Apostila

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Aula 001 Anatomia e fisiologia humana Livro digital

Sistema Tegumentar O tegumento ou pele cobre a superfície do corpo protegendo-o das influências ambientais danosas. Como a pele é facilmente acessível, ela é importante nos exames físicos. A pele propicia: Proteção do corpo contra o meio ambiente, abrasões, perda de líquido, substâncias nocivas e microrganismos invasores. Regulação do calor através das glândulas sudoríparas e vasos sanguíneos. Sensibilidade por meio dos nervos superficiais e suas terminações sensitivas.

A pele forma um envoltório para as estruturas do corpo e substâncias vitais (líquidos), formando assim o maior órgão do corpo. A pele é composta de: Epiderme: camada celular superficial.


Derme: camada de tecido conectivo profunda. Epiderme A epiderme, ou cutícula, não é vascularizada, consiste de epitélio estratificado, amoldase perfeitamente sobre a camada papilar da derme, e varia de espessura em diferentes partes. Em alguns lugares como na palma da mão e planta dos pés, ela é espessa, dura e de textura córnea. O epitélio estratificado da epiderme compõe-se de várias camadas denominadas de acordo com diversas categorias, tais como o aspecto das células, textura, composição e posição. Essas camadas são, de superficial para profundo: estrato córneo, estrato lúcido, estrato granuloso, estrato espinhoso e estrato basal. O estrato córneo é remanescente das células que contém uma proteína fibrosa, a queratina.

A coloração da pele se deve aos pigmentos nas células da epiderme. Este pigmento é mais distinto nas células da camada basal. O pigmento (melanina) consiste em grânulos muito pequenos, marron-escuro ou pretos, intimamente agrupados, dentro das células. Derme A derme, cório, cútis verdadeira ou pele verdadeira é rija, flexível e elástica. É mais espessa na superfície dorsal do corpo que na ventral e na parte lateral mais que na medial dos membros. Nas pálpebras, escroto e pênis é excessivamente fina e delicada. A pele consiste em um tecido conjuntivo com quantidade variável de fibras elásticas e numerosos nervos, vasos sanguíneos e linfáticos. O tecido conjuntivo se dispõe em duas camadas: uma profunda ou reticular e a outra superficial ou papilar. A camada reticular consiste de tecido conjuntivo fibra elástico, composto sobretudo de feixes colágenos. As células desta camada são principalmente fibroblastos e histiócitos. Nas camadas mais profundas da camada reticular encontram-se glândulas sudoríparas, sebáceas, folículos do pêlo e pequenos acúmulos de células.


A camada papilar consiste em numerosas eminências vasculares altamente sensitivas, as papilas. As papilas são pequenas eminências cônicas de extremidades arredondadas ou dilatadas. Tecido Subcutâneo A derme está situada sobre a tela subcutânea. Esta última camada não é considerada como pertencente à pele e por isso é chamada de tela ou tecido subcutâneo ou hipoderme. O tecido subcutâneo é composto principalmente por tecido conjuntivo frouxo e tecido adiposo. Ela desempenha duas funções principais: auxilia a isolar o corpo das variações extremas do meio ambiente e fixa a pele às estruturas subjacentes. Poucas áreas do corpo não possuem esse tecido; nestes locais, a pele está fixada diretamente no osso. A pele das articulações e dos dedos apresenta dobras e é enrugada porque está aderida ao osso.


Anexos da Pele Os anexos da pele são as unhas, os pêlos e as glândulas sudoríparas e sebáceas com seus respectivos ductos. Unhas: são estruturas achatadas, elásticas, de textura córnea, aplicadas sobre a superfície dorsal das falanges distais. Cada unha está implantada por uma porção chamada raiz em um sulco da pele; a porção exposta é denominada corpo e a extremidade distal, borda livre. A unha é firmemente aderente ao cório e exatamente moldada sobre a superfície; a parte de baixo do corpo e da raiz da unha é chamada matriz da unha porque é esta que a produz. Próximo a raiz da unha o tecido não está firmemente aderido ao tecido conjuntivo, mas apenas em contato com o mesmo; por isso esta porção da unha é esbranquiçada e chamada lúnula devido a sua forma.


Pêlos: são encontrados em quase toda superfície do corpo. Variam muito em comprimento, espessura e cor nas diferentes partes do corpo e nas várias raças humanas. Um pêlo consiste em raiz (a parte implantada na pele) e haste (a porção que se projeta da superfície). A raiz do pêlo termina no bulbo do pêlo que é mais esbranquiçado e de textura mais mole do que a haste e está alojado em um canalículo da epiderme que o envolve, chamado folículo do pêlo. No fundo de cada folículo encontra-se uma pequena eminência cônica vascular ou papila. Ela é contínua com a camada dérmica do folículo e suprida com fibrilas nervosas. O folículo piloso consiste em duas túnicas: externa e interna ou epidérmica. O bulbo piloso é moldado sobre a papila e compõe-se de células epiteliais poliédricas que, ao passarem para o interior da raiz do pêlo, se alongam, tornando-se fusiformes. A haste do pêlo consiste, de dentro para fora, de três partes: a medula, o córtex e a cutícula. A medula em geral está ausente em delgados pêlos que cobrem a superfície do corpo e comumente nos da cabeça. Compõe-se de fileiras de células poliédricas contendo grânulos de eleidina e frequentemente espaços aéreos. O córtex constitui a parte da haste; suas células são alongadas e unidas para formar fibras fusiformes a achatadas contendo grânulos de pigmento em pêlos escuros e ar nos brancos. A cutícula compõe-se de uma simples camada de escamas achatadas que se sobrepõem da profundidade para a superfície.

Correlacionado aos folículos pilosos há um conjunto de pequeninos feixes de fibras musculares lisas involuntárias, denominadas eretores dos pêlos. Emergem da camada superficial da derme e se inserem no folículo. Colocam-se do lado para onde o pêlo se inclina, e pela sua ação diminuem a obliquidade do folículo, tornando-o reto. Glândulas Sudoríparas (Gl. do suor): são encontradas em quase toda a parte da pele. Consistem de um simples tubo cuja a parte profunda constitui uma bolsa esférica ou oval chamada corpo da


glândula, enquanto a porção superior ou ducto atravessa a derme e a epiderme, abrindo-se na superfície da pele por uma abertura afunilada. Nas camadas superficiais da derme o ducto é retilíneo, mas nas camadas profundas o ducto é enrolado ou mesmo retorcido. São muito abundantes na palma das mãos e planta dos pés.

Glândulas Sebáceas: são órgãos glandulares pequenos e saculiformes alojados na derme, encontradas em muitas partes da pele, mas em abundância no couro cabeludo e na face. Cada glândula consiste de um simples ducto que emerge de um agrupamento ovalado ou em forma de garrafa – os alvéolos, que são em geral de dois a cinco, podendo chegar, em alguns casos, até vinte. Cada alvéolo é composto de uma membrana basal transparente contendo um certo número de células epiteliais.


Receptores Sensitivos Encontrados na Pele Terminações Nervosas Livres: são encontradas em todos os tecidos conjuntivos. São mielinizadas ou amielínicas, mas sempre de diâmetro pequeno e baixa velocidade de condução (Grupo III ou Grupo IV). Podem ser polimodais ou unipodais (nociceptores). São sensíveis aos estímulos mecânicos, térmicos e especialmente aos dolorosos. São formadas por um axônio ramificado envolto por células de Schwann sendo, por sua vez, ambos envolvidos por uma membrana basal.


Terminações Epidérmicas: Associadas com folículos pilosos (fibras mielinizadas): Terminações em Paliçada - as fibras se aproximam do folículo em diferentes direções, logo abaixo do ducto sebáceo, onde se divide e corre paralela com o pelo na camada folicular externa. Caracterizam-se como terminações nervosas livres. Meniscos Táteis (Céls. de Merkel) - Uma fibra aferente costuma estar ramificada com vários discos terminais destas ramificações nervosas. Estes discos estão englobados em uma célula especializada, cuja superfície distal se fixa às células epidérmicas por um prolongamento de seu protoplasma e se interdigitam com os ceratinócitos adjacentes. Assim, os movimentos de pressão e tração sobre epiderme desencadeiam o estímulo. São mecanorreceptores (Tipo I) e de adaptação lenta, receptivos à pressão vertical e servidos por grandes aferentes mielinizados (A alfa). São encontrados nas partes distais das extremidades e na pele dos lábios e genitais externos. Terminações Nervosas Encapsuladas

Corpúsculos Táteis (Meissner) - Encontrados nas papilas dérmicas da mão e do pé, parte anterior do antebraço, lábios, pálpebra e língua. Tem forma cilíndrica e possui uma cápsula de tecido conjuntivo e um cerne central com fibras nervosas mielínicas. São mecanorreceptores de adaptação rápida, fornecendo informações a respeito das forças mecânicas rapidamente flutuantes. Grandes Corpúsculos Lamelados de Vater-Paccini Encontrados nas faces ventrais da mão e do pé, órgãos genitais, braço, pescoço, papila mamária, periósteo e próximos à articulações. São ovoides, esféricos e espiralados e cada um possui uma cápsula (30 lamelas), uma zona de crescimento intermediária e um cerne central (60 lamelas) que contém um terminal axônico. Cada corpúsculo é suprido por uma ou, raramente, duas fibras mielinizadas (A alfa).

Essa fibra perde a bainha de mielina e na junção com a cerne perde a célula de Schwann. São mecanoceptores de adaptação muito rápida, respondendo somente a distúrbios repentinos e especialmente sensíveis à vibração. Podem chegar a um comprimento de 1 a 4 mm, visíveis a olho nu, como corpos brancos ovalados. Ao corte, microscopicamente, tem o aspecto de uma cebola.


Técnica de prata Glees e Marsland

Eletromicrografia

Arranjos Cutâneos Especiais - Arranjos que informam o estado mecânico e térmico da superfície do corpo, inclusive estímulos nocivos. São subdivididos em: mecanoceptores, termoceptores e nociceptores. A atividade de fibras nervosas sensitivas isoladas é ativada somente por certos tipos de estímulos aplicados à área da pele que ela inerva, o que mostra o seu alto grau de especificidade, tornando difícil uma correlação estreita entre morfologia e função.


Esquema resumido dos receptores sensitivos encontrados na pele: RECEPTORES DE SUPERFÍCIE Receptores de Ruffini Discos de Merkel Receptores de Vater-Pacini Receptores de Meissner Terminações nervosas livres

SENSAÇÃO PERCEBIDA Calor Tato e pressão Pressão Tato Principalmente dor

Sistema Esquelético: Conceito de Sistema Esquelético: O sistema esquelético é composto de ossos e cartilagens. Conceito de Ossos: Ossos são órgãos esbranquiçados, muito duros, que unindo-se aos outros, por intermédio das junturas ou articulações constituem o esqueleto. É uma forma especializada de tecido conjuntivo cuja a principal característica é a mineralização (cálcio) de sua matriz óssea (fibras colágenas e proteoglicanas). O osso é um tecido vivo, complexo e dinâmico. Uma forma sólida de tecido conjuntivo, altamente especializado que forma a maior parte do esqueleto e é o principal tecido de apoio do corpo. O tecido ósseo participa de um contínuo processo de remodelamento dinâmico, produzindo osso novo e degradando osso velho. O osso é formado por vários tecidos diferentes: tecido ósseo, cartilaginoso, conjuntivo denso, epitelial, adiposo, nervoso e vários tecidos formadores de sangue. Quanto a irrigação do osso, temos os canais de Volkman e os canais de Havers. O tecido ósseo não apresenta vasos linfáticos, apenas o tecido periósteo tem drenagem linfática. Canais de Havers são uma série de tubos em torno de estreitos canais formados por lamelas concêntricas de fibras colágenas. Esta região é denominada osso compacto ou diáfise. Vasos sanguíneos e células nervosas em todo o osso comunicam-se por osteócitos (que emitem expansões citoplasmáticas que põem em contato um osteócito com o outro) em lacunas (espaços dentro da matriz óssea densa que contêm células ósseas). Este arranjo original é propício ao depósito de sal mineral, o que dá resistência ao tecido ósseo. Deve-se ainda ressaltar que esses canais percorrem o osso no sentido longitudinal levando dentro de sua luz, vaso sanguíneos e nervos que são responsáveis pela nutrição do tecido ósseo. Ele faz que os vasos sanguíneos passem pelo tecido ósseo.


Canais de Volkmann são canais microscópicas encontradas no osso compacto, são perpendiculares aos Canais de Havers, e são um dos componentes do sistema de Haversian. Os canais de Volkmann também podem transportar pequenas artérias em todo o osso. Os canais de Volkmann não apresentam lamelas concêntricas. O interior da matriz óssea existem espaços chamados lacunas que contêm células ósseas chamadas osteócitos. Cada osteófito possui prolongamentos chamados canalículos, que se estendem a partir das lacunas e se unem aos canalículos das lacunas vizinhas, formando assim, uma rede de canalículos e lacunas em toda a massa de tecido mineralizado. Conceito de Cartilagem: É uma forma elástica de tecido conectivo semi-rígido - forma partes do esqueleto nas quais ocorre movimento. A cartilagem não possui suprimento sanguíneo próprio; consequentemente, suas células obtêm oxigênio e nutrientes por difusão de longo alcance.

Funções do Sistema Esquelético: - Sustentação do organismo (apoio para o corpo) - Proteção de estruturas vitais (coração, pulmões, cérebro) - Base mecânica para o movimento - Armazenamento de sais (cálcio, por exemplo) - Hematopoiética (suprimento contínuo de células sanguíneas novas) Número de Ossos do Corpo Humano: É clássico admitir o número de 206 ossos. Cabeça = 22 Crânio = 08 Face = 14 Pescoço = 8

Membro Superior = 32 Cintura Escapular = 2 Braço = 1 Antebraço = 2 Mão = 27

Tórax = 37 24 costelas 12 vértebras

Membro Inferior = 31 Cintura Pélvica = 1 Coxa = 1


1 esterno

Joelho = 1 Perna = 2 Pé = 26

Abdômen = 7 5 vértebras lombares 1 sacro 1 cóccix Ossículos do Ouvido Médio = 3

Divisão do Esqueleto: Esqueleto Axial - Composta pelos ossos da cabeça, pescoço e do tronco. Esqueleto Apendicular - Composta pelos membros superiores e inferiores. A união do esqueleto axial com o apendicular se faz por meio das cinturas escapular e pélvica.

Classificação dos Ossos: Os ossos são classificados de acordo com a sua forma em: Ossos Longos: Tem o comprimento maior que a largura e são constituídos por um corpo e duas extremidades. Eles são um pouco encurvados, o que lhes garante maior resistência. O osso um pouco encurvado absorve o estresse mecânico do peso do corpo


em vários pontos, de tal forma que há melhor distribuição do mesmo. Os ossos longos tem suas diáfises formadas por tecido ósseo compacto e apresentam grande quantidade de tecido ósseo esponjoso em suas epífises. Exemplo: Fêmur.

Ossos Curtos: São parecidos com um cubo, tendo seus comprimentos praticamente iguais às suas larguras. Eles são compostos por osso esponjoso, exceto na superfície, onde há fina camada de tecido ósseo compacto. Exemplo: Ossos do Carpo.

Ossos Laminares (Planos): São ossos finos e compostos por duas lâminas paralelas de tecido ósseo compacto, com camada de osso esponjoso entre elas. Os ossos planos garantem considerável proteção e geram grandes áreas para inserção de músculos. Exemplos: Frontal e Parietal.

Além desses três grupos básicos bem definidos, há outros intermediários, que podem ser distribuído em 5 grupos: Ossos Alongados: São ossos longos, porém achatados e não apresentam canal central. Exemplo: Costelas.


Ossos Pneumáticos: São osso ocos, com cavidades cheias de ar e revestidas por mucosa (seios), apresentando pequeno peso em relação ao seu volume. Exemplo: Esfenoide.

Ossos Irregulares: Apresentam formas complexas e não podem ser agrupados em nenhuma das categorias prévias. Eles tem quantidades variáveis de osso esponjoso e de osso compacto. Exemplo: Vértebras.

Ossos Sesamóides: Estão presentes no interior de alguns tendões em que há considerável fricção, tensão e estresse físico, como as palmas e plantas. Eles podem variar de tamanho e número, de pessoa para pessoa, não são sempre completamente ossificados, normalmente, medem apenas alguns milímetros de diâmetro. Exceções notáveis são as duas patelas, que são grandes ossos sesamóides, presentes em quase todos os seres humanos.

Ossos Suturais: São pequenos ossos localizados dentro de articulações, chamadas de suturas, entre alguns ossos do crânio. Seu número varia muito de pessoa para pessoa.


Estrutura dos Ossos Longos: A disposição dos tecidos ósseos compacto e esponjoso em um osso longo é responsável por sua resistência. Os ossos longos contém locais de crescimento e remodelação, e estruturas associadas às articulações. As partes de um osso longo são as seguintes: Diáfise: é a haste longa do osso. Ele é constituída principalmente de tecido ósseo compacto, proporcionando, considerável resistência ao osso longo. Epífise: as extremidades alargadas de um osso longo. A epífise de um osso o articula, ou une, a um segundo osso, em uma articulação. Cada epífise consiste de uma fina camada de osso compacto que reveste o osso esponjoso e recobertas por cartilagem. Metáfise: parte dilatada da diáfise mais próxima da epífise.

Configuração Externa dos Ossos: Articulares - Cabeça - Côndilo

SALIÊNCIAS ÓSSEAS Não Articulares - Processos - Tubérculos


- Trocânter - Espinha - Eminência - Lâminas - Cristas

- Faceta

Cabeça do Fêmur

Articulares

- Cavidades - Acetábulo - Fóvea

Processos Transverso e Espinhoso (Vértebras)

DEPRESSÕES ÓSSEAS Não Articulares - Fossas - Sulcos - Forames - Meatos - Seios - Fissuras - Canais

Cavidade Glenóide (Escápula) Processos Transverso e Espinhoso (Vértebras)

Configuração Interna dos Ossos: As diferenças entre os dois tipos de osso, compacto e esponjoso ou reticular, dependem da quantidade relativa de substâncias sólidas e da quantidade e tamanho dos espaços


que eles contém. Todos os ossos tem uma fina lâmina superficial de osso compacto em torno de uma massa central de osso esponjoso, exceto onde o último é substituído por uma cavidade medular. O osso compacto do corpo, ou diáfise, que envolve a cavidade medular é a substância cortical. A arquitetura do osso esponjoso e compacto varia de acordo com a função. O osso compacto fornece força para sustentar o peso. Nos ossos longos planejados para rigidez e inserção de músculos e ligamentos, a quantidade de osso compacto é máxima, próximo do meio do corpo onde ele está sujeito a curvar-se. Os ossos possuem alguma elasticidade (flexibilidade) e grande rigidez. Periósteo e Endósteo: O Periósteo é uma membrana de tecido conjuntivo denso, muito fibroso, que reveste a superfície externa da diáfise, fixando-se firmemente a toda a superfície externa do osso, exceto à cartilagem articular. Protege o osso e serve como ponto de fixação para os músculos e contém os vasos sanguíneos que nutrem o osso subjacente. O Endósteo se encontra no interior da cavidade medular do osso, revestido por tecido conjuntivo.

Tecido Ósseo Compacto Tecido Ósseo Esponjoso Contém poucos espaços em seus componentes Constitui a maior parte do rígidos. Dá proteção e suporte e resiste às forças tecido produzidas pelo peso e movimento. Encontrados ósseo dos ossos curtos, geralmente nas diáfises. chatos e irregulares. A


maior parte é encontrada nas epifises.

Sistema articular Articulações ou junturas são as uniões funcionais entre os diferentes ossos do esqueleto. São divididas nos seguintes grupos, de acordo com sua estrutura e mobilidade: 1 - Articulações Fibrosas (Sinartroses) ou imóveis; 2 - Articulações Cartilagíneas (Anfiartroses) ou com movimentos limitados; 3 - Articulações Sinoviais (Diartroses) ou articulações de movimentos amplos. Sinartroses As articulações fibrosas incluem todas as articulações onde as superfícies dos ossos estão quase em contato direto, como nas articulações entre os ossos do crânio (exceto a ATM). Há três tipos principais de articulações fibrosas: Suturas Nas suturas as extremidades dos ossos têm Inter digitações ou sulcos, que os mantêm íntima e firmemente unidos. Consequentemente, as fibras de conexão são muito curtas preenchendo uma pequena fenda entre os ossos. Este tipo de articulação é encontrado somente entre os ossos planos do crânio. Na maturidade, as fibras da sutura começam a ser substituídas completamente, os de ambos os lados da sutura tornam-se firmemente unidos/fundidos. Esta condição é chamada de sinostose

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Exemplo de Sutura Craniana

Exemplo de Sinostose (Sacro)

SUTURAS CRANIANAS

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.


Sindesmoses

Nestas suturas o tecido interposto é também o conjuntivo fibroso, mas não ocorre nos ossos do crânio. Na verdade, a Nomenclatura Anatômica só registra dois exemplos: sindesmose tíbio-fíbula e sindesmose radioulna.

Gonfoses

Também chamada de articulação em cavilha, é uma articulação fibrosa especializada à fixação dos dentes nas cavidades alveolares na mandíbula e maxilas. O colágeno do periodonto une o cemento dentário com o osso alveolar.

GONFOSES - DENTES PRIMÁRIOS E PERMANENTES


Anfiartroses Nas articulações cartilaginosas, os ossos são unidos por cartilagem pelo fato de pequenos movimentos serem possíveis nestas articulações, elas também são chamadas de anfiartroses. Existem dois tipos de articulações cartilagíneas: Sincondroses Os ossos de uma articulação do tipo sincondrose estão unidos por uma cartilagem hialina. Muitas sincondroses são articulações temporárias, com a cartilagem sendo substituída por osso com o passar do tempo (isso ocorre em ossos longos e entre alguns ossos do crânio). As articulações entre as dez primeiras costelas e as cartilagens costais são sincondroses permanentes.

Sincondroses Cranianas:

Esfeno-etmoidal Esfeno-petrosa Intra-occipital anterior Intra-occipital posterior

Sincondroses Pós-cranianas: Epifisiodiafisárias Epifisiocorporal Intra-epifisária Externais Manúbrio-esternal Xifoesternal Sacrais Sínfises As superfícies articulares dos ossos unidos por sínfises estão cobertas por uma camada de cartilagem fibrosa. Entre os ossos da articulação, há um disco fibrocartilaginoso, sendo essa a característica distintiva da sínfise. Esses discos por serem compressíveis permitem que a sínfise absorva impactos. A articulação entre os ossos púbicos e a articulação entre os corpos vertebrais são exemplos de sínfises. Durante o desenvolvimento as duas metades da


mandíbula estão unidas por uma sínfise mediana, mas essa articulação torna-se completamente ossificada na idade adulta.

Sínfises:

Manúbrio-esternal Intervertebrais Sacrais Púbica •

Mentoniana

Diartroses As articulações sinoviais incluem a maioria das articulações do corpo. As superfícies ósseas são recobertas por cartilagem articular e unidas por ligamentos revestidos por membrana sinovial. A articulação pode ser dividida completamente ou incompletamente por um disco ou menisco articular cuja periferia se continua com a cápsula fibrosa, enquanto que suas faces livres são recobertas por membrana sinovial. Classificação Funcional das Articulações O movimento das articulações depende, essencialmente da forma das superfícies que entram em contato e dos meios de união que podem limita-lo. Na dependência destes fatores as articulações podem realizar movimentos de um, dois ou três eixos. Este é o critério adotado para classifica-las funcionalmente. Articulação Monoaxial - Quando uma articulação realiza movimentos apenas em torno de um eixo (1 grau de liberdade). As articulações que só permitem a flexão e extensão, como a do cotovelo, são monoaxiais. Há duas variedades nas quais o movimento é uniaxial: gínglimo ou articulação em dobradiça e trocoide ou articulação em pivô. - Gínglimo ou Articulação em Dobradiça: as superfícies articulares permitem movimento em um só plano. As articulações são mantidas por fortes ligamentos colaterais. Exemplos: Articulações Inter falangeanas e articulação úmero-ulnar. - Trocóide ou Articulação em Pivô: Quando o movimento é exclusivamente de rotação. A articulação é formada por um processo em forma de pivô rodando dentro de um anel ou um anel sobre um pivô. Exemplos: Articulação rádioulnar proximal e atlanto-axial.


Articulação Biaxial - Quando uma articulação realiza movimentos em torno de dois eixos (2 graus de liberdade). As articulações que realizam extensão, flexão, adução e abdução, como a rádio-cárpica (articulação do punho) são biaxiais. Há duas variedades de articulações biaxiais: articulações condilar e selar. - Articulação Condilar: Nesse tipo de articulação, uma superfície articular ovoide ou condilar é recebida em uma cavidade elíptica de modo a permitir os movimentos de flexão e extensão, adução e abdução e circundução, ou seja, todos os movimentos articulares, menos rotação axial. Exemplo: Articulação do pulso. - Articulação Selar: Nestas articulações as faces ósseas são reciprocamente côncavo-convexas. Permitem os mesmos movimentos das articulações condilares. Exemplo: Carpo metacárpicas do polegar. Articulação Triaxial - Quando uma articulação realiza movimentos em torno de três eixos (3 graus de liberdade). As articulações que além de flexão, extensão, abdução e adução, permitem também a rotação, são ditas tri axiais, cujos exemplos típicos são as articulações do ombro e do quadril. Há uma variedade onde o movimento é poliaxial, chamada articulação esferoide ou enartrose. - Articulação Esferoide ou Enartrose: É uma forma de articulação na qual o osso distal é capaz de movimentar-se em torno de vários eixos, que tem um centro comum. Exemplos: Articulações do quadril e ombro. Existe ainda um outro tipo de articulação chamada Articulação Plana, que permite apenas movimentos deslizantes. Exemplos: Articulações dos corpos vertebrais e em algumas articulações do carpo e do tarso. Estruturas das Articulações Móveis Ligamentos Os ligamentos são constituídos por fibras colágenas dispostas paralelamente ou intimamente entrelaçadas umas as outras. São maleáveis e flexíveis para permitir perfeita liberdade de movimento, porém são muito fortes, resistentes e inelásticos (para não ceder facilmente à ação de forças.


Ligamentos do Joelho

Fonte: SOBOTTA, Johannes. Atlas de Anatomia Humana. 21ed. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 2000.

Cápsula Articular É uma membrana conjuntiva que envolve as articulações sinoviais como um manguito. Apresenta-se com duas camadas: a membrana fibrosa (externa) e a membrana sinovial (interna). A membrana fibrosa (cápsula fibrosa) é mais resistente e pode estar reforçada, em alguns pontos por feixes também fibrosos, que constituem os ligamentos capsulares, destinados a aumentar sua resistência. Em muitas articulações sinoviais existem ligamentos independentes da cápsula articular denominados extra capsulares ou acessórios e em algumas, como na articulação do joelho, aparecem também ligamentos intra-articulares. Ligamentos e cápsula articular tem por finalidade manter a união entre os ossos, mas além disso, impedem o movimento em planos indesejáveis e limitam a amplitude dos movimentos considerados normais. A membrana sinovial é a mais interna das camadas da cápsula articular e forma um saco fechado denominado cavidade sinovial. É abundantemente vascularizada e inervada sendo encarregada da produção de líquido sinovial. Discute-se que a sinóvia é uma verdadeira secreção ou um ultrafiltrado do sangue, mas é certo que contém ácido hialurônico que lhe confere a viscosidade necessária a sua função lubrificadora.


