A doutrina da predestinação

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INSTITUTO BIBLICO DE ANAPOLIS – I.B.A O IBA (Instituto Bíblico de Anápolis), órgão educacional-teológico da Igreja Assembleia de Deus Ministério de Anápolis, sua mantenedora, situado à Rua João de Souza Ramos, s/n - Área 2 - Praça da Bíblia - Jardim Bandeirantes, CEP 75080-120 – Anápolis (GO), fundado em 1990

SOTERIOLOGIA A DOUTRINA DA PREDESTINAÇÃO

PROFESSOR: PASTOR JOÃO BATISTA ALUNO: Wellington Graciano de Jesus ALUNA: Nifa Luiza de Sousa Graciano

ANAPOLIS GO


PREDESTINAÇÃO O vocábulo “predestinação” vem do grego “proordzo” que gravita por “seis vezes” em o Novo Testamento. Sua preposição grega (pró), faz com que esta palavra indique uma atividade feita de antemão. Com o passar do tempo esse vocábulo tornou – se sinônimo de “decreto divino” e, com este sentido, passou a indicar um conjunto de palavras e expressões com os seguintes resultados: “... determinado conselho e presciência de Deus...” Atos 2:23; “predestinação” Romanos 8:30; “beneplácito” Efésios 1:9; “o propósito de Sua vontade” Efésios 1:11; “eleição” I Tessalonicenses 1:4; “presciência de Deus” I Pedro 1:2; etc. Seja qual for à maneira que interpretemos esta doutrina, ela é proeminente na Bíblia. E, de fato uma das doutrinas notáveis das Escrituras Sagradas.

Necessariamente, três pontos importantes devem ser aqui anotados: 1. Predestinação Incondicional (Calvino e seus seguidores) 2. Predestinação Restrita (Arminio e seus seguidores) 3. Predestinação Condicional (Sistematizada por Paulo)

PREDESTINAÇÃO INCONDICIONAL João Calvino Para Calvino, o ponto principal na salvação da pessoa humana era a sua “predestinação incondicional”. Recebeu as primeiras informações por meio de Agostinho. Seu pensamento teológico era: “Deus criou o homem como um ser puro e à sua imagem e o dotou de livre – arbítrio. (Agostinho ensina que após a queda, o homem perdeu o livre – arbítrio)”. Era capaz de ser restaurado, não por si mesmo, mas sim pela graça de Deus. Esta graça não vem porque o homem crê, antes precede a fé e é dada para que o homem creia. Por meio desta graça se chega ao estado de arrependimento, deste se passa à conversão e depois é a perseverança final. Calvino então delineou a “predestinação incondicional” da seguinte maneira: “Predestinação é o decreto divino com referência aos seres morais – os anjos e os homens”. Que é calvinismo? Calvinismo é o sistema teológico das igrejas reformadas cuja expressão doutrinária oficial é a confissão de fé de Westminster, redigida por determinação do parlamento inglês. Os trabalhos tomaram cinco anos e meio, terminando em 1648, deles participando 120 ministros ou teólogos, 11 “lords”, 20 “comuns” (alguns eram das universidades de Oxford e Cambridge e 7 delegados da Escócia). Mas foi o Sínodo de Dort [1], em Dertrecht, na Holanda, reunido em 1618 – 1619, que teve o objetivo de


contra–atacar o arminianismo. Foi ali que surgiram os “cinco pontos do calvinismo” em resposta aos cinco pontos do memorial arminiano.

Cinco pontos do Calvinismo: 1. Total depravação – O homem natural não pode apreciar sequer as coisas de Deus. Menos ainda salvar–se. Ele é cego, surdo, mudo, impotente, leproso espiritual, morto em seu pecado, insensível à graça comum. Se Deus não tomar a iniciativa, infundindo– lhe fé salvadora e fazendo – o ressuscitar espiritualmente, o homem natural continuará morto eternamente. (Sl.51:5; Jr.13:23; Rm 3:10-12; 7:18; I Cor. 2:14; Ef.1:3, 12; Col.2:11-13) 2. Eleição incondicional – Deus elegeu alguns para a salvação, reprovando os demais. Deus não tem obrigação de salvar ninguém, nem homem nem anjos decaídos. Resolveu soberanamente salvar alguns homens (reprovando todos os demais) e torna – los filhos adotivos quando eram ainda filhos das trevas: teve misericórdia de algumas criaturas e deixou as demais (inclusive os demônios) entregues as suas próprias paixões pecaminosas. A salvação é efetuada totalmente por Deus. A fé como a salvação, é dom de Deus ao homem, não do homem a Deus. (Mal. 1:2-3; João 6:65; 13:18; 17:9; At. 13:48; Rm. 8:29-33; 9:16; 11:5-7; Ef.1:4-5; 2:8-10; II Tess. 2:13; I Pe. 2:8-9; Jd.1:4) 3. Expiação limitada ou particular – Segundo Agostinho a graça de Deus é “suficiente para todos, eficiente para os eleitos”. Cristo foi sacrificado para redimir Seu povo, não para tentar redimi–lo. Ele abriu a porta para salvação para todos, porém só os eleitos querem entrar, e efetivamente entram. (João 17:6, 9, 10; At20:28; Ef.5:25; Tito 3:5) 4. Graça irresistível ou infalível – Embora os homens possam resistir à graça de Deus, ela é todavia infalível: acaba convencendo o pecador de seu estado depravado, convertendo–o e santificando–o. O Espírito Santo realiza isto sem coação. É como o rapaz apaixonado que ganha o amor de sua eleita e ela acabam casando – se com ele, livremente. Deus age e o crente reage livremente. Quem se perde tem consciência de que está livremente rejeitando a salvação. Alguns escarnecem de Deus, outros se enfurecem, outros adiam a decisão, outros demonstram total indiferença para com as coisas sagradas. Todos porém agem livremente. (Jr.3:3; 5:24; 24:7; Ez.11:19-20; 36:26 – 27; I Cor. 4:7; II Cor.5:17; Ef.1:1920; Col.2:13; Hb.12:2) 5. Perseveração dos salvos – Alguns preferem dizer “perseverança do Salvador”. Nada há no homem que o habilite a perseverar na obediência e fidelidade ao Senhor. O Espírito é quem persevera pacientemente exercendo misericórdia e disciplina na condução do crente. Quando ímpio, estava morto em seu pecado e ressuscitou. Cristo lhe aplicou Seu sangue remidor e a graça salvífica de Deus infundiu – lhe fé para crer em Cristo e obedecer a Deus. Se todo o processo de salvação é obra de Deus, o homem não pode perde – la! Segundo a Bíblia, é impossível que o crente regenerado venha a


