TFG - Biblioteca Parque na cidade de Batatais

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MARÍLIA GABRIELA ROSA

iblioteca arque

CENTRO DE FORMAÇÃO E DIFUSÃO SOCIAL



iblioteca arque CENTRO DE FORMAÇÃO E DIFUSÃO SOCIAL



UNIVERSIDADE PAULISTA MARÍLIA GABRIELA ROSA

BIBLIOTECA PARQUE Centro de formação e Difusão cultural

Trabalho Final de Graduação Apresentado ao curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Paulista de Ribeirão Preto, como requisito parcial para a obtenção do grau de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo. . Orientadora: Profª. Mestre Norma Fonseca Vianna Martins

RIBEIRÃO PRETO 2019


CIP - Catalogação na Publicação Rosa, Marília Gabriela Biblioteca Parque na cidade de Batatais / Marília Gabriela Rosa. 2019. 156 f. : il. color Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) apresentado ao Instituto de Ciência Exatas e Tecnologia da Universidade Paulista, Ribeirão Preto, 2019. Área de Concentração: Arquitetura, Urbanismo e Cultura. Orientador: Prof. Me. Norma Fonseca Vianna Martins.

1. Biblioteca Parque. 2. Espaço Público. 3. Educação e Cultura. I. Martins, Norma Fonseca Vianna (orientador). II.Título.

Elaborada pelo Sistema de Geração Automática de Ficha Catalográfica da Universidade Paulista com os dados fornecidos pelo(a) autor(a).


olha de aprovação



edicatória

Dedico este trabalho aos meus pais, Catarina Aparecida Rosa e Ademir Donizeti Rosa, por todo apoio, suporte, amor e carinho durante todo o período de graduação.


"Biblioteca nunca foi e nunca será lugar de silêncio. Nela o barulho acontece de dentro para fora!" Canônica, Volnei.


Primeiramente à Deus,

À minha família, especialmente à meus pais por todo suporte, apoio e ajuda necessária durante esses cinco anos.

Aos meus amigos, por terem paciência e compreensão pela minha ausência e que sempre me animaram e acreditaram em mim nos momentos em que eu não acreditei.

A todos meus professores, em especial minha orientadora Norma Fonseca Vianna Martins, pela sabedoria e conhecimento transmitido ao longo do curso e durante todo o processo de elaboração deste trabalho.

A todos que colaboraram, diretamente ou indiretamente nessa etapa da minha vida, ajudando na minha formação pessoal e profissional.

Meus sinceros agradecimentos!

gradecimentos

por toda força nos momentos de dificuldade, pela luz, saúde e sabedoria durante os anos para que eu pudesse alcançar cada etapa durante o curso.



Palavras-chaves: Equipamento público, Multifuncional, Biblioteca, Parque, Educação, Cultura, Lazer, Socialização.

esumo

Buscando solucionar um dos grandes problemas urbanos no município de Batatais - SP, este Trabalho Final de Graduação tem por objetivo a inserção de um equipamento público propagador de educação, cultura e lazer. Ao longo do tempo, as bibliotecas vieram se tornando algo muito maior do que apenas um local para locação de livros e estudos, pode ser também um espaço multifuncional, reunindo outras atividades. No entanto, grande parte da população brasileira ainda vê tal equipamento como um ambiente para estudantes, portanto para que além do objetivo fosse alcançado, se viu a oportunidade de inserir uma biblioteca parque no município, apresentando à população a "nova forma" da biblioteca, mostrando seus ambientes e o que eles podem proporcionar aqueles que estão em sua volta. O produto final é decorrente de levantamentos na cidade e pesquisa realizada com a população batataense, visando projetar um equipamento que atendesse a população e se fizesse referência de qualidade na disseminação de educação, cultura, socialização e lazer.


INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 15 1 A BIBLIOTECA ............................................................................................................. 17 1.1 O SURGIMENTO DA BIBLIOTECA ........................................................................ 18 1.2 A NOVA FORMA DAS BIBLIOTECAS .................................................................. 20 1.3 A BIBLIOTECA PÚBLICA ...................................................................................... 21 1.4 A BIBLIOTECA PÚBLICA NO BRASIL ................................................................... 23 1.4.1 BIBLIOTECA PARQUE MANGUINHOS ............................................................. 25 1.4.2 BIBLIOTECA PARQUE VILLA LOBOS .........................;....................................... 25 1.4.3 BIBLIOTECA SÃO PAULO ............................................................................... 27 1.5 A LINHA DO TEMPO DAS BIBLIOTECAS BRASILEIRAS ....................................... 28 2 A ÁREA ....................................................................................................................... 31 2.1 O MUNICÍPIO DE BATATAIS ............................................................................... 32 2.2 O USO E OCUPAÇÃO DO SOLO ....................................................................... 33 2.3 O GABARITO ...................................................................................................... 34 2.4 A HIERARQUIA VIÁRIA ....................................................................................... 35 2.5 OS EQUIPAMENTOS CULTURAIS, EDUCACIONAIS E DE LAZER ........................ 36

umário

2.6 A BIBLIOTECA PÚBLICA EM BATATAIS ............................................................... 38 3 O USUÁRIO ................................................................................................................. 41 3.1 A OPINIÃO DA POPULAÇÃO ............................................................................ 42 4 O TERRENO ................................................................................................................. 45 4.1 A LOCALIZAÇÃO ............................................................................................... 46 4.2 O ACESSO VIÁRIO ............................................................................................. 47 4.3 A TOPOGRAFIA .................................................................................................. 48 4.4 O MACRO CLIMA .............................................................................................. 49 4.5 O LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO ................................................................... 50


5 AS LEITURAS PROJETUAIS ............................................................................................ 53 5.1 A LIVRARIA CULTURA ........................................................................................... 54 5.2 A BIBLIOTECA BRASILIANA .................................................................................. 61 5.3 A BIBLIOTECA PARQUE LEÓN DE GRIEFF ............................................................. 70 5.4 A BIBLIOPARQUE DAVID SANCHEZ JULIAO ........................................................ 76 6 O ESTUDO .................................................................................................................... 85 6.1 O PARTIDO ARQUITETÔNICO .............................................................................. 86 6.2 O PROGRAMA DE NECESSIDADES ...................................................................... 89 6.3 O ORGANOGRAMA ............................................................................................ 92 6.4 O FLUXOGRAMA .................................................................................................. 94 6.5 O PLANO DE MASSAS .......................................................................................... 96 6.6 OS ESTUDOS ........................................................................................................ 100 6.7 A SETORIZAÇÃO ................................................................................................. 106 7 O PROJETO ................................................................................................................ 109 7.1 O SISTEMA ESTRUTURAL ..................................................................................... 110 7.2 OS MATERIAIS ..................................................................................................... 112 7.3 O PROJETO ARQUITETÔNICO ............................................................................ 116 7.4 O AUDITÓRIO ..................................................................................................... 124 7.5 A MAQUETE FINAL .............................................................................................. 126 7.6 AS PERSPECTIVAS ............................................................................................... 128 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................... 149





A biblioteca pública - porta de acesso local ao conhecimento fornece as condições básicas para uma aprendizagem contínua, para uma tomada de decisão independente e para o desenvolvimento cultural dos indivíduos e dos grupos sociais. (MANIFESTO DA IFLA/UN ESCO SOBRE BIBLIOTECAS PÚBLICAS 1994, p. 01)

Este Trabalho Final de Graduação tem o objetivo de desenvolver o projeto de uma Biblioteca Parque na cidade de Batatais, além disso, a proposta visa conectar os espaços culturais do município criando uma rede cultural e educacional. O projeto busca disseminar cultura, educação, lazer e interação social através de sua inserção na cidade e diálogo com os demais equipamentos culturais do município. O município de Batatais está situado a 355 km da capital Paulista e 42 km da cidade de Ribeirão Preto. A proposta é resultado das análises de um dos problemas urbanos que o munícipio vive, a carência de equipamentos

exclusão social. Batatais não apresenta bibliotecas suficientes para atender a população, e ainda que existam duas, uma está locada em um espaço de difícil acesso a população em condições precárias de tecnologia e infraestrutura, além de estar interditada, e a outra está locada no cent ro universitário da cidade onde poucos tem conhecimento do acesso a seu acervo limitado. A proposta visa cooperar no desenvolvimento da cidade e da população, além de apresentar a população novas formas de lazer e socialização diminuindo a presença de es paços ociosos e abandonados na malha urbana. A inserção do equipamento além de oferecer acesso ao acervo diversificado, físico e digital, atividades relacionadas a arte, mídia e espaços de recreação para todos, sobretudo crianças e jovens, ainda pretende diminuir a violência e aumentar a segurança na sociedade.

ntrodução

culturais qualificados e espaços de convívio social, refletindo dessa forma a

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biblioteca


1.1 O SURGIMENTO DA BIBLIOTECA A palavra biblioteca originou-se do grego biblion e teke, livro e caixa/depósito respectivamente, sendo assim, depósito de livros. Como apresentada pela definição, as bibliotecas sempre foram locais responsáveis por armazenarem livros, mas ao longo do tempo, essa área foi tendo seus espaços e funções transformados gradativamente. Na Antiguidade e no período medieval, as bibliotecas mantinham documentos em forma de rolos de papiros seguidos de pergaminhos, sua organização espacial era disposta de forma que o acervo fosse impedido de sair do edifício (MORIGI, 2013; MARTINS [2002], apud SANTOS, 2012). A biblioteca de Alexandria representa o ápice do período. A organização de seu acervo era dada por rolos etiquetados com os títulos e nome dos autores das obras e eram todos dispostos em pilhas em estantes. Esse espaço foi além de ser apenas um depósito de livros e passou a ser também uma fonte de estudo para profissionais da ciência e letras. (BATTLES, 2003; SOARES, 2017). A sua organização espacial é descrita da seguinte forma: “[...] as estantes no interior do edifício eram circundadas por colunatas abertas expostas a brisa, formando corredores cobertos que os estudiosos podiam utilizar para estudo ou

FIGURA 1 - Simulação de como seria a biblioteca de Alexandria FONTE: SABEDORIA E CIA. Disponível em: <https://www.sabedoriaecia.com.br/historia/30informacoes-e-dados-curiosos-sobre-a-lendaria-biblioteca-de-alexandria/>. Acesso em: 01 mar. 2019.

surgiram, e junto a eles, a preocupação com a organização interna da biblioteca (SOARES, 2017). O novo acesso aos livros impressos estimulou o conhecimento, logo o campo para novos estudos se expandia, fazendo assim a relação entre universidade, biblioteca e leitores. Um exemplo desta biblioteca, é a biblioteca da Universidade Sorbonne de Paris (MORIGI, 2005). .

discussão [...]” (BATTLES [2003], p. 68 apud SANTOS, 2012, p.7).

[...] ao longo das paredes com os livros, que se consultavam em estantes alinhadas no meio da sala. Estas últimas, em

Segundo Soares (2017), na idade média as bibliotecas eram ligadas a ordens religiosas. A preservação dos acervos era realizada pelos mosteiros e conventos, nos grandes mosteiros haviam oficinas de cópias onde os trabalhos eram distribuídos aos monges. O acesso era fechado ao público pois os monges consideravam o espaço guardião dos livros. Entre os séculos XIII e XV, na Europa o surgimento das universidades fizeram a criação de bibliotecas nesses espaços necessários para que pudessem atender os estudantes. Foi no Renascimento que os livros impressos

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número de vinte e oito, acompanhavam-se de cadeiras, assinaladas com as letras do alfabeto. Os livros, na maior parte, têm uma corrente fixada na encadernação, suficientemente longa, entretanto, para permitir o seu transporte. À grande sala de consulta sucede uma outra mais modesta, que serve de depósito. A meia-altura, tal como uma capela, abrem-se trinta e seis janelas, através das quais a luz filtrada anima e colore os retratos dos benfeitores do Colégio: Robert e seus sucessores ali estão, na pose atenta e imóvel que o pintor fixou no vitral; aí fazem companhia, apesar da morte, aos que continuam a sua


FIGURA 2 - Biblioteca da Universidade Sorbonne FONTE: GONZALEZ. Disponível em: <http://yogui.co/bibliotecas-mais-lindas-mundo-que-teinspirarao-querer-estudar/>. Acesso em: 19 mar. 2019.

obra, encorajando-os com sua presença e o seu exemplo longínquo e os incitando ao trabalho. Sacer et augustus locus, diz o regulamento. Sim, trata-se de um lugar sagrado e augusto, no qual só entra beca e boné. Quando a leitura termina, é aconselhável refletir e meditar, passeando devagar ao longo da galeria coberta que rodeia a biblioteca. Depois, quando as sombras da note se adensam, cada um se recolhe a sua casa, visto ser proibido, por prudência, trazer lanternas [...]. (BONNEROT, Jean, [1927], p. 5-6 apud MARTINS, 2001, p. 89-90).

A partir daí, com o descobrimento de novas terras e culturas, a biblioteca foi ganhando mais autonomia, perdendo as imposições criadas pela igreja católica, quando os laços com a mesma foram quebrados pela biblioteca moderna. O acesso aos livros foi aberto a população, e as bibliotecas passaram a ter maior importância social (MORIGI, 2013). A biblioteca se popularizou primeiramente na Europa seguido pelos Estados Unidos. Eram abertas ao público e tinham um acervo geral gratuito em horários regulares. Nesse período, eram espaços vistos como representantes da modernidade (SOARES, 2017).

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1.2 A NOVA FORMA DA BIBLIOTECA No final do século XX, as bibliotecas ganharam uma nova forma, as primeiras apareceram em Londres, com o projeto de Will Alsop e no Canadá, com o projeto de Moshe Safdie. Essa nova forma surgiu por alguns motivos, o primeiro deles, foi a necessidade de reavaliar o papel da biblioteca na era digital, as novas tecnologias surgiam e o governo juntamente com as universidades precisavam acompanhálas. Em segundo lugar era necessário renovar o interesse por outros tipos de edificações culturais, a população já não via a biblioteca como apenas um depósito de livros, e por último, a expansão das universidades em todo o mundo fez com que a postura em relação as bibliotecas mudassem (KHAN, 2011). A tecnologia transformou a biblioteca em diversos aspectos, no uso, na organização espacial e na forma de tratar seu acervo e leitores. Surgiram ambientes de atendimento, ambientes para estudos, trabalho, ambientes voltados para mídias da época, além do acervo físico. A biblioteca de Louis Khan, Exeter em New Hampshire é um exemplo dessa biblioteca. Projetada em 1972 para atender uma universidade. O edifício foi pensado para pesquisas, estudos, leitura e reflexão (PEREZ, 2010). A figura 3 mostra o pavimento térreo da biblioteca Exeter, neste piso fica parte do acervo da biblioteca, ambientes para leitura, espaço para jogos e escritório voltados ao acervo. Nos pavimentos superiores pode-se encontrar os demais acervos, mais espaços para estudo, ambientes voltados para a mídia, escritórios, entre outros espaços que estimulam a educação e conhecimento dos usuários (PEREZ, 2010).

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FIGURA 3 - Pavimento térreo da biblioteca Exeter FONTE: PEREZ. Disponível em: <https://www.archdaily.com/63683/ad-classics-exeter-libraryclass-of-1945-library-louis-kahn>. Acesso em: 19 mar. 2019.

FIGURA 4 - Biblioteca Exeter de Louis Kahn FONTE: PEREZ. Disponível em: <https://www.archdaily.com/63683/ad-classics-exeter-libraryclass-of-1945-library-louis-kahn>. Acesso em: 19 mar. 2019.

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Com a chegada do século XXI, as bibliotecas ganharam não somente formas mais atraentes na paisagem, mas sua função já era ainda mais diversificada. As bibliotecas do século XXI deixaram de ser simples repositórios de livros. Elas evoluíram e cresceram, foram repensadas e reprojetadas. Hoje, as bibliotecas prestam uma variedade cada vez maior de serviços distintos, utilizam múltiplas mídias e chegam a uma audiência que nunca foi tão diversificada (KHAN, 2011, p.405).

A biblioteca central de Seattle, projetada por Rem Koolhaas em 2004, tem um programa extenso de atividades onde suas funções são divididas por plataformas flexíveis.

FIGURA 5 - Biblioteca Central de Seattle FONTE: ARCHDAILY. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/624269/bibliotecacentral-de-seattle-oma-mais-lmn>. Acesso em: 01 mar. 2019.