Discos e Meniscos Em várias articulações sinoviais, interpostas as superfícies articulares, encontram-se formações fibrocartilagíneas, os discos e meniscos intraarticulares, de função discutida: serviriam a melhor adaptação das superfícies que se articulam (tornando-as congruentes) ou seriam estruturas destinados a receber violentas pressões, agindo como amortecedores. Meniscos, com sua característica em forma de meia lua, são encontrados na articulação do joelho. Exemplo de disco intra-articular encontramos nas articulações esterno clavicular e ATM. Meniscos do Joelho

Disco da ATM

Bainha Sinovial dos Tendões Facilitam o deslizamento de tendões que passam através de túneis fibrosos e ósseos (retináculo dos flexores de punho). Bainhas Sinoviais Palma da Mão

Bainhas Sinoviais Dorso da Mão


Bolsas Sinoviais (Bursas) São fendas no tecido conjuntivo entre os músculos, tendões, ligamentos e ossos. São constituídas por sacos fechados de revestimento sinovial. Facilitam o deslizamento de músculos ou de tendões sobre proeminências ósseas ou ligamentosas. BOLSAS (BURSAS) SINOVIAIS DO OMBRO


BOLSAS (BURSAS) SINOVIAIS DO OMBRO

Articulações Sinoviais ATM Coluna Vertebral Ombro Cotovelo Punho Quadril Joelho Tornozelo

Sistema Muscular Conceito de Músculos: São estruturas individualizadas que cruzam uma ou mais articulações e pela sua contração são capazes de transmitir-lhes movimento. Este é efetuado por células especializadas denominadas fibras musculares, cuja energia latente é ou pode ser controlada pelo sistema nervoso. Os músculos são capazes de transformar energia química em energia mecânica. O músculo vivo é de cor vermelha. Essa coloração denota a existência de pigmentos e de grande quantidade de sangue nas fibras musculares. Os músculos representam 40-50% do peso corporal total. Funções dos Músculos: a) Produção dos movimentos corporais: Movimentos globais do corpo, como andar e correr.


b) Estabilização das Posições Corporais: A contração dos músculos esqueléticos estabilizam as articulações e participam da manutenção das posições corporais, como a de ficar em pé ou sentar. c) Regulação do Volume dos Órgãos: A contração sustentada das faixas anelares dos músculos lisos (esfíncteres) pode impedir a saída do conteúdo de um órgão oco. d) Movimento de Substâncias dentro do Corpo: As contrações dos músculos lisos das paredes vasos sanguíneos regulam a intensidade do fluxo. Os músculos lisos também podem mover alimentos, urina e gametas do sistema reprodutivo. Os músculos esqueléticos promovem o fluxo de linfa e o retorno do sangue para o coração. e) Produção de Calor: Quando o tecido muscular se contrai ele produz calor e grande parte desse calor liberado pelo músculo é usado na manutenção da temperatura corporal. Grupos Musculares: Em número de nove. São eles: a) Cabeça b) Pescoço c) Tórax d) Abdome e) Região posterior do tronco f) Membros superiores g) Membros inferiores h) Órgãos dos sentidos i) Períneo

Classificação dos Músculos: Quanto a Situação:

a) Superficiais ou Cutâneos: Estão logo abaixo da pele e apresentam no mínimo uma de suas inserções na camada profunda da derme. Estão localizados na cabeça (crânio e face), pescoço e na mão (região hipotênar). Exemplo: Platisma.


b) Profundos ou Subaponeuróticos: São músculos que não apresentam inserções na camada profunda da derme, e na maioria das vezes, se inserem em ossos. Estão localizados abaixo da fáscia superficial. Exemplo: Pronador quadrado.

Quanto à Forma:

a) Longos: São encontrados especialmente nos membros. Os mais superficiais são os mais longos, podendo passar duas ou mais articulações. Exemplo: Bíceps braquial.

b) Curtos: Encontram-se nas articulações cujos movimentos tem pouca amplitude, o que não exclui força nem especialização. Exemplo: Músculos da mão.

c) Largos: Caracterizam-se por serem laminares. São encontrados nas paredes das grandes cavidades (tórax e abdome). Exemplo: Diafragma.

Quanto à Disposição da Fibra: a) Reto: Paralelo à linha média. Ex: Reto abdominal. b) Transverso: Perpendicular à linha média. Ex: Transverso abdominal. c) Oblíquo: Diagonal à linha média. Ex: Oblíquo externo.


Quanto à Origem e Inserção: a) Origem: Quando se originam de mais de um tendão. Ex. Bíceps, Quadríceps. b) Inserção: Quando se inserem em mais de um tendão. Ex: Flexor Longo dos Dedos. Quanto à Função: a) Agonistas: São os músculos principais que ativam um movimento específico do corpo, eles se contraem ativamente para produzir um movimento desejado. Ex: Pegar uma chave sobre a mesa, agonistas são os flexores dos dedos. b) Antagonistas: Músculos que se opõem à ação dos agonistas, quando o agonista se contrai, o antagonista relaxa progressivamente, produzindo um movimento suave. Ex: idem anterior, porém os antagonistas são os extensores dos dedos. c) Sinergistas: São aqueles que participam estabilizando as articulações para que não ocorram movimentos indesejáveis durante a ação principal. Ex: idem anterior, os sinergistas são estabilizadores do punho, cotovelo e ombro. d) Fixadores: Estabilizam a origem do agonista de modo que ele possa agir mais eficientemente. Estabilizam a parte proximal do membro quando move-se a parte distal.

Quanto à Nomenclatura: O nome dado aos músculos é derivado de vários fatores, entre eles o fisiológico e o topográfico: a) Ação: Extensor dos dedos. b) Ação Associada à Forma: Pronador redondo e pronador quadrado. c) Ação Associada à Localização: Flexor superficial dos dedos. d) Forma: Músculo Deltóide (letra grega delta). e) Localização: Tibial anterior.


f) Número de Origem: Bíceps femoral e tríceps braquial.

Tipos de Músculos:

a) Músculos Estriados Esqueléticos: Contraem-se por influência da nossa vontade, ou seja, são voluntários. O tecido muscular esquelético é chamado de estriado porque faixas alternadas claras e escuras (estriações) podem ser vistas no microscópio óptico.

b) Músculos Lisos: Localizado nos vasos sanguíneos, vias aéreas e maioria dos órgãos da cavidade abdômino-pélvica. Ação involuntária controlada pelo sistema nervoso autônomo.

c) Músculo Estriado Cardíaco: Representa a arquitetura cardíaca. É um músculo estriado, porém involuntário – AUTO RITMICIDADE.


Componentes Anatômicos dos Músculos Estriados: a) Ventre Muscular é a porção contrátil do músculo, constituída por fibras musculares que se contraem. Constitui o corpo do músculo (porção carnosa). b) Tendão é um elemento de tecido conjuntivo, ricos em fibras colágenas e que serve para fixação do ventre, em ossos, no tecido subcutâneo e em cápsulas articulares. Possuem aspecto morfológico de fitas ou de cilindros.

c) Aponeurose é uma estrutura formada por tecido conjuntivo. Membrana que envolve grupos musculares. Geralmente apresenta-se em forma de lâminas ou em leques. d) Bainhas Tendíneas são estruturas que formam pontes ou túneis entre as superfícies ósseas sobre as quais deslizam os tendões. Sua função é conter o tendão, permitindo-lhe um deslizamento fácil.


e) Bolsas Sinoviais são encontradas entre os músculos ou entre um músculo e um osso. São pequenas bolsas forradas por uma membrana serosa que possibilitam o deslizamento muscular. Tipos de Contrações: O nome dado aos músculos é derivado de vários fatores, entre eles o fisiológico e o topográfico: a) Contração Concêntrica: o músculo se encurta e traciona outra estrutura, como um tendão, reduzindo o ângulo de uma articulação. Ex: Trazer um livro que estava sobre a mesa ao encontro da cabeça. b) Contração Excêntrica: quando aumenta o comprimento total do músculo durante a contração. Ex: idem anterior, porém quando recolocamos o livro sobre mesa. c) Contração Isométrica: servem para estabilizar as articulações enquanto outras são movidas. Gera tensão muscular sem realizar movimentos. É responsável pela postura e sustentação de objetos em posição fixa. Ex: idem anterior, porém quando o livro é sustentado em abdução de 90°.

Anatomia Microscópica da Fibra Muscular: O tecido muscular consiste de células contráteis especializadas, ou fibras musculares, que são agrupadas e dispostas de forma altamente organizada. Cada fibra de músculo esquelético apresenta dois tipos de estruturas filiformes muito delgadas, chamadas miofilamentos grossos (miosina) e finos (actina).

Componentes Anatômicos do Tecido Conjuntivo: a) Fáscia Superficial separa os músculos da pele. b) Fáscia Muscular é uma lâmina ou faixa larga de tecido conjuntivo fibroso, que, abaixo da pele, circunda os músculos e outros órgãos do corpo. c) Epimísio é a camada mais externa de tecido conjuntivo, circunda todo o músculo. d) Perimísio circunda grupos de 10 a 100 ou mais fibras musculares individuais, separando-as em feixes chamados fascículos. Os fascículos podem ser vistos a olho nu.


e) Endomísio é um fino revestimento de tecido conjuntivo que penetra no interior de cada fascículo e separa as fibras musculares individuais de seus vizinhos.

Músculos da face 1. Epicrânio 2. Temporoparietal Couro Cabeludo 3. Gálea Aponeurótica 1. Orbicular do Olho Pálpebras 2. Corrugador de Supercílio 1. Prócero 2. Nasal (Transverso do nariz) Nariz 3. Depressor de Septo 1. Auricular Anterior 2. Auricular Superior Orelha 3. Auricular Posterior 1. Levantador do Lábio Superior 2. Levantador do Lábio Superior e Asa do Nariz 3. Levantador do ângulo da Boca 4. Zigomático Maior 5. Zigomático Menor 6. Risório 7. Depressor do Lábio Inferior 8. Depressor do Ângulo da Boca 9. Mentoniano 10. Transverso do Mento 11. Orbicular da Boca Boca 12. Bucinador EPICRÂNIO Couro Cabeludo O Epicrânio é uma vasta lâmina musculotendinosa que reveste o vértice e as faces laterais do crânio, desde o osso occipital até a sobrancelha. É formado pelo ventre occipital e pelo ventre frontal e estes são reunidos por uma extensa aponeurose intermediária: a gálea aponeurótica. * Ventre Occipital


Origem: 2/3 laterais da linha nucal superior do osso occipital e processo mastóide Inserção: Gálea aponeurótica Inervação: Ramo auricular posterior do nervo facial Ação: Trabalhando com o ventre frontal traciona para trás o couro cabeludo, elevando as sobrancelhas e enrugando a fronte

* Ventre Frontal Origem: Não possui inserções ósseas. Suas fibras são contínuas com as do prócero, corrugador e orbicular do olho Inserção: Gálea aponeurótica Inervação: Ramos temporais Ação: Trabalhando com o ventre occipital traciona para trás o couro cabeludo, elevando as sobrancelhas e enrugando a fronte. Agindo isoladamente, eleva as sobrancelhas de um ou de ambos os lados TEMPOROPARIETAL Couro Cabeludo O Temporoparietal é uma vasta lâmina muito delgada. Origem: Fáscia temporal Inserção: Borda lateral da gálea aponeurótica Inervação: Ramos temporais Ação: Estica o couro cabeludo e traciona para trás a pele das têmporas. Combina-se com o occipitofrontal para enrugar a fronte e ampliar os olhos (expressão de medo e horror)

GÁLEA APONEURÓTICA Couro Cabeludo

A Gálea Aponeurótica reveste a parte superior do crânio entre os ventres frontal e occipital do occipitofron Origem: Protuberância occipital externa e linha nucal suprema do osso occipital


Inserção: Frontal. De cada lado recebe a inserção do temporoparietal

Inervação: O ventre frontal e temporoparietal são supridos pelos ramos temporais, e o ventre occipital ramo auricular posterior do nervo facial

Ação: Traciona para trás o couro cabeludo elevando a sobrancelha e enrugando a fronte, como uma expres surpresa.

ORBICULAR DO OLHO Pálpebras

Este músculo contorna toda a circunferência da órbita. Divide-se em três porções: palpebral, orbital e lacri

Origem: Parte nasal do osso frontal (porção orbital), processo frontal da maxila, crista lacrimal posterior (p lacrimal) e da superfície anterior e bordas do ligamento palpebral medial (porção palpebral) Inserção: Circunda a órbita, como um esfíncter Inervação: Ramos temporal e zigomáticas do nervo facial Ação: Fechamento ativo das pálpebras

CORRUGADOR DO SUPERCÍLIO Pálpebras

Origem: Extremidade medial do arco superciliar Inserção: Superfície profunda da pele Inervação: Ramos temporal e zigomáticas do nervo facial

Ação: Traciona a sobrancelha para baixo e medialmente, produzindo rugas verticais na fronte. Múscu expressão de sofrimento

PRÓCERO Nariz


Origem: Fáscia que reveste a parte mais inferior do osso nasal e a parte superior da cartilagem nasal lateral Inserção: Pele da parte mais inferior da fronte entre as duas sobrancelhas Inervação: Ramos bucais do nervo facial

Ação: Traciona para baixo o ângulo medial da sobrancelha e origina as rugas transversais sobre a raiz do n

NASAL (TRANSVERSO DO NARIZ) Nariz

Origem: * Porção Transversal - Maxila, acima e lateralmente à fossa incisiva * Porção Alar - Asa do nariz Inserção: * Porção Transversal - Dorso do nariz * Porção Alar - Imediações do ápice do nariz Inervação: Ramos bucais do nervo facial Ação: Dilatação do nariz

DEPRESSOR DO SEPTO Nariz Origem: Fossa incisiva da maxila Inserção: Septo e na parte dorsal da asa do nariz Inervação: Ramos bucais do nervo facial Ação: Traciona para baixo as asas do nariz, estreitando as narinas


AURICULAR ANTERIOR Orelha Origem: Porção anterior da fáscia na zona temporal Inserção: Saliência na frente da hélix Inervação: Ramos temporais Ação: Traciona o pavilhão da orelha para frente e para cima

AURICULAR SUPERIOR Orelha Origem: Fáscia da zona temporal Inserção: Tendão plano na parte superior da superfície craniana do pavilhão da orelha Inervação: Ramos temporais Ação: Traciona o pavilhão da orelha para cima

AURICULAR POSTERIOR Orelha

Origem: Processo mastóide Inserção: Parte mais inferior da superfície craniana da concha Inervação: Ramo auricular posterior do nervo facial Ação: Traciona o pavilhão da orelha para trás

LEVANTADOR DO LÁBIO SUPERIOR Boca Origem: Margem inferior da órbita acima do forame infra orbital, maxila e zigomático


Inserção: Lábio superior e asa do nariz Inervação: Ramos bucais do nervo facial Ação: Levanta o lábio superior e leva-o um pouco para frente

LEVANTADOR DO LÁBIO SUPERIOR E ASA DO NARIZ Boca Origem: Processo frontal da maxila Inserção: Se divide em dois fascículos. Um se insere na cartilagem alar maior e na pele do nariz e o outro se prolonga no lábio superior Inervação: Ramos bucais do nervo facial Ação: Dilata a narina e levanta o lábio superior

LEVANTADOR DO ÂNGULO DA BOCA Boca Origem: Fossa canina (maxila) Inserção: Ângulo da boca Inervação: Ramos bucais do nervo facial Ação: Eleva o ângulo da boca e acentua o sulco nasolabial

ZIGOMÁTICO MENOR Boca Origem: Superfície malar do osso zigomático Inserção: Lábio superior (entre o levantador do lábio superior e o zigomático maior) Inervação: Ramos bucais do nervo facial


Ação: Auxilia na elevação do lábio superior e acentua o sulco nasolabial

ZIGOMÁTICO MAIOR Boca Origem: Superfície malar do osso zigomático Inserção: Ângulo da boca Inervação: Ramos bucais do nervo facial Ação: Traciona o ângulo da boca para trás e para cima (risada)

RISÓRIO Boca Origem: Fáscia do masseter Inserção: Pele no ângulo da boca Inervação: Ramos mandibular e bucal do nervo facial Ação: Retrai o ângulo da boca lateralmente (riso forçado)

DEPRESSOR DO LÁBIO INFERIOR Boca Origem: Linha oblíqua da mandíbula Inserção: Tegumento do lábio inferior Inervação: Ramos mandibular e bucal do nervo facial Ação: Repuxa o lábio inferior diretamente para baixo e lateralmente (expressão de ironia)


DEPRESSOR DO ÂNGULO DA BOCA Boca Origem: Linha oblíqua da mandíbula Inserção: Ângulo da boca Inervação: Ramos mandibular e bucal do nervo facial Ação: Deprime o ângulo da boca (expressão de tristeza)

MENTONIANO Boca Origem: Fossa incisiva da mandíbula Inserção: Tegumento do queixo Inervação: Ramos mandibular e bucal do nervo facial Ação: Eleva e projeta para fora o lábio superior e enruga a pele do queixo

TRANSVERSO DO MENTO Boca Não é encontrado em todos os corpos.

Origem: Linha mediana logo abaixo do queixo Inserção: Fibras do depressor do ângulo da boca Inervação: Ramos mandibular e bucal do nervo facial Ação: Auxilia na depressão o ângulo da boca


ORBICULAR DA BOCA Boca Não é encontrado em todos os corpos. Origem: Parte marginal e parte labial Inserção: Rima da boca Inervação: Ramos bucais do nervo facial Ação: Fechamento direto dos lábios

BUCINADOR Boca Importante músculo acessório na mastigação, mantendo o alimento sob a pressão direta dos dentes. Origem: Superfície externa dos processos alveolares da maxila, acima da mandíbula Inserção: Ângulo da boca Inervação: Ramos bucais do nervo facial Ação: Deprime e comprime as bochechas contra a mandíbula e maxila. Importante para assobiar e soprar MÚSCULOS DA FACE - VISTA ANTERIOR


Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

MÚSCULOS DA FACE - VISTA LATERAL


Músculos da articulação Têmporo- Mandibular A articulação têmporo-mandibular (ATM) responsável pelos movimentos da mandíbula (fonação, mastigação). Articulação: Fossa mandibular do osso temporal e cabeça do côndilo da mandíbula. Principais Movimentos: Oclusão - Contato dos dentes da arcada superior com a arcada inferior. Protrusão - É um movimento dianteiro (para frente) como ocorre na protrusão da mandíbula. Retrusão - É um movimento de retração (para trás) como ocorre na retrusão da mandíbula.

MÚSCULOS DA ATM 1. Temporal 2. Masseter 3. Pterigóideo Medial 4. Pterigóideo Lateral

TEMPORAL ATM Origem: Face externa do temporal Inserção: Processo coronóide da mandíbula e face anterior do ramo da mandíbula Inervação: Nervo temporal (Ramo mandibular do nervo Trigêmeo - V Par Craniano) Ação: Elevação (oclusão) e retração da mandíbula

MASSETER ATM


Origem: Arco zigomático Inserção: Fascículo Superficial: Ângulo e ramo da mandíbula Fascículo Profundo: Ramo e processo coronóide da mandíbula Inervação: Nervo massetérico (Ramo mandibular do nervo Trigêmeo - V Par Craniano) Ação: Elevação (oclusão) da mandíbula

PTERIGÓIDEO MEDIAL ATM Origem: Face medial da lâmina lateral do processo pterigoideo do osso esfenoide Inserção: Face medial do ângulo e ramo da mandíbula Inervação: Nervo do pterigoideo medial (Ramo mandibular do nervo Trigêmeo - V par craniano) Ação: Elevação (oclusão) da mandíbula

PTERIGÓIDEO LATERAL ATM Origem: Cabeça Superior: Asa maior do esfenóide Cabeça Inferior: Face lateral da lâmina lateral do processo pterigóide do osso esfenóide Inserção: Cabeça Superior: Face anterior do disco articular Cabeça Inferior: Côndilo da mandíbula Inervação: Nervo do pterigoideo lateral (Ramo mandibular do nervo Trigêmeo - V par craniano) Ação: Abertura da boca e protrusão da mandíbula. Move a mandíbula de um lado para o outro


MÚSCULOS DA ATM Masseter e Temporal

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

MÚSCULOS DA ATM Pterigoideos Lateral e Medial - Vista Lateral

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.


MÚSCULOS DA ATM Pterigóideos Lateral e Medial - Vista Inferior

Músculos do pescoço

Região Anterior do Pescoço Platisma ou Cutâneo do Pescoço

Músculos Supra-hióideos Digástrico Estiloióideo Miloiódeo Genioióideo

Músculos Infra-hióideos Esternoióideo Esternotireóideo Tireoiódeo Omoióideo

Região Lateral do Pescoço Esternocleidomastóideo Escaleno Anterior Escaleno Médio Escaleno Posterior Reto Lateral da Cabeça

Região Pré-Vertebral Longo da Cabeça Reto Anterior da Cabeça Longo do Pescoço

PLATISMA Região Anterior do Pescoço Inserção Superior: Face inferior da mandíbula, pele da parte inferior da face e canto da boca


Inserção Inferior: Fáscia que recobre as partes superiores dos músculos peitoral maior e deltoide Inervação: Ramo cervical do nervo Facial (7º par craniano) Ação: Traciona o lábio inferior e o ângulo bucal, abrindo parcialmente a boca (expressão de horror). Puxa a pele sobre a clavícula em direção à mandíbula DIGÁSTRICO Região do Osso Hióide - Músculos Supra-Hióideos Inserção Superior: Ventre Anterior: Fossa digástrica da mandíbula Ventre Poterior: Processo mastóide Inserção Inferior: Corpo do osso hióide Inervação: Nervo Facial (ventre posterior) e Nervo Mandibular (ventre anterior) Ação: Elevação do osso hióide e abaixamento da mandíbula (abertura da boca). O ventre anterior traciona o osso hióide para frente e o ventre posterior para trás

ESTILOIÓDEO Região do Osso Hióide - Músculos Supra-Hióideos Inserção Superior: Processo estilóide Inserção Inferior: Corpo do osso hióide Inervação: Nervo Facial (VII par craniano) Ação: Elevação e retração do osso hióide

MILOIÓDEO Região do Osso Hióide - Músculos Supra-Hióideos Inserção Superior: Linha milo-hióidea da mandíbula Inserção Inferior: Corpo do osso hióide Inervação: Nervo Mandibular (Ramo do nervo Trigêmeo - V par craniano) Ação: Elevação do osso hióide e da língua

GENIOIÓDEO Região do Osso Hióide - Músculos Supra-Hióideos Inserção Superior: Espinha mentoniana da mandíbula Inserção Inferior: Corpo do osso hióide Inervação: Nervo Hipoglosso (C1) Ação: Tração anterior do osso hióide e da língua


ESTERNOIÓIDEO Região do Osso Hióide - Músculos Infra-Hióideos Inserção Superior: Corpo do osso hióide Inserção Inferior: Face posterior do manúbrio do esterno e ¼ medial da clavícula Inervação: Ramos da Alça Cervical (N. do Hipoglosso) com fibras de C1 à C3 Ação: Baixar o osso hióideo

ESTERNOTIREOIÓIDEO Região do Osso Hióide - Músculos Infra-Hióideos Inserção Superior: Cartilagem tireoide Inserção Inferior: Face posterior do manúbrio do esterno Inervação: Ramos da Alça Cervical (N. do Hipoglosso) com fibras de C1 à C3 Ação: Baixar a cartilagem tireoide

TIREOIÓIDEO Região do Osso Hióide - Músculos Infra-Hióideos Inserção Superior: Corno maior do osso hióide Inserção Inferior: Cartilagem tireóide Inervação: Nervo do Hipoglosso (C1 e C2) Ação: Baixar o osso hióide OMOIÓIDEO Região do Osso Hióide - Músculos Infra-Hióideos Inserção Superior: Corpo do osso hióide Inserção Inferior: Borda superior da escápula Inervação: Ramos da Alça Cervical (N. do Hipoglosso) com fibras de C1 à C3 Ação: Baixar o osso hióide

ESTERNOCLEIDOMASTÓIDEO Região Lateral do Pescoço Inserção Superior: Processo mastóide e linha nucal superior Inserção Inferior: Face anterior do manúbrio do esterno junto à face superior e borda anterior do 1/3 medial da clavícula Inervação: C2, C3 e parte espinhal do nervo Acessório (11º par craniano) Ação: * Fixo Superiormente: Ação inspiratória


* Fixo Inferiormente: Contração Unilateral: Flexão, inclinação homolateral e rotação com a face virada para o lado oposto Contração Bilateral: Flexão da cabeça

ESCALENO ANTERIOR Região Lateral do Pescoço Inserção Superior: Tubérculos anteriores dos processos transversos da 3ª à 6ª vértebras cervicais Inserção Inferior: Face superior da 1º costela (tubérculo do escaleno anterior) Inervação: Ramos dos nervos cervicais inferiores Ação: Elevação da primeira costela e inclinação homolateral do pescoço [1] - Ação inspiratória

ESCALENO MÉDIO Região Lateral do Pescoço Inserção Superior: Tubérculos anteriores dos processos transversos da 2ª à 7ª vértebras cervicais Inserção Inferior: Face superior da 1ª costela Inervação: Ramos dos nervos cervicais inferiores Ação: Elevação da primeira costela e inclinação homolateral do pescoço - Ação inspiratória ESCALENO POSTERIOR Região Lateral do Pescoço Inserção Superior: Tubérculos posteriores dos processos transversos da 5ª à 7ª vértebras cervicais Inserção Inferior: Borda superior da 2ª costela Inervação: Ramos anteriores dos 3 últimos nervos cervicais Ação: Elevação da segunda costela e inclinação homolateral do pescoço - Ação inspiratória

RETO LATERAL DA CABEÇA Região Lateral do Pescoço Inserção Superior: Processo jugular do occipital Inserção Inferior: Processo transverso de atlas Inervação: Ramo da alça cervical entre o 1º e 2º nervos cervicais Ação: Inclinação homolateral da cabeça

LONGO DA CABEÇA Região Pré-Vertebral Inserção Superior: Processo basilar do occipital


Inserção Inferior: Tubérculos anteriores dos processos transversos da 3ª à 6ª vértebras cervicais Inervação: C1, C2 e C3 Ação: Flexão da cabeça

RETO ANTERIOR DA CABEÇA Região Pré-Vertebral Inserção Superior: Processo basilar do occipital Inserção Inferior: Processo transverso e superfície anterior de atlas Inervação: Ramo da alça cervical entre C1 e C2 Ação: Flexão da cabeça

LONGO DO PESCOÇO Região Pré-Vertebral Porção Oblíquo Superior: Inserção Superior: Tubérculo do arco anterior do Atlas Inserção Inferior: Tubérculo anterior dos processos transversos de C3 e C5 Porção Oblíquo Inferior: Inserção Superior: Tubérculo anterior dos processos transversos de C5 e C6 Inserção Inferior: Corpos vertebrais de T1 a T3 Porção Vertical: Inserção Superior: Corpos vertebrais de C2 a C4 Inserção Inferior: Corpos vertebrais de C5 a T3 Inervação: Ramos de C2 à C7 Ação: Flexão do pescoço e inclinação homolateral

MÚSCULOS DO PESCOÇO Vista Anterior


MÚSCULOS DO PESCOÇO Vista Lateral

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

MÚSCULOS DO PESCOÇO


Supra e Infra-hióideos

MÚSCULOS DO PESCOÇO Supra e Infra-hióideos


Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

MÚSCULOS DO PESCOÇO Gênio-hióideo

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.


MÚSCULOS DO PESCOÇO Milo-hióideo

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

MÚSCULOS DO PESCOÇO Escalenos e Pré-Vertebrais


Músculos do Tórax O tórax se localiza na região superior do tronco, é definido anteriormente pelo osso esterno, lateralmente pelas costelas e posteriormente pela coluna vertebral.

Região Ântero-Lateral Peitoral Maior Peitoral Menor Serrátil Anterior Subclávio

Região Costal Intercostais Externos Intercostais Internos Levantadores das Costelas Subcostais Transverso do Tórax

PEITORAL MAIOR Tórax - Região Ântero-Lateral


Inserção Medial: 1/2 medial da borda anterior da clavícula, face anterior do esterno, face externa da 1ª a 6ª cartilagem costais e aponeurose do oblíquo externo do abdome Inserção Lateral: Crista do tubérculo maior Inervação: Nervo do Peitoral Lateral e Nervo do Peitoral Medial (C5 - T1) Ação: Adução, rotação medial, flexão e flexão horizontal do ombro PEITORAL MENOR Tórax - Região Ântero-Lateral Inserção Superior: Processo coracóide Inserção Inferior: Face externa da 3ª, 4ª e 5ª costelas Inervação: Nervo do Peitoral Medial (C8 - T1) Ação: * Fixo no Tórax: Depressão do ombro e rotação inferior da escápula * Fixo na Escápula: Eleva as costelas (ação inspiratória)

SERRÁTIL ANTERIOR Tórax - Região Ântero-Lateral

Porção Superior: Inserção Posterior: Ângulo superior da escápula Inserção Anterior: Face externa da 1ª e da 2ª costelas Porção Média: Inserção Posterior: Borda medial da escápula Inserção Anterior: Face externa das 2ª a 4ª costelas Porção Inferior: Inserção Posterior: Ângulo inferior da escápula Inserção Anterior: Face externa das 5ª a 9ª costelas Inervação: Nervo Torácico Longo (C5 - C7) Ação: * Fixo na Escápula: Ação inspiratória * Fixo nas Costelas: Rotação superior, abdução e depressão da escápula e propulsão do ombro


SUBCLÁVIO Tórax - Região Ântero-Lateral Inserção Lateral: Face inferior da clavícula Inserção Medial: 1ª costela e cartilagem costal Inervação: Nervo do subclávio (C5 - C6) Ação: Depressão da clavícula e do ombro

INTERCOSTAIS EXTERNOS Tórax - Região Costal Inserção Superior: Borda inferior da costela suprajacente (superior) Inserção Inferior: Borda superior da costela infrajacente (inferior) Inervação: Nervos intercostais correspondentes Ação: Elevação das costelas (ação inspiratória) INTERCOSTAIS INTERNOS Tórax - Região Costal Inserção Superior: Borda inferior da costela suprajacente (superior) Inserção Inferior: Borda superior da costela infrajacente (inferior) Inervação: Nervos intercostais correspondentes Ação: Depressão das costelas (ação expiratória)

Os músculos intercostais internos e externos se cruzam em "X". As fibras dos intercostais externos se dirigem de superior para inferior e de posterior para anterior. Já as fibras dos intercostais internos se dirigem de superior para inferior e de anterior para posterior. LEVANTADORES DAS COSTELAS Tórax - Região Costal Inserção Superior: Processo transverso da 7ª vértebra cervical à 11ª torácica Inserção Inferior: Face externa da 1ª à 12ª costela Inervação: Nervos intercostais correspondentes Ação: Elevação das costelas (ação inspiratória) e estabilização intercostal

SUBCOSTAIS


Tórax - Região Costal Inserção Superior: Face interna da costela suprajacente Inserção Inferior: Face interna da 2ª ou 3ª costela infrajacente Inervação: Nervos intercostais correspondentes Ação: Estabilização intercostal

TRANSVERSO DO TÓRAX (TRIANGULAR DO ESTERNO) Tórax - Região Costal Inserção Superior: Face interna do esterno Inserção Inferior: Face interna da 2 á 6ª cartilagem costais Inervação: Nervos intercostais correspondentes Ação: Estabilização da parte antero-inferior do tórax

MÚSCULOS DO TÓRAX Vista Anterior - Dissecação Superficial

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.


