ARENA FORTE DE SANTIAGO
ESTÁDIO DO FORTALEZA ESPORTE CLUBE
Matheus de Castro e Silva Ramos
FUNDAÇÃO EDSON QUEIROZ
UNIVERSIDADE DE FORTALEZA CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS CURSO - ARQUITETURA E URBANISMO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
por MATHEUS DE CASTRO E SILVA RAMOS orientação WLADIMIR CAPELO MAGALHÃES
FORTALEZA/2019
MATHEUS DE CASTRO E SILVA RAMOS
ESTÁDIO FORTE DE SANTIAGO Estádio do Fortaleza Esporte Clube
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requesíto para obtenção de título de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de Fortaleza - UNIFOR. Orientador: Wladimir Capelo Magalhães
FORTALEZA/2019
MATHEUS DE CASTRO E SILVA RAMOS
Trabalho de conclusão de curso, submetido pela coordenação do Curso de Arquitetura e Urbanismo como parte dos requesitos necessários à obtenção do título de Arquiteto e Urbanista, outorgado pela Universidade de Fortaleza Aprovado em 10/06/2019
BANCA EXAMINADORA.
Prof. Ms. Wladimir Capelo Magalhães ORIENTADOR
Prof. Ms. Marcus Venicius P. de Lima MEMBRO DA BANCA EXAMINADORA
Arquiteto (a). ___________________________ MEMBRO DA BANCA EXAMINADORA
AGRADECIMENTOS Primeiramente а Deus qυе permitiu qυе tudo isso acontecesse, ао longo dе minha vida, е nãо somente nestes anos como universitáriO, mаs que еm todos оs momentos é o maior exemplo qυе alguém pode conhecer. Agradeço а todos оs professores pоr mе proporcionar о conhecimento nãо apenas racional, mаs а manifestação dо caráter е afetividade dа educação nо processo dе formação profissional, pоr tanto qυе sе dedicaram а mim, nãо somente pоr terem mе ensinado, mаs por terem mе feito aprender. Aos meus pais, pelo amor, incentivo е apoio incondicional na minha formação. Meus agradecimentos a minha namorada e аоs amigos, companheiros dе trabalhos е irmãos nа amizade qυе fizeram parte dа minha formação е qυе vão continuar presentes еm minha vida cоm certeza.
INTRODUÇÃO
TEMA E PROJETO
RESUMO
ABSTRACT
O estádio Forte de Santiago, será uma arena futebolística e multicultura de investimento privado por parte do Fortaleza Esporte Clube.
O projeto em estudo e elaboração, discorrido no caderno a seguir, é fruto da disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso do aluno Matheus de Castro e Silva Ramos, acadêmico do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Fortaleza.
The project of study and elaboration, discussed in the following book, is an exercise of the discipline of Work and Training of the University of Fortaleza.
O nome é em homenagem a história da cidade de Fortaleza, pois a primeira fortificação construída na capital cearense se chamava Forte de Santiago, onde atualmente encontra-se o marco zero. Na edificação, atracou as primeiras caravelas portuguesas, viajantes, exploradores, comerciantes e também ataques inimigos. Dessa forma, a analogia estabelecida seria que os návios inimigos, seriam os clubes visitantes que almejava invadir a “Fortificalçai” a fim de conquistar, porém os brávios soldados, jogadores, defenderiam o seu território. Desta forma, a simbologia do projeto faria com que o estádio torna-se um marco visual e de importância para a cidade, criando assim uma identidade com a população. Além disso, o estádio teria capacidade para cerca de 35 mil torcedores e seria uma alternativa para os clubes da capital e principalmente para o clube do Fortaleza.
A ideia do projeto, ocorreu após a percepção, que o Fortaleza Esporte Clube, não possuía uma praça esportiva que pudesse abrigar seus certames, o seu atual estádio Alcides Santos, está sendo transformado em um centro de treinamento e a principal arena do estado, o Castelão, possuí alugueis altissímos e de domínio público. Porém, clubes do nordeste em situação financeiras semelhantes ao Fortalezas possuem seus próprios equipamentos, assim aumentando a receita do clube e sua visibilidade. Além de diminuir o valor gasto em manuntenção do estado em equipamentos esportivos. Assim, a proposta de uma nova arena de Futebol agregada a um centro de formação olímpico na capital cearense. Sendo utilizada a ferramenta da operação urbana consóciada, que é uma parceria do público e privado, onde o Fortaleza e o governo do Estado executariam um projeto de maneira integradora.
The idea of the project, made after the perception, which is the Fortaleza Esporte Clube, is not a sports court that can host its own programs, its current game Alcides Santos, is being transformed into a training center and the main arena of the state , the Castelão, owns altissimo altissímos and of public domain. However, clubs in the Northeast in relation to the previous year also have the resources to assimilate club revenue and visibility. In addition, the amount spent on maintaining state in sports equipment. Thus, the proposal of a new soccer arena is added to an Olympic training center in the capital of Ceará. Being a tool of urban operation, the company is a partnership of the public and private, where Fortaleza and the government of the State execute a project of integrating way.
Fig. 01 JOGADORES CEARENSES (1903) FONTE: Cacellain, editado pelo Autor
Contextualização A cidade de Fortaleza, de acordo com as crônicas de Nirez, recebeu intensas influências da nação inglesa. Desta maneira os marinheiros que atracavam na cidade moldava alguns costumes e estruturas da população fortalezense. Uma prova disso, é que após a abertura do portos, em detrimento da vinda da família real portuguesa, os ingleses construiram locais de recepção de produtos, como a Ponte dos Ingleses e a de distribuição com as linhas férreas. Fazendo com que marinheiros e operários, trouxessem costumes para a cidade de Fortaleza. Na construção da linha férrea cearense, trabalhou o engenheiro britânico Francis Reginald Hull, conhecido como Mister Hull, que foi funcionário da empresa do pai de Charles Miller (O “pai” do futebol brasileiro), a São Paulo Railway. Para o historiador Luiz Ribeiro, nessa empresa, aconteceram as primeiras partidas de futebol do Brasil, além de originar fututralmente o São Paulo Futebol Clube. Com isso, o jornalista José Evangelista, conclui que os britânicos já estavam familiarizados a jogar futebol nas horas vagas e o engenheiro chefe da obra Mister Hull, nunca dificultou a diverssificação da cultura, quando chegou em Fortaleza em 1913. Assim, as culturas foram se moldando e modificando entre ingleses e brasileiros.
Esse acontecimentos ajudariam na divulgação do esporte, porém, em 1903, dez anos antes, acontecia a primeira partida oficial em solo cearense, onde os marinheiros cearenses realizaram uma partida no Passeio Público no centro de Fortaleza. O certame ocorreu entre o Football Club Cearense x Ceará Gáz Company Limited (Companhia Inglesa de Energia), a partida terminou de dois a zero para os fundadores do futebol.
Tal acontecimento, foi o primeiro registro de futebol em solo cearense. Na figura 01, acima, é possível ver os primeiros jogadores ou marinheiros, que disputaria contra a empresa britânica no antigo jardim do Passeio Público. Porém, o clube cearense que disputou a partida só foi fundado um ano depois do certame para disputar partidas contra outros marinheiros que atraca-
vam nos portos. Mas, como haviam poucas embarcações, o clube precisou procurar outras equipes para a disputa de jogos e modificou o nome para Clube da Vaca. Não há registro de novas partidas e nem do motivo da mudança do nome da equipe.
Fig. 02 Fortaleza x Ceará (1927) FONTE: Arquivo Niez, editado pelo autor
Após o clube de trabalhadores portuários, outro equipe de operários só foi fundada em 1933, que trabalhavam na estação ferroviária e nas locomotivas. Assim passaram 30 anos desde a fundação do primeiro clube cearense operário. Que hoje é conhecido como Ferroviário Atlético Clube. Porém, não foram apenas os clubes operários que moldaram a história do estado. Outros clubes pequenos na época, foram sendo criados como o Rio Branco Football Club em 1913 e o Stella Football Club em 1915. Os dois clubes sofriam influencia inglesa em seus nomes e na vestimenta. Porém, o Rio Branco passou apenas um ano em atividade e tornou-se o Ceará Sporting Club, o Stella encerrou suas atividades em 1918, o mesmo ano em que foi fundado o Fortaleza Sporting Club, que possuiu o nome em língua estrangeira até a década de 40. Desde então os dois clubes tornaram-se a principal força esportiva do estado do Ceará e da capital cearense. Na figura 02, ao lado, é possível notar, uma partida entre o até então Fortaleza Sporting Club e o Ceará Sporting Club. O estádio, de
arquibancada única completamente lotado e demonstrando que a população cearense já considerava o dérbi um evento marcante na década de 30. Os clubes da capital cearense, permaneceram jogando em pequenos espaços até a década de 40. Enquanto, em outros estados da região nordeste, como Bahia e Pernambuco, já iniciavam a construção de estádios.
de cunho privado dos clubes, como o Arruda (Santa Cruz), construído em 1941 e a Fonte Nova (Bahia). Assim, demostrando um investimento no esporte e profissionalismo dos clubes. Esses acontecimentos, fizeram com que o Bahia e Santa Cruz mantivessem uma superioridade de investimento, profissionalismo e de gestão, fato esse que colocou o Bahia como campeão nacional de 1959 e mantivesse uma estrutura superior
Fig. 03 ESTÁDIO PRESIDENTE VARGAS (1941) FONTE: Arquivo NIEZ, editada pelo autor
por anos no Nordeste brasileiro. Esse fato só veio mudar quando outros clubes rivais seguiram o mesmo processo. Enquanto isso, no Ceará, os principais clubes da cidade não inciaram suas próprias construções, assim, a prefeitura de Fortaleza construíu um estádio em 1941, para que as duas equipes pudessem usufruir do espaço, que foi o Estádio Presidente Vargas, no Benfica. Na figura 03, a fachada da praça esportiva que é tombada e na figura 04, o interior do espaço com torcida. Assim, os certames que antes eram disputados em campos de barros, praças da cidade e alagados, foram trocados pela grama e algumas arquibancadas foram colocadas para dar comodidade aos torcedores. Iniciando assim o processo de profissionalização do futebol cearense. Em pouco tempo, os clubes locais impulsionaram o futebol. O Fortaleza conseguiu ser vice campeão da série A (Antiga Taça Brasil) duas vezes, uma em 1960 e a outra em 1968, além de um campeonato nordestino e de uma norte-nordeste. O Ceará por sua vez, conseguiu um norte-nordeste. Esses números fizeram com que houvessem mais torcedores e mais partidas, sendo necessário um novo estádio. O anseio dos locais foram realizados pelo governado do estado no regime militar, na década de 70. O estádio Plácido Aderaldo
Castelo, é um dos edifícios mais conhecidos do Brasil por sua arquitetura de concreto e um dos maiores estádios da América do Sul.
