EDITORIAL
O Curso de Ciências Econômicas da FAE Centro Universitário apresenta a revista eletrônica mensal Vitrine da Conjuntura, referente a outubro de 2015, contendo três artigos, que contemplam temas do cenário econômico brasileiro, além das partes fixas do Panorama Econômico e dos Indicadores, que retornam, depois de criteriosa revisão e atualização de conteúdo. O primeiro texto busca identificar e estabelecer laços entre planejamento e distribuição de renda, na história recente do País. A segunda reflexão destaca as chances de correção da estrutura de preços relativos do sistema econômico brasileiro, oportunizadas pela recente escalada do dólar no ambiente doméstico. Já a terceira incursão consiste em uma tentativa de decifrar o comportamento do ex-presidente Lula, em mais um reaparecimento no palco político.
Ótima leitura. Gilmar Mendes Lourenço Editor.
Vitrine da Conjunt ura, Curitiba , v. 8, n.8 , outubro 2015 | 1
EQUIPE TÉCNICA
Carlos Ilton Cleto Economista, doutor em Engenharia da Produção pela Universidade Federal de Santa Catarina e professor da FAE.
Gilmar Mendes Lourenço Economista, mestre em Gestão de Negócios pela Universidade Federal de Santa Catarina, professor da FAE, eleito “O Economista Paranaense Acadêmico do Ano de 2011”, pelo Corecon/PR, e vencedor do Prêmio “Imprensa”, em 2011, 2012, 2013 e 2014, na categoria gestor de empresa pública, oferecidos pelo grupo Quality TV & Jornais.
Gustavo Nunes Mourão Economista, mestre em Teoria Econômica pela Universidade Estadual de Maringá e professor da FAE.
Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v. 8, n. 8, outubro 2015
‘ PLANEJAMENTO E DISTRIBUIÇÃO DE RENDA NO BRASIL Gilmar Mendes Lourenço
A associação entre planejamento e distribuição de renda no Brasil começou a assumir contornos mais definidos no final dos anos 1980, a partir da promulgação da nova Constituição, em 1988, e a correspondente consagração do contrato voltado à ampliação dos direitos sociais e, por extensão, do gasto público e da carga tributária, desprovida da busca de ganhos de eficiência na gestão dos orçamentos governamentais. Só a título de ilustração, o fardo de impostos saltou de cerca de 25,0% do produto interno bruto (PIB), no princípio dos anos 1990, para mais de 37% do PIB, atualmente, amparado em contribuições não partilháveis com estados e municípios, capitaneadas pelo PIS/COFINS, que responde por 20% da receita da União e, ao incidir sobre o faturamento das empresas, penaliza sobremaneira as disponibilidades de caixa para giro e investimentos. Mais precisamente, a Carta Magna ensejou a execução e consolidação de uma retaguarda de proteção social, consubstanciada em iniciativas oficiais de transferência de renda para a população mais pobre, destituídos, em grande proporção, das injunções de natureza política, características dos currais (ou das bênçãos) eleitorais prevalecentes no passado. Antes disso, parece pairar poucas dúvidas acerca do elevado grau de concentração de renda e exclusão social, exigido pelo modelo de desenvolvimento implantando no País entre 1930 e 1979, baseado na industrialização substitutiva de importações, com forte presença e participação financeira do Estado e pronunciada penetração de poupança externa.
Na década de 1980, considerada perdida pelos economistas, observou-se rápido e acentuado agravamento da concentração de renda no Brasil.
Os desequilíbrios das contas públicas, decorrentes da aplicação do receituário fiscal expansionista, e os crescentes déficits das transações correntes, resultaram na precipitação e escalada do imposto inflacionário, que penalizou, em maior medida, a parcela da população com menor capacidade de defesa. Na década de 1980, considerada perdida pelos economistas, observou-se rápido e acentuado agravamento daquela situação, diante da necessidade de pagamento da fatura do período desenvolvimentista, expressa na falência do
Estado, na cessação dos fluxos de crédito internacionais, com a crise da dívida, depois do choque do petróleo e dos juros de 1979, na multiplicação da especulação financeira, na recessão e na superinflação. No decênio de 1990, as condições de viabilização do processo redistributivo foram alargadas com o extermínio da hiperinflação – que dilapidava orçamentos domésticos e empresariais – graças à instituição da Unidade Real de Valor (URV), em março de 1994, substituída pelo real, em julho de 1994, que restabeleceu as funções clássicas de um padrão monetário estável: unidade de conta, reserva de valor e meio de pagamento. a) b)
c)
Ainda naquele período, outras três frentes passaram a protagonizar o espetáculo das ações sociais direcionadas: a Aposentadoria Rural (1992); o Programa Comunidade Solidária (PCS-1995), substituído pelo Fome Zero, em 2003, que, agrupado ao Bolsa Escola, Auxílio Gás, Cartão Alimentação e Bolsa Alimentação, criados em 2001, foi transformado no Bolsa Família, em 2004; e o Benefício de Prestação Continuada – Lei Orgânica da Assistência Social (BPC-LOAS, 1996), com atuação na velhice.
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Lembre-se aqui que a aposentadoria rural, maior responsável pelo deslocamento compulsório de renda para os pequenos municípios do interior do país, tornou o idoso o elemento dinâmico da economia destes espaços geográficos. O BPC-LOAS é destinado ao deficiente incapacitado para a vida (com autonomia) e para o trabalho e ao idoso com 65 anos de idade ou mais, desprovido de qualquer apoio previdenciário, ou de outro regime, com renda mensal familiar per capita menor que ¼ do salário mínimo. O programa incorporou os assistidos pelo Renda Mensal Vitalícia (RMV) desde 1974. O Bolsa Família impõe, aos beneficiários, apenas a matrícula e a comprovação de frequência dos filhos em idade escolar nas unidades de ensino, sem vínculos com avaliações de desempenho e aprendizagem dos alunos, tornando, no mínimo, discutíveis os compromissos oficiais com a impulsão da qualidade da educação básica. Nos anos 2000, a perseguição da minimização das discrepâncias na pirâmide de renda brasileira incorporou novo aliado, representado pelo fortalecimento do mercado interno, fruto de ganhos derivados, de um lado, do encaixe do Brasil no maior ciclo ascendente da economia global desde a segunda guerra, particularmente com a melhoria das relações de troca, proporcionada pela ascensão das cotações das commodities, puxada pela demanda chinesa, e, de outro, da maturação das mudanças institucionais, plantadas desde 1990, com ênfase para a abertura comercial, as privatizações, a desregulamentação dos mercados, o saneamento dos bancos e a lei de responsabilidade fiscal (LRF). Com isso, houve a subida da massa de rendimentos (ocupações e remunerações reais) do fator mão de obra, diretamente atrelada à recuperação dos níveis de emprego, sobretudo formal, à conquista de reajustes salariais acima da inflação, pela maioria das categorias de trabalhadores; e à estratégia de restauração do valor real do salário mínimo, iniciada durante a gestão de Fernando Henrique Cardoso (FHC) e magnificada nos mandatos dos presidentes Lula e Dilma. Portanto, não foi por obra do acaso que o coeficiente de Gini 1 caiu de 0,636, em 1989, no apagar das luzes do governo Sarney, marcado, dentre outras anomalias, pela sucessão da adoção de estratégias fracassadas na tentativa de controlar a inflação, para 0,531, em 2011, de acordo com estimativas do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). A conjugação daqueles aspectos virtuosos, antes sublinhados, estaria na raiz das mudanças relevantes constatadas na estrutura social brasileira, em pouco mais de duas décadas. No entanto, o vigoroso movimento de inclusão e mobilidade social
As sementes da estagnação do declínio da desigualdade foram plantadas em fins de 2008.
começou a emitir sinais de arrefecimento no começo do presente decênio, em consequência, principalmente, do gradativo abandono dos pilares da estabilização macroeconômica, fincados e preservados entre 1999 e 2008, centrados em câmbio flutuante, metas de inflação, superávits primários das contas públicas e LRF.
Na verdade, as sementes da estagnação do declínio da desigualdade foram plantadas em fins de 2008, quando as escolhas estratégicas oficiais priorizaram a transformação do tsunami financeiro global – com o estouro do mercado hipotecário norte-americano de segunda linha - em simples marola doméstica, por meio de pesadas apostas fiscais e creditícias na impulsão da demanda, sem contrapartida em ampliação da oferta, especialmente dos investimentos em infraestrutura e modernização industrial. O pior é que, no primeiro mandato da presidente Dilma, tais condutas ganharam o rótulo de nova matriz econômica, potenciadas por iniciativas de populismo tarifário e cambial, viabilizadas por pronunciadas intervenções na microeconomia, como o represamento dos reajustes das tarifas de energia elétrica e transportes públicos, além dos preços dos combustíveis, que, ao lado da manipulação das contas públicas e a precarização da gestão das
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Que varia entre zero e um, indicando aumento da disparidade na apropriação da renda à medida que se aproxima da unidade. Vitrine da Conjunt ura, Curitiba , v. 8, n. 8, outubro 2015 | 2
companhias âncoras, com o aparelhamento partidário, pavimentaram os caminhos para a multiplicação de desvios de recursos das estatais para a cobertura financeira das campanhas eleitorais. Daí a flagrante deterioração dos fundamentos econômicos da nação, reproduzida em expressivas elevações dos déficits externo e público, do desemprego e dos patamares inflacionários, episódios escondidos, ou ao menos abrandados, pelo marketing oficial, no transcorrer da etapa eleitoral de 2014. O panorama adverso sofreu acentuado agravamento em 2015, quando, ao negar o cenário róseo pintado na época da campanha de reeleição, a presidente optou por apoiar o ajuste ortodoxo, oferecido pela nova equipe do Ministério da Fazenda e pelo Banco Central, amparado em aumento de impostos e de juros e realismo tarifário, mas desprovido da explicitação de elementos estruturais de superação da crise, a serem negociados com a combalida base aliada no Congresso Nacional. De pronto, houve a deterioração do capital político, da confiança e da popularidade do governo recém-reeleito, forçado a terceirizar, sem êxito, o esforço macro ao titular da pasta da Fazenda, a articulação política ao vicepresidente e a defesa, confusa e envergonhada, da administração, ao conjunto de entidades ligadas ao lulopetismo (CUT, UNE e MST). A derrubada dos obstáculos políticos e a restauração da capacidade de crescimento da economia brasileira responsável por 67,0% da redução da desigualdade no País no decênio de 2000, segundo simulações do IPEA, cabendo 17,0% ao Bolsa Família e 16% aos dispêndios previdenciários - passam por sinalizações urgentes na direção do reequilíbrio das finanças públicas e da diminuição da vulnerabilidade externa do País, ingredientes indispensáveis à geração de excedentes públicos e privados para a cobertura de inversões em infraestrutura, educação, inovação, programas sociais compensatórios, entre outros itens prioritários. Para que isso aconteça, parece crucial a reconstrução de uma aliança hegemônica de poder, ancorada em alicerces firmes de uma obra transformadora voltada para o futuro, aspectos ausentes na oportunista Agenda Brasil, fornecida pelo presidente do Senado, Renan Calheiros – um dos menos confiáveis integrantes da coalizão -, a um governo que, mesmo com a legalidade conferida pela Constituição, perdeu, por seus próprios equívocos e omissões, a indispensável legitimidade. Não seria ocioso destacar que o retorno do emprego dos conceitos de planejamento, escorado na identificação de pontos de estrangulamento, germinação e de demanda reprimida e derivada, fartamente empregados nos governos Vargas e Juscelino Kubitschek, seria extremamente útil para o estabelecimento de referências futuras para a tomada de decisões presentes.
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ESCALADA DO DÓLAR E PREÇOS RELATIVOS NO BRASIL Gilmar Mendes Lourenço
O modelo de interpretação da impulsão dos valores de transação da moeda americana em território nacional, predominante nos meios especializados e nas hostes governamentais, no final do mês de setembro de 2015, reproduziu surpreendente déficit de compreensão acerca do pronunciado realinhamento da estrutura de preços relativos da economia brasileira, em curso no corrente ano. Decerto, a recente disparada da cotação do dólar no mercado local, e o rompimento da barreira dos R$ 4,0, em 22.09.2015, o maior valor nominal desde 10.10.2002, quando chegou a R$ 3,99, reflete os embaraços externos, traduzidos na desaceleração da velocidade de expansão da economia chinesa e na intensificação da valorização da moeda americana, em escala global, fruto da proximidade da elevação dos juros nos Estados Unidos (EUA) e do inevitável rearranjo das carteiras de ativos financeiros. Só a título de ilustração, conforme inferências do Departamento de Comércio dos EUA, o produto interno bruto (PIB) daquele País cresceu 3,9% ao ano, entre abril e junho de 2015, em relação a igual período de 2014, puxado pelos dispêndios de consumo das famílias, investimento não residencial e lucros corporativos. Enquanto isso, as pressões inflacionárias permanecem contidas em 1,2% a.a. devido ao recuo dos preços do petróleo e à apreciação do dólar e o consequente barateamento das compras efetuadas no exterior. Porém, a principal motivação da depreciação do real repousa na multiplicação dos elementos de perturbação domésticos, sintetizados na certeza dos agentes (credores e investidores) acerca da incapacidade do governo Dilma em interromper a trajetória ascendente da dívida pública, nos próximos anos, que pode resultar, inclusive, em novas rodadas de rebaixamento da nota de crédito do passivo brasileiro pelas agências internacionais de classificação de risco, incluindo a perda da certificação de investimento seguro. É necessário assinalar que, do ponto de vista estritamente técnico, o movimento do dólar integra um processo de rearranjo de preços relativos, em curso por aqui desde o começo de 2015, também composto pelos pronunciados reajustes das tarifas de energia elétrica, dos preços dos combustíveis e dos transportes (carga e passageiros), represados entre 2010 e 2014, por conta do populismo redistributivista e eleitoreiro. Em paralelo, o ajuste engloba a queda dos salários reais, dos aluguéis,
O câmbio representa um
dos lucros corporativos e da arrecadação, provocada pela contração
instrumento de defesa do
econômica, e carece do delineamento da marcha de declínio dos
organismo econômico contra
dispêndios governamentais e dos juros, algo que poderá ser oportunizado
seus próprios desequilíbrios
pela subida (ou descida, dependendo do ângulo de observação) da taxa de
ou golpes exteriores.
câmbio. Essencialmente, o câmbio representa um instrumento de defesa do
organismo econômico contra seus próprios desequilíbrios ou golpes exteriores, desferidos, nas circunstâncias atuais, pela ausência de uma orientação macroeconômica consistente por parte do executivo federal. O que se vê é o sistema tirando proveito da deterioração das variáveis políticas e recolocando o câmbio em um lugar mais adequado. Aliás, o evento revela-se crucial para a recuperação da competitividade dos segmentos produtivos mais articulados às exportações e dos ramos presos à demanda doméstica, sufocados pelo intervencionismo estatal na cotação do real, prevalecente nos últimos anos, que ofuscou o exercício de cálculo de retorno das atividades correntes e dos projetos.
