DESCOBRINDO TERRITÓRIOS EDUCATIVOS ABORDAGENS PARA RECRIAR A RELAÇÃO AFETIVA DA CRIANÇA COM A CIDADE
Autora: Marjorie Martins Silveira - Arquiteta Urbanista Contato: marjorie_silveira@hotmail.com Colaboração: Maia Naeh Lafer - Arquiteta Urbanista
1. INTRODUÇÃO
FORTALEZA
Vista do acesso à Praça do Braga pela rua Frei Orlando, onde há árvore (flamboyant) que atrai pessoas para conversarem abaixo dela.
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Durante a pesquisa, chegou-se ao conhecimento da Praça do Braga ou Praça Capela da Sagrada Família (sendo o nome oficializado na Prefeitura, porém menos popular), que está situada entre os bairros Damas, Bom Futuro e Jardim América e chamou atenção por possuir morfologia incomum, pois ela é um terreno retangular que possui contato com a rua somente pelo lado frontal e posterior, visto que em suas laterais é rodeado pela frente de algumas residências. Buscando compreender as relações das pessoas com a praça, conversamos com os moradores e ficamos sabendo que a origem da praça se deu após a doação de um terreno privado para área pública. O nome de Praça do Braga, vem de um morador do entorno já falecido, o Braga, que vivia no local reunido com os amigos e que inclusive plantou uma árvore (espécie: flamboyant) no local que chama atenção assim que se avista a entrada da praça.
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Uma inquietação comum de quem estuda Arquitetura e Urbanismo é entender quais são os problemas que afastam as pessoas de usarem os espaços públicos na cidade, saber como intervir para fortalecer esse uso e contribuir para uma cidade mais segura, saudável e acessível. Outra inquietação que aparece nesse contexto é saber onde estão as crianças na cidade? Que espaços elas ocupam? Um espaço atrativo precisa ter parquinhos? A partir disso, foi surgindo o anseio de se pesquisar lugares na cidade, no caso Fortaleza, no Ceará, em que as pessoas em geral tivessem forte apropriação com os espaços públicos e entender quais fatores influenciavam para que isso ocorresse. Junto a isso, buscou-se entender de forma específica, as problemáticas que envolvem o sumiço da criança na cidade e como podemos atuar para devolver a cidade à criança. Em um primeiro momento, será apresentada a praça elemento chave que desencadeou reflexões importantes sobre o que os territórios podem nos ensinar, como eles podem ser educativos e em um segundo momento, será mostrado como essa reflexão irradiou para toda área de estudo apresentada ao lado, compreendida por um polígono limitado pelas vias, ao Oeste para Leste, João Pessoa e Professor Gomes de Matos (as quais são vias de alto tráfego e representam limites para o território) e as vias André Chaves e Desembargador Praxedes ao Norte e Sul, respectivamente.
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Localização da área de intervenção BAIRROS: rua desemb
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2. ANÁLISE DO LUGAR Diante dessas informações interessantes quanto a forma de apropriação da praça, resolveu-se estudá-la melhor para entender o que faz desse espaço especial para que as pessoas zelem por ele e como as crianças estariam inseridas nessa dinâmica. Foi feito uma caracterização da praça quanto o estado em que ela se encontrava e notou-se que prepondera o papel de ser um lugar como ponto de encontro no meio de uma vasta quadra e atua como o quintal de frente das pessoas que ali moram. No seu entorno, há edificações residenciais, a Escola Sonho de Talita e pequenos comércios. O espaço contém 0,12 ha de área e atualmente possui uma quadra de areia, arquibancada, bancos, árvores e parquinho, logo, além de função de encontro, os moradores utilizam a praça também para prática de esportes, como o futevôlei e a capoeira e para crianças brincarem. Embora os moradores tenham tido a iniciativa de montarem o lugar aos poucos de acordo com suas necessidades, alguns equipamentos se encontram bem degradados e sem perspectiva de reforma. Em relação a área de abrangência de uso deste espaço, observou-se através de entrevistas que quem utilizava eram os moradores do seu entorno direto ou amigos e parentes destes.
Mapa de uso e ocupação do solo da praça do braga com destaque das setas brancas que representam os acessos das casas das pessoas para encontro com a praça.
1. Na imagem acima, observa-se um dia comum na Praça do Braga em que há moradores conversando na calçada e uma criança junto de sua cuidadora cortando caminho
2. Um local que um dia já abrigou uma área de balanço.
3. Área de quadra de areia onde se pratica o futevolêi e arquibancada em que os moradores assistem e aguardam sua vez
4. Área onde os moradores podem sentar e também fazer suas orações, pois de frente há a estátua de uma santa
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2. ANÁLISE DO LUGAR
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uma retrospectiva...
