1 minute read

3 A REVISTA CINELÂNDIA

Next Article
REFERÊNCIAS

REFERÊNCIAS

3 A REVISTA CINELÂNDIA

Nos anos 1950, através das revistas de fãs, os cinéfilos tinham acesso a fotos e informações sobre seus ídolos, filmes e notícias de bastidores. O lançamento da revista Cinelândia, com seu design gráfico e fotografia com padrão similar as estrangeiras, a diferenciou das outras publicações locais e elevou o nível de qualidade entre os periódicos desse tipo no Brasil. Esses aspectos foram também preponderantes para sua longevidade, sendo publicada de 1952 a 1967. A Cinelândia era publicada pela Rio Gráfica Editora, empresa de Roberto Marinho, mais tarde fundador e proprietário da TV Globo. O destaque na época do lançamento foram os acordos comerciais contratados entre a Rio Gráfica e as estadunidenses Dell Publishing Company e Margood Publishing Corporation, de Nova York, que forneciam conteúdos exclusivos para uso no Brasil. Com tais acordos ela podia seguir os moldes das publicações desses dois grupos, tendo a Photoplay e a Modern Screen como fontes principais. Por esses acordos, tinha acesso também aos correspondentes especiais em Hollywood e na Europa. Antes do surgimento da Cinelândia, as revistas A Cena Muda e Cinearte também reproduziam publicações estrangeiras e acrescentavam conteúdo local às matérias recebidas, tanto das redações quanto dos próprios estúdios de cinema, através do mecanismo de marketing destes, também conhecido como star system, ou “sistema estelar” . De acordo com o editorial publicado no primeiro número de Cinelândia, algumas das maiores comentaristas de Hollywood, como Louella Parsons e Hedda Hopper, eram colaboradoras e tidas como as colunistas que conseguiam as melhores matérias de bastidores dos estúdios. Contavam, também, através de suas crônicas, os ‘’casos’’ e “fofocas’’ das estrelas, um dos grandes atrativos para os fãs. Diferente do crédito dado a essas cronistas, os fotógrafos quase nunca eram mencionados. Talvez porque as fotos viessem diretamente dos estúdios, apenas o nome dos atores ou da agência distribuidora eram mencionados. Essas imagens eram paginadas e impressas em papel de boa qualidade e com um processo de impressão offset, até então pouco utilizado por aqui.

Advertisement

This article is from: