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Através da qualificação do eixo Fepasa: Parque linear em Orlândia-SP MARTA ELOISA ALVES Ribeirão Preto 2018
MARTA ELOISA ALVES
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P E R M A N Ê N C I A S
Através da qualificação do eixo Fepasa: Parque linear em Orlândia-SP
Projeto de pesquisa apresentado ao Centro Universitário Moura Lacerda para cumprimento das exigências parciais para a obtenção do título de arquiteto e urbanista sob orientação da PROF. DRa. Vera Lucia Blat Migliorini.
RIBEIRÃO PRETO-SP 2018
Alves, Marta Eloisa PERCURSOS E PERMANÊNCIAS Através da qualificação do eixo Fepasa: Parque linear em Orlândia-SP. Ribeirão Preto, São Paulo - 2018 (94 número de paginas) Orientadora: Prof. Dra. Vera Lucia Blat Migliorini Trabalho Final de Graduação (graduação) Centro Universitário Moura lacerda (CUML). Graduação em arquitetura e urbanismo. 1. Arquitetura e urbanismo 2.Qualificação 3.Parque linear 4.Eixo Fepasa 5.Integração dos espaços 6.Espaços públicos de convivivência.
MARTA ELOISA ALVES
P E R C U R S O S
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P E R M A N Ê N C I A S
Através da qualificação do eixo Fepasa: Parque linear em Orlândia-SP
Este trabalho de conclusão de curso foi julgado adequado à obtenção de título de bacharel em Arquitetura e Urbanismo e aprovado em sua forma final pelo curso de Arquitetura e urbanismo, do Centro universitário Moura Lacerda.
____________________________________________ Vera Lucia Blat Migliorini Orientadora
____________________________________________ Rosa Sulaine Silva Farias Examinadora interna ____________________________________________ Examinador Externo
A G R A D E C I M E N T O S
Quero agradecer primeiramente a Deus, por ter me dado forças para eu ter chegado até aqui. Agradeço à minha mãe Lucia por sempre ter me dado o maior apoio do mundo e com suas palavras sábias em determinados momentos foram essenciais para o meu crescimento e desenvolvimento pessoal e profissional. Agradeço ao meu pai Celso e ao meu irmão Celso Jr. por terem batalhado tanto para que esse sonho em ter uma arquiteta e urbanista na familia se tornasse realidade. Ao meu irmão Luis Miguel por sempre me ajudar com os meus trabalhos, onde já virou noites comigo, e, por sempre elogiar meus trabalhos. Ao meu namorado Filipe por todo o apoio e paciência durante todos esses anos de graduação, que sempre me incentivou e enalteceu meu potencial. Muito obrigada por fazer parte desse sonho. A minha orientadora Vera, que sempre esteve disposta a me ajudar e passar seus conhecimentos, obrigada pela paciência, e por sempre me apoior e falar que tudo daria certo.
Agradecer a minha banca examinadora, professora Rosa que me ajudou e instruiu com meu projeto para que ele se tornasse melhor e com mais qualidades. As minhas amigas que sempre me deram apoio, em especial a Ana Laura, que sempre me empurrou para que eu nao desistisse e não perdesse a fé. A Alice, minha companheira de faculdade e agora de profissão, onde sempre estivemos juntas uma apoiando a outra seja em qualquer situação. Agradeço à algumas pessoas maravilhosas que conheci durante meu estágio, em especial a Tânia que me auxiliou para o desenvolvimento desse trabalho, e a Joselma que me passou seus conhecimentos que serão primordiais para meu desenvolvimento profissional. Obrigada a todos que mesmo não citei aqui, contribuiram de alguma forma para a minha formação e conclusão desta etapa.
01
APRESENTAÇÃO 1.1 Introdução 12 1.2 Organização do caderno 13
02
ORLÂNDIA E A ESTRADA DE FERRO 2.1 2.2 2.3 2.4
Breve histórico Linha férrea-FEPASA Segregação Urbana Espaços livres públicos
16 18 20 22
03
O CAMINHO DA FEPASA 3.1 História x intervenção 26 3.2 Aspectos paisagísticos 28 3.3 Clima 28 3.4 Topografia 29 3.5 Parque linear como instrumento de recuperação de áreas degragadas 30
04
ÁREA DE INTERVENÇÃO 4.1 Problemáticas 4.2 Pontencialidades 4.3 Condicionantes legais 4.4 Delimitação da área 4.5 Uso do solo 4.6 Gabarito 4.7 Equipamentos de lazer 4.8 Hierarquia física 4.8.1 Vias entorno da área 4.9 Hierarquia funcional 4.9.1 Perfil das vias 4.10 Polo geradores
34 35 36 37 38 40 41 44 45 46 47 48
4.11 Transporte coletivo
49
S U M Á R I O
05
LEITURAS PROJETUAIS 5.1 High Line Park
52
5.2 Parque Madureira
55
06 O PROJETO
6.1 Conceito | Partido | Estudo preliminar | Diretrizes projetuais | Zoneamento | Programa de atividades | Orgonograma | Ordenamento do espaço | Soluções tecnológicas . 60 6.2 Implantação | planta baixa | cortes | perspectivas 66
07
CONSIDERAÇÕES FINAIS 7.1 Contribuições do trabalho 89
08
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1.
A P R E S E N T A Ç Ã O
12
Avenida Marginal C
paralela a linha ferroviåria Fepasa em Orlândia-SP. Fonte: Acervo pessoal
13 1.1
INTRODUÇÃO
O presente trabalho trata da qualificação urbana da Avenida Marginal C, área de projeto que se localiza em Orlândia, uma cidade com cerca de quarenta mil habitantes, cortada pela Rodovia Anhanguera, e paralela a esta, se encontra a Linha férrea Fepasa, que atualmente está em funcionamento, onde a mesma é vista como uma barreira física que divide a cidade em fragmentos desconectados, delimitando um local que atualmente encontra-se abandonado, degradado e inseguro para os moradores do entorno. A ideia principal deste trabalho é resgatar o meio físico às margens da linha férrea Fepasa na denominada Avenida Marginal C, através de um parque linear visando a preservação da vegetação existente, a ligação desta área com os outros bairros da cidade, trazendo desenvolvimento urbano, cultural, social e econômico, através da elaboração de um projeto, que promova a exploração de espaços voltados para a integração social, educacional e lazer, potencializando o território dentro da malha urbana, gerando espaços de convívio e lazer. Os problemas apresentados durante o percurso da Avenida Marginal C, nos relata uma área com falta de infraestrutura, muito mato, lixo, problemas com drenagem, mal cheiro, um local que encontra-se desprezado por parte do poder público, e esses problemas afetam diretamente a paisagem local, passando a ser uma área pouco valorizada na malha urbana, e como resultado, o crescimento da cidade passa acontecer para o lado oposto à essa área, visto que o projeto implicará na preservação, manutenção e qualificação desta. Outro fator que justifica a qualificação da área, diz respeito a questão social da linha férrea na cidade, que acabou
acabou se tornando um elemento de divisão de espaços dentro da malha urbana, e o seu funcionamento resultou na desvalorização. Sendo que, a qualificação acarretará na valorização e na conectividade de espaços e da população como um todo. Tal processo tem-se como objetivo a recuperação dessa área e seu entorno, contribuindo com a melhoria e transformação da paisagem urbana que agregarão valores não só para este trecho, mas para a cidade, posterior a isso, este trabalho consistirá no estudo e no desenvolvimento de uma área que irá colaborar para o progresso acadêmico e educacional, pois serão realizados levantamentos e pesquisas com base em livros, sites, artigos e entrevistas, sobre a área de intervenção e a história da cidade.
1.2 ORGANIZAÇÃO DO CADERNO O caderno a ser apresentado se estrutura de uma forma didática em que há uma mistura de informações, mediante as pesquisas: teórica, documental e de campo, facilitando a leitura e entendimento do trabalho em questão, assim tal caderno se organiza da seguinte forma: O primeiro capítulo do trabalho presente mostra a introdução, como ele se apresenta, seus principais problemas, objetivos, justificativas e ideias projetuais; No segundo capítulo é identificada a origem da cidade de Orlândia e sua relação com a estrada de ferro; como esse elemento produz a segregação urbana dentro da cidade, mostrando seus efeitos; junto a discussão dos espaços livres públicos e sua importância dentro espaço urbano;
O terceiro capítulo trata do caminho da Fepasa, em que busca a relação da história da cidade e seus elementos com a estrada de ferro Fepasa, os aspectos paisagísticos no entorno da mesma, sua dada topografia, e o clima local; ligado a discussão do parque linear como instrumento de recuperação de áreas degradadas da cidade; O quarto capítulo apresenta a área de intervenção, através de um breve histórico da área, e identificando diante de mapas, imagens e esquemas os problemas, potencialidades, necessidades e legislações vigente na cidade. O quinto capítulo apresenta as leituras projetuais que contribuirão para o desenvolvimento e auxilio no projeto de intervenção. O sexto capítulo trata do anteprojeto da intervenção urbanística. O sétimo capítulo refere-se das considerações finais do fechamento do trabalho em contexto. O oitavo capítulo mostra as bibliografias pesquisadas durante o trabalho.
2.