1.3 A BIBLIOTECA PÚBLICA Segundo Lemos (2008), a definição de bibliotecas públicas é aberta a todos, possuindo um acervo extenso de todas as áreas de conhecimento, sem incluir materiais técnicos ou científicos, exceto quando envolva doações e caráter eventual. São abastecidas de livros didáticos e obras fictícias, e algumas bibliotecas municipais e estaduais criam coleções relacionadas ao município e/ou estado, facilitando o estudo dos pesquisadores locais. É necessário que a biblioteca pública tenha missões a serem cumpridas, essas englobam criar o hábito de leitura nas crianças; apoiar a auto formação e educação individual; assegurar meios a todas as pessoas para que possam evoluir de forma criativa; promover conhecimento a herança cultural e o apreço pelas artes do espetáculo, apoiar a tradição oral, disseminar o diálogo intercultural e a diversidade cultural; ajudar no desenvolvimento da capacidade de usar a informação e a informática, assim como apoiar e/ou criar programas e atividades de alfabetização para diferentes grupos etários (MANIFESTO DA IFLA/UNESCO SOBRE BIBLIOTECAS PÚBLICAS 1994). Com a multifuncionalidade presente nas bibliotecas, é necessário que a mesma esteja ligada com os seus usuários, sendo assim Melo (2004), apresenta cinco tipos de interesses centrais existentes na sociedade, são eles: Interesses físicos, envolvendo os esportes em geral, ginásticas, dança, caminhada, entre outros, esse grupo é motivado pelo prazer do movimento, diferente do grupo de interesses intelectuais, que está ligado ao raciocínio, são os jogos de xadrez, dama, palestras e cursos, assim como tudo o que estimula o raciocínio. Existem também os interesses artísticos, que são motivados pela produção de suas manifestações, este engloba cinema, teatro, dança, música, artes plásticas, entre outros. O quarto grupo é dos interesses manuais, esse é motivado pela manipulação de objetos e produtos, esse grupo encontra-se na jardinagem, carpintaria, marcenaria, costura, culinária e os hobbies em geral. Por fim, os interesses sociais, que são motivados pelo encontro entre indivíduos, nele podem ser encaixados atividades como espetáculos,

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festas, frequência a bares e restaurantes, entre outras ações que envolvem o convívio entre indivíduos. A ação humana é complexa demais para caber em limites rígidos de categorias, o que não significa que a classificação seja ineficaz: somente devemos utilizá-la tendo claros os seus limites, a considerando como um guia para nossas intervenções. (MELO,2004, p.52)

Tratando-se da propagação da cultura por meio de um equipamento multifuncional, as bibliotecas parques tem ganhado destaque. As primeiras surgiram em Medellín para atender comunidades e bairros com quadro de violência urbana existente, para que assim a situação fosse revertida através da educação e cultura (CAPILLÉ, 2017). Portanto, a biblioteca é um conjunto de funções que devem atender a sociedade conforme suas necessidades. Ela carrega a responsabilidade de promover acesso as informações e formar identidade cultural (DIAS; MASSARONI, 2014).

FIGURA 6 - Biblioteca Parque de Medellín FONTE: ARCHDAILY. Disponível em: <https://www.archdaily.com/2565/espanalibrary-giancarlo-mazzanti>. Acesso em: 19 mar. 2019.

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FIGURA 7 - Implantação da Biblioteca Parque de Medellín FONTE: ARCHDAILY. Disponível em: <https://www.archdaily.com/2565/espana-librarygiancarlo-mazzanti>. Acesso em: 19 mai. 2019.

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1.4 A BIBLIOTECA PÚBLICA NO BRASIL Os primeiros indícios de livros e bibliotecas no Brasil só aconteceram depois do ano de 1549 em Salvador/Bahia, com a instalação do Governo Geral. A partir daí o sistema educacional se iniciou no país com os conventos, que formaram os primeiros acervos (SANTOS, 2010). A biblioteca brasileira passou por basicamente três etapas até o início do século XIX. A primeira estreando as bibliotecas dos conventos e as particulares, que já colecionavam um acervo grande e eram centos de formação e cultura até a metade do século XVIII, quando a Companhia de Jesus foi expulsa pelo Marquês de Pombal. Os acervos foram confiscados e amontoados em locais impróprios por anos, após a missão de examinar o estado das bibliotecas em 1851, pelo governo imperial, constou-se que não havia quase nada para ser aproveitado (SANTOS, 2010). A segunda etapa consiste na vinda da Família Real para o Brasil que deu início a Biblioteca Nacional, inaugurada em 1811, e só aberta ao público em 1814. A biblioteca sofreu com mudanças de locais durante anos devido as condições precárias que as instalações viviam, em 1910, finalmente, a biblioteca ganhou seu prédio fixo (SANTOS, 2010). A terceira e última etapa é representada pela criação da Biblioteca Pública da Bahia, em 1811, com um acervo de quatro mil livros, que tempos depois, parte deles foram levados por Conde dos Arcos, administrador e responsável por empréstimo de parte do acervo. A biblioteca passava por momentos difíceis. Em 1939, depois de mudanças de locais, um incêndio que destruiu o acervo de 42 mil volumes conquistados durante todos esses anos, e a realização da restauração dos volumes, a biblioteca voltou a vida (SANTOS, 2010). Passados anos, a biblioteca pública brasileira, ainda passa por problemas, agora de descontinuidade de projetos. Além da barreira já criada pela população que julga a biblioteca do século XXI como se fosse a mesma da Antiguidade, ainda há problemas com o investimento nas mesmas. Como as ações do governo são partidárias, os programas desaparecem com facilidade, mesmo que alguns investidores sociais privados resolvam promover a leitura, muitos desses deixam o investimento por um outro também importante. Para que isso mude é necessário que haja planejamento político a todos que pensam na

FIGURA 8 - Biblioteca Nacional FONTE: MORATELLI. Disponível em: <https://ultimosegundo.ig.com.br/cultura/livros/biblioteca-nacional-completa200-anos-com-raridades-longe-dos-olhos-do-publico/n1237815531508.html>. Acesso em: 04 mar. 2019.

promoção da leitura e nos equipamentos que a propagam. É preciso estruturar melhor os caminhos de investimentos para que esses possam atender a população onde serão aplicados. Mas antes de tudo, é preciso que os municípios tenham bibliotecas e planos para leitura, assim a estrutura ganha uma base para iniciar o processo de reversão (CANÔNICA, 2016).

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Em 2015, a quarta edição do Retratos da Leitura no Brasil do Instituto Pró-Livro (FAILLA, 2016) realizou uma pesquisa nacional que gerou os seguintes dados:

GRÁFICO 1 - Frequência do uso das bibliotecas FONTE: FAILLA. Disponível em: <http://prolivro.org.br/home/images/2016/RetratosDaLeitura2016_LIVRO_EM_PD F_FINAL_COM_CAPA.pdf>. Acesso em: 04 mar. 2019.

Mesmo com a multifuncionalidade que as bibliotecas oferecem nos dias de hoje, ela ainda é vista como um espaço voltado aos estudantes e estoque de livros, como o gráfico 2 mostra. A pesquisa buscou entender porque 66% dos entrevistados não frequentavam bibliotecas e os mesmos alegaram a falta de tempo, o não gosto pela leitura e a inexistência de bibliotecas próximas aos entrevistados. Dados ainda apontam o que os estimulariam a frequentar mais as bibliotecas, a presença de títulos novos é o que mais estimularia, e em terceiro lugar, são as atividades culturais como mostra o gráfico 3 ao lado. Esses dados indicam que a biblioteca continua sendo um espaço desconhecido pelas pessoas, e é necessário que essa situação seja revertida, no Brasil há exemplos de bibliotecas que desenvolvem sua função social de modo adequado. Dentre elas estão a Biblioteca Parque de Manguinhos, a Biblioteca Parque Villa Lobos e a Biblioteca São Paulo.

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GRÁFICO 2 - O que representa as bibliotecas FONTE: FAILLA. Disponível em: <http://prolivro.org.br/home/images/2016/RetratosDaLeitura2016_LIVRO_EM_PDF_FINAL_CO M_CAPA.pdf>. Acesso em: 04 mar. 2019.

GRÁFICO 3 - Motivação do uso das bibliotecas FONTE: FAILLA. Disponível em: <http://prolivro.org.br/home/images/2016/RetratosDaLeitura2016_LIVRO_EM_PDF_FINAL_C OM_CAPA.pdf>. Acesso em: 04 mar. 2019.


1.4.1 BIBLIOTECA PARQUE MANGUINHOS

FIGURA 9 - Biblioteca parque de Manguinhos FONTE: LARANJEIRA. Disponível em: <http://www.cultura.rj.gov.br/fotosespaco/biblioteca-parque-de-manguinhos-fechado-temporariamente>. Acesso em: 04 mar. 2019.

Locada no Rio de Janeiro, na comunidade periférica de Manguinhos, foi a primeira biblioteca parque do país, inaugurada em abril de 2010. A biblioteca oferece acesso aos livros, internet e mídia, além de exercer atividades culturais e promover o convívio social. Inspirada nos modelos bem-sucedidos em Medellín e Bogotá, o espaço proporciona ampla acessibilidade, qualidade física, humana e de serviços. Tem importante papel na comunidade, contribuindo para a diminuição da violência e criando espaços de convivência para a comunidade.

1.4.2 BIBLIOTECA PARQUE VILLA LOBOS

FIGURA 10 - Biblioteca Parque Villa Lobos FONTE: BIBLIOTECA PARQUE VILLA LOBOS. Disponível em: <https://bvl.org.br/sobre/>. Acesso em: 04 mar. 2019.

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Locada no parque Estadual Villa-Lobos na cidade de São Paulo, a biblioteca oferece a toda população, além do acesso às informações, atividades culturais mensais, como por exemplo cursos, oficinas, apresentações teatrais e musicais, exposições e saraus além de encontro de escritores. Seu acervo é frequentemente atualizado, disponibilizando diversos tipos de leitura e temas. A Biblioteca abriga uma grande área de convívio locada no térreo, onde acontece os eventos de literatura. Além disso o mobiliário de grande escala locado no centro da área de convívio serve como assentos e espaço de permanência e leitura com almofadas e puffs. O mobiliário se assemelha a uma flor, onde as pétalas semitransparentes permitem que a luz direta seja filtrada. Foi fundada em dezembro de 2014 levando a população um espaço público dinâmico e vivo, totalmente inclusivo e acessível.

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FIGURA 12 - Área Interna de Convívio Biblioteca Parque Villa Lobos FONTE: MOURA . Disponível em: <http://arcoweb.com.br/projetodesign/interiores/universdesign-biblioteca-villa-lobos-sao-paulo>. Acesso em: 22 mai. 2019.

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FIGURA 11- Planta Baixa Biblioteca Parque Villa Lobos FONTE: MOURA . Disponível em: <http://arcoweb.com.br/projetodesign/interiores/univers-design-biblioteca-villalobos-sao-paulo>. Acesso em: 22 mai. 2019. FIGURA 13 - Área Externa de Convívio Biblioteca Parque Villa Lobos FONTE: MOURA . Disponível em: <http://arcoweb.com.br/projetodesign/interiores/universdesign-biblioteca-villa-lobos-sao-paulo>. Acesso em: 07 out. 2019.

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1.4.3 BIBLIOTECA SÃO PAULO

Locada na Zona Norte de São Paulo, a biblioteca foi inaugurada em fevereiro de 2010 com o objetivo de promover e incentivar a leitura. O espaço oferece conforto e autonomia, proporciona inclusão social por meio da leitura além de outros tipos de informações através de mídia e jogos. A biblioteca é organizada como uma livraria para que não apenas os leitores frequentassem, mas sim todas as pessoas. O layout é flexível podendo ser modificado facilmente. O edifício foi inspirado na Biblioteca de Santiago e nas melhores soluções adotadas pelas bibliotecas do Brasil. A biblioteca São Paulo ainda fomenta ações do programa “Mais Cultura”, realizado pelo Ministério da Cultura.

FIGURA 14 - Biblioteca São Paulo FONTE: DUCCI. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/01-38052/biblioteca-saopaulo-aflalo-e-gasperini-arquitetos>. Acesso em: 04 mar. 2019.

FIGURA 16 - Espaço Interno Biblioteca São Paulo

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FONTE: DUCCI. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/0138052/biblioteca-sao-paulo-aflalo-e-gasperini-arquitetos>. Acesso em: 22 mai. 2019.

FIGURA 15 - Planta Baixa Biblioteca São Paulo FONTE: DUCCI. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/01-38052/biblioteca-saopaulo-aflalo-e-gasperini-arquitetos>. Acesso em: 22 mai. 2019.

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1.5 A LINHA DO TEMPO DAS BIBLIOTECAS BRASILEIRAS

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Biblioteca Nacional é inaugurada

Arquivo Nacional ocupa a antiga sede do Museu Nacional

1811

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Introdução das primeiras bibliotecas n o B r a s i l

Inaugurada a sede do Real Gabinete

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1887

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1954

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Fundada a Biblioteca Luiz de Bessa

06 Biblioteca Parque de Manguinhos é fundada

2008

2010

Biblioteca São Paulo é f u n d a d a

Biblioteca Nacional de Brasília é inaugurada

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รกrea


2.1 O MUNICÍPIO DE BATATAIS Localizado entre duas colinas no interior do estado de São Paulo, o município de Batatais se encontra a 355 quilômetros da capital paulista e a 42 quilômetros de Ribeirão Preto, pertencendo a região metropolitana da mesma. A cidade está a uma altitude de 862 metros com seus limites marcados pelos municípios de São José da Bela Vista, Restinga, Franca, Patrocínio Paulista, Altinópolis, Brodowski, Jardinópolis, Sales de Oliveira e Nuporanga. O acesso rodoviário ao município se dá pela Rodovia Rio Negro e Solimões (SP-336), Rodovia Cândido Portinari (SP-334 / BR-265) e Rodovia Altino Arantes (SP-351). 0

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MAPA 2 - Localização do município de Batatais no Estado de São Paulo FONTE: GRUPO ELO. Disponível em: <https://falagrupoelo.blogspot.com/2013/02/mapaspara-colorir.html>. Acesso em: 10 mar. 2019. Modificado pela autora.

ACESSO FRANCA ACESSO FRANCA

ACESSO SALES DE OLIVEIRA ACESSO ALTINÓPOLIS ACESSO RIBEIRÃO PRETO

LEGENDA TERRENO CENTRO

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MAPA 1 - Acesso rodoviário ao município de Batatais FONTE: Prefeitura Municipal de Batatais. Modificado pela autora.

A população batataense estimada é de 62.024 habitantes. Em 2010, segundo Atlas Brasil, Batatais apresenta um IDH alto (0,761), e sua população se baseia em jovensadultos (entre 20 e 30 anos de idade).

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GRÁFICO 4 - Pirâmide etária de 2010 - Distribuição por sexo segundo os grupos de idade FONTE: ATLAS BRASIL. Disponível em: <http://www.atlasbrasil.org.br/2013/pt/perfil_m/batatais_sp>. Acesso em: 06 mar. 2019.


2.2 O USO E OCUPAÇÃO DO SOLO

LEGENDA RESIDENCIAL

COMERCIAL

INSTITUCIONAL

PRESTAÇÃO DE SERVIÇO

INDUSTRIAL

ÁREA VERDE

VAZIO URBANO

TERRENO DE INTERVENÇÃO

0

Predominantemente residencial, o município apresenta comércios e serviços básicos à população principalmente no centro, além dos pequenos comércios localizados nos bairros. Para atividades específicas e/ou lazer é necessário que a população se desloque para o município de Ribeirão Preto/SP. É possível notar que há também vazios urbanos dispersos pelo tecido urbano, essa característica incentiva na ocupação desses vazios em prol da população fazendo com que os terrenos realizem sua função social.

1560m

MAPA 3 - Uso e ocupação do solo por predominância em Batatais FONTE: Prefeitura Municipal de Batatais. Modificado pela autora.

33


2.3 O GABARITO O gabarito predominante na cidade de Batatais é de edifícios com apenas um pavimento, ainda que a área central tenha alguns edifícios com dois pavimentos. Nas áreas de maior vulnerabilidade o gabarito predominante apresenta de quatro a mais pavimentos. Na área central e macrozonas de interesse especial é aplicada uma lei que proíbe edificações com altura maior de 12 metros, isso por conta da igreja Matriz Bom Jesus da Cana Verde, patrimônio da cidade.

LEGENDA 01 PAVIMENTO

VAZIO URBANO

02 PAVIMENTOS

ÁREA VERDE

04 PAVIMENTOS OU MAIS

0 MAPA 4 - Gabarito por predominância em Batatais FONTE: Prefeitura Municipal de Batatais. Modificado pela autora.

34

1560m


2.4 A HIERARQUIA VIÁRIA

LEGENDA ACESSOS PRINCIPAIS VIA ARTERIAL

O município apresenta vias locais às vias de transito rápido, que ligam principais pontos na cidade. As vias de acesso ao município (representadas pela linha azul) apresentam fluxo rápido e muito alto. As vias arteriais que se destacam na cidade (representadas pela linha vermelha) possuem fluxo alto, nessas vias o comércio, prestação de serviço e áreas institucionais são usos que predominam. As vias coletoras (representadas pela linha laranja) dispõem de fluxo mediano, essas abrem caminho para as vias locais que apresentam caráter residencial com fluxo e velocidade baixa.

VIA COLETORA

0

1560m

MAPA 5 - Hierarquia viária por relevância em Batatais FONTE: Prefeitura Municipal de Batatais. Modificado pela autora.

35


2.5 OS EQUIPAMENTOS CULTURAIS, EDUCACIONAIS E DE LAZER Tratando-se dos equipamentos culturais, educacionais e de lazer no município, pode se notar os equipamentos educacionais representados pela cor azul, esses estão pontuados as escolas e creches públicas e a universidade Claretiano. Parte das escolas possuem pequenas bibliotecas com acervo limitado, e são voltadas para os seus estudantes, outras não apresentam bibliotecas para apoio no ensino, assim como nas creches, que contam com poucos livros para as crianças. Na cor vermelha os equipamentos culturais, entre esses estão o teatro municipal, igreja matriz do Bom Jesus da Cana Verde que abriga quadros de Portinari, centros culturais. Apesar da quantidade de equipamentos, esses não cumprem sua função em questões voltadas aos ambientes que não são qualificados e parte desses de difícil acesso e conhecimento da população. O teatro municipal hoje, oferece seu espaço para aulas de ballet infantil, entretanto se é cobrado um valor mensal por cada aluno, sendo assim, inacessível para todos. A igreja matriz é um marco na cidade, é nela onde estão parte dos quadros de Portinari, podendo assim ser um espaço não somente de fé, mas também de apreciação da arte. A cidade conta com dois centros culturais, ambos adaptados em uma edificação para usos diferentes, não qualificando o equipamento. O centro cultural Sérgio Laurato está localizado no centro da cidade, e oferece a população exposições pontuais ao ano, além disso é nele onde acontece as aulas do projeto musical Guri. O segundo, é o centro cultural Fernando Faro, inaugurado há poucos anos em homenagem a um dos principais propagadores de arte e cultura do município. O equipamento se adapta a uma edificação pequena, com espaços inapropriados para as atividades que na maior parte do tempo acontece em um pequeno pátio em contra piso. O equipamento oferece oficinas de teatro para crianças e adolescentes, entretanto é pouco conhecido pela população e em um local de difícil acesso. .