Fig. 04 ESTÁDIO PRESIDENTE VARGAS (1941) FONTE: Arquivo NIEZ editada pelo autor
Enquanto isso, o estádio Presidente Vargas passou por pequenas reformas e uma de grande porte em 2012, onde obteve reforço nas estruturas, uma nova coberta e ganhou novas cadeiras. O estádio Castelão, que é uma obra mais recente, passou por duas grandes reformas. A primeira no ano de 2002 e a segunda no ano de 2014 para receber os jogos da Copa do Mundo do Brasil. Dois estádios reformados e mordernos que conseguem receber jogos de diferentes públicos, do campeonato cearense a copa do mundo. Porém, os custos de manutenção, fizeram com que o Estádio Presidente Vargas, pecasse na sua estrutura, na acomodação dos jogadores, na qualidade do gramado e no conforto dos trocedores. Além de sua capacidade reduzida para 19 mil torcedores, não podendo mais sediar os jogos do Fortaleza e do Ceará. Pois o primeiro, possui mais de 30 mil sócios torcedores e o segundo possui mais de 22 mil sócios. Dessa forma, o clube é impedido de mandar seus jogos no espaço, por conta que os sócios não seriam totalmente assistidos. Por outro lado, a Arena Castelão possui capacidade para 61 mil lugares e os clubes não conseguem preencher a totalidade do espaço, além do custo de jogar no estádio ser oneroso aos times, pois pagam o aluguel
de um local para 61 mil espectadores. Em entrevista ao Presidente do Fortaleza, Marcelo Paz, o mandatário tricolor afirmou que para a Arena Castelão ser rentável, o Fortaleza necessita ter um público superior a 20 mil pagantes. Ou seja, considerar que todos os sócios torcedores possam ir ao certame e alguns torcedores a mais. Visto a importância histórica do futebol, as praças esportivas são um exemplo de convívio social e integrador na cidade de Fortaleza.
A seguir, será tratador o por quê da construção de uma arena privada no estado do Ceará e a importância do espaço para o clube do Fortaleza seguir se profissionalizando e gerando capitalização do espaço.
Justificativa
JUSTIFICATIVA
O clube do Fortaleza Esporte Clube é um dos principais times do nordeste, ao lado de Bahia, Vitória, Sport, Santa Cruz, Náutico e Ceará. Porém, dentre eles, ao lado do Ceará, são os únicos clubes que não possuem estádio próprio e até certo tempo centro de treinamento. A falta de infraestrutura não é necessariamente um problema, equipes podem conseguir se sustentar na elite do futebol, porém, um levantamento da FOX, revelou que dos 20 clubes participantes da série A, 15 equipes possuem uma das melhores estruturas do país, com estádios e centro de treinamentos. Em entrevista com o mandatário tricolor, Marcelo Paz afirmou que o Fortaleza, atualmente está a 15 anos de trabalho atrás dos clubes nordestinos Sport Recife, Bahia e Vitória. Equipes essas que sempre estão em evidência no cenária nacional. Desta forma, é possível concluir que o tema é de relevância para o clube e a cidade de Fortaleza, que recebe diretamente investimentos diretos e indiretos.
Futebol Cearense no Auge O estado do Ceará, atualmente, está em décimo segundo no ranking de competitividade entre todos os estados do Brasil e também possui o décimo segundo PIB do Brasil. Esses números, colocam o estado em um patamar de estados em desenvolvimento. Porém, quando o assunto é Futebol, o estado até o ano de 2017, não possuia protagonismo na elite nacional. Os clubes da capital não possuiam títulos nacionais e não conseguiam classificação para a Série A do Brasileirão. O único representante cearense a ganhar um título nacional, foi o Guarany de Sobral em 2010, quando consagrou-se Campeão Brasileiro da Série D. Entretanto, no ano de 2017, o Fortaleza subiu para segunda divisão e o Ceará obteve o seu acesso para Série A do Brasileiro. Esses feitos, fizeram com que o Fortaleza recebesse 6 milhões a mais em seu orçamento e o alvinegro 23 milhões de reais, valor seis vezes maior do que o ano anterior provenienes de cotas televisivas divulgadas pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF). No ano de 2018, o futebol cearense foi alavancado por investimentos, patrocinadores, títulos e número de sócios. A capital cearense a nível nacional foi representada pelos três principais clubes do estado: Fortaleza, Ferroviário e Ceará.
O Fortaleza, completou cem anos de história, conquistou o vice-campeonato cearense, vaga na Copa do Nordeste de 2019, uma vaga nas oitavas de final da Copa do Brasil de 2019, por conta do título da Série B de 2018 (Figura 06). Além disso, segundo o presidente Marcelo Paz, o clube arrecadou mais de 1 milhão de vendas em produtos licenciados e um número de 30 mil sócios torcedores adiplentes. Essas conquistas, fizeram com que o Fortaleza conquistasse o título de clube com maior número de sócios torcedores do estado, além de obter o título mais importante que foi o nacional de 2018. Porém, o Presidente do Fortaleza, Marcelo Paz, frisa que a “Bola não entra por a caso”. No ano de 2018, o clube contratou o ex-goleiro, ídolo do São Paulo, Rogério Ceni para comandar o time. O ex-jogador solicitou melhorias na infraestrutura do clube, sendo atendidas, foram criadas instalações de academia, refeitorio e melhorias no gramado. No ano de 2019, o Fortaleza, com o seu conselho, aprovou um orçamento de mais de 60 milhões de reais, além de lançar uma criptomoeda, para a construção de um estádio no futuro e melhorias na infraestrutura. O Ferroviário, considerado a terceira força do estado, atingiu a quarta fase da copa do Brasil e arrecadou 5 milhões de reais no ano de 2018, esse dinheiro foi investido e fez com que o clube coral fosse campeão da série D do Campeonato Brasileiro.
Por fim, o Ceará, o alvinegro consagrou-se campeão cearense, garantiu vaga na Copa do Nordeste e na Copa do Brasil em 2019. O clube, conseguiu uma cota recorde dos direitos televisivos para o ano de 2018. Cerca de 23 milhões de reais, ao lado de Paraná e América/MG. Com isso, o time cearense conseguiu permanecer na Série A do Brasileiro e terá uma cota estima pela diretoria de 60 milhões de reais. Assim, o futebol cearense ganha protagonismo no cenário nacional, tornando a cidade de Fortaleza um local de atrativo para turistas e investimentos. No ano de 2019, a capital cearense possuirá 38 certames de alto nível e a presença de clubes como São Paulo, Corinthians, Palmeiras, Flamengo e Vasco. Porém, a capital cearense possui apenas um estágio regulamentado pela CBF e corpo de bombeiros para mandar suas partidas pela série A. Pois o estádio Presidente Vargas, possui capacidade para 18 mil pessoas segundo o Jornal OPovo, fazendo com que o Castelão seja o único estádio que possa sediar jogos em da principal divisão do Brasil. Atualmente, a Arena Castelão possuí capacidade para cerca de 57.223 torcedores, por questões de segurança e por falta de cadeiras, e possuí o gerenciamento compartilhado com a diretoria do Fortaleza Esporte Clube e do Ceará Sporting Club. Assim, deixando a manuteção e a capitalização para os clubes envolvidos na administração.
Há na capital, outros pequenos espaços que já receberam jogos oficias e ainda são chamados de estádio, como: a sede do Ferroviário, Elzir Cabral (2.700 torcedores); a sede do Fortaleza, Estádio Alcides Santos (7.150 torcedores), atualmente os espaços não possuem liberação dos orgãos de segurança e o Alcides Santos, está sendo demolido para a construção de um Centro de Treinamento.
Forte de Santiago - Estádio Privado do Clube do Fortaleza. Com duas praças esportivas aptas, há necessidade da criação de mais uma? Como de costume nos estádios, o locutor conduz o sistema de som “A arena castelão informa” que o custo mensal da praça é de R$ 1,1 milhões por mês, chegando a R$ 14 milhões por ano, a antiga gestora Luarenas, afirma que o custo não gera dívidas e que a arena é sustentável financeiramente, porém necessita de outros eventos para complementar sua renda, como o aluguel do gramado para partidas amadoras, o que gerou conflitos de interesses com os principais usuários do equipamento. Atualmente, só o Fortaleza e Ceará possuem vinculos com a praça esportiva. Os clubes por serem gestores possuem descontos na utilização da praça, porém, os mesmos são responsáveis de toda a manutenção do espaço e toda a sua receita. Essa foi uma forma que o Governo do Estado do Ceará
Fig. 06 FORTALEZA CAMPEÃO SÉRIE B 2018 FONTE: TV Leão, editado pelo autor
estudou para ampliar a utilização da Arena e uma forma dos dois maiores clubes do estado de crescerem juntos. No entanto, mesmo com descontos, os clubes passam por problemas financeiros nos certames estaduais. O Fortaleza em 9 jogos disputados no ano de 2018, pagou para jogar em sete, de acordo com o diretor financeiro Gigliani Maia. O clube lucrou pouco mais de 11 mil reais de janeiro a maio de 2017. Só obteve lucro no clássico rei contra o Ceará e no clássico das cores contra o Ferroviário. O alvinegro por outro lado, conseguiu lucrar pouco mais de 33 mil reais dos 9 jogos, po-
rém, só obteve lucro na partida contra o Fortaleza e o Atlético/CE. Esses números validam o desgaste financeiro dos clubes em jogar certas competições em um estádio de grande porte. Como exemplo, o mandatário tricolor, Marcelo Paz, cita que a folha salarial do Fortaleza, gira em torno de 1,5 milhões mensais, podendo chegar a 3 milhões no ano de 2019. Ou seja, o clube tricolor irá ter que desembolsar 36 milhões apenas para os jogadores. Caso seja, utilizado o valor de 2017 para alugueis médios da Arena Castelão de 20 mil reais por jogo e despesas extras de 80 mil reais, o Fortaleza iria desembolsar por par-
tida uma despesa de 100 mil reais. Caso o clube disputasse 50 certames no ano, essa conta chegaria a 5 mihões por ano. Alem disso, em caso de manutenção extra, o clube deveria arcar com as despesas por conta de ser gestor. Além dos gastos no orçamento, nos últimos 4 anos, a Arena Castelão conseguiu atingir sua capacidade máxima, apenas quatro vezes, no ano de 2018, o público de 57.233 foi atingido três vezes, duas pelo clube do Fortaleza e uma do Ceará. Ao lado na figura 07, pode ser observado a média de torcedores que o Fortaleza obteve no estádio, seguido do desempenho do clube na competição nacional e estadual na qual participou no ano de 2018. Concluindo, que a taxa de ocupação da Arena Castelão é de 35%, não atingindo a metade. Assim, o clube paga por um espaço maior do que o necessário. O Ceará Sporting Clube, por sua vez, possui números ainda inferiores que o Fortaleza. O alvinegro mandou seus jogos no Presidente Vargas e no Castelão, pois o mesmo não possuía contrato de exclusividade com a Arena. O alvinegro realizou 34 partidas oficiais no ano, e em 27 oportunidades o clube cearense optou por jogar no Castelão. Na página segunte, na figura 08, é possível verificar a média de torcedores que o clube alvinegro, levou ao estádio, tanto na Arena
Fig. 07 DESEMPENHO DO FORTALEZA COM TORCEDORES NO ESTÁDIO FONTE: Globo Esporte, editada pelo autor
Castelão, quanto no estádio Presidente Vargas. Concluíse que nem o Fortaleza, quanto o Ceará necessitam de uma praça esportiva de grande porte em todos os jogos de seus campeonatos. Um estádio intermediário com 35 mil espectadores seria eficiente para jogos nacionais e regionais, enquanto o Castelão serviria para jogos de decisivos e que fossem atrativos para uma grande quantidade de torcedores.
