Caderno - entrega intermediária

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COMPLEXO VIVER BEM MARIANA MARTINS DE ANDRADE RA: B077BH-5


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“Quando a velhice chegar, aceita-a, ama-a . Ela é abundante em prazeres se souberes amá-la. Os anos que vão gradualmente declinando estão entre os mais doces da vida de um homem, Mesmo quando tenhas alcançado o limite extremo dos aos, estes ainda reservam prazeres.” –Sêneca

3



SUMÁRIO 1. Introdução

9. Escolha do Local
 9.1 Fotos do Terreno

2. Justificativa Temática

9.2 Fotos do entorno
 9.3 Topografia e Orientação Solar

3. Objetivos
 10.Referências Projetuais
 4. Estatuto do Idoso

12.1. Vila dos idosos
 12.2. Residência em Alcáceres

5. A Terceira Idade

12.3. 
 12.4. Visita Técnica - Lar dos Velhinhos

6. Localização e Zoneamento

7. Área de estudo

12.5. Visita técnica - Sesc Pompéia

11.Programa de necessidades

8.1. Sistema Viário
 8.2. Gabaritos e Nós de Trânsito

12.Partido

8.3. Uso do solo e Equipamentos Urbanos
 8.4. Densidade Demográfica

8. Plano Integração D.C.E.

13.Plano de massas

14.Bibliografia

5


6


1. INTRODUÇÃO O processo de desenvolvimento de uma cidade / país, está

implantação de um projeto de equipamento urbano de

completamente interligado a infraestrutura econômica, social

assistência social para atender uma grande parcela da

e urbana. A disponibilidade ou ausência de infraestrutura

população presente na área de estudos, que se

no território constitui um indicador das suas condições de

caracteriza por pessoas da terceira idade, baseado em

desenvolvimento, favorecendo ou limitando esse processo

uma pesquisa com apresentando dados estatísticos.

de desenvolvimento econômico e territorial.

No Brasil, segundo o IBGE, nos últimos 50 anos o total da

Os investimentos em infra- estrutura favorecem as

população idosa quase triplicou, passando de 70 milhõess, em

condições de desenvolvimento socioeconômico de

1960 para 190,7 milhões, em 2010, visando a necessidade de

a l g u m a s p o r ç õ e s d o t e r r i t ó r i o. E n t e n d e - s e p o r

mais infra-estrutura para que essa população tenha condições de

infraestrutura social e urbana também pode ser

viver com qualidade e usufruir da longevidade ativa.

considerado infraestrutura econômica, por exemplo, os equipamentos urbanos, a cada dia mais importantes na competitividade econômica das cidades e regiões, e um elemento determinante na atração de indivíduos e empresas. Envolvendo, um

conjunto de sistemas e

suportes à vida cotidiana da população, no meio urbano.

O Complexo Viver bem, é um projeto destinado aos idosos, que tem o objetivo de integrar as necessidades básicas que um idoso necessita para ter uma vida ativa, saudável e feliz, que são: MORAR, SAÚDE E INTEGRAÇÃO. A união da moradia com a alegria da integração com a sociedade, possibilitando a arte do encontro com pessoas diferentes em suas áreas de convívio, junto a áreas de de apoio

Os equipamentos e serviços sociais e urbanos,

que trarão suporte físico e psicológico, além de cursos e

refletem a evolução dos direitos humanos e sociais e das

atividades abertas ao público durante o dia, propiciando

necessidades básicas socialmente construídas.

momentos de convívio e lazer e mantendo a privacidade em suas

O presente trabalho trata-se de um estudo para

habitações. 7


2. JUSTIFICATIVA TEMÁTICA A iniciativa de estudar o tema apresentado e

responsável por assegurar qualidade de vida e

desenvolver o Complexo Viver Bem, se deu levando

conforto humano na concepção de espaços

em consideração o aumento da expectativa de vida

públicos e privados, sendo assim, conectando-se

da população. Segundo os dados do IBGE

com essa necessidade do mundo atual e como

apresentados no Gráfico 1,

a população idosa

uma forma de contribuir com a longevidade, foi

cresce a cada ano não apenas na cidade de

escolhido o tema para ser implantado na área de

Campinas como no Brasil, sendo a faixa mais

estudos que como podemos ver através da Figura

crescente na pirâmide etária, e a que mais cresceu

1, o USO SO SOLO

nas ultimas 2 décadas, porém esses 20 anos a

voltado ao residencial e a maior parte dos

mais não estão sendo vividos com qualidade, que

equipamentos urbanos existentes na mesma

segundo estudos, são medidas pela saúde física e

N

psicológica da população.
 "Sabe-se hoje que a velhice não implica necessariamente doença e afastamento, que o idoso tem potencial para mudança e muitas reservas inexploradas. Assim, os idosos podem sentir-se felizes e realizados e, quanto mais atuantes e integrados em seu meio social, menos ônus trarão para a família e para os serviços de saúde. (FREIRE, 2000, p. 22)"

Como citado por FREIRE, 2000, P.22; Pessoas felizes adoecem menos e consequentemente vivem mais, o profissional Arquiteto Urbanista é 8

da maior parte dessa área é

RESIDENCIAL COMERCIAL ÁREA DE APP GRAFICO 1 DADOS DO IBGE A P R E S E N TA D O S PELO G1

ÁREA DE APP INSTITUCIONAL ÁREA DE APP FIGURA 1 - MAPA USO DO SOLO + EQUIPAMENTOS URBANOS


estão aglomerado ao nordeste da região, como sinalizados pelo circulo amarelo. Levando em conta que apenas 12% dos equipamentos urbanos, (Gráfico 1), são de assistência social dos quais nenhum deles voltados para idosos,onde há uma concentração significativa dos mesmo (Figura 3 e Gráfico 2 e 3), 
 A partir desses dados, se justifica então a necessidade de implantação de um Equipamento de assistência socoal que atenda as necessidades dessa população idosa, que frisando a importância da implementação de estruturas que os atendam.

