Título : A Nutrição aplicada ao Curso de Enfermagem Autoras: Themis Maria Dresch da Silveira Dovera Colaboradora: Ana Cláudia Figueiredo Cunha
Introdução
Nutrição aplicada à enfermagem surgiu da experiência docente da autora durante 15 anos na disciplina de Nutrição e Enfermagem da Faculdade de Enfermagem da Univ. Federal do Rio Grande do Sul. O livro apresenta o conteúdo básico das aulas de nutrição, já adaptado para o curso de enfermagem. A demanda por orientação alimentar tem crescido significativamente, face ao diagnóstico precoce das doenças crônicas e ao reconhecimento da influência da alimentação sobre elas. Também, a consideração do sobrepeso e da obesidade como fatores de risco para doenças cardiovasculares, hipertensão, diabetes mellitus, osteoartrite, osteoporose, câncer de mama, de endométrio e de cólon, leva à procura crescente de atendimento nutricional. No presente livro, a autora propõe-se abordar o tema quanto ao seguinte aspecto: Fundamentação teórica da nutrição voltada para a enfermagem em saúde coletiva e para enfermagem hospitalar.
Agradecimentos: Agradeço aos meus pais, Ilse Maria e José Néri que me entusiasmaram a cursar as duas faculdades: Enfermagem e Nutrição. Agradeço ao meu esposo Luiz Marcellos, amigão de todas as horas, que com paciência tem acompanhado minhas loucuras profissionais, e aos meus filhos Rachel, Rafael, Julia e Lorenzo que são a motivação da minha existência. Agradeço ao Sr. Ramilson Almeida, agente literário que mensalmente me entusiasmou na conclusão do livro. Homenagem Póstuma: Agradeço a Zulmira Floriza Cidreira deMoraes grande enfermeira do Hospital Materno-Infantil de Brasília, que trabalhou até os últimos dias de vida cuidando das crianças da emergência com muito amor, aconchegando as mães desesperadas.
Sumário:
INTRODUÇÃO À NUTRIÇÃO – CONCEITOS BÁSICOS...............................................................................................1 Definição de nutrição.............................................................................7 Finalidade da Alimentação............................................................................................8
Capítulo 2 FISIOLOGIA DIGESTIVA....................................................................9 Entendendo a dieta normal.....................................................................19 Leis Básicas da Alimentação............................................................................................23 Dieta Normal como Ação Preventiva.....................................................26
Capítulo 3 A COMPOSIÇÃO DOS ALIMENTOS..............................................29 Como são definidas e estabelecidas as RDAs e DRIs........................30 Níveis de Ingestão Máxima Tolerável de Nutrientes..........................33 Capítulo 4 Biodisponibilidade de nutrientes e visão global das deficiências nutricionais..............................................................................................71
Capítulo 5 Noções sobre dieta alimentar..............................................................86
Dietas Vegetarianas- Princípios gerais...................................................98 Aspectos importantes do uso dos farelos IP6.....................................105 Aprenda a contagem dos carboidratos................................................112 CAPÍLULO 6
ENFERMAGEM EM SAÚDE COMUNITÁRIA ............................123 Produtos Dietéticos no Mercado Brasileiro........................................144 CAPITULO 7
Enfermagem em clínica médica- Dietas hospitalares.........................161 CAPÍTULO 8
Nutracêutica............................................................................................180 CAPÍTULO 9 Educação para a saúde para cursos técnicos de Enfermagem e pessoal multiplicador na comunidade.................................................................207 Manutenção dos alimentos na temperatura adequada........................242 Nova Pirâmide Alimentar proposta pela Escola de Saúde Pública de Harvard...................................................................................................252 Capítulo 10
Escolhendo os recursos audiovisuais para Educação Alimentar................................................................................................258
Capítulo 1 INTRODUÇÃO À NUTRIÇÃO - CONCEITOS BÁSICOS
Entendendo o mecanismo de nutrição...
A organização física e química da matéria viva depende essencialmente dos elementos que constituem o protoplasma,substâncias orgânicas e inorgânicas, à custa dos quais é mantido o equilíbrio celular, apesar da instabilidade que caracteriza os processos metabólicos celulares. Mas, apesar do aspecto incessantemente mutável e de troca, bastante característicos dos fenômenos vitais, observa-se uma assombrosa estabilidade na constituição da matéria viva. O equilíbrio celular é resultado da harmonia dos processos físicos, químicos e fisiológicos, processos que dependem, em última instância de causas intrínsecas (celulares) e extrínsecas (meio interno). As causa intrínsecas, e celulares, referem-se à atividade metabólica que envolve processos de maior ou menor intensidade de acordo com o tipo de células e as funções que lhe são próprias, mas definitivas, empregados para liberar energia (reações exotérmicas) e para sintetizar material orgânico (reações endotérmicas). A causa íntima dessas reações, que se desenvolvem in vivo com extraordinária facilidade, depende dos fermentos ou enzimas que desempenham o papel de catalisadores e encontram-se presentes em todos os organismos vivos. Se não fosse assim, não se poderia explicar como o organismo as mais variadas e complicadas reações a uma temperatura de 37 o C, tal como se dá, com a degradação da glicose em CO2 e H2O que biologicamente se realiza sem dificuldade, e que in vitro nunca se processaria a essa temperatura. Estes fermentos ou enzimas são corpos que se encontram exclusivamente na matéria viva e não podem ser produzidos por outro tipo de matéria. Lang admite que todas as proteínas contidas nas células, que não interferem na formação da estrutura celular ou que não são elementos de construção celular, são proteínas enzimáticas. Aproximadamente, dois terços das proteínas de uma célula hepática são proteínas enzimáticas. Isto dá uma idéia precisa sobre a quantidade de enzimas que existe nas células e às quais se atribuem precisamente a vida celular. As enzimas também estão vinculadas com as chamadas mutações, teoria baseada em que cada gen produz alguma “novidade”, ou altera “algo” de uma enzima ou ainda modifica uma posição da cadeia de aminoácidos de uma enzima, além de,
geralmente, atuar com os produtos de atividades de outros genes. Essa variedade de ações determina a produção de efeitos múltiplos (pleiotropia).¹ O conteúdo e a atividade das enzimas sofrem influências por fatores endógenos e exógenos e por alterações anatomopatológicas dos diferentes órgãos. A alimentação e as condições nas quais se desenvolve a vida dos órgãos e tecidos (temperatura, pH do meio, hidratação e equilíbrio eletrolítico) são fatores que atuam como estimulantes ou inibidores das enzimas, determinando em certas circunstâncias modificações importantes e até morte celular. As causa extrínsecas dependem do líquido intersticial. Este conduz as substâncias em solução, necessárias para a vida celular, que, servem de meio receptor dos produtos de secreção e excreção das células. O líquido intersticial, juntamente com outros líquidos circulantes (sangue e linfa) constitui o “meio interno” que deve permanecer constante em sua composição, concentração, reação atual (pH) e temperatura, com variações muito pequenas possíveis dentro de estreitos limites.Essa, constância é mantida graças ao resultante em funções dos mecanismos de coordenação, nervoso e humoral, que automaticamente compensam todas as modificações que podem ocorrer, até restabelecer e assegurar o equilíbrio fisiológico entre os órgãos e o meio interno (Homeostase de Cannon). As constantes que devem ser mantidas são quatro: Composição da matéria viva (células e tecidos) Composição, concentração e reação do meio interno Temperatura
Quantidade das substâncias de reserva (hidratos de carbono, proteínas, gorduras, minerais e vitaminas) Para isso é preciso que com a alimentação cheguem todas as substâncias necessárias à vida do protoplasma. As células retiram das substâncias alimentícias conduzidas e dissolvidas no meio interno, o que constitui a alimentação celular. Logo, no interior das células, essas substâncias sofrem muitas transformações em virtude da função chamada de metabolismo, que tem por finalidade sintetizar outras substâncias (quimiossíntese) ou liberar energia potencial armazenada nessas substâncias alimentícias a fim de produzir calor e trabalho. Por último, as células transferem ao meio interno ou meio circundante, os produtos não utilizados ou residuais: função de excreção. Essas funções constituem por analogia o
fundamento fisiológico da vida do indivíduo e delas depende a normalidade ou não da nutrição . Processos da nutrição: 1. Processos formativos,de síntese ou anabolismo 1.1-Crescimento 1.2-Reparação de tecidos 1.3- Formação de reservas 1.4-Reposição de reservas 2.Processos energéticos e de análise 2.1-Liberação de energia e trabalho
3.Processos de Regulação e manutenção da hemóstase 3.1- Concentração de íon de hidrogênio 3.2- Concentração osmótica
4. Formação e eliminação dos produtos finais do metabolismo
Definição de nutrição
De acordo com os processos que ocorrem nas células, a nutrição, no organismo, não é uma função, mas a resultante do conjunto de funções harmônicas e solidárias entre si que têm por objetivo manter a integridade normal da matéria e assegurar a vida. A nutrição compreende três tempos:
A alimentação ou fornecimento da matéria, que compreende desde o momento em que se escolhe um alimento até que este é absorvido pelas vilosidades intestinais. O metabolismo ou retroca de matéria e energia, que começa a partir do instante em que os nutrientes são absorvidos até o momento em que o organismo os utiliza como fonte de energia, para processar materiais construtores das células ou para depositá-los sob a forma de reservas. A excreção, que compreende a eliminação ao exterior de parte utilizada e não utilizada. Essa eliminação é efetuada pelo tubo digestivo,pelos rins, pela pelos pulmões. Alimento X nutriente Escudero denomina alimento a toda substância que incorporada ou não ao organismo preenche uma função de nutrição, como por exemplo, as proteínas, os hidratos de carbono e as gorduras, que,depois de digeridos, fornecem substâncias que integram o organismo: aminoácidos, glicogênio, ácidos graxos e glicerol. Claude Bernard chama as essas substâncias “nutrientes”, porque são capazes de ser absorvidas diretamente. Atualmente entende-se por nutrientes todas as substâncias químicas indispensáveis à saúde e atividade do organismo, e por alimentos às substâncias naturais dotadas de certas qualidades sensoriais (gosto, sabor, aroma), de um certo tônus emocional, que excitam nosso apetite e contém uma variedade de nutrientes segundo sua composição química. Existem nutrientes que se incorporam ao organismo e outras não; é o caso da celulose que apesar de não ser incorporada, pois não é absorvida pelo intestino, tem sem dúvida uma
função de nutrição estimulando o peristaltismo intestinal. O álcool é um alimento porque sob o ponto de vista fisiológico fornece energia mediante o processo de oxidação, mas não se incorpora ao organismo como um nutriente.
Finalidade da Alimentação De acordo com os conceitos expressos, a alimentação tem por finalidade: Fornecimento de energia potencial
Fornecimento de nutrientes para os processos de crescimento, manutenção e para às necessidades próprias da gravidez. No processo de construção de tecidos inclui-se a reparação das perdas sofridas e a reposição das reservas mobilizadas. Fornecimento de água e eletrólitos necessários para a regulação homeostática do meio interno expressos pelas constantes físico-químicas, de concentração e de hidratação. O ditado “você é o que absorve”, quer dizer de uma maneira objetiva que a estrutura do organismo depende da alimentação, da forma como são utilizados os nutrientes e dos fatores que podem eventualmente modificar essa utilização: estado do organismo, condições ambientais, natureza do trabalho, constituição, fatores de ordem hereditária, assim como os hábitos alimentares do indivíduo
Capítulo II - FISIOLOGIA DIGESTIVA Os alimentos ingeridos devem percorrer o trato digestório para serem digeridos, e liberar seus nutrientes, em formas disponíveis para sua absorção, e circulação, de onde serão distribuídos aos diferentes órgãos, tecidos e células. O trânsito dos alimentos consumidos, é regulado pelo sistema nervoso, pelo controle hormonal, harmonizando a seqüência de movimentos.
Processos Encefálicos
A ingestão alimentar está ligada ao hipotálamo, através de fenômenos reflexos que incluem, a atenção despertada pelo alimento, o seu exame (manual, visual, olfativo ou tátil),e a sua incorporação ou não à boca após apreciação. Foi recentemente demonstrado que, a simples atenção e apreciação do alimento (reflexos visuais, olfativos ...), já desencadearia fenômenos que vão avisar o pâncreas, que determinado alimento chegará ao intestino, preparando-o para a liberação as enzimas digestivas necessárias para digestão, melhorado portanto, a assimilação. Processos Enzimáticos Boca
A presença do alimento na boca, estimula a liberação da saliva pelas
glândulas salivares. A saliva é constituída em parte, por substâncias produzida pelas células como a mucina , enzimas (amilase e lipase), bicarbonato, etc.. E a outra parte, provém do líquido intersticial como Na +, K+, Cl-, Ca+, HCO3-, uréia e água. As células do ductor excretor das glândulas salivares, têm a função de secretar ou absorver HCO3-, alterando o pH da saliva. Portanto as principais funções da saliva, seriam: -
diluir os alimentos e lubrificá-los, favorecendo a mastigação e a deglutição; dissolver os alimentos, permitindo a gustação;
-
umedecer, as mucosas da boca;
-
iniciar a digestão do amido (amilase salivar) e hidrolização da gorduras (especialmente do leite) através da lipase lingual.
Gástrico
A digestão de carboidratos pela ptialina continua na parte central do bolo alimentar enquanto o pH alcalino se mantém. Há secreção do Hcl (glândulas parietais), de pepsinogênio e fator intrínseco (glândulas principais), e iniciase a digestão das proteínas. As gorduras começam a se separar no topo do estômago Intestinal
No intestino delgado, há chegada da secreção pancreática e biliar. A bile secretada pelo fígado é armazenada na vesícula biliar e liberada para o intestino delgado quando há estímulo. A lipase ataca a gordura emulsificada pelos sais biliares liberando os ácidos graxos e monoglicerídeos. Precursores de enzimas, secretados no pâncreas (tripsinogênio e quimotripsinogênio), são ativadas por ação do Hcl e enzimas intestinais até tripsina e quimotripsima. Ocorre digestão de proteínas até aminoácidos, di e tripeptídeos. A amilase pancreática digere carboidratos até monossacarídeos, os di e tripeptídeos até os aminoácidos. No intestino grosso, os carboidratos não digeridos no intestino delgado e fibras, em parte, são fermentadas pelas bactérias do intestino. A maior parte das fibras alimentares é excretada com as fezes. Parte da gordura não é digerida e também não é excretada. Nas fezes, são excretados ainda resíduos da digestão das proteínas. O intestino grosso reabsorve grande parte de água
e dos sais minerais. Processos que Interferem na Digestão
Estudos demonstraram que, após os trinta anos, a cada dez anos se perde 10% da capacidade absortiva fisiológica. A secreção gástrica decresce com a idade, e a hipocloridria é encontrada em metade dos pacientes acima de sessenta anos. Há também diminuição da produção do fator intrínseco, diminuindo portanto, a absorção da vitamina B12. A insuficiência de enzimas pancreáticas ou a destruição das enzimas pancreáticas pelas proteases bacterianas (nos hipercrescimento bacteriano no intestino delgado) comprometem a digestão a nível de intestino delgado. Foi também verificado que, a partir dos quarenta anos a produção de enzimas digestivas começam decair, aumentando gradativamente com a idade. Ingestão alimentar maior que a capacidade digestiva, favorece o aparecimento de intolerâncias e/ou alergias alimentares. A presença dos poluentes ambientais, a contaminação químicas das águas, os resíduos e pesticidas na alimentação, os aditivos químicos (conservantes, estabilizastes, flavorizantes) impõem uma carga tóxica muito grande ao metabolismo.
Absorção
A absorção e a passagem dos nutrientes para a circulação não é apenas filtração, pois estão envolvidos processos, às vezes, passivos e em outros ativos. O sistema nervoso central e, em especial, o sistema nervoso autônomo,
juntamente com o endócrino, são os reguladores de todo o conjunto. Também não é um comportamento rígido e sempre igual, mas diversos fatores o modificam. Esses dependem da qualidade dos alimentos, de situações locais, das estruturas da mucosa, do estado de nutrição, de distúrbios digestivos, da idade e da competição dos nutrientes. As gorduras são absorvidas predominantemente no duodeno; as proteínas, no jejuno; os carboidratos, no duodeno e jejuno; ferro e cálcio, no duodeno; ácido fólico, no duodeno e jejuno; cobalamina no íleo; outras vitaminas hidrossolúveis, no duodeno e jejuno; sais biliares, no íleo; água e eletrólitos, no intestino delgado e cólon (cecum). Fatores que interferem na absorção
A presença de anormalidades das células da mucosa e a inadequada área de superfície podem comprometer a absorção. Trânsito intestinal acelerado (diarréias, cólon irritável) com tempo insuficiente para absorção. O acúmulo de toxinas nas vilosidades intestinais, não só prejudica a absorção de nutrientes, como irritam o cólon. Doenças como esprú, doença de Whipple, doença de Crohn, giardíase, criptosporioses, intolerância à lactose, gastroenterite eosinofílica, podem ser causa de má absorção.
Equilíbrio da Flora Intestinal .
A microflora intestinal normal constitui um complexo ecossistema aeróbio e anaeróbio de microorganismo, e sua taxa metabólica é maior do que a do próprio hospedeiro.
O conteúdo da flora é surpreendentemente estável na maior parte do tempo, mas é afetada pela dieta, uso de antibióticos e o estado de saúde. Certas funções metabólicas e atividades enzimáticas normais, podem ser atribuídas à microflora normal. Participam da síntese de vitamina B12 e vitamina K, da metabolização de nutrientes, vitaminas, drogas, hormônios endógenos (estrógeno...), e da inibição de carcinógenos. Sintetizam ácidos graxos de cadeia curta, através da fermentação de fibras solúveis, formando acetatos, propionato, butirato e valerato. Essas moléculas são rapidamente absorvidas, e os níveis fecais refletem o balanço entre a produção e a absorção. N-Butirato: ácido butírico é o SCFAs chave, porque é a principal fonte de energia para as células epiteliais colônicas. O possível mecanismo para a ação anti-cancerígena das fibras dietéticas seja, a aumentada fermentação das fibras à butirato. Foi sugerido que, a falha para o uso do ácido butírico pelas células mucosas colônicas ou quantidades inadequadas disponíveis no cólon, possam ser o fator etiológico primário no desenvolvimento da colite ulcerativa, doença inflamatória intestinal e câncer de cólon. Previnem a colonização de patógenos por competição, por produção de substâncias ácidas ou outras substâncias inibitórias, por síntese de antibióticos naturais. Portanto a manutenção do equilíbrio da flora intestinal é fundamental para manutenção da saúde, e prevenção das doenças. Relacionamos abaixo os principais microorganismos que habitam o intestino e suas funções: Lactobacillus acidophilo: Um habitante natural da boca, dos intestinos grosso e delgado, e na vagina. É aeróbio, porém facultativamente anaeróbio, que produz ácido láctico a partir de carboidratos. Suas funções são: # incrementar e auxiliar a digestão da lactose (pois produz lactase); # inibe o crescimento de microorganismos indesejáveis nos intestinos, por competição e pela produção de ácido lático e outras secreções inibitórias; # algumas cepas auxiliam na destruição de bactérias invasoras (produz
antibióticos); # algumas cepas metabolizam o colesterol, diminuindo a absorção e reduzindo risco cardiovascular; # diminuem a proliferação de Cândida albicans.
Lactobacillus bulgaricus: uma bactéria transitória, mas muito importante. Juntamente com o Streptococcus termoplhilus constituem a cultura de yogurt. Sua função é facilitar a digestão da lactose, pois aumenta a produção de lactase. Algumas produzem antibióticos naturais, impedindo a proliferação de outras bactérias nocivas. Lactobacillus delbruekii: é transitória no intestino, podendo ser encontrada na mucosa bucal. É aeróbio e é facultativamente anaeróbio. Produz ácido lático a partir dos carboidratos. Lactobacillus delbruekii: é acidófila e não produz lactase. Não é constante na mucosa intestinal. Lactobacillus salivarius: habitante natural dos intestinos, encontrado também na mucosa da boca.
Bifidubacterium bifidum: natural do intestino, mas também encontrado na
mucosa da vagina. Sua presença é maior no intestino grosso e a sua proliferação decai com a idade ou quando o organismo é acometido por certas patologias. Produz ácido acético e ácido lático, além de pequenas quantidades de ácido fórmico a partir de carboidratos. É exclusivamente anaeróbio, cujo crescimento se dá muito bem entre 37 e 41 OC. Bifidubacterium longum: exclusivamente anaeróbio e habita a flora intestinal de adulto e crianças. E assim como a espécie anterior, está relacionada com atividades benéficas para o organismo como: # previne a colonização dos intestinos por bactérias patogênicas, por competição; # diminui o pH intestinal através da produção de ácidos orgânicos, reduzindo as chances de sobrevida para outras bactérias perigosas (salmonella, klebsiella); # auxilia a reter nitrogênio para a síntese protéica;
# sua ausência pode levar à transformação de nitratos em nitritos, que causam câncer intestinal; # produz vitaminas do complexo B;
# auxilia na absorção de nutrientes que importam para o metabolismo hepático.
Enterococcus faecalis: reside nos intestinos em pequena população, controlada pelo equilíbrio estabelecido com os lactobacilos. Pode aumentar os níveis de aminas (tiramina e histamina). Acredita-se que a tiramina esteja envolvida nos ataques de migraina. Não há evidências de que sua presença seja benéfica para o organismo.
Streptococcus termophillus: espécie de vida transitória nos intestinos, produtores de ácido lático a partir de carboidratos (anaeróbios facultativa). É o único estreptococo que produz lactase.
Referência Bibliográfica:
DOUGLAS, Carlos R, Pato. Fisiologia Geral. São Paulo, Ed Robe, 2000.
Entendendo a dieta normal... Cada indivíduo tem exigências alimentares distintas, segundo a característica de seu organismo e a sua situação biológica. A alimentação deve se ajustar a certas regras necessárias para a instituição da chamada dieta “correta”, isto é, aquela que se ajusta a regras preestabelecidas e está livre de erros. Essas regras são constantes e aplicáveis a todos os casos e em todas as idades, quer para indivíduos sadios como para doentes. O organismo requer para seu crescimento normal, desenvolvimento e manutenção, uma quantidade adequada de nutrientes. A finalidade geral da alimentação consiste em “nutrir-nos”, o que se consegue por meio da ingestão de alimentos, de nutrientes e de substâncias reguladoras da nutrição. Todos os efeitos provocados pela nutrição podem ser medidos e analisados, tanto do ponto de vista da química interna ,como por meio da vida do indivíduo, ocorrendo em certas ocasiões que uma pequena modificação do processo de nutrição, revelada pela análise química, pode levar a profundos efeitos sobre processos vitais, a curto ou a longo prazo. O organismo não cria nem destrói nada, é um transformador que tira do ambiente a matéria e a energia indispensáveis para viver e isso supõe um perpétuo equilíbrio instável constante, pois a estabilidade é a morte. A alimentação compreende uma fase quantitativa e outra qualitativa, sobre as quais estão centradas, do ponto de vista funcional, todos os processos reguladores do organismo e do meio interno. Isto significa que o processo de comer não pode ser guiado pelos instintos e pelos hábitos alimentares exclusivamente, pois nem sempre estes poderão servir de base para efetuar uma seleção dos alimentos capazes de atender todas as exigências do organismo. O homem não tem consciência de suas verdadeiras necessidades químicas. De acordo com certos estudos experimentais realizados, ele pode viver e subsistir em dois níveis distintos, com cerca de 50% das exigências para a maior parte do alimentos. Mas viver e subsistir não significa viver naquele estado de saúde ótimo a que nos referimos. Levando em conta as regras científicas às quais se deve ajustar a alimentação do homem, este tem a
oportunidade utilizá-las em seu proveito para ter asseguradas as melhores condições de saúde. O que se deve entender por dieta normal? Esta denominação é utilizada erroneamente como sinônimo de dieta habitual ou corrente. Se a dieta normal implicasse apenas na consecução de uma alimentação habitual, os indivíduos integrantes do meio social poderiam viver num estado de saúde relativamente bom, porém, não de saúde ótima. Deste modo, a alimentação deve fornecer todos os nutrientes em quantidade suficiente. Normal significa regra, lei, portanto, refere-se ao “normativo”. Relacionando-se com a alimentação, o normal equivale à dieta que contenha quantidades recomendadas dos diversos nutrientes para cobrir as necessidades do organismo. Essas quantidades foram estabelecidas pelos especialistas baseados em investigações fisiológicas e são as que oferecem maior margem de segurança para a saúde. Quantidades recomendadas é uma denominação utilizada pelo Conselho Nacional de Investigações dos Estados Unidos e adotada quase universalmente. Medir é apreciar quantitativamente uma qualidade definida comparando-a com um padrão. Uma massa, o calor, a pressão, etc., não podem ser aproveitar sem que se conheça sua medida, e para isso são utilizadas unidades de medida selecionadas. Essa possibilidade de medir aplicada para mensurar a matéria inerte, peso, densidade, temperatura, etc. As quantidades de nutrientes recomendadas referem-se a unidades de medida que apresentam algumas características: pretendem medir uma qualidade particular dos alimentos e sua capacidade para cobrir os requerimentos fisiológicos do homem. Baseiam-se na medida quantitativa de um certo número de valores dos alimentos (valor energético, protéico, quantidade de vitaminas, minerais, etc.) ou seja, valores nutricionais. Essas medidas têm aplicação em relação às necessidades fisiológicas do organismo. Daí que o estudo das necessidades alimentares do homem é complexo, uma vez que não pode ser estabelecido por um padrão, como mencionados. O resultado das investigações experimentais sobre a alimentação e seus efeitos sobre o organismo, assim como os resultados sobre a vida e a saúde ótimas, tem permitido, no entanto, estabelecer certas “quantidades” de nutrientes necessários para a consecução da melhoria da vida do homem e sua manutenção de um ótimo estado de saúde. A dieta normal expressa o conjunto de necessidades adequadas para uma
situação biológica determinada. As necessidades normais específicas de uma dieta referem-se às necessidades em função da quantidade, do valor energético e dos diversos nutrientes estabelecidos como “quantidades recomendadas”. Portanto, as quantidades recomendadas ou aconselhadas não significam o mesmo que requerimentos; pois com as quantidades aconselhadas a cobertura dos verdadeiros requerimentos estão asseguradas e por isso a primeira denominação está sob este ponto de vista é mais correta, pois se bem que em alguns casos possam ser estabelecidos requerimentos, em outros, não tem sido possível até o momento chegar a um conhecimento exato dos mesmos. Na prática muitas vezes confunde-se o requerimento com a quantidade aconselhada, mas isso não tem mais um valor substantivo. A denominação da “dieta normal” é mais precisa do que a de dieta-padrão, palavra derivada do termo inglês que significa “tipo”. A dieta normal, baseada no cumprimento das quantidades recomendadas dos diversos nutrientes, favorece a perpetuação através de várias gerações dos caracteres biológicos do indivíduo e da espécie2. Para chegar a este fim, é indispensável que se mantenha a normalidade da composição química dos tecidos e dos humores, que se permita o funcionamento fisiológico dos diversos aparelhos e sistemas, que assegure a reprodução, favoreça a lactação e origine numa sensação de bem-estar geral que impulsione o indivíduo à atividade. Portanto, não se pode considerar normal uma alimentação que tenha efeitos contrários aos mencionados. A dieta normal varia com a idade sexo, lugar, atividade e funções biológicas.
Leis Básicas da Alimentação A dieta normal não consiste somente na enumeração de um conjunto de valores de nutrientes aconselhados. É algo mais, deve atender a certas exigências, entre as quais atender ao equilíbrio entre os constituintes nutricionais e a adequação em todos os casos. Todos os componentes da alimentação normal, quantitativa ou qualitativamente considerados estão subordinados a regras ou normas que em parte foram estabelecidas em 1937 pela senhora Randoin ,com o nome de “leis fundamentais da fisiologia alimentar”. Escudero estabeleceu regras constantes e invariáveis que têm aplicam-a em todos os indivíduos e as denominou “leis fundamentais da alimentação”. Essas regras asseguram os fins de uma alimentação normal e seu desconhecimento leva à doença. Primeira lei. A quantidade de alimentos deve ser suficiente para cobrir as exigências energéticas e manter o equilíbrio do seu balanço. Essa lei encerra dois conceitos: Um deles é o referente ao requerimento energético. O organismo necessita uma quantidade de energia suficiente para realizar seu trabalho e manter uma temperatura quase constante. Se os alimentos não fornecem a energia potencial, o organismo mobilizará materiais de reserva produzindose um balanço negativo de energia (entrada menor que a saída), condição que provoca o emagrecimento. A dieta que cumpre essa lei denomina-se suficiente. O outro conceito refere-se ao balanço das substâncias com função não puramente energéticas mas plástica ou hística, é dizer dos nutrientes que mantêm a composição normal e a estrutura dos tecidos: proteínas, minerais e vitaminas. O balanço entre os nutrientes que ingressam e chegam a formar parte do organismo e os que uma vez utilizados durante o processo do metabolismo, são eliminados, pode ser: em equilíbrio, se as saídas se igualarem às entradas; positivo, quando o que se elimina é menor do que o que foi ingerido, e negativo, quando o que se elimina é superior ao
ingerido. Do ponto de vista clínico, muitas vezes é necessário provocar um balanço positivo ou negativo de acordo com as circunstâncias. O balanço é normal quando permite a manutenção da saúde: positivo na criança que constrói tecidos para seu crescimento e desenvolvimento, e em equilíbrio, no adulto que deve manter, a constante a estrutura físico-química de seu organismo. Segunda lei. O regime alimentar deve ser completo na sua composição para oferecer ao organismo, que é uma unidade indivisível, todas as substâncias que o integram. Essa lei expressa conceitos claros e distintos: O fisiólogo e o médico não devem esquecer que o ser vivo forma um organismo e uma individualidade, que o corpo é um só constituído por uma quantidade de órgãos e sua vida uma só função 11. A alimentação, mesmo para doentes, deve considerar todo o organismo que constitui uma unidade indivisível. O regime alimentar deve ser completo, não pode omitir nenhum nutriente, pois a falta de algum deles produz efeitos nocivos sobre o organismo. Por isso não se pode prescrever uma dieta unilateral, de frutas, leite, vegetais, etc., portanto essas dietas não provêm todos nutrientes indispensáveis. Quando uma alimentação não fornece um ou mais nutrientes necessários ou o faz em quantidades abaixo do mínimo aconselhado, denomina-se dieta carente. A dieta completa inclui implicitamente o conceito de quantidade e do mínimo de nutrientes que se deve ingerir diariamente de acordo com as quantidades recomendadas para cada um deles. O organismo dispõe de mecanismos de defesa contra a falta ou redução temporária do consumo de algum dos nutrientes. O mecanismo ativo está constituído pelas reservas naturais que possui em relação a cada um dos nutrientes. Cada organismo contém uma quantidade determinada de reservas de proteínas, nos músculos principalmente e no fígado; de hidratos de carbono na forma de glicogênio no fígado e nos músculos; e de gorduras no tecido adiposo, além de reservas de ferro, cálcio, etc. Estas reservas são mobilizadas até o seu esgotamento no caso de carências de um ou mais nutrientes. A capacidade de síntese é outro dos mecanismos de defesa: partindo de corpos simples, formam-se outros mais complexos. O homem
pode sintetizar muitos aminoácidos mas nem todos, razão os alimentos completos – carne, leite e ovos, que contêm todos os aminoácidos – preservam de possíveis carências e são denominados “alimentos protetores”. Terceira lei. As quantidades dos diversos nutrientes que integram a alimentação devem guardar uma relação de proporções entre si. O significado desta lei é importante. Não basta que a alimentação contenha todos os nutrientes indispensáveis; estes devem guardar certas proporções para que o organismo os utilize convenientemente e sem provocar alterações. Por exemplo, o processo de calcificação e utilização do cálcio requer a provisão de quantidades absolutas e normais de cálcio e fósforo assim como uma relação adequada entre ambos minerais que se expressa pelas cifras de 1,50 e 1,35 para o lactente de um ano de idade, segundo o peso, e de 1 para a criança, o adolescente, o adulto e a gestante durante o período da lactância 3,4. Estabelece-se esta relação no adulto levando-se em conta que a excreção urinária de cálcio aumenta proporcionalmente com a quantidade de proteínas da dieta e, ainda, pela perda adicional urinária de cálcio. Quarta lei. A finalidade da alimentação está à sua adequação ao organismo. Não se pode prescindir da aplicação desta lei; para prescrever um regime alimentar é necessário primeiramente ter consciência da finalidade: No indivíduo sadio, conservar a saúde. No doente, curar a doença e recuperar a saúde. Na criança, assegurar o crescimento e o desenvolvimento.
Igualmente, a alimentação deve adequar-se:
Aos hábitos individuais. À situação sócio-econômica do indivíduo.
No doente, ao aparelho digestivo e ao órgão ou sistemas alterados pela patologia. As quatro leis são conexas e concordantes, de modo que o não cumprimento de uma leva forçosamente ao não cumprimento das demais.
Resumindo o significado das quatro leis, estas podem expressar-se assim: A alimentação deve ser suficiente, completa, harmônica e adequada.
Dieta Normal como Ação Preventiva O regime alimentar que atende às quatro leis da alimentação, que por si atua de maneira preventiva contra as possíveis alterações da nutrição, satisfazendo os nutrientes essenciais de acordo com os requerimentos recomendados. Dado o incremento das doenças degenerativas arteriais (arterosclerose) e sua relação, especialmente, com a doença coronária e a hipertensão arterial, a Associação Americana de Dietética aconselha considerar, ainda certa pauta para contrapor a possível influência da alimentação sobre tais patologias 4,5. Deve-se destacar, no entanto, que a ciência não pode assegurar que uma determinada dieta forneça a proteção necessária contra as doenças do coração, mas com base em estudos epidemiológicos e experimentais ,faz-se algumas recomendações para completar a função preventiva da dieta normal do adulto. Estas recomendações são as seguintes: 1. Evitar a obesidade, controlando o valor energético da dieta a fim de manter o peso dentro dos limites estabelecidos pelas tabelas. 2. Aumentar o consumo de alimentos hidrocarbonados complexos e feculentos, e dos que são fonte natural de hidratos de carbono: leite, vegetais em geral e frutas. Estes últimos têm a vantagem de fornecer, além de açúcares, outros nutrientes necessários para a alimentação do indivíduo. O conjunto de hidratos de carbono dessas fontes, deve proporcionar 48% do valor energético da dieta. 3. Limitar o consumo de açúcar refinado a 10% do valor energético total da dieta. Isso inclui o açúcar adicionado ao café, chá e bebidas em geral e os alimentos processados com elevado teor de açúcar. Tal quantidade é recomendada pelo The Select committee of Nutrition and Human Need of the United State Senate, depois de haver comprovado a ação nociva que as quantidades excessivas de açúcar exercem sobre o nível de colesterol
e de triglicerídes no sangue . 4. Limitar o consumo de gorduras a 30% do VCT da dieta, reduzindo o uso de manteiga e gorduras de fonte animal, substituindo-as pelo óleo vegetal de milho, soja. 5. Integrar a dieta com as seguintes proporções de gorduras: 10% no VCT com gorduras saturadas; 10% com gorduras monoinsaturadas e 10% com gorduras poliinsaturadas. Dessa maneira pode-se manter a lipemia dentro de limites normais. 6. Limitar o consumo de colesterol a 300 miligramas por dia. Recordamos que uma gema de ovo contém 250 mg. A respeito desta recomendação, foi estudado o efeito que poderia provocar tal consumo, acrescentando-se à dieta dois ovos inteiros durante três meses inteiros e não se observou um aumento significativo da colesterolemia. Esta investigação parece demonstrar que a abstenção indiscriminada de ovos na alimentação normal é inútil como medida preventiva no homem normal 16. Mas não se demonstrou o mesmo efeito nos doentes com arteriopatias, diabetes, nefrose e com tendência genética às doenças arteriais degenerativas. 7. Alternar o consumo de carnes de origem bovina com os pescados e aves. 8. Limitar a 5g por dia a adição de sal,igual a 2 colheres de chá, comum nos preparos alimentares. É bem conhecida a relação entre o sódio e a hipertensão arterial . Essas recomendações constituem uma associação de fatores quantitativos e qualitativos que têm por finalidade fazer da dieta normal de alimentação, uma dieta preventiva de algumas patologias degenerativas, arteriais especificamente.
Referência Bibliográfica
1.CRUSAFONT,M.;MELÉNDEZ,B.y AGUIRRE,E. La evolución.Editorial Católica.Madrid,1990. 2.ESCUDERO,P.La Classificación de los regímens alimentarios y su
aplicación al tratamiento.Publ.del Inst. Nac. De la Nutrición,volumen I,1935. 3.Food and Nutricional Board,National Academy of Sciences National Research Council.Recommended dietary allowances.Journal of the American Dietetic Associatition 64,2:150,1974. 4.CALLOWAY,D.H.Recommended dietary allowances for protein and energy.Journal of the American Dietetic Association,64,2:157,1974. 5.OLSON,RE.Are proffesionals jumping the gun in the fight against chronic disease? The journal of the American Dietetics 74,5:543,1979.
6. SIMOPOULLUS,A.P.The scientific basis of “the goals”.What can be done now? The journal of the American Dietetic Association 74,5:539,1979. 7.MAHAN, L.K., ARLIN, M.T. Krause Alimentos Nutrição e dietoterapia. Tradução de Alice Regina de Almeida et al. 8ª ed. São Paulo: Roca, 1995. 981 p. Tradução de Krause's food,nutrition and diet therapy. 8.MURRAY, R.K et al. Harper: Bioquímica. Tradução de Tomoko Higuchi et al. 6ª ed. São Paulo:Atheneu,1990.705p.Tradução de Inglês. 9.NAVES, M.M.V, SILVA, M.R. Manual de nutrição e dietética: Guia prático para o acadêmico de nutrição. Goiânia/GO: Universidade Federal de Goiás, 1995. 151p.
Capítulo III A COMPOSIÇÃO DOS ALIMENTOS O que são os nutrientes dos alimentos? Nutrientes são substâncias que atuam em nosso corpo como material energético, para construção ou como fator de regulação das reações químicas que recebem o nome de metabolismo. Eles se agrupam em proteínas, carboidratos, lipídeos, vitaminas, sais minerais e água. Durante os últimos anos, várias mudanças ocorreram em relação às recomendações nutricionais. Sobre as proteínas, por exemplo, atualmente essas recomendações são bem menores que antigamente. Há de se reconhecer que as taxas recomendadas de nutrientes são estimativas e, assim como foram alteradas em relação ao passado, poderão ser alteradas no futuro na medida em que a ciência está se aperfeiçoando. Devido às limitações científicas disponíveis, algumas recomendações são extrapolações ou, ainda, não definidas, como alguns minerais recentemente pesquisados. O propósito deste capítulo é avaliar todos os aspectos que influenciam nas necessidades nutricionais para obter uma visão mais abrangente da interação do alimento com o corpo humano. Fatores como estilo de vida, individualidade bioquímica, qualidade dos alimentos, transmutação biológica e biodisponibilidade são importantes para a compreensão do valor nutricional do alimento. Necessidades nutricionais
As “necessidades nutricionais” são definidas como as quantidades de energia e de nutrientes biodisponíveis nos alimentos que um indivíduo sadio deve ingerir para satisfazer todas as necessidades fisiológicas. Entende-se por “biodisponíveis” as substâncias que são digeridas, absorvidas e utilizadas pelo organismo. Já as “recomendações nutricionais” baseiam-se nas cifras das necessidades, corrigidas pela biodisponibilidade, às quais se adiciona a quantidade necessária para cobrir a variabilidade individual. No caso de alguns nutrientes, acrescenta-se também uma quantidade adicional como margem de segurança. O que é a RDA ? RDA (Recommended Dietary Allowances) são as Recomendações nutricionaispara a população americana sadia, estabelecidas pela Food and Nutrition Board (FNB) da National Research Council (NRC), National
Academy of Sciences dos Estados Unidos da América. São revisadas e publicadas periodicamente. A última edição ocorreu em 1989. Como são definidas e estabelecidas as RDAs ? Em 1989, RDAs foram definidas como os níveis de ingestão de nutrientes adequados para atender às necessidades de praticamente toda população sadia. São estabelecidas segundo vários critérios e tipos de evidências científicas, como por exemplo estudos epidemiológicos de avaliação de consumo, observando-se as médias e geralmente acrescentando-se dois desvios-padrão, garantindo-se com isso que sejam satisfeitas as necessidades da maioria da população (97 – 98%). O que são as DRIs? No momento de revisão da RDA/1989, os cientista americanos decidiram estabelecer uma nova estrutura para suas Recomendações Nutricionais e desenvolveram as DRIs (Dietary Reference Intakes), substituindo as revisões periódicas das RDAs. O que mudou ? Comparando-se as RDAs e DRIs até então publicadas, observam-se diversas mudanças, impossíveis de serem descritas totalmente aqui. É importante destacar que foram alteradas as quantidades de diversos nutrientes e as faixas-etárias até então utilizadas. Outra “novidade” é que as DRIs pretendem estabelecer não mais um único valor de referência do nutriente, mas um conjunto de 4 níveis de ingestão: A) RDA (Recommended Dietary Allowance): mantém o seu conceito inicial da quantidade de nutrientes suficiente para atender às necessidades diárias da maioria da população (97 – 98%), obtida pela avaliação do consumo médio e geralmente acrescidas de dois desvios-padrão. B) EAR (Estimated Average Requerement): é o valor médio de ingestão diária, quantidade suficiente para suprir às necessidades de 50% da população. C) AI (Adequate Intake): é também o valor médio de ingestão diária de um nutriente, mas que ainda não existem evidências científicas suficientes para o estabelecimento de uma RDA/EAR. D) UL (Tolerable Upper Intake Level): é o limite máximo de ingestão diária de um nutriente, tolerável biologicamente, disponível ao indivíduo pelo consumo de alimentos, alimentos fortificados, suplementos e também a água.
Foram estabelecidas limites máximos de segurança para a utilização de nutrientes pelas DRIs? Quais? Sim, principalmente devido ao crescente consumo de suplementos nutricionais e o uso de alimentos fortificados, foram estabelecidas para alguns nutrientes quantidades máximas de ingestão, que em hipótese nenhuma devem ser entendidas como “recomendações”. São quantidades definidas como UL, que improvavelmente causem efeitos adversos a saúde do indivíduo. Na última publicação, por exemplo, foi estabelecido UL da vitamina C de 2000 mg /dia, cuja recomendação para indivíduos adultos aumentou de 60 mg /dia para 90 mg /dia. Já temos DRIs para todos os nutrientes? Ainda não, aguardamos as publicações para energia, proteínas e talvez outros macronutrientes, assim como vitamina A, K, ferro, zinco, iodo e provavelmente outros nutrientes até então não estabelecidos pela RDA de 1989. E o que é então a IDR que observamos nos rótulos de alimentos ? CUIDADO !!! Não é a “tradução” da DRI, muito menos “Recomendações nutricionais” para a população brasileira. A IDR (Ingestão Diária Recomendada) é uma Portaria do Ministério da Saúde, publicada em 1998, unicamente com a finalidade de padronizar informações nutricionais para Rotulagem de Alimentos, principalmente quanto a porcentagem de atendimento às necessidades nutricionais. A IDR é baseada em duas importantes publicações anteriores com a mesma finalidade: ALINORM 93/22, publicada pela FAO/OMS e A GMN n? 18/1994 do Mercosul. Qual se adapta a realidade brasileira? E agora, o que usamos? Tradicionalmente usamos as RDAs e as Recomendações a SBAN (Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição), publicadas em 1990, para a Avaliação e o Planejamento de Dietas Adequadas. As mudanças propostas pelas DRIs, apesar de destinadas a população americana e canadense, devem ser consideradas pelos profissionais nutricionistas e na medida do possível adaptadas e usadas criteriosamente na sua realidade. Onde posso conseguir as DRIs? Diversos trabalhos em periódicos disponibilizam os dados até então publicados e também no website www.nap.edu pode-se acompanhar as novas publicações.
Veja os Níveis de Ingestão Máxima Tolerável para alguns nutrientes:
Nutriente
Nível
de
Ingestão
Máxima Tolerável por dia
Vitamina A
3.000 microgramas
Vitamina C
2.000 miligramas
Vitamina D
50 microgramas
Vitamina E
1.000 miligramas
Niacina ou Vitamina B3
35 miligramas
Piridoxina ou Vitamina B6
100 miligramas
Vitamina B9 ou Folato ou Ácido Fólico
1.000 microgramas
Cálcio
2.500 miligramas
Ferro
45 miligramas
Zinco
40 miligramas
Fonte: International Food Information Council, 2002
Níveis de Ingestão Máxima Tolerável de Nutrientes É o mais alto nível de ingestão diária de nutrientes isento de risco de efeitos colaterais para quase todos os indivíduos de uma população. Não deve ser utilizado como referência de ingestão, mas como um meio de se verificar a possibilidade de uma ingestão excessiva de um determinado nutriente. Esses níveis são estabelecidos e aprovados, juntamente com a Ingestão Alimentar Recomendada, pelo Food and Nutrition Board of the National Academy of Sciences. Suplementos (medicamentos) que contém formulações com níveis acima dos Níveis de Ingestão Máxima Tolerável podem apresentar sintomas e não são recomendados. As Vitaminas e Minerais que não constam no quadro, ainda não têm seus Níveis de Ingestão Máxima Tolerável estabelecidos pelo Food and Nutrition Board, sendo assim recomenda-se usar como referência as doses da Ingestão Alimentar Recomendada, uma vez que também podem ser tóxicos quando utilizados em excesso. .
Macronutrientes
PROTEÍNAS São macromoléculas constituídas de partículas menores denominadas de aminoácidos. Alguns aminoácidos são produzidos no organismo (aminoácidos não essenciais), enquanto oito deles necessitam ser introduzidos por meio dos alimentos (aminoácidos essenciais). A qualidade da proteína denominada valor biológico é determinada pela quantidade satisfatória destes aminoácidos essenciais. Quando um alimento os possui, costuma-se dizer que ele tem a proteína completa, ou de alto valor biológico. Há uma falsa crença que somente os produtos animais contêm a proteína completa, sendo que há também no reino vegetal proteínas de alto valor biológico, como as sementes oleaginosas (nozes, castanhas, amêndoas, etc.) e os cereais integrais, embora as contenham em pouca quantidade.E mesmo as proteínas vegetais incompletas em si, combinadas com outros vegetais, resultam em proteína completa. As proteínas desempenham diversas funções importantes: no crescimento e reparação dos tecidos; na produção de anticorpos,que atuam no sistema de defesa; na produção de enzimas e hormônios; na transmissão da rede nervosa; na formação do sangue e síntese de DNA. A alimentação moderna caracteriza-se por uma tendência ao consumo exagerado de proteínas, o que vem sendo relacionado com a origem de diversas doenças, inclusive o câncer. As recomendações atuais, diárias, são em torno de 0,8g por cada Kilograma de peso corporal para o adulto, sendo que na infância e na adolescência, gravidez e lactação as necessidades são bem maiores. Fontes de proteínas: Leite, derivados, ovos e carnes: embora os produtos animais sejam ricos em proteínas, são ricos em gorduras, hormônios e outros fatores indesejáveis que levam à fermentação, ao acúmulo de toxinas e ao desgaste dos órgãos . Os mais saudáveis são: iogurte, peixe e ovos caipiras. Leguminosas (feijões, lentilha, ervilha, soja, grão de bico, amendoim,
etc.): possuem um total de proteínas superior ao da carne, no entanto são deficientes em alguns aminoácidos essenciais e possuem fatores antinutricionais que necessitam serem desativados através de uma preparação adequada. Oleaginosas (castanha-do-pará, amêndoas, nozes, gergelim, avelãs, etc.) e algas marinhas: são ricas em quantidades e com alto valor biológico. Cereais integrais, frutas e hortaliças: mesmo não contendo proteína em alta concentração, auxiliam na complementação da cota diária de proteína. As proteínas originam os seguintes aminoácidos essenciais:
Estes são os principais aminoácidos essenciais: fenilalanina, histidina, isoleucina, leucina, lisina, metionina, triptofano, valina. Conheça agora cada um: FENILALANINA
Trata-se de mais um aminoácido muito empregado na medicina ortomolecular. Na forma L-fenilalanina, é estimulante da colecistoquinina, que inibe o centro da fome. Por isso, é usado no tratamento da obesidade. Também é estimulante da gordura marrom. A forma DL-fenilalanina é utilizada como analgésico, com efeito opiáceo, no tratamento da dor de diferentes patologias de base. As doses variam de 100 a 500 mg, 3 vezes/dia, nas formas L ou DL- fenilalanina.
HISTIDINA
Não é muito empregada na medicina ortomolecular. Seu uso é mais folclórico nos casos de fadiga crônica, no combate ao estresse e nas alterações da libido. As doses variam de 100 a 500 mg, 3 vezes/dia.
ISOLEUCINA
Também faz parte dos aminoácidos de cadeia curta.
Indica-se seu uso, geralmente, associado à leucina e à valina, como suplemento em polineuropatias e patologias degenerativas que comprometem a bainha de mielina. As doses variam de 100 a 500 mg, 3 vezes/dia. LEUCINA
A leucina faz parte dos aminoácidos de cadeia curta.
É indicada, principalmente, nas doenças desmielinizantes por fazer parte estrutura protéica da bainha de mielina. Recentes experiências têm sugerido sua administração como suplemento pacientes com esclerose amiotrófica lateral, associado à valina e à isoleucina. As doses variam de 100 a 500 mg, 3 vezes/dia.
LISINA
A lisina é outro aminoácido que faz parte da estrutura do hormônio do crescimento. Sua indicação preferencial é na profilaxia do herpes simples, principalmente o do tipo 1 ou genital. As doses médias variam de 100 a 500 mg, 3 vezes/dia. Na profilaxia do herpes, recomenda-se 500 mg em dose única/dia e por períodos prolongados.
METIONINA
É um importante aminoácido, porque é o principal fator na formação de cisteína, que tem efeito antioxidante. A metionina, por possuir grupos sulfidrila na composição, tem efeito antioxidante, assim como efeito quelante. As doses de metionina variam de 100 a 300 mg, 3 vezes/dia.
TRIPTOFANO
O triptofano também é um dos aminoácidos mais utilizados na medicina ortomolecular. Recentemente, foi objeto de polêmica, pois recebemos uma remessa dos Estados Unidos contaminada. Apesar disso, é muito indicado nas seguintes situações: a)
para tomar parte do metabolismo das vitaminas do complexo B, principalmente do ácido nicotínico e do cloridrato de piridoxina;
b)
como substrato formador do neurotransmissor de serotonina, razão pela qual são utilizadas altas doses em pacientes com insônia/depressão. Nestes últimos,é associado a inibidores da recaptação de serotonina;
c)
para formar a melatonina, na forma L-triptofano, via serotonina, que regula o ciclo do sono.
As doses sugeridas variam de 200 a 2.000 mg, 1 a 2 vezes/dia.
VALINA
A valina forma o triângulo dos aminoácidos de cadeia curta junto com a leucina e a isoleucina. É indicada como suplemento em pacientes com processo desmielinizante de diferentes origens. As doses sugeridas variam de 100 a 500 mg, 3 vezes/dia.
Aminoácidos não essenciais
Estes são os principais aminoácidos não-essenciais: ácido aspártico, ácido glutâmico, alanina, arginina, asparagina, carnitina, cisteína, citrulina, glicina glutamina, ornitina, prolina, serina e tirosina. Eles devem utilizados como suplemento alimentar e administrados, de preferência, em jejum ou, pelo menos, 30 minutos antes das principais refeições. Conheça, agora, alguns aminoácidos não-essenciais:
ARGININA
Trata-se de um dos aminoácidos mais utilizados na medicina ortomolecular
porque faz parte da cadeia de aminoácidos do hormônio do crescimento. A arginina sintetiza o óxido nítrico ou denominado fator de relaxamento endotelial, que pode ser utilizado como vasodilatador ou para diminuir a póscarga do trabalho do coração nos pacientes hipertensos. Esse aminoácido também sintetiza a espermidina, importante para a maturação dos espermatozóides, e acredita-se que tenha função na proteção da atividade cerebral, por ter sido encontrada espermidina no cérebro. A arginina deve ser administrada com cautela nos pacientes portadores de herpes e naqueles que estejam srecebendo suplementos simultaneamente de lisina (o fator pro-herpético da arginina deve-se à sua capacidade de inibir a absorção da lisina). As doses variam de 100 a 500 mg, 3 vezes/dia.
CISTEÍNA
É um dos aminoácidos mais importantes dentro da medicina ortomolecular pelas seguintes razões: a)
forma parte do núcleo ativo da enzima glutationa peroxidase, que inibe a formação dos peróxidos lipídicos;
b)
a sua formação deficitária, por deficiência clínica ou subclínica de vitamina B6, vitamina B12 ou de ácido fólico, favorece a formação da homocisteína; fator importante independentemente de risco de doença cardiovascular.
É indicado, principalmente, a pacientes com hipercolesterolemia, associado a níveis elevados de Apo-B ou lpA, indicativos de oxidação do colesterol, associado ou não a hipocolesterolemiantes. As doses médias de cisteína variam de 600 a 1.200 mg, até 3 vezes/dia, via oral – efervescente ou parenteral.
TIROSINA
Apesar de ser um produto intermediário do metabolismo da fenilalanina , pode ser utilizada isoladamente como estimulador da atividade tiroideana e como suplemento em pacientes com fadiga crônica. As doses variam de 100 a 500 mg, 3 vezes/dia.
CARNITINA
É um produto do metabolismo da lisina em presença de S-adenosilmetionina. Dentro dos conceitos da medicina ortomolecular, é indicada como suplemento nos seguintes casos:
a)
nas patologias cardiovasculares, por manter a atividade da musculatura lisa periférica e da musculatura estriada não-voluntária do coração. Neste último caso, tem sido empregada concomitantemente ao tratamento habitual em pacientes com insuficiência cardíaca, associada à ubiquinona ou coenzima Q10;
b)
como importante suplemento na formação da gordura marrom, que tem efeito termogênico, além de ser um protetor dos tecidos contra o estresse oxidativo.
As doses de carnitina variam de 100 a 500 mg, 3 vezes/dia.
CITRULINA
É um aminoácido normalmente empregado junto com outros aminoácidos
na suplementação do esqueleto protéico. A citrulina sugere propriedades semelhantes à histidina no combate ao estresse e à fadiga e na melhora da libido. Porém, isso ainda não tem base científica.
ORNITINA
A ornitina forma, junto com a arginina e a lisina, o esqueleto protéico do hormônio do crescimento. Pode ser administrada junto com a arginina, mas esta última deve ser administrada em dias diferentes da suplementação com lisina. As doses variam de 200 a 500 mg, 2 a 3 vezes/dia.
Obs.: A administração de arginina, lisina e ornitina não provoca o aumento dos níveis plasmáticos do hormônio do crescimento, e esses aminoácidos, não podem ser utilizados como substitutos deste hormônio em pacientes com insuficiência hormonal plasmática. Devem, isso sim, ser usados como suplementos alimentares para a manutenção do hormônio do crescimento.
GLICÍDEOS OU CARBOIDRATOS
São as substâncias básicas das plantas que se formam pela fotossíntese. A água, gás carbônico (CO2) e luz solar são englobados na planta, produzindo o carboidrato e o oxigênio essenciais à respiração e à vida. Os glicídios são a principal fonte de energia do organismo. São utilizados pelos músculos e armazenados no fígado e quando em excesso são transformados em gordura. O nível de glicose no sangue (glicemia) está relacionado com a consciência e a geração de energia e calor. As alterações da glicemia para hipoglicemia ou para a hiperglicemia (diabético), se forem exageradas, podem levar ao coma,
onde há perda de consciência. Alguns glicídios não são incorporados pelo organismo, como, por exemplo, as fibras (lignina, celulose, pectina), mas são extremamente importantes para o peristaltismo, favorecendo a eliminação intestinal. Além de evitarem a prisão de ventre, as fibras auxiliam na prevenção e tratamento de algumas doenças degenerativas, uma vez que impedem a absorção excessiva de gorduras e açúcar. Fontes: Há vários tipos de glicídeos: monossacarídeos (glicose, frutose) contidos nas frutas que são absorvidos diretamente nos intestinos; dissacarídeos (lactose do leite); sacarose (açúcar da cana e da beterraba) e os polissacarídeos (amido) encontrados nos cereais, tubérculos (batata, aipim, cará), etc., que são absorvidos somente depois de transformados pela digestão.
LIPÍDEOS OU GORDURAS
Os lipídios são nutrientes distribuídos por vários alimentos do reino animal e vegetal. Constituem as células do corpo; estão nos nervos, no cérebro, ajudam na formação de hormônios, transportam vitaminas lipossolúveis, dão proteção aos órgãos, e, em proporções corretas, fornecem calorias ao corpo com menor volume de alimento. Também protegem o corpo contra variações de temperatura e contra a excessiva perda de água por transpiração. Para serem transportados pelo sangue, os lipídios se combinam com as proteínas, formando assim as lipoproteínas. Elas diferem em: LDL (lipoproteína de baixa densidade) e HDL (lipoproteína de alta densidade). Enquanto as LDL favorecem o acúmulo de colesterol nas artérias, as HDL retiram as gorduras das artérias e as transportam para o fígado, de onde são
eliminadas. Daí que, popularmente, se designa o HDL de “bom colesterol” e o LDL de “mau colesterol”.
Fontes: Os alimentos naturais e integrais, como as oleaginosas, os cereais integrais, o azeite de oliva extra virgem e o abacate. Se usados em quantidade suficientes,dispensam o uso de outras fontes de óleos refinados e artificiais.
ÓLEO DE PRÍMULA
O óleo de prímula forma parte do grupo dos ácidos graxos ômega de tipo 6. Recentemente, tem sido muito propalado seu uso como suplemento nas seguintes circunstâncias: a)
como profilático em pacientes com cefaléia crônica ou nos casos de enxaqueca. Não é recomendado seu uso durante as crises;
b)
nos pacientes com síndrome de tensão pré-menstrual, por agir como intermediário no metabolismo das prostaglandinas. Seu uso é indicado durante todo o ciclo menstrual ou, pelo menos, 10 dias antes da provável data de menstruação;
c)
é utilizado em algumas patologias dermatológicas, associado ao
tratamento convencional. As doses variam de 100 a 500 mg, 2 a 3 vezes/dia.
ÔMEGA 3 (ÁCIDO EICOSA PENTANÓICO)
É um dos suplementos ortomoleculares mais convencionais que existem. O ômega 3 é indicado como suplemento em pacientes com hipercolesterolemia (não abaixa o colesterol; aparentemente, mantém os níveis obtidos pela dieta e uso de agentes que reduzem o colesterol). É administrado a pacientes com hipertrigliceridemia. Em altas doses, reduz os níveis de triglicerídios, devendo-se utilizar mais de 3 g/dia. Nos pacientes com doenças auto-imunes, como as doenças do colágeno (artrite reumatóide), tem sido empregado, associado ou não, a imunossupressores e/ou anti-inflamatórios, pois inibe a formação dos leucotrienos via lipoxigenase (fator de resposta inflamatória), em doses que variam de 6.000 a 9.000 mg/dia. O omega 3 tem um importante efeito antiplaquetário, podendo ser empregado como suplemento nutricional, associado ou não a outros antiplaquetários (ácido acetilsalicílico, dipiridamol, ticlopidina.). As doses habituais variam de 500 a 3.000 mg, 3 vezes/dia. Obs.: quando são administrados ácidos ômega – 3 ou ômega – 6, aumentase o potencial de peroxidação lipídica, razão pela qual é sugerida a suplementação simultânea de antioxidantes, principalmente vitamina E, cisteína, vitamina C, e bioflavonóides.
2- Vitaminas
VITAMINAS LIPOSSOLÚVEIS
VITAMINA A
A vitamina pré-formada ou retinol é encontrada nos produtos de origem animal, e a pró-vitamina A (betacaroteno que se converte em vitamina A no corpo) é encontrada principalmente nos vegetais verdes e amarelos. A vitamina A é essencial à visão (especialmente à visão noturna), regulação da divisão celular, reprodução e imunidade. Há inúmeras pesquisas que apontam o betacaroteno como redutor da incidência por câncer através de suas propriedades antioxidantes. Outros estudos demonstraram o enorme poder desta vitamina no aumento da resistência a infecções. Também acelera a cicatrização e reverte o envelhecimento da pele. Entretanto, a vitamina A formada em doses altas é tóxica, enquanto o betacaroteno tem uma toxicidade extremamente reduzida. A vitamina A não é empregada na medicina ortomolecular. Ela não tem propriedades antioxidantes, razão pela qual não tem indicações terapêuticas. A vitamina A também apresenta algumas contra-indicações principalmente
em pacientes com mitose celular, pois apresenta propriedades mitogênicas.
BETACAROTENO (pró – vitamina A)
Possui as seguintes propriedades:
a) efeito inibidor sobre oxigênio simples ou singular b)efeito inibidor sobre radicais superóxidos;
c) efeito protetor sobre diferentes tecidos mucosos do organismo: pulmões, boca, bexiga, estômago,etc; Em recentes estudos isolados, evidências têm sugerido que o beta – caroteno pode agravar o câncer de pulmão. Também indicam precaução quanto ao seu uso em pacientes fumantes e portadores de câncer de pulmão. As doses recomendadas por via oral variam de 30 a 100 mg/dia. Elas têm efeito cumulativo, pois o betacaroteno é uma vitamina lipossolúvel (acúmulo hepático), cujo efeito colateral é o amarelamento da pele, que desaparece quando sua administração é suspensa. Fontes: Vitamina A pré formada se encontra nas carnes, peixes, leite e derivados. O betacaroteno se encontra na cenoura, manga, mamão, verduras folhosas, damasco, abóbora, brócolis, batata-doce, melancia.
VITAMINA D
É a única vitamina cuja forma biologicamente ativa é um hormônio. Pode ser produzida na pele, a partir dos raios ultravioletas do sol, e também existe em pequenas quantidades nos alimentos. Desempenha um papel importante no controle do metabolismo do cálcio; controle de proliferação e
diferenciação celular, que poderiam ter um enorme impacto na prevenção e no tratamento do câncer. A maior incidência tanto de câncer de cólon e reto quanto de câncer de mama encontra-se em áreas de menor exposição à luz natural, devido à deficiência de vitamina D e consequentemente de cálcio. O Japão é uma exceção, pois embora haja pouca exposição aos raios solares, há alta ingestão de vitamina D devido ao grande consumo de peixes. É conhecida como vitamina anti-raquítica e utilizada na profilaxia da osteoporose pela sua capacidade de reabsorver o cálcio que seria eliminado pelos rins. As doses médias empregadas por via oral variam de 200 a 600 UI/dia. Como se trata de uma vitamina lipossolúvel, as doses médias de 400 UI/dia devem ser suspensas a cada 30 dias, por um período de 7 dias, para se esgotarem os excessos do organismo. Fontes: Peixes gordurosos, leite e derivados, gema de ovo, Sol.
VITAMINA E
Importante antioxidante que protege contra os radicais livres, a poluição do ar e as substâncias tóxicas. Protege contra distúrbios neurológicos e cardiovasculares, estimula o sistema imunológico, reduz sintomas da síndrome pré-menstrual e aumenta a fertilidade. Possui as seguintes propriedades:
a)
inibe a peroxidação lipídica, podendo ser utilizada em todas as circunstâncias onde existam uma acentuação do estresse oxidativo,
utilizando o material graxo como substrato; b)
inibe a agregação plaquetária em doses de 400 a 800 UI/dia;
c)
pode ser empregada, em altas doses, no tratamento de vasculopatias periféricas.
As doses de vitamina E variam de 100 a 1.200 UI/dia. As doses menores são empregadas de forma profilática e as doses maiores, terapeuticamente. É importante lembrar que a vitamina E sofre um processo de peroxidação quando age como antioxidante e que para ser recuperada necessita da presença da vitamina C ou da vitamina B12, que age com catalisadora da enzima glutationa redutase, que ajuda a refazer a glutationa peroxidase.
Fontes: Cereais integrais, ovos, folhas verdes, azeite de oliva, nozes, castanhas e gergelim.
VITAMINA K
Tem várias funções, sendo a mais importante a síntese de fatores envolvidos na coagulação sanguínea. Importante na mineralização óssea, na cicatrização de fraturas, prevenção e tratamento da osteoporose e prevenção de câncer. É produzida no intestino pela flora intestinal benéfica, composta predominantemente de lactobacilos, encontrados nos alimentos fermentados como o iogurte e o missô (pasta de soja fermentada). Recentes trabalhos determinam que o uso da vitamina K tem resultados benéficos no tratamento da osteoporose. A vitamina K ajuda a conversão da do ácido glutâmico em ácido carboxiglutâmico, que faz parte da matriz óssea denominada de osteocalcina. O ácido carboxiglutâmico possui duas cargas negativas que favorecem o depósito de cálcio no osso por este duas cargas positivas.
As doses médias de vitamina K variam de 0,25-1 mg/dia. Por ser uma vitamina lipossolúvel, nas doses diárias de 1 mg é recomendável sua suspensão a cada 45 dias por um período de 7 dias. Fontes: couve-flor, couve, espinafre, repolho, alface, e em menor proporção nos cereais, como trigo e aveia. VITAMINAS HIDROSSOLÚVEIS
VITAMINA B1 (cloridrato de tiamina)
Desempenha um papel importante na conversão da glicose em energia biológica. Participa de reações metabólicas fundamentais do sistema nervoso, coração, formação das células sanguíneas e manutenção dos músculos. Protege contra o envenenamento por chumbo – aspecto importante em vista da poluição de chumbo nos sistemas de tratamento de água. Ajuda a controlar o diabetes, é útil no tratamento de herpes e outras infecções, assim como no tratamento da anemia. O alcoolismo e a alimentação desequilibrada com cereais refinados e grande consumo de café e chá podem ocasionar a deficiência dessa vitamina. Conhecida como beribéri, a carência de vitamina B1 pode afetar o sistema nervoso, comprometendo seu funcionamento. Assim como as outras vitaminas que formam parte do grupo de vitaminas do complexo B, a vitamina B1 é um importante co-fator na síntese de ATP pelas vias metabólicas dos carboidratos, lipídios e proteínas. Entre suas funções mais importantes destacam-se: a) nas neuropatias, principalmente alcoólicas;
b) em certas patologias cardíacas dependentes de deficiência de cloridrato de tiamina. As doses habituais variam de 10 a 100 mg/dia.
Fontes: cereais integrais, leguminosas, frutos do mar, carnes.
VITAMINA B2 (RIBOFLAVINA)
É essencial tanto na respiração celular, onde a energia é produzida, quanto
na eliminação de resíduos tóxicos. Tem propriedades antioxidantes, protegendo das lesões causadas pelos radicais livres. Exercícios vigorosos aumentam a necessidade dessa vitamina. Protege contra o câncer e a anemia. Participa como elemento fundamental no NADH, no NADPH e no metabolismo do ATP ( trifosfato de adenosina).
É um co-fator importante na recuperação da glutationa peroxidase por participar diretamente no metabolismo da glutationa redutase, razão pela qual não pode ser esquecido nas fórmulas de tratamento dos níveis elevados de peroxidação lipídica. As doses habituais variam de 10 a 100 mg/dia. Fontes: Leite, queijo, iogurte, vegetais verdes folhosos, frutas, cereais e carnes.
VITAMINA B3 (ÁCIDO NICOTÍNICO)
Atua na prevenção e tratamento da esquizofrenia e outras doenças mentais, melhora a artrite; reduz a hipertensão; desintoxicante de poluentes, álcool e drogas; reduz o colesterol protegendo das doenças cardiovasculares e aumenta a imunidade. Dentro dos conceitos da medicina ortomolecular, a vitamina B3 é indicada no tratamento suplementar de: hipercolesterolemia e esquizofrenia. As doses, para ter efeito nessas duas patologias, podem chegar a 3 g/dia. Porém, podem surgir efeitos colaterais, como hepatite reversível, razão pela qual as doses devem ser ministradas de forma progressiva. As doses de vitamina B3 variam de 30 a 2000 mg/dia.
Fontes: Carnes, peixes, leguminosas, vegetais verdes, arroz integral, castanhas.
VITAMINA B5
Denominada de ácido pantotênico, a vitamina B5 participa de diferentes processos metabólicos do organismo, porém tem sido muito utilizada em pacientes com osteoporose como suplemento na forma de pantotenato de cálcio. Baseada mais em dados empíricos que em científicos, a vitamina B5 também vem sendo usada como suplemento dietético em pacientes com alopecia. As doses recomendadas variam de 50 a 200 mg/dia.
VITAMINA B6 (PIRIDOXINA)
Importante no funcionamento das enzimas, essencial para a síntese protéica e do ácido nucléico, e na produção das hemácias. Entre todas as vitaminas do complexo B é a mais vital para o sistema imunológico. Sua deficiência pode provocar problemas de pele, anemia e distúrbios mentais. A quantidade recomendada está associada ao nível de proteína da dieta. Quanto maior a quantidade de proteína que se ingere maior é a necessidade de B6. É utilizada como suplemento nas seguintes circunstâncias: a)
profilaxia da arteriosclerose, por agir como co-fator na conversão da metionina em cisteína;
b) por participar no metabolismo das prostaglandinas, é utilizada em pacientes portadoras de tensão pré-menstrual; c)
em pacientes com cefaléias de diferentes origens, pode ser empregada como complementação terapêutica;
d) suplemento nutricional, em altas doses para pacientes com síndrome de túnel de carpo e doença de Peyrionie. O uso prolongado de vitamina B6, em altas doses, pode provocar uma neurite completamente reversível quando a suplementação é suspensa. As doses recomendadas variam de 10 a 300 mg/dia. Fontes: Cereais integrais, carne, aveia, banana, pescado, ovos.
VITAMINA B12 (HIDROXICOBALAMINA)
É essencial para o sistema nervoso, exercendo papel protetor contra toxinas e alérgenos. Há indícios de que possa ter efeitos anticancerígenos. Sua deficiência provoca anemia, perda de memória, fraqueza e distúrbios mentais. Embora as maiores fontes de Vitamina B12 sejam encontradas nos alimentos de origem animal, há alguns alimentos de origem vegetal que a contém em menor quantidade. A maior parte do que necessitamos é formada no intestino a partir de outros nutrientes na presença de uma flora benéfica. Na medicina ortomolecular, a vitamina B12 é indicado principalmente para: a)
pacientes com anemia macrocítica, deficientes em vitamina B12, ou na deficiência do fator intrínseco;
b)
pacientes com doenças desmielinizantes por participar da síntese da mielina com aminoácidos de cadeia curta e ácidos graxos ômega 3 e ômega 6;
c)
pacientes portadores de homocisteína elevada, que é um fator independente de risco coronariano e está associado a deficiências clínicas ou subclínicas de piridoxina, hidroxicobalamina, ou ácido fólico.
A vitamina B12 é muito bem tolerada, inclusive em altas doses. As doses variam de 10 a 100 mg/dia.
Fontes: Peixes, carnes, ovos, leite e derivados, banana, semente de girassol, algas marinhas e alimentos fermentados.
ÁCIDO FÓLICO
Atua na produção normal das hemácias, assim como participa de vários processos metabólicos do organismo, sendo o mais importante a síntese de DNA. Pesquisas revelam efeitos benéficos no combate ao câncer e no tratamento da arteriosclerose. As deficiências podem ser provocadas por dietas desbalanceadas, problemas de absorção, gravidez, alcoolismo e deficiência de B12. O ácido fólico faz parte do grupo de vitaminas do complexo B e tem as seguintes características: a)
profilática em pacientes grávidas para evitar a lesão do tubo neural no produto da gestação;
b)
controle em pacientes com homocisteína elevada, que é um fator de risco cardiovascular independente, seja como ácido fólico isolado,seja associado a deficiências de vitamina B6 e/ou vitamina B12;
c)
a deficiência do ácido fólico está relacionado a alterações na maturidade dos glóbulos vermelhos, provocando anemia macrocítica isolada ou associada a deficiência de vitamina B12.
As doses ortomoleculares de ácido fólico variam de 300 a 500 mg/dia.
Fontes: Laranja, feijão, arroz e principalmente nos vegetais folhosos verdes escuros (brócolis, espinafre, alface romana etc.) Deve-se notar que a cocção dos alimentos diminui seu teor em cerca de 50%.
ÁCIDO PANTOTÊNICO
Faz parte do complexo B desempenhando inúmeras funções metabólicas
essenciais ao corpo humano, inclusive relacionadas à produção de hormônios e a produção de energia. Há indícios de que reduz o colesterol sanguíneo, sendo útil na desintoxicação do álcool e como estimulante imunológico. Atua na cicatrização de feridas, previne e alivia a artrite devido ao seu papel terapêutico no tratamento de distúrbios ósseos e articulares. Fontes: cereais integrais, ovos, brócolis, leite, soja, feijões, cogumelos.
VITAMINA H (BIOTINA)
Vitamina do complexo B que é produzida no intestino pelas bactérias e obtida pela alimentação. Importante no metabolismo dos aminoácidos, na síntese de ácidos graxos e melhora o desempenho do atleta. Não é recomendável ingerir clara de ovo crua, pois contém uma antivitamina que impede a absorção de biotina. A aplicação da biotina, também conhecida como coenzima R, na medicina ortomolecular ainda está sob pesquisa nos seguintes aspectos: a) fragilidade capilar; b) alterações dermatológicas;
d)
deficiências de biotina, principalmente por excesso de avidina, que se encontra no ovo;
e)
participação da síntese de vitamina C em animais, já que o homem não sintetiza essa vitamina e depende de sua absorção como suplemento ou por meio dos alimentos.
As doses de biotina variam de 25 a 300 mg/dia.
Fontes: Nozes, grãos integrais, leite, vegetais. Ocorre também uma produção de biotina no intestino através da flora intestinal.
VITAMINA C (ÁCIDO ASCÓRBICO)
Importante na cicatrização de feridas, previne doenças de gengivas, devido ao papel importante na formação do colágeno (a substância protéica que une as células). Protege contra poluentes por seu efeito poderoso de antioxidante. É benéfica na prevenção de doenças cardiovasculares; de problemas de visão; tratamento do câncer; distúrbios mentais e capaz de reduzir a gravidade dos resfriados e outras infecções. A vitamina C é um dos mais potentes antioxidantes. Trata-se de uma vitamina hidrossolúvel, excelentemente tolerada pelo organismo. Entre suas funções mais importantes destacam-se: a)
aumento da absorção de ferro;
b) participação na síntese de colágeno; c)
poderoso efeito antioxidante;
d) aumento da atividade fagocitária dos macrófagos através do ascorbato leucocitário; e)
recuperação da vitamina E oxidada.
A administração de vitamina C varia de 100 a 10.000 mg/dia. Em condições profiláticas, devem ser administradas doses de 150 a 1500 mg/dia, como antioxidante. Na presença de patologias, as doses variam de 500 a 2.000 mg/dia. Em doenças graves, como tratamento coadjuvante, as doses podem ultrapassar 10 g/dia. Fontes: Encontra-se em abundância nos frutos cítricos, vegetais verdes e legumes. Alguns fatores que aumentam a necessidade de vitaminas: Gravidez, lactação, crescimento, presença de infecções, alcoolismo, exercícios extenuantes, stress, hipertireoidismo e outras doenças. Alguns fatores que interferem na absorção de vitaminas:
Minerais e água
Os nutrientes discutidos até agora são todos orgânicos, pois contém carbono em sua composição. Além destes existem os minerais, que são inorgânicos, que participam de uma série de processos bioquímicos e fisiológicos necessários à manutenção da saúde. A probabilidade de ocorrência dos estados de insuficiência de minerais é maior que de vitaminas.Isso se deve às condições fisiológicas de risco e também ao fato de que, em algumas regiões, o solo está empobrecido pela agricultura convencional ou pelo desequilíbrio ecológico.
Os minerais se dividem em: Macrominerais: CMacronutrientes:Cálcio, fósforo, sódio, potássio, silício, enxofre, cloro e magnésio. Oligoelementos: ZOligoelementos:Zinco, ferro cobre, cromo, selênio, cobalto, molibdênio, iodo e manganês. Minerais MineraiMinerais possivelmente essenciais:: Suas funções biológicas estão sendo investigadas como por exemplo: boro, estrôncio, vanádio, germânio, lítio, níquel, rubídio, estanho. Minerais tóxicos: Minerais Tóxicos:Ainda sem função conhecida sendo que em quantidade elevadas causam intoxicações e intensificam a formação de radicais livres. Por exemplo: alumínio, arsênio, cádmio, chumbo, mercúrio, níquel e bário.
CÁLCIO
Além de ser um dos principais componentes dos ossos e dentes, é crucial para a condução nervosa, contração muscular, frequência cardíaca, coagulação sanguínea e manutenção da função imunológica. Sua deficiência pode ocorrer mesmo com uma alta ingestão de cálcio, visto que há outros fatores causadores dessa carência. O cálcio é um dos elementos mais abundantes no organismo, na quantidade aproximada de 1 quilo, distribuído principalmente nos dentes e ossos. Entre suas principais indicações ortomoleculares citamos: a)
na suplementação de pacientes com osteoporose, seja na forma de carbonato, pantotenato, citrato, lactato , seja na forma quelada;
b) em alguns casos de doença hipertensiva, com deficiência de cálcio, tem-se mostrado eficaz como suplemento à terapia habitual. As doses de cálcio variam de 300 a 1.200 mg/dia. Nos casos de osteoporose severa pode-se chegar a doses de 2 mil mg/dia. Fontes: Amêndoa, coco, gergelim, leite e derivados, vegetais folhosos escuros. Recomendação de Cálcio – Adulto (mg)
FÓSFORO
FAO
400-500
RDA
800
Tem a função de produção de energia, formação de ossos e dentes. Sua absorção também é regulada pela vitamina D. Atualmente, devido ao uso de aditivos ricos em fósforo nas plantações, está havendo uma maior probabilidade de ocorrer um excesso de ingestão de fósforo que pode interferir na formação óssea e competir com o manganês, zinco e magnésio.
Fontes: Está presente em vários alimentos em grandes quantidades, não havendo problema de carência como normalmente ocorre com outros nutrientes.
FERRO
É essencial na produção de energia, pois participa do processo completo da respiração. A hemoglobina é a proteína que transporta grande parte de oxigênio nas hemácias; sua função e síntese dependem profundamente do ferro. A deficiência do ferro causa anemia ferropriva que continua sendo a principal doença nutricional do mundo. A deficiência pode ocorrer sem anemia, produzindo sintomas de fadiga, problemas de comportamento, franqueza muscular e maior susceptibilidade a doenças. No entanto, o excesso de ferro livre, não associado a proteínas é um poderoso gerador de radicais livres. Fontes: Carnes, vegetais verdes, feijão, açaí, damasco, coco, gergelim, sementes oleaginosas. É importante a presença de vitamina C para aumentar a absorção de ferro.
IODO
Está presente em pequenas quantidades na crosta terrestre e, portanto, no solo. É abundante nos oceanos, sendo encontrado em animais e plantas marinhos. É parte essencial dos hormônios tireóideos. No Japão, onde as pessoas consomem muito iodo, principalmente proveniente de algas marinhas, é baixa a incidência de hipotiroidismo e hipertiroidismo. Protege também contra os feitos tóxicos dos materiais radioativos, constituindo um bom agente anti-séptico. As algas marinhas ricas em iodo contêm outras substâncias que oferecem proteção contra algumas formas de radiação. Fontes: É encontrado no sal refinado na forma de iodeto artificial; e em sua forma de iodo natural nas algas, peixes, frutos do mar e sal marinho.
GERMÂNIO
Tem-se indicado seu uso, principalmente no Japão e Estados Unidos, como um imunoestimulador em pacientes portadores de doenças graves, como a Cida ou Aids, câncer. No Brasil, a experiência ainda é muito pequena, e o produto não se encontra à disposição com facilidade. As doses variam entre 50 a 200 mg/dia.
LÍTIO
O carbonato de lítio é usado em pacientes com psicose maníacodepressiva. A reposição de lítio, na forma quelada, libera lentamente o mineral. Para se atingir níveis plasmáticos fisiológicos é mais fácil com doses menores. Em pacientes com patologias depressivas endógenas ou secundárias, podese utilizar o exame de cabelo como um indicador de excesso ou deficiência de lítio. As doses variam de 10 a 100 mg/dia.
MAGNÉSIO
Atua na síntese de proteínas e lipídios, na formação óssea; transmissão da corrente nervosa; na contração e relaxamento muscular; formação de anticorpos; reposição de cartilagem e como cardioprotetor. Fatores que causam deficiência de magnésio: excesso de gordura saturada na alimentação, excesso de fósforo, excesso de cálcio e de proteínas, adubos ricos em potássio, refrigerantes à base de cola, excesso de ácool e sal refinado. A deficiência de magnésio causa anorexia, irritabilidade, taquicardia e outras alterações cardíacas, insônia, apatia e confusão. Uma carência crônica
de magnésio pode levar a um reumatismo articular ou osteoartrose, uma vez que para a síntese de colágeno, que é uma proteína das articulações, é necessário ingerir, além de proteína, vitamina C e magnésio. O magnésio é um dos elementos minerais mais importantes do corpo humano ,e dentro dos conceitos de medicina ortomolecular é empregado: a)
hipotensor, por inibir a entrada de cálcio dentro do sarcômero;
b)
importante agente para manter a passagem dos estímulos entre os neurônios;
c)
agente antiarrítmico, principalmente em pacientes com deficiência plasmática de magnésio;
d)
nas profilaxias de enxaqueca, na tensão pré-menstrual e na hipertensão leve ou limítrofe.
As doses de magnésio variam de 30 a 300 mg/dia. Em doses muito elevadas, o efeito colateral mais frequente é a diarréia, que desaparece com a suspensão do medicamento. Fontes: A parte mais rica em magnésio das plantas são as sementes, alguns legumes e cereais integrais, e em quantidade menos concentrada nos folhosos.
MANGANÊS
Importante para o funcionamento normal do cérebro e eficaz no tratamento das doenças mentais, na reprodução, na manutenção da estrutura óssea normal, no metabolismo da glicose e tratamento da diabetes e atua também como antioxidante que ajuda a prevenir o envelhecimento precoce. O manganês é um oligoelemento cuja maior importância reside na formação de parte da enzima superóxido dismutase de origem mitocondrial, assim como a de agir como co-fator na formação de diferentes aminoácidos, principalmente da arginina, que age na formação do óxido nítrico, o fator de relaxamento endotelial.
As doses de manganês variam de 1 a 5 mg/dia, porém é preciso ter muito cuidado com a superdosagem desse mineral, que pode ocorrer facilmente e se manifestar com as características de uma síndrome extrapiramidal, que desaparece com a eliminação do manganês do organismo. Fontes: As melhores fontes são grãos integrais e nozes. Frutas e vegetais verdes dependem do solo e da safra.
POTÁSSIO
É um dos principais componentes das nossas células exercendo um papel essencial em muitas funções, tais como contração muscular, condução nervosa, frequência cardíaca, produção de energia, síntese de ácidos nucléicos e proteínas. Auxilia na redução da pressão sanguínea e na eliminação das matérias inúteis do organismo. O potássio é usado como suplementação em pacientes portadores de patologia cardíaca, deficientes em potássio, principalmente quando são tratados com diuréticos. Nesses casos, além do potássio, deve-se administrar, concomitantemente, o magnésio. As doses variam de 25 a 100 mg/dia.
Fontes: Frutas e vegetais frescos, principalmente crus.
MOLIBDÊNIO
É um mineral necessário para a atividade de algumas enzimas, age como desintoxicante de substâncias potencialmente perigosas que se encontram nos alimentos e outras fontes de poluição. Desempenha papel também como antioxidante e auxilia no metabolismo de carboidratos e gorduras. É um mineral sem grandes indicações na medicina ortomolecular. No entanto, seu uso em altas doses pode estimular a formação do ácido úrico. O molibdênio pode ser usado como antioxidante em pacientes com níveis elevados de estresse oxidativo, em doses que variam de 1 a 20 mg/dia. É indicado para pacientes cujo mineralograma de cabelo indica sua deficiência. Fontes: Grãos, legumes, vegetais folhosos verdes escuros, leite e
leguminosas.
ENXOFRE
Na realidade, a suplementação de enxofre é realizada por administração de aminoácidos com grupos sulfidrilas, como a metionina, a cisteína, a taurina.. Dentro do mineralograma de cabelo, níveis baixos de enxofre são considerados como indicadores de fatores de risco cardíaco independente, porque indica deficiência de certos aminoácidos, principalmente a cisteína, que modifica positivamente o perfil lipídico dos pacientes com risco cardíaco. As doses de aminoácidos como fonte de enxofre podem ser encontradas no capítulo de aminoácidos.
CROMO
É importante na prevenção e tratamento da diabetes, protege contra doenças cardiovasculares e hipertensão arterial revelando-se útil no tratamento da hipoglicemia. Alguns fatores contribuem para reduzir o cromo no organismo como: envelhecimento, gravidez, alto consumo de alimentos refinados e exercícios em excesso. Até pouco tempo, acreditava-se que o cromo não tinha função terapêutica. Porém, hoje, sabe-se que ele pode ser usado como suplemento nas seguintes circunstâncias: a) como suplemento nos pacientes com diabetes, para potencializar os antidiabéticos orais (suolfonilureas e biguanidas), pois, provavelmente,
potencializa os receptores periféricos da insulina; b) segundo um grande número de pesquisadores, teria um efeito antiaterogênico, por ativar o colesterol-LDL, principalmente quando administrado em altas doses; c) os institutos de pesquisa nos Estados Unidos, dedicados a atletas, têm sugerido que a administração do cromo por tempo prolongado e em altas doses, poderia aumentar a capacidade aeróbica e anaeróbica, principalmente em atletas treinados. As doses recomendadas variam de 50 a 300 mcg/dia. Praticamente não apresenta efeitos colaterais em doses de até 1.000 mcg/dia.
Fontes: Carnes, queijo, cereais integrais, tomilho. Não se sabe ainda a necessidade diária, mas recomenda-se entre 50 à 200 microgramas (não miligramas). Ao que parece, a ingestão de cromo na dieta norte-americana típica é inferior a 50 a 200 mcg., possivelmente devido ao alto consumo de alimentos refinados.
SELÊNIO
É um mineral que o organismo necessita em quantidades mínimas, importante porém na prevenção de diversas doenças. É encontrado em uma enzima crucial na defesa contra a oxidação (relacionada ao envelhecimento e a doenças crônicas), o que lhe confere um importante papel de antioxidante. Sua deficiência leva à catarata, distrofia celular, depressão, infertilidade, doenças cardíacas, câncer. Na medicina ortomolecular, o selênio é o oligoelemento mais importante que se conhece, por formar parte da enzima denominada glutationa peroxidase, que inibe os peróxidos lipídicos e utiliza selênio dentro de sua
molécula para garantir sua atividade antioxidante. O selênio também tem sido sugerido como suplemento em casos de: a)
miocardiopatias, principalmente em regiões geográficas pobres em selênio;
b)
países e/ou cidades localizadas em regiões pobres em selênio,que têm apresentado um aumento na incidência de câncer;
c)
trabalhos têm sugerido que a deficiência de selênio poderia ser um indicador da severidade de certos tipos de câncer, como o de mama;
d)
a suplementação de selênio é muito importante para pacientes com hipercolesterolemia, como forma de ativar a inibição enzimática da oxidação do colesterol.
As doses de selênio variam de 30 a 200 mg/dia. Atualmente, utiliza-se o selênio orgânico apenas na forma quelada, cuja margem de segurança é muito alta, até 1.000 mg/dia, o que não acontece com o uso do selênio inorgânico (selenito, selenato). Fontes: Brócolis, castanha- do- Pará, couve, aipo, pepino, cebola, rabanete, grãos, peixe.
BORO
O boro é um oligoelemento praticamente desconhecido até bem pouco tempo. Porém, a medicina ortomolecular tem utilizado o boro, principalmente, em pacientes portadores de osteoporose, como suplemento associado a hormônios (estrogênio e/ou progesterona) ou isoladamente em pacientes com contra-indicações absolutas ou relativas ao uso de hormônios. A função principal do boro é a de ceder um grupo hidroxíla (OH-) para a formação do 17-alfa-hidróxi-pregnonelona, que vai dar lugar à formação de estrogênios e progesterona.
As doses recomendadas variam de 1 a 6 mg/dia. Não tem sido relatados efeitos colaterais, inclusive, até 10 mg/dia.
ZINCO
Atualmente é referido como um dos principais protetores do sistema imunológico, atuando na prevenção de doenças. Auxilia na formação da insulina; é importante para manter o equilíbrio ácido-básico do sangue; acelera a cicatrização de feridas; é útil no tratamento da infertilidade e impotência. Estudos indicam que também previne a cegueira decorrente do envelhecimento. O zinco é um dos minerais mais importantes dentro do organismo, porque participa como co-fator de mais de 80 enzimas endógenas. Na medicina ortomolecular é empregado principalmente como:
a) suplemento antioxidante, associado ao cobre na manutenção da atividade da enzima superóxido dismutase de origem citoplasmática; b) fragilidade ungueal; c) alterações nas papilas gustativas, e modificações nas características linguais; d) agente imunoestimulante em doses profiláticas até 50 mg/dia; e) na hiperplasia prostática, por agir como co-fator da enzima 5-alfaredutase, na conversão em testoterona. As doses variam de 10 a 200 mg/dia, devendo manter sua homeostasia com o cobre, em uma relação máxima de 16:1. Porém, alguns trabalhos tem sugerido que doses acima de 100 mg, por tempo prolongado e sem administração concomitante com o cobre, podem provocar um efeito imunossupressor. Fontes: Cereais integrais, frutos do mar, carnes, semente de abóbora, ovo.
COBRE
O cobre participa junto com o zinco na formação da enzima superóxido dismutase de origem mitocondrial e na formação do colesterol, principalmente na formação de HDL. Ele também tem provocado alterações, para mais ou para menos, no plasma de cobre em pacientes com artrite reumatóide. As doses variam de 1 a 20 mg/dia, mantendo-se o equilíbrio com o zinco de no máximo 1:16.
SUPLEMENTAÇÃO DE VITAMINAS E MINERAIS
Apesar de as carências nutricionais, decorrentes da alimentação industrializada e do solo empobrecido, estarem aumentando a demanda dos suplementos vitamínicos e minerais, esse é um dos temas mais polêmicos da nutrição. Podem haver riscos pois na natureza os nutrientes não vêm isolados, mas sim dentro de um complexo onde outros fatores são fundamentais para o equilíbrio nutricional. Altas doses de vitamina C por meio de comprimidos podem causar cálculos renais em indivíduos susceptíveis, ao passo que sua suspensão abrupta, após uma ingestão prolongada, pode provocar escorbuto, doenças provocada pela carência da vitamina C. Essa inversão ocorre porque o organismo condiciona a eliminação de vitamina C na presença de seu excesso. Um outro problema é que os nutrientes interagem no corpo, fazendo-se necessário um equilíbrio entre eles, pois o excesso de um leva a deficiência do outro. Por exemplo, altas doses de niacina em pessoas com pelagra levam ao beribéri (deficiência de tiamina) e vice-versa; altas doses de tiamina levam a sintomas de pelagra (deficiência de niacina). Portanto, quando a suplementação for necessária é preciso que ela seja balanceada com vários nutrientes. Uma complementação isolada, além de muitas vezes não resolver o problema, pode levar à carência de outra substância. Embora o melhor suprimento de vitaminas e minerais deva vir de uma
dieta balanceada, há situações que justificam uma suplementação como no alcoolismo, nas gestantes, nos pacientes cirúrgicos em outras situações de doenças, de má absorção de nutrientes ou de estresse. Mas é preciso haver uma indicação clínica para definir a dose, a forma de administrar e o tempo de uso, uma vez que em altas doses as vitaminas são tóxicas, especialmente as lipossolúveis, pois são armazenadas em maior quantidade.
ÁGUA
A vida sempre se desenvolveu na água e as grandes civilizações também. É um solvente universal que representa mais de 2/3 do peso de nosso corpo, assim como do planeta Terra. Existe uma relação profunda entre água e vida, água e ordem da natureza. É um elemento fundamental na circulação do sangue e atividade dos fluidos linfáticos, assim como em todas as transformações químicas que acontecem no corpo. Atua no controle da temperatura, no transporte de substâncias pelo corpo, na limpeza dos órgãos internos e na desintoxicação. É útil para evitar prisão de ventre e necessária para equilibrar a acidez e alcalinidade. A quantidade de água necessária por dia depende das diferenças pessoais, isto é, da constituição física, do sexo, atividade e clima. A quantidade pode variar também para uma mesma pessoa, dependendo das condições em que se encontra ao longo do dia. O controle da quantidade de água é baseado na quantidade que se elimina. Há quatro saídas de água pelo corpo: transpiração pela pele, excreção urinária, pelas fezes e expiração do ar úmido pela respiração. Em média um ser humano adulto excreta por esta vias de 1.500 à 2.000 mL de água por dia. Desta forma a mesma quantidade de líquidos deve ser ingerida por dia. Isto inclui a água que se ingere com as frutas e outros alimentos aquosos, o que torna difícil uma medição exata. O ideal é que a água seja ingerida em pequenos goles durante o dia que atua como um remédio para problemas de estômago, ao invés de uma grande quantidade de uma vez. É bom ressaltar que é necessário um equilíbrio, visto que o xcesso de água é tão prejudicial quanto a falta. É importante manter o equilíbrio entre o sal e água, principalmente para pessoas que têm maior probabilidade de reter água no corpo.
Maria José Paraty é licenciada em Ciências da Nutrição pela Escola Superior de Ciências da Nutrição da Universidade do Porto. Foi co-autora da rubrica ”“A Arte de Bem Comer”, na Rádio Activa, e é responsável por campanhas de Educação e Higiene Alimentar em escolas do ensino básico. Uma alimentação rica em água promove o bom funcionamento do organismo humano, pois permite que órgãos como os rins trabalhem o necessário sem estarem sujeitos a sobrecargas que os desgastem e contribuam para a sua falência. São sete os nutrientes que o Homem necessita e retira dos alimentos: água, fibras, hidratos de carbono, lípidos, minerais, proteínas e vitaminas. A água é um dos nutrientes fundamentais na nossa alimentação e isso é facilmente comprovado através das seguintes situações: mais de 60% do organismo é água; sem água o organismo morre em poucos dias. A água é essencial porque:
é o principal constituinte do corpo; é o principal constituinte intracelular e extracelular; é o único meio de transporte de determinadas substâncias - vitaminas, minerais...; é responsável pelo equilíbrio entre o meio interno e externo, pela sua participação na formação e constituição do sangue, linfa, saliva, urina e outros humores corporais e das fezes; tem papel activo no metabolismo de diversas substâncias. Uma alimentação rica em água promove o bom funcionamento do organismo humano, pois permite que órgãos como os rins trabalhem o necessário sem estarem sujeitos a sobrecargas que os desgastem e contribuam para a sua falência. Através da urina, cada um de nós pode ter uma ideia aproximada do seu bom ou mau nível de hidratação. Uma urina clara, sem cheiro e abundante é sinal de boa hidratação, enquanto que uma urina amarela, com
cheiro e pouco abundante resulta da falta de água no organismo e concorre para a formação de pedra nos rins. Também na formação das fezes a presença de água é necessária, pois permite fezes de consistência mole, essenciais para uma boa evacuação. Sem água suficiente, as fezes tornam-se duras e provocam obstipação, situação que para além do incómodo que causa favorece o aparecimento de doenças no intestino grosso. Referência Bibliográfica:. 1.FAO/WHO/UNO. Necessidades de Energia y de proteínas. Genebra, 1985 (Série de informes técnicos, 724) ORGANIZACION PAN-AMERICANA DE LA SALUD. Conocimentos actuales sobre nutrition, 1991 (Publicacion Cientifica, 532). 2.PECKENPAUGH, N.J., POLEMEN, C.M. Nutrition: Essentials and diet therapy. 7th ed. Philadelphia, Pennsylvania: W.B. Saunders Company, 1995. 626 p. 3.SGARBIERI, V.C. Alimentação e Nutrição: Fator de Saúde e desenvolvimento. Campinas: Almed,1987. 387 p 4.TAGLE, M.A. Nutrição. Tradução de Ignez Salas Martins. São Paulo: Artes Médicas, 1981.234 p. 5.TOLONEN, M. Vitaminas y minerales en la salud y la nutricion. Tradução de Bernabisanz Pérez. Zaragoza, España: Editorial Acribia, S.A., 1995. 278 p. 6.VANNUCCHI, H. et al. Aplicação das recomendações adaptadas à população brasileira. Editora Legis Lima, Ribeirão Preto, 1990. 7.SOLÁ,E.J.Manual de Dietoterapia de lãs Enfermedades del adulto.Livraria Atheneu.Rio de janeiro,1988. 8.OLSZEWER E. Tratado de Medicina Ortomolecular.Nova Linha Editorial.São Paulo,1995. 9.CAMPOS,Shirley.Medicina Biomolecular e Radicais Livres.Francolor Artes gráficas.São Paulo,1996. 10.HENDLER,Sheldon Saul.A enciclopédia de Vitaminas e Minerais.Rio de Janeiro:Campus,1994. 11. PARATY,Maria José. A Arte de Bem Comer. Ciências da Nutrição pela Escola Superior de Ciências da Nutrição da Universidade do Porto. Educação e Higiene Alimentar
12.NATIONAL RESEARCH COUNCIL.Recommended Dietary Allowances.10ed.Washington, National Academy Press,1989,284p
Referências eletrônicas: INTERNATIONAL FOOD INFORMATION COUNCIL – Dietary Reference Intakes: An Update. Agosto de 2002. http://ific.org/publications/other/driupdateom.cfm (10/09/03)
Capítulo 4 – Biodisponibilidade de nutrientes e visão global das deficiências nutricionais Os alimentos tem a mesma ação para todos os individuos? A individualidade bioquímica ,segundo o Dr.Roger Williams,PhD,é o conjunto único de fatores genéticos de um indivíduos que controla seu metabolismo,suas necessidades nutricionais e suas necessidades nutricionais e suas sensibilidades ambientais.A variação é a regra,não a exceção.Somos todos bioquimicamente únicos. Essa individualidade bioquímica vai nortear uma terapia para esse paciente e a relação terapeuta/paciente é essencial e determinante para detectar e atuar efetivamente nos processos que estão desequilibrando o paciente em questão. O tratamento centrado no paciente e não na doença.
