portfolio arquitectura | mary ann pires

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:: portfolio | arquitectura mary ann carneiro pires 2009 | 2010



dados pessoais . nome: Mary Ann Carneiro Pires . data de nascimento: 15/02/1983 . morada: Rua Ricardo Severo nr.70 1ºB 4050 – 515 Porto . correio electrónico: piresmary@hotmail.com . telemóvel: 96 14 61 682 . nacionalidade: Portuguesa / Brasileira . BI: 13991760 . carta de condução: P-1476251 1

:: curriculum vitae

portfolio http://issuu.com/maryannpires/docs/maryann_portfolio estudos . 1990-2000: Fundação Rotary – Escola Rio Branco, São Paulo, Brasil; . 2000-2004: Faculdade de Arquitectura, Universidade Mackenzie, São Paulo, Brasil; . 2004-2009: Faculdade de Arquitectura, Universidade do Porto, Porto, Portugal. software . AutoCad 2D e 3D . Adobe InDesign . Adobe Ilustrator . Adobe Photoshop . Microsoft Office . sistema operativo: Mac e Windows línguas . Fluente em Português, a escrever e a falar; . Fluente em Espanhol, a escrever e a falar; . Conhecimento em Inglês; . Conhecimento básico em francês. experiência profissional . 2006: colaboração no levantamento do edificado no projecto de casa unifamiliar localizada na Rua Montevidéu - Foz, Porto; . 2008-2009: estágio de seis meses realizado no Triptyque Architecture em São Paulo; outras informações . 1997-2003: Monitora nos Acampamentos da Fundação Rotary em São Paulo organizados pela Escola Rio Branco, São Paulo; . 1998-1999: aulas de Desenho Livre e Geometria Descritiva na USP (Universidade de São Paulo); . 2000: Curso de Autocad 2D pela Senac, São Paulo; . 2004-2006: Participação na visita de estudos organizadas pela FAUP para Barcelona, Sevilha, Córdoba,Granada (Espanha) e Lyon, San Sebastian, Pessac e Ronchamp (França); . 2008: Organização e participação em Workshop sobre Arquitectura Sustentável, desenvolvido pelos fundadores do Tibá, Arq.tos Johan Van Lengen e Peter Van Legen, no Porto, pela FAUP. . 2008: participação na Exposição da Anuária 2008 na FAUP com dois trabalhos acadêmicos do 5ºano - no âmbito da disciplina de Patologias da Construção com o “Estudo Diagnóstico e Reabilitação do Bairro de São Vítor” do arquitecto Álvaro Siza; e na disciplina de Economia Urbana com a “Análise do mercado imobiliário Metropolitano da Região do Porto”.



índice :: 4|7

habitação colectiva no Foco. Porto

8 | 13 piscina e ginásio na Carcereira. Porto 14 | 15 espaço público e equipamento: Museu de Arte de São Paulo-MASP. São Paulo 16 | 17 estudo e levantamento da Igreja dos Santos Passos. Guimarães 18 | 19 caderno de desenhos 20 | 23 intervenção urbana - Freguesia de Cedofeita. Porto 24 | 25 projecto de reabilitação do bairro de São Vítor. Porto 26 | 27 projecto e design da escada jurupis. São Paulo 28 | 29 reabilitação do atelier Adriana Varejão. Rio de Janeiro