EQUIPAMENTOS URBANOS CULTURAIS

FIGURA 2 - SINOPSE POR SETOREES DO SENSO IBGE - PESSOAS RESIDÊNTES POR IDADE

DADOS POPULACIONAIS EM PORCENTAGEM

ESPORTE / RECREAÇÃO INFRA ESTRUTURA

FAIXA ETÁRIA 0 - 5

SAÚDE

FAIXA ETÁRIA 6 - 15

SEGURANÇA PÚBLICA

FAIXA ETÁRIA 16 - 19

ASSISTÊNCIA SOCIAL ÓRGÃOS PÚBLICOS EDUCAÇÃO

FAIXA ETÁRIA 20 - 59 FAIXA ETÁRIA 60+

RELIGIOSOS GRAFICO 1 - DADOS DO LEVANTAMENTO DE EQUIPAMENTOS URBANOS FEITOS PELA SALA..

GRAFICO 2 - DADOS DO LEVANTAMENTO DE EQUIPAMENTOS URBANOS FEITOS PELA SALA..

GRAFICO 3 - DADOS DO LEVANTAMENTO DE EQUIPAMENTOS URBANOS FEITOS PELA SALA..

9



3. OBJETIVOS 3.1. OBJETIVO GERAL

3.2. OBJETIVO ESPECÍFICO

O objetivo da proposta, é diminuir o isolamento do

Além da prevenção e promoção da saúde física e

idoso, facilitando a sua reinserção social, através de um

mental; O complexo Viver bem também tem a intenção

Programa Arquitetônico que Supra as necessidades

de preservar e estimular as capacidades remanescentes;

dessa classe e atraia pessoas para próximo dos mesmos.

estimular e procurar a reabilitação física e psicológica dos idosos em torno da atividade reflexiva, criativa, expressiva, produtiva e preventiva; favorecendo a criação de um ambiente onde se pode resgatar a potencialidade do idoso, facilitando a reconstituição e manutenção de redes sociais. 
 Estas demandas serão atendidas através de espaços voltados para o lazer, atividades diversas, convívio social, cultura, serviços especiais (setor médico-ambulatorial), além das moradias que irão integrar os idosos entre si, através dos espaços em comum. 
 O Complexo Viver Bem irá trazer vitalidade ao bairro e a todos que buscam novas experiências, através de sua área pública que irá trazer atividades que possam ser compartilhadas com os moradores da vizinhança e também uma área semi-pública onde haverão cursos e outras atividades. 11


4. ESTATUTO DO IDOSO O Estatuto do Idoso foi oficializado no ano de 2003, e passou a existir após 7 anos de discussões, para garantir os direitos fundamentais da terceira idade, principalmente referindo-se às suas condições de saúde, dignidade e bemestar.
 De forma a fazer com que os idosos possam exigir o respeito perante à lei e dela se beneficiar, e os mais jovens poderão assumir as responsabilidades dela decorrentes.
 Pessoas acima de 60 anos são consideradas idosas por lei, pelo estatuto.
 A Lei é no 10.741, De 1o De outubro De 2003, assegura além dos direitos básicos da população idosa, a responsabilidade da sociedade como um todo para com essa classe como podemos perceber em alguns trechos da mesma:

12

Art. 2o O idoso goza de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta lei, asseguran- do-se-lhe, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, para preservação de sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual e social, em condições de liberdade e dignidade.
 Art. 3o É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do poder público assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à

vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária. Art. 4o Nenhum idoso será objeto de qualquer tipo de negligência, discri- minação, violência, crueldade ou opressão, e todo atentado aos seus direi- tos, por ação ou omissão, será punido na forma da lei. § 1o É dever de todos prevenir a ameaça ou violação aos direitos do idoso. § 2o As obrigações previstas nesta lei não excluem da prevenção outras de- correntes dos princípios por ela adotados. Art. 15. É assegurada a atenção integral à saúde do idoso, por intermé- dio do Sistema Único de Saúde (SUS), garantindo-lhe o acesso universal e igualitário, em conjunto articulado e contínuo das ações e serviços, para a prevenção, promoção, proteção e recuperação da saúde, incluindo a a t e nçã o e s p e c i a l à s d o e nça s q u e a f e t a m preferencialmente os idosos. Art. 20. O idoso tem direito a educação, cultura, esporte, lazer, diversões, es- petáculos, produtos e serviços que respeitem sua peculiar condição de idade.

E segundo o Plano Diretor de Campinas de 2006:

"CAPÍTULO XI – DA POLÍTICA DE CIDADANIA, TRABALHO E DESENVOLVIMENTO SOCIAL Art. 59. São objetivos e diretrizes da política de cidadania, trabalho e desenvolvimento social: 
 III – promover a inclusão social;
 IV – priorizar a intervenção nos territórios de maior vulnerabilidade social; "


5. A TERCEIRA IDADE Os anos se passam, as inovações tecnológicas ampliam

qualidade da integração entre as pessoas em mudança,

seus horizontes e auxiliam o avanço da medicina, fazendo

vivendo em uma sociedade em mudanças (Featherman,

com que em paralelo, a expectativa de vida do ser humano

Smith e Peterson, 1900).

aumente consequentemente.