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Por outro lado, o propalado impacto na inflação deve ser neutralizado pelo ambiente de negócios extremamente desfavorável, abrigando a maior e mais prolongada recessão da história da nação. Recorde-se que os saltos do dólar em 1999 e 2002, depois de aplacados os componentes ou ataques especulativos, ficaram restritos às tabelas de preços dos oligopólios industriais e das cadeias de distribuição, chegando ao varejo com intensidade inflacionária reduzida. Mais que isso, a presente curva de aceleração dos reajustes de preços antecede a valorização da moeda americana no Brasil e reproduz os obstáculos políticos, nada desprezíveis, enfrentados pelas autoridades econômicas, para sinalizar um abrandamento estrutural da fragilidade fiscal e financeira do setor público, verdadeira causa do retorno da espiral inflacionária brasileira. Por fim, um esforço de agregação da inflação - medida pelo índice nacional de preços ao consumidor amplo (IPCA) e o índice nacional de preços ao consumidor (INPC), calculados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) - registrada entre o lançamento do real, em julho de 1994, e setembro de 2015, e desconto da variação da produtividade da economia (puxada principalmente pelos ganhos de eficiência do agronegócio), permite estimar uma taxa de câmbio entre R$ 4,40 e R$ 4,60 e rechaçar a afirmação do ex-presidente do Federal Reserve (FED), banco central dos EUA, Allan Greenspan, de que “o câmbio é uma variável inventada por Deus para desmoralizar os economistas”. A alternativa de atualização da cotação por meio da aplicação de índices de preços no atacado (IPAs), pertencentes à família dos IGPs, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), é pouco recomendável em razão de a apuração acontecer a partir da tabela valores dos produtos, informados pelas empresas, retratando basicamente preços de oferta e não de comercialização efetiva, o que impossibilita a captação de práticas de ágio, em tempos de escassez, e descontos, em estágios depressivos como o atual. Já procedimento de incorporação (ou dedução) da inflação externa (do dólar) representa um completo equívoco, dado que, em uma economia aberta há a imediata ativação dos mecanismos de transmissão de subidas do dólar e/ou dos preços globais ao ambiente doméstico. Outro erro grave consiste na atualização do dólar pelos picos contabilizados no começo de 1999 e em outubro de 2002, fruto de apostas eminentemente especulativas contra o real, conforme já assinalado. Diante disso, parece prudente reter que o conflito distributivo da matriz capitalista brasileira vem exibindo, em 2015, apreciável ajuste para cima dos preços administrados e do câmbio e para baixo das margens das companhias, dos rendimentos do trabalho, dos aluguéis e da receita oriunda de impostos. Falta, ainda, o esboço de declínio estrutural das despesas públicas e dos juros. Se o governo fizer a lição de casa e, principalmente, não atrapalhar, as engrenagens se lubrificam, automaticamente, fazendo a máquina econômica operar em um novo patamar de equilíbrio, com menor poder de propagação de distorções. Nessa perspectiva, de pouco adiantam declarações supostamente tranquilizadoras, proferidas pelo presidente do Banco Central do Brasil (BC), reforçadas pela presidente Dilma, indicando a possibilidade de retorno da utilização do estoque de mais de US$ 370 bilhões de reservas internacionais em moeda forte para conter eventuais incursões especulativas contra o real.
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DECIFRANDO O EX-PRESIDENTE LULA Gilmar Mendes Lourenço
Na segunda semana do mês de setembro de 2015, por ocasião da diminuição da nota de crédito do Brasil, pela agência norte-americana Standard & Poor´s, posicionando o passivo do governo brasileiro, e de um conjunto apreciável de corporações públicas e privadas por aqui atuantes, no patamar de risco de calote, o ex-presidente da república, Luiz Inácio Lula da Silva, em postura diametralmente oposta aquela adotada em abril de 2008, quando a mesma agência concedeu a comenda de investment grade à dívida soberana nacional, desta feita, em entrevista concedida na Argentina, atribuiu nenhum significado relevante ao ocorrido. Uma razoável dose de tolerância ensejaria a concordância com a mensagem apresentada por Lula, ainda que desprovida de argumentação convincente. De fato, considerando que o mercado financeiro internacional já vinha tratando as demandas do setor público e privado do País de maneira mais rigorosa do que a dispensada a nações tidas como “grau especulativo”, cobrando seguro de proteção contra uma moratória superior ao exigido da Rússia, Turquia, Bulgária e Indonésia, até poderia parecer plausível a hipótese de não deterioração dos cenários em curto prazo. No entanto, é igualmente lícito admitir que com a existência de leituras semelhantes da conjuntura brasileira, feitas pelas outras duas companhias de rating (Fitch e Moody`s), especialmente no tocante ao quadro fiscal, atual e potencial, os investidores institucionais já estariam preparando o desmanche de carteiras de ativos no front doméstico do País que, na prática, passaria a disputar ¼ da disponibilidade de haveres internacionais, a juros entre três e quatro vezes superiores à média paga pelas praças agraciadas
A tentativa de continuar
com o grau de investimento.
imputando a culpa aos “seres de
O pior é que a tentativa de continuar imputando a culpa aos
olhos azuis” carece de
“seres de olhos azuis” carece de consistência técnica, na medida em
consistência técnica.
que a economia global vem delineando, desde 2013, uma trajetória de crescimento moderada (3% ao ano), porém, generalizada. De
fato, s patinhos feios de expressão seriam a Rússia, envolvida em guerras, sofrendo sanções e padecendo com a queda estrutural das cotações do petróleo em escala mundial, e o Brasil. Em seu íntimo, Lula deve reconhecer ser o grande responsável pelo colapso econômico registrado pela nação, construído criteriosamente desde 2004, com a aquisição de apoio parlamentar, viabilizada pelo Mensalão; o aparelhamento partidário das estatais, visando à feitura de articulações espúrias entre figuras de elevado coturno do executivo e as grandes empreiteiras, para a cobertura das campanhas eleitorais; e as ações contracíclicas, deflagradas por ocasião da eclosão da crise do subprime dos Estados Unidos, em fins de 2008. As medidas incentivo à impulsão do consumo interno (público e privado) foram tornadas perenes na gestão da sucessora, Dilma Rousseff, com o status de nova matriz econômica, centrada no abandono dos fundamentos da estabilização – câmbio, flutuante, metas de inflação e superávits primários –, vigentes desde 1999, e na exacerbação do intervencionismo estatal no cotidiano da iniciativa privada, responsáveis diretos pela contração dos negócios e, principalmente, a desidratação dos segmentos produtivos capazes de impulsionar a recuperação econômica em bases sólidas, particularmente os ramos industriais portadores de progresso técnico. A assessoria econômica de Lula ainda não deve ter lhe informado que o produto interno bruto (PIB) do Brasil deverá encolher -6,3%, entre abril de 2014 e dezembro de 2016. Trata-se da maior e mais prolongada recessão da história, superando até a experimentada no intervalo 1981-1983, com queda acumulada de -6,2% do PIB, mesmo
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com a expansão de 0,8%, em 1982, puxada pela impulsão dos gastos públicos, no derradeiro respiro eleitoral do regime militar. Em 1930-1931, como efeito da Grande Depressão Mundial e da nova crise de superprodução e compressão dos preços globais do café, o declínio foi de -5,4%; e, em 1990-92, sob a administração Collor, a retração foi de 3,9%, mesmo com o acréscimo de 1%, em 1991, determinado pelos desdobramentos do congelamento de preços daquele ano. É prudente reter que, enquanto no encolhimento dos anos 1930, organizava-se, no Brasil, ainda que de maneira improvisada, o maior ciclo de substituição de importações de que se tem notícia em uma economia capitalista; o interregno 1981-1983 abriu espaço para o maior esforço exportador já contabilizado pelo País; e, as frustradas iniciativas de Collor no combate à inflação e na multiplicação da corrupção, oportunizaram o surgimento da restauração política e institucional, com o presidente Itamar Franco, do Plano Real e do grupo de mudanças estruturais subsequentes; o presente estágio negativo reserva exíguos lances de superação em médio prazo. Não por acaso, conforme o período britânico Financial Times, o Brasil seria um doente em estado terminal. A identificação do risco de derrota eleitoral em 2014 levou os inquilinos (donos) do poder à maximização das atitudes perdulárias na administração dos orçamentos públicos, o que forçaria condutas austeras e impopulares, por parte das oposições vencedoras, e, consequentemente, o retorno dos guerreiros em 2018. Por esse raciocínio, soa deprimente a defesa de novas rodadas de subidas da carga tributária propostas pelo governo, engrossada pela “turma da bufunfa”, hospedada nos mercados.
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INDICADORES EXPECTATIVA MÉDIA ANUAL DO MERCADO PARA A ECONOMIA BRASILEIRA: PIB, JUROS, CÂMBIO E INFLAÇÃO - 2015-2019 ANO
TAXA DE CRESCIMENTO DO PIB
TAXA DE JUROS SELIC
TAXA DE CÂMBIO R$/US$
TAXA DE INFLAÇÃO IPCA
2015
-2,75
13,63
3,39
9,47
2016
-0,91
13,56
3,95
5,88
2017
1,25
11,46
3,88
4,90
2018
1,85 2,02
10,65
3,92
4,80
10,31
3,98
4,68
2019
FONTE: Banco Central do Brasil, GERIN. Com base nas expectativas de 25/09/2015
DÍVIDA LÍQUIDA DO SETOR PÚBLICO (% PIB) – COMPARAÇÃO MENSAL ÚLTIMOS 10 ANOS – JULHO 2005-2015 MAIO/
GOVERNOS ESTADUAIS
BACEN
2005
29,87
0,18
16,77
1,31
48,12
2006
30,20
0,23
15,34
1,02
46,79
2007
28,99
1,22
13,73
0,83
44,77
2008
29,38
-0,81
13,41
0,74
42,72
2009
28,38
-1,07
12,66
0,76
40,72
2010
28,06
-1,29
11,61
0,66
39,04
2011
26,55
-1,25
10,86
0,57
36,73
2012
22,78
-1,19
10,79
0,53
32,91
2013
21,65
-1,43
10,87
0,61
31,70
2014
22,49
-1,11
10,98
0,62
32,98
2015
23,54
-2,44
12,27
0,82
34,18
E MUNICIPAIS
EMPRESAS ESTATAIS
SETOR PÚBLICO
GOVERNO FEDERAL
ANO
CONSOLIDADO
FONTE: Banco Central do Brasil, DEPEC
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INDICADORES
EVOLUÇÃO DIÁRIA DO ÍNDICE BOVESPA (IBOVESPA) –SET/2014–AGO/2015 DIA
JAN/15
FEV/15
MAR/15
ABR/15
MAI/15
1 2
48.512,22
47.650,73
51.020,81
52.321,56 53.123,02
3
48.963,66
51304,10
4
49.301,05
50468,05
57353,98 58051,61
JUN/15
JUL/15
53.031,31 54.236,43
52.757,53 53.108,18
53522,90
52519,40
52973,37
AGO/15
SET/14
OUT/14
61.141,27 61.895,98
52.858,43 53.518,57
50138,04
61.837,04
54.539,55
50058,48 50287,27
NOV/14
52.276,58 51.612,47 53.947,21
52.320,48
60.800,02
54.383,59
51.426,87
60.681,98
53.698,42
51.992,89
5
47.516,82
49.233,85
50365,20
6
48.000,92
48.792,27
49981,19
53737,26
57103,14
52149,37
50011,32
57.115,90
52.637,06
7
49.462,91
53729,16
56921,39
52343,71
48577,32
57.436,33
53.222,85
8
49.943,30
53661,11
57149,33
9
48.840,25
52809,63
51781,74
59.192,75
57.058,48
50.274,07
58.676,34
57.267,53
50.193,47
55.311,59
49.382,58
49181,01
53802,66
10
48.510,28
48293,40
54214,11
49553,00
58.198,66
52.725,38
49.548,08
11
48.239,67
48905,58
57197,10
53688,51
49072,34
58.337,29
52.474,27
49.861,81
56792,05
53347,53
48388,04
56.927,81
52.978,89
48.001,98
12
48.139,74
49.532,72
48880,40
13
48.041,67
50.635,92
48595,81
14 15 16
49.016,52
52815,99
DEZ/14
53876,44
54239,77
56372,04
47.645,87
53981,92
56656,57
48.026,31
54918,74
57248,63
17 18
52590,72
53119,47
48009,56
53239,17
47508,40
57.956,53
51.846,03
58.015,46
51.772,40
53137,53
5290828
57.948,76
56.135,27
47.018,68
59.114,66
54.298,33
47.007,51
47217,42
59.108,19
55.723,79
48848,21
54674,21
53702,15
53,069,75
58285,12
53954,79
53248,54
52341,80
51.256,99
48.713,64
51.280,36
51526,19
56204,23
54238,59
47450,58
58.374,48
52.061,86
48.495,70
19
47.758,01
51.294,03
50953,53
55498,82
53749,41
46588,39
57.788,70
53.402,81
49.650,98
20
47.876,66
51.237,70
51966,58
21
49.224,08
22
49.442,62
23
48.775,30
53761,27
54617,36
54901,92
51600,07
46649,23
54.302,57
55112,05
51474,28
45719,64
52.432,43
53863,67
50915,78
56.818,11
52.411,03
50.120,86
51.280,64
51908,46
55684,85
53772,43
49806,62
56.540,50
50.713,26
50.889,81
24
51.874,17
51506,07
56594,22
53842,53
49245,84
44336,47
56.824,42
51.940,73
25
51.811,02
51858,30
44544,85
55.962,08
46038,07
57.212,38
26
48.576,55
51.760,54
50579,85
27
48.591,23
51.583,09
50094,66
28
54377,29
56.084,04
54609,25
53175,66
53629,78
54016,97
55.406,91 55.560,81 55.098,47
55534,50
54236,25
48735,54
47715,27
50.503,66
54.721,32
47.694,54
55812,03
53976,27
49601,59
47153,86
52.330,03
54.724,00
29
47.762,24
55325,29
52760,47
30
46.907,68
51243,45
31
56229,38
53014,21
50245,14
53080,88
49897,40
51150,16
50.144,63
54.625,35
51.049,32
50.593,82 50.007,41
54.115,98
52.336,83
50864,77
46625,52
54.628,60
Mínimo
46.907,68
47.650,73
48293,40
529321,76
52760,47
52809,63
48735,54
44336,47
54.115,98
50.503,66
51.256,99
47.007,51
Máximo
49.943,30
51.874,17
51966,58
56594,22
58051,61
54238,59
53239,17
50287,27
61.895,98
58.015,46
56.084,04
52.320,48
FONTE: Bovespa NOTA: Índice Ibovespa é o valor atual, em moeda corrente, de uma carteira teórica de ações constituída em 2/1/1968 (valor-base: 100 pontos), a partir de uma aplicação hipotética. Supõe-se não ter sido efetuado nenhum investimento adicional desde então, considerando-se somente os ajustes efetuados em decorrência da distribuição de proventos pelas empresas emissoras (tais como reinversão de dividendos recebidos e do valor apurado com a venda de direitos de subscrição, e manutenção em carteira das ações recebidas em bonificação). Dessa forma, o índice reflete não apenas as variações dos preços das ações, mas também o impacto da distribuição dos proventos, sendo considerado um indicador que avalia o retorno total de suas ações componentes (IBOVESPA).
Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v. 8, n. 8, outubro 2015
2
INDICADORES
INDICADORES CONJUNTURAIS DA INDÚSTRIA BRASILEIRA, SEGUNDO TIPO DE INDÚSTRIA – PESSOAL OCUPADO ASSALARIADO JUL/2015 INDÚSTRIA
MENSAL
Indústria Geral Indústrias Extrativas Indústria de Transformação Alimentos e Bebidas Fumo Têxtil Vestuário Calçados e Couro Madeira Papel e Gráfica Coque, Refino de Petróleo, Comb. Nucleares e Álcool Produtos Químicos Borracha e Plástico Minerais Não-Metálicos Metalurgia Básica Produtos de Metal - exclusive máquinas e equipamentos Máquinas e Equips - excl. elétr., eletrôn., de precisão e de comun. Máquinas e Aparelhos Elétr., Eletrôn. de Precisão e de Comunicações Fabricação de Meios de Transporte Fabricação de Outros Produtos da Indústria de Transformação
93,58 95,34 93,53 97,23 89,32 94,58 94,91 92,55 93,96 95,59 96,76 100,00 94,00 95,42 92,76 89,35 90,87 84,90 88,08 89,95
94,61 95,41 94,59 97,69 92,07 96,78 94,66 92,53 95,49 96,55 94,17 99,76 97,94 97,67 93,38 89,55 93,23 87,08 89,85 91,09
FONTE: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria. Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário (www.ibge.gov.br) Número índice base = 100 Índice Mensal: compara os dados do mês de referência do índice com os de igual mês do ano anterior; Índice Acumulado: compara os dados acumulados no ano, de janeiro até o mês de referência do índice, com os de igual período do ano anterior; Índice Acumulado 12 Meses: compara os dados acumulados nos últimos 12 meses de referência do índice, com os dos 12 meses imediatamente anteriores.
BRASIL - DESEMBOLSOS DO SISTEMA BNDES, SEGUNDO OS GÊNEROS INDUSTRIAIS - 2011-2015
ÚLTIMOS
ACUMULADO
12 MESES 95,13 96,32 95,10 97,85 95,39 96,73 95,01 92,14 96,98 97,16 93,91 100,21 98,08 98,77 93,69 90,47 93,41 89,17 90,87 92,14
(Em US$ milhões) Jan-Mai
GÊNERO INDUSTRIAL
Indústria de Transformação Produtos Alimentícios Bebidas Produtos do Fumo Produtos Têxtil Confecção de Artigos do Vestuário e Acessórios Couros, Calçados e Artefatos Produtos de Madeira Celulose, Papel e Produtos de Papel Impressão, Reprodução de Gravações Refino Petróleo, Coque e Biocombustíves Produtos Químicos Produtos Farmaquímicos e Farmacêuticos Produtos de Borracha e Material Plástico Produtos Minerais Não-Metálicos Metalúrgica Produtos de Metal, exceto Máquinas e Equipamentos Equipamentos de Informática, Produtos de Eletrônica e Ópticos Máq. Aparelhos e Mat. Elétricos Máquinas e Equipamentos Veículos Automotores, Reboques e Carrocerias Outros Equipamentos de Transporte, exceto Veículos Automotores Móveis Produtos Diversos Manutenção, Reparação e Instalação de Máquinas e Equipamentos
2011
23.842 3.135 912 7 931 596 374 312 853 76 2.657 1.438 133 906 1.156 1.491 727 177 835 1.647 2.799 2.072 391 173 44
2012
2013
2014
23.056 2.381 711 3 623 746 417 387 2.157 91 3.114 1.009 125 1.124 1.110 1.270 672 478 614 1.714 2.317 1.196 518 197 82
25.229 3.296 376 9 468 423 281 361 1.812 72 3.367 1.561 247 1.176 1.226 1.163 720 397 800 1.958 3.269 1.586 435 125 102
19.935 2.577 481 1 251 271 116 191 1.732 57 2.218 1.516 203 624 719 1.061 679 264 449 1.226 2.213 2.649 259 111 67
VAR. (%) 2015 5.103 668 79 0 83 79 17 58 415 14 431 192 48 144 120 687 111 58 163 240 332 1.058 63 24 18
2014 7.325 1.088 132 0 77 111 41 77 554 23 1.213 539 46 230 262 328 426 121 139 370 589 788 103 39 28
2015/2014 -30,3 -38,6 -40,5 44,6 7,9 -29,3 -57,1 -24,1 -25,0 -39,8 -64,5 -64,3 3,7 -37,2 -54,3 109,6 -73,9 -52,5 17,5 -35,2 -43,5 34,3 -38,5 -37,3 -38,4
FONTE: MDIC/Secretaria do Desenvolvimento da Produção (disponível em: www.mdic.gov.br)
Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v. 8, n. 8, outubro 2015
3
INDICADORES NÍVEL MÉDIO DE UTILIZAÇÃO DA CAPACIDADE INSTALADA DA INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO BRASILEIRA 2013-2015 (%)
Discriminação
Indústria de Transformação
Média 2013
82,5
Média 2014
81,7
2013
2014
2015
Jul
Ago
Set
Out
Nov
Dez
Jan
Fev
Mar
Abr
Mai
Jun
Jul
Ago
Set
Out
Nov
Dez
Jan
Fev
Mar
Abr
Mai
Jun
82,8
83,3
82,9
84,0
83,2
79,8
80,7
81,3
88,8
81,0
81,3
80,0
81,7
81,8
82,3
82,6
82,0
78,7
79,6
78,8
80,5
80,5
80,0
79,3
Alimentos
81,2
78,5
81,2
81,2
81,8
83,5
82,7
79,8
79,4
78,2
75,7
77,3
77,3
76,6
77,4
77,8
79,8
80,1
80,4
79,7
80,3
78,0
78,9
79,8
79,6
80,3
Bebidas
67,2
69,0
63,3
68,0
68,8
69,0
72,3
76,5
70,6
69,3
68,8
64,5
65,8
62,6
64,0
65,5
69,7
73,6
75,5
77,7
69,1
69,6
67,5
61,8
64,9
67,2
Têxteis
81,6
81,3
82,0
82,6
82,9
82,8
82,4
79,5
81,3
81,8
82,0
80,2
81,0
80,6
81,3
81,3
82,1
82,6
82,5
80,1
79,8
80,3
81,9
81,4
81,2
78,6
Vestuário
85,7
86,0
85,6
85,9
85,9
86,5
86,2
80,9
85,2
86,1
84,8
85,8
86,5
83,9
87,5
87,5
87,0
88,0
87,1
84,0
84,5
83,3
85,4
85,6
86,2
83,3
Couros e calçados
84,3
83,0
84,1
87,3
83,8
85,7
84,9
80,6
77,5
84,0
87,3
87,5
83,1
80,5
83,9
85,8
86,7
85,9
85,8
71,1
79,8
81,9
86,2
83,7
79,4
78,5
Madeira
85,6
84,3
85,9
86,3
85,0
86,6
86,8
87,4
85,9
84,6
85,5
84,7
83,6
82,9
83,5
83,3
85,6
84,4
85,1
83,9
83,0
84,4
85,4
85,1
84,6
82,8
Celulose e papel
90,0
90,5
89,7
90,0
89,3
91,6
90,8
89,4
90,1
89,4
90,6
89,6
90,6
89,3
91,3
90,9
90,0
91,9
91,7
90,2
90,3
89,9
90,6
88,4
89,0
89,1
Impressão e reprodução
83,0
81,4
84,8
86,1
84,8
84,3
84,8
85,4
71,7
83,8
84,9
83,9
81,1
80,3
80,8
80,7
81,0
82,9
83,9
81,5
82,1
80,1
81,0
80,4
75,4
82,3
Derivados de petróleo e biocomb.
84,2
82,9
91,1
92,0
91,1
91,8
90,6
84,0
79,7
78,1
80,9
84,1
89,1
91,7
90,8
91,4
89,1
87,0
85,0
69,2
61,3
57,8
74,0
82,7
89,1
88,5
Químicos
81,6
81,3
83,2
84,8
84,1
81,9
81,5
75,9
82,1
80,4
80,7
80,4
81,2
81,8
84,2
83,8
83,1
82,0
82,0
77,6
77,6
78,9
80,6
81,3
81,5
81,3
Farmacêuticos
81,2
85,2
82,5
79,3
79,4
82,8
81,9
79,9
80,4
85,3
84,6
84,9
87,1
86,7
86,9
86,6
85,6
87,2
86,2
83,0
83,2
86,0
87,3
86,6
87,3
86,3
Borracha e plástico
81,9
81,2
82,5
82,6
82,5
83,7
82,0
79,5
81,7
81,0
83,1
81,2
82,1
80,0
82,3
83,0
82,5
83,2
82,7
73,7
79,5
78,3
79,5
78,8
76,3
73,7
Minerais não metálicos
83,4
81,2
83,7
82,7
81,1
82,4
83,9
82,4
81,9
81,7
81,0
80,9
82,6
81,6
80,1
81,7
82,1
82,9
81,2
78,1
79,3
78,6
80,0
80,1
79,0
81,9
Metalurgia
85,3
81,7
85,4
84,5
84,5
85,5
84,5
76,3
81,9
82,6
83,4
83,1
82,2
81,9
81,8
81,7
84,0
82,0
79,7
77,8
79,8
77,5
79,1
77,0
77,6
71,9
Produtos de metal
79,8
76,6
79,0
80,5
79,9
82,0
81,0
75,3
77,8
77,9
75,9
76,2
77,4
74,3
77,4
75,8
76,8
78,8
77,8
74,7
75,1
73,3
75,1
76,1
74,2
72,7
Máquinas e materiais elétricos
84,0
83,8
85,3
85,2
84,8
84,8
84,0
82,5
83,8
84,3
84,2
84,0
83,4
83,3
84,2
84,2
83,9
83,4
83,7
84,0
83,3
82,6
83,4
82,8
82,9
81,9
Máquinas e equipamentos
78,4
77,9
78,9
78,9
79,3
79,4
78,2
76,1
78,4
79,4
78,6
79,0
78,7
77,4
78,7
77,8
78,7
78,8
76,7
74,6
75,4
75,4
75,7
74,6
75,1
74,4
Veículos automotores
83,7
79,8
84,2
84,9
83,8
85,0
81,8
78,1
78,0
80,5
79,3
79,8
79,6
77,9
82,0
80,6
81,2
81,0
79,5
77,8
80,1
79,2
80,4
79,1
77,9
77,5
Outros equipamentos de transporte
88,8
88,9
88,4
89,1
88,5
89,7
89,0
88,1
89,0
89,4
89,2
89,3
89,1
87,4
88,4
89,1
89,5
89,7
89,5
87,4
88,3
89,1
89,3
88,7
88,7
88,8
Móveis
86,3
85,8
85,9
86,5
86,8
87,6
87,9
86,0
85,4
86,3
85,2
85,7
86,0
83,6
85,8
86,2
86,5
87,2
86,9
85,6
85,4
85,1
86,9
87,1
85,2
83,9
Produtos diversos
74,3
80,3
74,7
75,0
76,7
79,6
80,8
68,5
78,4
87,9
80,8
78,0
79,2
81,2
81,3
83,0
80,8
80,2
79,6
75,0
79,1
81,1
78,2
79,0
78,7
79,0
FONTE: MDIC; CNI
Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v. 8, n. 8, outubro 2015
4
INDICADORES
BRASIL - COMÉRCIO EXTERIOR (EM US$ MILHÕES) – 2009-2015
DISCRIMINAÇÃO
CORRENTE DE COMÉRCIO EXPORTAÇÃO •
BÁSICOS
•
PROD. INDUSTRIALIZADOS
•
SEMIMANUFATURADOS
•
MANUFATURADOS
•
OPERAÇÕES ESPECIAIS
IMPORTAÇÃO •
MAT.-PRIMAS E BENS INTERMED.