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:: habitação colectiva no Foco. Porto projecto I I disciplina prof. Maria José Casanova 2006 | 07 O projecto desenvolveu-se a partir da memória descritiva realidade encontrada na Avenida da Boavista que, característica pela forte descontinuidade e por grandes vazios localizados entre as construções, marcava o principal acesso ao bloco habitacional proposto. Pela escala da intervenção, procura-se uma compartimentação do terreno em dois quarteirões com a vontade de provocar um rompimento na malha existente e criar uma via de acesso e circulação que possibilitaria o contacto de duas ruas entre si. Deste modo, não só os blocos habitacionais previstos gozariam de um significante afastamento e acesso de automóveis, como a cidade ganharia mais uma via de circulação. Os edificios propostos implantam-se de forma a criar espaços públicos e de estar; dão uma certa continuidade ao tecido envolvente (Torres do Foco) e resolvem empenas esquecidas na cidade. Os fogos habitacionais estão dispostos no edificio pelo acesso vertical duplo e são na sua maioria constituidos por T2 e T3. O rés de chão, além de servir o acesso aos blocos de escadas e ascensores, é preenchido por tipologias menores (T0). Por sua disposição solar, os quartos dispõem-se à norte - uma vez que são de pequena dimensão e contém neles somente um invólucro ao descanso - , a sala, o escritório (presente somente nos T3), a cozinha e a lavandaria dispõem-se à sul - sendo espaço comum e de reunião familiar mais utilizado na casa e pela insolação e ventilação necessária na lavandaria - , e, por fim, o núcleo de casas de banho, armários e arrumos ocupam o centro do fogo habitacional, libertando todo o espaço útil e iluminado para a acupação de ambientes relacionados ao estar.


5

localização da intervenção

N

Casa do Lixo

planta r/c

alçado sul

alçado norte


39 32

39 40 32 39 32 39 39 40 32 32

36 40 40 40 38 36

6 66

6 7 47 13

7 47 7 477 7 47 47 13

25 25 25

28 29 4 5 31 28 29 30 28 4 29 285 30 2831 4 29 5 30 29 30 31 454 5 31 44 31

44 44 44 44 24

13 24 13 24 24 1324

25 23 26

25

23 26 27 23 26 23 23 26 26 27

27 27 27

14

14

14 14 14

30

10

10 3 10 6 10 3 4 33 3 10

33 64 34 6 635 432 32 6

4433 32 43 34 32 33 32 35 34 33 33 34 35 34 43 35 35 43 43 43

38; 2 e 11

38; 6 2 e 11 362 e 11 38; 38; 2 e 11 6 66 36 37

6

38; 2 e 11

36 36 36 37

36 38 36 36

37 38 37 37

38

38 386 38

38 3841 38

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38 42 38 42 38 38 42 42

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6

alçado norte + secção

alçado sul

planta r/c

planta tipo


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7

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7

13 47

27 11 14

7

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4 25 29 28 30 5

10

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10

27 11

27 11

27 11

27 11

27 11

13

13

13

13

13

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14

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7

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7

47

7

7

7

30 31 5 4 25

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47

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3 46 16 14 45 463 12

6 31

3 12

6

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13

13 48

49

48

49

13

secção do alçado

1_camada de godo lavado 48

49

2_manta geotêxtil 28

28

28

28

29

29

29

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30

30

30

30

4 25

4 25

4 25

4 25

5

5

5

4_regularização 5_betão leve 6_betão

5

7_reboco interno

31

31

31

31

3_isolamento térmico

8_capacete de pedra natural 6

6

9_parede de alvenaria

6

6

10_peça pré-fabricada de betão 11_tela asfáltica

legenda

12_grampo de fixação

13_peça de madeira de fixação do caixilho

25_2ªbetonagem do assentamento do caixilho

37_tubo drenagem

14_caixilho de madeira

26_perfil metálico de fixação da 16 16

39_microbetão

15_portadas de16 madeira 16_soleira de madei ra 16 14

16

16 14 45

46

46

19_assentamento3 do azulejo

3

20_soleira de pedra natural 20_soleira de pedra natural 12

12

21_terra vegetal

16

14 27_pingadei ra 45

16

14

14 45

45 41_sapata da 46 fundação

46 28_rodapé de madei ra 46 em vista

42_betão limpeza 3

3

29_soalho3 machiado

43_solo

30_calço de madeira

44_pintura hidrófuga

12 31_tela acústi ca

12

12

45_taco de madeira

32_impermeabilização

22_lajeta “losa filtron”