Atualmente com o aumento da longevidade, descoberta

O envelhecimento populacional esta se generalizando,

de novos medicamentos mais eficazes e até mesmo a cura

pirâmide etária do Brasil esta cada dia mais semelhante as

de muitas doenças, a tendência é que a população idosa

pirâmides etárias dos países desenvolvidos, sendo um

busque independência, preferindo viver em locais

alerta para que o pais comece a se preparar para atender

destinados a terceira idade onde encontraram os cuidados

as necessidades dessa população, identificar condições que

que precisam, ao invés de viver em casa de amigos e

permitem envelhecer bem, com uma boa qualidade de vida

parentes

e senso pessoal de bem estar, é tarefa para muitas

Diferentes variáveis relacionadas a qualidade de vida na

disciplinas no âmbito das ciências biológicas, humanas,

velhice podem ter impacto sobre o bem-estar subjetivo, ao

psicológicas e ciências sociais.

resolver a aparente contradição que existe entre velhice e

A legislação brasileira aponta a família como sendo o

bem estar, pode-se contribuir para a compreensão do

maior responsável pelo cuidado com o idoso, porém a

envelhecimento e dos limites para o desenvolvimento

promoção da boa qualidade de vida na idade madura

humano, como também para a geração de alternativas

excede os limites da responsabilidade pessoal e deve ser

validas de intervenção visando o bem estar de pessoas

vista como um empreendimento de caráter sociocultural,

maduras.

sendo assim uma velhice satisfatória não esta vinculada ao indivíduo biológico, psicólogoico ou social, mas resulta da

Estudos desenvolvidos pelo Kansas City Studies of Adult Life - liderado por Havighurst, Neugarten e Guttman, 13


propuseram que envelhecer bem depende de quatro

de auto-controle e eficácia pessoal, temem serem

condições: Atividade, Capacidade de afastamento,

esquecidos e virarem fardos a suas famílias e amigos e

satisfação com a vida e maturidade ou integração da

muitas vezes se deixam abater por esses medos que

personalidade. Williams e Wirths (apud Baltes e Baltes,

causam insatisfação pessoal e o próprio sentimento de

1900) derivaram mais dois condicionantes: o equilíbrio de

incapacidade.

energia entre o indivíduo e o sistema social e um sistema social estável.

preconceito da população mais jovem que os intitula

Segundo Anita Liberalesso Neri (1993), A ênfase na

como rabugentos e menos capacitados, envelhecer não é

satisfação e na atividade, seguiu-se a tendência m

sinônimo de dependência, incapacidade e negativismo ou

acreditar que os efeitos dessas sobre o bem-estar são

comodismo. As pessoas precisam mudar sua postura com

determinantes. Paralelamente, as perdas típicas da

relação a essa população madura e compreender que

velhice oferecem risco à experimentação do controle

todos irão passar pelo processo de envelhecimento.

pessoal, de modo que lidar com o desamparo seria uma das tarefas primordiais da velhice.

Segundo ARAÚJO (2005), a inserção social do idoso é de extrema importância, no sentido de leva-lo a exercer

O senso de controle, é um exemplo de mecanismo de

seu papel de cidadão que atua dinamicamente na

auto-regulação, além da auto-estima, autoconceito e o

estruturação da sociedade, quebrando os estereótipos

senso de eficácia pessoal.

negativos.

Quanto mais ativo o idoso, maior sua satisfação na

Com certeza a velhice trás consigo algumas dificuldades,

vida, a intensificação das interações sociais e o

porém é preciso aprender a lidar com elas da melhor

desempenho de novos papéis esperados para seu grupo

maneira possível readaptando a vida as suas novas

etário tendem a gerar aprovação social.

necessidades, ocupando a mente e cuidando da saúde,

Muitos idosos temem a velhice, temem perder o senso 14

Mas apesar dos idosos ainda sofrerem com o

todos conseguem um envelhecimento menos doloroso.



6. LOCALIZAÇÃO | ZONEAMENTO A área de estudos esta localizada no Brasil, estado de São Paulo, Cidade de Campinas, a qual teve a evolução de sua mancha urbana iniciada em 1925 na maior parte da mesma e foi se consolidando em meados de 1953, verifica-se com clareza a correspondência entre os

CAMPINAS

períodos de desenvolvimento do setor industrial com sua consolidação.
 A Cidade de Campinas esta dividida em 9 macrozonas, e a área de estudos se encontra dentro da Macrozona 4, que possui uma área de 160mil km2, e se trata de uma AUP - Área de Urbanização Prioritária, a qual abrange seu centro histórico e também a onde se encontram os bairros com maior densidade demográfica, correspondendo a quase 20% do território Campineiro.
 As macrozonas são divididas em Áreas de Planejamento (AP), que são divididas em Unidades territoriais Básicas (UTB). A região estudada se encontra inteiramente na AP 20, UTB 55, com predominância residência e alguns estabelecimentos de serviços e comércio nas principais vias. 
 A mancha urbana dessa área, nasceu vinculada ao sistema viário e ferroviário, sendo cercada por limites, o que dificulta a locomoção em seu interior. 16


AP 20

N

http://www.campinas.sp.gov.br/prefeitura/link21.html

17


8. ÁREA DE ESTUDO A área de estudos é localizada na Macrozona 4 da Cidade de Campinas, foram realizados

levantamento de

O fundo de vale, córrego Piçarrao, também é

dados dessa área apresentando assim, algumas

considerado uma barreira por não apresentar cruzamentos

problemáticas encontradas nessa região, que serão

acessíveis ao longo de seus 7 km de extensão, possuíndo

apresentadas a seguir.