•
BENS DE CONSUMO
•
COMBUSTÍVEL E LUBRIFICANTES
•
BENS DE CAPITAL
SALDO
2009
2010
2011
2012
2013
2014
PART. (%) EM 2014
JAN-JUL VAR.(%) 2015/14 2015 221.109
280.715
383.685
482.284
465.758
481.795
454.132
-
152.995
201.916
256.039
242.577
242.178
225.101
100,0
61.958
90.005
122.457
113.454
113.023
109.556
87.848
107.770
128.317
123.749
123.616
20.499
28.207
36.026
33.042
67.349
79.563
92.291
3.189
4.141
127.720
2014
268.062
-17,5
112.854
133.555
-15,5
48,7
53.061
67.793
-21,7
109.277
48,5
56.913
62.190
-8,5
30.526
29.065
12,9
15.177
16.136
-5,9
90.707
93.090
80.212
35,6
41.736
46.054
-9,4
5.265
5.374
5.539
6.268
2,8
2.880
3.572
-19,4
181.769
226.245
223.181
239.617
229.031
100,0
108.255
134.507
-19,5
59.762
83.992
102.093
99.872
106.500
102.975
45,0
50.646
59.903
-15,5
21.523
31.428
40.084
39.373
40.963
38.825
17,0
19.712
22.795
-13,5
16.745
25.341
36.174
35.313
40.502
39.518
17,3
13.967
23.631
-40,9
29.690
41.008
47.894
48.623
51.652
47.713
20,8
23.930
28.178
-15,1
25.275
20.147
29.794
19.396
2.561
-3.930
4.599
-952
-583,1
-
FONTE: MDIC/SECEX
Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v. 8, n. 8, outubro 2015
5
INDICADORES
PREÇO MÉDIO MENSAL E NOMINAL NO ATACADO EM REAIS (R$) DE PRODUTOS AGRÍCOLAS SELECIONADOS – DEZ/2000–AGO/2015 PERÍODO
SÃO PAULO
PARANÁ
Arroz (30 kg)
Feijão Preto (30 kg)
Soja (em farelo) ( t)
Trigo (em grão) (60 kg)
Milho (60 kg)
Dez/2000
20,69
19,08
Dez/2001
28,00
49,95
434,03
15,03
10,30
496,42
17,80
Dez/2002
38,00
11,78
48,47
745,55
34,94
Dez/2003
24,37
52,36
43,16
756,77
28,58
17,73
Dez/2004
33,78
48,65
522,76
21,26
15,00
Dez/2005
30,00
60,01
513,04
21,96
14,26
Dez/2006
34,01
33,47
506,57
29,23
19,44
Dez/2007
43,67
72,29
682,33
34,35
28,69
Dez/2008
52,54
85,72
736,91
28,50
17,93
Dez/2009
48,34
44,14
740,11
27,50
17,66
Dez/2010
54,40
56,57
734,82
27,40
22,69
Dez/2011
44,28
52,75
584,62
26,43
23,20
Dez/2012
65,00
80,81
1.239,97
41,50
31,00
Jan/2013
62,20
84,37
1.121,56
44,06
29,86
Fev/2013
61,19
85,21
923,84
45,47
29,24
Mar/2013
61,00
82,47
851,76
44,14
26,33
Abr/2013
61,00
85,27
823,94
43,35
23,17
Mai/2013
59,98
90,39
875,56
43,84
22,73
Jun/2013
59,11
98,64
1.035,92
45,87
24,16
Jul/2013
59,22
95,36
1.082,82
52,11
22,27
Ago/2013
60,04
96,48
1.111,16
56,02
20,84
Set/2013
60,15
95,57
1.226,96
59,31
21,69
Out/2013
60,24
96,33
1.245,81
55,91
20,60
Nov/2013
57,63
94,41
1.277,10
51,02
21,51
Dez/2013
59,51
92,71
1.298,74
47,27
22,54
Jan/2014
60,36
89,62
1.230,87
45,64
23,50
Fev/2014
59,91
87,40
1.202,97
46,29
24,39
Mar/2014
54,80
94,41
1.209,69
46,76
27,02
Abr/2014
62,02
95,37
1.186,52
49,57
27,27
Mai/2014
61,07
88,74
1.165,31
49,94
25,85
Jun/2014
61,67
81,73
1.170,80
48,41
23,90
Jul/2014
61,78
80,26
1.062,62
44,43
22,20
Ago/2014
61,23
79,91
1.083,22
36,71
21,44
Set/2014
58,00
80,77
1.047,49
34,56
20,90
Out/2014
58,46
78,43
1.050,81
32,19
21,07
Nov/2014
60,00
77,84
1.164,19
33,54
23,99
Dez/2014
60,00
78,69
1.174,61
34,32
24,95
Jan/2015
60,07
87,87
1.132,40
34,37
24,43
Fev/2015
60,10
89,11
1089,72
34,51
24,39
Mar/2015
60,35
84,95
1152,64
35,94
25,01
Abr/2015
62,05
80,90
1108,53
40,36
24,69
Mai/2015
67,60
77,91
1046,36
41,54
23,00
Jun/2015
74,88
73,80
1047,04
40,00
23,32
Jul/2015
74,70
74,08
1143,47
38,97
24,54
Ago/2015
74,05
75,75
1186,26
38,90
24,96
FONTE: Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA); CONAB; SEAB-PR NOTA: Cotação para o arroz longo fino agulhinha. Sinal convencional utilizado: Dado não disponível.
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6
INDICADORES
INDICADORES DO MERCADO FINANCEIRO NACIONAL E INTERNACIONAL BRASIL DATA
2005 (DEZ) 2006 (DEZ) 2007 (DEZ) 2008 (DEZ) 2009 (DEZ) 2010 (DEZ) 2011 (DEZ) Jan/2012 Fev/2012 Mar/2012 Abr/2012 Mai/2012 Jun/2012 Jul/2012 Ago/2012 Set/2012 Out/2012 Nov/2012 Dez/2012 Jan/2013 Fev/2013 Mar/2013 Abr/2013 Mai/2013 Jun/2013 Jul/2013 Ago/2013 Set/2013 Out/2013 Nov/2013 Dez/2013 Jan/2014 Fev/2014 Mar/2014 Abr/2014 Mai/2014 Jun/2014 Jul/2014 Ago/2014 Set/2014 Out/2014 Nov/2014 Dez/2014 Jan/2015 Fev/2015 Mar/2015 Abr/2015 Mai/2015 Jun/2015 Jul/2015 Ago/2015
Fundo de Investimento Financeiro – FIF (PL mensal, R$ milhões) 7837(1) 653.714 794.875 912.869 917.297 1.086.267 1.286.654 1.501.728 1.542.347 1.568.573 1.621.833 1.646.160 1.656.235 1.672.151 1.695.397 1.720.216 1.731.276 1.758.620 1.779.219 1.786.186 1.836.788 1.852.863 1.864.287 1.877.294 1.895.304 1.880.342 1.904.243 1.914.304 1.919.844 1.923.553 1.921.603 1.939.384 1.934.332 1.952.954 1.979.747 1.983.269 2.017.747 2.045.954 2.067.374 2.107.037 2.130.781 2.149.367 2.166.487 2.156.887 2.192.912 2.226.999 2.260.558 2.282.144 2.235.805 2.355.165 2.388.160 2.425.397
EUA
Índice Ibovespa Valor das empresas fechamento listadas no Ibovespa mensal (3) (R$ bilhões) 7848 (pontos) 7845 (2) 841 33.455 1.181 44.473 1.765 63.886 1.088 37.550 1.740 68.588 2.071 69.304 1.834 56.754 1.979 63.072 2.055 65.811 2.050 64.510 1.970 61.820 1.793 54.490 1.796 54.354 1.842 56.097 1.829 57.061 1.867 59.175 1.832 57.068 1.874 57.474 1.962 60.952 1.983 59.761 1.918 57.424 1.932 56.352 1.925 55.910 1.907 53.506 1.740 47.457 1.779 48.234 1.792 50.011 1.898 52.338 1.995 54.256 1.947 52.482 1.890 51.507 1.803 47.638 1.789 47.094 1.901 50.514 1.940 51.626 1.902 51,239 1.961 53,168 2.037 55.829 2.224 61.288 1.979 54.115 1.980 54.628 1.992 54.724 1.824 50.007 1.745 46.907 1.897 51.583 1.885 51.150 2.066 56.229 1.949 52.760 1.973 53.080 1.903 50.864 1.754 46.625
Emissão Primária de Debêntures 7841 (R$ milhões) 41.538 69.463 46.535 37.458 2.720 2.025 220 20.000 405 3.350 3.250 0 0 6.300 0 316 15.576 0 850 0 2.141 2.160 2.551 0 0 1.465 0 0 2.328 0 300 0 1.000 250 1.098 0 0 481 0 0 845 0 0 10.000 551 321 4.600 0 0 740 0
Dow Jones – NYSE fechamento (pontos) 7846 (3)
Nasdaq fechamento (pontos) 7847
10.718 12.463 13.265 8.776 10.428 11.578 12.218 12.633 12.952 13.212 13.213 12.393 12.880 13.009 13.091 13.437 13.097 13.026 13.104 13.861 14.054 14.579 14.804 15.116 14.910 15.500 14.810 15.130 15.546 16.086 16.577 15.699 16.322 16.458 16.581 16.717 16.827 16.563 17.098 17.043 17.391 17.828 17.823 17.165 18.133 17.776 17.841 18.011 17.620 17.690 16.528
(4)
2.205 2.415 2.652 1.577 2.269 2.653 2.605 2.814 2.967 3.092 3.046 2.827 2.935 2.940 3.067 3.116 2.977 3.010 3.020 3.142 3.160 3.268 3.329 3.456 3.403 3.626 3.590 3.771 3.920 4.060 4.177 4.104 4.308 4.199 4.115 4.243 4.408 4.370 4.580 4.493 4.631 4.792 4.736 4.635 4.964 4.901 4.941 5.070 4.987 5.128 4.777
FONTES: (1) Banco Central do Brasil, (2) Bovespa (Índice de Fechamento do último dia útil do mês), (3) Dow Jones, (4) Nasdaq NOTA: Para os anos de 2005 a 2008, os valores referem-se ao mês de dezembro, exceto para emissão de debênture que é o total do ano. Sinal convencional utilizado: . Dado não disponível.
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7
INDICADORES
BALANÇA COMERCIAL DO PARANÁ - 1996-2015
(Em US$ 1.000 FOB - ACUMULADO - e variação % anual)
EXPORTAÇÃO (X)
ANO
Valor
IMPORTAÇÃO (M)
Var. %
Valor
SALDO (X-M) VALOR
Var. %
1996
4.245.905
47
2.434.733
2
1.811.172
1997
4.853.587
14
3.306.968
36
1.546.619
1998
4.227.995
(13)
4.057.589
23
170.406
1999
3.932.659
(7)
3.699.490
(9)
233.169
2000
4.394.162
12
4.686.229
27
-292.067
2001
5.320.211
21
4.928.952
5
391.259
2002
5.703.081
7
3.333.392
(32)
2.369.689
2003
7.157.853
26
3.486.051
5
3.671.802
2004
9.405.026
31
4.026.146
15
5.378.879
2005
10.033.533
7
4.527.237
12
5.506.296
2006
10.016.338
(0)
5.977.971
32
4.038.367
2007
12.352.857
23
9.017.988
51
3.334.870
2008
15.247.252
23
14.570.222
62
677.030
2009
11.222.827
(26)
9.620.837
(34)
1.601.990
2010
14.176.010
26
13.956.180
45
2011
17.394.228
22,70
18.766.895
34,46
2012
17.709.585
1,81
19.387.410
3,30
-1.677.825
2013 2014
18.239.202 16.332.120
2,99 -10,46
19.343.839 17.293.735
-0,23 -10,61
-1.104.637 -961.614
JAN – AGO /2015
10.297.090
-10,89
8.766.332
219.831 -1.372.667
-24,74
1.530.757
FONTE: MDIC/SECEX
BALANÇA COMERCIAL DO BRASIL - 1996-2015 ANO 1996
(Em US$ 1.000 FOB – ACUMULADO - e variação % anual)
EXPORTAÇÃO (X) Valor Var. % 47.746.728
...
IMPORTAÇÃO (M) Valor Var. % 53.345.767
...
SALDO (X-M) Valor -5.599.039
Var. % ...
1997
52.982.726
10,97
59.747.227
1998
51.139.862
(3,48)
1999
48.012.790
(6,11)
2000
55.118.920
14,80
55.850.663
13,28
-731.743
(43,22)
2001
58.286.593
5,75
55.601.758
(0,45)
2.684.835
(466,91)
2002
60.438.653
3,69
47.242.654
(15,03)
13.195.999
391,50
2003
73.203.222
21,12
48.325.567
2,29
24.877.655
88,52
2004
96.677.497
32,07
62.835.616
30,03
33.841.882
36,03
2005
118.529.184
22,60
73.600.376
17,13
44.928.809
32,76
2006
137.807.470
16,26
91.350.841
24,12
46.456.629
3,40
2007
160.649.073
16,58
120.617.446
32,04
40.031.627
(13,83)
2008
197.942.443
23,21
172.984.768
43,42
24.957.675
(37,66)
2009
152.994.743 201.915.285
(22,71) 31,98
127.715.293 181.722.623
(26,17) 42,28
25.279.450 20.192.662
1,29 (20,12)
2011
256.039.575
26,81
226.245.113
24,47
29.794.462
...
2012
242.579.776
-5,26
223.154.429
-1,37
19.425.346
...
242. 033.575
-0,22
239.631.216
7,37
2.402.358
...
2010
2013
12,00
-6.764.501
20,82
57.763.476
(3,32)
-6.623.614
(2,08)
49.301.558
(14,65)
-1.288.768
(80,54)
2014
225.100.885
-7,00
229.060.058
-4,46
-3.959.173
...
JAN-AGO /2015
128.347.558
-16,67
121.044.740
-21,31
7.302.817
...
FONTE: MDIC/SECEX Sinal convencional utilizado: Dado não disponível.
Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v. 8, n. 8, outubro 2015
8
INDICADORES
OFERTA E DEMANDA DOS PRINCIPAIS PRODUTOS AGRÍCOLAS BRASILEIROS (COMPLEXO SOJA E TRIGO) - SAFRAS 2009/2015 CULTURA
Algodão em Pluma
Arroz em Casca
Feijão
Milho
Soja em Grãos
Farelo de Soja
Óleo de Soja
SAFRA
ESTOQUE INICIAL
PRODUÇÃO
IMPORTAÇÃO
SUPRIMENTO
CONSUMO
(Mil toneladas) EXPORTAÇÃO
ESTOQUE FINAL
2009/10 2010/11 2011/12 2012/13 2013/14 2014/15 2009/10 2010/11 2011/12 2012/13 2013/14 2014/15 2009/10 2010/11 2011/12 2012/13 2013/14 2014/15 2009/10 2010/11 2011/12 2012/13 2013/14 2014/15 2009/10 2010/11 2011/12 2012/13 2013/14 2014/15
394,2 76,0 521,7 470,5 305,1 502,0 2.531,5 2.457,3 2.569,5 2.125,3 1.082,1 822,5 317,7 366,9 686,4 373,8 129,2 303,8 7.112,8 5.589,1 5.963,0 5.514,2 8.258,9 11.835,5 674,4 2.607,2 3.016,5 444,0 910,3 1415,8
1.194,1 1.959,8 1.893,3 1.310,3 1.734,0 1.532,8 11.660,9 13.613,1 11.599,5 11.819,7 12.121,6 12.448,6 3.322,5 3.732,8 2.918,4 2.806,3 3.453,8 3.185,4 56.018,1 57.406,9 72.979,5 81.505,7 80.052,0 84.729,2 68.688,2 75.324,3 66.383,0 81.499,4 86.120,8 96.243,3
39,2 144,2 3,5 17,4 31,5 10,0 1.044,8 825,4 1.068,0 965,5 1.000,0 650,0 181,2 207,1 312,3 304,4 150,4 130,9 391,9 764,4 774,0 911,4 800,0 500,0 117,8 41,0 266,5 282,8 630,0 400,0
1.627,5 2.180,0 2.418,5 1.798,2 2.070,6 2.044,9 15.237,2 16.895,8 15.237,0 14.910,5 14.203,7 13.921,1 3.821,4 4.306,8 3.917,1 3.484,5 3.733,4 3.619,2 63.522,8 63.760,4 79.716,5 87.931,3 89.110,9 97.064,7 69.480,4 77.972,5 69.666,0 82.226,2 87.661,1 98.059,1
1.039,0 900,0 895,2 920,2 850,0 800,0 12.152,5 12.236,7 11.656,5 12.617,7 12.000,0 12.000,0 3.450,0 3.600,0 3.500,0 3.320,0 3.350,0 3.350,0 46.967,6 48.485,5 51.888,6 53.498,3 53.905,6 55.959,5 37.800,0 41.970,0 36.754,0 38.524,0 39.935,8 44.638,9
512,5 758,3 1.052,8 572,9 748,6 790,0 627,4 2.089,6 1.455,2 1.210,7 1.200,0 1.250,0 4,5 20,4 43,3 35,3 64,8 90,0 10.966,1 9.311,9 22.313,7 26.174,1 20.913,8 26400,0 29.073,2 32.986,0 31.468,0 42.791,9 45.691,0 50.000,0
76,0 521,7 470,5 305,1 472,0 454,8 2.457,3 2.569,5 2.125,3 1.082,1 1.003,7 671,1 366,9 686,4 373,8 129,2 318,6 179,2 5.589,1 5.963,0 5.514,2 8.258,9 14.291,5 14.705,2 2.607,2 3.016,5 444,0 910,3 2.034,3 3420,1
2009/10 2010/11 2011/12 2012/13 2013/14 2014/15 2009/10 2010/11 2011/12 2012/13 2013/14 2014/15
1.903,2 2.049,1 3.259,4 950,4 878,8 999,8 302,2 541,1 692,0 198,9 244,4 615,5
26.719,0 29.298,5 26.026,0 27.258,0 28.336,0 31.570,0 6.766,5 7.419,8 6.591,0 6.903,0 7.176,0 7.995,0
39,5 24,8 5,0 3,9 1,0 1,0 16,2 0,1 1,0 5,0 0,1 12,0
28.661,7 31.372,4 29.290,4 28.212,3 29.215,8 32.570,8 7.084,9 7.961,0 7.284,0 7.106,9 7.420,5 8.622,5
12.944,0 13.758,0 14.051,0 14.000,0 14.500,0 14.800,0 4.980,0 5.528,0 5.328,0 5.500,0 5.500,0 6.500,0
13.668,6 14.355,0 14.289,0 13.333,5 13.716,0 15.500,0 1.563,8 1.741,0 1.757,1 1.362,5 1.289,0 1.400,0
2.049,1 3.269,4 950,4 878,8 999,8 2.270,8 541,1 692,0 198,9 244,4 631,5 722,5
5.922,2 5.771,9 6.011,8 7.010,2 6.642,3 5.450,0
13.655,1 14.524,0 13.566,5 12.610,3 12.512,4 13695,1
9.614,2 10.242,0 10.444,9 10.584,3 11.531,4 11.070,6
1.170,4 2.515,9 1.901,0 1.683,8 47,4 1500,0
2.870,5 1.766,1 1.220,6 342,2 933,6 1124,5
2009/10 2.706,7 5.026,2 2010/11 2.870,5 5.881,6 2011/12 1.766,1 5.788,6 Trigo 2012/13 1.220,6 4.379,5 2013/14 342,2 5.527,9 2014/15 1174,8 7.070,3 FONTE: CONAB – Levantamento: SET/2015 (disponível em: www.conab.gov.br)
Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v. 8, n. 8, outubro 2015
9
INDICADORES
PRODUÇÃO, ÁREA COLHIDA E RENDIMENTO MÉDIDO DA SOJA - BRASIL E MAIORES ESTADOS PRODUTORES - 1989-2015
(ESTIMATIVAS SET/2015)
BRASIL ANO
Produção
Área Colhida
(Mil toneladas e mil hectares)
MAIORES ESTADOS PRODUTORES Rendimento Médio (kg/ha)
Mato Grosso Produção
Área Colhida
Paraná Produção
Goiás
Área Colhida
Produção
Mato Grosso do Sul
Área Colhida
Produção
Área colhida
1989/1990
20.101
11.551
1.740,16
2.901
1.503
4.572
2.286
1.411
941
1.934
1.209
1990/1991
15.395
9.743
1.580,00
2.607
1.100
3.617
1.966
1.659
790
2.300
1991/1992
19.419
9.582
2.027,00
3.485
1.452
3.415
1.798
1.804
820
1.929
1992/1993
23.042
10.717
2.150,00
4.198
1.713
4.720
2.000
1.968
984
1993/1994
25.059
11.502
2.179,00
4.970
1.996
5.328
2.110
2.387
1994/1995
25.934
11.679
2.221,00
5.440
2.295
5.535
2.121
1995/1996
23.190
10.663
2.175,00
4.687
1.905
6.241
2.312
1996/1997
26.160
11.381
2.299,00
5.721
2.096
6.566
1997/1998
31.370
13.158
2.384,00
7.150
2.600
1998/1999
30.765
12.995
2.367,00
7.134
1999/2000
32.890
13.623
2.414,00
2000/2001
38.432
13.970
2001/2002
42.230
16.386
2002/2003
52.018
2003/2004
Minas Gerais Produção
Área colhida
875
583
1.013
963
472
970
1.003
456
2.229
1.067
1.159
552
1.090
2.440
1.109
1.234
600
2.133
1.123
2.426
1.098
1.188
600
2.046
909
2.046
845
1.040
528
2.496
2.478
991
2.156
862
1.176
523
7.191
2.820
3.372
1.338
2.282
1.087
1.383
601
2.548
7.723
2.769
3.418
1.325
2.740
1.054
1.336
577
8.801
2.905
7.130
2.833
4.073
1.455
2.501
1.107
1.397
594
2.751,00
9.641
3.120
8.623
2.818
4.158
1.540
3.130
1.065
1.496
642
2.577,00
11.733
3.853
9.502
3.291
5.420
1.902
3.279
1.192
1.949
719
18.475
2.816,00
12.949
4.420
10.971
3.638
6.360
2.171
4.104
1.415
2.333
874
49.793
21.376
2.329,00
15.009
5.241
10.037
3.936
6.147
2.572
3.325
1.797
2.659
1.066
2004/2005
52.305
23.301
2.245,00
17.937
6.105
9.707
4.148
6.985
2.662
3.863
2.031
3.022
1.119
2005/2006
55.027
22.749
2.419,00
16.700
6.197
9.646
3.983
6.534
2.542
4.445
1.950
2.483
1.061
2006/2007
58.392
20.687
2.822,66
15.359
5.125
11.916
3.979
6.114
2.191
4.881
1.737
2.568
930
2007/2008
60.018
21.313
2.816,00
17.848
5.675
11.896
3.977
6.544
2.180
4.569
1.731
2.537
870
2008/2009
57.166
21.743
2.629,00
17.963
5.828
9.510
4.069
6.836
2.307
4.180
1.716
2.751
929
2009/2010
68.688
23.468
2.927,00
18.767
6.225
14.079
4.485
7.343
2.550
5.308
1.712
2.872
1.019
2013/2014
86.121
30.173
2.854,00
26.442
8.616
14.781
5.010
8.995
3.102
6.148
2.120
3.327
1.238
2014/2015(2)
96.243
32.093
2.999,00
28.018
8.934
17.210
5.225
8.625
3.325
7.177
2.301
3.507
1.319
FONTE: CONAB (1) Preliminar.(2) Estimativas
Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v. 8, n. 8, outubro 2015
10
INDICADORES
TAXA DE CRESCIMENTO DO PIB REAL PARA PAÍSES SELECIONADOS – 2003-2014 PAÍSES
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
Mundo
3,5
5,0
3,9
5,0
4,9
2,2
-0,4
5,0
3,7
2,9
3,0
África do Sul
3,0
4,5
5,3
5,6
5,6
3,6
-1,7
2,8
3,3
3,1
2,0
...
Alemanha
-0,7
0,7
0,9
3,9
3,4
0,8
-5,6
3,9
3,7
0,6
0,2
1,58
Argentina
8,8
9,0
9,2
8,4
8,0
3,1
0,1
9,1
8,6
0,9
2,9
...
Bolívia
2,7
4,2
4,4
4,8
4,6
6,1
3,4
4,1
5,2
5,2
6,8
5,46
Brasil
1,1
5,7
3,2
4,0
6,1
5,2
-0,3
7,5
2,7
...
...
...
Canadá
1,9
3,1
3,2
2,6
2,0
1,2
-2,7
3,4
3,0
1,9
2,0
2,44
Chile
3,8
7,0
6,2
5,7
5,2
3,3
-1,0
5,8
5,8
5,4
4,1
1,89
China
2,6
10,0
10,1
11,3
12,7
14,2
9,6
9,2
10,3
9,3
7,8
...
...
Colômbia
3,9
5,3
4,7
6,7
6,9
3,5
1,5
4,3
...
...
...
...
Coréia do Sul
2,9
4,9
3,9
5,2
5,5
2,8
0,7
6,5
3,7
2,3
3,0
3,31
Equador
2,7
8,2
5,3
4,4
2,2
6,4
1,0
3,3
8,0
3,6
5,7
3,80
Estados Unidos
2,8
3,8
3,3
2,7
1,8
-0,3
-2,8
2,5
1,6
2,3
2,2
2,39
França
0,8
2,6
1,6
2,6
2,3
0,1
-2,9
1,9
2,1
0,4
0,4
0,39
Índia
8,0
7,0
9,5
9,6
9,3
6,7
8,6
9,3
6,3
4,5
6,6
7,2
Indonésia
4,8
5,0
5,7
5,5
6,3
6,0
4,6
6,2
6,5
6,2
5,8
5,02
Itália
0,2
1,4
1,2
2,1
1,3
-1,1
-5,5
1,7
0,7
-2,3
-1,9
-0,65
Japão
1,7
2,4
1,3
1,7
2,2
-1,1
-5,5
4,7
-0,4
1,7
1,6
-0,15
México
1,4
4,2
3,1
5,0
3,2
1,4
-4,7
5,2
3,9
4,0
1,4
2,15
Paraguai
4,3
4,1
2,1
4,8
5,4
6,4
-4,0
13,1
4,3
-1,2
14,3
4,23
Peru
4,0
5,6
6,3
7,5
8,5
9,1
1,0
8,5
6,5
6,0
5,8
2,34
Reino Unido
4,3
2,5
2,8
3,0
2,6
-0,3
-4,3
1,9
1,6
0,7
1,7
2,82
Rússia
7,4
7,2
6,4
8,2
8,5
5,3
-7,8
4,5
4,3
3,4
7,4
0,63
Tailândia
7,0
6,2
4,5
5,6
4,9
2,5
-2,3
7,8
0,1
6,5
2,9
0,73
Uruguai Venezuela
0,8
5,0
7,5
4,1
6,5
7,2
2,4
8,4
7,3
3,7
4,4
...
-7.76
18.29
10.32
9.87
8.75
5.28
-3.20
-1.49
4.18
...
...
...
FONTE: Fundo Monetário Internacional, International Financial Statistics Sinal convencional utilizado: Dado não disponível.
Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v. 8, n. 8, outubro 2015
11
INDICADORES
TAXA DE INFLAÇÃO ANUAL MÉDIA PARA PAÍSES SELECIONADOS – 2003-2014 PAÍSES
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
Mundo
3,91
4,86
África do Sul
5,86
1,39
3,40
Alemanha
1,44
1,05
0,60
0,31
1,62
0,81
1,70
0,96
Argentina
10,50
9,22
8,82
13,53
14,95
23,94
10,28
15,40
Bolívia
6,33
7,97
5,94
13,66
7,37
10,38
-2,42
8,78
Brasil
13,72
8,04
7,21
6,15
5,87
8,33
7,19
8,23
Canadá
3,18
2,99
2,83
2,47
4,31
3,42
-2,01
Chile
4,97
7,47
7,15
12,65
4,84
0,47
3,84
China
1,16
3,88
1,82
1,46
4,75
5,86
Colômbia
6,47
5,13
15,86
5,78
5,04
7,56
Coréia do Sul
4,90
2011
2012
2013
2014
4,37
4,83
4,73
1,47
4,69
4,97
2,87
3,65
4,64
7,10
11,54
7,13
4,26
5,00
5,65
5,45
3,22
0,97
1,78
2,56
0,91
17,62
16,39
...
....
14,57
6,91
6,01
5,78
6,97
...
...
6,33
2,68
2,94
3,76
1,37
1,91
8,83
3,33
1,30
1,73
4,40
-0,70
3,31
5,41
2,65
2,63
1,99
3,41
3,86
6,73
3,17
1,52
2,88
6,38
3,40
2,98
1,03
-0,14
2,40
2,96
3,54
3,16
1,58
1,04
0,70
1,27
10,59
4,26
7,73
8,00
6,65
13,85
-1,36
6,75
6,71
4,40
4,95
3,57
EUA
1,99
2,75
3,22
3,07
2,66
1,96
0,76
1,22
2,06
1,80
1,49
1,62
França
2,09
1,44
2,11
2,24
2,51
2,25
0,51
0,73
1,23
1,20
1,02
0,51
Índia
3,81
3,77
4,25
6,15
6,37
8,35
10,88
11,99
8,86
9,31
10,91
6,35
Indonésia
5,49
8,55
14,33
14,09
11,26
18,15
8,27
8,26
8,12
4,53
4,16
6,39
Equador
Itália
2,89
2,59
1,74
1,87
2,60
2,44
2,07
0,40
1,20
1,50
1,53
0,24
Japão
-1,71
-1,35
-1,27
-1,11
-0,91
-1,24
-0,51
-2,19
-1,89
-1,20
-0,62
2,75
México
21,14
8,36
5,21
6,34
4,97
6,06
3,40
4,46
5,37
3,23
1,63
4,02
Paraguai
12,21
8,99
10,08
6,08
9,77
9,34
2,04
6,10
9,83
5,55
-3,80
5,03
Peru
2,30
1,99
2,10
8,29
2,39
1,94
1,56
6,01
5,17
2,08
1,73
3,23
Reino Unido
2,17
2,91
2,81
2,69
2,87
2,89
1,99
3,17
2,13
1,66
1,79
1,46
1,29
7,83
Tailândia
1,63
3,31
4,56
4,69
3,55
3,84
1,92
3,66
4,25
1,33
1,67
1,90
Uruguai
16,54
10,10
0,68
6,53
9,42
8,02
5,58
4,66
8,98
7,37
7,62
8,88
Venezuela
34,93
33,95
29,60
17,90
15,45
30,13
7,83
45,94
28,15
14,06
...
62,17
Rússia
FONTE: Fundo Monetário Internacional, International Financial Statistics Sinal convencional utilizado: ... Dado não disponível.
Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v. 8, n. 8, outubro 2015
12
PANORAMA ECONÔMICO – SETEMBRO/2015
Carlos Ilton Cleto
Comércio Internacional. Balança Comercial Mensal (Setembro/2015) – MDIC Fato Em setembro, a Balança Comercial fechou com superávit de US$ 2,94 bilhões, resultado de exportações de US$ 16,15 bilhões e importações de US$ 13,20 bilhões. A corrente do comércio atingiu US$ 29,35 bilhões. No ano, as exportações acumulam US$ 144,50 bilhões, as importações US$ 134,25 bilhões, resultando em superávit comercial de US$ 10,25 bilhões e corrente do comércio de US$ 278,74 bilhões. 19.507 25.000
17.491
20.000
19.628
14.934
17.198
18.330
15.485
15.156
16.148
14.665
12.092
15.101
12.796
13.204
15.000 10.000 5.000 0 out/14
nov/14
dez/14
jan/15
fev/15
mar/15
abr/15
mai/15
jun/15
jul/15
ago/15
set/15
-5.000 Exportações
Importações
Saldo da BC em US$ milhões
FONTE: MDIC
Causa Utilizando o critério da média diária, na comparação setembro de 2014, houve queda de 13,8% nas exportações e recuo de 32,7% nas importações. A corrente do comércio registrou recuo de 23,5%. Frente a agosto de 2015, as exportações tiveram acréscimo 4,3%, as importações expansão de 3,2%. A corrente do comércio apresentou avanço de 3,8%. No acumulado no ano, as exportações caíram 16,3% e as importações 22,6%, na comparação com o mesmo período do ano anterior. Em setembro, na comparação com igual mês do ano anterior, as exportações de produtos básicos caíram 19,6%, a de semimanufaturados 12,2%, e a de manufaturados 4,6%. Em termos de países, os cinco principais compradores foram: China, Estados Unidos, Argentina, Países Baixos e Japão. Pelo mesmo critério de comparação, houve queda de 61,9% nas importações de combustíveis e lubrificantes, recuo de 27,4% em bens de capital, 26,0% em matérias-primas e intermediários e 23,4% em bens de consumo. Os cinco principais fornecedores para o Brasil foram: China, Estados Unidos, Alemanha, Argentina e Nigéria. No acumulado do ano, na comparação com igual período do ano anterior, as exportações de produtos básicos caíram 21,9%, manufaturados 10,7% e a de semimanufaturados 7,9%. Em termos de países, os cinco principais compradores foram: China, Estados Unidos, Argentina, Países Baixos e Alemanha. Pelo mesmo critério de comparação, houve queda de 45,9% nas importações de combustíveis e lubrificantes, 18,7% em matérias-primas e intermediários, 17,1% em bens de capital e 15,5% em bens de consumo. Os cinco principais fornecedores para o Brasil foram: China, Estados Unidos, Alemanha, Argentina e Coréia do Sul. Consequências Frente aos mesmos períodos do ano anterior, a recuperação do superávit externo tem ocorrido pela queda mais intensa das importações, que refletem em grande parte o desaquecimento da atividade econômica interna, do que das exportações, que também apresentam resultados inferiores. Vitrine da Conjuntura , Curitiba, v. 8 , n.8, out ubro 2015 | 1
Atividade Pesquisa Industrial Mensal Produção Física – Brasil (Julho/2015) Fato Em julho, a Produção Industrial recuou 1,5% frente a junho, segundo resultado negativo consecutivo, período em que acumulou perda de 2,4%. Na comparação com julho de 2014, houve recuo de 8,9%, décima sétima taxa negativa consecutiva, nesta comparação. Considerando o acumulado em doze meses, a variação foi negativa de 5,3%, mantendo a trajetória descendente iniciada em março de 2014. Produção Indus trial BRASIL
150 140 130 120 110 100 90 80 jan 2009
f ev
mar 2010
abr
mai 2011
jun 2012
jul
ago 2013
set
out 2014
nov
dez
2015
FONTE: IBGE
Causa Frente ao mês imediatamente anterior, considerando a classificação por categorias de uso o recuo mais acentuado foi na produção de bens de consumo semi e não-duráveis, 3,4%, eliminando o ganho de 3,1% acumulado nos meses de maio e junho. Os bens intermediários e de capital recuaram 2,1% e 1,9%, respectivamente. Por outro lado, a produção de bens de consumo durável cresceu 9,6%, mitigando parte da perda de 25,2% acumulada entre outubro de 2014 e junho de 2015. Na comparação com junho de 2014, os bens de capital e os bens de consumo duráveis apresentaram os recuos mais elevados, 27,8% e 13,7%, respectivamente. No primeiro segmento destaca-se a queda em bens de capital para equipamentos de transporte e no segundo eletrodomésticos da “linha branca”, eletrodomésticos da “linha marrom” e automóveis. O segmento de bens de consumo semi e não-duráveis recuou 9,2%, com retração em todos os seus grupamentos. Os bens intermediários tiveram variação negativa de 5,6%. No acumulado do ano, todas as quatro categorias de uso apresentaram variação negativa, ficando confirmado o menor dinamismo dos bens de capital, com queda de 20,9%, seguido de setor de bens de consumo duráveis, 14,2%, dos bens de consumo semi e não duráveis que recuaram 7,0% e dos bens intermediários, 3,4%. Consequência A produção industrial segue apresentando resultados negativos e não existem sinalizações de melhora para os próximos meses, podendo existir agravamento decorrente das medidas de ajuste fiscal.
Vitrine da Conjuntura , Curitiba, v. 8 , n.8, out ubro 2015 | 2
Atividade Pesquisa Industrial - Regional – Brasil (Julho/2015) - IBGE Fato Em julho frente a junho, a Produção Industrial caiu em oito dos quatorze locais pesquisados. Na comparação com julho de 2014 foi registrado recuo, em onze dos quinze locais e no acumulado do ano a queda ocorreu em doze locais. No Paraná, houve recuo de 6,3% frente ao mês anterior, interrompendo três meses de taxas positivas, período que acumulou ganho de 2,1%. No confronto com igual mês do ano anterior houve queda de 11,5%, e no acumulado em doze meses queda de 6,7%. Produção Indus trial BRASIL
150 140 130 120 110 100 90 80 jan
f ev
mar
2009
abr
2010
mai
jun
2011
jul
ago
2012
set
2013
out
nov
2014
dez
2015
Produção Industrial PARANÁ
130 120 110 100 90 80 70 60 50 jan
fev
mar 2009
abr 2010
mai
jun 2011
jul 2012
ago
set 2013
out 2014
nov
dez 2015
FONTE: IBGE - Índice de base fixa mensal sem ajuste sazonal (Base: média de 2002 = 100)
Causa Na passagem de junho para julho, os maiores recuos foram registrados no Paraná, Ceará, Santa Catarina e São Paulo. As áreas que tiveram maior crescimento na produção foram: Rio Grande do Sul e Bahia. Na comparação com julho de 2014, os recuos mais acentuados ocorreram no Amazonas, Ceará, São Paulo e Paraná. Os avanços mais intensos foram no Pará e Espírito Santo. Nos primeiros seis meses do ano as maiores retrações foram no Amazonas, Rio Grande do Sul, São Paulo, Ceará, Bahia, Paraná, Minas Gerais e Santa Catarina. Por outro lado os locais que tiveram crescimento foram Espírito Santo e Pará.
Vitrine da Conjuntura , Curitiba, v. 8 , n.8, out ubro 2015 | 3
No Estado do Paraná, comparativamente a julho de 2014, onze dos treze ramos pesquisados apresentaram variações negativas, com destaque para veículos automotores, reboques e carrocerias, produtos alimentícios, produtos de minerais não-metálicos, máquinas e equipamentos, móveis, produtos de metal e máquinas, aparelhos e materiais elétricos. Em sentido oposto, o setor de celulose, papel e produtos de papel e outros produtos químicos, exerceram as influências positivas mais importantes. No Estado, nos primeiros sete meses do ano, houve queda em oito dos treze setores. Os destaques negativos foram: veículos automotores, reboques e carrocerias, coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis, produtos de minerais não-metálicos, móveis e produtos de metal. O destaque positivo ficou por conta de celulose, papel e produtos de papel. Consequência De maneira semelhante ao que acontece em âmbito nacional, a produção paranaense deve seguir apresentando desempenho fraco nos próximos períodos, devendo alguma recuperação ocorrer no último trimestre do ano. Atividade Pesquisa Mensal de Emprego (Agosto/2015) – IBGE Fato Em agosto, a taxa de desocupação foi de 7,6%, 0,1 p.p. maior do que o percentual do mês anterior e 2,6 p.p. maior do que a de agosto de 2014. O rendimento médio real habitual da população ocupada foi calculado em R$ 2.185,50, crescendo 0,5% no confronto com julho, e caindo 3,5% frente ao mesmo mês do ano anterior. A massa de rendimento médio real habitual recebida pela população ocupada foi estimada em R$ 50,2 bilhões, registrando estabilidade na comparação com julho e queda de 5,4% na comparação com agosto de 2014. O contingente de pessoas ocupadas, 22,7 milhões, permaneceu estável na comparação mensal e teve queda de 1,8% frente a agosto de 2014.
8,5 8,0 7,5 7,0 6,5 6,0 5,5 5,0 4,5 4,0 Janeiro
Fevereiro
Março 2010
Abril
Maio 2011
Junho 2012
Julho
Agosto 2013
Setembro 2014
Outubro
Novembro Dezembro
2015
FONTE: IBGE
Causa No que se refere taxa de desocupação, na comparação com agosto de 2014, houve variação significativa em todas as regiões: Salvador de 9,3% para 12,4%; São Paulo de 5,1% para 8,1%; Recife de 7,1% para 9,8%; Belo Horizonte de 4,2% para 6,7%; Rio de Janeiro de 3,0% para 5,1% e Porto Alegre de 4,8% para 6,0%. Na classificação por categoria de posição na ocupação, houve queda de 12,6% no rendimento médio real habitualmente recebido pelos empregados sem carteira no setor privado.
Vitrine da Conjuntura , Curitiba, v. 8 , n.8, out ubro 2015 | 4
Consequência A taxa de desemprego reflete o baixo desempenho da atividade econômica, não existindo expectativas de melhora nos próximos meses. Devendo algum recuo ocorrer a partir de outubro por razões sazonais. Atividade PNAD Contínua – Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Trimestre –-maio–jun-jul de 2015) – IBGE Fato A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio apontou, para o 2° trimestre móvel, encerrado em julho de 2015, taxa de desocupação de 8,6%, com crescimento de 1,7 p.p. frente ao mesmo trimestre do ano anterior e expansão de 0,6 p.p. na comparação com o trimestre encerrado em abril. O rendimento médio real habitualmente recebido foi de R$ 1.881,00 com queda de 0,9% frente ao trimestre encerrado em abril e crescimento de 2,0% ma comparação com o mesmo trimestre do ano anterior. Causa No trimestre havia 8,6 milhões de pessoas desocupadas, crescendo 7,4% frente ao trimestre imediatamente anterior e aumentou 26,6% na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, representando um aumento de 1,8 milhão de pessoas desocupadas na força de trabalho. O número de pessoas ocupadas foi estimado em 92,2 milhões, ficando estável em ambas as comparações. No trimestre encerrado em julho, para os empregados com carteira de trabalho assinada, houve redução de 0,9%, frente ao trimestre encerrado em abril e queda de 2,5% na comparação com o trimestre encerrado em julho de 2014. 9,0 8,5 8,0 7,5 7,0 6,5 6,0 5,5
2013
2014
ez em br o D
N
ov em
br o
br o ut u O
br o Se te m
go st o A
Ju lh o
ho Ju n
M ai o
br il A
M ar ço
Fe ve re iro
Ja ne iro
5,0
2015
Consequência O desemprego segue em alta, reflexo do desaquecimento da atividade econômica. A expectativa para os próximos meses é de continuidade no crescimento desta taxa.
Vitrine da Conjuntura , Curitiba, v. 8 , n.8, out ubro 2015 | 5
Atividade Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário - PIMES (Julho/2015) – IBGE Fato A Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário do mês de julho apresentou as seguintes informações: JUL-15 / JUN-15
JUL-15 / JUL-14
Acumulado no Ano
Acumulado em 12 meses
Pessoal Ocupado Assalariado
-0,7%
-6,4%
-5,4%
-4,9%
Nº. de Horas Pagas
-1,2%
-7,2%
-6,0%
-5,5%
Folha de Pagamento Real
-1,8%
-7,0%
-6,3%
-5,0%
BRASIL
110 105 100 95 90 85 Jan
Fev
Mar 2009
Abr 2010
Mai
Jun
2011
Jul 2012
Ago 2013
Set
Out 2014
Nov
Dez
2015
FONTE: IBGE - Índice de base fixa mensal sem ajuste sazonal (Base: janeiro de 2001 = 100)
Causa Na comparação com igual mês do ano passado, o indicador de Pessoal Ocupado Assalariado, por ramo de atividade, dezessete dos dezoito segmentos pesquisados reduziram o contingente de trabalhadores, as principais variações negativas foram em meios de transporte, máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações, máquinas e equipamentos, produtos de metal, alimentos e bebidas, outros produtos da indústria de transformação, borracha e plástico, calçados e couro, vestuário, metalurgia básica, minerais não-metálicos, produtos têxteis, papel e gráfica, indústrias extrativas e madeira. Por outro lado. O setor de produtos químicos, que não apresentou variação, foi o único que não mostrou resultados negativo. Ainda com relação ao Pessoal Ocupado, considerando o acumulado no ano, o recuo ocorreu todos os dezoito ramos pesquisados, com destaque para: meios de transporte, máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações, produtos de metal, máquinas e equipamentos, alimentos e bebidas, outros produtos da indústria de transformação, vestuário, calçados e couro, metalurgia básica, papel e gráfica, produtos têxteis, indústrias extrativas, minerais não metálicos, refino de petróleo e produção de álcool e borracha e plástico. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o Número de Horas Pagas, o número de horas pagas reduziu todos os dezoito setores industriais, vindo, os maiores recuos de meios de transporte, alimentos e bebidas, máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações, máquinas e equipamentos, produtos de metal, outros produtos da indústria de transformação, borracha e plástico, calçados e couro, vestuário, metalurgia básica, produtos têxteis, papel e gráfica, e refino de petróleo e produção de álcool.
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No acumulado do ano, todos os dezoito setores reduziram o número de horas pagas, os resultados negativos mais relevantes foram: meios de transporte, produtos de metal, máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações, alimentos e bebidas, máquinas e equipamentos, outros produtos da indústria de transformação, calçados e couro, vestuário, metalurgia básica, papel e gráfica, minerais não metálicos, borracha e plástico e refino de petróleo e produção de álcool. Com relação à Folha de Pagamento Real, comparativamente ao mesmo mês do ano anterior, houve redução nos dezoito ramos pesquisados. Por setor, as quedas mais significativas ocorreram em máquinas e equipamentos, meios de transporte, máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações, alimentos e bebidas, metalurgia básica, produtos de metal, borracha e plástico, outros produtos da indústria de transformação, indústrias extrativas, calçados e couro, produtos têxteis, papel e gráfica e refino de petróleo e produção de álcool. No acumulado no ano, a Folha de Pagamento Real, registrou recuo em todas as atividades pesquisadas. As principais quedas foram em meios de transporte, máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações, máquinas e equipamentos, produtos de metal, alimentos e bebidas, metalurgia básica, indústrias extrativas, borracha e plástico, outros produtos da indústria de transformação, calçados e couro, refino de petróleo e produção de álcool e papel e gráfica. Consequência Os indicadores da indústria seguem apresentando resultados fracos e agora começam a serem refletidos com mais intensidade no nível de emprego. Para os próximos períodos, a exemplo do que deve acontecer na Produção Industrial, o emprego e o salário do setor não devem apresentar recuperação.
