Monografia TFG - Moradia estudantil como uma forma de habitar

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moradia estudantil

como uma forma de habitar

IMAGEM 1: ILUSTRAÇÃO DA CAPA - PRINCIPAL. FONTE: PINTEREST, 2019. EDIÇÃO: AUTOR, 2020.



UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP

Arquitetura e Urbanismo Campus Chácara Santo Antônio III

MATEUS TAVARES BRAGA

moradia estudantil

como uma forma de habitar

Monografia apresentada para obtenção do título em nível de Graduação em Arquitetura e Urbanismo pela UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP, sob a orientação da professora Monica dos S. Dolce Uzum.

SÃO PAULO 2020


BRAGA, Mateus Tavares. MORADIA ESTUDANTIL/MATEUS TAVARES BRAGA São Paulo/SP, 2020. x f.: il. color. Orientadora: Monica dos S. Dolce Uzum Trabalho Final de Graduação (Bacharelado em Arquitetura e Urbanismo) - Universidade Paulista - UNIP, São Paulo, 2020. 1.República 2.Estudantes 3.Jovens 4.Moradia 5.Arco Jurubatuba I. UZUM, Mônica dos S. Dolce(Orient.) II. Título


UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP

Arquitetura e Urbanismo Campus Chácara Santo Antônio III

MATEUS TAVARES BRAGA Monografia apresentada para obtenção do título em nível de Graduação em Arquitetura e Urbanismo pela UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP, sob a orientação da professora Monica dos S. Dolce Uzum.

ORIENTADORA

CONVIDADO(A)

CONVIDADO(A)

SÃO PAULO 2020


agradecimentos

O

meu agradecimento, sem citar nomes para que eu não eSqueça de alguém, vai para todos que sempre estiveram próximos a mim e que de alguma forma, por mais simples que seja, pôde contribuir positivamente de forma direta ou indiretamente na realização deste trabalho, mas em especial, agradeço imensamente minha orientadora ao qual tenho um carinho especial e que sempre esteve presente e disposta a ouvir e solucionar minhas dúvidas ao longo desses anos acadêmicos. Também agradeço por toda oportunidade e experiência que obtive através dos estágios na SECRETARIA MUNICIPAL DE URBANISMO E LICENCIAMENTO SMUL e SÃO PAULO URBANISMO - SP URBANISMO, onde pude conhecer pessoas incríveis que contribuíram no meu repertório e visão de mundo do que seria uma parte da profissão ao qual escolhi exercer, além do amadurecimento profissional.


resumo

O

presente material consiste em apresentar meu TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO - TFG realizado no curso de Arquitetura e Urbanismo pela UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP baseando-se na leitura urbana, conceitos e referências de projeto arquitetônico com o intuito de elaborar um projeto de moradia estudantil que visa incentivar as novas formas de morar relacionado com as necessidades dos jovens contemporâneos, ou seja, pretende-se oferecer um lar de qualidade que tenha relação com as dinâmicas de transformações do tecido urbano através do adensamento populacional nos lugares considerados como eixo estratégico devido a sua proximidade e ligação com o transporte público coletivo, além da proximidade com instituições de ensino superior e técnico que se concentram na região que compreende a centralidade de Santo Amaro localizada na zona sul do município de São Paulo.

PALAVRAS-CHAVE: REPÚBLICA. ESTUDANTES. JOVENS.


abstract

T

he following material presents my Final Graduation Work carried out in the Architecture and Urbanism course at UNIVERSIDADE PAULISTA UNIP based on urban reading, concepts and references of student housing architectural projects that aim to encourage new ways of living. These projects are related to the needs of contemporary youth. In this way, it is intended to offer a quality home that is related to the dynamics of urban life, transformed by population density, in places considered strategic due to the proximity and connection with public transport and institutions of higher and technical education. The region evaluated for this work comprises the center of Santo Amaro, located in the south of the city of SaĚƒo Paulo.

KEYWORDS: REPUBLIC. STUDENTS. YOUNGS.


lista de imagens

IMAGEM 1: ILUSTRAÇÃO DA CAPA PRINCIPAL

01

IMAGEM 2: ILUSTRAÇÃO DA CAPA CAPÍTULO 01

18

IMAGEM 3: ILUSTRAÇÃO DA CAPA CAPÍTULO 02

32

IMAGEM 4: ÍNDICES URBANÍSTICOS

39

IMAGEM 5: OCORRÊNCIA DOS VENTOS NORDESTE EM 22 DE DEZEMBRO IMAGEM 6: OCORRÊNCIA DOS VENTOS SUDESTE EM 22 DE DEZEMBRO IMAGEM 7: OCORRÊNCIA DOS VENTOS NORDESTE EM 21 DE MARÇO IMAGEM 8: OCORRÊNCIA DOS VENTOS SUDESTE EM 21 DE MARÇO IMAGEM 9: INTERIOR DO LOTE 1 ESCOLHIDO IMAGEM 10: INTERIOR DO LOTE 2 ESCOLHIDO

IMAGEM 14: RUA BARÃO DO RIO BRANCO

47

IMAGEM 15: FLUXO NAS ESQUINAS DA RUA BARÃO DO RIO BRANCO E RUA AMADOR BUENO

48

IMAGEM 16: RUA AMADOR BUENO EM REFORMA IMAGEM 17: VISTA DA RUA AMADOR BUENO

IMAGEM 27: BIBLIOTECA MUNICIPAL BELMONTE

52

IMAGEM 28: FLUXO NA AVENIDA MÁRIO LOPES LEÃO

52

48

IMAGEM 29: PRAÇA SALIM FARAH MALUF

52 54

48

IMAGEM 30: ILUSTRAÇÃO DA CAPA CAPÍTULO 03 IMAGEM 31: ILUSTRAÇÃO DE ESTUDANTES

56

IMAGEM 32: ILUSTRAÇÃO DE NETWORKING

58

49

43

IMAGEM 18: VISTA DO ENTORNO DA RUA BARÃO DO RIO BRANDO EM REFORMA

49

IMAGEM 33: FACHADA PRINCIPAL DO PAVILHÃO SUÍÇO

60

43

IMAGEM 19: EXTERIOR DA PRAÇA FLORIANO PEIXOTO

49

IMAGEM 34: FACHADA POSTERIOR DO PAVILHÃO SUÍÇO

60

43

IMAGEM 20: VISTA DO ENTORNO DA PRAÇA FLORIANO PEIXOTO IMAGEM 21: CALÇADÃO DE SANTO AMARO

50

IMAGEM 35: ESCADAS DE ACESSO AO TÉRREO

60

50 IMAGEM 36: PERSPECTIVA DOS FUNDOS DO PAVILHÃO

61

46

IMAGEM 22: CALÇADÃO DE SANTO AMARO SENTIDO ANTIGA PREFEITURA DE SANTO AMARO

50

IMAGEM 37: ESCADAS PRINCIPAIS

61

46

IMAGEM 23: CALÇADÃO DE SANTO AMARO SENTIDO LARGO TREZE

IMAGEM 38: ACESSO AOS DORMITÓRIOS

61

IMAGEM 39: TÉRREO SOBRE PILOTIS

61

IMAGEM 40: TERRAÇO-JARDIM DO PAVILHÃO

61

43

IMAGEM 11: ÁREA DE INTERVENÇÃO

46

IMAGEM 12: PERSPECTIVA DA ÁREA

47

IMAGEM 13: FLUXO DA VIA DO PROJETO

47

IMAGEM 24: INTERIOR DA PRAÇA FLORIANO PEIXOTO

51

IMAGEM 25: CORETO NA PRAÇA FLORIANO PEIXOTO

51

IMAGEM 26: CÂMARA MUNICIPAL DE SANTO AMARO

51


IMAGEM 41: PLANTA - TÉRREO - PAVILLON SUISSE IMAGEM 42: PLANTA - PAV. 1, 2 E 3 PAVILLON SUISSE

62

62

IMAGEM 43: PLANTA - PAV 4 - PAVILLON SUISSE

62

IMAGEM 44: PERSPECTIVA DO PROJETO COM ENTORNO

64

IMAGEM 45: VISTA DO DETALHE DA FACHADA

64

IMAGEM 46: VISTA PERSPECTIVADA IMAGEM 47: VISTA DO TÉRREO E ACESSO IMAGEM 48: PERSPECTIVA DA FACHADA

IMAGEM 54: PLANTA - PAV 1 - MORADIA ESTUDANTIL

78 79

67

IMAGEM 72: VISTA DO LOCAL DE CONVIVÊNCIA, REUNIÃO OU PALESTRA IMAGEM 73: VISTA DOS FUNDOS

80

IMAGEM 74: VISTA SENTIDO MEZANINO

81

IMAGEM 75: VISTA DE UMA TIPOLOGIA DE DORMITÓRIO

82

IMAGEM 76: VISTA DA PISCINA NO TERRAÇO

83

IMAGEM 77: VISTA DO ACESSO A PISCINA NO TERRAÇO

84

IMAGEM 78: DIAGRAMA ARQUITETÔNICO

85

IMAGEM 79: ORGANOGRAMA

85

IMAGEM 57: PLANTA - PAV 9 - MORADIA ESTUDANTIL

67

IMAGEM 58: VISTA LATERAL AO AUDITÓRIO

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IMAGEM 59: RAMPA AO ACESSO PRINCIPAL

68

64

IMAGEM 61: VISTA DO PÁTIO INTERNO

69

65

IMAGEM 62: PERSPECTIVA DA FACHADA

69

65

IMAGEM 63: VISTA DA SALA DE ESTUDOS

69

IMAGEM 64: VISTA DO MODELO DE DORMITÓRIO

69

65

IMAGEM 65: VISTA DO REFEITÓRIO

IMAGEM 50: VISTA DO MODELO DE DORMITÓRIO

IMAGEM 53: PLANTA - TÉRREO - MORADIA ESTUDANTIL

IMAGEM 71: VISTA ATRAVÉS DO MEZANINO

68

65

IMAGEM 52: PLANTA - SUBSOLO - MORADIA ESTUDANTIL

IMAGEM 56: PLANTA - PAV 8 - MORADIA ESTUDANTIL

67

IMAGEM 60: VISTA DA FACHADA PRINCIPAL

IMAGEM 49: VISTA DA SACADA COM BRISES

IMAGEM 51: VISTA DO REFEITÓRIO E DESCANSO

IMAGEM 55: PLANTA - PAV 2 AO 7 MORADIA ESTUDANTIL

IMAGEM 80: DIAGRAMA DAS TIPOLOGIAS

100

69

IMAGEM 81: DIAGRAMA DAS VARANDAS

100

70

IMAGEM 82: DIAGRAMA DOS PAVIMENTOS - PARTE 1

101

65

IMAGEM 66: PLANTA - TÉRREO - RÉSIDENCE ETUDIANTE

71

IMAGEM 83: DIAGRAMA DOS PAVIMENTOS - PARTE 2

102

66

IMAGEM 67: PLANTA - PAV TIPO RÉSIDENTE ETUDIANTE

74

IMAGEM 84: DIAGRAMA DOS PAVIMENTOS - PARTE 3

103

66

IMAGEM 68: ILUSTRAÇÃO DA CAPA CAPÍTULO 04 IMAGEM 69: FACHADA DO PROJETO

76

IMAGEM 85: ILUSTRAÇÃO DA CAPA CAPÍTULO 05

104

IMAGEM 70: PERSPECTIVA DO PROJETO

77

66


lista de gráficos

GRÁFICO 1: UMIDADE RELATIVA DE SÃO PAULO

42

GRÁFICO 10: ÁREAS EM % - COBERTURA PAVILLON SUISSE

62

GRÁFICO 2: TEMPERATURA E ZONA DE CONFORTO DE SÃO PAULO

42

GRÁFICO 11: ÁREAS EM % - SUBSOLO MORADIA ESTUDANTIL

66

GRÁFICO 3: FREQUÊNCIA DE OCORRÊNCIA DOS VENTOS EM SÃO PAULO

42

GRÁFICO 12: ÁREAS EM % - TÉRREO MORADIA ESTUDANTIL

66

66

59

GRÁFICO 13: ÁREAS EM % - PAV 1 MORADIA ESTUDANTIL

67

59

GRÁFICO 14: ÁREAS EM % - PAV 2 AO 7 MORADIA ESTUDANTIL

67

59

GRÁFICO 15: ÁREAS EM % - PAV 8 MORADIA ESTUDANTIL

67

59

GRÁFICO 16: ÁREAS EM % - PAV 9 MORADIA ESTUDANTIL

70

62

GRÁFICO 17: ÁREAS EM % - TÉRREO RÉSIDENCE ETUDIANTE

71

62

GRÁFICO 18: ÁREAS EM % - PAV TIPO RÉSIDENTE ETUDIANTE

GRÁFICO 4: VIVÊNCIA EM UMA MORADIA ESTUDANTIL - GOOGLE FORMS GRÁFICO 5: COMPARTILHAMENTO DE AMBIENTES - GOOGLE FORMS GRÁFICO 6: ESCOLHA DA TIPOLOGIA DOS DORMITÓRIOS - GOOGLE FORMS GRÁFICO 7: FAIXA ETÁRIA DOS ENTREVISTADOS - GOOGLE FORMS GRÁFICO 8: ÁREAS EM % - TÉRREO PAVILON SUISSE GRÁFICO 9: ÁREAS EM % - PAV. 1, 2 E 3 PAVILLON SUISSE