glebas não parceladas e além de ser considerado um

Formada por 10 bairros, sendo eles: Vila industrial, Vila

limite, recebe lançamentos contínuos de parte dos esgotos

Rialto, São bernardo, Pq. Industrial, Vila Anhanguera, Jd.

in natura da cidade além de poluentes trazidos pela água

Dom Nery, Jd. Miranda, Vila Aurocan, Jd. São Bento, Vila

das chuvas por estar localizado em uma região

Saturnina e Júpter. a área é demarcada através de eixos

extremamente impermeabilizada. Por toda sua extensão a

viários com grande importância na Cidade de Campinas.

malha viária sobrepõe a faixa marginal que deveria

Esses eixos viários são constituídos pela Rodovia Anhanguera, Via expressa Av. Prestes Maia e Av. Joao Jorge, Vias Arteriais, Av. das Amoreiras, Av. Lix da Cunha e Av. John Boyd Dunlop. Essas vias tornara-se limites para essa área, contando também com outros limites como a Estação Fepasa e o Corrego Piçarrão. 
 A Fepasa, que é o antigo Complexo Ferroviário da Cia Paulista Mogiana, impede a passagem e dificulta a locomoção pela existência de seus leitos férreos desativados, entre os bairros Vila industrial e Centro, para 18

os pedestres, automóveis, ciclistas e transporte público.

pertencer a APP (Área de Preservação Permanente).


N

VILA INDUSTRIAL

VILA SÃO BENTO

JD. MIRANDA

PARQUE INDUSTRIAL

SÃO BERNARDO

RODOVIA VIA EXPRESSA VIA ARTERIAL

VIA COLETORA CORREGO PIÇARRÃO FALTA DE HIERARQUIA
 VIÁRIA


8.1. SISTEMA VIÁRIO | NÓS DE TRÂNSITO | GABARITOS A malha viária é um fator determinante na movimentação e valorização de uma região sendo no caso

público.

dessa área, uma grande influência na atual situação de

Rodovia Anhanguera é de extrema importância na

abandono da mesma que possui seus limites e barreiras

Cidade de Campinas, pois corta toda sua extensão

propiciando a segregação das áreas ao seu redor.

fazendo conexão com outras cidades da RMC, sendo um

A Falta de Hierarquia viária encontrada nessa região

trecho de tráfego alto, se torna uma barreira no entorno

causa problemas como nós de Trânsito principalmente

dos bairros, pois dificulta a circulação de Pedestres,

nas Vias Arteriais e Coletoras que estão nas extremidades

ciclistas, automóveis e transporte público, devido ao fato

da área, ocasionando também um difícil acesso e

de possuir poucas passarelas e retorno em sua extensão.

escoamento dos bairros pertencentes a esse perímetro.

Fazendo com que os bairros ao seu redor não tenham

Ocorre uma sobrecarga das principais Avenidas

conexão entre si.

principalmente nos horários de pico, os quais a demanda

Todos esses fatores dificultam o funcionamento dos

é muito grande, a Avenida das amoreiras, por exemplo,

transportes públicos, coletivos, pois estes se concentram

por ser a única Via arterial que corta a área estudada,

nas extensões das grandes Avenidas pertencentes a essa

não suporta a demanda recebida por ela diariamente,

área, influenciando assim na vida dos pedestres e

causando nós de transito por toda a sua extensão.

também na valorização dessa área, que em sua grande

São Poucas as linhas de ônibus que passam no interior

maioria é de Gabarito Baixo, fazendo com que a

dessa área, e apesar da densidade do bairro não ser alta,

densidade da mesma se mantenha baixa e não seja

o transporte no interior do bairro não atenden as

atrativa a investimentos por falta de procura.

necessidades dos moradores, que tem que percorrer 20

longas distâncias para que consigam utilizar o transporte


N

NÓS DE TRÂNSITO RODOVIA VIA EXPRESSA VIA ARTERIAL VIA COLETORA GABARITO BAIXO GABARITO MÉDIO GABARITO ALTO CORREGO PIÇARRÃO


8.2. DENSIDADE DEMOGRÁFICA A densidade demográfica se entende pelo o total de

Já para SANTOS (A cidade como um jogo de cartas) A

habitantes dividido pela área que ocupam ou é a média

densidade de 6000 hab./ha é considerada baixa, 12000

da distribuição da população total pelo território, são

hab./ha média e 24000 hab./ha, alta.

utilizadas para o dimensionamento e localização da infraestrutura, dos equipamentos sociais e serviços públicos.

Sendo assim podemos perceber que a área de estudos possui uma densidade muito baixa, trazendo consigo a

O Brasil, em média geral possui uma densidade

caracterização de um custo muito elevado pela infra-

demográfica baixa, comparado a países desenvolvidos, é

estrutura urbana, equipamentos públicos e redes de

um pais populoso, porém pouco povoado perante a sua

serviços implementados.

extensão. Isso significa que a população esta mal

Essa baixa densidade é fruto dos grandes vazios

distribuída por seu território, encontrando as maiores

urbanos que essa área possui e a falta de polos geradores

densidades demográficas - acima de 100 hab/km2 - no

de rendas para essa população, transformando-a em

entorno de São Paulo e Rio de Janeiro.

“área dormitório”, onde as pessoas vivem porém seu

Do ponto de vista estadual, segundo o IBGE o estado

padrão de desenvolvimento é insuficiente do ponto de

de São Paulo é o terceiro mais populoso do Brasil (com

vista econômico, sofrendo assim uma desvalorização e

166.25 Hab/ha), ficando atrás do Distrito Federal e Rio de

não tornando-a desejável para investimentos.

Janeiro.