perder sua salvação. Poderá pecar e morrer fisicamente (I Cor. 5:1-5). Os apostatas nunca nasceram de novo, jamais se converteram. (Is.54:10; João 6:51, Rm.5:8-10, 8:28, 32, 34-39; 11:29; Fl.1:6; II Tess.3:3; Hb.7:25)

PREDESTINAÇÃO RESTRITA Jacó Arminio Jacó Arminio era um distinto pastor e professor holandês, cuja formação teológica havia sido profundamente calvinista. De fato, boa parte de seus estudos ocorreu em Genebra sob a direção de Tedoro de Beza, o sucessor de Calvino nessa cidade. Voltando a Holanda, ocupou um importante púlpito em Amsterdã e logo sua fama se tornou grande .Devido a essa fama e ao seu prestigio como estudioso da Bíblia e da teologia, os dirigentes da igreja de Amsterdã lhe pediram que refutasse as opiniões do teólogo Dirck Koornhert que havia atacado algumas das doutrinas calvinistas, particularmente a predestinação.

Surge a predestinação restrita. Como sugere o termo, se entende “a predestinação” ou “a eleição” mais ocasionada por parte de “livre–arbítrio” humano, do que ocasionada pela soberana vontade de Deus. Diverge, portanto, da “predestinação incondicional” que ensina que a salvação humana depende de uma “eleição absoluta e soberana” de Deus: onde a vontade do homem fica excluída. E de igual modo, da “predestinação condicional” que ensina que na salvação humana existe uma espécie de “cooperação mútua” tanto por parte de Deus (o doador) como por parte do homem (recipiendário). “Chegai–vos a Deus e Ele se chegará a vós. Portanto os dois cooperam para tal fim” (Tg.4:8). Por fim, depois de profundas lutas de consciência, chegou–se à conclusão de que Koornhert tinha razão. Arminio passou a fazer objeções as idéias calvinistas sobre a “predestinação incondicional”. Memorial Arminiano Eis uma exposição resumida dos cinco pontos do memorial arminiano: 1. O decreto divino de predestinação é condicional, não absoluto. Deus escolheu as pessoas para a salvação antes da fundação do mundo, baseado em Sua presciência. Ele previu quem aceitaria livremente a salvação e predestinou os salvos. A salvação ocorre quando o pecador escolhe a Cristo; não é Deus quem escolhe o pecador. O pecador deve exercer sua própria fé para crer em Cristo e salvar – se. Os que perdem, perdem – se por livre escolha: não quiseram crer em Cristo, sujeitaram a graça auxiliadora de Deus. (Dt.30:19; João 5:40, 8:24; Ef.1:5-6, 12; 2:10; Tiago 1:14; I Pedro 1:2; Apoc. 3:20;22:17).


2. A expiação é universal – O sacrifício de Cristo torna possível a toda e qualquer pessoa, salvar – se pela fé, mas não assegura a salvação de ninguém. Só os que crêem nEle, e todos quantos crêem, serão salvos. (João 3:16; 12:32; 17:21; I João 2:2; I Cor. 15:22; I Tim.2:3-4; Hb.2:9; II Pe.3:9) 3. Livre–arbítrio ou capacidade humana – Embora a queda de Adão tenha afetado seriamente a natureza humana, as pessoas não ficaram num estado de total incapacidade espiritual. Todo pecador pode arrepender – se e crer por livre – arbítrio cujo uso determinará seu destino eterno. O pecador precisa da ajuda do Espírito e só é regenerado depois de crer porque o exercício da fé é a participação humana no novo nascimento. (Is.55:7; Mt.25:41, 46; Mc.9:47-48; Rm.14:10, 12; II Cor.5:10) 4. O pecador pode eficazmente rejeitar a graça - Deus faz tudo que pode para salvar os pecadores. Se o pecador não reagir positivamente, o Espírito não lhe pode conceder vida. Portanto, a graça de Deus não é infalível, em irresistível. O homem pode frustrar a vontade de Deus para sua salvação. (Lc.18:21; 19:41-42; Ef.4:30; I Tess.5:19) 5. Os crentes regenerados pelo Espírito podem cair da graça e perder–se eternamente Embora o pecador tenha exercido fé, crido em Cristo e nascido de novo para crescer na santificação, ele poderá cair da graça. Só quem perseverar até o fim será salvo. (Lc.21:36; Gal.5:4; Hb.6:6; 10:26-27; II Pe.2:20-22; Rm.11:22)