Realidade do Fortaleza Para realização do trabalho, foi feita uma entrevista com o Presidente do Fortaleza, Marcelo Paz, (Figura 08) afirmou que manda os jogos na Arena Castelão por conta do contrato e questão de infraestrutura, ainda afirmou que o Gigante da Boa Vista, se torna rentável quando há mais de 15 mil torcedores pagando, fora os sócios torcedores. Marcelo Paz cita que o clube sonha em ter um estádio próprio, porém encontra dificuldades em seu financiamento, o mandatário relatou que na construção de um estádio o torcedor gera um custo de 100 mil reais de infraestrutura, dessa forma um estádio para 35 mil torcedores, custaria em média 350 milhões de reais. Porém, afirma que com o estádio, o Fortaleza poderia captalizar com os produtos esportivos, lojas licenciadas, restaurantes, ba-
Fig. 07 DESEMPENHO DO CEARÁ COM TORCEDORES NO ESTÁDIO FONTE: Globo Esporte editada pelo autor
res, visitas guiadas, alugueis para eventos e shows. Marcelo Paz avaliou ser necessário fazer a equação para saber o quão seria lucrativo, mas que não tem dúvidas que gerariam receitas extras e minimizaria as despesas atuais. Até incentivaria investidores e turistas de outros locais para a Arena. O clube cita que só poderia arcar com a construção de um estádio, caso uma empresa ou construtora, pudesse dividir os custos. Até o fim do presente trabalho, nenhuma empresa ou construtora entrou em contato com o Fortaleza. O presidente do clube, revelou que há projetos para o ano de 2019, a construção de um museu, academia, investimentos no setor hoteleiro do clube, esportivo e departamentos médicos. No entanto, não relatou quanto seria o investido. O mandatária tricolor afirmou que para o clube ter uma infraestrutura consideravel no nordeste, deveria passar de 5 a 10 anos na elite do futebol e que o Fortaleza está atrás de clubes tracidionais do nordeste, como Sport, Santa Cruz, Náutico, Bahia e Vitória. Mas acredita no potencial da marca e na gestão para elevar o patamar do tricolor cearense.
Fig. 08 PRESIDENTE DO FORTALEZA, MARCELO PAZ. FONTE: TV Leão
Metodologia
Metodologia e Objetivos
Primeiramente, foi iniciado um pensamento crítico da necessidade de uma arena esportiva privada para o clube do Fortaleza. O autor do trabalho em questão, torcedor do clube, desde a sua adolescência almejava realizar um sonho antigo da torcida tricolor. Os primeiros traços, na antiga ferramenta de desenho (Paint), ocorreu em 2007, desde lá a universidade propiciou esse sonho. Com isso, a ideia do projeto foi se consolidando, sendo relevante o tema para o clube, torcedores e a cidade de Fortaleza. Onde a pesquisa e a realização do projeto pôde ser realizada na disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso, com auxílio da Universidade de Fortaleza e dos professores orientadores, a fim de trazer um projeto completo.
Forte de Santiago - Metodologia A fim de aproximar o projeto acadêmico a realidade e a plena funcionalidade do espaço. O estudo será baseado em manuais de construções de estádios de Futebol da FIFA, da UEFA, do Ministério de Esportes do Brasil e o código de obras e posturas da cidade de Fortaleza. Para que os manuais não sejam tratados como uma forma única de guia projetual, outras condicionantes serão analisadas, como estudos de impacto e vizinhança, estudo do plano diretor, uso e ocupação do solo, certificados ambientais e conceitos de sustentabilidade que possam ser acrescentados ao projeto. Após a realização dos estudos técnicos e a compreenção, será feito, uma análise de três estádios semelhantes ao tema em estudo. O primeiro irá tratar de um equipamento local, o segundo regional e o terceiro internacional. Eles irão ser considerados estudos de casos, e abrangerá referências projetuais. O projeto, como é de cunho privado e condicionado a uma marca, o Presidente do Fortaleza, foi entrevistado, para entender qual a necessidade do clube, além de visitas técnicas realizadas na dependência do clube e ao estádio Castelão, afim de entender a dinâmica da equipe e o fluxograma de um equipamento real com padrões internacionais.
Com a base téorica concluída, o trabalho em questão consolidou a escolha do terreno e o diagnóstico da região, além das primeiras diretrizes projetuais em conjunto ao programa de necessidade. Sendo feito, os primeiros estudos de concepção e o ante-projeto.
Objetivos GERAIS: Projetar um estádio de Futebol para o clube do Fortaleza, além de tornar o espaço uma arena que irá receber outros eventos além do esporte principal. Dessa forma, capitalizando investimentos e ajudando no crescimento do clube no Brasil. ESPECÍFICOS TEÓRICOS: Estudar e aprender, diretrizes que envolvem a construção de um estádio. Além de entender a importância do futebol para os Brasileiros. Conhecer o processo de crescimento dos clubes e verificar problemas no aluguel dos estádios atuais, a fim de solucionar com o projeto do estádio. Compreender o fluxo de uma arena de futebol e a dinâmica de acesso. Estudar a legislação virgente, a fim de, agregar veracidade ao projeto.
Fig. 09 PRESIDENTE DO FORTALEZA, MARCELO PAZ. FONTE: TV Leão
SUMÁRIO 1. HISTÓRIA E IMPORTÂNCIA DO FUTEBOL NO BRASIL
2. CONCEPÇÕES NA PRÉ CONSTRUÇÃO
3. SEGURANÇA DAS ARENAS
Futebol Brasileiro nos Trilhos Futebol de Clube de Regatas Futebol Militar Futebol do Futuro
Viabilidade Econômica Localização do Estádio Orientação do Gramado Certificados Leadership in Energy Efficient Design Princípios da Construção Sustentável Estadio com o Ambiente Arena com Entorno Estádios Multifuncionais
Fortaleza de Seguranças Especificidades Técnicas de Segurança Segurança Estrutural da Arena Segurança contra Incêndios Sala de Segurança Atendimento Médico
7. TORCEDORES E CLIENTES 8. SETORES DA IMPRENSA Cobertura Assentos Banheiros Restaurantes Sistema de Som e Vídeo Portadores de Necessidades Torcedores Exclusivos Camarote e Premium
Tribuna Principal - Mídia Capacidade da Tribuna Sala de Imprensa e Zona Mista Estúdios
9. ARENA CASTELÃO
4. ESTACIONAMENTOS E ACESSOS
5. GRAMADO - ÁREA DE JOGO
6. JOGADORES E FUNCIONÁRIOS
Bilheteria Acessos e saídas Estacionamento para Profissionais Acesso da Impensa e Estacionamento Heliponto
Dimensão Miníma - Gramado Qualidade do Gramado Grama Natural Gramado Sintético Área de Reservas/Técnica Painéis Publicitários Acesso de Emergência/Torcedores Visão do Torcedor
Acesso aos Vestiários Vestiários Gerais Arbitragem Túnel dos Jogadores Área de Aquecimento Salas Médicas dos Jogadores Sala de Doping Demais Áreas
10. ARENA DUNAS
11. ESTÁDIO MAMUT ATLANTIQUE DE BORDEAUX
12. ESCOLHA DO TERRENO
SUMÁRIO 13. DIRETRIZES DO FORTE DE SANTIAGO
14. PROJETO ARQUITETÔNICO
15. CONCLUSÃO
16. BIBLIOGRAFIA
Capítulo 1 HISTÓRIA E IMPORTÂNCIA DO FUTEBOL NO BRASIL
1. História e Importância do Futebol no Brasil O Brasil é conhecido mundialmente por ser o país do futebol, e nos próximos subcapítulos será relatado os motivos que levaram o país sulamericano a receber esse título. Além disso, será discorrido sobre a importância cultural e social do esporte em solo brasileiro. O Brasil foi descoberto em 1500, no entanto, como o país era uma colônica de exploração, só possuia ligação de porto com a corôa portuguesa, assim, dificultando a disseminação de culturas de outros povos. Tal conjuntura foi mudada no ano de 1808 com a transferência da família real portuguesa para solo brasileiro, onde foi decretado a abertura dos portos para nações amigas., Assim, os fundadores do futebol, os ingleses, iniciaram a disseminação do esporte que viria a ser o mais jogado da atualidade.