lista de tabelas

TABELA 1: MAJORAÇÃO DO COEFICIENTE DE APROVEITAMENTO

29

TABELA 8: ÁREAS - PAV 1 - MORADIA ESTUDANTIL

66

TABELA 2: FREQUÊNCIA DE OCORRÊNCIA DOS VENTOS EM SÃO PAULO

42

TABELA 9: ÁREAS - PAV 2 AO 7 - MORADIA ESTUDANTIL

67

TABELA 3: ÁREAS - TÉRREO - PAVILLON SUISSE

62

TABELA 10: ÁREAS - PAV 8 - MORADIA ESTUDANTIL

67

TABELA 4: ÁREAS - PAV. 1, 2 E 3 PAVILLON SUISSE

62

TABELA 11: ÁREAS - PAV 9 - MORADIA ESTUDANTIL

67

TABELA 5: ÁREAS - COBERTURA PAVILLON SUISSE

62

TABELA 12: ÁREAS - TÉRREO - RÉSIDENCE ETUDIANTE

70

TABELA 6: SUBSOLO - MORADIA ESTUDANTIL

66

TABELA 13: ÁREAS - PAV TIPO RÉSIDENCE ETUDIANTE

71

TABELA 7: ÁREAS - TÉRREO - MORADIA ESTUDANTIL

66


lista de mapas

MAPA 1: MACROÁREAS DE ESTRUTURAÇÃO

22

MAPA 2: SETORES DE ESTRUTURAÇÃO

24

MAPA 3: ARCO JURUBATUBA

26

MAPA 4: SETORES DE INTERVENÇÃO URBANA

28

MAPA 5: ZONEAMENTO

30

MAPA 6: CONEXÕES E FLUXOS

34

MAPA 7: USO PREDOMINANTE DO SOLO

36

MAPA 8: ÍNDICES URBANÍSTICOS

38

MAPA 9: GABARITO DE ALTURA

40

MAPA 10: BENS TOMBADOS

44


lista de abreviaturas e siglas

UNIVERSIDADE PAULISTA

UNIP

MACROÁREAS DE ESTRUTURAÇÃO METROPOLITANA

SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO URBANO

SMDU

PLANO DIRETOR ESTRATÉGICO

PDE PIU

SÃO PAULO URBANISMO SPURBANISMO

PROJETO DE INTERVENÇÃO URBANA REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO

RMSP

ARCO JURUBATUBA

ACJ

MEM

TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO

TFG

EXAME NACIONAL DO ENSINO MÉDIO

ENEM

SISTEMA DE SELEÇÃO UNIFICADA

SISU

ÁREA DE INTERVENÇÃO URBANA

AIU

PROGRAMA UNIVERSIDADE PARA TODOS

PROUNI

LEI DE PARCELAMENTO, USO E OCUPAÇÃO DO SOLO

LPUOS

AUTO ESTRADA S.A.

AESA

ZONA DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO

ZDE

ÁREA DE PROTEÇÃO E RECUPERAÇÃO AOS MANANCIAIS

APRM ZONA PREDOMINANTEMENTE INDUSTRIAL

ZPI

MAPA DIGITAL DA CIDADE

MDC ZONA EIXO DE ESTRUTURAÇÃO DA TRANSFORMAÇÃO METROPOLITANA

ZEM

CONSELHO MUNICIPAL DE PRESERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO, CULTURAL E AMBIENTAL DA CIDADE DE SÃO PAULO

CONPRESP

PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO PAULO

PMSP

COORDENADORIA DE PRODUÇÃO E ANÁLISE DE INFORMAÇÃO

GEOINFO

OPERAÇÕES URBANAS CONSORCIADAS

OUC


sumário 03 conceitos e referências

INTRODUÇÃO

16

01 leitura urbana 1.1. EVOLUÇÃO URBANA DA ZONA SUL 1.2. MACROÁREAS DE ESTRUTURAÇÃO 1.3. SETORES DE ESTRUTURAÇÃO 1.4. ARCO JURUBATUBA 1.5. SETORES DE INTERVENÇÃO 1.6. ZONEAMENTO

20 23 25 27 29 31

02 intervenção urbana 2.1. CONEXÕES E FLUXOS 2.2. USO PREDOMINANTE DO SOLO 2.3. ÍNDICES URBANÍSTICOS 2.4. GABARITO DE ALTURA 2.5. DADOS CLIMÁTICOS 2.6. BENS TOMBADOS 2.7. REGISTROS FOTOGRÁFICOS

35 37 39 41 42 45 46

3.1. AS HABITAÇÕES ESTUDANTIS 3.2. ALGUMAS FORMAS DE HABITAR 3.3. ECONOMIA OU CONSUMO COLABORATIVO 3.4. PESQUISA QUANTITATIVA 3.5. PAVILLON SUISSE, PARIS - FRANÇA 3.6. MORADIA ESTUDANTIL, MAR DEL PLATA - ARGENTINA 3.7. RÉSIDENCE ETUDIANTE, PARIS FRANÇA 3.8. JUSTIFICATIVA DOS ESTUDOS DE CASOS

56 57 58 59 60 64 68 73

04 projeto arquitetônico 4.1. O PROJETO 4.2. PROGRAMAÇÃO ARQUITETÔNICA 4.3. IMPLANTAÇÃO 4.4. SUBSOLO E PRIMEIRO PAVIMENTO 4.5. PAVIMENTO TIPO E TERRAÇO 4.6. CORTES URBANO 4.7. FACHADAS 4.8. TIPOLOGIAS DAS UNIDADES HABITACIONAIS 4.9. DIAGRAMA DAS TIPOLOGIAS 4.10. DIAGRAMA DOS PAVIMENTOS

76 85 86 87 88 89 94 98 100 101

05 considerações finais 5.1. CONSIDERAÇÕES FINAIS 5.2. BIBLIOGRAFIA

107 108


introdução

A

vivência do cotidiano de um estudante que mora sozinho, estuda longe do contato com a família ou amigos ou que reside a horas e quilômetros da universidade ao qual faz parte, despertou meu interesse a respeito dos diversos aspectos sobre essa vida de estudante. A ideia de proporcionar condições adequadas aos universitários que necessitam de auxílio durante o período acadêmico, no Brasil, parece haver uma desvalorização e falta de investimento neste setor, ao ponto de merecer atenção especial a fim de atender às necessidades do aluno universitário que, em diversos casos, desiste por falta de condições financeiras. Em um mundo ideal, seria interessante que o sistema funcionasse de modo que o acesso à residência estudantil fosse praticamente de forma inerente ao processo universitário, como acontece em outros países e algumas universidades brasileiras. Apesar desse conceito de moradia estudantil parecer estar atrelado a uma universidade específica, geralmente, associada ao tradicionalismo ou elitismo com universidades que carregam grandes nomes, elas vêm demonstrando déficit em relação a disponibilidade na quantidade de vagas e falta de investimentos. Alguma vez você já ouviu algum aluno se queixar por dificuldade em conseguir uma vaga? Isso é frequente quando temos amizades em diversas universidades e nos faz ver que, baseando-se em um possível mercado paralelo, torna-se rentável criar novos espaços de moradia estudantil para abrigar os alunos de forma a cercar de cuidados para criar ou fazer crescer essa necessidade de valorização e construção de uma ideia de que a moradia pode se estabelecer num aspecto generalista.

16


objetivo - para quê?

justificativa - por quê?

metodologia - como?

importância das moradias estudantis parece demonstrar ligação com o incentivo governamental associado aos programas educacionais de ingresso ao ensino superior através do EXAME NACIONAL DO ENSINO MÉDIO - ENEM com o SISTEMA DE SELEÇÃO UNIFICADA - SISU e o PROGRAMA UNIVERSIDADE PARA TODOS - PROUNI. Nesse contexto, os estudantes que são qualificados, em diversos casos, encontram-se em outras regiões ou estados do Brasil com grandes distâncias entre sua moradia e a universidade escolhida, gerando a procura por habitações em suas proximidades. Entretanto, também existe uma parcela de estudantes que ingressam através dos vestibulares comuns das universidades e que possuem, geralmente, famílias com renda capaz de arcar com os estudos e que também enxergam a oportunidade de convivência em um meio de coletividade.

Uma vez evidenciada a importância que as habitações estudantis exercem e proporcionam com a conclusão de um curso, essa pesquisa traz à tona a reflexão acerca dos nossos modos de habitar atuais no contexto urbano, mais especificamente relacionado aos jovens contemporâneos com a proposta de realização do projeto de moradia estudantil na cidade de São Paulo através da tentativa ou pelo menos o seu questionamento sobre como romper o projeto arquitetônico do alojamento com a vinculação à alguma instituição de ensino, muitas da vezes, elitista, metódica ou tradicionalista.

Embora espacialmente um projeto de moradia estudantil não se constitua como algo que seja novo e único de sua espécie, existem potencialidades em sua aplicação que podem ser exploradas, de modo a promover transformações em seu contexto atual. Dentre elas, encontra-se vantagem no que diz respeito ao conceito de convívio coletivo, além da economia ou consumo colaborativo e também na percepção da melhora de uma comunidade que tornase mais ativa e que visa reduzir os impactos ao meio ambiente. Dessa forma, evidencia-se a existência de uma demanda onde se concentram instituições de ensino generalizadas na centralidade de Santo Amaro, sendo um distrito que possui grande potencial de adensamento.

A

17


leitura

urbana

IMAGEM 2: ILUSTRAÇÃO DA CAPA - CAPÍTULO 01. FONTE: PINTEREST, 2019. EDIÇÃO: AUTOR, 2020.

18


19


1. 1. evolução urbana da zona sul

[...]

Há informações de que a região sul da cidade de São Paulo era habitada pelos índios tupis; FONTE: CIDADE DE SP - SUBPREFEITURA CAPELA DO SOCORRO, 2020.

1950

Nesse momento, São Paulo passa a ter um processo de industrialização intenso ampliando o parque industrial de Santo Amaro que consolidava-se como um dos pólos importantes na cidade; FONTE: CIDADE DE SP - SUBPREFEITURA SANTO AMARO, 2019.

1920

O primeiro passo para o processo de urbanização da região foi com a construção da barragem pela São Paulo Tramway Light Power Company, mais conhecida como Light São Paulo, dando origem a Represa do Guarapiranga e logo após, a transposição das águas do Rio Pinheiros sendo retificado dando origem a Represa Billings;

Ainda pouco adensada, a região marcava o ínicio das ocupações industriais pela proximidade com os rios Guarapiranga e Jurubatuba, linhas ferroviárias, bairros residenciais e vilas operárias. Algumas destas vilas operárias da região formaram os bairros Jardim São Luís e Cidade Dutra, dentre outros;

FONTE: CIDADE DE SP - SUBPREFEITURA CAPELA DO SOCORRO, 2020.

FONTE: CIDADE DE SP - SUBPREFEITURA CAPELA DO SOCORRO, 2020.

1930

As represas criaram um potencial de turismo e lazer que eram desconhecidos anteriormente, além das construções de sistemas viários importantes que impulsionaram ainda mais o desenvolvimento econômico local; FONTE: CIDADE DE SP - SUBPREFEITURA CAPELA DO SOCORRO, 2020.

1940

Nesse período foram construídas as estações ferroviárias de Santo Amaro e Jurubatuba que faziam parte do ramal de interligação da antiga Estrada de Ferro Sorocabana. Isso facilitou o escoamento industrial atraindo ainda mais indústrias e moradores para a região sul da cidade; FONTE: CIDADE DE SP - SUBPREFEITURA CAPELA DO SOCORRO, 2020.

Nesse período uma importante construtora chamada AUTO ESTRADA S.A. - AESA criou o loteamento denominado de Interlagos - Balneário Satélite com a realização de sucessivos investimentos de infraestrutura e melhorias viárias na região, tendo em vista o potencial turístico e de lazer;

O objetivo de assentar um bairro de classe alta com residências grandes de frente para a Represa do Guarapiranga fez com que ao passar do tempo algumas habitações ainda se encontrassem vazias sendo ocupadas com outras finalidades. O intuito era abrigar famílias que não queriam tanta proximidade com o centro da cidade;

FONTE: CIDADE DE SP - SUBPREFEITURA CAPELA DO SOCORRO, 2020.

FONTE: CIDADE DE SP - SUBPREFEITURA CAPELA DO SOCORRO, 2020.

1. LEITURA URBANA

20


Após a criação do bairro-jardim em Interlagos e o crescimento populacional periférico intensivo, as extremidades populacionais começaram a receber arruamentos onde encontravam-se em locais inadequados devido a presença de altas declividades e solos vulneráveis a erosões;

2019

FONTE: CIDADE DE SP - SUBPREFEITURA CAPELA DO SOCORRO, 2020.

