S U M á R I O CAPITULO O1 - PAISAGISMO II
Introdução Conceito Tabelas Mobiliário, Vegetação Iluminação Planta baixa Plantas Baixas Ampliadas Cortes Perspectivas
CAPITULO O2 - DESENHO URBANO PLANO DE QUADRA INTEGRADO MODULO O1 01 . Introdução 02 . Plano de conservação uso e ocupação do solo. 03 - Plano de mobilidade e espaços públicos ESTUDOS TIPOLÓGICOS E PLANO DE QUADRA PRELIMINAR PRODUTO O2 O1 . Introdução O2 -Estudos tipológicos existentes O3 -Estudos de caso O4 -Proposta tipológica O5 -Modelagem preliminar da quadra PLANOS DE MASSA PRODUTO 3
SÃO JOSÉ - RECIFE, PERNAMBUCO
Atelier de Projeto VIII ,Paisagismo II, Desenho Urbano, Gestão Urbana AUTORES - FELIPE FALCÃO, MARÍLIA RIBEIRO E VICTOR JORDÃO ORIENTADORES - ANDREA DORNELAS E CLARISSA DUARTE
01 . Introdução 02 . Plano de Massas 03 - Projeto Quadra Piloto 04 - Parâmetros urbanisticos 05 - Considerações Finais 06 - Referências
CAPITULO O1 - GESTÃO URBANA 1.1. Introdução e aspectos metodológicos 1.2. Estratégia para uma gestão Sustentável 1.3 Compreendendo os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável 2.1. Definindo uma Estratégia Sustentável de Planejamento e Gestão 2.2. Planos Setoriais e gestão integrada 2.3. Compreendendo o conceito de Planejamento Integrado 3.1. Integrando e Analisando os Planos Setoriais do Território 3.2. Desenho Urbano e gestão inclusiva 3.3 Compreendendo as percepções e necessidades da população local 4.1 Propondo Diretrizes para uma gestão inclusiva 4.2. Referencias
CAPITULO O3 - PROJETO VIII TOPICO O1 - Introdução 01 . Área de Estudo 02 . Calculos 03 - Conceito 04 - Programa 05 - Diagrama Seccção TOPICO O2 - Plantas, Cortes, elevações e perspectivas Planta Térreo Planta 1 pavimento Planta tipo O1 - Ampliado Planta tipo O2 - Ampliado Planta tipo O3 - Ampliado Planta Tipo O4 - Ampliado Corte Longitudinal Elevações
INTRODUÇÃO AO LOCAL O Nosso projeto de Paisagismo II está localizado no bairro de São José, o projeto percorre a Rua Imperial e a Avenida Sul. São duas importantes vias do centro do Recife, que estão passando por obras de drenagem e requalificação desde novembro de 2022. Essas obras fazem parte do programa Recentro, que visa revitalizarr a área central da cidade, melhorando a mobilidade urbana, o tráfego de veículos e a qualidade de vida dos moradores e comerciantes.
PAISAGISMO II Parque linear São José
A Avenida Sul é uma das principais vias de acesso ao centro do Recife, cortando os bairros de São José, Santo Antônio e Recife Antigo. Ela foi construída no século XIX, sobre o antigo canal do Mangue, que foi aterrado para facilitar o transporte ferroviário. A obra de requalificação da Avenida Sul também compreende o trecho entre a Travessa do Gaspar e a Avenida Dantas Barreto, no bairro de São José. Serão implantadas novas tubulações de drenagem e requalificado o pavimento em concreto
Dupla - Marília Ribeiro e Victor Jordão Professoras : Maria de Lourdes Nobrega, Léa de Barros Cavalcanti
A Rua Imperial é uma das mais antigas do Recife, tendo sido urbanizada pelos holandeses no século XVII, seguindo o plano da cidade Maurícia. Ela liga a Praça Sérgio Loreto, na Avenida Sul, à Ponte Velha, sobre o Rio Capibaribe. Ao longo de sua extensão, há diversos prédios históricos, como igrejas, sobrados, mercados e escolas. A obra de requalificação da Rua Imperial compreende o trecho entre a Travessa do Gaspar e a Avenida Dantas Barreto, no bairro de São José. Serão implantadas mais de 5 mil metros de tubulações para melhorar o escoamento das águas pluviais, evitando alagamentos. Além disso, serão recuperados os passeios e o pavimento em asfalto.
MEMORIAL O projeto arquitetônico do espaço em São José Recife tem como objetivo transformar um antigo trecho ferroviário em um espaço público de convivência, lazer, cultura e natureza, seguindo os seguintes princípios: O local prioriza os modos de transporte não motorizados, como a caminhada e a bicicleta, e limita o acesso de veículos automotores, reduzindo a poluição sonora e atmosférica. O estacionamento é adequado à demanda, e localizado na periferia do espaço, evitando interferir na paisagem e na circulação interna. O projeto oferece uma diversidade de usos e funções, como lazer, esporte, cultura e natureza, atendendo a diferentes públicos e interesses. Também promove a integração entre os usos, criando espaços multifuncionais e flexíveis, que podem ser adaptados conforme as necessidades e as ocasiões. O espaço respeita o sistema de transporte existente, e busca melhorar a sua fluidez e eficiência. Aproveitando os trilhos de trem como elemento estrutural e simbólico. O espaço também se conecta com as vias e os meios de transporte adjacentes, facilitando o acesso e a mobilidade dos usuários. O projeto valoriza o pedestre como o principal agente do espaço público, e busca garantir a sua segurança e conforto. O projeto cria calçadas amplas e acessíveis, com rampas, pisos táteis e sinalização adequada. O projeto também cria áreas de sombra, descanso e bancos. O espaço incentiva o uso da bicicleta como um meio de transporte sustentável, saudável e divertido, e busca proporcionar as condições necessárias para o seu uso. O espaço também cria bicicletários e oficinas de manutenção, distribuídos em pontos estratégicos do espaço. O projeto busca criar espaços públicos de qualidade, que sejam agradáveis, atraentes, funcionais e duráveis. O projeto utiliza materiais nobres, resistentes e reciclados, que se harmonizam com o contexto e o conceito do projeto. O projeto também utiliza cores, texturas, formas e volumes, que criam contrastes, ritmos e identidades para os espaços. O projeto ainda utiliza elementos de mobiliário urbano, paisagismo e iluminação, que complementam e enriquecem os espaços. O espaço busca plantar árvores nativas, que contribuam para a melhoria do microclima, da biodiversidade, da qualidade do ar e da estética do espaço. O espaço cria áreas verdes, que se distribuem por todo o espaço, criando um contraponto ao ambiente urbano. O espaço também cria bosques, que se concentram em algumas áreas do espaço, criando um ambiente mais natural e acolhedor. O espaço ainda cria alamedas, que se alinham aos trilhos de trem, criando um eixo de referência e orientação para os usuários. O projeto busca criar faces de ruas que sejam convidativas, interessantes, variadas e representativas do projeto. O projeto utiliza elementos arquitetônicos, como fachadas e mirantes, que criam uma identidade visual e uma imagem positiva para o projeto. O projeto valoriza o patrimônio histórico e cultural da região, ao preservar e revitalizar os trilhos de trem, que são testemunhas da história e da identidade da cidade, e ao criar espaços de cultura, que expõem e difundem as manifestações artísticas e culturais da cidade. O projeto promove a sustentabilidade ambiental e social, ao utilizar materiais reciclados, ao plantar árvores, ao incentivar o uso de bicicletas, ao oferecer espaços de convivência, lazer, esporte e natureza, e ao envolver a comunidade local na gestão e no uso do espaço.
Hub - Ancoram a rede de infraestrutura verde e proporcionam espaço para a vegetação e animais em como são origem ou destino para a vida selvagem, pessoas e processos ecológicos. Link - São conexões fundamentais para manter os processos ecológicos. Sites - São áreas menores, protegem o habitat dos animais selvagens, propoem espaços para recreação e lazer baseados na natureza.
PAGINAÇÃO DE PISO
NOME
PISO INTERTRAVADO
PISO INTERTRAVADO VERMELHO CONCRETO (ACABAMENTO DO TRILHO) ASFALTO
DECK MADEIRA PISO EMBORRACHADO PRETO ( ACADEMIA) PISO EMBORRACHADO AZUL - PLACA 50MM ( PARQUE INFANTIL) GRAMA SNTÉTICA (QUADRA)
MOBILIARIO ILUMINAÇÃO SÍMBOLO
NOME
MARCA
POSTE DE LUZ LOWLANDER
SETGA
FOTO
MEDIDAS
ALTURA 3,50M
GRAMA SÃO CARLOS PLUS CONCRETO VERMELHO PISTA DE COOPER
POSTE MIRA
INCOLUSTRE
ALTURA 4,0M
POSTE GEMINI
IBILUX ILUMINAÇÃO
ALTURA 6,0M
FOTO
REPRESENTAÇÃO PLANTA
VISTA O2
VISTA O3
VISTA O1
VISTA AMPLIADA O1
VISTA AMPLIADA O3
VISTA AMPLIADA O2
O1 CORTES
2 UNICAP 2O23.2
DESENHO URBANO INTEGRADO
APRESENTAÇÃO LIVRO FINAL
FELIPE FALCÃO, MARILÍA RIBEIRO E VITOR JORDÃO
Esse projeto de Desenho Urbano, foi realizado no Bairro São José, Recife, Brasil. Aqui estão presentes todas as fases do processo projetual, deste o diagnóstico da área à proposta de um plano de massas para a quadra, área (4). Como fundamentação para o mesmo foram usados os conceitos de Quadra Aberta e Arquitetura Urbana (DUARTE, 2014) O Trabalho foi desenvolvido por: Felipe Falcão, Marília Ribeiro e Victor Jordão. Sob orientação das Professoras Andrea Dornelas e Clarissa Duarte , é resultado da disciplina Desenho Urbano, do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Católica de Pernambuco.
PLANO DE QUADRA INTEGRADO MODULO O1
ESTUDOS TIPOLÓGICOS E PLANO DE QUADRA PRELIMINAR PRODUTO O2 O1 - INTRODUÇÃO O2 -ESTUDOS TIPOLOGICOS EXISTENTES O3 - ESTUDOS DE CASO O4 - PROPOSTA TIPOLOGICA O5 - MODELAGEM PRELIMINAR DA QUADRA
O1 - INTRODUÇÃO O2 - PLANO DE CONSERVAÇÃO USO E OCUPAÇÃO DO SOLO. O3 - PLANO DE MOBILIDADE E ESPAÇOS PÚBLICOS
PLANO URBANO INTEGRADO PRODUTO O1
PLANOS DE MASSA PRODUTO 3 O1 - INTRODUÇÃO O2 - PLANO DE MASSAS O3 - PROJETO QUADRA PILOTO O4 - PARAMETROS URBANISTICOS O5 - CONSIDERAÇÕES FINAIS O6 - REFERÊNCIAS
S U M A R I O AUTORES - FELIPE FALCÃO, MARILÍA RIBEIRO E VICTOR JORDÃO ORIENTADORES - ANDREA DORNELAS E CLARISSA DUARTE
BAIRRO SÃO JOSÉ DESENHO URBANO UNICAP 2023.2
1.
1.1
Introdução
O desenvolvimento do plano de um desenho urbano no bairro São José, busca resgatar a identidade e a memória do bairro, preservando e restaurando as edificações e os espaços de interesse histórico e cultural. Além disso, seria importante integrar o bairro com o restante da cidade, melhorando a acessibilidade, a mobilidade e a conectividade, por meio de modos de transporte sustentáveis, como bicicletas, pedestres e transporte público. Outro objetivo seria estimular a participação e a colaboração dos moradores, comerciantes e instituições locais, criando espaços de convivência, lazer, cultura e cidadania, que valorizem a diversidade do bairro; aumentar a permeabilidade do solo, reduzindo as áreas impermeabilizadas e criando áreas verdes e jardins; melhorar a iluminação pública, garantindo a segurança e a visibilidade dos espaços; e promover a caminhabilidade, tornando as ruas mais agradáveis e convidativas para os pedestres.
IMAGEM O1 - CIDADE DE RECIFE
Breve Histórico da Área
O bairro de São José possui uma área de 178 hectares e uma população de 8.653 habitantes, segundo o Censo de 2000 do IBGE. Ele é rico em história, cultura e arquitetura, abrigando edificações como o Mercado de São José, o Forte das Cinco Pontas, a Igreja Matriz de São José, a Basílica de Nossa Senhora da Penha, entre outras. O bairro de São José também é conhecido por sua animação carnavalesca, sendo o berço de algumas famosas agremiações, como o Bloco Carnavalesco Misto Batutas de São José, a Escola de Samba Estudantes de São José e o Clube de Máscaras Galo da Madrugada.
RUA IMPERIAL. 11-03-52
IMAGEM O2 - BAIRRO SÃO JOSÉ
CALÇAMENTO DA RUA IMPERIAL. 11-03-52
RUA IMPERIAL 08-2023
IMAGEM O3 - ÁREA DE ESTUDO
IMAGEM O4 - ÁREA DA EQUIPE 4
RUA DA CONCORDIA, BAIRRO SÃO JOSÉ, RECIFE 1959
Linha do Tempo
O bairro São José é um dos mais antigos e importantes do Recife, que se desenvolveu ao longo de quatro séculos, passando por diversas transformações arquitetônicas e urbanísticas. O bairro se originou no século XVII, quando os holandeses urbanizaram a ilha de Antônio Vaz, seguindo o plano da cidade Maurícia.
Século XXI
IMAGEM
Século XVII
Desenho de Frans Post, vista da ponte ligando Recife a cidade Maurícia
O bairro São José se originou no século XVII, quando os holandeses iniciaram a urbanização da ilha de Antônio Vaz, seguindo o plano da cidade Maurícia, que previa a construção de pontes, aterros e fortes. Após a expulsão dos holandeses, em 1654, o bairro continuou a se desenvolver, ganhando importância por sua ligação com o porto e as casas de engenho de açúcar1. No século XIX, o bairro recebeu a estrada de ferro do Recife ao rio São Francisco, que facilitou a exportação de mercadorias do interior do Estado.
Século XX
Bairro do Recife, século XIX
No século XX, o bairro passou por grandes transformações, com a abertura de novas avenidas e um intenso processo de verticalização que provocou a destruição de edifícios coloniais e ecléticos. O bairro também recebeu obras de modernização e higienização, como o cais José Estelita, que foi construído sobre um aterro na área do antigo porto. Alguns edifícios modernos se destacaram na paisagem do bairro, como o edifício Duarte Coelho, projetado por Acácio Gil Borsoi. Ele foi inaugurado em 1948, na esquina da Rua da Imperatriz com a Avenida Dantas Barreto, e tinha 22 andares, sendo o mais alto da cidade na época, que marcou uma nova escala de verticalidade no centro da cidade.
Bairro São José
Atualmente, o bairro São José enfrenta desafios como a preservação do seu patrimônio histórico, a revitalização do seu espaço urbano e a melhoria da qualidade de vida dos seus moradores. O bairro possui elementos de destaque da paisagem, como o Forte das Cinco Pontas, a Igreja de São José do Ribamar, o Mercado de São José, o Cemitério dos Ingleses, o Teatro do Parque, entre outros. Atualmente, o bairro São José continua sofrendo com o processo de verticalização, que tem provocado a perda de identidade e de qualidade de vida dos seus moradores. Alguns projetos públicos e privados têm buscado incentivar a construção e a reabilitação de imóveis no bairro, mas também têm gerado conflitos e resistências por parte da sociedade civil.
2.
Plano de Conservação, Uso e Ocupação do solo
2.
Plano de Conservação, Uso e Ocupação do Solo
O Plano que define como conservar, usar e ocupar o solo é composto por quatro tipos de diretrizes: de Conservação, de Uso, de Ocupação e de Adensamento Habitacional. Essas diretrizes são baseadas em diferentes análises e mapas, que se combinam para formar o Plano. As Diretrizes de Conservação, que usam o conceito de “Paisagem Cultural” como base para planejar e, por isso, partem das Zonas e Imóveis Especiais de Preservação definidos por lei, têm o objetivo de identificar as áreas ou edificações que devem ser conservadas: a) as que têm valor cultural; b) as que têm relevância social (ZEIS e CIS) e c) as que já estão consolidadas. As diretrizes de uso indicam os tipos de atividades que devem ser incentivadas no território, que são mostrados por via, de acordo com o uso predominante. Para simplificar a classificação dos usos, foram estabelecidas apenas cinco categorias de usos predominantes, sem detalhar suas subcategorias. São elas: a) Residencial Misto (Térreo Ativo + Residencial); b) Residencial; c) Comercial Misto (Térreo Ativo + serviços); d) Institucional e e) Educacional. Essa última categoria foi separada do uso institucional por causa da especificidade do território, que é o centro do “Polo Educacional do Recife”. As diretrizes de ocupação, por sua vez, são resumidas inicialmente pela determinação das alturas máximas das edificações, isto é, pelos níveis de gabarito máximo permitidos por quadra ou parte de quadra. Essas diretrizes foram divididas em cinco níveis, a saber: a) LIMIAR 1 (até térreo + 1); b) LIMIAR 2 (até térreo + 3); c) LIMIAR 3 (até térreo + 6); d) Limiar 4 (até térreo + 9); e) LIMIAR 5 (até térreo + 14). Esses níveis foram estabelecidos com base nos gabaritos predominantes existentes na área e, também, no limite máximo adequado às características da paisagem cultural do local. As Diretrizes de Adensamento Habitacional visam destacar a ocupação residencial do território e, assim, aumentar o número de habitantes. As camadas que mostram essas diretrizes serão apresentadas a seguir.
2.1
Diretrizes de Conservação
-- As Diretrizes de Conservação usam o conceito de “Paisagem Cultural” como base para planejar e, por isso, partem das Zonas e Imóveis Especiais de Preservação definidos por lei, para identificar as Áreas ou edificações que devem ser Conservadas. Dessa forma, foram estabelecidas três categorias: a) as que têm valor cultural; b) as que têm relevância social (ZEIS e CIS) e c) as que já estão consolidadas. -- Áreas ou Edificações de Preservação Cultural se dividem em dois tipos de classificação: 1) Edificações ou conjuntos protegidos por Lei (nos níveis Federal, Estadual e Municipal) 2) Edificações ou conjuntos que devem ser preservados (por terem ”valor histórico” ou ”valor de uso”). -- Áreas ou Edificações de Interesse Social (ZEIS e CIS) incluem tanto as Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS) regulamentadas quanto as Comunidades de Interesse Social cadastradas ou não como CIS. Um exemplo é a comunidade da Rua Olímpia, que é uma Comunidade de baixa renda que não é registrada como CIS, mas que foi avaliada pelo presente diagnóstico como suscetível ao processo de gentrificação, depois das melhorias urbanas feitas em seu entorno próximo. Por isso, para garantir a permanência de seus moradores no local, classificou-se a Rua Olímpia e seus lotes adjacentes como CIS a conservar. -- As Áreas ou Edificações Consolidadas são aquelas que têm dois critérios: Edificações com mais de 4 andares e 2) Edificações com mais de 10.000m2. Esses casos são justificados por serem edificações mais difíceis de serem demolidas.
ÁREA 4 GRUPO: Felipe Falcão, Marília Ribeiro e Victor Jordão
No diagnóstico da área, foi possível identificar a necessidade de conservação da edificação de tipologia galpão, localizada na Travessa do Gusmão; do muro que foi o que restou de uma edificação historicista, localizado na rua da Praça Sérgio Loreto. Outro ponto em que foi identificada a necessidade de preservação é o Abrigo Irmã Dulce. Neste caso, a preservação advém do uso do local, diferente dos outros casos que surgem de uma necessidade da preservação arquitetônica.
O galpão localizado na Travessa do Gusmão e Rua Imperial.
O casarão histórico localizado na Praça Sérgio Loreto e que já abrigou a escola estadual de mesmo nome e o Clube de Engenharia de Pernambuco.
2.1
Diretrizes de Conservação
As diretrizes foram então definidas segundo os seguintes critérios: 1. Lotes e Edificações a Preservar/Conservar Tomando-se como referencia as diretrizes de preservação, identificou-se e destacaram-se todas as edificações e áreas preservadas por lei e ainda aquelas consideradas a conservar seja por lei ou pelo seu valor histórico ou de uso. Essas áreas, em princípio, não são passíveis de adensamento habitacional. 2. Área de Adensamento Habitacional por Reabilitação (A Reabilitar) Áreas que podem ser adensadas, tendo, contudo, bastante cautela quanto à postura de intervenção nas edificações, visando à preservação morfológica e arquitetônica das edificações deste setor e dos setores de preservação adjacentes. 3. Área de Adensamento Habitacional Moderado (Renovação Especial) Áreas que podem ser adensadas por renovação, mas que têm como princípio a preservação morfológica do lugar. São caracterizadas por áreas nas quais as edificações são características de um parcelamento histórico ou característico do lugar mas se encontram em sua maioria descaracterizados e/ou degradados. Nesse caso, as edificações podem ser renovadas, mas devem ser preservados o parcelamento e as principais características morfológicas como recuos e gabarito das interfaces arquitetônicas (podendo haver um acréscimo na altura da edificação através do recurso do escalonamento, nas áreas mais recuadas em relação ao paramento do lote). 4. Área de Adensamento Habitacional (Renovação) Caracterizadas por áreas nas quais o traçado fundiário já se encontra bastante diverso ou descaracterizado e, ainda, apresentam edificações não consolidadas, normalmente descaracterizadas e mal conservadas, cujo valor de memória ou de uso não justificam necessariamente sua preservação. Nesse caso, o tecido urbano e/ou suas edificações podem ser renovados, sem, no entanto, desconsiderar a importância da conservação da paisagem cultural do lugar. A proporcionalidade com a escala do entorno, como prevê a “Arquitetura Urbana”, deve ser premissa de toda intervenção.
MAPA
ÁREA 4 GRUPO: Felipe Falcão, Marília Ribeiro e Victor Jordão
2.2
As Diretrizes de Uso indicam os tipos de atividades que devem ser incentivadas no território, que são mostrados por via, de acordo com o uso predominante. Para simplificar a classificação dos usos, foram estabelecidas apenas cinco categorias de usos predominantes, sem detalhar suas subcategorias. São elas: a) Residencial Misto (Térreo Ativo + Residencial); b) Residencial; c) Comercial Misto (Térreo Ativo + Serviços); d) Institucional e e) Educacional. Essa última categoria se diferenciou do uso institucional por causa da especificidade do Território, que é o centro do “Polo Educacional do Recife”. Para definir as diretrizes de uso, foram feitos os seguintes passos: 1. reconhecimento de todos os usos do território de estudo, conforme categorias estabelecidas pelo Mapa Oficial da Prefeitura (ESIG); 2. reorganização dos usos conforme as subcategorias apresentadas antes, para simplificar as diretrizes; 3. reconhecimento das vocações de uso atuais (por via e por predominância); 4. determinação das vocações de uso a sugerir, buscando, ao mesmo tempo, manter as identidades atuais de algumas vias e, cumprir os objetivos gerais do plano.
Abrigo Noturno Irmã Dulce
Habitacionais
Diretrizes de Uso
Galpão
Ao considerar que o território já se caracteriza como uma área predominantemente pouco produtiva, com área significativa de edificações sem uso. Observou-se também a necessidade de se fomentar o adensamento populacional e habitacional para permitir maior vitalidade e segurança em tempo integral. Desta forma, o uso do térreo ativo e os pavimentos superiores com o uso residencial, seria uma diretriz a se implementar nessa área.
Desta forma, com as informações adquiridas ao longo do desenvolvimento do projeto, considerando as necessidades de nossa área de estudo, chegamos a algumas diretrizes. Para a ativação da região, implantamos o uso misto residencial (térreo ativo + residência) e uso misto comercial (térreo ativo + serviços) para todas as áreas que foram propostas para renovação. Sendo necessário, em uma área, manter o térreo preexistente (historicista) comercial, implantando o uso residencial em um novo primeiro pavimento. Por sua vez, a faixa viária próxima ao Abrigo Irmã Dulce permanecerá de uso institucional.
2.3
Diretrizes de Ocupação do Solo
Uma síntese preliminar das Diretrizes de Ocupação é feita pela determinação das alturas máximas das construções, isto é, pelos limites de gabarito que cada quadra ou parte de quadra pode ter. Esses limites são divididos em cinco faixas, que são: a) FAIXA 1 (até Térreo + 1); b) FAIXA 2 (até Térreo + 3); c) FAIXA 3 (até Térreo + 6); d) FAIXA 4 (até Térreo + 9); e) FAIXA 5 (até Térreo + 14). Essas faixas são baseadas nos gabaritos que já predominam na área e também no máximo aceitável para preservar as características da paisagem cultural do local. É importante destacar que outros parâmetros de ocupação urbana, como recuos, taxas de ocupação e coeficientes de utilização, serão definidos em uma etapa posterior, por meio de Planos de Quadra Específicos (Planos de Massa) de acordo com os conceitos do “Código Baseado na Forma” (FARR, 2013) e da “Arquitetura Urbana” (DUARTE, 2014). O conceito da Arquitetura Urbana segue o mesmo princípio do Código Baseado na Forma, pois se baseia na relação da arquitetura com os espaços públicos e tem na escala humana sua referência principal. As Diretrizes de Ocupação também incorporam as diretrizes de Adensamento Habitacional, que têm como objetivo principal destacar a ocupação habitacional do território e, consequentemente, aumentar a sua densidade populacional. As camadas referentes a essas diretrizes foram definidas tendo como premissa a preservação da paisagem cultural do local e a necessidade de reabilitação e/ou renovação sustentáveis de parte do território, com foco na recuperação de uma vitalidade duradoura e qualitativa. Segundo a densidade urbana, os custos de instalação da infraestrutura urbana variam: quanto mais densa a área, mais viável fica o investimento em infraestrutura por residência. Por isso, Zmitrowicz & De Angelis Neto (38) recomendam que as cidades deem preferência a projetos habitacionais com densidades brutas de 200 a 300 hab/ha. Assim, identificamos que a área possui 2,37 Hectares, logo o número de habitantes para se aproximar de uma densidade populacional ideal seria 711 habitantes. Foram então subdivididos entre 4 principais pontos da região, com limiares diferente para cada necessidade.