MÚSCULOS DO TÓRAX Vista Anterior - Dissecação Profunda

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

MÚSCULOS DO TÓRAX Vista Interna


Músculos do Abdome Região Ântero-Lateral Reto Anterior do Abdome Piramidal do Abdome Oblíquo Externo do Abdome Oblíquo Interno do Abdome Transverso do Abdome Região Superior Diafragma

Região Posterior Quadrado Lombar Iliopsoas Psoas Menor Região Inferior Levantador do Ânus Isquiococcígeo

RETO ANTERIOR DO ABDOME Abdome - Região Ântero-Lateral Inserção Superior: Face externa e inferior da 5ª à 7ª cartilagens costais e processo xifoide Inserção Inferior: Corpo do púbis e sínfise púbica Inervação: 5 últimos nervos intercostais Ação: Aumento da pressão intra-abdominal (Expiração, Vômito, Defecação, Micção e no Parto) * Fixo no Tórax: Retroversão da pelve * Fixo na Pelve: Flexão do tronco (+ ou - 30°)


PIRAMIDAL DO ABDOME Abdome - Região Ântero-Lateral Inserção Superior: Linha alba Inserção Inferior: Corpo do púbis e ligamento púbico anterior Inervação: 12º nervo intercostal Ação: Tencionar a linha alba

OBLÍQUO EXTERNO DO ABDOME Abdome - Região Ântero-Lateral Inserção Superior: Face externa das 7 últimas costelas Inserção Inferior: ½ anterior da crista ilíaca, EIAS, tubérculo do púbis e linha alba Inervação: 4 últimos nervos intercostais, nervo ílio-hipogástrico e ílio-inguinal Ação: * Contração Unilateral: Rotação com tórax girando para o lado oposto * Contração Bilateral: Flexão do tronco e aumento da pressão intra-abdominal

OBLÍQUO INTERNO DO ABDOME Abdome - Região Ântero-Lateral Inserção Superior: 3 últimas cartilagens costais, crista do púbis e linha alba Inserção Inferior: Crista ilíaca, EIAS e ligamento inguinal Inervação: 4 últimos nervos intercostais, nervo ílio-hipogástrico e ílio-inguinal Ação: Idem ao Oblíquo Externo, porém realiza rotação do tórax para o mesmo lado

TRANSVERSO DO ABDOME Abdome - Região Ântero-Lateral Inserção Posterior: Face interna das últimas 6 cartilagens costais, fáscia toracolombar, crista ilíaca e ligamento inguinal Inserção Anterior: Linha alba e crista do púbis Inervação: 5 últimos intercostais, nervo ílio-hipogástrico e ílio-inguinal Ação: Aumento da pressão intra-abdominal e estabilização da coluna lombar


QUADRADO LOMBAR Abdome - Região Posterior Inserção Superior: 12ª costela e processo transverso de1ª a 4ª vértebras lombares Inserção Inferior: Crista ilíaca e ligamento ileolombar Inervação: 12º nervo intercostal e L1 Ação: Inclinação homolateral do tronco e depressão da 12ª costela

ILIOPSOAS Abdome - Região Posterior


Ilíaco Inserção Superior: 2/3 superiores da fossa ilíaca, crista ilíaca e asa do sacro Inserção Inferior: Trocânter menor Inervação: Nervo Femural (L2 - L3) Ação: Flexão de quadril, anteroversão da pelve e flexão da coluna lombar (30° 90°)

Psoas Maior Inserção Superior: Processo transverso das vértebras lombares, corpos e discos intervertebrais das últimas torácicas e todas lombares Inserção Inferior: Trocânter menor Inervação: Nervo superior e inferior do músculo psoas maior (L1 - L3) Ação: Flexão da coxa, flexão da coluna lombar (30° - 90°) e inclinação homolateral

PSOAS MENOR (Geralmente está ausente) Abdome - Região Posterior Inserção Superior: Corpo vertebral de T12 e L1 Inserção Inferior: Eminência iliopectínea Inervação: L1 Ação: Flexão da pelve e coluna lombar

DIAFRAGMA Abdome - Região Superior Origem: Face interna das 6 últimas costelas, face interna do processo xifóide e corpos vertebrais das vértebras lombares superiores Inserção: No tendão central (aponeurose) Inervação: Nervo Frênico (C3 - C5) e 6 últimos nervos intercostais (propriocepção) Ação: Inspiratório, pois diminui a pressão interna da caixa torácica permitindo a entrada do ar nos pulmões, estabilização da coluna vertebral e expulsões (defecação, vômito, micção e parto)


LEVANTADOR DO ÂNUS Abdome - Região Inferior O levantador do ânus em geral mostra uma separação em duas partes: - Pubococcígeo - Iliococcígeo Origem: Entre o ramo superior do púbis e espinha isquiática Inserção: Cóccix, esfíncter do ânus e no ponto tendíneo central do períneo Inervação: Plexo Pudendo (S3 - S5) Ação: Suporta e eleva ligeiramente o soalho pélvico, resistindo à pressão intra-abdominal aumentada, como durante a expiração forçada

ISQUIOCOCCÍGEO Abdome - Região Inferior Origem: Ápice da espinha do ísquio e do ligamento sacroespinhal Inserção: Margem do cóccix e na face lateral do sacro Inervação: Plexo Pudendo (S4 - S5) Ação: Traciona o cóccix ventralmente, suportando o soalho pélvico contra a pressão intra-abdominal

MÚSCULOS DO ABDOME Vista Anterior - Camada Superficial


Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

MÚSCULOS DO ABDOME Vista Anterior - Camada Intermédia

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

MÚSCULOS DO ABDOME


Vista Anterior - Camada Profunda

MĂšSCULOS DO ABDOME Iliopsoas

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.


MÚSCULOS DA ABDOME Ação do Iliopsoas

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

CULOS DO ABDOME Vista Interna da Parede Posterior do Abdome


Reto Posterior Maior da Cabeça Reto Posterior Menor da Cabeça Oblíquo Superior da Cabeça Oblíquo Inferior da Cabeça

dos Intertransversais Interespinhais

TRAPÉZIO Região Posterior do Tórax LATÍSSIMO DO DORSO Região Posterior do Tórax Inserção Medial: Processos espinhosos da 6ª últimas vértebras torácicas e todas lombares, crista do sacro, 1/3 posterior da crista ilíaca e face externa da 4 últimas costelas Inserção Lateral: Sulco intertubercular Inervação: Nervo Toracodorsal (C6 - C8) Ação: Adução, extensão e rotação medial do braço. Depressão do ombro Inserção Medial: Linha nucal superior, ligamento nucal e processos espinhosos da C7 a T12 Inserção Lateral: Borda posterior da clavícula, acrômio e espinha da escápula Inervação: Nervo Acessório (XI par craniano) e nervo do trapézio (C3 - C4) Ação: * Fixo na Coluna: Elevação do ombro, adução das escápulas, rotação superior das escápulas e depressão de ombro * Fixo na Escápula:


Contração Unilateral: Inclinação homolateral e rotação contralateral da cabeça Contração Bilateral: Extensão da cabeça

ROMBÓIDE Região Posterior do Tórax Inserção Medial: Processos espinhosos da C7 á T5 Inserção Lateral: Borda medial da escápula Inervação: Nervo dorsal da escápula (C5) Ação: Adução e rotação inferior das escápulas e elevação do ombro

LEVANTADOR DA ESCÁPULA Região Posterior do Tórax Inserção Inferior: Ângulo superior da escápula Inserção Superior: Processo transverso do atlas ate à C4 Inervação: Nervo dorsal da escápula (C5) Ação: Elevação e adução da escápula. Inclinação e rotação homolateral da coluna cervical e extensão da cabeça

SERRÁTIL PÓSTERO-SUPERIOR Região Posterior do Tórax Inserção Medial: Processos espinhosos da C7 à T3 Inserção Lateral: Borda superior e face externa da 2ª a 5ª costelas Inervação: Ramos dos 4 primeiros nervos intercostais Ação: Elevação das primeiras costelas (ação inspiratória)

SERRÁTIL PÓSTERO-INFERIOR Região Posterior do Tórax Inserção Medial: Processos espinhosos da T11 à L3 Inserção Lateral: Borda inferior e face externa da 4 últimas costelas Inervação: 9º ao 12º nervos intercostais Ação: Depressão das últimas costelas (ação expiratória) ERETORES DA ESPINHA Músculos da Goteira Vertebral - Paravertebrais ESPINHAL (+ Medial)


Porção da Cabeça: Ligado ao semi-espinhal da cabeça Porção do Pescoço: Origem: Ligamento nucal e processos espinhosos de C7 a T2 Inserção: Processos espinhosos C2 a C4 Porção do Tórax: Origem: Processos espinhosos T11 a L2 Inserção: Processos espinhosos das torácicas superiores (varia de 4 a 8) Inervação: Nervos espinhais (ramos dorsais) Ação: Extensão da coluna vertebral DORSAL LONGO (Intermédio) Porção da Cabeça: Inserção Superior: Processo mastóide Inserção Inferior: Processos transversos de T1 até T4 e processos articulares de C4 até C7 Porção do Pescoço: Inserção Superior: Processos transversos de C2 à C6 Inserção Inferior: Processos transversos de T1 à T4 Porção do Tórax: Inserção Superior: Processos transversos das vértebras torácicas e das 10 últimas costelas Inserção Inferior: Processos transversos das vértebras lombares e aponeurose lombocostal Inervação: Nervos espinhais (ramos dorsais) Ação: Extensão e inclinação homolateral da coluna vertebral ILIOCOSTAL (+ Lateral) Porção Cervical: Inserção Superior: Processos transversos de C4 à C6 Inserção Inferior: Ângulo da 3ª à 6ª costelas Porção Torácica: Inserção Superior: Ângulo da 6 primeiras costelas e processo transverso de C7 Inserção Inferior: Ângulo das 6 últimas costelas Porção Lombar: Inserção Superior: Ângulo das 6 últimas costelas Inserção Inferior: Face dorsal do sacro Inervação: Nervos espinhais (ramos dorsais) Ação: Extensão e inclinação homolateral da coluna vertebral

ROTADORES Músculos da Goteira Vertebral - Paravertebrais


Inserções: Estende-se do sacro até a C2. Ligam o processo transverso de uma vértebra com o processo espinhoso da vértebra suprajacente Inervação: Nervos espinhais do segmento correspondente Ação: Extensão e rotação contralateral da coluna vertebral

MULTÍFIDOS Músculos da Goteira Vertebral - Paravertebrais Origem: Dorso do sacro, EIPS, processos mamilares das lombares, processo transverso das torácicas e processos articulares da C4 à C7 Inserção: Processo espinhoso de 3 a 5 vértebras acima Inervação: Nervos espinhais do segmento correspondente Ação: Estabilização e extensão da coluna vertebral

INTERTRANSVERSAIS Músculos da Goteira Vertebral - Paravertebrais Inserção Superior: Processo transverso da vértebra superior Inserção Inferior: Processo transverso da vértebra inferior Inervação: Nervos espinhais do segmento correspondente Ação: Inclinação homolateral da coluna vertebral

INTERESPINHAIS Músculos da Goteira Vertebral - Paravertebrais Inserção Superior: Processo espinhoso da vértebra superior Inserção Inferior: Processo espinhoso da vértebra inferior Inervação: Nervos espinhais do segmento correspondente Ação: Extensão da coluna vertebral

ESPLÊNIO DA CABEÇA Região Posterior do Pescoço Inserção Superior: 1/3 lateral da linha nucal superior e processo mastóide do osso temporal Inserção Inferior: Processos espinhosos da C7 à T4 Inervação: Nervos espinhais do segmento correspondente Ação: Extensão, inclinação e rotação homolateral da cabeça


ESPLÊNIO DO PESCOÇO Região Posterior do Pescoço Inserção Superior: Processo transverso das 3 primeiras vértebras cervicais Inserção Inferior: Processo espinhoso da T3 à T6 Inervação: Nervos espinhais do segmento correspondente Ação: Extensão, inclinação e rotação homolateral da cabeça

SEMI-ESPINHAL DA CABEÇA Região Posterior do Pescoço Inserção Superior: Entre a linha nucal superior e inferior Inserção Inferior: Processo transverso da T1 à T7 e processos articulares da C5 a C7 Inervação: Nervos espinhais do segmento correspondente Ação: Extensão da cabeça e inclinação homolateral da cabeça

SEMI-ESPINHAL DO PESCOÇO Região Posterior do Pescoço Inserção Superior: Processo espinhoso da C1 à C7 Inserção Inferior: Processos transversos das T1 à T6 Inervação: Nervos espinhais (ramos dorsais) Ação: Extensão e rotação contralateral do pescoço

SEMI-ESPINHAL DO TÓRAX Região Posterior do Pescoço Inserção Superior: Processo espinhoso C6 a T4 Inserção Inferior: Processos transversos das T6 à T10 Inervação: Nervos espinhais (ramos dorsais) Ação: Extensão e rotação contralateral do pescoço

RETO POSTERIOR MAIOR DA CABEÇA Suboccipitais - Trígono Suboccipital Inserção Superior: Linha nucal inferior


Inserção Inferior: Processo espinhoso do áxis Inervação: Plexo Cervical (C1) Ação: Extensão da cabeça e rotação contralateral

RETO POSTERIOR MENOR DA CABEÇA Suboccipitais - Trígono Suboccipital Inserção Superior: Linha nucal inferior Inserção Inferior: Tubérculo do arco posterior do atlas Inervação: Plexo Cervical (C1) Ação: Extensão da cabeça

OBLÍQUO SUPERIOR DA CABEÇA Suboccipitais - Trígono Suboccipital Inserção Superior: Entre as linhas nucais superior e inferior Inserção Inferior: Processo transverso do atlas Inervação: Plexo Cervical (C1) Ação: Extensão, inclinação homolateral e rotação contralateral da cabeça

OBLÍQUO INFERIOR DA CABEÇA Suboccipitais - Trígono Suboccipital Inserção Superior: Processo transverso do atlas Inserção Inferior: Processo espinhoso do áxis Inervação: Plexo Cervical (C2) Ação: Extensão e rotação homolateral do atlas


MÚSCULOS DO DORSO Vista Posterior - Camada Superficial

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

MÚSCULOS DO DORSO Vista Posterior - Camada Intermediária


Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

MÚSCULOS DO DORSO Vista Posterior - Camada Profunda

Os músculos do Membro Superior Os músculos do membro superior são divididos em quatro segmentos:


Membro Superior Ombro Braço Antebraço Mão

Ombro Músculos do Ombro Deltóide Supra-espinhal Infra-espinhal Redondo Menor Redondo Maior Subescapular

DELTÓIDE Ombro

Inserção Proximal: 1/3 lateral da borda anterior da clavícula, acrômio e espinha da escápula Inserção Distal: Tuberosidade deltóidea - úmero Inervação: Nervo Axilar (C5 e C6) Ação: Abdução do braço, auxilia nos movimentos de flexão, extensão, rotação lateral e medial, flexão e extensão horizontal do braço. Estabilização da articulação do ombro


SUPRA-ESPINHAL Ombro

Inserção Medial: Fossa supra-espinhal - escápula Inserção Lateral: Faceta superior do tubérculo maior do úmero Inervação: Nervo Supra-escapular (C5 e C6) Ação: Abdução do braço

INFRA-ESPINHAL Ombro

Inserção Medial: Fossa infra-espinhal da escápula Inserção Lateral: Faceta média do tubérculo maior do úmero Inervação: Nervo Supra-escapular (C5 e C6) Ação: Rotação lateral do braço

REDONDO MENOR Ombro


Inserção Medial: 2/3 superior da borda lateral da escápula Inserção Lateral: Faceta inferior do tubérculo maior do úmero Inervação: Nervo Axilar (C5 e C6) Ação: Rotação lateral e adução do braço

REDONDO MAIOR Ombro

Inserção Medial: 1/3 inferior da borda lateral da escápula e ângulo inferior da escápula Inserção Lateral: Crista do tubérculo menor do úmero Inervação: Nervo Subscapular Inferior - Fascículo posterior do plexo braquial (C5 e C6) Ação: Rotação medial, adução e extensão da articulação do ombro

SUBSCÁPULAR Ombro


Inserção Medial: Fossa subescapular Inserção Lateral: Tubérculo menor Inervação: Nervo Subescapular Superior e Inferior - Fascículo posterior (C5 e C6) Ação: Rotação medial e adução do braço

MANGUITO ROTADOR: A função principal deste grupo é manter a cabeça do úmero contra a cavidade glenóide, reforçar a cápsula articular e resistir ativamente e deslocamentos indesejáveis da cabeça do úmero em direção anterior, posterior e superior. Fazem parte do manguito rotador os seguintes músculos: SUPRA-ESPINHOSO INFRA-ESPINHOSO REDONDO MENOR SUBESCAPULAR

MÚSCULOS DO OMBRO Vista Posterior

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.


MÚSCULOS DO OMBRO Vista Superior

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

MÚSCULOS DO OMBRO Vista Anterior

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.


MÚSCULOS DO OMBRO Manguito Rotador

Braço Região Anterior Bíceps Braquial Braquial Anterior Coracobraquial

Região Posterior Tríceps Braquial BÍCEPS BRAQUIAL Braço - Região Anterior Inserção Proximal: Porção Longa: Tubérculo supra-glenoidal Porção Curta: Processo coracóide Inserção Distal: Tuberosidade radial


Inervação: Nervo Musculocutâneo (C5 e C6)

Ação: Flexão de cotovelo / ombro e supinação do antebraço

BRAQUIAL ANTERIOR Braço - Região Anterior

Inserção Proximal: Face anterior da metade distal do úmero Inserção Distal: Processo coronóide e tuberosidade da ulna Inervação: Nervo Musculocutâneo (C5 e C6)

Ação: Flexão de cotovelo

CORACOBRAQUIAL Braço - Região Anterior

Inserção Proximal: Processo coracóide - escápula Inserção Distal: 1/3 médio da face medial do corpo do úmero Inervação: Nervo Musculocutâneo (C5 e C6) Ação: Flexão e adução do braço

TRÍCEPS BRAQUIAL Braço - Região Posterior


Inserção Proximal: Porção Longa: Tubérculo infra-glenoidal Porção Medial: ½ distal da face posterior do úmero (abaixo do sulco radial) Porção Lateral: ½ proximal da face posterior do úmero (acima do sulco radial) Inserção Distal: Olécrano Inervação: Nervo Radial (C7 - C8) Ação: Extensão do cotovelo

MÚSCULOS DO BRAÇO Vista Anterior - Dissecação Superficial

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

MÚSCULOS DO BRAÇO Vista Anterior - Dissecação Profunda


Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

MÚSCULOS DO BRAÇO Vista Posterior - Dissecação Superficial

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.


MÚSCULOS DO BRAÇO Vista Posterior - Dissecação Profunda

Músculos do antebraço Região Anterior 1ª Camada Pronador Redondo Flexor Radial do Carpo Palmar Longo Flexor Ulnar do Carpo 2ª Camada Flexor Superficial dos Dedos 3ª Camada Flexor Profundo dos Dedos Flexor Longo do Polegar 4ª Camada Pronador Quadrado

Região Lateral

Região Posterior Camada Superficial Extensor dos Dedos Extensor do 5º Dedo Extensor Ulnar do Carpo Ancôneo Camada Profunda Abdutor Longo do Polegar Extensor Curto do Polegar Extensor Longo do Polegar Extensor do 2º Dedo (Index)


Braquiorradial Extensor Radial Longo do Carpo Extensor Radial Curto do Carpo Supinador

PRONADOR REDONDO Antebraço - Região Anterior - 1ª Camada

Inserção Proximal: Epicôndilo medial do úmero e processo coronóide da ulna Inserção Distal: Face lateral do 1/3 médio da diáfise do rádio Inervação: Nervo Mediano (C6 - C7) Ação: Pronação do antebraço e auxiliar na flexão do cotovelo

FLEXOR RADIAL DO CARPO Antebraço - Região Anterior - 1ª Camada Inserção Proximal: Epicôndilo medial (epitróclea) Inserção Distal: Face anterior do 2º metacarpal Inervação: Nervo Mediano (C6 e C7)

Ação: Flexão do punho e abdução da mão (desvio radial)

PALMAR LONGO Antebraço - Região Anterior - 1ª Camada

Inserção Proximal: Epicôndilo medial Inserção Distal: Aponeurose palmar e retináculo dos flexores Inervação: Nervo Mediano (C6 - C8)

Ação: Flexão do punho, tensão da aponeurose palmar e retináculo dos flexores


FLEXOR ULNAR DO CARPO Antebraço - Região Anterior - 1ª Camada Inserção Proximal: Epicôndilo medial e olécrano Inserção Distal: Osso pisiforme, hamato e 5º metacarpal Inervação: Nervo Ulnar (C7 - T1)

Ação: Flexão de punho e adução da mão (desvio ulnar)

FLEXOR SUPERFICIAL DOS DEDOS Antebraço - Região Anterior - 2ª Camada

Inserção Proximal: Epicôndilo medial, processo coronóide da ulna e ligamento colateral ulnar Inserção Distal: Face anterior da falange intermédia do 2º ao 5º dedos Inervação: Nervo Mediano (C7 e T1)

Ação: Flexão de punho e da IFP - 2º ao 5º dedos

FLEXOR PROFUNDO DOS DEDOS Antebraço - Região Anterior - 3ª Camada


Inserção Proximal: Face anterior dos ¾ proximais da ulna e do rádio e membrana interóssea Inserção Distal: Face anterior da falange distal do 2º ao 5º dedos Inervação: Nervo Mediano (C8 - T1): 2º e 3º dedos. Nervo Ulnar (C8 - T1): 4º e 5º dedos

Ação: Flexão de punho, IFP e IFD do 2º,3°,4° e 5º dedos

FLEXOR LONGO DO POLEGAR Antebraço - Região Anterior - 3ª Camada

Inserção Proximal: Face anterior do rádio, membrana interóssea, processo coronóide da ulna e epicôndilo medial do úmero Inserção Distal: Falange distal do polegar Inervação: Nervo Mediano (C8 e T1)

Ação: Flexão da IF do polegar

PRONADOR QUADRADO Antebraço - Região Anterior - 4ª Camada

Inserção Proximal: ¼ da face anterior da ulna Inserção Distal: ¼ da face anterior do rádio Inervação: Nervo Mediano (C8)

Ação: Pronação


EXTENSOR DOS DEDOS Antebraço - Região Posterior - Camada Superficial

Inserção Proximal: Epicôndilo lateral do úmero Inserção Distal: Falanges média e distal do 2º ao 5º dedos Inervação: Nervo Radial (C7 - C8)

Ação: Extensão de punho, MF, IFP e IFD do 2º ao 5º dedos

EXTENSOR DO 5° DEDO (MÍNIMO) Antebraço - Região Posterior - Camada Superficial

Inserção Proximal: Epicôndilo lateral do úmero Inserção Distal: Tendão do extensor comum para o 5º dedo Inervação: Nervo Radial (C7 - C8)

Ação: Extensão do 5º dedo

EXTENSOR ULNAR Antebraço - Região Posterior - Camada Superficial


Inserção Proximal: Epicôndilo lateral do úmero Inserção Distal: Base do 5º metacarpal Inervação: Nervo Radial (C6 - C8)

Ação: Extensão do punho e adução da mão (desvio ulnar)

ANCÔNEO Antebraço - Região Posterior - Camada Superficial Inserção Proximal: Epicôndilo lateral do úmero Inserção Distal: Olécrano da ulna e ¼ proximal da face posterior da diáfise da ulna Inervação: Nervo Radial (C7 e C8)

Ação: Extensão do cotovelo

ABDUTOR LONGO DO POLEGAR Antebraço - Região Posterior - Camada Profunda

Inserção Proximal: Face posterior do rádio e da ulna e membrana interóssea Inserção Distal: 1ª metacarpal Inervação: Nervo Radial (C7 - C8)

Ação: Abdução da mão e do polegar


EXTENSOR CURTO DO POLEGAR Antebraço - Região Posterior - Camada Profunda Inserção Proximal: Face posterior do rádio e membrana interóssea Inserção Distal: Face dorsal da falange proximal do polegar Inervação: Nervo Radial (C7 - C8)

Ação: Extensão do polegar

EXTENSOR LONGO DO POLEGAR Antebraço - Região Posterior - Camada Profunda

Inserção Proximal: Face posterior do 1/3 médio da ulna e membrana interóssea Inserção Distal: Falange distal do polegar Inervação: Nervo Radial (C7 - C8)

Ação: Extensão do polegar

EXTENSOR DO 2° DEDO (ÍNDEX) Antebraço - Região Posterior - Camada Profunda

Inserção Proximal: Face posterior da diáfise da ulna e membrana interóssea Inserção Distal: Tendão do extensor comum do 2º dedo Inervação: Nervo Radial (C7 - C8)

Ação: Extensão do 2º dedo


BRAQUIRRADIAL Antebraço - Região Lateral

Inserção Proximal: 2/3 proximais da crista supracondiliana lateral do úmero Inserção Distal: Processo estilóide do rádio Inervação: Nervo Radial (C5 e C6)

Ação: Flexão do cotovelo, pronação de antebraço e supinação até o ponto neutro

EXTENSOR RADIAL LONGO DO CARPO Antebraço - Região Lateral

Inserção Proximal: Face lateral do 1/3 distal da crista supracondiliana do úmero Inserção Distal: Face posterior do 2º metacarpal Inervação: Nervo Radial (C6 e C7)

Ação: Extensão do punho e abdução da mão (desvio radial)

EXTENSOR RADIAL CURTO DO CARPO Antebraço - Região Lateral


Inserção Proximal: Epicôndilo lateral do úmero Inserção Distal: Face posterior do 3º metacarpal Inervação: Nervo Radial (C7 - C8)

Ação: Extensão do punho

SUPINADOR Antebraço - Região Lateral Inserção Proximal: Epicôndilo lateral do úmero e ligamento colateral radial Inserção Distal: Face lateral e 1/3 proximal da diáfise do rádio Inervação: Nervo Radial (C6 e C7)

Ação: Supinação do antebraço

MÚSCULOS DO ANTEBRAÇO Vista Anterior - Dissecação Superficial


Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

MÚSCULOS DO ANTEBRAÇO Vista Posterior - Dissecação Superficial

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.


MÚSCULOS DO ANTEBRAÇO Vista Posterior - Dissecação Profunda

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

MÚSCULOS DO ANTEBRAÇO Rotadores


Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

MÚSCULOS DO ANTEBRAÇO Vista Anterior - Flexores

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

MÚSCULOS DO ANTEBRAÇO Vista Anterior - Flexores

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.


MÚSCULOS DO ANTEBRAÇO Vista Anterior - Flexores

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

MÚSCULOS DO ANTEBRAÇO Vista Posterior - Extensores

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.