PREDESTINAÇÃO CONDICIONAL Trata–se dos fundamentos do apóstolo Paulo. Segundo o pastor Severino Pedro da Silva, autor do livro A Doutrina da Predestinação - CPAD, esse modelo mantem um “equilíbrio bíblico”. A doutrina da predestinação condicional sempre se refere “ao meio” da salvação e nunca ao “destino eterno” irrevogável de cada pessoa. No contexto da promessa divina esta predestinação é vista englobando a igreja como um todo, e, quando se refere a uma “eleição individual” ou “pessoal”, refere-se a chamada diretiva de Deus para um serviço no seu reino.

a) Sentido individual – Deus escolheu Abrão para que fosse pai de uma multidão de nações (Gn.12:1 e 53; Ne.9:7); Arão para o sacerdócio (Sl.105:26); Moisés como libertador (Sl.106:23); Davi para ser rei de Israel (I Reis 8:16); Salomão para continuidade de seu nome (I Cr.28:5); Isaías como profeta (Is.49:1-6); figura profética de Paulo (At.9:15-16; 13:47; Jeremias (Jr.1:5); João Batista (Lc.1:76); Pedro (At.15:7); Rufo (Rm.16:13). Nesse mesmo sentido Jesus é também denominado como tendo sido escolhido de Deus (Is.42:1; Mt.12:18).


b) Eleição coletiva – Rm.8:29-30; Ef.1:5,11. Deus não predestina alguns para a condenação sem antes lhes oferecer oportunidades para a salvação.

c) O propósito de Deus – Rm.9:15. Deus tolerou os vasos da ira, mas preparou os vasos da misericórdia.

A DOUTRINA DA ELEIÇÃO DIVINA AMBOS TESTAMENTOS Nos tempos do Antigo Testamento, Deus escolheu os filhos de Israel para ser Seu povo (Atos 13:17). Tornaram-se o Seu povo, não porque decidiram pertencer a Ele, mas porque Deus tomou a iniciativa e escolheu-os. Os mesmos pensamentos são encontrados no Novo Testamento. O povo de Deus é descrito como seus “eleitos” ou “escolhidos”. Jesus usou este termo quando falou de Seu retorno futuro, quando, como o Filho do homem, Ele vai reunir o povo de Deus (Marcos 13:20, 27). Jesus vai reivindicar os seus sofrimentos e paciência deles em esperar Sua vinda (Lucas 18:7). Em 1 Pedro 2:9, o povo de Deus é chamado de uma “nação eleita”.

Em Romanos 9-11, Paulo explica por que os gentios aceitaram o Evangelho, enquanto o povo de Israel, como nação, o rejeitou. Ele afirma que, no presente momento, há um “remanescente” de Israel como um resultado da escolha graciosa de Deus sobre eles. Esse grupo é chamado de “os eleitos.” Eles são o povo escolhido que tinham obtido o que era para Israel como um todo, enquanto a grande massa de pessoas não conseguiram obtê-lo, porque foram endurecidos, como resultado de seu pecado (Rm 11:5-7). No entanto, a escolha de Deus de Israel para ser Seu povo não foi cancelada. A maioria dos judeus se aliaram contra o Evangelho, e gentios podem receber as bênçãos de Deus em seu lugar, mas os judeus ainda são amados por Deus, e Deus não vai voltar atrás com a Sua vocação original deles (Rm 11:28). Por conseguinte, Paulo permanece confiante de que no devido tempo, haverá um retorno generalizado a Deus pelo povo de Israel. Ao longo da Bíblia, encontramos Deus fazendo escolhas constantemente. Por exemplo, Deus escolheu Abrão (Ne 9.7) para fazer dele uma grande nação, abençoálo, engrandecer o nome e através dele, abençoar todas as famílias da terra (Gn 12. 2,3); o povo de Israel (Dt 7.6; 14.2; At. 13.17), Davi (1 Rs 11.34 ), Jerusalém (2 Rs 23.27). Esses são apenas alguns exemplos de escolhas que Deus fez. Quando se trata de salvação, a Bíblia também revela Deus elegendo um povo para si. Obviamente, esse povo é constituído por pessoas individualmente. (Ef 1.4; 1 Pe 1.2). Isso significa que a eleição divina na Bíblia tem, no mínimo, duas conotações: eleição para serviço (executar uma tarefa específica) e eleição para a salvação.


É importante entender essas duas características, pois essa distinção será crucial para derrubarmos as falácias sobre o tema que estamos tratando. Para encerrar esse tópico, é importante enfatizar que biblicamente, a escolha divina inclui não só pessoas, lugares, ou um povo, como também anjos (cf. 1 Tm 5.21) e Cristo (Mt 12.18; 1 Pe 2.4,6).

AS CRIANÇAS E A PREDESTINAÇÃO A Escritura Sagrada nos ensina que devemos instruir aos nossos filhos o temor do Senhor porque eles são herdeiros do pacto (Dt 6:4-9). Entretanto, pais têm negligenciado a sua instrução espiritual. Crianças são capazes de aprender e isto não pode ser ignorado. Alguns pais pensam que seus filhos precisam ser maiores e mais inteligentes para serem ensináveis. Pensar assim é erro. Saiba que mesmo antes deles aprenderem falar, eles sabem aprender! Iain Murray corretamente comenta que toda doutrina que pode ser ensinada aos teólogos também pode ser ensinada às crianças. Ensinamos uma criança que Deus é um Espírito, presente em todo lugar e que conhece todas as coisas; e ela consegue entender isto. Falamos a ela que Cristo é Deus e homem em duas distintas naturezas e uma pessoa para sempre. Isto para uma criança é leite, mas em si contêm alimento para os anjos. A verdade expressa nestas proposições pode ser expandida ilimitadamente, e fornecer alimento para o mais alto intelecto por toda eternidade. A diferença entre o leite e o alimento reforçado, de acordo com esta concepção, é simples, é a distinção entre o maior e o menor desenvolvimento do conteúdo ensinado.[1]

Primeiramente ensine ao seu filho que Deus é soberano. Explique que ele criou tudo, governa todas as coisas e tudo depende dele. Existimos para adorá-lo, e tudo o que fizermos desde que acordamos, durante todo o dia, e até mesmo enquanto dormimos é para a glória dele. Eles não precisam ter medo de nada, e ninguém é mais poderoso que o nosso Deus! Estamos protegidos porque o nosso Deus nos ama e tem uma aliança conosco. O nosso Deus prometeu ser o nosso Deus, e ele não mente.

Apresento abaixo um esboço simples dos 5 pontos do Calvinismo. Desejo ajudar aos pais que querem ensinar as doutrinas da graça aos seus filhos. Comprove que os seus filhos, mesmo que pequenos, são capazes de memorizar e entender, se forem didaticamente esclarecidos, acerca do que são as doutrinas da graça. Estas doutrinas serão um saudável alimento para toda a vida.


DEPRAVAÇÃO TOTAL Todas as pessoas morrem por causa de seus pecados.

ELEIÇÃO INCONDICIONAL: Deus escolheu salvar pecadores.

EXPIAÇÃO LIMITADA: Jesus morreu somente pelos eleitos.

GRAÇA IRRESISTÍVEL: O Espírito Santo salva com graça poderosa.

PERSEVERANÇA DOS SANTOS: Sempre seremos salvos.

Hoje o João Marcos memorizou a TULIP e a recitou. Este feito encheu o meu coração de satisfação! [ ACESSE AQUI ]

Converso com meus filhos, desde que nasceram, afirmando que estão debaixo das promessas do pacto de Deus conosco. Mesmo eles não entendendo alguns termos como calvinista, reformado, presbiteriano, puritano ou Westminster, vão desde agora se familiarizando com eles. É até mesmo engraçado ouvir, e como a sua pequenina língua enrola quando tentam falar estas longas palavras! Mas entre risos e o aprendizado, eles descobrirão que as verdades dessas grandes e difíceis palavras tornarão a vida feliz diante do Senhor Deus. Moisés nos exorta que "quando teu filho, no futuro, te perguntar, dizendo: 'que significam os testemunhos, e estatutos, e juízos que o SENHOR, nosso Deus, vos ordenou? Então, dirás a teu filho: éramos servos de Faraó, no Egito; porém, o SENHOR de lá nos tirou com poderosa mão" (Dt 6:20-21).


Hoje eles aprendem sobre a graça, mas espero no nosso Redentor, que chegue o dia em que o Espírito lhes aplique e os torne conhecedores desta maravilhosa graça!