36

LEGENDA CULTURA EDUCAÇÃO LAZER

0 MAPA 6 - Equipamentos educacionais, culturais e de lazer em Batatais FONTE: Prefeitura Municipal de Batatais. Modificado pela autora.

1560m


Os equipamentos de lazer estão representados pela cor amarela, e incluem quadras poliesportivas e de futebol, bosque municipal, centros de lazer e o Lago Artificial de Batatais. Os equipamentos de lazer são mais conhecidos pela população, além de serem mais usados, mesmo que boa parte desses estejam degradados, como por exemplo o bosque municipal.

37


2.6 A BIBLIOTECA PÚBLICA EM BATATAIS O município de Batatais apresenta carência de bibliotecas qualificadas para atender a população, assim como os equipamentos culturais. Na cidade estão implantadas duas edificações destinadas ao uso de bibliotecas, entretanto há barreiras no uso das mesmas. A primeira é a Biblioteca Pública Municipal Dr. Altino Arantes, que está localizada em um local inapropriado e de difícil acesso, além de não estar em funcionamento desde o ano de 2014. A segunda é a Biblioteca Pe. Elias Leite, sendo um equipamento privado, propriedade do Centro Universitário Claretiano, onde o acesso é destinado apenas para estudantes que tiverem cadastro, sendo também pouco conhecida pela população e com acervo limitado.

Luís e o Núcleo Musical Major Joaquim Antão Fernandes, entretanto apenas o Museu continua aberto e funcionando normalmente. Em 2014, por um processo do sindicato dos bibliotecários, a biblioteca foi interditada, o estopim foi a presença de funcionários que desenvolviam projetos pedagógicos no equipamento e não um profissional bibliotecário. O espaço também não apresenta boas condições, os ambientes não recebem boa iluminação e ventilação natural, e o acervo é limitado a títulos pontuais e antigos. O acesso da população batataense a esse equipamento também é uma das barreiras para a população, locada em uma extremidade de acesso a cidade, distante do centro e de grande parte dos bairros residenciais, o equipamento carece de usos diversificados no seu entorno, sendo em grande parte empresas e galpões industriais.

LEGENDA BIBLIOTECA PE. ELIAS LEITE BIBLIOTECA PÚBLICA MUNICIPAL DR. ALTINO ARANTES

FIGURA 17 - Biblioteca Pública Municipal Dr. Altino Arantes FONTE: Autora, 2019.

A Biblioteca Pública Municipal Dr. Altino Arantes, criada em 08 de novembro de 1948 e instalada em uma sala do edifício da antiga prefeitura, já passou por vários prédios ao longo dos anos, hoje em dia, ocupa o prédio da antiga Estação Ferroviária, nomeado "Estação Cultura Editor José Olympio". Além da biblioteca o prédio ainda abriga o Museu Histórico e Pedagógico Dr. Washington Luís, a Banda Marcial M u n i c i p a l D r . W a s h i n g t o n

38

0 MAPA 7 - Bibliotecas públicas em Batatais FONTE: Prefeitura Municipal de Batatais. Modificado pela autora.

1560m


FIGURA 19 - Biblioteca Pe. Elias Leite FONTE: CLARETIANO. Disponível em: <https://biblioteca.claretiano.edu.br/pergamum/biblioteca/>. Acesso em: 05 mar. 2019. LEGENDA BIBLIOTECA PÚBLICA MUNICIPAL DR. ALTINO ARANTES LIMITE CENTRO

0

2345m

FIGURA 18 - Localização da Dr. Biblioteca Altino Arantes em relação ao centro FONTE: GOOGLE EARTH. Acesso em: 05 mar. 2019. Modificado pela autora.

A Biblioteca Pe. Elias Leite, pertence ao Centro Universitário Claretiano e é aberta a comunidade acadêmica. A biblioteca tem o intuito de desenvolver atividades de ensino, pesquisa e extensão contando com acervo físico e digital, que soma mais de 300 mil títulos. A área é dividida em dois pavimentos distribuindo salas e cabines de estudos, sala de mídia além de equipamentos acessíveis a portadores de necessidades físicas e visuais. Mesmo destinada aos estudantes que se cadastram, grande parte da população estudantil não conhecem o beneficio do acesso, sendo a biblioteca frequentada predominantemente pelos estudantes da universidade. A biblioteca funciona de segunda a sexta nos horários de 8:00 às 12:00 horas e 13:00 às 22:00 horas e no sábado durante o período das 8:00 às 13:00 horas. O acesso é interno, para que possa acessar a biblioteca é necessário entrar na universidade antes.

LEGENDA UNIVERSIDADE CLARETIANO BIBLIOTECA PE. ELIAS LEITE ACESSO A UNIVERSIDADE ACESSO A BIBLIOTECA

0

175m

FIGURA 20 - Acesso a Biblioteca Pe. Elias Leite FONTE: GOOGLE EARTH. Acesso em: 05 mar. 2019. Modificado pela autora.

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03

usuรกrio


3.1 A OPINIÃO DA POPULAÇÃO Com a necessidade de entender como a população batataense pensa sobre as bibliotecas e sobre a cidade e sua cultura, educação e lazer, foi feito um questionário para a população, este levantou pontos nos quais ajudará na produção do projeto.

A proposta da Biblioteca Parque visa atender todos os grupos etários. Com espaços planejados para acessibilidade de todos, a biblioteca pretende disponibilizar além do acervo variado, ambientes para diversos interesses e idades. Ainda que planejada para todos, o público alvo são crianças e adolescentes, a ideia é criar o hábito da leitura e oferecer espaços que possam construí-los na sociedade. A área escolhida para a inserção é locada no centro da cidade, visando o alto fluxo de pessoas na área. O projeto propõe ainda a ligação dos equipamentos culturais existentes na cidade criando um circuito cultural. Além desse aspecto, há no entorno do sítio pontos de grande concentração de pessoas, no Lago Artificial e Igreja Matriz, além disso há uma escola de ensino fundamental e médio, e uma de ensino infantil. A implantação da Biblioteca Parque próxima a esses locais pretende ajudar na melhoria dos mesmos, levando cultura e educação para todo o município de Batatais. As atividades que o equipamento irá oferecer ainda tem o objetivo de dar suporte às instituições de ensino ao redor. Além de atender a população batataense, a Biblioteca Parque pretende receber usuários da região.

42

GRÁFICO 5 - O que representa a biblioteca para a população batataense FONTE: Autora, 2019.

Ao serem questionados sobre o que é uma biblioteca para cada um deles, a grande maioria a aponta como um local para pesquisa e estudos, o que mostra que a visão da antiga biblioteca ainda acompanha a sociedade. A maior parte da população entrevistada respondeu que frequenta a biblioteca as vezes, sendo essas pessoas estudantes. Aquelas que não frequentam alegam principalmente a falta de biblioteca e a falta de tempo.


A flexibilidade de horários seria o motivo principal para que as pessoas frequentassem a biblioteca, isso mostra a necessidade de espaços que funcionem além do horário comercial.

GRÁFICO 6 - Frequência no uso da biblioteca FONTE: Autora, 2019.

O questionário ainda perguntou o que a população gostaria que houvesse na cidade para que a cultura e educação seja propagada no município. As respostas variaram em teatros, museus, bibliotecas, cinemas, programas que envolvam todo o tipo de arte, além de atividades que envolvam toda população, desde as crianças até aos idosos. A população busca lazer e educação nas cidades que circundam o município de Batatais, principalmente Ribeirão Preto. As atividades que fazem a população deixar a cidade para lazer e educação são, cinema qualificado, aulas de desenho, livraria, teatro, eventos musicais, área de estudo, rodas de conversa e palestras relacionadas aos seus interesses.

GRÁFICO 7 - O que faria a população frequentar a biblioteca FONTE: Autora, 2019.

43



04

terreno


4.1 A LOCALIZAÇÃO

LEGENDA TERRENO CENTRO

0

2000m

MAPA 8 – Localização do terreno em relação ao município FONTE: GOOGLE MAPS. Disponível em: <https://www.google.com.br/maps/place/Batatais+-+SP,+14300-000/@20.8991867,47.6123492,13.5z/data=!4m5!3m4!1s0x94b9fa7aac4ae207:0xaf5678d8666794b1!8 m2!3d-20.8861169!4d-47.5854134>. Acesso em: 10 mar. 2019. Modificado pela autora, 2019.

O terreno proposto para a implantação do projeto está localizado no Centro da cidade. Com aproximadamente 37 mil metros quadrados, o terreno tem grande visibilidade na cidade, sendo um local de grande fluxo de pessoas em todos os horários, isso por conta de seu entorno diversificado. Seu entorno conta com o lago artificial, rodoviária, hospital e asilo, a igreja matriz Bom Jesus da Cana Verde, centro cultural Sérgio Laurato e uma escola de ensino fundamental e médio. O projeto proposto ao local tem o objetivo de promover a interação com esses espaços, melhorando a qualidade de vida dos usuários.

LEGENDA TERRENO DA PROPOSTA APP LAGO ARTIFICIAL RODOVIÁRIA ESCOLA DE ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO HOSPITAL E ASILO IGREJA MATRIZ BOM JESUS DA CANA VERDE CENTRO CULTURAL SÉRGIO LAURATO

MAPA 9 – Atividades no entorno do terreno em um raio de 500 metros FONTE: Prefeitura Municipal de Batatais. Modificado pela autora, 2019.

46

0

155m


4.2 O ACESSO VIÁRIO A localização proposta tem a intenção de atender todo o município e região, dessa forma a escolha do terreno se deu pelo acesso viário favorável a implantação, além da presença dos usos ao seu redor que atende grande parte da população.

LEGENDA TERRENO DA PROPOSTA

FRANCA

RIBEIRÃO PRETO

ALTINÓPOLIS

SALES DE OLIVEIRA

RODOVIÁRIA E PONTO DE ÔNIBUS MAIS PRÓXIMO

0

O acesso ao terreno pela população residente no municio se dá por vias de acesso rápido. A cidade oferece transporte coletivo gratuito, este passa por todos os bairros da cidade, inclusive no centro, onde o ponto é localizado na rodoviária, aproximadamente 200 metros do terreno da proposta. O acesso pela população da região não é complexo, podendo ser acessado e encontrado facilmente por avenidas principais. Pelo município de Ribeirão Preto, os dois acessos “principais” se dão pelas vias de traçado amarelo, por Altinópolis o traçado verde, pelo município de Sales de Oliveira, o traçado em laranja e por fim Franca, onde os traçados estão em azul, são as vias: Rod. Cândido Portinari, Rod. Altino Arantes, Rod. Rio Negro e Solimões, Estrada Municipal Virgilio Scavazza, Av. Moacir Dias de Moraes, Rua Santos di Lello, Rua Ana Luiza, Av. Quatorze de Março, Av. Prefeito Washington Luís, Av. José Testa, Av. Dr. Oswaldo Scatena e Av. José Luís de Oliveira.

1560m

MAPA 10 – Acesso ao terreno da proposta FONTE: Prefeitura Municipal de Batatais. Modificado pela autora, 2019.

47


4.3 A TOPOGRAFIA

5 85

RUA ANTONIO JOSÉ BURANELLI

0 85 855

852

852

5 84

839 836

84

0

0 84

0 20 40 60m FIGURA 21 – Topografia do terreno

AV. JOSÉ LUÍS DE OLIVEIRA

RUA DR. MANOEL FURTADO

FIGURA 22 – Maquete eletrônica topográfica com entorno FONTE: Autora, 2019.

FONTE: Prefeitura Municipal de Batatais. Modificado pela autora, 2019.

Possuindo 36.832 m², a área apresenta um declive de aproximadamente 14 metros, onde a cota mais alta (851) se localiza na rua Dr. Manoel Furtado, e a cota mais baixa (839) na Avenida José Luís de Oliveira. Por possuir um grande desnível, a implantação da edificação visará soluções que garantam acessibilidade de todos.

RUA DR. MANOEL FURTADO

854

853

852 851 850 849 848 847 846

AV. JOSÉ LUÍS DE OLIVEIRA

845

844

843

842

FIGURA 23 – Maquete eletrônica topográfica terreno FONTE: Autora, 2019.

48

841

840

839

838


4.4 O MACRO CLIMA O estudo de insolação revela quais fachadas deverão ser trabalhadas, determinada a sua incidência e o período do ano. A Avenida Luís de Oliveira é a mais adequada para aberturas e insolação interna direta. O vento predominante na área vem do Leste, permeando pelo terreno de forma fluida.

RUA AN

TÔNI

O JO

SÉ BU RAN EL

RUA

DR. M

ANO

EL FU

RTAD

O

LI

EIR

S UÍ ÉL

DE

A

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. AV

JO

LEGENDA

0 20 40 60m SOLSTÍCIO DE INVERNO EQUINÓCIOS SOLSTÍCIO DE VERÃO VENTOS PREDOMINANTES

FIGURA 24 – Estudo de insolação e Ventos predominantes FONTES: Prefeitura Municipal de Batatais. Modificado pela autora, 2019.

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4.5 O LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO

RUA ANTÔN

10 9

1

IO JOSÉ BU

8

RANELLI

7

6 FIGURA 26 – Vista para o limite Leste do terreno

RTADO

5

FONTE: Autora, 2019.

RUA DR. MANOEL FU

2

4 3

2 1 RA

EI

LIV

. AV

ÍS LU

DE

FIGURA 27 – Vista 01 da Avenida José Luís de Oliveira

O

FONTE: Autora, 2019.

JO

3

0 20 40 60m FIGURA 25 – Mapeamento das vistas do terreno FONTE: Arquivo da Prefeitura de Batatais. Modificado pela Autora.

As figuras 26 a 30 são correspondentes à Av. José Luís de Oliveira, onde estão situadas as cotas de níveis mais baixas, enquanto as figuras 31 a 35 estão na Rua Antônio José Buranelli - sequência numérica aumenta juntamente com a cota de nível -. Pela Rua Dr. Manoel Furtado não foi possível conseguir imagens do terreno devido a um alto muro construído no local, além das construções ali já existentes. Na figura 31 é possível observar a presença de algumas construções inseridas, estas são voltadas ao comércio e prestação de serviço, como uma academia e loja de vestuário, além de uma edificação em andamento.

FIGURA 28 – Vista 02 da Avenida José Luís de Oliveira FONTE: Autora, 2019.

4

4

FIGURA 29 – Vista 03 da Avenida José Luís de Oliveira FONTE: Autora, 2019.

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9

5

FIGURA 30 – Vista 04 da Avenida José Luís de Oliveira

FIGURA 34 – Vista 03 da Rua Antonio José Buranelli

FONTE: Arquivo pessoal da Autora.

FONTE: Autora, 2019.

6

10

FIGURA 31 – Construções alinhadas a Rua Antonio José Buranelli

FIGURA 35 – Vista para o limite Sul do terreno

FONTE: Autora, 2019.

FONTE: Autora, 2019.

7

FIGURA 32 – Vista 01 da Rua Antonio José Buranelli FONTE: Autora, 2019.

8

FIGURA 33 – Vista 02 da Rua Antonio José Buranelli FONTE: Autora, 2019.

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05

s referĂŞncias projetuais


5.1 A LIVRARIA CULTURA

FIGURA 36 - Livraria Cultura Conjunto Nacional FONTE: CORBIOLI. Disponível em: <http://arcoweb.com.br/projetodesign/interiores/fernando-brandao-arquitetura-designlivraria-sao-28-09-2007>. Acesso em: 24 mar. 2019.

FICHA TÉCNICA

Os projetos referenciais que foram selecionados visaram criar uma base para o projeto que será realizado como produto final deste trabalho. As referências projetuais oferecem diversos elementos para inspiração e referência no projeto. São eles: - Livraria Cultura, que é referência para a organização dos ambientes e disposição dos mobiliários; - Biblioteca Brasiliana, referenciando o programa de necessidades e a estrutura da edificação; - Biblioteca Parque Léon de Grieff, sendo referência para a locação do volume no terreno em desnível e o acesso livre ao mirante, além do programa de necessidades; - Biblioparque David Sanchez Juliao, gerando referência para a disposição dos volumes no terreno, em foco o volume que permite acesso a cobertura de um dos volumes de forma natural.

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Localização: São Paulo, SP Ano do projeto: 2006 Área de intervenção: 4.200 m2 Arquitetura: Fernando Brandão Arquitetura

A Livraria Cultura está localizada no edifício Conjunto Nacional inaugurado em 1956, autoria de David Libeskind. O conjunto foi o primeiro centro residencial, cultural, de lazer e comércio na Avenida Paulista. Instalada no edifício no ano de1969, a Livraria Cultura só passou a ocupar o espaço do antigo cinema Astor desativado em 2001 e isolado por seis anos - no ano de 2007. (MOURA, 200; CORBIOLI, 2007).