1.1 Futebol Brasileiro nos Trilhos Como dizia Wilson Simonal em sua música País do Futebol “O Brasil está vazio na tarde de Domingo, né?” ou a banda Skank na música É uma partida de Futebol “Quem não sonhou em ser um jogador de Futebol”, tal sentimento único e tão singelo que nasce no coração de cada Brasileiro não é ao acaso, o Brasil é detentor de cinco títulos mundiais de Copa do Mundo e revelou craques para o mundo como Pelé, Garrin-
cha, Zico, Ronaldo, Romário e Ronaldinho Gaúcho. Além disso, deu a oportunidade de melhoria de vida para milhares de jogadores que viam o Futebol como uma saída da pobreza, fazendo que jovens de diversas cidades brasileiras fizessem as “peneiradas¹” para os clubes que queriam jogar. Há ainda quem diga que o futebol é um vetor de distração para a sociedade, no ENEM de 2012, a música de Wilson Simonal foi utilizada na prova de interpretação de texto e o gabarito dizia que a canção travava da reflexão sobre a alienação do futebol. Mas de fato, qual a importância cultural do Futebol no Brasil? De acordo com o historiador brasileiro Luiz Carlos Ribeiro, UFPR, o futebol surgiu no Brasil de forma oficial em 1895, por Charles Miller, no entanto, relata que o esporte havia se diversificado muito antes do paulista trazer bolas, bombas de encher e chuteiras da Europa. “A história é escrita a partir de registros, só que é complicado encontrar documentos sobre o futebol brasileiro no século 19. Charles Miller era um membro da burguesia paulista – seu pai era diretor da São Paulo Railway, que originou o São Paulo Athletic Club –, e as elites são fáceis de registrar: aparecem em jornais, se preocupam em guardar documentos. Essa lenda é propagada porque os historiadores são preguiçosos ao procurar a origem do futebol no Brasil”. (Luiz Ribeiro, 2017).
Fig.10 Mapa de Clubes Ferroviários fundados no Brasil por estado. Castro e Silva (2018)
O trecho ao lado é corroborado por outro historiador cearense Francisco de Castro (2018), onde fala que em 1852 até 1889, o Brasil construiu cerca de 9.100 km de trilhos, e nos intervalos dos serviços, os funcionários se reuniam para jogar Futebol, dentre eles muitos britânicos. Fato esse, que fizeram com que diversas agremiações de futebol surgissem com o nome de Ferroviário em todo o Brasil, cerca de 90 clubes em 20 estados. Como pode ser visto na figura 10 acima.
Para o escritor Ernani Buchman, em seu livro Quando o Futebol Andava de Trem, as associações desportivas ferroviárias tiveram grande importância nacional, pois divulgaram o esporte, porém, poucos tiveram sucesso, atualmente apenas a cidade de Fortaleza e Curitiba possuem agremiações que se consolidaram no futebol nacional, o Ferroviário/CE, campeão da série D (2018) e o Paraná Clube/PR, que antes tinha o nome de Ferroviário de Curitiba, atualmente na série B (2019). Assim o Futebol Brasileiro possuiu diversos Charles Miller e cresceu de forma espontânea em todo o litoral brasileiro e nos centros urbano.
ca em 1889, as malhas ferroviárias começaram a perder investimentos, por conta do fim das concessões do governo e a nacionalização das estradas de ferro. Desse meio, duas equipes foram fundadas, consideradas grandes até hoje, o Corinthians e o Palmeiras, as duas equipes sofreram influência direta da empresa do pai de Charles Miller.
Além dos investimentos em malha ferroviária, a Revista Trivela cita que Dom Pedro II enviou diplomatas para a Europa, a fim de trazer metodologias educacionais para as escolas e universidades, assim o império brasileiro incentivou a disciplina de atividade física nas escolas, em especial as instituições jesuítas, essa medida fez com que o futebol fosse amplamente diversificado entre os estudantes, além dos meios de comunicação da época descreverem o futebol como meio de afastar os jovens do ócio. Assim Dom Pedro II, com suas linhas ferroviárias e incentivo a educação pública tiveram papel fundamental na disseminação do futebol entre os jovens e trabalhadores.
1.1 Futebol de Regatas Negras
Porém, todo o investimento feito no império foi se dispersando, para escritor Ernani Buchman, com a proclamação da repúbli-
Dessa maneira, de forma direta ou indireta, o futebol brasileiro teve sua raiz ligada a malha ferroviária do império e foram os “trilhos” que guiaram o Brasil a ser conhecido mundialmente como o país do Futebol.
O futebol dos trilhos estava sendo disseminado com velocidade, até sua coalisão com interesses estatais e republicanos. Isso fez com que a propagação do esporte fosse modificada, desta maneira, apareceram duas linhas de frente: A primeira foi a mudança de investimento nos transportes, no governo de Washington Luiz havia uma máxima em seu slogan de campanha “Governar é fazer estradas”, assim sinalizando que o poder executivo mudaria o foco de investimento. A segunda, se deu pela mudança de prioridade de modalidade de clubes de regatas para o futebol, a revista Super Interessante cita que no Rio de Janeiro, Vasco, Flamengo, Botafogo te no nordeste o Clube de Regatas do Brasil (CRB), foram fundados antes mesmo do clube mais antigo do Brasil.
As mudanças politicas do fim do império, fizeram com que o Futebol exercesse protagonismo para moldar a sociedade Brasileira nos anos de 1900. Nesse período, o Brasil acabava sair de uma guerra do Paraguai com aumento de impostos, da abolição da escravatura em 1888 e a proclamação da república em 1889, com isso haviam diversos grupos dispersos no solo nacional, segundo o historiador Renato Venâncio, a população do Brasil estava atordoada e indiferente, assistiu o momento que o militares assumiram o poder em 1889 com surpresa e espanto, ninguém sabia ao certo o que estava acontecendo, apenas o seleto grupo que conspirou para a tomada do império brasileiro. Ou seja, a população estava dividida e confusa, mas então como um período tão conturbado fez com que o futebol torna-se uma válvula de escape e principalmente uma maneira de união entre os brasileiros? A resposta está no futebol carioca e paulista, entre os anos de 1900 à 1930, o esporte não possuía qualquer profissionalização, no livro Futebol 100% Profissional, Brunoro fala que a demora da profissionalização do Futebol, sucedeu-se por conta de interesses financeiros dos gestores, racismo de torcedores elitizados e classe social diferenciada, fizeram com que o processo no futebol demorasse a se profissionalizar. Isso significa que até o a década de 30, todos os jogadores exerciam a atividade de maneira voluntária e sem qualquer ajuda de custo.
A ruptura com esse sistema elitista, veio através dos que conquistaram o direito de serem livres, fazendo com que os negros exercessemo protagonismo. No livro, “O negro no futebol Brasileiro” de Mario Filho, relata que a inserção dos negros após o fim da escravidão foi importantíssima para quebrar barreiras raciais, tanto em campo, quanto nas arquibancadas, pois todos estavam reunidos para assistir os jogos dos clubes para os quais ajudavam ou gostavam, sem se importa com a raça, porém, para jogar por seus clubes, ainda havia preconceito por parte dos gestores. Para o jornalista Wesley Machado, especialista em memória cultural, o primeiro clube a aceitar um negro em uma partida foi a Ponte preta em 1900, que teve entre seus fundadores Miguel do Carmo, considerado o primeiro negro a jogar uma partida oficial no Brasil, além disso o time era conhecido como “macaca” de forma pejorativa e com uma carga social decorrente da época, mas que se consolidou como um símbolo para a equipe. Ainda segundo o jornalista, o campeonato carioca de 1907, proibiu a inscrição de jogadores negros nas equipes, mas isso não impediu o clube do Bangu, onde consagrou-se a primeira equipe a ser campeão com jogadores negros em 1911, após essa conquista, o Vasco da Gama, clube tradicional e influente no Rio de Janeiro, foi decisivo na inclusão do negro e a mudança do cenário
Fig. 11 Marinheiros Jogando Bola FONTE: Trivela UOL
nacional. Wesley Machado, cita que o Vasco subiu da terceira divisão do carioca em 1921, para a primeira divão em 1923, sendo campeão consecutivo. Tais feitos do clube fizeram com que houvessem revoltas por parte de outras agremiações elitistas do estado carioca, fazendo com que em 1924, equipes como Flamengo, Botafogo, Fluminense e América deixassem a liga oficial do Rio de Janeiro e criassem uma nova, barrando a equipe do Vasco da Gama caso não retirasse os 12 jogadores negros do elenco. Todo esse episódio fez com que o Vasco escrevesse um manifesto intitulado de “Resposta Histórica”, uma mensagem contra o racismo no futebol. No livro Ponta pé inicial do Futebol Brasileiro de Caldas, em 1989, é que após esse grande embate, os clubes ainda não pagavam os jogadores de maneira explicita, e mesmo assim fez com que as grandes equipes fossem procurar em cantos periféricos jogadores mulatos, negros e brancos sem qualquer distinção, possibilitando a mensagem que o futebol não era apenas para uma classe exclusiva da sociedade, o fato é que em pouco tempo o esporte perdeu o estereótipo racial para o de todas as etnias, além disso os jogadores nessa altura recebiam gratificações por jogar em suas equipes, um dos exemplos conhecidos é o do Vasco, onde os portugueses empregavam os negros em suas padarias para receberem salários por jogarem.
Fig. 12 Negro no Futebol Brasileiro. Fonte: Mario Filho (1964).
Ainda em seu livro, ele cita que os vizinhos brasileiros como Uruguai e a Argentina, já ocorriam os pagamentos profissionalizante, fazendo com que diversos jogadores vislumbrassem com a possibilidade de se profissionalizar por suas equipes. O primeiro jogador a ir embora do país em registro oficial foi o jogador Fausto do Vasco, o Barcelona contratou o jogador e no ano de 1931, a equipe italiana da Lazio, contratou cerca de 10 jogadores ativos em uma única sondagem. Todos esses contratos, foram visto de maneira assustadora para os dirigentes brasileiros. Então, em 1933, foi criado uma liga para oficializar a profissão dos jogadores em suas equipes, nessa época, os torcedores já pagavam ingressos para as partidas oficiais. Com toda a questão cultural sendo influenciada pelo Futebol, o Brasil obteve o desejo sediar uma Copa do Mundo para expor que
seria o país do futebol, no entanto, em 1946 o mundo vivia a segunda guerra mundial e somente em 1950 o Brasil pode sediar a Copa do Mundo. Com isso alguns investimentos foram feitos para abrigar o evento, foram construídos dois estádios do zero, como o Maracanã (Rio de Janeiro) e o Independência(MG) arrendado atualmente para o América/MG, segundo o jornal O Globo em 2017 e foram utilizados a Ilha do Retiro do Sport/ PE, Estádio dos Eucaliptos do Internacional/ RS, o Pacaembu do Governo de São Paulo, Vila Capanema do Paraná/PR, segundo Vanessa Rodrigues para revista GOAL, 2015, destes seis estádios existentes, apenas um não existe mais que é o Estádio dos Eucaliptos que foi demolido para a construção do Beira Rio, e atualmente todas essas praças esportivas recebem jogos do Brasileirão da Série A e Série B do campeonato brasileiro com públicos frequentes, de acordo com os mandos de campos relatados na súmula da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Em termos de investimento, a Copa do Mundo de 1950 do Brasil, possuiu um investimento de 437,5 milhões de reais (Goal), no entanto a seleção brasileira não chegou a se consagrar campeã, tal título só pode vir no ano de 1958, sendo a primeira equipe campeã com jogadores negros em seu plantel. Então, para a consolidação do Futebol nacional no fim do período imperial foi de extrema importância a inclusão dos negros, recém libertados da escravidão, pois sua força de
vontade e principalmente seu engajamento para mudança de vida, fizeram com que o futebol saísse do amadorismo e do preconceito, para o profissionalismo e a união da nação em 1958.