TODAS AS CRIANÇAS SÃO SALVAS “Pois todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente por sua graça, por meio da redenção que há em Cristo Jesus.” (Romanos 3:23) Toda a humanidade é corrompida pelo pecado original. Isto é, todos nós nascemos com o pecado original herdado de Adão. Então, precisamos nos arrepender e confessar Jesus Cristo como nosso Senhor e Salvador, do fundo de nosso coração. Obviamente, as crianças também são corrompidas pelo pecado original e também estão destituídas da glória de Deus. Mas, elas não têm a capacidade de compreender isso e não sabem que precisam se arrepender e confessar verdadeiramente a fé em Jesus Cristo. Entretanto, a Sagrada Escritura deixa claro que de alguma forma a redenção por intermédio de Cristo abrange as crianças, permitindo a salvação delas; como podemos ver abaixo: Vale esclarecer que a definição de “criança” que será usada no texto é referente à mentalidade do indivíduo, e não à sua idade. Pois, pode haver crianças precoces que sabem discernir o bem do mal, e que já possuem a capacidade de saber o que é o pecado e arrependimento. Da mesma forma que pode haver adultos com sérios problemas mentais, possuindo a inocência e a mentalidade infantil. “Pois desde a criação do mundo os atributos invisíveis de Deus, seu eterno poder e sua natureza divina, têm sido vistos claramente, sendo compreendidos por meio das coisas criadas, de forma que tais homens são indesculpáveis; porque, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe renderam graças, mas os seus pensamentos tornaram-se fúteis e o coração insensato deles obscureceu-se.” (Romanos 1:20-21) Paulo nos fala que aqueles que tem conhecimento da glória de Deus são indesculpáveis em não glorificá-lo. Isto é aqueles que obtiveram um grau de revelação adequado de Deus, não tem desculpa de não adorá-lo e glorificá-lo. Porém, há alguns que estão em um grau de inocência e não tem esse conhecimento de Deus. Se for o conhecimento da glória de Deus que faz alguém ser indesculpável de não glorificá-lo, então, podemos concluir que o não conhecimento da glória Deus não faz alguém ser culpado por não glorificá-lo. Portanto, as crianças não são culpadas de não honrar a Deus. Pois, elas não têm o conhecimento do mesmo. Logo, conclui-se que Deus não poderia mandar elas ao inferno, pois, elas têm a justificativa de não ter tido o conhecimento de Deus, e não ter tido a capacidade de adorá-lo e glorificá-lo. “Depois trouxeram crianças a Jesus, para que lhes impusesse as mãos e orasse por elas. Mas os discípulos os repreendiam. Então disse Jesus: ‘Deixem vir a mim as crianças e não as impeçam; pois o Reino dos céus pertence aos que são semelhantes a elas’.” (Mateus 19:13-15) Cristo fala abertamente que os que são semelhantes às crianças, são deles o Reino dos Céus. Logo, conclui-se que todos aqueles que têm o mesmo nível de inocência das


crianças, incluindo as próprias crianças, ou que tentam por em sua conduta moral essa característica [por amor a Jesus Cristo], serão salvos. “Naquele momento os discípulos chegaram a Jesus e perguntaram: ‘Quem é o maior no Reino dos céus? ’. Chamando uma criança, colocou-a no meio deles; e disse: ‘Eu lhes asseguro que, a não ser que vocês se convertam e se tornem como crianças, jamais entrarão no Reino dos céus. Portanto, quem se faz humilde como esta criança, este é o maior no Reino dos céus’.” (Mateus 18:1-4) Podemos ver que Jesus fala sobre quem é o maior no Reino dos Céus. Ele fala que aquele que aplicar à sua conduta moral a humildade de uma criança será o maior no Reino dos Céus. Portanto, aqueles que tiverem uma conduta moral semelhante ou igual à de uma criança, incluindo as próprias crianças, serão salvos. "Quem recebe uma destas crianças em meu nome, está me recebendo. Mas se alguém fizer tropeçar um destes pequeninos que creem em mim, melhor lhe seria amarrar uma pedra de moinho no pescoço e se afogar nas profundezas do mar." Jesus utiliza uma hipérbole para demonstrar como as crianças são benditas. Portanto, podemos ter uma noção de como são as crianças aos olhos de Deus. Se Deus vê as crianças dessa forma maravilhosa, é razoável supor que crianças ao morrerem serão salvas. Visto os argumentos apresentados, podemos concluir que as crianças são o modelo que todos nós devemos seguir para que possamos verdadeiramente trilhar o caminho preparado por Deus, e para que nossa fé seja justificada entre homens, como a verdadeira fé em Nosso Senhor Jesus Cristo. Se elas são um modelo a ser seguido, elas tem um lugar guardado no Céu, da mesma forma que aqueles que tentam ser como elas [por amor a Jesus Cristo] também possuem. “A criança é um por natureza um ser do encantamento, um ser que experimenta a leveza, e que não retém a dor." (Cris Griscon) “As crianças são os pequenos eleitos de Deus que desde toda a eternidade o encantam”


DOUTRINA DA GRAÇA

“Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie; porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas”. Efésios 2:8-10. “Digo, pois: Porventura rejeitou Deus o seu povo? De modo nenhum; porque também eu sou israelita, da descendência de Abraão, da tribo de Benjamim. Deus não rejeitou o seu povo, que antes conheceu. Ou não sabeis o que a Escritura diz de Elias, como fala a Deus contra Israel, dizendo: Senhor, mataram os teus profetas, e derribaram os teus altares; e só eu fiquei, e buscam a minha alma? Mas que lhe diz a resposta divina? Reservei para mim sete mil homens, que não dobraram os joelhos a Baal. Assim, pois, também agora neste tempo ficou um remanescente, segundo a eleição da graça. Mas se é por graça, já não é pelas obras; de outra maneira, a graça já não é graça. Se, porém, é pelas obras, já não é mais graça; de outra maneira a obra já não é obra”. Romanos 11:16. Há dois sistemas de doutrina acerca da salvação. Um diz que a salvação vem ao homem através dos seus próprios méritos, ou que vem a ele através de uma mistura de obras e graça. O outro sistema diz que a salvação é 100% pela graça por meio da fé em Jesus Cristo, sem as obras da parte do homem. Assim a salvação é pela graça de Deus desde o início até ao fim. Estes dois sistemas de doutrina são conhecidos como Arminianismo e Calvinismo. Observe os dois sistemas comparados: Calvinismo 1. Depravação Total Inabilidade Total 2. Eleição Incondicional (Absoluta)