.


03 02 01

0

5

10

20m

FIGURA 38 - Indicação dos pisos FONTE: CORBIOLI. Disponível em: <http://arcoweb.com.br/projetodesign/interiores/fernando-brandaoarquitetura-design-livraria-sao-28-09-2007>. Acesso em: 27 mar. 2019. Modificado pela autora.

LEGENDA

0

175

350m

EDIFÍCIO CONJUNTO NACIONAL - LIVRARIA CULTURA AVENIDA PAULISTA MASP FIGURA 37 - Localização Livraria Cultura - Conjunto Nacional FONTE: GOOGLE EARTH. Acesso em: 27 mar. 2019. Modificada pela autora.

OS AMBIENTES A livraria apresenta 4,2 mil metros quadrados, configurados em três pisos, térreo, mezanino e piso superior. A entrada foi afastada para o interior da loja, FIGURA 39 - Indicação dos pisos

aumentando o corredor e área de vitrines, esse corredor foi direcionado a exposições de artes. No térreo, a maior área de uso é

FONTE: LIVRARIA CULTURA. Disponível em: <https://secure.livrariacultura.com.br/loja/livraria-cultura-conjunto-nacional2000003>. Acesso em: 07 out. 2019.

destinada aos produtos da livraria, a área em vermelho como mostra na figura 40 além de expor os produtos, também mescla no espaço, mobiliários que criam espaços de estar e permanência. O design criativo é notado facilmente na área infantil, onde há uma grande prateleira em forma de dragão, nicho para a leitura privilegiada das crianças, entre almofadas, além de um outro dragão sustentado por cabos de aço no pé direito triplo (MOURA, 200; CORBIOLI, 2007).

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0

5

10

15m

LEGENDA EXPOSIÇÃO DE ARTE EXPOSIÇÃO DE PRODUTOS ÁREA DOS FUNCIONÁRIOS SERVIÇOS CAFÉ CIRCULAÇÃO VERTICAL ADMINISTRAÇÃO ACESSO FIGURA 40 - Setorização Piso Térreo - Livraria Cultura FONTE: CORBIOLI. Disponível em: <http://arcoweb.com.br/projetodesign/interiores/fernando-brandaoarquitetura-design-livraria-sao-28-09-2007>. Acesso em: 27 mar. 2019. Modificado pela autora.

O piso térreo se manteve inclinado respeitando a antiga plateia do teatro antes instalado ali, nos fundos desse piso está locado o café, que recebeu aberturas de vidro para a rua Alamedo Santos, deixando dessa forma o ambiente iluminado e confortável. No mezanino, há áreas de exposição de livros e bancos para permanência e leitura dos clientes representado pela cor vermelha na figura 42. Nos fundos do mezanino, se encontra toda a parte administrativa representada em verde. A área frontal é composta pela área de estar, local onde o acesso principal está locado (rampa), na mesma área ainda está o espaço voltado para os funcionários. . Além do acesso principal pela rampa frontal, o mezanino tem acesso por outras cinco escadas.

56

FIGURA 41 - Térreo da livraria Cultura FONTE: CORREIO DO ESTADO. Disponível em: <https://www.correiodoestado.com.br/economia/livraria-cultura-apresenta-pedido-derecuperacao-judicial/339469/>. Acesso em: 03 abr. 2019.


0

5

10

15m

LEGENDA ADMINITRAÇÃO EXPOSIÇÃO DE PRODUTOS ÁREA DOS FUNCIONÁRIOS ÁREA DE ESTAR CIRCULAÇÃO VERTICAL

FIGURA 42 - Setorização Piso Mezanino - Livraria Cultura FONTE: CORBIOLI. Disponível em: <http://arcoweb.com.br/projetodesign/interiores/fernando-brandao-arquitetura-designlivraria-sao-28-09-2007>. Acesso em: 24 mar. 2019. Modificado pela autora.

FIGURA 43 - Acesso para o mezanino de uma das escadas FONTE: RODRIGUES. Disponível em: <https://cultura.estadao.com.br/blogs/babel/semreceber-distribuidora-de-e-book-cancela-fornecimento-para-saraiva-e-livraria-cultura/>. Acesso em: 03 abr. 2019.

57


No piso superior, existe uma área de exposição dos produtos, espaço para os funcionários e um auditório. Na área de exposição há espaços para CDs e DVDs, além dos livros. O auditório apresenta capacidade para 120 pessoas e há proteção acústica com camada de esponja FIGURA 45 - Visão do Piso Superior

vinílica e tubulações aparentes. O auditório é

usado

para lançamentos de livros, audições musicais, palestras etc.

FONTE: WEPICK. Disponível em: <http://www.wepick.com.br/etc/top-10-livrarias-que-vocetem-que-conhecer/livrariaculturasp/>. Acesso em: 03 abr. 2019.

0

5

10

15m

LEGENDA AUDITÓRIO EXPOSIÇÃO DE PRODUTOS ÁREA DOS FUNCIONÁRIOS CIRCULAÇÃO VERTICAL

FIGURA 44 - Setorização Piso Superior - Livraria Cultura FONTE: CORBIOLI. Disponível em: <http://arcoweb.com.br/projetodesign/interiores/fernando-brandaoarquitetura-design-livraria-sao-28-09-2007>. Acesso em: 24 mar. 2019. Modificado pela autora.

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A entrada expõe os três pisos com de pé-direito triplo no centro e a estrutura metálica da cobertura. Os dois pisos superiores, com geometria não regular, são apoiados em pilares da malha estrutural original, que foi reforçada para suportar as três lajes. No primeiro pavimento, o guardacorpo de concreto é na verdade uma viga, a existência da mesma permitiu que área de acesso ficasse sem pilares. O mezanino, apresenta estrutura metálica e seus pilares não são visíveis, pois foram incorporados nas prateleiras da livraria.

FIGURA 46 - Mobiliário e design da livraria FONTE: PUSIOL. Disponível em: <https://vejasp.abril.com.br/blog/liquidacao-cia/livrariacultura-fnac-promocao-relampago/>. Acesso em: 03 abr. 2019.

FIGURA 48 - Pilar e laje FONTE: CORREIO DO ESTADO. Disponível em: <https://www.correiodoestado.com.br/economia/livraria-cultura-apresentapedido-de-recuperacao-judicial/339469/>. Acesso em: 03 abr. 2019.

A ESTRUTURA

0

5

10

20m

LEGENDA TRELIÇA METÁLICA LAJE VIGA CIRCULAÇÃO VERTICAL PILAR

FIGURA 47 - Corte com indicação das estuturas FONTE: CORBIOLI. Disponível em: <http://arcoweb.com.br/projetodesign/interiores/fernando-brandao-arquitetura-designlivraria-sao-28-09-2007>. Acesso em: 24 mar. 2019. Modificado pela autora.

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FIGURA 49 - Estrutura da cobertura

FIGURA 51 - Escada frontal de acesso ao mezanino

FONTE: MARRA. Disponível em: <https://www.flickr.com/photos/marraluc/16105916076>. Acesso em: 03 abr. 2019.

FONTE: CORBIOLI. Disponível em: <http://arcoweb.com.br/projetodesign/interiores/fernando-brandao-arquitetura-designlivraria-sao-28-09-2007>. Acesso em: 24 mar. 2019.

FIGURA 50 - Design do mobiliário do espaço infantil

FIGURA 52 - Prateleiras de exposição de livros

FONTE: LIVRARIA CULTURA. Disponível em: <https://secure.livrariacultura.com.br/loja/livraria-cultura-conjunto-nacional2000003>. Acesso em: 07 out. 2019.

FONTE: CORBIOLI. Disponível em: <http://arcoweb.com.br/projetodesign/interiores/fernando-brandao-arquitetura-designlivraria-sao-28-09-2007>. Acesso em: 24 mar. 2019.


5.2 A BIBLIOTECA BRASILIANA

LEGENDA BIBLIOTECA BRASILIANA MARGINAL PINHEIROS

0

500m

FIGURA 54 - Localização Biblioteca Brasiliana FONTE: GOOGLE EARTH. Acesso em: 03 abr. 2019. Modificado pela autora. FIGURA 53 - Biblioteca Brasiliana FONTE: ARCH DAILY. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/01-107652/bibliotecabrasiliana-slash-rodrigo-mindlin-loeb-plus-eduardo-de-almeida>. Acesso em: 03 abr. 2019.

FICHA TÉCNICA Localização: São Paulo, SP Ano do projeto: 2013 Área de intervenção: 21.950 m2 Arquitetura: Eduardo de Almeida, Rodrigo Mindlin Loeb

sala de exposições e um grande auditório com capacidade para 300 pessoas (ARCH DAILY, 2013). A biblioteca conta quatro pisos, o subsolo, com predominância do uso de serviços e áreas técnicas, o térreo com uma grande praça coberta, o primeiro pavimento e o segundo, com áreas educacionais além do extenso acervo.

A biblioteca se encontra em um dos blocos do edifício da Cidade Universitária da USP em São Paulo. E foi projetada por Eduardo de Almeida e Rodrigo Mindlin, neto do bibliófilo José Mindlin - falecido em 2010 -, responsável pela doação do acervo da biblioteca e do projeto que abrigaria os títulos (ARCH DAILY, 2013). Com 21.950 m² os autores da biblioteca se inspiraram em bibliotecas dos Estados Unidos e França, e ainda contaram com as preferências de José Mindlin, como por exemplo os mezaninos e estantes vermelhas (ARCH DAILY,2013; PLUGLIESI, 2019). A biblioteca da Universidade de São Paulo conta com um acervo de obras raras e especiais da universidade, livraria, café,

FIGURA 55 - Biblioteca Brasiliana vista Norte FONTE: PLUGLIESI. Disponível em: <https://www.galeriadaarquitetura.com.br/projeto/eduardo-de-almeidaarquitetos_mindlin-loebdotto-arquitetura_/biblioteca-brasiliana/227>. Acesso em: 05 abr. 2019.

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OS AMBIENTES

FIGURA 56 - Acessos ao pátio coberto FONTE: VITUVIUS. Disponível em: <http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/13.155/4972>. Acesso em: 05 abr. 2019.

O térreo aberto ao público, é acessado por duas rampas ligadas a um pátio coberto com o pé direito triplo, dando uma grande dimensão a área. Essa área coberta dá acesso aos pavimentos superiores e inferior. O térreo ainda conta com um auditório de capacidade para 300 pessoas, uma livraria, sala de exposição acervo, sala de consulta e administração, nas extremidades leste e oeste estão locados os terraços. Parte do acervo pode ser avistado de todos os pisos por estarem rodeados por eles. A edificação é dividida em duas alas, no oeste está o IEB, Sibi e Biblioteca de Obras Raras da USP, no lado oposto, está a Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin. O auditório quebra a linearidade do edifício com o formato circular. A estrutura é adequada para receber diferentes tipos de eventos, além disso, o espaço conta com cabines de tradução simultânea e câmera especial para videoconferências.

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FIGURA 57 - Indicação dos pavimentos FONTE: VITUVIUS. Disponível em: <http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/13.155/4972>. Acesso em: 05 abr. 2019. Modificado pela autora.

FIGURA 58 - Auditório István Jancsó FONTE: VERRUMO. Disponível em: <https://casa.abril.com.br/profissionais/novo-predio-dausp-abrigara-a-maior-biblioteca-particular-do-brasil/>. Acesso em: 05 abr. 2019.

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LEGENDA EXPOSIÇÃO DE ARTE PRAÇA COBERTA LIVRARIA ACERVO/ÁREA LEITURA SERVIÇOS CIRCULAÇÃO VERTICAL ESPELHO D’AGUA ADMINISTRAÇÃO TERRAÇO AUDITÓRIO ACESSO

FIGURA 59 - Setorização Piso Térreo - Biblioteca Brasiliana FONTE: VITUVIUS. Disponível em: <http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/13.155/4972>. Acesso em: 05 abr. 2019. Modificado pela autora.

FIGURA 60 - Contraste do desenho linear do edifício com o desenho curvo do volume destinado ao auditório

FIGURA 61 - Pátio coberto

FONTE: ARCH DAILY. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/01107652/biblioteca-brasiliana-slash-rodrigo-mindlin-loeb-plus-eduardo-de-almeida>. Acesso em: 07 out. 2019.

FONTE: VITUVIUS. Disponível em: <http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/13.155/4972>. Acesso em: 05 abr. 2019.

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LEGENDA PESQUISA ACERVO/ÁREA LEITURA SERVIÇOS CIRCULAÇÃO VERTICAL CAFÉ AUDITÓRIO SERVIÇOS

FIGURA 62 - Setorização Primeiro Piso - Biblioteca Brasiliana FONTE: VITUVIUS. Disponível em: <http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/13.155/4972>. Acesso em: 05 abr. 2019. Modificado pela autora.

No primeiro piso, existem áreas para os acervos diversos, espaço para consulta e espaços para permanência e descanso. Além disso o café está localizado nesse piso, no lado oposto do espaço de pesquisa disposto em fita no lado norte. Já no segundo piso estão as áreas de administração e a área acadêmica, além de parte do acervo. O subsolo é fechado ao público, e conta com dois pátios iluminados naturalmente, além das áreas de trabalho e de serviços. Ainda que os espaços sejam divididos, a circulação acontece de modo fluído com limites dados pelo mobiliário.

FIGURA 63 - Visão de parte do acervo do primeiro piso FONTE: VITUVIUS. Disponível em: <http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/13.155/4972>. Acesso em: 05 abr. 2019.

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LEGENDA ADMINISTRAÇÃO ACERVO/ÁREA LEITURA CIRCULAÇÃO VERTICAL SERVIÇOS ÁREA DIDÁTICA

FIGURA 64 - Setorização Segundo Piso - Biblioteca Brasiliana FONTE: VITUVIUS. Disponível em: <http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/13.155/4972>. Acesso em: 05 abr. 2019. Modificado pela autora.

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LEGENDA ESPELHO D’ÁGUA ÁREA TÉCNICA SERVIÇOS EXPOSIÇÃO DE ARTE CIRCULAÇÃO VERTICAL FIGURA 65 - Setorização Piso Subsolo - Biblioteca Brasiliana FONTE: VITUVIUS. Disponível em: <http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/13.155/4972>. Acesso em: 05 abr. 2019. Modificado pela autora.

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FIGURA 66 - Visão para os três pisos acima do solo FONTE: ARCH DAILY. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/01107652/biblioteca-brasiliana-slash-rodrigo-mindlin-loeb-plus-eduardo-dealmeida>. Acesso em: 03 abr. 2019.

LEGENDA VOLUME ÁREA VERDE

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FIGURA 68 - Implantação - Biblioteca Brasiliana

A INSERÇÃO NO TERRENO A edificação foi implantada no "centro" do terreno em declive, fazendo necessário a implantação de duas rampas para o acesso ao piso térreo, além do acesso ao subsolo locado nas extremidades leste e oeste do edifício. O volume retangular se impõe no sítio, onde no sul um volume linear sai do bloco principal onde está a livraria, e na área norte, o volume que sai do bloco principal é circular, quebrando a linearidade.

FONTE: VITUVIUS. Disponível em: <http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/13.155/4972>. Acesso em: 05 abr. 2019. Modificado pela autora.

A ADEQUAÇÃO CLIMÁTICA As fachadas noroeste e nordeste são as que recebem insolação por mais tempo no dia. A face mais curta do edifício é fechada com placas de concreto armado com poucas e pequenas aberturas para que entre iluminação. As faces mais longas, são fechadas com panos de vidro e protegidas por brises verticais, dessa forma a incidência solar direta é barrada controlando a temperatura

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20m

interna dos ambientes, permitindo entrada de luz natural e

FIGURA 67 - A topografia do terreno - Biblioteca Brasiliana

protegendo os livros. Além disso, a cobertura com lanternim central de FONTE: VITUVIUS. Disponível em: <http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/13.155/4972>. Acesso em: 05 abr. 2019. Modificado pela autora.

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vidro laminado permite a entrada de luz no pátio coberto.


LEGENDA SOLSTÍCIO DE INVERNO EQUINÓCIOS

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LEGENDA

SOLSTÍCIO DE VERÃO INSOLAÇÃO - MANHÃ

FIGURA 69 - Estudo de insolação - Biblioteca Brasiliana FONTE: VITUVIUS. Disponível em: <http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/13.155/4972>. Acesso em: 05 abr. 2019. Modificado pela autora.

INSOLAÇÃO - PONTO MAIS ALTO

FIGURA 70 - Fachada nordeste FONTE: VITUVIUS. Disponível em: <http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/13.155/4972>. Acesso em: 05 abr. 2019. Modificado pela autora.

O edifício conta com a instalação de células fotoelétricas para a captação da energia solar. O Instituto de Elétrica e Eletrônica da USP desenvolveu um projeto de energia fotovoltaica na cobertura do edifício. A climatização do edifício possui um sistema de ar condicionado e controle da umidade, além das paredes de concreto armado e maciço que dão estabilidade térmica.

FIGURA 71 - Fachada noroeste FONTE: ARCH DAILY. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/01107652/biblioteca-brasiliana-slash-rodrigo-mindlin-loeb-plus-eduardo-dealmeida>. Acesso em: 03 abr. 2019.

