De coração
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MARÇO 2011
AnoVI
| Decoração 2011: tendências e materiais | Matobra disponibiliza pagamentos a 6 e 10 meses sem juros | Purple Stone, melhor que o original | S3, da Scholtès: uma nova perspectiva de electrodomésticos TESTE.indd 1
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Trabalho e solidariedade
EDITORIA L
De coração
EDITORIAL 03
Paradoxalmente, na fase desde o 25 de Abril, em que nos é exigido um aperto mais drástico de cinto, com medidas quase estranguladoras, somos diariamente
confrontados com notícias que ameaçam deitar por terra todo esse esforço, seja pela pressão de uma iminente queda do governo, ou pela entrada do FMI.
Não admira por isso que ao sentimento de revolta que é latente se junte também uma boa dose de desânimo, não sendo claro para ninguém que o caminho
traçado pelos nossos governantes seja uma efectiva solução para a tão desejada retoma económica.
E enquanto estratégias são gizadas à mesma velocidade que refeitas, o país real questiona-se sobre o que pode realmente ser a solução para reverter este contexto.
A fórmula terá de incluir necessariamente duas parcelas fundamentais: trabalho e solidariedade.
O trabalho, nas suas várias vertentes, será sempre o único meio de produção de
riqueza e porque não podemos ignorar a nossa condição de animal social, não é legítimo que não olhemos para os outros.
Não defendo o incentivo à dependência do subsídio e muito menos da caridade,
mas todos nós temos, mais do que o dever, o direito ao trabalho. O sentimento de contributo com uma função útil para a sociedade é uma questão de dignidade pessoal, de que ninguém deve ser excluído.
É esse o exemplo que nos é dado na entrevista De coração deste número, com
uma Fundação que aplica o lema da integração aos mais excluídos da nossa sociedade.
Mais de 20% dos funcionários da ADFP são portadores de algum tipo de deficiência motora ou cognitiva e ainda assim, a instituição é um modelo
reconhecido de empreendedorismo social e um motor fundamental de desenvolvimento local.
É um exemplo que inspira mesmo os mais descrentes e que, como disse,
Presidente do Conselho de Administração da Matobra
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solidariedade.
EDITORIAL
simplifica o desajuste do contexto actual numa fórmula simples: trabalho e
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FICHA TÉCNICA Entidade proprietária | Matobra - materiais de construção e decoração, S.A. Coordenação | Marta Rio-Torto Textos | Claúdio Domingos e Marta Rio-Torto Fotografia | Danilo Pavone Paginação e Projecto gráfico | Alexandre Saraiva
Periodicidade | Trimestral Impressão | FIG - Indústrias Gráficas, S.A. Rua Adriano Lucas 3020 Coimbra Isenta de registo no I.E.S. mediante decreto regulamentar 8/99 de 9/06 art. 12º nº 1 a)
Índice 3 Editorial 7 Entrevista De coração | Jaime Ramos 16 Com assinatura Matobra 16 | Sem medo da cor 18 | Decoração 2011: tendências e materiais 22 | Revestimento cerâmico: uma escolha para toda a sua casa
24 Ideias e soluções 24 | OLI propõe happy air 25 | Matobra disponibiliza pagamentos a 6 e 10 meses sem juros 28 | Outlet em saldos 30 | A tecnologia dos adesivos Mapei no projecto de poupança energética
31 Entrevista |Mário Corticeiro 36 Estilus 36 | Purple Stone, melhor que o original 38 | S3, da Scholtès – Uma nova perspectiva de electrodomésticos
46 Entrevista | António Pinho 54 Galeria Matobra 54 | O que a Teuco faz por si
Rua Luís Ramos | Adémia Apartado 3021-901 Coimbra | Portugal | Tel.: 239 433 777 | Fax: 239 433 769 | mail@matobra.pt
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ENTREVISTA 07
Entrevista De coração
Jaime Ramos
Foi enquanto político que ganhou maior notoriedade, mas é sem dúvida redutor defini--lo nessa condição. Jaime Ramos é, sobretudo, alguém vocacionado para o outro e esse traço de personalidade manifesta-se ao longo do seu percurso pessoal e profissional. Médico de formação, foi deputado, autarca e Governador Civil, mas talvez a sua obra mais impressionante seja a criação da Fundação ADFP – Assistência, Desenvolvimento e Formação Profissional, uma IPSS com sede em Miranda do Corvo, que ultrapassa os 3400 utentes regulares, com 250 pessoas (idosos, deficientes, doentes crónicos, mulheres maltratadas e crianças) a viver nas residências da Fundação. Aliás, é hoje um dos principais empregadores da vila e um motor fundamental do seu desenvolvimento. Fiel a si mesmo, sem receio de polémicas em nome da defesa de uma convicção, Jaime Ramos é ainda porta-voz do Movimento Cívico de Miranda do Corvo e Lousã na luta pelo projecto Metro Mondego e mais uma vez, tem dado o seu contributo à comunidade, defendendo como seu um património que é, afinal, de todos.
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“Podia ter saído de Miranda do Corvo, mas acho que há pessoas que têm que ficar.”
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08 ENTREVISTA
Tem formação em medicina, pela Universidade de Coimbra, mas acaba por ser mais conhecido enquanto figura da vida política. Explorando um pouco mais esse lado menos conhecido, ligado à medicina, qual foi o seu primeiro emprego? Comecei, como estagiário, a trabalhar nos Hospitais da Universidade de Coimbra, estive também nos Centros de Saúde de Tábua e da Lousã. Depois, fui fazendo opções sucessivas, que me levaram a ter uma carreira relativamente atípica em termos médicos, nomeadamente, porque a determinada altura me afastei da medicina para me dedicar à actividade política. Mais tarde, voltei à minha profissão e integrei os quadros do Centro de Saúde de Miranda do Corvo. Neste momento, tenho uma empresa na área da Medicina do Trabalho, Segurança e Higiene.
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Um médico é, por princípio, alguém que tem uma vocação orientada para o outro, para a comunidade. Isto para si passou, nomeadamente, pela ligação à política. Como surgiu essa aproximação? Quando se escolhe medicina, em princípio, essa escolha é feita porque se gosta de ser útil aos outros. A determinada altura, surge o 25 de Abril que cria todo um conjunto de esperanças relativamente ao futuro. Perante as várias opções que se colocaram aos portugueses, em termos ideológicos, eu fiz a minha, que foi afirmar-me como socialdemocrata. Estive no 1º congresso do partido em 74 e fiz depois uma actividade política com alguma intensidade, porque muito cedo me candidatei à Câmara Municipal de Miranda do Corvo. Fui Presidente da Câmara com 26 anos e deputado da Assembleia da República entre 78 e 85. Assume a Presidência da Câmara de Miranda do Corvo durante dez anos, entre 79 e 89. O que é que de mais marcante lhe trouxe essa experiência? Fui eleito quatro vezes e foi uma experiência muito boa, porque me deu a oportunidade de desenvolver projectos concretos e ver os seus resultados. Era um panorama muito diferente do actual. Só para ter uma noção, a Câmara tinha três viaturas e as pessoas mais habilitadas nos quadros tinham o antigo 5º ou 7º ano. Não havia nenhum engenheiro, economista ou jurista. A Região tinha grandes necessidades, a maior parte das povoações ainda não tinha estradas, nem electricidade ou água ao domicílio. Havia uma grande escassez
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em serviços básicos, que nós tivemos oportunidade de resolver. Quais são os projectos de que mais se orgulha? Fundamentalmente, o facto de ter contribuído para melhorar a qualidade de vida das pessoas. Miranda é dos primeiros concelhos a ter abastecimento total domiciliário de água, total cobertura eléctrica e ter todas as povoações pavimentadas e com acesso por estrada alcatroada. Para a altura, eram grandes conquistas.
“ (…) não me arrependo do que fiz [enquanto Governador Civil de Coimbra] e de alguma maneira, foi uma honra ter sido despedido por me dizerem que eu era demasiado reivindicativo dos interesses de Coimbra.”