ÁREA 4 GRUPO: Felipe Falcão, Marília Ribeiro e Victor Jordão
ÁREA 4 GRUPO: Felipe Falcão, Marília Ribeiro e Victor Jordão
3.
Plano de Mobilidade e Espaços Públicos
3.
Plano de Mobilidade e Espaços Públicos
O Plano de Mobilidade e Espaços Públicos resume as Diretrizes de Mobilidade (Espaços Públicos Viários), as Diretrizes para os Espaços Públicos Polares e as Diretrizes de Articulação. Essas diretrizes são baseadas em análises e mapas diferentes ou temáticos que, juntos, possibilitam a elaboração do Plano em questão. As Diretrizes de Mobilidade (Espaços Públicos Viários) estabelecem as vias a humanizar e/ou compartilhar, buscando a recuperação dos espaços públicos viários do território em “Ruas Cidadãs”.
Além disso, foram ressaltadas as Principais Rotas Cidadãs da Área específica de análise e, também, apontadas as ruas a compartilhar. Para apoiar as diretrizes de mobilidade, foi criada uma “Tabela Viária Integrada”, na qual foram compilados, para todas as vias do território de análise, dados referentes às dimensões e características de todas as superfícies de transporte, segundo cada modal, com o propósito de identificar o “potencial de humanização e divisão da via” e, consequentemente, possibilitar o planejamento integrado e sustentável da mobilidade local com foco no transporte não motorizado.
ÁREA 4 GRUPO: Felipe Falcão, Marília Ribeiro e Victor Jordão
3.1
Diretrizes de Mobilidade de Espaços Viários
Para isso, foram classificados cinco tipos de vias de acordo com suas hierarquias de articulação territorial e, também, de acordo com as diretrizes de convivência entre os vários modos de transporte, sempre com ênfase na mobilidade ativa. Os tipos de vias inicialmente definidos foram: a) Eixo Cidadão Metropolitano: – Vias inserias em eixos de articulação metropolitana, com presença de faixas exclusivas de transporte coletivo, ciclovias e rotas acessíveis de pedestres de largura generosa. b) Via Conectora: Vias inseridas em eixos de articulação urbana, preferencialmente com eixo exclusivo de transporte coletivo, ciclovias, ciclofaixa ou em alguns casos ciclorotas e calçadas acessíveis com largura confortável. c) Via Parque: – Vias inseridas em eixos metropolitanos ou urbanos, preferencialmente com vias exclusivas de transporte coletivo, ciclovias e rotas de pedestres de largura generosa. Têm função principal de articular importantes espaços públicos vegetados, apresentando também cobertura vegetal expressiva. d) Via Ativa: Vias locais, normalmente sem circulação de transporte coletivo, com prioridade máxima para pedestres e ciclistas, compartilhadas ou não. e) Via Ativa não Motorizada: Vias locais ou microlocais exclusivas para pedestres e bicicletas.
Na área de estudo, foram propostas dentre as classificações, 4 tipos de vias: Via conectora, sendo a mesma também principal rota cidadã à reabilitar; via ativa; e via ativa não motorizada. Essa proposta de tipologias das novas vias, é pensada para priorizar o pedestre e meios de transporte não motorizados. Há também a proposta de criar duas vias compartilhadas , sendo uma dessas via ativa e outra via ativa não motorizada.
PROJETO RUA COMPARTILHADA PARA O BROOKLYN
ÁREA 4 GRUPO: Felipe Falcão, Marília Ribeiro e Victor Jordão
ESTRATÉGIAS DE HUMANIZAÇÃO E REPARTILHAMENTO VIÁRIO Para melhor compreensão da estrutura dessas vias, foram criados cortes, da via conectora, via ativa e via ativa compartilhada.
3,50
4,45
6,00 13,95
ANTES
VIA CONECTORA RUA PADRE MUNIZ
3,50
6,00
4,45
14,00 VIA ATIVA
2,70
8,40 12,60
1,50
ANTES
VIA ATIVA COMPARTILHADA PRAÇA SERGIO LORETTO
TRAVESSA DO GUSMÃO
3.2
Diretrizes de Espaços Livres Polares
Segundo as Diretrizes para os Espaços Públicos Polares, as formas de intervenção e/ou ativação dos espaços polares se dividem em quatro categorias: a) espaços a preservar; b) espaços a recuperar; c) espaços a criar e d) espaços a dinamizar. No mapa específico dessas diretrizes, estão indicados os locais que podem receber Edifícios Garagens com térreo ativo (chamados aqui de “Multi-parques”), bem como os Edifícios Garagens já existentes, destacando a diretriz de ativar seus andares térreos. Os espaços a preservar são os que estão bem conservados e que costumam ter uma boa ocupação social. Os espaços a recuperar são os espaços polares que precisam de melhorias físicas para incentivar seu uso qualitativo e uma maior integração social. Os espaços a criar foram definidos a partir da análise de áreas que carecem de espaços verdes ou de lazer em uma distância caminhável. A localização de terrenos vazios e não edificados foi essencial para se escolherem locais subutilizados com potencial para se transformarem em praças ou “pocket parks”
Na área em análise foi proposta a à conservação da Praça Sérgio Lôreto, somado à ativação do local. Também foi proposto a criação de um parque linear, em uma área localizada entre a linha férrea e o atual Abrigo Irmã Dulce. O Edifício Garagem foi inserido nesta análise de espaços públicos polares com o objetivo de evidenciar o potencial de espaço de encontro e atividades coletivas que pode existir no pavimento térreo desses equipamentos. Além disso atender à potenciais residentes da área.
Os espaços a ativar são geralmente espaços polares públicos que precisam de equipamentos ou atividades que aumentem a frequência de usuários, podendo ser espaços a preservar ou a recuperar. ÁREA 4 GRUPO: Felipe Falcão, Marília Ribeiro e Victor Jordão
3.3
Diretrizes de Articulação
O objetivo final das Diretrizes de Articulação é valorizar e viabilizar a recuperação dos vários espaços públicos (viários e polares), levando em conta a articulação entre eles como uma estratégia fundamental para humanizar a área de intervenção. As “camadas” de articulação são: a) travessias seguras a promover; b) passagens de pedestres a criar; c) espaços semi-públicos a integrar e d) rotas cidadãs principais a recuperar. Embora todas as travessias de pedestres devam ser seguras e sinalizadas, algumas travessias seguras estratégicas foram ressaltadas no mapa, que devem ser priorizadas, entre elas as que estão nos cruzamentos das rotas cidadãs mais importantes, nos cruzamentos entre eixos urbanos e metropolitanos e nas travessias que levam aos espaços polares. Estas últimas contribuem para o objetivo essencial do urbanismo sustentável de estimular o uso dos espaços verdes abertos pelos cidadãos, com segurança e conforto. Os locais para as novas passagens de pedestres foram escolhidos por diferentes motivos, mas com uma finalidade principal: a de incentivar a mobilidade ativa ao diminuir algumas distâncias.
Os locais semipúblicos a integrar estão relacionados às edificações destinadas ao uso misto residencial, com o intuito de aumentar a interação do térreo ativo com a cidade.
ÁREA 4 GRUPO: Felipe Falcão, Marília Ribeiro e Victor Jordão
02 ESTUDOS TIPOLÓGICOS E PLANO DE QUADRA PRELIMINAR
DESENHO URBANO
2.
Estudos tipológicos existentes
2.
Estudos Tipológicos Existentes
A análise das edificações tem como objetivo final identificar as características identitárias e assim, a partir da morfologias de cada tipologia. É possível dessa forma, em uma visão macro, identificar a identidade de uma região. Na área de estudo foi verificado um número semelhante entre a tipologia edifício caixão, e a tipologia casa porta e janela. Sendo ligeiramente maior parte do tipo porta e janela. Ambos os tipos possuem um papel significante na formação da paisagem cultural do local. A menor parte das tipologias são do tipo edificação singular, tendo este 0,1% em seu quantitativo.
MAPAS TIPOS EXISTÊNTES
Imagem 1 - Habitacionais
Imagem 2 - Abrigo Noturno
EDF.SINGULAR 0.1% SOBRADO 19.9%
Imagem 3 - Praça Sergio Loretto
EDF.CAIXÃO 34.9%
Imagem 4 - Galpão
GALPÃO 0.3% CASA PORTA E JANELA 44.8%
Imagem 5 - Sobrados e casa porta e janela
3.
Estudos de Caso
Permeabilidade
3.
Estudos de Caso
Física
Visual
Mission Bay, San Francisco, EUA
Mission Bay é um bairro misto, com uso residencial, comercial e institucional. O bairro é dividido em duas áreas: Mission Bay North e Mission Bay South. Mission Bay North é uma área de 65 acres (26 hectares), com moradias de diferentes renda e orientação ao transporte público, próxima à estação da Caltrain e a duas linhas de metrô. Mission Bay South é uma área de 238 acres (97 hectares), com moradias de diferentes renda e orientação ao transporte público, incluindo o campus médico da UCSF, o Chase Center e vários blocos de escritórios, biotecnologia e hotéis.