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Uma importante parte da edificação e que caracteriza a maior parte da mesma é a estrutura. Uma mistura de concreto e metal compõe o conjunto estrutural. Todas as lajes dos blocos são nervuradas alcançando maiores vãos. A cobertura metálica (figura 72) apresenta um "rasgo" vedado com panos de vidros, sustentados por treliças de metal, permitindo a iluminação natural nos ambientes internos. Os pilares circulares estão dispostos de forma regular na planta. O concreto armado faz a divisão de grande parte dos ambientes. Os panos de vidro vedando o acervo, são segurados por FIGURA 72 - Abertura zenital

uma "malha" metálica.

FONTE: ARCH DAILY. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/01107652/biblioteca-brasiliana-slash-rodrigo-mindlin-loeb-plus-eduardo-dealmeida>. Acesso em: 03 abr. 2019.

A ESTRUTURA

FIGURA 74 - Espelho d’água envolvendo o volume do auditório FONTE: ARCH DAILY. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/01107652/biblioteca-brasiliana-slash-rodrigo-mindlin-loeb-plus-eduardo-de-almeida>. Acesso em: 03 abr. 2019.

O entorno é marcado por vegetação, com a soma do espelho d’água, faz do local um ambiente mais agradável termicamente e visualmente, ainda com o terraço presente nas duas extremidades deixa uma vista agradável aos usuários. FIGURA 73 - Conjunto de estruturas FONTE: HUNTER DOUGLAS ARQUITECTURAL. Disponível em: <https://www.hunterdouglas.com.br/ap/galeria-de-projetos/controle-solar/9tdbiblioteca-brasiliana-mindlin>. Acesso em: 06 abr. 2019.

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LEGENDA POSIÇÃO DOS PILARES

FIGURA 75 - Marcação dos pilares na planta - Biblioteca Brasiliana FONTE: VITUVIUS. Disponível em: <http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/13.155/4972>. Acesso em: 05 abr. 2019. Modificado pela autora.

FIGURA 76 - Pilares circulares e Lajes nervuradas em concreto

FIGURA 77 - Materiais predominantes

FONTE:ARCH DAILY. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/01-107652/bibliotecabrasiliana-slash-rodrigo-mindlin-loeb-plus-eduardo-de-almeida>. Acesso em: 07 out. 2019.

FONTE: ARCH DAILY. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/01107652/biblioteca-brasiliana-slash-rodrigo-mindlin-loeb-plus-eduardo-dealmeida>. Acesso em: 03 abr. 2019.

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5.3 A BIBLIOTECA PARQUE LEÓN DE GRIEFF

LEGENDA BIBLIOTECA PARQUE LEÓN GRIEFF ESCOLA DE ENSINO MÉDIO - JUAN DE LA CRUZ POSADA FIGURA 78 - Biblioteca Parque León de Grieff FONTE: PLATAFORMA ARQUITECTURA. Disponível em: <https://www.plataformaarquitectura.cl/cl/02-5937/parque-biblioteca-leon-degrieff-giancarlo-mazzanti>. Acesso em: 24 mar. 2019.

FICHA TÉCNICA Localização: Medellín, Colômbia Ano do projeto: 2007 Área de intervenção: 6.800 m2 Arquitetura: Giancarlo Mazzanti

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FIGURA 79 - Localização Biblioteca Parque León Grieff FONTE: GOOGLE EARTH. Acesso em: 07 abr. 2019. Modificado pela autora.

O edifício está localizado na periferia do centro de Medellín, conhecido como La Ladera, uma grande área verde de resíduos no topo da serra mantém relação com o centro. Dessa forma, a inserção das plataformas edificadas na borda da inclinação, funciona como mirantes e praças para o encontro da comunidade (ARQA, 2009; PLATAFORMA ARQUITECTURA, 2008). A edificação foi organizada em três blocos retangulares semienterrados conectados por um espaço curvo como uma rua, permitindo flexibilidade da circulação e diferentes usos. No nível mais alto há relação com os campos de futebol locados no entorno imediato, no nível médio está o acesso principal e as áreas educativas e no nível mais baixo define-se o espaço verde em frente aos edifícios. A inserção pretendeu criar um lugar simbólico na cidade (ARQA, 2009; PLATAFORMA ARQUITECTURA, 2008).

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OS AMBIENTES

LEGENDA FIGURA 80 - Inserção das edificações no sítio FONTE: PLATAFORMA ARQUITECTURA. Disponível em: <https://www.plataformaarquitectura.cl/cl/02-5937/parque-biblioteca-leon-de-grieffgiancarlo-mazzanti>. Acesso em: 07 abr. 2019.

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PRAÇA/ESTAR ACESSO

FIGURA 82 - Setorização Externa Biblioteca Parque León de Grieff FONTE: PLATAFORMA ARQUITECTURA. Disponível em: <https://www.plataformaarquitectura.cl/cl/02-5937/parque-biblioteca-leon-degrieff-giancarlo-mazzanti>. Acesso em: 07 abr. 2019. Modificado pela autora.

ADMINISTRAÇÃO BIBLIOTECA

A praça externa revestida com madeira cria ambientes de estar, lazer e contemplação podendo ser acessado por toda comunidade a qualquer momento. A sua maior parte é descoberta, deixando apenas alguns pontos serem cobertos pelas " molduras das caixas".

AUDITÓRIO

FIGURA 81 - Organização dos blocos no terreno FONTE: PLATAFORMA ARQUITECTURA. Disponível em: <https://www.plataformaarquitectura.cl/cl/02-5937/parque-biblioteca-leon-de-grieffgiancarlo-mazzanti>. Acesso em: 07 abr. 2019.

As "caixas" estão inseridas em ângulos no terreno, cada uma com uma função principal. A primeira delas abriga a administração, sinalizada com a cor vermelha na figura 81, na cor verde, a "caixa" central, está a biblioteca e na última, representada pela cor azul está o auditório. FIGURA 83 - Praça/Mirante proporcionam permanência e lazer

O acesso aos dois primeiros blocos é dado por rampas lineares duplas que descem até o hall de distribuição.

FONTE: PLATAFORMA ARQUITECTURA. Disponível em: <https://www.plataformaarquitectura.cl/cl/02-5937/parque-biblioteca-leon-degrieff-giancarlo-mazzanti>. Acesso em: 07 abr. 2019.

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O acesso aos ambientes internos da biblioteca parque se dá pelo sul do projeto, onde na figura 85 está representado com uma seta preta. Antes de acessar o interior do projeto estão localizados alguns ambientes de apoio a comunidade, onde há escritórios de caráter comunitário atendendo a população. Ao entrar no espaço, localiza-se uma praça/corredor de estar e suporte das salas de exposições, além disso, a área contém mesas e bancos para reuniões e permanência, nos fundos está área técnica. O espaço dá acesso aos três blocos, cada um deles com um ou dois pavimentos. No oeste da praça, logo na entrada, está locado o primeiro bloco sendo a administração da biblioteca parque. No bloco central está a biblioteca. Contendo o saguão, recepção, acervo, salas de leitura e mídia dividido em dois pisos. LEGENDA PRAÇA/ESTAR BIBLIOTECA AUDITÓRIO EXPOSIÇÃO DE ARTE

ADMINISTRAÇÃO ÁREA TÉCNICA APOIO SERVIÇOS 0

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FIGURA 85 - Setorização Primeiro Piso - Biblioteca Parque León de Grieff FONTE: PLATAFORMA ARQUITECTURA. Disponível em: <https://www.plataformaarquitectura.cl/cl/02-5937/parque-biblioteca-leon-de-grieffgiancarlo-mazzanti>. Acesso em: 07 abr. 2019. Modificado pela autora.

FIGURA 84 - Acesso aos espaços internos da biblioteca parque FONTE: PLATAFORMA ARQUITECTURA. Disponível em: <https://www.plataformaarquitectura.cl/cl/02-5937/parque-biblioteca-leon-degrieff-giancarlo-mazzanti>. Acesso em: 07 abr. 2019.

FIGURA 86 - Área da biblioteca, bloco central FONTE: PLATAFORMA ARQUITECTURA. Disponível em: <https://www.plataformaarquitectura.cl/cl/02-5937/parque-biblioteca-leon-de-grieffgiancarlo-mazzanti>. Acesso em: 07 abr. 2019.

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A TOPOGRAFIA

FIGURA 87 - A topografia do terreno - Biblioteca Parque León de Grieff FONTE: PLATAFORMA ARQUITECTURA. Disponível em: <https://www.plataformaarquitectura.cl/cl/02-5937/parque-biblioteca-leon-de-grieffgiancarlo-mazzanti>. Acesso em: 07 abr. 2019. Modificado pela autora.

Com o declive de aproximadamente 12 metros, os blocos foram encaixados no terreno. Houve cortes no terreno para que isso acontecesse. A disposição dos blocos no terreno inclinado permitiu a inserção do mirante no plano de necessidades, dessa forma o projeto se destaca na área não apenas pela forma, mas também pelos usos.

A ADEQUAÇÃO CLIMÁTICA No estudo de insolação pode-se perceber que as fachadas que mais recebem raios solares diretos são cegas, bloqueando a entrada dos mesmos na edificação. Além disso existem brises nas fachadas superiores vedadas por vidros - oeste -, de forma estratégica minimizando o impacto do sol nos ambientes.

LEGENDA SOLSTÍCIO DE INVERNO EQUINÓCIOS SOLSTÍCIO DE VERÃO

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FIGURA 88 - Estudo de insolação - Biblioteca Parque León de Grieff FONTE: PLATAFORMA ARQUITECTURA. Disponível em: <https://www.plataformaarquitectura.cl/cl/02-5937/parque-biblioteca-leon-degrieff-giancarlo-mazzanti>. Acesso em: 07 abr. 2019. Modificado pela autora.

Se tratando da ventilação, acontece um sistema natural de circulação de ar cruzados. A solução aproveita o fato da edificação posicionada do lado leste abaixo do nível do solo, dessa forma, existem tubos coletando o ar superior e o resfriando por condensação, assim o ar quente é carregado pelo frio proporcionando ambientes frescos para a biblioteca (ARQA, 2009; PLATAFORMA ARQUITECTURA, 2008). No lado oeste, além de contar com os brises, os blocos são vedados por panos de vidro perfurados gerando ventilação nos ambientes internos.

No nível mais baixo, a proteção solar é garantida com as saliências das lajes superiores. A entrada de luz na praça inferior acontece por duas aberturas no piso da praça superior, dessa forma a luz direta pode ser distribuída no espaço interno.

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FIGURA 89 - Fachada oeste com os brises FONTE: PLATAFORMA ARQUITECTURA. Disponível em: <https://www.plataformaarquitectura.cl/cl/02-5937/parque-biblioteca-leon-degrieff-giancarlo-mazzanti>. Acesso em: 07 abr. 2019.

FIGURA 90 - Panos de vidro perfurados para ventilação FONTE: PLATAFORMA ARQUITECTURA. Disponível em: <https://www.plataformaarquitectura.cl/cl/02-5937/parque-biblioteca-leon-degrieff-giancarlo-mazzanti>. Acesso em: 07 abr. 2019.

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FIGURA 91 - Abertura para iluminação e ventilação na praça inferior FONTE: PLATAFORMA ARQUITECTURA. Disponível em: <https://www.plataformaarquitectura.cl/cl/02-5937/parque-biblioteca-leon-de-grieffgiancarlo-mazzanti>. Acesso em: 07 abr. 2019.


A ESTRUTURA

O sistema estrutural é composto por materiais de alta resistência, fácil de manusear e duráveis, são eles: o concreto armado e metal. Os três blocos têm as suas estruturas independentes uns dos outros e da praça inferior. A praça é formada por uma grade de metal recheadas de concreto e uma parede de retenção em pedra e gabião de concreto, além dos pilares dispostos ritmicamente no plano (ARQA, 2009; PLATAFORMA ARQUITECTURA, 2008).

FIGURA 92 - Disposição dos pilares - Biblioteca Parque León de Grieff

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FONTE: PLATAFORMA ARQUITECTURA. Disponível em: <https://www.plataformaarquitectura.cl/cl/02-5937/parque-biblioteca-leon-de-grieffgiancarlo-mazzanti>. Acesso em: 07 abr. 2019. Modificado pela autora.

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5.4 A BIBLIOPARQUE DAVID SANCHEZ JULIAO

LEGENDA FIGURA 93 - Biblioparque David Sanchez Juliao FONTE: ARCH DAILY. Disponível em: <https://www.archdaily.mx/mx/755568/biblioparque-david-sanchez-juliao-plusa662-arquitectos>. Acesso em: 08 abr. 2019.

FICHA TÉCNICA Localização: Córdoba, Colômbia Ano do projeto: 2013 Área de intervenção: 1320.0 m2 Arquitetura: +A662 Arquitectos

BIBLIOPARQUE DAVID SANCHEZ JULIAO INSTITUTO COLOMBIANO DE BIENESTAR FAMILIAR - ICBF IGREJA COLÉGIO JUAN XXIII

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FIGURA 94 - Localização Biblioparque David Sanchez Juliao FONTE: GOOGLE EARTH. Acesso em: 08 abr. 2019. Modificado pela autora.

O projeto está localizado em um local carente em característica social e física. A proposta foi levar uma nova centralidade com base na educação e convívio social, além da biblioteca, o local de inserção conta com um colégio, um ponto do Instituto Colombiano de Bienestar Familiar - ICBF, uma igreja, além de espaços públicos, todos em construção. A forma em "V", marcando o tecido e se diferenciando das edificações do entorno, apresenta no total três volumes que abrigando um múltiplo programa de necessidades, entre eles: a biblioteca, café, auditório e oficinas. O volume maior conta com três níveis pisos, enquanto os outros dois, apenas o piso térreo.

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OS AMBIENTES

LEGENDA TEATRO ABERTO PRAÇA

FIGURA 95 - Vista de cima dos volumes da Bibioparque David Sanchez Juliao FONTE: ARCH DAILY. Disponível em: <https://www.archdaily.mx/mx/755568/biblioparquedavid-sanchez-juliao-plus-a662-arquitectos>. Acesso em: 08 abr. 2019.

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FIGURA 97 - Setorização Implantação - Biblioteca Parque León de Grieff FONTE: ARCH DAILY. Disponível em: <https://www.archdaily.mx/mx/755568/biblioparque-david-sanchez-juliao-plusa662-arquitectos>. Acesso em: 08 abr. 2019. Modificado pela autora.

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Os espaços externos são dedicados a ilhas verdes, com praças que distribuem atividades no lado leste principalmente. Os espaços permitem atividades diversas e pontos de encontro e pequenas reuniões.

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FIGURA 96 - Indicação dos pisos Bibioparque David Sanchez Juliao FONTE: ARCH DAILY. Disponível em: <https://www.archdaily.mx/mx/755568/biblioparquedavid-sanchez-juliao-plus-a662-arquitectos>. Acesso em: 08 abr. 2019. Modificado pela autora.

Os volumes foram trabalhados de modo a melhorar o conforto climático dos espaços internos. No maior volume a cobertura inclinada trabalha com telhado verde, o isolando termicamente, além do sistema de coleta de água pluvial. Assim o edifício colabora com a sustentabilidade consumindo menos energia elétrica e usando a água da chuva na manutenção do mesmo. Os outros dois blocos têm sua cobertura com telhas cobertas termo acústicas.

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LEGENDA SERVIÇOS ÁREA DE ESTAR CIRCULAÇÃO VERTICAL AUDITÓRIO CAFÉ PRAÇA BIBLIOTECA/LUDOTECA ÁREA TÉCNICA ÁREA DIDÁTICA ACESSO

PLANTA ARQUITETÔNICA PISO 01

FIGURA 98 - Setorização Primeiro Piso - Biblioparque David Sanchez Juliao FONTE: ARCH DAILY. Disponível em: <https://www.archdaily.mx/mx/755568/biblioparque-david-sanchez-juliao-plusa662-arquitectos>. Acesso em: 08 abr. 2019. Modificado pela autora.

O volume principal conta com três níveis diferentes, o subsolo usa parte do nordeste, ocupando apenas parte da projeção do volume, é destinado a área técnica. O primeiro piso está localizado a biblioteca, ludoteca e as áreas de atendimento, além de uma praça aberta permitindo estar dos usuários. O segundo piso conta com a administração da biblioteca parque, uma emissora de rádio local, videoteca, espaço para uso da internet de maneira interativa e os ambientes de suporte a essas áreas. O volume central apresenta apenas um piso e nele abriga o auditório. Assim como no volume central, o último volume apresenta apenas um piso com o café e salas de oficinas. FIGURA 99 - Espaço de leitura FONTE: ARCH DAILY. Disponível em: <https://www.archdaily.mx/mx/755568/biblioparquedavid-sanchez-juliao-plus-a662-arquitectos>. Acesso em: 08 abr. 2019.

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LEGENDA CIRCULAÇÃO VERTICAL ADMINISTRAÇÃO ESTAÇÃO DE RÁDIO SERVIÇOS VIDEOTECA PLANTA ARQUITETÔNICA PISO 02

FIGURA 102 - Auditório - Biblioparque David Sanchez Juliao FONTE: ARCH DAILY. Disponível em: <https://www.archdaily.mx/mx/755568/biblioparque-david-sanchez-juliao-plusa662-arquitectos>. Acesso em: 08 abr. 2019.

FIGURA 100 - Setorização Segundo Piso - Biblioparque David Sanchez Juliao FONTE: ARCH DAILY. Disponível em: <https://www.archdaily.mx/mx/755568/biblioparquedavid-sanchez-juliao-plus-a662-arquitectos>. Acesso em: 08 abr. 2019. Modificado pela autora.

