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Figura 3. Marilyn Monroe (pin-up

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REFERÊNCIAS

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Figura 3. Marilyn Monroe (pin-up)

Já a starlet estaria a meio caminho entre a pin-up e a estrela. A garota jovem e bonita que tenta firmar seu nome, mas ainda carece de atributos de personalidade. E a vedete é a grande atriz que no entanto só excepcionalmente se tornará uma estrela.

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O que é um filme se não um “romance”, isto é, uma história privada destinada ao público? A vida privada de uma estrela deve ser pública. Revistas, entrevistas, festas e confissões (Film de ma vie) constrangem a estrela a ostentar a si mesma, seus gestos, seus gostos. As vedetes já não têm nada de secreto: “Uma explica como tomar um xarope, outra revela o prazer secreto que sente ao catar pulgas em seu cachorro”. Fofocas, indiscrições, fotografias transformam o leitor de revistas em voyeur, como no cinema. O leitor-voyeur persegue a estrela, em todos os sentidos do termo. (MORIN, 1989, p. 39).

Richard Dyer sugere que as estrelas podem ser entendidas como uma imagem construída, uma commodity e uma ideologia. Seu livro Stars é dividido em três partes distintas, baseadas em diferentes perguntas que poderiam ser feitas sobre as estrelas enquanto seus significados: a) Parte Um: Estrelas como Fenômeno Social – por que as estrelas são significativas; ou seja, em que tipo de realidade social estão as estrelas? Por que elas existem, em geral e em particular? Qual é a relação delas com outros aspectos da estrutura social e valores? b) Parte Dois: Estrelas como Imagens – o que as faz significar algo; ou seja, que significados e afetos fazem a imagem do estrelato e que imagens específicas as estrelas incorporam? c) Parte Três: Estrelas como Signos – como as estrelas significam; isto é, como as imagens de estrelas funcionam dentro dos próprios textos do filme em relação a outros aspectos do texto, incluindo aqueles como caracterização e desempenho que coincidem diretamente com a presença da estrela.

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