Atualmente acontece uma revalorização de densidades

A densidade demográfica ideal, é uma discussão

populacionais altas pelos pesquisadores urbanos.

antiga, onde para Frank Lloyd Wright 10 hab./ha é

Segundo Janet Jacobs, baixas densidades reduzem a

considerado como baixa e para Le Corbusier 3000 hab./

diversidade de uso das áreas urbanas, tornando-as

ha é considerado alta.

desertas e acentuando problemas como vandalismo e criminalidade.

22


N

DENSIDADE BAIXA (0-50 HAB/HEC) DENSIDADE MÉDIA (50 - 120 HAB/HEC) DENSIDADE ALTA (120 - 600 HAB/HEC)


8.3. USO DOS SOLOS | EQUIPAMENTOS URBANOS Segundo o levantamento feito pela classe, o Uso do

funcionamento de uma cidade, implantados mediante

Solo Predominante na área de estudos é Residencial,

autorização do poder público, em espaços públicos e

sendo Institucional o uso que predomina em segundo

privados.

lugar, tendo os usos de comércio, serviços e Industrial muito pouca abrangência nessa região.

a importância de sua abrangência e influência pelo

Assim como vimos anteriormente, essa região Residencial tem predominância de gabarito baixo densidade demográfica baixa,

A regularidade de sua distribuição ocorre de acordo com

território urbano, que pode ser de vizinhança, de bairro, municipal ou regional.

e uma falta de hierarquia

Os Equipamentos Urbanos devem ser divididos em

viária em seu interior, fazendo com que o padrão de Usos

categorias e subcategorias, de acordo com a abrangência e

se mantenha estável e não contribuinte para o

hierarquia.

crescimento econômico da região que utiliza dos serviços e

pela sala, fazendo um comparativo da teoria de Carlos

comercio de outras áreas e não de sua própria.

Nelson e a NBR 9284 constatou insuficiencia de

Atentando também a concentração dos equipamentos urbanos na região Nordeste da área,

e levando em

O levantamento desses equipamentos feito

equipamentos de assistência social, cultural, esportivo, posto de saúdee e ensino infantil.

CULTURAIS

consideração a falta de transporte público interno,

ESPORTE / RECREAÇÃO

identifica-se uma dificuldade de acesso desses moradores

INFRA ESTRUTURA

aos equipamentos, concentrados em maioria em uma

SAÚDE

única região.

SEGURANÇA PÚBLICA ASSISTÊNCIA SOCIAL

Segundo a NBR 9284, é considerado Equipamento

ÓRGÃOS PÚBLICOS

Urbano, todo bem público e privado, de utilidade pública,

EDUCAÇÃO

destinado à prestação de serviços necessários ao

RELIGIOSOS

24 GRAFICO 1 - DADOS DO LEVANTAMENTO DE EQUIPAMENTOS URBANOS FEITOS PELA SALA..


N

EQ. ASSISTÊNCIA SOCIAL EQ. ORGÃOS PÚBLICOS EQ. ESPORTIVOS EQ. SAÚDE EQ. SEGURANÇA PÚBLICA EQ. CULTURAIS EQ. DE INFRA ESTRUTURA EQ. RELIGIOSO EQ. DE EDUCAÇÃO

RESIDENCIAL SERVIÇOS INDUSTRIAL COMÉRCIO INSTITUCIONAL ÁREA VERDE



9. PLANO INTEGRAÇÃO D.C.E. O Plano Integração D.C.E. (Densidade, Circulação e

Segundo Haughton & Hunter (1994), grande

Equipamentos Urbanos), surgiu através da análise urbana

concentração populacional maximiza o uso da infra-

onde percebeu-se a forma com que a Densidade,

estrutura instalada, diminuindo seu custo de implantação

Circulação e Equipamentos Urbanos, caminham juntos na

e reduzindo a necessidade de expansão para áreas

determinação do crescimento e desenvolvimento social e

periféricas, reduzindo também viagens

econômico de uma área determinada, dependendo um do

atividades econômicas como comercio e serviços no local

outro e necessitando serem pensados em conjunto para

incentivam a implantação de sistemas de transportes

que se consiga um resultado planejado esperado e 
 bem organizado.

coletivos.
 DENSIDADE

A carência de circulação no interior da área 
 estudada, mostrou a necessidade de um

Visando a maximização da infra-estrutura ja existen-
 te no local, a área foi dividida em 3 Zonas para a organização do crescimento populacional, ZONA 1,

replanejamento viário em escala Macro, para
 que posteriormente pudesse ser pontualmen-
 CIRCULAÇÃO te resolvido. Foi então proposto um mapea-

27

por favorecer

ZONA 2 e ZONA 3. EQUIPAMENTOS
 URBANOS

• ZONA 1: Zona de uso misto e predominân-
 cia residencial, gabarito baixo de até 3 Pav. e

mento de linhas de metrô interligando os bairros junto as

densidade demográfica baixa de até 120 hab./ha.

linhas de BRT e as linhas de Ônibus internas ja existentes.

Proposta para manter o centro da área preservado.

Porém a Circulação caminha junto a densidade e também

•ZONA 2: Zona de uso misto, gabarito médio de até

aos equipamentos urbanos, pois aumentando a circulação

Pav. e densidade demográfica média de até 250 hab./ha.

a densidade populacional também cresce, exigindo assim

•ZONA 3: Zona de uso misto, gabarito alto de até 14 Pav.

novos equipamentos urbanos para atender suas novas

e densidade alta de até 500 hab./ha. Zona preparada para

necessidades.

verticalização pelo crescimento do sistema viário.

8


ZONA 1 ZONA 2 ZONA 3

PARQUE LINEAR TERRENOS ESCOLHIDOS

PONTOS E ESTAÇÕES

BRT LINHA AMARELA LINHA ROSA LINHA AZUL LINHA VERDE

METRÔ LINHA LARANJA LINHA ROSA LINHA AZUL

28

LINHA VERDE



9. ESCOLHA DO LOCAL

ZONA 1

Partindo do Plano Integração D.C.E., o terreno escolhido para implantarão do Complexo Viver Bem, esta localizado na Zona 1,

30

LINHA AZUL LINHA VERDE

gabarito baixo de até 3 Pav. e densidade demográfica baixa de até

TERRENOS ESCOLHIDOS

preservado, para que haja o controle de crescimento populacional,

LINHA ROSA

ZONA 3

PARQUE LINEAR

Essa Zona foi proposta com o intuito de manter o centro da área

LINHA AMARELA

ZONA 2

ao centro da área, Zona de uso misto e predominância residencial,

120 hab./ha.

BRT

PONTOS E ESTAÇÕES

METRÔ LINHA LARANJA LINHA ROSA LINHA AZUL LINHA VERDE


além de visar a preservação da identidade dessa região que se caracteriza por uma densidade demográfica de predominância idosa,

conta com uma grande Área de

APP, onde passam um córrego e sua nascente, levando também em consideração a existência de um Patrimônio Histórico em sua proximidade (Curtume Cantúsio).

A área ao redor da APP, a partir da distância permitida, será transformada em um parque linear que se da por todo percurso do córrego

do Piçarrão,

revitalizando o mesmo e fazendo do Complexo Viver Bem uma continuação do parque linear proposto pelo plano.

FIGURA 2 - ZOOM DO TERRENO COM APP FIGURA 1 - LOCALIZAÇÃO DO TERRENO NA ÁREA ATUALMENTE. VIA ARTERIAL

Sendo assim o a escolha desse local foi

fácil acesso ao transporte Público que

feita por se tratar de um terreno público,

acontece em suas proximidades, visto

inutilizado, com o Intuito de garantir uma

que haverá implementação de uma linha

melhor utilização do mesmo de modo a

de BRT que passará na Via Artirial

VIA LOCAL DE FLUXO MÉDIO

contribuir com o planejamento e

Avenida das Amoreiras, tendo linhas

VIA LOCAL DE FLUXO BAIXO

desenvolvimento dessa área, trazendo

internas de ônibus que passarão nas vias

ÁREA DE APP

um equipamento urbano a atender a

Locais de fluxo Alto/médio. Facilitando

TERRENO ESCOLHIDO

população residente, sem a

a s s i m o a c e s s o d o C o m p l e xo a o s

NASCENTE

descaracterização do mesmo, que possuí

moradores do bairro.

CURTUME CANTÚSIO

VIA COLETORA VIA A SER CRIADA VIA LOCAL DE FLUXO ALTO

31


9. 1.. FOTOS DO TERRENO

7

4

5

2 6

3 2 1

5

FIGURA 6- ÁREA DO TERRENO

1

3

6

4

7

Atualmente terreno esta inutilizado, essa área esta Cercada e suas ruas internas não são utilizadas. A área

32

encontra vegetação, ao seu redor, apenas em alguns pontos como na foto 2.

esta “grudada” na Area de Preservação Permanente,

Atravéss da foto 3 podemos ver o fim do terreno e

então não se tem acesso pelo norte do terreno (percurso

começo da área de APP, a Foto 4 mostra seu portão de

da foto 4 a foto 7).

entrada. Observando a Foto 5 podemos reparar na

Na foto 1 se encontra o ponto de topografia mais altoa

topografia em declive do terreno e também na Rua

do Terreno, e no ponto 7 mais baixa. Quase não se

interna inutilizada.


9.2. FOTOS DO ENTORNO 1 2 2

1 8

3

Curtume Cantúsio - Patrimônio Histórico

Curtume Firmino

4

5

4

3

7

Comércio Local

Serviço Local

6 EQ. ASSISTÊNCIA SOCIAL

RESIDENCIAL

EQ. ORGÃOS PÚBLICOS

SERVIÇOS

EQ. ESPORTIVOS

INDUSTRIAL

EQ. SEGURANÇA PÚBLICA

COMERCIAL

EQ. RELIGIOSO

INSTITUCIONAL

EQ. DE EDUCAÇÃO

ÁREA VERDE

5

6 Serviço Local

Praça de Esportes - Dr. Carlos Grimaldi

A área é em sua maior parte Residencial, porém as fotos tiradas do Google Earth exibem um pouco do tipo de serviços e comércios que se encontra na região, também os Curtumes e Penitenciária, que fazem parte da história, existentes no local.

7

8 Serviço e Comercio Local

Penitenciária Feminina

33


9.3. TOPOGRAFIA | ORIENTAÇÃO SOLAR

663 664 665 666 667

o

668 669 670 673

672

L N

671 N

FONTE :PLANO DIRETOR DE CAMPINAS E GOOGLE EARTH

FONTE : Imagens GOOGLE EARTH, Topografia retirada da Carta Topográfica da Sanasa.

Como podemos ver na maquete eletrônica 1, a topografia do terreno é considerada bem acentuada

predominantes

contando com 10 metros de desnível ao longo de sua

que vem do Sudeste e tem velocidade média de 2m/s.

extensão.
 No representando a orientação Solar com relação a topografia (maquete eletrônica do terreno), a seta em amarelo mostra a direção do sol, nascendo no leste e se pondo no Oeste.

34

As setas em azul mostram a direção dos ventos

A precipitação de Campinas é em média 1430mm anual.