Arminianismo 1. Depravação Parcial Habilidade Humana (Livre Arbítrio) 2. Eleição Condicional


Dependente da Vontade Divina 3. Expiação Limitada Redenção Particular 4. Graça Irresistível Chamada Eficaz 5. Preservação e Perseverança dos Salvos Segurança Eterna da Salvação

Dependente da Vontade Humana 3. Expiação Geral Redenção Universal 4. Graça Resistível Chamada Pode Ser Rejeitada 5. Apostasia Possível Pode Perder a Salvação

Estes dois nomes são somente apelidos para os dois sistemas de doutrina sobre a graça de Deus na salvação. O Calvinista não é um seguidor de João Calvino. O Arminiano não é um seguidor de James Arminius. Estes dois homens (João Calvino e James Arminius) foram os dois que mais popularizaram estes dois sistemas de doutrina, e é por isso que os nomes pegaram neles. Foi no ano 1610 (ano após a morte de James Arminius) que cinco artigos foram publicados baseados nos ensinos desse professor Holandês pelos seus alunos. A publicação desses cinco artigos foi um protesto contra a doutrina da graça da eleição, e um pedido que o reino holandês a mudasse (negasse). O pedido foi negado. João Calvino nem James Arminius começaram o sistema de doutrina com os seus nomes correspondentes. Estas doutrinas já foram ensinadas antes dos dois. Alguns hereges por muito tempo tinham pregado arminianismo, e Jesus Cristo e Seus Apóstolos tinham pregado a eleição da graça de Deus desde o primeiro século. Observe: Jesus Cristo, Mateus 1:21, 11:25-27, 26:28, João 6:37-40, 10:14-16, 26-28; Apóstolos, Atos 13:48, Efésios 1:3-14, Tiago 1:18, I Pedro 1:2, Apocalipse 17:8. Também o Velho Testamento fala abundantemente sobre a graça soberana de Deus. A diferença entre estes dois sistemas de doutrina não é só de ênfase, como muitos dizem, mas é o seu conteúdo mesmo, a sua doutrina é basicamente diferente. A pergunta é: Deus salva o pecador, ou só ajuda o pecador se salvar? Ou é que o Deus Triúno salva o Seu povo escolhido, ou é que Deus está tentando salvar o pecador, se o pecador deixalO. Os cinco pontos do calvinismo é um ponto só, e não pode separá-los sem destruir todos. Deus o Pai elegeu antes da fundação do mundo alguns para salvar, Deus o Filho remiu os eleitos do Pai, e Deus o Espírito Santo chama os eleitos do Pai e os remidos do Filho para receber a salvação eficazmente. O Deus Trino faz tudo necessário para salvar este povo eleito, do princípio até ao fim. Ele faz isso perfeita e completamente pela Sua graça maravilhosa.


O arminianismo é o coração e a alma da doutrina do Papismo e da heresia. O calvinismo é o coração e a alma da obra da salvação providenciada por nosso Deus bondoso. Deus nos salva gratuitamente pela Sua graça soberana. “A lei do Senhor é perfeita, e refrigera a alma; o testemunho do Senhor é fiel, e dá sabedoria aos símplices. Os preceitos do Senhor são retos e alegram o coração; o mandamento do Senhor é puro, e iluminam os olhos”. Salmo 19:7-8. “Toda a escritura é divinamente inspirada. E proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra.” II Timóteo 3:16-17. A questão suprema é o que a Palavra de Deus ensina sobre este assunto. A validez de uma doutrina depende totalmente de que a Bíblia ensina. A nossa única regra de fé e prática são as Escrituras somente e sempre. Para determinar o que é a verdade, e o que não é a verdade, a opinião humana, nem a filosofia humana, nem a sabedoria humana pode entrar nos nossos pensamentos. A única fonte infalível que Deus nos deu para saber a verdade é a Sua Palavra. Então, vamos ver o que Deus diz na Sua Palavra sobre a graça de Deus na salvação. A diferença entre estas doutrinas não é só uma coisa de ênfase, mas é o conteúdo bíblico delas. Alguns tentam dizer que são iguais e é somente uma diferença de ênfase. A pergunta que mostra que é uma diferença básica de doutrina bíblica é: Deus salva o homem perdido ou só ajuda o homem se salvar. Esta é uma diferença radical. O calvinismo prega que o Deus triúno salva o seu povo escolhido e o arminianismo prega que Deus está tentando salvar o pecador sem garantia que será salvo. Os cinco pontos do calvinismo são inseparáveis. O resumo dos cinco pontos do calvinismo é: o Deus soberano salva o seu povo escolhido eternamente. A salvação vem do Senhor do principio até ao fim. “O qual nos livrou de tão grande morte, e livra; em quem esperamos que também nos livrará ainda”. II Coríntios 1:10. Observe que neste versículo dá o três tempos da salvação: passado, presente e futuro. A salvação que Deus nos dá, é completa nEle e inteiramente pela graça. Jesus Cristo e os Apóstolos ensinaram estas doutrinas da graça de Deus. Observe alguns versículos. Mateus 1:21; 11:25-27; 26:28. João 6:37-40, 44; 10:14-16, 26-30. Atos 13:48. Efésios 1:3-14. Tiago 1:18. I Pedro 1:2. Apocalipse 17:8. “Sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela sua redenção que há em Jesus Cristo. Ao qual Deus propôs para propiciação pela fé no seu sangue, para demonstrar a sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob a paciência de Deus; para demonstração da sua justiça neste tempo presente, para que ele seja justo e justificador daquele que tem fé em Jesus.” Romanos 3:24-26.