MÚSCULOS DO ANTEBRAÇO Vista Posterior - Extensores

Músculos da mão Região Palmar Lateral (Tenar) Abdutor Curto do Polegar Flexor Curto do Polegar Oponente do Polegar Adutor do Polegar

Região Palmar Medial (Hipotenar) Palmar Curto Abdutor do Mínimo Flexor Curto do Mínimo Oponente do Mínimo

Região Palmar Média (11 Músculos) Lumbricais Interósseos Palmares Interósseos Dorsais

ABDUTOR CURTO DO POLEGAR Mão - Região Palmar Lateral (Tenar)


Inserção Proximal: Escafóide, trapézio e retináculo dos flexores Inserção Distal: Falange proximal do polegar Inervação: Nervo Mediano (C8 – T1) Ação: Abdução e flexão do polegar

FLEXOR CURTO DO POLEGAR Mão - Região Palmar Lateral (Tenar)

Inserção Proximal: Trapézio, trapezóide, capitato e retináculo dos flexores Inserção Distal: Falange proximal do polegar Inervação: Nervo Mediano e Nervo ulnar Ação: Flexão da MF do polegar

OPONENTE DO POLEGAR Mão - Região Palmar Lateral (Tenar)

Inserção Proximal: Trapézio e retináculo dos flexores Inserção Distal: 1º metacarpal Inervação: Nervo Mediano (C8 e T1) Ação: Oposição (flexão + adução + pronação)


ADUTOR DO POLEGAR Mão - Região Palmar Lateral (Tenar)

Inserção Medial: 2º e 3º metacarpal e capitato Inserção Lateral: Falange proximal do polegar Inervação: Nervo Ulnar (C8 e T1) Ação: Adução do polegar

PALMAR CURTO Mão - Região Palmar Medial (Hipotenar)

Inserção Proximal: Aponeurose palmar Inserção Distal: Camada profunda da derme da eminência hipotenar Inervação: Nervo Ulnar (C8 e T1) Ação: Pregas transversais na região hipotenar

ABDUTOR DO MÍNIMO Mão - Região Palmar Medial (Hipotenar)

Inserção Proximal: Pisiforme e tendão do músculo flexor ulnar do carpo Inserção Distal: Falange proximal do dedo mínimo Inervação: Nervo Ulnar (C8 e T1) Ação: Abdutor do dedo mínimo


FLEXOR CURTO DO MÍNIMO Mão - Região Palmar Medial (Hipotenar)

Inserção Proximal: Hâmulo do hamato e retináculo dos flexores Inserção Distal: Falange proximal do dedo mínimo Inervação: Nervo Ulnar (C8 e T1) Ação: Flexão da MF do dedo mínimo

OPONENTE DO MÍNIMO Mão - Região Palmar Medial (Hipotenar)

Inserção Proximal: Hâmulo do hamato e retináculo dos flexores Inserção Distal: 5º metacarpal Inervação: Nervo Ulnar (C8 e T1) Ação: Oposição do mínimo

LUMBRICAIS (4 Músculos) Mão - Região Palmar Média

Inserção Proximal: Tendão do músculo flexor profundo dos dedos Inserção Distal: Tendão do músculo extensor dos dedos Inervação: Nervo Mediano (1º e 2º) e Nervo Ulnar (3º e 4º) (C8 e T1) Ação: Flexão da MF e extensão da IFP e IFD do 2º ao 5º dedos + propriocepção dos dedos

INTERÓSSEOS PALMARES (3 Músculos) Mão - Região Palmar Média


Atuam no 2, 4º e 5º dedos

Inervação: Nervo Ulnar (C8 – T1) Ação: Adução dos dedos (aproxima os dedos)

INTERÓSSEOS DORSAIS (4 Músculos) Mão - Região Palmar Média

Atuam do 2º ao 5º dedos

Inervação: Nervo Ulnar (C8 – T1) Ação: Abdução dos dedos (afasta os dedos)

MÚSCULOS DA MÃO Dissecação Superficial


Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

MÚSCULOS DA MÃO Dissecação Profunda

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

MÚSCULOS DA MÃO Interósseos Palmares


Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

MÚSCULOS DA MÃO Interósseos Dorsais

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

MÚSCULOS DA MÃO Lumbricais


Músculos do membro inferior Os músculos do membro inferior, assim como nos membros superiores, são divididos em quatro segmentos:

Membro Inferior Quadril Coxa Perna Pé Músculos do quadril Músculos do Quadril Glúteo Máximo Glúteo Médio Glúteo Mínimo Piriforme Gêmeo Superior Obturatório Interno


Gêmeo Inferior Obturatório Externo Quadrado Femural

GLÚTEO MÁXIMO Quadril (Região Glútea)

Inserção Medial: Linha glútea posterior do ilíaco, sacro, cóccix e ligamento sacrotuberoso Inserção Lateral: Trato íleotibial da fáscia lata e tuberosidade glútea do fêmur Inervação: Nervo Glúteo Inferior (L5 - S2) Ação: Extensão e rotação lateral do quadril

GLÚTEO MÉDIO Quadril (Região Glútea)

Inserção Superior: Face externa do íleo entre a crista ilíaca, linha glútea posterior e anterior Inserção Inferior: Trocânter maior Inervação: Nervo Glúteo Superior (L4 - S1) Ação: Abdução e rotação medial da coxa

GLÚTEO MÍNIMO Quadril (Região Glútea)


Inserção Superior: Asa ilíaca (entre linha glútea anterior e inferior) Inserção Inferior: Trocânter maior Inervação: Nervo Glúteo Superior (L4 - S1) Ação: Abdução e rotação medial da coxa. As fibras anteriores realizam flexão do quadril

PIRIFORME Quadril (Região Glútea)

Inserção Medial: Superfície pélvica do sacro e margem da incisura isquiática maior Inserção Lateral: Trocânter maior Inervação: Nervo para o músculo piriforme (S2) Ação: Abdução e rotação lateral da coxa

GÊMEO SUPERIOR Quadril (Região Glútea)


Inserção Medial: Espinha isquiática Inserção Lateral: Trocânter maior Inervação: Nervo para o músculo gêmeo superior (L5 - S2) Ação: Rotação lateral da coxa

OBTURATÓRIO INTERNO Quadril (Região Glútea)

Inserção Medial: Face interna da membrana obturatória e ísquio Inserção Lateral: Trocânter maior e fossa trocantérica do fêmur Inervação: Nervo para o músculo obturatório interno (L5 - S2) Ação: Rotação lateral da coxa

GÊMEO INFERIOR Quadril (Região Glútea)


Inserção Medial: Tuberosidade isquiática Inserção Lateral: Trocânter maior Inervação: Nervo para o músculo gêmeo inferior e quadrado femural (L4 - S1) Ação: Rotação lateral da coxa

OBTURATÓRIO EXTERNO Quadril (Região Glútea)

Inserção Medial: Ramos do púbis e ísquio e face externa da membrana obturatória Inserção Lateral: Fossa trocantérica do fêmur Inervação: Nervo para o músculo obturatório externo (L3 - L4) Ação: Rotação lateral da coxa

QUADRADO FEMORAL Quadril (Região Glútea)


Inserção Medial: Tuberosidade isquiática Inserção Lateral: Crista intertrocantérica Inervação: Nervo para o músculo quadrado femural e gêmeo inferior (L4 - S1) Ação: Rotação lateral e adução da coxa

MÚSCULOS DO QUADRIL Vista Posterior - Dissecação Superficial

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

MÚSCULOS DO QUADRIL Vista Posterior - Dissecação Profunda


Região Ântero-Lateral Tensor da Fáscia Lata Sartório Quadríceps

Região Posterior Bíceps Femoral Semitendíneo Semimembranáceo

Região Póstero-Medial Grácil Pectíneo Adutor Longo Adutor Curto Adutor Magno

TENSOR DA FÁSCIA LATA Coxa - Região Ântero-Lateral


Inserção Proximal: Crista ilíaca e EIAS Inserção Distal: Trato íleo-tibial Inervação: Nervo do Glúteo Superior (L4 - S1) Ação: Flexão, abdução e rotação medial do quadril e rotação lateral do joelho

SARTÓRIO Coxa - Região Ântero-Lateral

Inserção Proximal: Espinha ilíaca ântero-superior Inserção Distal: Superfície medial da tuberosidade da tíbia (pata de ganso) Inervação: Nervo Femoral (L2 - L3) Ação: Flexão, abdução e rotação lateral da coxa e flexão e rotação medial do joelho

QUADRÍCEPS Coxa - Região Ântero-Lateral


Inserção Proximal: Reto Anterior: Espinha ilíaca ântero-inferior Vasto Lateral: Trocânter maior, linha áspera, linha intertrocantérica e tuberosidade glútea Vasto Medial: Linha áspera e linha intertrocantérica Vasto Intermédio: 2/3 proximais da face anterior e lateral do fêmur e ½ distal da linha áspera Inserção Distal: Patela e, através do ligamento patelar, na tuberosidade anterior da tíbia Inervação: Nervo Femoral (L2 - L4) Ação: Extensão do joelho e o reto femural realiza flexão do quadril. O vasto medial realiza rotação medial e o vasto lateral, rotação lateral

BÍCEPS FEMORAL Coxa - Região Posterior

Inserção Proximal: Cabeça Longa: Tuberosidade isquiática e ligamento sacro-tuberoso Cabeça Curta: Lábio lateral da linha áspera Inserção Distal: Cabeça da fíbula e côndilo lateral da tíbia Inervação: Nervo Isquiático (L5 - S2), exceto L5 para a cabeça longa Ação: Extensão do quadril, flexão do joelho e rotação lateral do joelho

SEMITENDÍNEO Coxa - Região Posterior


Inserção Proximal: Tuberosidade isquiática Inserção Distal: Superfície medial da tuberosidade da tíbia (pata de ganso) Inervação: Nervo Isquiático (L5 – S2) Ação: Extensão do quadril, flexão e rotação medial do joelho

SEMIMEMBRANÁCEO Coxa - Região Ântero-Lateral

Inserção Proximal: Tuberosidade isquiática Inserção Distal: Côndilo medial da tíbia Inervação: Nervo Isquiático (L5 – S2) Ação: Extensão do quadril, flexão e rotação medial do joelho

ISQUIOTIBIAIS Bíceps Femural + Semitendíneo + Semimembranáceo


GRÁCIL Coxa - Região Póstero-Medial

Inserção Proximal: Sínfise púbica e ramo inferior do púbis Inserção Distal: Superfície medial da tuberosidade da tíbia (pata de ganso) Inervação: Nervo Obturatório (L2 – L3) Ação: Adução da coxa, flexão e rotação medial do joelho

PECTÍNEO Coxa - Região Póstero-Medial

Inserção Proximal: Eminência ílo-pectínea, tubérculo púbico e ramo superior do púbis Inserção Distal: Linha pectínea do fêmur Inervação: Nervo Femoral (L2 - L4) Ação: Flexão do quadril e adução da coxa


ADUTOR LONGO Coxa - Região Póstero-Medial

Inserção Proximal: Superfície anterior do púbis e sínfise púbica Inserção Distal: Linha áspera Inervação: Nervo Obturatório (L2 - L4) Ação: Adução da coxa

ADUTOR CURTO Coxa - Região Póstero-Medial


Inserção Proximal: Ramo inferior do púbis Inserção Distal: Linha áspera Inervação: Nervo Obturatório (L2 - L4) Ação: Adução da coxa

ADUTOR MAGNO Coxa - Região Póstero-Medial

Inserção Proximal: Tuberosidade isquiática, ramo do púbis e do ísquio Inserção Distal: Linha áspera e tubérculo adutório Inervação: Nervo Obturatório (L2 - L4) e Nervo Isquiático (L4 à S1) Ação: Adução da coxa


MÚSCULOS DA COXA Vista Anterior - Dissecação Superficial

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

MÚSCULOS DA COXA Vista Anterior - Dissecação Profunda


Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

MÚSCULOS DA COXA Vista Anterior - Dissecação Profunda

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

MÚSCULOS DA COXA Vista Lateral


Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

MÚSCULOS DA COXA Vista Posterior - Dissecação Superficial


Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

MÚSCULOS DA COXA Vista Posterior - Dissecação Profunda

Músculos da perna

Região Anterior Tibial Anterior Extensor Longo dos Dedos Extensor Longo do Hálux Fibular Terceiro

Região Lateral Fibular Longo Fibular Curto

Região Posterior Camada Superficial

Camada Profunda

Gastrocnêmio Medial Gastrocnêmio Lateral Sóleo Plantar Delgado

Poplíteo Flexor Longo dos Dedos Flexor Longo do Hálux Tibial Posterior

TIBIAL ANTERIOR Perna - Região Anterior


Inserção Proximal: Côndilo lateral da tíbia e ½ proximal da face lateral da tíbia e membrana interóssea Inserção Distal: Cuneiforme medial e base do 1º metatarsal Inervação: Nervo Fibular Profundo (L4 - S1) Ação: Flexão dorsal e inversão do pé

EXTENSOR LONGO DOS DEDOS Perna - Região Anterior

Inserção Proximal: Côndilo lateral da tíbia, ¾ proximais da fíbula e membrana interóssea Inserção Distal: Falange média e distal do 2º ao 5º dedos Inervação: Nervo Fibular Profundo (L4 - S1) Ação: Extensão da MF, IFP e IFD do 2º ao 5º dedos


EXTENSOR LONGO DO HÁLUX Perna - Região Anterior

Inserção Proximal: 2/4 intermediários da fíbula e membrana interóssea Inserção Distal: Falange distal do hálux Inervação: Nervo Fibular Profundo (L4 - S1) Ação: Extensão do hálux, flexão dorsal e inversão do pé

FIBULAR TERCEIRO Perna - Região Anterior

Inserção Proximal: 1/3 distal da face anterior da fíbula Inserção Distal: Base do 5º metatarsal Inervação: Nervo Fibular Profundo (L5 - S1) Ação: Eversão do pé

FIBULAR LONGO Perna - Região Lateral


Inserção Proximal: Cabeça, 2/3 proximais da superfície lateral da fíbula e côndilo lateral da tíbia Inserção Distal: 1º metatarsal e cuneiforme medial Inervação: Nervo Fibular Superficial (L4 - S1) Ação: Flexão plantar e eversão do pé

FIBULAR CURTO Perna - Região Lateral

Inserção Proximal: 2/3 distais da face lateral da fíbula Inserção Distal: Base do 5º metatarsal Inervação: Nervo Fibular Superficial (L4 - S1) Ação: Flexão plantar e eversão do pé

GASTROCNÊMIO MEDIAL Perna - Região Posterior - Camada Superficial


Inserção Proximal: Côndilo medial do fêmur Inserção Distal: Calcâneo Inervação: Nervo Tibial (S1 - S2) Ação: Flexão do joelho e flexão plantar do tornozelo

GASTROCNEMIO LATERAL Perna - Região Posterior - Camada Superficial


Inserção Proximal: Côndilo lateral do fêmur Inserção Distal: Calcâneo Inervação: Nervo Tibial (S1 - S2) Ação: Flexão do joelho e flexão plantar do tornozelo

SÓLEO Perna - Região Posterior - Camada Superficial

Inserção Proximal: 1/3 intermédio da face medial da tíbia e cabeça da fíbula Inserção Distal: Calcâneo (tendão dos gastrocnêmios) Inervação: Nervo Tibial ( L5 - S1) Ação: Flexão plantar do tornozelo


PLANTAR DELGADO Perna - Região Posterior - Camada Superficial

Inserção Proximal: Côndilo lateral do fêmur Inserção Distal: Calcâneo Inervação: Nervo Tibial (L4 - S1) Ação: Auxilia o tríceps sural

POPLÍTEO Perna - Região Posterior - Camada Profunda

Inserção Proximal: Côndilo lateral do fêmur Inserção Distal: Linha solear da face posterior da tíbia Inervação: Nervo Tibial (L4 - S1) Ação: Flexão e rotação medial do joelho

FLEXOR LONGO DOS DEDOS Perna - Região Posterior - Camada Profunda


Inserção Proximal: Face posterior da tíbia Inserção Distal: Falanges distais do 2º ao 5º dedo Inervação: Nervo Tibial (L5 - S1) Ação: Flexão plantar e inversão do tornozelo, flexão da MF, IFP e IFD do 2º ao 5º dedos

FLEXOR LONGO DO HÁLUX Perna - Região Posterior - Camada Profunda

Inserção Proximal: 2/3 distais da face posterior da fíbula e membrana interóssea Inserção Distal: Falange distal do hálux Inervação: Nervo Tibial (L5 - S2) Ação: Flexão do hálux, flexão plantar e inversão do tornozelo

TIBIAL POSTERIOR Perna - Região Posterior - Camada Profunda


Inserção Proximal: Face posterior da tíbia e 2/3 proximais da fíbula e membrana interóssea Inserção Distal: 3 cuneiformes (medial , médio e lateral), cubóide, navicular e base do 2º ao 4º metatarsais Inervação: Nervo Tibial (L5 e S1) Ação: Flexão plantar e inversão do pé

MÚSCULOS DA PERNA Vista Anterior - Dissecação Superficial


Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

MÚSCULOS DA PERNA Vista Anterior - Dissecação Profunda

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

MÚSCULOS DA PERNA Vista Lateral


Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

MÚSCULOS DA PERNA Vista Posterior - Dissecação Superficial

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.


MÚSCULOS DA PERNA Vista Posterior - Dissecação Intermediária

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

MÚSCULOS DA PERNA Vista Posterior - Dissecação Profunda


Músculos do Pé Região Plantar Medial Abdutor do Hálux Flexor Curto do Hálux Adutor do Hálux

Região Plantar Lateral Abdutor do Mínimo Flexor Curto do Mínimo Oponente do Mínimo

Região Plantar Média Flexor Curto (Plantar) dos Dedos Quadrado Plantar Lumbricais Interósseos Plantares Interósseos Dorsais

Região Dorsal

Extensor Curto dos Dedos Extensor Curto do Hálux

ABDUTOR DO HÁLUX Pé - Região Plantar Medial Inserção Proximal: Calcâneo Inserção Distal: Falange proximal do hálux Inervação: Nervo Plantar Medial (L5 – S1) Ação: Flexão e abdução do hálux

FLEXOR CURTO DO HÁLUX Pé - Região Plantar Medial


Inserção Proximal: Cubóide e cuneiforme lateral Inserção Distal: Falange proximal do hálux Inervação: Nervo Plantar Medial e Lateral (L5 – S1) Ação: Flexão da MF do hálux ADUTOR DO HÁLUX Pé - Região Plantar Medial Inserção Proximal: 2º, 3º e 4º metatarsais Inserção Distal: Falange proximal do hálux ABDUTOR DO MÍNIMO Inervação: Nervo Plantar Lateral (S2 – S3) Pé - Região Plantar Lateral Inserção Proximal: Calcâneo

Ação: Adução do hálux

Inserção Distal: Falange proximal do 5º dedo Inervação: Nervo Plantar Lateral (S2 – S3) Ação: Abdução do 5º dedo

FLEXOR CURTO DO MÍNIMO Pé - Região Plantar Lateral Inserção Proximal: Cubóide Inserção Distal: Falange proximal do 5º dedo Inervação: Nervo Plantar Lateral (S2 – S3) Ação: Flexão da MF do 5º dedo OPONENTE DO MÍNIMO Pé - Região Plantar Lateral Inserção Proximal: Cubóide Inserção Distal: 5º metatarso Inervação: NervoCURTO Plantar Lateral (S2 – EXTENSOR DOS DEDOS S3) Pé - Região Dorsal Inserção Proximal: Calcâneo

Ação: Adução do 5º metatarso

Inserção Distal: Tendão do 2º, 3º e 4º extensor longo dos dedos Inervação: Nervo Fibular Profundo (L5 – S1) Ação: Extensão do 2º ao 4º dedos


EXTENSOR CURTO DO HÁLUX Pé - Região Dorsal Inserção Proximal: Calcâneo Inserção Distal: Falange proximal do hálux Inervação: Nervo Fibular Profundo (L5 – S1) Ação: Extensão do hálux

FLEXOR CURTO DOS DEDOS Pé - Região Plantar Média Inserção Proximal: Calcâneo e aponeurose plantar Inserção Distal: Falange intermédia do 2º ao 5º dedos Inervação: Nervo Plantar Medial (L5 – S1) Ação: Flexão da IFP e IFD do 2º ao 5º dedos QUADRADO PLANTAR Pé - Região Plantar Média Inserção Proximal: Calcâneo Inserção Distal: Tendões do flexor longo dos dedos LUMBRICAIS Inervação: Nervo Plantar Lateral (S2 – S3) Pé - Região Plantar Média Inserção Proximal: Tendão do flexor longo Ação: Flexãodos da dedos MF, IFP e IFD do 2º ao 5º dedos Inserção Distal: Tendão do extensor longo dos dedos e falange proximal do 2º ao 5º dedo Inervação: Nervo Plantar Medial (2º e 3º dedos) e Plantar Lateral (4º e 5º dedos) (L5 – S3) Ação: Flexão da MF e propriocepção

INTERÓSSEOS PLANTARES (3) Pé - Região Plantar Média Inserção Proximal: Borda medial do 3º ao 5º metarsos Inserção Distal: Borda medial das falanges proximais do 3º ao 5º dedos Inervação: Nervo Plantar Lateral (S2 – S3) Ação: Aproximação (Adução) dos dedos e flexão das MF


INTERÓSSEOS DORSAIS (4) Pé - Região Plantar Média Inserção Proximal: Entre os ossos metatársicos Inserção Distal: Bases das falanges proximais do 2º ao 4º dedos e tendões dos extensores longos dos dedos Inervação: Nervo Plantar Lateral (S2 – S3) Ação: Afastamento (Abdução) dos dedos e flexão das MF

MÚSCULOS DO PÉ Região Dorsal - Dissecação Superficial

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.


MÚSCULOS DO PÉ Região Dorsal - Dissecação Profunda

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

MÚSCULOS DO PÉ Região Plantar - Dissecação Superficial

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

MÚSCULOS DO PÉ Região Plantar - Primeira Camada


Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

MÚSCULOS DO PÉ Região Plantar - Segunda Camada


Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

MÚSCULOS DO PÉ Região Plantar - Terceira Camada

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.


Músculos do Pé Interósseos Dorsais

Músculos do Pé Interósseos Plantares

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Sistema Nervoso Durante a evolução do ser vivo vimos que os primeiros neurônios surgiram na superfície externa do organismo, tendo em vista que a função primordial do sistema nervoso é de relacionar o animal com o ambiente. Dos três folhetos embrionários o ectoderma é aquele que esta em contato com o meio externo do organismo e é deste folheto que se origina o sistema nervoso. O primeiro indicio de formação do sistema nervoso consiste em um espessamento do ectoderma, situado acima do notocorda, formando a chamada placa neural. Sabe-se que a formação da desta placa e a subsequente formação do tubo neural, tem importante papel à ação indutora da notocorda e do mesoderma. Notocordas


implantadas na parede abdominal de embriões de anfíbios induzem aí a formação de tubo neural. Extirpações da notocorda ou mesoderma em embriões jovens resultaram em grandes anomalias da medula.

A placa neural cresce progressivamente, torna-se mais espessa a adquire um sulco longitudinal Denominado sulco neural que se aprofunda para formar a goteira neural. Os lábios da goteira neural se fundem para formar o tubo neural. O ectoderma não diferenciado, então, se fecha sobre o tubo neural, isolando-o assim do meio externo. No ponto em que este ectoderma encontra os lábios da


goteira neural, desenvolvem-se células que formam de cada lado uma lamina longitudinal denominada crista neural. O tubo neural dá origem a elementos do sistema nervoso central, enquanto a crista dá origem a elementos do sistema nervoso periférico, além de elementos não pertencentes ao sistema nervoso. Desde o início de sua formação, o calibre do tubo neural não é uniforme. A parte cranial, que dá origem ao encéfalo do adulto, torna-se dilatada e constitui o encéfalo primitivo, ou arquencéfalo; a parte caudal, que dá origem á medula do adulto, permanece com calibre uniforme e constitui a medula primitiva do embrião. No arquencéfalo distinguem-se inicialmente três dilatações, que são as vesículas encefálicas primordiais denominadas: prosencéfalo, mesencéfalo e rombencéfalo. Com o subsequentes desenvolvimento do embrião, o prosencéfalo dá origem a duas vesículas, telencéfalo e diencéfalo. O mesencéfalo não se modifica, e o romboencéfalo origina o metencéfalo e o mieloncéfalo.


O telencéfalo compreende uma parte mediana, da qual se envagina duas porções laterais, as vesículas telencefálicas laterais. A parte mediana é fechada anteriormente por uma lamina que constitui a porção mais cranial do sistema nervoso e se denomina lamina terminal. As vesículas telencéfalicas laterais crescem muito para formar os hemisférios cerebrais e escondem quase completamente a parte mediana e o diencéfalo. O diencéfalo apresenta quatro pequenos divertículos: dois laterais, as vesículas ópticas, que formam a retina; um dorsal, que forma a glândula pineal; e um ventral, o infundíbulo, que forma a neuro-hipófise.

Cavidade do tubo neural: a luz do tubo neural permanece no sistema nervoso do adulto, sofrendo, em algumas partes varias modificações. A luz da medula primitiva forma, no adulto, o canal central da medula. A cavidade dilatada do rombencéfalo forma o IV ventrículo. A cavidade do diencéfalo e a da parte mediana do telencéfalo forma o III ventrículo. A luz do mesencéfalo permanece estreita e constitui o aqueduto cerebral que une o III ao IV ventrículo. A luz das vesículas telencéfalicas laterais forma, de cada lado, os ventrículos laterais, unidos ao III ventrículo pelos dois forames interventriculares. Todas as cavidades são revestidas por um epitélio cuboidal denominado epêndima e, com exceção do canal central da medula, contêm um liquido cérebro-espinhal, ou líquor.


Flexuras: durante o desenvolvimento das diversas partes do arquencéfalo aparecem flexuras ou curvaturas no seu teto ou assoalho, devidas principalmente a ritmos de crescimento diferentes. A primeira flexura a aparecer é a flexura cefálica, que surge na região entre o mesencéfalo e o prosencéfalo. Logo surge, entre a medula primitiva e o arquencéfalo, uma segunda flexura, denomina flexura cervical. Ela é determinada por uma flexão ventral de toda a cabeça do embrião na região do futuro pescoço. Finalmente aparece uma terceira flexura, de direção contraria as duas primeiras, no ponto de união entre o meta e o mielencéfalo: a flexura pontina. Com o desenvolvimento, as duas flexuras caudais se desfazem e praticamente desaparecem. Entretanto, a flexura cefálica permanece, determinado, no encéfalo do homem adulto, um ângulo entre o cérebro, derivando do prosencéfalo, e o resto do neuro-eixo. Divisão do sistema nervoso com base em critérios anatômicos e funcionais

O sistema nervoso central é aquele localizado dentro do esqueleto axial (cavidade craniana e canal vertebral); o sistema nervoso periférico é aquele que se localiza fora deste esqueleto. O encéfalo é a parte do sistema nervoso central situado dentro do crânio neural; e a medula é localizada dentro do canal vertebral. O encéfalo e a medula constituem o neuro-eixo. No encéfalo temos cérebro, cerebelo e tronco encefálico.


Pode-se dividir o sistema nervoso em sistema nervoso da vida de relação, ou somático e sistema nervoso da vida vegetativa, ou visceral. O sistema nervoso da vida de relação é aquele que se relaciona com organismo com o meio ambiente. Apresenta um componente aferente e outro eferente. O componente aferente conduz aos centros nervosos impulsos originados em receptores periféricos, informando-os sobre o que passa no meio ambiente. O componente eferente leva aos músculos estriados esqueléticos o comando dos centros nervosos resultando em movimentos voluntários. O sistema nervoso visceral é aquele que se relaciona com a inervação e com o controle das vísceras. O componente aferente conduz os impulsos nervosos originados em receptores das vísceras a áreas especificas do sistema nervoso. O componente eferente leva os impulsos originados em centros nervosos até as vísceras. Este componente eferente é também denominada de sistema nervoso autônomo e pode ser dividido em sistema nervoso simpático e parassimpático.

Estruturas do Sistema Nervoso Tecido Nervoso Medula Espinhal Tronco Encefálico Cerebelo Diencéfalo Telencéfalo


Menínges e Líquor Vascularização Encefálica Sistema Nervoso Periférico

Tecido Nervoso O tecido nervoso compreende basicamente dois tipos de celulares: os neurônios e as células glias. Neurônio: é a unidade estrutural e funcional do sistema nervoso que é especializada para a comunicação rápida. Tem a função básica de receber, processar e enviar informações. Células Glias: compreende as células que ocupam os espaços entre os neurônios e tem como função sustentação, revestimento ou isolamento e modulação da atividade neural.


Neurônios: são células altamente excitáveis que se comunicam entre si ou com outras células efetuadoras, usando basicamente uma linguagem elétrica. A maioria dos neurônios possui três regiões responsáveis por funções especializadas: corpo celular, dendritos e axônios. O corpo celular: é o centro metabólico do neurônio, responsável pela síntese de todas as proteínas neuronais. A forma e o tamanho do corpo celular são extremamente variáveis, conforme o tipo de neurônio. O corpo celular é também, junto com os dendritos, local de recepção de estímulos, através de contatos sinápticos. Dendritos: geralmente são curtos e ramificam-se profusamente, a maneira de galhos de árvore, em ângulos agudos, originando dendritos de menor diâmetro. São os processos ou projeções que transmitem impulsos para os corpos celulares dos neurônios ou para os axônios. Em geral os dendritos são não mielinizados. Um neurônio pode apresentar milhares de dendritos. Portanto, os dendritos são especializados em receber estímulos. Axônios: a grande maioria dos neurônios possui um axônio, prolongamento longo e fino que se origina do


corpo celular ou de um dendrito principal. O axônio apresenta comprimento muito variável, podendo ser de alguns milímetros como mais de um metro. São os processos que transmitem impulsos que deixam os corpos celulares dos neurônios, ou dos dendritos. A porção terminal do axônio sofre várias ramificações para formar de centenas a milhares de terminais axônicos, no interior dos quais são armazenados os neurotransmissores químicos. Portanto, o axônio é especializado em gerar e conduzir o potencial de ação. Tipos de Neurônios: São três os tipos de neurônios: sensitivo, motor e interneurônio. Um neurônio sensitivo conduz a informação da periferia em direção ao SNC, sendo também chamado neurônio aferente. Um neurônio motor conduz informação do SNC em direção à periferia, sendo conhecido como neurônio eferente. Os neurônios sensitivos e motores são encontrados tanto no SNC quanto no SNP.