Assumir os destinos de uma Câmara é uma opção que implica uma grande disponibilidade e até generosidade para com a comunidade. Sente como traço vincado em si essa faceta de “filho da terra”? Sim, podia ter saído de Miranda do Corvo, mas optei por ficar. Acho que há pessoas que têm que ficar. Devo dizer que exerci sempre o cargo de Presidente da Câmara sem ser remunerado. Claro que não vivia do vento. Numa fase, fi-lo porque acumulei essa função com a de deputado, de onde tinha um vencimento. Quando terminei o mandato como deputado decidi dedicar-me de novo à medicina e tinha remuneração da minha actividade profissional, portanto, permaneci na Câmara em regime de total gratuitidade. Mas foram dez anos muito gratificantes. Como Presidente de Câmara, tive a oportunidade de desenvolver uma actividade que eu sentia que era útil no dia-a-dia das populações. Praticamente, quando acaba o 4º mandato, assume novo cargo político. É Governador Civil de Coimbra entre 89 e 91. Como viveu esse período? Foi uma experiência muito boa, foram dois anos muito intensos, com uma gestão que não teve nada que ver com a prática habitual dos Governos Civis. Digo isto sem qualquer tipo de crítica aos meus antecessores ou sucessores, mas, habitualmente, o Governador Civil é muito o porta-voz de Lisboa e tem uma postura um bocado cinzenta. Eu estive nessa função de modo completamente diferente. É evidente que sabia que tinha sido nomeado pelo Governo, fazia parte da sua equipa, mas isso não fazia com que eu fosse cego face àquilo que eram as necessidades locais e fiz questão de as transmitir, precisamente, para que o Governo pudesse dar soluções. Entendo que quando somos apoiantes de
“Não tenho vergonha de assumir ou divulgar os dois processos disciplinares que tive [enquanto deputado] e julgo que algumas das pessoas que me colocaram esses processos têm vergonha de dizer que o fizeram.”
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“[Ser Presidente da Câmara de Miranda do Corvo] deu-me a oportunidade de desenvolver projectos concretos e ver os seus resultados. (…) Havia uma grande escassez em serviços básicos, que nós tivemos oportunidade de resolver.”
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uma equipa, não nos devemos tornar cegos nem surdos, pelo contrário, temos que ver e ouvir muito bem para que o executivo possa dar as respostas mais acertadas. Este meu estilo não agradou a alguns membros do Governo e quando houve uma mudança acabaram por nomear outra pessoa. Foi uma opção legítima, mas eu também não me arrependo do que fiz e de alguma maneira, foi uma honra ter sido despedido por me dizerem que eu era demasiado reivindicativo dos interesses de Coimbra.
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Tinha um perfil que incomodava… Sim, é a minha forma de estar. Estive na Assembleia da República durante seis anos e fui um deputado que fez projectos de lei, que vieram a ser aprovados. Também não é muito a prática habitual... Outra coisa que gostaria de salientar, é que como deputado tive dois processos disciplinares. Um por ter discordado do meu partido a propósito das relações com o Presidente da República e outro por ocasião de uma votação sobre aborto, em que o partido impôs disciplina de voto e eu não a respeitei. Não tenho vergonha de assumir ou divulgar os dois processos disciplinares que tive e julgo que algumas das pessoas que me colocaram esses processos têm vergonha de dizer que o fizeram. Em Novembro de 87, dois anos antes de terminar o mandato como Presidente da Câmara, avança para a criação da Fundação ADFP. O que é que o motivou? O que é que esteve na origem deste projecto? Quando estava na Câmara, o Governo lançou um projecto que se destinava a apoiar crianças com dificuldades de aprendizagem. Isso levou-me a olhar para o meio em que me localizava nessa perspectiva. Como Presidente da Câmara, depois daquela primeira fase de resolução de questões básicas como rede eléctrica, de água e de estradas, comecei a ter uma maior sensibilidade para os problemas sociais. Apercebi-me de que havia um número considerável de pessoas que não conseguiam fazer o seu percurso escolar normal, em termos de aprendizagem, porque estavam limitados por várias condicionantes, nomeadamente, por deficiência ou condições socioeconómicas graves. Foi aí que começámos a pensar em constituir uma instituição que contribuísse para a resolução desses problemas.
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Uma noção idiossincrática da instituição é o lema da integração. Não se pretende ostracizar o indivíduo, mas antes integrá-lo na sociedade. Na prática, como é que isto é concretizado? Essencialmente, com base em dois conceitos: a integração de gerações e de pessoas com deficiência. Actualmente, no Centro Social Comunitário vivem cerca de 270 pessoas, desde bebés até idosos. Mas para além dos residentes, também no que diz respeito a respostas ao exterior, à comunidade, apoiamos todas as gerações. Actuamos, igualmente, numa lógica de integração de pessoas com deficiências, dos vários tipos (motoras e neurológicas) e também dos indivíduos com doenças mentais. Este último grupo é, normalmente, o mais afastado. Existe uma estigmatização dos doentes mentais na nossa sociedade, no sentido de termos até medo deles. Na Fundação, integramos todas essas pessoas especiais e fazemo-lo quer em serviços de pouca exigência intelectual - nomeadamente no Parque Biológico a tomar conta dos animais, nas oficinas de artes e ofícios tradicionais ou em serviços de limpeza e manutenção - quer aos mais altos níveis dentro da instituição. Por exemplo, toda a nossa área de economia, gestão e economato é liderada por pessoas com deficiência, que são indivíduos com grande capacidade técnica e intelectual, com formação superior, mas com deficiências físicas graves. Nós, enquanto instituição, quando olhamos para alguém, em vez de nos focalizarmos na sua incapacidade, tentamos descobrir o seu talento e aproveitar essa potencialidade ao máximo. Hoje, mais de 20% dos trabalhadores da ADFP são pessoas com deficiência ou doença mental. Impressionante é também a diversidade de valências da instituição e os serviços que presta aos utentes e à população de Miranda do Corvo. Quer recordar algumas delas? Temos fundamentalmente quatro áreas: acção social e saúde; formação profissional; cultura e empreendedorismo social. Na área da saúde, estamos dotados de uma clínica de fisioterapia associada a um ginásio aberto à população e duas unidades de cuidados continuados. Na área da segurança social, prestamos apoio a mulheres vítimas de maus tratos, mulheres grávidas ou com filhos que precisam de apoio, crianças sem suporte familiar, pessoas com deficiência ou doença
mental e idosos sem apoio familiar. Mas, para que a instituição não se transforme num gueto, mantemos muitos serviços na comunidade, desde o apoio domiciliário a idosos e deficientes, centros de dia, creches e ATL. Tentamos ultrapassar aquilo que é o conceito estrito de acção social. Por exemplo, no centro de dia criámos uma Universidade Sénior, para pessoas que não têm necessidade de apoio social, mas precisam de ser intelectualmente estimuladas e de aumentar a sua capacidade de convívio e interacção social. Esta Universidade Sénior tem sido tão interessante que, nos últimos anos, conseguiu um primeiro, segundo e terceiro prémios nacionais em concursos de cultura geral, onde todos os outros que também sobem ao pódio são sempre provenientes de Universidades Séniores de grandes cidades. Temos a área cultural, também aberta à população, onde para além de uma biblioteca itinerante em seis concelhos da região, se inclui o cinema, o único de Miranda, em que fazemos uma programação com a Lusomundo, com dois filmes por semana. Também desenvolvemos actividades ligadas ao desporto e à gastronomia, inclusivamente, criámos a Confraria da Real Matança do Porco, para preservarmos os valores da nossa cultura tradicional. Na área da formação profissional, fundamentalmente desenvolvemos acções para pessoas com necessidades especiais, habitualmente, muito excluídas do mercado de trabalho. Nas actividades de negócio social, incluemse o Parque Biológico da Serra da Lousã, o Museu da Chanfana e futuramente, um hotel de 4 estrelas. São um conjunto de actividades que permitem criar desenvolvimento local e servem, fundamentalmente, para que pessoas com necessidades específicas possam ter direito a um posto de trabalho. A criação do Parque Biológico da Serra da Lousã foi uma iniciativa que se destacou. Foi inaugurado há pouco mais de um ano e tem tido um sucesso muito significativo. Numa época de crise, como a que vivemos, como se justifica este êxito? Quando criámos o Parque, fizemo-lo, fundamentalmente, porque precisávamos de criar postos de trabalho para pessoas com necessidades especiais e trata-se de um negócio social que nos permite ter grandes possibilidades de empregarmos muita gente com estas características. Não é legítimo que, só porque estamos