1.3 Futebol Internacional O primeiro campeonato internacional, a Copa do Mundo, foi criada para unir as nações que saíram da primeira guerra mundial divididas e se iniciou apenas no ano de 1930, mas já era pensada por Jules Rimet muito antes da guerra que devastou a Europa. Porém, a primeira copa do mundo contrariou toda a expectativa de união, segundo Leandro Stein, a competição foi palco de propaganda de regimes totalitários, e foi justamente a copa do mundo um dos propulsores da segundaguerra. Mussolini, tinha a seleção italiana com um bicampeonato mundial, e aproveitou o espaço para demonstrar a supremacia fascista, com símbolos, gestos e as blusas da seleção apoiando o regime, principalmente em jogos de grande expressão como Itália e França. Além da Itália, a Alemanha de Hitler, anexou países e convocou jogadores para a sua seleção e por fim a União Soviética unificou diversos países, montando uma seleção com jogadores estrangeiros, agora de uma só nação. O jornalista Leandro Stein, ainda afirma que com as tensões altas em solo europeu, as copas seguintes foram em outros continen-
Fig. 13 Seleção Italiana com Símbolo Fascista FONTE: Trivela UOL
tes, no ano de 1940, ficou acertado que o Brasil sediaria uma copa do mundo em 1946, no entanto, não foi possível, a guerra mundial eclodiu e o mundo se dividiu novamente, o país só iria sediar a copa do mundo em 1950. Porém, mesmo com o escasso futebol, ainda assim existia algumas partidas no período conturbado, há registros de partidas entre clubes ucranianos e clubes alemães, onde os ucranianos levavam a melhor e foram perseguidos em decorrencia do resultado. O Brasil apesar de participar da guerra não
sofreu retaliações de outras nações, sediou a copa de 50, porém apenas conseguiu conquistar o mundo 8 anos depois e o bi em 1962, e foi dessa maneira que eclodiu um novo momento de tensão no país e na américa do sul, onde os governantes utilizavam o futebol como propaganda de seus governos. Marcos Napolitano no livro “Regime Militar Brasileiro” cita um momento de disputas ideológicas entre o governo de Jango e o governo americano, onde os nortes americanos viam a possibilidade do comunismo alastrar a américa latina, se aliando aos desejos soviéticos após a segunda guerra mundial.
Na década de 60, segundo a historiadora Gislane Campos, a américa do sul possuía governos sobre regimes militares sejam eles de direita ou de esquerda, que utilizaram o futebol como propaganda de suas potências, como o Paraguai em 1954, o Brasil em 1964, a Argentina em 1966, o Peru em 1968, a Bolívia em 1971, o Equador em 1972, o Chile em 1973 e em 1998 a Venezuela.
Fig. 14 Seleção Brasileira com Médici FONTE: Trivela UOL
Com o tricampeonato mundial em 1970, o governo brasileiro passava a mensagem de um país vitorioso, do milagre econômico, de investimento no futebol e obras arquitetônicas de vislumbre para os países vizinhos também militarizados. Todos esses feitos fizeram com que a argentina quisesse sediar uma copa do mundo em 1978, para tentar demonstrar a mesma força brasileira, segundo Leandro Stein. Porém, nem todo país age e reaje da mesma forma. No Uruguai a coluna do Trivela do UOL, afirma que a organização do mundial de 1981, que foi planejado para fazer a propaganda do regime não rendeu, pois eclodiram manifestações durante o mundial, que derrubaram a ditadura militar no país, afetando os países vizinhos como o Chile e o Brasil, o primeiro, os jogadores da seleção chilena encabeçaram movimentos e manifestações em pró da redemocratização do país e no segundo, jogadores famosos do Brasil e principalmente do Corinthians encabeçaram movimentos do Diretas Já, que visava diretamente a saída dos militares.
Tais movimentos de redemocratização em diversos países foram influenciados diretamente pelo Futebol, seja ele como forma de escape, de conscientização social e até mesmo de propaganda. O fato é, que o futebol sul-americano possui importância histórica nos países, sendo enraizado na cultura e no dia a dia da população.
1.4 Grandes Clubes; Grandes Negócios Não foi apenas a história que se modificou, o esporte também sofreu mudanças significativas no mundo todo, e no Brasil em pouco mais de 100 anos, o esporte de desconhecido no Brasil, passou a ser o que mais gera investimentos no país.
O artigo “Entendendo o futebol como um negócio” afirma que o futebol é um espetáculo que gera capitalização. Os autores discorrem sobre o relatório do Plano de Modernização do Futebol da fundação Getúlio Vargas(2000), nesse palno é citado, que o Brasil possui um grande potencial para a atividade, para geração de empregos, para mudança social e para capitalização. Segundo o estudo, o futebol gera: Cerca de 300 mil empregos diretos; Um público participativo de 30 milhões de pessoas; Emprega 580 mil atletas nos 13 mil clubes de futebol existente; Um patrimônio de 580 estádios que possuem capacidade para 6 milhões de pessoas; Possuindo 500 clubes profissionais que possuem um calendário de 90 jogos anuais; Todos esses números também refletem no mercado industrial, a fundação Getúlio Vargas traz números da logística de materiais como: O Brasil fabricar cerca de 9 milhões de chuteiras anuais; Com a produção de 6 milhões de bolas e 32 milhões de camisas dos clubes. Todavia, o relatório cita que o Brasil ainda não se aproveita o potencial que o país possui, o esporte nacional possui apenas 1% de todo o valor movimento no mundo, cerca de 1 bilhão de reais. O futebol brasileiro também recebeu uma série de investimentos decorrentes da série eventos, como a Copa das Confederações (2013), a Copa do Mundo (2014), as Olimpí-
cinco clubes da Série A do Brasileiro pensam em construir novas arenas. Todo esse investimento gera consequências, como aumento no preço dos ingressos, produtos e outros, o blog da Unisport cita que esse processo acaba afastando “clientes” de baixa renda do clube, porém esse movimento já ocorre e faz com que diversos clubes tratem os torcedores como verdadeiros consumidores.
Fig. 15 Relatório do Plano de Modernização do Futebol (2000) Fonte: FGV Imagem: Castro e Silva
adas (2016) e a Copa América (2019). Os investimentos foram nos estádios reformados e construídos, disponibilizando infraestruturas de estádios de nível Fifa, atendendo a demanda dos torcedores e dos clubes. Em dados gerais, 12 estádios passaram por esse processo, e o UOL, em 2014, enviou jornalistas em todas as arenas para avaliarem os espaços em cinco critérios: Qualidade da comida, facilidade de acesso, internet, segurança e conforto. Critérios esses que induzem a ida do torcedor ao estádio. Por isso, cada vez mais clubes optam por reformar seus estádios ou na criação de novos. O Jornal Estadão, levantou que pelo menos
Nesse processo, as mídias sociais e as empresas de comunicações iniciaram o processo de mercantilização do futebol. De fato isso ocorre, em entrevista com o presidente do Fortaleza, Marcelo Paz, cita que o horário da partida é decidida diversas vezes pelas empresas de televisão, fazendo com que o Futebol seja oficialmente um pacote ofertado pela indústria do entretenimento, com programação em horários nobres. Tal mercantilização acabou dissipando o Futebol de causas sociais, pois o clube é uma empresa e necessita ser imparcial para não interferirem nos lucros e em contratos muitas vezes com o governo do estado, prefeitura e bancos estatais. Então, desde a chegada do Futebol no Brasil, até os dias atuais, a cultura, a economia e a história do país foram diretamente impactadas pelo esporte. Tais acontecimentos, sejam eles assertivos ou não, podem ser a resposta para o título de “País do futebol”.
Capítulo 2 CONCEPÇÕES NA PRÉ CONSTRUÇÃO
MANUAL DE CONSTRUÇÃO FIFA E UEFA A Fédération Internationale de Football Association (FIFA) e a UEFA, possuem como base para seus estádios, um manual de especificações para a construção. O projeto de uma nova arena do Fortaleza, na capital cearense, os manuais irão ser abordados para seguir as diretrizes de projetos, assim para validar a análise e os conhecimentos, a fim de se projetar um estádio em condições reais para receber jogos internacionais. Também será analisado o Código de Obras de Fortaleza, Uso do Solo e Plano Diretor de Fortaleza como a legislação local. O manual FIFA, foi seguido por todas as 12 arenas reformadas e construídas para a Copa do Mundo do Brasil em 2014, no entanto, os estádios de concreto, foram condicionados a novas dinâmicas de fluxos, acessibilidades e conforto, ocasionando em processos de exceções para se adaptar a novos usos.
2. Concepções na Pré-Construção A decisão de se criar um estádio de futebol deve ser tomada, após analisar de diversos fatores determinados pela FIFA: como viabilidade econômica, localização de implantação, orientação do gramado compatível ao terreno, impacto de vizinhança, impactos ambientais da construção e a multifuncionalidade do empreendimento. Tais condicionantes podem ser básicas para quem inicia um projeto, entretanto, quando se observa a realidade há um embate de teoria com a prática. A UEFA em seu manual, na fase de pré concepção da ideia, conclui que a construção do estádio é um acontecimento transcendente para o clube de futebol e que necessita de cuidados. A entidade europeia, comparou um estádio de futebol para o clube como primeira casa própria que é construída para o cliente e que os engajadores e patrocinadores devem fazer o balanço de quanto podem investir e qual o plano de necessidade, corroborando com a FIFA.
