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Departamento de Produção do Diário do Minho
Liderbox
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Lidergraf
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Pando
Cartoagem S. Tiago
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Companhia Editora do Minho
Introdução Esta proposta pretende-se a criação de um Portefólio de Produção Gráfica, incluindo assim, os relatórios das visitas técnicas efectuadas ao longo do semestre. Com estas visitas técnicas, pretende-se que os alunos adquirem as competências técnicas da produção gráfica em design, especificando as diversas fases: pré-impressão, impressão e acabamentos. Deste modo, o conhecimento dos fundamentos formais da produção; das diversas etapas dos processos de produção e impressão; entre outros. Em todas estas visitas técnicas, pretendo adquirir o conhecimento necessário, para que futuramente, como futuro designer, possa existir uma boa comunicação entre o designer e por exemplo, o pré-impressor.
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A visita à gráfica “Passa Mensagem” ocorreu no dia 11 de Novembro, esta gráfica situa-se em Barcelinhos, Barcelos. Nesta gráfica executa todo o tipo de pré-impressão, impressão digital (em pequeno e grande formato) e também impressão offset. Produzem uma vasta gama de produtos, desde dos habituais suportes de comunicação cartazes, flyers,… mas também embalagens, etiquetas, documentos contabilísticos e catálogos. A história desta gráfica é bastante recente, pois passa pelo dono que foi o ex-sócio da antiga gráfica “Gil Vicente”, uma importante gráfica nesta região que esteve no activo cerca de 20 anos. A importância desta visita está centrada no conhecimento adquirido, em aula, na impressão offset plana de pequeno e médio formato e alguns dos acabamentos. A visita foi em circuito, ou seja, passamos pelas várias “estações”, como por exemplo, a parte criativa, a criação do fotolito-chapa, uma demonstração da colocação de uma chapa numa máquina de impressão offset e os acabamentos que são sujeitos, dependendo sempre das especificações do cliente.
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O impacto desta visita, foi o de entrar numa gráfica, o cheiro da tinta, o barulho ensurdecedor das máquinas offset,… Apesar de ser uma gráfica de pequena escala, já deu para ter a noção de como funcionam este ambiente de pré-impressão, impressão e posteriormente os acabamentos. No decorrer da visita, estivemos em várias áreas como por exemplo a área de pré-impressão, a criação dos fotolitos-chapas, a impressão propriamente dita e finalmente os acabamentos, em que a maioria da turma esteve a colaborar na dobragem de etiquetas de uma determinada marca de roupa. Em suma, foi uma visita bastante positiva que serviu para ver em prática alguma matéria discursada em aula e também, como consequência, uma melhor dissipação de dúvidas.
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No final da década de 70, dois jovens com alguma experiência no sector de artes gráficas, fundaram a Lobo&Monteiro. A actividade desta empresa centra-se, até aos dias de hoje, na produção de embalagens em cartolina litográfica e microcanelada, basicamente embalagens para produtos alimentares, têxteis, farmacêuticos, cosméticos, telecomunicações,… e recentemente uma variedade das novas indústrias. A metade da década de 90, a empresa deu um salto muito positivo, que a tornou umas das principais empresas de artes gráficas do país. No início do séc. XXI, a empresa certificou-se com a norma ISO 9001/2000, com a modernização ao nível da organização. Por conseguinte, com o aumento da produção, em 2005, a empresa muda de instalações com as vantagens de melhores condições que possibilita uma maior rapidez na produção. A procura desta empresa tem sido significativa, pois trabalham com algumas das empresas de renome quer seja ao nível nacional ou internacional, como por exemplo: Continente, Riberalves, Galp, OLÁ, Optimus, Vodafone, Salsa, Gant,… entre outras. A procura existente faz com que seja necessário adquirir várias máquinas de tecnologia extremamente avançada para poder responder aos desafios dos seus clientes. Actualmente, a Liderbox S.A. aposta no desenvolvimento tecnológico, adoptando tecnologia de vanguarda. Enquanto à visita propriamente dita, fomos acompanhados Sr. Luís Gomes que nos mostrou a empresa e os vários sectores, desde da matéria-prima em bruto (conta com 2 categorias, uma em que a cartolina vem em rolos (bobina) e outro que vem já em resma de papel); a cortagem, quando a matéria-prima vem em bobina é sempre cortada, pois compram em bobina por fica financeiramente mais barato; o processo criativo, que na maioria das vezes está ao cargo do cliente; a pré-impressão; a criação de chapa CTP,…
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A visita foi importante porque era um universo que desconhecia, todos aqueles processos de criação das embalagens. Deu para perceber os vários sectores que passa a embalagem até chegar ao seu destino final, a sua comercialização. Enquanto experiencia para nós (designers), percebi que o processo de criação do produto final (3D), possibilita-nos uma maior percepção sobre o produto em si e obviamente existe um grau de satisfação em ver o produto no mercado. Portanto torna-se importante, tanto o processo criativo executado pelo designer como a fase da produção industrial que irá valorizar tanto o trabalho do designer como também a gráfica que executou o trabalho. Transmitindo assim uma maior confiança quer no designer quer na empresa que o fabricou o produto.