46_parafuso de fixação

33_microcubo

23_tela de PVC

34_areia

24_corte do carril 13

16

40_massame de betão 16

peça pré-fabricada

17_caixa de ar45

18_parede de alvenaria dupla

38_tela drenante

13

35_desperdícios 13

47_sanca 13

13

36_enchimento com brita 48

49

48

49

48

4948

49

detalhe do caixilho

48

49

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14

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:: piscina e ginásio na Carcereira. Porto projecto IV disciplina prof. Nuno Lacerda Lopes 2007 | 08 O edifício rectangular está implantado memória descritiva num dos cantos do terreno, dando continuidade às construções da Rua Pedro Hispano. Esta localização veio rematar a empena, sem juntar-se a ela e fazer frente de rua com sua simples geometria de baixa altura. O projecto distribui-se em dois pisos com programas de piscina e ginásio, restando à cave a ocupação das zonas técnicas e de manuntenção do edifício. A pele consiste numa armação metálica, dispostas verticalmente nos alçados. Esta, resguarda e esconde as paredes estruturais, assim como mantém um controle de luminosidade beneficiando as diversas actividades. Na piscina esta pele cuidadosamente se abre, permitindo uma relação de proximidade com a Avenida Sidónio Paes, sendo ela filtrada pelas árvores. Os materiais dos pisos do ginásio são de madeira assim como o do cais da piscina. Nos balneários há a utilização do azulejo, já que são áreas de pés descalços. O programa do ginásio, que se encontra no piso 1 do edifício, distribui-se de forma a manter uma relação com o cais na sala de musculação e uma independência das salas polivalentes. A principal intenção neste projecto era fazer com que uma mera construção, com áreas a cumprir e funções a desempenhar, se tornasse em algo mais na vida dos usuários. Assim, os espaços criados apresentam-se de forma a proporcionar maior conforto às pessoas que utilizassem o equipamento e trabalhassem nele.


9 82.66 82.66 82.66 82.66 82.66

83 83

85

85

85.5

85

83.49 83.49 85

84.19

85

84.19

85

85.38

implantação

alçado oeste

alçado este

alçado norte

alçado sul


52,34

wc fem • ••• ••••••

85

sauna • •• •••••

sauna • •• •••••

banho turco • •• •••••

banho turco • •• •••••

10 • • ••• • • •• • • ••• • • • • • • • • • • • • • • • • •• • • • • • •••••••••

sala ••• • • • ••• • • • • • • • • • • • • •• • ••••••

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84.7

a

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1,88

4,85

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wc monitores pisc/fem • • • • ••••••

6,33

86.7 •• • ••• ••• •• ••• • • • ••• • • •• • •••••••••••••••••••••••••••

42,7

• • • • •• • •••••••••

sala monitores • • • • ••••••

6,33

sala vigilantes • •• • ••••••

6,33

8,03

6,33

• • •• •• ••• • •• • • ••••••••••••••••

3,63

8,23

• • •• • •• • • •••••••••••

85

planta r/c

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84.7

6,6

• ••• • • • • • • • •• •• • • •• • • • • •••••••••••••••••••••••••

85

85

• ••• • • • • • • • •• •• • • •• • • • • •••••••••••••••••••••••••

52,62

90

90

wc monitores • •• ••• • • • • • •••••••••••••

wc monitores • •• •• • • • • • • • ••••••••••••••

85 3,46 • ••• • • • • • • • •• •• • • •• • • • • •••••••••••••••••••••••••

43,26

sala monitores • • • • •••••• • • • •• • • • • • • • • • • • ••••••

85 88.5

• • • • • •• • • • • • • • • ••••••••••••••••• 4,85

4,85

4,85

4,85

85

85

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planta piso 1


11

95

90

90

95

87.7

85

90

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83.9

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90

90

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95

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rte bb'_1/50 orte bb'_1/50

12

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9 10 911 10 12 11 13 12 14 13 14

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13

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10/12/09 14

“Um recanto de memória? Um túmulo para múmias ilustres? Um depósito ou um arquivo de obras humanas que, feitas pelos homens para os homens, já são obsoletas e devem ser administradas com um sentido de piedade? Nada disso. Os museus novos devem abrir suas portas, deixar entrar o ar puro, a luz nova. Entre passado e10/12/09 presente não há solução de conti n ui d ade. É necessári o entrosar a vida moderna, infelcaso de estudo_ MASP_museu de arte de são paulo 10/12/09 izmente melancólica e distraída por toda espécie de pesade_ espaço público e forma de equipamento arquitecto_ Lina Bo Bardi los, na grande e nobre corrente da arte.” Lina Bo Bardi localização_ são paulo ano de construção_ 1957 - 68

:: espaço público e equi-

b.i.