2012
Fazendo uma retrospectiva da paisagem existente entre a Escola Creche Sonho de Talita e a Praça do Braga (vista pela rua Júlio César), percebem-se pontos positivos, como o acesso à escola que está mais acessível, pois não há mais quebras e buracos na calçada. No entanto, até o ano de 2012 tinha uma árvore em frente à escola e após isso, podemos observar que o espaço foi ficando cada vez mais árido e tomado pela presença de carros na frente do lugar.
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É notável a ocupação estabelecida neste ponto da praça, abaixo da ‘‘árvore do Braga’’ como um ponto de encontro dos moradores. Quem passa pela Rua Frei Orlando avista nesse ponto finalmente uma área sombreada e com descanso para quem passa. É interessante notar também como a residência ao lado mudou ao longo dos anos, com a vegetação cada vez maior e mais evidente, assim modificando a paisagem e deixando a ambiência mais aconchegante para o pedestre. Outro ponto interessante, destacando no zoom acima, foi essa placa na imagem de 2017, representando que os moradores já se mobilizaram para sinalizar o respeito a crianças e idosos e proibindo subir na calçada de moto. Essas sutilezas demonstram o cuidado que os moradores têm com o lugar e desse modo, ensinam que as crianças também tenham a mesma atenção e zelo por lá.
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2. ANÁLISE DO LUGAR Foi questionado aos moradores se já havia tido alguma iniciativa por parte da Escola Creche Sonho de Talita de usarem o espaço da praça para levarem as crianças e fazer uma dinâmica de aulas ao ar livre, entretanto, os moradores responderam que não ou que não sabiam.
É muito interessante, pois as crianças têm a chance de conhecer o território onde vivem e estudam e assim, tem sentem na prática os benefícios que é uma vida mais rica quando se anda a pé e podemos ter uma relação com nossos vizinhos e os edifícios que nos rodeiam.
Nota-se então que falta uma conexão da escola com a praça e não há o entendimento por parte da escola de como os espaços livres são potentes para as crianças, pois lá, elas têm mais espaço para correr, brincar, se pendurar nas árvores e enfim, inventarem novas brincadeiras. Desse modo, poderiam criar uma apropriação com o lugar e de forma espontânea, exercerem sua função como cidadãs utilizando e aparecendo nesses espaços.
Além disso, a iniciativa se estendeu e hoje conta com amigos do Carona a pé que são os comerciantes presentes durante os trajetos explorados. Eles são pessoas que conhecem as crianças e as crianças também os reconhecem e os cumprimentam. Além disso, quando as crianças precisam de algum apoio, seja para utilizar o banheiro ou pedir água, estes comerciantes se prontificam a ajudar.
Francesco Tonucci, pedagogo, italiano e autor de vários livros sobre a relação da criança com a cidade, fala que as crianças são como vagalumes na cidade, pois ambos são como indicadores ambientais e quando há forte contaminação do ambiente, eles não aparecem e indicam que o ambiente está doente. Sendo assim, podemos entender que as crianças são indicadores para uma cidade mais saudável e segura. Um espaço público que tem crianças brincando geram uma sensação de segurança, além de que, os adultos se sentem constrangidos a fazerem algo errado na presença delas.
Desse modo, o caminho se torna mais seguro, mais agradável e fortalece ainda mais a relação das pessoas com a cidade. Os adultos passam a enxergar as crianças na rua e então consegue-se de forma espontânea quebrar esse pensamento que a criança não está segura andando pela cidade. É nesse sentido, criando redes de apoio, que podemos ter a esperança de construir a cidade que a criança merece que por consequência fazem a cidade um lugar melhor para os adultos também.
um exemplo de caso para refletir... Na contramão da realidade encontrada (nas imagens abaixo), há o projeto Carona a Pé, iniciado numa escola particular em São Paulo em 2015 e atualmente é implementado em escolas de São Paulo e Belo Horizonte, onde as crianças junto dos professores vão para a escola e voltam para suas casas a pé (ou uma parte do trajeto a pé). Dependendo da quantidade de crianças, 1 ou 2 professores as acompanham e os pais também são convidados a participar primeiramente para conhecer a iniciativa. os Tutores junto das crianças utilizam uma faixa neon para identificação e segurança de quem faz parte desse momento. O projeto listou os benefícios da iniciativa que são: diminuição o trânsito, aproximação as pessoas, maior disposição para o aprendizado, torna a cidade um lugar mais amigável, aumenta o compromisso com o horário, proporciona uma vida mais saudável, aprendem o caminho de casa até a escola e cria vínculos com o entorno.