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A Lidergraf foi criada no mês de Março de 1994 e iniciou actividade em Setembro desse mesmo ano. Em 1998, sofre uma alteração de forma jurídica, passando a uma sociedade anónima. Em 2001, a empresa muda de instalações, actual até ao momento e adquire uma rotativa comercial de 16 paginas. Apos 6 anos, foi adquirida e instalada uma segunda rotativa, esta de 48 páginas e vários equipamentos na área dos acabamentos, principalmente na linha de revista de elevado rendimento e também na linha de capa mole. Actualmente, a empresa conta com a área de pré-impressão totalmente digital. A produção está assegurada por 54 corpos de impressão instalados em máquinas offset, de formulário contínuo, de etiquetas e rotativa. A nível dos acabamentos, cerca de 80% do mesmo são mecanizados. Ao nível de certificação, a Lidergraf conta com duas referências de certificação florestal, o Forest Stewardship Council – FSC e o Program for the Endorsement of Forest Certification – PEFC. Na pré-impressão, a Lidergraf esta equipada com diversos equipamentos de sistemas de provas, de medição e controlo do ponto e de cor. Para a criação de chapas existem dois sistemas de CTP automáticos, a CTP Kz odak Magnus 800 cujo formato de chapa é de 950x1150mm e a CTP Kodak Magnus VLF é de 1300x2100mm.
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Com a evolução dos tempos, a impressão digital começou a ganhar cota de mercado e como este tipo de impressão torna-se mais rápido o todo o processo de impressão. Nesta empresa, a sua aplicação centra-se nos cartazes de grandes formatos mas com baixas tiragens. Actualmente, a Lidergraf dispõe de 34 corpos de impressão offset, instalados em máquinas de formato 35x50cm, 50x70cm e 70x100cm, com a possibilidade de impressão a 2, 4 ou 5 cores. Em termos de maquinas offset, a empresa conta com a Heidelberg Speedmaster CD102 e a KBA Rapida 105, cujo formato de 70x100cm com 5 corpos de impressão e um de aplicação de verniz agua; a KBA Rapida 74 cujo formato é de 50x70cm, com 5 corpos de impressão e um outro de aplicação de verniz agua e finalmente a Ryobi 524 HXX+L e a Ryobi 524 HXX, cujo formato ostenta o 35x50cm com 4 corpos impressores e no caso da HXX+L com o corpo para aplicação do verniz agua. Parte da capacidade de produção da Lidergraf está centrada nas rotativas comerciais Heidelberg M600 e Man Lithoman IV. Encontram-se equipadas com linhas de acabamento que permite a saída de trabalhos prontos (colado e aparado). A Man Lithoman IV, de 48 páginas, tem dois paletizadores automáticos no final da linha, um de balotes e outro de malos. Na área dos acabamentos a empresa conta com 5 máquinas de dobrar, 3 de linha de revista e uma encadernadora de capa mole. A Tiempo 22/Biliner permite agrafar livros e revistas, com a velocidade de 22 mil exemplares por hora. A duas Heidelberg Stichmaster ST com 8 estações destinada principalmente ao acabamento de revista. Encasa, aplica brinde, dobra a capa, agrafa, apara e conta. A Acoro A5 encontra-se equipada com 10 estações de alceamento e encaderna livros e revistas de capa mole. A Ventura, maquina de coser livros e revistas. Ao nível dos formulários, a empresa conta com 2 máquinas nesta área de formulário contínuo com uma rotativa de 4 cores, a rotativa de formulário Imer, e uma colectora de 7 vias, a colectora Imer. Na impressão de etiquetas, a Lidergraf está especializada em rótulos térmicos (Flexografia) para as embalagens de peixe, carne, frutas e legumes, impressa na máquina flexográfica de 2 corpos impressores, Omega ATR410-A.
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A Pando ĂŠ uma empresa que somente executa acabamentos grĂĄficos, criada em 1996 e situada actualmente na zona industrial da maia.