Portanto, o sistema nervoso apresenta três funções básicas: Função Sensitiva: os nervos sensitivos captam informações do meio interno e externo do corpo e as conduzem ao SNC; Função Integradora: a informação sensitiva trazida ao SNC é processada ou interpretada; Função Motora: os nervos motores conduzem a informação do SNC em direção aos músculos e às glândulas do corpo, levando as informações do SNC.


Classificação do neurônio quanto aos seus prolongamentos: a maioria dos neurônios possuem vários dendritos e um axônio, por isso são chamados de multipolares. Mas também existem os neurônios bipolares e pseudounipolares. Nos neurônios bipolares, dois prolongamentos deixam o corpo celular, um dendrito e um axônio. Nos neurônios pseudo-unipolares, apenas um prolongamento deixa o corpo celular.


Sinapses: Os neurônios, principalmente através de suas terminações axônicas, entram em contato com outros neurônios, passando-lhes informações. Os locais de tais contatos são denominados sinapses. Ou seja, os neurônios comunicam-se uns aos outros nas sinapses – pontos de contato entre neurônios, no qual encontramos as vesículas sinápticas, onde estão armazenados os neurotransmissores. A comunicação ocorre por meio de neurotransmissores – agentes químicos liberados ou secretados por um neurônio. Os neurotransmissores mais comuns são a acetilcolina e a norepinefrina. Outros neurotransmissores do SNC incluem a epinefrina, a serotonina, o GABA e as endorfinas.

Fibras nervosas: uma fibra nervosa compreende um axônio e, quando presente, seu envoltório de origem glial. O principal envoltório das fibras nervosas é a bainha de mielina (camadas de substâncias de lipídeos e proteína), que funciona como isolamento elétrico. Quando envolvidos por bainha de mielina, os axônios são denominados fibras nervosas mielínicas. Na ausência de mielina as fibras são denominadas de amielínicas. Ambos os tipos ocorrem no sistema nervoso central e no sistema nervoso periférico, sendo a bainha de mielina formada por células de Schwann, no periférico e no central por oligodendrócitos. A bainha de mielina permite uma condução mais rápida do impulso nervoso e, ao longo dos axônios, a condução é do tipo saltatória, ou seja, o potencial de ação só ocorre em estruturas chamadas de nódulos de


Ranvier.

Nervos: após sair do tronco encefálico, da medula espinhal ou dos gânglios sensitivos, as fibras nervosas motoras e sensitivas reúnem-se em feixes que se associam a estruturas conjuntivas, constituindo nervos espinhais e cranianos.

Curiosidades sobre o Sistema Nervoso Periférico No sistema nervoso periférico, o axônio é envolvido por células especiais denominadas células de Schwann, que formam a bainha de mielina do axônio. O núcleo e o citoplasma das células de Schwann ficam por fora da bainha de mielina e constituem o neurilema. Essa estrutura é importante nos casos em que o nervo é seccionado, pois ela é responsável, em parte, pela regeneração do mesmo. Assim os nervos reconstituídos cirurgicamente, podem eventualmente restabelecer suas conexões, permitindo a recuperação da sensibilidade e dos movimentos.

O peso do encéfalo de um homem adulto é de 1.300 gramas e na mulher é de 1.200 gramas. Admite-se que no homem adulto de estatura mediana o menor encéfalo compatível com a inteligência normal seria de 900 gramas. Acima deste limite as tentativas de se correlacionar o peso do encéfalo com o grau de inteligência esbarram em numerosas exceções (este se refere ao peso corporal e não ao grau de inteligência, pois ainda não se conseguiu provar de forma alguma qual dos dois sexos é mais inteligente). A inteligência não se refere somente na quantidade de massa cinzenta, mas sim na capacidade que os seres humanos tem de entender, raciocinar, interpretar e relacionar o conhecimento sobre experiências vividas e não vividas e a capacidade adaptativa do ser humano a novas situações. Medula Espinhal


Medula significa miolo e indica o que está dentro. Assim temos a medula espinhal dentro dos ossos, mais precisamente dentro do canal vertebral. A medula espinhal é uma massa cilindróide de tecido nervoso situada dentro do canal vertebral sem entretanto ocupa-lo completamente. No homem adulto ela mede aproximadamente 45 cm sendo um pouco menor na mulher. Cranialmente a medula limita-se com o bulbo, aproximadamente ao nível do forame magno do osso occipital. O limite caudal da medula tem importância clínica e no adulto situa-se geralmente em L2. A medula termina afinando-se para formar um cone, o cone medular, que continua com um delgado filamento meníngeo, o filamento terminal.

Forma e Estrutura da Medula A medula apresenta forma aproximada de um cilindro, achatada no sentido antero-posterior. Seu calibre não é uniforme, pois ela apresenta duas dilatações denominadas de intumescência cervical e intumescência lombar.


Estas intumescências medulares correspondem às áreas em que fazem conexão com as grossas raízes nervosas que formam o plexo braquial e lombossacral, destinados à inervação dos membros superiores e inferiores respectivamente. A formação destas intumescências se deve pela maior quantidade de neurônios e, portanto, de fibras nervosas que entram ou saem destas áreas. A intumescência cervical estende-se dos segmentos C4 até T1 da medula espinhal e a intumescência lombar (lombossacral) estende-se dos segmentos de T11 até L1 da medula espinhal. A superfície da medula apresenta os seguintes sulcos longitudinais, que percorrem em toda a sua extensão: o sulco mediano posterior, fissura mediana anterior, sulco lateral anterior e o sulco lateral posterior. Na medula cervical existe ainda o sulco intermédio posterior que se situa entre o sulco mediano posterior e o sulco lateral posterior e que se continua em um septo intermédio posterior no interior do funículo posterior. Nos sulcos lateral anterior e lateral posterior fazem conexão, respectivamente as raízes ventrais e dorsais dos nervos espinhais.

SECÇÕES DA MEDULA ESPINHAL EM TODAS REGIÕES


Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Na medula, a substância cinzenta localiza-se por dentro da branca e apresenta a forma de uma borboleta, ou de um "H". Nela distinguimos de cada lado, três colunas que aparecem nos cortes como cornos e que são as colunas anterior, posterior e lateral. A coluna lateral só aparece na medula torácica e parte da medula lombar. No centro da substância cinzenta localiza-se o canal central da medula. A substância branca é formada por fibras, a maioria delas mielínicas, que sobem e descem na medula e que podem ser agrupadas de cada lado em três funículos ou cordões: Funículo anterior: situado entre a fissura mediana anterior e o sulco lateral anterior. Funículo lateral: situado entre os sulcos lateral anterior e o lateral posterior. Funículo posterior: situado entre o sulco lateral posterior e o sulco mediano posterior, este último ligado a substancia cinzenta pelo septo mediano posterior. Na parte cervical da medula o funículo posterior é dividido pelo sulco intermédio posterior em fascículo grácil e fascículo cuneiforme. Conexões com os nervos espinhais:

Nos sulcos lateral anterior e lateral posterior fazem conexão com pequenos filamentos nervosos denominados de filamentos radiculares, que se unem para formar, respectivamente, as raízes ventrais e dorsais dos nervos espinhais. As duas raízes se unem para formação dos nervos espinhais, ocorrendo à união em um ponto situado distalmente ao gânglio espinhal que existe na raiz dorsal.


RAÍZES NERVOSAS

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Existem 31 pares de nervos espinhais aos quais correspondem 31 segmentos medulares assim distribuídos: 8 cervicais, 12 torácicos, 5 lombares, 5 sacrais e 1 coccígeo. Encontramos 8 pares de nervos cervicais e apenas 7 vértebras cervicais porque o primeiro par de nervos espinhais sai entre o occipital e C1. RELAÇÃO DAS RAÍZES NERVOSAS COM AS VÉRTEBRAS


Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Topografia da medula: A um nível abaixo da segunda vértebra lombar encontramos apenas as menínges e as raízes nervosas dos últimos nervos espinhais, que dispostas em torno do cone medular e filamento terminal, constituem, em conjunto, a chamada cauda equina. Como as raízes nervosas mantém suas relações com os respectivos forames intervertebrais, há um alongamento das raízes e uma diminuição do ângulo que elas fazem com a medula. Estes fenômenos são mais pronunciados na parte caudal da medula, levando a formação da cauda eqüina. Cone Medular

Filamento Terminal


Ainda como conseqüência da diferença de ritmos de crescimento entre a coluna e a medula, temos o afastamento dos segmentos medulares das vértebras correspondentes. Assim, no adulto, as vértebras T11 e T12 correspondem aos segmentos lombares. Para sabermos qual o nível da medula cada vértebra corresponde, temos a seguinte regra: entre os níveis C2 e T10, adicionamos o número dois ao processo espinhoso da vértebra e se tem o segmento medular subjacente. Aos processos espinhosos de T11 e T12 correspondem os cinco segmentos lombares, enquanto ao processo espinhoso de L1 corresponde aos cinco segmentos sacrais. Envoltório da medula: A medula é envolvida por membranas fibrosas denominadas menínges, que são: dura-máter, pia-máter e aracnoide. A dura-máter e a mais espessa e envolve toda a medula, como se fosse uma luva, o saco dural. Cranialmente ela se continua na dura-máter craniana, caudalmente ela se termina em um fundo-de-saco ao nível da vértebra S2. Prolongamentos laterais da dura-máter embainham as raízes dos nervos espinhais, constituído um tecido conjuntivo (epineuro), que envolve os nervos.

ENVOLTÓRIOS DA MEDULA ESPINHAL


A aracnóide espinhal se dispõem entre a dura-máter e a pia-máter. Compreende um folheto justaposto à dura-máter e um emaranhado de trabéculas aracnóideas, que unem este folheto à pia-máter. A pia-máter é a membrana mais delicada e mais interna. Ela adere intimamente o tecido superficial da medula e penetra na fissura mediana anterior. Quando a medula termina no cone medular, a pia-máter continua caudalmente, formando um filamento esbranquiçado denominado filamento terminal. Este filamento perfura o fundo-do-saco dural e continua até o hiato sacral. Ao atravessar o saco dural, o filamento terminal recebe vários prolongamentos da dura-máter e o conjunto passa a ser chamado de filamento da dura-máter. Este, ao se inserir no periósteo da superfície dorsal do cóccix, constitui o ligamento coccígeo. A pia-máter forma, de cada lado da medula, uma prega longitudinal denominada ligamento denticulado, que se dispõem em um plano frontal ao longo de toda a extensão da medula. A margem medial de cada ligamento continua com a pia-máter da face lateral da medula ao longo de uma linha continua que se dispõe entre as raízes dorsais e ventrais. A margem lateral apresenta cerca de 21 processos triangulares que se inserem firmemente na aracnóide e na dura-máter em um ponto que se alteram com a emergência dos nervos espinhais. Os dois ligamentos denticulados são elementos de fixação da medula e importantes pontos de referência em cirurgias deste órgão.


Entre as menínges existem espaços que são importantes para a parte clínica médica devido às patologias que podem estar envolvidas com essas estruturas, tais como: hematoma extradural, meningites etc. O espaço epidural, ou extradural, situa-se entre a dura-máter e o periósteo do canal vertebral. Contém tecido adiposo e um grande número de veias que constituem o plexo venoso vertebral interno. O espaço subdural, situado entre a dura-máter e a aracnóide, é uma fenda estreita contendo uma pequena quantidade de líquido. O espaço subaracnóideo contém uma quantidade razoavelmente grande de líquido cérebro-espinhal ou líquor. Alguns autores ainda consideram um outro espaço denominado subpial, localizado entre a pia-mater e o tecido nervoso. Tronco Encefálico O tronco encefálico interpõe-se entre a medula e o diencéfalo, situando-se ventralmente ao cerebelo, ou seja, conecta a medula espinal com as estruturas encefálicas localizadas superiormente. A substância branca do tronco encefálico inclui tratos que recebem e enviam informações motoras e sensitivas para o cérebro e também as provenientes dele. Dispersas na substância branca do tronco encefálico encontram-se massas de substância cinzenta denominadas núcleos, que exercem efeitos intensos sobre funções como a pressão sanguínea e a respiração. Na sua constituição entram corpos de neurônios que se agrupam em núcleos e fibras nervosas, que por sua vez, se agrupam em feixes denominados tratos, fascículos ou lemniscos. Muitos dos núcleos do tronco encefálico recebem ou imitem fibras nervosas que entram na constituição dos nervos cranianos. Dos 12 pares de nervos cranianos, 10 fazem conexão com o tronco encefálico.


O tronco encefálico se divide em: bulbo, situado caudalmente, mesencéfalo, e a ponte situada entre ambos.

Bulbo

Ponte

Mesencéfalo

BULBO (MEDULA OBLONGA):

O bulbo ou medula oblonga tem forma de um cone, cuja extremidade menor continua caudalmente com a medula espinhal. Como não se tem uma linha demarcando a separação entre medula e bulbo, considera-se que o limite está em um plano horizontal que passa imediatamente acima do filamento radicular mais cranial do primeiro nervo cervical, o que corresponde ao nível do forame magno. O limite superior do bulbo se faz em um sulco horizontal visível no contorno deste órgão, sulco bulbo-pontino, que corresponde à margem inferior da ponte. A superfície do bulbo é percorrida por dois sulcos paralelos que se continuam na medula. Estes sulcos delimitam o que é anterior e posterior no bulbo. Vista pela superfície, aparecem como uma continuação dos funículos da medula espinhal. A fissura mediana anterior termina cranialmente em uma depressão denominada forme cego. De cada lado da fissura mediana anterior existe uma eminência denominada pirâmide, formada por um feixe compacto de fibras nervosas descendentes que ligam as áreas motoras do cérebro aos neurônios motores da medula. Este trato é chamado de trato piramidal ou trato córtico-espinhal. Na parte caudal do bulbo, as fibras deste trato cruzam obliquamente o plano mediano e constituem a decussação das pirâmides. É devido à decussação das pirâmides que o hemisfério cerebral direito controla o lado esquerdo do corpo e o hemisfério cerebral esquerdo controla o lado direito. Por exemplo: em uma lesão encefálica à direita, o corpo será acometido em toda sua metade esquerda.


BULBO (MEDULA OBLONGA) - TRONCO ENCEFÁLICO - VISTA ANTERIOR

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Entre os sulcos lateral anterior e lateral posterior temos a área lateral do bulbo, onde se observa uma eminência oval, a oliva, formada por uma grande quantidade de substância cinzenta. Ventralmente à oliva, emerge do sulco lateral anterior, os filamentos reticulares do nervo hipoglosso. Do sulco lateral posterior emergem os filamentos radiculares que se unem para formar os nervos glossofaríngeo e o vago além dos filamentos que constituem a raiz craniana ou bulbar do nervo acessório que une se com a raiz espinhal. BULBO (MEDULA OBLONGA) - TRONCO ENCEFÁLICO - VISTA POSTERIOR


Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

A metade caudal do bulbo ou porção fechada do bulbo é percorrida por um estreito canal, continuação direta do canal central da medula, que se abre para formar o IV ventrículo, cujo assoalho é constituído pela metade rostral ou porção aberta do bulbo. O sulco mediano posterior termina a meia altura do bulbo, em virtude do afastamento dos seus lábios, que contribuem para a formação dos limites laterais do IV ventrículo. Entre o sulco mediano posterior e o sulco lateral posterior, encontra-se a continuação do funículo posterior da medula, sendo que no bulbo, este é dividido em fascículo grácil e fascículo cuneiforme pelo sulco intermédio posterior. Estes fascículos são constituídos por fibras nervosas ascendentes, provenientes da medula, que terminam em duas massas de substância cinzenta, os núcleos grácil e cuneiforme, situados na parte mais cranial dos fascículos correspondentes. Estes núcleos determinam o aparecimento de duas eminências: o tubérculo grácil, mais medial, e o tubérculo cuneiforme, mais lateral. Em virtude do IV ventrículo, os tubérculos grácil e cuneiforme se afastam lateralmente como dois ramos de um "V" e gradualmente continuando para cima com o pedúnculo cerebelar inferior (corpo restiforme). Este, é formado por um grosso feixe de fibras que formam as bordas laterais da metade caudal do IV ventrículo, fletindo-se dorsalmente para penetrar no cerebelo.

BULBO (MEDULA OBLONGA) - TRONCO ENCEFÁLICO - VISTA PÓSTERO-LATERAL


Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

No bulbo localiza-se o centro respiratório, muito importante para a regulação do ritmo respiratório. Localizam-se também o centro vasomotor e o centro do vômito. A presença dos centros respiratórios e vasomotor no bulbo torna as lesões neste órgão particularmente perigosas. Em razão de sua importância com relação às funções vitais, o bulbo é muitas vezes chamado de centro vital. Pelo fato de essas estruturas serem fundamentais para o organismo, você pode compreender a seriedade de uma fratura na base do crânio. O bulbo é também extremamente sensível a certas drogas, especialmente os narcóticos. Uma dose excessiva de narcótico causa depressão do bulbo e morte porque a pessoa para de respirar. PONTE:

Ponte é a parte do tronco encefálico interposto entre o bulbo e o mesencéfalo. Esta situada ventralmente ao cerebelo e repousa sobre a parte basilar do osso occipital e o dorso da sela túrcica do esfenóide. Sua base situada ventralmente apresenta uma estriação transversal em virtude da presença de numerosos feixes de fibras transversais que a percorrem.


Estas fibras convergem de cada lado para formar um volumoso feixe, o pedúnculo cerebelar médio, que se penetra no hemisfério cerebelar correspondente. Considera-se como limite entre a ponte e o pedúnculo cerebelar médio (braço da ponte) o ponto de emergência do nervo trigêmeo (V par craniano). Esta emergência se faz por duas raízes, uma maior, ou raiz sensitiva do nervo trigêmeo, e outra menor, ou raiz motora do nervo trigêmeo. PONTE - TRONCO ENCEFÁLICO - VISTA PÓSTERO-LATERAL

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Percorrendo longitudinalmente a superfície ventral da ponte existe um sulco, o sulco basilar, que geralmente aloja a artéria basilar. A parte ventral da ponte é separada do bulbo pelo sulco bulbo-pontino, de onde emerge de cada lado, a partir da linha mediana, o VI, o VII e o VIII par craniano. O VI par, o nervo abducente, emerge entre a ponte e a pirâmide do bulbo. O VIII par craniano, o nervo vestíbulococlear, emerge lateralmente próximo a um pequeno lobo denominado flóculo. O VII par craniano, o nervo facial, emerge lateralmente com o VIII par craniano, o nervo vestíbulo-coclear, com o qual mantém relações íntimas. Entre os dois, emerge o nervo intermédio, que é a raiz sensitiva do VII par craniano.


PONTE - TRONCO ENCEFÁLICO - VISTA ANTERIOR

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

A parte dorsal da ponte não apresenta linha de demarcação com a parte dorsal do bulbo, constituindo ambas o assoalho do IV ventrículo. Núcleos da Ponte Núcleo motor do nervo trigêmeo (V par craniano) – está situado na margem lateral do quarto ventrículo. Núcleos sensitivos do nervo trigêmeo (V par craniano) – continuação cefálica da coluna sensitiva da medula espinhal. As fibras que penetram na ponte vindas do gânglio do trigêmeo dividem-se em ramos ascendentes e descendentes. Núcleo do nervo abducente (VI par craniano) – forma parte da substância cinzenta dorsal da eminência medial do assoalho do quarto ventrículo, profundamente ao colículo facial. Núcleo do nervo facial (VII par craniano) – está situado profundamente na formação reticular, lateralmente ao núcleo do nervo abducente. Emergem pela borda do caudal entre a oliva e o pedúnculo cerebelar inferior.


Núcleo do nervo vestíbulococlear (VIII par craniano) – o núcleo da divisão vestibular ocupam uma grande área na porção lateral do quarto ventrículo. O núcleo da divisão coclear localiza-se na porção caudal da ponte. PONTE - ESQUEMA DOS NÚCLEOS DA PONTE - TRONCO ENCEFÁLICO VISTA LATERAL

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Quarto ventrículo: está situado entre o bulbo e a ponte em sua face posterior e ventralmente ao cerebelo. Continua caudalmente com o canal central do bulbo e cranialmente com o aqueduto cerebral, cavidade do mesencéfalo que comunica o III e o IV ventrículo. A cavidade do IV ventrículo se prolonga de cada lado para formar os recessos laterais, situados na superfície dorsal do pedúnculo cerebelar inferior. Este recesso se comunica de cada lado com o espaço subaracnóideo por meio das duas aberturas laterais do IV ventrículo. Há também uma abertura mediana do IV ventrículo denominada de forme de Magendie, ou forame mediano, situado no meio da metade caudal do tecto do IV ventrículos. Por meio desta cavidade, o líquido cérebro-espinhal, que enche a cavidade ventricular, passa para o espaço subaracnóideo.


PONTE - QUARTO VENTRÍCULO - TRONCO ENCEFÁLICO - VISTA LATERAL

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

O assoalho de IV ventrículo ou fossa rombóide, é formado pela parte dorsal da ponte e pela porção aberta do bulbo. Tecto do IV ventrículo: a metade cranial do tecto do IV ventrículo é constituída por uma fina lamina de substância branca, o véu medular superior, que se estende entre os dois pedúnculos cerebelares superiores. Na constituição da metade caudal temos as seguintes formações: Uma pequena parte da substância branca do nódulo do cerebelo. O véu medular inferior, formação bilateral constituída de uma fina lâmina branca presa medialmente às bordas laterais do nódulo do cerebelo.

Tela corióide do IV ventrículo, que une as duas formações anteriores às bordas da metade caudal do assoalho do IV ventrículo. PONTE - ASSOALHO DO QUARTO VENTRÍCULO - TRONCO ENCEFÁLICO VISTA POSTERIOR


Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

A tela corióide é formada pela união do epitélio ependimário, que reveste internamente o ventrículo com a pia-máter e reforça externamente este epitélio. Esta tela emite projeções irregulares e muito vascularizadas para a formação do plexo corióide do IV ventrículo. Este plexo corióide tem a forma de "T" e produz líquido cérebro-espinhal, que se acumula na cavidade ventricular passando ao espaço subaracnóideo através das aberturas laterais e da abertura mediana do IV ventrículo. A ponte tem um papel fundamental na regulação do padrão e ritmo respiratório. Lesões nessa estrutura podem causar graves distúrbios no ritmo respiratório.

Mesencéfalo:


Interpõe-se entre a ponte e o cérebro, do qual é representado por um plano que liga os dois corpos mamilares, pertencentes ao diencéfalo, à comissura posterior. É atravessado por um estreito canal, o aqueduto cerebral. A parte do mesencéfalo situada dorsalmente ao aqueduto é o tecto do mesencéfalo. Ventralmente, temos os dois pedúnculos cerebrais, que por sua vez, se dividem em uma parte dorsal, o tegumento e outra ventral, a base do pedúnculo.

Em uma secção transversal do mesencéfalo, vê-se que o tegmento é separado da base por uma área escura, a substância negra (nigra). Junto à sustância negra existem dois sulcos longitudinais: um lateral, sulco lateral do mesencéfalo, e outro medial, sulco medial do pedúnculo cerebral. Estes sulcos marcam o limite entre a base e o tegmento do pedúnculo cerebral. Do sulco medial emerge o nervo oculomotor, III par craniano.

MESENCÉFALO (ESQUEMA DIDÁTICO) - SECÇÃO TRANSVERSAL DO MESENCÉFALO

Fonte: MACHADO, Ângelo. Neuroanatomia Funcional. Rio de Janeiro/São Paulo: Atheneu, 1991.

Tecto do mesencéfalo: em vista dorsal o tecto mesencefalico apresenta quatro eminências arredondadas denominadas colículos superiores e inferiores, separados por dois sulcos perpendiculares em forma de cruz. Na parte anterior do ramo longitudinal da cruz, aloja-se o corpo pineal, que pertence ao diencéfalo. Caudalmente a cada colículo inferior, emerge o IV par craniano, o nervo troclear. Cada colículo se liga a uma pequena eminência oval do diencéfalo, o corpo geniculado, através de um feixe superficial de fibras nervosas que constitui o seu braço. Assim o colículo inferior se liga ao corpo geniculado medial pelo braço do colículo inferior, e o colículo superior se liga ao corpo geniculado lateral pelo braço do colículo superior, o qual tem o seu trajeto escondido entre o pulvinar do tálamo e o corpo geniculado medial. O corpo geniculado lateral encontra-se na extremidade do trato óptico.


MESENCÉFALO - COLÍCULOS E CORPOS GENICULADOS - VISTA PÓSTEROLATERAL

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Pedúnculos cerebrais: vistos ventralmente, os pedúnculos cerebrais aparecem com dois grandes feixes de fibras que surgem na borda superior da ponte e divergem cranialmente para penetrar profundamente no cérebro. Delimitam assim uma profunda depressão triangular, a fossa interpeduncular, limitada anteriormente por duas eminências pertencentes ao diencéfalo, os corpos mamilares. O fundo da fossa Inter peduncular apresenta pequenos orifícios para a passagem de vasos. Denomina-se substância perfurada posterior. Núcleo Rubro – ocupa grande parte do tegmento. É uma massa em forma de oval que se estende do limite caudal do colículo superior até a região subtalâmica. É circular numa secção transversal. VISTA INFERIOR DO MESENCÉFALO


Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Núcleos do Mesencéfalo:

Núcleo da raiz mesocefálica do nervo trigêmeo (V par craniano) – forma uma região dispersa na porção lateral da substância cinzenta central que circunda o aqueduto. Núcleo do nervo troclear (IV par craniano) – está ao nível do colículo inferior. Núcleo do nervo oculomotor (III par craniano) – aparece numa secção transversal. Estende-se até o colículo superior.

MESENCÉFALO - ESQUEMA DOS NÚCLEOS - TRONCO ENCEFÁLICO - VISTA POSTERIOR


Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Revisão dos Pedúnculos Cerebelares: Pedúnculo Cerebelar Inferior: tem origem no bulbo. Pedúnculo Cerebelar Médio: tem origem na ponte. Pedúnculo Cerebelar Superior: tem origem no mesencéfalo. Pedúnculo Cerebelar Inferior Origem: Bulbo

Pedúnculo Cerebelar Médio Origem: Ponte

Pedúnculo Cerebelar Superior Origem: Mesencéfalo

Cerebelo O cerebelo, órgão do sistema nervoso supra segmentar, deriva da parte dorsal do metencéfalo e fica situado dorsalmente ao bulbo e à ponte, contribuindo para a formação do tecto do IV ventrículo. Repousa sobre a fossa cerebelar do osso occipital e está separado do lobo occipital por uma prega da dura-máter denominada tenda do cerebelo.


Liga-se à medula e ao bulbo pelo pedúnculo cerebelar inferior e ponte e mesencéfalo pelos pedúnculos cerebelares médio superior, respectivamente. Do ponto de vista fisiológico, cerebelo difere fundamentalmente do cérebro porque funcio sempre em nível involuntário e inconsciente, sendo sua funç exclusivamente motora (equilíbrio e coordenação).

Anatomicamente, distingue-se no cerebelo, uma porção ímpar mediana, o vérmix, ligado a duas grandes massas laterais, hemisférios cerebelares. O vérmix é pouco separado d hemisférios na face superior do cerebelo, o que não ocorre na fa inferior, onde dois sulcos são bem evidentes o separam das par laterais.

CEREBELO - VISTA SUPERIOR

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.


CEREBELO - VISTA INFERIOR

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

A superfície apresenta sulcos de direção predominantemente transversal, que delimitam laminas finas denominadas folhas do cerebelo. Existem também sulcos mais pronunciados, as fissuras do cerebelo, que delimitam lóbulos, cada um deles podendo conter várias folhas. Esta disposição, visível na superfície do cerebelo, é especialmente evidente em secções deste órgão, que dão também uma idéia de sua organização interna. Vê-se assim que o cerebelo é constituído de um centro de substância branca, o corpo medular do cerebelo, de onde irradia a lâmina branca do cerebelo, revestida externamente por uma fina camada de substância cinzenta, o córtex cerebelar. O corpo medular do cerebelo com suas lâminas brancas, quando vista em cortes sagitais, recebem o nome de "árvore da vida". No interior do campo medular existem quatro pares de núcleos de substância cinzenta, que são os núcleos centrais do cerebelo: denteado, emboliforme, globoso e fastigial.