1970

À partir disso, as ocupações passaram a ser subordinadas a ÁREA DE PROTEÇÃO E RECUPERAÇÃO AOS MANANCIAIS - APRM para que houvesse menor impacto no que se refere a implantação industrial e o controle de expansão populacional presente na região;

Com o término da expansão da Linha 5 - Lilás conectando-a ao centro da cidade de São Paulo, o entorno das estações passam a ser mais valorizados, logo, entende-se que haverá adensamento populacional com a construção de novos empreendimentos na região; FONTE: FOLHA DE SÃO PAULO, 2012.

2014

FONTE: CIDADE DE SP - SUBPREFEITURA CAPELA DO SOCORRO, 2020.

Caracterizada por uma centralidade histórica com centros comerciais, serviços de equipamentos e infraestrutura de transporte, além da existência de ocupações industriais ativas, outras que merecem modernização e outras subutilizadas ou sem uso que necessitam do processo de transformação levando em consideração a descontaminação do solo. Eis que surge a análise preliminar do território denominado como Arco Jurubatuba; FONTE: CIDADE DE SP - CULTURA, 2008. FONTE: GESTÃO URBANA, 2019.

Mesmo com as legislações vigentes, a urbanização e degradação ambiental aliadas a depreciação do valor da terra por fatores de uma política habitacional inadequada, baixa renda da população residente e a dificuldade de fiscalização dos órgãos competentes acabaram tornando-se uma prática comum a expansão desenfreada de loteamentos clandestinos e comunidades para que se instalassem nas proximidades de córregos e represas da região FONTE: CIDADE DE SP - SUBPREFEITURA CAPELA DO SOCORRO, 2020.

2000

Apesar do bairro-jardim em Interlagos que teve a intenção de atrair a população de alta renda para a região sul e toda concentração de valor histórico da região estar ligada a Santo Amaro, deve-se notar que o adensamento da área também foi impulsionado através do potencial turístico gerado pela construção do Autodrómo José Carlos Pace em Interlagos; FONTE: CIDADE DE SP - SUBPREFEITURA CAPELA DO SOCORRO, 2020.

1. LEITURA URBANA

21


FONTE: MDC/PMSP/GEOINFO, 2019. ELABORAÇÃO: AUTOR, 2020.

1. LEITURA URBANA

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1. 2. macroáreas de estruturação

A

cidade de São Paulo possui diversas transformações e melhoramentos necessários para o desenvolvimento de forma eficaz, e as OPERAÇÕES URBANAS CONSORCIADAS - OUC são intervenções pontuais realizadas sob a coordenação do poder público, iniciativa privada, empresas prestadoras de serviços públicos, moradores e usuários do local, buscando alcançar transformações urbanísticas estruturais, melhorias sociais e valorização ambiental da região e entorno ao qual o perímetro estabelecido se insere.

Além disso, também existem as macroáreas e neste caso, o mapa 1 representa as MACROÁREAS DE ESTRUTURAÇÃO METROPOLITANA - MEM que foram definidas através do PLANO DIRETOR ESTRATÉGICO - PDE do município de São Paulo, Lei nº 16.050/2014, reconhecendo-as como um território estratégico de transformação, onde podem incidir instrumentos específicos que tenham condições de promover essas transformações, como exemplo, os PROJETOS DE INTERVENÇÃO URBANA - PIU e as OPERAÇÕES URBANAS CONSORCIADAS - OUC.

Dessa forma, o PROJETO DE INTERVENÇÃO URBANA ARCO JURUBATUBA - PIU ACJ possui alguns objetivos para atender o programa de interesse público, como a qualificação do ambiente urbano através da preservação e valorização de recursos naturais, estímulos a produção habitacional, preferencialmente com caráter de interesse social e mercado popular, promover a regularização fundiária, urbanização e recuperação ambiental de assentamentos precários, incentivar novas atividades produtivas além de manter o emprego indústrial existente no perímetro, incrementar e qualificar a mobilidade urbana regional e local priorizando o acesso a população com a rede de transporte público coletivo e a logística industrial.

1. LEITURA URBANA

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FONTE: MDC/PMSP/GEOINFO, 2019. ELABORAÇÃO: AUTOR, 2020.

1. LEITURA URBANA

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1. 3. setores de estruturação

L

ogo após o PLANO DIRETOR ESTRATÉGICO - PDE do municípo de São Paulo, Lei nº 16.050/2014 reconhecer as MACROÁREAS DE ESTRUTURAÇÃO METROPOLITANA - MEM como um território estratégico de transformação, houve essa divisão em setores onde cada um obteve diretrizes de desenvolvimento e transformação urbana que, em alguns casos, a execução desses parâmetros transformadores estabelecidos ficou condicionada à existência de algum PROJETO DE INTERVENÇÃO URBANA - PIU. Portanto, esse mecanismo de setores segue a premissa de melhorar a distribuição da oferta de trabalho e moradia pelo território do município de São Paulo aliada a articulação de outros polos de empregos dos municípios vizinhos que compões a REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO - RMSP.

Sobre o Setor Orla Ferroviária e Fluvial que possui como características marcantes a presença de corpos d'águas, sendo eles o Rio Tietê, Pinheiros e Tamanduateí, além de grandes terrenos ociosos ou subutilizados. E neste caso, mais especificamente falando sobre o ARCO JURUBATUBA - ACJ que é um dos trechos delimitados que compõe este setor, sendo compreendido como um perímetro com grande potencial de transformação urbana com papel de reestruturação do município. Isso acontece de forma que haja sucessivos investimentos públicos e privados que aliados se transformam em um complexo sistema de infraestruturas, como rios canalizados, ferrovias e sistemas viários capazes de articular melhor a região possibilitando um melhor escoamento do processo de industrialização do município de forma estruturada.

1. LEITURA URBANA

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FONTE: MDC/PMSP/GEOINFO, 2019. ELABORAÇÃO: AUTOR, 2020.

1. LEITURA URBANA

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1. 4. arco jurubatuba

O

ARCO JURUBATUBA - ACJ apresenta diversidade em sua ocupação do solo com a atual predominância de usos específicos, em geral, monofuncionais de caráter industrial ou residencial, além de caracterizar-se por grandes constrastes urbanos e de indicadores sociais como na Vila Andrade, além da centralidade metropolitana e histórica de Santo Amaro e as áreas industriais de Campo Grande, Jurubatuba e Capela do Socorro concentrando as atividades econômicas de um arco populacional vulnerável mesmo com a presença, ainda que pouca, de equipamentos e insfraestrutura de transporte. A mobilidade do PIU ACJ apresenta melhoria na conectividade, incrementação e qualificação das condições de mobilidade e acesso à região em escala local e regional, intra e interbairros, priorizando o acesso da população à rede de transporte coletivo e a logística dos setores industriais objetivando o atendimento do programa de interesse público.

O território do PIU ACJ é servido por uma série de vias estruturais urbanas, como a Marginal Pinheiros e avenidas Washington Luis, Guarapiranga, Interlagos e João Dias que realizam as conexões do território com outros eixos viários, além de ser atendida pela linha ferroviária, Linha 9 - Esmeralda da CPTM e linha de metrô, Linha 5 - Lilás da Via Mobilidade. Com essa série de infraestruturas existentes e outras a serem implantadas ao passar dos anos, é evidente que isso atrairia a atenção do mercado imobiliário que enxerga a centralidade de Santo Amaro como um potencial de exploração educacional, assim podemos notar que conforme o mapa 3, existe a concentração de uma boa parte de instituições de ensino em nível técnico e superior e a área de projeto visa atender justamente esse perímetro que concentra tal demanda.

1. LEITURA URBANA

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FONTE: MDC/PMSP/GEOINFO, 2019. ELABORAÇÃO: AUTOR, 2020.

1. LEITURA URBANA

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1. 5. setores de intervenção urbana

A

ÁREA DE INTERVENÇÃO URBANA - AIU é capaz de determinar os locais onde o coeficiente de aproveitamento pode ser majorado com valores acima do que é praticado pela zona de uso estabelecida através da LEI DE PARCELAMENTO, USO E OCUPAÇÃO DO SOLO - LPUOS do município de São Paulo, Lei nº 16.402/2016, onde o lote encontra-se inserido, em outras palavras, os índices construtivos que são denominados e delimitados como Transformação e Qualificação confome tabela 1 e mapa 4 se sobrepõem aos índices da zona de uso originalmente criados na lei de zoneamento.

TABELA 1: MAJORAÇÃO DO COEFICIENTE DE APROVEITAMENTO. FONTE: GESTÃO URBANA SP, 2019. EDIÇÃO: AUTOR, 2020.

No SETOR VILA ANDRADE, encontram-se a predominância de usos residenciais verticais monofuncionais que não se relacionam com as necessidades da cidade, isto é, condomínios fechados com muros que, geralmente, são altos e não proporcionam alguma atividade de comércio ou serviço em seus térreos. No SETOR JURUBATUBA, identificam-se obstáculos provenientes da atividade industrial com a predominância do zoneamento definido como ZONA DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO - ZDE e ZONA PREDOMINANTEMENTE INDUSTRIAL - ZPI, onde essa atividade encontra-se em sua maioria ativa, mas com outras áreas ociosas, sendo possível promover transformações. No SETOR INTERLAGOS, o setor público planeja a conectividade da mobilidade com melhoramento viário da região, além de toda a promoção do desenvolvimento de habitação de interesse social, junto da privatização do Autodrómo José Carlos Pace.

As áreas denominadas como "Transformação" possuem índices urbanísticos mais permissivos devido a proximidade com vias ou eixos importantes sugerindo maior adensamento populacional, diferente das áreas delimitadas como "Qualificação" que sugerem a melhoria da vulnerabilidade urbana.

1. LEITURA URBANA

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FONTE: MDC/PMSP/GEOINFO, 2019. ELABORAÇÃO: AUTOR, 2020.

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1. 6. zoneamento

A

atividade econômica da região que compreende o perímetro delimitado como ARCO JURUBATUBA - ACJ está intimamente relacionada ao uso industrial com a presença da ZONA DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO - ZDE e ZONA PREDOMINANTEMENTE INDUSTRIAL - ZPI quase em toda sua extensão, onde consequentemente a maioria dos empregos existentes na região concentram-se no setor industrial, em algumas áreas especifícas como no Setor Jurubatuba - ver mapa 4, além de alguns usos residenciais e comerciais que deverão ser preservados.

Dessa forma, a área de projeto em destaque no mapa 5 ao lado esquerdo se encontra em uma ZEM localizada na centralidade de Santo Amaro e tem como objetivo a implantação de projeto arquitetônico de moradia/ alojamento estudantil devido ao adensamento populacional desejado e a proximidade aos eixos de transporte público coletivo, além da concentração de instituições de ensino, tanto em nível superior, quanto em nível médio - ver mapa 3, e também pela presença de duas bibliotecas públicas municipais em um perímetro que compreende cerca de 100 metros de distância, tendo em vista a relação direta de pesquisas acadêmicas entre os estudantes.

Conforme o artigo 8º da LEI DE PARCELAMENTO, USO E OCUPAÇÃO DO SOLO - LPUOS do município de São Paulo, Lei nº 16.402/2016, a ZONA EIXO DE ESTRUTURAÇÃO DA TRANSFORMAÇÃO METROPOLITANA - ZEM: “[...] são porções do território inseridas na Macroárea de Estruturação Metropolitana [...] destinadas a promover usos residenciais e não residenciais com densidades demográfica e construtiva altas, bem como a qualificação paisagística e dos espaços públicos, de modo articulado ao sistema de transporte coletivo e com a infraestrutura urbana de caráter metropolitano [...]”

1. LEITURA URBANA

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intervenção urbana

IMAGEM 3: ILUSTRAÇÃO DA CAPA - CAPÍTULO 02. FONTE: PINTEREST, 2019. EDIÇÃO: AUTOR, 2020.

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FONTE: MDC/PMSP/GEOINFO, 2019. ELABORAÇÃO: AUTOR, 2020.

2. INTERVENÇÃO URBANA

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2. 1. conexões e fluxos

É

evidente que o bairro de Santo Amaro possui intenso tráfego de pedestres, principalmente no entorno das praças Floriano Peixoto e Salim Farah Maluf e no sentido ao Largo Treze e Alto da Boa Vista no entorno da Catedral de Santo Amaro. E esse alto fluxo é explicado através da predominância de comércios e serviços nesses eixos delimitados ver mapa 7 na sequência sobre uso predominante do solo, o que acarreta em um movimento intenso de deslocamentos a pé e desempenham aumento econômico da região. Já em relação aos fluxos de veículos e, particularmente falando sobre os movimentos pendulares que utilizamse da mobilidade urbana do transporte público coletivo, é possível identificar que a predominância gira em torno do Terminal Santo Amaro e da extensão da Linha 5 - Lilás, que aliados fazem conexões de mobilidade que vão do centro ao sul da cidade. Dessa forma, a área de intervenção encontra-se em um ponto considerado estratégico para que seja possível adotar o adensamento populacional desejado próximo ao grande repertório de mobilidade urbana disponível na região.