Sua implantação permite o acesso dos pedestres a diversas áreas dentro das edificações, todo trajeto de Mission Bay permite que os pedestres cruzem as áreas sem estar limitado a so uma direção
O projeto contem térreo ativo na maioria de suas edificações, vimos na segunda imagem que no térreo há um restaurante estando na parte debaixo do habitacional onde tem tanto uma área externa quanto interna mantendo uma relação entre público e privado.
Proximidade Com a Rua
As edificações foram implantadas próximas a rua, mantendo relação entre público e privado.
Entre as Edificações
A quadra é muito densa, pois as edificações estão próximas umas das outras. Isso permite que as atividades sejam mais variadas e contínuas nas ruas, o que favorece a dinamização e a segurança da cidade.
Viabilidade
Proporcionalidade Edificação X Pedestres
Mission Bay contem proporcionalidade em seus volumes, observamos que mesmo eles contendo formas destintas, todas são formas Básicas como quadradas e retangulares. Ao observamos a imagem (2) Tanto nas edificações como nas Vias há uma simetria
1
3
Imagem O1
Urbana
Edificação X Entorno
2
Imagem O2
Econômica
Mission Bay contem uma viabilidade urbana,É um exemplo de urbanismo sustentável, que busca criar espaços para o convívio humano e minimizar os impactos ambientais causados pela superpopulação e pelo crescimento desenfreado das cidades
Mission Bay é um exemplo de sucesso econômico em um contexto urbano complexo e dinâmico. O bairro demonstra como é possível criar espaços para o desenvolvimento humano sem comprometer o meio ambiente ou a qualidade de vida dos moradores,
Quadro Sintése
No estudo de caso ouve uma preocupação com a escala humana (1), com marcações nas fachadas, ocorre mudanças de matérias e uso de fachadas recuadas dando sombra para quem passa.
PERMEABILIDADE
PROXIMIDADE
PROPORCIONALIDADE
VIABILIDADE
VARIEDADE
Variedade De formas
Há varias formas divididas em Mission Bay, todas contendo aberturas que formam áreas verdes, tendo uma conectividade com a rua, os seus Usos são divididos por fases, de um lado notamos que do lado direito de mission bay uma concentração de serviços enquanto do outro lado há edificios habitacionais de uso misto e prédios sem uso misto, mais ambos contendo essa Á.verde.
De Usos Parques e praças Misto Habitacional
3
2
Quadro Sintése PERMEABILIDADE
PROXIMIDADE
PROPORCIONALIDADE
3
2
VIABILIDADE
VARIEDADE
4.
Proposição Tipologica
4.
Proposição Tipológica
A partir do estudo das tipologias pré-existentes e do estudo de caso, foi possível chegar em algumas formas para simular a nova composição da área de estudo. Após estabelecer previamente uma densidade população e as demandas que essa área requer, foi possível estipular uma distribuição populacional de 300hab/hec. Para essa simulação da combinação de formas volumétricas dessa região, foram usadas composições de formas paralelepipédicas básicas. A partir de um conjunto de volumes que seguissem as regras de densidade definidas antes, foram criados os tipos sugeridos. No plano de volumes feito, aparecem cinco tipos novos, que resultaram da combinação entre tipos novos e antigos, como mostrado nos desenhos ao lado, entre os tipos diferentes temos: Bloco/retângulo, Base; Barra em L; Torre; Barra e Bloco.
Volume A
BASE
Volume B
BARRA EM L
BLOCO ‘’CAIXOTE’’ TORRE
Volume C
BARRA
BASE
Volume D
VOLUME A
4.1 Implantação
PAVIMENTO 1
BASE+BARRA VOLUME B PLANTA TÉRREO
PAVIMENTO 1
PLANTA PAV TIPO
BASE+BASE PLANTA 1 PAVIMENTO
VOLUME C
CORTE AA
PLANTA TÉRREO
PLANTA TÉRREO
PLANTA 1 PAVIMENTO
BASE+BARRA VOLUME D CORTE BB
LOJAS
BASE+BASE+BASE EM L
APARTAMENTOS
4.2 Plano de Massas O plano de massa foi implementado de acordo com as análises e insights anteriores da seção destacada. Uma mesma área pode ser dividida em três características diferentes: densa, moderadamente densa e não densa. Em cada um desses momentos foi montada a melhor estratégia para elaborar a proposta da cidade No trecho adensado, foi classificado como áreas ou edificações a serem conservadas, assim como as tipologias existentes. 0 território corresponde a uma área de interesse social, não sendo possível o adensamento de novas edificações, sendo a única coisa prevista no planejamento é a implementação do Térreo ativo + Residências nos andares acime, porém temos em nosso projeto uma torre onde o térreo é dividido entre na sua parte da frente comércio e atrás uma garagem para atender as demandas das moradias previstas, essa garagem sobe também ao segundo pavimento, nos demais pavimentos acima tem o uso habitacional No trecho não adensado, urbanos existentes são tratados. Sendo assim, classificados como área de adensamento habitacional sujeita a renovação, e trata de um trecho onde o ocupar mais recomendado, assim possibilitando um Lumiar mais alto (03), com a utlização de volumes mais destoantes e que ao mesmo tempo siga um ladrão que já vem sendo reproduzido no local
5.
QUADRA PILOTO
O5 PLANO GERAL DA QUADRA PILOTO Foi buscado em sua concepção dos térreos das edificações propostas seguindo o conceito de “ Quadra Aberta” tendo esses térreos com usos comerciais e a Edificação B com uso comercial e um estacionamento para atender as demandas das novas habitações, estacionamento esse que se repete em seu segundo pavimento As nossas edificações estão dispostos de forma independente, com uma estratégia de criação de espaços e áreas verdes entre as edificações , resultando em espaços exteriores e interiores de alta qualidade tanto os espaços públicos como também os espaços privados, assim garantindo a permeabilidade tanto física quanto a visual. Essas integração dos espaços públicos e privados, juntamente com o nosso térreo ativo, garante o estimulo da vivacidade urbana, juntamente a todos esses elementos, as nossas edificações se tornam fundamental para a vivacidade urbana, e deixa a rua com movimente em diversas horas do dia. As volumetrias tipos que foram implantadas, dentre os sugestões arquitetônicos a serem utilizados no plano de massa, tem como objetivo atender aos princípios estabelecidos por uma Arquitetura Urbana em Duarte (2014): Permeabilidade; Proximidade; Proporcionalidade; Variedade; Via-bilidade. Fazendo o uso de elementos agregadores como marquises, Vazados que garantem iluminação e ventilação , Proposta, grandes vãos , diversos tipos de usos, dentre outros.
T+2 T+5
T+4
T+3 T+3
PLANTA 1 PAVIMENTO
PLANTA TÉRREO
Habitacional Lojas Áreas verdes abertas ‘’privativas’’ Áreas verdes abertas ‘’públicas’’ Acesso Público Acesso Habitação Circulação Vertical
06 PARÂMETROS URBANISTICOS
Bloco D Bloco A Bloco B
Para os parâmetros urbanísticos aqui expostos, para o seu melhor entendimento, é fundamental ter em mente que a quadra piloto a ser analisada, se encontra numa zona de adensamento habitacional por renovação, ou seja que a quadra foi edificada do zero.Em nossa quadra piloto estão inseridos cinco blocos, eles estão representados na planta baixa, na skyline e nas perspectivas. Temos uma tabela com as informações onde é aborda a relação entre a análise da utilização das áreas construídas em relação aos respectivos blocos, o coeficiente de utilização da quadra como um todo, densidade populacional por meio da quantidade de habitações; a análise da utilização das áreas construídas em relação aos respectivos blocos. Para chegar ao número médio de unidades habitacionais, utilizou-se a razão de aproximadamente 70 unidades habitacionais para 1 hectare, chegando ao número de habitações equivalente a 160 unidades. A quantidade de habitações edificadas chegou ao número 268 unidades, considerando um número próximo que possa vir a suprir ao quantidade populacional ideal. Com um o nosso Coeficiente de Terreno ( CUT) de 0,752, podemos dizer que está satisfeito quando as necessidades de adensamento em nossa quadra piloto.
O estacionamento para receber essa nova quantidade de habitantes foi planejado para ser na torre B, onde nela se encontra em uma faixada lojas e na sua parte de trás um estacionamento que tem uma rampa de acesso a outra estacionamento que no total conta com 82 vagas de garagem, que são destinadas ao comercio e as habitações.