2. Viabilidade Econômica Após a Copa do Mundo de 2014, muito se discute sobre a viabilidade da construção de novas arenas, visto o número de estádios que não vem sendo aproveitados em algumas cidades sedes da copa. British Broadcasting Corporation (BBC), fez uma reportagem sobre “elefantes brancos” após a copa
e constatou que atualmente a arena pantanal recebe 300 alunos por dia, porém, não é para assistir a uma partida de futebol e sim para receber aula do ensino fundamental e médio. Assim, uma nova arena construída para 40 mil espectadores e que custou 700 milhões de reais aos cofres públicos, para atualmente ser uma escola. No entanto, também há existência de estádios que se comportam como centro de treinamentos e que não são utilizados por conta de sua capacidade baixa. Por exemplo, na cidade de Fortaleza, há 15 estádios de futebol, de acordo com a federação cearense. Dos quize, apenas dois possuem condições de jogo que é o estádio Presidente Vargas (PV) com 20 mil lugares e o Castelão com 57 mil espectadores. Por isso em seus cadernos, as entidades recomendam que seja feita uma análise da demanda dos clubes da cidade, na projeção de crescimento da torcida que um clube virá atender e na perspectiva de promoção de jogos internacionais. A FIFA dispõe recomendações da capacidade da arena, verifica a necessidade de um estádio com o dobro da capacidade da média por partida, ou seja, caso um clube consiga atender a 20 mil torcedores por jogo, seria necessário uma praça esportiva com capacidade de 40 mil torcedores. Além disso, os cadernos de recomendações aconselham que os locais possuam atrações para clas-
ses de poder aquisitivo alto, pois tal comodidade gera mais conforto e rentabilidade, podendo receber jogos do calendário FIFA. Para a entidade europeia, deve haver uma estratégia comercial, considerando 4 níveis de estádios de futebol e cada uma dessas categorias vêm especificados as regras e regulamentos. A UEFA frisa a importância de um projeto realista e que possa se concretizar, porque assim iria explorar a capacidade de viabilidade financeiro ao máximo, não adiantando ter um estádio para 20 mil pessoas em uma cidade de 20 mil pessoas.
2.2 Localização do Estádio A localização de uma arena é imprescindível também para sua sustentabilidade econômica. A FIFA, cita que um estádio se torna mais rentável e proveniente de sucesso, quando está próximo a aeroportos, hospitais, linhas de metrô, linhas de ônibus, rodovias largas, estacionamento e proximidade ao centro urbano. Já para a UEFA, há a possibilidade de três tipos de localidades, área urbanizada, área semiurbanas e áreas rurais. O primeiro são áreas localizadas em sítios desenvolvidos, onde apresentam uma boa infraestrutura. O segundo, é o semiurbano, locais situados em bairros distantes do centro urbano e ainda possuem terrenos vazios. O terceiro, na área rural, parece ser uma possibilidade viável, dado ao número de terras acessíveis. Porém, não há qualquer in-
fraestrutura ou acessibilidade. Para possuir um estádio em locais distantes, é necessária que haja nas proximidades hotéis, estações de metrô/trem e pontos coletivos para aumentar a acessibilidade. Ao lado na figura 16, pode ser visto uma diagramação de localização. Em Fortaleza, a construção do estádio Castelão no bairro da Boa Vista, era considerada distante dos centros urbanos, porém toda uma logistica de vias e mobilidade supriram a distância da arena. Atualmente, o estádio é o único com certificado FIFA no Ceará. 2.3 Custos Segundo a UEFA, obter um espaço para a construção de uma arena não é algo barato. Um plano de custo deve ser feito para que não apareça empecilhos e a obra possa prosseguir, especialmente para clubes com menos aquisição financeira. Então os custos principais para a construção de uma arena são: Compra do terreno; Contratação de arquitetos e engenheiros; Custo na licença e assessoria jurídica; Gerenciamento de viabilidade e custos de sustentabilidade; A UEFA cita a legalidade da terra, para que não gere dúvidas da propriedade da terra, por exemplo, o estádio do São Paulo, o Morumbi segundo consta, foi cedido pela Prefeitura de São Paulo e a mesma alega no
Fig. 16 Diagrama de Localização FIFA FONTE: Fifa
Ministério Público para conseguir uma anulação da doação do terreno. Assim sendo, é importante a legalidade da posse da terra, para não gerar interdições ou gastos no futuro, além de gerar desconforto em investimentos privados. Outro fato levantado pela entidade europeia, se dá pelo espaço físico do terreno. Apesar do empreendimento ser restrito e permitido o acesso somente mediante a atividade ou
ação no interior, não se deve ter uma edificação fechada ou enclausurando a rua. A UEFA, recomenda que haja uma configuração de recuos e passeios largos, para que o indivíduo não se sinta enclausurado ou afetado diretamente pelo equipamento de grande porte.
2.4 Orientação do Campo
Toda a preocupação sustentável, também deve existir na construção, pois a Arquiteta Rosana Solano, afirma que a construção civil desempenha um importante papel na sustentabilidade, uma vez que o setor é responsável por 40% do consumo da energia elétrica do mundo e cerca de 16% da água potável.
A FIFA e o código de obras recomenda que os gramados sejam locados no sentido Norte/Sul, como a figura 17, pois evita ofuscamentos para os jogadores da linha e principalmente aos arqueiros, enquanto, as arquibancadas seriam sombreadas pela cobertura de maneira que gere mais conforto aos espectadores em dias ensolarados ou chuvosos.
2.5.1 Focos Sustentáveis Água - Para receber o incentivo do programa da FIFA de “Gol Verde” Deverá existir um mecanismo que possa armazenar a água da chuva e que possa ser utilizada no abastecimento da arena, seja em instalações hidro sanitárias ou na irrigação.
Entretanto, é relatado que alguns projetistas e arquitetos, consideram a posição do sol médio das tardes. Isso faz com que os estádios possam receber jogos mais frequentes em horários não comuns no Brasil. Por exemplo, atualmente o Brasileirão possui jogos às 11 horas da manhã, para o eixo sudeste e sul do país, 16 horas e 19 horas para as outras localidades. Todavia, caso os estádios do nordeste e norte, fossem projetados pensados na orientação dos gramados, poderia haver uma diferenciação nos horários dos jogos. O Arquiteto Eduardo de Castro, especializado em arquitetura desportiva, em um artigo publicado na USP, afirma que o mais usual no Brasil e em todo o hemisfério Sul, é a permanência da orientação do gramado no eixo norte-sul, no entanto, alguns estádios seguem o conselho FIFA do eixo longitudinal das quadras norte e noroeste, sendo assim possível jogos no período da tarde.
Fig. 17 Orientação do Gramado FONTE: Autor
2.5 Certificados Ambientais A UEFA afirma que o estádio é um impacto no meio ambiente, inclusive sendo incisiva na configuração do bairro, citando que será o maior edifício em altura e termos de expansão, com isso, altera a configuração ambiental da localidade, sendo necessário a consulta prévia aos moradores e autoridades. A Federação Internacional, também possuí essa preocupação, é visto no manual sobre sistema de “Goal Verde” e certificados Leed. Onde todos edifícios são obrigados possuirem sistemas sustentáveis e que garantam o certificado.
Energia - A utilização de energia é considerável em uma arena esportiva, a concessionária Light, gestora do Estádio Maracanã (RJ), em seus balanços mensais, alegou um gasto de 1,8 milhão em dois meses. Segundo os gestores, a maior despesa relacionada ao consumo, se dá pela utilização dos refletores. Os refletores possuem iluminação com luzes que consomem energia e geram proporcionalmente luminosidade, quase 1/1. O Arquiteto Eduardo de Castro Mello, argumenta que há a necessidade da utilização de energias alternativas, como placas fotovoltaicas. Onde poderiam ficar na cobertura das arenas, já que possuem exposição ao sol.
Rejeitos - A arena mané garrincha, em Brasília, sediou 4 jogos na Copa do Mundo de 2014 e segunda a Agência Brasil, produziu cerca de 25 toneladas de resíduos em dois jogos, esses números fizeram com que a FIFA, reforçasse o incentivo a políticas públicas no programa “Gol Verde”, propondo a reutilização de todos os materiais que geram resíduos nas arquibancadas.
Fig. 19 Diagrama de Insolação FIFA FONTE: Fifa
Certificados - Atualmente, empreendimentos da construção civil podem receber selos de entidades e organizações, caso atendam às exigências do certificado. A FIFA incentiva os estádios de futebol a possuírem o certificado visando a sustentabilidade, como: Liderança em Energia e Projeto Ambiental (Leadership in Energy Efficient Design, Leed), Método de Avaliação da Sustentabilidade de Edifícios, (Building Research Establishment Environmental Assessment Method, BREEAM).
2.5.2 Leadership in Energy Efficient Design O Leadership in Energy Efficiente Design, foi criado pela empresa norte americana Green Building Council, onde avaliam de forma independente edificíos e obras arquitetônicas. Em seu site, há a especificação de como é feita a avaliação e os critérios utilizados na elaboração do parecer. No Brasil, é a empresa GBC, que coordena o setor e emite os certificados do nível de sustentabilidade dos empreendimentos.
Atualmente a empresa possui 4 níveis de certificados. Certificado Simples: 40 < 49 pontos Certificado Prata: 50 < 59 pontos Certificado Ouro: 60 < 79 pontos Certificado Platina: > 80 pontos Na avaliação, os jurados avaliam 94 pontos da edificação distribuídos em várias categorias e outros 6 pontos para a inovação de
projetos com tecnologia sustentável, totalizando 100 pontos em estudos. As categorias utilizadas são: ● Locais Sustentáveis Esse critério avalia como o empreendimento está inserido no ambiente, e quais os impactos na natureza e na vizinhança. ● Eficiência do Uso da Água Os critérios são relativos a redução do con-
sumo de água potável e ao reuso, possibilitando a implementação de novos mecanismos de reaproveitamento e tecnologias inovadoras.
DIRETRIZES E OBJETIVOS DO PROJETO
A FIFA em seu caderno sobre a construção de estádios, listou os benefícios de um projeto sustentável que almeja as certificações LEEDs.
● Energia e Atmosfera Segundo a empresa, essa categoria existe para os empreendimentos criarem e implementarem novas formas de redução de emissão de gases. ● Recursos Naturais e Materiais A utilização de materiais sustentáveis e regionais, que não agridam o meio ambiente, além disso, são verificados se os materiais possuem baixa emissão ou nenhuma. ● Qualidade de Ambiente Interno Avalia o conforto térmico da edificação em relação a ventilação natural e a utilização da luz solar, diminuindo assim o gasto de energia elétrica como pode ser visto na figura 19, da página anterior. ●Inovação Projetual Privilegiam os Arquitetos e os projetistas, pois premiam as soluções inovadoras que reduzam o impacto da obra no ambiente e novas tecnologias de redução de energia. Porém, os estádios de futebol que investem para conseguir um certificado, apresentam um investimento alto. Segundo a FIFA, quanto maior for a certificação, maior será o gasto na construção. Por exemplo, os refletores de LED instalados
2.6 Principios da Construção Sustentável
Fig. 20 Diretrizes de Projeto FONTE: Autor
para substituir os de luzes florescentes, são mais caros e duradouros. A empresa americana demonstra percentuais de gastos para conseguir os certificados. No entanto, uma obra produzida para ser certificada desde o seu início possui mais chances de diminuir o orçamento.