2. INTERVENÇÃO URBANA

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FONTE: MDC/PMSP/GEOINFO, 2019. ELABORAÇÃO: AUTOR, 2020.

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2. 2. uso predominante do solo

O

bairro de Santo Amaro se tornou uma centralidade localizada na zona sul da cidade de São Paulo e, que em conjunto com o Largo Treze se destacam pela intensa presença da cultura nordestina na região, além de grande movimento diário de pessoas, geralmente residentes da própria zona sul, visitam e até preferem ir a Santo Amaro ao invés de se deslocarem por grandes distâncias ao centro da cidade, pois possui quase a mesma característica no que se refere ao uso predominante do solo com a presença de comércios e serviços. Porém, o bairro de Santo Amaro tem uma história um pouco diferente do atual cenário de centralidade comercial e de serviços que aspira atualmente, o que hoje conhecemos como bairro, antigamente era um município autônomo e industrial até 1938 quando foi anexado a São Paulo. Portanto, não participou da primeira fase de industrialização ocorrida na cidade, até mesmo porque não estava no eixo das linhas férreas. Entretanto, Santo Amaro mesmo com suas origens coloniais e industrialização tardia, por volta do século XX, teve uma rápida e profunda alteração em suas dinâmicas e funções tornando-se uma das centralidades mais movimentadas da zona sul de São Paulo, além do Autodrómo de Interlagos.

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FONTE: MDC/PMSP/GEOINFO, 2019. ELABORAÇÃO: AUTOR, 2020.

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2. 3. índices urbanísticos

O

PLANO DIRETOR ESTRATÉGICO - PDE do município de São Paulo, Lei nº 16.050/2014, estabeleceu como eixos de estruturação os lugares que ocupam áreas com boa oferta de mobilidade urbana através do uso do transporte público coletivo, ou seja, as quadras demarcadas como estruturantes estão próximas às estações de trem ou metrô e/ou ampla oferta de corredores de ônibus. Essa medida visa otimizar o aproveitamento do solo em áreas bem localizadas, diminuir o tempo e a distância dos deslocamentos diários, além de permitir o adensamento habitacional em lugares que, geralmente, são mais próximos de seus empregos afim de garantir a qualidade de interação entre os edifícios com dispositivos como fachadas ativas, fruição pública e calçadas mais largas. Nesse caso, a área de intervenção escolhida encontrase em uma ZONA EIXO DE ESTRUTURAÇÃO DA TRANSFORMAÇÃO METROPOLITANA - ZEM que corresponde aos índices urbanísticos representados na imagem 5 ao lado:

01. TAXA DE OCUPAÇÃO MÁX. Devido às dimensões do lote, adota-se TO MÁX. de 0,70, ou seja, 70% de ocupação máxima no lote; 02. COEFICIENTE DE APROVEITAMENTO MÁX. Por estar na área T2 - ver tabela 1, o CA MÁX. majora de 2,00 para 4,00;

01

02

03. GABARITO MÁX. Por estar na área T2 - ver tabela 1, o GABARITO MÁX. majora de 28m para 48m;

03 05 06 04

IMAGEM 4: ÍNDICES URBANÍSTICOS. FONTE: GESTÃO URBANA SP, 2020. EDIÇÃO: AUTOR, 2020.

07

04. QUOTA AMBIENTAL MÍN. Lote > 500m² definido como PA 4 pelo quadro 3A da LPUOS correspondendo a 0,25, ou seja, 25%; 05. RECUOS MÍN. Adota-se o que diz no artigo 66. Inciso II. da LPUOS: "Os recuos laterais e de fundo ficam dispensados: quando o lote vizinho apresentar edificação encostada na divisa do lote [...]" 06. FACHADA ATIVA Em ZEM é incentivada e não computável até o limite de 50% da testada do lote; 07. PASSEIO PÚBLICO Em ZEM é obrigatória a doação de passeio público até que obtenha-se a largura mínima de 5m ao total;

2. INTERVENÇÃO URBANA

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FONTE: MDC/PMSP/GEOINFO, 2019. ELABORAÇÃO: AUTOR, 2020.

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2. 4. gabarito de altura

É

possível notar que a região escolhida não possui altos índices de verticalização e a maior parte que, atualmente, está verticalizada se encontra nas proximidades da Catedral de Santo Amaro possuindo, no geral, gabaritos que variam entre 8 a 48 metros de altura. O que é relativamente diferente em comparação com a parte mais a esquerda com uma boa variedade de edificações com gabarito de até 8 metros de altura. E essa variação pode ser compreendida através da concentração de bens tombados que se encontram na região conforme análise do mapa 10, estabelecendo limitações no que corresponde às alturas das quadras adjacentes ao perímetro delimitado. Embora o mapa de gabarito de altura nos mostre que a região não é tão verticalizada, essa falta de verticalização densa não tira o título recebido de centralidade mais movimentada da zona sul. Entretanto, uma matéria da Revista VEJA apontou que os bairros mais centralizados concentram a maior verticalização na cidade de São Paulo, além da observação de que em um período de dez anos alguns bairros menos centralizados começaram a se destacar no mercado imobiliário.

Dentre eles, Santo Amaro apareceu em 3º lugar com taxa de verticalização de 15%, atrás apenas de Lapa e Vila Sônia, ambos na zona oeste. "[...] os bairros da Lapa e Vila Sônia, na Zona Oeste, foram os que mais se verticalizaram no período. O crescimento é de 16%. Na sequência estão Santo Amaro (15%), Vila Andrade (13%) e Barra Funda (12%)." REVISTA VEJA SÃO PAULO, 2018. O jornal Folha de São Paulo, apontou que a demanda populacional de moradores de apartamentos em Santo Amaro cresceu de 35% em 2008 para 53% em 2012 - data da matéria, devido as novas estações da Linha 5 - Lilás que impulsionaram a região. "[...] como Santo Amaro, onde o salto foi de 18 pontos percentuais (eram 35% em 2008, são 53% hoje - 2012), Saúde (de 43% para 58%), Campo Grande (de 28% para 43%) e Ipiranga (de 25% para 39%)." FOLHA DE SÃO PAULO, 2012.

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2. 5. dados climáticos 110

90

(%)

25

80

(ºC)

70 60

20 15

50 40

A

30

100

10 jan

fev

mar

abr

mai

jun

jul

ago

set

out

nov

dez

jan

fev

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jun

jul

UMIDADE RELATIVA MÉDIA MÁX. E MIN. (%)

ZONA DE CONFORTO (ºC)

UMIDADE RELATIVA MÉDIA MENSAL (%)

TEMP. MÉDIA MENSAL MÁX. E MIN. (ºC)

GRÁFICO 1: UMIDADE RELATIVA DE SÃO PAULO. FONTE: PROJETEEE, 2016.

ago

set

TEMP. MÉDIA MENSAL (ºC) GRÁFICO 2: TEMPERATURA E ZONA DE CONFORTO DE SÃO PAULO. FONTE: PROJETEEE, 2016.

out

nov

dez

cidade de São Paulo possui temperaturas que variam cerca de 6°C entre a média mais alta e a média mais baixa durante todos os meses do ano. O verão é quente e úmido, tendo grandes incidências de chuva durante o período, já o inverno é frio e seco, onde em alguns lugares a sensação de frio tornase maior devido a presença de edifícios altos que acarretam em correntes de ar canalizadas e bloqueio da incidência solar direta. Nos meses mais quentes do ano, janeiro com média mensal de 22,4°C e fevereiro com média mensal de 22,1ºC registra-se umidade relativa do ar média mensal de 80,0% e 84,2%, respectivamente. Já nos meses mais frios, entre junho a agosto, a média mensal gira em torno de 16,0°C, além de registrar umidade relativa do ar média mensal variando entre 70,0% a 85,0%. No período que compreende a estação do verão, os ventos em que pretendemos acolher ou tratar em São Paulo, sopram de nordeste com média de 15,8% e sudeste com média de 15,2%. No período que compreende a estação do inverno, os ventos em que pretendemos acolher ou tratar em São Paulo, sopram de nordeste com média de 21,0% e sudeste com médias de 17,5%.

PRIMAVERA VERÃO OUTONO INVERNO GRÁFICO 3: FREQUÊNCIA DE OCORRÊNCIA DOS VENTOS EM SÃO PAULO. FONTE: SOL-AR, 2019.

TABELA 2: FREQUÊNCIA DE OCORRÊNCIA DOS VENTOS EM SÃO PAULO. FONTE: SOL-AR, 2019. EDIÇÃO: AUTOR, 2020.

Entretanto, deve-se ter atenção as fachadas sul e sudeste, pois estas são as que mais possuem frequência de ocorrência dos ventos, principalmente no período que compreende a estação da primavera com médias de 22,5% e 30,9%, respectivamente. Com isso, é possível analisar quando devemos nos atentar em trazer a ventilação para dentro do ambiente ou afastá-la de alguma forma a depender do período climático em que estamos.

2. INTERVENÇÃO URBANA

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22 DE DEZEMBRO 08:00

21 DE MARÇO 08:00

O

IMAGEM 5: OCORRÊNCIA DOS VENTOS NORDESTE EM 22 DE DEZEMBRO. FONTE: SOL-AR, 2019. ELABORAÇÃO: AUTOR, 2020.

22 DE DEZEMBRO 16:00

IMAGEM 6: OCORRÊNCIA DOS VENTOS SUDESTE EM 22 DE DEZEMBRO. FONTE: SOL-AR, 2019. ELABORAÇÃO: AUTOR, 2020.

IMAGEM 7: OCORRÊNCIA DOS VENTOS NORDESTE EM 21 DE MARÇO. FONTE: SOL-AR, 2019. ELABORAÇÃO: AUTOR, 2020.

21 DE MARÇO 16:00

projeto de moradia estudantil em Santo Amaro possui lote estreito e comprido localizado dentro do PIU ACJ onde alguns parâmetros construtivos passam a ser majorados, isto é, sofrem modificações em relação a LPUOS, como no caso do gabarito de altura máxima e o coeficiente de aproveitamento em relação às dimensões do lote. Dessa forma, é possível notar que, atualmente, há uma leve "vantagem" em relação aos vizinhos, tendo em vista que o entorno ainda encontra-se relativamente pouco edificado e baixo, não prejudicando a orientação solar e ventilação recebida conforme as fachadas simuladas nos desenhos ao lado. No período de inverno em São Paulo, pretende-se tratar os ventos provenientes do sudeste para que estes não adentrem os ambientes de forma que possa acabar com a inércia térmica gerada ao longo do dia causando desconforto térmico aos usuários do local. Nesse caso, a empena sul é a que mais possui incidência e que deverá ser tratada da forma mais adequada bloqueando ou diminuindo a frequência de ocorrência de ventilação a ser trasmitida. De uma forma geral, o projeto simulado está quase alinhado ao eixo geográfico, leste e oeste, que somado ao entorno ainda pouco edificado, gera grande desempenho de conforto térmico ao longo dos dias do ano.

IMAGEM 8: OCORRÊNCIA DOS VENTOS SUDESTE EM 21 DE MARÇO. FONTE: SOL-AR, 2019. ELABORAÇÃO: AUTOR, 2020.

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FONTE: MDC/PMSP/GEOINFO, 2019. ELABORAÇÃO: AUTOR, 2020.

2. INTERVENÇÃO URBANA

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2. 6. bens tombados

O

mapa 10 sobre bens tombados torna possível identificar algumas resoluções de tombamentos na região de Santo Amaro relacionadas a esfera municipal através do CONSELHO MUNICIPAL DE PRESERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO, CULTURAL E AMBIENTAL DA CIDADE DE SÃO PAULO - CONPRESP e revela o motivo da escolha da área de intervenção que levou em consideração, além de outros fatores, esses conjuntos de bens preservados e a sua envoltória que acarretariam em uma sequência de restrições e/ou impecilhos construtivos quanto a sua densidade desejada. A Resolução 14/2002 do CONPRESP no uso de suas atribuições legais conduz o tombamento de um conjunto de elementos que constituem o ambiente urbano identificado como Eixo Histórico de Santo Amaro levando em consideração seu valor histórico, urbanístico e ambiental de uma representativa formação e desenvolvimento desse antigo núcleo urbano que se integra a cidade de São Paulo, além do valor afetivo para a população de Santo Amaro e região ao qual se encontram significativas formas de culturas e relações sociais paulistas da época.

Já a Resolução 21/2014 do CONPRESP considera a Escola Estadual Professor Alberto Conte como uma referência significativa da arquitetura escolar paulistana representando a primeira manifestação de arquitetura moderna na cidade de São Paulo. Considera também, os valores arquitetônicos e ambientais da edificação projetada pelo arquiteto Roberto Goulart Tibau sendo construída em 1953. E por fim, a Resolução 27/2014 do CONPRESP considera o ajuste do perímetro de tombamento do ambiente urbano identificado anteriormente como Eixo Histórico de Santo Amaro (Resolução 14/2002) devido aos novos tombamentos que se sucederam ao passar dos anos integrando-se ao eixo, além de estabelecer regras para que não se alterem a vegetação significativa ou traçado viário existente no perímetro, bem como guias e largura dos passeios.