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Atividade ICI – Índice de Confiança da Indústria (Setembro/2015) – FGV Fato O Índice de Confiança da Indústria - ICI recuou 2,9% entre agosto e setembro, passando de 68,0 para 66,0 pontos, atingindo o menor nível da série histórica. O Índice da Situação Atual – ISA reduziu-se 1,9%, passando de 69,2 para 67,9 pontos. O Índice de Expectativas - IE caiu 4,2%, atingindo 64,0 pontos.
Índice de Confiança
90,0
84,6
84,3
84,1
85,0
Índice da Situação Atual
84,1
83,5
83,2
82,0
set/15
ago/15
jul/15
jun/15
mai/15
abr/15
mar/15
fev/15
jan/15
dez/14
nov/14
out/14
set/14
ago/14
jul/14
jun/14
mai/14
abr/14
mar/14
fev/14
jan/14
dez/13
nov/13
out/13
set/13
120,0 110,0 100,0 90,0 80,0 70,0 60,0
Índice de Expectativas
81,6
81,3
77,7
79,9
78,2
80,0
76,5
75,0 70,0
set/15
ago/15
jul/15
jun/15
mai/15
abr/15
mar/15
fev/15
jan/15
dez/14
nov/14
out/14
set/14
ago/14
jul/14
jun/14
mai/14
abr/14
mar/14
fev/14
jan/14
dez/13
nov/13
out/13
set/13
65,0
Nível de Utilização da Capacidade Instalada - NUCI
FONTE: FGV
Causa No ISA, destacou-se a avaliação menos favorável sobre a situação atual dos negócios, com a parcela das empresas que a avaliam como boa diminuindo de 8,6% para 8,0%, e a das que a avaliam como fraca crescendo de 46,9% para 49,1%. Nas expectativas, houve recuo de 1,2 p.p. no percentual das empresas que prevêem aumento do pessoal ocupado, chegando a 6,1% de respostas, e aumento de 3,8 p.p., nas que prevêem redução, fechando com 34,5%. Consequência A combinação dos resultados indica que o setor industrial segue padecendo e que a retomada da atividade industrial ainda não deve se intensificar nos próximos meses.
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Atividade Sondagem de Serviços (Setembro/2015) – FGV Fato O Índice de Confiança de Serviços - ICS recuou 8,4% entre agosto e setembro, passando de 74,7 para 68,4 pontos, sétima ocasião na qual o índice registra o mínimo histórico em 2015. O Índice da Situação Atual – ISA diminuiu 12,7%, atingindo 46,9 pontos. O Índice de Expectativas - IE reduziu-se 6,1% chegando a 89,9 pontos. 160,0 140,0 120,0 100,0 80,0 60,0 40,0
set/15
ago/15
jul/15
jun/15
mai/15
abr/15
mar/15
Índice da Situação Atual
fev/15
jan/15
dez/14
nov/14
out/14
set/14
ago/14
jul/14
jun/14
mai/14
abr/14
mar/14
fev/14
jan/14
dez/13
nov/13
out/13
set/13
Índice de Confiança
Índice de Expectativas
FONTE: FGV
Causa No ISA, o indicador que avalia a situação atual dos negócios foi o que mais contribuiu para a queda entre agosto e setembro, 14,1% na margem. Nas expectativas, houve queda de 7,0%, no indicador que mede o otimismo em relação à evolução dos negócios nos seis meses seguintes. Consequência Os índices de confiança continuam captando os efeitos do desaquecimento econômico interno. Para os próximos períodos, não existe expectativas de melhora. Atividade ICC – Índice de Confiança do Consumidor (Setembro/2015) – FGV Fato Entre os meses de agosto e setembro, o ICC apresentou recuo de 5,3%, passando de 80,6 para 76,3 pontos. O índice da Situação Atual caiu 6,0%, passando de 71,4 para 67,1 pontos, atingindo o mínimo histórico pela sexta vez neste ano. O Índice das Expectativas diminuiu 5,4%, atingindo 81,1 pontos, também o novo mínimo da série.
130,0 120,0 110,0 100,0 90,0 80,0 70,0 60,0 50,0
set/15
ago/15
jul/15
jun/15
mai/15
abr/15
mar/15
fev/15
jan/15
dez/14
Índice da Situação Atual
nov/14
out/14
set/14
ago/14
jul/14
jun/14
mai/14
abr/14
mar/14
fev/14
jan/14
dez/13
nov/13
out/13
set/13
Índice de Confiança
Índice de Expectativas
FONTE: FGV
Vitrine da Conjuntura , Curitiba, v. 8 , n.8, out ubro 2015 | 9
Causa Com referência a situação presente, a proporção de consumidores que avaliam a situação econômica atual como boa chegou a 3,0%, e a dos que a consideram ruim atingiu 85,2%. No que tange ao futuro, apenas 9,3% dos consumidores prevêem comprar mais nos próximos seis meses, e 46,5% dizem que as compras serão menores. Consequência Não existem sinalizações de melhora para os próximos períodos, devendo o “humor” dos consumidores ser agravado com o crescimento do desemprego e deterioração da renda real do trabalhador. Atividade ICom - Sondagem do Comércio (Setembro/2015) – FGV Fato O Índice de Confiança do Comércio - ICom reduziu 4,1% em relação ao mês anterior, após a quinta queda consecutiva o índice atingiu 82,6 pontos, o menor nível da série histórica iniciada em março de 2010, chegando a 82,6 pontos. O Índice a Situação Atual – ISA teve a queda de 10,8% atingindo 50,4 pontos, e o Índice de Expectativas - IE reduziu-se 0,9%, chegando a 114,7 pontos. 165,0 145,0 125,0 105,0 85,0 65,0 45,0
set/15
ago/15
jul/15
jun/15
mai/15
abr/15
mar/15
fev/15
jan/15
dez/14
nov/14
Índice da Situação Atual
out/14
set/14
ago/14
jul/14
jun/14
mai/14
abr/14
mar/14
fev/14
jan/14
dez/13
nov/13
out/13
set/13
Índice de Confiança
Índice de Expectativas
FONTE: FGV Trimestre
Causa O ISA atingiu o menor nível da série histórica e no IE a maior contribuição para a queda foi dada pelo indicador que mede o grau de otimismo em relação à evolução da situação dos negócios nos seis meses seguintes, atingindo também o menor valor histórico. Consequência A queda no índice confirma desaceleração da atividade do setor Comércio, não existindo expectativas de melhora para os próximos períodos.
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Atividade Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (Agosto/2015) – IBGE Previsão da Safra de Grãos Fato Em agosto, a estimativa da safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas chegou a uma produção de 210,0 milhões de toneladas, 8,6% superior à safra de 2014, e 0,5%, acima da previsão de julho. A área a ser colhida, 57,6 milhões de hectares, está 1,9% acima da registrada no ano passado. Causa Com relação à produção de 2015 as três principais culturas, arroz, o milho e soja, que juntos representam 92,3% do total da produção nacional, teve variação positiva na produção de 3,6%, para o arroz, 11,9% para a soja e 6,5% para o milho. O levantamento sistemático da produção agrícola registrou variação positiva para dezesseis dos vinte e seis produtos analisados: amendoim em casca 1ª e 2ª safras, arroz em casca, aveia em grão, batata-inglesa 1ª e 2ª safras, café em grão – arábica, cana-de-açúcar, cebola, cevada em grão, laranja, mamona em baga, mandioca, milho em grão 2ª safra, soja em grão e trigo em grão. Em sentido contrário, deverão apresentar redução na quantidade produzida: algodão herbáceo em caroço, batata-inglesa 3ª safra, cacau em amêndoa, café em grão – canephora, feijão em grão 1ª, 2ª e 3ª safras, milho em grão 1ª safra, sorgo em grão e triticale em grão. Regionalmente, a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas está assim distribuída: Centro-Oeste, 88,7 milhões, equivalente a 42,2% da produção nacional, Sul, 78,0 milhões de toneladas, 37,2% da produção nacional, Sudeste, 18,8 milhões, 8,9%, Nordeste, 17,4 milhões, 8,3%, e Norte, 7,1 milhões, 3,4%. Consequência De acordo com prognóstico das áreas plantadas, realizado pelo IBGE em agosto, a safra de grãos em 2015 deverá surpreender positivamente, devendo superar o recorde de produção nacional.
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Atividade Pesquisa Mensal do Comércio (Julho/2015) – IBGE Fato No mês de julho, o volume de vendas do comércio varejista, com ajuste sazonal, caiu 1,0%, e a receita nominal cresceu 0,1%. Nas demais comparações, sem ajustamento, as taxas para o volume de vendas foi de negativos 3,5% sobre julho de 2014, e de negativos 1,0% no acumulado dos últimos doze meses. A receita nominal obteve taxas de positivos 4,2% com relação à igual mês de 2014 e 5,3% no acumulado em doze meses. No que se refere ao comércio varejista ampliando, no volume de vendas houve aumento de 0,6% frente ao mês anterior, queda de 6,8% frente a julho de 2014 e recuo de 4,9% no acumulado em doze meses. Com relação á receita nominal foi registrada expansão de 1,1% frente ao mês anterior, de 0,2% no comparativo com julho de 2014 e expansão de 0,9% no acumulado em doze meses.
170 150 130
110 90 70 50
jan
fev 2013
mar
abr
mai 2010
jun
jul
ago 2014
set
out
nov
dez
2015
FONTE: IBGE - Índices de volume de vendas no comércio varejista por tipos de índice (2003 = 100)
Causa Na série ajustada do comércio varejista, calculada com relação ao mês anterior, sete das oito atividades pesquisadas tiveram redução no volume de vendas, por ordem de magnitude os resultados foram Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, 5,5%, Móveis e eletrodomésticos, 1,7%, Livros, jornais, revista e papelaria, 1,3%, Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos, 1,1%, Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, 1,0%, Tecidos, vestuário e calçados, 1,0% e Combustíveis e lubrificantes, 0,4%. Outros artigos de uso pessoal e doméstico ficou estável. No comércio varejista ampliado, Veículos, motos, partes e peças, após sete taxas negativas consecutivas, teve crescimento de 5,1% e Material de construção, após o avanço de 5,3% em junho, teve queda de 2,4%. Comparativamente a julho de 2014, apenas duas atividades cresceram: Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, e de perfumaria, 1,6% e Outros artigos de uso pessoal e doméstico, 0,3%. No comércio varejista ampliado Material de construção teve recuo de 7,1%, e Veículos e motos, partes e peças, queda de 13,3%. Consequência O comércio varejista segue apresentando recuo, e dadas às medidas de ajuste orçamentário por parte do governo, para os próximos meses, ainda não é esperada recuperação significativa.
Vitrine da Conjuntura , Curitiba, v. 8 , n.8, out ubro 2015 | 12
Atividade Pesquisa Mensal de Serviços (Julho/2015) – IBGE Fato No mês de julho frente a igual mês do ano anterior, a receita nominal dos serviços cresceu 2,1%, repetindo a taxa de junho e superando a de maio, 1,1%. No acumulado do ano a taxa de crescimento ficou em 2,2% e no acumulado em doze meses, 3,3%. 170
150
130
110 90
70
50 jan
fev 2012
m ar
abr
m ai 2013
jun
jul
ago 2014
set
out
nov
dez
2015
FONTE:: IBGE Índice de receita nominal de serviços (Base: Média de 2011 = 100) (Número índice)
Causa No confronto com julho de 2014, o maior crescimento veio de Serviços Profissionais, Administrativos e Complementares, 3,5%, seguido de Transportes, Serviços Auxiliares, dos Transportes e Correio, 4,6%, Serviços Prestados às Famílias, 2,5% e Serviços de Informação e Comunicação, 0,8%. A única queda foi em Outros Serviços, 0,8%. Consequência O desempenho da receita dos serviços tem sido condicionado principalmente pela perda de intensidade do crescimento da massa salarial.
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Inflação IGP-10 (Setembro/2015) – FGV Fato O IGP-10 registrou variação de 0,61% em setembro, aumentando 0,27 p.p. com relação a agosto. No acumulado em doze meses o índice ficou em 7,82%, e no ano 5,88%. 1,29%
1,5%
1,27%
1,11%
1,0%
0,98% 0,31%
0,5% 0,30%
0,34%
0,42%
0,0% -0,5%
set/15
ago/15
jul/15
jun/15
mai/15
abr/15
mar/15
fev/15
jan/15
dez/14
nov/14
out/14
set/14
ago/14
jul/14
mai/14
abr/14
mar/14
fev/14
jan/14
dez/13
nov/13
out/13
set/13
jun/14
-0,67%
-1,0%
FONTE: FGV
Causa No mês de agosto, dentre os componentes do IGP, o IPA apresentou aceleração de 0,59 p.p., com variação de 0,82%. Neste, o maior avanço foi proveniente das Matérias-Primas Brutas, com variação de 1,56%, 0,90 p.p. maior do que a variação de agosto, com destaque para bovinos, café e cana-de-açúcar. Os Bens Intermediários tiveram aceleração de 0,24 p.p., decorrente do crescimento na variação de materiais e componentes para a manufatura, e os Bens Finais avançaram 0,68 p.p, como Consequência da maior variação em alimentos in natura. O IPC teve recuo de 0,28 p.p., com variação de 0,15%, com o grupo Alimentação sendo o principal responsável pelo decréscimo, com destaque para hortaliças e legumes. Outros grupos que tiveram desaceleração foram: Habitação e Educação, Leitura e Recreação. O INCC teve recuo, 0,41 p.p., com recuo de 0,82 p.p. em Mão de Obra e aceleração de 0,05 p.p. em Materiais, Equipamentos e Serviços. Consequência Contrariando as expectativas de recuo, o IGP-M voltou a apresentar aceleração, principalmente como Consequência de Matérias-Primas Brutas. A expectativa para os próximos períodos é de estabilidade.