10/12/09

pamento: Museu de Arte de São Paulo-MASP. São Paulo

10/12/09

caso de estudo_ MASP_museu de arte de são paulo _ espaço público e forma de equipamento

10/12/09

arquitecto_ Lina Bo Bardi localização_ são paulo ano de construção_ 1957 - 68

EPFE. espaço público e formas dos equipamentos disciplina b.i. prof. Teresa Fonseca 2007 | 08

b.i.

aulo

b.i.

o

Nota-se que, no edifício do MASP, como resumo os espaços interiores comunicam com os esb.i. paços exteriores. A caixa museu é exposta à Avenida Paulista e faz parte dela. Não há maior sentido de arquitectura popular do que esta. Os acessos ao MASP convidam a população que 10/12/09 passa - o povo para entrar. Sua praça coberta acolhe as pessoas da chuva e do caos, para um descanso – uma pausa – talvez o silêncio. A caracterização do silêncio por imposição, requer também um entendimento de ordem tranb.i. scendente ao edifício. Aqui, a poluição, o ruído dos carros e o caos passam por debaixo do vão do MASP, mantendo a caixa-museu neutra. Assim o silêncio resulta da elevação da caixa, deixando passar tudo isso sem o afectar. O edifício, indepen10/12/09dentemente da complexidade urbana presente em b.i. São Paulo, respira. A sua imagem corresponde afinal a uma parte singular do todo, mantendo as vistas e o solo intacto. O objectivo é claro: permanência. O desenho de Museu de Arte de São b.i. Paulob.i.remete-nos para o estudo dos museus, que até então respeitavam uma pré-definição de espaços e distribuição. A caixa-museu do MASP veio romper com todas as formas de projectar e viver o espaço museológico. A excentricidade de sua construção trouxe novas perspectivas na concepção destes equipamentos. Assim, o essencial desta arquitectura, desta obra é fornecer uma alternativa, uma alternativa de espaços e também uma alternativa às sensações. A 1realidade deste edifício é a do concreto, do físico e do espacial. E também é o som, o cheiro, a luz - a liberdade.

10/12/09

“Um recanto de memória? Um túmulo para múmias ilustres? Um depósito ou um arquivo de obras humanas que, feitas pelos homens para os homens, já são obsoletas e devem ser administradas com um sentido de piedade? Nada disso. Os museus novos devem abrir suas portas, deixar entrar o ar puro, a luz nova. Entre passado e presente não há solução de continuidade. É necessário entrosar a vida moderna, infelizmente melancólica e distraída por toda espécie de pesadelos, na grande e nobre corrente da arte.” Lina Bo Bardi

caso de estudo_ MASP_museu de arte de são paulo _ espaço público e forma de equipamento arquitecto_ Lina Bo Bardi localização_ são paulo ano de construção_ 1957 - 68

“Um recanto de memória? Um túmulo para múmias ilustres? Um depósito ou um arquivo de obras humanas que, feitas pelos homens para os homens, já são obsoletas e devem ser administradas com um sentido de piedade? Nada disso. Os museus novos devem abrir suas portas, deixar entrar o ar puro, a luz nova. Entre passado e presente não há solução de continuidade. É necessário entrosar a arquivo de obras humanas que, feitas pelos homensvida moderna, infelizmente melancólica e distraída por toda espécie de pesadelos, na grande e nobre corrente da arte.” Lina Bo Bardi piedade? Nada disso. Os museus novos devem abrir solução de continuidade. É necessário entrosar a , na grande e nobre corrente da arte.” Lina Bo Bardi

1 10/12/09

Um túmulo para múmias ilustres? Um depósito ou um arquivo de obras humanas que, feitas pelos homens bsoletas e devem ser administradas com um sentido de piedade? Nada disso. Os museus novos devem abrir o ar puro, a luz nova. Entre passado e presente não há solução de continuidade. É necessário entrosar a e melancólica e distraída por toda espécie de pesadelos, na grande e nobre corrente da arte.” Lina Bo Bardi

caso de estudo_ MASP_museu de arte de são paulo _ espaço público e forma de equipamento arquitecto_ Lina Bo Bardi localização_ são paulo ano de construção_ 1957 - 68

b.i.