2. INTERVENÇÃO URBANA

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2. 7. registros fotográficos

01

03

IMAGEM 9: INTERIOR DO LOTE 1 ESCOLHIDO. FONTE: AUTOR, 2020. EDIÇÃO: AUTOR, 2020.

IMAGEM 11: ÁREA DE INTERVENÇÃO. FONTE: AUTOR, 2020. EDIÇÃO: AUTOR, 2020.

02

A

área de intervenção compreende o remembramento de dois lotes ociosos, sendo um deles, usado como estacionamento com um pequeno abrigo que comercializa fast food. No segundo lote, é possível identificar o abandono por parte do proprietário onde, no momento da vistoria, o terreno encontrava-se com a vegetação alta, porém, verificando alguns anos atrás através do Google Mapas, o local também era utilizado como estacionamento. Respectivamente, temos uma área aproximada de 476,03m² no lote 1 e 361,02m² no lote 2 com vegetação alta, e com o remembramento desses dois lotes escolhidos podemos chegar a somatória de 837,05m² para a elaboração do projeto arquitetônico.

IMAGEM 10: INTERIOR DO LOTE 2 ESCOLHIDO. FONTE: AUTOR, 2020. EDIÇÃO: AUTOR, 2020 2. INTERVENÇÃO URBANA

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04

06

IMAGEM 12: PERSPECTIVA DA ÁREA. FONTE: AUTOR, 2020. EDIÇÃO: AUTOR, 2020.

IMAGEM 14: RUA BARÃO DO RIO BRANCO. FONTE: AUTOR, 2020. EDIÇÃO: AUTOR, 2020.

05

A

área de intervenção possui apenas um logradouro como acesso principal sendo de intenso movimento de veículos e principalmente, pedestres durante o dia. Esse intenso movimento pode ser explicado através da alta concentração de comércios e serviços existentes na centralidade de Santo Amaro e Largo Treze e também por ser uma via eixo em direção ao metro. Desde 2016 quando surgiu a LPUOS, ficou estabelecido o alargamento das calçadas nos locais que são considerados eixos estratégicos por estarem ligados ao transporte público coletivo. Dessa forma, os novos projetos devem doar área necessária para que se atinja a largura de calçada ideal conforme estabelecido em lei, melhorando assim o fluxo de pedestres e evitando a saturação de um passeio público expremido.

IMAGEM 13: FLUXO DA VIA DO PROJETO. FONTE: AUTOR, 2020. EDIÇÃO: AUTOR, 2020. 2. INTERVENÇÃO URBANA

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07

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IMAGEM 15: FLUXO NAS ESQUINAS DA RUA AMADOR BUENO E RUA BARÃO DO RIO BRANCO. FONTE: AUTOR, 2020. EDIÇÃO: AUTOR, 2020.

IMAGEM 17: VISTA DA RUA AMADOR BUENO. FONTE: AUTOR, 2020. EDIÇÃO: AUTOR, 2020.

08

A

região possui uma série de tombamentos dentro de um perímetro delimitado como Eixo Histórico de Santo Amaro - ver mapa 10, que estabelece a permanência do traçado viário original não sendo possível a sua alteração, devido a isso, algumas quadras do entorno sofrem com a falta de largura suficiente para a demanda atual. Dessa forma, as quadras que podem ser requalificadas e/ou alargadas e que recebem alto fluxo de veículos e, neste caso tratando-se principalmente sobre os fluxos de pedestres, passavam por reformas no momento da vistoria. Com isso, nota-se um pouco de transtornos momentâneos, mas que a longo prazo melhoram a segurança e a acessbilidade universal da região.

IMAGEM 16: RUA AMADOR BUENO EM REFORMA. FONTE: AUTOR, 2020. EDIÇÃO: AUTOR, 2020. 2. INTERVENÇÃO URBANA

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10

12

IMAGEM 18: VISTA DO ENTORNO DA RUA BARÃO DO RIO BRANCO EM REFORMA. FONTE: AUTOR, 2020. EDIÇÃO: AUTOR, 2020.

IMAGEM 20: VISTA DO ENTORNO DA PRAÇA FLORIANO PEIXOTO. FONTE: AUTOR, 2020. EDIÇÃO: AUTOR, 2020.

11

A

Praça Floriano Peixoto atua com extrema importância para a região devido sua massa arbórea, caminhos e a presença do coreto que são elementos preservados através de resoluções de tombamento. Além disso, a incorporação de projetos de paisagismo ou proximidades com áreas verdes ou ajardinadas têm sido uma tendência recente dentre as construtoras, conforme cita o jornal Estadão: "Além da valorização do imóvel, a vegetação proporciona outros ganhos, como redução de ruídos, conforto térmico e melhora da paisagem." ESTADÃO - ECONOMIA & NEGÓCIOS, 2020.

IMAGEM 19: EXTERIOR DA PRAÇA FLORIANO PEIXOTO. FONTE: AUTOR, 2020. EDIÇÃO: AUTOR, 2020. 2. INTERVENÇÃO URBANA

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13

15

IMAGEM 21: CALÇADÃO DE SANTO AMARO. FONTE: AUTOR, 2020. EDIÇÃO: AUTOR, 2020.

IMAGEM 23: CALÇADÃO DE SANTO AMARO SENTIDO LARGO TREZE. FONTE: AUTOR, 2020. EDIÇÃO: AUTOR, 2020.

14

É

fato que a parte da centralidade de Santo Amaro que abriga a maior concentração de comércios e serviços localiza-se na região da Praça Floriano Peixoto devido a sua proximidade com o calçadão de Santo Amaro que atualmente trata-se de uma via pública com tráfego especialmente dedicado aos pedestres ou veículos oficiais e de carga e descarga como nas vias que encontramos no centro da cidade de e em outras cidades do mundo. Mas nem sempre foi assim, há poucos anos atrás a via ainda possuía um trecho compartilhado com veículos que poderiam transitar normalmente, além da concentração de vendedores ambulantes, os "camelôs" que fizeram com que a prefeitura regional entendesse sua importância para realização da importante obra de requalificação da região respeitando os aspectos ambientais, sociais e culturais.

IMAGEM 22: CALÇADÃO DE SANTO AMARO SENTIDO ANTIGA PREFEITURA DE SANTO AMARO. FONTE: AUTOR, 2020. EDIÇÃO: AUTOR, 2020. 2. INTERVENÇÃO URBANA

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16

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IMAGEM 24: INTERIOR DA PRAÇA FLORIANO PEIXOTO. FONTE: AUTOR, 2020. EDIÇÃO: AUTOR, 2020.

IMAGEM 26: CÂMARA MUNICIPAL DE SANTO AMARO. FONTE: AUTOR, 2020. EDIÇÃO: AUTOR, 2020.

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A

Praça Floriano Peixoto existe desde o século XIX quando Santo Amaro ainda era um município de São Paulo. Ela já recebeu a denominação de Largo da Cadeia por ser área da sede da Cadeia de Santo Amaro e Câmara Municipal. Um tempo depois, a praça foi remodelada como jardim público semelhante ao paisagismo que possui atualmente e passou a ser denominada de Largo Municipal. A nomenclatura de "Praça Floriano Peixoto" surgiu em homenagem ao Marechal Floriano Peixoto. Já o coreto que vemos nos registros fotográficos surgiu com o Prefeito Isaías Branco de Araújo. Logo quando surgiu, o coreto era atração dos casais apaixonados que praticavam o footing, a paquera ao caminhar despretensiosamente pelas ruas. Atualmente, é cenário de moradores de ruas e prostituição.

IMAGEM 25: CORETO NA PRAÇA FLORIANO PEIXOTO. FONTE: AUTOR, 2020. EDIÇÃO: AUTOR, 2020. 2. INTERVENÇÃO URBANA

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19

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IMAGEM 27: BIBLIOTECA MUNICIPAL BELMONTE. FONTE: AUTOR, 2020. EDIÇÃO: AUTOR, 2020.

IMAGEM 29: PRAÇA SALIM FARAH MALUF. FONTE: AUTOR, 2020. EDIÇÃO: AUTOR, 2020.

20

A

Biblioteca Municipal Belmonte recebe esse pseudônimo desde 2005 quando chamava-se Benedito Bastos Barreto e foi construída em conjunto com o Parque Infantil Borba Gato em 1953 onde havia uma grande chácara localizada na região central de Santo Amaro. Dessa forma, a biblioteca sempre atendeu grande público devido ao seu vínculo com a cultura popular nordestina que se mantém até hoje aliada a facilidade de transporte e a sua localização privilegiada onde circulam pessoas de bairros e municípios próximos. Já a Praça Salim Farah Maluf foi requalificada em 2012 no mesmo período que a Praça Floriano Peixoto e oferece caminhos ornamentados com bastante vegetação rasteira.

IMAGEM 28: FLUXO NA AVENIDA MÁRIO LOPES LEÃO. FONTE: AUTOR, 2020. EDIÇÃO: AUTOR, 2020. 2. INTERVENÇÃO URBANA

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conceitos e referências

IMAGEM 30: ILUSTRAÇÃO DA CAPA - CAPÍTULO 03. FONTE: PINTEREST, 2019. EDIÇÃO: AUTOR, 2020.

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3. 1. as habitações estudantis

A

moradia coletiva é um fenômeno antigo no mundo e no Brasil tem origem no período pós-abolição entre os séculos XIX e XX quando a população buscava formas criativas para dar resposta e solucionar a grande demanda habitacional nas cidades. Eis que surgem os cortiços, "puxadinhos", repúblicas e outras derivações do tipo. "Nas primeiras décadas do século XX as cidades brasileiras se verticalizaram e passou-se a compartilhar áreas comuns nos edifícios de apartamentos. Mais recentemente são encontradas diversas manifestações de caráter coletivo e também colaborativo dentro da ideia de economia compartilhada." NUNES e VIEIRA, 2019, p.01

Os jovens do início da década de 1980 até o fim da década 1990 possuem bastante facilidade em se relacionar através dos celulares, computadores e outros equipamentos eletrônicos - é o que chamamos de rede, ou networking, e se preocupam menos em "ter" e mais em "usar" e, de uma forma geral, não possuem como objetivo principal a compra de um imóvel ou automóvel, como foi o caso de muitos dos seus pais no passado. Essa nova forma de viver aplica-se também ao modo de lidar com as questões no âmbito da moradia onde preferem fazer muitas compras online, desde itens pequenos aos mais excêntricos com ideais mais ecológicos ou apoios às causas sociais e ao sair da zona de conforto na casa de seus pais, geralmente, escolhem viver e compartilhar a moradia com os amigos em áreas mais nobres da cidade, perto de locais de lazer ou até mesmo nas proximidades do trabalho. Esse conceito de compartilhamento se torna cada vez mais presente em nossas vidas e notamos isso em diversos setores, como o compartilhamento de assinaturas para streaming de vídeos, onde você não tem mais a necessidade de possuir um CD ou DVD. Já em algumas formas de habitar, os espaços são melhor aproveitados, os lugares ociosos são transformados em espaços compartilhados, como exemplo, as cozinhas, lavanderias e salas de estar, e os espaços privativos são mantidos reservados para a privacidade de cada indivíduo, como os quartos e banheiros. IMAGEM 31: ILUSTRAÇÃO DE ESTUDANTES. FONTE: PINTEREST, 2019. EDIÇÃO: AUTOR, 2020.

"As novas formas de habitar tendem, portanto, a se expandir e oferecem um campo vasto para investigações, que contribuam para sua melhor compreensão e como repertório para novos e melhores projetos." NUNES e VIEIRA, 2019, p.10 Enfim, descrever a cronologia histórica das moradias estudantis é algo muito difícil porque devemos levar em consideração a cultura de cada país que desenvolveu métodos específicos para combater problemas diferentes, isto é, cada país possui uma postura distinta em relação ao ideal de moradia e têm seu modo de lidar com o acesso dos jovens aos estudos de forma diferente. Como referência estrangeira, mais especificamente falando sobre os Estados Unidos, vemos grande parte dos estudantes saindo de casa para residirem nas universidades, já em contrapartida, no Brasil, com a desigualdade social em conjunto com o déficit habitacional, o ingresso às universidades têm tornado-se algo cada vez mais elitizado, fazendo com que a habitação estudantil, em muitas das vezes, se torne apenas uma utopia.