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A Pando é uma empresa que somente executa acabamentos gráficos, criada em 1996 e situada actualmente na zona industrial da maia. Foi pioneira na introdução da plastificação em Polietileno e BOPP e também na Gofragem de papel plastificado. O surgimento de acabamentos, tais como a contracolagem, termoestampagem, envernizamento UV serigráfico ou offset e o “emboss” permitiu que a empresa investisse em novos equipamentos de modo a enriquecer na disponibilidade de serviços.
A empresa conta com uma grande variedade de equipamentos que permite ter capacidade de resposta de modo, seja capaz de responder aos prazos. No seu parque gráfico conta com 21 equipamentos, sendo a maioria de última geração e cujo equipamento é: - 5 linhas automáticas de envernizamento U.V. serigráfico - 1 máquina automática de envernizamento U.V. offset - 3 máquinas automáticas de termoestampagem - 1 máquina automática de contracolagem - 2 máquinas automáticas de plasticizar a Polietileno (1 c/ tratamento corona) - 4 máquinas automáticas de plasticização c/ BOPP - 1 máquina semi-automática de plasticização c/ BOPP - 1 máquina manual de plasticização c/ BOPP - 1 máquina manual de gofragem - 1 máquina automática de "emboss" - 1 máquina manual de remoção do pó anti-repinte
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Empresa fundada em Junho de 1997, que busca a inovação na área imergente da Impressão Digital de Grande Formato.
Empresa fundada em Junho de 1997, que busca a inovação na área imergente da Impressão Digital de Grande Formato. No seu historial, já conta com a participação em diversos projectos da EXPO’98, como o Pavilhão da Microsoft e o Pavilhão do Conhecimento, torna-se uma empresa pioneira devido à colocação de telas gigantes nas fachadas dos edifícios. Nos anos de 2000 e 2001, a empresa torna-se o principal fornecedor de impressão digital de grande formato do PORTO 2001 (Capital Europeia da Cultura) com a decoração de tapumes das obras emblemáticas da cidade, tais como, a Casa da Musica, Museu Sorares dos Reis, Cadeia da Relação (actual Centro Português da Fotografia), entre outros. Em 2006, inaugura uma sucursal na capital (Lisboa), motivo de uma “estratégia arrojada de crescimento e melhoria global dos seus serviços” in site.
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Ao nível tecnológico, a empresa tornou-se pioneira, quando em 1997, adquiriu uma maquina de impressão digital com 3 metros de boca, capaz de imprimir em superfícies rígidas, como por exemplo, vidro, madeira e o metal. A Sign possui também uma máquina de impressão com uma boca de 5 metros, esta adquirida recentemente, que faz com que garanta a maior largura de impressão disponível no mercado; a máquina UV que permite a impressão directa em suportes rígidos ou flexíveis com 3,2m de boca; sistema de sublimação têxtil que imprime directamente no têxtil com tintas de base água; máquinas de gota picolito muito reduzida que permite uma elevada definição e precisão e por último a mesa de corte computorizada é um equipamento de corte de alta precisão, com opção de fresa para materiais duros.
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Empresa fundada em Agosto de 1956, teve como primeira sede situada na freguesia do Couto da Cambeses (concelho de Barcelos). Passados 10 anos, a empresa muda-se para Passos S. Julião (Braga), actual localização.
Ao longo dos anos da empresa e com a evolução industrial do cartão, existem várias matérias-primas que a empresa trabalhou. Nos primeiros anos de vida, a matéria era somente o cartão; por volta da década de 70 começou a produzir embalagens em cartolina; na década seguinte produzem placas e caixas em microcanelado e no início da década de 90 iniciaram a produção de caixas em cartão canelado e é também no final dessa década que constroem uma ETAR (Estação de Tratamento de Águas Residuais). A evolução desta empresa ganhou mais nitidez nos últimos anos, devido ao mais número de clientes mas também à rapidez de resposta, actualmente produzem 30 mil caixas por hora através da impressão flexográfica e offset. Ao nível de matéria-prima, a empresa produz caixas em diversos tipos de cartão, como por exemplo, de Onda Simples, Canal E – “Micro”,
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Canal B – “Fino”, …; e cartolinas, compostos por vários tipos de papéis (reciclados, Flutings, test-liner, Kraft’s e Brancos) em diferentes espessuras de onda e gramagens. Na impressão usam a flexografia e o offset, como ainda a possibilidade de aplicar verniz litográfico, UV e UV localizado e também a plastificação brilho e mate. Os modelos que dispõem estão presentes no catálogo FEFCO mas também existe ao dispor do cliente o Departamento técnico que estudará a melhor solução mecânica (embalagem) e gráfica.