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A cidade de Orlândia em 2015, fiel ao planejamento do seu fundador Cel. Francisco Orlando Diniz Junqueira. Fonte: Gomes 2015
2.1 BREVE HISTÓRICO No interior do estado de São Paulo, a maioria dos municípios surgiram e se desenvolveram em torno de igrejas ou de Estações Ferroviárias, Orlândia não foi diferente, a cidade surgiu graças a Companhia Mogiana de Estradas de Ferro, que serviu aos estados de São Paulo e Minas Gerais até o ano de 1971, quando foi incorporada à Fepasa - Ferrovia Paulista S.A. Fundada por Coronel Francisco Orlando Diniz Junqueira, homem de larga visão, dono da propriedade denominada Fazenda Boa vista, no qual tinha um sonho de construir uma cidade. Para que realizasse esse sonho, doou parte de suas terras para a construção da nova Estação Ferroviária, e, portanto, em 1900 a Companhia Mogiana de Estrada de Ferro construía um ramal até Uberaba nas Minas Gerais, e em 1901 foi inaugurada a Estação Coronel Orlando e ao seu redor começaram a surgir as primeiras moradas. (FILHO, 2011)
Devido à grande demanda de café em 1906 a estação foi totalmente reconstruída e ampliada, recebendo o nome de Vila Orlando, em homenagem ao Coronel, fundador da cidade, e em 1910 finalmente tornou-se Orlândia. O Coronel determinou que a cidade fosse projetada com características urbanas modernas, cortadas por amplas avenidas, e diante de suas exigências, chamou o engenheiro Luis de Mello Marques para que fizesse o levantamento territorial de sua fazenda e solicitou que elaborasse o traçado urbano de uma pequena vila, que futuramente seria a cidade de Orlândia, assim, Orlândia não seria um município que como todos se originam de aglomerações ao redor de atividades agrícolas. (PREFEITURA MUNICIPAL DE ORLÂNDIA, 2018) O traçado urbano elaborado pelo engenheiro Luis de Mello Marques, originou-se a uma organização em malha xadrez, ortogonal, e numérica
do sistema viário, com avenidas planejadas no eixo Norte-Sul, e as ruas Leste-Oeste; estas com duplo sentido e separadas com canteiros centrais destinadas ao fornecimento de energia elétrica e rede de água/esgoto. A Cidade surgiu a partir de antes denominada Avenida 1, hoje Avenida do café, sentido à oeste a essa avenida, o projeto original da cidade em 1909, denominado “Planta da Vila Orlando”. Nota-se que o parcelamento do solo foi organizado em cinco avenidas e oito ruas, totalizando vinte e oito quadras. (GIESBRECHT, 2017) Em 1967 com a queda do café, a cidade passa a aumentar a expansão urbana, devido ao abandono e a queima da cultura cafeeira; nessa época, a rodovia Anhanguera é implantada, e a partir disso a cidade começou a se expandir para o outro lado da rodovia. (PREFEITURA MUNICIPAL DE ORLÂNDIA, 2018)
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Primeiro projeto da cidade denominada Vila Orlando elaborado pelo Engenheiro Luis de Mello Marques em 1909. Fonte: Filho 2011
Estação Coronel Orlando em 1908. Fonte: Giesbrecht 2017
Em 1979 a Estação Mogiana foi desativada, e posteriormente incorporou-se a Fepasa onde inaugurou a nova linha do outro lado da estação existente à oeste da cidade (área de intervenção), paralela à rodovia Anhanguera, substituindo o ramal de Igarapava, e construiu uma linha única entre Boa vista, Campinas e Araguari, Minas Gerais. (GIESBRECHT, 2017) A cidade atualmente com o crescimento do município, reflete o planejamento de seu fundador observamos uma cidade retilínea, com amplas avenidas, isenta de ruas estreitas, becos, curvas; isso caracteriza Orlândia como uma das primeiras cidades planejadas do Brasil.
Sede fazenda Boa Vista residência Cel. Francisco Orlando em 1901. Fonte: Prefeitura municipal de Orlândia 2018
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Oficina da Cia Mogiana dentro do complexo ferroviário em Campinas em 1930. Fonte: Fantinatti 2007
2.2 LINHA FÉRREA FEPASA As estações ferroviárias tiveram um papel importante não somente no país, como no mundo. Fundaram cidades e povoados, sendo que o início das construções das ferrovias no brasil ocorre com a grande comercialização e o crescimento do café no país. No estado de São Paulo a era ferroviária tem início em 1867 com a inauguração do ramal Santos-Jundiaí pela Companhia São Paulo Railway, essa é a primeira companhia paulista a ser construída, e posteriormente surgiram outras companhias paulistas como: Estrada de Ferro Sorocabana, Cia Paulista de Estradas de ferro, Cia Mogiana de estradas de Ferro.
Criada em 1872 a Cia Mogiana de Estradas de Ferro foi a maior empresa responsável pela extensão de linhas férreas no estado de São Paulo, era localizada em uma das regiões mais ricas da província que ligava CampinasMogi Mirim, e posteriormente foi se expandindo até Amparo, em seguida até Casa Branca e em 1883 em Ribeirão Preto, e finalmente em 1886 chegava à Batatais e depois em Franca. (ABPF, 2018) Inaugurada em 6 de fevereiro de 1979 o eixo ferroviário EntroncamentoAmoroso Costa construída pela Fepasa em Orlândia,o espaço atualmente é
utilizado somente para o transbordo de cargas oriundas da via férrea, até nos anos de 1997 a estação cessou o trafego de passageiros, posteriormente, foi abandonada e depredada. A estação estava localizada nos subúrbios da cidade paralela a uma avenida asfaltada que acompanha a linha férrea; em 2011 a estação foi demolida. Hoje a companhia foi privatizada e está a cargo da empresa FCA (Ferrovia Centro Atlântica) onde a linha ferroviária é utilizada somente por trens cargueiros. (GIESBRECHT, 2017) Devido a topografia local, o ramal da Fepasa chega à cidade através de
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Estação Fepasa na cidade de Orlândia em 1999. Fonte: Giesbrecht 2017
Orlândia com destaque para o “pontilhão” da Fepasa. Fonte: Prefeitura Municipal de Orlândia 2018
um “pontilhão” de concreto, onde é destaque na paisagem urbana na porção oeste da cidade, desacelerando o crescimento urbano; este acabou se tornando uma barreira fisíca. Como consequência a cidade passa a desenvolver-se com velocidade para o setor leste.
difere do eixo de leste à oeste; de um lado (leste), a cidade que se desenvolve e tende a expandir, do outro lado (oeste), um território sem perspectiva de crescimento, no qual é visto às margens da linha férrea loteamentos irregulares e invasões sobre a mesma.
A paisagem urbana surge na maioria das vezes para nós como uma sucessão de surpresas ou revelações súbitas, que por onde olhamos, por mais monótono que seja a paisagem, nosso cérebro reage ao contraste dos elementos que surgem ao longo do percurso (CULLEN, 1983). Notamos como paisagem da cidade
A implantação da Linha férrea Fepasa nos leva a analisar que a mesma impede o crescimento e o avanço da cidade para o setor oeste, pois a linha férrea trás para as pessoas insegurança, ruídos, e um local que acaba servindo para descarte de lixo e invadido por moradores de rua.
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Destaque para a falta de manutenção por parte do poder público às margens da ferrovia. Fonte: Acervo pessoal
2.3 SEGREGAÇÃO URBANA O objeto de intervenção atualmente encontra-se em estado de abandono, estando às margens da linha férrea a mesma vem sofrendo com a ação do tempo e do homem, logo que foi implantada a linha férrea na cidade em 1979, criouse uma barreira física onde resultou na divisão de espaços e desvalorizou o território nessa parcela da cidade. O resultado desses processos favorecido aliás pelo papel de árbitro e regulador do Estado, principalmente atuante no domínio do planejamento do território, é uma cidade “arrumada” com os grupos sociais e as atividades econômicas em seu determinado lugar, na qual se desenvolvem trocas entre espaços desiguais, se tecem interdependências, e se multiplicam solidariedades. Assim, o centro prestigiado, diversificado, rico e poderoso opõe-se a periferias mal equipadas e monótonas. (SALGUEIRO, 1998, p. 40)
No que se refere a segregação urbana, está sempre relacionada com o processo de divisão e luta de classes sociais, ela começa a ocorrer a partir da revolução industrial que teve início no século XVIII, onde caracteriza um grande avanço no processo de produção que passou do artesanal para o sistema mecanizado, então o trabalho nas máquinas acabou se sobressaindo sobre os trabalhos de camponeses que acabou sendo desvalorizada. Esse processo não afetou somente a paisagem da cidade, como também sua estrutura. (SALGUEIRO, 1998)
O que mudou nas cidades a partir desse processo foi o crescimento dos centros urbanos que resultou em uma transformação onde o crescimento era superior à sua capacidade, acarretando assim em grandes problemas de dificuldades nos desenvolvimentos das cidades (MARICATO, 2000). Essa expansão urbana trás problemas de mobilidade, segurança, infraestrutura e falta de equipamentos públicos. A homogeneidade de classes que se criou adquiriu de forma bem rápida, uma força econômica que levava em consideração a valorização ou desvalorização do solo, criando, então, uma especulação imobiliária, mesmo que isso pudesse resultar em problemas culturais e sociais. (SALGUEIRO, 1998) Pelo fato das cidades terem seus centros principais, e junto a essa questão, os valores das terras se elevam;
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O urbanismo, que para Lefebvre é o pior inimigo do urbano, contribuiu sem dúvida para a construção de um mercado imobiliário, capitalista, de relações de subordinação, de repressão ou de segregação no espaço urbano. (MARICATO, 1996, p. 86)
A notória segregação urbana presente na malha urbana. Fonte: Romualdo 2013
com isso as pessoas de classe média alta procuram áreas mais valorizadas, agregadas de infraestrutura urbana e equipamentos necessários à vida na cidade, enquanto as classes baixas procuraram por áreas menos valorizadas, onde são mais afastadas e menos acessíveis aos centros urbanos, com ausência de infraestrutura e equipamentos públicos de saúde/ educação/lazer, criando assim um processo de diferenças entre classes sociais dentro do espaço urbano, onde todos deveriam ter o mesmo acesso. Com o avanço do transporte, o número de automóveis também aumentou, fazendo com que a estrutura existente não suportasse a demanda gerada dando-se mais importância às vias de circulação,com isso o espaço público se tornou a primeira vítima colateral de uma cidade que vem perdendo a luta de resistência contra o avanço da globalização ou a sua diminuição. (Salgueiro, 1998)
As colocações dos autores permitem identificar a contextualização em que a área de projeto, foi afetada pela tecnologia e evolução do transporte a partir dos anos 70, pois é possível analisar que antes da implantação da estação e da linha férrea em 1979 no setor oeste da cidade, (mesma área em que a cidade crescia e se desenvolvia), e vemos que com a implantação da linha férrea a cidade cessou o crescimento nessa região e passou a se desenvolver para o lado oposto à esta (leste).
Esta situação começa a mudar no pós-guerra tornando-se mais nítida nos anos 70, acompanhando o progresso na tecnologia dos transportes e comunicações e o reforço dos processos de internacionalização que tiveram profundas consequências na organização econômica e social e, portanto, também nos modos de produção e de apropriação do território, na estrutura das cidades e nas suas relações mútuas. O aumento da mobilidade, a crise econômica e a posterior reestruturação, o aumento da diversidade e a fragmentação da estrutura social encontram eco na organização urbana que tende a evoluir para uma maior fragmentação. (SALGUEIRO, 1998, p. 40)
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Pessoas caminhando na Avenida Marginal C. Fonte: Acervo pessoal
2.4 ESPAÇOS LIVRES PÚBLICOS A ausência dos espaços livres públicos nas cidades está cada vez maior, na cidade de Orlândia não é diferente, é precária desses espaços e a partir de uma visão mais esclarecedora, a Avenida Marginal C, é uma área que conta com potencialidade para esta finalidade, já que é um espaço utilizado para as pessoas fazerem caminhadas e andar de bicicleta, mas as pessoas utilizam desse espaço com receio, pois é uma área insegura, mas essa questão será tratada mais adiante. Os espaços livres públicos estão presentes na vida urbana desde a antiguidade, sendo para a civilização grega um dos principais espaços na cidade, onde se estabeleciam as relações sociais, voltadas para o lazer. Mas, foi a partir das consequências da revolução industrial, quando
houve uma grande migração da população da área rural para a área urbana resultando no crescimento desordenado e não planejado do meio urbano, a população acabou sendo afetada, e gerou uma grande preocupação com o ambiente físico que foi afetado pelo homem, reduzindo a qualidade de vida da população. (LONDE e MENDONÇA, 2014) Muitos desses espaços abertos ocorrem pela falta de planejamento urbano e de forma desordenada, sendo degradados pela ação do homem ou do tempo, resultando em lixões a céu aberto, ou no abandono de espaços livres públicos. O espaço livre é definido como espaço urbano ao ar livre, destinado a todo tipo de utilização que se relacione com caminhadas, descanso, passeios, práticas de esportes e, em geral, a recreação; os locais de passeios
a pé devem oferecer segurança e comodidade com separação total da calçada em relação aos veículos; os caminhos devem ser agradáveis, variados e pitorescos. (GUZZO , CAVALHEIRO e ROCHA, 1999) APUD (CAVALHEIRO APUD GOMES; QUEIROZ, 1999) O processo de produção do espaço urbano vem se alterando ao longo do tempo, com isso, transformando paisagens. Atualmente muitos espaços degradados estão sendo resgatados por incentivos da própria população, no desejo de criar nas cidades espaços de lazer, convívio e cultura. De acordo com (LONDE e MENDONÇA, 2014) esses espaços livres, aqueles que representam “respiro” são os maiores alvos que poderiam estar desempenhando sua função social, relacionadas à
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Exemplo de espaço livre público que criam interação e contato entre pessoas. Fonte: Pereira 2007
recreação, sustentabilidade e/ ou drenagem urbana, onde existem distintas categorias de espaços livres públicos, e exercem um importante papel para a sociedade, ambas são muito importantes, pois modificam a paisagem urbana e interferem na configuração e escala da cidade. Assim, dentre as funções se destacam:
Por sua vez, inserir um espaço livre público relacionando à contextualização acima mencionada, a intervenção trará qualificação desse espaço e proporcionará benefícios servirá como um elemento de conexão com as outras áreas da cidade.
• Função social - à medida que proporcionam encontro e lazer e promovem a socialização dos indivíduos; • Função organizacional – pois organizam a infraestrutura da cidade e configuram o desenho urbano; • Função ecológica – onde estruturam áreas de proteção ambiental; • Função cultural – pois fortalecem a identidade local.
A falta de espaços livres públicos levam as crianças a brincarem nas ruas. Fonte: Jimenez 2007
3. O
C A M I N H O
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26 3.1 HISTÓRIA X INTERVENÇÃO Segundo o arquiteto e urbanista da Prefeitura Municipal de Orlândia Augusto Bordin, (2018) pela memória de sua infância, ele se recorda da cidade de Orlândia com as extensas e largas avenidas arborizadas, com todas as árvores do mesmo tamanho e da mesma espécie. A Praça Coronel Francisco Orlando, atual Praça do Fórum e a Praça da Bandeira, relatou o arquiteto Augusto Bordin (2018), que ambas eram parecidas com jardins japoneses, compostas por grandes vasos, rica em ornamentos, plantas, arbustos, coqueiros e monumentos que vinham direto da Europa, tornando-se estas um grande marco para a cidade.
Com os efeitos da Companhia Mogiana que cortava a cidade, o arquiteto Augusto Bordin (2018) ainda relata que as pessoas passavam por esse território se deparavam com aquela paisagem contrastante, compostas por muitas árvores, lindos casarões, afinal Orlândia era uma cidade destinada à moradores ricos, sendo assim, todos que passavam por aqui, queriam morar, ou pelo menos todos tinham curiosidade em conhecê-la, e assim foi realizado o que tanto Coronel fundador da cidade sempre almejou, o desejo de construir uma cidade e nela fazer um grande jardim. Buscar tal relação histórica da cidade com a área de intervenção, onde
Orlândia em 8 de fevereiro de 1922 com destaque para a arborização das ruas e avenidas buscando linearidade na cidade. Fonte: Junqueira 1999 p.32
há uma extensa avenida arborizada a proposta na Avenida Marginal C, é um grande potencial no sentido de resgatar essa paisagem estará sendo criado um vínculo de ligação com o pensamento do fundador da cidade Coronel Francisco Orlando, cujo desejo era “trazer” essa riqueza de vegetação para a Villa Orlando.
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Praça Coronel Orlando. Foto tirada por Flaustino Cividanes em 1931. Fonte: Junqueira 1999 p.89
Figura 17: Praça da bandeira e sua vegetação existente em 1942. Fonte: Prefeitura Municipal de Orlândia 2018
Cidade de Orlândia em 1923. Fonte: Junqueira 1999 p.107
28 3.3 CLIMA Orlândia está a uma latitude 20º43’13” Sul e a uma longitude 47º53’12” Oeste, com altitude de 695 metros o município ocupa uma área territorial de 296,471 km². Os limites da cidade são dados pelos seguintes municípios: Nuporanga, Sales Oliveira, São Joaquim da Barra e Morro Agudo.
O Gráfico exibe como ocorrem as variações de temperaturas na cidade em relação ao ano todo, assim, podemos observar que os meses mais frios compreendem de maio a agosto. A época mais quente são os meses de outubro a março.
Folhagem verde escura da Ficus Benjamina. Fonte: Acervo pessoal
3.2 ASPECTOS PAISAGÍSTICOS A Avenida Marginal C, é uma extensa avenida muito arborizada na maior parte do seu percurso, com árvores da mesma espécie denominada Fícus Benjamina, uma espécie originária da Malásia e Índia. Esta espécie, além de ter provocado perda de biodiversidade não é indicada para plantio nas calçadas, pois tem rápido crescimento, e pode atingir mais de 30 metros de altura. Sua folhagem é fácil de ser identificada por serem verdes escuras brilhantes, e é muito comum vê-las em vasos, com porte baixo e copa podada. Além do mais, essa espécie provoca diversos problemas nos mais variados tipos de pavimentos e instalações. O mais conveniente é evitar o plantio do Ficus e substituir de forma gradativa os indivíduos dos locais com pouco espaço. O plantio do Ficus é recomendado para praças e jardins, desde que exista muito espaço e não tenha nenhuma pavimentação. (CARVALHO, SILVA, et al., 2013)
Gráfico representando a temperatura. Fonte: Weather Spark 2018
O gráfico identifica a porcentagem da direção dos ventos constantes em relação aos meses do ano, e os ventos mais frequente vem da direção Leste dos meses de fevereiro a novembro, e
e depois dos meses de dezembro a fevereiro o vento mais frequente vem da direção Norte.
Gráfico representando a direção do vento. Fonte: Weather Spark 2018
29 3.4 TOPOGRAFIA
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4 3 B
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Mapa 01: topografia da área de intervenção. Alterado pela autora. Fonte: Prefeitura municipal de Orlândia 2018
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Imagens da área de intervenção com ênfase na topografia. Fonte: Acervo pessoal
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Cortes esquemáticos da área de intervenção. Fonte: Elaborado pela Autora
3.5 PARQUE LINEAR COMO INSTRUMENTO DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS Os Parques Lineares são obras estruturadoras de programas ambientais em áreas urbanas, sendo muito utilizados como instrumento de planejamento e gestão de áreas degradadas destinadas tanto à conservação como à preservação dos recursos naturais, buscando conciliar tanto os aspectos urbanos e ambientais como as exigências da legislação e a realidade existente, agregando funções de uso humano, expressas principalmente por atividades de lazer, cultura e rotas de locomoção não motorizada, como ciclovias e caminhos de pedestres. (CASTRO, MONTEIRO, et al., 2015) De acordo com (OLIVEIRA, 2013) há distintos tipos de interesses envolvidos na criação de parques lineares nas cidades e podem ser classificados nas seguintes categorias:
1. Parte de programas ambientais, ao longo de rios, lagos e linhas férreas; 2. Espaços recreacionais, ao longo de trilhas ou estradas abandonadas; 3. Corredores naturais, ao longo de rios ou divisores de águas, possibilitando a migração de espécies, estudos da natureza e percursos a pé; 4. Redes de parques, em fundos de vales ou pela sua união com outros espaços abertos, criando infraestruturas verdes alternativas. No final do século XIX, o país tinha uma população essencialmente rural, mas hoje, mais de 84% das pessoas vivem
vivem em áreas urbanas e esse intenso processo de urbanização nas cidades de forma pouco planejada, trouxe problemas econômicos, territoriais e principalmente ambientais. (CASTRO, MONTEIRO, et al., 2015) A urbanização desordenada resultou na alta impermeabilização do solo, gerando vários problemas ambientais e com ele dando-se mais ênfase ao transporte e moradia, e, se esquece das fragilidades ambientais e dos equipamentos públicos de lazer. Por sua vez, a função de inserir um parque linear no eixo da Avenida Marginal C em Orlândia, relacionando as atribuições mencionadas, visa promover melhorias no ambiente impactado pela degradação, através do lixo e das enchentes, e como principal prioridade, preservar a vegetação e
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High Line Park exemplo de parque linear buscando dar ênfase à locomoção não motorizada. Fonte: Archidaily 2014
e criar novos espaços verdes, criando melhorias no microclima urbano, qualidade do ar e no solo da cidade. Além disso, a ocupação do espaço com a função social é extremamente relevante, junto a isso buscar incentivos para conscientizar toda a população sobre a necessidade da conservação para que assim todos os usuários possam usufruir de equipamentos públicos de lazer sempre com qualidade e sempre com boa manutenção do mesmo.
Território degradado e abandonado às margens da linha férrea. Fonte: Winston 2015
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34 4.1 PROBLEMÁTICAS
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De acordo com o levantamento fotográfico realizado ao longo do eixo da Avenida Marginal C, observase que a área se encontra em má conservação, com falta de iluminação, não há calçada, muito mato, lixo, problemas de drenagem fluvial, mau cheiro, abandono da antiga edificação construída pela Companhia Fepasa, sendo tomada por usuários de drogas e mendigos, problemas com os terrenos no entorno da área com ocupações irregulares, onde os moradores fazem barracos para colocar seus animais, aumentando ainda mais o transtorno na área. A ferrovia atualmente, apresenta um grande fluxo de trens, segundo os moradores do entorno, passa em torno de 3 vezes ao dia, o que trás um certo desconforto.
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Mapa 02: Identificando as problemáticas. Alterado pela autora. Fonte: Prefeitura municipal de Orlândia 2018
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4
Imagens da área de intervenção com ênfase nas problemáticas. Fonte: Acervo pessoal
35 4.2 POTENCIALIDADES Dentre as tantas problemáticas apresentadas na área de intervenção, nota-se que as pessoas ainda utilizam a área para caminhar e andar de bicicleta; isso pode ser resultado de uma cidade que pede por mais equipamentos de lazer e cultura. Pelo clima da cidade de Orlândia ser relativamente quente, e essa área apresentar uma vegetação significativa, onde proporciona muita sombra e traz bem-estar, as pessoas buscam por esse espaço como refúgio e, junto a isso, mais conforto para realizar suas atividades físicas. São observadas massas de vegetações no entorno e na área de intervenção; vemos alguns fragmentos de vegetação espalhadas pela da cidade, e na própria área de intervenção ao longo da Avenida Marginal C, que há industrias sendo um caos em meio a malha urbana, mas apresentam vegetação significativa, pois ambas disponibilizam clubes de lazer para seus funcionários.
Pessoas praticando exercícios físicos.
Fonte: Acervo pessoal
Vegetação existente na área de intervenção e seu entorno. Alterado pela Autora Fonte: Google maps 2018
36 4.3 CONDICIONANTES LEGAIS A área onde se insere o projeto está compreendida no eixo ferroviário, que é classificado como zona especial (ZE) destinada a projetos especiais como eixos de transporte ferroviário ou de massas, e em áreas de zona industrial (ZI) são áreas destinadas a industrias de grande e médio porte. Logo, a predominância da área de estudo é da Zona Habitacional (ZH1) permitido uso misto admitindo-se e o uso vertical; e a Zona Central (ZC) que é caracterizada pela implantação de atividades múltiplas destinadas ao atendimento a nível urbano regional, exceto indústrias de qualquer porte. O Município de Orlândia é dotado através do Plano Diretor de 20 de setembro de 2006, Lei nº 3.505 de 20 de setembro de 2006, sendo tais capítulos e artigos que abrangem o projeto:
Parcelamento, uso e ocupação do solo urbano do município de Orlândiasp de acordo com Lei complementar Nº 3.572 de 05 de dezembro de 2007:
• Art. 68 da Lei 3.572 - Áreas verdes são os espaços livres, de uso público, com vegetação e destinadas à recreação e ao lazer.
• Art. 42 da Lei 3.572 Ao longo das faixas de domínio público, rodovias e ferrovias, será obrigatória a reserva de uma faixa “non aedificandi” de cada lado, conforme a legislação, sendo no mínimo de 15,00 metros;
Norma Brasileira ABNT NBR 9050 Trata da Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos;
Área de intervenção
• Art. 19 da Lei 3505 - A diretriz referente à propriedade urbana e a sua função social é: VIII - a recuperação de áreas degradadas ou deterioradas visando a melhoria do meio ambiente e das condições de habitabilidade; • Art. 25 da Lei 3.505 - As diretrizes referentes à cultura, esporte, turismo e lazer: I - Contribuir para construção da cidade cultural; II - Universalizar o acesso produção e atividades culturais;
à
• Art. 34 da Lei 3.505 - O Direito de Preempção para a criação de espaços públicos de lazer e áreas verdes e implantação de equipamentos urbanos e comunitários.
Mapa 03: Setorização da ocupação do solo. Alterado pela autora Fonte: Prefeitura municipal de Orlândia 2018
37 4.4 DELIMITAÇÃO DA ÁREA DE INTERVENÇÃO
O recorte da área de intervenção, acontece através da Avenida Marginal C; e conta com algumas apropriações de lotes vazios que se encontram no entorno da área sendo essas: uma pequena praça (Luis Mariotto); e dois lotes grandes sem uso.
O Projeto de Intervenção implica na faixa do eixo ferroviário, que acontece a partir da rua 6 na praça Luis Mariotto se estendendo até o bairro Jardim São João, utilizando-se os espaços vazios ao longo desse eixo. Sendo identificadas a seguir:
Mapa 04: : Brasil com delimitação do Estado de São Paulo. Fonte: Seu saber 2013
Mapa 05: : Mapa 05: Estado de São Paulo com delimitação da cidade de Orlândia. Fonte: Blog de geografia 2014
Mapa 07: Município de Orlândia com delimitação da área de intervenção. Alterado pela autora. Fonte: Prefeitura Municipal de Orlandia 2018
1
2
3
4
4 3
2 1 Praça Luis Mariotto Vazio Avenida Marginal C Mapa 06: Delimitação da área de intervenção Fonte: Prefeitura Municipal de Orlandia 2018
Imagens identificando as áreas de intervenção. Fonte: Acervo pessoal
38 4.5 USO DO SOLO
Habitacional Comércio Institucional Serviço industria Área verde Vazio/sem uso Área de intervenção
Mapa 08: Uso e ocupação do Solo. Alterado pela autora. Fonte: Prefeitura Municipal de Orlandia 2018
39 Com base no mapa de uso do solo, fica evidente que a cidade apresenta uso misto, na região central da cidade tais como: comércios, hospitais e consultórios; o uso habitacional, entre esses alguns vazios e próxima a área de intervenção s....................e
Casas com tipologias comuns de uso habitacional. Fonte: Acervo pessoal
Ambas as indústrias se localizam próximas a área de intervenção, uma delas é denominada atualmente como Morlan S.A, é uma indústria que fabrica arames a fio-máquina, e seu fundador chamava-se Pedro Tassinari, Engenheiro Químico, e veio trabalhar em Orlândia na Companhia Mogiana de Óleos Vegetais – COMOVE, onde trabalhou por quatro anos, mas sempre com pensamento em criar sua própria empresa, e então fundou a primeira fábrica em 1954, denominada Fábrica de Pregos de Orlândia, que empregava cerca de doze funcionários. As buscas por melhorias eram constantes, e em pouco tempo surgiram novas ideais, e em 1979 Pedro Tassinari comprou uma grande gleba
se situa usos industriais sendo esses: o distrito industrial e duas grandes industrias importantes para o crescimento social, econômico e político da cidade, sendo a maior fonte geradora de empregos do município.
Farmácia Municipal, uso institucional. Fonte: Acervo pessoal
Centro da cidade, uso comercial. Fonte: Acervo pessoal
grande gleba confrontante com a Avenida Marginal C de 375.000 m2, e construiu a Industria hoje denominada Morlan S.A, com mais de 52.000 m2 de área construída, empregando mais de mil funcionários. (LEVICIUS, 2016) Até nos dias de hoje, grande parte dos funcionários que trabalham como operários nessa indústria e residem nesses bairros vizinhos de população de média e baixa renda.
de grãos da região norte do estado de São Paulo, nela também haviam vendas de insumos agrícolas e lojas com produtos variados. Mas em 2015 a empresa cessou seu funcionamento na cidade. Hoje a gleba pertence à Industria Grupo INTELLI, é uma indústria de terminais elétricos, esta é de grande importância para o município, se inseriu na cidade no ano de 1973, e hoje conta com três prédios na cidade; é a maior indústria responsável por colaborar com empregos na cidade.
Outra empresa localizada próxima a área de intervenção é denominada CAROL (Cooperativa dos agricultores da região de Orlândia), fundada em 1973, trabalhavam com o recebimento de ia
Vista da empresa Morlan. Fonte: Levicius 2016
Imagem da indústria Intelli próxima a área de intervenção. Fonte: Acervo pessoal
40 4.6 GABARITO
1 a 2 pavimentosos 3 a 4 pavimentosos 5 pavimentos ou mais Área de intervenção
Mapa 09: Gabarito.Alterado pela autora.
Fonte: Prefeitura Municipal de Orlandia 2018
41 O mapa de gabarito identifica na área a predominância de ocupações com até dois pavimentos, abrindo exceção em duas quadras da cidade que são compostas por dois edifícios altos, ambos
ambos com mais de cinco pavimentos, sendo eles de caráter habitacional e estão concentrados na região central da cidade; acerca do gabarito próximo a área de intervenção, é predominante até
até quatro pavimentos, pois próximo ao eixo de intervenção se insere duas grandes industrias com altos galpões.
Edifício residencial Orlândia. Fonte: Acervo pessoal
Edifício residencial Garden City. Fonte: Acervo pessoal
Galpões da Industria Morlan. Fonte: Acervo pessoal
4.7 EQUIPAMENTOS DE LAZER
Parque Cyro Catta Preta (parque da Gruta) Centro de Lazer Municipal
Biblioteca Municipal Prof. Geraldo Rodrigues Quadra Poliesportiva Municipal Pista de Skate
Espelho d’agua Municipal
Teatro Municipal Prof.Maria Bordin
Ginásio de Esportes Municipal
Casa da Cultura Cyro Catta Preta Mapa 10: Equipamentos públicos de lazer. Alterado pela autora Fonte: Prefeitura municipal de Orlândia 2018
42 O município de Orlândia, mesmo sendo uma cidade com poucos habitantes, conta com diversos equipamentos de lazer, mas que são insuficientes, estão mal distribuídos e sofrem com falta de manutenção por parte do poder público. Portanto os moradores sempre acabam se deslocando para cidades vizinhas para ir aos shoppings, cinemas, clubes, ou até mesmo em parques com melhores condições do que os do município.
Os dois centros de lazer existente no municipio, recebem eventos festivos de escolas da própria cidade, aulas de natação, lutas e futebol, mas ambos os prédios sofrem com falta de manutenção; a cidade conta com o Parque da Gruta que é voltado para o lazer, onde há espaços para festas, restaurante, piscina, parquinho infantil, espaço para piqueniques, quadra de tênis, de futebol e vôlei, talvez esse seja o
o principal equipamento de lazer da cidade e com mais possibilidades de atividades, mas que atualmente o espaço está com mal cheiro, sujo e com equipamentos quebrados.
Centro de Lazer Prefeito Edgar Benini. Fonte: Acervo pessoal
Centro de Lazer Municipal Luiz O. Andrade. Fonte: Acervo pessoal
Parque Prefeito Cyro Catta Preta. Fonte: Acervo pessoal
Outro equipamento de lazer é o Espelho d’água, onde as pessoas utilizam para fazer caminhadas, pescas e academia ao ar livre. O município conta com dois ginásios de esportes, um localizado na região central, que em 2016 iniciaram reformas do mesmo e ainda não se concretizaram, estando abandonada
abandonada a obra desde 2017; o ginásio recebia jogos importantes do time de Orlândia no Futsal (ADC Intelli), mas atualmente o time se desfez. O outro ginásio se encontra na porção leste da cidade e abriga eventos de igrejas e jogos regionais, houve uma reforma nesse edifício em 2016, mas atua mas
atualmente está precisando de uma nova manutenção pois se encontra em condições precárias.
Espelho d’água municipal. Fonte: Acervo pessoal
Ginásio de esportes Mauricio Leite de Moraes. Fonte: Acervo pessoal
Ginásio de esportes Pedro Lazari. Fonte: Acervo pessoal
43 Na Praça dos Imigrantes há disponíveis três equipamentos de lazer e cultura para a população sendo eles: 1. prédio da antiga Estação Mogiana, atualmente é um equipamento cultural, destinado para a biblioteca municipal da cidade, é um espaço muito utilizado pela população, onde oferecem espaços para leitura, variedades em livros, organização de grupo de estudos e computadores para pesquisas. online.
2. Teatro municipal, atualmente necessita de reformas, pois o espaço é pequeno para a demanda de pessoas que recebem anualmente, nele acontecem eventos diversos como: festivais de dança, peças teatrais, stand-up, formaturas e cinema eventualmente.
o espaço se encontra sujo, quebrado e sem iluminação, e acaba sendo encontro de usuários de drogas.
3. Pista de Skate, local onde acontecem atividades diversas, sobre o aspecto físico do local é necessário realizar devidas reformas, pois o es
Teatro Municipal Prof. Maria José B. Bordin. Fonte: Acervo pessoal
Biblioteca Municipal Prof. Geraldo Rodrigues. Fonte: Acervo pessoal
Pista de Skate. Fonte: Acervo pessoal
O município conta com duas quadras poliesportivas onde se inserem no setor leste da cidade, área em que a cidade está expandindo; estes são equipamentos muito utilizados que abrangem a escala de vizinhança e é bem utilizado principalmente por crianças
crianças e adolescentes dos bairros (Jardim Parizi e Jardim Santa Rita), mas assim como todas os equipamentos publicos de lazer da cidade, os mesmos se encontram sem a devida manutenção, com mato, lixo e iluminação precária e com a tela de proteção inadequada.
A cidade conta com a casa da cultura que é o antigo prédio da cadeia de Orlândia, e atualmente cumpre sua função social, e nela são encontrados arquivos sobre a hisória da cidade, e, objetos do fundador da cidade e seus conhecidos da época.
Quadra poliesportiva Eurípedes Fernandes. Fonte: Acervo pessoal
Quadra esportiva. Fonte: Acervo pessoal
Casa da Cultura Cyro Catta Preta. Fonte: Acervo pessoal
44 4.8 HIERARQUIA FÍSICA
Via expressa Via principal Via coletora Via local Área de intervenção
Mapa 11: Hierarquia Física. Alterado pela autora. Fonte: Prefeitura Municipal de Orlandia 2018
45 4.8.1 VIAS ENTORNO DA ÁREA As vias que dão acesso à área de intervenção são vias de mão dupla e alamedas com mão única, sendo.......... que
que as alamedas apresentam frestas em seu arruamento, e as ruas e avenidas com mão dupla apresentam falta de manutenção
manutenção nos canteiros centrais, pois não está sendo roçada a grama dos mesmos.
Mapa 12: Localização dos acessos à área de intervenção. Alterado pela autora. Fonte: Prefeitura Municipal de Orlandia 2018
Alameda Marginal. Fonte: Acervo pessoal
Alameda 26. Fonte: Acervo pessoal
Avenida Marginal C. Fonte: Acervo pessoal
Rua 10. Fonte: Acervo pessoal
Rua 12. Fonte: Acervo pessoal
Rua 06. Fonte: Acervo pessoal
Rua 08. Fonte: Acervo pessoal
46 4.9 HIERARQUIA FUNCIONAL
Via de alto fluxo Via de médio fluxo Via de baixo fluxo Área de intervenção
Mapa 13: Hierarquia Funcional. Alterado pela autora. Fonte: Prefeitura Municipal de Orlandia 2018
47 A predominância das vias na área, são as vias locais estas com baixo fluxo; somente algumas vias coletoras que destinam para outros bairros tem médio e alto fluxo; as vias principais denominadas avenidas Marginais Esquerda
Esquerda e Direita, que apresentam alto fluxo pois recebem fluxo de veículos oriundos da via expressa Rodovia Anhanguera, e a Rua Hum que destina ao comércio e a região central da cidade. As vias da cidade estão sofrendo com
sofrendo com problemas de buracos e sujeiras, isso é resultado de a Prefeitura Municipal não investir nesse requisito, havendo uma péssima manutenção das mesmas, e da própria população em jogar lixo nas ruas.
Problema com frestas na área e em seu entorno. Fonte: Acervo pessoal
Sinalização horizontal Ponte Rua 10 Fonte: Acervo pessoal
Rua 04, via de acesso aos novos loteamentos. Fonte: Prefeitura Municipal de Orlândia 2018
e nas avenidas alamedas que são mais estreitas e com a calçamento estreito também. Essa questão de “avenidas alamedas” na cidade, acontece pelo fato dos novos loteamentos impor lotes menores e com isso lucar mais, poruma
porém sem perder o desenho imposto pelo Coronel fundador da cidade, de criar avenidas retilinea e isenta de becos.
4.9.1 PERFIL DAS VIAS A cidade de orlândia é composta por ruas e avenidas largas como identificadas no corte esquemático, ambas com canteiros centrais e calçamento; exceto em avenidas Marginais que não são apresentados os canteiros centrais e
Corte representaivo dos perfis das ruas e avenidas. Fonte: Acervo pessoal
Corte representativo dos perfis da Avenida Marginal C e as Avenidas Marginais Esquerda e Direita. Fonte: Acervo pessoal
Corte representativo dos perfis das Alamedas. Fonte: Acervo pessoal
48 4.10 POLO GERADORES DE Como identificado no mapa, a quantidade de industrias na área de estudo é significativa, sendo essas as maiores geradoras de trafego nessa região da cidade, isso é um ponto negativ
negativo, pois as grandes indústrias deveriam ser inseridas em áreas destinadas ao distrito industrial, e não na região central e próximas aos bairros de uso residencial na cidade
cidade, porém isso ocorreu pelo modo de como aconteceu a urbanização no município.
Hospital Beneficente Santo Antônio. Fonte: Acervo pessoal
Escola Técnica Estadual. Fonte: Acervo pessoal
Centro da cidade
Escola Municipal
Indústria
Escola Técnica Estadual (ETEC)
Hospital
Área de intervenção Mapa 14: Hierarquia Funcional. Alterado pela autora. Fonte: Prefeitura Municipal de Orlandia 2018
Industria Intelli. Fonte: Acervo pessoal
49 4.11 TRANSPORTE COLETIVO A empresa JTP transportes é a responsável pelo transporte público de Orlândia, está a cargo na cidade desde 2016. Com base em informações apresentadas pela própria empresa, as
as rotas se distribuem na maior parte dos do bairros e visa priorizar os bairros de baixa renda, onde as pessoas não conseguem possuir seu próprio veículo, não podendo se locomover na
na cidade. Analisando as condições físicas e de circulação do transporte na cidade, os ônibus apresentam boas condições de uso, mas passam só a cada três horas nos pontos.
Ônibus da JTP transportes. Fonte: Acervo pessoal
Linha 1 Linhas 2 Área de intervenção
Mapa 15: Transporte Coletivo. Alterado pela autora. Fonte: Prefeitura Municipal de Orlandia 2018
5. L E I T U R A
P R O J E T U A L
52 3“ ETAPA 2016
High Line antes da intervenção. Fonte: Pizarro 2012
High Line depois da intervenção. Fonte: Portal e revista eletrônica 2012
2“ ETAPA 2011
5.1 HIGH LINE PARKDE High Line Park está localizado na Ilha de Mannhattan, Nova York, projetado por Diller Scofidio + Renfro, e com projeto paisagístico de Corner Field Operations. O parque teve sua origem na transformação de uma linha férrea suspensa implantada em 1930, posteriormente desativada em 1980. Assim permaneceu abandonada e assumiu o aspecto de ruína urbana, atraindo usuários de drogas, prostituição e sento tomada pela vegetação espontânea. A iniciativa de projeto se deu por um grupo de moradores chamado “friends of High Line” criado em 1999, onde ambos tinham vontade de transformar a estrutura elevada até então abandonada, em um espaço público com aproximadamente 2,4 km de construção, repleto de área verde e passeio. O projeto foi dividido em três etapas, onde a primeira seção do parque foi aberta ao público em 2009, posteriormente em 2011 foi aberta a segunda seção, e a terceira seção em 2016.
PRIMEIRA ETAPA A primeira fase da construção contou com a instalação de 3.500 placas préfabricadas de concreto para a laje, 60 assentos de ipê peruano e brasileiro, 2 elevadores, 2 escadas rolantes, cerca de 1.000 árvores plantadas 500 mudas de diferentes vegetações, luminárias de LED integradas aos trilhos. SEGUNDA ETAPA Dois anos após a abertura da primeira seção, a segunda seção que vai da 20th street para a 30th street, foi aberta ao público na primavera de 2011 com acessos na 23, 28, 30 street, bem como elevadores acessíveis na 23 th street e 30 th street. TERCEIRA ETAPA Esta foi aberta ao público em 21 de setembro de 2016 e representa um marco importante no desenvolvimento do High Line, pois agora o público pode andar toda a extensão do parque, desde a oeste 12th Street à norte 34th Street.
3“ ETAPA 2009
LEGENDA Acesso ao parque(escada) Acesso ao parque(elevador) Banheiros Restaurante/café Lojas Setorização do High Line park. Imagem editada pela autora. Fonte: Vitruvius 2015
53 Espaço para caminhadar e convívio feito sob uma estrutura elevada de 8 metros de altura em cima de uma massa de vegetação com finalidade de criar uma floresta urbana.
Corte esquemático da passarela do High Line Park. Fonte: Archidaily 2017
Imagem do parque com as pessoas desfrutando da floresta urbana. Fonte: Archidaily 2017
Vista do mirante para via arborizada. Fonte: Vitruvius 2015
Corte esquemático do mirante do High Line Park. Fonte: Archidaily 2017
Mirante amplo e convidativo. Fonte: Gonzaga 2015
Os elementos em ferro da estrutura do High Line foram conservados, somente passou por uma reforma. Assim como os
como os trilhos também foram conservados o original afim de ser um elemento de lazer.
Imagem do mirante com vista para a paisagem urbana. Fonte: Gonzaga 2015
Mirante convidativo com vista para uma avenida toda arborizada e, observase que sua estrutura parece ser uma moldura para a paisagem local.
Vista do passeio integrado com a linha férrea. Fonte: Gonzaga 2015
Espaço em que os trilhos foram conservados originais para mostrar ao público. Fonte: Gonzaga 2015
54 Sob as placas de concreto, a vegetação é um grande potencial no parque; no qual vai se misturando entre o mobiliário e o espaço para passeio.A paginação de piso com placas cimenticías elevam-se e transforma em banco.
Bancos em concreto e madeira. Fonte: Vitruvius 2015
Vegetação do parque se mistura com o piso. Fonte: Archidaily 2017
Iluminação em led junto aos mobiliários. Fonte: Vitruvius 2015
Mobiliários com linguagem simples e contemporâneo, as espreguiçadeiras são moveis podendo movimenta-las para onde quiser.
planta baixa com destaque na vegetação e paginação de piso. Fonte: Gonzaga 2015
Além das placas cimenticias presentes na paginação de piso, o parque insere placas espalhadas pela grama, onde as pessoas podem se sentar, deitar, fazer pequenique, entre outras atividades.
Placas em concreto para as pessoas se sentarem. Fonte: Vitruvius 2015
Para o desenvolvimento do projeto a ser proposto se analisarmos a intervenção do high Line Park, vemos que é uma grande referência, e que foram analisados elementos importantes, começando pelo impacto que o parque causou no espaço, o que antes era um
um transtorno para a cidade, agora é uma área de convívio que atrai investimentos privados qualificando economicamente o local; o mobiliário se desenvolveu como como se estivesse flutuando no espaço; os mirantes compostos por estrutura metálica que no espaço servem como molduras para apreciar a paisagem
no espaço servem como molduras para apreciar a paisagem local; e a forma de como eles introduziram linha férrea no espaço, sendo utilizado para atividades de lazer.
55 4.1 PARQUE MADUREIRADE
Antes da construção do Parque Madureira. Fonte: Rodrigues 2012
Depois da construção do Parque Madureira. Fonte: Rodrigues 2012
5.2 PARQUE MADUREIRADE
O Parque Madureira foi inaugurado em 2012, está localizado na zona norte do Rio de Janeiro, no bairro Cidade Nova, um lugar com pouca presença de vegetação; hoje, se encontra a terceira maior área verde da cidade com 109 mil metros quadrados de recuperação de área degradada. A obra do Parque foi custeada pela Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, e o projeto ficou a cargo de Ruy Rezende arquitetura.
Localização do Parque Madureira. Fonte: Bonelli 2013
Localização do Parque Madureira com destaque nos equipamentos no entorno. Fonte: Bonelli 2013
56 A implantação do parque madureira impactou diretamente na favela Vila das Torres, de acordo com a Secretaria Municipal de Habitação foram 897 residências que precisaram ser desapropriadas sendo que deste total
LEGENDA: Ruas limite Ferrovia Ciclovia 1500m Acessos
total, 264 foram realocados através do programa Minha Casa, Minha Vida e os demais moradores do entorno do parque foram indenizados pela prefeitura municipal do Rio de Janeiro.
Implantado paralela a linha férrea, o Parque Madureira, para efeito de desenvolvimento de Projeto, fora atribuído os seguintes equipamentos, dentre os seus acessos e circulação:
Implantação do Parque Madureira. Modificado pela autora. Fonte: Bonelli 2013
1 Praça do Samba 2 Nave do conhecimento 3 Playground
5 mesa de jogos 6 jogo de bocha 7 Academia ao ar livre
9 Futebol Society 10 Quadras Polivalentes 11 Bicicletário
4 Tênis de mesa
8 Pista de skate
12 Arena Carioca
Espaço de descanso com mobiliários modulares. Corte da estrutura mista de concreto e Fonte: Archidaily 2016 metálica do espaço de descanso. Fonte: Archidaily 2016
Espaço de descanso. Fonte: Archidaily 2016
Pérgolas no espaço de descanso com uma tela protetora na cobertura para proteção solar, e com mobiliários desenvolvidos a partir de módulos em concreto com encosto de madeira, em diferentes tamanhos.
Mobiliários modulares. Fonte:Archidaily 2016
Espaço de Playground onde composto por cama elástica; Há presença também de escorregadores e atividades para escalar.
Cama elástica no espaço playground. Fonte: Scribd 2016
Espaço playground com escorregador e escalada. Fonte: Scribd 2016
57 A forma da nave do conhecimento externamente é pontiaguda relacionando com a semelhante de uma nave espacial. Externamente o edifício é utilizado para cinema, shows e concertos.
Fachada Externa da Nave do Conhecimento. Fonte: Arcoweb 2016
Cinema ao ar livre. Fonte: Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro 2015
Espaço para shows na nave do conhecimento. Fonte: Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro 2015
A concha acústica é destaque na paisagem do parque, nela são realizados eventos musicais e culturais.
Concha acústica inserida na praça do samba. Fonte: Archidaily 2016
Vista de cima do Parque Madureira com destaque para a Praça do Samba. Fonte: Archidaily 2016
Corte esquemático da concha acústica. Fonte:Archidaily 2016
Há dois espaços destinado para o skate no parque, um deles é uma pista com um formato redondo irregular; o outro é uma praça seca, com escadaria, rampas e bancos para realizar as manobras de skate.
Vista da pista de skate. Fonte: Scribd 2016
Pista de Skate. Fonte: Scribd 2016
Praça seca com elementos de manobras para skatistas. Fonte:Archidaily 2016
A característica semelhante do Parque Madureira com o projeto ser proposto se dá pela linearidade do projeto. A presença de elementos importantes no parque devem ser levados como referência pois o mobiliário do parque é modular onde os usuários podem articular da
podem articular da forma que necessitam; o playground apresenta um atrativo importante, em que um dos brinquedos mais atrativos ficam por conta de “buracos” no solo com um tecido elástico em sua base, tornandose uma cama elástica; e a Nave do Conhecimento um espaço cultural
conhecimento um espaço cultural dentro do parque, onde chama atenção pela sua arquitetura externa e abriga diversos usos, como espaços para exposições, descanso, cinema ao ar livre, workshops e biblioteca digital.
58
6. O
P R O J E T O
59
60 6.1 CONCEITO
A partir dos levantamentos realizados na área, este trabalho de TFC visa um projeto de intervenção, em Orlândia-SP, e a área de intervenção é denominada como Avenida Marginal C, encontra-se as margens da linha férrea Fepasa. Tal espaço se transformou em um elemento de desconexão dentro da malha urbana, no qual está degradado, sem infraestrutura e tornou-se um local inseguro para os moradores do entorno. Este trabalho visa RECONECTAR essa área novamente com a cidade, através de um equipamento DE LAZER E CULTURA.Sendo assim, ao longo do eixo linear (Avenida Marginal C) e seus extremos (dois grandes lotes) serão qualificados a partir de um parque urbano linear. O CONCEITO ESTRUTURADOR definido no projeto partirá de um CAMINHO que percorre por todo o eixo ligando a Avenida Marginal C e todas as áreas do projeto, que é o responsavel pela circulação e o deslocamento dos usuários. A partir desse caminho serão implantadas DUAS PASSARELAS de ligação da cidade com o vazio proposto, que passará por cima da linha férrea, reconectando o que atualmente é um elemento de desconexão. O eixo da Avenida Marginal C consistirá na PRESERVAÇÃO da vegetação existente, buscando valorizar a paisagem existente.
CAMINHO
61
RESGATAR A AVENIDA MARGINAL C
PASSARELA
PASSARELA
LINHA FÉRREA
62 PARTIDO Considerando tal conceito, o partido desta intervenção urbanística apoia-se na distribuição de distintas atividades que aconteceram ao longo do parque, que serão distribuidas através do caminho principal proposto para ligar o mesmo. Este caminho de circulação que tem como função ligar todo o parque será de uma mesma cor, evidenciando essa conexão com todo o eixo linear.
A materialidade do parque visa elementos importantes da área como a ferrovia e a vegetação existente, pensando assim, o uso de materiais leves e biodegradáveis afim de causar menor impacto na área. Além da vegetação existente, está prevista a intensificação da arborização e diversidade da mesma, resultando na melhora do microclima e sensação de bem-estar aos usuários.
ESTUDO PRELIMINAR Área vazia selecionada para intervenção projetual Marquise composta por uma estrutura e laje metálica, sendo a laje em placa vazada, permitindo maior visibilidade, permeabilidade e integração interior e exterior.
Mantendo a linguagem de materiais leves, um pergolado que remete a estrutura da linha férrea, abriga um espaço para descanso e em baixo da estrutura são colocadas redes de descanso. Passarela de ligação em estrutura metálica e com piso vazado.
A identidade do parque ficará acerca da densa vegetação preservada, sendo ligada por um caminho de uma mesma cor que percorrerá no mesmo, agregada a um projeto urbano comtemporâneo com diversas atividadades e usos.
63 DIRETRIZES PROJETUAIS Criar
uma
LIGAÇÃO
da
avenida
1- Marginal C, com as outras áreas do parque.
SETORIZAR a implantação das 2- ATIVIDADES, mas manter uma ligação entre elas.
3-
PROMOVER a circulação dos meios NÃO MOTORIZADOS. Criar
PASSARELA
de
LIGAÇÃO
da
4- cidade com o parque acima da linha da ferrovia.
5-
PRESERVAR a VEGETAÇÃO NATURAL da área.
Criar áreas de PERMANÊNCIA com e mobiliários com 6- pergolados linguagem contemporânea e materiais simples.
7- Controlar as EROSÕES e ENCHENTES na área. Criar
espaço
para
prática
de
8- ATIVIDADES diversas, APRESENTAÇÕES, SHOWS e CINEMA AO AR LIVRE.
9- Deixar o espaço ABERTO e LIVRE. 10-Criar área ESPORTIVA. Promover ILUMINAÇÃO permitindo a
11-utilização do espaço em períodos noturnos.
12-Criar espaço CULTURAL e de eventuais EXPOSIÇÕES.
13-Criar
áreas INFANTIS ADOLESCENTES.
ZONEAMENTO
Área de lazer Área exportiva Área cultural Linha férrea
e
para
64 PROGRAMA DE ATIVIDADES Foi realizada uma pesquisa com questões relacionadas a área da Avenida Marginal C, onde a população pode analisar
pode analisar e dar sua opinião sobre possíveis atividades que os atraíssem para utilizar esse espaço. ..
Pela falta de equipamentos públicos de qualidade na cidade, as respostas obtidas, variaram bastante:
Local para caminhada
Quadras de esportes
Espaço para descanso
Ciclovia
Local para shows
Cinema
Playground
Espaço para exposição
Pista de Skate
ORGONOGRAMA CULTURAL PARQUE LINEAR
ESPORTIVO
LAZER
Cinema ao ar livre Espaço expositivo Área para apresentações Café/lanchonete Quadra poliesportiva, volei e tênis Pista de skate Vestiário Local para caminhada Ciclovia Área de descanso Playground Praças Academia ao ar livre
ORDENAMENTO DO ESPAÇO
Lote vazio que está sendo tomado por ocupações irregulares (barracos), servindo para descarte de lixo, e sem as devidas manutenções, implicando na paisagem local – 4.910 m². Lote vazio destinado ao uso de sistema de lazer de acordo com o loteamento Jardim São João aprovado no ano de 1980. Atualmente o terreno é utilizado para descarte de lixo, com muito mato, tornando-se um local inseguro para os moradores do entorno – 17.920 m². Lote vazio de propriedade privada pertencente à Carol (Cooperativa dos agricultores da região de Orlândia) está sem uso e manutenção mensal de limpezas do lote– 51.924 m². Praça Luis Mariotto atualmente se encontra em mal estado de conservação com aspecto de abandono – 2.781 m². Eixo da linha férrea sem infraestrutura e manutenção por parte do poder público – 89.831 m².
65 SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS A escolha pela materialidade do projeto de intervenção ocorre pela presença física da ferrovia na área e sua vegetação natural. Sistema metálico pré-fabricado para obter uma obra limpa, seca e a minimização de resíduos. Além de ser um elemento estrutural de alta resistência e facilidade em vencer grandes vãos.
Aplicação de biomantas afim de proteger os taludes na área de intervenção contra erosões, e está relacionado ao seu caráter biodegradável. Essa solução tecnológica apresenta menor impacto ao ambiente de implantação. Ponte em estrutura metálica. Fonte: Archidaily 2013
Um modo de trazer o material para o projeto, é trabalhar com placas metálicas vazadas, permitindo assim maior permeabilidade com o espaço. Piso vazdo em metálica. Fonte: Archidaily 2013
Aplicação de biomantas. Fonte: Santos 2015
Piso monolítico drenante para aumentar o índice de permeabilidade do solo nas áreas secas do parque (marquise e praças).
permeabilidade das placas drenantes. Fonte: Express 2018
Piso de borracha monolítico drenante a ser utilizado nos caminhos do parque obtendo permeabilidade no mesmo, e por ter uma flexibilidade nas cores é o material a ser utilizado no caminho principal do parque na cor vermelho.
piso permeável feito de borracha de pneus. Fonte: Express 2018
Pergolado em estrutura metálica, afim de manter a materialidade de estrutura pré-fabricada a ser utilizado nas áreas de descanso. Estrutura do playground é estrutura metálica linear, afim de compreender uma atividade comtemporânea e simples.
Estrutura de pergolado do Parque Sabesp Fonte: Archidaily 2013
Playground em estrutura metálica linear. Fonte: Archidaily 2017
66 6.2 IMPLANTAÇÃO
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PERCURSOS E PERMANÊNCIAS Através da qualificação do eixo Fepasa: Parque Linear em Orlândia-SP
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CENTRO UNIVERSITÁRIO MOURA LACERDA
ARQUITETURA E URBANISMO Trabalho final de curso
ALUNA: MARTA ELOISA ALVES ORIENTADORA: VERA LUCIA BLAT
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PERCURSOS E PERMANÊNCIAS Através da qualificação do eixo Fepasa: Parque Linear em Orlândia-SP
ARQUITETURA E URBANISMO Trabalho final de curso
CENTRO UNIVERSITÁRIO MOURA LACERDA
ALUNA: MARTA ELOISA ALVES ORIENTADORA: VERA LUCIA BLAT
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200m
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PLANTA BAIXA PERCURSOS E PERMANÊNCIAS Através da qualificação do eixo Fepasa: Parque Linear em Orlândia-SP
ARQUITETURA E URBANISMO Trabalho final de curso
CENTRO UNIVERSITÁRIO MOURA LACERDA
ALUNA: MARTA ELOISA ALVES ORIENTADORA: VERA LUCIA BLAT
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CORTE CC
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CORTE AA
CORTE BB
CORTE DD
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Banco interativo. Piso drenante placas 1.00x0.60 metros. Café/lanchonete.
MARQUISE, CAFÉ/ LANCHONETE
PLANTA BAIXA
Com o objetivo de criar um espaço de encontros, aberto, possibilitando acontecer eventuais exposições, shows, entre outras atividades. A marquise projetada para esse espaço, atende a diretriz número 12. Esse objeto foi projetado em estrutura e laje metálica com placas vazadas, com a finalidade em promover interação entre interior e exterior. Nela há momentos em que a laje é aberta e a vegetação atravessa a mesma, proporcionando sombra e bemestar para os usuários. O espaço é flexivel e amplo podendo ser utilizado como um local de descanso, com bancos interativos onde os usuários podem sentar e interagir um com o outro. Integrado a marquise há um café/ lanchonete, assim os usuários poderam contemplar tal espaço, marcar encontros, reunir amigos e familiares.
DETALHAMENTO DA ESTRUTURA METÁLICA DA MARQUISE SEM ESCALA
LOCALIZAÇÃO
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74
Banco. Escorregador “caixa” de concreto. Playground estrutura em metálica com pilares de 20 cm de diamêtro. Piso de borracha drenante monolítico.
Pergolado metálica.
em
estrutura
Vestiário. Cinema ao ar livre. Ciclovia.
PLAYGROUND, ÁREA DE ESTAR, CINEMA AO AR LIVRE E CICLOVIA Seguindo a diretriz número 13, esse espaço atende as atividades infantis através de uma estrutura linear metálica com linguagem comtemporânea e ao mesmo tempo simples. Está localizada em uma área aberta, ampla, com qualidade paisagística, mobiliário, entre outros. Atendendo a diretriz número 6, foi projetado um pergolado com redes de descanso, feito em estrutura metálica, e sua forma remete ao trilho do trem, pensando na relação de incorporar ao projeto esse elemento que é um hiato dentro da malha urbana. Para dar mais segurança as crianças o playground está localizado em uma área central, onde as crianças podem brincar e os pais podem descansar no pergolado, ou utilizarem bancos que percorrem por toda a extensão do playground.
PLANTA BAIXA
Como definida a diretriz número 8, a implantação de um cinema ao ar livre no parque, será construído através de uma parede inutilizada do vestiário; e, para os visitantes assistirem com conforto aos filmes reproduzidos, foram implantadas placas cimentícias medindo 1x2 1x3 e 1x4 metros para os usuários sentar ou deitar. Ao mesmo tempo foram impladadas árvores em volta dessa atividade, para durante o dia o espaço possa ser utilizado em pequeniques, atividades familiares e recreativas. Com a diretriz número 3, foi criada uma ciclovia que percorre por todo o eixo linear, tem o traçado curvo e em topografia regular, que permite um passeio agradável aos usuários.
DETALHAMENTO DA CICLOVIA SEM ESCALA
LOCALIZAÇÃO
75
76
ACADEMIA AO AR LIVRE QUADRA POLIESPORTIVA QUADRA DE TÊNIS ... QUADRA DE VÔLEI Neste espaço é proposto a academia ao ar livre, equipamento que atende a diretriz número 10; tal atividade está localizada entre as quadras esportivas, e poderão ser utilizados por todas as pessoas, visto que é um equipamento livre e está inserido em um espaço onde os usuários tem o contato com o gramado do parque e vegetação local. Academia ao ar livre.
LOCALIZAÇÃO
Banco em concreto. Quadras com o Piso em resina regularizada com pintura e demarcação.
PLANTA BAIXA
77
O projeto se localiza em uma área precária em equipamentos de lazer, sendo assim, atendendo a diretriz numero 10, foi projetado uma área esportiva a patir de três quadras com distintos esportes, sendo 1 quadra poliesportiva com arquibancada, 1 quadra de tênis e 1 quadra de vôlei com bancos; em ambas as quadras foram implantadas placas cimenticias que são utilizadas para assistir aos jogos, ou para fazer pequinique, deitar e sentar. Os fechamentos das quadras acontecem através de uma estrutura metálica semelhante a marquise que definem em determinados momentos as quadras não poderão ser utilizadas, para manter o controle e manutenção desses equipamentos.