*Imagens retiradas das redes sociais do projeto Carona a Pé.
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2. ANÁLISE DO LUGAR - DESMEMBRAR PARA OBSERVAR Nessa etapa, foi feita uma síntese de quais são os problemas e potencialidades inseridas na praça e buscou-se fazer isso de uma forma lúdica e que poderia ser discutida como uma metodologia de discussão participativa seja com crianças ou com pessoas em geral que conhecessem o território trabalhado. É importante ressaltar nessa etapa que são as pessoas que por ali passam que vão utilizar o lugar e seus equipamentos, portanto, deve ser pensado para elas. Dessa forma, pode-se mudar de maneira educativa e criativa a relação das pessoas com a cidade.
PROBLEMAS - mobiliário em mal estado - acidentes por conta da calçada desnivelada - árvores em mal estado de cuidado (poda errada, excesso de pavimentação e pouca área de canteiro para o respiro da planta) - sensação de aridez em alguns pontos - desconexão entre a escola e a praça
POTENCIALIDADES - prática de esportes, capoeira e diversas atividades - local de encontro e lazer - fachadas ativas ao seu redor - equipamentos que favorecem o convívio, como a escola e pequenos comércios ao redor
O método de análise abaixo, é inspirado na forma de esquemas presente em casos do livro Microplanejamento - Práticas urbanas criativas, organizado por Marcos Leite Rosa. Nesse livro, há uma compilação de iniciativas bottom up (de baixo para cima) em que se pretende encontrar um denominador comum entre os projetos selecionados. Esses esquemas são interessantes, pois conseguimos apreender diversas informações da cidade e refletir sobre como elas formam a ambiência desse espaço, que elementos se destacam que podem ser multiplicados ou quais merecem uma maior atenção. Os desenhos foram feitos com o auxílio de uma base do Google Maps no modo 3d por baixo.
localização
I. ações - ações que você observar que as pessoas exercem neste espaço
II. objetos
AÇÕES
- equipamentos existentes dentro do espaço analisado
III. tipos de edifícios - representar as ocupações ao redor do espaço, exemplo: instituições, comércios, serviços, etc.
A partir da análise dessas informações, será possível prosseguir para um projeto de intervenção cuidadoso para essa área, levando as atividades existentes atualmente e quais atividades podemos implementar no local para que essa área seja mais rica e educativa em trocas sociais. É interessante salientar também que o projeto de intervenção não é capaz de solucionar todos os problemas da área, sendo interessante fazer um planejamento de oficinas para realizar junto com crianças e adultos de melhorias no local. Com pequenas ações, envolvendo pinturas nas paredes e no chão e equipamentos móveis, é possível mudar a realidade do local e fortalecer o espírito de união do lugar.
OBJETOS
TIPOS DE EDIFÍCIOS
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3. MÉTODO DE ESTUDO PARA MICROINTERVENÇÕES FUTURAS NO TERRITÓRIO... Durante esse convívio com os moradores da Praça do Braga, ficou algumas constatações valiosas para esse trabalho. Uma delas foi compreender a importância dessa consciência dos moradores sob o território o qual vivem e como a identidade do lugar está intimamente ligada a identidade das pessoas que ali moram ou já moraram.
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Além disso, é notório conhecimento e apropriação daquelas pessoas não só com essa praça, mas também com o bairro onde moram, entendendo dessa forma que a apropriação de um lugar não depende só de fatores em microescala, mas também de fatores em macroescala, por exemplo: se há pequenos comércios e serviços, se a região é muito murada com condomínios, se há shoppings por perto, se as ruas possuem elementos que facilitem a caminhabilidade, etc.
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Na segunda abordagem possível, foram propostos alguns esquemas em forma de esboços, como o exemplo do esboço feito da Praça do Braga, e deseja-se que as crianças possam dizer agora quais são as encontrados AÇÕES, OBJETOS e TIPOS DE EDIFÍCIOS encontrados nesses lugares da cidade. Essa dinâmica é proposta em um contexto dentro de sala de aula, onde a equipe pedagógica poderia acompanhar os alunos para um passeio a pé, como mostrado no exemplo de caso do Carona a Pé. A ideia é compreender a criança como um descobridor da cidade e dessa forma, fazê-la se sentir mais segura e pertencente dos espaços públicos ao caminhar.
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No mapa ao lado, temos a área de estudo a ser trabalhada e a partir dela podem ser formadas trajetos onde os alunos podem caminhar e conhecer melhor a cidade. Foram marcadas 9 instituições educacionais inseridas na região e para exemplificar, foram feitas rotas a deriva para saber o que poderíamos conhecer deste lugar. Serão apresentadas a seguir, duas abordagens para conhecer o território de uma forma afetiva e lúdica. Na primeira, através de rotas, foi feito um MAPA AFETIVO de aspectos interessantes que os locais proporcionaram. O resultado pode ser visto nas próximas páginas.
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Felizmente, a região onde se encontra a Praça do Braga tem elementos que facilitam uma cidade mais segura e saudável. A ideia agora é agir, a nível de conscientização, para que esses valores tão importantes se fortaleçam e possam contribuir para autonomia das crianças. Iniciando o segundo momento deste trabalho, propõe-se uma metodologia para que as crianças se engajem em conhecer o território onde vivem de uma forma lúdica. Entendendo que esses espaços são novas opções para o ato de brincar e de descobrimento.
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3.1. MAPA AFETIVO Nessa primeira abordagem, foram feitos trajetos a pé a deriva para conhecer melhor o território e fotografias de alguns dos lugares registrados para mostrar momentos considerados importantes quanto a diversidade urbana e ambiental e que poderiam estimular as crianças a mobilidade a pé. Após o fim dos trajetos, foi mapeado e classificados em 5 categorias interessantes avistadas nessa área, sendo elas: praça, feira, rua, vila e arquitetura.
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3.2. ESQUEMAS DE ANÁLISE Na segunda abordagem, propomos que as crianças possam preencher que atividades são possíveis de realizar na cidade. Queremos que as crianças explorem seu potencial criativo e exploratório.
Que lugares podem ocorrer novas brincadeiras? onde é possível jogar?
Trouxemos alguns exemplos de lugares presentes na área de estudo, como a Praça da Chaves, o Pólo de Lazer Gustavo Braga e as Vias Frei Orlando e Júlio César.
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3.1. MAPA AFETIVO - praça 1 ler - ler: Percorrer com a visão o que está escrito, interpretando os sinais gráficos e/ou linguísticos
sentar - sen.tar: Repousar ou apoiar o quadril em assento; assentar-se, tomar assento. Estabelecer-se em algum lugar por algum tempo; fixar-se
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encontrar - en.con.trar: Ir de encontro a; chocar-se com. Passar a ter consciência de; dar-se conta de. Descobrir alguém ou algo por acaso
2 jogar - jo.gar: Atirar com força; arremessar, arrojar, disparar
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esverdear - es.ver.de.ar: Tomar ou dar cor esverdeada ou verde; esverdinhar
brincar - brin.car: divertir-se com jogos infantis; entreter-se com objetos ou atividades lúdicas; simular situações da vida real; distrair-se, folgar, recrear-se
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3.1. MAPA AFETIVO - feira/rua
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conhecer - co.nhe.cer: Ter ou adquirir informações sobre alguma coisa; ter noção, ideia ou conhecimento sobre algo; saber. Ser apresentado a alguém; travar relação inicial com alguém
vender - ven.der: Transferir algo para a posse de alguém em troca de determinada quantia em dinheiro comprar - com.prar: Adquirir coisa mediante pagamento em dinheiro ou qualquer outra compensação financeira
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6 pedalar - pe.da.lar: Mover o pedal ou os pedais de máquina, bicicleta
4 pesquisar - pes.qui.sar: Buscar cuidadosamente. Obter informações acerca de.
4 sorrir - sor.rir: Rir(-se) levemente, sem rumor. Deixar transparecer felicidade
caminhar - ca.mi.nhar: Seguir por determinado caminho andando a pé. Ir para a frente; desenvolver-se bem; avançar, progredir
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3.1. MAPA AFETIVO - rua/vila
7 brincar - brin.car: divertir-se com jogos infantis; entreter-se com objetos ou atividades lúdicas; simular situações da vida real; distrairse, folgar, recrear-se
9 estender - es.ten.der: Estirar(-se) no espaço; alargar(-se), alongar(-se). Esticar roupa no varal para secar. Tornar público; apregoar, divulgar, propagar.