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15 Planta R/C

pinacoteca

1.belvedere Planta piso 2 O terreno onde o se implanta toma espaço de um antigo belvedere, a condição do projecto era preservar a vista d’água 1.pinacoteca privilegiada para o centro da cidade, o que explica2.espelho então a excentricidade do vão de 74 metros que divide o corpo principal do MASP do Novo Trianon-Museu abaixo do belvedere, resultando, assim, dois andares de subsolo e dois andares acima do nível da Paulista e uma grande praça entre eles (hoje chamada Esplanada Lina Bo Bardi).

MASP

4.

O principal

acesso é feito pela Avenida

antigo belvedere

Paulista

1.

2.

, a cobertura proporcionada pela caixa-museu de 72 metros de extensão, transforma-se em sala de estar no meio da confusão e do caos.

3.

caixa museu

Acima do Belvedere, ergue-se o edifício do Museu de Arte de São Paulo. Este está dividido em dois andares, um primeiro que compreende escritórios, salas de exposições temporárias, salas de exposições particulares e administração.

4.

acesso vertical

No segundo piso encontra-se então a pinacoteca do museu, com uma exposição permanente. O acesso entre estes pisos, é feito através da mesma escada ao ar livre e um ascensor.

Belvedere

vertical X horizontal

Av.Paulista

Planta piso 1 1.hall

15m

2.exposições temporárias 3.acervo 4.administração

implantação: limite e topografia

distribuição

acessos. programa. função. Desníveis naturais do terreno Desníveis do edifício

Novo Trianon-Museu a corredor de serviços

Corte aa’ Os 15 metros de declive do terreno é devidamente preenchido pelo Novo Trianon-Museu, que é constituído por um embasamento (do lado da Av. 9 de julho) cuja cobertura constitui o grande Belvedere. Portanto, a implantação respeita não só a preservação da vista como as cotas do terreno, além de criar um novo espaço de lazer e cultura da Av. Paulista.

horizontalidade

A do edifício do MASP contrasta com a respiro e pausa no percurso da Av. Paulista.

verticalidade dos outros prédios, cria então um ponto de a’

implantação

implantação c

pinacoteca

limite. topografia.

A que se encontra no 2º andar, tem um novo conceito de organização, - moderno e contemporâneo - caracterizado por painéis totalmente móveis, vitrines e sistema de iluminação distribuídos de forma a proporcionar não só exposições rotativas do acervo - com melhores visuais para o visitante - como também, e principalmente, condições adequadas para o exercício de atividades de ensino e atendimento de grupos monitorados, prioridades estas que ensejam um novo dinamismo na atuação didática do museu.

planam

As obras de arte não se encostam às paredes a espera de uma aproximação dos visitantes, elas entre as outras, emolduradas em planos de vidro e sustentados por um cubo de betão, dando uma amplitude visual de toda a pinacoteca. O percurso não tem limites.

Lina Bo e seu mobiliário

exposições temporárias

Uma visita descompromissada é o programa perfeito para conhecê-lo melhor. É um museu que surge com um novo sentido social, se dirige à massa não informada, nem intelectual, nem preparada. Assim cria-se uma atmosfera, uma conduta apta a criar no visitante a forma metal adaptada à compreeensão da obra de arte, e neste sentido não se faz distinção entre uma obra de arte antiga e uma obra de arte moderna. No mesmo objectivo as obras não são localizadas segundo um critério cronológico mas apresentada quase propositadamente no sentido de que desperte reações de curiosidade e de investigação.

produzir um choque

“... Ter presente que a arquitectura não se pode limitar aos desejos das classes dominantes, mas atender aos mais pobres que dela tanto carecem.”

pinacoteca exposição temporária

Oscar Niemeyer

Corte bb’

grande auditório

b’

b

distribuição: acesso, programa e função distribuição

acessos. programa. função.

pilares

escadas de acesso

escada ao ar livre

elevador monta-cargas

Uma de betão e um em aço e vidro temperado permitem os acessos entre pisos.