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O Diário do Minho é um jornal situado em Braga, de inspiração cristã e redige as notícias da região do Minho. A sua periodicidade é diária.
Este jornal, com cerca de 86 anos de existência, é propriedade da empresa Diário do Minho, Lda, que pertence ao Seminário Conciliar de Braga e à Diocese de Braga. Segundo o seu “Manual de Acolhimento do Diário do Minho”, o jornal possui as seguintes características: é um jornal de informação geral; jornal de inspiração cristã e também é um jornal em expansão, situando o seu público-alvo nos distritos de Braga e Viana do Castelo, contudo pretende, futuramente, expandir para a região do Entre-Douro-e-Minho. A gráfica serve como suporte à impressão do jornal e ainda faz todo o tipo de trabalhos gráficos, como por exemplo, a impressão de seminários, entre outros. Esta gráfica tem vindo a modernizar-se ao longo dos tempos, devido aos requisitos do mercado, se em 1977, as edições do jornal tinham 8 páginas (com excepção à quinta que saia com 12 paginas), actualmente as edições são de 48 páginas. Esta empresa torna-se assim, uma referência na impressão offset rotativa. Em relação à impressão offset rotativa, esta gráfica está equipada com 6 corpos impressores, 3 dos quais a preto e os outros 3 a cores. Cada corpo impressor, o papel passava por 4 passagens de tinta (CMYK), esta agilidade no processo de impressão permite que, quando
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o papel saia do corpo impressor estava pronto para encaixar com as restantes páginas do jornal. O processo de impressão do jornal começa pela pré-impressão. O pré-impressor recebe o pdf, em single pages, do Departamento Editorial do jornal, e analisa se contém algum erro no pdf, como por exemplo, imagens em RGB, falta de texto, entre outros possíveis erros. Analisado o pdf, o pré-impressor passa por fazer a imposição das páginas, criando assim planos com 4 páginas. Esses planos são utlizados como informação que será queimada na chapa de CTP. Passado este processo todo de pré-impressão, passa-se para a impressão. Na impressão, existe uma calibração das cores, o alinhamento, etc. A rotativa que está instalada no parque gráfico do Departamento de Produção, permite observar todo o processo de impressão, desde do papel virgem em bobina até o produto final, o jornal. Por curiosidade, neste sector de produção, com o processo de impressão offset rotativa permite a produção de cerca de 4000 jornais por hora.
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A Companhia Editora do Minho situa-se no Parque Industrial da ACIB, em Barcelos. Esta empresa tem como principal produto, a produção de livros...
A Companhia Editora do Minho situa-se no Parque Industrial da ACIB, em Barcelos. Esta empresa tem como principal produto, a produção de livros quer seja com capa mole ou dura, com ou sem bandanas. Para além disso também fazem a impressão e acabamentos de catálogos, flyers, desdobráveis, entre outros. Como todas as gráficas, esta empresa está dividida em três partes, são elas: área de pré-impressão, impressão e acabamentos, Na área de pré-impressão, normalmente recebem os ficheiros, sem que a parte criativa esteja sujeita aos designers desta empresa. Os pré-impressores fazem a imposição no plano a garantir um melhor preenchimento do espaço disponível na chapa de CTP. A área de impressão, a criação das chapas de CTP é feita a nível externo à CEM.
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No parque gráfico contém, para além das outras máquinas de impressão, a Rapida 162. Esta maquina permite a impressão de 64 paginas de uma única vez. Para além dos 4 corpos (CMYK), normais numa máquina de impressão, também contem um 5º corpo que permite dar mais uma cor, como por exemplo um Pantone, ou dar um acabamento, como por exemplo um verniz. Na área dos acabamentos, dispõem de vários equipamentos que dobram, cozem e cortam os cadernos, fazem a junção de miolo à capa e por ultimo embalam em caixas para serem enviados aos seus clientes.
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Conclusão
Estas visitas técnicas foram bastante benéficas, tanto na aquisição de conhecimentos como o poder estar numa gráfica ou cartonagem e perceber todo o circuito, desde da pré-impressão, impressão e acabamentos. É motivador estar no terreno e observar e sentir a nossa criatividade palpável. Nas visitas efectuadas, pude observar o vasto leque de opções que o designer tem ao seu dispor, podendo ou não acrescentar valor a sua parte criativa. Concluo, que estas visitas todas foram necessárias tanto no campo da aplicação de conceitos e fundamentos dados em aula, como também o descortinar de algumas curiosidades e novidades que pude observar e como hoje em dia, tudo se torna possível de realizar.
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