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atrair turistas. De futuro, queremos construir o hotel de 4 estrelas para fazer o aproveitamento total dessa capacidade de atracção. O nosso objectivo é que seja um hotel com um carácter distinto do habitual, isto é, vocacionado para a proximidade com a natureza. Pretendemos que o trabalho que ali é desenvolvido exija pouca necessidade de apoio por parte do Estado e para que possa ser o mais rentável possível, precisamos de o potencializar nas suas várias vertentes turísticas. Ser um negócio sustentável era para nós o ideal, embora não seja fácil conseguirmos esse objectivo a 100%. A ADFP intervém em Coimbra, Penela, Lousã, Góis e Penacova. Pela sua experiência, quais são as maiores dificuldades com que estes concelhos se deparam? A maior dificuldade é ser uma Região que corre o risco de se deprimir. A capacidade empreendedora de Coimbra e da Região tem vindo a diminuir e isso traduz-se na capacidade de fixação dos nossos jovens. Muitos não têm hipóteses de sucesso profissional e são obrigados a sair
daqui. Também a própria Universidade perdeu o estatuto da maior, a melhor do país, para passar a ser mais uma. Era muito importante para a Região que Coimbra fosse mais competitiva e para isso terá de ser mais solidária para os vizinhos. Coimbra tem que pensar sempre que o seu desenvolvimento e crescimento dependem também da riqueza dos concelhos que estão à volta e, por vezes, parece esquecer-se. Para o futuro, a ADFP tem previsto, para além da construção de um hotel, de que já falámos, a edificação de um hospital… O hospital será uma forma de darmos um salto qualitativo no apoio que prestamos na área da saúde. Claro que não estamos alheios à crise que o país vive e ao facto de estarmos próximos de Coimbra, que tem um excesso de oferta em termos hospitalares e por isso temos que ter muitas cautelas em relação ao que vamos fazer em termos de investimentos. Embora nos pareça que Miranda e a Lousã mereciam ter uma unidade hospitalar com alguma diferenciação, permitindo com uma lógica de proximidade e de comodidade prestar alguns serviços a que hoje as pessoas têm
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a lidar com pessoas com deficiência, lhes digamos para fazer uns desenhos, ou transportar objectos de um lado para o outro, sem qualquer objectivo, porque a pessoa percebe que está a ser tratada como se fosse uma criança. É importante que estes indivíduos tenham uma actividade ocupacional, que sintam que os torna úteis para a sociedade. O Parque Biológico é um zoo que só quer ter animais que habitam o território português. Temos também a intenção de mostrar animais tradicionais das nossas quintas, que hoje são espécies que estão a desaparecer, daí a quinta pedagógica. Para além disso, temos uma outra vertente em termos de botânica, com o primeiro labirinto de árvores de fruto do mundo. Depois também uma área cultural, onde se inclui o Museu de Tanoaria e uma série de oficinas de artes e ofícios tradicionais, onde trabalham pessoas com deficiência em áreas tão diversas como a tapeçaria regional, olaria, cestaria, mobiliário de vime e uma oficina na área do vidro. Associado a este negócio do Parque Biológico criámos o Restaurante Museu da Chanfana, para valorizarmos a nossa gastronomia e também para melhor aproveitarmos a capacidade que temos para
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de recorrer em Coimbra.
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Passando agora a uma outra área, que é também uma faceta importante do seu presente, é porta-voz do Movimento Cívico de Miranda do Corvo e Lousã, com uma participação muito activa. Nomeadamente, fez manchete nos jornais, ao criticar a decisão do Governo de suspender as obras do Metro depois de ter sido destruída a antiga linha ferroviária que servia estes concelhos. A expressão que usou foi mesmo «terrorismo de Estado»... Este processo de exigir ao Governo que dê continuidade ao projecto Metro Mondego é um problema que ultrapassa até a questão do transporte público, é um problema de dignidade para Coimbra. Foi o Governo que decidiu transformar o ramal da Lousã no Metro Mondego, assim como a forma como isso seria feito. Eu, pessoalmente, cheguei a ter reuniões em Lisboa em que pedi para fazerem um projecto mais poupado, onde não se gastasse tanto dinheiro, mas a opção do Governo foi esta. A partir do momento em que destruiu uma infra-estrutura com mais de 100 anos, que valia milhões de contos e transportava mais de 1 milhão de passageiros por ano, não se pode permitir a um Governo que não faça o resto da obra. A Região não pode tolerá-lo, é uma questão de dignidade e de carácter dizermos que não admitimos este tipo de comportamento irresponsável. Nos últimos tempos, o Governo voltou a dizer que retomava o projecto, embora com uma reprogramação mais adequada às suas dificuldades e apontou para em 2014 estar concluída uma ligação entre Serpins e a Estação Velha. Mas para que isso seja possível, as obras têm que ser feitas desde agora sem atrasos. É por isso que devemos ser muito mais exigentes e obrigar o executivo a esclarecer a programação que está prevista. Relativamente ao outro aspecto que o Governo falou, retirar-lhe as adiposidades financeiras, aplaudo tudo o que seja para evitar despesismo e gastos excessivos, mas isso não significa abandonar a obra.
Se isso acontecesse, era evidente que eles eram uns irresponsáveis, uns terroristas, mas nós também éramos uns moles, uns tipos com pouco carácter. Eu ficaria com vergonha dos meus vizinhos se tolerássemos isto. Antes de finalizar, uma pergunta a que não resisto… Na altura em que o Dr. Encarnação se candidatou pela primeira vez à Câmara de Coimbra, falou-se no seu nome como candidato. Essa é uma possibilidade que descarta por completo para o futuro? Sim, hoje tenho uma actividade profissional e toda uma vida organizada noutro sentido. Recordo que nessa altura a concelhia e a distrital me escolheram como candidato e cheguei a ir a uma reunião a Lisboa com os representantes da distrital e da comissão política nacional, onde esteve presente a pessoa que estava indicada pelo Durão Barroso para liderar o processo autárquico. Simplesmente, esse encontro não correu bem. Entendi que com aquela gente, naquelas circunstâncias, não devia ser candidato. Teria gostado de ser Presidente da Câmara de Coimbra, mas penso que fiz uma escolha acertada para a época e face às circunstâncias, pelo que, não me arrependo da decisão que tomei. Agora estou completamente fora de uma actividade política, o que não significa que não tenha causas cívicas, como esta do Metro, mas exercer cargos políticos é uma opção que recuso totalmente.
“Somos nós que temos que decidir se vamos permitir que um Governo destrua um património como o Ramal da Lousã para fazer uma coisa nova e depois de o destruir dizer que não se faz. Se isso acontecesse, era evidente que eles eram uns irresponsáveis, uns terroristas, mas nós também éramos uns moles, uns tipos com pouco carácter.”
marta_riotorto@matobra.pt
Portanto, ainda acredita na concretização deste projecto? A questão não pode ser posta nesses termos. Somos nós que temos que decidir se vamos permitir que um Governo destrua um património como o Ramal da Lousã para fazer uma coisa nova e depois de o destruir dizer que não se faz.
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“Não é legítimo que, só porque estamos a lidar com pessoas com deficiência, lhes digamos para fazer uns desenhos, ou transportar objectos de um lado para o outro, sem qualquer objectivo, porque a pessoa percebe que está a ser tratada como se fosse uma criança.”
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“Hoje, mais de 20% dos trabalhadores da instituição são pessoas com deficiência ou doença mental.”
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14 De ENTREVISTA perfil…
Uma referência? Olof Palme e Louis Blanc. A música que não se cansa de ouvir? Não sou um apaixonado por música, o rádio do meu carro está sempre na TSF. Procuro mais notícias do que música, mas normalmente escolho uma música clássica. O filme que o marcou? “E tudo o vento levou.” Um livro? “Portugal e o Futuro”, de António Spínola, publicado em 1974. Mas mais pelas circunstâncias históricas, do que pelo conteúdo. Um objecto de que não se separa? Uma esferográfica bic.
C
O prato a que não resiste? Sarrabulho à moda de Coimbra Uma bebida? Vinho tinto. Destino de férias? Habitualmente, entre 15 de Julho e final de Agosto habito em Buarcos, venho a Coimbra e a Miranda para um ou outro compromisso profissional. Mas eu sou um viajante, quando tenho uns dias livres, vou para o estrangeiro. Neste momento, já conheço 70 países. Uma viagem que o tenha marcado? A travessia da Austrália. Uma qualidade de que se orgulhe e um defeito que não possa negar? Tenho o defeito de ser vaidoso e a qualidade de lutar por aquilo em que acredito.
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Quando tem tempo gosta de…? Ler.
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Sem medo da cor Para personalidades mais vibrantes, que têm dificuldade em contentar-se com as tendências actuais das paletas calmas e frias do branco e tons de água, a equipa de decoração da Matobra apresenta uma proposta em tons fortes e marcantes. Contrariando a noção habitual de que o ambiente tranquilo que se procura num quarto é conseguido com uma escolha de cores neutras, a proposta apresentada assenta em diferentes tonalidades de verde e roxo, padrões marcantes e em tamanho XL. A cama ocupa o lugar central do espaço, atraindo o olhar pelo arrojo na escolha de tecidos para a colcha. Destaque para o veludo que forra o sommier, criando uma envolvente simultaneamente suave e requintada. As tradicionais mesas-de-cabeceira foram substituídas por peças que tanto poderiam fazer sentido aqui, como em qualquer outra divisão da casa. De um lado, o tríptico de caixas em pele preta serve de apoio aos objectos mais indispensáveis, ao mesmo tempo que no seu interior assegura arrumação extra. No lado oposto, uma mesa de apoio assegura a função e cria um contraste de maior sobriedade, com linhas simples e elegantes. O painel de vidro que emoldura a cama foi propositadamente deixado sem cortinas. O exterior entra no ambiente e amplia o efeito da decoração criada no interior, ao mesmo tempo que o torna mais luminoso. O descanso não é comprometido, já que, quando necessário, basta baixar a persiana para bloquear a claridade. O resultado é um ambiente arrojado, mas que mantém um sentido de elegância e contenção nos elementos decorativos.
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DECORAÇÃO 2011
| Forno, placa, combinado, máquina de lavar-louça, lava-louça e misturadora SMEG |Chaminés Bosch |Painel LCD Imenza |Tampo Silestone
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TENDÊNCIAS E MATERIAIS
Em decoração, o melhor serviço é aquele que responde às expectativas do cliente, o que necessariamente implica saber assessorá-lo face às tendências que marcam a evolução do sector. Num tempo de rápidas mudanças e em que a comunicação esbate todas as fronteiras, as influências culturais, estéticas e artísticas circulam a grande velocidade, fundindo-se num conceito global que dissolve as especificidades locais do passado. A decoração de interiores não podia deixar de espelhar este contexto. Não há fronteiras, nem estilos estanques. A palavra de ordem é a fusão. O contemporâneo é o ponto de partida, mas sempre com influências diversas, em que se poderão misturar desde os elementos mais étnicos a linhas retro. Aqui, destacam-se sobretudo os elementos revivalistas. A actualidade é marcada por incertezas económicas, tensões sociais e receios face ao futuro, o que naturalmente gera um sentimento de nostalgia pelo passado. A música, a moda, o cinema dos anos 50 e 60 tornam-se uma inspiração que marca de forma decisiva a decoração de interiores. Os clássicos continuam a marcar presença, mas renovados por um
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traço mais depurado, que os adapta às exigências de simplificação e funcionalidade do mundo actual. Nos materiais, mantém-se a preponderância do inox, embora os dourados comecem a surgir com maior frequência, sobretudo num acabamento esbatido. Em tecidos e papéis de parede, a predominância vai para os tons de água – azuis e verdes – nomeadamente, conjugados com cores neutras, como branco e bege. Os estampados marcam presença com as riscas e os florais, sobretudo em tecidos leves como o linho e o algodão. No mobiliário, a tendência oscila entre os lacados, nomeadamente no acabamento de alto brilho, e as peças que realçam a textura do material, o que favorece em particular as madeiras exóticas. Mas talvez o conceito mais importante a reter seja o de que cada casa é um caso. A solução deve passar sempre pela “ultrapersonalização”. Cada indivíduo tem as suas idiossincrasias e é importante que a sua casa espelhe essas mesmas especificidades. Personalidade, gostos e interesses devem reflectir-se no seu ambiente de vida. marta_riotorto@matobra.pt
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| Um recanto de uma sala inspirada nos ritmos blues e no ambiente boémio e glamoroso de Hollywood.
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O P R É M IO R E D D O T – AG O R A TA M B É M E M R O S A , A M A R E L O, A Z U L , L A R A N JA E V IO L E TA . S A I BA M A I S S O B R E O D E SIG N V E N C E D O R E M : W W W. G RO H E . P T
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O seu design convenceu o júri, no entanto, há muitas outras razões para se apaixonar pelo Rainshower® Icon: As seis novas cores ou a tecnologia GROHE DreamSpray® que garante uma distribuição homogénea da água em todo o chuveiro. A habitual qualidade GROHE refl ecte-se no acabamento perfeito e na durabilidade. Encontre todas as outras boas razões em www.grohe.pt.
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22 COM ASSINATURA MATOBRA
Revestimento cerâmico: uma escolha para toda a sua casa Já há muito que o revestimento cerâmico se tornou num material presente em todas as divisões da casa. A funcionalidade e grande facilidade de manutenção de um material lavável, impermeável a manchas e resistente a riscos e impactos são vantagens extremamente apetecíveis e a que nos últimos anos se juntou uma enorme diversidade de acabamentos e decorações disponíveis no mercado. Nesta proposta, a equipa de decoração da Matobra contraria a noção de que a cerâmica é um material frio e pouco confortável para uma sala. Os tons quentes do chocolate que forram a parede e o chão criam um espaço simultaneamente requintado e acolhedor. As diferentes nuances do material, em contraste com os elementos creme, aumentam o interesse da composição. Trata-se de uma excelente alternativa para quem aprecia o efeito decorativo de um papel de parede, mas receia a falta de resistência do material.
De coração | MARÇO 2011
marta_riotorto@matobra.pt
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Recrie este estilo: | Revestimento de parede Zephir Float, da Grespor e Matrix, da Cinca; | Pavimento Matrix, da Cinca; | Mobiliário e acessórios decorativos disponíveis na Matobra.
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De coração | MARÇO 2011
COM ASSINATURA MATOBRA 23
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24 IDEIAS E SOLUÇÕES
Para um ambiente mais limpo… OLI PROPÕE HAPPY AIR Caixa de ventilação Happy Air
Juntar num mesmo produto autoclismo e sistema de ventilação para sanitários. Foi este conceito que esteve na origem do Happy Air, uma criação da OLI que surge como resposta à actual obrigatoriedade de instalação de sistemas de ventilação em todos os espaços de banho. Com um design elegante, Happy Air ocupa um espaço limitado e aspira os odores directamente da sanita e em simultâneo do ambiente, a partir da placa que cobre o ventilador. Uma rápida renovação do ar garante assim uma vantagem adicional ao reduzir a condensação. O ventilador é accionado com o interruptor de iluminação, activando-se ao acender a luz do banho, mas mantendo-se em funcionamento até 5 minutos após o desligar do interruptor, para uma maior eficácia de resultados. De notar, ainda, que a caixa de ventilação está equipada com uma válvula antiretorno, garantindo que este sistema não irá influenciar o desempenho de outro que esteja ligado à mesma conduta de aspiração principal, impedindo dessa forma o retorno dos odores.
Accionamento com interruptor de luz
Ar em circulação
Maus odores
Caixa de ventilação Happy Air
marta_riotorto@matobra.pt
Accionamento por sensor
Ar em circulação
De coração | MARÇO 2011
Maus odores
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| Elevado caudal de aspiração (100m3 / h) | Baixos níveis de ruído (<35dB (A)). | Funcionamento automático | Um ventilador com duas zonas de aspiração de odores | Design adequado a todos os ambientes | Fácil instalação e manutenção
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IDEIAS E SOLUÇÕES 25
MATOBRA DISPONIBILIZA PAGAMENTOS A 6 E 10 MESES SEM JUROS
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A Matobra acaba de lançar uma nova modalidade de pagamento que permite a todos os seus clientes pagar as suas compras a 6 ou 10 meses sem juros, nem despesas adicionais ou prestação de entrada. Válido para compras no valor mínimo de 500€, no caso de crédito a 6 meses, ou de 3.000€, para crédito a 10 meses, o processo não podia ser mais rápido e cómodo. Mediante uma simulação feita a partir do valor do rendimento mensal do cliente, a aprovação de crédito é feita na hora. Sem complicações, o vendedor responsável pelo atendimento faz uma consulta na Web a uma plataforma electrónica que, através de um sistema de cálculo, permite ao cliente a obtenção de uma resposta imediata. Para garantir a confirmação final, bastará a apresentação da documentação comprovativa da validade dos dados referidos. Mais uma vez, o processo é simples, sendo apenas necessários documentos de identificação (bilhete de identidade ou cartão de cidadão e cartão de contribuinte), comprovativo de rendimentos, NIB e comprovativo de morada (cópia do recibo da água, luz ou gás). Concluída esta fase, o cliente beneficia ainda da vantagem adicional de só pagar a primeira prestação um mês após a data da facturação, o que na prática, assegura um mês extra para organização das suas poupanças. De destacar, que a Matobra prevê ainda a possibilidade de opção por outras modalidades de pagamento em prestações com condições vantajosas, nomeadamente, a partir de 500€, com prazos a partir dos 12 meses e até um máximo de 48, embora neste caso esteja associado o pagamento de juros. marta_riotorto@matobra.pt
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26 IDEIAS E SOLUÇÕES
| Banho Eco
MATOBRA LANÇA MENU BANHO Quantas vezes já lhe aconteceu levantar-se de manhã e suspirar com desagrado ao entrar na sua velha casa de banho? Se pretende remodelar este espaço, mas tem sistematicamente adiado esse projecto por falta de tempo, ou mesmo disposição, para a tarefa de seleccionar e combinar revestimentos, acessórios, equipamentos e todos os materiais que provavelmente até desconhece que precisará de adquirir, então esteja especialmente atento a este novo serviço que a Matobra disponibiliza aos seus clientes. Com o Menu Banho, o processo não podia ser mais fácil, rápido e cómodo: basta escolher o ambiente de banho que melhor se adapta ao seu caso, entre um conjunto de 8 propostas pensadas para soluções integrais de renovação/construção de uma casa de banho. Cada opção inclui revestimentos, louças sanitárias, torneiras, espelho, mobiliário e acessórios, ou seja, a totalidade de materiais e equipamentos que precisará para completar a obra. Sem surpresas, nem derrapagens no orçamento, a cada casa de banho está associado um preço final que varia a partir dos 500€, correspondendo a diferentes gamas de escolha desde o Banho Eco ao Banho Design. Uma vantagem importante deste novo serviço é a possibilidade de antecipação do resultado final, antes de tomar qualquer decisão. Não só lhe permite garantir, desde o primeiro momento, o valor que irá gastar, como a visualização em 3D do seu ambiente de banho. De salientar, que com o Menu Banho o cliente beneficia de um desconto extra, que torna mais vantajosa a aquisição de todas as peças em conjunto, por comparação ao preço individual de cada equipamento. Com este novo conceito, a Matobra alarga o leque de serviços disponíveis, mantendo-se a possibilidade, caso não haja interesse nas propostas apresentadas, de o cliente, se assim o pretender, continuar a optar por um serviço personalizado e sem qualquer condicionamento na escolha do material a adquirir, nomeadamente, através do apoio dos nossos profissionais. marta_riotorto@matobra.pt
| Banho Essencial
| Banho Conforto
| Banho Conforto versão suspenso
| Banho Trendy
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| Banho Prestige
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IDEIAS E SOLUÇÕES 27
| Banho Design
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| Banho Emacor
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28 IDEIAS E SOLUÇÕES
Outlet em Saldos!? O Mercado Popular continua a colocar ao seu dispor produtos de excelente qualidade a preços imbatíveis e propõe preços de saldo em valores, já por si, de outlet. Se está a renovar a sua casa e o orçamento obriga à contenção de gastos, então o seu destino é mesmo o Outlet da Matobra, que lhe garante eficácia, design e qualidade. Desta vez, vários modelos de Torneiras e Misturadoras para WC e Cozinha, de grandes marcas e com estilos tão diferentes quanto o seu gosto.
Torneiras várias marcas |
15€
claudio_domingos@matobra.pt
Se a remodelação da casa de banho obrigar à aquisição de uma banheira também vai encontrar as melhores soluções, oportunidades que não pode desperdiçar tendo em conta os factores preço/ qualidade.
50€
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Banheira Roca Combo 170x70cm |
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IDEIAS E SOLUÇÕES 29
Mobiliário para WC e Cozinha que garantem a mais valia na decoração do seu espaço interior, bem como a oportunidade de um excelente negócio para que não doa na carteira. Madeiras de excelente qualidade, com lavatórios e torneiras vendidas em conjunto ou à parte.
Móvel Wengue Martin 82x70cm |
390€
Móvel Roca Regata central 80cm | 468,87€
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Aparador/tulha AO Milímetro |
125€
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Aos preços indicados acresce IVA à taxa em vigor.
Saldos em Outlet, pois claro, só no Mercado Popular. É ver para crer e querer para ter!
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30 IDEIAS E SOLUÇÕES
A tecnologia dos adesivos Mapei no projecto de poupança energética
Os sistemas de isolamento térmico pelo exterior são compostos por diversos materiais (adesivo, barramento, painel isolante, rede de reforço, primário, acabamento e vários acessórios) no qual cada componente deve ser correctamente projectado e produzido, seguindo padrões de qualidade adequados. O adesivo destaca-se, no entanto, como um componente chave, devendo possuir características de elasticidade que permitam suportar as deformações causadas pela diferença de temperatura entre os dois lados do painel. O adesivo Mapetherm AR1 é capaz de compensar as irregularidades da fachada e absorver as deformações do painel que podem causar o destacamento. As suas elevadas prestações garantem óptimos valores de aderência em cada tipo de painel, tornando a intervenção segura e fornecendo a possibilidade de uma gama completa de sistemas integrados, utilizando um único adesivo com características únicas para a colagem e barramento dos painéis.
Mapetherm System A Mapei, desde sempre ponto de referência no sector dos adesivos, graças ao empenho contínuo na investigação e desenvolvimento de produtos e sistemas inovadores, desenvolveu o sistema Mapetherm, que garante a redução de consumos energéticos no Verão e no Inverno, aumenta o conforto habitacional, equilibrando a temperatura entre o ambiente e a parede e elimina a condensação intersticial do vapor de água entre a alvenaria do edifício. marta_riotorto@matobra.pt
Mapetherm EPS Painel isolante em poliestireno expandido sinterizado (EPS), caracterizado pela economicidade, aplicação fácil e óptimas prestações isolantes. Condutividade térmica: 0.034-0.040 W/mK Resistência à difusão de vapor de água: µ 30 – 70
Mapetherm WOOL Painel isolante em lã de vidro de elevada densidade, tratado com ligante termo-endurecedor e de elevada hidrorrepelência. Caracterizado por óptima resistência ao fogo, elevada permeabilidade ao vapor, óptimo abaixamento acústico. Condutividade térmica: 0.032-0.048 W/mK Resistência à difusão de vapor de água: µ 1,1 1,4
Mapetherm CORK Painel isolante expandido em cortiça castanha, natural, isento de adesivos químicos. Caracterizado por óptima permeabilidade ao vapor, óptima estabilidade ao envelhecimento. Matéria-prima regenerável e eco-sustentável. Condutividade térmica: 0.0400.048 W/mK Resistência à difusão de vapor de água: µ 5 - 30
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Mapetherm XPS Painel isolante em poliestireno expandido sinterizado extrudido (XPS), com superfície áspera para favorecer a aderência do adesivo e do barramento. Caracterizado por baixa absorção de água, boa resistência à compressão e óptimas prestações isolantes. Condutividade térmica: 0.032-0.036 W/mK Resistência à difusão de vapor de água: µ 80 – 100
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ENTREVISTA 31
Construir é fazer crescer uma parte de nós
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Mário Corticeiro é um construtor com capacidade demonstrada na relação com os seus clientes e está ao seu serviço enquanto viverem no espaço que ele deu à nascença. Esteve na Venezuela e foi lá que construiu família, mas sem nunca fechar os olhos ao país e à terra que o viu crescer. Sabe o que custa deixarmos as nossas raízes para trás, à procura de melhores condições de vida e por isso confessa que lhe custa ver a vontade dos nossos jovens de emigrar novamente. O rigor, a qualidade dos materiais e a tecnologia ao serviço da vida das pessoas são virtudes que podem ser comprovadas nas suas obras.