O fato de estar ingerindo uma dieta rica em nutrientes não significa que a nutrição esteja ocorrendo de forma adequada. Como se sabe, o organismo se nutre daquilo que digere e absorve e não daquilo que come. A utilização do alimento (e/ou suplementos nutricionais) pelo organismo depende de um processo que envolve:ingestão,digestão,absorção,transporte,utilização,excreção. A biodisponibilidade de um nutriente representa a medida quantitativa de sua utilização; os fatores que a determinam devem ser considerados sob os aspectos que influenciam sua absorção, distribuição para os tecidos, transformações metabólicas e excreção renal. Avaliar o consumo regular de excesso de cafeína,açúcarrefinado,álcool,agrotóxicos,nicotina,metais tóxicos,poluentes ambientais,alergenos alimentares,facilitadores de endotoxinas(nitrosaminas),ingestão freqüente de substâncias químicas(produtos industrializados). Na prática, por exemplo, uma criança que toma diariamente leite com chocolate em pó pode vir a apresentar uma deficiência de cálcio, uma vez que o cacau contém oxalato que forma um composto com cálcio, tornando-o indisponível para absorção. O mesmo ocorre em uma dieta com excesso de proteína e de sal de cozinha, a qual aumenta a excreção urinária de cálcio. Como se vê, é importante que entendamos melhor as interações que ocorrem entre os vários nutrientes da alimentação. A deficiência de pode ser causada pelo excesso ou pela deficiência de outro nutriente, conforme for o
tipo de interaçào entre eles. Veja os exemplos a seguir:
Fatores que interferem na biodisponibilidade do ferro Facilita a absorção do ferro: vitamina C (principalmente se ingerida antes da refeição), frutas cítricas, ácido cítrico e ácido málico (maçã). Reduz a absorção do ferro: café, mate, chá preto, cálcio, fosfatos, antiácidos e proteína de soja.
Tanto a falta de nutrientes quanto o consumo regular de substâncias que estressam o organismo poderão desencadear o aparecimento de mediadores como :eicosanóides,citocinas,histaminas(e outros autacóides) espécies reativas de oxigênio e nitrogênio (EROs e ERNs) assim como desequilíbrios na formação e na ação de hormônios,neuropeptideos e neurotransmissores promovendo desequilíbrios orgânicos que podem se traduzir em condições clínicas patológicas.Com base nos conhecimentos fisiolopatológicos e bioquímicos que desencadeiam o processo de desequilíbrio,a enfermeira deverá atuar efetivamente nas causas. O enfermeiro deverá avaliar as causas da biodisponibidade de nutrientes reduzida: a. Mastigação-A boa mastigação estimula a digestão no estômago ,e na saliva é produzido o fator de crescimento epidérmico(FCE),um peptideo que estimula a renovação de todo o epitélio do tubo gastrintestinal. b.Ingestão de líquidos com a refeição e na primeira hora após a mesma:além de “empurrar” o alimento,causa uma diluição do meio ácido gástrico necessário para a ação das enzimas digestivas,absorção dos nutrientes e destruição de bactérias nocivas ao nosso organismo. c. Comer rápido,estressado ou nervoso:aumenta a liberação de adrenalina: prepara para “lutar ou fugir”.
d.Medicamentos: avaliar a utilização de medicamentos como antiácidos ou anti-histamínicos que podem reduzir ou mesmo eliminar a acidez gástrica necessária para digestão e absorção dos nutrientes ingeridos. e.Enzimas:avaliar os processos que podem estar interferindo para a formação e ação adequada de enzimas digestivas,bicarbonato e sais biliares. f. Sinais e sintomas: avaliar sinais e sintomas relacionados a má digestão: flatulência,erutação,azia,queimação,estufamento, estase,mau hábito, refluxo,náuseas,alteração nas fezes,dores e inchaços abdominais.
MICROBIOLOGIA INTESTINAL NORMAL: Probióticas, Patogênicas, Comensais
Os probióticos são microorganismos vivos que,como as fibras,atuam no intestino,promovendo o equilíbrio da flora microbiana intestinal.São probióticos as espécies bifidobacterium e de lactobacillus.Essas espécies estão presentes em iogurtes,em produtos lácteos fermentados ou como suplemento alimentar. Segundo CUPPARI, entre os benefícios atribuídos aos probióticos,os únicos que tem alguma fundamentação científica são os seguintes: Diminuição da incidência,duração e gravidade de doenças gástricas e intestinais diária de 10¹¹ de bactérias de bactérias lácteas.Preservação da integridade intestinal e atenuação dos efeitos de outras doenças intestinais como diarréia infantil induzida por Rotavirus,a diarréia associada ao uso de antibióticos,a doença intestinal inflamatória e a colite.
Redução da gravidade da hepatopatia alcoólica experimental.
Inibição da colonização gástrica com Heliobacter pylori que é associado a gastrite,úlcera péptica e câncer gástrico.
Quanto ao efeito dos probióticos na função imunológica,há
evidências de que podem estimular tanto a resposta específica como inespecífica.Esses efeitos são mediados pelo aumento de citocinas,pela ativação de macrófagos e pelo aumento da concentração de imunoglobulinas.Pode haver também um sinergismo do efeito na função imunológica,quando por exemplo ,os lactobacilos são consumidos junto com as bifidobactérias..
Constitui um complexo ecossistema aeróbico e anaeróbico de microrganismos.Na microbiota normal prevalece as probióticas,.(CUPPARI).
O equilíbrio da microflora intestinal é necessário para a saúde orgânica funcional.Dentre as ações da microbiota probiotica estão a síntese de vitaminas K,vit. B12,vit. B5, vit. B6,ácido fólico e biotina., manutenção da integridade da parede intestinal.,metabolização(inativação) de medicamentos,produção de ácidos graxos de cadeia curta(probióticas e comensais),fermentação de fibras solúveis prebióticos, (WILLIAMS). Lactobacilos são fermentos lácteos com papel fundamental na manutenção e na proteção da flora gastrointestinal. Favorece a digestão de nutrientes com ênfase para proteínas ao mesmo tempo em que aumentam as defesas imunológicas.São eficazes no combate as alergias alimentares
crônicas e as hipersensibilidades aos aditivos alimentares ,corantes,flavorizantes.Produzem ácidos orgânicos(acético,lático,benzóico),peróxido de hidrogênio e antibióticos(lactocidina e acidofilina),substâncias que equilibram o ph do intestino,inibindo o crescimento de bactérias ácido-sensiveis indesejáveis Os ácidos graxos de cadeia curta são a maior fonte de nutrição para os enterócitos(70% do valor calórico consumido),a privação calórica diminui captação de glutamina. Sua produção mantém o ph da luz intestinal acidificado,favorecendo as boas bactérias (acidófilus),e absorção de nutrientes e o ph ácido intestinal e um dos responsáveis pelo controle da taxa
de proliferação das células intestinais(redução da incidência de câncer de cólon), (GUYTON).. Auxilia no tratamento de alergias,controle de colesterol e regulação intestinal.
DISBIOSE
É um estado em que microorganismos de baixa virulência se tornam patogênicos em virtude do desequilíbrio quantitativo e qualitativo que está instalado,afetando negativamente a saúde do ser humano,(WILLIAMS). É o estado de desordem na ecologia microbiana,causador de doença.Pode existir na cavidade oral,trato gastrointestinal ou na cavidade vaginal,porém,geralmente a disbiose intestinal precede às demais. Dentre as causas da disbiose colocamos o decréscimo da função imune (Redução do IgA secretor,estresse crônico,uso de corticóides,sobrecarga de alergenos), decréscimo da motilidade intestinal,má digestão dos alimentos,acloridria e hipocloridria,infestação por parasitas e fungos e infecção intestinal de vírus e bactérias, baixa ingestão de legumes,verduras e frutas,excessos de ingestão de gorduras,carboidratos simples,proteínas,álcool ,presença de xenobióticos,aumento do ph intestinal,doenças inflamatórias intestinais. Não basta o alimento ter ferro na sua composição. A gema de ovo, embora rica em ferro, contém uma fosfoproteína que a torna não-disponível. Assim, ao contrário da crença popular, ovo na refeição não só prejudica a absorção de todo o seu ferro como também o da refeição, não sendo portanto indicado como fonte de ferro. Analogamente, o cálcio impede a absorção de ferro quando ingerido na mesma refeição. Hallberg, a partir de estudos com seres humanos, constataram que a inclusão de leite e queijo nas refeições pode reduzir a absorção do ferro em até 60%. Dessa maneira, um sanduíche de carne e queijo ou tomar leite junto com as refeições, não são uma boa combinação, visto que os laticínios interferem na absorção do ferro.
Fatores que interferem na biodisponibilidade do zinco
Outras interações
OUTRAS INTERAÇÕES
Excesso de sal, refrigerantes À base de cola, laticínios e gorduras diminuem a absorção do magnésio em nível intestinal.
Excesso de proteína reduz a absorção de cálcio.
As fibras insolúveis, especialmente as que contém maior quantidade de ácido fítico, impedem a absorção intestinal de minerais, como cálcio, fósforo, ferro e zinco. Como precisamos das fibras para regulação intestinal e porque elas também eliminam do corpo substâncias indesejáveis, como o chumbo e outros metais pesados, mais uma vez fica clara a importância do equilíbrio na quantidade de vários elementos da alimentação.
Alimentos ricos em ácido oxálico, como o espinafre, beterraba e tomate, devem ser consumidos crus, pois assim não haverá o impedimento da absorção do cálcio decorrente da formação do oxalato de cálcio na presença de calor.
No mundo atual, existem tantas influências negativas atuando sobre a saúde, que normalmente não percebemos que elas estão gerando uma série de desequilíbrios. Um desses desequilíbrios, nesta sociedade de alimentação e estilo de vida cada vez mais antinaturais, são as deficiências nutricionais. Frequentemente a deficiência nutricional é múltipla e complexa, exigindo maior observação para identificar a verdadeira causa. Veja algumas das inúmeras possíveis causas dessas deficiências:
Efeitos colaterais de medicamentos. Presença de infecção crônica. Alergia alimentar. Interação com outros nutrientes. Estresse físico ou psicológico. Presença na dieta de substâncias que impedem a absorção do nutriente. Poluição ambiental. Alimentação artificial. Pouca oxigenação decorrente do sedentarismo e bloqueios da respiração. Má absorção intestinal. Diante desse quadro, a ênfase na suplementação ou numa forma enriquecida poderá não resolver o problema enquanto não se tentar corrigir a verdadeira causa do desequilíbrio.
ANEMIAS
A anemia é caracterizada pela diminuição das hemácias (células vermelhas do sangue) e deficiência em hemoglobina – o pigmento que transporta O2. Com isso o sangue leva pouco oxigênio aos tecidos, o que leva a vários distúrbios no organismo. Existem vários tipos de anemia sendo a mais comum a anemia ferropriva causada por deficiência de ferro. As causas associadas são inúmeras: disfunção na medula óssea, presença de infecções, parasitoses, doenças crônicas, deficiência hormonal, efeitos colaterais de
medicamentos, deficiência nutricional, hipoxigenação e presença de substâncias que interferem na absorção do ferro. Como o sistema circulatório está profundamente associado ao respiratório, qualquer alteração na capacidade respiratória irá afetar a circulação. Quando o fluxo respiratório do indivíduo é rápido, provoca uma hipoxigenação das hemácias que refletirá numa diminuída oxigenação periférica, afetando os órgãos. Esse processo se agrava com o tempo e o indivíduo torna-se anêmico. Se o tratamento se restringir a uma superalimentação e medicamentos, poderá sobrecarregar o organismo e agravar o quadro, uma vez que o que o indivíduo está precisando é melhorar sua capacidade respiratória. A causa dessa deficiência respiratória pode ter origem múltipla: problemas posturais, estresse, tensões crônicas, ou problemas ortodônticos que requerem correção. Tratar de forma holística não consiste apenas em ter uma atuação ampla, mas muitas vezes em ter uma compreensão global do indivíduo e ver se não há necessidade de encaminhamento para outros especialistas, ao invés de agir de uma forma superficial e isolada que, além de não resolver, poderá agravar o caso. Pode ser que a causa da anemia ferropriva (por deficiência de ferro) seja a soma de mais de um dos fatores acima. Se a anemia for de causa alérgica, de nada adianta ingerir uma dieta hiperférrica ,pois poderá até piorar a situação, caso os alimentos ricos em ferro sejam aqueles que o indivíduo não digere adequadamente.
DEFICIÊNCIA DE NUTRIENTES Ferro Vitamina C Proteína Vitamina do complexo B
HIPOXIGENAÇÃO Tensões crônicas Vida sedentária Problemas na dentição stress
ALERGIAS OU INTOLERÂNCIAS ALIMENTARES
MÁ ABSORÇÃO DE NUTRIENTES ANEMIA USO DE MEDICAMENTO S ANTIÁCIDOS
EXCESSO DE NUTRIENTES Cálcio Cobre Fósforo anemiaseja de origem Fibras
Mas, caso a da dieta, incluir:
INFECÇÕES OU DOENÇAS SUBSTÂNCIAS QUE PARASITÁRIAS INTERFEREM NA ABSORÇÃO DO FERRO Chumbo e café nutricional, Cádmio é importante, na
formulação
Fontes de ferro, vitamina C, vitamina do complexo B, proteína. Cafeína Evitar o excesso de cálcio e fósforo, que competem pela absorção do ferro. Investigar a presença de reações adversas aos alimentos (alergia ou intolerância alimentar). Evitar cafeína e produtos industrializados que contenham cádmio, chumbo e outros metais pesados em excesso. Fonte de ferro nos alimentos
ALIMENTO 100g
FERRO (mg)
Brócolis cru
15,0
Açaí
11,8
Lentilha
8,6
Gergelim
8,4
Damasco seco
7,6
Feijão azuki
7,6
Hortelã
6,7
Castanha –do- Pará
5,8
Castanha -de -caju torrada
5,6
Coco seco
4,8
Aveia
4,5
Amêndoa
4,4
Missô
3,5
Espinafre cru
3,08
Amora
3,0
Carne
2,5
Tofu
1,7
Brócolis cozido
1,3
Merluza
0,7
DEFICIÊNCIA DE CÁLCIO
Atualmente a carência de cálcio vem ocorrendo com maior frequência entre a população, mesmo com o alto consumo de laticínios, o que confirma que somente a ingestão de alimentos ricos em cálcio, por si só, não é suficiente. É imprescindível que esses alimentos sejam bem digeridos e que o cálcio esteja disponível para absorção. O conhecimento das diversas interações permite avaliar a utilização biológica real dos nutrientes pelos indivíduos. Maiores investigações acerca do que ocorre durante os processos digestivos e do metabolismo poderão nos levar a compreender melhor a importância não só da seleção do alimento, mas também da adequada combinação e equilíbrio entre os nutrientes que compõem a dieta. Esta visão mais holística dos desequilíbrios do organismo auxilia na prevenção e tratamento das deficiências. No entanto, a deficiência de cálcio não está associada apenas à alimentação. Fatores como a falta de exercícios e problemas endócrinos podem também estar implicados. No que tange especificamente à alimentação, são aspectos a considerar: Excesso de proteína que leva à perda de cálcio. Estudos epidemiológicos revelam que pessoas vegetarianas não apresentam incidência elevada de deficiência de cálcio, em virtude da ingestão controlada de proteína. Presença de oxalatos e outras substâncias que impedem a absorção do cálcio. Tanto o oxalato presente nos alimentos cozidos como as fibras interferem na absorção de cálcio. É recomendável evitar chocolates e fibras em excesso. É melhor que alimentos como o tomate e o espinafre sejam comidos crus. Deficiência de vitamina D. É uma vitamina fundamental no metabolismo do cálcio. Deficiência de magnésio. Quando existe mais cálcio do que magnésio, são liberados hormônios que retiram cálcio dos ossos e o levam para os tecidos moles. Para que o cálcio permaneça no lugar correto, que são os ossos, deve haver maior ingestão de alimentos ricos em magnésio. Excesso de açúcar. O açúcar consome as reservas de vitaminas e minerais no processo de sua digestão e metabolismo. Um outro fator é que ao causar
acidez sanguínea faz com que o cálcio e o magnésio sejam mobilizados dos ossos para tentar reequilibrar o pH do sangue. Presença de metais pesados. O chumbo é um metal considerado tóxico que impede a absorção do cálcio. Está presente nos enlatados, agrotóxicos, cigarros, poluição atmosférica e água tratada. Excesso de fosfato. Isso vem ocorrendo devido ao uso abusivo de agrotóxicos e aditivos à base de ácido fosfórico, que resulta num desequilíbrio na proporção entre cálcio e fósforo na dieta. Alergia alimentar. A alergia alimentar leva a distúrbios no sistema digestivo dificultando a absorção dos nutrientes. Excesso de cafeína. A cafeína aumenta a excreção urinária de cálcio e outros minerais. Excesso de sódio. Ingerimos sódio não só através do sal de cozinha mas também pelo uso constante de alimentos industrializados que contêm conservante à base de sódio.
COMO INGERIR CÁLCIO ADEQUADAMENTE -
Embora sejam ricos em cálcio, laticínios têm vários fatores inconvenientes como: presença de um tipo de gordura que favorece o aumento de lipídios no sangue, fermentação digestiva, aumento da acidez no estômago, reações alérgicas, formação de muco e distúrbios gastrintestinais. É conveniente, portanto, recorrer a outras fontes, como os vegetais folhosos verdes, as castanhas e outras sementes, conforme mostra a tabela seguinte. Aumentar a ingestão de folhas verdes temperadas com limão ajuda, pois o meio ácido favorece absorção de cálcio. Fonte de cálcio nos alimentos
ALIMENTO (100g)
CÁLCIO (mg)
Alga marinha
1100
Gergelim
417
Brócolis cru
400
Aveia
392
Couve
330
Amêndoa
254
Castanha- do- Pará
198
Salsa
195
Agrião
168
Brócolis cozido
130
Leite de vaca
123
Iogurte
120
Acelga
112
Açai
110
Coco
108
Nabo
72
Merluza (peixe)
61
Cenoura
56
Finalizando esse capítulo podemos resumir: A energia vital encontra-se mais nos alimentos orgânicos que sofreram o mínimo de manipulação, como, por exemplo, a água da fonte, frutas e vegetais orgânicos frescos, cereais integrais, sementes, germinados, etc. Em vários processos de armazenamento, mesmo sob refrigeração, dependendo do tempo e condições de armazenamento, ocorrem várias alterações bioquímicas como desidratação, oxidação, alteração enzimática, etc., que alteram a vitalidade e o valor nutricional do alimento. Os alimentos frescos sempre têm energias mais elevadas do que os alimentos processados, murchos ou muito cozidos. Da mesma forma, o campo de energia dos alimentos cultivados organicamente tem uma frequência de vibração suficientemente elevada para manter e promover a saúde do corpo. As necessidades nutricionais devem incluir conceitos como a individualidade bioquímica e a transmutação biológica. Mesmo que esta capacidade de transmutar elementos não possa ocorrer com todos os indivíduos, é uma das explicações dadas por alguns pesquisadores sobre o fato de algumas pessoas que viveram com um estilo de vida diferenciado e uma dieta extremamente restrita (ou até mesmo um longo período sem se alimentar). Um outro fator importante, que altera as necessidades de nutrientes, é o tipo de dieta. A ingestão de açúcar branco e cereais refinados aumenta a necessidade de cromo, assim como uma alta ingestão de proteína e fósforo aumenta a de cálcio.
Como os nutrientes interagem o tempo todo de formas variadas, é preciso muito cuidado com as suplementações isoladas, como também evitar os excessos de comida e combinações incompatíveis na alimentação, para reduzir as perdas que ocorrem com alguns tipos de interações. Muitas vezes as deficiências não se referem à falta do nutriente em si, mas a outros fatores correlatos. Um problema que enfrentamos hoje é a presença exagerada do fósforo na alimentação moderna, na forma de enlatados, refrigerantes e fertilizantes, que competem com o cálcio e que podem causar ou agravar a osteoporose, principalmente se houver sedentarismo e outros fatores envolvidos. A anemia poderá advir de uma hipoxigenação (comum na atualidade), onde algum tipo de trabalho corporal é fundamental para sua prevenção. Se a anemia for decorrente de dieta errada, será necessária também uma abordagem mais ampla do que apenas um suplemento ou dieta hiperférrica. É importante oferecer nutrientes que auxiliem na absorção do ferro, assim como evitar combinação inadequada e metais pesados que interfiram no seu aproveitamento. Referência bibliográfica
1..COELHO,Ricardo G.Interações Nutricionais.Parte 1:Interações ao nível do trato gastrointestinal.Revista de Metabolismo e Nutrição.Porto Alegre,v.2,n.3,p.106-117,1995. 2. COELHO,Ricardo G.Interações Nutricionais.Parte 2: Interações ao nível do trato gastrointestinal. Revista de Metabolismo e Nutrição.Porto Alegre,v.2,n.4,p.179-182,1995. 3. SOLÁ,E.J.Manual de Dietoterapia de lãs Enfermedades del adulto.Livraria Atheneu.Rio de Janeiro,1988. 4.OLSZEWER, Efrain.ABC da Medicina Ortomolecular,1997.Tecnopress Editora e Publicidade Ltda. 5.COURY,Soraya Vidya Terra.Nutrição Vital:uma abordagem holística da alimentação e saúde.Ed. Aurora,1999.Brasilia 6. CUPPARI, L. Nutrição Clínica no Adulto – Guias de medicina Ambulatorial e Hospitalar UNIFESP/EPM. Ed Manole, 2002.
Capítulo 5 : NOÇÕES SOBRE DIETA ALIMENTAR Cálculo de dietas,equivalentes e porções,obesidade
DIETAS COLORIDAS
”“ A verdadeira dificuldade não está em aceitar idéias novas, mas escapar das antigas ”“ . John Maynard Keynes, economista inglês ( 1883-1943).
A dieta constitui parte fundamental no tratamento do diabetes, seja ele leve ou exigindo cuidados especiais. Segundo Thomas Parr, camponês, inglês, que viveu cerca de 157 anos, para se ter vida longa as pessoas,em geral, devem: ”“ter os pés quentes pelo exercício”e, se são propensas a engordar, ”“abrir os olhos e fechar a boca”.
LISTA DE ALIMENTOS EQUIVALENTES ( EQ.)
Foi adotada na elaboração das dietas o método denominado Listas de Alimentos por Equivalentes . Método de fácil aplicação permite grande variedade de cardápios. Todo esforço será empenhado para que essas dietas possam ser utilizadas pelos diabéticos com grande simplicidade, agrado e segurança. Instruções : 1.aprenda a calcular o peso do alimento pelo seu volume;
2.evitar frituras, panquecas, bolos, doces, pudins, balas, bombons, sorvetes, gelatinas, geléias, açúcares, mel, melado, rapadura, exceto em preparações especiais para diabéticos; 3.usar edulcorante ( adoçante) não calórico; 4.seguir a dieta prescrita.
Os alimentos a seguir contêm fibras nas quantidades indicadas. As hortaliças em geral e de salada contêm até 0,5g%; acelga, aipo e vagem contêm 1,5g%; ervilha e feijão-verde contêm até 2,5g%; o feijão seco contem 3,9g%; a parte comível de frutas contêm de 0,6 a 1,5g%;castanhas e nozes contêm 2,5g%; frutas dessecadas contêm 2 a 3g%; farinhas e grãos em geral 1,2 a 2,1g%. Relação entre alguns pesos e medidas Um copo grande
250 cm3
Um copo médio
200 cm3
Uma xícara média
150 cm3
Uma xícara cafezinho 50 cm3 Um prato de sopa
200 cm3
Uma colher de sopa, rasa 15 g Uma colher de sobremesa, rasa 10 g Uma colher de chá, rasa
5g
Uma colher de café, rasa
2,5 g
Um copo grande de açúcar cristalizado 200 a 225 g Um copo grande de açúcar comum
140 a 150 g
Um copo grande de maisena peneirada 128 g Um copo grande de farinha de trigo
110 a 125 g
Um copo grande de farinha de arroz
150 g
Uma colher grande de manteiga
23 g
Grupo1 – Leite = 1 copo 1 eq. Contém: kcal 104 Glicídios- 10g, Proteínas- 7g, Gorduras4g ”“leite integral” 1 copo - 200 cm3
”“leite integral em pó” 5 colheres (sopa, rasas)= 25 g leite de cabra 1 copo mal cheio 180 cm3 leite evaporado ½ copo 100 cm3 leite de soja 1 copo 200 cm3 iogurte ½ copo 100 cm3 leite desengordurado 1 copo 200 cm3 leite deseng. EEm pó 4 colheres (sopa, rasas)= 20 g Bolacha(2un)+queijo-(1 fatia) Melão-(150g)+ Queijo Ricota(50g)
Palmito(50g)+Pepino(50g)+Ricota(20g)+Pão integral(1 fatia) Leite(100ml)+Farinha láctea(10g) Requeijão(20g-1 colher de sobremesa cheia) +Bolacha creamcracker(4)
Pão (1 fatia) + Clara (2 um)e queijo(1 c. sobremesa=10g) Fruta(1)+queijo(1 fatia) Leite(100ml) + Nescau(10g=1 colher de sopa) Pão francês(25g)+Ovo(1 um) Leite(100 ml) + Aveia(10g)
Grupo 2- Pão, feculentos, massas, grãos, farinhas 25g=Meio pão francês- HC-15g Pr- 2,0g Lip- 0,15g 69Kcal
pão francês- ½ pãozinho pão de forma.- 25g 1 fatia pão alemão, centeio, claro- 1 fatia= 20 g pão de Gluten. 2 fatias. 50 g broa de milho 1 unidade 50 g cream crackers, bolachas
2 unidades=35g
torradas de pão francês
4 unidades
20 g
biscoito doce 2 unidades= 25 g Macarrão-40g( Meia xícara de chá) Farinha Láctea-20g(2 colheres de sobremesa)
Feijão preto- 40g (2 colheres de sopa) Pipoca espocada-20g =1 saquinho pequeno Amendoim torrado-63g =3 colheres de sopa
Feculentos (cozidos): aipim 75 g, batata inglesa 1 média75 g;batata doce=1 pequena 75 g; cará . 80 g; inhame. 100 g; milho verde 1 colher (sopa, cheia) 25 g; taioba . 90 g; castanha portuguesa= 2 unidades. Abóbora (200g)+farinha de mandioca(10g=1 colher de sopa) Farofa de cenoura(cenoura-100g+farinha de mandioca-10g=1 colher de sopa) Banana(50g)+Nescau(10g) Banana(50g)+Aveia(10g) Mamão (50g)+Aveia(10g) Ervilha seca cozida( meia xícara=50g)+ Arroz cozido(1 colher de sopa) Maçã-(meia) + bolacha(2 unidades)
Grupo3-Carnes – 34g HC-0 Pr-7g Lip-4g 64 Kcal Peixe:34g–(3/4xícara de chá)Merluza,linguado,corvina,pescadinha,robalo,haddock,dourado,cherne. Frango-34g =Desfiado ou picado = 2 colheres de sopa Carne moída- 34g – 1 colher de sopa cheia Camarão-1 pires de chá Sardinha no azeite-20g =1 colher de sopa cheia Atum-20g=1 colher de sobremesa rasa Lingüiça-10g = 1 unidade do tamanho de salsicha Presunto gordo-25g –1 fatia fina Salame-30g=4 rodelas Peito de peru-30g =2 fatias finas Ovo-50g-1 unidade Queijo ricota-50g-1/8 unidadeQueijo lanche-25g-1 fatia média Queijo parmesão-10g- 2 colheres de sopa Patê de galinha-20g 1 colher de sobremesa Requeijão- 25g-1 colher de sobremesa Catupiri- 25g –1 colher de sobremesa
Grupo 4- Gorduras- Óleo-5g = HC-0 Pr-0 Lip-5g Óleos=Oliva,gergelim,soja,milho,= 5g =1 colher de chá Manteiga=5g –1 colher de chá Margarina-5g –1 colher de chá crème de leite-30g=1 colher de sopa rasa Maionese =10g –1 colher de chá crème de nata- 10g = 1 colher de sobremesa
Grupo 5- - Legumes= 1 eq. Contém: 100 g – 4 colheres de sopa: kcal.
36Kcal Glicídios=7 g Proteínas 2 g Lip-0
abobrinha verde-150g – 3 unidades pequenas Aspargo-200g-2 xícaras Cenoura-80g=1 unidade Chuchu-100g= 2 xícaras cozidas
Cogumelo- 250g –1 vidro pequeno ou 15 unidades grandes Beterraba-50g =meia xícara de chá rasa Moranga- 200g = 2 xícaras de chá rasas Berinjela- 200g = 1 unidade grande Brócolis- 150g =1 e meia xícara de chá
Couveflor- 150g = 1 e meia xícara de chá rasa Nabo- 100g = 3 unidades médias Vagem- 100g = 7 unidades médias
Grupo 6 – Frutas cruas, secas, sucos, refrigerantes 1 equivalente. Contém: kcal 40 Glicídios 10 g Lip-0g Prot-0g Frutas: abacaxi- 3 fatias de 1 cm 180 g abricó-do-pará- à vontade. Abricó- 4 médios 50 g ameixa-amarela- 1 média 50 g ameixa-preta, fresca. 100 g amora- 1 copo 80 cm3 ananás. 80 g araçá- 1 média 130 g
bacaba- 8 a 10 unidades banana-d’água. 150 g banana-prata- ½ pequena 50 g buriti (polpa) 1 pequena 40 g cajá-manga- 2 e ½ copos. Caju- 3 e ½ médios 140 g Caqui- 2 médios 120 g Carambola- ½ média. Cupuaçu-½ copo 80 cm3 Damasco- 60 g Figo- 2 médios ou 1 grande. FFruta-de-conde (ata) - ½ copo 80 cm3 goiaba ½ copo- 70 cm3 grape-fruit (toranja)- 1 ½ – 6 cm diâm- 130 g jabuticaba- ¾ copo- 140 cm3 jaca- 3 bagos grandes- 100 g jambo- 5 médios 65 g Jamelão- ½ copo 100 cm3 Jenipapo 1/3 copo 65 cm3 Laranja-100g Lima- 1 pequena- 85 g Maçã- 75 g Mamão- 1 fatia pequena- 70 g Manga- 1 média. Maracujá- ½ copo. Melancia- 1 fatia 18 x 5 cm-150 g Melão- 1 fatia 18 x 5 cm150g Morango-13 grandes Pêra- ½ média. Pêssego- 2 grandes. Pinhão-
3 unidades.
Pitanga-
¾ copo
Pupunha- 3 unidades. Tangerina- 100 g Uva- 12 bagos
Sucos de frutas: Meio copo sucos de abacaxi, caju, laranja, limão, mamão, maçã, maracujá, tangerina, caldo de cana suco de açaí suco de tomate água de cocoleite de coco, fresco Frutas secas ameixa seca- 2 médias damasco seco- 3 médios.
Grupo 7 – Alimentos não controlados(pesados) Podem ser comidos à vontade Bebidas café, chá, mate,temperos etc.,
Açafrão, cebola, hortelã, pimentão,alfavaca seca, coentro, imão salsa, alho, colorau, louro, sasífi, anis, cominho ,noz-moscada Tomate, azeitona, cravo, mostarda (pó), tomate (massa), baunilha, erva-doce, orégano, urucum (colorau),canela,gelatina em folha, páprica, vinagre, cebolinha, gengibre, pimentas. Hortaliças e verduras: tomate,jiló,rabanete,alface,agrião,couve,espinafre,chicória,radite,piment ão,aipo,cebola,repo-lho,acelga. TABELA PARA ORIENTAÇÃO NA ORGANIZAÇÃO DO ESQUEMA ALIMENTAR HC=50%
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Com a tabela e o grupo de alimentos listados nesse capítulo, o enfermeiro terá as ferramentas mínimas para orientar o cliente durante a consulta de enfermagem ou para a alta hospitalar. A dieta é calculada pelo profissional nutricionista,que ,através dos equivalentes permite aos demais profissionais da área da saúde, o manuseio e o entendimento do esquema alimentar individualizado conforme o peso teórico .Fornecer cardápio segundo o valor calórico total(VCT),que deverá ser calculado conforme esquema abaixo através do peso teórico, e distribuído em 30% de gorduras,20% de proteínas e 50% de carboidratos. Cálculo de peso teórico e necessidade nutricional As fórmulas a seguir são para determinação aproximada do peso normal de adultos em função da altura (h) e do biótipo.
O biótipo é a estrutura física de uma pessoa e pode ser dividido em
pequena ou brevelínea,mediana ou normolínea,grande ou longelínea. Avaliamos através da circunferência do punho. Para mulheres a brevelínea mede 13 a 14 cm,a normolínea-15 cm e a longelínea- 16 a 17 cm. Nos homens ou sexo masculino encontramos o brevelíneo com 16 cm de punho, o normolíneo com 17 cm e o longelíneo com 18 a 19 cm.
Tabela para cálculo de peso teórico:
Biotipo
Homens
Mulheres
Brevilíneo
( h-100)
(h-100)-5%
Normolíneo
(h- 100)-5%
(h-100)-10%
Longelíneo
(h-100) – 10%
(h-100)-15%
Exemplo- Verifique o peso teórico de uma mulher com os seguintes dados: circunferência de punho-14 , altura- 155cm ,peso atual-72 kg
Cálculo- ( h-100) – 5% = (155 – 100) – 5% = 55-2,75= Peso teórico=52,300g Para determinar o Valor Calórico Total- (VCT) necessitamos do peso teórico multiplicado pela constante de atividade física representada na tabela abaixo: Supondo ser a atividade leve então: PT x 36 = 52,300 x 36 =1882 Kcal Tabela de Gasto Energético para atividade
Atividade física
Porcentagem sobre o gasto basal( número constante)
Muito leve
23-29
Leve
30-36
Moderada
40-46
Intensa
50-56
Muito intensa
+ de 56
A seguir a listagem das atividades e sua relação com o gasto energético. Atividade Leve- Denomina-se a toda atividade que se executa em postura sentada, em ambiente fechado, e em temperatura moderada. Nessa categoria agrupamos incluímos alguns trabalhos ,tais como os domésticos,e outros que se realizam em pé. Atividade Moderada – É o que se executa geralmente nos lugares abrigados,porém de pé.Pode-se acrescentar algumas outras atividades que se realizam ao ar livre,mas que exigem pouco esforço físico. Atividade Intensa-É o que se realiza com esforço físico e geralmente ao ar livre. Atividade Muito intensa-É o que se realiza com muito esforço físico e em ambientes quentes.
DIETAS VEGETARIANAS- Princípios gerais As três principais categorias do vegetarianismo são :: lacto-ovovegetariana, o tipo mais popular, nos quais os alimentos vegetais são suplementados com laticínios e ovo; lactovegetariana, a mesma dieta anterior sem ovos: vegetariana “pura”, também identificada como “vegan”, a menos comum dieta de origem puramente vegetal. Quaisquer efeitos nocivos dessas práticas dietéticas no status nutricional ótimo do indivíduo dependem da dieta particular, do volume e variedade dos alimentos incluídos e do tempo de prática. O nutricionista deve
primeiramente averiguar se a prática é benéfica, neutra ou nociva. Deve ser mencionado que riscos nutricionais similares aplicam-se a outros regimes dietéticos. Alguns fatores que podem aumentar o risco de deficiências nutricionais são: história de perda de peso, uso de laxantes ou enemas, restrição de líquidos e períodos de jejum. Mulheres grávidas, mulheres lactantes e crianças são especialmente vulneráveis às insuficiências nutricionais. Taxas de crescimento baixas em crianças vegetarianas são mais aparentes antes dos 2 anos de idade, possivelmente por causa da inadequada suplementação alimentar das crianças amamentadas após os 6 meses de idade (Shull e outros 1977) As dietas das pessoas com alto risco de deficiências nutricionais devem ser avaliadas cuidadosamente. Os nutrientes que podem estar limitados ou escassos nas dietas vegetarianas são proteínas de alto valor biológico, vitamina B12, riboflavina, cálcio e ferro. Discutiremos esses nutrientes em seguida. Proteína- As proteínas vegetais têm um menor valor biológico que as de origem animal. O valor biológico da proteína é a sua capacidade em corroborar o crescimento e manter a estrutura corpórea, sua capacidade está subordinada ao número e proporção de aminoácidos que contêm. As proteínas dos legumes, cereais, nozes e vegetais contêm todos os aminoácidos essenciais, mas em níveis muito menores do que as proteínas de origem animal.. O baixo valor biológico das proteínas vegetais é o resultado dos baixos níveis de um ou mais aminoácidos essenciais. Entretanto, quando é consumida uma mistura de proteínas vegetais, ocorre suplementação.E a proporção da mistura desses aminoácidos essenciais é análoga à das proteínas de origem animal. Os aminoácidos essenciais obtidos com a mistura de vegetais são tão eficientes como as proteínas de origem animal, reunindo as necessidades protéicas em níveis mínimos de ingestão. Na realidade, quando são combinadas diferentes proteínas de maneira apropriada, nutricionalmente, as proteínas vegetais não podem ser distinguidas das de origem animal. Entretanto, devemos considerar o perfil de aminoácidos e não a origem ou “valor” de uma ou outra proteína como critério nutricional para encontramos as necessidades protéicas nas dietas vegetarianas. As fontes protéicas devem ser combinadas de tal forma que a quantidade e a proporção de aminoácidos resultantes patrocinarão um crescimento normal e sua manutenção. Para fornecer proteínas de alto valor biológico contendo
todos os aminoácidos essenciais em proporções adequadas, as refeições devem consistir na combinação de grãos e legumes, grãos e nozes ou sementes, ou grãos e vegetais. O gráfico seguinte simplifica o planejamento das dietas vegetarianas.
AD – BAC BALANÇO DE SUPLEMENTO PROTEICO:
“D” VERDURAS Batata Verduras Verdes Verduras (outras) “B” LEGUMES
“C” “A”
NOZES
Amendoim
GRÃOS INTEGRAIS e SEMENTES
Ervilha
CEREAIS
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Castanha do Pará
Feijão de Lima
Noz
Feijão Fradinho
Aveia
Nozes (outras)
Feijão Preto
Arroz
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Feijões (outros)
Centeio
Lentilha Soja Vagem
seus Cevada derivados Milho Trigo
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Abóbora Sementes
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Gergelim Sementes
de
Girassol
Todos os grãos integrais e seus produtos(quadro A) devem ser usados generosamente em qualquer dieta vegetariana. São fontes de proteína, ferro e riboflavina, além de adicionalmente suplementarem as proteínas dos legumes (quadro B), dos grãos e sementes (quadro C) e verduras (quadro D). Para que
o balanço de aminoácidos seja equilibrado, a refeição deve incluir alimentos do grupo “A” e uma suplementação protéica do grupo “B”, “C” ou “D”. Se uma das refeições do cardápio diário não incluir a seleção de alimentos do grupo “A”, a mistura de aminoácidos resultantes não será balanceada e, neste caso, deverá ser suplementada com ovos ou derivados do leite ou por alimento do quadro de proteínas apropriadas. VITAMINA B12 As categorias lacto-ovovegetarianas e lactovegetarianas em geral têm uma ingestão adequada de vitamina B12. A vitamina B12 não está presente em quantidades suficientemente significativas nos alimentos vegetais para que estes sejam consideradas como fonte dietética suficiente da mesma. Entretanto, algumas pessoas que se alimentam de dietas vegetarianas “puras” ou “vegan” permanecem em boa saúde por muitos anos,, ou quase a vida toda, sem que apareçam sintomas de deficiência. Outros são obrigados a fazer uso de uma suplementação de vitamina B12 ou adotar a dieta lactoovovegetarianas ou lactovegetarianas após alguns meses ou anos. A razão dessa variação não é clara, e os estudos nutricionais não são uniformes. A vitamina B12 suplementar para os vegetarianos “puros” pode ser obtida através do leite de soja (fortificado com vitamina B12) ou de alimentos comerciais análogos à carne (fortificado com vitamina B12). ,RIBOFLAVINA, CÁLCIO e FERRO Se o leite e seus produtos não estão incluídos na dieta, outras fontes de cálcio (alguns vegetais verdes escuros e algumas nozes) e de riboflavina ( a maioria dos grãos integrais, grãos enriquecidos e produtos de cereais) devem ser incluídos. A ingestão de ferro pode ser aumentada através do uso de grãos enriquecidos e produtos de cereais. A proporção de ferro absorvida pode ser aumentada incluindo-se uma fonte de ácido ascórbico na dieta. Recomendações Dietéticas Gerais As dietas lacto-ovovegetarianas ou lactovegetarianas são saudáveis do ponto de vista nutricional, mas deve ser feito um esforço consciente para selecionar os alimentos apropriados em quantidades suficientes que mantenham um ótimo peso e saúde. Se selecionadas apropriadamente, essas dietas também são adequadas para satisfazerem as necessidades dos quatro alimentos básicos (constantes do quadro a seguir) facilitará a seleção apropriada das dietas vegetarianas. Devemos tomar cuidado ao planejamento da dieta vegetariana “pura”, visto que ela é deficiente em fontes protéicas com proporções de aminoácidos essenciais adequadas e também é limitada em cálcio, ferro, riboflavina e
vitamina B12. GUIA MODIFICADO DOS QUATRO ALIMENTOS BÁSICOS PARA AS DIETAS VEGETARIANAS:
Número de Porções Grupo de Alimentos : Leite e seus derivados
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Gravidez e Lactação
4
4+
Legumes
2
2
Nozes
1
1+
Produtos de grãos integrais e
6
6
Vegetais e frutas:
3
3
Ricos em Vitamina C
1½
1½
Verdura verde
3
3
Alimentos protéicos :
cereais enriquecidos
Outros
Como ser um bom vegetariano
Embora a alimentação seja um fator importante para mantermos a saúde,
ela não é o bastante por si só. Se uma pessoa é vegetariana, mas não toma sol e passa a vida sentada em ambientes confinados, se não mastiga direito, abusa de doces, de alimentos fritos ou gordurosos ou se, além disso, fuma ou usa bebidas alcoólicas (o que é raro entre os vegetarianos), ou, ainda, entrega-se a trabalhos excessivos e passa noites mal dormidas, evidentemente o seu vegetarianismo não valerá muito. Além disso, o fator moral e o equilíbrio sexual e emocional desempenham papel importantíssimo na saúde física e mental do indivíduo. Ser um bom vegetariano não é, simplesmente, suprimir o uso da carne. É necessário ter-se conhecimentos gerais acerca da Ciência da Nutrição, a qual, embora em desenvolvimento, já nos fornece um conjunto de conhecimentos fundamentais. Outros pontos importantes a serem considerados
• Coma calmamente, em ambiente tranqüilo e aprazível tanto quanto possível. Se estiver muito apressado, ansioso ou nervoso é melhor não fazer a refeição ou comer o mínimo. • Mastigue bem os alimentos. Na saliva estão contidas enzimas (ptialina) essenciais ao processo digestivo. • Não beba, ou beba o mínimo durante as refeições.
• Evite comidas e bebidas muito quentes ou geladas, elas também perturbam a digestão. • Procure com bom senso e gradualmente aplicar a seguinte regra genérica: utilizar alimentos crus, naturais e integrais, de fontes vegetais e não animais, e evitar alimentos cozidos, industrializados e refinados.
• Não misture muitos alimentos numa mesma refeição. Como disse Hipócrates, ”“os manjares muito variados e diferentes guerreiam entre si no corpo, porque um já está digerido enquanto que o outro ainda não está.” • Procure aumentar seus conhecimentos científicos a respeito da nutrição. É melhor um conhecimento deficiente que nenhum. • Procure andar calmamente após as refeições. Sempre que possível busque estar ao ar livre, bem como banhar-se ao sol, ainda que por poucos minutos, de preferência na primeira parte da manhã ou à tarde, com sol não muito forte. • Ao mudar qualquer hábito alimentar, sobretudo ao tornar-se vegetariano, faça-o progressivamente. Mesmo que seja apenas a mudança para o pão integral ou coisas simples assim, inicie com pequenas quantidades e aumente segundo sua tolerância. • Principais vícios do vegetarianismo desinformado: excesso de comidas fritas e gordurosas e excesso de massas, farinhas e doces. O que disseram grandes homens
”“Nada beneficiará tanto a saúde humana e aumentará as chances de sobrevivência da vida na terra quanto a evolução para uma dieta vegetariana. A ordem de vida vegetariana, por seus efeitos físicos, influenciará o temperamento dos homens de uma tal maneira que melhorará em muito o destino da humanidade.” ASPECTOS IMPORTANTES DO USO DOS FARELOS Tradução do artigo “Physiological Activities of IP6” (Tsuno Foods & Rice)
Tsuno Foods & Rice http://www.tsuno.co.jp ATIVIDADES FISIOLÓGICAS DO IP6
O que é o IP6
É a abreviação do álcool do açúcar, o inositol hexafosfato. Também é conhecido como IHP ou “ácido fítico”.
Ácido fítico é o nome normalmente utilizado na indústria de alimentos. O IP6 é um ácido orgânico com uma potente capacidade de redução do pH apesar do seu sabor ácido relativamente suave. É um líquido viscoso claro, amarelo brilhante, que se dissolve bem em solventes polares tais como a água ou água com etanol, mas é relativamente insolúvel em solventes orgânicos. É relativamente estável sob uma temperatura “normal” mas quando aquecido, perde gradualmente os grupos fosfatos através da hidrólise e decompõem-se para IP5 – IP1 e finalmente em inositol.
Na natureza, é encontrado na maioria das plantas, como um sal mineral (fitina) do cálcio, magnésio, etc, e funciona como reservatório de fósforo 60-90% do fósforo total da planta está na forma de fitina. A fitina é encontrada em abundância no milho, sementes e feijões e principalmente no farelo de arroz correspondendo de 9.5 a 14.5% do peso. O IP6 é produzido industrialmente a partir do farelo de arroz. Também é encontrado nos tecidos animais. Recentemente foram relatadas várias atividades e funções fisiológicas. Estão previstas futuras aplicações e aumento do uso do IP6 em várias áreas médicas e no setor industrial. Este artigo discute o IP6 e os seus derivados mostrando seus efeitos fisiológicos.
Ação fisiológica do IP6
Ação anti-câncer e anti-tumor
Recentemente a ação anti-câncer a anti-tumor do IP6 tem atraído muita atenção. Shamsuddin et al., University of Maryland, USA, estudou as ações do IP6 durante muitos anos e relatou resultados importantes no câncer de mama, leucemia, fibrosarcoma do tecido mole, etc. Um dos primeiros estudos reportou o efeito inibitório do IP6 acrescentado á água potável numa situação de grande ocorrência de câncer de intestino em ratos tratados com carcinógenos. A partir deste estudo, outras pesquisas foram efetuadas com vários estudos in vitro e in vivo e confirmaram a ação anti-câncer do IP6 em vários tecidos e órgãos. Uma característica importante do efeito anti-câncer e anti-tumor do IP6 é a sua ampla abrangência de ação. Estudos mostram que o IP6 tem ação inibidora em uma grande variedade de células malignas seja qual for o tipo de câncer. As pesquisas sugerem que o mecanismo de ação do IP6 é único porque inibe a propagação anormal das células do tumor sem as destruir, induzindo para que a sua estrutura, tamanho, etc, se pareça mais com a das células normais. Outros estudos mostram que o IP6 reforça a capacidade de imunização aumentando a atividade nas células NK como linfócitos existentes no organismo e matando as células do tumor.
Os estudos sugerem que o IP6 tem múltiplas e eficientes ações
anticancerígenas, através de vários mecanismos. Por isso, a combinação do IP6 com o inositol parece possuir efeitos sinérgicos e o futuro destas substâncias no tratamento anti-câncer é promissor.
Componentes do sangue e o IP6
Algumas das ações fisiológicas do IP6 estão relacionadas com os componentes do sangue.