Bloco C
SKYLINE TRAVESSA DO GUSMÃO
TABELA DE PERIMETROS URBANÍSTICOS QUADRA
EDIFICAÇÃO
ÁREA CONSTRUIDA (M²)
ÁREA DA EDIFICAÇÃO (M²)
4.155
4.000
5.909
6.014
N DE HABITAÇÕES
N DE VAGAS ROTATIVAS
ÁREA PRIVATIVA (M²)
ÁREA PRIVATIVA COMERCIAL (M²)
ÁREA PRIVATIVA HABITACIONAL (M²)
ÁREA COMUM HABITACIONAL (M²)
ÁREA GERAL COMUM (M²)
6
50
29
3.231
771
2.460
703
923
4
26
14
2.139
285
1.854
286
382
N DE PAVIMENTOS
CUT
A1 A
A2 A3
B
B1
0,752
O4 C
C1
D
4.238
4.334
4
48
23
3.861
3.002
3.097
5
36
16
2.466
1533
489
2.328
1.968
330
440
360
450
ANÁLISE SEGUNDO A ARQUITETURA URBANA VISUAL
Usos
VARIEDADE
Formas
VARIEDADE
PERMEABILIDE
FÍSICA
As nossas passagens entre os lotes garantem a maior permeabilidade física, devido as passagens intra-lote. A permeabilidade visual é vista por meio dos serviços localizados no térreo além do uso das marquises
Edificação x Entorno
VIABILIDADE
Os novos usos propostos para a área e a criação de espaços privados e públicos garantirão a vida urbana e a economia do plano de massa ao mesmo tempo em que agregarão o mesmo valor ao quadra e aos imóveis.
A implantação dos edifícios tem como objetivo garantir a continuidade das atividades existentes da via, assim também definindo o ritmo das edificações. Os espaços públicos criados em nossa quadra também ajudam nas definições de limite da quadra
PROPOCIONALIDADE
Prédios Uso Misto com Garagem Prédios Uso Misto
ENTRE AS EDIFICAÇÕES
PROXIMIDADE
COM A RUA
Econômica
Urbano
Edificação x Pedestre
Foram propostas diversas formas que se harmonizam não só entre si, mas também com o entorno. A nossa quadra tem usos variados e é composto por edifícios de uso misto com atividades comerciais e de serviços no térreo. As edificações do entorno tem um gabarito de baixas alturas, assim, em nossas edificações procuramos ao máximo respeitar esses gabaritos e também os recuos das edificações do entorno, assim dando ritmo as edificações e uma continuidade. O térreo das edificações, estão rep como
CONSIDERAÇÕES FINAIS Em conclusão, o produto final da cadeira de Desenho Urbano se encerra, e com ele o plano de massas proposto inicialmente para um quadra no Bairro de São José. Em si o projeto tem como referencias de execução nos conceitos de Quadra Aberta (PORTZAMPARC,1997) e Arquitetura Urbana (DUARTE, 2016), Assim determinando uma arquitetura qualitativa a luz dos aspectos nele analisados e essencialmente urbana. Para a idealização do projeto foram feitas diversas análises do campo envolvido, sendo examinado o contexto de suas diversas maneiras, do macro ao micro. Com base nisso, foram identificados requisitos e necessidades locais, que assim elas foram desenvolvidos e implementados na Quadra Piloto.
Por fim, pode-se concluir que o projeto proposto responde às necessidades do local, resolvendo os seus problemas de forma qualitativa e equilibrada procurando sempre estabelecer uma boa relação com a sua escala urbana e a sua preexistência.
REFERÊNCIAS Gil, Antonio Carlos Métodos e técnicas de pesquisa social/Antônio Carlos Gil - 7, ed - [2. Reimpr].- São Paulo:Atlas,2001 https://museudacidadedorecife.org LYNCH, Kevin. A imagem da cidade. 1. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1999 LAMAS, José Ressano Garcia. Morfologia Urbana e Desenho da Cidade. Lisboa: Fundação CalousteGulbenkian, 1992. SPECK, Jeff. Cidade caminhável. São Paulo: Perspectiva, 2016 CÂMARA, C. D. D. et al. Plano Centro Cidadão, volume 04 - Recife: UNICAP, 2018
Introdução e aspectos metodológicos
GESTÃO URBANA São José
MARÍLIA RIBEIRO E VICTOR JORDÃO
A gestão urbana é um campo de estudo e de prática que visa planejar, organizar e administrar as cidades, buscando promover o desenvolvimento sustentável, a qualidade de vida e a participação cidadã. Dentro da gestão urbana, o desenho urbano é uma disciplina que se ocupa da forma, da função e da imagem da cidade, criando e transformando os espaços públicos, os equipamentos urbanos e as edificações. Neste trabalho, o objetivo é analisar uma parcela do bairro São José, em Recife, sobre a perspectiva da gestão urbana e do desenho urbano, propondo intervenções que contribuam para a melhoria do ambiente urbano e para a valorização da identidade local. O bairro São José é um dos mais antigos e tradicionais da cidade, com um rico patrimônio histórico, cultural e arquitetônico, mas que enfrenta diversos problemas urbanos, como a degradação, a falta de recursos econômicos, a violência, a poluição e a falta de infraestrutura. Para realizar este trabalho, foram utilizados os seguintes métodos e fontes de pesquisa: Revisão bibliográfica sobre os conceitos e as teorias de gestão urbana e de desenho urbano, bem como sobre a história e a caracterização do bairro São José. Análise dos planos e das normas urbanísticas vigentes para a área de estudo, como o plano diretor, o plano de conservação, o plano de uso e ocupação do solo, o plano de mobilidade e o plano de espaços públicos. Levantamento de dados e de indicadores socioeconômicos, demográficos, ambientais e culturais do bairro São José. Pesquisa de campo, com observação direta, entrevista com moradores e comerciantes e aplicação de questionários sobre a percepção e a avaliação da qualidade urbana da área de estudo. A partir da pesquisa realizada, foram identificados os principais problemas, potencialidades, desafios e oportunidades da área de estudo, bem como as demandas e as expectativas dos atores sociais envolvidos. Com base nesses resultados, foram elaboradas propostas de intervenção urbana, considerando os aspectos físicos, funcionais, estéticos, sociais, econômicos e ambientais da área de estudo. As propostas foram apresentadas em forma de croquis, plantas, cortes, perspectivas e maquetes, ilustrando as soluções de desenho urbano propostas. Por fim, foram discutidos os benefícios, os custos, os riscos e as viabilidades das propostas, bem como as formas de implementação, gestão e participação dos atores sociais.
3.2
3.2. 1
Compreendendo os objetivos de desenvolvimento sustentável
Estratégia para uma gestão sustentável
O1 - ODS ERRADICAÇÃO DA POBREZA - tem o objetivo de acabar com a pobreza em todas as suas formas, em todos os lugares. Isso significa que todas as pessoas devem ter acesso a recursos econômicos, serviços básicos, propriedade e controle das terras, recursos naturais e novas tecnologias. O4 - EDUCAÇÃO DE QUALIDADE - tem o objetivo de assegurar a educação inclusiva e equitativa e de qualidade, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos. Isso significa que todas as pessoas devem ter acesso a um ensino de qualidade em todos os níveis, desde a educação infantil até a educação superior, passando pelo ensino fundamental e médio
As diretrizes da ODS 1 são as orientações que visam alcançar o objetivo de acabar com a pobreza em todas as suas formas, em todos os lugares, até 2030. Elas são baseadas nas metas e indicadores definidos pela ONU e adaptados à realidade nacional de cada país. As diretrizes da ODS 1 para o Brasil são:
O8 - TRABALHO DECENTE E CRESCIMENTO ECONÔMICO promove o crescimento econômico , inclusivo e sustentável, o emprego pleno e produtivo e trabalho decente para todas e todos. Isso significa que todas as pessoas devem ter acesso a oportunidades de trabalho digno, que respeitem seus direitos, sua segurança, sua saúde e sua remuneração justa. POR UM PLANO URBANO INTEGRADO E INCLUSIVO
POR UM ESPAÇO URBANO PRESERVADO E PRODUTIVO
Erradicar a pobreza extrema para todas as pessoas em todos os lugares, medida como pessoas vivendo com menos de PPC$3,20 per capita por dia. Reduzir à metade a proporção de homens, mulheres e crianças, de todas as idades, que vivem na pobreza monetária e não monetária, de acordo com as definições nacionais.