10. REFERÊNCIAS PROJETUAIS 10.1. VILA DOS IDOSOS

FIGURA 3 - CROQUI
 PLANTA TIPO

FIGURA 2 - IMPLANTAÇÃO

FIGURA 4 - CORTES FIGURA 1 - FACHADA INTERIOR

O Condomínio residencial voltado para a terceira idade esta localizado no bairro do Pari em São Paulo, com a intenção de promover a maior quantidade e variedade de contatos de vizinhança dentro do conjunto e a cidade, o edifício fica próximo a Biblioteca Pública Adelpha Figueiredo, perto do centro da cidade, com excelente acessibilidade às diversas linhas do transporte público. 
 O projeto em forma de “U”, com quatro pavimentos, possui 145 apartamentos sendo 2 tipologias, 57 deles com 43m2 e 88 com 29m2, possuindo rampas co piso antiderrapante, cobertura em todas as áreas, 3 elevadores, espelho d’água na área central, horta comunistaria, salão de jogos e de leitura.

Localização: São Paulo, SP 
 Arquitetura: VIGLIECCA&ASSOC
 Arquiteto Responsável: Francisco Aires Mateus & Manuel Aires Mateus Equipe De Projeto: Hector Vigliecca, Luciene Quel, Ruben Otero, Ronald Werner , Lilian Hun, Ana Carolina Penna, Mario Echigo, Fausto Chino, Indiana Marteli, Maíra Carrilho, Fábio de Bem, Paulo Serra, Luci Maie Área de intervenção: 7.270 m² Área construída: 8.290 m² Ano: 2003-2007

Possui atividade como palestras educativas sobre

saúde, manutenção do espaço, entre outras.
 36

FICHA TÉCNICA

FONTE: http://www.vigliecca.com.br/pt-BR/ projects/elderly-housing


10.2. LAR DE IDOSOS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA

FIGURA 4 -
 INTERIOR 
 QUARTO

FIGURA 1 - FACHADA

FIGURA 2 - CORTES

FIGURA 3 - IMPLANTAÇÃO

O projeto foi um dos cincos finalistas do Prémio Mies van der Rohe para a Arquitectura Contemporânea da União Europeia com a combinação público/ privado, o programa pode ser definido entre um hotel e um hospital, contendo

FIGURA 5 - FACHADA

habitações independentes porém agregadas a uma grande estrutura formando um desenho expressivo que da forma a implantação, com o

FICHA TÉCNICA

objetivo de valorizar vivências, desenhado para uma ocupação total, o

percurso entre as unidades é feito com formas variadas, trazendo vida as distâncias, mobilidade reduzida aos que habitarão sugerindo que qualquer desvio deva ser uma experiência variada e emotiva.
 Desenvolvendo a relação entre vida social e privada, o edifício surge de um muro que naturalmente se ergue da topografia: limita e define o espaço exterior, organizada todo o lote, marcando fronteira entre urbano e o rural. No limite da cidade, abrindo-se para o campo.

Localização: Alcácer do Sal, Portuga
 Arquitetura: Aires Mateus
 Arquiteto Responsável: Francisco Aires Mateus & Manuel Aires Mateus Equipe De Projeto: Giacomo Brenna, Paola Marini, Anna Bacchetta, Miguel Pereira Área: 1,560 m2 Ano: 2010 FONTE : http://www.archdaily.com.br/br/01-98258/ residencias-em-alcacer-do-sal-aires-mateus

37


10.3. CONJUNTO HABITACIONAL ZARAGOZA

Composto por duas alas que mantêm as diretrizes principais do terreno, o edifício tem sua planta em forma de “L”, obténdo vistas ao rio e à cidade. O edifício contribui com a finalização de uma parte

FICHA TÉCNICA

inacabada da cidade, e buscou como partido um volume de 9

Arquitetos: Basilio Tobías Ano: 2008 Área construída: 18085 m² Endereço: Avenida de Ranillas 16 Zaragoza Espanha Tipo de projeto: Habitacional Status: Construído Materialidade: Metal e Vidro Estrutura: Concreto Localização: Avenida de Ranillas 16, 
 Zaragoza, Espanha

pavimentos que enfatizassem a horizontalidade do conjunto, alinhado à via em que o edifício está construído. Sobre o perfil desse volume foram feitos dois cortes nos últimos quatro níveis, tanto no vértice da planta como na extremidade leste.
 Sua forma surgiu através da relação entre o partido geral e o sistema construtivo. A fachada é revestida com painéis metálicos cinzas que definindo o fundo, do qual sobressaem lajes longitudinais que terminam em balanço. No exterior, cria-se outra fachada com painéis móveis de alumínio, 38

conformando uma pele dupla.


10.4. VISITÁ TÉCNICA - LAR DOS VELHINHOS

FIGURA 9 - LOCALIZAÇÃO ÁREA
 DE ESTUDO

FIGURA 10 - IMPLANTAÇÃO

FIGURA 12 - INTERIOR DO LDV

Com 14 prédios térreos, o Lar dos velhinhos atende a 150 idosos, com

FIGURAS 11,12,13,14 - NO INTERIOR DO LDV

quartos compartilhados separados por sexo. Os blocos são divididos por nomes de paises, tendo o bloco administrativo, cultural, capela, dormitórios, geriátrico,

FICHA TÉCNICA

de atendimento a saúde, jogos e refeição.

A integridade social do idoso é a preocupação principal do LVC. Sua missão é: “Atender o idoso carente nos aspectos bio-psico-sociais, desenvolvendo ações integradas, respeitando sua autonomia, preservando sua melh’r capacitação funcional, tornando-o participativo e integrado à sociedade, garantindo-lhe uma melhor qualidade de vida e seus direitos como cidadão”. Sua Implantação foi em uma antiga chácara, e a distribuição dos prédios caminha junto ao desenho de sua grande praça. Justamente por isso foi escolhido como referência.