3. CONCEITOS E REFERÊNCIAS

56


3. 2. algumas formas de habitar pousadas PERFIL: Variado

ESSÊNCIA: Lugar onde os indivíduos pernoitam sem vínculo de moradia, sendo possível alugar por preços mais elevados do que pensões e com prazos de estadias mais curtos, em geral, associa-se a férias ou feriados com diferencial em possuir serviços extras, como serviços de quartos; FONTE: SKYSCANNER, 2019.

pensões

PERFIL: Divorciados, forasteiros e solteiros ESSÊNCIA: Moradia pertencente a um proprietário privado que faz aluguel temporário de quartos da residência, onde não necessariamente a moradia foi pensada para exercer essa função, também sendo possível ter uma locação duradoura;

co-housing's ESSÊNCIA: Possuem espaços completos como se fossem moradias particulares convencionais com o princípio de coletividade e convivência harmoniosa entre si; FONTE: CELERE, 2018.

co-lares ou senior house PERFIL: No Brasil predomina o uso por idosos ESSÊNCIA: Co-lares também são entendidos como Senior House, sendo conjuntos de moradias independentes com proximidade de usos comuns e interação entre os indivíduos durante o dia através de atividades de entretenimento como jogos e exercícios; FONTE: CELERE, 2018.

FONTE: ESTADÃO, 2019.

apartamentos compartilhados

co-living's

PERFIL: Jovens e adultos ou membros recém saídos de casa

PERFIL: Adultos ou jovens, solteiros e independentes financeiramente

ESSÊNCIA: Moradia para público mais generalizado com o intuito de economizar recursos financeiros, não necessariamente interessados em se conectarem e compartilharem experiências;

ESSÊNCIA: Possibilidade de morar em locais mais nobres com divisão de gastos propondo a volta da convivência e socialização de maneira mais consciente, colaborativa e interativa;

FONTE: SKYSCANNER, 2019.

moradia estudantil

PERFIL: Famílias pequenas

FONTE: CELERE, 2018.

PERFIL: Estudantes universitários

ESSÊNCIA: Também conhecida como repúblicas, são moradias exclusivamente para estudantes com o intuito de economizar recursos financeiros e manter a proximidade com a instituição de ensino ao qual mantém vínculo, podendo ou não, ter interesses em se conectarem ou compartilharem experiências; FONTE: ESTADÃO, 2019.

É

quase inevitável comparar uma moradia estudantil com alguma das outras formas de habitar, como exemplo, os coliving's ou até mesmo iniciativas de hospedagens compartilhadas com movimento de aluguel temporário de imóveis ou hóstel. Apesar de existir conceitos em comuns, uma moradia estudantil apresenta diferenças na prática. A idéia de comunidade é bastante forte e, geralmente, surge no momento de consideração das necessidades e compartilhamento de competências entre os estudantes. As novas gerações encontram opções mais econômicas para morar sem abrir mão do conforto e facilidade em espaços comuns que favorecem a interação com o próximo e o desconhecido tendo proximidade com suas respectivas universidades.

3. CONCEITOS E REFERÊNCIAS

57


3. 3. economia ou consumo colaborativo

A

expressão "consumo colaborativo" ou "economia colaborativa" foi adotado desde 1978 para atribuir-se a um grupo de pessoas que fazia uso de algum bem de forma coletiva, como exemplo, um eletrodoméstico como o micro-ondas, em um grupo de pessoas, ao invés de todos terem micro-ondas individuais, existiriam apenas alguns onde todos poderiam utilizá-los de forma comunitária, o mesmo serve para espaços, como cozinhas, lavanderias, dentre outros ambientes compartilhados que supririam as necessidades de todos.

"A expressão “consumo colaborativo” vem sendo difundida nos últimos tempos como uma prática mais racional, menos degradante e mais sustentável. Tal associação se deve ao fato dessa forma de consumir implicar, na maioria das vezes, na utilização coletiva de um bem ou serviço ou no repasse e reutilização de produtos de segunda mão, o que amplia o tempo de vida dos bens." BARROS e PATRIOTA, 2017, p.05 Grandes empresas e startups têm adotado e feito incentivo a esse tipo de cultura de consumo há algum tempo com o compartilhamento de automóveis, bicicletas, hospedagens, streaming de vídeos e músicas, dentre outros, e isso está atrelado aos avanços tecnológicos e às redes sociais que fazem as plataformas que já existiam na sociedade serem compartilhadas de uma forma mais ampla e a preocupação moderna com o bem comum e o meio ambiente visando o consumo consciente e a melhoria da qualidade de vida para as gerações atuais e futuras. Com o colapso financeiro, as brechas se tornaram maiores para que as pessoas aceitem esse tipo de consumo, entretanto, atualmente esse tipo de cultura tem se tornando um hábito mais comum e não possui sua totalidade voltada apenas pela razão financeira. IMAGEM 32: ILUSTRAÇÃO DE NETWORKING. FONTE: GUIA EMPREENDEDOR, 2019. EDIÇÃO: AUTOR, 2020.

"O consumo colaborativo pode ser local e pessoal, ou usar a internet para conectar, combinar, formar grupos e encontrar algo ou alguém a fim de criar interações entre pares do tipo “muitos para muitos”. De maneira simples, as pessoas estão compartilhando novamente sua comunidade – seja ela um escritório, um bairro, um edifício de apartamentos, uma escola ou uma rede no Facebook. Mas o compartilhamento e a colaboração estão acontecendo de maneiras, e em uma escala, que nunca tinha sido possível anteriormente, criando uma cultura e economia em que o que é meu é seu." BOTSMAN e ROGERS, 2011, p.10 O consumo consciente vem se consolidando cada vez mais com o resgate do senso de comunidade e práticas sociais cooperativas e justamente com a importância da propagação dessa ideia com conceito baseado no compartilhamento que podemos lembrar de sua existência em algumas das formas de habitar pela presença da coletividade, a diminuição de distâncias até o local de trabalho e moradia a fim de se desprender do consumismo excessivo e desperdícios que nos cerca.

3. CONCEITOS E REFERÊNCIAS

58


3. 4. pesquisa quantitativa VOCÊ VIVERIA EM UMA MORADIA ESTUDANTIL/REPÚBLICA? 86 respostas

EM UMA MORADIA ESTUDANTIL/REPÚBLICA, VOCÊ OPTARIA POR: 78 respostas

59 (75,6%)

Quarto individual

SIM NÃO TALVEZ

Quarto compartilhado

19 (24,4%)

0

20

40

GRÁFICO 4: VIVÊNCIA EM UMA MORADIA ESTUDANTIL - GOOGLE FORMS. FONTE: AUTOR, 2020.

GRÁFICO 6: ESCOLHA DA TIPOLOGIA DOS DORMITÓRIOS - GOOGLE FORMS. FONTE: AUTOR, 2020.

EM UMA MORADIA ESTUDANTIL/REPÚBLICA, VOCE COMPARTILHARIA AMBIENTES COMUNS (BANHEIRO, COZINHA, LAVANDERIA, ETC)?

INDIQUE SUA FAIXA ETÁRIA:

78 respostas

86 respostas

25 (29,1%)

Entre 18 a 21 anos

SIM

46 (53,5%)

Entre 22 a 25 anos

NÃO TALVEZ

12 (14%)

Entre 26 a 29 anos 3 (3,5%)

Acima de 30 anos 0 GRÁFICO 5: COMPARTILHAMENTO DE AMBIENTES - GOOGLE FORMS. FONTE: AUTOR, 2020.

C

om o intuito de tornar o objeto de estudo abordado neste trabalho em algo que fosse melhor compreensível com pesquisas e dados no que pretendia-se projetar, surge a ideia de elaborar uma pesquisa de caráter quantitativo através da plataforma do Google Formulários com o intuito de formular perguntas objetivas, fáceis e rápidas de serem assinaladas.

60

10

20

30

40

50

GRÁFICO 7: FAIXA ETÁRIA DOS ENTREVISTADOS - GOOGLE FORMS. FONTE: AUTOR, 2020.

A depender do que era assinalado pelo entrevistado, a pesquisa terminava de forma precoce, porque entende-se que não haveria necessidade no prosseguimento nas demais questões. Isso explica a divergência na quantidade de respostas conforme o que se obtém nos gráficos acima. Quanto as respostas, é possível identificar que 74,4% viveriam em uma moradia estudantil/república - ver gráfico 4, e 73,1% compartilhariam ambientes comuns - ver gráfico 5.

O valor de 73,1% compete com os que assinalaram "não" (10,3%) e "talvez" (16,7%) sobre o compartilhamento de ambientes. Essa negação pode estar ligada às questões de higiene. Além disso, houve disparidade em relação a preferência por quartos individuais (75,6%) - ver gráfico 6. Entretanto, a faixa etária dos participantes girou em torno dos 18 a 21 e 22 a 25 anos. Isso revela que o conceito abordado pode estar mais ligado ao público jovem devido a muitos fatores, dentre eles, cito a continuidade dos estudos em universidades logo após o término do ensino médio.

3. CONCEITOS E REFERÊNCIAS

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3. 5. pavillon suisse paris - frança ficha técnica

ELABORAÇÃO: Le Corbusier e Pierre Jeanneret LOCALIZAÇÃO: Paris - França ÁREA CONSTRUÍDA: Cerca de 2.479,35m² ANO: 1931 - 1933

O

projeto do Pavillon Suisse ou Pavilhão Suíço foi entregue a Le Corbusier e Pierre Jeanneret com o intuito de que fosse projetado um alojamento estudantil na Cidade Universitária de Paris. A princípio, a possível elaboração do projeto foi negada pelos arquitetos devido aos conflitos com a Suíça após a manipulação do projeto ser executada sem a elaboração de um concurso público. Entretanto, o projeto foi aceito e com um orçamento muito precário acabaram priorizando o que hoje conhecemos como os cinco pontos da arquitetura moderna elaborado por Corbusier referentes ao movimento moderno fortemente presente na época.

IMAGEM 33: FACHADA PRINCIPAL DO PAVILHÃO SUÍÇO. FONTE: FONDATION LE CORBUSIER, 2005. EDIÇÃO: AUTOR, 2020.

IMAGEM 35: ESCADA DE ACESSO AO TÉRREO. FONTE: FONDATION LE CORBUSIER, 2005. EDIÇÃO: AUTOR, 2020.

IMAGEM 34: FACHADA POSTERIOR DO PAVILHÃO SUÍÇO. FONTE: FONDATION LE CORBUSIER, 2005. EDIÇÃO: AUTOR, 2020.

Corbusier e Jeanneret utilizaram o térreo livre apoiando o projeto em grandes pilares, os pilotis que estão próximos ao eixo central. O uso da fachada livre permitindo janelas em fitas em qualquer empena com qualquer dimensão, pois independem da estrutura, além da planta livre que pode ser controlada com elementos arquitetônicos como escadas e mobiliários fixos ou móveis e o terraço-jardim que busca recuperar o solo ocupado pelo edifício ao qual está inserido.

3. CONCEITOS E REFERÊNCIAS

60


IMAGEM 40: TERRAÇO-JARDIM DO PAVILHÃO. FONTE: FONDATION LE CORBUSIER, 2005. EDIÇÃO: AUTOR, 2020.

IMAGEM 36: PERSPECTIVA DOS FUNDOS DO PAVILHÃO. FONTE: FONDATION LE CORBUSIER, 2005. EDIÇÃO: AUTOR, 2020.

IMAGEM 38: ACESSO AOS DORMITÓRIOS. FONTE: FONDATION LE CORBUSIER, 2005. EDIÇÃO: AUTOR, 2020.

O

projeto teve como objetivo a acomodação das funções públicas no pavimento térreo, separando-as de forma elevada em um único edifício considerado como anexo em relação as unidades habitacionais dos estudantes. Dessa forma, o projeto como um todo, se aplica harmoniosamente em relação ao seu entorno com uma arquitetura purista em meio a vegetação.

IMAGEM 37: ESCADAS PRINCIPAIS. FONTE: FONDATION LE CORBUSIER, 2005. EDIÇÃO: AUTOR, 2020.

IMAGEM 39: TÉRREO SOBRE PILOTIS. FONTE: FONDATION LE CORBUSIER, 2005. EDIÇÃO: AUTOR, 2020.

Novamente, vale a pena lembrar que a arquitetura que provia de poucos recursos financeiros consegue desenvolver seus princípios mais básicos sem sacrificar a beleza do espaço em que foi estabelecido, sendo um grande consolidador da mesma arquitetura praticada na Villa Savoye tendo seus príncipios fortemente característicos e evidentes.

3. CONCEITOS E REFERÊNCIAS

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TABELA 3: ÁREAS - TÉRREO - PAVILLON SUISSE. FONTE: AUTOR, 2020.

TABELA 4: ÁREAS - PAV 1, 2 E 3 - PAVILLON SUISSE. FONTE: AUTOR, 2020.

GRÁFICO 10: ÁREAS EM % - PAV 4 PAVILLON SUISSE. FONTE: AUTOR, 2020.

IMAGEM 43: PLANTA - PAV 4 - PAVILLON SUISSE. FONTE: FONDATION LE CORBUSIER, 2005. EDIÇÃO: AUTOR, 2020.

GRÁFICO 9: ÁREAS EM % - PAV 1, 2 E 3 - PAVILLON SUISSE. FONTE: AUTOR, 2020.