A TOPOGRAFIA

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FIGURA 103 - A inserção no terreno FONTE: ARCH DAILY. Disponível em: <https://www.archdaily.mx/mx/755568/biblioparque-david-sanchez-juliao-plusa662-arquitectos>. Acesso em: 08 abr. 2019.

FIGURA 101 - Espaços externos FONTE: ARCH DAILY. Disponível em: <https://www.archdaily.mx/mx/755568/biblioparquedavid-sanchez-juliao-plus-a662-arquitectos>. Acesso em: 08 abr. 2019.

Os volumes estão inseridos no terreno e são trabalhados com topografia operacional, onde no principal volume, a cobertura é vegetada podendo ser acessada pelos usuários e muitas vezes por animais que buscam a grama para alimento. A contenção do solo em determinados pontos acontece por meio de gabiões.

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FIGURA 104 - Contenção do solo em gabião FONTE: ARCH DAILY. Disponível em: <https://www.archdaily.mx/mx/755568/biblioparque-david-sanchez-juliao-plusa662-arquitectos>. Acesso em: 08 abr. 2019.

A ADEQUAÇÃO CLIMÁTICA

LEGENDA COBERTURA VERDE COBERTURA TERMOACUSTICA TANQUE RESERVA DE ÁGUA PRECIPITAÇÃO DAS ÁGUAS PLUVIAIS PRECIPITAÇÃO DA IRRIGAÇÃO

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FIGURA 105 - Esquema de cobertura

Como mostra o esquema ao lado, as coberturas dos volumes trabalham de forma a ressaltar a sustentabilidade. A água da chuva é captada e direcionada a reservatórios, posteriormente usado na manutenção da edificação, como a irrigação do telhado verde. Na figura 107 é possível notar a incidência solar mais predominante na fachada sul, sendo essas protegidas por brises. O controle da entrada de raios solares nos espaços internos se dá por ripas de madeira laminada dispostas verticalmente, a madeira deixa o volume com uma aparência diferente do seu entorno. Além das aberturas, a ventilação se dá também pela praça aberta.

FONTE: ARCH DAILY. Disponível em: <https://www.archdaily.mx/mx/755568/biblioparquedavid-sanchez-juliao-plus-a662-arquitectos>. Acesso em: 08 abr. 2019.

FIGURA 106 - Brises - Biblioparque David Sanchez Juliao FONTE: ARCH DAILY. Disponível em: <https://www.archdaily.mx/mx/755568/biblioparquedavid-sanchez-juliao-plus-a662-arquitectos>. Acesso em: 08 abr. 2019.

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LEGENDA

FIGURA 108 - Disposição dos pilares na malha- Biblioparque David Sanchez Juliao

SOLSTÍCIO DE INVERNO EQUINÓCIOS SOLSTÍCIO DE VERÃO

10m

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FIGURA 107 - Estudo de insolação - Biblioparque David Sanchez Juliao

FONTE: ARCH DAILY. Disponível em: <https://www.archdaily.mx/mx/755568/biblioparque-david-sanchez-juliao-plusa662-arquitectos>. Acesso em: 08 abr. 2019. Modificado pela autora.

FONTE: ARCH DAILY. Disponível em: <https://www.archdaily.mx/mx/755568/biblioparquedavid-sanchez-juliao-plus-a662-arquitectos>. Acesso em: 08 abr. 2019. Modificado pela autora.

A ESTRUTURA E OS MATERIAIS A estrutura se baseia em um material, o concreto. As paredes de gabião são estruturas que contém o solo. As disposições dos pilares são em malha, de forma rítmica. Os materiais usados no projeto são cimento polido nos pisos, tijolos de concreto nas paredes, vidros nas janelas e algumas portar, além das ripas de madeira, sendo os brises conectados com pequenas chapas de metal. FIGURA 109 - Pilares e paredes do auditório FONTE: ARCH DAILY. Disponível em: <https://www.archdaily.mx/mx/755568/biblioparque-david-sanchez-juliao-plusa662-arquitectos>. Acesso em: 08 abr. 2019.

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FIGURA 110 - Brises de madeira com chapas de metal FONTE: ARCH DAILY. Disponível em: <https://www.archdaily.mx/mx/755568/biblioparque-david-sanchez-juliao-plusa662-arquitectos>. Acesso em: 08 abr. 2019.

FIGURA 112 - Entradas da Biblioparque David Sanchez Juliao FONTE: ARCH DAILY. Disponível em: <https://www.archdaily.mx/mx/755568/biblioparquedavid-sanchez-juliao-plus-a662-arquitectos>. Acesso em: 03 jun. 2019. FIGURA 111 - Vigas e Pilares externos FONTE: ARCH DAILY. Disponível em: <https://www.archdaily.mx/mx/755568/biblioparque-david-sanchez-juliao-plusa662-arquitectos>. Acesso em: 07 out. 2019.

82


Após os estudos realizados nas referências projetuais, foi determinado com base nos mesmos o programa de necessidades do projeto a ser elaborado, com uma prévia metragem quadrada e layout. Também foi determinada a disposição e inserção dos volumes na topografia do terreno e parte da estrutura, onde pretende-se usar laje alveolares protendidas para o alcance de maiores vãos além de "rasgos" vedados por vidros em pontos dos volumes para a iluminação dos ambientes internos, pretende-se também usar vigas e pilares prémoldados de modo que haja racionalização de materiais e menos desperdícios. As referências ainda criaram uma base inicial para relacionar o parque com os volumes no terreno, a ideia é criar pátios que integrem a edificação ao parque, onde esses sejam convidativos tanto para acesso aos ambientes internos e externos. O acesso ao mirante é proposto de forma natural, assim como o pátio e mirante da Biblioteca Parque Léon de Grieff e acesso ao telhado verde da Biblioparque David Sanchez Juliao. Os estudos desses projetos foram de extrema importância para que pudessem ser determinados parte do conceito do produto final, além de ajudar nas escolhas de elementos importantes para determinado projeto.

83



06

estudo


6.1 O PARTIDO ARQUITETÔNICO O CIRCUITO CULTURAL O partido se dá pelas conexões dos equipamentos culturais locados na cidade e a criação de ambientes que unam lazer e aprendizado em um único local, assim atraindo a população através de sua implantação, tornando a área um marco na cidade. No total Batatais conta com seis equipamentos culturais que envolvem alguma atividade para a comunidade, mesmo que essa não apresente qualidade suficiente para o mesmo. O primeiro equipamento pontuado para o circuito é a Biblioteca Pe. Elias Leite. Mesmo sendo propriedade privada, a biblioteca concede acesso a toda população estudantil da cidade. A inserção no circuito tem o objetivo de dar visibilidade a mesma, já que grande parte da população não tem o conhecimento do equipamento. Sendo apenas para estudantes, a biblioteca oferece um acervo limitado a interesses universitários, fazendo necessário a implantação de um local que possa disponibilizar um acervo ilimitado a todos. A antiga linha férrea hoje abriga o museu histórico e pedagógico Dr. Washington Luís e a biblioteca Dr. Altino Arantes, hoje interditada. O museu abriga peças antigas dos anos 50 aos anos 90, essas variam entre vestes de pessoas que foram importantes para o município até máquina de linótipo. A proposta visa reabrir a biblioteca, mantendo o acervo existente ali, e manter o funcionamento do museu, o tornando mais visível a população. . Um outro equipamento que será incluso no circuito é o Teatro municipal, esse responsável por exibir peças de teatro na cidade, além de determinadas apresentações de dança e escolares. O teatro também é local onde há aula de ballet em alguns dias da semana e palco das formaturas de escolas de ensino fundamental e médio. A inserção do equipamento será um ponto que reforça a ideia do circuito cultural, já que é o equipamento que propaga cultura mais conhecido da cidade.

86

Em sequência, o Centro cultural Fernando Faro, onde desenvolve atividades de teatro e artes para crianças e jovens. De iniciativa privada, o centro cultural surgiu em memória e homenagem a Fernando Faro, professor de artes e uma das pessoas mais responsável por propagar cultura e educação na cidade. O centro é locado em um edifício pequeno e ajustado ao uso. A proposta visa manter o centro com atividades de artes gráficas levando as atividades de teatro e artes visuais para o novo projeto da biblioteca, acolhendo um segundo ponto do centro cultural Fernando Faro, este, com ambientes próprios e qualificados para devidas atividades. A Igreja Matriz Bom Jesus da Cana Verde é mais um ponto adicionado no circuito cultural, com uma arquitetura neoclassica, a igreja abriga o maior acervo de obras sacras do artista Cândido Portinari, além do altar-mor que se tornou um monumento iconográfico no interior da edificação. Já sendo marco turístico no município, a proposta tende reforçar a ligação cultural da igreja com os outros equipamentos. Por fim, o Centro Cultural Sergio Laurato. Este adaptado para seu uso, era uma escola e nos dias atuais é responsável por desenvolver aulas de música como clarinete, contrabaixo, coral juvenil, flauta transversal, percussão, saxofone, trombone, trompete, viola, violino e violoncelo, além de receber algumas exposições pontuais durante o ano. O novo projeto visa dar suporte a esse projeto com aula de outros instrumentos e salas qualificadas para tal, sem interferir nas atividades já realizadas no equipamento. . Fechando o circuito cultural, está o novo projeto proposto, a biblioteca parque, que propõe desenvolver atividades educacionais e culturais, além de oferecer lazer a população um acervo extenso e um parque que acolherá ambientes qualificados. O objetivo do circuito cultural é dar maior visibilidade aos equipamentos já existentes na cidade em vista que a população não tem conhecimento desses. A ligação pretende ser dada por transporte público, sendo assim acessível a todos. A ideia é que os equipamentos possam se completar, sendo modos de dissipação da cultura e educação para a população batataense e região.


O PROJETO A proposta arquitetônica é dada a partir das características da área e os meios de circulação. O nordeste tem uma paisagem que pode ser valorizada pela edificação, dessa forma a implantação de um mirante para contemplação será feito, além disso o ambiente receberá incidência solar matinal, qualificando o espaço.

0

155m

FIGURA 113 – Relação do entorno com o edifício - paisagem valorizada com inserção de mirante FONTE: Autora, 2019.

LEGENDA CENTRO CULTURAL LIGAÇÃO POR TRANSPORTE PÚBLICO MAPA 11 – Circuito Cultural FONTE: Autora, 2019.

0

1560m

TERRENO DE INTERVENÇÃO RODOVIÁRIA

Outra vertente que marca uma das direções do partido é a circulação. Sendo um terreno extenso, locado em uma área de grande fluxo de veículos e pedestres, a circulação é um ponto importante para ser levado em consideração. Pontuadas as vias de maior fluxo de pedestres e veículos, a circulação principal é traçada de modo a favorecer os pedestres, sendo assim, a circulação principal

87


no terreno é marcada entre as três vias de acesso como mostra na figura 114.

LEGENDA

0

155m

FLUXO ALTO DE PEDESTRES FLUXO ALTO DE AUTOMÓVEIS FLUXO MÉDIO DE AUTOMÓVEIS CIRCULAÇÃO PRINCIPAL FIGURA 114 – Relação do entorno com a circulação principal FONTE: Autora, 2019.

Por último, o projeto será concebido de forma a valorizar o desnível do terreno, sem grandes interferências e sendo inseridos nos alinhamentos das curvas de níveis. . A topografia operativa será trabalhada para que o acesso ao mirante proposto seja possível mesmo quando o equipamento estiver fechado, além de ser uma maneira de usar a arquitetura como forma convidativa a quem passa por ali.

88

Sendo a proposta tornar a biblioteca um marco de encontro e referência na cidade, a volumetria será trabalhada para que seja diferente do entorno. Além dos pontos levantados para a concepção do partido do projeto, serão considerados os estudos de ventilação e insolação, ruídos provindos da via de grande fluxo e acessibilidade em todas áreas do projeto, além de ressaltar os espaços verdes.


6.2 O PROGRAMA DE NECESSIDADES

Para a definição do programa de necessidades do equipamento, foram levados em conta a pesquisa levantada com a população, as referências projetuais selecionadas, assim como a necessidade de qualificar a área de implantação e o equipamento que será projetado. O programa foi dividido da seguinte forma:

ADMINISTRATIVO

AMBIENTE

QUANT.

Coordenação

01

34,94 m²

Diretor Geral

01

12,31 m²

Catalogação e Manutenção Depósito de Materiais I Depósito de Materiais II

01

58,32 m²

01 01

11,65 m² 14,88 m²

Sala de Reuniões

01

38,38 m²

ANEXOS

Café

01

220,13 m²

Auditório

01

892,11 m²

Xerox

01

23,94 m²

Espaço de Exposição

02

516,53 m²

Uso restrito aos funcionários com mesas para trabalho e arquivos de documentos . - Destinado a administração geral da biblioteca parque. Ambiente equipado com mesa de trabalho - Local responsável pelo controle da biblioteca parque. Destinado a catalogação das obras antes da liberação ao acervo e manutenção das mesmas. Para deposito de equipamentos e materiais do auditório. Para deposito de equipamentos do cinema/auditório externo. Uso restrito a funcionários - Ambiente equipado com uma grande mesa, televisor e armários .

Ambiente destinados a pequenas reuniões, encontros e cafés com puffs, mesas, sofás e poltronas. Ambiente para 224 pessoas com camarins, backstage e foyer. Ambiente destinado a cópias e impressões com impressoras e copiadoras. Destinado a receber exposições.

1.652,71 m²

TOTAL Hall Sala Multifuncional Sala de Estudo em Grupo

02

163,98 m²

02 01

214,77 m² 62,71 m²

Sala de Estudo Individual

01

62,81 m²

TOTAL

DESCRIÇÃO

170,47 m²

TOTAL

PERMANÊNCIA

ÁREA APROX.

Ambiente destinado a diversas funções com mesas e quadros . Destinado a estudo com mesas de grupo. Destinado a estudo com cabines individuais equipadas com pontos de luz.

504,27 m² 89


ÁREA EDUCACIONAL

AMBIENTES

QUANT.

Acervo Geral Acervo Infantil

01 01

Acervo Infanto-Juvenil Acervo Revista/Jornais Acervo Audiovisual Acervo Técnico Acervo Braile Sala de Informática Sala de Oficinas Brinquedoteca Gibiteca

01 01 01 01 01 02 01 01 01

Sala de Midia

01

207,32 m² 169,66 m² 326,45 m² 135,86 m² 206,57 m² 215,94 m² 148,41 m² 136,74 m² 145,62 m² 265,02 m² 133,31 m² 441,31 m²

EXTERNO

Parque

01

31.470 m²

Mirante Estacionamento

01 01

1.785,14 m² 977,17 m²

Ambiente equipado com computadores para uso livre. Destinado a produção de objetos e/ou artes. Espaço equipado com brinquedos que estimulam a criança. Ambiente equipado com computadores, dvd’s, televisores, rádios, gravadores e mesas.

Ambientes destinados a permanência, encontros e lazer - Com bancos, espelhos d’água espaço para teatro e cinema aos ar livre, além de fontes interativas, áreas verdes bem arborizadas qualificando o espaço externo. Destinado a estar e contemplação Estacionamento para 47 vagas.

34.232,31 m²

TOTAL

SERVIÇOS

-

2.532,21 m²

TOTAL

Copa - Funcionários

01

30,68 m²

Vestiário - Funcionários

02

15,26 m²

Sanitários e Fraldário Depósito Mat. Limpeza

09 02

250,12 m² 31,25 m²

Depósito de Lixo

01

10,52 m²

TOTAL TOTAL DOS AMBIENTES (SEM CONTABILIZAR O PARQUE) TOTAL DOS AMBIENTES (CONTABILIZANDO O PARQUE)

90

DESCRIÇÃO

ÁREA APROX.

Espaço para permanência, descanço e alimentação dos funcionários, com fogão, microondas, geladeira, pia, bancada e sofás. Uso restrito a funcionários - Ambientes divididos em cabines masculina e feminina. Divididos em masculino e feminino. e familiar. Espaço para depósito de materiais com tanque. Coletores de lixos espalhados pelo equipamento e coletores seletivos Depósito central.

338,19 m² 7.955,39 m² 39.426,16 m²


TABELA DE VIABILIDADE TOTAL ÁREA DE INTERVENÇÃO PARÂMETROS TAXA DE OCUPAÇÃO COEFICIENTE DE APROVEITAMENTO

36.832 m² PERMITIDO

APLICADO

80 % - 29.465,60 m²

13,52 % - 4.980,57 m²

2 - 73.664 m²

5.886,44 m²

91


6.3 O ORGANOGRAMA

EDUCACIONAL acervo revistas/jornais acervo técnico acervo geral

ANEXOS espaço de exposições pátio

hall de serviço

depósitos

copa vestuário dep. de lixo coordenação diretoria sala reuniões

92

ANEXOS EXTERNO cinema/teatro

catalogação manutenção

café xerox


EDUCACIONAL

EDUCACIONAL

gibiteca

acervo infantil acervo infanto-juvenil

sala de oficinas informática sanitários fraldário

brinquedoteca

EXTERNO sanitário

mirante hall

ANEXOS espaço de exposição

PEMANÊNCIA sala multifuncional salas de estudo

ANEXOS auditório

EDUCACIONAL camarins

acervo audio-visual acervo braile sala multifuncional

back stage

93


6.4 O FLUXOGRAMA Os ambientes foram dispostos em quatro blocos de forma a se integrarem um ao outro conforme suas funções e de forma livre para a circulação. O primeiro bloco é destinado somente ao auditório, podendo ser acessado independentemente. O segundo bloco está disposto parte do acervo da biblioteca, voltados a assuntos mais técnicos e adultos, além disso estão locadas as salas de estudos, informática, oficinas e parte do café/livraria com apoio de uma xerox. O bloco 03 abriga predominantemente o setor administrativo e grande parte dos serviços, tendo parte disposto para exposições e apoio ao cinema/auditório externo. No pavimento superior estão os acervos infantis e juvenis, parte do café/livraria, além de um segundo espaço para exposições e o acervo audiovisual, braile, oficinas e sala de mídia. É nesse pavimento onde acontece o acesso para o mirante.