2.5.3 Estimativa de Custo Certificado Simples - Não possui acréscimos no orçamento da obra. Certificação Simples a Prata - Aumento 0% 2% no orçamento. Certificação Prata a Ouro - Aumento 2% - 5 % no orçamento. Certificação Ouro a Platina - Aumento 2% - 5 % no orçamento.
Benefícios Ambientais: - Melhora e proteção da fauna e flora - Melhora na qualidade da água e do ar - Redução de resíduos sólidos - Proteção e conservação dos recursos naturais - Redução dos gases carbônicos Benefícios Econômicos: - Redução de custos - Aumento no valor do empreendimento - Aumento na produtividade dos funcionários - Redução no custo de manutenção Benefícios Saúde: - Melhora da qualidade do ar - Melhora do conforto - Melhora na qualidade de vida do entorno
2.7 Estádio com Ambiente Os manuais de construções, recomendam um estudo para averiguar se o local poderá receber um empreendimento de grande magnitude. O Arquiteto Desportista Castro Mello, afirma que a implantação de um estádio poderá mudar consideravelmente o tráfego da região e a logística aos arredores.
As entidades, incluem em seu manual, situações que podem influenciar o entorno e o arquiteto Eduardo, em seu artigo para USP, reforça alguma dessas situações, dentre elas estão: O aumento considerável do trânsito e dos torcedores; Iluminação forte, proveniente dos refletores (Figura 21); Escala urbana destoante da residência para com o estádio; Torcedores barulhentos e com personalidade algumas vezes hostis; Ruído dos eventos; Sombreamento de áreas e desertificação em dias sem eventos.
2.8 Arena e Entorno
Apesar dos problemas, as entidades demonstram os benefícios da construção como: A oferta de empregos na construção, operação e manutenção do empreendimento; Aumento da visibilidade financeira da comunidade, surgimento de novos serviços e comércios aos arredores da arena; Estádios atuais comportam instalações esportivas e educacionais, que poderão ser utilizadas pelos moradores do bairro; Há a promoção de atividades e eventos que possam englobar o perfil da comunidade; Um empreendimento esportivo como o estádio é de grande impacto visual, no entanto, os moradores do bairro se sentem privilegiados por possuírem um equipamento.
A FIFA e a UEFA recomendam, uma consulta prévia aos moradores, autoridades governamentais e ambientais para realizar um projeto conciso, para evitar a desertificação dos estádios quando não há eventos e a degradação ambiental no terreno escolhido. Pois, entendendo a necessidade do usuário, os estádios poderão ter mais rentabilidade.
A FIFA reconhece os anseios da população e de muitos setores da mídia sobre a construção de novos estádios, no entanto, os mesmos, acreditam que um projeto integrado a comunidade e aos usuários, respeitando as questões legais e ambientais, possuem maiores chances de sucesso do empreendimento. Pois, a partir do momento que há a
A FIFA e a UEFA, trazem consigo essas problemáticas frequentes, que afetam diretamente um bairro de forma negativa, assim recomendando aos projetistas pensarem para solucionais os problemas, de modo que haja minimização dos erros como: Um plano de tráfego automatizado com facilidade de acesso, materiais que diminuam a propagação do som, entorno com atividades diferenciadas para dias não festivos, paisagismo como marco visual e integração da paisagem com o empreendimento.
2.8 Estádios Multifuncionais Após as Copas do Mundo da África do Sul e a Copa do Mundo do Brasil, levantou-se questionamentos sobre a construção de novos estádios, como visto anteriormente. Por isso, a FIFA recomenda que as praças esportivas devem ter a característica de arena, pois o termo vem vinculado a multifuncionalidade. Dessa forma, o empreendimento deverá ser projetado para receber outros eventos, seja de natureza esportiva, cultural ou econômica. Assim, fazendo com que o espaço possua viabilidade financeira e seja bastante utilizado. A entidade em seu manual, cita como um dos mecanismos mais simplorios, o uso da grama sintética para os estádios, pois possibilitaria outros usos frequentes, como: Shows, que cobrem a superfície da grama; Jogos amistosos de usuários não profissionais; Uso recreativo educacional para membros da comunidade. Todas essas atividades não afetaria uma grama sintética, porém, nem to-
dos os profissionais concordam, a atacante da seleção americana Abby Wambach, fez críticas ao gramado sintético. Segundo a jogadora, ela teria mais controle da bola em uma grama natural, pois a bola salta mais e perde força, além de perder a precisão. Outras jogadoras Americanas, ainda citaram que o risco de lesão. Porém mesmo com a discussão entre atletas, o uso da grama sintética, está presente em diversos estádios. Caso o espaço possua uma grama natural, não será possível a realização de todos os eventos, pois não haveria tempo hábil de recuperação do gramado para a principal atividade. Um exemplo errado, pode ser visto na capital cearense, no estádio Castelão, onde o atual técnico do Fortaleza, Rogério Ceni (Figura 22), teceu críticas ao gramado natural da arena, com a frase “Pensei que fosse para futebol profissional”. Pois a empresa gestora, estava alugando o espaço para jogos amadores e eventos, sem tempo hábil para a recuperação do gramado. Ressalvas FIFA - Quando um estádio de futebol é criado, a atividade principal a ser privilegiada deve ser o esporte para o qual ele foi projetado. Segundo a FIFA, muitos projetistas são influenciados ou forçados a construírem espaços de atletismo ao redor dos gramados ou aumentarem o campo para atraírem outros esportes.
Fig. 21 Diagrama de Ruídos e Iluminação FIFA FONTE: Fifa
Capítulo 3 SEGURANÇA DAS ARENAS
3. Segurança das Arenas A segurança das arenas de futebol, exerce protagonismo em diversos debates no mundo todo. A UEFA em seu manual, recorda das tragédias ocorridas na década de 80, colocando o tema como uma das prioridades na execução dos novos estádios construídos e na adequabilidade dos antigos que irão ser reformados. A entidade europeia lembra que o equipamento de grande porte, possui diversas atividades ocorrendo de forma simultânea, bombeiros, policiais, médicos, auxiliares de limpeza e outros funcionários devem estar perfeitamente coordenados para gerar eficiência.
3.1 Fortaleza de Segurança Como foi dito anteriormente, o conforto do estádio estará diretamente ligado a viabilidade financeira e a realidade do clube ou do estado. No entanto, mesmo um estádio que for projetado e construído com um orçamento reduzido, é possível que ele possua qualidade e segurança. Tanto a Federação Internacional, quanto a Europeia, afirmam que os projetistas podem atender as expectativas e ficar dentro dos padrões de suas normas. A FIFA e a UEFA, frisam, que o foco do planejamento de uma arena deve ser a segurança humana, pois todas as atividades existentes são para o conforto daqueles que
irão participar, como jogadores, torcedores, seguranças, auxiliares de limpeza e outros profissionais que compõe a logística. Por isso, a segurança primária que deve ser analisada é a da localização. Segundo a FIFA, uma boa localização do terreno poderá facilitar a primeira triagem do controle de público e a redução de congestionamentos, superlotação de filas e tumultos em dias de eventos. A segunda é a entrada dos torcedores no estádio, que ocorrerá pelas entradas de acesso. A terceira se dá na estadia dos envolvidos no evento e a quarta a saída dos torcedores da praça esportiva. A UEFA, recomenda recuos largos e entradas espaçosas para dar uma sensação de segurança.
3.2 Especificidades Técnicas de Segurança As entidades. afirmam que as entradas e saídas, escadas e elevadores, devem estar legalizadas de acordo com a legislação de segurança local ou federal. Apesar das legislações locais virgentes, a Federação Internacional (FIFA), designa que para ampliar a segurança, cada estádio construído deverá existir no mínimo quatro setores. Cada um desses, deverá possuir seu programa de necessidades, acessos e serviços de segurança distintos. Mantendo assim sua independencia dos outros seto-
res. Pois, segundo a FIFA, é comum a sensação de insegurança generalizada, quando se há dependência entre os blocos. Outra preocupação básica para a federação internacional, está na importância da comunicação visual para os usuários, pois é comum a confusão dos usuários pela falta de sinalização.
3.3 Segurança Estrutural da Arena O projeto de um estádio de futebol é complexo, assim deverá existir o projeto arquitetônico atrelado a um projeto estrutural. No entanto, para evitar interpretações do manual, a FIFA e a UEFA afirmam a necessidadade de certificação das autoridades legais. Além disso, se faz necessário, que o projeto arquitetônico e o estrutural, estejam vinculados com a sustentabilidade, de outra forma, o estádio não conseguirá a certificação LEED, exigida pela FIFA.
bombeiro local para obter condições de jogos. É importante que haja manutenção, também, em dias que a arena não possua jogos ou eventos. A UEFA relembra fatos e tragédias que ocorreram em estádios de futebol em décadas passadas. Por isso recomenda, extintores nos setores do estádio e sprinklers automáticos. A entidade europeia detalha que deve ser atentado a utilização de materiais que não propaguem o fogo e que não sejam inflamáveis, como o aço retardatário e o concreto. Os manuais, ainda lembram, que torcidas do mundo todo, utilizam sinalizadores e fogos em dias de jogos ou eventos, e há a necessidade de atenção e cuidados.
3.5 Sala de Segurança
3.4 Segurança contra Incêndios
Deverá conter nas arenas, uma sala de controle com campo de visão maximizado de toda a arena, para que haja monitoramento de vídeo, telões e rádios da totalidade da praça esportiva.
Visto, o número de espectadores e personagens envolvidos na arena de futebol, as entidades exigem certificações do corpo de
Os manuais afirmam, que se faz necessário, o vídeo monitoramento externo, como das vias, estações, pontos de ônibus e es-
tacionamentos, assim, complementando a segurança dos torcedores e ajudando as autoridades locais que participarão do evento. O equipamento deverá também possuir a capacidade de tirar fotos e estar em um sistema independente, podendo assim, ofertar uma gama maior de tecnologia e de precisão para infratores, vândulos e torcedores que estão proíbidos de entrar em jogos em decorrência de alguma medida da justiça. Próxima a sala de controle, deverá existir um sala de detenção e atrelada a esses ambientes, deverá existir uma sala de revista.