CEREBELO - SECÇÃO NO PLANO DO PEDÚNCULO CEREBELAR SUPERIOR

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Lóbulos do Cerebelo: a divisão do cerebelo em lóbulos não tem nenhum significado funcional e sua importância é apenas topográfica. Os lóbulos recebem denominações diferentes no vérmis e nos hemisférios. A cada lóbulo do vérmix correspondem a dois hemisférios. A língula está quase sempre aderida ao véu medular superior. O folium consiste em apenas uma folha do vérmix. Um lóbulo importante é o flóculo, situado logo abaixo do ponto em que o pedúnculo cerebelar médio penetra no cerebelo, próximo ao nervo vestíbulo-coclear. Liga-se ao nódulo, lóbulo do vérmix, pelo pedúnculo do flóculo. As tonsilas são bem evidentes na parte inferior do cerebelo, projetando-se medialmente sobre a face dorsal do bulbo.


CEREBELO - VISTA MEDIAL

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Fissuras do Cerebelo: - Depois da língula temos a fissura pré-central. - Depois do lóbulo central temos a fissura pré-culminar. - Depois do cúlmen temos a fissura prima. - Depois do declive temos a fissura pós-clival. - Depois do folium temos a fissura horizontal. - Depois do túber temos a fissura pré-piramidal.


- Depois da pirâmide temos a fissura pós-piramidal. - Depois da úvula temos a fissura póstero-lateral.

CEREBELO - VISTA LATERAL

Fonte: MACHADO, Ângelo. Neuroanatomia Funcional. Rio de Janeiro/São Paulo: Atheneu, 1991.

Diencéfalo O diencéfalo e o telencéfalo formam o cérebro, que corresponde ao prosencéfalo. O cérebro é a parte mais desenvolvida do encéfalo e ocupa cerca de 80% da cavidade craniana. O diencéfalo é uma estrutura ímpar que só é vista na porção mais inferior de cérebro. Ao diencéfalo compreendem as seguintes partes: tálamo, hipotálamo, epitálamo e subtálamo, todas relacionadas com o III ventrículo.


III ventrículo:

É uma cavidade no diencéfalo, ímpar, que se comunica com o IV ventrículo pelo aqueduto cerebral e com os ventrículos laterais pelos respectivos forames interventriculares. Quando o cérebro é seccionado no plano sagital mediano, as paredes laterais do III ventrículo são expostas amplamente; verifica-se então a existência de uma depressão, o sulco hipotalâmico, que se estende do aqueduto cerebral até o forame interventricular. As porções da parede, situadas acima deste sulco, pertencem ao tálamo; e as situadas abaixo, pertencem ao hipotálamo. Unindo os dois tálamos observa-se freqüentemente uma estrutura formada por substância cinzenta, a aderência intetalâmica, que aparece apenas seccionada. No assoalho do III ventrículo encontra-se, de anterior para posterior, as seguintes formações: quiasma óptico, infundíbulo, túber cinéreo e corpos mamilares, pertencentes ao hipotálamo. DIENCÉFALO - VISTA MEDIAL


Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

A parede posterior do ventrículo, muito pequena, é formada pelo epitálamo, que se localiza acima do sulco hipotalâmico. Saindo de cada lado do epitálamo e percorrendo a parte mais alta das paredes laterais, há um feixe de fibras nervosas, as estrias medulares do tálamo, onde se insere a tela corióide, que forma o tecto do III ventrículo. A partir da tela corióide, invaginam-se na luz ventricular, os plexos corióides do III ventrículo, que se dispõem em duas linhas paralelas e são contínuos, através dos respectivos forames interventriculares, com os plexos corióides dos ventrículos laterais. A parede anterior do III ventrículo é formada pela lâmina terminal, fina lâmina de tecido nervoso, que une os dois hemisférios e dispõem-se entre o quiasma óptico e a comissura anterior. A comissura anterior, a lâmina terminal e as partes adjacentes das paredes laterais do III ventrículo pertencem ao telencéfalo. A luz do III ventrículo se evagina para formar quatro recessos na região do infundíbulo:

Recesso do infundíbulo, acima do quiasma óptico; Recesso óptico; Recesso pineal, na haste da glândula pineal; Recesso supra pineal, acima do corpo pineal.


Tálamo: O tálamo, com comprimento de cerca de 3cm, compondo 80% do diencéfalo, consiste em duas massas ovuladas pareadas de substância cinzenta, organizada em núcleos, com tratos de substância branca em seu interior. Em geral, uma conexão de substância cinzenta, chamada massa intermédia (aderência intertalâmica), une as partes direita e esquerda do tálamo. A extremidade anterior de cada tálamo apresenta uma eminência, o tubérculo anterior do tálamo, que participa da delimitação do forame interventricular. A extremidade posterior, consideravelmente maior que a anterior, apresenta uma grande eminência, o pulvinar, que se projeta sobre os corpos geniculados lateral e medial.

TÁLAMO

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.


O corpo geniculado medial faz parte da via auditiva, e o lateral da via óptica, e ambos são considerados por alguns autores como uma divisão do diencéfalo denominada de metatálamo.

A porção lateral da face superior do tálamo faz parte do assoalho do ventrículo lateral, sendo revestido por epitélio ependinário (epitélio que reveste esta parte do tálamo e é denominada lâmina fixa). A porção medial do tálamo forma a parede lateral do III ventrículo, cujo tecto é constituído pelo fórnix e pelo corpo caloso, formações telencefálicas. A fissura transversa é ocupada por um fundo-de-saco da pia-máter que, a seguir, entra na constituição da tela corióide. A face lateral do tálamo é separada do telencéfalo pela cápsula interna, compacto feixe de fibras que ligam o córtex cerebral a centros nervosos subcorticais. A face inferior do tálamo continua com o hipotálamo e o subtálamo. LIMITES DO TÁLAMO - SECÇÃO TRANSVERSAL DO CÉREBRO


Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Alguns núcleos transmitem impulsos para as áreas sensoriais do cérebro: Corpo (núcleo) Geniculado Medial – transmite impulsos auditivos; Corpo (núcleo) Geniculado Lateral – transmite impulsos visuais; Corpo (núcleo) Ventral Posterior – transmite impulsos para o paladar e para as sensações somáticas, como as de tato, pressão, vibração, calor, frio e dor.

Os núcleos talâmicos podem ser divididos em cinco grupos: Grupo Anterior Grupo Posterior Grupo Lateral Grupo Mediano Grupo medial NÚCLEOS DO TÁLAMO


Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

O tálamo serve como uma estação intermediária para a maioria das fibras que vão da porção inferior do encéfalo e medula espinhal para as áreas sensitivas do cérebro. O tálamo classifica a informação, dando-nos uma idéia da sensação que estamos experimentando, e as direciona para as áreas específicas do cérebro para que haja uma interpretação mais precisa.

Funções do Tálamo: Sensibilidade; Motricidade; Comportamento Emocional; Ativação do Córtex; Desempenha algum papel no mecanismo de vigília, ou estado de alerta.

Hipotálamo:


É uma área relativamente pequena do diencéfalo, situada abaixo do tálamo, com funções importantes principalmente relacionadas à atividade visceral. O hipotálamo é parte do diencéfalo e se dispõe nas paredes do III ventrículo, abaixo do sulco hipotalâmico, que separa o tálamo. Apresenta algumas formações anatômicas visíveis na face inferior do cérebro: o quiasma óptico, o túber cinéreo, o infundíbulo e os corpos mamilares. Trata-se de uma área muito pequena (4g) mas, apesar disso, o hipotálamo, por suas inúmeras e variadas funções, é uma das áreas mais importantes do sistema nervoso.

Corpos mamilares: são duas eminências arredondadas de substância cinzenta evidentes na parte anterior da fossa interpeduncular. Quiasma óptico: localiza-se na parte anterior do assoalho ventricular. Recebe fibras mielínicas do nervo óptico, que ai cruzam em parte e continuam nos tractos óptico que se dirigem aos corpos geniculados laterais, depois de contornar os pedúnculos cerebrais. Túber cinéreo: é uma área ligeiramente cinzenta, mediana, situada atrás do quiasma e do tracto óptico, entre os corpos mamilares. No túber cinéreo prende-se a hipófise por meio do infundíbulo. Infundíbulo: é uma formação nervosa em forma de um funil que se prende ao túber cinéreo, contendo pequenos prolongamentos da cavidade ventricular, o recesso do infundíbulo. A extremidade superior do infundíbulo dilata-se para constituir a eminência mediana do túber cinéreo, enquanto a extremidade inferior continua com um processo infundibular, ou lobo nervoso da hipófise. A hipófise esta contida na sela túrcica do osso esfenóide.


HIPOTÁLAMO - VISTA MEDIAL

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

O hipotálamo é constituído fundamentalmente de substância cinzenta que se agrupa em núcleos. Percorrendo o hipotálamo existem, ainda, sistemas variados de fibras, como o fórnix. Este percorre de cima para baixo cada metade do hipotálamo, terminando no respectivo corpo mamilar. Impulsos de neurônios cujos dendritos e corpos celulares situam-se no hipotálamo são conduzidos por seus axônios até neurônios localizados na medula espinhal, e em seguida muitos desses impulsos são então transferidos para músculos e glândulas por todo o corpo.


Funções do Hipotálamo: Controle do sistema nervoso autônomo; Regulação da temperatura corporal; Regulação do comportamento emocional; Regulação do sono e da vigília; Regulação da ingestão de alimentos; Regulação da ingestão de água; Regulação da diurese; Regulação do sistema endócrino; Geração e regulação de ritmos circadianos.

Epitálamo:

Limita posteriormente o III ventrículo, acima do sulco hipotalâmico, já na transição com o mesencéfalo. Seu elemento mais evidente é a glândula pineal, glândula endócrina de forma piriforme, ímpar e mediana, que repousa sobre o tecto mesencefálico. A base do corpo pineal se prende anteriormente a dois feixes transversais de fibras que cruzam um plano mediano, a comissura posterior e a comissura das habênulas, entre as quais penetra na glândula pineal um pequeno prolongamento da cavidade ventricular, o recesso pineal.

A comissura posterior situa-se no prolongamento em que o aqueduto cerebral se liga ao III ventrículo e é considerada como limite entre o mesencéfalo e o diencéfalo. A comissura das habênulas interpõe-se entre duas pequenas eminências triangulares, os trígonos da habênula. Esses estão situados entre a glândula pineal e o tálamo e continuam anteriormente, de cada lado, com as


estrias medulares do tálamo. A tela corióide do III ventrículo insere-se, lateralmente, nas estrias medulares do tálamo e, posteriormente, na comissura das habênulas, fechando assim o III ventrículo. EPITÁLAMO - VISTA MEDIAL

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Portanto, o epitálamo é formado por: Trígono da Habênula – área triangular na extremidade posterior da tênia do tálamo junto ao corpo pineal. Corpo Pineal – é uma estrutura semelhante a uma glândula, de aproximadamente 8mm de comprimento, que se situa entre os colículos superiores. Embora seu papel fisiológico ainda não esteja completamente esclarecido, a glândula pineal secreta o hormônio melatonina, sendo assim, uma glândula endócrina. A melatonina é considerada a promotora do sono e também parece contribuir para o ajuste do relógio biológico do corpo. Comissura Posterior – é um feixe de fibras arredondado que cruza a linha mediana na junção do aqueduto com o terceiro ventrículo anterior e superiormente ao colículo superior. Marca o limite entre o mesencéfalo e diencéfalo. EPITÁLAMO - VISTA POSTERIOR


Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Com exceção da comissura posterior, todas as formações não endócrinas do epitálamo pertencem ao sistema límbico, estando assim relacionados com a regulação do comportamento emocional.

Subtálamo: Compreende a zona de transição entre o diencéfalo e o tegumento do mesencéfalo. Sua visualização é melhor em cortes frontais do cérebro. Verifica-se que ele se localiza abaixo do tálamo, sendo limitado lateralmente pela cápsula interna e medialmente pelo hipotálamo. O subtálamo apresenta formações de substância branca e cinzenta, sendo a mais importante o núcleo subtalâmico. Lesões no núcleo subtalâmico provocam uma síndrome conhecida como hemibalismo, caracterizada por movimentos anormais das extremidades. Telencéfalo O telencéfalo compreende os dois hemisférios cerebrais, direito e esquerdo, e uma pequena linha mediana situada na porção anterior do III ventrículo. Os dois hemisférios cerebrais são incompletamente separados pela fissura longitudinal do cérebro, cujo o assoalho é formado por uma larga faixa de fibras comissurais, denominada corpo caloso, principal meio de união entre os dois hemisférios. Os hemisférios possuem cavidades, os ventrículos laterais direito e esquerdo, que se comunicam com o III ventrículo pelos forames interventriculares.


Cada hemisfério possui três pólos: frontal, occipital e temporal; e três faces: súperolateral (convexa); medial (plana); e inferior ou base do cérebro (irregular), repousando anteriormente nos andares anterior e médio da base do crânio e posteriormente na tenda do cerebelo.

Sulcos e Giros:

Durante o desenvolvimento embrionário, quando o tamanho do encéfalo aumenta rapidamente, a substância cinzenta do córtex aumenta com maior rapidez que a substância branca subjacente. Como resultado, a região cortical se enrola e se dobra sobre si mesma. Portanto, a superfície do cérebro do homem e de vários animais apresenta depressões denominadas sulcos, que delimitam os giros ou circunvoluções cerebrais. A existência dos sulcos permite considerável aumento do volume cerebral e sabe-se que cerca de dois terços da área ocupada pelo córtex cerebral estão “escondidos” nos sulcos. Em qualquer hemisfério, os dois sulcos mais importantes são o sulco lateral e o sulco central.


Sulco Lateral: é o sulco que separa o lobo frontal do lobo temporal. Ele é subdividido em ascendente, anterior e posterior. Sulco Central: separa o lobo parietal do frontal. O sulco central é ladeado por dois giros paralelos, um anterior, giro pré-central, e outro posterior, giro póscentral. As áreas situadas adiante do sulco central relacionam-se com a MOTRICIDADE, enquanto as situadas atrás deste sulco relacionam-se com a SENSIBILIDADE.

Outro sulco importante situado no telencéfalo, na face medial, é o sulco parieto-occipital, que separa o lobo parietal do occipital.


Os lobos cerebrais recebem o nome de acordo com a sua localização em relação aos ossos do crânio. Portanto, temos cinco lobos: frontal, temporal, parietal, occipital e o lobo da ínsula, que é o único que não se relaciona com nenhum osso do crânio, pois está situado profundamente no sulco lateral. A divisão dos lobos não corresponde muito a uma divisão funcional, exceto pelo lobo occipital que parece estar relacionado somente com a visão. O lobo frontal está localizado acima do sulco lateral e adiante do sulco central. Na face medial do cérebro, o limite anterior do lobo occipital é o sulco parietooccipital. Na sua face súpero-lateral, este limite é arbitrariamente situado em uma linha imaginaria que se une a terminação do sulco parieto-occipital, na borda superior do hemisfério, à incisura pré-occipital, situada na borda ínferolateral, cerca de 4 cm do pólo occipital. Do meio desta linha imaginaria parte uma segunda linha imaginaria em direção no ramo posterior do sulco lateral e que, juntamente com este ramo, limita o lobo temporal do lobo parietal.


Face Súpero-lateral:

Lobo Frontal

Lobo Temporal

Lobo Parietal

Lobo Occipital

Lobo da Ínsula

Lobo Frontal: Sulco Pré-central: mais ou menos paralelo ao sulco central. Sulco Frontal Superior: inicia-se na porção superior do sulco pré-central e dirige-se anteriormente no lobo frontal. É perpendicular a ele. Sulco Frontal Inferior: partindo da porção inferior do sulco pré-central, dirigese para frente e para baixo.


Giro Pré-central: localiza-se entre o sulco central e o sulco pré-central. Neste giro se localiza a área motora principal do cérebro (córtex motor). Giro Frontal Superior: localiza-se acima do sulco frontal superior. Giro Frontal Médio: localiza-se entre o sulco frontal superior e inferior. Giro Frontal Inferior: localiza-se abaixo do sulco frontal inferior. O giro frontal inferior do hemisfério esquerdo é o centro cortical da palavra falada.

Lobo Temporal: Sulco Temporal Superior: inicia-se próximo ao pólo temporal e dirige-se para trás paralelamente ao ramo posterior do sulco lateral, terminando no lobo parietal. Sulco Temporal Inferior: paralelo ao sulco temporal superior é geralmente formado por duas ou mais partes descontinuas.

Giro Temporal Superior: localiza-se entre o sulco lateral e o sulco temporal superior. Giro Temporal Médio: localiza-se entre os sulcos temporal superior e o temporal inferior.


Giro Temporal Inferior: localiza-se abaixo do sulco temporal inferior e se limita com o sulco occípito-temporal. Afastando-se os lábios do sulco lateral, aparece o seu assoalho, que é parte do giro temporal superior. A porção superior deste assoalho é atravessada por pequenos giros transversais, os giros temporais transversos, dos quais o mais evidente é o giro temporal transverso anterior. Esse é importante pois se localiza o centro cortical da audição.

Lobo Parietal: Sulco Pós-central: localiza-se posteriormente ao giro pós-central. É paralelo ao sulco central. Sulco Intraparietal: geralmente localiza-se perpendicular ao sulco pós-central (com o qual pode estar unido) e estende-se para trás para terminar no lobo occipital.

Diferentemente dos outros lobos, o lobo parietal apresenta um giro e dois lóbulos:


Giro Pós-central: localiza-se entre o sulco central e o sulco pós-central. É no giro pós-central que se localiza uma das mais importantes áreas sensitivas do córtex, a área somestésica. Lóbulo Parietal Superior: localiza-se superiormente ao sulco intra-parietal. Lóbulo Parietal Inferior: localiza-se inferiormente ao sulco intraparietal. Neste, descrevem-se dois giros: o giro supramarginal, curvando em torno da extremidade do ramo posterior do sulco lateral, e o giro angular, curvando em torno da porção terminal e ascendente do sulco temporal superior.

Lobo Occipital: O lobo occipital ocupa uma porção relativamente pequena da face súperolateral do cérebro, onde apresenta pequenos sulcos e giros irregulares e inconstantes. Os principais sulcos e giros desse lobo são visualizados na face medial do cérebro.


Lobo da Ínsula: O lobo da ínsula é visualizado afastando-se os lábios do sulco lateral. A ínsula tem forma cônica e seu ápice, voltado para baixo e para frente, é denominado de límen da ínsula. Sulco Central da Ínsula: parte do sulco circular, na porção superior da ínsula, e dirige-se no sentido antero-inferior. Divide a ínsula em duas partes: giros longos e giros curtos. Sulco Circular da Ínsula: circunda a ínsula na sua borda superior.

Giros Longos da Ínsula: estão localizados posteriormente ao sulco central da ínsula. Giros Curtos da Ínsula: estão localizados anteriormente ao sulco central da ínsula.


RESUMO DOS GIROS DA FACE SÚPERO-LATERAL DO CÉREBRO

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

FACE SÚPERO-LATERAL DO CÉREBRO


Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

LOBO DA Ă?NSULA

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Face Medial:


Corpo Caloso Fórnix Septo Pelúcido

Lobo Frontal Lobo Parietal

Lobo Occipital

Corpo Caloso, Fórnix e Septo Pelúcido: Corpo Caloso: é a maior das comissuras inter-hemisféricas. É formado por um grande número de fibras mielínicas que cruzam o plano sagital mediano e penetram de cada lado no centro branco medular do cérebro, unindo áreas simétricas do córtex de cada hemisfério. Em corte sagital do cérebro, podemos identificar as divisões do corpo caloso: uma lâmina branca arqueada dorsalmente, o tronco do corpo caloso, que se dilata posteriormente no esplênio do corpo caloso e se flete anteriormente em direção da base do cérebro para constituir o joelho do corpo caloso. Este se afina para formar o rostro do corpo caloso, que se continua em uma fina lâmina, a lâmina rostral até a comissura anterior. Entre a comissura anterior e o quiasma óptico encontra-se a lâmina terminal, delgada lâmina de substância branca que também une os hemisférios e constitui o limite anterior do III ventrículo. DIVISÕES DO CORPO CALOSO E FÓRNIX - FACE ÍNFERO-MEDIAL DO CÉREBRO

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Fórnix: emergindo abaixo do esplênio do corpo caloso e arqueando-se em direção à comissura anterior, está o fórnix, feixe complexo de fibras que, entretanto, não pode ser visto em toda a sua extensão em um corte sagital do cérebro. É constituído por duas metades laterais e simétricas afastadas nas extremidades e unidas entre si no trajeto do


corpo caloso. A porção intermédia em que as duas metades se unem constitui o corpo do fórnix e as extremidades que se afastam são, respectivamente, as colunas do fórnix (anteriores) e os ramos do fórnix (posteriores). As colunas do fórnix terminam no corpo mamilar correspondente cruzando a parede lateral do III ventrículo. Os ramos do fórnix divergem e penetram de cada lado no corno inferior do ventrículo lateral, onde se ligam ao hipocampo. No ponto em que as pernas do fórnix se separam, algumas fibras passam de um lado para o outro, formando a comissura do fórnix. FÓRNIX E HIPOCAMPO

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

VISTA SUPERIOR DO FÓRNIX E HIPOCAMPO


Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Septo Pelúcido: Entre o corpo caloso e o fórnix estende-se o septo pelúcido, constituído por duas delgadas lâminas de tecido nervoso que delimitam uma cavidade muito estreita, a cavidade do septo pelúcido. O septo pelúcido separa os dois ventrículos laterais.

SEPTO PELÚCIDO - VISTA MEDIAL DO CÉREBRO


Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Lobo Frontal e Parietal: Na parte medial do cérebro, existem dois sulcos que passam do lobo frontal para o lobo parietal: Sulco do Corpo Caloso: começa abaixo do rostro do corpo caloso, contorna o tronco e o esplênio do corpo caloso, onde se continua já no lobo temporal, com o sulco do hipocampo. Sulco do Cíngulo: tem seu curso paralelo ao sulco do corpo caloso, do qual é separado pelo giro do cíngulo. Termina posteriormente em dois sulcos: ramo marginal do giro do cíngulo, porção final do sulco do giro do cíngulo que cruza a margem superior do hemisfério, e o sulco subparietal, que continua posteriormente em direção ao sulco parieto-ocipital. Sulco Paracentral: Destaca-se do sulco do cíngulo em direção á margem superior do hemisfério, que delimita, com o sulco do cíngulo e o sulco marginal, o lóbulo paracentral.


Giro do Cíngulo: contorna o corpo caloso, ligando-se ao giro para-hipocampal pelo istmo do giro do cíngulo. É percorrido por um feixe de fibras, o fascículo do cíngulo. Lóbulo Paracentral: localiza-se entre o sulco marginal e o sulco paracentral. Na parte anterior e posterior deste lóbulo localizam-se as áreas motoras e sensitivas relacionadas com a perna e o pé. Pré-cúneos: está localizado superiormente ao sulco parieto-occipital, no lobo parietal. Giro Frontal Superior: já foi descrito acima, no estudo da face lateral do cérebro.

Lobo occipital: Sulco calcarino: inicia-se abaixo do esplênio do corpo caloso e tem um trajeto arqueado em direção ao pólo occipital. Nos lábios do sulco calcarino localiza-se o centro cortical da visão.


Sulco parieto-occipital: é o sulco que separa o lobo occipital do lobo parietal.

Cúneos: localiza-se entre o sulco parieto-occipital e o sulco calcarino. É um giro complexo de forma triangular. Adiante do cúneos, no lobo parietal, temos o pré-cúneos. Giro Occipito-temporal Medial: localiza-se abaixo do sulco calcarino. Esse giro continua anteriormente com o giro para-hipocampal, do lobo temporal.

Face inferior:

Lobo Temporal

Lobo temporal:

Lobo Frontal


Sulco Occipito-temporal: localiza-se entre os giros occipito-temporal lateral e occipitotemporal medial. Sulco Colateral: inicia-se próximo ao pólo occipital e se dirige para frente. O sulco colateral pode ser contínuo com o sulco renal, que separa a parte mais anterior do giro para-hipocampal do resto do lobo temporal. Sulco do Hipocampo: origina-se na região do esplênio do corpo caloso, onde continua com o sulco do corpo caloso e se dirige para o pólo temporal, onde termina separando o giro parahipocampal do úncus. Sulco calcarino: é melhor visualizado na face medial do cérebro. Na face inferior, separa a porção posterior o giro para-hipocampal do istmo do giro do cíngulo.

Giro Occipito-temporal Lateral: está localizado na região lateral da face inferior do cérebro circundando o giro occipito-temporal medial e o giro parahipocampal. Giro Occipito-temporal Medial: é visualizado também na face medial do cérebro, porém ocupa uma área significativa na face inferior. Está localizado entre o giro occipitotemporal lateral, giro parahipocampal e o istmo do cíngulo. Giro Para-hipocampal: se liga posteriormente ao giro do cíngulo através de um giro estreito, o istmo do giro do cíngulo. Assim o úncus, o giro para-hipocampal, o istmo do giro do cíngulo e o giro do cíngulo constituem o lobo límbico, parte importante do sistema límbico, relacionado com o comportamento emocional e o controle do sistema nervoso autônomo. A porção anterior do giro para-hipocampal se curva em torno do sulco do hipocampo para formar o úncus


Lobo Frontal: A face inferior do lobo frontal apresenta as seguintes estruturas: o sulco olfatório, profundo e de direção ântero-posterior; o giro reto, que localiza-se medialmente ao sulco olfatório e continua dorsalmente como giro frontal superior. O resto da face inferior do lobo frontal é ocupada por sulcos e giros muito irregulares, os sulcos e giros orbitários.

FACE INFERIOR DO CÉREBRO


Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

RESUMO DOS GIROS DA FACE MEDIAL DO CÉREBRO

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Rinencéfalo: O bulbo olfatório é uma dilatação ovóide e achatada de substância cinzenta que continua posteriormente com o tracto olfatório, ambos alojados no sulco olfatório. O bulbo olfatório recebe filamentos que constituem o nervo olfatório. Posteriormente, o


tracto olfatório se bifurca formando as estrias olfatórias lateral e medial, que delimitam uma área triangular, o trígono olfatório. Através do trígono olfatório e adiante do tracto óptico localiza-se uma área contendo uma série de pequenos orifícios para passagem de vasos, a substância perfurada do anterior. RINENCÉFALO - A ANATOMIA DO NERVO OLFATÓRIO

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Morfologia dos Ventrículos Laterais: Os hemisférios cerebrais possuem cavidades revestidas de epêndima e contendo líquido cérebro-espinhal, os ventrículos laterais esquerdo e direito, que se comunicam com o III ventrículo pelo forame interventricular. Exceto pelo forame, cada ventrículo é uma cavidade fechada que apresenta uma parte central e três cornos que correspondem aos três pólos do hemisfério cerebral. As partes que se projetam para o pólo frontal, occipital e temporal respectivamente, são o corno anterior, posterior e inferior. Com exceção do corno inferior, todas as partes do ventrículo laterais têm o teto formado pelo corpo caloso. MORFOLOGIA DO VENTRÍCULO LATERAL


Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

MORFOLOGIA DO VENTRÍCULO LATERAL

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Organização Interna dos Hemisférios Cerebrais: Cada hemisfério possui uma camada superficial de substância cinzenta, o córtex cerebral, que reveste um centro de substância branca, o centro medular do cérebro, ou centro semioval. No interior dessa substância branca existem massas de substâncias cinzenta, os núcleos da base do cérebro.


Centro branco medular do cérebro: é formado por fibras mielínicas. Distinguem-se dois grupos de fibras: de projeção e de associação. As fibras de projeção ligam o córtex cerebral a centros subcorticais; as fibras de associação unem áreas corticais situadas em pontos diferentes do cérebro. As fibras de projeção se dispõem em dois feixes: o fórnix e a cápsula interna. O fórnix une o córtex do hipocampo ao corpo mamilar e contribui um pouco para a formação do centro branco medular. Já foi melhor descrito anteriormente nesta página. A cápsula interna contém a grande maioria das fibras que saem ou entram no córtex cerebral. Estas fibras formam um feixe compacto que separa o núcleo lentiforme, situado lateralmente, do núcleo caudado e tálamo, situados medialmente. Acima do nível destes núcleos, as fibras da cápsula interna passam a constituir a coroa radiada.

Distingue-se na cápsula interna um ramo anterior, situada entre a cabeça do núcleo caudado e o núcleo lentiforme, e um ramo posterior, bem maior, situada entre o núcleo lentiforme e o tálamo. Estas duas porções da cápsula interna encontram-se formando um ângulo que constitui o joelho da cápsula interna.


As fibras de associação são divididas em fibras de associação interhemisféricas e inter-hemisféricas.

Dentre as fibras de associação inter-hemisféricas, citarei os quatro fascículos mais importantes: Fascículo do Cíngulo - Une o lobo frontal e o temporal. Fascículo Longitudinal Superior - Une os lobos frontal, parietal e occipital. Também pode ser chamado de fascículo arqueado. Fascículo Longitudinal Inferior - Une o lobo occipital e temporal. Fascículo Unciforme - Une o lobo frontal e o temporal.