9 8 conversar - con.ver.sar: Trocar ideias ou se comunicar com alguém por meio de palavras. Discorrer sobre um assunto; palestrar.
surpreender - sur.pre.en.der: Ver (algo) rápida ou imperfeitamente; entrever, vislumbrar. Surgir inopinadamente diante de.
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3.1. MAPA AFETIVO - arquitetura esverdear - es.ver.de.ar: Tomar ou dar cor esverdeada ou verde; esverdinhar
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12 observar - ob.ser.var: Olhar atentamente, fazer o acompanhamento da evolução de algo, prestar atenção a
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sombrear - som.bre.ar: Encher(-se) ou cobrir(-se) de sombra; assombrar(-se), assombrear(-se), sombrejar.
13 enfeitar - en.fei.tar: Pôr enfeites em; adornar para tornar mais belo; adereçar, ataviar, embrincar, esquipar, exornar, paramentar
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proteger - pro.te.ger: Dar proteção a alguém ou a alguma coisa ou tomar sua defesa; ajudar, auxiliar, socorrer
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- PROJETO PILOTO - PRAÇA DO BRAGA - ZONEAMENTO O projeto proposto para a área estudada foi fruto dos diagnósticos sobre o lugar e a comunidade, focando de um olhar com prioridade à Primeira Infância e trazendo modificações que promovam o convívio de diversas pessoas. Foram propostas intervenções de urbanismo tático apenas como uma fase teste para que os usuários avaliem se gostam da intervenção. Infelizmente, não foi implementada uma fase de participação direta da comunidade para execução dos equipamentos propostos, mas essa é uma fase potente que deve ser trabalhada em momentos futuros.
MAPA LOCALIZAÇÃO
ATIVIDADES E FUNÇÕES EXISTENTES
jogar bola
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comer e beber
empinar pipa
espaço oração
conversar
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LEGENDA ZONA CONVIVÊNCIA ZONA EDUCATIVA ZONA ESPORTIVA ZONA LÚDICA
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ESTRATÉGIAS DE PROJETO - PRAÇA DO BRAGA - diversificar a vegetação, colocando mais espécies que pudessem atrair a atenção das pessoas, seja pela cor da folhagem ou pela sua estrutura imponente
PAISAGISMO TABELA DE ESPÉCIES - código/nome espécie HANAL- ipê amarelo
- instalar equipamentos que proporcionassem socialidade, como a horta e o jardim comunitário - trabalhar com uma paginação de piso que integrassem o ambiente e ao mesmo tempo fosse convidativa para quem passa por lá
LOCALIZAÇÃO
COPPR - carnaúba
PLURU - jasmim manga
HANIM- ipê roxo
DELRE - delonix regia
TERCA - castanhola
- propor, através de projeto de comunicação visual, um elemento que contenha informações sobre a história da praça
TABELA DE MATERIAIS DE PISO E FORRAÇÃO
- disponibilizar mais áreas para sentar e com um formato lúdico que cumprisse outras funções além desta, como o banco em hexágono - multiplicar as possibilidades de uso
Tijolinho vermelho intertravado
Grama são carlos
Bloco intertravado branco
Grama sintética
- criar uma travessia mais segura e atrativa em frente a Praça, utilizando lombadas na rua e balizadores na calçada para proteger o pedestre dos veículos
ATIVIDADES E FUNÇÕES APÓS A PROPOSTA
encontrar conversar
espaço de oração
empinar pipa
comer e beber
brincar
jogar bola
Bloco de concregrama
ESPÉCIES (ARBUSTIVA/PALMEIRA)
jasmim
ipê amarelo
castanhola
espaço para: horta vertical comunitária jardim comunitário carnaúba
ipê roxo
flamboyant
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MAPA LOCALIZAÇÃO
ATIVIDADES E FUNÇÕES APÓS A PROPOSTA
encontrar conversar
empinar pipa
brincar
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espaço para: horta vertical comunitária espaço de oração comer e beber
jogar bola