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32 ENTREVISTA
Em que momento decide apostar numa
É uma actividade que tem influência no
Porque a construção civil engloba muitas
empresa de construção civil?
PIB nacional, dá trabalho a muita gente e
áreas da economia, são muitas empresas
A ideia nasceu depois de alguns convites de
isso ajuda a nossa economia. Construir é
de serviços, de artes, de diversas técnicas
amigos e de autoridades locais portuguesas
como criar um ente querido, temos de estar
a trabalhar para uma mesma obra e se
que já me conheciam da Venezuela, onde
sempre presentes, dar o melhor de nós e
a construtora não estiver actualizada e
fui emigrante durante muitos anos. Depois
ajudar a que cresça bem. Ver nascer um
capacitada a nível de conhecimentos não vai
do 25 de Abril, as comunidades emigratórias
prédio, ver fazer toda a sua envolvência,
ter possibilidade de estar no mercado.
representaram uma mais valia para o país
toda a estrutura desde o nascimento das
naquela conjuntura de instabilidade social,
fundações, acompanhar o crescimento do
Num mercado com crise de procura e
política e económica. Pelo que resolvi
imóvel é sempre um grande desafio e muito
com um lote de oferta elevadíssimo,
apostar e comecei a fazer alguns trabalhos
emocionante porque é uma parte de nós
qual deve ser a atitude de um construtor
em Portugal, em 1978 e regressei de vez,
que cresce com ele. Também me motiva o
civil?
em 1992, com a empresa Mário Corticeiro
facto de um dos meus filhos ter apostado
Actualmente,
& Filhos, Lda.
numa formação nesta área, porque também
preocupante, no qual a própria banca se
tem o gosto por esta actividade profissional.
coloca como um dos nossos concorrentes
Qual tem sido o percurso da empresa ao
temos
um
cenário
mais fortes, pois as famílias deixaram de ter
longo destes anos?
Já
viveu
certamente
diferentes
possibilidades de pagar os seus empréstimos
Para além dessa empresa existe a Mário
realidades económicas ao longo do seu
e os bancos, como todas as empresas,
Corticeiro & Armindo Almeida, Lda e ambas
percurso. Pergunto-lhe se esta crise é
tentam garantir o seu investimento e
têm percorrido um caminho tranquilo, sem
mesmo a pior de sempre?
capital, daí que as construtoras estejam a
grandes ritmos, até porque na primeira
Esta crise é mesmo a pior porque está a ser
ser alvo de uma pressão bastante agressiva
metade da sua existência não estava cá a
muito duradoura e porque os construtores
no mercado. A atitude tem de ser de
tempo inteiro e na segunda metade o campo
e a massa trabalhadora do país sentem-se
seriedade, transparência e rigor para que
económico do país não tem favorecido
bastante sacrificados, até porque os sinais
a procura apareça, até porque os clientes,
um fluxo de negócios mais atractivo. Mas,
de retoma demoram a aparecer, o que
actualmente, possuem uma informação
globalmente, estou satisfeito e a trabalhar
desmotiva ainda mais. Tanto a crise após o
precisa e especializada, o que obriga as
de uma forma dinâmica.
25 de Abril, como a de 1986 não foram tão
construtoras a fornecer óptimos serviços.
intensas e traiçoeiras, mas há que continuar A sua experiência na construção civil
a trabalhar da mesma forma ou melhor
Acredita que a qualidade é uma garantia
começou quando?
ainda. De todos os indicadores, o que me
de venda ou já não é bem assim?
Quando emigrei com dezasseis anos, para
preocupa mais é a taxa de desemprego
A qualidade dos materiais de construção,
a Venezuela, passei cerca de três meses
em níveis altíssimos, porque não existindo
juntamente com a qualidade dos serviços
a trabalhar na construção civil, o que se
trabalho não há circuito de capitais.
dos
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transformou
numa
experiência
muito
profissionais
e
da
mão-de-obra
possibilitam a venda, juntamente com a
útil. Mais tarde trabalhei em padarias e
Também existe a perspectiva que estas
localização do edifício e, neste aspecto,
supermercados até que, em 1964, ingresso
dificuldades estão a filtrar de alguma
Aveiro é uma cidade que garante excelentes
na actividade distribuidora, onde ainda
forma as empresas que têm hipótese de
condições de vida.
mantenho interesses no país. Na construção
crescimento daquelas que estão a mais
de edifícios, efectivamente, foi em 1978.
no mercado. Concorda com esta teoria?
Que
Qual a sua motivação em exercer esta
No nosso sector existiam muitas empresas
construção na Venezuela e a de cá?
actividade?
mal preparadas e que tentavam aproveitar
Estamos na Europa, onde as leis são
É uma actividade que desperta um enorme
um mercado emergente e concordo que
rigorosas e onde existe um fluxo de
interesse, porque acabo por influenciar
o contexto actual vai acabar por filtrar. Só
informação que está ao dispor dos clientes e
o ambiente onde estamos inseridos e de
ficarão as empresas que têm conhecimentos,
que faz deles muito exigentes, o que obriga,
afectar as pessoas e as suas condições de
que apostaram na tecnologia e souberam
os construtores a escolher os melhores
vida, com o intuito de as melhorarmos.
manter um equilíbrio entre custos e vendas.
materiais e serviços. Também temos de
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diferenças
encontra
entre
a
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perceber que o nosso clima tem cerca de
nossas cidades está a ficar desertificado.
cinco ou seis meses de inverno e isso faz-nos ser mais cuidadosos e rigorosos em todas as
Qual é a filosofia da empresa para que
etapas da obra.
os clientes confiem nela? A comunicação, a assistência pós venda,
Quer destacar alguma obra que tem a
e o atendimento directo e pessoal com
seu cargo, neste momento?
os nossos clientes é a nossa filosofia e é a
Todas as obras que fiz foram alvo de um
forma como gostamos de estar no mercado.
rigor e de um carinho desmedido, todas elas me são queridas mas posso destacar o
Existe a perspectiva familiar de dar a
Edifício Corticeiro, em Aveiro, na zona da
continuidade à empresa?
Forca, os Jardins de Aveiro e umas obras no
A intenção é essa, para além de um filho
Bairro do Liceu que ainda hoje mantém o
que já exerce funções na empresa, e que
seu bom aspecto inicial, devido a cuidados
demonstra grande motivação e capacidade
durante a construção. É preciso ter amor ao
nesta actividade, também tenho as minhas
que se faz e sentir o que se faz.
outras duas filhas como sócias da empresa.
O que aconselha a um casal que visita
Um objectivo que tenha alcançado?
um apartamento?
Ter regressado ao meu país, poder investir
As obras têm várias fases e existem algumas
nele e assim ajudar a desenvolvê-lo.
que o comprador não vê e que deve perguntar sobre a qualidade dos materiais,
E um desejo?
tal como na fase da estrutura e fundações,
Gostaria de não sentir a vontade que os
a fase da pichelaria e a fase eléctrica.
portugueses voltam a demonstrar em
Muitas vezes é o que não se vê que é o
emigrar.
mais importante e daí ser fundamental a
claudio_domingos@matobra.pt
informação. O
que
pensa
do
mercado
da
reconstrução? Pode ser um mercado interessante e acredito que seja uma solução mas enquanto a legislação não alterar os arrendamentos vai tornar-se difícil a aposta em renovar e reabilitar edifícios que dão um lucro residual aos proprietários. Como é que imagina o mercado da construção civil num prazo de dez anos? Acredito neste mercado da reabilitação desde que se criem os mecanismos legais
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para que ele avance, até porque pode ser uma solução para muitas empresas. As rendas antigas devem ser actualizadas, para os proprietários poderem fazer obras de reconstrução, até porque o centro das
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Breves Personalidade (s) que o tenha marcado... Artur Santos Silva e Belmiro de Azevedo. A sua melhor viagem... Em 2010, quando fiz 50 anos de casado, a Roma. A sua ementa predilecta... Peixe. Um vinho dos deuses... Quinta do Crasto e Quinta do Bacalhau. Um livro / um autor... Os Cinco Minutos de Deus, de Alfonso Milagro. Uma noticia para ouvir... Que o nosso Ministro das Finanças anunciasse a retoma
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económica.