O Masp está apoiado sobre

quatro pilares,

ligados por duas vigas de betão protendido na cobertura, e duas grandes vigas centrais para sustentação do andar que abriga a pinacoteca. O andar de baixo, com as exposições temporárias e serviços, está suspenso em duas grandes vigas por meio de

tirantes de aço.

construção: tectónica dos materiais

O belvedere é pavimentado com paralelepípedos na tradição ibérico-brasileira. Há também áreas com água, pequenos

escala

espelhos. envolvente. forma.

espelho d´água


16

:: estudo e levantamento da Igreja de Santos Passos. Guimarães história da arquitectura portuguesa disciplina prof. Alexandre Alves Costa, Marta Oliveira e José Miguel Rodrigues 2007 | 08 O presente trabalho tem por objecto de resumo estudo a Igreja dos Santos Passos de Nossa Senhora da Consolação, edificada em 1769 e da autoria de André Soares. A Igreja situa-se no distrito de Guimarães, concelho de Braga, e enquadra-se num contexto urbano. Por se tratar de Arquitectura Religiosa, entendemos que está intimamente relacionada com os hábitos e vida quotidiana das populações, marcando profundamente o lugar onde se insere. Como pudemos comprovar pela pesquisa efectuada, nomeadamente em “Nossa Senhora da Consolação e Santos Passos: História de uma Real Irmandade”, a construção religiosa emprega, efectivamente, meios vultuosos na edificação dos templos e este facto toma ênfase particular no nosso caso de estudo, dado a Igreja ter passado por diferentes períodos de construção consoante os dividendos da Irmandade.


17

planta de Guimarães aproximação da escala

planta r/c

planta do coro

secções e estudo da luz


18

:: caderno de desenhos história da arquitectura portuguesa disciplina prof. Alexandre Alves Costa, Marta Oliveira e José Miguel Rodrigues 2007 | 08 . realização de visitas de estudo, de acordo objectivos com as possibi lidades e gostos pessoais, com o objectivo de tomarem contacto directo com alguns dos momentos da história da arquitectura e do urbanismo portugueses, interpretando-os e registrando-os através de desenho, utilizado como processo analítico.

. igreja Serra do Pilar. Vila Nova de Gaia . catedral da Sé. Porto


19

. forte de Santo António da Barra. Salvador BR . torre de Belém. Lisboa . capela São Miguel o Anjo. Porto . catedral da Sé. Porto


20

:: intervenção urbana Freguesia de Cedofeita. Porto projecto V disciplina prof. André Santos 2008 | 09 A área de intervenção localiza-se na memória descritiva Freguesia de Cedofeita e caracteriza-se, predominantemente, por habitações que ocupam os lotes do séc. XIX (casas de dois a quatro pisos); pelos passeios de pequenas dimensões e pela forte presença de dois equipamentos: a Maternidade Júlio Diniz e o Conservatório de Música do Porto. A solução encontrada para a ligação e atravessamento entre a cota baixa com a alta constituiu num estudo de várias plataformas destinadas ao comércio e à restauração, unidas por acessos verticais feitos por escalas rolantes. Associada à Maternidade Julio Diniz é proposto um novo edifício que completará as funções hospitalares e dará lugar à um estacionamento subterrâneo público em vista de controlar o problema de estacionamento da zona. Outra intervenção localiza-se num pátio existente no interior do quarteirão à norte da zona de intervenção. Estes armazéns serão ocupados por oficinas de artesanato e à programas culturais.


21

localização da intervenção

planta de trabalho


22

planta proposta


23


24

:: projecto de reabilitação do Bairro de São Vítor. Porto patologia da construção disciplina 2008 | 09 trabalho realizado em conjunto com: João Pires, Luisa Oliveira, Luísa Pastore, Maria Filipa Guimarães e Tiago Oliveira.