Uma das principais ações do IP6 está relacionada com o seu efeito contra a hipercolesterolemia. Com o aumento da concentração do colesterol no sangue, o conseqüente aumento do dano provocado pelo colesterol na parede arterial, resulta na formação do ateroma, a principal causa da doença arterial coronária. Por isso, a normalização e controle dos níveis de colesterol no sangue é um fator importante para a manutenção de uma boa saúde. Pelo menos um relatório indica que a adição de sal de IP6 na dieta reduz notavelmente o colesterol no sangue, e a quantidade de lipídeo neutro. Katayama relatou que o IP6 suprime o aumento de peso do fígado, o colesterol hepático e o lipídeo derivado da sucrose na dieta, bem como aumenta o lipídeo neutro do sangue. Embora o mecanismo hemostático da agregação de plaquetas no sangramento causado por danos seja muito importante para a sobrevivência do organismo, a ocorrência frequente desta reação muitas vezes provoca trombose e está associada á arteriosclerose ateromática. Como o sangramento que leva á morte é raro nos dias de hoje, a supressão da agregação de plaquetas é considerada um meio efetivo de prevenir ou tratar esta condição. A ação de agregação anti-plaquetas do IP6 foi observada em vários estudos com animais tanto in vitro como in vivo. A adição de IP6(2%) á água potável mostrou claramente a inibição da ADP induzida da agregação de plaquetas em ratos. Assim o IP6 é considerado muito eficaz no tratamento de vários sintomas causados pelo ateroma incluindo o seu uso na diminuição dos níveis de colesterol do sangue. Mais ainda, o IP6 reduz a Afinidade oxigênio da hemoglobina pela forte ligação ao 2,3 – DRG da
hemoglobina eritrócitária. O resultado é um melhoramento na quantidade de oxigênio disponível sob uma determinada pressão de oxigênio. Estudos referem que com a incorporação de IP6 aos eritrócitos, é eficiente para o tratamento da isquemia aguda e crônica, anemia hemolitica, disfunção pulmonar e formação de eritrócitos. Contudo, existe uma correlação negativa entre a ingestão de IP6 e a resposta de açúcar do sangue e a velocidade de digestão do amido. Esta relação sugere a possibilidade do IP6 ser utilizado em tratamentos que requerem regulação de açúcar no sangue. Minerais e o IP6
A relação entre o IP6 e os minerais não é tão boa assim.Devido á sua forte capacidade quelante, o IP6 pode inibir a absorção de certos minerais essenciais para uma boa saúde ; Até hoje o IP6 é considerado um alimento “ruim” do ponto de vista nutricional. Esta imagem retardou as pesquisas sobre o IP6, mas se é danoso ou não, é uma controvérsia. Apesar de estudos relatarem que o IP6 inibe a utilização biológica do zinco, ferro, e outros metais, alguns procedimentos destes estudos vêm sendo questionados. Por outro lado, alguns estudos não relatam o efeito inibidor do IP6. Um estudo referiu até que o IP6 acelerou a absorção do ferro no intestino.Em animais, o IP6 na sua alimentação é considerado um problema e por isso ele foi retirado. Contudo, esta abordagem pode ser problemática se aplicada a seres humanos que possuem um estilo de vida totalmente diferente no que diz respeito á ingestão de alimentos. O efeito inibidor do IP6 na utilização dos minerais pode não ser necessariamente um fator negativo.Por exemplo, o IP6 é efetivo na prevenção e tratamento da formação de cálculos urinários e na hipercálciuria devido á sua capacidade de inativar os ion cálcio em excesso. Considerando as várias funções fisiológicas do IP6, afirmar, de uma forma global, que o IP6 é nutricionalmente prejudicial, é uma conclusão precipitada. Uma análise das suas características e mecanismos de ação pode levar á sua utilização positiva. Dentes, ossos e IP6
Devido á sua grande afinidade com o cálcio, o IP6 é incorporado aos
dentes e ossos. Estudos in vitro sugerem que o IP6 agrega-se á camada de esmalte dos dentes formando uma camada monomolecular. Esta combinação parece reduzir a velocidade com que a camada é dissolvida pelo ácido sintetizado no processo de formação de cáries nos dentes. Sabe-se que o flúor se junta á camada de esmalte dos dentes e é eficaz também na prevenção de cáries. Contudo, pelo menos um estudo em ratos mostrou o efeito sinérgico na prevenção de cáries com a utilização conjunta de IP6 e flúor (tratamento com flúor após o tratamento com IP6). Adicionalmente, foi relatado que um líquido enxaguatório bucal contendo o sal IP6 (9-18 mM) reduz a formação da placa dentária. Este efeito foi aparentemente provocado pela transformação, pelo IP6, da carga elétrica e propriedade energética da superfície dos dentes, afetando assim a afinidade das proteínas e bactérias dos dentes. A efetividade do IP6 é indicada como uma medida de proteção contra a cárie dentária. Nos ossos, o IP6 é considerado eficaz na prevenção e tratamento de absorção anormal dos ossos e formação (turnover dos ossos) em várias doenças metabólicas dos ossos. Este efeito parece ser devido á adsorção do IP6 à hidroxiapatita para inibir a formação de novos cristais e o crescimento dos cristais já existentes. Apesar das questões não resolvidas quanto á efetividade clínica do IP6, as expectativas são altas em relação ao futuro. Ação desodorante do IP6
É conhecida a ação do IP6 na desodorização do corpo, boca, e odor da urina. A causa destes odores é a decomposição enzimática das secreções humanas e a formação de substâncias odoríferas pelas bactérias. Assim, o mecanismo da ação desodorizante a ação do IP6 é provavelmente a inativação dos minerais traço das enzimas resultando na desativação dessa enzima através da ação quelante do IP6. Assim, espera-se a utilização do IP6 na confecção de produtos desodorizantes, incluindo a sua utilização em animais. Devido á sua inibição na formação da placa dentária, a inclusão do IP6 em artigos para a boca devido á inibição da formação da placa dentária, é também esperada. Outra aplicação interessante é a ação desentoxicante do IP6 no alcoolismo agudo.
Aparentemente participa na formação e decomposição dos aldeídos como metabólitos do álcool em paralelo com a ação desodorizante do odor álcoólico. 3. IP5 – IP1
O mecanismo básico das ações fisiológicas descritas acima seria teoricamente devido a ingesta do IP6 via função reguladora celular. De acordo com Shamsuddin et al.,, o IP6 é absorvido no estômago e no intestino delgado e depois distribuído por cada tecido onde é aproveitado por cada célula individualmente. O IP6 é absorvido rapidamente principalmente pelas células malignas e é metabolizado para os fosfatos menores de inositol (IP5IP1). Pensa-se que a normalização das funções das células ocorre porque o IP6 é absorvido e coletado no pool do fosfato de inositol, metabolizado a IP5IP1 e incorporado na rota metabólica fosfato-lípidica de inositol, onde funcionam como mensageiros secundários. O inositol trifosfato (IP3) é uma das substâncias típicas na rota metabólica do fosfato inositol. É bem conhecido o envolvimento do IP3 como mensageiro secundário na regulação da função celular, incluindo a liberação do cálcio do retículo endoplásmico. O IP4 e IP5 estão também implicados como fatores reguladores da rota metabólica do fosfato inositol lípidico. Supõem-se que o IP1 e IP2 acelere a absorção do cálcio e magnésio. Presentemente, a produção em massa dessas substâncias não foi ainda estabelecida e necessita-se de mais pesquisa sobre suas ações. Contudo, pode-se conceber a utilização de uma mistura de vários fosfatos de inositol obtida através de decomposição parcial como uma substância alimentar, e ser uma área promissora no futuro. 4. Conclusão:
Em junho de 1999, em Kyoto, Japão, ocorreu um simpósio internacional intitulado ” Prevenção de Doenças pelo IP6 e outros componentes do arroz”, que durou 2 dias. O simpósio focalizou a atividade fisiológica do IP6 e muitos resultados de pesquisas foram apresentados, incluindo 31 apresentações de
convidados e 50 sessões de posters por pesquisadores conhecidos no mundo. Apesar de ter sido o primeiro simpósio sobre este assunto, atraiu cerca de 500 participantes e muita atenção de outras áreas. Contudo, o reconhecimento da utilidade do IP6 é ainda muito lento. Espero que este artigo contribua para um aumento no interesse nesta substância tão atraente, originária do farelo de arroz. A Contagem dos Carboidratos
A prática foi desenvolvida por duas nutricionistas Gisele Rossi Goveia e Luciana Bruno no enfoque para diabéticos,mas que eu tenho utilizado com sucesso para os pacientes de consultório.
Aprenda a contar os carboidratos Carboidratos, também conhecido como açúcares, são nutrientes encontrados nos alimentos e que possuem como função básica fornecer energia (calorias) que será consumida nas atividades diárias do nosso organismo. No processo de digestão, os carboidratos são quebrados em particulas menores conhecidas como glicose (açúcar) que entra na corrente sanguínea. Em uma pessoa não diabética, a glicose que entra no sangue rapidamente passa para dentro dos órgãos pela ação da insulina. Quanto mais carboidrato a pessoa come, mais insulina será liberada pelo pâncreas para que toda glicose absorvida no processo de digestão vá para os órgãos onde será utilizada para fazer energia. Nos pacientes diabéticos tipo I, o pâncreas perdeu a sua capacidade de produzir insulina pois houve uma destruição das células responsáveis pela produção deste hormônio. Para substituir a produção de insulina do pâncreas, os pacientes diabéticos necessitam fazer uso de aplicações regulares de insulina. Atualmente, os esquemas de tratamento utilizam uma combinação de insulina de ação prolongada (NPH ou glargina – Lantus®) com aplicações de insulina de ação ultra-rápida (lispro – Humalog® ou aspart – Novo Rapid®) antes das refeições. Outra opção, cada vez mais comum, é o uso de aparelhos conhecidos como ”“bomba de insulina” que fazem uma infusão constante de insulina e quando a pessoa se alimenta, programa-se uma liberação rápida de de insulina (”bolo”). Tanto a quantidade do ”“bolo” de insulina quanto da aplicação de insulina
de ação ulta-rápida devem ser calculadas conforme a quantidade de glicose que irá entrar na corrente sanguínea, imitando o que acontece com as pessoas sem diabetes. Ou seja quanto mais carboidrato na dieta, mais glicose será absorvida e mais insulina será necessário para evitar que ocorra uma elevação nos níveis de açúcar no sangue (glicemia). Uma das ferramentas que existem para orientar o paciente a determinar a quantidade de insulina a ser utilizada é acontagem dos carboidratos. Com ela o paciente terá mais liberdade ao se alimentar, menor número de hipoglicemias e melhor controle do diabetes. Este guia auxilia os pacientes diabéticos tipo I que encontram-se em terapia intensiva para controle do diabetes. Mas lembre-se que todo o tratamento deve estar de comum acordo as orientações fornecidas pelo seu endocrinologista. Por isto discuta sempre com o seu médico antes de qualquer mudança. O auxílio de uma nutricionista facilita a adequação da dieta com a dose de insulina preconizada Importante: Você poderá , esporadicamente, consumir alimentos ricos em açúcar, estando o controle do diabetes garantido com a utilização da bomba de infusão de insulina. O consumo excessivo desses alimentos acarretará ganho de pese e aumento da necessidade de insulina, que poderá ser prejudicial à sua saúde. Portanto, seja moderado! Nas tabelas apresentadas à seguir, você encontrará esses alimentos em medidas caseiras, em gramas ou ml. EE a quantidade de carboidratos. Use a seguinte regra para calcular a quantidade de insulina que você irá precisar: Para usuários de bomba de insulina Adultos: 1 unidade de insulina para cada 10 a 15 g de carboidrato Crianças: 1 unidade de insulina para cada 15 a 20 g de carboidrato Para usuários de múltiplas aplicações de insulina de ação ultra-rápida com seringa Adultos: 1 unidade de insulina para cada 15 a 25 g de carboidrato Criança: 1 unidade de insulina para cada 20 a 30 g de carboidrato Exemplo:
Alimento
Medida caseira
Gramas
Qti HC
Arroz cozido Feijão
3 colheres sopa 2 colheres
cozido
sopa
Carne assada
1 porção
Beterraba
3 colheres
cozida Salada alface Laranja
sopa de
1
pires
chá 1 unidade média
60
15
36
08
100
00
42
03
22
01
150
18
Total de carboidratos
45
Bolus de insulina = 45 ÷ 15 = 3
Tome este bolus 15 minutos ou imediatamente antes de comer se estiver utilizando insulina de ação ultra-rápida.
Coma somente o número de carboidratos que você planejou.
Teste a sua glicemia 2 horas e 4-5 horas após a refeição. O ideal é que depois de 2 horas a sua glicemia não tenha subido mais do que 50 pontos e retorne ao nível pré refeição em 4-5 horas. Se a glicemia após 4 horas estiver 20 pontos acima da dosagem inicial, diminua a relação entre carboidratos e insulina em 2 pontos (de 15 para 13 por exemplo). Se a glicemia estiver 20 pontos abaixo da dosagem inicial, aumente a
relação entre carboidratos e insulina em 2 pontos (de 15 para 17 por exemplo).
Anote todos estes dados de forma cuidadosa em uma tabela, não se esquecendo de anotar tambem o que comeu em cada refeição, e quantos carboidratos contou em cada porção de alimento. Anote tambem os resultados de glicemia e a quantidade de insulina aplicada.Discuta com o seu endocrinologista e nutricionista os resultados.
TODOS ESSES CUIDADOS SÃO FUNDAMENTAIS PARA QUE SUA DOSE INDIVIDUALIZADA DE INSULINA SEJA DEFINIDA
Regras para contagem de Carboidrato 1. Tenha a sua glicemia entre 80 e 120 antes da refeição, este é seu objetivo. 2. Anote tudo o que irá comer e a quantidade em medidas caseiras. Faça isso cada vez que for comer. 3. Identifique os alimentos de sua escolha que contém carboidratos .
Abaixo as tabelas de alimentos e seus respectivos carboidratos. Eles poderão ser:
Leguminosas [Quadro13]
Sanduíches [Quadro14]
Leite e derivados Alimento
Medida caseira
Leite B / C desnatado /
1
copo
Gramas
Qti. deHC
150
07
1 copo
200
28
Parmalat*
1 copo
200
30
Paulista*
1 copo
200
31
120
22
1 unidade
130
08
1 unidade
200
31
1 frasco
190
09
integral Iogurte
americano batido
com
açúcar e mel Nestlé*
Iogurte com frutas* Iogurte corpus diet com ameixa Iogurte
Danup
morango* Iogurte diet Nestlé
1
unidade
média
Iogurte natural
1
unidade
média
120
06
Iogurte desnatado
1 copo
200
14
Queijo Camembert
1 unidade
50
00
Queijo Catupiry
1 fatia média
20
0,2
Queijo fundido
1 fatia média
28
0,1
Queijo minas frescal
1 fatia média
40
00
Queijo minas meia cura
1 fatia média
40
0,7
Queijo mussarela
1 fatia média
15
00
Queijo parmesão
1 colher sopa
13
00
Queijo prato
1 fatia média
20
00
Queijo provolone
1 fatia média
30
01
20
01
1 fatia média
40
01
Queijo suiço 1 fatia média *Estes alimentos contêm açúcar
30
0,3
Requeijão Queijo ricota
1
colher
sobremesa
Açúcares, chocolates e doces em geral. Todos contém açúcar. Alimento Açúcar Mascavo
Medida caseira 1 colher sopa
Gramas
Qti. HC
15
14
1
Açúcar Mascavo
colher
10
10
15
15
10
10
05
04
1 unidade
05
05
Bananada
1 fatia média
40
27
Beijinho
1 unidade
14
06
Bolo comum c/ glacê
1 fatia média
60
37
Bolo comum s/ glacê
1 fatia média
60
32
Bolo chocolate c/ glacê
1 fatia média
60
33
Bolo chocolate
1 fatia média
60
30
Bolo coco c/ glacê
1 fatia média
60
36
Bolo simples
1 fatia média
60
33
30
15
12
06
sobremesa
Açúcar Refinado
1 colher sopa 1
Açúcar Refinado Bala
caramelo
sobremesa de
chocolate Bala
leite
Cajuzinho
1
unidade
média condensado
Kopenhagem
Brigadeiro
colher
1
unidade
média 1 pequena
unidade
1
Cajuzinho
unidade
média 1
Cajuzinho
unidade
grande
25
13
40
20
Canjica
1 porção
150
29
Chantily
1 xícara chá
60
07
Chicletes Adams
1 unidade
1,7
02
Chocolate Alpino #
1 bombom
13
07
20
09
1 unidade
07
05
1 tablete
45
26
Chocolate Choquito #
1 tablete
32
35
Chocolate crocante #
1 tablete
45
61
1 tablete
30
19
1 tablete
80
58
20
12
21
13
Chocolate Amargo Chocolate Bis = Chocolate com castanha de caju #
Chocolate
Diamante
Negro = Chocolate Diplomata # Chocolate doce Chocolate Feitiço =
1
bombom
pequeno
1
bombom
pequeno 1 bombom
Chocolate Galak #
1 tablete
45
25
Chocolate Golf +
1 tablete
30
16
Chocolate Kri #
1 tablete
45
26
20
11
1
Chocolate ao leite
bombom
pequeno
Chocolate ao leite #
1 tablete
45
26
Chocolate ao leite +
1 tablete
30
17
20
11
Chocolate meio amargo
1
bombom
pequeno
Chocolate Milkbar #
1 tablete
28
20
Chocolate Pestigio #
1 tablete
35
26
Chocolate com recheio
1
20
14
1 tablete
50
34
1 bombom
20
13
1 bombom
21
13
Chocolate Speed +
1 tablete
30
15
Chocolate Suflair #
1 tablete
50
29
coco
pequeno
Chocolate Sensação # Chocolate Serenata de Amor + Chocolate
bombom
Sonho
Valsa =
de
Chocolate Travel +
1 tablete
24
14
1 bombom
20
08
4,5
03
1 colher sopa
20
10
Garoto e Toddy
1 colher sopa
20
16
Muky e Choc Qualita
1 colher sopa
20
18
Nescau
1 colher sopa
20
17
1 colher sopa
30
19
Chocolate
1 colher sopa
30
21
Morango
1 colher sopa
30
20
50
27
Chocolate com recheio uva Achocolatado
em
pó
Vepê Gold s/ açúcar Garoto
1 colher sopa rasa
cacau
pó
parcialmente desengordurado
Cobertura
p/
sorvete
Nestlé: Caramelo
Cocada
1
unidade
média
Curau
1 porção
150
30
Danete chocolate branco
1 unidade
120
25
Danete chocolate escuro
1 unidade
120
28
Drops comum
1 unidade
5,5
4,4
Figo cristalizado
Figo em calda
Figo seco
Gelatina dietética
Gelatina comum Geleia comum Goiaba em calda
1
unidade
média 1
unidade
média 1
unidade
média 1
tigela
pequena 1
tigela
pequena 1 colher sopa 1
metade
média
28
21
28
06
28
18
100
00
100
14
20
14
43
04
Goiabada
1 fatia média
40
27
Karo
1 colher sopa
15
10
Leite condensado
1 xícara chá
300
166
Leite condensado
1 colher sopa
15
08
Marmelada
1 fatia média
40
25
7,5
05
26
21
Marshmallow Mel de abelha
1
porção
média 1 colher sopa
Melado de cana
1 colher sopa
20
11
Merengue de limão
1 fatia média
60
23
Mousse de chocolate
1 taça
63
10
Olho de sogra
1 unidade
17
09
Ovomaltine Cappuccino
1 colher sopa
10
08
1 colher sopa
10
13
1 colher sopa
10
12
1 unidade
30
20
25
13
Ovomaltine
chocolate
com mel Ovomaltine suíço sem açúcar com mel Paçoca Panetone
1
fatia
pequena
Panetone
1 fatia média
45
23
Panetone
1 fatia grande
60
31
25
14
Panetone Bauduco
1
fatia
pequena
Panetone Bauduco
1 fatia média
45
25
Panetone Bauduco
1 fatia grande
60
33
Pé de moleque
1 unidade
08
06
1
Pêra cristalizada
unidade
média 1
Pêra em calda
metade
média 1
Pêssego em calda
metade
média
68
52
34
07
76
15
Picolé Milka branco
1 unidade
63
20
Picolé Milka chocolate
1 unidade
64
20
Pipoca doce
1 xícara chá
15
13
05
05
1
Pirulito
unidade
pequena
Pudim de baunilha
1 xícara chá
255
41
Pudim de caramelo
1 xícara chá
255
43
Pudim de chocolate
1 xícara chá
255
66
1 fatia
130
25
1 xícara chá
255
72
20
08
35
15
Pudim
de
leite
condensado Pudim de pão com passas Quindim
Quindim
1
unidade
pequena 1 média
unidade
Sagu
1 porção
150
41
Sorvete de baunilha
1 xícara chá
133
32
Chocolate
1 fatia
100
27
Creme
1 fatia
100
24
Flocos
1 fatia
100
26
Morango
1 fatia
100
24
Napolitano
1 fatia
100
24
Picolé Chicabon Kibon
1 unidade
67
19
Chocolate
1 copo
75
14
Creme
1 fatia
100
15
Flocos
1 copo
76
13
Morango
1 copo
74
13
Napolitano
1 fatia
100
17
19
13
Sorvetes Kibon:
Sorvetes Kibon diet form:
Suspiro
1
unidade
média
Torta de banana
1 fatia média
135
41
Torta de morango
1 fatia média
135
42
Torta de maçã
1 fatia média
135
51
= Lacta
+ Garoto
# Nestlé
Contagem dos Carboidratos
Após tantas mudanças no campo da nutrição, sabemos que hoje não existe nenhuma dieta para portadores de diabetes ou dieta da ADA. Pesquisas têm fornecido aos profissionais da saúde a oportunidade de oferecer guias mais flexíveis e menos rígidos. Até 1950 listas padronizadas de porções não estavam disponíveis. Foi então que a American Dietetic Association e a American Diabetes Association criaram um método de substituições, onde os alimentos são agrupados de acordo com seus valores similares em calorias, carboidratos, proteínas e gorduras, permitindo que alimentos do mesmo grupo sejam substituídos por outros. Infelizmente, este método não leva em consideração as preferências do indivíduo, nível cultural e estilo de vida. Quando uma pessoa com diabetes é incapaz de aderir a esta dieta, ela é considerada ”“não aderente”, ”“desmotivada” ou ”“difícil”. Em 1994 um comitê da American Diabetes Association observou que existiam poucas evidências científicas que sustentassem a idéia de restringir alimentos que contenham açúcar para pessoas com diabetes. Eles notaram que 10 gramas de carboidrato vai ter basicamente o mesmo efeito na glicemia do indivíduo, independente do tipo de carboidrato. O mais importante é a quantidade de carboidrato que este indivíduo come, já que 100% deste carboidrato se transformará em glicose. A Contagem dos Carboidratos foi também uma das 4 estratégias alimentares utilizadas pelo DCCT, onde pacientes e profissionais acharam que este sistema permite maior flexibilidade nas escolhas dos alimentos e ajudam a alcançar os objetivos glicêmicos. Podemos então definir Contagem dos Carboidratos como uma estratégia de plano alimentar que se focaliza inicialmente na quantidade total de carboidratos. Enfatiza a relação entre alimentos, atividade física, glicemias e medicação. Pode ser usada tanto nos pacientes com DM tipo 1 e tipo 2. O nutricionista determinará o total em gramas de carboidrato que o paciente deve ingerir em determinada refeição ou lanche, com base na medicação, exercícios e objetivos de peso e bom controle glicêmico. Então, será a escolha do paciente como preencher essa necessidade de carboidrato.
Num exemplo prático com um portador de DM2, onde temos estabelecido para o jantar a ingestão de 75 g de CHO. Em uma noite ele escolhe: Opção 1 Macarrão – 1 xícara chá = 30g CHO Sobrecoxa de frango – 1 unidade = 0g CHO Hortaliças cruas – 1 xícara chá = 0g CHO Suco de laranja – 1 copo = 30g CHO Fruta – 1 unidade média = 15g CHO TOTAL = 75g CHO Em outro jantar ele escolhe o mesmo macarrão e como sobremesa uma fatia de bolo com cobertura, como mostramos abaixo: Opção 2 Macarrão – 1 xícara chá = 30g CHO Sobrecoxa de frango – 1 unidade = 0g CHO Hortaliças cruas – 1 xícara chá = 0g CHO Suco de Laranja – 1 copo = 30g CHO Bolo de chocolate – 1 fatia = 15g CHO TOTAL = 75g CHO Vimos então que o indivíduo manteve as mesmas quantidades de carboidrato com a possibilidade de variar seu cardápio. No caso do paciente com DM1 em terapia intensiva com múltiplas aplicações de insulina ao dia ou em uso de bomba da infusão contínua de insulina, utilizando o mesmo exemplo acima onde temos: Opção 1 Macarrão – 1 xícara chá = 30g CHO Sobrecoxa de frango – 1 unidade = 0g CHO Hortaliças cruas – 1 xícara chá = 0g CHO Suco de laranja – 1 copo = 30g CHO Fruta – 1 unidade média = 15g CHO TOTAL = 75g CHO ÷ 15 = 05 unidades de insulina Podendo ser substituído por:
Opção 2 Macarrão – 1 xícara chá = 30g CHO Sobrecoxa de frango – 1 unidade = 0g CHO Hortaliças cruas – 1 xícara chá = 0g CHO Bolo de chocolate – 1 fatia = 15g CHO TOTAL = 75g CHO ÷ 15 = 05 unidades de insulina Nestes tipos de terapia é possível saber qual a necessidade de insulina para cobrir os gramas de carboidrato por refeição a serem ingeridos. Partindo de uma regra geral, onde 1 unidade de insulina regular ou ultra rápida cobrem 15 gramas de carboidrato, ou então descobrindo a sensibilidade com base no peso. O paciente pode, da mesma forma que o DM2, substituir suas refeições. Ou então, ter a liberdade de alterar os gramas de carboidratos, liberando apenas a insulina necessária naquele momento. Independente do tipo de diabetes, vale ressaltar a importância do paciente
avaliar sua glicemia antes e até 2 horas após a refeição, para o conhecimento do exato efeito individual dos alimentos na sua glicemia. Além disso, é importante reforçar que tal terapia deverá ser orientada sempre por profissionais nutricionistas, pois é evidente que não devemos substituir alimentos saudáveis por doces em todas as refeições. Ninguém deve, mesmo quem não tem diabetes. Também não devemos simplesmente ignorar proteínas e gorduras porque têm menor efeito na glicemia. A alimentação saudável é ainda nosso objetivo principal. •••
Referências 1.DOVERA,Themis,et alii.Manual de Alimentação alternativa.Secretaria da Administração e dos Recursos Humanos- CORAG-Companhia Riograndense de Artes Gráficas,p.3-55. 2. MICZAK, Marie.Os Segredos de permanecer Jovem.Ed.Madras,2003. 3.The Joslin Guide to diabetes _ Richard S. Beaser, Joan V. C. Hill, 1995. 4.LUCCHESE,Fernando.Pílulas para viver melhor. L&PM POCKET.35 edição,2000. 5.SALGADO,Jocelem.Previna doenças faça do alimento o seu medicamento.Editora Madras,2003. 6.PIMENTEL,Carolina,et alii.Alimentos Funcionais.Introdução às principais substâncias bioativas em alimentos.Editora Varela,2005. 7.MARTINS,C; Abreu,S.S.Pirâmide dos Alimentos.Manual do Educador.Curitiba:nutroclínica,1997. 8.LAJOLO,F.M.;MENEZES,E.W.Tabela Brasileira de Composição de Alimentos-USP.Departamento de Alimentos e Nutrição Experimental,Faculdade de Ciências Farmacêuticas,Universidade de São Paulo(USP),1998 (on line disponível:http://www.usp.br/fcf/tabela.
CAPÍLULO 6
ENFERMAGEM EM SAÚDE COMUNITÁRIA DIETAS NORMAIS PARA OS DIVERSAS ETAPAS DO CICLO VITAL
DIETAS NORMAIS PARA OS DIVERSAS ETAPAS DO CICLO VITAL Dirigidas aos acadêmicos de enfermagem,as seguintes informações sobre a orientação alimentar nas diversas fases do desenvolvimento humano,e nas dietas especiais, como a vegetariana têm como objetivo revisar conteúdos vistos em capítulos anteriores e relaciona-los à prática da orientação alimentar. ALIMENTAÇÃO INFANTIL -
Atualmente, todas as crianças e jovens preferem refeições do tipo hambúrguer, batatas fritas, pizza, cachorro-quente, chocolate e outras guloseimas, ou seja, um tipo de alimentação muito deficiente que fragiliza, a curto prazo, o pleno desenvolvimento e, a longo prazo, o estado geral de saúde. Agora já não toma só leite, já iniciou a alimentação diversificada – por volta dos 6 meses, introduz-se na alimentação dos bebês novos alimentos, uns de cada vez e com algum espaço de tempo para que se possa observar possíveis reações alérgicas. Desde que nasce, o ser humano caminha no sentido da independência, da capacidade de tomar as suas próprias decisões. Nessa caminhada é acompanhado pelos familiares mais próximos, que lhe transmitirão os seus próprios hábitos porque servem de exemplo. Pouco adianta usar a política do ”“faça o que eu digo” porque é o ”“faça o que eu faço” que tem maior impacto e que é imitado. . Só a promoção de bons hábitos alimentares, desde tenra idade, poderá pôr travão e inverter esta tendência. Como se deve, então, proceder com crianças a partir do primeiro ano de vida? Quanto aos comportamentos: deve comer à mesa, com as pessoas da família, num ambiente agradável, em que o mais importante seja o prazer do relacionamento. deve estar sentado de forma confortável, numa cadeira adequada ao seu tamanho; deve comer sem preocupações de limpeza e com talheres, pratos e
copos que minimizem os riscos de acidente; deve ter uma rotina horária, em relação às refeições; deve passar, gradualmente, da utilização da mamadeira para o copo; deve escovar sempre os dentes, com ajuda enquanto for necessário; não deve ouvir os que lhe estão próximos dizer "eu não gosto de...". quanto ao consumo de determinados produtos, deve ser-lhe negado com um" não" firme e nunca se deve voltar atrás. Quanto aos alimentos: deve variar, o máximo possível, os alimentos; deve ter sempre e em quantidade suficiente alimentos como leite ou derivados, frutas e legumes; deve beber muita água. Se necessário, usar canudinhos ou copos atractivos; deve eliminar-se os embutidos, os doces e outros produtos com muitos aditivos, particularmente aqueles que usam corantes; deve usar-se alimentos naturais, frescos ou pouco manipulados; deve cozinhar-se os alimentos de modo que estejam tenros, mas que obriguem a mastigar; deve apresentar-se pratos com aspecto atraente, com os diferentes alimentos separados, de modo a que os distinga, e não demasiado cheios; deve evitar-se a fritura como modo de preparo; não deve beber qualquer tipo de refrigerantes nem água gaseificada. A alimentação tem como principal objetivo fornecer as substâncias
necessárias
ao
desenvolvimento,
funcionamento,
manutenção
e
reparação do organismo e assegurar o fornecimento energético necessário a toda atividade realizada. A alimentação deve ser sempre veículo de saúde, mas são cada vez maiores as solicitações para o consumo de refeições e de produtos que não interessam. Ignorar este aspecto é fazer como a avestruz, por isso, o melhor é permitir o seu consumo de vez em quando, mas demarcando bem o caráter de exceção desses momentos. E nunca se deve voltar atrás depois de ter dito não. Como foi referido anteriormente, as características observáveis da urina são um bom indicador do consumo de água, pelo que é possível, a cada um de nós, saber se a sua ingestão de água é suficiente ou deficitária. Não raramente pessoas desidratadas, particularmente idosos e bebês, têm um encontro prematuro com a morte, levando-se em conta a disponibilidade desse recurso. Por que meu filho não quer comer ? Meu filho não come nada ! Essa é uma queixa comum nos consultórios de nutricionistas e pediatras. A princípio, a criança deve ser avaliada pelo pediatra que solicitará alguns exames de rotina, se necessário, investigar possíveis doenças que estejam causando a falta de apetite .E, constatado o fato de que a criança é perfeitamente saudável, a dúvida persiste na cabeça da mãe: Mas qual é o motivo da falta de apetite? A primeira coisa a se fazer, nesse caso, é descobrir o que significa o ”“nada” tão enfatizado pela mãe. Pode-se citar algumas situações comuns,nas quais a criança não come por quê:
A mãe oferece muita comida e a criança não consegue comer tudo o que lhe está
sendo oferecido.
Não existe uma regularidade nos horários das refeições. A mãe oferece comida à
criança a todo momento e essa se nega a comer
por uma razão muito simples: não
está com fome.
Não existe variedade nos alimentos que são oferecidos à criança.
Existindo o que
chamamos de "monotonia alimentar".
O ambiente onde a criança realiza as refeições não é apropriado, existindo muito barulho, televisão ligada, discussões etc.
A criança
quer chamar a atenção dos pais, pois sabe que o fato de ela se negar a comer implica que os pais irão tentarão de tudo para que ela coma, como contar estórias de aviãozinho , fazer brincadeiras, A mãe está tensa demais para que seu filho coma e, como o laço mãe / filho é muito
estreito, a criança acaba absorvendo toda essa
ansiedade e como, resultado, se nega a comer.
Está
nascendo um dentinho novo e a gengiva está dolorida, impedindo a criança de
mastigar os alimentos.
A criança tem mais de 1 ano e ainda toma muitas mamadeiras. Esse fato faz com que
ela não venha a aceitar bem os alimentos
sólidos. A criança não gostou da comida. Muitas mães fazem a comida da criança separada,
sem tempero e às vezes nem chegam a
provar não verificando, dessa forma, que ficou
faltando sal,
por exemplo. Os pais oferecem alguma guloseima se a criança não come. Desta forma a criança se condiciona: toda vez que não comer tem guloseima. A aparência do prato não agradou à criança. Existe, na refeição, algum ingrediente que não agrada o paladar da criança.É fundamental falar um pouco sobre "necessidades nutricionais" da criança, pois é de suma importância que as mães saibam que existe um motivo real para o fato
de seu filho ir perdendo o apetite à medida de cresce. Cuidado nutricional com as Crianças
DICAS PARA CUIDAR BEM DA ALIMENTAÇÃO DAS CRIANÇAS
necessidades nutricionais são altas, elas são mais suscetíveis às doenças contagiosas, e infe
tanto indispensável muita atenção quanto à educação alimentar.
manutenção de uma rotina saudável de alimentação, tanto no que diz respeito a horários, como qu
tos oferecidos.
to importante a ingestão de proteínas de alto valor biológico, sais minerais (cálcio) e vi
umo de carnes, ovos, leite e seus derivados, legumes, verduras, raízes, frutas, cereais.
s brincadeiras as empolgam de tal maneira, que suas necessidades são esquecidas, e elas dizem
horário das refeições básicas (desjejum, almoço e jantar).
ucação alimentar requer muita paciência, criatividade e persistência, pois esta idade també
ças tendem a reagir defensivamente, contra a coação dos pais.. é ... "O que fazer para que elas se alimentem melhor ???"
idéias.
ando ser exigente.
da alimentação nos horários das refeições.
entos diferentes, oferecer novas formas de um mesmo alimento, e pedir que experimentem é obri
durante as refeições.
s de convívio social e utilização de talheres.
este atenção no que está fazendo (lembre-se que também os adultos deixam cair comida e bebida
quantidade que quer comer, mas não deve deixar sobrar no prato.
ar e entrar no jogo das crianças. quantidades para as guloseimas.
ar suas preferências alimentares (desde que não sejam guloseimas).
m alimento novo, lembre-se do que falam os profissionais de marketing .A propaganda é a alm té entrar na brincadeira, desde que não vire rotina, a brincadeira deve ser sempre diferente.
umes com formas divertidas.
Veja as Recomendações de Ingestão Energética para crianças
Source: Food and Nutrition Board – National Academy of Sciences, 1998 Food and Nutrition Board, Institute of Medicine – National Academy of Sciences Dietary Reference Intakes: Recommended levels for individual intake (a) LifeStag e Grou p 10 0*
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De acordo com a tabela acima, observa-se que a necessidade energética vai diminuindo progressivamente à medida que a criança cresce, o que torna a falta de apetite uma ocorrência absolutamente normal. Se o organismo da criança necessita de menos energia, é normal que sua fome diminua. As mães que insistem em dar suplementos nutricionais, sem orientação, podem estar contribuindo para que seu filho se torne um obeso. Pois a energia extra que a criança está recebendo, sem precisar, passa a se acumular em seu tecido gorduroso. Mas o que poucas mães sabem é que o número de células gordurosas de uma pessoa é definido na infância (até 2 anos de idade) e existindo um número muito grande de células adiposas, no organismo adulto, para a pessoa controlar seu peso é mais difícil. Ao contrário daquela pessoa que, na infância, recebeu uma dieta balanceada e produziu um número normal de células gordurosas. Algumas dicas podem ser úteis no momento de se alimentar uma criança: Oferecer porções de comida adequadas à criança. Deve-se levar em conta a capacidade do estômago da criança.Deve existir uma regularidade nos horários das refeições. E, caso a criança não queira comer numa determinada refeição, não se deve oferecer guloseimas. Adiante um pouco o horário da refeição seguinte. A criança provavelmente estará com mais fome. Não deve existir ”“monotonia alimentar”. Ofereça alimentos o mais variados possíveis. Deixe que criança conheça os diferentes sabores dos alimentos e decida quais ela gosta. O ambiente onde a criança realiza as refeições deve ser tranquilo e harmonioso. Os familiares devem evitar para que a criança se sinta o centro das atenções, para tanto,devem procurar estabelecer diálogos. Não atender as chantagens da criança. Por exemplo: a criança só abre a boca se primeiro contar uma estória de aviãozinho. Isto deve ser evitado. O ideal é que a mãe ou a pessoa que está dando a comida estabeleça um relacionamento agradável sem chantagens. Uma boa opção é conversar com a criança sobre fatos da vida dela. Estimular a criança a comer sozinha. Muitas mães não apreciam essa idéia devido à sujeira que os pequenos fazem. No entanto, quanto mais eles treinam, mais rápido aprenderão a comer sozinhos. E, para a criança, tornase um prazer poder segurar a colher e levar o alimento à boca.
Se estiver nascendo um dentinho novo, deve-se ter paciência e procurar dar alimentos mais macios. Não precisa dar um dieta pastosa. AA criança pode ficar mal acostumada. As crianças acima de 1 ano, não necessitam de tanto leite como as mães costumam pensar. Nesse período, deve-se diminuir o número de mamadeiras para, no máximo, duas (1 pela manhã e 1 à noite). E não se deve dar mamadeiras depois das refeições (Ex:sobremesa). Procurar dar leite de outras formas, nas vitaminas de frutas nos lanches, nos pudins ,na sobremesa . A comida que é servida à criança deve estar saborosa e atraente. A criança maior de 1 ano deve seguir a dieta da família, portanto se todos estão comendo uma macarronada não podem exigir que a criança coma uma salada de espinafre ou coisa parecida. CUIDANDO A OBESIDADE DO ADULTO – Estudo CARMEM CARMEN é a abreviação de CARbohydrate Management in European National Diets. Esse estudo, desenvolvido com o apoio da comissão europeia, foi levado a cabo em cinco centros europeus de investigação. Com ele, ficou provado o papel importantíssimo desempenhado pelos hidratos de carbono no controle do peso a longo prazo e demonstrouse, pela primeira vez, não existirem hidratos de carbono ”“bons” e ”“maus”. O excesso de peso e a obesidade continuam a aumentar em todo o mundo. Cerca de 40% da população europeia apresenta excesso de peso e sabe-se hoje que a obesidade é um fator de risco para doenças crônicas, como é o caso das doenças cardiovasculares, diabetes e câncer. Para se poder prevenir a obesidade, é da maior importância identificar os fatores que contribuem para o aumento de peso. As investigações na área da nutrição apresentam a quantidade de gorduras na alimentação como um fator importante. Consequentemente, as recomendações atuais em matéria de alimentação aconselham que se diminua as gorduras e se aumente o consumo de carboidratos. O estudo CARMEN que apresentamos em seguida argumenta a favor desse tipo de alimentação como uma forma de controlar o peso corporal a longo prazo, e demonstra que não existem hidratos de carbono melhores que os outros.
O estudo CARMEN é um contributo importante para o debate sobre o papel das gorduras e dos hidratos de carbono no controlo do peso. Muitos artigos que surgiram na literatura científica nos últimos anos chamam a atenção para o papel especial das gorduras e da razão gorduras/hidratos de carbono no desenvolvimento do excesso de peso e obesidade. Apesar de sabermos que a predisposição para alguém ter excesso de peso depende de vários fatores de natureza genética ou ambiental (por exemplo: alimentação, atividade física), parece ser verdade que o consumo de gorduras desempenha um papel primordial. Esse fato não está apenas ligado à densidade energética das gorduras (ou seja, à quantidade de calorias por grama), mas também à forma como as gorduras ”“passam” pelo sistema de controle de apetite do nosso corpo: ao que parece, o consumo de gorduras não é tão bem regulado como o de hidratos dos carbono, tendo esses maior capacidade de nos saciar. O aumento do número de pessoas com excesso de peso que se tem verificado nas últimas décadas é um reflexo das grandes mudanças no estilo de vida, que incluem uma maior proporção de gorduras na alimentação, tendências sedentárias e uma redução no nível de atividade física. Frequentemente, o peso aumenta gradualmente e de forma insidiosa, sem que as pessoas se apercebam, à ”“velocidade”, por exemplo, de 1 kg por ano. Após vários anos, esse aumento pode conduzir a um excesso de peso substancial com efeitos potencialmente perigosos para a saúde (aumento do risco de diabetes, doenças cardiovasculares e até mesmo cancer). O aumento da obesidade entre a população tornou-se também um problema de ordem social e económica. Os custos das doenças associadas à obesidade representam 4 % a 7% do total das despesas de saúde nos países da União Européia. De forma a prevenir o aumento do peso, recomendam-se exercício regular e consumo moderado de gorduras. As calorias das gorduras podem ser substituídas por calorias provenientes dos hidratos de carbono. Vários estudos científicos demonstraram os efeitos no controle do peso corporal de dietas pobres em gorduras e ricas em hidratos de carbono. A novidade do estudo CARMEN consiste em demonstrar que, a este respeito, os hidratos de carbono simples (açúcares) têm o mesmo efeito que
os hidratos de carbono complexos (amidos). Esse fato ainda não tinha sido directamente demonstrado (apesar de não haver qualquer evidência que sugerisse que estes dois tipos de hidratos de carbono afetassem o peso de modo diferente). Pelo contrário, uma relação completamente inversa entre a percentagem de açúcar na alimentação e a gordura corporal foi agora estabelecida. Mais do que isso, não existe qualquer diferença entre o efeito de saciedade do açúcar e dos amidos. O estudo CARMEN comparou, em voluntários com excesso de peso, o efeito das dietas pobres em gorduras, compensadas por um aumento quer em açúcares quer em amidos, tendo chegado a várias conclusões importantes. Em conclusão... Nos indivíduos estudados o controle de peso melhorou sem ser imposta uma alimentação restritiva, mas apenas através da escolha dos alimentos consumidos. Este é o primeiro estudo a demonstrar que a redução da gordura consumida, compensada por um aumento dos hidratos de carbono, sejam eles simples ou complexos, permite controlar o peso a longo prazo. Os voluntários perderam peso significativamente (essencialmente sob a forma de redução da massa gorda) sem ter havido uma redução no total de calorias consumidas. Este estudo é também de especial importância porque os últimos dados científicos indicam que, em pessoas com excesso de peso, uma redução de peso de cerca de 5 a 10% conduz a uma redução das complicações de saúde relacionadas com a obesidade e melhora a saúde. Para além disso, modificar a alimentação desta forma prova que é possível manter um peso constante após uma perda de peso, o que representa um grande avanço uma vez que é muito comum voltar-se a ganhar peso após uma dieta convencional de emagrecimento.O tipo de hidrato de carbono parece não ter qualquer importância dentro deste contexto. A inclusão de açúcares simples numa alimentação pobre em gorduras e rica em hidratos de carbono não prejudicou os efeitos benéficos no peso e nos níveis de gordura sanguínea. Recentemente a comunidade científica dividiu-se em relação à segurança e eficácia de uma alimentação pobre em gorduras/rica em hidratos de carbono como tratamento para a obesidade e em relação às potenciais consequências deste tipo de alimentação nas gorduras do sangue e doenças cardiovasculares. A este respeito, o estudo CARMEN oferece uma melhor compreensão sobre do papel das gorduras e dos hidratos de carbono na alimentação das pessoas com excesso de peso em todo o Mundo.
Outro estudo importante foi desenvolvido e apresentado na Revista BD sobre produtos dietéticos , escrito pela nutricionista Dra. Celeste Elvira Viggiano
Produtos dietéticos não são necessários para o controle metabólico do Diabetes Mellitus, podendo ser totalmente excluídos da alimentação do diabético. Porém, têm representatividade quanto ao convívio social destes indivíduos, como substitutos da sacarose, quanto a palatabilidade e prazer que estão associados a este último em nossa cultura. A substituição satisfatória da sacarose por adoçantes e doces, facilita a aderência dos diabéticos à terapia nutricional instituída pelo nutricionista. Estes dados podem justificar a expansão do mercado de dietéticos para diabéticos em todo mundo. A presente revisão pretende identificar os principais edulcorantes do mercado nacional, suas características e indicações para diabéticos e seu histórico no mercado brasileiro. 3. Algumas idéias e frases de pesquisadores na área da Obesidade Humana 1.”Os kits de emagrecimento e os spas não mudam os hábitos alimentares”, alerta Walmir Coutinho, endocrinologista da PUC carioca. A melhor escolha,portanto, são as dietas flexíveis. ”“O ideal é comer o maior número possível de alimentos para que o regime se adapte à vida de cada um.” 2. Não se deve esquecer também os exercícios, sem os quais a redução de peso vai ser muito mais trabalhosa. ”“Qualquer restrição alimentar sem atividade física comprometerá os músculos. Eles ficam menores e atrofiam”, alerta Lancha Júnior. Se o indivíduo perde tecido muscular, pode até pesar menos, mas aumenta o percentual de gordura no corpo. E vai gastar menos energia. ”“Os obesos devem começar a fazer exercícios, como caminhadas, dois meses antes de iniciar a dieta”, ensina. É o prazo para os músculos se prepararem para as vacas magras. As armas para o combate à obesidade, portanto, são dietas, exercícios e, só em alguns casos, remédios. ”“Certos pacientes podem se sentar em um banco de duas pernas.
Outros vão levar um tombo”, pondera Arthur Campfield. A terceira perna, no caso, são as drogas. Uma série de pessoas realmente precisa de medicamentos para levar adiante um programa de emagrecimento. Mas são aquelas obesas de verdade. Segundo a Organização Mundial de Saúde, esses indivíduos são aqueles que têm Índice de Massa Corporal (IMC) maior que 30 (consulte nossa calculadora de IMC no canal ”“Diagnóstico”). 3. O número de gordinhos espalhados pelo mundo aumenta de tal maneira que a obesidade já é considerada uma epidemia. ”“Hoje é uma doença mais importante do que a desnutrição”, avalia o endocrinologista Alfredo Halpern, da USP. ”“Ela é um dos grandes fatores de risco para o infarto e o derrame, além de desencadear o diabete.” Atualmente, cerca de 12% das mulheres e 7% dos homens brasileiros estão acima do patamar que divide a pré-obesidade da obesidade. 4. Coma na hora certa . Muitas vezes, o grande desafio não é perder os quilos
excessivos, mas manter o peso alcançado.
"Os obesos precisam entender que têm uma doença crônica e vão ter que fazer tratamento a vida inteira", afirma Walmir Coutinho. "Em casos raros, eles continuarão tomando remédios. Mas a grande maioria vai precisar apenas fazer exercícios e manter a dieta." 5. Para ter sucesso, aí vai mais uma dica: nunca pule uma refeição. ”“Se houver jejuns muito longos, o organismo interpretará a situação como uma ameaça de falta de alimento. Com isso, ele vai se tornar econômico, gastando menos energia”, diz Ricardo Meirelles. E assim ficará mais difícil perder ou manter o peso. 6. Além disso, se alguém passa muito tempo sem comer, vai chegar faminto à refeição seguinte. E é bem provável que acabe comendo muito mais do que deveria. Como o organismo não gastará o excesso, é claro que a gordura vai se acumular na cintura. Os carnívoros produzem fezes e suores fétidos, e têm seu paladar e olfato embrutecidos para os sabores delicados e fragrâncias sutis.
O QUE FAZER PARA EMAGRECER?
Esta é uma pergunta que vem “martelando” a cabeça de muita gente. Podemos verificar esta preocupação observando a grande quantidade de produtos e remédios que existe no mercado e que prometem um emagrecimento rápido e fácil. Fica no ar então outra pergunta: se tudo isso (shakes, remédios, sopas) funcionasse, o
número de obesos não deveria estar diminuindo? Só que isso não ocorre, é cada vez maior o número de pessoas com problema de excesso de peso no mundo.
Por que isso acontece? É simples, esses produtos não cuidam da causa da obesidade. Eles apenas intensificam o círculo vicioso do “engorda-emagrece”, levando as pessoas a acreditarem que são as grandes culpadas por sua falta de força de vontade, de sua “sem
vergonhice”; ou seja, em um primeiro momento, elas conseguem emagrecer, mas depois voltam a engordar tudo de novo (ou até mais). Isso porque, simplesmente, não mudaram nada, só se privaram. Assim que elas retomarem a sua rotina alimentar (a mesma que um dia já as levou a engordar) recuperarão todos os quilos perdidos. Para emagrecer definitivamente é preciso mudar os conceitos sobre alimentação e também os hábitos alimentares inadequados. Em emagrecimento não existe milagres. Ninguém dorme gordo e acorda magro, o que existe e funciona é você estar atento ao seu comportamento alimentar e aos sinais do seu corpo. Não se engane, a mudança no seu corpo só irá acontecer se houver uma mudança
também no seus pensamentos e comportamentos alimentares; essa é a resposta!