Localização: Campinas SP
 Antigo nome: Asylo de inválidos
 Responsáveis pela iniciativa: Dr. Paulo Machado Florence, Orosimbo Maia, Alberto Sarmento, Padre Manuel Ribas D´Avila entre outros colaboradores
 Área: 70.000 m Capacidade: 150 Idosos
 Ano: 1905 FONTE : Fotos do Arquivo pessoal Mariana 
 Andrade e informações: http://lvc.org.br/site/

39


10.5. VISITA TÉCNICA - SESC POMPÉIA

FICHA TÉCNICA
 
 Localização: São Paulo, SP
 Arquiteta: Lina Bo Bardi
 Início da obra: 1977 Data de inauguração: 22/01/1982 Área do terreno: 16.573 m2 Área construída da fábrica: 12.211 m2 Área construída total: 23.571 m2 O SESC Pompéia é um centro de cultura e lazer foi

lanchonete, restaurante, espaço par exposições chopeira,

construído a partir de uma antiga fábrica de tambores, a

oficinas, área de leitura e internet livre. Os coletores de

qual lhe deu seu nome, de Fábrica da Pompeia, foi projetado

águas pluviais na rua interna chamam muito a atenção, o

pela arquiteta italiana Lina Bo Bardi. A obra começou em

lugar é aberto para apropriação sendo também um

1977 e sua primeira etapa (que compreendia o centro onde

incentivador de processos inventivos através de sua

funcionava a antiga fábrica) foi inaugurada em 1982 e em

arquitetura. O espaço sugere catalisadores de atividades e

1986 o bloco esportivo foi aberto ao público.

vitalidade, sendo reprojetado e modernizado porém sem

O projeto reúne Teatros, quadras esportivas, piscina 40

perder suas características o que o torna interessante.





11. PROGRAMA DE NECESSIDADES Para estabelecer o programa de necessidades do

INTEGRAÇÃO

Complexo viver Bem, foi proposto um conjunto de áreas

AUTONOMIA LOCOMOÇÃO

com suas respectivas atribuições e características para atender e suprir com eficácia as expectativas da população que irá usufruir de suas atividades.

ACESSIBILIDADE

IDOSOS

MORAR

Para o desenvolvimento do programa de necessidades, SAÚDE

os ambientes foram divididos em 4 setores que irão compor sua programação: • Setor Administrativo: Contará com guarita, secretaria, sala de coordenação, sanitários femintos e masculinos. • Setor de Moradia: 2 tipologias de Habitações, adaptadas aos usuários, com estrutura acessível e preparada para atendimento em caso de necessidade, contendo sala, cozinha, dormitório, banheiro, área de serviços e varanda. • Setor de Integração: Salas para cursos, restaurante, lanchonete, salão social, biblioteca, piscina, estacionamento, praças, jardins e horta, sala de jogos, espaço de leitura. • Setor de Saúde: Ambulatório, reabilitação, Fisioterapia e Academia para terceira-idade. 44

ATIVIDADES

BEM-ESTAR

LAZER


ADM

HABITAÇÃO

• guarita, secretaria, sala de coordenação, sanitários femintos e masculinos.

• 2 tipologias de Habitações, circulação vertical e horizontal

INTEGRAÇÃO

500 m2

10.000 m2

Salas para cursos, restaurante, lanchonete, salão social, biblioteca, piscina, estacionamento, praças, jardins e horta, sala

3.000 m2

de jogos, espaço de leitura

SAÚDE

• Ambulatório, reabilitação, Fisioterapia e Academia para terceira-idade.

2.000 m2

15.500 m2 45


12. PARTIDO

46

Como mostrado no esquema auto-explicativo do Partido

localizando-se nos 2 Pavimentos de cada bloco. E que os

(Figura 3), esse projeto tem a intenção de unificar 3

outros blocos Verde (Voltado a Integração através de

necessidades primordiais para os idosos através de sua

atividades diversas) e

arquitetura. Fazendo com que todos os blocos tenham

de fácil acessos a pessoas que queiram usufruir do

conexões entre si porém de modo que as moradias que

programa que eles conceberão ao bairro. Levando também

acontecem nos blocos rosa, tenham mais privacidade

em consideração a Futura existência de um parque linear

Laranja (Voltado a Saúde), sejam


13. PLANO DE MASSAS VSITA 1 - FRONTAL

PERSPECTIVA

INTEGRAÇÃO PERSPECTIVA 5 - ÁEREA 1

PARTIDO

PERSPECTIVA 2 - LATERAL

SAÚDE

MORAR

FIGURA 3 - ESQUEMA PARTIDO E LEGENDA DAS 
 CORES DOS BLOCOS NAS PERSPECTIVAS.

PERSPECTIVA 3 - LATERAL 2

PERSPECTIVA 4 - POSTERIOR

47


14. BIBLIOGRAFIA • ARAÚJO, Ludgleydson Fernandes de Araújo; COUTINHO,Maria da Penha de Lima; CARVALHO, Virgínia Ângela Menezes de Lucena - Representações sociais da velhice entre idosos que participam de grupos de convivência • FREITAS, Ana - O Lar de Idosos dos Aires Mateus, finalista do Mies • NERI, Anita Liberalesso (1993) - Qualidade de vida e Idade Madura • SANTOS, Carlos Nelson F. dos (2005) - A cidade como um jogo de cartas. • SKINNER, Burrhus Frederic; VAUGHAN, M. E. (1904)

48


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