IMAGEM 42: PLANTA - PAV 1, 2 E 3 - PAVILLON SUISSE. FONTE: FONDATION LE CORBUSIER, 2005. EDIÇÃO: AUTOR, 2020.

IMAGEM 41: PLANTA - TÉRREO - PAVILLON SUISSE. FONTE: FONDATION LE CORBUSIER, 2005. EDIÇÃO: AUTOR, 2020.

GRÁFICO 8: ÁREAS EM % - TÉRREO PAVILLON SUISSE. FONTE: AUTOR, 2020.

TABELA 5: ÁREAS - PAV 4 - PAVILLON SUISSE. FONTE: AUTOR, 2020.

3. CONCEITOS E REFERÊNCIAS

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3. 6. moradia estudantil mar del plata - argentina ficha técnica ELABORAÇÃO: Z+BCG Arquitectos

LOCALIZAÇÃO: Mar del Plata - Argentina ÁREA CONSTRUÍDA: Cerca de 3.031,05m² ANO: 2018 IMAGEM 44: PERSPECTIVA DO PROJETO COM ENTORNO. FONTE: ARCHDAILY, 2018. EDIÇÃO: AUTOR, 2020.

O

projeto surge com a necessidade de responder as novas demandas de moradias para estudantes no entorno da cidade de Mar del Plata, na província de Buenos Aires - Argentina, além da busca para criar espaços que pudessem promover o intercâmbio cultural entre os estudantes e a comunidade local.

IMAGEM 46: VISTA PERSPECTIVADA. FONTE: ARCHDAILY, 2018. EDIÇÃO: AUTOR, 2020.

IMAGEM 45: VISTA DO DETALHE DA FACHADA. FONTE: ARCHDAILY, 2018. EDIÇÃO: AUTOR, 2020.

Desenvolvido verticalmente e articulado aos diferentes tipos de necessidades de usos, como escritórios administrativos e alojamentos para os estudantes, o edifício se implanta em um ponto estratégico e próximo a todos os serviços locais de usos públicos e privados. A disposição do edifício acontece através de três pavimentos administrativos divididos entre o subsolo, térreo e primeiro pavimento, além de seis pavimentos tipo com três dormitórios divididos em cada um podendo abrigar até 48 pessoas, por fim, complementado com dois pavimentos destinados aos usos cotidianos para os estudantes, como espaço multiuso, cozinha, lavanderia e varanda semi-coberta.

3. CONCEITOS E REFERÊNCIAS

64


IMAGEM 51: VISTA DO REFEITÓRIO E DESCANSO. FONTE: ARCHDAILY, 2018. EDIÇÃO: AUTOR, 2020.

IMAGEM 47: VISTA DO TÉRREO E ACESSO. FONTE: ARCHDAILY, 2018. EDIÇÃO: AUTOR, 2020.

IMAGEM 49: VISTA DA SACADA COM BRISES. FONTE: ARCHDAILY, 2018. EDIÇÃO: AUTOR, 2020.

IMAGEM 48: PERSPECTIVA DA FACHADA. FONTE: ARCHDAILY, 2018. EDIÇÃO: AUTOR, 2020.

IMAGEM 50: VISTA DO MODELO DE DORMITÓRIO. FONTE: ARCHDAILY, 2018. EDIÇÃO: AUTOR, 2020.

O

acesso principal ao edifício se encontra no térreo junto a uma recepção destinada ao controle de acesso ao ambiente, além do espaço destinado ao estacionamento de alguns veículos nos fundos do projeto. Nos pavimentos onde se encontram os dormitórios, é possível que seja habitado por duas ou três pessoas com espaço suficiente para desenvolverem suas atividades diárias com conforto. No projeto é possível encontrar uma cozinha compartilhada e áreas de estudos, pátios e salas comuns para a produção do intercâmbio e convivência entre si dando vida a tipologia projetual. Já no que se refere a materialidade adotada como partido de projeto, encontra-se a predominância do uso de concreto aparente combinado com brise-soleil metálicos perfurados em aço corten e guarda-corpos envidraçados, sendo materiais que não necessitam de manutenção constante tendo longa durabilidade.

3. CONCEITOS E REFERÊNCIAS

65


GRÁFICO 12: ÁREAS EM % - TÉRREO MORADIA ESTUDANTIL. FONTE: AUTOR, 2020.

TABELA 6: ÁREAS - SUBSOLO - MORADIA ESTUDANTIL. FONTE: AUTOR, 2020.

GRÁFICO 13: ÁREAS EM % - PAV 1 MORADIA ESTUDANTIL. FONTE: AUTOR, 2020.

IMAGEM 54: PLANTA - PAV 1 - MORADIA ESTUDANTIL. FONTE: ARCHDAILY, 2018. EDIÇÃO: AUTOR, 2020.

IMAGEM 53: PLANTA - TÉRREO - MORADIA ESTUDANTIL. FONTE: ARCHDAILY, 2018. EDIÇÃO: AUTOR, 2020.

IMAGEM 52: PLANTA - SUBSOLO - MORADIA ESTUDANTIL. FONTE: ARCHDAILY, 2018. EDIÇÃO: AUTOR, 2020.

GRÁFICO 11: ÁREAS EM % - SUBSOLO MORADIA ESTUDANTIL. FONTE: AUTOR, 2020.

TABELA 7: ÁREAS - TÉRREO - MORADIA ESTUDANTIL. FONTE: AUTOR, 2020. TABELA 8: ÁREAS - PAV 1 - MORADIA ESTUDANTIL. FONTE: AUTOR, 2020. 3. CONCEITOS E REFERÊNCIAS

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IMAGEM 56: PLANTA - PAV 8 - MORADIA ESTUDANTIL. FONTE: ARCHDAILY, 2018. EDIÇÃO: AUTOR, 2020.

GRÁFICO 16: ÁREAS EM % - PAV 9 MORADIA ESTUDANTIL. FONTE: AUTOR, 2020.

IMAGEM 57: PLANTA - PAV 9 - MORADIA ESTUDANTIL. FONTE: ARCHDAILY, 2018. EDIÇÃO: AUTOR, 2020.

GRÁFICO 15: ÁREAS EM % - PAV 8 MORADIA ESTUDANTIL. FONTE: AUTOR, 2020.

IMAGEM 55: PLANTA - PAV 2 AO 7 - MORADIA ESTUDANTIL. FONTE: ARCHDAILY, 2018. EDIÇÃO: AUTOR, 2020.

GRÁFICO 14: ÁREAS EM % - PAV 2 AO 7 - MORADIA ESTUDANTIL. FONTE: AUTOR, 2020.

TABELA 11: ÁREAS - PAV 9 - MORADIA ESTUDANTIL. FONTE: AUTOR, 2020. TABELA 9: ÁREAS - PAV 2 AO 7 - MORADIA ESTUDANTIL. FONTE: AUTOR, 2020.

TABELA 10: ÁREAS - PAV 8 - MORADIA ESTUDANTIL. FONTE: AUTOR, 2020.

3. CONCEITOS E REFERÊNCIAS

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3. 7. résidence etudiante paris - frança ficha técnica ELABORAÇÃO: Atela Architectes LOCALIZAÇÃO: Paris - França ÁREA CONSTRUÍDA: Cerca de 3.967m² ANO: Construção - 1952 Reforma - 2015

IMAGEM 58: VISTA LATERAL AO AUDITÓRIO. FONTE: ARCHDAILY, 2016. EDIÇÃO: AUTOR, 2020.

O

projeto do edifício residencial para estudantes foi elaborado por Jorge Medellin em 1952 na Cidade Universitária de Paris e proximidades do conhecido Pavillon Suisse de Le Corbusier e Pierre Jeanneret - objeto de estudo de caso anteriormente.

IMAGEM 60: VISTA DA FACHADA PRINCIPAL. FONTE: ARCHDAILY, 2016. EDIÇÃO: AUTOR, 2020.

IMAGEM 59: RAMPA AO ACESSO PRINCIPAL. FONTE: ARCHDAILY, 2016. EDIÇÃO: AUTOR, 2020.

O grupo Atela Architectes ficou responsável pela realização da renovação completa do projeto de habitação em 2015 tendo um tempo de entrega muito curto. Desenvolveram diversas técnicas e estratégias para recuperar a entrada principal, os refeitórios em cada pavimento e as fachadas com o intuito de recuperar o edifício original, além de aprimorar algumas estratégias adotadas antigamente, como a melhoria dos isolamentos térmicos e acústicos e atualização das instalações do projeto a fim de respeitar todas as normas de seguranças atuais.

3. CONCEITOS E REFERÊNCIAS

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IMAGEM 65: VISTA DO REFEITÓRIO. FONTE: ARCHDAILY, 2016. EDIÇÃO: AUTOR, 2020.

IMAGEM 61: VISTA DO PÁTIO INTERNO. FONTE: ARCHDAILY, 2016. EDIÇÃO: AUTOR, 2020.

IMAGEM 63: VISTA DA SALA DE ESTUDOS. FONTE: ARCHDAILY, 2016. EDIÇÃO: AUTOR, 2020.

IMAGEM 62: PERSPECTIVA DA FACHADA. FONTE: ARCHDAILY, 2016. EDIÇÃO: AUTOR, 2020.

IMAGEM 64: VISTA DO MODELO DE DORMITÓRIO. FONTE: ARCHDAILY, 2016. EDIÇÃO: AUTOR, 2020.

O

edifício está dividido em dois blocos que possuem diferentes níveis de pavimentos - um bloco com cinco e o outro bloco com três pavimentos que são conectados através do térreo e o jardim. Existem serviços em espaços comuns, como os banheiros e as cozinhas restauradas em ambos os lados de cada bloco projetado. Assim como todos os espaços públicos, o auditório, entrada principal e lanchonete estão localizados no térreo junto com a biblioteca e escritórios para os funcionários. Já no nível do jardim, encontram-se os dormitórios acessíveis e os quartos duplos, além de uma cozinha e um refeitório, banheiros compartilhados, dentre outros ambientes de uso privativo, como sala de manutenção e espaços reservados aos funcionários do edifício. No geral, o projeto do entorno do edifício buscou respeitar e manter a uniformidade em relação aos seus vizinhos sendo parte do requerimento estabelecido pelo campus da universidade.

3. CONCEITOS E REFERÊNCIAS

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IMAGEM 66: PLANTA - TÉRREO - RÉSIDENCE ETUDIANTE. FONTE: ARCHDAILY, 2016. EDIÇÃO: AUTOR, 2020.

GRÁFICO 17: ÁREAS EM % - TÉRREO RÉSIDENCE ETUDIANTE. FONTE: AUTOR, 2020. TABELA 12: ÁREAS - TÉRREO - RÉSIDENCE ETUDIANTE. FONTE: AUTOR, 2020.

3. CONCEITOS E REFERÊNCIAS

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IMAGEM 67: PLANTA - PAV TIPO - RÉSIDENCE ETUDIANTE. FONTE: ARCHDAILY, 2016. EDIÇÃO: AUTOR, 2020.

TABELA 13: ÁREAS - PAV TIPO - RÉSIDENCE ETUDIANTE. FONTE: AUTOR, 2020.

GRÁFICO 18: ÁREAS EM % - PAV TIPO RÉSIDENCE ETUDIANTE. FONTE: AUTOR, 2020. 3. CONCEITOS E REFERÊNCIAS

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3. 8. justificativa dos estudos de casos

A

escolha dos estudos de casos para análise teve os seus motivos baseados em alguns pontos em comuns entre eles, sendo possível identificar semelhanças principais no que diz respeito a forma e a materialidade construtiva onde foi adotado o uso de concreto e formas geométricas racionalistas proporcionando uma arquitetura que permite a manutenção de uma forma mais fácil a longo prazo que, se pararmos para refletir, torna-se uma vantagem em um projeto de moradia estudantil devido a falta de compromisso do estudante em relação a questões voltadas a organização, limpeza, manutenção e desempenho de um edifício coletivo. Outro aspecto que contribuiu para as respectivas escolhas está ligado às dimensões de projetos que giram em torno da mesma proposta de projeto elaborada neste trabalho.

Embora no estudo de caso localizado no Mar del Plata exista uma resposta a demanda existente, é possível observar uma solução interessante no que se refere ao programa arquitetônico em relação ao térreo relacionando a fachada ativa com o restante do edifício, referência esta que era desejável no produto de estudo deste trabalho. De uma forma geral, os estudos de casos contribuíram como referências para a elaboração do programa arquitetônico e solução de alguns ambientes, como os quartos e outros ambientes mais simplistas, a relação do térreo com o restante do edifício e as plasticidades que se enquadram perfeitamente na área escolhida, mesmo com terrenos em formatos diferentes.

3. CONCEITOS E REFERÊNCIAS

73


projeto

arquitetônico

IMAGEM 68: ILUSTRAÇÃO DA CAPA - CAPÍTULO 04. FONTE: PINTEREST, 2019. EDIÇÃO: AUTOR, 2020.