DOUTRINAS VI. Expiação


6. Cremos que Jesus Cristo, pelos Seus sofrimentos, pelo derramamento do Seu próprio sangue e pela Sua morte na Cruz, fez uma expiação completa para todo o pecado humano; e que esta Expiação é a única base de salvação; e que é suficiente para cada pessoa da raça de Adão. A Expiação é gratuitamente eficaz para a salvação daqueles que não são capazes de assumir responsabilidade moral e para as crianças na idade da inocência, mas somente é eficaz para a salvação daqueles que chegam à idade da responsabilidade, quando se arrependem e creem. Isaías 53:5-6, 11; Marcos 10:45; Lucas 24:46-48; João 1:29; 3:14-17; Atos 4:10-12; Romanos 3:21-26; 4:17-25; 5:6-21; 1 Corintios 6:20; 2 Coríntios 5:14-21; Gálatas 1:34; 3:13-14; Colossenses 1:19-23; 1 Timóteo 2:3-6; Tito 2:11-14; Hebreus 2:9; 9:11-14; 13:12; 1 Pedro 1:18-21; 2:19-25; 1 João 2:1-2 VII. Graça Preveniente 7. Cremos que a criação da raça humana à imagem de Deus inclui a capacidade de escolher entre o bem e o mal e que, assim, seres humanos foram feitos moralmente responsáveis; que pela queda de Adão se tornaram depravados, de maneira que agora não podem voltar-se nem reabilitar-se pelas suas próprias forças e obras à fé e à invocação de Deus. Mas também cremos que a graça de Deus mediante Jesus Cristo é dada gratuitamente a todos os seres humanos, capacitando todos os que queiram converter-se do pecado para a retidão, a crer em Jesus Cristo para perdão e purificação do pecado, e a praticar boas obras agradáveis e aceitáveis à Sua vista. Cremos que todas as pessoas, ainda que possuam a experiência de regeneração e inteira santificação, podem cair da graça, apostatar e ficar eternamente perdidas e sem esperança, a menos que se arrependam do seu pecado. A imagem de Deus e a responsabilidade moral: Gênesis 1:26-27; 2:16-17; Deuteronômio 28:1-2; 30:19; Josué 24:15; Salmos 8:3-5; Isaías 1:8-10; Jeremias 31:2930; Ezequiel 18:1-4; Miqueias 6:8; Romanos 1:19-20; 2:1-16; 14:7-12; Gálatas 6:7-8 Incapacidade natural: Job 14:4; 15:14; Salmos 14:1-4; 51:5; João 3:6a; Romanos 3:1012; 5:12-14, 20a; 7:14-25 Graça gratuita e obras de fé: Ezequiel 18:25-26; João 1:12-13; 3:6b; Atos 5:31; Romanos 5:6-8, 18; 6:15-16, 23; 10:6-8; 11:22; 1 Coríntios 2:9-14; 10:1-12; 2 Coríntios 5:18-19; Gálatas 5:6; Efésios 2:8-10; Filipenses 2:12-13; Colossenses 1:21-23; 2 Timóteo 4:10a; Tito 2:11-14; Hebreus 2:1-3; 3:12-15; 6:4-6; 10:26-31; Tiago 2:18-22; 2 Pedro 1:10-11; 2:20-22 VIII. Arrependimento 8. Cremos que o arrependimento, que é uma sincera e completa mudança da mente no que diz respeito ao pecado, incluindo um sentimento de culpa pessoal e um afastamento voluntário do pecado, é exigido de todos aqueles que, por acto ou propósito, se fazem pecadores contra Deus. O Espírito de Deus dá a todos que quiserem arrepender-se a


ajuda gratuita da penitência do coração e a esperança da misericórdia, a fim de que possam crer para o perdão e a vida espiritual. 2 Crônicas 7:14; Salmos 32:5-6; 51:1-17; Isaías 55:6-7; Jeremias 3:12-14; Ezequiel 18:30-32; 33:14-16; Marcos 1:14-15; Lucas 3:1-14; 13:1-5; 18:9-14; Atos 2:38; 3:19; 5:31; 17:30-31; 26:16-18; Romanos 2:4; 2 Coríntios 7:8-11; 1 Tessalonicenses 1:9; 2 Pedro 3:9 IX. Justificação, Regeneração e Adoção 9. Cremos que a justificação é aquele ato gratuito e judicial de Deus, pelo qual Ele concede pleno perdão de toda a culpa, a libertação completa da pena pelos pecados cometidos e a aceitação como justo a todos aqueles que creem em Jesus Cristo e O recebem como Senhor e Salvador. 9.1. Cremos que a regeneração, ou o novo nascimento, é aquela obra da graça de Deus pela qual a natureza moral do crente arrependido é despertada espiritualmente, recebendo uma vida distintamente espiritual, capaz de fé, amor e obediência.