Dentre as fibras de associação inter-hemisféricas, ou seja, aquelas que atravessam o plano mediano para unir áreas simétricas dos dois hemisférios, encontramos três comissuras telencefálicas: corpo caloso, comissura do fórnix e comissura anterior, já estudadas acima.

Núcleos da base: Núcleo caudado: é uma massa alongada e bastante volumosa de substância cinzenta, relacionada em toda a sua extensão com os ventrículos laterais. Sua extremidade anterior é muito dilatada, constitui a cabeça do núcleo caudado, que proemina do assoalho do corno anterior do ventrículo lateral. Ela continua gradualmente com o corpo do núcleo caudado, situado no assoalho da parte central do ventrículo lateral. Este se afina pouco a pouco para formar a cauda do núcleo caudado, que é longa e fortemente arqueada, estendendo-se até a extremidade anterior do corno inferior do ventrículo lateral. Em razão de sua forma fortemente arqueada, o núcleo caudado aparece seccionado duas vezes


em determinados cortes horizontais e frontais do cérebro. A cabeça do núcleo caudado funde-se com a parte anterior do núcleo lentiforme. NÚCLEO CAUDADO, NÚCLEO LENTIFORME E CORPO AMIGDALÓIDE

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Núcleo lentiforme: tem a forma e o tamanho aproximado de uma castanhado-pará. Não aparece na superfície ventricular, situando-se profundamente no interior do hemisfério. Medialmente relaciona-se com a cápsula interna, que o se separa do núcleo caudado e do tálamo; lateralmente relaciona-se com o córtex da ínsula, do qual é separado por substância branca e pelo claustro. O núcleo lentiforme é divido em putâmen e globo pálido por uma fina lâmina de substância branca, a lâmina medular lateral. O putâmen situa-se lateralmente e é maior que o globo pálido, que se dispõem medialmente. Em secções transversais do cérebro, o globo pálido tem uma coloração mais clara que o putâmen em virtude da presença de fibras mielínicas que o atravessam. O globo pálido é subdividido por uma lâmina de substância branca, a lâmina medular medial, em partes externa e interna (ver figura abaixo). Claustro: é uma delgada calota de substância cinzenta situada entre o córtex da ínsula e o núcleo lentiforme. Separa-se do córtex da ínsula por uma fina lâmina branca, a cápsula extrema. Entre o claustro e o núcleo lentiforme existe uma outra lâmina branca, a cápsula externa (ver figura abaixo). Corpo amigdalóide: é uma massa esferóide de substância cinzenta de cerca de 2 cm de diâmetro situada no pólo temporal do hemisfério cerebral. Faz uma discreta saliência no tecto da parte terminal do corno inferior do ventrículo lateral. O corpo amigdalóide faz parte do sistema límbico e é um importante regulador do comportamento sexual e da agressividade (ver figura acima).


Núcleo Accumbens: massa de substância cinzenta situada na zona de união entre o putâmen e a cabeça do núcleo caudado. Núcleo Basal de Meynert: de difícil visualização macroscópica. Situa-se na base do cérebro, entre a substância perfurada anterior e o globo pálido, região conhecida como substância inominata. Contem neurônios grandes ricos em acetilcolina.

NÚCLEOS DA BASE - SECÇÃO TRANSVERSAL DO CÉREBRO

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.


Ao fim desse conteúdo, gostaria de ilustrar ainda uma imagem com algumas áreas importantes considerando o telencéfalo como um todo. Como dito anteriormente, a divisão por lobos e sulcos é apenas didática, pois o cérebro funciona como um todo independente dos lobos, porém algumas áreas são específicas e bem localizadas, tais como as indicadas na figura abaixo:

Menínges e Líquor O tecido do SNC é muito delicado. Por esse motivo, apresenta um elaborado sistema de proteção que consiste de quatro estruturas: crânio, menínges, líquido cerebrospinhal (líquor) e barreira hematoencefálica. Nesta página, abordarei as menínges e o líquido cerebroespinhal, estruturas que envolvem o SNC e são de extrema importância para a defesa do nosso corpo.

Meninges: o sistema nervoso é envolto por membranas conjuntivas denominadas meninges que são classificadas como três: dura-máter, aracnóide e pia-máter. A aracnóide e a pia-máter, que no embrião constituem um só folheto, são às vezes consideradas como uma só formação conhecida como a leptomeninge; e a dura-máter que é mais espessa é conhecida como paquimeninge.


Dura-máter: é a meninge mais superficial, espessa e resistente, formada por tecido conjuntivo muito rico em fibras colágenas, contendo nervos e vasos. É formada por dois folhetos: um externo e um interno. O folheto externo adere intimamente aos ossos do crânio e se comporta como um periósteo destes ossos, mas sem capacidade osteogênica (nas fraturas cranianas dificulta a formação de um calo ósseo). Em virtude da aderência da dura-máter aos ossos do crânio, não existe, no crânio, um espaço epidural como na medula. No encéfalo, a principal artéria que irriga a dura-máter é a artéria meníngea média, ramo da artéria maxilar. FOLHETOS DA DURA-MÁTER

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.


A dura-máter, ao contrário das outras meninges, é ricamente inervada. Como o encéfalo não possui terminações nervosas sensitivas, toda ou qualquer sensibilidade intracraniana se localiza na dura-máter, que é responsável pela maioria das dores de cabeça. Pregas da dura-máter: em algumas áreas o folheto interno da dura-máter destaca-se do externo para formar pregas que dividem a cavidade craniana em compartimentos que se comunicam amplamente. As principais pregas são: Foice do cérebro: é um septo vertical mediano em forma de foice que ocupa a fissura longitudinal do cérebro, separando os dois hemisférios. Tenda do cerebelo: projeta-se para diante como um septo transversal entre os lobos occipitais e o cerebelo. A tenda do cerebelo separa a fossa posterior da fossa média do crânio, dividindo a cavidade craniana em um compartimento superior, ou supratentorial, e outro inferior, ou infratentorial. A borda anterior livre da tenda do cerebelo, denominada incisura da tenda, ajusta-se ao mesencéfalo. Foice do cerebelo: pequeno septo vertical mediano, situado abaixo da tenda do cerebelo entre os dois hemisférios cerebelares. Diafragma da sela: pequena lâmina horizontal que fecha superiormente a sela túrcica, deixando apenas um orifício de passagem para a haste hipofisiára.

Cavidades da dura-máter: em determinada área, os dois folhetos da dura-máter do encéfalo separam-se delimitando cavidades. Uma delas é o cavo trigeminal, que contém o gânglio trigeminal. Outras cavidades são revestidas de endotélio e contém sangue, constituído os seios da dura-máter, que se dispõem principalmente ao longo da inserção das pregas da dura-máter. Os seios da dura-máter foram estudados no sistema cardiovascular junto com o sistema venoso. Aracnóide: é uma membrana muito delgada, justaposta à dura-máter, da qual se separa por um espaço virtual, o espaço subdural, contendo uma pequena quantidade de líquido necessário á lubrificação das superfícies de contato das membranas. A aracnóide separa-


se da pia-máter pelo espaço subaracnóideo que contem líquor, havendo grande comunicação entre os espaços subaracnóideos do encéfalo e da medula. Considera-se também como pertencendo à aracnóide, as delicadas trabéculas que atravessam o espaço para ligar à pia-máter, e que são denominados de trabéculas aracnóides. Estas trabéculas lembram, um aspecto de teias de aranha donde vem o nome aracnóide. DURA-MÁTER E ARACNÓIDE

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Cisternas subaracnóideas: a aracnóide justapõe-se à dura-máter e ambas acompanham apenas grosseiramente o encéfalo e a sua superfície. A pia-máter adere intimamente a esta superfície que acompanha os giros, os sulcos e depressões. Deste modo, a distância entre as duas membranas, ou seja, a profundidade do espaço subaracnóideo é muito variável, sendo muito pequena nos giros e grande nas áreas onde parte do encéfalo se afasta da parede craniana. Forma-se assim nestas áreas, dilatações do espaço subaracnóideo, as cisternas subaracnóideas, que contém uma grande quantidade de líquor. As cisternas mais importantes são as seguintes: Cisterna magna: ocupa o espaço entre a face inferior do cerebelo e a face dorsal do bulbo e do tecto do III ventrículo. Continua caudalmente com o espaço subaracnóideo da medula e liga-se ao IV ventrículo através da abertura mediana. A cisterna magna é a maior e mais importante, sendo às vezes utilizada para obtenção de líquor através de punções. Cisterna pontina: situada ventralmente a ponte. Cisterna interpeduncular: localizada na fossa interpeduncular. Cisterna que asmática: situada diante o quiasma óptico.


Cisterna superior: situada dorsalmente ao tecto mesencefálico, entre o cerebelo e o esplênio do corpo caloso. A cisterna superior corresponde, pelo menos em parte, à cisterna ambiens, termo usado pelos clínicos. Cisterna da fossa lateral do cérebro: corresponde à depressão formada pelo sulco lateral de cada hemisfério. CISTERNAS E A CIRCULAÇÃO DO LÍQUOR

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Granulações aracnóideas: em alguns pontos da aracnóide, formam-se pequenos tufos que penetram no interior dos seios da dura-máter, constituindo as granulações aracnóideas, mais abundantes no seio sagital superior. As granulações aracnóideas levam pequenos prolongamentos do espaço subaracnóideo, verdadeiros divertículos deste espaço, nos quais o líquor está separado do sangue apenas pelo endotélio do seio e uma delgada camada de aracnóide. São estruturas admiravelmente adaptadas à absorção do líquor, que neste ponto, vai para o sangue. GRANULAÇÕES ARACNÓIDES


Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Pia-máter: é a mais interna das meninges, aderindo intimamente à superfície do encéfalo e da medula, cujos relevos e depressões acompanham até o fundo dos sulcos cerebrais. Sua porção mais profunda recebe numerosos prolongamentos dos astrócitos do tecido nervoso, constituindo assim a membrana pio-glial. A pia-máter dá resistência aos órgãos nervosos, pois o tecido nervoso é de consistência muito mole. A pia-máter acompanha os vasos que penetram no tecido nervoso a partir do espaço subaracnóideo, formando a parede externa dos espaços perivasculares. Neste espaço existem prolongamentos do espaço subaracnóideo, contendo líquor, que forma um manguito protetor em torno dos vasos, muito importante para amortecer o efeito da pulsação das artérias sobre o tecido circunvizinho. Verificou-se que os espaços perivasculares acompanham os vasos mais calibrosos até uma pequena distância e terminam por fusão da pia com a adventícia do vaso. As pequenas arteríolas são envolvidas até o nível capilar por pré-vasculares dos astrócitos do tecido nervoso.


Espaço entre as menínges:

O espaço extradural ou epidural normalmente não é um espaço real mas apenas um espaço potencial entre os ossos do crânio e a camada periosteal externa da dura-máter. Torna-se um espaço real apenas patologicamente, por exemplo, no hematoma extradural. Líquor: É um fluido aquoso e incolor que ocupa o espaço subaracnóideo e as cavidades ventriculares. A são função primordial é proteção mecânica do sistema nervoso central. CAVIDADES VENTRICULARES


Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Formação, absorção e circulação do líquor: sabe-se hoje em dia que o líquor é produzido nos plexos corióides dos ventrículos e também que uma pequena porção é produzida a partir do epêndima das paredes ventriculares e dos vasos da leptomeninge. Existem plexos corióides nos ventrículos, como já vimos anteriormente, e os ventrículos laterais contribuem com maior contingente líquorico, que passa ao III ventrículo através dos forames interventriculares e daí para o IV ventrículo através do aqueduto cerebral.

VENTRÍCULOS LATERAIS E PLEXO CORIÓIDE


Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Através das aberturas medianas e laterais do IV ventrículo, o líquor passa para o espaço subaracnóideo, sendo reabsorvido principalmente pelas granulações aracnóideas que se projetam para o interior da dura-máter. Como essas granulações predominam no eixo sagital superior, a circulação do líquor se faz de baixo para cima, devendo atravessar o espaço entre a incisura da tenda e o mesencéfalo. No espaço subaracnóideo da medula, o líquor desce em direção caudal, mas apenas uma parte volta, pois reabsorção liquórica ocorre nas pequenas granulações aracnóideas existentes nos prolongamentos da duramáter que acompanham as raízes dos nervos espinhais. CIRCULAÇÃO DO LÍQUOR


Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

A circulação do líquor é extremamente lenta e são ainda discutidos os fatores que a determinam. Sem dúvida, a produção do líquor em uma extremidade e a sua absorção em outra já são o suficiente para causar sua movimentação. Um outro fator é a pulsação das artérias intracranianas, que, cada sístole, aumenta a pressão líquorica, possivelmente contribuindo para empurrar o líquor através das granulações aracnóideas. Esquema - Circulação do Líquor


Vascularização O sistema nervoso é formado de estruturas nobres e altamente especializadas, que exigem para o seu metabolismo um suprimento permanente e elevado de glicose e oxigênio. O consumo de oxigênio e glicose pelo encéfalo é muito elevado, o que requer um fluxo sanguíneo muito intenso. Quedas na concentração de glicose e oxigênio no sangue circulante ou, por outro lado, a suspensão do fluxo sanguíneo ao encéfalo não são toleradas por um período muito curto. A parada da circulação cerebral por mais de sete segundos leva o indivíduo a perda da consciência. Após cerca de cinco minutos começam aparecer lesões que são irreversíveis, pois, como se sabe, as células nervosas não se regeneram. O fluxo sanguíneo cerebral é muito elevado, sendo superado apenas pelo do rim e do coração. Calcula-se que em um minuto circula pelo encéfalo uma quantidade de sangue aproximadamente igual ao seu próprio peso. Vascularização Arterial do Encéfalo Polígono de Willis: O encéfalo é vascularizado através de dois sistemas: vértebro-basilar (artérias vertebrais) e carotídeo (artérias carótidas internas). Estas são artérias especializadas pela irrigação do encéfalo. Na base do crânio estas artérias formam um polígono anastomótico, o Polígono de Willis, de onde saem as principais artérias para vascularização cerebral. ARTÉRIAS CARÓTIDA INTERNA E VERTEBRAL

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.


As artérias vertebrais se anastomosam originado a artéria basilar, alojada na goteira basilar. Ela se divide em duas artérias cerebrais posteriores que irrigam a parte posterior da face inferior de cada um dos hemisférios cerebrais. As artérias carótidas internas originam, em cada lado, uma artéria cerebral média e uma artéria cerebral anterior. As artérias cerebrais anteriores se comunicam através de um ramo entre elas que é a artéria comunicante anterior. As artérias cerebrais posteriores se comunicam com as arteriais carótidas internas através das artérias comunicantes posteriores. POLÍGONO DE WILLIS - ESQUEMA

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

POLÍGONO DE WILLIS - ESQUEMA


Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

ARTÉRIAS DO ENCÉFALO - VISTA INFERIOR

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.


Artéria Carótida Interna Ramo de bifurcação da carótida comum, a carótida interna, após um trajeto mais ou menos longo pelo pescoço, penetra na cavidade craniana pelo canal carotídeo do osso temporal. A seguir, perfura a dura-máter e a aracnóide e, no início do sulco lateral, divide-se em dois ramos terminais: as artérias cerebrais média e anterior. A artéria carótida interna, quando bloqueada pode levar a morte cerebral irreversível. Um entupimento da artéria carótida é uma ocorrência séria, e, infelizmente, comum. Clinicamente, as artérias carótidas internas e seus ramos são freqüentemente referidos como a circulação anterior do encéfalo. VISTA ANTERIOR DAS ARTÉRIAS CEREBRAL ANTERIOR E MÉDIA

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

ARTÉRIA CEREBRAL MÉDIA


Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Artéria Vertebral e Basilar (Sistema Vértebro-basilar) As artérias vertebrais seguem em sentido superior, em direção ao encéfalo, a partir das artérias subclávias próximas à parte posterior do pescoço. Passam através dos forames transversos das primeiras seis vértebras cervicais, perfuram a membrana atlantooccipital, a dura-máter e a aracnóide, penetrando no crânio pelo forame magno. Percorrem a seguir a face ventral do bulbo e, aproximadamente ao nível do sulco bulbopontino, fundem-se para constituir um tronco único, a artéria basilar. As artérias vertebrais originam ainda as artérias espinhais e cerebelares inferiores posteriores. A artéria basilar percorre o sulco basilar da ponte e termina anteriormente, bifurcandose para formar as artérias cerebrais posteriores direita e esquerda. A artéria basilar dá origem, além das cerebrais posteriores, às seguintes artérias: cerebelar superior, cerebelar inferior anterior e artéria do labirinto, suprindo assim áreas do encéfalo ao redor do tronco encefálico e cerebelo. O sistema vértebro-basilar e seus ramos são freqüentemente referidos clinicamente como a circulação posterior do encéfalo. ARTÉRIA CEREBRAL POSTERIOR E ANTERIOR


Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

ESQUEMA DAS ARTÉRIAS CEREBRAIS

Abaixo, temos um resumo esquematizado da vascularização encefálica:


Vascularização Venosa do Encéfalo As veias do encéfalo, de um modo geral, não acompanham as artérias, sendo maiores e mais calibrosas do que elas. Drenam para os seios da dura-máter, de onde o sangue converge para as veias jugulares internas, que recebem praticamente todo o sangue venoso encefálico. As veias jugulares externa e interna são as duas principais veias que drenam o sangue da cabeça e do pescoço. As veias jugulares externas são mais superficiais e drenam, para as veias subclávias, o sangue da região posterior do pescoço e da cabeça. As veias jugulares internas profundas drenam a porção anterior da cabeça, face e pescoço. Elas são responsáveis pela drenagem de maior parte do sangue dos vários seios venosos do crânio. As veias jugulares internas de cada lado do pescoço juntam-se com as veias subclávias para formar as veias braquiocefálicas, que transportam o sangue para a veia cava superior. As veias do cérebro dispõem-se em dois sistemas: sistema venoso superficial e sistema venoso profundo. Embora anatomicamente distintos, os dois sistemas são unidos por numerosas anastomoses. Sistema Venoso Superficial – Drenam o córtex e a substância branca subjacente. Formado por veias cerebrais superficiais (superiores e inferiores) que desembocam nos seios da dura-máter. Sistema Venoso Profundo – Drenam o sangue de regiões situadas mais profundamente no cérebro, tais como: corpo estriado, cápsula interna, diencéfalo e grande parte do


centro branco medular do cérebro. A veia mais importante deste sistema é a veia cerebral magna ou veia de Galeno, para a qual converge todo o sangue do sistema venoso profundo do cérebro. VASCULARIZAÇÃO VENOSA DO ENCÉFALO

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

VASCULARIZAÇÃO VENOSA DO ENCÉFALO


Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

SN Periférico O sistema nervoso periférico é constituído pelos nervos, que são representantes dos axônios (fibras motoras) ou dos dendritos (fibras sensitivas). São as fibras nervosas dos nervos que fazem a ligação dos diversos tecidos do organismo com o sistema nervoso central. É composto pelos nervos espinhais e cranianos. Os nervos espinhais se originam na medula e os cranianos no encéfalo. Para a percepção da sensibilidade, na extremidade de cada fibra sensitiva há um dispositivo captador que é denominado receptor e uma expansão que a coloca em relação com o elemento que reage ao impulso motor, este elemento na grande maioria dos casos é uma fibra muscular podendo ser também uma célula glandular. A estes elementos dá-se o nome de efetor. Portanto, o sistema nervoso periférico é constituído por fibras que ligam o sistema nervoso central ao receptor, no caso da transmissão de impulsos sensitivos; ou ao efetor, quando o impulso é motor. As fibras que constituem os nervos são em geral mielínicas com neurilema. São três as bainhas conjuntivas que entram na constituição de um nervo: epineuro (envolve todo o nervo e emite septos para seu interior), perineuro (envolve os feixes de fibras nervosas), endoneuro (trama delicada de tecido conjuntivo frouxo que envolve cada fibra nervosa). As bainhas conjuntivas conferem grande resistência aos nervos sendo mais espessas nos nervos superficiais, pois estes são mais expostos aos traumatismos.


Durante o seu trajeto, os nervos podem se bifurcar ou se anastomosar. Nestes casos não há bifurcação ou anastomose de fibras nervosas, mas apenas um reagrupamento de fibras que passam a constituir dois nervos ou que se destacam de um nervo para seguir outro.

Sistema Nervoso Periférico Nervos Cranianos Nervos Espinhais Nervos Cranianos Nervos cranianos são os que fazem conexão com o encéfalo. Os 12 pares de nervos cranianos recebem uma nomenclatura específica, sendo numerados em algarismos romanos, de acordo com a sua origem aparente, no sentido rostrocaudal. Eles estão ligados com o córtex do cérebro pelas fibras cortiço nucleares que se originam dos neurônios das áreas motoras do córtex, descendo principalmente na parte genicular da cápsula interna até o tronco do encéfalo. Os nervos cranianos sensitivos ou aferentes originam-se


dos neurônios situados fora do encéfalo, agrupados para formar gânglios ou situados em periféricos órgãos dos sentidos. Os núcleos que dão origem a dez dos doze pares de nervos cranianos situam-se em colunas verticais no tronco do encéfalo e correspondem à substância cinzenta da medula espinhal.

De acordo com o componente funcional, os nervos cranianos podem ser classificados em motores, sensitivos e mistos. Os motores (puros) são os que movimentam o olho, a língua e acessoriamente os músculos látero-posteriores do pescoço. São eles: III - Nervo Oculomotor IV - Nervo Troclear VI - Nervo Abducente XI - Nervo Acessório XII - Nervo Hipoglosso Os sensitivos (puros) destinam-se aos órgãos dos sentidos e por isso são chamados sensoriais e não apenas sensitivos, que não se referem à sensibilidade geral (dor, temperatura e tato). Os sensoriais são: I - Nervo Olfatório II - Nervo Óptico VIII - Nervo Vestíbulococlear Os mistos (motores e sensitivos) são em número de quatro: V - Trigêmeo VII - Nervo Facial IX - Nervo Glossofaríngeo X - Nervo Vago Cinco deles ainda possuem fibras vegetativas, constituindo a parte crânica periférica do sistema autônomo. São os seguintes: III - Nervo Oculomotor VII - Nervo Facial


IX - Nervo Glossofaríngeo X - Nervo Vago XI - Nervo Acessório RESUMO DOS NERVOS CRANIANOS

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

A sequência craniocaudal dos nervos cranianos é como se segue: I II III I V V V I

Olfatório Óptico Oculomotor Troclear Trigêmeo Abducente

VII VIII IX X XI XII

Facial Vestíbulococlear Glossofaríngeo Vago Acessório Hipoglosso

I. Nervo Olfatório As fibras do nervo olfatório distribuem-se por uma área especial da mucosa nasal que recebe o nome de mucosa olfatória. Em virtude da existência de grande quantidade de fascículos individualizados que atravessam separadamente o crivo etmoidal, é que se costuma chamar de nervos olfatórios, e não simplesmente de nervo olfatório (direito e esquerdo).


É um nervo exclusivamente sensitivo, cujas fibras conduzem impulsos olfatórios, sendo classificados como aferentes viscerais especiais. Mais informações sobre o nervo olfatório podem ser encontradas em Telencéfalo (Rinencéfalo). NERVO OLFATÓRIO

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

NERVO OLFATÓRIO


Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Localização

Passagem

II. Nervo Óptico É constituído por um grosso feixe de fibras nervosas que se originam na retina, emergem próximo ao pólo posterior de cada bulbo ocular, penetrando no crânio pelo canal óptico. Cada nervo óptico une-se com o do lado oposto, formando o quiasma óptico, onde há cruzamento parcial de suas fibras, as quais continuam no tracto óptico até o corpo geniculado lateral. O nervo óptico é um nervo exclusivamente sensitivo, cujas fibras conduzem impulsos visuais, classificando-se como aferentes somáticas especiais. NERVO ÓPTICO


Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Localização

Passagem

III. Nervo Oculomotor IV. Nervo Troclear VI. Nervo Abducente São nervos motores que penetram na órbita pela fissura orbital superior, distribuindo-se aos músculos extrínsecos do bulbo ocular, que são os seguintes: elevador da pálpebra superior, reto superior, reto inferior, reto medial, reto lateral, oblíquo superior, oblíquo inferior. Todos estes músculos são inervados pelo oculomotor, com exceção do reto lateral e do oblíquo superior, inervados respectivamente, pelos nervos abducente e troclear. As fibras que inervam os músculos extrínsecos do olho são classificadas como eferentes somáticas.


O nervo oculomotor nasce no sulco medial do pedúnculo cerebral; o nervo troclear logo abaixo do colículo inferior; e o nervo abducente no sulco pontino inferior, próximo à linha mediana. Os três nervos em apreço se aproximam, ainda no interior do crânio, para atravessar a fissura orbital superior e atingir a cavidade orbital, indo se distribuir aos músculos extrínsecos do olho. O nervo oculomotor conduz ainda fibras vegetativas, que vão à musculatura intrínseca do olho, a qual movimenta a íris e a lente. NERVO ÓCULOMOTOR, TROCLEAR E ABDUCENTE

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Localização Nervo Oculomotor

Passagem Nervo Oculomotor


Localização Nervo Troclear

Passagem Nervo Troclear

Localização Nervo Abducente

Passagem Nervo Abducente

V. Nervo Trigêmeo O nervo trigêmeo é um nervo misto, sendo o componente sensitivo consideravelmente maior. Possui uma raiz sensitiva e uma motora. A raiz sensitiva é formada pelos prolongamentos centrais dos neurônios sensitivos, situados no gânglio trigeminal, que se localiza no cavo trigeminal, sobre a parte petrosa do osso temporal.


Os prolongamentos periféricos dos neurônios sensitivos do gânglio trigeminal formam, distalmente ao gânglio, os três ramos do nervo trigêmeo: nervo oftálmico, nervo maxilar e nervo mandibular, responsáveis pela sensibilidade somática geral de grande parte da cabeça, através de fibras que se classificam como aferentes somáticas gerais. A raiz motora do trigêmeo é constituída de fibras que acompanham o nervo mandibular, distribuindo-se aos músculos mastigatórios. O problema médico mais freqüentemente observado em relação ao trigêmeo é a nevralgia, que se manifesta por crises dolorosas muito intensas no território de um dos ramos do nervo.

1. Nervo oftálmico: atravessa a fissura orbital superior (juntamente com o III, IV, VI pares cranianos e a veia oftálmica) e ao chegar à órbita fornece três ramos terminais, que são os nervos nasociliar, frontal e lacrimal. O nervo oftálmico é responsável pela sensibilidade da cavidade orbital e seu conteúdo, enquanto o nervo óptico é sensorial (visão). 2. Nervo maxilar: é o segundo ramo do nervo trigêmeo. Ele cruza a fossa pterigopalatina como se fosse um cabo aéreo para introduzir-se na fissura orbital inferior e penetrar na cavidade orbital, momento em que passa a se chamar nervo infraorbital. O nervo infra orbital continua a mesma direção para frente transitando pelo soalho da órbita, passando sucessivamente pelo sulco, canal e forame infra orbital e através desse último se exterioriza para inervar as partes moles situadas entre a pálpebra inferior (n. palpebral inferior), nariz (nasal) e lábio superior (n. labial superior). O nervo infra orbital (ramo terminal do nervo maxilar) fornece como ramos colaterais o nervo alveolar superior médio e o nervo alveolar superior anterior, que se dirigem para baixo. Nas proximidades dos ápices das raízes dos dentes superiores, os três nervos alveolares superiores emitem ramos que se anastomosam abundantemente, para constituírem o plexo dental superior.


3. Nervo mandibular: é o terceiro ramo do nervo trigêmeo. Ele atravessa o crânio pelo forame oval e logo abaixo deste se ramifica num verdadeiro ramalhete, sendo que os dois ramos principais, são o nervo lingual e alveolar inferior. O nervo lingual dirige-se para a língua, concedendo sensibilidade geral aos seus dois terços anteriores. O nervo alveolar inferior penetra no forame da mandíbula e percorre o interior do osso pelo canal da mandíbula até o dente incisivo central. Aproximadamente na altura do segundo pré-molar, o nervo alveolar inferior emite um ramo colateral, que é o nervo mental (nervo mentoniano), o qual emerge pelo forame de mesmo nome, para fornecer sensibilidade geral às partes moles do mento. Dentro do canal da mandíbula, o nervo alveolar inferior se ramifica, porém seus ramos se anastomosam desordenadamente para constituir o plexo dental inferior, do qual partem os ramos dentais inferiores que vão aos dentes inferiores. A parte motora do nervo mandibular inerva os músculos mastigatórios (temporal, masseter e pterigóideo medial e lateral), com nervos que tem o mesmo nome dos músculos. NERVO TRIGÊMEO - RAMOS OFTÁLMICO E MAXILAR

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

NERVO TRIGÊMEO - RAMO MANDIBULAR


Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Localização

Passagem

VII. Nervo Facial É também um nervo misto, apresentando uma raiz motora e outra sensorial gustatória. Ele emerge do sulco bulbo-pontino através de uma raiz motora, o nervo facial propriamente dito, e uma raiz sensitiva e visceral, o nervo intermédio. Juntamente com o nervo vestíbulo-coclear, os dois componentes do nervo facial penetram no meato acústico interno, no interior do qual o nervo intermédio perde a sua individualidade, formando-se assim, um tronco nervoso único que penetra no canal facial.