Vitrine da Conjuntura , Curitiba, v. 8 , n.8, out ubro 2015 | 14
Inflação IGP-M (Setembro/2015) – FGV Fato Em setembro, o IGP-M registrou variação de 0,95%, 0,67 p.p. superior à variação do mês anterior, no ano o acumulado é de 6,34%, e em doze meses 8,35%. 2,00 1,50
1,67
1,50
1,00
1,17
0,98
0,50
0,29
0,95 0,41
0,27
0,00 -0,74
-0,50
set/15
ago/15
jul/15
jun/15
mai/15
abr/15
mar/15
fev/15
jan/15
dez/14
nov/14
out/14
set/14
ago/14
jul/14
jun/14
mai/14
abr/14
mar/14
fev/14
jan/14
dez/13
nov/13
out/13
set/13
-1,00
FONTE: FGV
Causa Na passagem de agosto para setembro, o IPA registrou variação de 1,30%, avançando 1,10 p.p. O responsável por este crescimento foi o índice de Matérias-Primas Brutas, com acréscimo de 1,67 p.p. na taxa de variação, com aceleração em minério de ferro, bovinos e cana-de-açúcar. O índice dos Bens Finais cresceu 1,23 p.p., com destaque para alimentos in natura e o dos Bens Intermediários 0,56 p.p., sendo o principal responsável para a aceleração, o subgrupo materiais e componentes para a manufatura. O IPC, com variação de 0,32% em setembro, acelerou-se 0,08 p.p., com a principal contribuição para o acréscimo partindo dos Alimentos, dado a maior taxa de variação do item frutas. Também apresentaram acréscimo em sua taxa de variação: Vestuário, Habitação, Comunicação, Despesas Diversas e Transportes. No INCC, Materiais, Equipamentos e Serviços teve maior variação no mês, 0,19 p.p. O componente Mão de Obra não apresentou variação no mês. Consequência O IGP-M, após o recuo do mês anterior, voltou a apresentar forte aceleração. Para os próximos períodos, apesar da baixa expectativa de retomada do crescimento econômico, a inflação deverá seguir em patamar elevado. Inflação IGP-DI (Agosto/2015) – FGV Fato O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) registrou variação de 0,40% em agosto, desacelerando 0,18 p.p. ante a inflação registrada em julho. Em doze meses a variação acumulada é de 7,80% e no ano 5,53%. Causa Em agosto, o IPA, variou de 0,44%, desacelerando 0,17 p.p. frente ao mês anterior, motivado por recuo mais intenso em Bens Finais, 0,75 p.p., decorrente dos alimentos in natura. Os Bens Intermediários tiveram aceleração de 0,17 p.p., sendo o principal responsável por este avanço o subgrupo suprimentos e as Matérias-Primas Brutas, aceleraram-se 0,12 p.p. com destaque para café, leite in natura e arroz. O IPC recuou 0,31 p.p., atingindo 0,22%, com a contribuição mais relevante para a desaceleração proveniente do grupo Alimentação, com destaque para o comportamento dos preços de hortaliças e legumes. O INCC teve avanço de 0,04 p.p., com aceleração em todos os seus componentes.
Vitrine da Conjuntura , Curitiba, v. 8 , n.8, out ubro 2015 | 15
2,0% 1,5%
1,48%
1,36%
1,21%
1,14%
1,0%
0,40% 0,53%
0,5%
0,40%
0,28% 0,0% -0,5% -0,63%
-1,0%
ago/15
jul/15
jun/15
mai/15
abr/15
mar/15
fev/15
jan/15
dez/14
nov/14
out/14
set/14
ago/14
jul/14
jun/14
mai/14
abr/14
mar/14
fev/14
jan/14
dez/13
nov/13
out/13
set/13
ago/13
FONTE: FGV
Consequência O IGP-DI voltou a apresentar desaceleração frente ao mês anterior, embora o acumulado siga em patamar elevado. Para os próximos meses a expectativa é de continuidade no recuo. Inflação IPCA (Agosto/2015) – IBGE Fato O IPCA variou 0,22% em agosto, 0,40 p.p. abaixo do registrado em julho, no acumulado em doze meses o índice chegou a 9,53%, 0,03 p.p. inferior ao registrado nos doze meses imediatamente anteriores, e no acumulado do ano a inflação está em 7,06%, 3,04 p.p. acima do registrado no mesmo período de 2014. Em Curitiba, a variação foi de 0,47%, 0,42 p.p. abaixo da de julho, acumulando alta de 8,83% no ano, e 11,06% em doze meses. Causa O maior recuo no mês foi proveniente do grupo Transportes, decorrente principalmente do item passagens aéreas, mas também tiveram menores variação: automóveis usados, pneus, e acessórios e peças. O grupo Alimentação e Bebidas, com forte participação no IPCA, passou a custar menos, de julho para agosto, com destaque para: batatainglesa, tomate e cebola. No grupo Habitação, a energia elétrica mostrou queda, o que não ocorria desde março de 2014, refletindo a redução no PIS/COFINS na maioria das regiões pesquisadas. O grupo Educação foi o que registrou a taxa mais elevada no mês, com aumentos em cursos regulares e cursos diversos. 12,00
1,40
10,00
1,20 1,00
8,00 0,80 6,00 0,60 4,00 0,40 2,00
0,20
0,00
0,00 ago/15
jul/15
jun/ 15
mai/15
abr/15
mar/15
fev/15
jan/15
dez/14
nov /14
out/14
set/14
ago/14
jul/14
jun/ 14
mai/14
abr/14
mar/14
fev/14
jan/14
dez/13
nov /13
out/13
set/13
ago/13
IPCA acumulado em 12 meses
IPCA variação mensal
FONTE: IBGE
Consequência Pelo segundo mês consecutivo, a inflação apresenta forte queda, embora nos valores acumulados ainda sigam em patamar elevado. Para os próximos meses, a expectativa é de novas quedas na taxa, refletindo o desaquecimento da atividade econômica.
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Inflação IPCA - 15 (Setembro/2015) – IBGE Fato O IPCA – 15 registrou variação de 0,39% em setembro, reduzindo 0,04 p.p. com relação a agosto. No ano e nos últimos doze meses os acumulados são de 7,78% e 9,57%, respectivamente. Em Curitiba a variação foi 0,30%, 0,33 p.p. abaixo do registrado no mês anterior. No acumulado em doze meses a variação foi de 10,79%, Causa No mês o maior impacto de alta foi proveniente dos grupos Transportes e Habitação, no primeiro em decorrência das passagens aéreas que tiveram alta de 23,17%, e no segundo do aumento no gás de botijão. 5,34%. No grupo Transportes, ainda cabe destacar o comportamento de alta dos ônibus urbanos e do conserto de automóvel e em Habitação, taxa de água e esgoto, artigos de limpeza aluguel residencial e condomínio. No grupo Alimentação e Bebidas, chama a atenção à pequena queda de 0,06%, com menores variações em cebola, tomate e cenoura. Consequência O índice nos valores acumulados segue em patamar elevado, embora de alguns indicativos de acomodação nas variações mensais. Para os próximos meses não são esperadas variações muito intensas. Inflação Custos e Índices da Construção Civil (Agosto/2015) – IBGE - Caixa Econômica Federal Fato O Índice Nacional da Construção Civil variou 0,70% em agosto, 0,01 p.p. acima da variação de julho. Em doze meses, o acumulado é de 5,96%, e no ano 4,58%. O custo nacional por metro quadrado passou de R$ 948,47, em julho, para R$ 955,12 em agosto, sendo R$ 510,89 relativos aos materiais e R$ 444,23 à mão-de-obra. No Paraná, as variações foram de 4,17% no mês, 6,10% no ano e 6,86% em doze meses, o custo médio da construção, no Estado, é de R$ 990,33. O Estado do Paraná apresentou a maior variação mensal, em decorrência do reajuste salarial resultado do acordo coletivo da categoria, 1,50 1,00 0,50 0,00 jan
fev
m ar
abr
m ai
jun 2014
jul
ago
set
out
nov
dez
2015
FONTE: IBGE
Causa Na composição do índice a parcela dos materiais variou 0,21%, 0,32 p.p. abaixo do mês anterior, e a componente mão-de-obra 1,28%, crescendo 0,41 p.p. em relação a julho. Nos últimos doze meses, os acumulados foram: 3,84% para materiais e 8,48% para mão-de-obra, e no ano, os materiais subiram, 2,73% e a mão-de-obra 6,80%. No mês as variações regionais foram: 0,09% na Região Nordeste, 0,94% na Região Norte, 2,18% no Centro-Oeste, 0,17% no Sudeste e 2,50% no Sul. Ainda na verificação regional, os acumulados em doze meses foram 5,07% na Região Nordeste, 5,83% na Norte, 5,16% no Centro-Oeste, 6,04% no Sudeste e 8,35% na Região Sul.
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Consequência A exemplo dos índices de outros setores, os custos da construção civil seguem em patamares elevados, vindo, porém, a apresentar variações mais moderadas. Inflação IPP - Índices de Preço ao Produtor (Agosto/2015) – IBGE Fato O IPP apresentou variação de 0,97% em agosto, ficando, portanto 0,25 p.p. superior à variação do mês anterior e 0,53 p.p. maior do que a do mesmo mês do ano anterior, 0,44%. No acumulado em doze meses a variação foi de 7,27%, e no ano 4,63%. Causa No mês, vinte das vinte e quatro atividades apresentaram variações positivas, as maiores variações foram em indústrias extrativas, outros equipamentos de transporte, fumo e papel e celulose. Os itens com maior influência foram: alimentos, indústrias extrativas, outros produtos de transporte e papel e celulose. No acumulado em doze meses, sobressaíram-se as variações positivas em transporte, fumo, papel e celulose e madeira. As principais influências vieram de alimentos, outros produtos químicos, veículos automotores e indústrias extrativas. Consequência O índice de preços ao produtor volta a registrar aquecimento, podendo comprometer a trajetória de arrefecimento apresentada pelos preços ao consumidor. Operações de Crédito Nota à Imprensa (Agosto/2015) - BACEN Fato O total do estoque das operações de crédito do sistema financeiro atingiu R$ 3.132 bilhões em agosto, com crescimento de 0,7% no mês e 9,6% em doze meses, atingindo 54,6% na relação com ao PIB, 0,1 p.p. acima do mês anterior, e 1,7 p.p. acima de agosto de 2014. A taxa média das operações de crédito referencial atingiu 29% a.a., com elevação de 0,6 p.p. no mês e de 5 p.p. em doze meses. A taxa de inadimplência da carteira de crédito elevou 0,1 p.p. no mês atingindo 3,1% da carteira total de crédito. Causa Os empréstimos contratados com recursos livres, que correspondem a 51,1% do total do sistema financeiro, atingiram R$ 1.600 bilhões, crescendo 0,3% no mês e 5,2% em doze meses. Os empréstimos realizados às pessoas físicas aumentaram 0,3% no mês, com destaque para o crédito pessoal. Nos empréstimos realizados às pessoas jurídicas, o crescimento foi de 0,4%, com maior expansão em financiamento às exportações e outros créditos. No crédito direcionado, houve crescimento de 1,1% no mês, e de 14,7% em relação ao mesmo mês de 2014, totalizando R$ 1.532 bilhões. As taxas médias de juros cresceram 0,6 p.p. no mês e 5,0 p.p. em doze meses. O custo médio dos empréstimos para pessoas físicas subiu 0,5 p.p. no mês e 5,5 p.p. em, doze meses e para as empresas o custo médio cresceu 0,5 p.p. no mês e 3,9 p.p em doze meses. A taxa de inadimplência da carteira de crédito referencial atingiu 3,1% no mês, sendo 3,8% para pessoas físicas e 2,4% para pessoas jurídicas. Consequência Como reflexo da baixa atividade econômica as operações de crédito tem perdido intensidade, devendo, por fatores sazonais, ocorrer crescimento um pouco mais intenso nos últimos meses do ano.
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Setor Externo Nota à Imprensa (Agosto/2015) - BACEN Fato Em agosto, as Transações Correntes registraram déficit de US$ 2,5 bilhões. As reservas internacionais diminuíram US$ 193 milhões, totalizando US$ 370,6 bilhões e a dívida externa somou US$ 346 bilhões, diminuindo US$ 3,2 milhões em relação ao montante apurado em junho. Causa O saldo da conta de transações correntes acumulou déficit de US$ 84,5 bilhões nos últimos doze meses, equivalente a 4,34% do PIB. A conta de serviços registrou déficit de US$ 2,6 bilhões, 30,2% abaixo do registrado em igual período de 2014. O item viagens internacionais, registrou despesas líquidas de US$ 827 milhões, 55,5% inferiores ao registrado em agosto do mês anterior. A conta capital e financeira registrou entrada líquida de US$ 2,1 bilhões destacando-se os ingressos líquidos em investimentos estrangeiros diretos US$ 5,2 bilhões. Na movimentação das reservas, durante o mês o estoque de linhas de recompra atingiu US$ 2,4 bilhões, com decréscimo de US$ 100 milhões em relação à posição de junho. A receita de remuneração de reservas atingiu US$ 219 milhões. As variações por preço e por paridade reduziram o estoque em US$ 349 milhões e US$ 147 milhões, respectivamente. Em agosto, a dívida externa de longo prazo diminuiu US$ 2,2 bilhões, atingindo US$ 287,1 bilhões e a de curto prazo reduziu US$ 1 bilhão, chegando a US$ 58,9 bilhões. Consequência A redução na classificação de risco da economia brasileira piorou os resultados externos da economia brasileira, principalmente no que tange a atração de investimentos. O volume das reservas ainda apresenta solidez e a dívida externa não demonstra sinais de aceleração, todavia, é preocupante o excessivo e recorrente déficit em transações correntes. Política Fiscal Nota à Imprensa (Agosto/2015) - BACEN Fato O déficit primário do setor público em agosto foi de R$ 7,3 bilhões. No ano o déficit alcançou R$ 1,1 bilhão, e em doze meses até agosto o acumulado é deficitário de R$ 43,8 bilhões, o que equivale a 0,76% do PIB. A dívida líquida do setor público, como percentual do PIB diminuiu 0,5 p.p., em relação a julho, e 0,4 p.p., no ano, atingindo o montante de R$ 1.929,9 bilhões. Os juros nominais, apropriados pelo critério de competência, totalizaram R$ 49,7 bilhões, em agosto. No acumulado do ano os juros atingiram R$ 338,3 bilhões e em doze meses, R$ 484,4 bilhões, equivalente a 8,45% do PIB. O resultado nominal registrou déficit de R$ 57 bilhões no mês, no ano o resultado foi de negativos R$ 339,4 bilhões e no acumulado em doze meses déficit de R$ 528,3 bilhões, 9,21% do PIB. Causa Por origem, o Governo Central registrou déficit de R$ 6,9 bilhões, os governos estaduais, R$ 174 milhões e as empresas estatais R$ 202 milhões. Os juros nominais apropriados em agosto diminuíram R$ 13,1 bilhões em relação ao total apropriado no mês anterior. A redução na relação entre dívida líquida e PIB, no ano, foi Consequência da desvalorização cambial acumulada e pelo efeito do crescimento do PIB nominal. Em sentido contrário, os juros nominais apropriados e o ajuste de paridade da cesta de moedas da dívida externa líquida contribuíram para um menor recuo. Consequência O resultado do orçamento segue negativo e os impasses políticos têm dificultado a adoção de medidas para corrigi-lo. Para os próximos meses é esperada maior austeridade e parcimônia por parte do Executivo, para a recuperação das contas públicas.
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