SEJA HONESTO... ...E NÃO CAIA NA COMPULSÃO
Insatisfações, frustrações, ansiedades, raiva, estresse, depressão, etc., tudo isso pode nos levar a compulsão, porque interferem no equilíbrio de nossa mente e, por conseqüência, do nosso corpo.
A nossa comunicação com o mundo exterior é um ponto que devemos observar no sentido de não permitir que esses sentimentos provoquem comportamentos inadequados em relação a alimentação.
Quando não expressamos as nossas emoções, elas acabam sendo canalizadas em alguma outra coisa. Normalmente, para o gordinho, a comida é a forma mais comum de
“compensar” o sentimento que não foi manifestado na hora certa e de maneira adequada.
A nossa educação muitas vezes é muita rígida no que se refere a manifestação dos sentimentos, principalmente os de raiva, nervosismo, cansaço; nós acabamos por “engolir” todos as nossas emoções negativas, criando uma série de outros problemas
(como a obesidade) que são muito maiores do que se tivéssemos expressado esses mesmos sentimentos, na hora em que se manifestaram.
É claro que você deve saber ter auto-controle, conhecer seus limites, saber até que ponto ir sem ter que prejudicar ninguém, principalmente você! Isso é saber se administrar. Não expressar os sentimentos só serve para alimentá-los cada vez mais, abrindo margem para o aparecimento da famosa compulsão pela comida.
Sendo mais honesto consigo e com os outros, usando de franqueza,
sinceridade e espontaneidade, que é sempre melhor do que se reprimir, em relação aos seus sentimentos e emoções. Isso ajudará você a perceber que a comida não resolve nenhum dos seus problemas sentimentais e emocionais. Portanto, você é única pessoa que tem a autoridade para comandar-se! AQUILO QUE DEVE REALMENTE SER QUESTIONADO COM O OBESO. ”“VOCÊ TEM FOME DE QUE?”
“A gente não quer só comida! A gente quer comida, diversão, ballet. A gente não quer só comida, a gente quer a vida como a vida é! ... Desejo, necessidade, vontade.” (ComidaTitãs)
A sua fome é de comida, ou é de diversão ou ballet? Uma das grandes razões que levam as pessoas a engordarem é comer para saciar outras necessidades que não a fome-física®. Comer porque está entediada, estressada, nervosa, ansiosa, etc. Com o passar do tempo, a pessoa passa a não mais identificar e especificar sua fome,
apenas come...e engorda. Saber diferenciar quando seu corpo está realmente necessitando de comida para reabastecer as energias (fome-física®) e quando é o seu emocional que está pedindo (fome psicológica) é o primeiro passo rumo ao emagrecimento. Descubra qual o tipo de “fome” deve ser saciada com um tipo diferente de “comida”. Dê a mente a que é da mente e ao corpo o que é do corpo! Se você está cansado(a) e estressado(a), descanse, relaxe, durma; se você está com problemas, coloque suas energias na resolução deles; se você está triste, ligue para um amigo, saia
para passear, ouça uma música e se você estiver com fome-física®, então ... COMA! Procure satisfazer os seus desejos, as suas necessidades e as suas vontades, mas
antes, pense bem no que você realmente quer e precisa. Tenho certeza que a gente NÃO QUER SÓ COMIDA, a gente QUER A VIDA, COMO A VIDA É!
HÁBITOS ALIMENTARES -” Mude e Emagreça! -”
Emagrecimento é um assunto rodeado de muitas crenças, simpatias e charlatanismo. Existe um número enorme de produtos e até pessoas que vendem “receitas milagrosas” para o emagrecimento. Assim, as pessoas, na ânsia de conquistar um corpo magro,
acabam acreditando e arriscando qualquer coisa, até mesmo a própria saúde, em prol de uma “estética” que considera ser ideal.
Mas não adianta querer se enganar: do mesmo modo que você não engordou da noite para o dia, você também não vai emagrecer do dia para a noite. Saiba que a engorda e o
emagrecimento estão diretamente ligados aos seus hábitos alimentares, e se você não mudá-los, tudo o que fizer, vai ser inútil. Você pode tentar qualquer tipo de “milagre” e emagrecer em um primeiro momento, entretanto lembre-se que a mesma rotina
alimentar inadequada que levou você a engordar uma vez, vai se encarregar de fazê-lo novamente.
Mudar os seus hábitos alimentares é o passo mais importante para conquistar um corpo normal, definitivamente. Coma apenas quando estiver com fome-física®, respeite os
intervalos das refeições, mastigue bem o alimento, faça refeições
equilibradas e balanceadas. Esqueça essas “loucuras” de regimes de privação, remédios, sopas, shakes, etc. Se você quer emagrecer e permanecer magro, procure se conhecer melhor, sabendo como
o seu corpo funciona e quais as suas reais necessidades, o emagrecimento é só conseqüência! MEDOS
Toda mudança, em qualquer área de nossas vidas, cria uma certa dose de desconforto, insegurança e ansiedade. Isso ocorre porque, mesmo que a mudança seja para melhor, é mais fácil lidar com o pior conhecido, do que com o melhor desconhecido. Coisas e situações novas exigem novas posturas, novos conhecimentos, novas atitudes; significa que você vai ter que mexer em sentimentos e emoções que estavam escondidinhos e acomodados em um cantinho dentro de você. Com o emagrecimento isso também acontece, mesmo sabendo que você vai melhorar a
sua saúde e estética, que as vantagens são enormes, surgem alguns “medos”, tais como:
1. Medo do fracasso – se até agora você acreditava que seu maior problema era a obesidade, ao largar essa condição, você verá emergirem outros reais problemas que antes estavam encobertos pela obesidade. Será que estou pronto para lidar com eles?
2. Medo do vazio – a gordura ocupa muito espaço na vida do obeso, tanto física como emocional, afinal ele pensa 24horas por dia no assunto. Como preencher esse vazio ao emagrecer?
3. Medo da nova imagem – depois de tanto tempo convivendo com a imagem de gordo, a pessoa tem medo do que a sua nova imagem irá provocar, tanto nas outras pessoas ou
em seu próprio corpo. Será que vou ficar mais bonito? As pessoas vão estranhar? Enfrentar todos esses medos vai fazer de você uma pessoa mais forte e mais MAGRA,
pois você vai descobrir que mudar, para melhor, sempre compensa o esforço!
NÃO POSSO!
Quantas vezes você já se disse “eu não posso”, referindo-se ao seu regime? Não posso comer doce; não posso beber refrigerante, etc., etc. e depois “caiu de boca” e comeu tudo e um “pouquinho mais”? Quantas vezes as pessoas, ouvindo isso, não lhe disseram: - “É só um pedacinho, não vai fazer diferença...” ou então,
- “Se você não experimentar vou ficar chateada” e assim por diante... E quantas vezes, tudo isso, não lhe levou de novo a engordar?
Isso acontece porque ninguém consegue viver em regime de privação por muito tempo e também porque as pessoas, até inconscientemente, sabendo que você está emagrecendo, passam a sabotar o seu emagrecimento. E como fazer para superar tudo isso?
Primeiro, esqueça os regimes de privação. Ninguém consegue viver se
privando sem que um dia não caia no abuso. Para emagrecer definitivamente, você precisa aprender a comer corretamente, ao invés de deixar de comer as coisas que você tanto gosta. Respeitar intervalos entre as refeições, mastigar bem os alimentos, fazer refeições equilibradas e balanceadas, ouvir e respeitar os sinais de fome-física® e saciedade do seu corpo. Assim, você poderá comer de tudo e não engordar! Depois, aprenda a lidar com as pessoas que estão ao seu redor. Não brigue, não discuta!
Se você perceber que estão tentando boicotar o seu emagrecimento, não fale que você está emagrecendo, quando lhe oferecerem alguma coisa de comer, apenas responda: - Daqui a pouco eu pego, ou - Pode deixar que eu me sirvo, e somente o faça na hora de sua fome-física®.
Você não vai magoar ninguém com essa atitude, principalmente o seu corpo, que vai lhe agradecer, levando-o ao seu peso normal, naturalmente!
Produtos Dietéticos no Mercado Brasileiro
Os produtos dietéticos estão no mercado brasileiro há mais de 30 anos, porém o incremento da produção deu-se no final da década de 80. Um breve histórico poderá situar melhor a escalada da indústria de dietéticos no Brasil. O Decreto no 55.871 de 20/03/1965 definiu, em seu artigo 4º, alínea 8, edulcorante como sendo a substância orgânica artificial não glicídica, capaz de conferir sabor doce aos alimentos. A Resolução MERCOSUR/GMC número 83/93 definiu edulcorante como as substâncias diferentes dos açúcares que conferem sabor doce ao alimento. A Portaria número 25 da SNVS/MS de 04/04/1988 determinou que os produtos à base de edulcorantes com ou sem adição de açúcar passassem à denominação de adoçantes dietéticos, seja sob forma sólida ou solução. Posteriormente ao Decreto no 55.871, foram desenvolvidas várias substâncias de sabor doce de natureza química diversificada, muitas vezes não correspondendo à definição deste Decreto.
A comissão do Codex Alimentarius(1) diferencia açúcar, representando sacarose, de açúcares, os monossacarídeos e dissacarídeos presentes no alimento. Este mesmo conceito foi adotado na legislação MERCOSUR(2). O Conselho da União Européia (EU) e o Food and Drug Administration(3) (FDA) definem os açúcares da mesma maneira, excluindo os polióis desta definição. A EU considera carboidratos todos aqueles metabolizáveis pelo homem, inclusive os polióis e a FDA, define o termo como sendo todos os carboidratos, exceto os açúcares, polióis e fibras alimentares. Atualmente, o termo carboidrato tem sentido mais amplo que o definido inicialmente, englobando mono, óligo e polissacarídeos. Em 1969 o decreto-lei no 986 definiu alimento dietético como todo alimento elaborado para regimes especiais destinados a ser ingerido por pessoas sãs. E em 1988 a Portaria no 01 da Secretaria Nacional da Vigilância Sanitária (SNVS) determinou que os edulcorantes até então registrados na Divisão de Medicamentos (DIMED), passariam a ser registrados na Divisão Nacional de Alimentos (DINAL). Este fato mudou a trajetória destes produtos e expandiu seu mercado, pois estando sob fiscalização do DINAL, é considerado como alimento e, portanto com maior liberdade na utilização de ingredientes e componentes. Em 1988 o mercado de dietéticos fechou o ano com um crescimento de consumo de 100%. Nos anos que se seguiram o mercado expandiu-se, trazendo maior variedade e opções de produtos, o que veio a beneficiar os diabéticos. CLASSIFICAÇÃO
O Codex Alimentarius classificou os substitutos da sacarose em dois grupos: 1- EDULCORANTES INTENSOS (OU NÃO NUTRITIVOS): fornecem somente doçura acentuada, não desempenham nenhuma outra função tecnológica no produto final. São pouco calóricos ou não calóricos e são utilizados em quantidades muito pequenas; 2- ADOÇANTES DE CORPO : fornecem energia e textura aos alimentos, geralmente contém o mesmo valor calórico do açúcar, e são utilizados em quantidades maiores. Vários autores classificaram os edulcorantes ou adoçantes de formas diferenciadas. Isto porque um mesmo edulcorante pode ser classificado de diferentes maneiras, como calóricos e não-calóricos; naturais e artificiais; ou
calóricos e naturais; calóricos e artificiais e não-calóricos e naturais ou nãocalóricos e artificiais. Para efeito prático neste texto classificaremos os edulcorantes em: CALÓRICOS • POLIÓIS • NÃO CALÓRICOS • SACAROSE • SORBITOL • SACARINA • GLUCOSE • MANITOL • CICLAMATO • FRUTOSE XILITOL• ACESSULFAME-K • ASPARTAME • SUCRALOSE • ESTÉVIA • EDULCORANTES • CALÓRICOS Dentre os edulcorantes calóricos, predominam os carboidratos na forma de monossacarídeos como glicose e frutose; e dissacarídeos com sacarose e lactose, pois somente os açúcares de baixo peso molecular são doces. Estes açúcares além de adoçantes também são espessantes, umectantes, conservantes, solubilizantes, estabilizantes e ainda podem modificar a textura, dão volume, realçam o aroma e sabor das preparações às quais são adicionados. SACAROSE – O consumo do açúcar de cana e beterraba permaneceu estável desde 1925, declinando a partir dos anos 70 com o aumento do consumo de outros adoçantes calóricos e dos artificiais. O Brasil é um dos maiores produtores de cana-de-açúcar do mundo e o consumo per capta em nosso país, é de 50 kg no sudeste e sul e em média 40 kg no nordeste brasileiro(1). O açúcar de cana é formado basicamente por sacarose. A sacarose é composta de glicose e frutose unidas por ligação alfa. O grande consumo deste edulcorante se deve às suas propriedades de boa palatabilidade, excelente disponibilidade, baixo custo de produção e, portanto, facilidade de acesso para aquisição. Seu perfil de sabor é de rápida percepção da doçura (um a dois segundos) e persiste por aproximadamente trinta segundos. Fornece energia sendo que de 1g de sacarose obtém-se 4 Kcal. Considerações sobre sacarose – ao consumir sacarose, esta é rapidamente fermentada por bactérias presentes na cavidade oral, dentre elas a principal é o Streptococcus mutans, originando substâncias ácidas, que reduzem o pH da placa dentária. Se o pH bucal for menor que 5,2 o alimento é considerado como cariogênico. A diminuição persistente e freqüente do pH leva à formação de cárie. Algumas situações clínicas contra-indicam o consumo de sacarose como forma de prevenção e controle de doenças e seqüelas, dentre elas o Diabetes Melito. Ingestão diária aceitável de sacarose (IDA) não
estabelecido. FRUTOSE – é encontrada principalmente em frutas e no mel. Também chamada de levulose. Pode ainda ser obtida por isomerização enzimática de soluções de dextrose pura, ou por extração da raiz da chicória, alcachofra ou dália através da insulina. Industrialmente é obtida pela inversão da sacarose. Poder adoçante em relação à sacarose de 117%, o que permite que seja consumida em menor quantidade, e, portanto, fornece menor aporte calórico em relação à sacarose. Sua doçura é também rapidamente percebida; apresenta sinergia com outros edulcorantes como ciclamato e sacarina, reduzindo o sabor residual destes. É energética, fornecendo 4 Kcal por grama. Considerações sobre a frutose – estudos sobre frutose em relação às várias situações clínicas e metabólicas refletem controvérsias quanto ao seu uso por atletas, portadores de hiperlipidemias e diabéticos, assim como na hipoglicemia reativa e obesidade. Acreditamos que a frutose deva ser mais conhecida em seus efeitos crônicos em relação aos níveis séricos de lípides e de glicosilação não enzimática das proteínas para que se possa recomendar com segurança para indivíduos diabéticos. Não produz efeitos tóxicos, mesmo se o consumo for alto. É menos cariogênica que a sacarose. IDA não estabelecida. GLICOSE – está naturalmente presente em frutas e mel. É o substrato energético mais importante para o metabolismo do ser humano. Sendo a unidade que constitui o amido, sua obtenção a nível industrial é a partir da hidrólise do amido através de sistema multienzimático. Muitas vezes o termo glicose é utilizado para referir-se ao xarope de amido, que não se constitui apenas de glicose, mas também de maltose e dextrina. Tem grau de doçura inferior à sacarose 70%. Porém o poder adoçante se autopotencializa a concentrações elevadas. Um grama de glicose fornece 4 Kcal. Considerações sobre a glicose – é rapidamente absorvida no trato digestivo e utilizada como fonte energética por todos os tecidos, mas é o único substrato energético utilizado pelo cérebro, rim, medula óssea, sistema nervoso periférico, leucócitos e eritrócitos. É armazenada na forma de glicogênio hepático e muscular. Participa também da síntese de proteínas e gorduras. É também estimulante de neurotransmissores cerebrais. Até o momento, seu consumo é contra-indicado a portadores de diabéticos. IDA não estabelecida.
ASPARTAME – a descoberta deste edulcorante foi acidental. A G.D. Searle and Company buscava um inibidor da gastrina para tratamento de úlcera gástrica e utilizou o aspartame em um dos seus ensaios. Um dos pesquisadores acidentalmente deixou cair algumas gotas em seus dedos e, por acaso ao folhear um livro levou os dedos à boca, sentiu um sabor doce intenso. É o éster metílico de dois aminoácidos, fenilalanina e ácido glutâmico ou L-aspartil-L-fenilalanina. Pode ser sintetizado a partir do ácido aspártico e do éster metílico da fenilalanina através de método químico ou por síntese enzimática. A Lfenilalanina é obtida por fermentação. Seu perfil de doçura é o que mais se assemelha à sacarose, entre os edulcorantes, apesar de persistir mais tempo. Não deixa sabor residual, seja amargo, químico ou metálico. Adoça de 43 a 400 vezes mais que a sacarose, dependendo da forma como se apresenta e do alimento onde se encontra. A presença de outros aditivos e pH podem afetar a potência do aspartame, assim como a sinergia com vários carboidratos, com acessulfame-K, sacarina e ciclamato. É um edulcorante calórico, porém utilizam-se quantidades mínimas para adoçar. Indicado para diabéticos. Considerações sobre o aspartame – não provoca cáries, retardando ou inibindo a formação de placas e diminuindo a desmineralização do esmalte(7,8,9). Após a ingestão é rapidamente hidrolisado no intestino ao dipeptídio L-aspartil-L-fenilalanina e a metanol. O dipeptídio já é metabolizado nas células da mucosa. Por conter fenilalanina é contraindicado a portadores de fenilcetonúria, o que deve estar especificado nas embalagens dos produtos que contém aspartame. Não promove alteração glicêmica, sendo, portanto indicado para diabéticos. A IDA segundo o FDA é de 50 mg/kg de peso corporal. O Brasil estabeleceu IDA de 40 mg/kg de peso corporal. Cálculos efetuados por IOSHII, demonstraram que a ingestão diária para não ultrapassar a IDA (40 mg/kg) seria de 10 gotas/kg de peso corpóreo dos produtos apresentados na forma líquida ou um envelope/kg para pós, considerando as diferentes apresentações do aspartame comercializado. ESTÉVIA – o esteviosídeo é quimicamente classificado como glicosídeo que em função de sua estrutura tridimensional, apresenta glicóforos capazes de sensibilizar as papilas gustativas da língua produzindo sabor doce. É extraído das folhas da stevia rebaudiana Bertoni. Já era utilizada pelos índios guaranis. Em 1900, Ovídio Rebaudi, um químico paraguaio, estudou suas características, isolando um princípio amargo (com características de digestivo) e um princípio extremamente doce. Na década de 70 a estévia foi
levada para o Japão, onde foi estudada sob aspectos químicos, toxicológicos e de desenvolvimento de processos de extração(11). O perfil de sabor é semelhante ao da sacarose, porém mais persistente e residual de mentol. Adoça de 110 a 300 vezes mais que a sacarose. Apresenta sinergia com aspartame, acessulfame-K e ciclamato, mas não com sacarina. Não cariogênico. Indicado para diabéticos. É resistente a algumas temperaturas associadas às faixas de pH. Considerações sobre a estévia – a maioria dos estudos toxicológicos do esteviosídeo e dos extratos de estévia, foram realizados no Japão e a conclusão destes é de que, os glicosídeos não são tóxicos ao homem e outras espécies animais(12). No Brasil a Universidade Estadual de Maringá os estudou sob o aspecto de produção, sendo que em 1987 o DINAL licenciou o uso de esteviosídeo em alimentos. IDA é de 5,5 mg/kg peso/dia. POLIÓIS
Nos ateremos apenas ao sorbitol, por ser este o mais amplamente utilizado em produtos dietéticos. SORBITOL – D-glucitol é o poliol mais amplamente encontrado na natureza, ocorrendo em maçãs, pêras, pêssegos, ameixas, cerejas e algas marinhas. É obtida industrialmente através da hidrólise do amido seguida de hidrogenação catalítica da D-glucose. Sendo comercializado na forma de xarope a 70% ou na forma pó. Apresenta poder espessante, edulcorante, inibidor de cristalização e anticongelante. Doçura de 0,5 a 0,7 em relação à sacarose e efeito refrescante na boca, sem sabor residual. Em associação com outros edulcorantes, como sacarina e ciclamato, mascara o sabor residual destes. Apresenta sinergia também com acessulfame, aspartame e estévia. Fornece 4 Kcal/grama. Considerações sobre sorbitol – devido ao poder edulcorante baixo e seu poder espessante, tem sido mais usado como veículo ou agente de corpo, em adoçantes e produtos dietéticos. Não é cariogênico. Parece não interferir no controle metabólico de diabéticos, porém devido à sua alta osmolaridade, é contra-indicado aos indivíduos que apresentam neuropatia diabética visceral. IDA não está estabelecida ainda.
EDULCORANTES NÃO CALÓRICOS
SACARINA – 2,3-dihidro, 3-oxobenzeno isso sulfanazol. Descoberta em 1879 por Constantin Fahlberg nos EUA. É comercializada como edulcorante desde 1900. Tendo seu consumo aumentado durante as Guerras Mundiais devido ao racionamento de açúcar. É um produto sintético com alto poder edulcorante, sendo de 200 a 700 vezes maior que a sacarose, porém tem gosto residual amargo, com perfil de sabor tardio e persistente. Estável a várias temperaturas com hidrolização lenta em solução aquosa. Não calórico e não cariogênico. Apresenta sinergia com aspartame, ciclamato, sacarose e sorbitol. Indicado para diabéticos. IDA de 5 mg/kg peso/dia. Considerações sobre a sacarina – cerca de 80% da sacarina ingerida é absorvida e excretada inalterada em 24 horas. Apesar disso, tem sido exposto a críticas constantes, baseadas em estudos em animais com megadoses relacionados à carcinogenicidade, sendo retirado do mercado americano em 1972 pelo FDA(9). Estudos posteriores não demonstraram incidência significativa de neoplasias em populações que têm consumo constante de sacarina. O Comitê Científico para Alimentos (EUA) em 1984, após cuidadosa revisão aprovou o consumo de sacarina com IDA de 2,5 mg/kg peso/dia. CICLAMATO – ácido ciclohexilsulfâmico e seus sais de sódio, cálcio e potássio. Em 1937 foi descoberto por Michael Sveda (EUA). Produto sintético obtido a partir da sulfonação da ciclohexilamina. Foi patenteado pela Abbott em 1940 e entrou no mercado em 1950. Seu poder edulcorante é de 30 a 40 vezes maior que a sacarose, dependendo do meio. Seu perfil de sabor é de lenta percepção da doçura, com sabor residual doce-azedo duradouro. Estável em ampla faixa de pH e temperatura. Não calórico e não cariogênico. Indicado para diabéticos. Sinergismo com sacarina, aspartame, estévia e sacarose. IDA é de 11 mg/kg peso/dia. Considerações sobre o ciclamato – assim como a sacarina, o ciclamato teve sua segurança de uso questionada, após alguns estudos terem apontado a presença de ciclohexilamina na urina de cães e humanos, após ingestão oral de ciclamato. A partir daí, investigou-se visando esclarecer seu metabolismo. Ficou evidente que a taxa de conversão de ciclamato a ciclohexilamina é variável entre as espécies, aparentemente dependente da microbióta da espécie. Dentre os homens, somente uma pequena parcela da população tem esta característica, que não representa risco tóxico. Por outro lado, foi questionado quanto a carcinogenicidade em ratos. Após estudos, o Comitê de Avaliação do Câncer da FDA anunciou que a avaliação de vários
experimentos indicava que o ciclamato não era carcinogênico. ACESSULFAME-K – foi descoberto por Karl Clauss e H. Jensen, em 1967 na Alemanha, acidentalmente quando trabalhavam no desenvolvimento de novos produtos, e encontraram um composto de sabor doce. Apresenta estrutura semelhante à sacarina, sendo um sal de potássio da sulfonamida cíclica, obtido de derivados de ácido acetoacético. Apresenta estabilidade em várias condições de temperatura e pH. Sua doçura é rapidamente perceptível, com decréscimo lento, não persistente. É cerca de 180 a 200 vezes mais doce que a sacarose. Não calórico e não cariogênico. Indicado para diabéticos. Sinergismo com aspartame, frutose e sorbitol. IDA de 15 mg/kg peso/dia. Considerações sobre acessulfame-K – não é metabolizado pelo homem, sendo que 99% da dose é eliminada inalterada. Foi estudado por 15 anos e mais de 90 estudos comprovaram não apresentar efeitos tóxicos, carcinogênicos, mutagênicos ou teratogênicos(13,14,15,16,17). SUCRALOSE – descoberta em 1976 por pesquisadores da Tate & Lyle Specialty Sweeteners, na Inglaterra. É o composto 4, 1’, 6’triclorogalactosacarose obtida por cloração seletiva dos grupos hidroxílicos das posições 4 e 6 da sacarose. É 400 a 800 vezes mais doce que a sacarose, sendo dependente de pH e temperatura, apresentando boa estabilidade. Perfil de sabor de percepção rápida e com persistência maior que a sacarose. Não calórica, não cariogênica. Indicada para diabéticos. IDA de 15 mg/kg peso/dia. Considerações sobre a sucralose – suas ligações carbono-cloro são estáveis e não hidrolisadas durante a digestão, sendo rapidamente excretada nas fezes. Estudada por 15 anos, foram realizados por volta de 140 estudos em animais e humanos, concluindo que não apresenta efeitos teratogênicos, toxicidade ou carcinogenicidade. Considerando a importância dos produtos dietéticos para diabéticos, nos aspectos social e cultural destes indivíduos e o mercado em expansão que gera oportunidades de trabalho, podemos concluir que o desenvolvimento de tecnologia de obtenção e industrialização de adoçantes dietéticos deva dar-se de forma a expandir ainda mais um seguimento com grandes possibilidades econômicas, que ao mesmo tempo favorece o controle metabólico de diabéticos, possibilitando melhor qualidade de vida e reinserção no convívio social, aspectos que também contribuem para o controle metabólico da doença (21).
CUIDANDO OS ADITIVOS QUÍMICOS ”“Veneninhos” que matam as células de nossas crianças aos poucos!!! ADITIVOS - Se é verdade que ”“também se come com os olhos”, não é menos verdade que ”“o peixe morre pela boca ”“. Estar-se educado para o que realmente importa nos alimentos é o passo principal para os consumir com qualidade e segurança. Os aditivos são substâncias que se adicionam intencionalmente aos alimentos para exercerem uma determinada função. Para que uma substância seja considerada aditivo, tem que ser sujeita a vários estudos químicos e testada em animais. Caso seja aprovada recebe um nome: a letra E seguida de três algarismos. O uso de aditivos tem uma regulamentação muito exigente e em Portugal só podem ser usados os que satisfazem às normas adotadas pelo Comitê Científico de Alimentação Humana da União Européia. Apesar das normas regulamentares há vários paradoxos, pois existem substâncias que são permitidas na União Europeia e proibidas nos Estados Unidos e vice-versa. Legalmente não se podem juntar aditivos que colidam entre si e a quantidade de cada aditivo presente nos alimentos também está determinada. Os principais objetivos da adição de aditivos aos alimentos são: conservar as características organolépticas: cheiro, sabor, consistência; preservar as propriedades nutritivas; aumentar o tempo de vida dos alimentos; melhorar a apresentação dos alimentos. Os aditivos estão agrupados de acordo com os efeitos a que destinam e os principais grupos, com os seus nomes, são: Corantes de E100 a E199; Conservantes de E200 a E299; Antioxidantes de E300 a E399; Espessantes e emulsionantes de E400 a E499; Intensificadores de sabor de E600 a E699.
O grande problema do uso de aditivos é que não se pode prever a sua toxicidade a longo prazo – há aditivos que já foram considerados seguros e hoje a sua utilização está proibida -, a sua interferência com outras substâncias ou medicamentos nem o modo como vão ser ingeridos pelos consumidores. Por exemplo, existem aditivos que são similares entre si e por isso não podem estar presentes no mesmo alimento, mas o consumidor pode ingerir esses aditivos ao consumir diferentes alimentos que os contenham. Da mesma forma as quantidades toleradas não estão asseguradas. Um outro aspecto é a utilização de aditivos que na realidade não acrescentam qualquer utilidade ao alimento, além do aspecto, como por exemplo os corantes. Se é verdade que também se come com os olhos não é menos verdade que o peixe morre pela boca. Estar-se educado para o que realmente importa nos alimentos é o passo principal para os consumir com qualidade e segurança. O consumo de aditivos pode provocar reações alérgicas, efeito laxativo, distúrbios hepáticos ,entre outros, e muitos são mesmo considerados cancerígenos. Atualmente não é possível ”“fugir” aos aditivos, e em muitos casos ainda bem, porque impedem a transmissão de doenças. Contudo não é necessário nos ”“entupirmos” com eles. O ideal será utilizar produtos naturais, consumindo os processados sempre que não houver alternativa e na menor quantidade possível.
Cuidando da nutrição do Idoso:
As necessidades dietéticas das pessoas idosas são influenciadas pela saúde em geral, estresse nutricional de qualquer doença existente, o grau de atividade física e outros fatores. A capacidade funcional de quase todos os órgãos diminui com a idade, mas não se pode concluir claramente o que essas mudanças influenciam nas necessidades nutricionais. Preferências e hábitos alimentares arraigados, distúrbios psiquiátricos como depressão e solidão, paladar ou apetite alterado pelo uso de drogas, dificuldades em mastigar, redução do poder econômico e a dificuldade para uma pessoa que vive sozinha em preparar os alimentos dificultam aos idosos a obtenção de uma dieta adequada. O envelhecimento resulta numa diminuição da taxa metabólica e numa diminuição da atividade física. Assim, o indivíduo deve diminuir
gradualmente a ingestão de calorias com a idade, para prevenir o aumento de peso e a obesidade. Não foi demonstrado que a necessidade protéica do idoso é diferente da dos adultos jovens. Entretanto, os idosos ficam doentes,com mais frequencia, e a doença comumente causa uma perda protéica significativa no organismo; assim, as dietas planejadas para os idosos devem possuir uma grande margem de segurança. O idoso é particularmente vulnerável a várias anemias nutricionais. A acidez gástrica diminuída afeta adversamente a absorção de ferro e vitamina B12.. Quando as frutas frescas e os vegetais estão ausentes da dieta, pode ocorrer anemia por carência de ácido fólico em conjunção com deficiência de vitamina C., É descrita também a diminuição da absorção de cálcio com a idade, mas a osteoporosse comumente observada na velhice parece ser a consequência de diversos fatores existentes por muitos anos, um dos quais pode ser a ingestão diminuída de cálcio. É discutível se o aumento da ingestão de cálcio pelo idoso diminui o avanço da osteoporose. A distenção abdominal causada por certos alimentos e a constipação são comuns, porque o tônus da musculatura intestinal diminui com a idade. Logo, o consumo de alimentos ricos em fibras (vegetais tenros, frutas e cereais integrais) deve ser incentivado para promover o peristaltismo normal. A constipação pode ser diminuída pela ingestão diária de seis a oito copos de água. Nessas medidas dietéticas deve ser evitado o uso inapropriado de laxantes. Pode-se prescrever dietas leves ou pastosas para o idoso que tenha dificuldades para mastigar alimentos normais. Abaixo acrescento um artigo muito interessante da nutricionista Ana Matilde Rodrigues sobre o idoso e a diabetes tipo2.
TERAPÊUTICA NUTRICIONAL PARA IDOSOS COM DIABETES MELLITUS TIPO 2 O grupo etário ”“idoso” tem sido definido como o de pessoas com 65 anos e acima dessa idade. A maior freqüência de diabetes nessa faixa etária se
deve, provavelmente, a vários fatores, tais como presença de obesidade associada, o aumento da sobrevida da população idosa e ao próprio processo de envelhecimento natural que inclui a diminuição da secreção de hormônio (entre eles a insulina). Cada fase da vida merece cuidados especiais. Assim, a alimentação na terceira idade deve ser orientada em função das mudanças fisiológicas que ocorrem no organismo, bem como as alterações no estilo de vida. Essas alterações incluem a adaptação do corpo à diminuição da capacidade de funcionamento dos órgãos e resulta em menor necessidade de energia para que ele funcione. A taxa de metabolismo basal diminui ao redor de 20% nas idades de 30 a 90, principalmente devido à diminuição da massa corpórea magra. As modificações do paladar, olfato, visão, audição e tato podem levar à perda de apetite e à utilização de alimentos muito salgados e de fácil preparação e consumo (leite, mingau, alimentos industrializados)(2). Sendo que a estimulação do paladar e o odor induzem mudanças metabólicas, tais como secreções salivares, pancreáticas e de ácido gástrico, assim como aumentam os níveis plasmáticos da insulina, a estimulação sensorial diminuída pode prejudicar os processos metabólicos. O idoso apresenta, também, dificuldade na mastigação, devido à utilização de prótese dentária que faz com que a mastigação seja 75, 85% menos eficiente que em pessoas com dentição natural e também devido a xerostomia que afeta mais de 70% dos idosos e atrapalha significativamente a ingestão de nutrientes. Essas dificuldades de mastigação e deglutição podem levar a diminuição do consumo de frutas, vegetais frescos e carnes, levando a déficit de fibras, vitaminas, minerais e ferro. Os maiores obstáculos também encontrados no plano alimentar para o idoso são: situação financeira precária, associação freqüente de outras doenças que podem exigir restrições dietéticas (hipertensão ou insuficiência renal crônica) e principalmente a dificuldade do idoso em se adaptar à mudanças de hábitos alimentares. Para que haja adaptações e alterações desses hábitos alimentares da pessoa idosa deve haver uma forte razão, que seja a obtenção de sobrevida saudável. Quando tem falta de apetite, deve-se estimulá-los a se alimentar com maior freqüência e em menores quantidades a cada refeição, sendo que essa orientação é adequada ao controle dos níveis glicêmicos sangüíneos, fazendo
de 5 a 6 refeições diárias. É recomendada a utilização de uma dieta que inclua certa quantidade de alimentos com altas concentrações de nutrientes e densidade de energia, bem como, se a mastigação for um problema, alterar a textura de alimentos por moer ou cortar em pedaços. É também recomendada a diminuição da ingestão excessiva de gorduras saturadas, colesterol e sal, reduzindo-se o consumo de manteiga, frituras e alimentos industrializados. O idoso com diabetes deve ser orientado para evitar a ingestão de Carboidratos simples (açúcar refinado, mel, balas ou refrigerantes) por esses últimos não acrescentarem nutrientes à dieta e não serem indicados para rotina de portadores de diabetes melitus. É aconselhável que os idosos consumam alimentos facilmente digeríveis, proteínas animais nas quantidades adequadas e outras de alto valor biológico (proteínas da carne de frango ou peixe), além de alimentos fontes de carboidratos complexos, tais como arroz, massas, tubérculos (batata ou mandioca), leguminosas (feijão, ervilha ou lentilha), verduras e frutas que são fontes de fibras, vitaminas e minerais.Todos os tipos de frutas são adequados ao consumo pelos idosos com DM sendo apenas necessário o cuidado na quantidade ingerida. Cabe salientar que a alimentação para o idoso portador de DM deve ser, como em qualquer outra faixa etária, equilibrada e individualizada e deve exercer um papel primordial atuando na manutenção da saúde desses indivíduos, procurando, ao máximo, evitar as descompensações diabéticas e possíveis internações hospitalares advindas.
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CAPITULO 7- ENFERMAGEM EM CLÍNICA MÉDICA DIETAS HOSPITALARES Introdução
A composição de nutrientes para um cardápio semanal foi determinada de acordo com a composição dos alimentos relacionada no “United States Departamente of Agriculture Handbook” N° 456 e através de dados dos fabricantes de produtos alimentícios. As Necessidades Dietéticas Recomendadas para homens e mulheres de 23 aos 50 anos de idade foram determinadas pela sua média usada como ponto de referência à adequação nutricional, exceto na seção de gravidez e na pediátrica. As dietas devem fornecer no mínimo 75% das Necessidades Dietéticas Recomendadas para os nutrientes analisados, salvo especificações em contrário. Um relatório do conteúdo nutricional indica um risco potencial de inadequação, especialmente se a dieta for adotada por muito tempo. Como proposto pelo National Research Council, as Necessidades Dietéticas Recomendadas devem ser usadas somente como guia no planejamento e avaliação das dietas. As Necessidades Dietéticas Recomendadas não devem ser usadas como exigências absolutas, mas preferencialmente como referência da ingestão nutricional adequada. As necessidades (exceto calorias) foram calculadas para “exceder as exigências da maioria dos indivíduos e assim assegurar que a necessidade de praticamente todos seja suprida”. As Necessidades Dietéticas Recomendadas não levam em consideração as necessidades daqueles que estão doentes. Entretanto, por falta de referências mais convenientes, as Necessidades Dietéticas Recomendadas foram usadas na avaliação das dietas terapêuticas apresentadas neste trabalho. As tabelas da composição aproximada dos nutrientes específicos estão incluídas com discussão na dieta hospitalar geral, líquida, pastosa e branda. Os valores representam a composição média da dieta dos cardápios de uma semana. As Necessidades Dietéticas Recomendadas denominam-se RDI, tornaramse disponíveis durante a preparação deste livro e são apresentadas no final. As conclusões sobre a adequação nutricional foram vistas no capítulo 2-
Composição dos alimentos. LINHAS GERAIS PARA A PRESCRIÇÃO DE DIETAS
O propósito da prescrição de uma dieta é transmitir a intenção do médico à equipe de saúde. Na prescrição ou formulação da dieta, deve-se considerar: a natureza da doença, o que pode ser realizado pela dieta e se a dieta será aceita pelo paciente. As características de uma boa prescrição são as seguintes:
A prescrição deve ser concisa e específica. Deve ser transmitida por poucas palavras ou sentenças.
A prescrição deve ser clara e inequívoca. Se puder ser interpretada de maneira diferente da intencionada, ela foi mal redigida.
A prescrição deve ser completa. Todas as modificações ou restrições dietéticas devem ser repetidas todas as vezes em que a dieta for modificada. Quando as mudanças são feitas em uma parte da dieta, não se deve presumir que o nutricionista automaticamente manterá as outras modificações.
A prescrição deve ser intrinsecamente coerente. Uma modificação dietética não deve entrar em conflito com outra.
Se a prescrição incluir muitas modificações, a mais importante deve ser registrada primeiramente, dando-lhe prioridade.
A prescrição deve ser necessariamente restrita ou completa. Embora mudanças circunstanciais requeiram medidas dietéticas muito restritivas, restrições menos rigorosas podem cumprir o que é pretendido.
Mudanças freqüentes na prescrição devem ser evitadas. Embora mudanças circunstanciais no hospital possam requerer
modificações dietéticas, deve-se formular precocemente no hospital uma dieta que possa ser utilizada após a alta. A formulação precoce dá aos nutricionistas tempo para a execução de ordens e permite ao paciente um melhor entendimento de suas necessidades dietéticas a longo prazo. O grau de controle dietético deve ser especificado o mais claramente possível. O termo “mínimo” indica que a dieta fornece a menor quantidade possível de substância sem tornar a dieta inconveniente ou desagradável ao paladar. “Baixo”, “limitado” e “restrito” são usados para indicar uma redução intermediária da quantidade da substância na dieta. Os termos “abundante” e “alto” indicam um aumento da substância na dieta que é executado convenientemente. A extensão da quantidade implícita nesses termos gerais é especificada, quando possível, na dieta. O médico deve ter a responsabilidade de informar ao paciente as suas restrições dietéticas. Se ele estiver a par da importância que o médico atribui às modificações de sua dieta, aceitará mais facilmente esta mudança no seu modo de viver. DIETA GERAL HOSPITALAR A dieta geral hospitalar é dirigida ao paciente adulto que não requer modificações dietéticas específicas. O cardápio é escolhido pelo paciente ou para planejado ele de acordo com suas preferências. Em ambas as situações, o objetivo da dieta é o de fornecer uma quantidade suficiente de proteínas, calorias e outros nutrientes. Existem dois princípios na composição da dieta geral hospitalar. Um deles, por meio e exemplificação, ensina ao paciente a prática nutricional, e o outro consiste em fornecer ao paciente alimentos que ele queira e possa ingerir. Geralmente alcançamos um meio ,termo na aplicação dos dois princípios visando a encontrar as necessidade de cada paciente. Alguns consideram que a execução de uma dieta baseada no controle de sódio, colesterol e gorduras pode ser uma prática de saúde vantajosa. Se o paciente for capaz de se alimentar adequadamente, a hospitalização pode dar a ele a oportunidade de aprender esses princípios. Tanto a American Heart Association General Diet Recommendations ou a Dietary Goals for the
United States, U.S. Senate Select committee on Nutrition and Human Needs podem ser usados como guia. Se tais modificações forem desejáveis, o médico deve comunicá-las ao nutricionista que irá discuti-las com o paciente. A Clínica Mayo não endossa especificamente nenhuma dessas formulações. As restrições dietéticas são mais bem adaptadas quando realizadas para cada indivíduo. Em muitas circunstâncias, a hospitalização não é o momento apropriado para a imposição de restrições dietéticas excessivas, especialmente se as modificações não fornecerem ao paciente proteínas e calorias suficientes para as suas necessidades nutricionais na convalescença de doenças, ferimentos ou cirurgias. A importância da ingestão de alimentos adequados e apropriados durante essas situações justificam o uso de um plano alimentar tradicional.
DIETA GERAL COM MODIFICAÇÕES NA CONSISTÊNCIA Nesta categoria de dietas, a dieta geral hospitalar é modificada na sua consistência ou textura, ou ambas, para que seja aceita e tolerada pelo paciente. Dieta líquida:
DIETA L Consiste de líquidos e sucos que fornecem poucos resíduos e é facilmente absorvida INDICAÇÃO E EXPLICAÇÃO A dieta é usada quando o indivíduo requer uma restrição severa de material não digerível pelo trato gastrintestinal por uma diminuição temporária da sua função. Na maioria das vezes é usada na primeira fase do pós-operatório e na preparação das cirurgias do cólon. ADEQUAÇÃO NUTRICIONAL Em comparação com as Necessidades Dietéticas Recomendadas, esta dieta é pobre em todos os nutrientes, embora forneça alguma caloria e vitamina C. Dietas de baixo resíduo ou quimicamente formuladas são desejáveis quando o uso da dieta líquida for prolongada. PRESCRIÇÃO MÉDICA DA DIETA Deve-se prescrever dieta líquida. A dieta liquida pode ser prescrita com outras modificações dietéticas, tais como “dieta líquida sem estimulantes gástricos”. ALIMENTOS PERMITIDOS E EVITADOS – DIETA LÍQUIDA :
Grupo
de
Alimentos
Permitidos
Evitados
Café, café descafeinado, chá, bebida de Bebida
cereais, bebidas carbonatadas, sucos de frutas adoçados artificialmente
Todos os outros
Carnes
Nenhuma
Todos
Leite
Nenhum
Todos
Amido
Nenhum
Todos
Vegetais
Suco de Tomate
Frutas
Todos os sucos de frutas
Todos os outros Todos os outros
Consomê, caldo sem gordura, caldo de
Sopas
carne
outros
Sobremesas
Gelatina, sorvete de frutas, picolé
Doces
Açúcar, mel, caramelos
Diversos
Sal
Suco**
Todos os outros Todos os outros Todos os outros
MODELO DO MENU PADRÃO – DIETA LÍQUIDA
Dejejum*
Todos os
Almoço* OU Sopa
JANTAR* Sopa
Bebidas
Suco**
Suco**
Gelatina
Sorvete de frutas
Bebida
Bebida
Alimentos entre refeições: disponíveis se solicitados *O volume da refeição é usualmente pequeno, uma vez que a maioria dos pacientes pós-operatórios aceita no início somente pequeno volume líquido. ** Alguns pacientes em pós-operatório estão nauseados inicialmente e não toleram sucos. Deve-se evitar sucos cítricos e sucos de tomate na primeira refeição. Se a náusea continuar, o médico deve requisitar uma dieta líquida sem sucos. DIETA LEVE inclui líquidos e alimentos semi-sólidos INDICAÇÕES E EXPLICAÇÃO Usada na etapa intermediária do pósoperatório ou em situações nas quais a função gastrintestinal esteja moderadamente reduzida. A dieta também é indicada para indivíduos que tenham dificuldade de mastigar e deglutir alimentos sólidos ADEQUAÇÃO NUTRICIONAL Em comparação com as Necessidades Dietéticas Recomendadas , esta dieta é pobre em todos os nutrientes, com exceção do cálcio e ácido ascórbico. A adequação nutricional pode ser facilmente melhorada com o uso de suplementos dietéticos ( fonte concentrada de nutrientes que devem ser prescritos para aumentar a ingestão de um nutriente específico, escolhido de acordo com as necessidades específicas do paciente. Por exemplo, leite em pó desnatado pode ser incorporado a diversos alimentos para aumentar o conteúdo de proteínas e calorias da dieta). PRESCRIÇÃO MÉDICA DA DIETA Deve ser prescrita como dieta leve simplesmente, bem como acrescida de outras modificações dietéticas, tais como: “dieta leve sem estimulantes gástricos”. COMPOSIÇÃO APROXIMADA DIETA LEVE
Proteín Calorias
a
Gordur as
g
Carboid ratos
g
G
Sódio** mEq
Potássi o mEq
1.500 50 55 205 110 65 *A composição varia de acordo com a quantidade de líquidos que o paciente realmente recebe e consome. ** O valor é para a quantidade de sal utilizada na preparação do alimento. O sal adicionado à mesa não está incluído.
ALIMENTOS PERMITIDOS E EVITADOS – DIETA LEVE Grupo de aliment
permitidos
evitados
os Bebid as
Café, café descafeinado, chá, bebida de cereais, bebidas carbonatadas, sucos de frutas
Nenhum
adoçados artificialmente Carne
s
Bebidas lácteas enriquecidas com ovo em pó, purê de carne na sopa
Gord uras Leite
Manteiga, margarina, creme de leite Leite, bebidas lácteas, iogurte sem sementes e sem frutas.
Todas as outras Todas as outras Todos os outros Cereais
Amid o
Cereais cozidos
secos
e
Todos
os
outros Veget ais Frutas
Todos os sucos, purê de vegetais na sopa
Todos os sucos de frutas
Todos os outros Todos os outros
Sopas
Caldo sem gordura, caldo de carne, sopa creme
Todos os outros Todos os outros que
Sobre mesas
contenham Gelatina, sorvete, pudim, manjar
coco, nozes
e
frutas inteiras Todos os outros que contenham Doces
Açúcar, mel, caramelos
coco, nozes
e
frutas inteiras Diver
Sal, pimenta, condimentos suaves*, cacau,
Todos os
sos xarope de chocolate outros *A inclusão de temperos e condimentos pode ser modificada de acordo com a tolerância e preferência do paciente. MODELO DO MENU PADRÃO- DIETA LEVE
Desjejum
Almoço Suco
Suco
1 porção
Cereal cozido porção Leite* xícara Bebidas
Jantar 1 porção
Sopa creme
Suco 1
1 porção Gelatina
xícara Bebidas
Sopa creme
1
porção 1
1 porção Leite*
1 porção
Sorvete
1
porção 1
Leite*
1
xícara Bebidas
Alimentos entre refeições: disponíveis se requisitados Embora o leite seja permitido como bebida, alguns paciente não o toleram bem após a cirurgia.
DIETA B Dieta Branda:Similar à dieta geral, é constituída por alimentos macios, mas não moídos ou triturados. São permitidos pedaços de carne, vegetais cozidos e frutas, cozido. Alguns condimentos são evitados. INDICAÇÕES E EXPLICAÇÃO Intermediário do pós-operatório. Tem vantagens fisiológicas e psicológicas quando usada como dieta de transição no pós-operatório ou em indivíduos cuja dieta tenha sido restringida previamente na quantidade e consistência dos alimentos. Pode ser útil também para o paciente debilitado, pela facilidade de ingestão. PRESCRIÇÃO MÉDICA DA DIETA deve ser prescrita como dieta branda. COMPOSIÇÃO APROXIMADA DIETA BRANDA Proteín Calorias
a
Gordur as
g
Carboid
Sódio*
ratos g
mEq
g
Potássi o mEq
1.860 80 70 225 115 80 • O valor é para a quantidade de sal utilizada na preparação do alimento. O sal adicionado à mesa não está incluído ALIMENTOS PERMITIDOS E EVITADOS DIETA BRANDA:
Grupo de aliment
permitidos
evitados
os Bebi das
Café, café descafeinado, chá, bebida de cereais, bebidas carbonatadas
Nenhum
Qualquer carne tenra, peixe ou ave
carnes
fritas
ou
Carn (sem tecido conjuntivo duro); ovos, muito condimentadas es
requeijão; queijo suave; creme de (tais amendoim
como
queijos fortes
Manteiga; margarina; creme de leite;
Azeite;
Gord óleo vegetal; bacon; abacate; molho de oleaginosas; uras
carne; molho de creme; molhos suaves de para salada
Leite
o
Leite, bebidas lácteas, iogurte com as frutas.permitidas
farinha de trigo branca e refinada, com centeio ou farinha de trigo integral; cereais refinados (cozidos ou prontos para comer); batata e seus substitutos. Vegetais
Vege tais
frutas molho
salada
muito
condimentado
Qualquer produto elaborado com Amid
frios);
cozidos
e
Qualquer produto feito com grão não refinado;
todos
contendo sementes; nozes
ou
frutas
secas; todos fritos
temperados
suavemente; aspargos, feijão verde ou branco, cenoura, beterraba, cogumelos, vagem, abóbora, espinafre, suco de tomate e de legumes.