A raiz motora é representada pelo nervo facial propriamente dito, enquanto a sensorial recebe o nome de nervo intermédio. Ambos têm origem aparente no sulco pontino inferior e se dirigem paralelamente ao meato acústico interno onde penetram juntamente com o nervo vestíbulococlear. No interior do meato acústico interno, os dois nervos (facial e intermédio) penetram num canal próprio escavado na parte petrosa do osso temporal, que é o canal facial. As fibras motoras atravessam a glândula parótida atingindo a face, onde dão dois ramos iniciais: o temporo facial e cérvico facial, os quais se ramificam em leque para inervar todos os músculos cutâneos da cabeça e do pescoço. Algumas fibras motoras vão ao músculo estilo-hióideo e ao ventre posterior do digástrico. As fibras sensoriais (gustatórias) seguem um ramo do nervo facial que é a corda do tímpano, que vai se juntar ao nervo lingual (ramo mandibular, terceiro ramo do trigêmeo), tomando-se como vetor para distribuir-se nos dois terços anteriores da língua. O nervo facial apresenta ainda fibras vegetativas (parassimpáticas) que se utilizam do nervo intermédio e depois seguem pelo nervo petroso maior ou pela corda do tímpano (ambos ramos do nervo facial) para inervar as glândulas lacrimais, nasais e salivares (glândula sublingual e submandibular). Em síntese, o nervo facial dá inervação motora para todos os músculos cutâneos da cabeça e pescoço (músculo estilo-hióideo e ventre posterior do digástrico). NERVO FACIAL

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.


Localização

Passagem

VIII. Nervo Vestíbulococlear Constituído por dois grupos de fibras perfeitamente individualizadas que formam, respectivamente, os nervos vestibular e coclear. É um nervo exclusivamente sensitivo, que penetra na ponte na porção lateral do sulco bulbo-pontino, entre a emergência do VII par e o flóculo do cerebelo. Ocupa juntamente com os nervos facial e intermédio, o meato acústico interno, na porção petrosa do osso temporal. A parte vestibular é formada por fibras que se originam dos neurônios sensitivos do gânglio vestibular, que conduzem impulsos nervosos relacionados ao equilíbrio. A parte coclear é constituída de fibras que se originam dos neurônios sensitivos do gânglio espiral e que conduzem impulsos nervosos relacionados com a audição. As fibras do nervo vestíbulo-coclear classificam-se como aferentes somáticas especiais. NERVO VESTÍBULO-COCLEAR


Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Localização

Passagem

IX. Nervo Glossofaríngeo É um nervo misto que emerge do sulco lateral posterior do bulbo, sob a forma de filamentos radiculares, que se dispõem em linha vertical. Estes filamentos reúnem-se para formar o tronco do nervo glossofaríngeo, que sai do crânio pelo forame jugular. No seu trajeto, através do forame jugular, o nervo apresenta dois gânglios, superior e inferior, formados por neurônios sensitivos. Ao sair do crânio, o nervo glossofaríngeo tem trajeto descendente, ramificando-se na raiz da língua e na faringe. Desses, o mais importante é o representado pelas fibras aferentes viscerais gerais, responsáveis pela sensibilidade geral do terço posterior da língua, faringe, úvula,


tonsila, tuba auditiva, além do seio e corpo carotídeos. Merecem destaque também as fibras eferentes viscerais gerais pertencentes à divisão parassimpática do sistema nervoso autônomo e que terminam no gânglio óptico. Desse gânglio, saem fibras nervosas do nervo aurículo-temporal que vão inervar a glândula parótida. NERVO GLOSSOFARÍNGEO

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Localização

X. Nervo Vago

Passagem


O nervo vago é misto e essencialmente visceral. Emerge do sulco lateral posterior do bulbo sob a forma de filamentos radiculares que se reúnem para formar o nervo vago. Este emerge do crânio pelo forame jugular, percorre o pescoço e o tórax, terminando no abdome. Neste trajeto o nervo vago dá origem a vários ramos que inervam a faringe e a laringe, entrando na formação dos plexos viscerais que promovem a inervação autônoma das vísceras torácicas e abdominais. O vago possui dois gânglios sensitivos: o gânglio superior, situado ao nível do forame jugular; e o gânglio inferior, situado logo abaixo desse forame. Entre os dois gânglios reúne-se ao vago o ramo interno do nervo acessório. Fibras aferentes viscerais gerais: conduzem impulsos aferentes originados na faringe, laringe, traquéia, esôfago, vísceras do tórax e abdome. Fibras eferentes viscerais gerais: são responsáveis pela inervação parassimpática das vísceras torácicas e abdominais. Fibras eferentes viscerais especiais: inervam os músculos da faringe e da laringe. As fibras eferentes do vago se originam em núcleos situados no bulbo, e as fibras sensitivas nos gânglios superior e inferior. NERVO VAGO

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

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XI. Nervo Acessório Formado por uma raiz craniana e uma espinhal. A raiz espinhal é formada por filamentos que emergem da face lateral dos cinco ou seis primeiros segmentos cervicais da medula, constituindo um tronco que penetra no crânio pelo forame magno. A este tronco unem-se filamentos da raiz craniana que emergem do sulco lateral posterior do bulbo. O tronco divide-se em um ramo interno e um externo. O interno une-se ao vago e distribui-se com ele, e o externo inerva os músculos trapézio e esterno cleidomastóideo. As fibras oriundas da raiz craniana que se unem ao vago são: Fibras eferentes viscerais especiais, que inervam os músculos da laringe; Fibras eferentes viscerais gerais, que inervam vísceras torácicas. NERVO ACESSÓRIO


Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

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XII. Nervo Hipoglosso Nervo essencialmente motor. Emerge do sulco lateral anterior do bulbo sob a forma de filamentos radiculares que se unem para formar o tronco do nervo. Este, emerge do crânio pelo canal do hipoglosso, e dirige-se aos músculos intrínsecos e extrínsecos da língua (está relacionado com a motricidade da mesma). Suas fibras são consideradas eferentes somáticas. NERVO DO HIPOGLOSSO


Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

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Nervos Espinhais São aqueles que fazem conexão com a medula espinhal e são responsáveis pela inervação do tronco, dos membros superiores e partes da cabeça. São ao todo 31 pares, 33 se contados os dois pares de nervos coccígeos vestigiais, que correspondem aos 31 segmentos medulares existentes. São 8 pares de nervos cervicais, 12 torácicos, 5 lombares, 5 sacrais e 1 coccígeo. RELAÇÃO DAS RAÍZES NERVOSAS COM AS VÉRTEBRAS


Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Cada nervo espinhal é formado pela união das raízes dorsal (sensitiva) e ventral (motora), as quais se ligam, respectivamente, aos sulcos lateral posterior e lateral anterior da medula através de filamentos radiculares. A raiz ventral emerge da superfície ventral da medula espinhal como diversas radículas ou filamentos que em geral se combinam para formar dois feixes próximo ao forame intervertebral. A raiz dorsal é maior que a raiz ventral em tamanho e número de radículas; estas prendem-se ao longo do sulco lateral posterior da medula espinhal e unem-se para formar dois feixes que penetram no gânglio espinhal. As raízes ventral e dorsal unem-se imediatamente além do gânglio espinhal para formar o nervo espinhal, que então emerge através do forame Inter espinhal. O gânglio espinhal é um conjunto de células nervosas na raiz dorsal do nervo espinhal. Tem forma oval e tamanho proporcional à raiz dorsal na qual se situa. Está próximo ao forame intervertebral. FORMAÇÃO DO NERVO ESPINHAL - RAÍZES VENTRAL E DORSAL


Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

O nervo espinhal separa-se em duas divisões primárias, dorsal e ventral, imediatamente após a junção das duas raízes. Ramos Dorsais dos Nervos Espinhais Os ramos dorsais dos nervos espinhais, geralmente menores do que os ventrais e direcionados posteriormente, se dividem (exceto para o primeiro cervical, quarto e quinto sacrais e o coccígeo) em ramos medial e lateral para inervarem os músculos e a pele das regiões posteriores do pescoço e do tronco. Ramos dorsais dos nervos espinhais cervicais O primeiro ramo dorsal cervical chamado nervo suboccipital emerge superior ao arco posterior do atlas e inferior à artéria vertebral. Ele penetra no trígono suboccipital inervando os músculos retos posteriores maior e menor da cabeça, oblíquos superior e inferior e o semi-espinhal da cabeça. O segundo ramo dorsal cervical e todos os outros ramos dorsais cervicais emergem entre o arco posterior do atlas e a lâmina do axis, abaixo do músculo oblíquo inferior por ele inervado, recebendo uma conexão proveniente do ramo dorsal do primeiro cervical, e se divide em um grande ramo medial e um pequeno ramo lateral. O ramo medial é denominado nervo occipital maior, que junto com o nervo occipital menor, inervam a pele do couro cabeludo até o vértice do crânio. Ele inerva o músculo semiespinhal da cabeça. O ramo lateral inerva os músculos esplênio, longuíssimo da cabeça e semi-espinhal da cabeça. O terceiro ramo dorsal cervical divide-se em ramos medial e lateral. Seu ramo medial corre entre os músculos espinhal da cabeça e semi–espinhal do pescoço, perfurando o músculo esplênio e o músculo trapézio para terminar na pele. Profundamente ao músculo trapézio, ele dá origem a um ramo, o terceiro nervo occipital, que perfura o músculo trapézio para terminar na pele da parte inferior da região occipital, medial ao nervo occipital maior. O ramo lateral freqüentemente se une àquele do segundo ramo dorsal cervical.


Os ramos dorsais dos cinco nervos cervicais inferiores dividem-se em ramos medial e lateral. Os ramos mediais do quarto e do quinto correm entre os músculos semi-espinhal do pescoço e semi-espinhal da cabeça, alcançam processos espinhosos das vértebras e perfuram o músculo esplênio e o músculo trapézio para terminarem na pele. O ramo medial do quinto pode não alcançar a pele. Os ramos mediais dos três nervos cervicais inferiores são pequenos e terminam nos músculos semi-espinhal do pescoço, semiespinhal da cabeça, multífido e Inter espinhais. Os ramos laterais inervam os músculos iliocostal do pescoço, longuíssimo do pescoço e longuíssimo da cabeça. RAMOS DORSAIS DOS NERVOS ESPINHAIS CERVICAIS

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

RAMOS DORSAIS DOS NERVOS ESPINHAIS CERVICAIS


Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Ramos dorsais dos nervos espinhais torácicos Dividem-se em ramos medial e lateral. Cada ramo medial corre entre a articulação e as margens mediais do ligamento costo-transversário superior e o músculo intertransversal, enquanto que cada ramo lateral corre no intervalo entre o ligamento e o músculo intertransversal antes de se inclinar posteriormente sobre o lado medial do músculo levantador da costela. RAMOS DORSAIS DOS NERVOS ESPINHAIS TORÁCICOS


Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

RAMOS DORSAIS DOS NERVOS ESPINHAIS TORテ,ICOS

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.


Ramos dorsais dos nervos espinhais lombares Os ramos dorsais dos nervos lombares passam para trás mediais aos músculos intertransversários, dividindo-se em ramos medial e lateral. Os ramos mediais correm próximo dos processos articulares das vértebras para terminarem no músculo multífido; eles estão relacionados com o osso entre os processos acessórios e mamilares e podem sulcá-lo. Além disto os três superiores dão origem aos nervos cutâneos que perfuram a aponeurose do músculo latíssimo do dorso na margem lateral do músculo eretor da espinha e cruzam o músculo ilíaco, posteriormente, para alcançarem a pele da região glútea. RAMO DORSAL DE UM NERVO ESPINHAL LOMBAR

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Ramos dorsais dos nervos espinhais sacrais Os três superiores são cobertos na saída pelo músculo multífido, dividindo-se em ramos medial e lateral. Os ramos mediais são pequenos e terminam no músculo multífido. Os ramos laterais se unem e com os ramos laterais do último lombar e ramos dorsais do quarto nervo sacral, formam alças dorsais ao sacro; destas alças ramos correm dorsalmente para o ligamento sacrotuberal para formarem uma segunda série de alças sob o músculo glúteo máximo; destes, dóis ou três ramos glúteos perfuram o músculo glúteo máximo para inervar a pele da região glútea.

Ramos Ventrais dos Nervos Espinhais


Os ramos ventrais dos nervos espinhais inervam os membros e as faces ânterolaterais do tronco. O cervical, lombar e sacral unem-se perto de suas origens para formar plexos.

Plexos da Coluna Vertebral Plexo Cervical Plexo Braquial Nervos Torácicos Plexo Lombar Plexo Sacral Plexo Coccígeo Plexo Cervical Formado pelos ramos ventrais dos quatro nervos cervicais superiores, inerva alguns músculos do pescoço, o diafragma e áreas da pele na cabeça, pescoço e tórax. Cada ramo ventral anastomosa-se com o subsequente formando três alças de convexidade lateral (C1 com C2, C2 com C3 e C3 com C4). Dessas três alças derivam ramos que constituem as duas partes do plexo cervical (superficial e profunda). A parte superficial é constituída por fibras essencialmente sensitivas, que formam um feixe que aparece ao nível do meio da borda posterior do músculo esternocleidomastóideo, ponto em que os filetes se espalham em leque para a pele na região circunvizinha, ao pavilhão da orelha, à pele do pescoço e à região próxima à clavícula. A parte profunda do plexo é constituída por fibras motoras, destinando-se à musculatura ântero-lateral do pescoço e ao diafragma. Para isso, além de ramos que saem isoladamente das três alças, encontramos duas formações importantes que são a alça cervical e o nervo frênico. A alça cervical é formada por duas raízes, uma superior e outra inferior. A raiz superior da alça cervical atinge o nervo hipoglosso quando este desce no pescoço. A raiz inferior desce alguns centímetros lateralmente à veia jugular interna, fazendo depois uma curva para frente, anastomosando-se com a raiz superior. A alça cervical emite ramos que inervam todos os músculos infra-hióideos. O nervo frênico, formado por fibras motoras que derivam de C3, C4 e C5, desce por diante do músculo escaleno anterior, passa junto ao pericárdio, para se distribuir no diafragma. Cada ramo, exceto o primeiro, divide-se em partes ascendente e descendente que se unem em alças comunicantes. Da primeira alça (C2 e C3), originam-se ramos superficiais que inervam a cabeça e o pescoço; da segunda alça (C3 e C4) originam-se os nervos cutâneos do ombro e do tórax. Os ramos são superficiais ou profundos; os superficiais perfuram a fáscia cervical para inervar a pele, enquanto que os ramos profundos inervam os músculos.


Os ramos superficiais formam grupos ascendentes e descendentes e as séries profundas mediais e laterais. Superficiais Ascendentes: Nervo Occipital Menor (C2) - inerva a pele da região posterior ao pavilhão da orelha;

NERVO OCCIPITAL MENOR

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Nervo Auricular Magno (C2 e C3) - seu ramo anterior inerva a pele da face sobre glândula parótida comunicando-se com o nervo facial; o ramo posterior inerva a pele sobre o processo mastóideo e sobre o dorso do pavilhão da orelha; Nervo Transverso do Pescoço (C2 e C3) - seus ramos ascendentes sobem para a região submandibular formando um plexo com o ramo cervical do nervo facial abaixo do platisma; os ramos descendentes perfuram o platisma e são distribuídos ânterolateralmente para a pele do pescoço, até a parte inferior do esterno. Superficiais Descendentes: Nervos Supraclaviculares Mediais (C3 e C4) - inervam a pele até a linha mediana, parte inferior da segunda costela e a articulação esternoclavicular; Nervos Supraclaviculares Intermédios - inervam a pele sobre os músculos peitoral maior e deltoide ao longo do nível da segunda costela;


Nervos Supraclaviculares Laterais - inervam a pele das partes superior e posteriores do ombro. Ramos Profundos - Séries Mediais: Ramos comunicantes com o hipoglosso, vago e simpático; os ramos musculares inervam os músculos reto lateral da cabeça (C1), reto anterior da cabeça (C1 e C2), longo da cabeça (C1, C2 e C3), longo do pescoço (C2-C4), raiz inferior da alça cervical (C2-C3), músculos infra-hióideos (com exceção do tíreo-hióideo) e nervo frênico (C3C5), que inerva o diafragma. NERVO FRÊNICO

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Ramos Profundos - Séries Laterais: Os ramos profundos laterais do plexo cervical comunicam-se com as raízes espinhais do nervo acessório (C2,C3,C4) no músculo esternocleidomastóideo, trígono posterior do pescoço e parte posterior do trapézio; os ramos musculares são distribuídos para o músculo esternocleidomastóideo (C2,C3,C4) e para os músculos trapézio (C2,C3), levantador da escápula (C3,C4) e escaleno médio (C3,C4). PLEXO CERVICAL


Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

PLEXO CERVICAL

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

PLEXO CERVICAL


Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Plexo Braquial O membro superior é inervado pelo plexo braquial situado no pescoço e na axila, formado por ramos anteriores dos quatro nervos espinhais cervicais inferiores (C5,C6,C7,C8) e do primeiro torácico (T1). O plexo braquial tem localização lateral à coluna cervical e situa-se entre os músculos escalenos anterior e médio, posterior e lateralmente ao músculo esternocleidomastóideo.

O plexo passa posteriormente à clavícula e acompanha a artéria axilar sob o músculo peitoral maior. Os ramos ventrais do quinto e do sexto nervos cervicais (C5-C6) formam o tronco superior; o ramo anterior do sétimo nervo cervical(C7) forma o tronco médio; e os ramos anteriores do oitavo nervo cervical e do primeiro nervo torácico (C8-T1) formam o tronco inferior.


Os três troncos, localizados na fossa supraclavicular, dividem-se em dois ramos, um anterior e um posterior, que formam os fascículos, situados em torno da artéria axilar. Os ramos anteriores dos troncos superior e médio formam o fascículo lateral; o ramo anterior do tronco inferior forma o fascículo medial; e os ramos posteriores dos três troncos formam o fascículo posterior. Na borda inferior e lateral do músculo peitoral menor, os fascículos se subdividem nos ramos terminais do plexo braquial.

PLEXO BRAQUIAL


Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Os ramos do plexo braquial podem ser descritos como supra-claviculares e infraclaviculares. Ramos Supra-claviculares: Nervos para os Músculos Escalenos e Longo do Pescoço - originam-se dos ramos ventrais dos nervos cervicais inferiores (C5,C6,C7 e C8), próximo de sua saída dos forames intervertebrais. Nervo Frênico - anteriormente ao músculo escaleno anterior, o nervo frênico associase com um ramo proveniente do quinto nervo cervical (C5). Mais detalhes do nervo frênico em Plexo Cervical. Nervo Dorsal da Escápula - proveniente do ramo ventral de C5, inerva o levantador da escápula e o músculo rombóide. Nervo Torácico Longo - é formado pelos ramos de C5, C6 e c7 e inerva o músculo serrátil anterior. Nervo do Músculo Subclávio - origina-se próximo à junção dos ramos ventrais do quinto e sexto nervos cervicais (C5 e C6) e geralmente comunica-se com o nervo frênico e inerva o músculo subclávio. Nervo Supra-escapular - originado do tronco superior (C5 e C6), inerva os músculos supra-espinhoso e infra espinhoso. NERVOS SUPRA-ESCAPULAR, AXILAR, TORACODORSAL E SUBSCAPULAR


Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Ramos Infra-claviculares: Estes se ramificam a partir dos fascículos, mas suas fibras podem ser seguidas para trás até os nervos espinhais. Do fascículo lateral saem os seguintes nervos: Peitoral Lateral - proveniente dos ramos do quinto ao sétimo nervos cervicais (C5, C6 e C7). Inerva a face profunda do músculo peitoral maior; Nervo Musculocutâneo - derivado dos ramos ventrais do quinto ao sétimo nervos cervicais (C5, C6 e C7). Inerva os músculos braquial anterior, bíceps braquial e coracobraquial; NERVO MUSCULOCUTÂNEO


Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Raiz Lateral do Nervo Mediano - derivado dos ramos ventrais do quinto ao sétimo nervos cervicais (C5, C6 e C7). Inerva os músculos da região anterior do antebraço e curtos do polegar, assim como a pele do lado lateral da mão. NERVO MEDIANO


Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Do fascículo medial saem os seguintes nervos: Peitoral Medial - derivado dos ramos ventrais do oitavo nervo cervical e primeiro nervo torácico (C8 e T1). Inerva os músculos peitorais maior e menor; Nervo Cutâneo Medial do Antebraço - derivado dos ramos ventrais do oitavo nervo cervical e primeiro nervo torácico (C8 e T1). Inerva a pele sobre o bíceps até perto do cotovelo e dirige-se em direção ao lado ulnar do antebraço até o pulso; Nervo Cutâneo Medial do Braço - que se origina dos ramos ventrais do oitavo nervo cervical e primeiro nervo torácico (C8,T1). Inerva a parte medial do braço; Nervo Ulnar - originado dos ramos ventrais do oitavo nervo cervical e primeiro nervo torácico (C8 e T1). Inerva os músculos flexor ulnar do carpo, metade ulnar do flexor profundo dos dedos, adutor do polegar e parte profunda do flexor curto do polegar. Inerva também os músculos da região hipotenar, terceiro e quarto lumbricais e todos interósseos;

NERVO ULNAR

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Raiz Medial do Nervo Mediano - originada dos ramos ventrais do oitavo nervo cervical e primeiro nervo torácico (C8 e T1). Inerva os músculos da região anterior do antebraço e curtos do polegar, assim como a pele do lado lateral da mão. Do fascículo posterior saem os seguintes nervos:


Subescapular Superior - originado dos ramos do quinto e sexto nervos cervicais (C5 e C6). Inerva o músculo subscapular; Nervo Toracodorsal - originado dos ramos do sexto ao oitavo nervos cervicais (C6, C7 e C8). Inerva o músculo latíssimo do dorso; Nervo Subescapular inferior - originado dos ramos do quinto e sexto nervos cervicais (C5 e C6). Inerva os músculos subscapular e redondo maior; Nervo Axilar - originado dos ramos do quinto e sexto nervos cervicais (C5 e C6). Inerva os músculos deltóide e redondo menor;

NERVO AXILAR

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Nervo Radial - originado dos ramos do quinto ao oitavo nervos cervicais e primeiro nervo torácico (C5, C6, C7, C8 e T1). Inerva os músculos tríceps braquial, braquiorradial, extensor radial longo e curto do carpo, supinador e todos músculos da região posterior do antebraço.

NERVO RADIAL DO BRAÇO


Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

NERVO RADIAL - ANTEBRAÇO

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.


RESUMO PLEXO BRAQUIAL

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Nervos Torรกcicos Ramos Ventrais dos Nervos Torรกcicos


Existem 12 pares de ramos ventrais dos nervos torácicos, os quais não constituem plexos. Quase todos os 12 estão situados entre as costelas (nervos intercostais), com o décimo segundo situando-se abaixo da última costela (nervo subcostal). Os nervos intercostais são distribuídos para as paredes do tórax e do abdome. Os ramos comunicantes unem os nervos intercostais posteriormente, nos espaços intercostais. A maioria das fibras do ramo ventral de T1 entra na constituição do plexo braquial, mas as restantes formam o primeiro nervo intercostal. O ramo ventral de T2 envia um ramo anastomótico ao plexo braquial, entretanto, a maior parte de suas fibras constitui o segundo nervo intercostal. O último ramo ventral dos nervos torácicos (T12) recebe o nome de nervo subcostal por situar-se abaixo da 12ª costela. Os nervos intercostais correm pela face interna, junto à borda inferior da costela correspondente, ocupando o sulco costal, paralelamente e abaixo da veia e artéria intercostais. As fibras sensitivas dispersam-se pela região lateral e anterior do tórax, denominandose, respectivamente, ramo cutâneo lateral e ramo cutâneo anterior. Do 7º ao 12º ramos torácicos, anteriormente, abandonam as costelas para invadir o abdome, inervando assim, os músculos e a cútis até um plano que medeie o umbigo e sínfise púbica. O nervo subcostal (T12) dá um ramo anastomótico para o plexo lombar, e por outro lado, algumas de suas fibras sensitivas vão até a região glútea e face lateral da coxa. NERVOS DA PAREDE ABDOMINAL ANTERIOR

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.


NERVO ESPINHAL TORÁCICO TÍPICO

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Plexo Lombar Este plexo está situado na parte posterior do músculo psoas maior, anteriormente aos processos transversos das vértebras lombares. É formado pelos ramos ventrais dos três primeiros nervos lombares e pela maior parte do quarto nervo lombar (L1, L2, L3 e L4) e um ramo anastomótico de T12, dando um ramo ao plexo sacral. L1 recebe o ramo anastomótico de T12 e depois fornece três ramos que são o nervo íliohipogástrico, o nervo ílio-inguinal e a raiz superior do nervo genitofemoral. L2 se trifurca dando a raiz inferior do nervo genitofemoral, a raiz superior do nervo cutâneo lateral da coxa e a raiz superior do nervo femoral.


L3 concede a raiz inferior do nervo cutâneo lateral da coxa, a raiz média do nervo femoral e a raiz superior do nervo obturatório. L4 fornece o ramo anastomótico a L5 e em seguida se bifurca dando a raiz inferior do nervo femoral e a raiz inferior do nervo obturatório.

PLEXO LOMBAR


Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

PLEXO LOMBAR

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.


NERVO OBTURATÓRIO

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

NERVO FEMORAL E CUTÂNEO LATERAL DA COXA

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.


Plexo Sacral Ramos Ventrais dos Nervos Sacrais e Coccígeos Os ramos ventrais dos nervos espinhais sacrais e coccígeos formam os plexos sacral e coccígeo. Os ramos ventrais dos quatro nervos sacrais superiores penetram na pelve através do forames sacrais anteriores, o quinto nervo sacral penetra entre o sacro e o cóccix e os coccígeos abaixo do cóccix. Cada ramo ventral dos nervos sacrais recebe um ramo comunicante cinzento proveniente de um gânglio simpático correspondente. Os ramos viscerais eferentes deixam os ramos do segundo ao quarto nervos sacrais como nervos esplâncnicos pélvicos que contêm as fibras parassimpáticas, as quais alcançam diminutos gânglios nas paredes das vísceras pélvicas. A organização do plexo sacral é bastante elementar e simples. O plexo sacral é formado pelo tronco lombossacral, ramos ventrais do primeiro ao terceiro nervos sacrais e parte do quarto, com o restante do último unindo-se ao plexo coccígeo. O ramo anastomótico de L4 se une ao L5 constituindo o tronco lombossacral. Em seguida o tronco lombossacral se une com S1 e depois sucessivamente ao S2, S3 e S4. Esse compacto nervoso sai da pelve atravessando o forame isquiático maior. Logo após atravessar esse forame, o plexo sacral emite seus ramos colaterais e se resolve no ramo terminal, que é o nervo isquiático. Para os músculos da região glútea vão os nervos glúteo superior (L4, L5 e S1) e glúteo inferior (L5, S1 e S2). Um ramo sensitivo importante é o nervo cutâneo posterior da coxa, formado por S1, S2 e S3. Para o períneo, temos o nervo pudendo formado á partir de S2, S3 e S4. O nervo isquiático é o mais calibroso e mais extenso nervo do corpo humano, pois suas fibras podem descer até os dedos dos pés. Esse nervo é constituído por duas porções, que são os nervos fibular comum (L4, L5, S1 e S2) e tibial, formado por L4, L5, S1, S2 e S3. O nervo fibular comum já na fossa poplítea dirige-se obliquamente para baixo e lateralmente se bifurcando em nervos fibulares superficial e profundo. Do plexo sacral saem também os nervos para o músculo obturatório interno e músculo gêmeo superior (L5, S1 e S2); para o músculo piriforme (S1 e S2); para o músculo quadríceps da coxa e músculo gêmeo inferior (L4, L5 e S1); para os músculos levantador do ânus, coccígeo e esfíncter externo do ânus (S4); e o nervo esplâncnico pélvico (S2, S3 e S4).

PLEXO LOMBOSACRAL


Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

PLEXO LOMBOSACRAL

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.


NERVOS GLÚTEO SUPERIOR E GLÚTEO INFERIOR

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

NERVO ISQUIÁTICO


Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

NERVO FIBULAR

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.


NERVO TIBIAL

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Plexo Coccígeo O plexo coccígeo é formado por: Um pequeno ramo descendente do ramo ventral do quarto nervo sacral; Ramos ventrais do quinto nervo sacral; Nervo coccígeo. O plexo coccígeo inerva a pele da região do cóccix.

PLEXO COCCÍGEO


Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Bibliografia http://www.auladeanatomia.com/site/


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