ambientes de aprendizagem. As salas de aula precisam ser redesenhadas para dar espaço ao trabalho em equipe, à coleta, projeção e análise de dados, à investigação e resolução de problemas por meio de espaços compartilhados, multifuncionais e híbridos voltados a novas formas de aprender e ensinar. Para tanto, a Univali inicia um processo de reestudo dos seus espaços internos e externos para viabilizar novas configurações espaciais — abertas a novos modos de se relacionar, trabalhar, estudar e viver a universidade.

PAGE 05 | TENDÊNCIAS PAGE 16 | REDESENHO


PLANEJAMENTO COLETIVO DAS ESCOLAS DO CONHECIMENTO

AGENDA & GOVERNANÇA ESCOLAS DO CONHECIMENTO - 2018

| D AÊ GN EC N IDAAS & P A G EP A 0G 5 E| 1T7E N GOVERNANÇA


PAPÉIS E RELAÇÕES

PAGE 058| TENDÊNCIAS PAGE 18 | GOVERNANÇA


CRONOGRAMA

PAGE 05 | TENDÊNCIAS PAGE 19 | AGENDA


ESCO LAS CO NHE CI MEN TO


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