DIÁRIO DE BORDO Por Ana Cristina, Bruna Camargos e Johayne Hildefonso. 24/09/13. O dia de hoje se iniciou na Achada Grande Frente, quando chegamos uma equipe de combate a dengue estava no espaço do Pelourinho realizando um planejamento de combate ao mosquito, a dengue tem assolado a ilha, a cidade de praia foi uma das mais atingidas pela doença no ano passado. Ainda pela manhã realizamos um treinamento sobre o preenchimento da ficha de inscrição e logo já tivemos o nosso primeiro aluno, Adilson, menino tímido que quer realizar todas as oficinas, circo, grafite e percussão. Os jovens que estavam no espaço também se animaram a fazer as atividades, nosso principal ponto foi à questão dos endereços, as ruas nestes territórios não possuem nome e as casas não possuem número, as pessoas são conhecidas pelo seu apelido e assim sabe-se onde mora toda a gente. A tarde Ana Cristina e Johayne estiveram no Espaço Aberto Safende, para fazer a capacitação das inscrições nas oficinas e no IPM. A noticia das atividades já se espalhou e os jovens já foram procurar o espaço para realizar suas inscrições. Johayne e Adezia já vislumbraram o local da realização da atividade final, uma das principais Ruas do Plateau, no Centro da Cidade, além das apresentações que vão ocorrer em cada território. Bruna esteve num encontro na Universidade de Cabo Verde com Alazais da ONU e Coordenadores dos cursos de ciências sociais e geografia, a universidade se disponibilizou para viabilizar as tutorias, temos uma perspectiva de que as mesmas se tornem um estágio para os alunos, que no caso do curso de ciências sociais estariam dentro da própria grade curricular. A Universidade abraçou o projeto. Vamos fazer um encontro para contar tanto com os estagiários como com o corpo de voluntários da universidade. No fim da tarde nosso planejamento era retornar a Achada Grande Frente, para começar a fazer burburinho no território, resolvemos levar alguns sacos de bala para adoçar aquele fim de tarde de crianças e jovens daquela comunidade. O fechamento do dia não poderia ter sido melhor, foi mágico! Reunimos jovens lideranças de Achada Grande Frente, e fomos guiados por UV e seu exército de jovens cobertos de pura motivação para um local na comunidade, onde colocamos nossas cadeiras e diante de olhares curiosos começávamos a falar do projeto. As balas logo quebraram o gelo, e adocicava aquela cena, as pessoas se aproximavam logo uma simples bala virou a sensação, as crianças espalhavam umas para as outras o que estava acontecendo, os jovens que estavam saindo da escola viam toda aquela movimentação e também paravam para entender o que estava ocorrendo, vinham mães, avós, tios... Queríamos provocar um evento, chamar a atenção e deu certo! Um simples ato, virou um acontecimento, formou –se uma fila para fazer a inscrição e só saímos de lá quando todos já estavam inscritos e com a confirmação do horário das oficinas. UV é o líder daqueles jovens, é um grande ativista social, além de liderar aqueles jovens, ele lidera um desejo de transformação que não se explica, o que o UV quer não tem nome!