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Gestão escolar planejadaARTIGO GESTÃO EDUCACIONAL

Gestão escolar planejada

Vagner Paulo Maccalli, diretor do Colégio Maria Auxiliadora

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A noção de planejamento no âmbito escolar Diante disso, quais são as vias de solução, a fim vem ganhando, nos últimos anos, cada vez mais im- de que, nas escolas, o planejamento chegue a incidir de portância. Diz-se que, para se alcançar resultados de alguma forma na transformação da realidade? Como excelência na qualidade do ensino, é preciso plane- fazer para que o tempo gasto em planejar não seja jar. E está certo! Ainda mais considerando-se todas tempo perdido, mas repercuta em melhores práticas? as transformações e mudanças pelas quais passa a Como fazer com que o planejado seja também, e acima sociedade atual, o que exige da escola uma readequa- de tudo, executado? ção, no sentido de endereçar esforços na formação integral do aluno: focar no desenvolvimento de habilidades, competências e qualidades em diferentes áreas do conhecimento e da vida. Para equacionar essas problemáticas, aponto duas saídas: uma instrumental e outra a nível de recurso humano: o plano de gestão escolar e o gestor escolar, respectivamente. Sobre estes dois recaem soA educação no Brasil, não obstante os esforços luções e responsabilidades quando o foco é o sucesso e, inclusive o aumento dos investimentos, ainda passa no planejamento e na execução. O primeiro é um inslonge de ser considerada, trumento imprescindível ao menos, aceitável. Es- A educação no Brasil, não para um trabalho organitudos apontam que aquilo que falta para a melhoria da educação no Brasil não obstante os esforços e, inclusive o aumento dos zado; o segundo, o grande condutor e direcionador de forças em vista das metas e são os recursos financeiros, investimentos, ainda passa objetivos da escola. mas uma gestão adequada, sistematizada e organizada desses recursos. Em outras palavras, falta um planejamento mais equilibrado. Planejar e executar são duas tarefas que se fundem, se complementam e se materializam num único produto: o resultado. Embora o resultado seja o final de um processo, é prelonge de ser considerada, ao menos, aceitável. Todavia, são dois os grandes problemas que se ciso percorrer todo um caminho, com muitos atores pode incorrer ao se abordar a temática do planeja- envolvidos, com diferentes recursos e vencendo divermento no ambiente escolar. O primeiro diz respeito à sos desafios. A garantia do sucesso no resultado eduburocratização: formulários, tabelas, relatórios, mui- cacional é construída ao longo do processo, etapa após tas vezes, sem significados práticos, suscitam pergun- etapa, um passo depois do outro, com disciplina, ortas e comentários do tipo “planejar para quê?” e/ou ganização, objetividade, foco, persistência e liderança. “isso é perda de tempo”. O segundo é o fato de que se dissocia o teórico do prático, ou seja, entende-se o planejamento como algo teórico, no plano das ideias, ao passo que se deixa a concretização do planejado como se fosse algo de menor importância. De forma alguma deveria ser assim, pois um bom planejamento comporta também uma boa execução. Grande parte dos problemas no campo educacional brasileiro nasce dessa equivocada dissociação. Para a obtenção de sucesso na esfera da educação, o plano de gestão escolar aparece como instrumento capaz de possibilitar que todo um planejamento, que nasce do Projeto Político Pedagógico, encontre eco na realidade. Já ao gestor escolar, caberá exercer o papel de liderança, de guia, de mediador, para que todo este planejamento, coletivamente realizado, possa caminhar na direção da realização, considerando os resultados prévia e sistematicamente almejados. Para equacionar essas problemáticas, aponto duas saídas: uma instrumental e outra a nível de recurso humano.

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