SALA DE ESTUDO EM GRUPO SALA DE ESTUDO INDIVIDUAL

SALA MULTIFUNCIONAL ACERVO REVISTAS/ JORNAIS

SANITÁRIOS ACERVO TÉCNICO

SALA DE INFORMATICA ACERVO GERAL

SALA DE INFORMATICA

camarins

BLOCO 01 94

XEROX

foyer

AUDITÓRIO

back stage

SALA DE OFICINAS

BLOCO 02

CAFÉ


TEATRO / CINEMA

CATALOGAÇÃO

SALA DE MÍDIA

SALA MULTIFUNCIONAL

MANUTENÇÃO

ACERVO AUDIOVISUAL

ACERVO BRAILE

COORDENAÇÃO

COPA FUNCIONÁRIOS

ESPAÇO DE EXPOSIÇÃO

ESPAÇO DE EXPOSIÇÃO

VESTIÁRIO

DIRETOR GERAL

FRALDÁRIO MIRANTE

HALL

DEPÓSITO DE LIXO

SALA REUNIÕES

PÁTIO ACERVO INFANTIL

SANITÁRIOS HALL DE SERVIÇO

HALL

ACERVO INFANTO JUVENIL

RECEPÇÃO BRINQUED. GUARDA VOLUMES

BLOCO 03

GIBITECA

BLOCO SUPERIOR 95


6.5 O PLANO DE MASSAS Após a definição do programa de necessidades e a disposição dos ambientes e suas conexões entre si, os primeiros estudos de plano de massas foi realizado. A princípio a ideia foi agrupar os ambientes em um único bloco, com os ambientes posicionados em diferentes níveis e podendo ser acessado de diversos locais. A ideia visou concentrar as atividades próximas umas das outras facilitando o deslocamento entre os ambientes. A ideia foi se moldando conforme o estudo foi evoluindo. Com um único bloco inserido no terreno, a idealização da interação entre edifício e parque seria bloqueada e incerta de acontecer, além disso, o edifício poderia se tornar uma barreira na passagem de pessoas. Pensando nisso e em outras possibilidades, foram realizados novos estudos. FIGURA 115 – Primeiro estudo de massas - Térreo

0

10

40m

0

10

40m

FONTE: Autora, 2019.

LEGENDA PERMANÊNCIA ANEXOS EDUCACIONAL EXTERNO SERVIÇOS ADMINISTRATIVO FIGURA 116 – Primeiro estudo de massas - Piso 01 FONTE: Autora, 2019.

96


Os estudos secundários começaram a ser desenvolvidos com a fragmentação do único bloco, o separando em atividades relacionadas e criando pátios de integração entre o parque e o edifício e abrindo eixos de circulação nesses espaços. Os volumes foram dispostos no terreno com a fachada principal para o oeste, qualificando o espaço destinado ao mirante, que além de proporcionar o visual do horizonte da cidade, possibilitará um espaço de descanso e estar. O mirante será disposto na cobertura do volume central, este sendo implantado no terreno em um nível intermediário, possibilitando o acesso natural ao mirante na cota mais alta do terreno. O volume superior será perpendicular aos volumes inferiores, transpassando uns aos outros e se apoiando nos volumes laterais criando assim um pórtico no volume central. FIGURA 117 – Estudo secundário de massas - Térreo

0

10

40m

FONTE: Autora, 2019.

LEGENDA PERMANÊNCIA ANEXOS EDUCACIONAL EXTERNO SERVIÇOS ADMINISTRATIVO LIGAÇÃO DAS VIAS FLUXOS DE PEDESTRES FIGURA 118 – Estudos secundários de massas - Piso 01

0

10

40m

FONTE: Autora, 2019.

97


O PLANO DE MASSAS FINAL

LEGENDA FLUXOS DE PEDESTRES LIGAÇÃO DAS VIAS ADMINISTRATIVO EDUCACIONAL PERMANÊNCIA SERVIÇOS EXTERNO ANEXOS

TÉRREO ESC: 1/1500

98


LEGENDA EDUCACIONAL PERMANÊNCIA SERVIÇOS EXTERNO ANEXOS

PISO 01 ESC: 1/1500

99


6.6 OS ESTUDOS PRIMEIROS ESTUDOS ESQUEMÁTICOS

ESQUEMA DE IMPLANTAÇÃO 0

10

40m

FIGURA 119 – Primeiros esquemas de Implantação FONTE: Autora, 2019.

100


ESQUEMA FRONTAL

ESQUEMA BLOCO 03 SUDOESTE

ESQUEMA BLOCO CENTAL LATERAL FIGURA 120 – Primeiros esquemas dos Volumes FONTE: Autora, 2019.

101


ESTUDOS ESQUEMÁTICOS SECUNDÁRIOS Os estudos secundários complementaram o projeto com o parque no entorno das edificações, foi criado platôs para vencer o vão de 14 metros, com ambientes de permanência, lazer, passagem, encontro e ócio. Houveram algumas alterações nas volumetrias pela mudança na configuração dos ambientes internos. As fachadas em concreto aparente receberia "adornos" em madeira servindo não só para a estética, mas também para o conforto ambiental, sendo esses adornos, brises verticais.

0

102

10

40m

FIGURA 121 – Estudo secundário de Perspectiva

FIGURA 122 – Estudo secundário de Implantação

FONTE: Autora, 2019.

FONTE: Autora, 2019.


FIGURA 123 – Estudo de configuração de ambientes - Bloco superior (sem escala) FONTE: Autora, 2019.

FIGURA 126 – Estudo de configuração de ambientes - Bloco administrativo / exposições (sem escala) FONTE: Autora, 2019.

FIGURA 124 – Estudo de configuração de ambientes - Bloco central (sem escala) FONTE: Autora, 2019.

FIGURA 125 – Estudo de volume - Bloco central, mirante FONTE: Autora, 2019.

FIGURA 127 – Estudo de configuração de ambientes - Bloco auditório (sem escala) FONTE: Autora, 2019.

103


OS ESTUDOS VOLUMÉTRICOS Os estudos volumétricos em massa ajudaram na visualização dos jogos de volumes no terreno e em relação ao entorno "edificado". Foi possível ajustar determinados detalhes onde só foram possíveis notar ao produzir o volume. A forma inicial segue sua função e cria um jogo de cheios e vazios, convidando os usuários do edifício ao lado externo e aos usuários e pessoas de passagem no parque são atraídos ao edifício, seja no seu pátio externo ou nos espaços internos.

FIGURA 129 – Estudo de massas volumétrico - Vista do Nordeste FONTE: Autora, 2019.

104

FIGURA 128 – Estudo de massas volumétrico - Vista superior

FIGURA 130 – Estudo de massas volumétrico - Vista do Leste

FONTE: Autora, 2019.

FONTE: Autora, 2019.


FIGURA 133 – Estudo volumétrico eletrônico - Vista superior do nordeste FIGURA 131 – Estudo volumétrico físico - Vista superior

FONTE: Autora, 2019.

FONTE: Autora, 2019.

FIGURA 132 – Estudo volumétrico físico - Visão do oeste

FIGURA 134 – Estudo volumétrico eletrônico - Mirante sob pórtico

FONTE: Autora, 2019.

FONTE: Autora, 2019.

105


6.7 A SETORIZAÇÃO

LEGENDA

27 28 11 12 20

26 13 16 17

14 15

19 1

18

22

4 23

24 25

6

10 21

7 8

9

29

LEGENDA PERMANÊNCIA ANEXOS EDUCACIONAL EXTERNO SERVIÇOS ADMINISTRATIVO ESC: 1/1500 TÉRREO

106

2

3 5

01 SANITÁRIOS 02 DEPÓSITO I 03 DEP. LIXO 04 COORDENAÇÃO 05 SALA DIRETOR GERAL 06 COPA FUNCIONÁRIOS 07 VESTIÁRIO FUNCIONÁRIOS 08 SALA DE REUNIÕES 09 CATALOGAÇÃO E MANUTENÇÃO 10 ESPAÇO DE EXPOSIÇÃO I 11 SALA DE ESTUDO INDIVIDUAL 12 SALA DE ESTUDO EM GRUPO 13 SALA MULTIFUNCIONAL I 14 SANITÁRIO MASCULINO 15 SANITÁRIO FEMININO 16 DEP. DE MATERIAIS DE LIMPEZA 17 SANITÁRIO FAMILIA/FRALDÁRIO 18 ACERVO GERAL 19 ACERVO TÉCNICO 20 ACERVO GERAL 21 ACERVO TÉCNICO 22 XEROX 23 SALA DE INFORMÁTICA I 24 SALA DE INFORMÁTICA II 25 SALA DE OFICINAS 26 AUDITÓRIO 27 ÁREA DE PLAYGROUND 28 ÁREA DE PERMANÊNCIA I 29 ÁREA DE PERMANÊNCIA II


LEGENDA

31 33 32

37 34 35

38

36

41

44 42

39

40

30 MIRANTE 31 GIBITECA 32 BRINQUEDOTECA 33 ACERVO INFANTO-JUVENIL 34 ACERVO INFANTIL 35 SANITÁRIO MASCULINO 36 HALL 37 SANITÁRIO FEMININO 38 SANITÁRIO INFANTIL/FRALDÁRIO 39 ACERVO AUDIOVISUAL 40 EXPOSIÇÃO II 41 ACERVO BRAILE 42 SALA MULTIFUNCIONAL II 43 SALA DE MIDIA

43 30

LEGENDA PERMANÊNCIA ANEXOS EDUCACIONAL EXTERNO SERVIÇOS ADMINISTRATIVO ESC: 1/1500 PISO 01

107



07

projeto


7.1 O SISTEMA ESTRUTURAL O sistema estrutural adotado para a edificação é pré moldado misto, unindo fundações do tipo sapata, vigas e pilares metálicos e laje alveolar protendida com apoio da laje maciça moldada in loco em determinados locais. Os pilares retangulares apresentam dimensões de 15x50 cm/20x50 cm e as vigas com dimensões de 20x30 cm, ambos terão cor chumbo pela estética do edifício.

- logo, são mais econômicas. A laje utilizada, alveolar protendida terá 15 cm de altura, vencendo grandes vãos. Daldegan (2016) afirma que esse tipo de laje traz muitas vantagens para a construção, como exemplo: - maior rapidez na execução; - maior qualidade na sua fabricação, já que é industrial; - promoção de uma construção mais limpa; - maiores vão livres se comparadas ao concreto armado.

FIGURA 136 – Esquema de laje alveolar protendida. FONTE: PREFATTO. Disponível em: <http://www.prefatto.com.br/produto/painel-alveolartatu-2>. Acesso em: 02 out. 2019.

STUD BOLT

FIGURA 135 – Estrutura metálica na construção de um prédio. FONTE: ESCOLAENGENHARIA. Disponível em: <https://www.escolaengenharia.com.br/estrutura-metalica/>. Acesso em: 02 out. 2019.

Segundo Pereira (2019), a estrutura metálica apresenta diversas vantagens, sendo elas: - mais esbeltas, consequentemente mais leves, melhorando o uso dos espaços; - maior controle e confiabilidade nas peças, sendo elas fabricadas em industrias; - acabamento mais uniformes podendo agregar na estética do projeto; - promove uma construção mais limpa e sua cadeia de reciclagem já é consolidada; - permitem maiores vão livres se comparadas ao concreto armado;

110

LAJE ALVEOLAR

ARMADURA

VIGA

FIGURA 137 – Esquema de estrutura mista - Viga metálica e Laje alveolar protendida. FONTE: Autora, 2019.


ESQUEMA ESTRUTURAL

Disposição dos pilares

Inserção das vigas

Acréscimo da laje

LEGENDA PILAR VIGA

LAJE ALVEOLAR PROTENDIDA LAJE MACIÇA

FIGURA 138 - Esquema estrutural da Biblioteca. FONTE: Autora, 2019.

111


7.2 OS MATERIAIS O PARQUE Buscando criar um espaço de convívio e encontros, o parque priorizou eixos de circulação que pudessem ser convidativos às atividades internas e externas. Isso utilizou não somente traçados no projeto, mas também a paginação de piso que mesclou placas drenantes mais claras, outras mais escuras, decks de madeira e gramados em diferentes tons de verde.

A escolha do piso drenante se deu pelos benefícios que o mesmo oferece: - o piso oferece aproximadamente 93% de área permeável; - tem fácil instalação dispensando contrapiso; - contribui com a sustentabilidade, colaborando com o ciclo natural da água a deixando chegar até o solo; - é muito resistente.

FIGURA 140 – Piso drenante. FONTE: MOLBRA. Disponível em: <https://molbra.com.br/produtos/piso-drenante>. Acesso em: 14 out. 2019.

LEGENDA PLACA DRENANTE CLARA PLACA DRENANTE ESCURA GRAMADO CLARO GRAMADO ESCURO DECK DE MADEIRA PROJEÇÃO DA COBERTURA DOS VOLUMES FIGURA 139 – Pisos do parque. FONTE: Autora, 2019.

112

FIGURA 141 – Deck de madeira em área externa. FONTE: ARTT PISOS. Disponível em: <http://www.raspadoraarttpisos.com.br/lista/deck-demadeira/deck-de-madeira-sob-medida/decks-de-madeira-rustico-vila-carrao>. Acesso em: 14 out. 2019.


O parque ainda conta com muitas áreas de permanência e lazer, e para essas foram equipadas por mobiliários para atender os usuários. Os bancos de concreto foram inspirados nos modelos das imagens 142 e 143, sendo eles usados da forma que melhor atende o usuário e também em alguns deles conectados a um bicicletário.

Outros mobiliários pensados para os espaços de permanência do parque foram um grande pergolado de metal conversando com a estrutura metálica do edifício, coberto por vegetação para que haja o sombreamento no ambiente criado por ele, e também uma grande rede sob duas grandes árvores, formando um local de repouso.

FIGURA 142 – Inspiração de banco para todo o parque. FONTE: ALVES. Disponível em: <https://www.hometeka.com.br/inspire-se/mobiliario-urbano16-projetos-de-parques-e-pracas-pelo-mundo/>. Acesso em: 15 out. 2019.

FIGURA 144 - Inspiração de pergolado para área de permanência. FONTE: ARTHTECTURAL. Disponível em: <https://www.arthitectural.com/forumarchitects-pte-ltd-new-office-tower-at-78-shenton-way/>. Acesso em: 15 out. 2019.

FIGURA 143 – Inspiração de bancos com bicicletário para alguns pontos do parque. FONTE: PINTEREST. Disponível em: <https://br.pinterest.com/pin/724094446321258595/?nic=1>. Acesso em: 15 out. 2019.

FIGURA 145 - Inspiração de rede para repouso. FONTE: 1001 PALLETS. Disponível em: <https://www.1001pallets.com/palletnature-installation/>. Acesso em: 15 out. 2019.

113


O EDIFÍCIO

O concreto somado ao metal da estrutura e os planos de vidro resultam em uma bela estética, com o auxílio da madeira usada nos brises verticais - para ajuda do conforto ambiental e privacidade nos espaços internos - juntamente com as vegetações criam espaços aconchegantes.

O edifício recebe como principais materiais o concreto, o vidro e o metal. Esses sendo aparentes em sua maior parte da construção, promovendo a funcionalidade e racionalidade na obra.

FIGURA 148 – Cortina de Vidro. FONTE: CONSTRUINDODECOR. Disponível em: <http://construindodecor.com.br/cortina-devidro-vantagens-e-desvantagens/>. Acesso em: 10 out. 2019.

FIGURA 146 – Concreto aparente em edificação. FONTE: ARCHDAILY. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/899192/dicas-para-incorporar-o-concretoaparente-em-seus-projetos>. Acesso em: 10 out. 2019.

FIGURA 147 – Estrutura metálica. FONTE: LAJES Alveolares Puma. Disponível em: <http://www.pumalajesalveolares.com.br/estrutura-pre-moldada-de-concretoabcd-pr-parana-rj-rio-de-janeiro-interior-grande-sao-paulo-litoral-de-sao-paulomg-minas-gerais>. Acesso em: 10 out. 2019.>. Acesso em: 10 out. 2019.

114

FIGURA 149 – Brise vertical de madeira em edifício. FONTE: ECO Front. Disponível em: <https://www.ecofront.eco.br/fotos-madeira-ecologicamadeira-plastica/brise-2/>. Acesso em: 10 out. 2019.


A cobertura dos três volumes conta com o sistema de telhado jardim. A decisão levou em conta as características do local, por ser uma região com o clima marcado de verões quentes e úmidos e invernos quentes e secos, a alternativa visa reduzir a temperatura interna do edifício durante todo o ano (já que suas coberturas receberão insolação direta na maior parte do dia), colaborando com a acústica, além de coletar águas pluviais que serão destinadas a limpeza do edifício e para irrigação dos jardins do parque.

