O tesouro
Certo dia, no país da Equalândia apareceu uma misteriosa arca. Os números e as incógnitas tentaram descobrir o que guardava aquele enorme baú. — Será um tesouro? – perguntaram as incógnitas — Vamos chamar a nossa amiga detective – disseram os números enquanto saltitavam ao redor da caixa A detective Equatriz analisou os vértices, as arestas e as faces daquele enorme paralelepípedo rectângulo. — Se querem abrir este cofre, vão ter de resolver o enigma que está numa das suas faces — comentou a Equatriz — Um enigma! Não vimos nada. – afirmaram os números — Nem nós. – reforçaram as incógnitas — Na base deste baú está escrito “A diferença entre o triplo da soma de um número com dois e o dobro da diferença desse número com um é doze. Qual é o número que abre este baú?” – leu a Equatriz — Como resolver este enigma? – perguntaram os números bastante preocupados A Incógnita Xis, refilona mas sempre disposta a ajudar, logo se preparou para entrar numa equação. Chamaram os parêntesis, o mais (+ ) , o menos (− ) e o imprescindível igual
(= ) . Com a ajuda da Equatriz, números, incógnitas e sinais rapidamente se perfilaram numa bonita equação 3( x + 2 ) − 2( x − 1) = 12 Apareceu nesse instante o Equivalente (⇔ ) que se prontificou para ajudar a resolver a equação. — Posso ajudar? — interrogou ele. — Chegaste tarde de mais. Eu já encontrei a solução. — declarou a Equatriz. — Sim, tarde de mais. Vamos abrir o cofre com o nosso número mágico, o 8 — comentaram os outros números. — Não é possível! Há qualquer coisa de errado. O cofre não abre — disse a Equatriz bastante preocupada. — Eu posso ajudar. — tentou outra vez o Equivalente.
A Equatriz, embaraçadíssima, aceitou a ajuda e rapidamente o Equivalente descobriu o erro, encontrando assim a solução do enigma. — A solução da equação é 4. Experimentem abrir esse baú! — ordenou. Um pouco desconfiado, o 4 aproximou-se e … magicamente viram aquela arca misteriosa abrir-se em forma de um livro de matemática. A Equatriz tomou o livro nas mãos e folheou-o delicadamente, exibindo a sua preciosa descoberta com um sorriso de orelha e orelha. Tinha encontrado um poema que ensina a resolver equações: Quando numa equação os parêntesis queres tirar a propriedade distributiva vais ter de aplicar. Presta muita atenção aos sinais negativos que atrás dos parêntesis possas encontrar. Se o sinal menos (− ) aparecer todos os termos dentro do parêntesis de sinal vais trocar. A seguir, os denominadores podes eliminar e o mínimo múltiplo comum vai-te ajudar. E com uma equação mais simples os princípios de equivalência deves aplicar. Os termos com incógnita dos independentes deves separar. Se os mudas de membro, Não te esqueças de o sinal mudar. Só falta simplificar os termos semelhantes, (uma coisa depressinha…) e num abrir e fechar de olhos a incógnita ficará sozinha. Ana Rita Boulhosa, 9º C