Todos os outros
Todos os outros cozidos ou crus
Todos os sucos; frutas cozidas ou Fruta s
enlatadas: compota de maçã, damasco,
Todas as outras
cereja, pêra, pêssego, abacaxi; frutas secas
e
cozidas
cruas; banana e frutas cítricas sem frescas. membranas. Sopa
s
Consomé;
caldo
de
carne
sem
gordura, cremes e sopas enlatadas feitas
Todas as outras
com os alimentos permitidos Todos os outros; Sobr
Gelatina, sorvete, pudim, manjar; todos os preparados
emesas biscoito; massas; bolos
com coco, nozes e frutas não permitidas Todos os outros;
Doce s
Açúcar, mel, caramelos
todos os preparados com coco, nozes e frutas não permitidas
Diver sos
Sal, pimenta, condimentos suaves*, e ervas*; catchup*; vinagre; chocolate
Condimentos fortes*;
mostarda*;
picles; raiz forete *A inclusão de temperos e condimentos pode ser modificada de acordo com a tolerância e preferência do paciente. MODELO DO MENU PADRÃO DIETA BRANDA:
Desjejum* Suco
Almoço 1 porção
Cereal
1
porção Carne ou ovo
30g
ou 1 ovo
1
porção
xícara Bebidas Açúcar
Carne
1 porção
Batata
1 porção
Vegetal
Pão
porção
Leite*
Carne
Subst. de Batata 1
1
1
porção Gordura porção Fruta Bebidas
1
porção
porção
Torrada.............1
Gordura
Jantar
1
1
porção Vegetal
1
porção Pão
1
porção Gordura
1
porção Sobremesa
1
porção Bebida
Alimentos entre refeições: disponíveis se requisitados O desjejum tenderá ser menos abundante quando se utiliza como dieta de transição nos períodos pós-operatórios. A dieta pastosa difere da dieta geral pela modificação da textura dos alimentos. Inicialmente inclui carne moída e purês de vegetais e frutas. O nutricionista na organização do serviço de nutrição modifica, posteriormente, a textura dos alimentos, de acordo com a aceitação e tolerância do paciente, incluindo vegetais e frutas tenras e inteiras. Pão e outros produtos de panificação são permitidos. O enfermeiro deverá avaliar a tolerância do paciente aos produtos de panificação* Os condimentos não são restringidos, salvo especificações em contrário. Se for necessária outra modificação além da textura deverá ser comunicado ao serviço de nutrição. INDICAÇÕES E EXPLICAÇÃO a dieta pastosa é dirigida ao indivíduo
que tem dificuldade para mastigar e deglutir. Esta permite a ingestão de alimentos com relativo conforto e em quantidades suficientes. Pode ser usada no pós-operatório de cirurgias plástica, da laringe e do esôfago. Devehaver empenho na adequação da dieta a essas situações especiais e às necessidades e capacidades do indivíduo. PRESCRIÇÃO MÉDICA DA DIETA deve ser prescrita como dieta pastosa
DIETAS PRÉ-OPERATÓRIAS Pode-se prescrever uma dieta oral na noite anterior à cirurgia. Geralmente, após essa refeição noturna nada é permitido por via oral. Caso seja necessário limitar o resíduo de alimentos no trato gastrintestinal, uma dieta com controle dos resíduos,(veja a seguir) pode ser usada antes da cirurgia. Uma dieta líquida (pobre em resíduos) é preferível na preparação de cirurgias do cólon. DIETA COM RESÍDUO MÍNIMO A dieta consiste de alimentos pobres em fibra crua. Entre os alimentos omitidos se contam aqueles que têm um conteúdo elevado e moderado em fibra e aqueles que supostamente aumentam o resíduo fecal ,apesar de seu baixo conteúdo em fibra. ADEQUAÇÃO NUTRICIONAL A dieta pode ser pobre em um certo número de nutrientes. Está indicada para ser seguida unicamente durante um curto período. Se a dieta de baixo resíduo for aplicada a longo prazo, deverá ser considerada a possibilidade de utilizar uma fórmula baixa em resíduos quimicamente definida ou nutrição parenteral. Nutrição Parenteral As fórmulas comerciais são geralmente preferidas aos alimentos passados no liquidificador por causa da sua comodidade, quantidade de bactérias, custo mais baixo e menos problemas de passagem pela sonda. As fórmulas padronizadas de alimentação custam cerca de $5 por dia na quantidade requerida para a manutenção do paciente médio; as dietas químicas podem custar de duas a quatro vezes mais. As fórmulas podem ser
selecionadas, porém ser livres de lactose ou restritas em gordura, se for necessário para a situação clínica. A dietas quimicamente definidas fornecem proteínas sob forma de misturas de aminoácidos ou unidades peptídicas pequenas, carboidratos como açúcares livres ou simples, ou oligossacarídeos e gorduras ,como gordura poliinsaturada em quantidades suficientes só para prover as necessidades de ácidos graxos essenciais e, em algumas preparações, há a adição de triglicérides de cadeia média. Por isso, quimicamente as dietas podem ter uma osmolaridade mais elevada, são menos agradáveis ao paladar, mais caras do que as fórmulas padrão, mas são apropriadas para uso em casos de má digestão, má absorção, obstrução parcial do intestino e de fístulas enterocutâneas. As dietas para a identificação de alergias podem começar com as dietas quimicamente definidas, as quais são presumivelmente livres em alergênios.
Alimentação Oral As pessoas com disfagia, ingestão alimentar inadequada, ou que tenham sido operadas da mandíbula, podem necessitar de alimentação líquida. As dietas hospitalares normais líquidas e leves consumidas nas quantidades habituais pelos pacientes, são insuficientes em muitos nutrientes e não devem ser usadas como único suporte nutricional por mais de dois ou três dias. As fórmulas podem ser usadas para prover uma alimentação agradável ao paladar, que sozinha, ou em adição à dieta líquida convencional do hospital, irá satisfazer as necessidades nutricionais dos pacientes. Enfermagem na nutrição Enteral
As técnicas de alimentação por sonda são empregadas em casos em que a deglutição é difícil ou perigosa, tais como em alterações neurológicas ou após cirurgias extensas de cabeça e pescoço. Os pacientes com má digestão, má absorção, obstrução parcial do intestino ou fístulas, podem necessitar dietas quimicamente definidas (dietas elementares) para satisfazer suas necessidades nutricionais. A participação da enfermagem na terapia nutricional é primordial.Conforme a portaria MS/SVS nº337/99,a passagem da sonda enteral e a verificação da sua posição da responsabilidade do enfermeiro.Essas sondas,finas e flexíveis,são,na maioria das vezes,introduzidas por via nasal e podem estar localizadas no estômago ou duodeno. O procedimento de introdução da sonda ,bem como o controle
radiográfico deverão ser responsabilidade do enfermeiro. Os pacientes não estão livres de complicações advindas da nutrição enteral. A complicação mais frequente e grave é a broncoaspiração da dieta,que pode ser prevenida desde que a a equipe de enfermagem tenha alguns cuidados: Antes de iniciar a dieta enteral,verificar o posicionamento da sonda através da injeção de ar,que produz som característico ouvido com auxílio do estetoscópio posicionado no estômago do paciente.Mesmo a sonda estando no duodeno ,o som é ouvido,embora com menor intensidade. Verificar o resíduo gástrico antes de administrar a dieta,se for mais do 20% do volume administrado na última vez,não administrar a dieta e comunicar a nutricionista ou médico. Elevar o decúbito do paciente (30 graus ou mais) durante a administração da dieta e por mais 40 minutos após. Controlar a velocidade de infusão da dieta:no sistema aberto iniciar com 15 gotas por minuto,ou no sistema fechado,a velocidade é controlada por bomba de infusão,e segue a prescrição da nutricionista,de acordo com a necessidade nutricional e a tolerabilidade de cada paciente. Ter cuidado ao realizar fisioterapia respiratória após a administração da dieta. Outra complicação frequente é a contaminação microbiana da dieta. Os profissionais de enfermagem devem estar com as mãos limpas para instalar a dieta e para qualquer manipulação.As dietas enterais prontas para uso e administradas por sistema fechado e bombas de infusão apresentam menor taxa de contaminação.Medicamentos devem ser administrados pelo Y da sonda.Existem no mercado equipos próprios para infusão de dieta,mais
calibrosos e de coloração azul.No caso do sistema aberto,um novo equipo para cada frasco da dieta, devido à proliferação microbiana nos resíduos da dieta,principalmente em temperatura ambiente.É totalmente contra-indicado a perfuração do frasco de dieta com agulha.Os cuidados durante a preparação são responsabilidade do Serviço de Nutrição e Dietética.Depois de prontas,as dietas podem ser armazenadas por 24 hs sob refrigeração. Para evitar a obstrução da sonda, após cada administração de dieta ou medicamento,deve-se lavar a sonda com 20 ml de água filtrada sob pressão. A fixação da sonda deve ser avaliada diariamente,verificando se não há pressão interna ou externa na asa da narina. O controle do volume de dieta infundido,do peso do paciente,da ocorrência de náuseas e vômitos,da quantidade e aspecto das evacuações são outros cuidados de responsabilidade da equipe de enfermagem. INDICAÇÕES E EXPLICAÇÃO A dieta pode ser utilizada antes de uma cirurgia ou de forma temporária em caso de determinados transtornos, como por exemplo obstrução parcial que afete a porção inferior do intestino delgado ou intestino grosso. O termo “resíduo” refere-se aos constituintes da dieta que não são absorvidos (tais como a fibra), às células mortas procedentes do trato gastrintestinal, as bactérias intestinais e alguns dos produtos metabólicos das bactérias. O objetivo da dieta é diminuir o volume fecal. O efeito da fibra sobre o volume das fezes é bem conhecido. Alguns alimentos como por exemplo o leite e o tecido conjuntivo da carne, que são baixos em fibra crua, podem afetar também o volume das fezes. Entretanto, a restrição dos alimentos denominados produtores de resíduos se deve mais à tradição do que a provas cientificamente demonstradas.
RECOMENDAÇÕES DIETÉTICAS GERAIS :
1. Evitar as frutas e verduras inteiras. Utilizar sucos de frutas e verduras (exceto de ameixas pretas). 2. Evitar pão e cereais integrais. Utilizar produtos de trigo refinado pão francês, biscoito cream cracker. 3. Evitar a s batatas, legumes sementes e nozes. Utilizar massa feita com farinhas refinadas e arroz branco. 4. Evitar a carne e os mariscos com tecido conjuntivo denso. 5. Limitar o consumo de leite a 1 xícara ou menos ao dia. 6. Limitar o uso de alimentos que contenham leite, tais como sorvete, pudins, requeijão e outros queijos, a 2 porções ao menos por dia PRESCRIÇÃO MÉDICA DA DIETA a prescrição da dieta deve indicar dieta com resíduo mínimo. O cuidado nutricional com paciente operatório
DIETAS GERAIS PÓS OPERATÓRIAS As dietas incluídas no regime pós-operatório são : dieta líquida, leve e branda. A velocidade de progressão depende do tipo de cirurgia e da resposta subseqüente do paciente. EXPLICAÇÃO Embora as soluções endovenosas de glicose e eletrólitos sejam suficientes para manter a maioria dos pacientes, durante uma curta parte do período pós-operatório, sem depleção importante de proteínas corpóreas e de outros nutrientes armazenados, a ingestão oral de alimentos deve ser recomeçada o mais rapidamente possível. A alimentação enteral através de uma dieta líquida, pode começar quando, a critério do cirurgião, o trato gastrintestinal puder tolerá-la. Comumente, a alimentação não e indicada até que ruídos hidroaéreos sejam ouvidos e que haja flatulência, mas sob circunstâncias especiais, as dietas líquidas elementares requerem pouca
ou nenhuma digestão e que possuem poucos resíduos podem ser dadas cautelosamente antes da evidência da atividade peristáltica. Em todos os casos, deve-se estar pronto para interromper a alimentação ou reverte-la para o estágio anterior se houver distenção abdominal, cólicas ou outra evidência de intolerância alimentar. Métodos alternativos de alimentação – tais como suplementos dietéticos, alimentação por sondas, aminoácidos suplementares dietéticos,aminoácidos suplementares administrados perifericamente e alimentação parenteral total – devem ser consideradas para pacientes severamente debilitados e mal-nutridos e para aqueles que estejam impossibilitados ou relutantes em se alimentar por longos períodos. PROGRESSÕES DIETÉTICAS GERAIS PÓS-OPERATÓRIAS:
A seguinte progressão de dietas permite ao cirurgião determinar quão rapidamente a alimentação deve ser reassumida após a cirurgia. A enfermeira e o cirurgião avaliam a tolerância e a aceitação da dieta de cada paciente e podem ajustar a velocidade de progressão. Iniciar com dieta líquida (primeira refeição) e avançar para a dieta geral na refeição indicada para a velocidade de progressão desejada Progressão
Refeição
Rápida
Terceira
Regular
Sexta
Lenta
Nona
PRESCRIÇÃO MÉDICA DA DIETA a prescrição da dieta deve indicar a velocidade de progressão (rápida, regular ou lenta), ou a dieta específica (líquida, pastosa ou branda), em todos os estágios da convalescença do paciente. Referência Bibliográfica
1..LUCCHESE,Fernando.Pílulas para viver melhor. L&PM POCKET.35 edição,2000.
2.SALGADO,Jocelem.Previna doenças faça do alimento o seu medicamento.Editora Madras,2003. 3.PIMENTEL,Carolina,et alii.Alimentos Funcionais.Introdução às principais substâncias bioativas em alimentos.Editora Varela,2005. 4.MARTINS,C; Abreu,S.S.Pirâmide dos Alimentos.Manual do Educador.Curitiba:nutroclínica,1997. 5..LAJOLO,F.M.;MENEZES,E.W.Tabela Brasileira de Composição de Alimentos-USP.Departamento de Alimentos e Nutrição Experimental,Faculdade de Ciências Farmacêuticas,Universidade de São Paulo(USP),1998 (on line disponível:http://www.usp.br/fcf/tabela. 6.MAHAN, L.K., ARLIN, M.T. Krause Alimentos Nutrição e dietoterapia. Tradução de Alice Regina de Almeida et al. 8ª ed. São Paulo: Roca, 1995. 981 p. Tradução de Krause’s food, nutrition and diet therapy. 7..MURRAY, R.K et al. Harper: Bioquímica. Tradução de Tomoko Higuchi et al. 6ª ed. São Paulo: Atheneu, 1990. 705 p. Tradução de Inglês. 8..NAVES, M.M.V, SILVA, M.R. Manual de nutrição e dietética: Guia prático para o acadêmico de nutrição. Goiânia/GO: Universidade Federal de Goiás, 1995. 151p. 9.CUPPARI,Lílian.Nutrição Clínica no Adulto.Editora Manole,2003.
CAPÍTULO 8- NUTRACÊUTICA ”“ Que teu alimento seja teu remédio” Hipócrates
Durante muitos anos,desde que iniciei minha vida docente na enfermagem acreditei ,que nós enfermeiros podemos prescrever os remédios naturais para nossos pacientes, que são os alimentos. Esse capítulo é dedicado a essa possibilidade que temos, nos diversos locais de nosso desempenho profissional. Esse material foi selecionado em diversos livros publicados nos últimos anos ,que de maneira excepcional abordam o alimento nessa visão terapêutica.
O departamento de serviços humanos e de saúde dos EUA estabeleceu as seguintes diretrizes para pessoas saudáveis: 1.Coma alimentos variados 2.Mantenha um peso adequado a sua altura 3.Escolha a dieta pobre em gorduras saturadas e colesterol
4. Escolha uma dieta com muitos vegetais, frutas e cereais ,use açúcar com moderação,use sal e outras fontes de sódio com moderação, use o álcool com moderação. AUMENTE A PROTEÇÃO: VIVA SEM DOENÇAS
Basta viver para estar sujeito a bactérias , vírus, fungos e outros monstrinhos que podem atacá-lo a qualquer momento. Para um organismo equilibrado, no entanto, isso não é motivo para desespero. Ele está equipado para combater os inimigos. Seu sistema imunológico dispõe de um sem-número de células sempre alertas. Esse exército pode, contudo, ficar fragilizado se não for bem nutrido. Uma alimentação rica em verduras, legumes e frutas é um bom começo. Já comidas gordurosas, estão por baixo.” Elas atrapalham a locomoção dos neutrófilos, nossas armas contra bactérias”, explica Ling Tung Yang, especialista em Medicina chinesa de São Paulo. O açúcar também enfraquece o sistema de defesa: ”“ Duas horas depois de engolir 100 gramas de açúcar , a atividade dos neutrófilos cai pela metade ”“, afirma Yang. ”“ A saúde das pessoas está em sua alimentação”,afirma o médico. Pense nisso na hora de escolher os alimentos que consome.
Escolha sempre os menos calóricos,principalmente frutas e legumes,
dando preferência sempre aos produtos naturais. Evite enlatados, pois normalmente possuem muito sal ou muito doce. Além de produtos químicos que provocam câncer. O PODER DE CURA DOS ALIMENTOS
As refeições do futuro não irão apenas nutrir nosso organismo.Cada alimento terá uma função específica na prevenção e tratamento de doenças que vão desde uma simples gripe até o câncer. Isso porque um novo ramo da ciência , a NUTRACÊUTICA , investiga os benefícios dos alimentos e maneira como eles atuam sobre as doenças que mais afligem a humanidade. O segredo está nos chamados compostos bioativos, (Licopeno, flavonóides e outros) encontrados em algumas frutas, legumes, verduras, e alguns peixes, também no iogurte e leite fermentado, que evolucionaram conceitos e teorias sobre a nutrição humana. ”“A alimentação adequada e exercícios leves podem reduzir em até 40% a incidência de casos de câncer no mundo”, anuncia a nutricionista Jocelem Salgado, da Escola Superior de Agricultura Luiz Queiroz, de Piracicaba-SP. O principal desafio da nutracêutica, é estudar esses componentes, isolá-los e descobrir a quantidade ideal para prevenir ou tratar as doenças. Muitas vezes, não recisa-se sequer recorrer à medicação convencional, bastando talvez indicar em quais alimentos se encontram, e as quantidade a serem ingeridas para curar determinada doença através da alimentação. Hoje sabemos que uma boa alimentação é capaz de prevenir ou até mesma curar enfermidades, pois nosso organismo fica mais forte e resistente para combater as bactérias causadoras das ersas doenças. OBS: Como peixes, o homem morre pela boca quando ingere alimentos prejudiciais à saúde, desprezando os bons hábitos alimentares. COMIDA COMO REMÉDIO.
O Instituto Nacional do Câncer , Academia Nacional de Ciências , Associação Americana do Coração, todas os EUA, concordaram que : comida é um bom remédio. E,se usada adequadamente, pode prevenir de um terço a metade de todas as doenças graves que afligem os EUA.O filósofo Hipócrates,pai da medicina,já dizia há 2500 anos: 1-Deixe o alimento ser seu remédio, e deixe o remédio ser seu alimento. 2-Uma mente sadia, leva ao corpo sadio.
3-Para ele o médico deveria sempre induzir o organismo doente a se curar sozinho. Segundo a nutricionista gaúcha Joselaine Sturmer, cada alimento contém centenas de substâncias,além das poucas que conhecemos,que são valiosas para fornecer energia ou nutrientes essenciais.As evidências epidemiológicas associadas às pesquisas bioquímicas e clínicas,indicam que nos alimentos existem substâncias químicas que podem ter ação biológica,fundamentais para manutenção da saúde. Essas substâncias “não-nutrientes”,presentes nos alimentos,atuam na prevenção e cura de doenças.Possuem “ingredientes ativos”ou “compostos bioativos”(fitoquímicos)que conferem a esses alimentos propriedades essenciais que beneficiam a nossa saúde.São os alimentos funcionais. No Brasil,em abril de 1999,foi criada a portaria nº338 da Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde,que regulamenta o alimento funcional como alimento ou ingrediente que,além das funções nutricionais básicas,quando consumido como parte da dieta usual,produz efeitos metabólicos e/ou fisiológicos e/ou efeitos benéficos à saúde.Devendo ser seguro para o consumo sem supervisão médica. O FDA(Food and Drug Administration) norte-americano autoriza a utilização de alegações de saúde(health claims)nas seguintes situações:
Deficiência de cálcio e o risco de osteoporose
Alto consumo de sódio e risco de hipertensão arterial
Excesso de gorduras e o risco de câncer
Consumo de gorduras saturadas e colesterol dos alimentos e risco de coronariopatias
Aumento do consumo de alimentos ricos em fibras,frutas e vegetais e a prevenção do câncer.
Aumento do consumo de frutas,vegetais e alimentos ricos em fibras solúveis e a diminuição do risco de coronariopatias.
Aumento de alimentos ricos em folatos e a diminuição do risco de
Iatrogenias do tubo neural ao nascer.
Consumo de açúcar e o risco de cárie dental.
Aumento da fibra solúvel
da aveia integral ou psyllum e
diminuição do risco de coronariopatias. Os alimentos funcionais possuem ingredientes ativos chamados de fitoquímicos ou compostos bioativos. São compostos com atividade funcional,em um alimento que podem ser extraídos(ou sintetizados)e adicionados a outros alimentos,coferindo a estes propriedades funcionais. Fibra alimentar Oligossacarídeos
Aminoácidos Polissacarídeos
Fitoesteróis antioxidante
Glicosídeos Ácidos graxos poliinsaturados
Bactérias lácteas
Carotenóides
Peptidios e proteínas
Vitamina E
Celulose
Extratos herbais
Colina Minerais
amido resistente
Atributos funcionais dos ingredientes bioativos :
Redução do risco de doenças cardiovasculares
Redução do risco de câncer
Beta-caroteno
Alimentos
Substância ativa
Benefícios Comprovados
Soja
Fitoestrógenos,isoflavonas, genisteina e daidzeina
Redução do colesterol, LDL, colesterol
e
triglicerídeo,
prevenção de Câncer
de
mama,cólon,reto,estômago
e
próstata.Diminuição da intenSidade
da
aterogênese
e
carcinogênese. Osteoporose. Alho,alho-porró
Compostos
sulfurados
Anticolesterolemia,anti-
produzidos na decomposição hipertensivo,anticancerígeno. da alicina Crucíferas=Repolho,bróc olis,couve e couveflor Tomate
Glicosinolatos(isotiocianat
Câncer de mama.
os e indóis) Carotenóide (licopeno)
Atua
como
antioxidante,prevenção
da
aterogênese e carcinogênese Prevenção
no
câncer
de
próstata Linhaça
Lignanas(precursoras enterodiol e enterolactinas)
de
Redução da probabilidade de câncer induzido por hormônio Estrógeno.
Chá verde
Polifenóis(catequinas)
Anticancerígeno
Controle da obesidade
Controle da função imune
Modulação da taxa de envelhecimento
Impacto no comportamento e bem-estar
Efeito terapêutico(Medical foods)
Os exemplos citados ainda podem ser subdivididos em fibras alimentares,betaglucanos,quercitina,licopeno,sinosterol,ácidos graxos Õmega-3 e imunoglobulinas. Alimentos Funcionais e seus benefícios
Principais fitoquímicos e suas ações:
Polifenóis: Encontrado em todos os alimentos vegetais
Passaram-se 25 séculos até que realmente percebêssemos isso.
BENEFÍCIOS DO ”“CHÁ VERDE” - À SAÚDE CONTRA O CÂNCER: O chá verde contém uma substância conhecida pela sigla EGCG, que tem sido muito badalada. Não é à toa : ela é capaz de barrar uma enzima , a quinol-oxidase , que estimula o crescimento das células cancerosas – especialmente as de intestino , esôfago , pulmão, mama e pele.
OUTROS BENEFÍCIOS:
Diminui o colesterol , reforça os vasos sanguíneos, favorece o coração.,é antiinflamatório, normaliza a função da tireóide.,ajuda na regeneração da pele.Aumenta a energia, é antidepressivo,ajuda a curar doenças do fígado, tem efeito antigripal no caso de consumo prolongado, inibe a formação de cálculos renais e biliares, e como tem flúor previne as cáries, fornece boas doses de vitaminas e sais minerais.Retarda o envelhecimento, por ser antioxidante,e tem efeitos anticancerígenos. VITAMINAS: ESSENCIAIS PARA O ORGANISMO EVITAR O ENVELHECIMENTO. As vitaminas desempenham importante papel na manutenção da saúde, no crescimento, na defesa contra infecções , na nutrição. Elas são para a nutrição o que o arranque é para o automóvel. Sua ausência na alimentação determina estados mórbidos definidos: anemia , raquitismo, entre outros. Principais fontes de vitaminas: frutas, legumes e verduras . Dentre as principais podemos destacar: A . C e E .Evitam o envelhecimento. Por isso, coma muito alimento que as possuem. Vitamina A – encontrada em vários legumes e frutas principalmente na cenoura. Vitamina C – Idem, principalmente no limão e na laranja e na acerola. Vitamina E – É encontrada no gérmen do trigo e amendoim. Deve-se comer amendoim, com moderação pois o mesmo possui muitas calorias/ gorduras. A Vitamina C é uma fonte nutritiva para o organismo. Tem várias funções: renova a pele , clareia e protege contra o sol. É encontrada em cremes de manipulação ou industriais. Ingerí-las através das frutas e legumes também faz bem à pele. A vitamina C funciona também como escudo , não deixando que os radicais livres ataquem as células de defesa do organismo. Se o corpo for sempre bem nutrido com ácido ascórbico, o sistema imunológico ficará menos danificado, por isso a importância da vitamina C. ABÓBORA previne câncer de próstata, mama e bexiga. Rica em betacaroteno, substância que no corpo é transformada em vitamina
A, a abóbora combate os radicais livres, moléculas que alteram o código genético das células, causando câncer. AZEITE DE OLIVA possui quantidade expressiva de antioxidantes, moléculas capazes de evitar os danos celulares. Ele aumenta as taxas de colesterol bom , que age como um verdadeiro ”“lixeiro”, varrendo o LDL, o colesterol ruim para for a do organismo..O médico Scott Grundy ,da Universidade de Dallas, nos Estados Unidos, confirmou em pesquisas feitas com povos de sete países diferentes que o azeite é benéfico ao coração evitando assim, as doenças cardiovasculares. Calcula-se que 70% de sua gordura seja monoinsaturada aquele tipo que varre outras moléculas gordurosas , mais nocivas , das artérias. OBS: Na cozinha o ideal é trocar outros óleos pelo azeite. MEL: Energia pura. Excelente alimento. Usado moderadamente, poderá substituir o açúcar e a manteiga no café da manhã. Deve ser consumido com moderação, pois possui a mesma quantidade de calorias do açúcar. Porém tem a vantagem de possuir nutrientes essenciais ao organismo. O açúcar não possui nenhum nutriente essencial ao organismo, apenas muitas calorias vazias e prejudiciais que para queimá-las demandará muito esforço físico. O mel nos traz juventude, é um produto biológico muito completo. Ele é bactericida, anti-séptico, anti-reumático, vasodilatador, diurético, digestivo, tonificante(tonifica e rejuvenesce a pele e os músculos), antiespasmódico, sedativo, vermífugo. Obs.: O mel tem que ser puro para ter todas as proteínas e vitaminas. SUCOS NATURAIS: Fonte de saúde e beleza para pele. Tomar sucos frescos e comer muitos alimentos crus a fim de fornecer a fibra necessária ao organismo é um grande passo para uma dieta saudável. No entanto, incorporar os sucos à sua dieta fará muito mais. A grande quantidade de alimentos vivos e crus , livra o corpo de toxinas , dando-lhe sensação refrescante e tornando-o energizado e relaxado ao mesmo tempo. Os alimentos puros suavizam a pele , tornam os cabelos brilhantes , a respiração livre, e todo o sistema orgânico fica tão regulado , que você não precisará se preocupar com ele. OBS. Tomar os sucos sem açúcar . Frutas, legumes e verduras: Seja frugívoro quando come e vegetariano quando bebe. Os legumes/verduras são mais difíceis de digerir que as frutas. Tendem a ser mais pesados e demoram mais a serem assimilados pelo organismo. No entanto , quando se
toma o suco de legumes o corpo absorve imediatamente as partículas alimentícias, assegurando para o organismo 100% dos nutrientes, principalmente vitaminas e minerais. Brócolis, alface, couve, salsinha, erva-doce, espinafre – Você já imaginou tomar o suco de algum deles? Existem especialistas que recomendam matar a sede desse jeito. Eles alegam que um belo copo de suco verde, cheio de clorofila – o pigmento que dá cor às plantas - , pode fortificar o sistema imunológico , auxiliar no tratamento de anemia, eliminar toxinas, limpar o intestino e até evitar diversas doenças. E, antes que você se pergunte por que não comê-los em vez de bebê-los, a primeira razão está na quantidade de minerais concentrados numa única dose. Basta imaginar que um pé de salsão inteiro enche um copo, o que é fácil de ser engolido. Mas ninguém agüentaria tanto salsão de uma vez só num prato de salada. À seguir algumas receitas de sucos naturais de legumes e frutas a serem feitos na centrífuga:
Bom para o coração: 02 maças e 01 laranja. , 06 cenouras e ½ beterraba. 04 cenouras e 02 maçãs : Evita o câncer da próstata:. suco de couve, brócolis ou espinafre. Fortifica o
sistema imunológico:
04 cenouras e 100 gramas de
repolho.,ou 04 cenouras e ½ pepino ou 04 maçãs e ¼ limão ou 06 cenouras e ½ pimentão verde ou suco de tomate: diariamente. OBS: Os sucos de legumes deverão ser feitos na centrífuga. ALIMENTOS QUE RENOVAM SUAS ENERGIAS: Coma-os quando se sentir cansado:
Espinafre, feijões , atum, morangos, farinha de aveia , iogurte desnatado e banana. LEITE DESNATADO. – Evita osteoporose (enfraquecimento dos ossos) .Os ossos com o passar dos anos, começam a se desgastar. Perdem mais minerais do que conseguem repor – é a osteoporose, doença que, apesar de ser mais comum nas mulheres, também acomete os homens, sim senhores. Nada melhor do que preveni-la com ajuda de uma alimentação rica em cálcio, presente no leite e nos seus derivados.
Quanto mais forte for o esqueleto que conseguiu formar ao longo da vida, menos ele irá entir as perdas e os danos do envelhecimento. Todo mundo perde massa óssea com os anos. Mas um osso robusto pode nem sentir muita diferença. IOGURTE DESNATADO – BOM PARA DIARRÉIA. Fortalece os ossos e combate as bactérias nocivas de nosso estômago – fortalecendo, assim, nossas defesas naturais contra doenças. Ideal para controlar infecções intestinais.
O iogurte é uma excelente saída para curar diarréias. Ele contém microorganismos benéficos que travam uma verdadeira guerra contra as bactérias responsáveis pelo mal. Quando ingerimos , os bichinhos incluídos em sua composição começam a luta por nutrientes e espaço. Em meio a essa batalha, eles criam um meio ácido,desfavorável para as bactérias maléficas, que acabam morrendo. A capacidade que o iogurte têm de combater a diarréia depende dos microorganismos vivos adicionados à sua fórmula. Auxilia na prevenção do câncer do intestino.Além do produto convencional, que já ajuda a curar o distúrbio , há outros tipos, elaborados com os famosos lactobacilos. LEITE DE SOJA. Bebida à base de proteína da soja, possuindo a mesma quantidade de cálcio do leite tão necessário ao organismo. É uma opção ao leite desnatado, além disso, sua proteína fortalece o sistema imunológico, ajuda a emagrecer e a prevenir doenças .Por isso, inclua no seu cardápio produtos derivados da soja como : tofu ou queijo de soja e outros derivados . OBS: Estudo feito pela Universidade Estadual de Campinas e USP, concluiu que a soja ajuda a enfrentar a menopausa. Segundo estudos, a leguminosa pode se tornar uma aliada das mulheres na menopausa e até ser uma alternativa à reposição hormonal. Comparando pesos iguais, a soja contém mais proteína e ferro que a carne de vaca, mais cálcio que o leite, mais lecitina que os ovos. A proteína da soja contém uma boa quantidade de todos os aminoácidos essenciais e é a única proteína vegetal semelhante aos produtos animais. ALHO – Ele não deixa a gordura se fixar nos vasos sanguíneos. Já no século XIX , dois ilustres cientistas puseram o alho nas alturas em matéria de benefícios à saúde. O microbiologista francês Louis Pasteur descobriu seus poderes bactericidas, enquanto o alemão P.W.Semmler isolou nele duas substâncias capazes de prevenir as doenças cardíacas. Uma delas,impede
que o colesterol se fixe nas paredes dos vasos sangüíneos , diminuindo – e muito- as chances de formação de placas ameaçadoras , que acabam bloqueando perigosamente a circulação do sangue. A segunda substância do alho trabalha em dobradinha com a primeira , porque aumenta a elasticidade dos vasos ao relaxar pequenos músculos ao redor deles. Resultado: vasinhos mais flexíveis resistem melhor a agressões , como as da pressão alta. Ele também é rico em selênio (um mineral antioxidante) ,que dificulta reações que praticamente enferrujam o colesterol, causando danos às artérias. O alho também elimina substâncias cancerígenas do sangue. OBS: Para o bem do coração, tempere sua comida com dois ou três dentes de alho diariamente ou 20 g diários.
OBS: Quando cozido ou frito, o alho perde grande parte da eficácia contra vírus , bactérias e fungos.Deve ser cozido somente no vapor ou comido cru em saladas. GÉRMEN DE TRIGO – Ele luta contra o envelhecimento das células. Composto solúvel em gordura , a vitamina E está presente em alguns alimentos, como óleos vegetais, nozes, sementes e gérmen de trigo. Sua função primordial é proteger as membranas celulares contra substâncias tóxicas, radiação e os temerosos radicais livres. Liberados em qualquer reação química do organismo, eles causam sérios danos às estruturas das células, detonando o processo de envelhecimento. Mas a vitamina E se incorpora às membranas , impedindo essa degeneração. O consumo freqüente dela, ajuda nos mecanismos de reparação celular,revela Morton Scheinberg, imunologista do Hospital Albert Einstein,em São Paulo. OBS: O gérmen de trigo é um dos alimentos mais ricos em vitamina E . Uma dose de 30 gs por dia já garante a proteção das células. PEIXES: - O certo é comê-los pelo menos duas vezes por semana. Uma vida mais longa é o que promete o cardiologistas Michael Burr ao tentar convencer seus pacientes cardíacos a incluir mais peixes em seu cardápio. Em 1989 , no Centro de Pesquisas Médicas de Cardiff, no País de Gales , ele constatou o seguinte: vítimas de ataques cardíacos que passaram a comer peixe pelo menos duas vezes por semana aumentaram suas chances de não ter novos problemas em 29%, Os peixes têm um tipo especial de ácido
graxo. Uma das variedades de gordura no caso, o Ômega-3 . Entre outras coisas , o ômega-3 diminui a agregação das plaquetas, partículas sanguíneas que se unem para formar os coágulos.O ômega-3 reduz também arritmias e triglicérides. AVEIA – Ela leva embora a gordura da comida. O poder anticolesterol da aveia está na mira dos pesquisadores há mais de duas décadas. Inúmeros trabalhos, como a do cardiologista Michael C. Davidson , do Centro Medico Rush-Presbyterian Saint Luke , em Chicago , confirmam que ela é capaz de reduzir a quantidade de gordura circulante no sangue. Davidson recrutou voluntários com taxas de colesterol acima do normal. Eles passaram a fazer uma alimentação pobre em gorduras que incluía uma porção de aveia no café da manhã.Resultado: seus níveis da substância caíram 16%. OBS: Experimente incluir 60 g de aveia misturada com leite ou suco de frutas na refeição matinal. Segundo especialista é a dosagem ideal para manter a saúde das artérias. VINHO – Consumido com moderação, ele é protetor. Uma questão intrigava os pesquisadores americanos : como os franceses , chegados a uma culinária rica em manteiga , crème de leite e queijos gordos, morriam menos de problemas cardíacos do que os americanos, ingleses e dinamarqueses , finlandeses e alemães. Em 1992, pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade de Boston provaram que o hábito de tomar meio copo de vinho tinto às refeições ajudava os franceses a manter o coração saudável. Segundo o chefe da pesquisa , Curtis Ellinson, os responsáveis eram os ompostos encontrados na casca da uva . Entre eles o que mais se destacou foi um com o efeito de diminuir as taxas de colesterol , conhecida pelos cientistas por resveratrol. OBS: Dois cálices de vinho tinto por dia junto com as refeições são suficientes para proteger seu coração.O vinho é antioxidante. MORANGOS – Ótimos para atacar os radicais livres. Ele é recheado de substâncias protetoras . Além da vitamina C, possui boas doses de uma substância conhecida por quercitina. Ela é mais um antioxidante , ou seja, uma molécula capaz de neutralizar os radicais livres, que acabam levando as gorduras a se depositar nos vasos.
OBS: Em 100gs de morango, cerca de 100 frutas médias, você encontra mais ou menos 70 mg de vitamina C. Morangos também ajudam a melhorar a memória,como demonstrou estudos de cientistas da Universidade de Tufts nos E UA. SOJA – Ela merece a fama de ser super protetora.Os orientais são grandes consumidores da soja e de seus derivados, como o queijo tofu. Não é à toa que a incidência de problemas cardíacos entre eles é bem menor do que entre as pessoas que vivem no Ocidente. Claro que se deve levar em consideração que eles têm outros hábitos saudáveis no que diz respeito a alimentação , como preferir peixes a um bife suculento. Mas , sem dúvida , a soja presente na sua mesa é uma notória redutora de gorduras. A soja possui pelo menos cinco agentes anticancerígenos conhecidos. O mais badalado é a isoflavona. Ela age como antioxidante , combatendo os radicais livres – moléculas esponsáveis pelo desenvolvimento de muitos tipos de câncer. Quando entram no organismo, reagem e inibem a ação do hormônio estrógeno – responsável pela multiplicação das células mamárias, inclusive aquelas que podem formar um tumor. OBS: Os grãos e as comidas feitas de soja reduzem o colesterol. O nutricionista James Anderson, da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, recomenda que a soja seja incluída diariamente na refeição. Você pode optar por duas colheres de sopa do grão, um copo de leite de soja ou duas colheres de sopa de sua farinha. OBS: Comparando pesos iguais, a soja contém mais proteínas e ferro que a carne de vaca, mais cálcio que o leite, mais lecitina que os ovos. TOMATE – Ele tira o excesso de líquido da circulaçãoQuem quiser manter a pressão em ordem, também não pode se esquecer de incluir em seu cardápio alimentos ricos em potássio, como o suco de tomate. O potássio trabalha em dobradinha com o sódio do sal. Os dois mantêm o equilíbrio dos vasos, controlando a contração das fibras musculares, inclusive as do coração. Portanto, uma baixa de potássio pode ”“bagunçar o coreto”. Quem imaginaria que molho do tomate , usado para preparar deliciosas receitas , poderia reduzir o risco de vários tipos de câncer? É verdade . Ele é repleto de licopeno , o componente que dá a cor vermelha e que , para o bem da saúde de todos nós, tem propriedades anticancerígenas. Tratamento e prevenção do câncer de bexiga, mama e próstata, reduz colesterol ,
antioxidante. Tomando 2 copos de sucos de tomates por semana é o suficiente para prevenir câncer. OBS: Caso tenha predisposição para pedras nos rins,deve evitar o tomate. Alimentos que baixam a pressão: BANANA E TOMATE:Aposte na dupla para baixar a pressão Outra tarefa da dupla é manter sob controle o volume de líquido do organismo, como o da circulação sangüínea. Se o sódio (sal de cozinha) pode aumentar a quantidade de líquido circulante, elevando a pressão, o potássio atua em sentido contrário. Ele puxa a água para dentro das células. Com isso , o volume sangüíneo diminui e ajuda a abaixar a pressão arterial., explica Daniel Natalizi, professor do Instituto de Nutrição da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Portanto o suco de tomate e a banana fazem um bem enorme segundo o pesquisador Frank Sacks do Depto.de Nutrição da Escola de Saúde Pública de Harvard, no Estados Unidos. OBS: Além de ser boa também para os músculos, a banana pode auxiliar na prevenção de úlceras. Lembrete: Mastigar bastante . Esse é o segredo para aumentar os benefícios da banana. CEBOLA – Regula as gorduras e pressão arterial. Para se ter um coração saudável, coma cebola. Esse é o conselho da Associação Americana do Coração, e do pesquisador Victor Gurewich, da Universidade Tufts, os Estados Unidos. Segundo o cardiologista , que também é professor da Universidade Harvard , meia cebola crua ou seu equivalente em suco, é capaz de aumentar o HDL, também chamado de colesterol bom, em 30%, em média. Previne doenças cardiovascules, antioxidante, antialérgico , antiinflamatório, dissolve gorduras. OBS: Quando a cebola é cozida, o calor aniquila boa parte dos seus ingredientes ativos. O ideal é saboreá-la crua ou quando muito, cozida no vapor. Recomenda-se o consumo de 01 cebola por dia. CONTROLE DA PRESSÃO: Uma outra ação da cebola na prevenção de doenças cardíacas é na regularização da pressão.Ela contém uma substância , conhecida por adenosina , que relaxa as fibras musculares e aumenta a elasticidade dos vasos sangüíneos . Isso faz a pressão cair. Além dela, a cebola possui outros compostos que acabam tendo esse mesmo efeito. A cebola é antiinflamatória , evita a formação de coágulos e os
depósitos de gordura artérias, afirma o cardiologista Protásio da Luz, diretor do Instituto do Coração (Incor) em São Paulo. FRUTOS DO MAR – Eles são cheios de zinco e selênio Dois minerais presentes na comida que vem do mar podem mudar o funcionamento cerebral e o estado de espírito , cada qual a seu modo.O zinco estimula a atenção e a memória. O selênio , que também está nos frutos do mar, pode evitar a depressão. OBS: Os mariscos , assim como as ostras e os peixes , são ricos em zinco. O selênio melhora o humor em até cinco semanas. CHICÓRIA – A verdura que evita cálculos Quando , na hora de fabricar a bile , o fígado exagera em um de seus ingredientes, o que estiver em excesso – pode ser cálcio ou moléculas de colesterol – se precipita na vesícula , a bolsinha que serve de reservatório dessa secreção. Eis a origem das pedras, ou cálculos biliares. Alguns estudos indicam que o consumo regular de chicória ou de alcachofra ajudaria a diluir o colesterol e o cálcio , desfazendo as pedras em formação. ATENÇÃO: De nada adianta se entupir da verdura se o indivíduo insistir em comer muito doce. Sabe-se que o excesso de açúcar na alimentação pode levar o fígado a usar mais colesterol , que o normal na hora de produzir a bile. Alimentos gordurosos e bebidas alcoólicas em excesso causam esse mesmo efeito indesejável.
BRÓCOLIS – O vegetal varre as substâncias nocivas que estão dentro das células Estudos científicos mostram que o brócolis tem compostos importantes para a prevenção de diversos tipos de câncer.Um deles é o sulforafeno – que elimina certas substâncias químicas das células , responsáveis por mutações cancerígenas.Outro é conhecido como indol-carbinol,substância de nome complicado que diminui o estrógeno na circulação sanguínea . Esse hormônio é essencial para a mulher. Além de coordenar a reprodução , ele mantém a densidade dos ossos e protege o coração de ataques. Também é responsável pela multiplicação das células mamárias . Mas , se entre elas existir uma com câncer, ele vai disparar a construção de um tumor, explica o mastologistas Célio Lima , de Belo Horizonte . O hormônio não causa o câncer em si, mas estimula o seu crescimento, completa.
OBS: O nutricionista Ricardo Coelho, da Universidade Federal de Ouro Preto, em Minas Gerais , recomenda a ingestão de l xícara de chá duas vezes ao dia. ALCACHOFRA – Ajuda a controlar os níveis de açúcar no sangue e a digestão em geral Trata-se de uma flor riquíssima em vários sais minerais. Mas sua característica marcante é a presença de cinarina. Essa substância aumenta a liberação da bile e dos sucos estomacais, melhorando a digestão, explica a nutricionista mineira , Carmen Zita Coelho. Além disso , a alcachofra costuma ser levemente diurética , o que faz o corpo eliminar mais facilmente as substâncias tóxicas . COMO PREPARAR: As flores muito pequenas podem ser servidas inteiras, cozidas e fatiadas bem fino, com molho à base de azeite. Já as grandes devem ser fervidas em água com sal por aproximadamente 35 minutos ou até que as folhas se soltem com facilidade. O melhor para a saúde é comer a parte carnuda da folha. O famoso coração da alcachofra pode ser consumido com molhos ou servir de ingrediente para outros pratos .Ele é a base da flor e fica abaixo dos pistilos, uma penugem que não é comestível. FARELO DE TRIGO- Suas fibras reduzem tumores de mama e de intestino. Uma pesquisa feita pela nutricionista Kelly Shave, da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, mostrou que as fibras do farelo de trigo podem reduzir o câncer de mama. ”“Ao absorver o excesso de estrógeno , hormônio responsável pela proliferação das células mamárias , tanto as boas quanto as doentes, elas impedem o crescimento do tumor” explica a cientista. OBS: A nutricionista Lísia Kiehl recomenda 2 colheres de sopa , 1 ou 2 vezes ao dia. FARELO DE ARROZ- Parte de nossa população emprega o farelo de arroz principalmente na dieta de crianças desnutridas, na proporção de uma a duas colheres de sopa por dia e relata resultados satisfatórios. De outro lado, a comunidade científica afirma que o número de trabalhos com metodologia apropriada é insuficiente para comprovar sua eficácia na recuperação dessas crianças;Segundo Rita de Cassia Carvalho,enfermeira,-na dissertação sobre ’‘A utilização do farelo de arroz em comunidades de baixa renda,USP,1999.O farelo de arroz pela quantidade de fibras solúveis analisadas em relação ao total de fibra alimentar, nota-se a predominância das fibras insolúveis, que são constituídas pela celulose (2,64% - 21,00%) (57, 258), hemicelulose
(8,7% - 38,80%) (57, 258) e lignina (4,80% - 20,90%) (18, 57). As fibras solúveis são constituídas por pectina, B-glicana e - glicana (231, 244). Silva encontrou 11, 71% de pectina (244) e Sauders referiu que a B-glicana está presente no farelo em menos de 1% (231). A gordura contém, principalmente, os ácidos graxos palmítico (saturado), oléico (monoinsaturado) e linoléico (poliinsaturado). Segundo Babcock(9), o farelo contém de 15 a 20% de ácidos graxos saturados e de 80 a 85% de ácidos graxos insaturados. O ácido linoléico é essencial ao organismo, não sendo sintetizado pelo ser humano . Kent& Evers referiram que o farelo de arroz é uma boa fonte deste ácido graxo. O farelo de arroz contém diversos minerais, porém essa quantidade varia consideravelmente pelas diferenças na composição do solo, técnicas de fracionamento durante o beneficiamento e métodos analíticos usados pelos pesquisadores , entre outros fatores. Segundo torin conteúdo de minerais em 100g do farelo é de 6 a 12g, indicando que poderá ser de dez a vinte vezes mais rico do que o arroz polido, que contém de 0,4 a 0,7g. FEIJÃO : Um cereal contra tumores de intestino e de mama.Ele é um dos principais alimentos da mesa do brasileiro no dia-a-dia. O feijão – branco, preto ou de qualquer outra espécie está associado à prevenção do câncer de intestino. ”“As fibras encontradas em sua casca aumentam a velocidade do trânsito intestinal , diminuindo o contato das substâncias ancerígenas com o corpo, ”“ explica o engenheiro agrônomo Valdemiro Sgarbieri , do Instituto de Tecnologia de Alimentos em Campinas, no interior de São Paulo. OBS. Evite comer muito feijão, pois pode provocar a formação de gases. Porção ideal: uma concha por dia. LARANJA, ACEROLA E LIMÃO – Ricos em Vitamina C. A vitamina C dessas frutas é uma aliada contra doenças. Por ser um poderoso antioxidante, a vitamina C é fundamental para evitar as alterações celulares.Presente em frutas como a laranja,acerola e limão, ela pode ajudar na prevenção do câncer de próstata e de estômago. De acordo com um estudo feito pelo oncologista americano Ancel Keys, da Universidade Harvard , nos Estados Unidos , os homens que consomem grandes quantidades dessa vitamina têm menos chances de desenvolver
câncer de próstata. Ele analisou um grupo de 40 pacientes com a doença. Durante dois meses , eles tomaram doses diárias de 500mg de vitamina C. Após esse período, as células cancerosas se reduziram pela metade, constatou. OBS. A nutricionista Lísia Kiehl recomenda que as pessoas comam uma laranja por dia. Se possível, coma também o bagaço pois é bom para limpar o intestino. REPOLHO – O vegetal ajuda no tratamento e na prevenção de vários tumores. O repolho possui duas substâncias de nome estranho – o ácido p-cumárico e a rutina , que previnem diversos tipos de câncer. Elas agem como antioxidantes , anulando o efeito dos radicais livres, moléculas que alteram o código genético da célula e desencadeiam o processo cancerígeno. O oncologista inglês Paul Talallay analisou um grupo de 30 mulheres com câncer de mama. Durante dois meses elas tomaram , diariamente , doses de 35 mg de ácido p-cumárico e 10 mg de rutina. O resultado não poderia ser melhor: os tumores na mama diminuíram em 35%, afirma. Apesar de a pesquisa ter sido feita com as substâncias puras, o cientista acredita que o consumo do repolho também traga muitos benefícios: Protege o fígado, antibiótico , combate a dor muscular, auxilia na prevenção do câncer. OBS. O nutricionista Ricardo Coelho , de Minas Gerais aconselha as pessoas a comerem o vegetal cru ou levemente cozido no vapor. O consumo exagerado causa gases . COUVE – Ajuda o corpo a expelir o excesso de oxalato de cálcio. Rico em fibras e vitaminas B6 , este vegetal é muito recomendado por especialistas para quem sofre de cálculos renais, pois ajuda o corpo a expelir o excesso de oxalato de cálcio. Além disso , uma xícara com 100gramas dessa verdura fornece praticamente todo o betacaroteno de que um adulto precisa por dia. Esse micronutriente aumenta as defesas contra infecções bacterianas e virais. OBS. A couve combate tumores. Esse vegetal possui doses elevadas de isotiocianatos e indol , dois compostos que têm ação comprovada contra o câncer. Eles reduzem as chances de desenvolver tumores no cólon, no pulmão e na mama, conta Lelington Lobo Franco, químico especialista em Medicina natural, de Curitiba, Paraná. Segundo ele, duas ou três folhas médias de couve por dia já
garantem essa proteção. BATATA – Rica em potássio, ela pode ajudar a função dos rins. Entre as coisas que agravam o inchaço, estão o excesso de sal e o consumo de embutidos, como salsichas e frios. Cheios de sódio , eles dificultam a eliminação de água retida nos tecidos. Quando se ingere comidas ricas em potássio , seu organismo terá mais facilidade para mandar toda a água embora. No caso, boas pedidas são a batata, a banana, o damasco seco, a alcachofra e o aipo. Doenças mais comuns e o uso dos alimentos:
DIABÉTICOS – Por uma vida mais doce. No diabético , o pâncreas não consegue produzir o hormônio insulina, a chave capaz de pôr para dentro da células a glicose dos alimentos. Para não piorar a situação , a dieta de quem sofre desse distúrbio precisa ser muito bem acompanhada, e os doces são proibidos. Ou então , sem conseguir entrar nas células , o açúcar ficará sobrando na circulação , causando uma série de problemas , como a pressão alta, entre outros. O indivíduo com essa doença, deveria ficar de olho em dois minerais: o cromo e o zinco, presentes nos frutos do mar. Não se sabe bem o porquê, mas suas taxas costumam ser baixas nos diabéticos . Além disso, valeria uma conferida nos benefícios do yacón um alimento muito usado pelos japoneses como petisco, que pode revolucionar as formas de controle do diabete. YACÓN – A batata do diabético. Na aparência lembra uma batata-doce. Mas o gosto e a consistência remetem mais a uma pêra madura. Estranho, não? Bem , trata-se do yacón, um alimento usado pelos japoneses que pode modificar significativamente as formas de controle do diabete. Segundo o agrônomo Francisco Luiz Câmara, da Universidade Estadual de Botucatu , interior do Estado, os nutrientes desse alimento nem chamam muita atenção. ”“O diferencial está no teor de frutose , que aparece em 60% de sua composição” , explica Câmara . Mas ainda não sabemos qual o princípio ativo que provoca a diminuição dos níveis de açúcar do sangue que observamos. OBS. O que está comprovado nas pesquisas coordenadas pela professora Ione Lemonica, também da Unesp de Botucatu, provaram que o
chá de Yacón é eficiente no tratamento do diabete. Na experiência com grupo de roedores diabéticos, a taxa de açúcar no sangue voltou ao normal. Os mesmos efeitos têm sido notados em pessoas que se dispuseram a comer o vegetal todos os dias. Alguns diabéticos até puderam parar de tomar remédios contra o excesso de glicose. E COMO FAZER? Segundo Francisco Câmara , os diabéticos deveriam tomar 01 litro de chá de yacón por dia, preparado com 01 colher de sopa de folhas secas e trituradas desse tubérculo. Com sorte , elas são encontradas em lojas de produtos orientais. À mesa, o vegetal pode ser comido cru em saladas ou cozido como qualquer batata. Os japoneses fazem um petisco , tipo batata chips, com o yacón desidratado. ”“O sabor acaba mais acentuado e há uma maior concentração de nutrientes, ”“ explica Câmara. Anticoagulantes,antialérgico,antiinflamatório : ACELGA- Combate viroses, diurético.
BERINGELA: Auxilia na prevenção do câncer, antidepressivo, analgésico, reduz o colesterol, estimula o sistema imunológico. MAÇÃ: Aumenta a capacidade pulmonar. Previne doenças cardiovasculares, antibiótico, antiinflamatório, fortalece artérias e veias, diurético,anestésico, expectorante. ESPINAFRE: Combate e previne hepatite, ajuda a evitar o câncer , antioxidante, tratamento de inflamações na pele, contra dores musculares, anticoagulante, analgésico e estimula o sistema imunológico. CENOURA: Antialérgico, antiinflamatório, combate a dor muscular, anestésico, tratamento do câncer de mama, bexiga, e próstata, laxante, combate viroses , antioxidante , reduz o colesterol , vasodilatador , tratamento de asma, previne cataratas. FRUTOS DO MAR –Reguladores que vêm do oceano. Quem tem diabetes deve prestar atenção em dois minerais : o cromo e o zinco, presentes no camarão e em outros frutos do mar. Suas taxas costumam ser baixas nos diabéticos. O cromo participa do mecanismo de ação da insulina, ou seja, quando ele não falta à mesa, o pouco do hormônio que existir no organismo do diabético irá ser mais eficiente. Já o zinco deixa o corpo mais resistente a infecções, comuns quando se tem o distúrbio do pâncreas. SALMÃO- ÁCIDO ÔMEGA-3 - Reduz o colesterol, combate os triglicérides, dissolve placas de gorduras, tratamento e
prevenção de câncer de mama.
Legumes e frutas que facilitam o trabalho dos rins-
Alguns alimentos favorecem as tarefas renais . Pessoas que costumam reter muita água no organismo , por exemplo, devem ingerir substâncias ricas em potássio, como a batata, a banana, o damasco seco e a alcachofra.As temíveis pedras nos rins também podem ser evitadas.Elas surgem quando o ácido úrico e o oxalato de cálcio presentes na urina, se cristalizam. Quem apresenta tendência para o problema, deve evitar alguns alimentos que fornecem mais oxalato, como o espinafre e o chá preto e fazer uso de outros que ajudam o corpo a eliminá-lo, como a couve e o espinafre. Fitoquímicos- Escudo dos vegetais - Descobertos na década passada pelos químicos Gary Poster , da Universidade Johns Hopkins, no Estados Unidos , os fitoquímicos vêm sendo estudados intensamente .Ao que tudo indica , a grande arma dessas substâncias está em seu poder antioxidante. Da mesma forma que protegem os vegetais da ação nociva dos raios solares ultravioleta do sol, eles ajudam a neutralizar os efeitos negativos da radiação no organismo humano. E fazem isso ao liminar tipos traiçoeiros de moléculas que se formam durante a exposição à luz solar- os radicais livres. Alguns fitoquímicos podem até mesmo frear tumores. É o caso do sulforafane , encontrado em abundância nos vegetais da família das crucíferas – como o brócolis , a couve-flor , a couve-de-bruxelas e a couvemanteiga.Ele foi capaz de impedir o crescimento de câncer de mama em cobaias. Outros fitoquímicos não atacam a doença em si, mas parecem ser capazes de estimular enzimas naturais do corpo humano. Estas, sim, com propriedades de evitar o câncer, corrigindo anormalidades nas células do corpo Inúmeras pesquisas comprovam nos quatro cantos do planeta que nossos avós tinham razão: Frutas e legumes e verduras são essenciais à saúde, pois possuem a substância denominada fitoquímicos. Elas compõem os alimentos de origem vegetal e já provaram ser capazes de trazer enormes benefícios à saúde .Alguns alimentos de origem animal também têm sua vez na lista dos funcionais, principalmente os peixes de
águas frias, devido a uma gordura hamada ômega-3. As comidas com fitoquímicos ,que são ótimas para atacar diversas doenças , são chamadas pelos especialistas de alimentos funcionais. Não são quaisquer produtos do supermercado ou da feira que ganham essa chancela.”Para pertencer a esse grupo, a comida precisa apresentar determinadas propriedades , como proporcionar equilíbrio ao funcionamento celular ou ter alguma ação que vá além de nutrir o corpo”, diz o bioquímico Franco Lajolo, da USP. Dois exemplos clássicos de alimentos funcionais são o alho e a cebola, pois o segredo dessa dobradinha é uma substância chamada alicina, um componente sulfuroso de ação bactericida. Radicais livres -O que são os temíveis radicais livres? Eles aparecem sempre , desde o primeiro instante depois do nascimento, cada vez que respiramos. Mas agressões a já mencionada radiação, os poluentes, o estresse, a ingestão de toxinas – podem multiplicar sua quantidade no corpo. O que caracteriza um radical livre é o número impar de elétrons aquelas partículas do átomo que ficam girando em torno do seu núcleo como planeta ao redor do sol. Elétrons , de modo geral, só estão bem se têm um par (poderia dizer que ficam procurando um namorado) . Quando isso não acontece – como no caso do radical livre, em que uma partícula fica girando sozinha- , a molécula vai roubar um elétron do primeiro que encontrar pela frente, para formar uma dupla. Pode sequestrá-lo da membrana celular , por exemplo. Ou pior : do núcleo , onde ficam os genes. Depois de ter sido muito atacada , a célula fica velha ou doente , daí o envelhecimento ou câncer poderá se manifestar. OBS: O EXCESSO DE EXERCÍCIOS FÍSICOS AUMENTA OS RADICAIS LIVRES. AÇÃO BENÉFICA DOS ANTIOXIDANTES ENCONTRADOS NAS FRUTAS, VERDURAS E LEGUMES . Os antioxidantes são substâncias que limpam o corpo de moléculas de oxigênio nocivas conhecidas como radicais livres as quais se atribuem várias doenças , inclusive câncer. Hoje os cientistas têm certeza de que os RADICAIS LIVRES estão por trás do processo de envelhecimento e de todas as doenças degenerativas ligados a ele, como o câncer. Quando se diz que um alimento é antioxidante , isso significa que ele é capaz de doar elétrons para as moléculas nocivas , acabando com sua necessidade de lesar o organismo. OBS: Os antioxidantes estão em
praticamente todas as frutas e legumes, por isso a importância das mesmas para a saúde do organismo. CONHEÇA AS PROPRIEDADES TERAPÊUTICAS ENCONTRADAS NOS VEGETAIS. FITOQUÍMICOS COMIDAS O QUE FAZEM -Alfacaroteno: cenoura Protege as células dos radicais livres. -Betacaroteno: frutas, legumes e verduras Neutraliza a ação dos radicais livres. -Luteína: folhas verdes Ajuda a manter a boa visão. -Licopeno: tomate e goiaba vermelha É antioxidante, reduz o risco de câncer cervical e próstat • Antocianidina: frutas em geral Reduz o risco de câncer. • Flavonas: frutas cítricas e verduras folhosas Reduz o risco de câncer . • Sulforafane: brócolis, repolho, e todos os tipos couve. Barra substâncias que podem detonar o câncer e há indicações de que também possa frear tumores existentes espe cialmente de mama. • Genesteína: feijões , soja, ervilha e lentilha. Diminui as taxas de colesterol e o risco de tumores ligados a hormônios como os de mama e de próstata. • Cumarina: Frutas cítricas e tomate. Estimula a produção de enzimas anticâncer pelo próprio organismo. • Flavonóides: Frutas, tomate e cenoura Inibe enzimas responsáveis pela disseminação de glândulas cancerosas. • Isotiocinato: Brócolis, repolho e mostarda Estimula a produção de enzimas anticâncer no organismo. • triterpenóides: Frutas cítricas e raiz de alcaçus Impede o crescimento de tumores em formação. • Quercitina: frutas e cebolas Reduz formação de placas gordurosas nas artérias e combate as alergias • Luteonia: Casca das frutas ( uva ) e vinho tinto Impede e formação de placas gordurosas
• Resveratrol: Casca da uva, vinho tinto e suco de uva Também impede a fomação de placas gordurosas • Daidzeína: soja e produtos à base de soja Ameniza os sintomas da menopausa, protege contra o câncer de mama e previne a osteoporose. -Alicina: alho e cebola Ação antimicrobiana e antiviral. Também dilata os vasos, diminuindo a pressão arterial. -Dialil dissulfeto: Alho e cebola Reduz a formação de placas gordurosas. -Polissulfeto-alila: alho e cebola Aumenta a elasticidade dos vasos sangüíneos e relaxa as fibras musculares -Trissulfeto demetil-alila: alho Inibe o aparecimento de coágulos na circulação. -Capsaicina: Pimenta vermelha Diminui a formação de coágulos e protege as células de substâncias cancerígenas. -Adenosina: Alho , cebola e cogumelo preto Inibe coágulos. -Saponinas: Soja, produtos à base de soja Pode reduzir o colesterol e proteger contra o câncer. -Fibras insolúveis: Cereais , frutas , legumes e verduras Podem reduzir o risco de câncer de cólon, embora isso ainda seja polêmico. -Fibras solúveis: Aveia Reduzem o risco de doenças do coração.
FRUTAS, LEGUMES, VERDURAS E ALIMENTOS QUE FAZEM BEM . INTESTINO PRESO: damasco. INDISGESTÃO: abacaxi auxilia na digestão e o excesso de líquidos agrava os sintomas . VESÍCULA, INFECÇÕES RESPIRATÓRIAS E URINÁRIAS: chicória, também chamada de escarola. GOTA: cerejas . 15 a 20 gramas ajuda o organismo a eliminar o ácido
úrico. VARIZES: alho. CÃIBRA: gérmen de trigo e banana. TPM: banana. O ideal é consumir a mesma dez dias antes da menstruação.Também há trabalhos aconselhando a banana para melhorar o humor. Explica-se : ela ajuda o organismo a fabricar serotonina , uma molécula que é a grande responsável pela sensação de bem-estar no cérebro. ANEMIA: couve, também bife de fígado de gado. Dica : tome suco de laranja ou qualquer outra fruta cítrica nas refeições . Sua vitamina C empurra o ferro da comida para dentro do organismo. CICATRIZAÇÃO: coma bastante nozes. DIABETES: espinafre possui muito potássio e ácido fólico, substancias fundamentais para músculos., inclusive coração. PEDRAS NOS RINS: coma couve e repolho. OBS. Também previne câncer . PRÓSTATA: Tomate previne o câncer. MAU HÁLITO: O sabor do jiló estimula a saliva melhorando o hálito. MEMÓRIA: aspargo. HIPERTENSÃO, GOTA E ARTRITE: Aipo. Obs.: também estimula a liberação de sucos digestivos. OBS: As dicas acima dos alimentos que fazem bem, não substituem a consulta ao médico quando o caso o assim o requerer.
OS 6 ALIMENTOS NÃO MUITO CALÓRICOS QUE DÃO FIRMEZA A proteína é indispensável para a construção dos músculos e também do colágeno, que fornece sustentação à pele. Confira abaixo, onde elas estão concentradas. ATUM : proteínas : 22,6 gramas calorias 121
CARNE MAGRA : proteínas: 21,5 gramas calorias 146 FEIJÃO-FRADINHO : proteínas : 24,1 gramas calorias 341 PEITO DE FRANGO : proteínas : 22 gramas calorias 124 SALMÃO: proteínas : 23,2 gramas calorias 146, TOFU : proteínas : 12,5 gramas calorias 135
CAPÍTULO 9 – EDUCAÇÃO PARA A SAÚDE PARA CURSOS TÉCNICOS DE ENFERMAGEM E PESSOAL MULTIPLICADOR NA COMUNIDADE. Nesse último capítulo do livro,procuro trazer a nutrição numa versão mais simples ,como um resumo geral.Nos cursos técnicos necessitamos divulgar esse conteúdo numa carga horária que nem sempre é como desejamos. Versão preliminar da tradução do original em inglês “Get the best from your food”, elaborada com autorização da FAO, pelo INAN – Instituto Nacional de Alimentação e Nutrição – Coordenação de Orientação Alimentar, em Janeiro de 1996 Este conteúdo foi amplamente divulgado pelo mundo através da FAO.
Para milhões de pessoas em todo o mundo é impossível conseguir diariamente alimentos em quantidade e variedade suficientes. Algumas podem ter acesso a comida suficiente, mas falta-lhes o conhecimento para elaborar uma dieta adequada e optar por um estilo de vida que lhes permita aproveitar o máximo da sua alimentação. Ambas as situações podem conduzir a uma nutrição deficiente, a doenças relacionadas com a alimentação e a uma saúde precária. A cartilha da FAO “ Aproveite o que sua alimentação tem de melhor”, dá orientações para o público em geral. As Notas que se seguem apresentam informações adicionais para aqueles que querem se aprofundar. Elas deveriam ser utilizadas em programas de educação nutricional. ”.
1.APROVEITE A VARIEDADE DE ALIMENTOS
Comer é um dos prazeres da vida. Para aqueles que possuem uma alimentação adequada, comer é mais do que uma questão de sobrevivência. Comer em conjunto com outras pessoas constitui parte importante da vida em família e de certos acontecimentos sociais, comemorações e festas. Além do prazer que proporciona, a comida é, evidentemente, essencial para a vida. A obtenção de nutrientes de que o corpo necessita depende da quantidade e variedade de alimentos que se encontra á disposição em determinado local. Isto varia enormemente nas diferentes regiões do mundo. Além do mais, cada um tem suas preferências individuais e hábitos alimentares. Diferentes grupos de pessoas também possuem diferentes necessidades nutricionais. Todos os tipos de alimentos podem ser aproveitados como parte de uma dieta nutritiva. Do ponto de vista da Nutrição, um determinado alimento não é nem “bom” e nem “ ruim” por si só. O que importa é de que forma um determinado alimento complementa ou se associa com outros alimentos a fim de satisfazer as necessidades energéticas e nutritivas de uma pessoa. O melhor conselho é que todos deveriam comer uma grande variedade de alimentos distribuídos ao longo do dia. Isto é importante principalmente para crianças que não conseguem comer o suficente para satisfazer as suas necessidades em uma ou duas refeições. O café da manhã é particularmente importante para garantir a atividade física e mental.
ALGUNS NUTRIENTES VITAIS
O alimento fornece a energia que necessitamos para o crescimento, a atividade física e para as funções básicas do corpo (respirar, pensar, controlar a temperatura, circulação do sangue e digestão). O alimento também nos fornece as substâncias que formam e mantêm o corpo e promove a resistência ás doenças. Estas diferentes funções existem e tornam-se possíveis devido aos nutrientes que os alimentos contêm. Os tipos de nutrientes dos alimentos são: carboidratos, proteínas, gorduras, vitaminas, minerais e água. Todos os
alimentos contêm um ou mais destes nutrientes em quantidades variáveis. Cada tipo de nutriente serve para uma determinada função:
CARBOIDRATOS
Incluem os açúcares, amidos e fibras dietéticas. Eles constituem a maior fonte de energia alimentar para a maior parte da população do mundo. Os açúcares ou carboidratos simples, são monossocarídeos (glicose, frutose e galactose), ou dissacarídeos (sacarose, lactose e maltose). Amido, glicogênio e fibras dietéticas (incluindo celulose, hemicelulose e pectina) são chamados de carboidratos complexos ou polissacarídeos. Alguns carboidratos complexos não são digeridos pelos seres humanos e por isso não são fontes de energia dietética. São as fibras dietéticas e têm origem nas paredes das células das plantas. Mesmo não sendo uma significativa fonte de energia, as fibras ainda são uma parte muito importante da dieta. Elas são responsáveis pela saúde e bom funcionamento do aparelho digestivo. Os alimentos ricos em carboidratos são o arroz, milho, trigo e outros cereais, todo o tipo de raízes como batatas, inhame e mandioca; legumes tais como ervilhas e feijões; bem como muitas frutas e vegetais e os açúcares.
SAIBA MAIS SOBRE CARBOIDRATOS
• A glicose é o carboidrato mais importante. É essencial para o funcionamento do cérebro. É também o tipo de carboidrato usado para dar energia aos seres humanos e outros mamíferos e é muitas vezes chamado de “ açúcar do sangue”. A glicose é encontrada na sua forma natural em muitas frutas e sucos de vegetais, mas normalmente ela é associada a outro monossacarídeo e forma um dissacarídeo. Por exemplo, a sacarose ou açúcar de mesa é um dissacarídeo que contém uma molécula de glicose e um molécula de frutose, que é o açúcar original encontrado na maioria das frutas. A lactose é uma combinação de glicose e galactose e só ocorre no leite, inclusivé no leite humano. A maltose é uma combinação de duas unidades de glucose e é formada durante a separação do amido. Devido à digestão e a absorção, os carboidratos simples são convertidos em glicose que pode ser imediatamente utilizada como fonte de energia ou convertida em glicogênio ( que é a forma como os mamíferos armazenam a glicose, e que é produzido em quantidades pequenas nos músculos e no fígado) ou em gordura. • Os carboidratos complexos são as inúmeras moléculas de glicose ( as vezes centenas), que se encontram reunidas em longas cadeias. Durante a digestão, os amidos transformam-se em açúcares simples que são absorvidos e utilizados como os açúcares comuns. Quando baixam os níveis de glicose no sangue, o glicogênio também é reconvertido em glicose a fim de assegurar de imediato uma fonte de energia. Este
mecanismo é importante especialmente para pessoas que praticam atividade física.
PROTEÍNAS
As proteínas são necessárias para a construção e manutenção dos músculos, sangue, pele e ossos e outros tecidos e órgãos do corpo. As proteínas também podem ser utilizadas como fonte de energia. As proteínas são formadas por aminoácidos – as unidades construtoras do corpo. Quando as proteínas são ingeridas e digeridas elas se decompõem nos seus aminoácidos que são então absorvidos e utilizados para formarem tecidos novos. As proteínas são especialmente importantes para as crianças em fase de crescimento. O leite de peito contém a combinação perfeita de aminoácidos para o crescimento e as mães devem ser incentivadas a amamentar tanto quanto possível. Quando as crianças são desmamadas , é importante que a sua alimentação seja complementada com alimentos ricos em proteínas. As principais fontes de proteína são todos os tipos de carne, ave, peixe, feijões, soja, nozes, leite, queijo, iogurte e ovos. Normalmente as proteínas são mais caras que outros tipos de alimentos. Para se aproveitar o melhor destes alimentos é importante ter a certeza que as necessidades do corpo em energia estejam asseguradas por outros alimentos. Caso não estejam, os aminoácidos da proteína serão convertidos em glicose e usados para fornecer energia, e não estarão disponíveis para a formação de novas proteínas e novos tecidos. Ingerir mais proteína do que o necessário pode ser prejudicial; o excesso de proteína será convertido em glicose e utilizado como fonte de energia ou armazenado como gordura no corpo.
SAIBA MAIS SOBRE PROTEÍNAS
• Existem cerca de 20 diferentes aminoácidos utilizados pelo corpo humano. Estes podem se unir entre eles numa ampla variedade de combinações e formar proteínas diferentes. A maioria destes aminoácidos podem ser produzidos pelo corpo a partir dos carboidratos ou a partir de outros aminoácidos. Contudo, existem nove aminoácidos que não podem ser produzidos pelo corpo e que devem constar dos alimentos que ingerimos. Estes nove são chamados de aminoácidos “essenciais”. Se a quantidade necessária de cada um destes aminoácidos essenciais não se encontra na dieta, então o corpo não poderá produzir todas as proteínas de que necessita, nem utilizar convenientemente todas as proteínas que ingeriu. • Os diferentes tipos de proteína existentes nos alimentos que ingerimos possuem diferentes quantidades de aminoácidos exigidas pelo corpo humano. As protéinas de origem animal, ou seja as encontradas na carne, leite, peixe e ovos, possuem a maioria dos aminoácidos essenciais. As proteínas de origem vegetal possuem normalmente quantidades menores de um ou mais desses aminoácidos. Contudo, ao comermos uma grande variedade de alimentos, é possível obtermos todos os aminoácidos de que necessitamos. Isto é muito importante principalmente para os vegetarianos. Por exemplo, comer legumes ou grãos (feijões, ervilhas, lentilhas), com cereais (arroz, milho, trigo, sorgo), proporciona uma mistura balaceada de aminoácidos. Igualmente, pequenas quantidades de leite, iogurte, nozes, sementes, carne ou peixe, ingeridas juntamente com a refeição principal, proporciona uma fonte adequada de aminoácidos que satisfaz as necessidades do corpo em proteínas.
GORDURAS
As gorduras dietéticas incluem as gorduras para cozinhar, óleos e manteiga e ghee e são também um componente natural de carnes, leite, ovos, nozes e outros alimentos de origem vegetal.
As gorduras são um componente essencial da dieta. Elas são uma forma concentrada de energia e é o modo como a maior parte da reserva de energia animal e de algumas sementes é armazenada. Além de servirem como fonte de energia, as gorduras (também conhecidas como lipídios), são componentes essenciais das membranas celulares e são necessárias para a absorção e utilização de algumas vitaminas. As gorduras também tornam as refeições mais saborosas e agradáveis. As gorduras e os óleos produzem duas vezes mais energia que os carbohidratos e as proteínas. Adicionar gordura sob a forma de óleo á alimentação de crianças pequenas é uma ótima maneira de aumentar o nível de energia ingerida. Isto é importante, porque as crianças em geral não conseguem ingerir comida em quantidade suficiente que satisfaça as necessidades energéticas. As crianças pequenas deveriam receber entre 30 a 40% de suas calorias através das gorduras. Dependendo do tipo de atividade e do padrão dietético, os adultos deveriam receber entre 15 a 35% de calorias através das gorduras. Normalmente, aconselha-se as pessoas a evitarem doses excessivas de gorduras saturadas (menos de 10% da energia absorvida) a fim de reduzir o risco de doenças cardíacas. Alimentos ricos em gordura são os óleos, alguns tipos de carne e derivados, banha, manteiga, ghee e alguns lacticinios, margarina, alguns tipos de peixe, nozes e soja.
SAIBA MAIS SOBRE GORDURAS E ÓLEOS • O termo “ óleos e gorduras alimentares”, normalmente refere-se aos triglicérideos. Eles são os mais comuns e são normalmente chamados de lípideos. Os fosfolipídeos e os esteróides são outro tipo de lipídeos, mas cerca de 95% do que consumimos são triglericídeos. • Os óleos e gorduras alimentares incluem os triglicerídeos que se podem ver, por exemplo, a gordura da carne, manteiga, ghee, banha e óleos processados, bem como os que não podem ser observados, como a gordura do leite, das nozes, sementes e outras fonte vegetais (azeitona, abacate, coco). Geralmente, as gorduras são sólidas ou semi-sólidas quando à
temperatura ambiente, e os óleos são líquidos. • Quimicamente, os triglicerídeos são compostos por três ácidos graxos agregados a uma molécula de glicerol. Os ácidos graxos são cadeias de átomos de carbono com átomos de hidrogênio agregados e um grupo ácido (COOH) no final. O comprimento das cadeias de carbono varia entre 2 e 20. Se dois hidrogênios são agregados a cada carbono (3 no último átomo de carbono), diz-se que o ácido graxo está “ saturado”. Se alguns dos átomos de carbono possuem sómente um hidrogênio agregado, o ácido graxo é “insaturado”. Dependendo do número de átomos de carbono insaturado, dizse que o ácido graxo é monossaturado ou poliinsaturado. (Veja a Figura 1.2.). Geralmente, quanto mais ácidos graxos saturados existem num triglicerídeo, mais sólido ele fica à temperatura ambiente. A gordura da carne é muito saturada, a do frango é menos e a maioria dos óleos vegetais (por exemplo, o azeite de oliva, óleo de amendoim, óleo de girassol), possuem uma grande proporção de ácidos graxos insaturados. O colesterol é um componente essencial de todas as células do corpo e desempenha funções muito importantes. A maior parte do colesterol do corpo é produzida pelo fígado, mas parte dele é produzida noutras células e outra parte vem dos alimentos que ingerimos. O colesterol é transportado no sangue de forma variada e níveis altos de alguns tipos de colesterol podem aumentar o risco de pressão alta, doenças cardíacas e derrame cerebral. Muitos fatores, incluindo a alimentação, influenciam quanto e qual o tipo de colesterol que é produzido e circula no corpo. Grande ingestão de gorduras saturadas pode originar problemas específicos, e por isso recomenda-se que somente no máximo até 10% da energia diária que é ingerida seja originária de gorduras saturadas.
Figura 1.2
VITAMINAS E MINERAIS As vitaminas e minerais são chamados de micronutrientes. Eles são necessários em quantidades menores do que as proteínas, gorduras e carboidratos, mas são essenciais para uma boa alimentação. Eles ajudam o corpo a funcionar corretamente e a permanecer saudável. Alguns minerais também formam parte dos tecidos do corpo, por exemplo, cálcio e fluor são encontrados nos ossos e dentes e o ferro é encontrado no sangue. FERRO é o componente mais importante das hemácias e é necessário para manter todas as células do corpo em perfeito funcionamento. A anemia por deficiência do ferro é o problema alimentar mais comum no mundo inteiro.
Pode ser muito sério em crianças e mulheres que amamentam, em mulheres em idade fértil, mas também afeta as mulheres e os homens idosos. Provoca letargia (capacidade baixa de trabalho), dificuldades de aprendizagem, lento crescimento e desenvolvimento e aumenta a morbidade (doenças) e mortalidade materna, especialmente na hora do parto. As melhores fontes de ferro são a carne vermelha, peixe, aves, fígado e outras vísceras. O ferro é também encontrado em legumes, vegetais de folhas verde escuras e frutas secas, mas este ferro não é tão bem absorvido pelo corpo quanto o ferro de origem animal. O aumento da ingestão de vitamina C juntamente com vegetais ricos em ferro ajuda a melhor absorver e utilizar o ferro. VITAMINA A serve para a formação e manutenção dos tecidos do organismo saudável, particularmente os olhos, pele, ossos e tecidos do aparelho respiratório e digestivo. É também muito importante para o funcionamento efetivo do sistema imunológico. A deficiência em Vitamina A pode provocar a cegueira noturna, lesões graves na vista e alguns casos de cegueira permanente. Isto ocorre principalmente em crianças desnutridas, especialmente as que têm sarampo ou outras infecções. A deficiência em Vitamina A também pode provocar o aumento de doenças e morte por infecções. A Vitamina A é encontrada na em forma natural somente em alimentos de origem animal, principalmente o leite do peito, fígado, ovos e laticínios. Contudo, algumas frutas amarelas e vegetais contêm pigmentos, chamados carotenos, os quais podem ser transformados pelo corpo em Vitamina A. Alimentos ricos em caroteno são o óleo de coco vermelho, os vegetais verde escuros, cenouras, laranja, batata doce amarela ou alaranjada, manga e mamão. TIAMINA, RIBOFLAVINA, NIACINA, B6, FOLATO, ÁCIDO PANTOTÊNICO , B12 E BIOTINA constituem o que normalmente chamamos de vitaminas do Complexo B. As Vitaminas B são necessárias para transformarem os carbohidratos, gorduras e proteínas em energia e para
utilizá-los na formação e manutenção dos tecidos do corpo. As deficiências destas vitaminas podem originar problemas sérios como fraqueza muscular, paralisia, confusão mental, desordens do sistema nervoso, problemas digestivos, rachaduras de pele, anemia severa e falência cardíaca. FOLATO (ÁCIDO FÓLICO, FOLACINA), é necessário para manter as células sanguíneas saudáveis e a sua carência é causa comum da anemia entre as mulheres e crianças pequenas. A deficiência em folato durante a gravidez pode causar transtornos no parto. Uma ingestão diária adequada de vitaminas do Complexo B é fundamental. Alimentos ricos em Vitaminas B são os vegetais verdes, nozes, feijões, ervilhas, cereais, carne, peixe e ovos. VITAMINA C é necessária para aumentar a absorção do ferro, e para produzir colágeno (tecido conjuntivo) , que mantém as células do corpo unidas, e é também um antioxidante. Uma deficiência prolongada de Vitamina C pode originar o escorbuto. Os sintomas do escorbuto são o sangramento das gengivas, feridas, edema de articulações, e pode provocar a morte. A maioria das frutas, especialmente as cítricas e a goiaba, e muitos vegetais, incluindo as batatas, são boas fontes de vitamina C. É importante, tanto para adultos quanto para crianças, a ingestão de frutas e vegetais frescos. VITAMINA D é particularmente importante na utilização do Cálcio pelo corpo. A vitamina D é encontrada em óleos de peixe, nos ovos e leite, e é também produzida pelo corpo quando a pele se expõe á luz do sol. A falta de vitamina D pode originar raquitismo, uma doença que provoca o amolecimento e deformação dos ossos em crianças pequenas. CÁLCIO E FÓSFORO são importantes para a manutenção do corpo e para a saúde dos ossos e dos dentes. Leite e derivados são excelentes fontes de cálcio e fósforo.
IODO é importante para o crescimento e desenvolvimento normais. A falta de iodo na dieta alimentar pode provocar o bócio (aumento da glândula tireóide) e retardo mental. O iodo é encontrado em alimentos marinhos e em solos ricos em iodo. Nas regiões em que o solo tem baixos teores de iodo, deve-se tomar iodo adicionalmente na alimentação, o que é normalmente feito através de sal iodado. ALIMENTOS FORTIFICADOS: As vitaminas e os minerais podem também ser adicionados a alguns alimentos para substituir os nutrientes que se perdem com o processamento ou para aumentar os níveis globais contidos nos nutrientes. Os alimentos com vitaminas e minerais adicionados são chamados de alimentos fortificados. Por exemplo, o iodo é frequentemente adicionado ao sal para produzir-se o sal iodado. Em muitos países, o pão, a farinha e outros produtos de cereais são fortificados com vitaminas B e ferro, e as vitaminas A e D são normalmente adicionadas ao leite e produtos derivados e a alguns produtos de óleos vegetais. ÁGUA: é necessária para as várias funções do corpo: para construir as células e fluidos do corpo, provoca reações químicas e produz a urina, que transporta o que não é necessário para o corpo. É necessário ingerir uma certa quantidade de água potável, a fim de substituir a água perdida pelo corpo, principalmente na estação quente e durante o exercício físico. As pessoas podem também ficar desidratadas ( perder muita água), quando têm diarréia, vômitos e febre. UTILIZAÇÃO DESTAS INFORMAÇÕES A NÍVEL LOCAL: Para uma melhor compreensão do quanto estas informações podem ser aplicadas a nível local, deve-se observar o seguinte: • Quais são os tipos de alimentos locais que estão á disposição? • Que tipo de nutrientes eles contêm? • Como e quando estes alimentos são ingeridos?
• Como estes alimentos podem ser melhor utilizados ou combinados a fim de melhorar a dieta local? *Que tipo de alimentos se comem em ocasiões especiais?
*Quais são os principais alimentos que faltam ou sobram? • Como pode se evitar isso? • Como é que a situação local se compara á de outros países?
2. COMA O NECESSÁRIO E SUFICIENTE PARA SATISFAZER SUAS NECESSIDADES
Havendo alimentos bons e variados disponíveis , as pessoas deveriam estar capacitadas a escolher e a comer alimentos que satisfaçam as suas necessidades nutricionais A escolha de uma alimentação apropriada exige conhecimentos sobre as mudanças das necessidades alimentares através do ciclo da vida e sobre quanto estas necessidades podem ser melhor satisfeitas através da utilização de alimentos locais. O estímulo ás famílias a fim de que elas aproveitem e utilizem uma grande variedade de alimentos pode ajudá-las a satisfazer as suas necessidades. A escolha certa é importante principalmente se o salário é baixo e o acesso aos alimentos não é seguro. As necessidades nutricionais dependem da idade, sexo, tipo de saúde e nível de atividade. Os grupos que se seguem quase sempre precisam de atenção especial:
MÃES GRÁVIDAS OU QUE ESTÃO AMAMENTANDO
As mulheres precisam de comer o suficiente durante e depois da gravidez a fim de suportarem o esforço adicional que a gravidez representa para o corpo. As crianças – tanto antes como após o nascimento – também precisam de ser bem alimentadas. Quando uma mulher está grávida ou amamentando, ela deve satisfazer as necessidades nutricionais tanto da criança quanto dela
própria. Se a alimentação da mãe não satisfaz as necessidades de seu filho, ele irá utilizar o suprimento de nutrientes da mãe, provocando a diminuição de suas reservas. Isto expõe a mãe a um risco grande de contrair doenças e pode afetar o desenvolvimento da criança. As mulheres grávidas ou que estão amamentando deveriam ser informadas da importância do consumo de alimentos que supram as suas necessidades e as da criança em crescimento: * Carboidratos e gorduras: garantem a energia adicional que é necessária. * Proteínas, vitaminas e minerais (especialmente ferro, iodo, cálcio
ácido fólico e vitaminas A, C e K): são muito importantes para formar os músculos, órgãos e tecidos, ossos e dentes, bem como a hemoglobina e o sangue.
Estas necessidades são normalmente supridas quando se consome uma grande variedade de alimentos, incluindo muita fruta fresca e vegetais amarelos, e folhas verde-escuras. As frutas e vegetais são também uma boa fonte de fibra, o que ajuda a prevenir a prisão de ventre que é muito comum durante a gravidez. As mulheres grávidas devem ser incentivadas a consultarem o médico regularmente a fim de se certificarem se tanto elas, quanto a criança, estão sendo bem alimentados. Se a mãe não está ingerindo a quantidade necessária de um determinado nutriente, deve-se orientá-la com uma dieta apropriada. Em alguns casos recomenda-se a ingestão de suplementos vitamínicos e minerais, mas estes só devem ser tomados com indicação médica. Durante a gravidez as necessidades em ferro são muito altas e muitas vezes é necessário a suplementação com ferro. O ácido fólico é outro suplemento muito comum, bem como o iodo em determinadas regiões. As mães que amamentam também precisam de uma alimentação variada. Elas devem ingerir quantidades maiores de energia e proteínas. Muitos líquidos, tais como sucos de frutas e sopas são igualmente importantes.
BEBÊS
O leite de peito é o alimento ideal para as crianças. O leite de peito tem a vantagem adicional de aumentar a resistência da criança às doenças. Ele é seguro, gratuito e assegura todos os nutrientes que as crianças necessitam nos primeiros seis meses de vida. A amamentação pode continuar até os 2 anos de idade.
Enquanto o leite de peito é a alimentação básica para a criança, quando ela cresce, o leite por si só já não é suficiente para satisfazer as suas necessidades. Por volta dos seis meses de idade as crianças devem começar a alimentar-se com outros nutrientes, que sejam suplementos de energia, proteína, vitaminas e minerais que o leite do peito proporcionava. Isto também irá acostumar a criança aos diferentes sabores, tipos e textura de alimentos. Alimentos para crianças exigem uma preparação especial , e eles devem estar sempre limpos e serem de fácil digestão. A fim de satisfazer todas as necessidades da criança, será necessário adicionar alimentos com alto valor energético e outros nutrientes (óleo, frutas, vegetais, legumes e produtos de origem animal), na alimentação da família. Assim que a criança se acostuma com comida líquida e mole, e logo que nascem os dentes, deve-se introduzir gradualmente alimentos semi-sólidos e sólidos. A preparação de comida correta e nutritiva toma tempo e esforço. Muitas mães e pais, especialmente os de primeira viagem, precisam de orientação prática e assistência para assegurarem as necessidades alimentares de suas crianças.
CRIANÇAS
As crianças são as que sofrem maior risco de desnutrição. Elas têm uma necessidade maior de energia e de nutrientes , em comparação com os
adultos. Cuidados especiais e alimentação adequada são essenciais para o seu crescimento normal, seu desenvolvimento e suas atividades. As crianças podem comer grande parte dos alimentos que os seus pais consomem. Elas devem ser incentivadas a ingerir alimentos energéticos e proteicos, frutas e vegetais em quantidades que garantam o crescimento e o desenvolvimento do corpo. As crianças não podem comer a mesma quantidade de comida que os adultos comem numa só refeição. Elas dispendem muita energia ao longo do dia. Por isso elas precisam manter as necessidades energéticas comendo um maior número de refeições ao longo do dia. As crianças precisam de uma alimentação rica em alimentos energéticos e construtores do corpo durante a fase de crescimento até atingirem a idade adulta. Elas devem ser incentivadas a praticar exercícios físicos e serem ativas a fim de que os alimentos energéticos que ingerem não levem à obesidade. As crianças doentes devem ser incentivadas a comer e beber, mesmo se tiverem pouco apetite. Deve ser oferecida uma alimentação suave e alimentos que elas gostem muito. Líquidos em grandes quantidades como leite, suco de frutas, sopas e água potável, são muito importantes quando uma criança tem diarréia. As crianças que convalescem de febres e doenças devem comer alimentos mais energéticos e nutritivos. Os hábitos alimentares são estabelecidos desde cedo, portanto, é importante ensinar as crianças desde a mais tenra idade, a aproveitarem o melhor que a alimentação pode oferecer.
ADOLESCENTES
Os adolescentes crescem muito ràpidamente e portanto eles têm grandes necessidades de energia e nutrientes. Eles precisam de suplementos adequados de vitaminas e minerais, especialmente ferro, cálcio, vitaminas A, C e D. Adicionalmente, são necessárias quantidades de energia e proteína a
fim de manter o corpo em desenvolvimento e crescimento. Deve-se dar especial atenção ás meninas adolescentes que precisam de ser bem alimentadas porque serão as futuras mães. A anemia e a deficiência em cálcio são problemas comuns. Deve-se incentivar o consumo de alimentos ricos em ferro e cálcio. As meninas adolescentes que ficam grávidas correm mais riscos e devem ingerir nutrientes adicionais tanto para o crescimento do seu bebê, quanto o delas mesmo.
OS IDOSOS
Não existe uma idade determinada que correponda à pessoa idosa. O processo de envelhecimento é muito influenciado pela cultura, pelo nível de atividade individual e pelo estado geral de saúde. Tão logo as pessoas comecem a sentir os efeitos da idade, as doenças e a falta de paladar e a sensação de sede, podem ser fatores que reduzam o seu apetite; a perda dos dentes pode dificultar a mastigação; inúmeros problemas de estômago e intestino podem originar problemas digestivos; incapacidade e fraqueza, juntamente com pobreza, solidão e depressão, podem prejudicar a aquisição e a preparação de alimentos. Todas as pessoas idosas deveriam prestar mais atenção ás suas necessidades alimentares; muitas precisarão de ajuda para tal. Apesar de se dizer que a maioria das pessoas precisa de menos energia quando envelhece, os idosos precisam de determinados níveis de proteínas, carboidratos, gorduras, vitaminas, minerais e fibras dietéticas. As mulheres deveriam tomar suplementos de cálcio ao longo da vida a fim de reduzir as perdas ósseas. Alimentação para os idosos deve incluir uma grande variedade de grãos, frutas, vegetais, legumes, carnes e produtos lácteos. O consumo de alimentos de alto valor energético é fundamental se há falta de apetite e baixo consumo de alimentos. Também é importante manter um adequado nível de ingestão de líquidos
Para os que têm dificuldade comer e digerir os alimentos, deve-se preparar os alimentos de forma a torná-los mais apetitosos e de fácil digestão.
Por exemplo:
• Deve-se preferir, ao invés de alimentos fritos, alimentos fervidos, cozidos no vapor ou assados no forno. • Deve-se comer carne magra ou de aves, ao invés de carne gordurosa. • * Deve-se comer mais pela manhã; ao final do dia, apenas uma refeição ligeira.
PESSOAS COM NÍVEIS DE ATIVIDADE ALTA OU BAIXA
O alimento é o combustível do corpo. Isto significa que quanto mais atividade uma pessoa desenvolve, tanto mais combustível ela necessita, e que quanto menos atividade, menos combustível é necessário. Para a maioria das pessoas as atividades desenvolvidas no trabalho são as que determinam o gasto de energia. Aqueles que comem mais alimento energético do que gastam ganharão peso. Os que comerem menos do que gastam perderão peso. Quando o que se consome se equilibra com as necessidades energéticas, o peso do corpo se mantem em forma.
MEDIDA DA ENERGIA ALIMENTAR
A energia alimentar é medida em kilocalorias (Kcal).
• 1 g de carboidratos corresponde a 4 Kcal.
• 1 g de gordura corresponde a 9 Kcal.
• 1 g de proteína corresponde a 4 Kcal.
• 1 g de álcool corresponde a 7 Kcal.
A gordura é uma fonte concentrada de energia. Ela possui duas vezes mais kilocalorias por grama do que os carboidratos (amido e açúcar) ou as proteínas. Quando se consome desnecessariamente o excesso se transforma em gordura. Esta gordura fica armazenada e pode ser eliminada e utilizada como energia no futuro. A quantidade de energia necessária para a manutenção de um corpo saudável depende da idade, do sexo, condição fisiológica e grau de atividade física. As necessidades energéticas variam muito. Quanto maior e mais atividade uma pessoa desenvolve, mais energia ou calorias ela necessita. Posteriormente se fará de novo referência a este tema.
CONTROLE DO PESO
Para se manter em forma é fundamental uma boa nutrição. O peso do corpo pode afetar também a felicidade e o prazer de viver. O peso baixo pode originar desnutrição. A desnutrição na maioria das vezes provoca baixo crescimento, falta de energia, pouca capacidade de trabalho e outros problemas nutricionais. Ter sobrepeso (obesidade) é também uma forma de
desnutrição e pode provocar sérios problemas de saúde, incluindo as doenças cardio-vasculares, diabetes e hipertensão. As pessoas com sobrepeso têm dificuldade para realizar trabalhos pesados, exercícios físicos e manterem-se em forma. QUAL É O PESO IDEAL?
Uma pessoa não pode estar nem muito gorda nem muito magra, mas o que significa ter muito ou pouco peso? Existem várias formas de se avaliar o peso ideal de uma pessoa. Dois dos métodos mais comuns utilizam o índice de massa corporal (IMC) para adultos e o peso e altura para crianças. ÍNDICE DE MASSA CORPORAL
Este índice é uma medida de obesidade ou tendência a obesidade e é calculado pela divisão do peso do indivíduo em kilogramas pelo quadrado da sua medida em metros.
A fórmula é:
IMC= Peso em kilogramas (Medida em metros)2 Por exemplo, um adulto que pesa 75 Kgs e mede 1,70m.
O seu IMC é= _75____ = 75 = 1.7x1.7
26
2.89
Se o IMC para uma pessoa adulta (exceto as mulheres grávidas) está:
* abaixo de 18.5 – o peso está abaixo normal * entre 18.5 e 25 – o peso está normal * entre 25 e 30 – o peso está acima do normal * mais de 30 – provavelmente está obeso.
A pessoa no exemplo acima provavelmente está com peso acima do que deveria ter.
TABELA 2.A
PESO/IDADE PARA ADULTOS COM DIFERENTES ÍNDICES DE A tabela 2.a pode ser utilizada para calcular o IMC de um adulto, baseado na fórmula mencionada acima. A primeira coluna é a medida em centímetros(cm). A segunda, terceira e quarta coluna indicam o correspondente a um IMC de 18.5, 25 e 30 respetivamente, para cada altura. Para calcular o peso da pessoa, procure a sua medida na primeira coluna e compare o seu peso com os pesos nas três colunas seguintes ao longo da linha. Se o peso for menor do que o da coluna “ 18.5” , então a pessoa está com peso baixo. Se o peso está entre as colunas “18.5” e “ 25” , provavelmente a pessoa está com um peso dentro da média. Se o peso está além da coluna “25” , provavelmente a pessoa está com sobrepeso. Se o peso está na coluna “30”, a pessoa está obesa. É preciso muito cuidado quando se utiliza o IMC para determinar qual o peso adequado para uma pessoa. O peso corporal, além de depender da altura, está também relacionado com a idade e o sexo. Por exemplo, os homens são geralmente mais pesados do que as mulheres com a mesma altura, porque os homens têm tendência e possuir uma estrutura óssea maior e mais massa muscular. Enquanto o peso corporal variar até uma determinada amplitude, é mais aconselhável evitar perda ou ganho excessivo de peso. O risco maior para a saúde é quando a pessoa tem excesso de gordura , e não somente quando ela tem excesso de peso. É mais difícil emagracer e manter o peso conseguido do
que engordar de novo. GRÁFICOS DE PESO/MEDIDA
O IMC é um valioso instrumento para avaliar o estado nutricional do indivíduo. Contudo, ele não serve para ser utilizado em crianças, porque estão fase de crescimento. Os gráficos e tabelas de peso/altura são utilizados mais frequentemente para se observar se, de acordo com a sua altura, uma criança está ou muito abaixo do peso adequado ou muito acima. As figuras 2.1 e 2.2 mostram as curvas de peso por altura que correspondem aos percentis 97, 80, 50, 20 e 3 , referentes a uma reconhecida classificação internacional para crianças. O peso por altura de crianças bem alimentadas normalmente encontra-se entre as linhas dos percentis 3 e 97. A utilização de percentis permite-nos comparar o peso por altura de uma determinada criança, com o peso por altura de outras crianças.
PESO PARA ALTURA (55-145 cm de altura) – Figura 2.1. MENINOS (Fonte: Who,1993)
PESO PARA ALTURA (55 – 135 cm de altura) – Figura 2.2 MENINAS (Fonte: Who, 1993) COMPLETAR
Por exemplo, se o peso para altura de uma criança corresponde ao percentil 80, então essa criança está com mais peso que 80% das outras crianças com a mesma altura. Para se utilizar as tabelas, procura-se o peso para altura da criança na tabela correspondente a meninos ou meninas; procura-se a sua altura (cm) ao longo da linha horizontal e o seu peso ao longo da linha vertical e marca-se o ponto em que elas se cruzam. Depois observa-se onde é que o ponto do cruzamento
se situa em relação ás curvas dos percentis desenhadas nos gráficos. Quando a medida peso para altura de uma criança está abaixo do percentil 3, a criança está subnutrida e precisa de cuidados especiais. Nestes casos, ela deve ser observada por um médico ou pela unidade sanitária local a fim de se analisar a causa da situação. Uma criança com valores acima do percentil 97 está muito próxima à obesidade e deve-se supervisionar a sua alimentação e atividade física. Quando são saudáveis, os bebês e as crianças crescem normalmente e devem ser pesados e medidos regularmente. Em muitos países utilizam-se os gráficos e tabelas baseados nas medidas peso para idade para se acompanhar o crescimento das crianças. O corpo de uma criança transforma-se muito durante o crescimento, e deve-se tomar cuidado quando se analisa o seu estado nutricional com base simplesmente numa medida. Nem sempre uma criança com as medidas dentro da média do gráfico está bem nutrida, assim como nem sempre a desnutrição é evidenciada por não se encontrar for a dos padrões.
GANHANDO PESO
Possuir baixo peso pode ser um problema sério para qualquer um, especialmente para as crianças, adolescentes, mulheres grávidas ou amamentando e para os idosos.O peso baixo em crianças é normalmente causado por uma combinação inadequada de alimentos e frequentes episódios de infecção. Nos idosos, problemas de saúde podem originar baixo peso, e deve-se investigar se estas pessoas conseguem aumentar de peso se comerem mais. Para ganhar peso, as pessoas devem:
• comer mais do que o que normalmente comem
• comer mais frequentemente e fazer mais lanches • comer uma grande variedade de alimentos • certificar-se se estão ingerindo proteínas e calorias suficientes.
• aumentar as calorias nas suas refeições, adicionado-lhes gorduras, óleos e açúcar. Apesar da atividade física gastar energia, é muito importante manter uma atividade física mesmo quando se quer ganhar peso. Os exercícios estimulam o apetite e são importantes para a manutenção geral do estado de saúde. O relaxamento é também importante. As preocupações e o stress podem provocar perda de peso, por isso deve-se evitar situações tensas.
PERDENDO PESO
Em muitos países, particularmente nas áreas urbanas, muitas pessoas estão aumentando de peso e se tornando obesas (mais de 20% acima do peso normal, ou com IMC > 30). Perder peso significa comer menos alimentos ou alimentos contendo menos calorias e fazer mais exercícios. Mas não significa passar fome; cada um precisa de satisfazer as suas necessidades nutricionais básicas. A melhor forma de perder peso não é deixar de comer, mas sim mudar a dieta alimentar e praticar exercícios de forma regular. Nutricionalmente, é preferível manter um peso constante do que engordar e emagrecer ciclicamente. Quem precisa emagrecer deve:
*comer alimentos menos calóricos, especialmente aqueles que são ricos em gorduras. *comer alimentos ricos em fibras, por exemplo frutas, vegetais e grãos.
• substituir produtos ricos em amido, como por exemplo o arroz, massas, pão e batatas, por alimentos mais ricos e energéticos. • comer refeições regulares: ficar sempre com fome não é a solução. • beber água enquanto come, ajuda a sentir o estômago cheio. • beber menos álcool.
O mais importante é aumentar a atividade física para se consumir as energias acumuladas. O melhor conselho é procurar ser mais ativo nas atividades diárias, como por exemplo, caminhar mais. Assim, havendo a garantia de que a saúde está boa, podem se introduzir exercícios mais vigorosos que passam a fazer parte da rotina diária. UTILIZAÇÃO DESTAS INFORMAÇÕES A NÍVEL LOCAL: Para melhor se compreender como estas informações podem ser aplicadas a nível local, é necessário observar o seguinte: • Que tipo de pessoas dentro da sua comunidade precisam de alimentação especial? • A nível local, quais são os principais problemas relacionados com a alimentação? Existem muitas pessoas com peso baixo ou alto? • Existem costumes e hábitos na região que são importantes na promoção ou que impedem uma alimentação adequada? • De que maneira a maioria das pessoas dessa comunidade toma conhecimento das suas necessidades nutricionais e como escolhem uma boa alimentação? • De que forma a sua comunidade promove e acompanha o crescimento e desenvolvimento das crianças? 3. MONITORE A QUALIDADE E A SEGURANÇA DA ALIMENTAÇÃO A IMPORTÂNCIA DE UMA ALIMENTAÇÃO ADEQUADA
SUA
Alimentos frescos e limpos são importantes para uma boa alimentação. O cuidado para que a comida não embolore e não se estrague reduz os desperdícios. As ações para evitar que os alimentos se contaminem com bactérias tóxicas também reduzem as perdas e as doenças. Micróbios de alimentos deteriorados tais como bactérias e fungos provocam a redução do valor nutritivo dos alimentos e podem provocar doenças. As bactérias que causam doenças (ou patogénicas) podem contaminar os alimentos e a água e provocar intoxicação alimentar. Podem surgir doenças tais como febre tifóide, cólera e hepatite. Em algumas circunstâncias, o bolor que aparece nos alimentos forma uns venenos conhecidos como micotoxinas, que podem provocar doenças e em alguns casos a morte. Parasitas intestinais podem ser transmitidos através de alimentos que foram contaminados com ovos de parasitas ou cistos, e em alguns casos, o estágio infectante de um parasita pode ser transmitido em alimentos tais como carne e peixe. Bactérias, bolor e parasitas podem contaminar os alimentos de diferentes maneiras: • através do solo ou da água em que os alimentos crescem; • através do manejo de colheitas, durante o processo de venda , ou durante o armazenamento; e
• através de contaminação das mãos com fezes humana ou animal, de moscas, ratos e outros animais, ou através de ar ou água contaminada. Em muitos países, doenças graves, como cólera e febre tifóide já não existem, mas problemas relacionados com a intoxicação alimentar continuam a existir como um problema comum. Perdas devido a alimentos deteriorados e contaminados são também muito comuns. Os sintomas de intoxicação alimentar normalmente incluem náuseas, vômitos, dores abdominais, diarréia e febre, apesar de todos esses sintomas não ocorrerem em todos os casos. Os sintomas variam conforme a causa. Eles começam normalmente entre 1 e 36 horas após a ingestão do alimento e podem durar alguns dias. A intoxicação alimentar pode ser fatal, conforme a causa e o estado geral da pessoa atingida. Algumas bactérias, por exemplo a maioria das salmonelas, pode se multiplicar rapidamente na alimentação sob determinadas condições. Alimentos que estão contaminados com grandes quantidades de bactérias, podem ser uma fonte de contaminação. Esta cadeia de contaminação de
alimentos pode ocorrer quando alimentos contaminados através das mãos, moscas ou outros insetos entram em contato com alimentos sadios ou quando alimentos limpos ficam em contacto com superfícies ou instrumentos contaminados. A cadeia de contaminação alimentar é a causa comum de surtos de intoxicação alimentar. É importante lembrar que as bactérias que estão nos alimentos podem aumentar muito rapidamente em determinadas circunstâncias. Sob condições favoráveis provocam rápido crescimento, como temperaturas elevadas, uma bactéria pode originar 100 milhões de bactérias em cerca de 9 horas. Mesmo em número tão elevado, elas não podem ser observadas sem o uso de microscópio. O risco do intoxicação alimentar e as perdas por alimentos contaminados, podem ser muito reduzidos se se observarem algumas regras básicas. Estas regras deverão ser utilizadas na eliminação das bactérias e fungos, impedindo seu crescimento em número e sua contaminação por contato. Estas regras deverão ser seguidas em todos os momentos e fases da preparação dos alimentos, seu armazenamento, venda e consumo. Estas regras previnem a deterioração dos alimentos e o seu desperdício. CORRETO ALIMENTOS
ACONDICIONAMENTO
E
MANUSEIO
DOS
A fim de garantir alimentos adequados à alimentação, é importante observar as seguintes regras: • mantenha os recepientes e locais limpos, secos e arejados.
• não armazene os alimentos em recipientes que foram utilizados para outros propósitos. É importante não armazenar alimentos em recipientes que foram previamente utilizados com produtos químicos. • durante o armazenamemto, mantenha os alimentos cobertos e à distância de produtos químicos tais como inseticidas e detergentes domésticos.
• antes de preparar a comida, certifique-se de que os locais onde os alimentos são preparados bem como todos os frascos, panelas e instrumentos como facas, garfos e colheres, estejam limpos. Após a preparação eles devem ser lavados de novo. • se as frutas e vegetais estiverem sujos, lave-os em água corrente antes de preparar os alimentos. As frutas e vegetais que serão usados crus devem ser primeiro lavados em água corrente. • quando for lavar os recipientes, frascos, panelas e utensílios tais como facas, garfos e colheres, lave-os em água quente com sabão ou detergente, e depois enxague em água corrente. Use várias águas para lavar e enxaguar. • Investigue e certifique-se de que a água utilizada para cozinhar e lavar provém de uma fonte de água fresca e segura. É importante lembrar que pessoas, insetos e outras pragas podem contaminar de novo as coisas que estavam limpas, mesmo quando estas parecem estar limpas. Por isso é muito importante : • lavar as mãos com sabão e água limpa antes de preparar ou de comer os alimentos.
• evitar tosse ou espirro perto dos alimentos ou tocar no nariz, boca, cabelo ou alguma coisa semelhante que esteja suja durante a preparação dos alimentos. • quem está doente ou tem feridas nas maõs deve evitar o prepararo de alimentos. Quem está doente ou tem feridas nas mãos e não pode deixar de cozinhar, deve tomar cuidados especiais de limpeza.
• mantenha insetos, animais, pássaros, poeiras e fumaça longe dos alimentos. Mesmo em ambientes limpos os alimentos se deterioram. Os alimentos sempre contêm alguma bactéria e estas aumentam em número ao longo do tempo, o que pode provocar a perda dos alimentos ou mesmo doenças. O que se segue é muito importante: • Quando os alimentos possuem etiquetas, deve-se sempre ler as instruções sobre o seu armazenamento. • Não conserve os alimentos por muito tempo. Jogue-os for a se eles tiverem uma má aparência ou se apresentarem mau cheiro. • Não deixe restos de comida jogados a fim de que as bactérias não passem para a comida que vai ser preparada. Carne crua, aves e peixe exigem cuidados especiais uma vez que eles possuem sempre bactérias na sua superfície. Um cozimento adequado eliminará essas bactérias e tornará esses alimentos mais adequados. É importante não deixar carne crua, aves e peixe contaminarem alimentos que já estão cozidos ou que serão consumidos crus. Para evitar isto, é importante que: • As pessoas que manuseiam alimentos crus precisam lavar adequadamente as mãos e todos os objetos que vão utilizar, bem como as superfícies de contato, antes de manusearem os alimentos que serão cozidos ou consumidos crus. • Comida crua deve ser guardada separadamente da comida cozida e dos que serão consumidos crus.
MANUTENÇÃO ADEQUADA
DOS
ALIMENTOS
NA
TEMPERATURA
A manutenção da comida fresca retarda o desenvolvimento das bactérias. Todos os alimentos perecíveis, especialmente carne, aves e peixe, devem ser guardados num local fresco, até a hora de serem preparados ou consumidos. A preparação adequada dos alimentos elimina em grande parte o desenvolvimento de bactérias e manter os alimentos a uma temperatura quente depois de cozidos evita o aparecimento de bactérias muito perigosas. Carne e pratos á base de carne devem ser bem cozidos. Se a carne ou a ave ainda estão vermelhos por dentro, ou se os molhos ainda contêm sangue, é porque não estão bem cozidos e podem conter ainda germes prejudiciais. Os ovos também devem ser bem cozidos. Os alimentos que vão ser cozidos com água deverão ser cozidos em água fervente, e mantidos em alta temperatura até a destruição das bactérias. Tanto quanto possível, os alimentos devem ser consumidos após o cozimento. Se os alimentos vão ser consumidos crus ou frios, devem ser consumidos assim que forem retirados do local fresco em que estão guardados. Se o alimento não for para consumo imediato, ele pode tanto permanecer quente como ser esfriado e depois guardado num local frio. Os alimentos não devem ficar mornos ou à temperatura ambiente, porque estas temperaturas são ideiais para o rápido desenvolvimento de bactérias. Melhor local para guardar os alimentos é um refrigerador ou um freezer. Se não tiver, eles devem ser armazenados num local o mais fresco possível. Mas lembre-se, a comida estraga mais devagar em local gelado. Devido ao fato das bactérias precisarem de umidade para se reproduzir, os alimentos secos como nozes, pão, e grãos crus apresentam menos riscos e podem ser guardados à temperatura ambiente. Alimentos enlatados podem permanecer à temperatura ambiente enquanto as latas estiverem fechadas. Uma vez aberta, deve-se consumir a comida totalmente ou então colocada num recepiente fechado e armazenada num local gelado. Os alimentos não devem ficar na lata depois de ter sido aberta.
CUIDADOS COM AS CRIANÇAS
As crianças saudáveis e bem alimentadas não são normalmente afetadas pela maioria das bactérias com as quais entram em contato ao longo da sua vida. Contudo, a ingestão de comida contaminada, ou inadequada, pode provocar rapidamente o surgimento de doenças. Se as crianças estão desnutridas ou enfraquecidas por outros motivos, a resistência baixa e elas ficam expostas a um risco maior de se contaminarem e contraírem doenças causadas por bactérias. Ingerir comida inadequada pode rapidamente causar sérios problemas. Por este motivo, devem-se tomar muito cuidado com a alimentação das crianças, dos desnutridos e das crianças doentes. As crianças pequenas gostam de colocar coisas na boca. Ensine-as a não fazer isso com objetos perigosos. Elas devem aprender a manusear os alimentos de uma forma higiênica e adequada e incentivadas a adotar bons hábitos . Este tipo de ensinamento deve ser repetido várias vezes. É essencial a utilização de água limpa para a a preparação de leite artificial e alimentos para o desmame. A fervura da água utilizada com este propósito, bem como a verificação se todos os utensílios estão limpos reduz o risco de contrair doenças. COZINHANDO PARA MUITOS
Deve-se tomar cuidados especiais quando se cozinha comida em grandes quantidades seja para oferecer ou vender para os outros. Existe muito risco de comida contaminada se as regras básicas abaixo mencionadas não forem observadas. Contudo, é difícil seguir as regras no que se refere a comida que é vendida na rua ou em locais improvisados, mas mesmo assim essas regras são
importantes. Todas devem ser cumpridas, particularmente as seguintes: • mantenha todos os utensílios, panelas e recipientes tais como facas, etc, devidamente limpos. • mantenha limpos os locais onde se preparam os alimentos, e evite o contato, mesmo indiretamente entre o alimento cozido e o cru. • se a comida não é para ser consumida logo em seguida ou não for mantida em alta temperatura, esfrie-a rapidamente e guarde-a em baixa temperatura.
UTILIZAÇÃO DESTAS INFORMAÇÕES A NÍVEL LOCAL: Para melhor se compreender como estas informações podem ser aplicadas a nível local, é necessário observar o seguinte: *Qual é a incidência local de alimentos contaminados ou desperdiçados? • Compare esta incidência com os níveis de alimento contaminado ou deperdiçado a nível nacional. • Esta incidência tem tendência para aumentar ou para diminuir?
• Quais são os principais fatores de risco resultantes de hábitos alimentares locais e da forma como se preparam os alimentos na região?
• Quais são os principais fatores de risco derivados dos costumes sociais locais (como por exemplo venda de alimentos nas ruas, comida consumida em festas ou em comemorações familiares)? • De que forma se podem evitar ou minimizar estes fatores de risco locais? 4. PERMANEÇA ATIVO, FIQUE EM FORMA Tão importante quanto alimentar-se adequadamente, é importante manterse em forma e fisicamente ativo. Com isso o corpo funciona perfeitamente e ajuda as pessoas a aproveitar o melhor de sua alimentação. A atividade física proporciona muitos benefícios, tais como:
• estímulo das funções cardiovasculares e respiratória • aumento do fluxo sanguíneo para os músculos do coração
• ajuda a manter os músculos fortes e a flexibilidade das articulações • estímula dos fatores de crescimento nas crianças • melhora da coordenação e da atenção • influencia favoravelmente o humor • ajuda a aliviar a ansiedade *ajuda a regular o apetite • ajuda a dormir melhor e a trabalhar com mais eficiência • ajuda a formação de ossos fortes e previne a osteoporose • queima energia ajudando assim a controlar o peso
A inatividade física e a vida sedentária podem provocar excesso de peso e aumentam o risco de se contraírem algumas doenças crônicas, incluindo doenças do coração, pressão alta elevada e diabetes. É tão importante manter o peso ideal quanto exercer atividade física; e é claro, a atividade física ajuda a baixar o peso. As pessoas precisam de
balancear o alimento que comem com a energia que consomem. As tabelas abaixo demonstram esse aspecto:
Tabela 4.1. Requerimentos em calorias dos diferentes tipos de pessoas, de acordo com a sua idade, sexo e tipo de atividade.
NECESSIDADES APROXIMADAS EM CALORIAS â&#x20AC;&#x201C; TABELA 4.1.
HOMENS IDADE
MULHERES PESO
1 ANO
KCAL
10.0
PESO
1090
KCAL
9.5
1035
3 ANOS
14.5
1385
14.0
1330
5 ANOS
18.5
1700
17.5
1540
10 ANOS
31.5
2115
32.5
1885
15 ANOS
56.5
2665
53.5
2155
25 ANOS
65.0
ATIVIDADE LEVE
55.0 2530
2040
ATIVIDADE MODERADA
65 ANOS
2905
65.0
ATIVIDADE LEVE
2145
55.0 2060
1830
A tabela 4.2 apresenta alguns exemplos da quantidade de energia que se dispende de acordo com o tipo de atividade GASTO DE ENERGIA – Tabela 4.2
(kcal gastas por hora de atividade por uma mulher com 55 kg de peso)
ATIVIDADE
KCAL/HORA
Dormir
55
Costurar
60
Trabalho de escritório
65
Lavar louça
82
Limpar
93
Cozinhar Caminhar
98 158
Plantar grãos
169
Lavar roupa na mão
174
Lavar o chão
174
Capinar
273
Faxina
294
Moer grãos Jogar bola Cortar madeira Capinar ou cavar
305 327 332 354
Subir uma escada carregando peso
480
Observe que a energia tanto é gasta no exercício do trabalho físico como quando se faz exercício por prazer. As pessoas que executam trabalhos físicos devem assegurar uma alimentação de acordo com a energia que dispendem. É também importante que elas descansem no fim do dia para que o corpo possa se recuperar. As crianças e adultos que exercem trabalhos físicos mais leves, deveriam exercitar-se ou fazer esporte a fim de se manterem em forma e com um peso adequado. Uma caminhada rápida, natação, corrida, ciclismo ou jogos com bola são os ideais. A falta de exercícios nos idosos pode acelerar as limitações referentes á própria idade, que podem prejudicar a atividade física. Isto pode provocar o aparecimento de varizes , coágulos no sangue, aumento de fraturas e de dores nos ossos, rigidez nas articulações. Os idosos deveriam acima de tudo manter um nível constante de atividade física. Exercícios moderados tais como caminhar ou nadar são os ideais. Exercícios violentos e irregulares devem ser evitados. Todos os exercícios devem ser praticados regularmente. Meia hora, três vezes por semana, é uma boa meta a ser alcançada. Exercícios esporádicos não trazem os mesmos benefícios, e existe o risco do esforço exagerado provocar danos. Os que estiverem inativos há muito tempo, principalmente se estão convalescendo de uma doença, devem fazer um exame do coração antes de começarem a fazer exercício físico ou recomeçarem o esforço físico. O nível de atividade física deve ser aumentado gradualmente, tomando-se cuidado de não se fazer muito esforço de uma forma abrupta. A moderação é a regra de ouro. O melhor para todo o mundo é comer e fazer exercício com moderação. O exercício físico regular e uma alimentação balanceada ajuda as pessoas a manterem-se saudáveis e em forma, assim como a manutenção de outros hábitos alimentares. Particularmente, as pessoas que ingerem bebidas alcoólicas devem fazê-lo com moderação.
CUIDADO DENTÁRIO
Os dentes também precisam de atenção – se cuidarmos eles podem durar a vida inteira. As bactérias que existem na boca alimentam-se de carboidratos. Como as bactérias crescem e se multiplicam, elas produzem ácidos que atacam a superfície dos dentes e provocam a cárie dos dentes.Os adultos e as crianças devem escovar os seus dentes com regularidade, no mínimo duas vezes por dia, com pasta dentífricia fluoretada. Isto ajuda a proteger os dentes contra as cáries e evita doenças das gengivas que costumam ocorrer mais tarde. Uma outra forma de reduzir o risco de cáries é não ficar beliscando alimentos com carboidratos ao longo do dia. UTILIZAÇÃO DESTAS INFORMAÇÕES A NÍVEL LOCAL: Para melhor se compreender como estas informações se podem aplicar a nível local, é necessário observar o seguinte: • Quais são os principais tipos de trabalhos existentes?
• Que tipo de demanda física eles exigem?
• Qual a relação entre a energia dispendida e a energia consumida? • Que atividades de lazer poderiam ser estimuladas?
Nova Pirâmide Alimentar proposta pela Escola de Saúde Pública de Harvard No início da década de 90, o Departamento de Agricultura dos Estados
Unidos, após várias pesquisas, desenvolveu e publicou a Pirâmide dos Alimentos. Observaram que o desenvolvimento de uma pirâmide alimentar auxiliaria de forma correta o ser humano a se alimentar , promovendo uma qualidade de vida melhor. A Pirâmide Alimentar é apenas um exemplo do que deve ser consumido todos os dias, não é uma prescrição rígida, mas um guia geral para o indivíduo se basear para obter uma dieta saudável. Segundo a FAO/OMS (Departamento de Agricultura dos EUA / Organização Mundial da Saúde), um cardápio balanceado deve conter, diariamente, cerca de 50 a 60% de carboidratos, 20 a 30% de lipídeos e 10 a 15% de proteína, além das vitaminas, sais minerais e fibras. Para garantirmos que todos esses nutrientes estejam presentes na alimentação diária, a FAO/OMS (Food and Drug Administration – órgão do governo dos EUA que controla a produção e comercialização de remédios e alimentos), preconiza o consumo das seguintes porções diárias de alimentos que compõe a Pirâmide Alimentar. Grupo dos Pães, Cereais, Arroz e Massas: 6 – 11 porções por dia; Grupo dos vegetais: 3 – 5 porções por dia; Grupo das frutas: 2 – 4 porções por dia; Grupo dos laticínios: 2 – 3 porções por dia; Grupo das carnes, ovos e leguminosas: 2 – 3 porções por dia; Grupo das gorduras, óleos e açúcares: uso esporádico. Na base dessa pirâmide está o grupo dos energéticos composto pelos alimentos ricos em carboidratos (arroz, macarrão, pães, batata, mandioca etc), no andar de cima o grupo dos reguladores composto pelos alimentos ricos em vitaminas e minerais (hortaliças e frutas), depois o grupo dos construtores composto pelos alimentos ricos em proteínas (carnes, ovos, leite e derivados e leguminosas) e no topo da pirâmide de encontram os açúcares e óleos que devem ser consumidos moderadamente. Esses alimentos devem ser consumidos em ordem decrescente, ou seja, consumir em maior quantidade os energéticos, seguidos dos reguladores, dos construtores e por último os energéticos extras, de consumo limitado. A Antiga Pirâmide Alimentar
Porém, desde 1992, foi desenvolvida uma nova versão da Pirâmide Alimentar liderada por Walter Willett, chefe do departamento de nutrição da Escola de Saúde Pública da Universidade Harvard. Essa pirâmide preconiza que os alimentos do Grupo dos energéticos (pães, cereais, arroz, massas etc) devem ser consumidos com moderação, em pequena quantidade. Para os pesquisadores, isso se deve ao fato de que alguns carboidratos são quebrados rapidamente no intestino e se transformam em açúcar. A elevação do açúcar no sangue pode levar à compulsão alimentar e à problemas cardiovasculares. Segundo Walter Willett, o desenho da Pirâmide Alimentar foi baseado em padrões científicos duvidosos antes de 1992 e por isso precisava de reformulações. Para o pesquisador, essa Pirâmide Alimentar contribuía para a obesidade, a saúde deficiente e mortes precoces desnecessárias. Na nova versão, a base da pirâmide é ocupada pelos exercícios físicos e o controle de peso. Depois vêm os cereais integrais e os óleos vegetais, no andar de cima as hortaliças e frutas, depois as leguminosas e as frutas oleaginosas, acima peixes, ovos e frango, depois leite e derivados, e por fim, os carboidratos que apareciam na base da pirâmide, na nova versão, estão no topo junto com a carne vermelha e manteiga. Vitaminas e uma pequena dose de bebida alcoólica são permitidos.
A Nova Pirâmide Alimentar
Comentários Alguns pesquisadores descobriram que o consumo elevado de carboidratos refinados, como o pão branco e o arroz branco podem desequilibrar gravemente os níveis de glicose e insulina do organismo. Assim, esses pesquisadores sugerem substituir esses carboidratos por gorduras saudáveis chamadas de mono ou poli-insaturadas, que reduzem o
risco de desenvolver doenças cardíacas. A questão de que a antiga pirâmide seria responsável pelo crescimento da obesidade entre norte-americanos deve ser questionada, visto que a maioria dos norte- americanos não se alimenta conforme a antiga Pirâmide Alimentar sugere, mas sim, através de fast-food e alimentos muito gordurosos. Outra questão que a nova pirâmide apresenta é a baixa ingestão de carboidratos, fonte de energia vital para o organismo. A grande novidade, aprovada por todos os profissionais de saúde, sem contestação, é o fato da base dessa pirâmide ser composta por exercícios físicos e pelo controle do peso, visto que, já esta mais do que comprovado os benefícios da atividade física e os malefícios do sedentarismo. A incorporação de carboidratos integrais na dieta é muito recomendada por especialistas, já que são mais saudáveis por conter fibras, vitaminas e sais minerais. Sempre se sugere a troca de arroz branco e pães brancos, por arroz integral e pães integrais. O problema é que além de serem caros, os carboidratos integrais não fazem parte do hábito alimentar do brasileiro. Tanto é assim que estes produtos são poucos encontrados nas prateleiras de supermercados. As duas pirâmides se assemelham muito quanto à recomendação do consumo de frutas, verduras e legumes, que devem ser incentivados. Sabe-se que uma dieta balanceada e saudável não pode ter excesso ou deficiência de alimentos. Uma nova pirâmide, sugerida pelo Departamento de Nutrição da Escola de Saúde Pública da Universidade de Harvard, tem como base os exercícios físicos e o controle de peso. Depois, os carboidratos integrais, como pães e arroz, na maioria das refeições, juntamente com óleos vegetais. Acima, estão as verduras, os legumes e as frutas.Logo acima as castanhas, amendoim e leguminosas, como feijão, ervilha e grão-de-bico. Em seguida, peixes, frango e ovos. No topo da pirâmide encontram-se os laticínios ou suplementos de cálcio, e por ultimo, arroz branco, pão branco, batata, macarrão e doces, juntamente com a carne vermelha e a manteiga. Vitaminas e ate uma dose moderada de bebida alcoólica são bem vindas. Médicos, deste departamento, alegaram que a antiga pirâmide foi baseada em padrões científicos duvidosos antes de 1992 e por isso necessitava de uma reformulação. Para eles a pirâmide contribuía para a obesidade, a saúde deficiente e mortes precoces desnecessárias. Essa acusação de que a antiga pirâmide seria responsável pelo crescimento da obesidade entre norte-
americanos, pode ser questionada, visto que este relato foi declarado por médicos deste país.A questão e que a maioria dos norte- americanos não se alimenta conforme a sugerida pela antiga pirâmide alimentar, e sim, através do fast-food e alimentos muito gordurosos, o que desmente, de certa forma, essa relação de causalidade. Outra sugestão intrigante, que a nova pirâmide sugere, e a baixa ingestão de carboidratos, que e a fonte de energia vital do ser humano, e este, ainda divide o mesmo patamar com óleos vegetais, o que indica o alto consumo de lipídios levando, conseqüentemente, ao aumento da obesidade. A grande novidade, aprovada por todos os profissionais de saúde, sem contestação, e o fato de que a base dessa pirâmide ser composta por exercícios físicos e pelo controle do peso, visto que, já esta mais do que comprovado, os benefícios da atividade física e os malefícios do sedentarismo. A incorporação de carboidratos integrais em nossa dieta é muito recomendada por especialistas. Sempre se sugere a troca de arroz branco e pães brancos, por arroz integral e pães integrais. O problema é todo mudo elogia o trigo e o centeio integrais, mas ninguém quer consumi-los metodicamente, a não ser os praticantes de dietas alternativas. Tanto e assim que estes produtos são muito menos numerosos nas prateleiras dos supermercados. As duas pirâmides se assemelham bastante quanto à posição das verduras, legumes e das frutas, que devem ser consumidas com entusiasmo. Mais uma vez chega-se a conclusão de que uma dieta balanceada não pode ter excesso e nem deficiência de alimentos. A grande novidade e o fato dos exercícios serem à base da nova Pirâmide.
Referência bliográficas 1. Duarte, ALN, NASCIMENTO, M, L. Condutas Dietéticas. In: Papaléo Neto M. Gerontologia. Editora Atheneu. São Paulo,1996 2. MAHAN, L. K. ESCOTT – STUMP, S. Krause: Alimentos, Nutrição e Dietoterapia, 9ª ed. São Paulo, Rocca, 1998 3. PEREIRA, FAI CERUATO, AM Recomendações Nutricionais. In Papaléo Netto M. Gerontologia. Editora Atheneu. São Paulo. 1996 4. SCHIFFMAN S. S. & WARWINCK Z. S. Effect of flavor enhancement of foods for the elderly on
nutritional status: Food intake, biochemical indicer, and anthropometric measerres. Physiol Behav 53: 395; 1992 5.Dullius, Jane. Fundamentos do Vegetarianismo. Porto Alegre, 1988. Síntese annual da Agricultura de Santa Catarina 1990-91. Instituto Cepa/SC, Florianópolis, 1991. Sisson Filho, Arnaldo. Vegetarianismo — Chave para a Saúde e a Felicidade. Porto Alegre, 1981. Swami Abhedananda. Porque o Hindu é Vegetariano. São Paulo, 1943. Vida & Saúde. Vegetarianismo. Fevereiro 1979.
6.MAHAN,L.K.& ARLIN,MT.Krause-Alimentos,nutrição dietoterapia.São Paulo,Roca,1995
e
Capítulo 10 : Escolhendo os recursos audiovisuais para Educação Alimentar A expressão material ou recurso é nova no vocabulário dos educadores, pois se integrou a terminologia pedagógica após a segunda guerra mundial, em meados do século XX. No entanto vários educadores já defendiam a necessidade de usar recursos auxiliares do ensino, com o objetivo de ilustrar a palavra e torná-la mais concreta e real. Podemos dizer, assim, que o conteúdo determinava o método, pois é a base informativa e concreta para atingir os objetivos. Se decidirmos aplicar o método de leitura expressiva, nosso objetivo e que o aluno domine uma habilidade de leitura. Alguns registros históricos descrevem pensadores das correntes filosóficas que se destacaram nos métodos educadores. Francis Bacon afirmava que o conhecimento provém da experiência e das percepções sensíveis. Minchel de Montaigne critica os métodos empregados pelas escolas e propunha uma educação baseada na experiência que levasse o educando o observar, comparar e refletir. Em meados de Séc. XVIl surgiu entre os europeus o realismo pedagógico. Este pensamento filosófico contribuir para popularizar os avanços do conhecimento científico. Para Francis Bacon o novo método de
conhecimento, baseado na observação e experiência ampliava infinitamente dos fatos particulares para chegar à elaboração dos conceitos gerais. A pedagogia realista baseava-se na concepção empirista, conservadora que o conhecimento, antes de ser trabalhado pela razão, passava pelos sentidos. João Lomenius é o principal representante da pedagogia realista, escrevendo várias obras, entre elas o mundo ilustrado, era um livro de texto para a aprendizagem que ilustrava as palavras. É importante que o autor coloca questões que valorizavam muito o emprego, no ensino de representações gráficas dos textos, por isso foi criticado. No Séc. XVIII – Jean – Jacques enfatiza sua obra defendendo a necessidade a partir dos objetos sensíveis para chegar dos intelectuais. Também para Johann Heinrich Pestalozzi, propôs e utilizou um método de ensino que fazia da percepção sensorial a base e o ponto de partida para construir o conhecimento, aproveitando a vivência de situações concretas, a observação da natureza e experiências de fatos e fenômenos. Baseado nesses pressupostos, no Séc. XIX. Friedrich Wiebelm Frvebel considerava que a percepção sensorial era a base da instrução elementar. Os recursos de concretização ajudaram os alunos a desenvolverem noções sobre formas, números e medidas. A partir do Séc. XX surgiu o movimento de renovação pedagogia, escolar nova, sugeria que o professor utilizasse recursos que estivesse mais ligado à realidade. É nesse contexto que Maria Montessore criou uma série de jogos sensoriais para as crianças em fase pré-escolar, para concretizar as lições nas séries iniciais da escola elementar. Embora princípios pedagógicos por ela defendidos fossem funcionalista sua pratica ainda estava baseada na psicologia associalista. FUNDAMENTAÇÃO BASEADA NA PSICOLOGIA GENÉTICA Até o final do Séc. XIX o uso dos recursos oudiovisuais no ensino estava apoiado na psicologia sensual-empirista esta corrente conduz a mente humana como uma tábua rasa, capaz de captar e de gravar as imagens do mundo exterior, reproduzindo-as quase integralmente em forma em forma de
imagens mentais. É importante salientar que no Séc. XX a psicologia genética mostrou onde estava o equívoco da psicologia sensual-empirista, tornando sua base superada: a imagem mental não é uma mera reprodução da s imagens. O mais importante nesse processo são os aspectos comportamentais do indivíduo. Assim para a epistemologia genética, o conhecimento é concedido como resultante de uma construção contínua. Portanto, foi a psicologia genética de Jean-Praget, principalmente sua teoria de percepção e da formação de imagem mental que trouxe a grande contribuição para fundamentar os princípios psico-pedagógicos do emprego dos recursos audiovisuais no ensino e incorporá-los à didática renovada. Na conduta humana, duas funções se apresentam intimamente relacionadas, embora distintas a afetava e a cognitiva. A função afetiva é o aspecto energético da ação, pois fornece as energias que mobilizam o individuo para fugir. A função cognitiva refere-se as formas de estruturação e organização da conduta, que determinava o modo como o individuo vai se relacionar com o ambiente. As atividades ou funções cognitivas constituem e a apresentam dois aspectos diferentes, mas funcionalmente relacionados: o figurativo e o operativo. O pensamento figurativo produz um tipo de conhecimento que se baseia na configuração estática dos objetos e acontecimentos, tal como é percebida pelos sentidos. Por exemplo, uma criança que, ao olhar para uma árvore, vê o tronco, os galhos, as folhas, tem um conhecimento figurativo sobre a árvore. Os aspectos figurativos das funções cognitivas englobam três tipos de conhecimento:
A percepção é o resultado do contato direto dos indivíduos com os objetos através dos sentidos. A imitação é a reprodução motora dos objetos, feita na presença ou ausência deles. A imitação mental é a reprodução interiorizada de um abjeto ou acontecimento, feita na ausência destes.
O pensamento operativo é aquele que age sobre os objetos e acontecimentos, transformado-os, construindo-os mentalmente. O pensamento operativo é o produto das percepções e da inteligênci Piaget usa os termos “operativo” e “operatório” com sentidos diversos. O “operatório” se refere às operações mentais, que são as ações interiorizadas, móveis e reversíveis, que se agrupam com outras do mesmo tipo, formando estruturas de conjuntos. O operativo se refere às formas de cognações caracterizadas pela ação do sujeito sobre o objetivo, transformando-o e reconstruindo-o mentalmente. O aspecto operativo da atividade cognitiva abrange três formas de conhecimento, isto é, três modos de assimilar e conhecer a realidade:
As ações sensoriais motoras, que são atos inteligentes pelos quais a criança manipula o ambiente para solucionar problemas de ação. As ações interiorizadas que são atos inteligentes pelos quais as crianças manipulam símbolos que representam o ambiente. As operações mentais, que são ações interiorizadas, móveis e reversíveis, formando sistemas. O termo operativo é mais amplo, pois engloba tanto as ações operatórias com as sensório-motoras, e exerce o principal papel no reconhecimento, uma vez que conhecer não significa contemplar passivamente os coisas e acontecimentos, mas sim agir sobre eles, construindo-os ou reconstruindo-os em pensamento. O conhecimento figurativo e o operativo estão funcionalmente ligados porque o conhecimento figurativo fornece elementos que constituem a matéria-prima para que o conhecimento operativo se realize e as transformações no conhecimento operativo acarretam mudanças no conhecimento figurativo posterior. Assim sendo, a formação do conhecimento figurativo depende da atividade operativa do sujeito, transformando-se em função dela. Mas também o pensamento operativo se realiza e se desenvolve a partir das informações figurativas.
Durante o processo de ensino-aprendizagem, não basta apresentar aos alunos os recursos audiovisuais para serem percebidos (vistos e ouvidos), pois esta apresentação só produz informações figurativas sobre os estado dos abjetos, isto é, informações sobre a configuração estática dos abjetos perceptíveis. É preciso que o aluno trabalhe essas informações obtidas pelos sentidos através da sua atividade operativa, de forma a agir sobre os objetivos, transformando-os e reconstruindo-os através da mente. CLASSIFICAÇÃO DOS RECURSOS AUDIOVISUAIS
Os recursos audiovisuais “podem ser classificados como os tradicionais materiais didáticos, entendendo-se por isso todos os auxiliares ou meios materiais que se dirigem, inicialmente, aos órgãos sensoriais”. Nélia Parra. Para Piaget, a percepção se realiza através, da atividade perceptiva, que é a atividade exploratória, alguns críticos dos recursos audiovisuais julgam que a aprendizagem por eles provoca é superficial presa à imagem material. Convém lembrar que os recursos audiovisuais possuem caráter instrumental, isto é, constitui um instrumento, um meio e não um fim em si mesmos. Os recursos audiovisuais podem ser classificados de variadas formas:
Recursos visuais, que apelam apenas para a visão;
Recursos auditivos, que se dirigem somente à audição;
Recursos audiovisuais propriamente ditos, que reúnem os estímulos visuais e auditivos.
QUADRO DE GIZ O quadro de giz é o recurso mais facilmente encontram em nossas escolas
e o mais comumente usado pelos professores, constituindo um auxilio visual muito útil para o desenvolvimento das aulas. Sugestões para melhor utilização do quadro:
a)
Limpe totalmente o quadro antes de começar qualquer explicação.
b)
Escreva letra simples, suficientemente grande e legível para que todos os alunos possam ler.
c)
Use o quadro da esquerda para a direita.
d)
Utilize o giz de cor de forma funcional, para destacar uma palavra ou frase.
e)
Coloque sumário ou quadros sinóticos. À medida que for explicando o assunto.
O quadro de giz é usado durante a aula expositiva, enquanto desenvolve a explicação. À medida que explica o conteúdo, vão anotando no quadro os dados mais importantes da exposição, que precisam ser ressaltados, visualizados e fixados. Escreveram-se no quadro, no princípio da aula, os itens essenciais ou pontos-chave, localizando-os apropriadamente, e deixam-se entre eles os espaços convenientes para serem preenchidos no momento oportuno. GRAVURAS E FOTOGRAFIAS As gravuras – desenhos, pinturas e ilustrações de revistas, jornais ou livretos – são usadas na situação de ensino – aprendizagem, para facilitar a visualização de seres, objetos, fatos e fenômenos de difícil observação em situação natural.
A gravura pode ser utilizada sozinha ou em outros veículos visuais, como cartaz, o quadro didático, o flanelógrafo, o álbum seriado e o projetor opaco. Ao selecionar gravuras para utilizar na sala de aula, devem-se escolher as que estejam relacionadas aos conceitos e idéias abordados e sejam adequadas ao nível dos alunos e a seus interesses. Em geral, a utilização de um número excessivo de gravuras que dispersa a atenção do aluno, em vez de ajudá-lo a se concentrar no assunto estudado, ilustrando-o e concentrando-o, è melhor apresentar poucas gravuras, mas bem selecionadas (adequadas ao conteúdo estudado) e bem utilizadas (apresentada uma de cada vez, deixando que os alunos apliquem seus esquemas mentais a cada uma delas). CARTAZES, QUADROS E MURAL DIDÁTICO.
Os cartazes são recursos visuais que consistem em folha de papel grosso ou cartolina com uma ou mais ilustração e uma mensagem, visam basicamente a despertar a atenção para determinado assunto. Os cartazes devem ser confeccionados de preferência pelos próprios alunos, individualmente ou em grupo sob a orientação do professor.
Orientações para a elaboração de cartazes atraentes e objetivos:
a) Selecione o tema ou assunto a ser divulgado. b) Ilustre com um desenho simples, que não contenha muitos detalhes. c) Para completar a mensagem, elabore um texto pequeno, com um menor numero possível de palavras. d) Escreva o texto com letras fáceis de ler, de tamanho adequado e contrastante com o fundo. e) Disponha os elementos (a ilustração e o texto) de forma harmonia no
espaço disponível. Os quadros didáticos são auxiliares visuais contendo ilustrações é às vezes texto, usados de forma sistemáticas nas situações de ensino – aprendizagem para ilustrar um conteúdo e facilitar sua compreensão. Existe uma diferença básica entre o cartaz e o quadro. O cartaz visa a comunicação rápida de uma idéia ou mensagem e sua utilização extrapola a situação de ensino.
Já o quadro didático, como o próprio nome diz, e usado em situação didática (de ensino-aprendizagem) para ajudar a transmitir e assimilar um conteúdo, sendo acompanhado de explicações por parte do professor. Para captar as informações e idéias que ele veicula, é necessário que o aluno leia mais atentamente o texto e observe, compare e análise as situações. O mural didático é um quadro fixo ou móvel, feito de eucatex madeira, cortiça isopor ou papelão grosso, pintado ou forrado com flanela, contendo elementos relacionados a um tema: legenda, textos e material ilustrativogravuras, desenhos, fotografias mapas. Em geral, o mural didático sintetiza o conteúdo estudado em uma unidade de ensino ou um centro de interesse. Assim, ao término do desenvolvimento de uma unidade de ensino ou de um centro de interesse, os alunos, em conjunto com o professor, podem planejar e elaborar um mural didático, sintetizando as atividades realizadas, os trabalhos feitos e os conhecimentos adquiridos.
ÁLBUM SERIADO
O álbum seriado é um recurso visual constituído por um conjunto de folhas grandes de papel de embrulho ou manilha, organizadas numa seqüência e prezar na parte superior a uma armação de madeira compensada ou papelão bem grosso. Como o álbum seriado registra um assunto previamente organizado, sua função básica é orientar o expositor desenrolar da explanação, lembrando-lhe
os tópicos principais e evitando a dispersão. Outra vantagem deste recurso é que ajuda a manter a atenção dos alunos voltados para o item que esta sendo explicado, permitindo-lhes fixar os tópicos principais e visualizar, por meio do material ilustrativo, as idéias desenvolvidas. Orientações para planejamento, confecção e utilização do álbum seriado: a) Selecione o conteúdo a ser desenvolvido. b) Divida o assunto escolhido em partes, subdividindo-o em tópicos. c) Selecione gravuras e desenhos que possam servir como material ilustrativo, prevendo como será disposto em cada página. d) Confeccione o álbum: escreva em cada página os tópicos e subtópicos referente aos conceitos e idéias previstos, colem as ilustrações conforme o planejamento. e) Use letras maiores nos títulos e menores nos subtítulos. f) Disponha os elementos (títulos, subtítulos, texto e ilustrações) de forma harmônica em cada página. g) Antes da apresentação, monte o álbum no tripé ou coloque-o sobre uma mesa mantendo-o em posição vertical com o auxílio da capa, que serve de suporte. h) Coloque o álbum em lugar visível e, durante a apresentação, vire a folha à medida que for expondo os tópicos nela registrado se já estiver totalmente explicado.
O USO DO VIDEO CASSETE NA SALA DE AULA
O vídeo cassete e um processo e uma técnica de comunicação que se utiliza à televisão e o cinema. E a gravação em uma classe do tipo cassete, para ser reproduzida em receptores especiais ou em televisões comuns adaptados para este fim. Portanto, vídeo cassete e um sistema de gravação e reprodução de imagem e som, constituído pelo seguinte equipamento:
Um aparelho onde é introduzida a fita magnética e que tem dupla função de gravar e reproduzir; fica conectada ao aparelho de televisão;
Um monitor que geralmente é o televisor comum adaptado para receber e exibir a imagem enviada pela fita magnética por meio do aparelho gravador reprodutor;
Fita magnética para vídeo embutido num cartucho plástico;
Câmera filmadora de vídeo que capta a imagem e o som.
O sistema de vídeo cassete Pode ser utilizado para gravar programas transmitidos pela televisão, reproduzir fitas pré-gravadas que são comercializadas e fazer gravações com a câmara filmadora de vídeo e reproduzi-las. O uso do vídeo cassete difundiu-se rapidamente nos últimos anos, devido a facilidade de conservação e maneja do material, a gravação pode ser assistida imediatamente, possibilita o registro rápido e imediato dos acontecimentos... Devido ás suas inúmeras vantagens, o videocassete é usado em diversas áreas. Na escola é usado como recurso audiovisual e instrumental didático
dos mais versáteis. O professor Cândido de Almeida diz que o videocassete é hoje uma realidade insofismável nos grandes centros do mundo, por isso que as escolas estão formando acervos de fitas de vídeo cassete relacionado aos conteúdos curriculares. A seguir são apresentadas algumas orientações para tornar o uso do vídeo cassete mais proveitoso do ponto de vista pedagógico:
a)
Planeje antecipadamente a apresentação do vídeo.
b)
Defina os objetivos que pretende atingir com a reprodução da fita de vídeo cassete.
c)
Proponha atividades anteriores e posteriores à transmissão da fita de vídeo e a da relacionadas, como leitura e pesquisa trabalho e discussão em grupo, produção de texto.
d)
Verifique previamente se o equipamento de videocassete está funcionando bem.
e)
Verifique qual a melhor posição do monitor na sala de aula.
SELEÇÃO E UTILIZAÇÃO DOS RECURSOS AUDIOVISUAIS.
Ao selecionar os recursos audiovisuais a serem utilizados em situações de ensino-aprendizagem, convém adotar alguns critérios.
Adequação aos objetivos, ao conteúdo e à clientela – o material audiovisual a ser utilizado como meio auxiliar do processo ensinoaprendizagem deve ser adequado aos objetivos propostos e ao conteúdo a ser assimilado. Funcionalidade – o material audiovisual deve ser funcional, isto é, deve possibilitar uma utilização dinâmica, ativando o pensamento reflexivo do aluno. Simplicidade – os meios audiovisuais devem, de preferência, ser de baixo custo e fácil manejo. Qualidade e exatidão os recursos audiovisuais devem transmitir com exatidão a mensagem que de deseja comunicar. Devem oferecer informações claras e objetivas. É possível propor uma metodologia dos recursos audiovisuais baseada nos princípios da didática renovada e nos pressupostos da psicologia genética de Jean Praget. Nela o pólo de atenção passa do professor, como único manipulador dos materiais de ensino e transmissor do conhecimento, para o aluno que deve agir mentalmente sobre os materiais de aprendizagem para construir seu próprio conhecimento.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
ANTUNES,Celso, 1937- Um método para o ensino fundamental: o prejeto/ Celso Antunes. Petrópolis, RJ : Vozes , 2001
HAYDT, Regina Célia Cazaux . Curso de Didática geral. ED. Atica 5 edição. FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa / Paulo Freire – São Paulo: Paz e ,Terra , 1996 ( coleção leitura)