Situado na Freguesia do Bonfim, o resumo bairro de São Vítor surge implantado numa rede de alta densidade habitacional. Orientado no sentido Este/Oeste, caracteriza-se por subverter o antigo sistema dos lotes das ilhas. Composto em banda por fogos tipo T3 duplex, com excepção de um fogo T4 na zona de vazamento do edifício, é parte integrante de um projecto que incluía a renovação dos edifícios existentes em torno do quarteirão, através de um sistema de passagens pedonais que ligava o conjunto à malha urbana existente. Aparece inserido no Programa SAAL e pretende responder à carência habitacional do pós 25 de abril. Para a reabilitação do edifício, tivemos em conta o projecto original concluído em 1976 e o seu estado actual: alterado, maioritariamente, pelos próprios habitantes, de acordo com os interesses e as necessidades de cada família. Assim, decidimos manter uma linguagem que tivesse em conta estas realidades. Tomamos como referência a reabilitação do bairro da Bouça, do mesmo autor, e construída originalmente a meados dos anos 70 e também pela Operação SAAL.


25

estudo diagnóstico

proposta de reabilitação


26

:: projecto e design da escada jurupis. São Paulo estágio curricular realizado na Triptyque architecture âmbito 2008 | 09 . juntamente com o projecto de reabilitação do apartamento descrição jurupis, localizado no bairro do Ibirapuera, em São Paulo, era previsto um novo acesso vertical no duplex. Desta forma, a peça proposta aos clientes foi esta escada que juntaria a função com a forma, e seria o protagonista da sala. . a escada é feita em chapa metálica pintada da cor vermelha e todas as peças que constituem a estante são em contraplacado de madeira pintados em tinta branca fosca. . esta estante é suportada pela chapa metálica da escada que em alguns pontos apoia-se no piso. Desta maneira, todo o esforço exercido pela escada não interfere com os restantes materiais. . haverá um acesso ao interior da peça que constitui a escada e será utilizado como uma pequena adega. O conceito deste projecto fixa-se numa aposta de um objecto que, além de cumprir com a função de acesso ao piso superior do duplex, valida-se como um móvel central no espaço e alberga os equipamentos eletronicos e cria espaços de arrumação.


ab er t. • ••

27

13

5

••

••

••

••

••

••

129

2. r do ce ue aq

47234

82

236

84

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4

115

7

11

3

1

2

3

1.06

4

evaporadora 05

146

142

.64

•• ••

78

.80

86

54

.56

••

119 1.30

53

104

80

3

2

1

••

56

4

• ••

abertura difusor 214 130

50

1

1.46 • ••

116

217

2

0

0

1

13

2

• ••

abert. retorno

8

35

349

0

16 15

5

6

6 7

2

63

8

14

1 9

10

0

11

13

12

1.69

62

10

7

75

3.16

planta r/c e piso 1

3.06

3.

08

9

64

1.61

8

.23

2.56

1.28

.75

4.60

1.15

1.14

.13

a

.64

a

2.93

.63

3

2

1

2.75

0

1.15

2.44

.91

4

1.56

7 8

cave climatizada

9

10

d

15

.78

37

36 107

.63 .64 1.26

6

.53 .56

b

.69 71

3.59

14

7

.24

8

1.47

9

10

11

12

.08

2. 96

planta da escada c

c

.35

.72

.81

1.81

1.09

2.64

.55

3.19

b

a

vistas da escada

d

13

1.91

1.73

b

1.59 45

shaft

6

16 .21 43 .45

70

83

5

c

d


28

:: proposta de reabilitação para o atelier Adriana Varejão. Rio de Janeiro estágio curricular realizado na Triptyque architecture âmbito 2008 | 09 O conçeito de reciclagem é entendido da forma descrição mais ampla possivél. Tanto do conçeito arquitetónico e artístico, mas também do lado técnico da não-reforma. No processo de demolição será guardado e separado por tipo, os entulhos de demolição da antiga reforma. Esses entulhos serão a materia prima da intervenção na casa, que seja moveis ou não.


29

Atelier -Casa Adriana Varej茫o

Projeto mem贸rias

B

B

Terreo

1 Pavimento

Projeto mem贸rias B

B

Belvedere

Corte



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