POR UM ESPAÇO URBANO HUMANIZADO, SEGURO E CONFORTAVEL
PLANO INTEGRADO DE INTERVENÇÃO
PLANOS DE CONSERVAÇÃO USO E OCUPAÇÃO DO SOLO
DIRETRIZES DE CONSERVAÇÃO
DIRETRIZES DE USO
DIRETRIZES DE OCUPAÇÃO
ÁREAS EDIFICAÇÕES A CONSERVAR
USOS A PROMOVER
GABARITO MAXIMO A PERMITIR POR QUADRA
PLANOS DE MOBILIDADE E ESPAÇOS PÚBLICOS
DIRETRIZES DE MOBILIDADE
VIAS A HUMANIZAR/ REPARTILHAR
DIRETRIZES PARA ESPAÇOS PÚBLICOS POLARES
ESPAÇOS A REABILITAR,CRIAR E CONSERVAR
DIRETRIZES DE ARTICULAÇÃO
VALORIZAR E VIABILIZAR
Implementar, em nível nacional, medidas e sistemas de proteção social adequados para todos, incluindo pisos, e até 2030 atingir a cobertura substancial dos pobres e vulneráveis. Garantir que todos os homens e mulheres, particularmente os pobres e vulneráveis, tenham direitos iguais aos recursos econômicos, bem como o acesso a serviços básicos, propriedade e controle sobre a terra e outras formas de propriedade, herança, recursos naturais, novas tecnologias apropriadas e serviços financeiros, incluindo micro finanças. Até 2030, construir a resiliência dos pobres e daqueles em situação de vulnerabilidade, e reduzir a exposição e vulnerabilidade destes a eventos extremos relacionados com o clima e outros choques e desastres econômicos, sociais e ambientais. - Garantir uma mobilização significativa de recursos a partir de uma variedade de fontes, inclusive por meio do reforço da cooperação para o desenvolvimento, a fim de proporcionar meios adequados e previsíveis para que os países em desenvolvimento implementem programas e políticas para acabar com a pobreza em todas as suas dimensões. - Criar quadros políticos sólidos em níveis nacional, regional e internacional, com base em estratégias de desenvolvimento a favor dos pobres e com perspectiva de gênero.
3.2. 2
Definindo uma estratégia sustentável de planejamento e gestão
Na área de estudo, no bairro São José, Recife, foram definidas algumas estratégias sustentáveis, de planejamento e gestão. Avaliando os impactos das ações da organização sobre meio ambiente e a sociedade, buscando utilizar os recursos de forma eficiente e racional. As estratégias para uma gestão sustentável são aquelas que buscam conciliar o desenvolvimento econômico, social e ambiental de uma organização, visando à sua viabilidade e competitividade no longo prazo. Algumas estratégias para uma gestão sustentável são: Avaliação e melhoria contínua do plano de sustentabilidade. Estabelecer indicadores de desempenho e monitoramento. Comunicação e participação dos grupos de interesse, que devem ser transparentes, frequentes e efetivas. Realizar uma análise de materialidade, que consiste em identificar os temas mais relevantes para a sustentabilidade da organização. Identificar objetivos e metas de sustentabilidade, que devem estar alinhados com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, que são 17 metas globais para alcançar um desenvolvimento sustentável até 2030. Definir estratégias e ações do plano de sustentabilidade, que devem ser coerentes com os objetivos e as metas definidos.
3.3
Planos Setoriais e gestão integrada
Um plano setorial é um instrumento de planejamento e gestão da política urbana que tem como objetivo detalhar as diretrizes de um plano geral ou nacional no âmbito territorial de uma região, sub-região, bairro ou área específica. Um plano setorial busca atender às demandas e especificidades locais, considerando as características socioeconômicas, culturais, ambientais e urbanísticas da área em questão. Uma gestão integrada é uma forma de administrar as políticas públicas de forma articulada, envolvendo diferentes setores, órgãos, entidades e atores sociais.
Quando se trata de desenho urbano, um plano setorial e uma gestão integrada são fundamentais para garantir a harmonia entre o espaço construído e as interações humanas. O desenho urbano é um campo de conhecimento multidisciplinar que aborda as áreas de urbanismo, paisagismo e arquitetura. Um plano setorial de desenho urbano permite definir as diretrizes e os instrumentos para orientar o uso e a ocupação do solo, a conservação e a renovação do patrimônio cultural, a implantação de sistemas de transporte e infraestrutura, a criação de espaços públicos atraentes e inclusivos, entre outros aspectos que afetam a qualidade de vida nas cidades. Uma gestão integrada de desenho urbano possibilita a coordenação e a cooperação entre os diferentes agentes urbanos, como o poder público, a iniciativa privada, as organizações da sociedade civil e os cidadãos. Uma gestão integrada de desenho urbano estimula a participação e o protagonismo dos atores sociais nas decisões e nas ações do projeto, buscando atender às demandas e às necessidades da população, respeitando e valorizando a diversidade humana.
3.3.1
Compreendendo o conceito de Planejamento Integrado
O planejamento integrado em urbanismo é um conceito que se refere à articulação e à coordenação das diversas políticas e planos setoriais que afetam o desenvolvimento urbano de uma cidade ou região. O planejamento integrado busca promover a sustentabilidade, a inclusão social, a qualidade de vida e a eficiência econômica nas cidades, considerando as variáveis e as restrições de cada área e ambiente. Alguns exemplos de planos setoriais que fazem parte do planejamento integrado: Plano Municipal de Habitação: define as diretrizes e as metas para a política habitacional da cidade, garantindo o direito à moradia digna e à regularização fundiária, bem como combater o déficit habitacional e a segregação socioespacial. Plano Municipal de Mobilidade: define metas para a mobilidade urbana da cidade, visando garantir o direito ao transporte público de qualidade, à acessibilidade, à segurança viária e à integração dos modais de transporte, bem como reduzir as emissões de poluentes e os congestionamentos. Plano Municipal de Saneamento: define as diretrizes e as metas para a política de saneamento básico da cidade, visando garantir o acesso universal aos serviços de abastecimento de água, esgotamento sanitário, drenagem urbana e limpeza urbana, bem como proteger a saúde pública e o meio ambiente.
3.3.2
Integrando e analisando os planos setorias do território
Plano Parque Capibaribe
O plano Parque Capibaribe é um projeto que visa transformar o Recife em uma cidade-parque, integrando as margens do rio Capibaribe com áreas verdes, lazer, mobilidade e sustentabilidade. O objetivo é elevar a taxa de área verde pública de 1,2 m² por habitante para 20 m² por habitante até 2037, quando o Recife completa 500 anos. O plano Parque Capibaribe também busca promover a integração socioespacial dos espaços públicos verdes nas margens do rio, considerando as diferenças e contrastes socioeconômicos da população que vive nesse território. Para isso, o plano utiliza instrumentos urbanísticos para analisar o potencial do tecido urbano nas áreas próximas ao rio, assim como a fragmentação e segregação presentes na área em estudo. O plano Parque Capibaribe é um projeto inovador e transformador do urbanismo recifense, que reaproxima a cidade de seu principal rio, resgatando a bacia hidrográfica como espinha dorsal da cidade. A estrutura do Projeto é formada por três elementos principais: Parque linear; Bairros-Parque; Parques Conectores. Parque Linear: é a faixa de 30 km de extensão ao longo das duas margens do rio, que será urbanizada e conectada por pontes, passarelas e ciclovias. O parque linear terá equipamentos públicos como academias, quadras, parques infantis, mirantes, praças e jardins. Bairros-Parque: são os bairros que fazem parte da área de influência do projeto, num raio de 500 metros a partir de cada margem. Esses bairros serão beneficiados com intervenções urbanas que melhorem a qualidade de vida dos moradores, como arborização, saneamento, iluminação, calçadas e drenagem. Parques Conectores: são áreas verdes de grande porte que funcionam como pontos de encontro entre os bairros-parque e o parque linear. Esses parques terão funções ecológicas, culturais, educativas e recreativas, além de servirem como corredores ecológicos para a fauna e a flora.
Como o Plano Parque Capibaribe influencia no bairro São josé:
O plano Parque Capibaribe pretende influenciar positivamente o bairro São José, ao promover a revitalização e a integração socioespacial dos espaços públicos verdes nas margens do rio, considerando as diferenças e contrastes socioeconômicos da população que vive nesse território. O plano também busca resgatar a identidade e a memória do bairro, valorizando o seu patrimônio histórico, artístico e cultural, e estimulando a participação e o protagonismo dos moradores nas ações do projeto. Alguns exemplos de intervenções previstas pelo plano Parque Capibaribe no bairro São José são: a urbanização da Vila Vintém, uma comunidade carente que será beneficiada com a construção de um parque linear, com áreas de lazer, esporte, cultura e convivência; a implantação de um sistema de transporte fluvial, que irá conectar o bairro com outras regiões da cidade, melhorando a mobilidade e reduzindo a emissão de poluentes; e a recuperação do Riacho do Cavouco, um afluente do Capibaribe que está poluído e assoreado, e que será transformado em um corredor verde, com vegetação nativa e fauna diversificada
3.4
Desenho Urbano e gestão inclusiva
Um desenho urbano e gestão inclusiva é uma forma de planejar e projetar os espaços públicos e privados da cidade, considerando as necessidades, as potencialidades e a diversidade de todos os seus habitantes, sem discriminação ou exclusão. O desenho urbano e gestão inclusiva busca promover a acessibilidade, a participação, a integração, a sustentabilidade e a qualidade de vida nas cidades, garantindo igualdade de oportunidades e autonomia para as pessoas com diferentes capacidades, idades, gêneros, culturas e origens. Um dos conceitos que orienta o desenho urbano e gestão inclusiva é o de desenho universal, que é uma proposta de tornar edifícios, produtos e ambientes construídos integralmente inclusivos, ou seja, que possam ser usados por todas as pessoas, sem necessidade de adaptação ou especialização. O desenho universal se baseia em sete princípios: uso equitativo, uso flexível, uso simples e intuitivo, informação perceptível, tolerância ao erro, baixo esforço físico e tamanho e espaço adequados para uso e abordagem. Alguns exemplos de desenho urbano e gestão inclusiva são: a reutilização e regeneração de áreas abandonadas ou socialmente degradadas; a prevenção da expansão urbana desordenada e a priorização do adensamento e desenvolvimento urbano no interior dos espaços construídos; a compatibilização de usos do solo nas áreas urbanas; a conservação, renovação e utilização/reutilização do patrimônio cultural urbano; a adoção de critérios de desenho urbano e de construção sustentáveis, respeitando e considerando os recursos e fenômenos naturais no planejamento; a implantação de sistemas de transporte e infraestrutura integrados, eficientes e acessíveis; a criação de espaços públicos atraentes e inclusivos, que favoreçam a convivência, a cultura, o esporte e a saúde; e a promoção da participação e do protagonismo dos cidadãos nas decisões e nas ações do projeto.