9.2. Cremos que a adoção é aquele ato gratuito de Deus pelo qual o(a) crente justificado e regenerado se constitui um(a) filho(a) de Deus.

9.3. Cremos que a justificação, a regeneração e a adoção são simultâneas na experiência daqueles que buscam a Deus e são obtidas na condição de haver fé, precedida pelo arrependimento; e que o Espírito Santo testifica desta obra e estado de graça. Lucas 18:14; João 1:12-13; 3:3-8; 5:24; Atos 13:39; Romanos 1:17; 3:21-26, 28; 4:5-9, 17-25; 5:1, 16-19; 6:4; 7:6; 8:1, 15-17; 1 Coríntios 1:30; 6:11; 2 Coríntios 5:17-21; Gálatas 2:16-21; 3:1-14, 26; 4:4-7; Efésios 1:6-7; 2:1, 4-5; Filipenses 3:3-9; Colossenses 2:13; Tito 3:4-7; 1 Pedro 1:23; 1 João 1:9; 3:1-2, 9; 4:7; 5:1, 9-13, 18 X. Santidade Cristã e Inteira Santificação 10. Cremos que a santificação é a obra de Deus, que transforma os crentes na semelhança de Cristo. Ela é efetuada pela graça de Deus através do Espírito Santo na santificação inicial, ou regeneração (simultânea com a justificação), inteira santificação, na obra contínua de aperfeiçoamento feita pelo Espírito Santo e culminando na glorificação. Na glorificação somos plenamente conformados à imagem do Filho. Cremos que a inteira santificação é aquele ato de Deus, subsequente à regeneração, pelo qual os crentes são libertados do pecado original, ou depravação, e levados a um estado de inteira devoção a Deus e à santa obediência do amor tornado perfeito. É operada pelo batismo com, ou enchimento do, Espírito Santo e envolve, numa só experiência, a purificação do coração de pecado e a presença íntima e permanente do Espírito Santo,


capacitando o(a) crente para a vida e o serviço. A inteira santificação é provida pelo sangue de Jesus, realizada instantaneamente pela graça mediante a fé, precedida pela inteira consagração; e desta obra e estado de graça o Espírito Santo testifica.

Esta experiência é também conhecida por vários termos que representam diferentes aspectos dela, tais como: “perfeição cristã,” “perfeito amor,” “pureza de coração,” “batismo com, ou enchimento do Espírito Santo,” “plenitude da bênção,” e “santidade cristã.”

10.1 Cremos que há uma distinção bem definida entre um coração puro e um carácter maduro. O primeiro é obtido instantaneamente, como resultado da inteira santificação; o último resulta de crescimento na graça.

Cremos que a graça da inteira santificação inclui o impulso divino para crescer na graça como um discípulo à semelhança de Cristo. Contudo, este impulso deve ser conscientemente cultivado; e deve ser dada cuidadosa atenção aos requisitos e processos de desenvolvimento espiritual e avanço no carácter e personalidade semelhantes a Cristo. Sem tal esforço intencional, o testemunho da pessoa crente pode ser enfraquecido e a própria graça comprometida e mesmo perdida. Participando nos meios da graça, nomeadamente a comunhão, as disciplinas e os sacramentos da Igreja, os crentes crescem

na graça e no pleno amor a Deus e ao próximo. Jeremias 31:31-34; Ezequiel 36:25-27; Malaquias 3:2-3; Mateus 3:11-12; Lucas 3:1617; João 7:37-39; 14:15-23; 17:6-20; Atos 1:5; 2:1-4; 15:8-9; Romanos 6:11-13, 19; 8:14, 8-14; 12:1-2; 2 Coríntios 6:14-7:1; Gálatas 2:20; 5:16-25; Efésios 3:14-21; 5:17-18, 25-27; Filipenses 3:10-15; Colossenses 3:1-17; 1 Tessalonicenses 5:23-24; Hebreus 4:911; 10:10-17; 12:1-2; 13:12; 1 João 1:7, 9 “Perfeição cristã,” “perfeito amor”: Deuteronômio 30:6; Mateus 5:43-48; 22:37-40; Romanos 12:9-21; 13:8-10; 1 Coríntios 13; Filipenses 3:10-15; Hebreus 6:1; 1 João 4:17-18 “Pureza de coração”: Mateus 5:8; Atos 15:8-9; 1 Pedro 1:22; 1 João 3:3 “Batismo com o Espírito Santo”: Jeremias 31:31-34; Ezequiel 36:25-27; Malaquias 3:23; Mateus 3:11-12; Lucas 3:16-17; Atos 1:5; 2:1-4; 15:8-9 “Plenitude da bênção”: Romanos 15:29 “Santidade cristã”: Mateus 5:1-7:29; João 15:111; Romanos 12:1-15:3; 2 Coríntios 7:1; Efésios 4:17-5:20; Filipenses 1:9-11; 3:12-15;


Colossenses 2:20-3:17; 1 Tessalonicenses 3:13; 4:7-8; 5:23; 2 Timรณteo 2:19-22; Hebreus 10:19-25; 12:14; 13:20-21; 1 Pedro 1:15-16; 2 Pedro 1:1-11; 3:18; Judas 20-21


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