Placas cimentícias medindo 1x2 , 1x3 e 1x4 metros. Grade de proteção estrutura metálica.
em
Piso em resina regularizada com pintura e demarcação. Arquibancada com 3 patamares. Materialidade: concreto com pintura resinada. PLANTA BAIXA
78 ÁREA DE SHOWS PRAÇA ABERTA CAMINHO DE LIGAÇÃO CAMINHO CORRIDA Esse espaço do parque foi implantado um pequeno palco elevado 40 centimentros para ter um aspecto “informal” e arquibancadas onde deverão acontecer, shows, peças teatrais, concertos entre outras atividades, que promovem encontros, convívio e interação entre os visitantes, atendendo a diretriz número 8. A praça aberta consiste na revitalização da existente praça Luiz Mariotto que apresenta em estado de abandono; e para atender a diretriz 6 o projeto propõe que as caracteristicas dos caminhos lineares sejam predominantes, e os bancos façam o desenho do caminho por sua extensão; e atende também a diretriz número 10 em que é implantada uma estrutura metálica, que trás atividades de crossfit, um equipamento com estrutura simples, porém contemporâneo, onde os usuários podem utiliza-lo da forma que sugerir o treino. Foi criado um caminho de ligação seguindo a diretriz número 1, com forma curva e uma cor em destaque (vermelho) para criar conexões por todas as atividades propostas, implantado por toda a extensão do parque para a caminhada e deslocamento em todas as áreas.
Rampa de acessibilidade i=8,33% Palco elevado 0,40 cm.
PLANTA BAIXA
Arquibancada com dois patamares de concreto e receberão pintura resinada.
Estrutura metalica de crossfit. Caminho de ligação de piso de borracha drenante monolítico. Banco.
Caminho corrida.
Seguindo a diretriz número 3, no parque é destinado um caminho exclusivo para os visitantes praticarem exercícios físicos como corridas, definido através de um caminho linear por toda a extensão do parque.
LOCALIZAÇÃO
PLANTA BAIXA
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80 PASSARELA Levando em consideração a área de intervenção, a passarela segue a diretriz número 4, que tem por função a ligação da cidade (eixo linear) com a área de projeto. Portanto foi projetada duas passarelas similares em estrutura metálica com 15 metros de largura, com piso em placa metálica vazada para criar uma integração com a linha férrea que passa por baixo da passarela aproximadamente 18 metros. Tal disposição de ambas as passarelas se deu pela topografia do local, afim de evitar grandes movimentações de terra. Assim, essa ligação da linha férrea através do piso faz com que o principal elemento de desconexão se reconecte com a cidade, viabilizando o desenvolvimento novamente para esse setor da cidade.
Passarela Guarda-corpo
0
5
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PLANTA BAIXA 50m
A passarela tem acesso pela Avenida Marginal C e atravessa para a área de intervenção; ela está conectada com o caminho de ligação que percorre por todo o parque, mantendo todo o eixo de conexão.
LOCALIZAÇÃO DETALHAMENTO DA ESTRUTURA DA PASSARELA METÁLICA SEM ESCALA
81
Caminho de circulação que liga todo o parque.
PRAÇA DE JOGOS A praça de jogos é um dos espaços que promovem atividades para adolescentes e atende a diretriz número 13. Foi projetado com um amplo espaço e inserida mesas para jogos e mesas de ping-pong. A topografia é regular, e possibilita o espaço para caminhar, conta com bancos e iluminação.
Mesa ping-pong.
Mesa para jogos. Banco.
0
5
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PLANTA BAIXA 50m
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Talude. Deck em madeira. Ciclovia. Caminho corrida. Poste de iluminação. Espaço permanecer.
Vegetação ficus benjamina. Talude.
AVENIDA MARGINAL C Para esta área foi seguida cinco diretrizes, dentre essas a diretriz número 5, que foi projetado deck’s em madeira elevado com 40 centímetros ao longo de toda a extensão da Avenida Marginal C, onde há a presença da vegetação ficus benjamina,para a preservação das raízes. Atendendo a diretriz número 7, serão implantadas biomantas nos taludes ao longo da Avenida Marginal C, controlando tal problemática.
0
5
PLANTA BAIXA 50m
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deslizar, sentar e deitar. Com fim de promover interação entre os usuários, melhora a experiência do espaço urbano através de um equipamento de parar e permanecer.
A última diretriz atendida na área é a número 11, onde trata da implantação de iluminação por todo o parque, para assim ser utilizado também nos periodos noturnos.
Nesse espaço também é atendida a diretriz de número 3, com o projeto de implantar um espaço contemplativo, de caminhadas, interação, com espaço para corridas e ciclovia no eixo da Avenida Marginal C.
A diretriz número 13 está sendo seguida através das atividades que acontecem ao longo do eixo da avenida Marginal C, que é um objeto projetado a partir de uma topografia artificial, um equipamento imaginativo e inovador para brincar, escalar, ................
LOCALIZAÇÃO
DETALHAMENTO DA ESTRUTURA DA PASSARELA METÁLICA SEM ESCALA
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84 PISTA DE SKATE, PRAÇA SECA E ESCALADA Levando em consideração a diretriz número 10, foi projetado um setor com esportes radicais através da pista de skate, ampliando tal equipamento na cidade.
Pista maior
Bancos interativos.
Escada com 6 degraus p:60cm e: 17,5 cm Ramapa inclinação 8,33%.
Corrimão
Com a topografia regular, a pista de skate inclui, 1 pista grande, 1 pista média, 1 pista pequena e 1 pista infantil; e conta com corrimãos de 1,20 metros para ampliar o percurso e as manobras no equipamento projetado. Junto a pista de skate, está integrado uma praça seca, que é composta por bancos interativos, sendo um local que promove encontros e convivência entre os usuários do parque e os moradores do entorno; para ter acesso ao mesmo, com a topografia um pouco ingrime foi necessario a inserção de 6 degraus, 2 rampas nos lados opostos para contar com acessibilidade.
PLANTA BAIXA
Banco.
Labirinto de madeira.
O labirinto implantado no parque, é um dos atrativos projetados para atender a diretriz número 13; assim, esse equipamento se insere em uma topografia regular, ampla e com forma curva. A grande estrutura é em madeira e mede 2 metros de altura.
LOCALIZAÇÃO
PLANTA BAIXA
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86 ESCALADA E BIKE PARK
Pergolado. Café/lanchonete.
Considerando um setor de esportes radicais, foi implantado no parque uma estrutura de escalada, que atende a diretriz número 10. Esse tipo de equipamento é uma nova modalidade a ser inserida e praticada no município. Seguindo o mesmo conceito, o setor de esportes radicais ainda projeta um bike park, que é uma atividade muito praticada pela população de Orlândia, mas que as pessoas não tem acesso a esse tipo de equipamento e tem que se locomover para áreas rurais no entorno da cidade.
W.C
Estrutura escalada.
A topografia do local é regular, mas serão implantados pequenas elevações de terra para obter manobras que atendem a esse esporte
PLANTA BAIXA
Caminhos em terra compactada.
Caminho de ligação do parque.
PLANTA BAIXA
LOCALIZAÇÃO
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7. C O N S I D E R A Ç Õ E S
F I N A I S
89 Esse trabalho final de curso apresentou um conjunto de propostas que tem a finalidade de qualificar a área ao longo do eixo da Fepasa na Avenida Marginal C, que apresnta inúmeras problemáticas. Analisando tais problemas, como exemplo: a falta de infraestrutura, segurança, o espaço degradado sem manutenção, vegetação deteriorada com a ação do tempo, entre outros; o projeto buscou a qualificação da área que apresenta grande potencial para um parque linear, afim de resgatar a vegetação local e trazer um espaço urbano de integração social, lazer e cultura, que o município é carente. A proposta final de projeto seguiu em função das diretrizes elaboradas, afim de suprir cada aspecto negativo na área; através da implantação de deck em madeira afim de preservar a vegetação local ao longo da Avenida Marginal C; implantação de postes de iluminação; mobiliários;a inserção de diversas atividades onde encontravamse dois lotes vazios; a revitalização de uma pequena praça; e a ligação de todo esses espaços citados através de um caminho segmentado com uma cor marcante. Com a implantação do parque, a área passará a receber muitos visitantes, e a problemática da falta de segurança apresentada na área será cessada; também acarretará na valorização desse espaço, sendo destaque para o mercado imobiliário trazer novos investimentos para esse setor; e promove a ligação da área de intervenção com a cidade. Conclui-se que a proposta projetual apresentada, é um conjunto de medidas que colaboram no âmbito de toda a área, contribuindo para o desenvolvimento da cidade, a concessão de um equipamento urbano de qualidade que ressalta a importância de um espaço cultural, social e de lazer para o município.
7.1 CONTRIBUIÇÕES DO TRABALHO Como contribuição, este trabalho consiste no estudo e no desenvolvimento de uma área que nunca foi qualificada,analisada ou estudada. Sendo assim, o trabalho auxilia no progresso acadêmico e educacional, já que foram realizados: levantamentos, analises, estudos e pesquisas baseado em livros, sites, artigos, teses e entrevistas sobre a área de intervenção, história da cidade e o embasamento teórico que envolve o tema em discussão. Portanto, o trabalho em contexto e sua dada proposta projetual apresentada estará aberta para novos estudos, discussões e análises.
90
91
8. R E F E R Ê N C I A S
B I B L I O G R Á F I C A S
92 ABPF. Associação Brasileira de Preservação Ferroviária, 2018. Disponivel em: <http://www.abpfsp. com.br/ferrovias.htm>. Acesso em: 10 mar. 2018. BLOG DE GEOGRAFIA. Mapa de São Paulo, 2014. Disponivel em: <https:// suburbanodigital.blogspot.com. br/2014/06/mapa-de-sao-paulo-paracolorir.html>. Acesso em: 05 abr. 2018. BONELLI, M. C. Sustentabilidade em Obras Públicas. O Caso do Parque Madureira, Rio de Janeiro, Maio 2013. BORTOLUZZI, C. ARCHDAILY. Madrid RIO, 2012. Disponivel em: <https:// www.archdaily.com.br/br/01-60376/ madrid-rio-west-8-burgos-e-garridoporras-la-casta-rubio-alvarez-sala>. Acesso em: 15 mar. 2018. CARVALHO, A. A. et al. A inviabilidade do Ficus (Ficus Benjamina) para arborização viária. Universidade Federal Rural de Pernambuco. Pernambuco. 2013. CASTRO, A. C. et al. Água em ambientes urbanos. uso de técnicas urbanísticas para mitigação da impermeabilização, São Paulo, Novembro 2015. CAVALHEIRO APUD GOMES; QUEIROZ. Estudo dos espaços livres e áreas de lazer na cidade de Araçatuba-SP. Programa de pós graduação em geografia, Uberlândia, Março 1999. CULLEN, G. Paisagem urbana. Paulo: Edições 70, 1983.
São
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