3.4.1
Compreendendo as percepções e necessidades da população local
A NOSSA PESQUISA Para conhecer melhor a realidade e as demandas da população que vive ou frequenta o bairro São José, foi aplicado um questionário nas ruas Imperial e Av. Sul. O questionário tinha como objetivo coletar informações sobre a percepção, a opinião e a satisfação dos moradores e visitantes em relação ao bairro. Os resultados do questionário, apesar de não serem conclusivos para embasar dados confiáveis, devido ao número reduzido de indivíduos entrevistados, foram importantes para compreender e se aproximar da situação vivenciada no bairro. Dessa forma, as questões estavam enumeradas de 1 a 22, dentre os temas estavam: conservação; uso e ocupação do solo; mobilidade e espaços públicos.
3.4. 2
Propondo Diretrizes para uma gestão inclusiva
Fomentar a diversidade e a mistura de usos, funções e atividades na cidade, evitando a segregação e a homogeneização dos espaços urbanos. Isso envolve incentivar a convivência e a interação entre diferentes grupos sociais, culturais e econômicos, bem como valorizar as identidades e as expressões locais. Garantir o acesso equitativo aos serviços, equipamentos e infraestruturas urbanas, como transporte, saúde, educação, cultura, lazer, saneamento, etc. Isso significa priorizar os investimentos nas áreas mais carentes e periféricas, bem como promover a integração e a conectividade entre as diferentes partes da cidade. Preservar e recuperar o patrimônio natural, histórico e cultural da cidade, reconhecendo sua importância para a memória, a identidade e a qualidade de vida dos habitantes. Isso requer adotar medidas de proteção, conservação e revitalização dos recursos e dos bens patrimoniais, bem como promover sua difusão e seu aproveitamento sustentável. Estimular a inovação e a criatividade na cidade, buscando soluções que atendam aos desafios e às oportunidades do contexto urbano atual e futuro. Isso implica em apoiar as iniciativas e os empreendimentos que contribuam para o desenvolvimento social, econômico, ambiental e cultural da cidade, bem como fomentar a pesquisa, a experimentação e a aprendizagem contínua.
3.5
REFERÊNCIAS
https://www.cidadessustentaveis.org.br/institucional/planejamento-integrado_introducaoquinho de texto CÂMARA, C. D. D. et al. Plano Centro Cidadão, volume 04 - Recife: UNICAP, 2018 https://brasil.un.org/pt-br/sdgs https://www.cidadessustentaveis.org.br/institucional/pagina/planejamento-e-desenho-urbano?eixos=true LAMAS, José Ressano Garcia. Morfologia Urbana e Desenho da Cidade. Lisboa: Fundação CalousteGulbenkian, 1992. SPECK, Jeff. Cidade caminhável. São Paulo: Perspectiva, 2016
Capitulo
Introdução
O1 Área de Estudo
Calculos Conceito Programa Diagrama de Secção
Capitulo
O2
Plantas
Planta Térreo Planta 1 pavimento Planta Tipo O1 Ampliado Planta Tipo O2 Ampliado Planta Tipo O3 Ampliado Planta Tipo O4 Ampliado
Corte Longitudinal Corte Detalhado Elevações
Capitulo
O3
Cortes
Capitulo
04
Perspectivas
Autores: Marília Ribeiro e Victor Jordão Orientadores: Alberico Barreto e Vera Freire Arquitetura e Urbanismo Projeto VIII
Capitulo
Introdução
O1
1
CONCEITO
O projeto consiste em uma proposta de intervenção urbana em um terreno localizado entre a avenida Sul e a Rua Imperial, no bairro de São José, em Recife. O objetivo do projeto é valorizar o patrimônio existente e promover a revitalização da área, oferecendo novas possibilidades de uso e convivência. Dessa forma, foi preservada uma edificação preexistente e historicista, sendo integrada ao projeto. A proposta arquitetônica é uma edificação de uso misto, com o térreo ativo e o restante residencial. O térreo abriga um espaço para 29 salas comerciais; um co-working e café, que se integra ao passeio público e cria uma interface entre o edifício e a cidade. O restante da edificação é composto por unidades habitacionais de diferentes tipologias, que se adaptam às necessidades e preferências dos moradores. A fachada poente possui jardineiras com plantas ornamentais e vegetação nativa, que contribuem para o conforto térmico e ambiental do edifício. A cobertura da edificação é aproveitada com áreas de convivência, que inclui piscina, academia, sauna, área gourmet e brinquedoteca. O projeto busca respeitar o contexto histórico e cultural do local e ao mesmo tempo, busca inovar na forma e na função, criando um edifício contemporâneo, sustentável e dinâmico, que se relaciona com a cidade e com as pessoas.
Figura O1 - Diagrama Autorial
Figura O2 - Diagrama Autorial
TERRAÇOS SÃO JOSÉ
Figura O3 - Autores Renata Monteiro; Micael Matheus
1
96 Apartamentos
Estacionamentos para Área comercial Administração Estacionamento Bicicletário
Portária Bicicletário 4 Elevadores Piscina Sauna Espaço Pet Quadra Esportiva Academia Sala de reunião/Co-working Salão de festa Casa de lixo Casa de máquinas Gerador
Diagrama de Secção
Capitulo
A.COMERCIAL
25 Salas Comerciais
A.PARTICULAR
PROGRAMA
Plantas
O2
LEGENDA
3/5
12 - HALL 13 - ESCADAS ELEVADOR O1 ELEVADOR O2 ELEVADOR O3 ELEVADOR O4 APARTAMENTO 101 APARTAMENTO 102 APARTAMENTO 107 APARTAMENTO 108 APARTAMENTO 109 APARTAMENTO 111
PLANTA BAIXA 1 PAVIMENTO
Planta Baixa Tipo O1
PLANTA BAIXA 1 PAVIMENTO - APARTAMENTOS TIPOS (AMPLIADO)
Sala de Estar Sala de Jantar Cozinha Lavabo O2 Quartos com Suíte Varanda
Planta Baixa Tipo O2 Sala de Estar Sala de Jantar Cozinha Banheiro O1 Quartos com Suíte Varanda
Planta Baixa Tipo O3 Sala de Estar Cozinha Banheiro O1 Quarto Varanda
Planta Baixa Tipo O1 - ÁREA TOTAL : 94,86m²
Planta Baixa Tipo O2 - área total: 39,25M²
Planta Baixa Tipo O3 - 59,25M²
PLANTA BAIXA 1 PAVIMENTO - APARTAMENTOS TIPOS (AMPLIADO)
Planta Baixa Tipo O1 Sala de Estar Sala de Jantar Cozinha Lavabo O2 Quartos com Suíte Varanda
Planta Baixa Tipo O2 Sala de Estar Sala de Jantar Cozinha Banheiro O1 Quartos com Suíte Varanda
Planta Baixa Tipo O3 Sala de Estar Cozinha Banheiro O1 Quarto Varanda
Planta Baixa Tipo O1 - ÁREA TOTAL : 94,86m²
Planta Baixa Tipo O2 - área total: 39,25M²
Planta Baixa Tipo O3 - 59,25M²
Planta Baixa Tipo O4 Sala de Estar Sala de Jantar Cozinha O2 Banheiros O1 Quartos com Suíte O2 Quartos Solteiros Varanda
Planta Baixa Tipo O5 Sala de Estar Sala de Jantar Cozinha O2 Banheiros O1 Quartos com Suíte O1 Quartos Solteiro Varanda
Planta Baixa Tipo O3 Sala de Estar Sala de Jantar Cozinha O2 Banheiros O1 Quartos com Suíte O1 Quartos Solteiro Varanda
Planta Baixa Tipo O6 - 95,77M²
Planta Baixa Tipo O5 - 81,28M²
Planta Baixa Tipo O4 - 118M²
Capitulo
O3
CORTES
Fachada Av Sul
Capitulo
Perspectiva
Fachada Rua imperial
lateral TV.Padre Azevedo
O4