74


75


4. 1. o projeto ficha técnica ÁREA DO TERRENO: 837,05m² ÁREA DE DOAÇÃO: 43,72m² ÁREA DO TERRENO REMANESCENTE: 793,33m² TAXA DE OCUP. MÁX. DA ZONA: 70% ÁREA DE PROJEÇÃO MÁX.: 555,33m² TAXA DE OCUP. ADOTADA: 52% ÁREA DE PROJEÇÃO ADOTADA: 416,70m²

O

partido de projeto buscou atender as novas demandas da cidade estabelecidas em lei com um passeio público mais dinâmico tendo relação direta com a presença da fachada ativa no térreo e a sua altura equivalente aos vizinhos, ainda que poucos, mas com forte tendência a crescimento na região. No que se refere a plasticidade, a intenção da escolha construtiva busca materialidades e formas simplistas que podem proporcionar fácil manutenção e bom desempenho diante do tempo.

IMAGEM 69: FACHADA DO PROJETO. FONTE: AUTOR, 2020.

4. PROJETO ARQUITETÔNICO

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ficha técnica

COEF. DE APROV. MÁX. DA ZONA: 4,00 COEF. DE APROV. ADOTADO: 3,66 ÁREA CONSTRUÍDA TOTAL: 2.909,25m² TAXA DE PERM. MÍN.: 25% ÁREA PERM. MÍN.: 198,33m² TAXA DE PERM. ADOTADA: 29% ÁREA PERM. ADOTADA: 203,72m² NÚM. DE UN. HAB. ADOTADAS: 108un + 7un PCD

E

outro ponto levado em consideração referese a topografia existente transformando-se na criação do mezanino que pode ser adotado como local de palestras, reuniões ou eventos, tendo em vista o poder militante dos estudantes/jovens que defendem ativamente causas importantes no atual contexto da sociedade. Entretanto, quando não utilizado para estes fins, sugere-se que utilize como local de convívio, assim permanecendo a relação de coletividade proposta.

IMAGEM 70: PERSPECTIVA DO PROJETO. FONTE: AUTOR, 2020.

4. PROJETO ARQUITETÔNICO

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IMAGEM 71: VISTA ATRAVÉS DO MEZANINO. FONTE: AUTOR, 2020.

4. PROJETO ARQUITETÔNICO

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IMAGEM 72: VISTA DO LOCAL DE CONVIVÊNCIA, REUNIÃO OU PALESTRA. FONTE: AUTOR, 2020.

4. PROJETO ARQUITETÔNICO

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IMAGEM 73: VISTA DOS FUNDOS. FONTE: AUTOR, 2020.

4. PROJETO ARQUITETÔNICO

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IMAGEM 74: VISTA SENTIDO MEZANINO. FONTE: AUTOR, 2020.

4. PROJETO ARQUITETÔNICO

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IMAGEM 75: VISTA DE UMA TIPOLOGIA DE DORMITÓRIO. FONTE: AUTOR, 2020.

4. PROJETO ARQUITETÔNICO

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IMAGEM 76: VISTA DA PISCINA NO TERRAÇO. FONTE: AUTOR, 2020.

4. PROJETO ARQUITETÔNICO

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IMAGEM 77: VISTA DO ACESSO A PISCINA NO TERRAÇO. FONTE: AUTOR, 2020.

4. PROJETO ARQUITETÔNICO

84


piscina vestiário

4. 2. programação arquitetônica BANHEIROS

dormitórios COZINHA DORMITÓRIOS LAVANDERIA

banheiros lavanderia

BICICLETÁRIO

VESTIÁRIOS

cozinha PISCINA CIRCULAÇÃO VERTICAL

circulação bicicletário

BANHEIRO

CONVIVÊNCIA/ LOCAL DE REUNIÕES/ PALESTRAS

MEZANINO

convivência mezanino controle de acesso loja IMAGEM 78: DIAGRAMA ARQUITETÔNICO. FONTE: AUTOR, 2020.

LOJA

IMAGEM 79: ORGANOGRAMA. FONTE: AUTOR, 2020.

RECEPÇÃO/ CONTROLE DE ACESSO

4. PROJETO ARQUITETÔNICO

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4. 3. implantação

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4. 4. subsolo e primeiro pavimento

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4. 5. pavimento tipo e terraรงo

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4. 6. cortes urbano

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4. 7. fachadas

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4. 8. tipologias das unidades

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4. 9. diagrama das tipologias

TIP. 1

tipologia 1

conceito

É a maior tipologia com 10,40m² elaborada através da face oposta a tipologia 2;

A princípio o que poderia ser uma empena cega, sofre recortes e incrementa elementos vazados, além do recuo que dá espaço ao pequeno jardim que se repete ao longo dos demais pavimentos;

TIP. 2

TIP. 3 - PCD

tipologia 2

É a menor tipologia com 8,75m² elaborada através da face oposta a tipologia 1;

justificativa

Por motivos da fachada encontrar-se na orientação nordeste com ventilação considerável junto com a frequência de ocorrência de ventos do sudeste ao longo do ano - ver imagens 6 e 8, mas neste caso, pelo fato de ser a fachada principal do projeto sendo necessário tratamento especial;

tipologia 3 - pcd

É a somatória das tipologias 1 e 2 tornando-se acessível com 19,90m²

IMAGEM 80: DIAGRAMA DAS TIPOLOGIAS. FONTE: AUTOR, 2020.

IMAGEM 81: DIAGRAMA DAS VARANDAS. FONTE: AUTOR, 2020.

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4. 10. diagrama dos pavimentos

05

04

térreo

01 01. Acesso a loja - fachada ativa obrigatória máx. de 50% de frente (53,18m²); 02. Acesso ao projeto; 03. Saída de lixo - registro de luz/água; 04. Mezanino; 05. Circulação vertical externa; 06. Árvore grande existente; 07. Árvore pequena a inserir; 08. Espelhos d'água; 09. Muros de divisa; 10. Convicência/local de reunião/palestras; 11. Bicicletário; 12. Reservatório inferior (25.020 litros); 13. Doação obrigatória de passeio público (2m existente + 2m doado = 43,73m²);

02 03 06 07 09 08 10

11 12

13

subsolo

IMAGEM 82: DIAGRAMA DOS PAVIMENTOS - PARTE 1. FONTE: AUTOR, 2020.

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14 15 16 17 20

pavimento tipo 2º ao 7º pav.

19

18

14. Tipologia 2 (8,75m²); 15. Tipologia PCD (19,90m²); 16. Tipologia 1 (10,40m²); 17. Circulação vertical de emergência; 18. Tipologias 1.1 e 2.1 com varandas; 19. Empena cega para artes/grafites; 20. Circulação vertical externa; 21. Lavanderia; 22. Cozinha e refeitório; 23. Shaft para lixo (0,45x1,36m);

21 22

1º pavimento 23 IMAGEM 83: DIAGRAMA DOS PAVIMENTOS - PARTE 2. FONTE: AUTOR, 2020.

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24

reservatório superior 25

24. Reservatório superior + Reserva técnica de incêndio (16.480 + 9.600 = 26.685 litros); 25. Platibanda; 26. Piscina; 27. Escada de acesso a piscina; 28. Guarda-corpo de concreto; 29. Túnel de acesso a circulação vertical externa; 30. Vestiário unissex; 31. Banheiro unissex;

26 27

28

29

terraço

30 31

IMAGEM 84: DIAGRAMA DOS PAVIMENTOS - PARTE 3. FONTE: AUTOR, 2020.

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considerações finais

IMAGEM 85: ILUSTRAÇÃO DA CAPA - CAPÍTULO 05. FONTE: PINTEREST, 2019. EDIÇÃO: AUTOR, 2020.

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5. 1. considerações finais

A

percepção de projeto com uma nova visão surgiu como resultado desse objeto de estudo que se embasou em pesquisas e levantamentos teóricos em busca de informações, exposições de dados e reflexões identificando que a moradia estudantil é algo que quase sempre está atrelado a alguma universidade específica, considerando-a como uma extensão, um braço do ambiente de estudo e lar do estudante que, geralmente está ligado ao ensino tradicional elitista. Em muitos concursos públicos de arquitetura e urbanismo ou trabalhos finais de graduação que encontramos é possível notar isso, como se existisse uma espécie de particularização de projetos no que diz respeito às moradias estudantis, alojamentos estudantis, repúblicas e afins. Entretanto, ao longo do trabalho, nota-se uma reflexão e negação a esse tipo de abordagem que é tida como algo comumente.

Isso acontece através da localização ao qual o projeto está inserido e a demanda eclética que pretende-se alcançar, em outras palavras, trata-se de um projeto arquitetônico que não exclui aqueles que, porventura, possuem o privilégio de estudar e digo mais, ainda poder escolher seguir pelos moldes tradicionais elitistas por questões financeiras que os favoreçam, nem àqueles que valorizam este tipo de ensino como algo acima dos demais métodos, tampouco àqueles que, por mérito, conseguem bolsas de estudos nestes ambientes, ainda que indiretamente alimentem esse tipo de cultura – de encontrar-se bom ensino apenas naquela universidade de logotipo vermelho ou azul – de pensamentos estes enraizados há muito tempo. Vale lembrar que, assim como não se trata de algo excludente, também não é de se priorizar ou incentivar esse estilo exclusivista a um único públicoalvo. Dessa forma, a moradia estudantil elaborada busca a diversificação entre estudantes de vários lugares e cursos, não estando próxima - no sentido de estar agregada, colada, junta ou atrelada a nenhuma universidade específica que em razão disso, me gerou reflexões acerca do tema.

"Quanto isso pode vir a ser benéfico ao estudante ou até mesmo a quem possa construir e/ou administrar um projeto desse nível?" "Até que ponto se tratando sobre a geração de comodidades podemos chegar quando não estamos falando de algo exclusivista?" "Como é, para o estudante, poder estar num ambiente diversificado do ponto de vista educacional?" Nesse contexto, o networking é algo que pode ter bastante aprimoramento levando em consideração a criação de redes de conexões entre as pessoas presentes no ambiente. E por falar em ambiente, este depende do amadurecimento individual de cada um para que seja mantido a filosofia do consumo coloborativo difundida no mundo e estimulada através do projeto. Além disso, é importante ressaltar que a proposta elaborada refere-se a hipótese de que um dia o PIU ACJ esteja ativo e dentre muitas outras questões, é claro que, somente este trabalho não é capaz de responder e solucionar todas as reflexões do universo, mas de fato, demonstra inquietação sobre o que nos é dado como algo singular.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

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5. 2. bibliografia

BRASIL. Lei nº 16.050, de 31 de julho de 2014. Plano Diretor Estratégico. São Paulo, 2019. BRASIL. Lei nº 16.402, de 22 de março de 2016. Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo. São Paulo, 2019. HISTÓRICO. Cidade de São Paulo – Subprefeitura Capela do Socorro. Disponível em: <https:// www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/ subprefeituras/capela_do_socorro/historico/index. php?p=916>. Acesso em: 01/mai/2019. UM POUCO DE HISTÓRIA: INTERLAGOS. Cidade de São Paulo – Subprefeitura Capela do Socorro. Disponível em: <https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/ secretarias/subprefeituras/capela_do_socorro/ noticias/?p=7349>. Acesso em: 01/mai/2019. ENTENDA AS DIFERENÇAS ENTRE HOTEL E POUSADA E OUTROS MEIOS DE HOSPEDAGEM. Skyscanner. Disponível em: <https://www.skyscanner. com.br/noticias/diferencas-entre-hotel-e-pousadae-outros-meios-de-hospedagem>. Acesso em: 05/ mai/2019. O ZONEAMENTO NA MACROÁREA DE ESTRUTURAÇÃO METROPOLITANA. Gestão Urbana SP. Disponível: <https://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/ozo n e a m e n to - n a - m a c ro a re a - d e - e s t r u t u ra c a o metropolitana/>. Acesso em: 09/jul/2019.

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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

108


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SUBPREFEITURA SANTO AMARO RESTAURA CORETO DA PRAÇA FLORIANO PEIXOTO. Cidade de São Paulo - Subprefeitura Santo Amaro. Disponível em: <https:// www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/ subprefeituras/santo_amaro/noticias/?p=35054>. Acesso em: 25/fev/2020.

NUNES, Denise Vianna. VIEIRA, Larissa Tavares. Modos de habitar a cidade contemporânea: Moradia compartilhada e colaborativa. Anpur, Natal, 27 de maio, 2019. Disponível em: <http://anpur.org.br/ xviiienanpur/anaisadmin/capapdf.php?reqid=571>. Acesso em: 09/mai/2020.

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PIU ARCO JURUBATUBA. Gestão Urbana SP. Disponível em: <https://gestaourbana.prefeitura. sp.gov.br/piu-arco-jurubatuba/>. Acesso em: 06/ mai/2020.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

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#323B20 #819C4B #F1EEE5 #FFFFFF #000000

FORMATO: A3 - 420 x 297mm TIPOGRAFIA: Bariol e Roboto NÚMERO DE PÁGINAS: 111 NOVEMBRO 2020



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