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Purple Stone, melhor que o original
Sob o mote The Essentials, a Recer apresentou recentemente as suas novidades em pavimentos e revestimentos. Como o próprio nome sugere, trata-se de uma colecção com carácter utilitário, que visa solucionar necessidades, associando à boa funcionalidade, o bom design. Expressa está também uma maior consciencialização das questões relativas à sustentabilidade e à necessidade de preservação do ambiente. Este conceito está patente na nova série porcelânica Purple Stone, uma réplica perfeita da pedra púrpura natural, com toda a riqueza obtida pela diferenciação de tonalidades dentro da mesma cor: bege (Sahara), cinza (Suez) e castanho (Cairo). Trata-se de uma série disponível na versão Plus, com características anti-derrapantes, sendo por isso indicada para exteriores e na versão suave, adequada a soluções de interior e/ou fachada. Com esta opção, encontra uma boa alternativa aos recursos naturais, nomeadamente a um bem cada vez mais escasso – a pedra natural – evitando, dessa forma, o impacto ambiental que decorre dos processos de
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exploração e acabamento das rochas ornamentais.
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marta_riotorto@matobra.pt
Formatos disponíveis: | Purple Stone: 30x60, 30x60R, 45x45, 45x45R; | Purple Stone Plus: 30x60, 45x45; | Complementos: calçada 30x30 e 30x60, pastilha 4.5x4.5, degrau, rodapé e todas as combinações que a Recer disponibiliza em soluções de corte Multi.
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S3, da Scholtès – Uma nova perspectiva de electrodomésticos Nascida do intemporal e do cuidado dos materiais colocados em cada pormenor, a linha S3, da Scholtès, traduz-se numa estética de vanguarda, que surpreende e fascina, e que transforma cada produto num elemento essencial do ambiente da cozinha. A marca francesa de electrodomésticos, representada em Portugal pela Indesit, propõe a colecção Inox, onde podemos apreciar
o
resultado
de
um
design
estudado até ao mais ínfimo pormenor, para transformar cada cozinha num espaço profissional, sem renunciar à essência, às linhas depuradas e ao fascínio da estética contemporânea. Já a colecção Vidro nasce do encontro entre a leveza de um material único e requintado e a linearidade de um design moderno e atento ao estilo que visa a máxima modularidade e coerência estética. É um conceito inovador que surge em colaboração com o designer Makio Hasuike, que tem no seu estilo peculiar a capacidade de inventar traços tão distintos que são vistos nesta criação pela pureza das formas e que estão em total sintonia com o design refinado e intemporal, características de identidade da Scholtès. O resultado é um ambiente fascinante, com pormenores inconfundíveis, nos quais os reflexos de requinte e surpresa valorizam a elegância e harmonia do conjunto.
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claudio_domingos@matobra.pt
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46 ENTREVISTA
Fassa Bortolo gravada nas nossas pedreiras António Pinho movimenta-se no sector das argamassas industriais há cerca de vinte anos e ainda é um jovem gestor que encara a crise económica como uma nova possibilidade de crescimento. Responsável comercial e com experiência em vários grupos deste mercado, viu no Projecto Fassa Bortolo, a capacidade de construir uma nova filosofia de liderança e de relação entre os fabricantes. Foi com um espírito familiar que a empresa se fez grande, hoje nas mãos de Paolo Fassa, seu actual presidente. Olha para o mercado da reconstrução e espera que ele dispare como aconteceu em Itália e orgulha-se de pertencer a um grupo que dita as leis do mercado no desenvolvimento de novos
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produtos.
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ENTREVISTA 47
Em
que
circunstancias
se
tornou
nos permite abranger o mercado Norte e Sul.
projectados, de grande peso e volume e que
responsável pela empresa?
A partir de 2005, inicia-se a construção
estão associados à construção nova. Como
Em 2001, o grupo Fassa Bortolo decide
da fábrica, que é inaugurada em 2006
o mercado se transformou em pequena e
expandir-se para fora do mercado italiano
e que foi um projecto de 25 milhões de
media construção e reconstrução, tornou-
e escolhe Portugal para fazer um conjunto
euros, respeitantes à unidade de produção
se indispensável esse elemento fundamental
de investimentos. Para desenvolver esse
e à aquisição de pedreiras. É de salientar
que é o distribuidor de materiais de
projecto, procurou alguém experiente, ligado
que esta fábrica tem a tecnologia mais
construção.
a este sector. Eu trabalhava como director
avançada do grupo e tem uma capacidade
comercial numa empresa concorrente e o
de produção de cerca de 2 mil toneladas
Especificamente, estamos a falar de
meu percurso profissional sempre esteve
por dia, o que é incomparável face aos
produtos como argamassas e rebocos
ligado ao sector das argamassas industriais,
nossos concorrentes, permitindo-nos uma
pré-fabricados, de isolamentos. Existe
pelo que fui convidado.
diversidade de produtos que nos tem
uma concorrência forte neste mercado,
sido fundamental. A cultura deste grupo
em Portugal?
Para quem não conhece pode fazer
assentava muito na liderança europeia na
Aquilo que nos apercebemos é que os
uma breve apresentação da empresa e
área de produtos a granel, onde entram
concorrentes locais terão sempre o seu
marca?
os famosos depósitos, chamados Silos,
espaço limitado devido à falta de dimensão
O grupo Fassa Bortolo é uma empresa familiar
onde nós somos líderes de mercado. Como
em relação aos concorrentes ligados aos
com uma história de trezentos e vinte anos,
investimos na área industrial e na exploração
grandes grupos, com capacidade económica
sempre passando de geração em geração
dos inertes devo salientar a importância que
e que investem no know-how.
e com uma forte componente cultural
o grupo coloca nas questões de segurança
Mas, para nós, são parceiros, porque nos
italiana. Inicia a sua actividade no negócio
de trabalho e respeito ambiental, o que
ajudam a desenvolver o mercado, não pelo
da cal, que era o cimento da construção.
não acontecia no início, onde as pedreiras
preço, mas pela aposta na qualidade e
Há cerca de quarenta anos e já na geração do
eram exploradas sem qualquer rigor, altura
diversidade dos serviços.
actual presidente, Sr. Paolo Fassa, entra na
em que o presidente do grupo assume
actividade das argamassas industriais. Nos
que a exploração dos inertes iria ser feita
Em que diferem os produtos da Fassa?
últimos quinze anos, inicia a sua expansão
mediante a legislação italiana, muito mais
Temos
construíndo cerca de onze fábricas em Itália
avançada e disciplinada, tal como acontece,
tecnológica de um grande grupo, com uma
e uma em Portugal.
actualmente, em Portugal.
enorme experiência.
ao
dispor
uma
capacidade
Mas o que nos diferencia é a nossa
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Em que contexto acontece a abertura
Qual a estratégia da empresa no
presença na obra, que nos
desta fábrica?
mercado português?
acompanhamento
Portugal tem uma cultura muito idêntica
No início, aplicámos uma política muito
utilização dos nossos produtos.
à italiana em termos de construção civil.
agressiva na introdução e apresentação
Também estamos um passo à frente a
No período em que nos implementámos
dos nossos produtos na obra, mas nos
comercializar sistemas construtivos e isso
existiam índices de construção interessantes
últimos três anos, a nossa estratégia
não se prende só com os produtos em
e o grupo também tinha o objectivo de
comercial passou pela aposta no mercado
si, mas com a tecnologia associada aos
conhecer o mercado espanhol através do
da distribuição dos materiais de construção.
mesmos. Existe um departamento do
mercado português, numa futura aposta.
A necessidade deste percurso prendia-
grupo, que tem a ver com a assistência
Paralelamente, fez-se todo o trabalho que
se com a obrigação de dar a conhecer ao
técnica, com os equipamentos de projecção
era necessário para a construção da fábrica,
mercado os inertes com origem calcária
e com os silos, ou seja, não elaboramos um
onde a localização das matérias-primas era
e a qualidade do serviço Fassa, para que
produto para ser aplicado de uma forma
fundamental, já que o grupo não constrói
as empresas de materiais de construção
tradicional mas para ser associado a um
nenhuma unidade de produção sem ser
sentissem a mais valia dessa marca. Nessa
sistema mecanizado, não terminando o
proprietário da matéria-prima, que assenta
altura, cerca de 80% da nossa facturação
nosso trabalho na própria elaboração mas
essencialmente no calcário. Daí estarmos na
dependia de dois ou três tipos de produtos,
sim na comercialização do produto e da
região de São Mamede, numa localização que
como as argamassas de alvenaria e rebocos
parte mecanizada, alugando ou fazendo
construtores
na
De coração | MARÇO 2011
dos
permite um
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48 ENTREVISTA
parcerias com as empresas construtoras,
para construções novas, o mercado de
Existe
para que possam ter uma solução completa.
reconstrução tem de ser encarado de uma
na empresa em criar e desenvolver
perspectiva muito séria.
novos produtos. Porque é que isso é
Em termos estratégicos é uma marca que
pode
ganhar
muito
com
a
uma
preocupação
constante
importante? Qual é a garantia que os produtos Fassa
Tem a ver com o ciclo de vida dos produtos,
aposta no mercado da reconstrução e
dão ao cliente português?
quando
remodelação, certo?
A coisa mais simples é passar um papel de
importantes
Somos um dos países da Europa com índices
garantia, o mais difícil é que o mercado
saturação as margens ficam reduzidas, o
mais baixos no mercado da reconstrução.
entenda o nome daquele fabricante como
que quer dizer que para os manter temos
Temos taxas de habitação própria elevadas,
uma garantia e isso é feito através de um
de desenvolver produtos novos para poder
a reconstrução está muito ligada às leis
percurso de seriedade do fabricante.
suportar os custos. Seria impensável deixar
do arrendamento e enquanto a legislação
Esse é o caminho que a Fassa está a
morrer esses produtos de rotação e só
não mudar, será muito difícil que esse
percorrer neste momento, numa interacção
apostar em produtos novos com margens
mercado possa disparar. Tal como na
entre produto e serviço.
mais elevadas, porque são eles que nos fazem
construção nova, a renovação também
nascem mas
apresentam quando
margens
atingem
a
ter possibilidades e dimensão no mercado
assenta em dois patamares de investimento:
Quantas unidades de produção existem
e este ciclo tem de ser constantemente
no sector privado não notámos ainda um
da Fassa Bortolo?
repetido e alimentado. Ao longo destes
crescimento elevado, mas sentimos um
Para além desta em Portugal, são dez em
vinte anos de experiência, assisti a muitos
forte investimento no sector público, no ano
Itália e, mais recentemente uma decima
fabricantes desaparecerem por não terem
de 2010, nos parques escolares, em edifícios
primeira, que traduz uma forte aposta na
seguido esta politica, os que seguiram
como hospitais, lares e centros infantis.
entrada do grupo no sector das placas de
estratégias de renovação de gamas, estando
Também pela retracção das taxas de juro e
gesso cartonado.
atento às necessidades, desenvolvendo produtos e soluções, são os que estão de
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da própria banca em conceder empréstimos
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Director de produção | Hugo Pereira | | Director Comercial | António Pinho
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ENTREVISTA 49
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50 ENTREVISTA
uma forma saudável no mercado. Por outro
também seria interessante ganhar uma
responsável
lado, o papel do líder é o de ditar as leis,
quota de mercado naqueles distribuidores
dimensão?
ser visto como uma referência e desenvolver
que ainda fazem exploração tradicional
Conhecer a cultura da empresa onde
novos produtos.
e que só têm a ganhar na aquisição dos
está inserido e a do mercado onde nos
nossos produtos e equipamentos.
movimentamos. Depois, há um elemento
Como é que a empresa tem encarado
por
uma
marca
desta
essencial que é o de estar rodeado da
esta situação de crise global?
Em que é que o produto italiano se
É nos momentos de crise que se criam
distingue?
oportunidades, por aqueles que estão mais
No que diz respeito a este sector não
Quer destacar o factor ambiental?
atentos, que trabalham mais e que têm uma
existem diferenças, até porque as normas
A exploração dos inertes deve ser feita com
capacidade de se adaptar à mudança e isso
são europeias, o que nos permite alargar
regras, com rigor e com a requalificação
não depende só do aspecto financeiro mas
para os mercados de Espanha ou França
dos espaços explorados e é dentro desse
também da estrutura e das pessoas, terem
com este centro de produção e aproveitar a
conceito que nós actuamos. Na Europa,
capacidade de adaptação à evolução dos
nossa proximidade geográfica e cultural com
começa a notar-se grandes preocupações
mercados. Nos produtos que já são líderes
países de Africa, como Angola, Cabo Verde
no que respeita à bio-arquitectura. O grupo
a nossa participação era muito reduzida, o
e Moçambique, que podem ser excelentes
Fassa Bortolo é responsável por um dos
que quer dizer que existe muito espaço para
oportunidades.
principais prémios internacionais na área
crescer, o que aconteceu em 2010 e o que
equipa certa.
da arquitectura sustentada, no sentido
está a acontecer agora. Ainda em relação
A Fassa Bortolo está em Portugal há
de motivar os arquitectos e projectistas
ao ano anterior, a empresa fechou com uma
relativamente
Como
a respeitarem o ambiente, com produtos
facturação de 16 milhões de euros, com um
espera que a empresa se comporte nos
associados a essa filosofia, por exemplo,
crescimento de 6% relativamente a 2009.
próximos anos?
produtos sem uso de cimentos ou de cal.
pouco
tempo.
Por natureza sou optimista, vejo o futuro A crise económica portuguesa pode
difícil, mas com boas oportunidades no
Gosta do que faz?
associar-se à italiana?
que respeita ao sector. Temos perspectivas
Estou ligado desde sempre a este sector
A crise italiana também é uma crise forte,
de crescimento na ordem dos 8% na
por questões familiares e devo dizer que os
mas em termos da reconstrução é um
facturação deste ano, o que não quer
dias, as semanas e os meses passam muito
mercado mais forte. Também na relação
dizer que isto seja feito sem investimento.
depressa pelo gosto de fazer parte deste
entre concorrentes existe um maior respeito
Crescemos muito nos últimos dez anos, mas
trabalho, que é feito com muita paixão.
do que em Portugal mas isso é uma
continuamos a investir. De destacar também
questão de maturação, o mercado torna-
a nossa equipa de trabalho, somos quarenta
se mais organizado e a parceria entre os
e cinco funcionários que trabalham de
concorrentes é mais produtiva.
forma optimizada, o que só é possível pela
claudio_domingos@matobra.pt
mais valia tecnológica.
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A empresa tem unidades fabris nos dois países. Em termos de estratégias
Em termos pessoais o que lhe tem
de trabalho e de mão-de-obra que
proporcionado esta experiência?
diferenças encontra?
Foi um desafio interessante, é um grupo
Existem diferenças, essencialmente pelas
muito exigente, com uma mentalidade muito
regras e pela legislação do trabalho em
agressiva, no bom sentido, muito dinâmico,
vigor. Em relação à exploração das pedreiras
com ideias claras e iniciativas constantes
sinto a falta de um organismo independente
para alcançar os objectivos propostos e com
que controle a certificação dos produtos,
uma aposta permanente no investimento de
como acontece, em Itália, bem como o
novos meios e tecnologias.
rigor na exploração dos inertes em termos ambientais e de segurança. Nesta matéria,
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Que
características
deve
ter
um
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Breves
ENTREVISTA 51
Uma cidade de eleição... Milão. Uma viagem... Ao México, na minha lua-de-mel. Um sonho que tenha alcançado... Poder continuar neste percurso. Um professor de vida... Professora Catarina, da Escola Primaria. Um desejo profissional... Sermos líderes. Uma voz que o emocione... Bruce Springsteen.
De coração | MARÇO 2011
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