VEGETAÇÃO TERRA TECIDO PERMEÁVEL SISTEMA DE DRENAGEM BARREIRA CONTRA RAÍZES FIGURA 151 - Edificação com telhado verde.

MEMBRANA À PROVA D’ÁGUA

FONTE: POLETTO, Alexandre. Disponível em: <https://www.tuacasa.com.br/telhado-verde/>. Acesso em: 10 out. 2019.

LAJE

Todos os materiais foram pensados e aplicados para que garantissem o conforto ambiental nos espaços internos e externos. FIGURA 150 - Esquema Telhado Jardim. FONTE: POLETTO, Alexandre. Disponível em: <https://www.tuacasa.com.br/telhado-verde/>. Acesso em: 10 out. 2019. Modificado pela autora.

O telhado verde ainda conta com muitos benefícios, como por exemplo: - a manutenção do telhado verde é mais simples comparada ao telhado convencional, tendo maior atenção com as plantas que devem crescer de tempo em tempo; - gera economia com sistemas de ventilação e refrigeração artificial, já que o mesmo evita o acumulo de calor; - ajuda na diminuição da repercussão dos ruídos externos para os ambientes internos; - auxilia na melhoria do ar diminuindo a poluição .

115


7.3 O PROJETO ARQUITETÔNICO A IMPLANTAÇÃO COM COBERTURA Buscando criar um espaço de convívio e encontros, o parque priorizou eixos de circulação que pudessem ser convidativos às atividades internas e externas. Isso utilizou não somente traçados no projeto, mas também a paginação de piso que também criou ambientes no parque mesclando placas drenantes mais claras, outras mais escuras, decks de madeira e gramados em diferentes tons de verdes. Os eixos de circulação mais intensos são marcados por passagem, diminuindo o o percurso que seria feito contornando o lote. Foram dispostos os acessos aos ambientes internos do equipamento nestes eixos, visando a promoção do mesmo e convidando as pessoas a adentrarem a biblioteca parque. As vias que contornam os duas maiores faces do lote são consideradas de trânsito rápido, onde nos cruzamentos destas estão originando os pontos de maior produção de ruídos. A proposta de implantar duas novas vias de trânsito moderado sobre o córrego além de criar nteração do equipamento com o bairro vizinho onde há escolas, também muda o caráter da via Av. José Luís de Oliveira, assim os ruídos gerados no cruzamento desta com a rua Antônio José Buranelli consequentemente diminuem.

Pelo grande desnível existente no lote - 14 metros - (figura 154) os volumes tiveram influência nas suas disposições, assim como na distribuição dos ambientes internos e externos, levando em conta suas características e as do entorno. O parque tem sua configuração dada por diversos platôs que seguem o desenho da curva de nível do terreno, conseguindo vencer o desnível de forma que seus elementos não se tornem barreira visual entre o ponto mais alto e o ponto mais baixo. Por todo o espaço externo existem áreas livres que podem ser utilizadas de múltiplas formas não impondo determinado uso, mas também existem alguns ambientes que foram equipados para lazer, interação e permanência (figura 155). Os volumes foram dispostos seguindo o caimento do desnível proporcionando maior funcionalidade dos espaços projetados. A cobertura dos volumes permite que o conforto climático esteja presente nos ambiente internos e externos.

853 838

FIGURA 152 – Indicação de níveis - Corte transversal.

0 5 10 FONTE: Autora, 2019.

116

20m


LEGENDA ÁREA DE LAZER E INTERAÇÃO ÁREA DE PERMANÊNCIA E CONTENPLAÇÃO VIA DE TRÂNSITO RÁPIDO VIA DE TRÂNSITO MODERADO _ MUDANÇA DE CARÁTER RÁPIDO PARA MODERADO VIA DE TRÂNSITO MODERADO _ PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO ÁREA DE MAIOR PRODUÇÃO DE RUÍDO

0 5 10

EIXO DE CIRCULAÇÃO INTENSA

FIGURA 153 – Implantação com Cobertura.

ACESSO AOS AMBIENTES INTERNOS

FONTE: Autora, 2019.

20m

SAÍDA DE EMERGÊNCIA - AUDITÓRIO

117


A IMPLANTAÇÃO COM PAVIMENTO TÉRREO O piso térreo contempla duas cotas de níveis, onde os volumes um e dois estão inseridos na cota 842,30 e o terceiro está inserido na cota 844,75 (figura 156). O primeiro volume se encontra na parte do setor anexo, onde está implantado o auditório do equipamento, com capacidade para 198 pessoas, 194 assentos comuns e 4 assentos PNE. O auditório será independente da biblioteca parque, sendo assim, há área de administração além do hall de entrada e recepção. O volume ainda abriga camarins, copa, bilheteria, sanitários e depósitos de materiais de limpeza e backstage. Além do isolamento acústico trabalhado no espaço de apresentação, o local destinado a apresentações é locado em uma área onde não há muita interferência de ruídos externos. No volume de número 02 estão locados os setores educacional que envolve três dos sete acervos, salas de informática e sala de oficinas, o setor de permanência onde estão as salas de estudo individual e em grupo e a sala multiuso, o setor anexo com o café e o xerox e o setor serviços, agregando os sanitários e o depósito de materiais de limpeza. Esse volume é separado por um eixo de circulação que cria uma praça coberta entre as atividades locadas ali,

844,75

FIGURA 154 – Indicação de níveis e volumes no pavimento térreo - Corte transversal. FONTE: Autora, 2019.

118

é através dessa praça onde se dá os acessos aos ambientes internos. O terceiro bloco reúne os setores anexo, recebendo o principal espaço de exposições, o setor administrativo onde estão locadas a coordenação, sala de reuniões, catalogação e manutenção e por ultimo o setor de serviços, onde estão o depósito de materiais de limpeza, vestiário e copa dos funcionários, depósito e apoio do cinema ao ar livre, sanitários e depósito de lixo. O objetivo nesse pavimento foi dispor ambientes que conversassem entre si e pudessem apoiar uns aos outros, além de se comunicarem com os espaços externos.

842,30

0

5 10

20m


02

03

01

LEGENDA ACESSO AOS AMBIENTES INTERNOS

0

5

10

20m

SAÍDA DE EMERGÊNCIA - AUDITÓRIO MAIOR DISTÂNCIA DA VIA - MENOR INTERFERÊNCIA DE RUÍDOS SETOR - ANEXO SETOR - PERMANÊNCIA

SETOR - SERVIÇOS

FIGURA 155 – Implantação com Pavimento Térreo.

SETOR - EDUCACIONAL

SETOR - ADMINISTRATIVO

FONTE: Autora, 2019.

119


A IMPLANTAÇÃO COM PAVIMENTO MIRANTE O pavimento do mirante se encontra na cota de nível 846,29. Tendo acesso direto pelo parque de forma independente da edificação, esse piso também pode ser acessado pelos usuários que estão no espaço de acervo no bloco central térreo ou que estejam no hall do bloco superior, o acesso é dado por escadas ou elevadores que estão locados em um hall de acesso e circulação intermediário. Da mesma forma em que o mirante pode ser acessado pelos pavimentos térreo e superior de maneira direta, quem está no pavimento do mirante pode se locomover para esses pavimentos sem precisar dar uma grande volta pelo parque para isso.

Como citado, o mirante funciona independentemente da edificação, podendo ser acessado mesmo que o equipamento não esteja em funcionamento. De forma natural, o parque convida ao mirante as pessoas que passam por ali, o trajeto plano acontece pela maior parte do mirante, ao chegar na ponta do mesmo, o elemento ganha rampas e platôs (figura 158) que além de elevar os usuários a até 1,20 metros de altura mais alto, proporcionando maior campo de visão da paisagem, também tem função de acolher os usuários para momentos de lazer, permanência e contemplação .

FIGURA 156 – Indicação de trajeto no mirante - Corte longitudinal.

0 5 10

20m

FONTE: Autora, 2019.

FIGURA 157 – Indicação de volume no pavimento intermediário - Corte transversal.

0 FONTE: Autora, 2019.

120

5 10

20m


0

5

10

20m

LEGENDA ACESSO AO AMBIENTE INTERNO ACESSO AO MIRANTE PONTO MAIS ALTO DO MIRANTE

FIGURA 158 – Implantação com Pavimento Mirante.

HALL DE ACESSO E CIRCULAÇÃO

FONTE: Autora, 2019.

121


A IMPLANTAÇÃO COM PRIMEIRO PAVIMENTO O primeiro piso está localizado na cota 848,74. Podendo ser acessado por dois dos três volumes térreo ou pelo piso do mirante através de escadas e/ou elevadores, o espaço superior conta com as demais porções dos setores presentes no programa de necessidades. O setor educacional, onde está a brinquedoteca, quatro dos sete acervos, sala multifuncional e sala de multimídia, o setor de serviços, recebendo os demais sanitários e fraldário, o setor de permanência, agregando o hall de acesso e espera, e por ultimo o setor anexo com a segunda área de exposições. Os ambientes foram dispostos de forma que pudessem se apoiar uns aos outros. A brinquedoteca está locada junto com o acervo infantil, deixando a criança livre para realizar qualquer atividade que seja de seu interesse em um unico espaço, e ambos espaços estão locados ao lado do acervo infanto-juvenil e gibiteca, assim os ambientes de crianças e adolescentes não são segregados. Em apoio aos espaço infantil e juvenil, está o hall de acesso e espera ligado diretamente aos sanitários feminino e masculino e ao sanitário infantil/fraldário, e em sua extensão está o segundo espaço de exposições com bancos para permanência,

funcionando também como corredor cultural e de acesso para os demais ambientes que estão voltados em sua maioria ao público jovem-adulto, como o acervo de audio, sala multifuncional, sala de multimídia, com espaço para reuniões e o acervo braile.

FIGURA 159 – Indicação de volume no pavimento superior - Corte transversal. FONTE: Autora, 2019.

122

0

5 10

20m


LEGENDA 0

ACESSO AOS AMBIENTES INTERNOS

5

10

20m

SETOR - ANEXO SETOR - PERMANÊNCIA SETOR - EDUCACIONAL

FIGURA 160 – Implantação com Primeiro Pavimento .

SETOR - SERVIÇOS

FONTE: Autora, 2019.

123


7.4 O AUDITÓRIO A ACÚSTICA O bloco destinado ao auditório tem capacidade para receber 198 pessoas, conta com camarins, cabine de som, backstage, bilheteria, um grande lobby, bomboniere, sanitários, administração, depósito de materiais, dois depósito de materiais de limpeza, um em cada extremidade do volume e uma copa para funcionários dispostos como mostra a figura 152 ao lado. Destinado a apresentações de dança e música, teatro, palestras, debates e outras atividades abertas ao público.

2 1

3

5

6

9 4 7

10

8

13

12

14 11

LEGENDA AUDITÓRIO

124

LEGENDA 1 ADMINISTRAÇÃO 2 DML I 3 COPA FUNCIONÁRIOS 4 BOMBONIERE 5 SANITÁRIO MASCULINO 6 SANITÁRIO FEMININO 7 BILHETERIA

FIGURA 161 – Localização auditório na implantação.

FIGURA 162 - Auditório.

FONTE: Autora, 2019.

FONTE: Autora, 2019.

13 8 LOBBY 9 CABINE DE SOMI 10 AUDITÓRIO 11 BACKSTAGE 12 DEPÓSITO DE MATERIAIS 13 CAMARIM 14 DML II 0

2,5

5

10m


O auditório recebeu tratamento acústico segundo as seguintes informações:

MATERIAIS

FREQUÊNCIA 500 Hz

REBOCO LISO LINÓLEO

0,02 0,03

FORRO COLMEIA COM MANTA DE LÃ DE VIDRO

0,56

LÂMINA DE MÁRMORE MADEIRA POLTRONA OCUPADA

0,01 0,06 0,02

TABELA 01 – Coeficiente de absorção acústica. FONTE: ABNT. Modificado pela autora.

GRÁFICO 8 - Tempo ótimo de reverberação. FONTE: BOLK BERANEK AND NEWMAN _ ATUAL NBR - 101/1988 Modificado pela autora.

ELEMENTO PISO AUDITÓRIO PISO PALCO TETO AUDITÓRIO TETO PALCO PAREDE 01 PAREDE 02 PAREDE 03 PAINEL 01 PAINEL 02 PAINEL 03 POLTRONAS PORTAS

TABELA MATERIAIS MATERIAL

ÁREA/QUANT. 295,80 m² 25,65 m² 295,80 m² 25,65 m² 68,68 m² 92,67 m² 87,42 m² 26,97 m² 19,53 m² 43,60 m² 194 un. 18,90 m²

LINÓLEO LINÓLEO FORRO COLMEIA C/ MANTA LÃ DE VIDRO REBOCO LISO REBOCO LISO REBOCO LISO REBOCO LISO LÂMINA DE MÁRMORE LÂMINA DE MÁRMORE LÂMINA DE MÁRMORE ESTOFADA MADEIRA

ALFA

TOTAL

0,03 0,03 0,56 0,02 0,02 0,02 0,02 0,01 0,01 0,01 0,44 0,06

8,87 0,76 165,64 0,51 1,37

1,85 1,74 0,26 0,19 0,43 85,36 1,13 268,11

TABELA 02 – Materiais utilizados para conforto acústico do auditório. FONTE: Modificado pela autora.

VOLUME AUDITÓRIO 1.676,88 M³

TR= 0,16 x 1.676,88 268,11

De acordo com a NBR 12179, o tempo de reverberação ideal para um auditório varia entre 1,00 -1,50 segundos, sendo assim o tratamento acústico realizado no equipamento cumpre o tempo estimado.

TR= 1,00 segundos 125


7.5 A MAQUETE FINAL

FIGURA 163 – Maquete final física - Vista superior geral. FONTE: Autora, 2019.

FIGURA 165 – Maquete final física - Vista frontal geral. FONTE: Autora, 2019. FIGURA 164 – Maquete final física - Vista a partir da porção norte. FONTE: Autora, 2019.

126


FIGURA 167 – Maquete final física - Vista a partir da porção leste. FONTE: Autora, 2019.

FIGURA 166 – Maquete final física - Vista fundos geral.

FIGURA 168 – Maquete final física - Vista a partir da porção sul.

FONTE: Autora, 2019.

FONTE: Autora, 2019.

127


7.6 AS PERSPECTIVAS

FIGURA 169 – Perspectiva a partir da porção leste. FONTE: Autora, 2019.

128


129


FIGURA 170 – Porção leste do parque | Saída de emergência auditório Espaço de permanência FONTE: Autora, 2019.

130


FIGURA 171 – Porção norte do parque | Deck de permanência e contemplação Espelho d’água interativo FONTE: Autora, 2019.

131


FIGURA 172 – Perspectiva a partir da porção sul. FONTE: Autora, 2019.

132


133


FIGURA 173 – Eixo de circulação cruzando bloco central. FONTE: Autora, 2019.

134


FIGURA 174 – Acesso ao mirante.

FONTE: Autora, 2019.

135


FIGURA 175 – Perspectiva geral frontal. FONTE: Autora, 2019.

136


137


FIGURA 176 – Persperctiva voltada à porção noroeste. FONTE: Autora, 2019.

138


FIGURA 177 – Perspectiva voltada à porção sul | Espaço de lazer e permanência

FONTE: Autora, 2019.

139


FIGURA 178 – Perspectiva voltada ao eixo cruzado no bloco central. FONTE: Autora, 2019.

140


141


FIGURA 179 – Persperctiva voltada ao auditório. FONTE: Autora, 2019.

142


FIGURA 180 – Perspectiva a partir da porção sudeste | Espaço de lazer

FONTE: Autora, 2019.

143


s consideraçþes finais 144


O presente Trabalho Final de Graduação teve como objetivo contribuir para uma sociedade menos excludente e desigual, onde todos possam ter acesso a educação, lazer, informação e cultura de forma igual e qualitativa.

Analisando todo o projeto da Biblioteca Parque, pode-se concluir que este se trata de um projeto de relativa complexidade, levando em conta a escala arquitetônica, as características do município e do terreno e as questões sociais. Todavia, o trabalho como um todo proporcionou aperfeiçoamento não somente profissional, mas também pessoal.

Buscou-se criar um equipamento que conseguisse dialogar com o entorno e que pudesse atrair e atender todos os cidadãos do município e região a partir de suas necessidades. O foco foi criar um local que tivesse capacidade de ser apoio às escolas, equipamentos culturais e lazer, onde pudesse além das funções destinadas ao equipamento, ser palco de qualquer atividade sendo marcado pela propagação educacional e cultural. Além disso, procurou-se conectar os espaços culturais já existentes na cidade os valorizando e redescobrindo-os. Para que os objetivos fossem alcançados, foram levantados dados sobre a população batataense, sobre os lotes que apresentavam potencial para cumprir tal função levando em conta seu entorno, e características naturais. Obtendo as informações necessárias para elaboração do programa de necessidades e com o lote que mostrou maior competência para receber a proposta, iniciou os estudos de distribuição e implantação. O primeiro desafio foi a topografia acidentada do terreno, com o grande desnível, encontrar uma forma que o edifício pudesse ser inserido no terreno conversando com os demais espaços do projeto foi uma das dificuldades encontradas, entretanto, as propostas foram se encaixando resultando em uma solução final que conseguiu cumprir com o que se buscava, a edificação foi implantada de forma com que a topografia fosse parte do projeto, somando aos resultados e não se tornando uma barreira.

145





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ARQUITETURA E URBANISMO UNIP 2019



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