TIJOLO INTERTRAVADO VERMELHO
BLOCO BRANCO INTERTRAVADO
MARCAÇÃO DE ÁREAS DE CHEGADA E PERMANÊNCIA NA PRAÇA
TIJOLINHO VERMELHO INTERTRAVADO
TIJOLO INTERTRAVADO VERMELHO MARCAÇÃO DE ÁREAS DE CHEGADA E PERMANÊNCIA NA PRAÇA
GRAMA SINTÉTICA COPPR
PLURU COPPR
TIJOLO INTERTRAVADO VERMELHO MARCAÇÃO DE ÁREAS DE CHEGADA E PERMANÊNCIA NA PRAÇA
DELRE
TERCA TERCA
TERCA
DELRE
HANAL HANIM
TERCA
RUA FREI ORLANDO
RUA JÚLIO CESAR
COPPR
HORTA VERTICAL HANAL
01. PLANTA DE PAISAGISMO PRAÇA DO BRAGA
BLOCO CONCREGRAMA
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MAPA LOCALIZAÇÃO
ATIVIDADES E FUNÇÕES APÓS A PROPOSTA
encontrar conversar
empinar pipa
brincar
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espaço para: horta vertical comunitária espaço de oração comer e beber
jogar bola
BANCOS EM HEXAGONO FIXADOS À PAREDE BANCO EM HEXAGONO AO REDOR DO FLAMBOYANT
BANCO EM HEXAGONO AO REDOR DO FLAMBOYANT
MARCANDO UMA DAS ENTRADAS DA PRAÇA
MARCANDO UMA DAS ENTRADAS DA PRAÇA
02. PLANTA DE MOBILIÁRIO PRAÇA DO BRAGA
RUA FREI ORLANDO
RUA JÚLIO CESAR
ESPAÇO LÚDICO PARQUINHO
PERGOLADO DANDO SUPORTE À QUEM ESTÁ AS ÁREAS DA QUADRA E DO PARQUINHO
ESPAÇO DE REUNIÃO DOS MORADORES E DE ORAÇÃO
HORTA VERTICAL
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8m
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QUESTIONAMENTOS...
- Como promover a autonomia da criança através da cidade? - Como descobrir mais territórios educativos? - Como contribuir para que a criança aprenda para além da sala de aula?
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3.2. ESQUEMAS DE ANÁLISE - Praça da Chaves
ANTES 1. Identifique ações neste espaço, objetos e tipos de edifícios ao redor AÇÕES
OBJETOS
TIPOS DE EDIFÍCIOS
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3.2. ESQUEMAS DE ANÁLISE - Pólo de Lazer Gustavo Braga
ANTES 1. Identifique ações neste espaço, objetos e tipos de edifícios ao redor AÇÕES
OBJETOS
TIPOS DE EDIFÍCIOS 20/28
MOBILIÁRIO PROPOSTO PARA PRAÇA DO BRAGA: HORTA COMUNITÁRIA
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MOBILIÁRIO PROPOSTO PARA PRAÇA DO BRAGA: JARDIM VERTICAL
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MOBILIÁRIO PROPOSTO PARA PRAÇA DO BRAGA: BANCO HEXAGONAL
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3.2. ESQUEMAS DE ANÁLISE - Praça da Chaves
DEPOIS
AÇÕES
OBJETOS
TIPOS DE EDIFÍCIOS
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3.2. ESQUEMAS DE ANÁLISE - Pólo de Lazer Gustavo Braga
DEPOIS
AÇÕES
OBJETOS
TIPOS DE EDIFÍCIOS 25/28
3.2. PARA PENSAR... Vias Frei Orlando e Júlio César 1. Identifique pontos na rua que são potenciais para brincar DICA: escolha um local agradável de se estar, com árvores e bancos Se esse local não existir ainda, pense, desenhe, discuta ações com a escola como podemos fazer para esse local existir
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- CRUZAMENTO - CORTE DA RUA IDENTIFICADA COM PONTENCIAL PARA BRINCAR
PADARIA
FAIXA DE SERVIÇO FAIXA DE TRANSIÇÃO PASSEIO
LEITO CARROÇÁVEL EM BLOCO INTERTRAVADO
FAIXA DE TRANSIÇÃO
PASSEIO
FAIXA DE SEGURANÇA (MEIO FIO)
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ESCALA 1:75 27/28
REFERÊNCIAS UTILIZADAS Carona a Pé . Disponível em: https://caronaape.com.br/ Acessado em 21/05/2021 EXPLORADORES DE LA CIUDAD. Juego en mi ciudad. Ciudad de México, 2018. Disponível em: <https://exploradoresdelaciudad.org/juego-mi-ciudad/> Acessado em: 15/05/2021. MOBILIZE. Guia fácil e barato para explorar a cidade. Disponível em <https://www.mobilize.org.br/blogs/passos-eespacos/guiafacilebarataparaexploraracidade/>. Acessado em 16/05/21. ROSA, Marcos Leite (Org.). Microplanejamento. Práticas urbanas criativas. São Paulo, Editora de Cultura, 2011.
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