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1.1.2 O star system

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REFERÊNCIAS

REFERÊNCIAS

1.1.2 O star system

Segundo Paulo Paranaguá (1987) o star system é um fenômeno da autopromoção do cinema, típico da sua fase industrial. “A diva italiana, a estrela americana e as estrelas francesas provavelmente são raízes e características específicas, derivadas de seu contexto particular nacional” . (idem, p199). No entanto, eles adquirem um lamento principal na promoção de seus filmes quando o cinema vai do artesanato para o estágio industrial, com seus principais estúdios e empresas de produção, e produção em massa.

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Se os anos 1930 foram, portanto, a era do cinema, cinema nessa era significava estritamente Hollywood. As consequências dessa situação mudaram a história do mundo. (SEVCENKO; NOVAIS, 1998, p. 598)

Edgar Morin (1989), analisa, como a indústria cinematográfica hollywoodiana criou, endeusou e vendeu suas estrelas e filmes. Nesse estudo, ele expõe os rituais de adoração dos fãs, como as estrelas eram mitificadas pelos estúdios e como isso evoluiu e declinou com o passar dos anos.

É necessário que precisemos o sentido do termo “mito”, tornado também, ele próprio, mítico nas mãos de seus múltiplos comentadores. Um mito é um conjunto de condutas e situações imaginárias. Essas condutas e situações podem ter por protagonistas personagens sobre-humanas, heróis ou deuses; diz-se então o mito de Hércules, ou de Apolo. E, com toda exatidão, Hércules é um herói, e Apolo, deus, de seus mitos. (MORIN, 1989, p. 26)

Hollywood percebeu como o glamour de seus astros se espalhava a tudo ao seu redor, desde o que eles vestiam ao que eles tocavam e aquilo sobre o que eles falavam. A beleza desses indivíduos era ressaltada pela maquiagem, penteados, luzes e closes. O conjunto dos recursos desenvolvidos para as finalidades técnicas das filmagens passa a ser posto no mercado, aventando a possibilidade de as pessoas construírem suas próprias exterioridades para se assemelhar aos deuses da tela.

Morin também expõe que não há uma receita para se tornar uma estrela. Beleza e juventude ajudam, mas não adiantam cursos de interpretação se não houver graça e certa assertividade... “cabelos, rosto, seios, quadris e pernas são os sinais mais eloquentes dessa personalidade” (Morin, 1989). No caminho do estrelato, ele categoriza três etapas (não necessariamente rígidas) a ser percorridas: pin-up, starlet e vedete.

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