3.6 Atendimento Médico Os jogos de futebol, por determinação do Corpo de Bombeiros e da CBF, só podem ocorrer com a presença de ambulâncias e equipe médicas. No entanto, os estádios modernos padrões FIFA, devem conter no mínimo quatro centros médicos, coincidindo com os quatro setores estabelecidos. Outra questão estabelecida no manual da Federação Internacional, é que os estádio deverão conter o mínimo para emergências da saúde e seguir legislação das autoridades locais, como o código de obras e posturas de Fortaleza, onde exige salas com no mínimo 12 m². Assim, caso haja ocorrências e necessidade, o setor de saúde poderá socorrer os espectadores e profissionais que estarão no evento.
A FIFA recomenda que os centros médicos devam estar em proximidade ao acesso dos espectadores e possuir acessibilidade o suficiente para a passagem de macas e cadeirantes, possuindo boa higiene e materiais com facilidade de limpeza.
Fig. 21 Diagrama de Setorização FIFA FONTE: Fifa
Capítulo 4 ESTACIONAMENTOS E ACESSOS
4. Estacionamento e Acessos Para projetar um estádio, o arquiteto deverá se colocar na visão do torcedor, imaginar o trajeto dos bairros da cidade e como se dará a sua chegada e saída. Para isso, o caderno da FIFA dispõe de subtítulos explicando cada setor e como deverá ser feito para uma maior eficiência do serviço. A UEFA, não traz detalhes dos acessos e estacionamentos, alguns dos estádios europeus mais conhecidos, não possuem estacionamento aos arredores, com isso, o padrão europeu pode não se aplicar as demais localidades do mundo. O código de obras de Fortaleza, exige que existam circulação e acessos independentes, ou seja, um exclusivo para pedestres e outro para veículos, assim aumentando a segurança dos espectadores.
4.1 Bilheteria Em todos os eventos culturais e esportivos, deverá haver uma bilheteria para que os espectadores possam comprar ingressos. Essa bilheteria deverá estar em um local visível e bem sinalizado, para que os torcedores não confudam o acesso a arena com o local de compra. A divisão entre a entrada e a bilheteria deve ser explícita, seja de forma visual ou diferenciação de setores. A FIFA ressalta a necessidade de uma linguagem universal de comunicação visual, além do idioma local e o
idioma inglês, para que assim todos possam ter entendimento claro das placas e sinalizações. A comunicação visual deverá ser compreendida em todos os horários, além de marcar as cadeiras com identificação nos assentos. Para que assim, aumente o grau de segurança e identificação dos setores. Essa medida é utilizada em eventos culturais, porém não possui vigor em Fortaleza, onde os torcedores não possuem local marcado.
4.2 Acessos e Saídas Como visto anteriormente, é recomendável que o estádio possua integração com o bairro e não seja um delimitador com muros, no entanto deverá conter uma cerca para delimitar o acesso de torcedores, segundo a FIFA, assim delimitando o espaço de acesso a esplanada de entrada e do estacionamento. É recomendado também duas revistas de segurança, a primeira no perímetro das grades de delimitação e a segunda verificação nas catracas de acesso. As catracas deverão ser posicionadas de acordo com a setorização do estádio e controlada para evitar tumultos na entrada dos torcedores. A FIFA recomenda que haja espacialização na venda dos setores e que seja de fácil entendimento com cores e legendas, evitando confusões na entrada. A entrada dos torcedores se dá de maneira gradual e em horários diferentes, todavia, a
na saída é comum que os torcedores saiam ao mesmo tempo, havendo a necessidade de saídas largas e que possa esvaziar o estádio em menos de 15 minutos.
4.3 Estacionamento e Torcedores No manual FIFA, de estádios de futebol, a federação exige que os estádios devem possuir estacionamentos do próprio equipamento, tendo esses acesso direto ao estádio, no entanto, ainda precisará passar pela primeira revista de acesso a esplanada do estádio. A FIFA faz um comparativo, um estádio que comporta 60 mil espectadores, deverá conter 10 mil vagas para carros e aproximadamente 500 vagas para ônibus e veículos coletivos. Além disso, a arena deverá comportar setores para diferentes clubes, assim evitando contato direto entre os torcedores e equipes. Caso não se tenha espaço para a implantação do estacionamento, deverá haver ao redor do estádio em uma distância máxima de 1,5 km.
4.4 Estacionamentos para Profissionais Os clubes que irão participar do jogo, deverão possuir vagas de no mínimo 4 para ônibus e 14 veículos, desses sendo 6 para cada equipe e 2 para o quadro de arbitragem, para serem enquadrados no padrão FIFA.
Essas vagas devem possuir fácil acesso a arena e aos vestiários. Segundo a entidade, não deve haver acesso de torcedores a esse setor, para evitar tumultos. Os profissionais que irão trabalhar nos eventos, deverão ter vagas reservadas no mesmo setor dos clubes ou com proximidade desse estacionamento, facilitando assim, o processo de escolta das autoridades e até mesmo carga e descarga de materiais. Os árbitros que irão atuar na partida, deverão ter vagas no mesmo setor e acesso direto aos seus vestiários, sem passar por área da imprensa ou público. Veículos de emergência podem estar localizados no mesmo ambiente, justamente pelo menor número de usuários e também pela escolta já realizada para os clubes e outros profissionais. Além disso, alguns veículos de emergência, deverão entrar na arena e tal ação pode ser facilitada por esse setor.
4.5 Acesso da Imprensa e Estacionamento Destina-se um setor para o credenciamento da imprensa e para regulamentar a entrada dos demais, o setor não poderá possuir mais de 30 m², pois caso fosse maior, tornaria o setor ocioso. O estacionamento do setor de comunicação, deverá possuir vagas para descarga de equipamentos e antenas. O estacionamen-
Fig. 22 Diagrama de Setorização FONTE
o FIFA E: Fifa
to, deverá possuir acesso facilitado para a zona mista, campo de jogo, cabines de rádio e TV e pôr fim ao campo de jogo. Assim como os profissionais que irão atuar na partida, a imprensa também deverá possuir estacionamento separado dos espectadores, para evitar conflitos e danos aos jornalistas.
4.5 Heliponto Caso exista possibilidade e área disponível na arena, o heliponto poderá ser uma vantagem e mais um meio de transporte, assim ser construído para pousos de helicópteros particulares ou de emergência. A FIFA relembra, que antigamente, os gramados ou a área de jogo, era utilizada para pousos, o que não é mais permitido, salve algumas emergências. Tal medida foi tomada, porque causa danos ao gramado, além de poder gerar riscos de acidentes ou tragédias generalizadas.
ARENA DO GRÊMIO FONTE: GRÊMIO
Capítulo 5 GRAMADO ÁREA DE JOGO
5. Gramado - Área de Jogo O foco da construção de um estádio de futebol é voltada para à área de jogo, onde o espetáculo acontece. Sem as quatro linhas, não haveria motivo para tanto investimento. Assim no gramado, os jogadores protagonizam 90 minutos de jogo que interferem na logística e no ambiente esportivo. Torcedores e profissionais tendem a ter sua forma de agir diferenciada, a partir dos resultados, sejam eles positivos ou negativos. Até o fator de segurança está ligado aos 90 minutos de jogo. Porém, para isso ocorrer, a FIFA recomenda que sejam tomadas decisões que podem assegurar a segurança e a jogabilidade.
5.1 Dimensão Mínima Gramado O padrão FIFA, utilizado em todas as Copas do Mundo e até mesmo no Brasil em sua última edição. Utiliza gramados de 105 metros de comprimento por 68 metros de largura (Figura 23), chegando a um total de 7.140 m² apenas de área de jogo. Anteriormente consideravam tamanhos mínimos e máximos, no entanto, a mesma agora tenta ajustar o mesmo nível técnico de jogabilidade em todos os estádios do mundo. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) também regulamentou o padrão dos gramados. Além da área principal de jogo, deve-se atentar para a área auxiliar de jogo, são es-
paços também planos que permitem a circulação do quadro de arbitragem, jogadores, comissão técnica, imprensa e outros funcionários. As laterais deverão ter um acréscimo de 8,5 metros e as extremidades cerca de 10 metros. Assim o espaço final do gramado ficaria 125 m de comprimento por 85 metros de largura. Os painéis que contém propaganda, deverão ser posicionado na área auxiliar, que são montados a 5 metros das linhas laterais e da linha de fundo. Também deverá ser nivelado e da mesma forragem do campo principal.
5.2 Qualidade do Gramado A FIFA, exige que o gramado deverá ser totalmente uniformizado e plano, atualmente a entidade reconhece gramados naturais e também sintéticos. Porém, é criteriosa na qualidade dos mesmos. Os campos com grama natural, deverão possuir drenagem superficial e subterrânea, além de irrigação para os climas secos, e nos climas com inverno rigorosos, deverá possuir aquecimento subterrâneo, para evitar congelamento. No entanto, para grama sintéticas, os cuidados são diferenciados, mas que devem manter o mesmo nível de cuidado e manuntenção. Então, como visto a criação de uma nova área de jogo não é simples, a FIFA recomenda, que a consulta de profissionais é de fun-
damental importância. Pois os contratados deverão ter experiência local para escolher o melhor tipo de grama, as condições de irrigação e como será feita a manutenção do campo. Equipamentos que façam o aquecimento ou irrigação do estádio, não podem interferir no campo de jogo ou provocar acidentes. A FIFA enfatiza que a segurança dos atletas é primordial, assim não podendo haver falhas no projeto do estádio.
5.3 Gramado Natural O microambiente do estádio, poderá afetar o crescimento da grama natural, pois áreas de sombreamento ou de sol, fará com que haja diferenciação na forragem da vegetação. Com isso, alguns estádios modernos possuem espaços de armazenagem de equipamentos que substituem a iluminação natural para crescimento da grama. No entanto, o macro ambiente será afetado pelas condições climáticas da região. A grama natural possui adeptos entre os desportistas, como foi visto anteriormente, pois o risco de lesões é menor se comparado com os de grama sintética, as chuteiras possuem maior aderência na grama natural, além de não machucar em eventuais quedas. Outro aspecto pouco comprovado se dá pela sensação do homem com a natureza, os jogadores afirmam que conseguem sentir a grama e facilita na execução das jogadas.
5.4 Gramado Sintético Após a primeira instalação de grama sintética nos Estados Unidos, a FIFA iniciou o processo de certificação e regularização dos gramados artificiais. Uma das vantagens, é que a área de jogo sempre possui jogabilidade com a grama verde, além de possui rapidez na rolagem da bola. Jogadores experientes, técnicos e jovens, possuem a mesma capacidade e condições de jogo. Como dito anteriormente, os gramados artificiais podem receber jogos de diferentes naturezas sem danos físicos graves, além disso a manutenção comparada a grama natural é mais barata. A recuperação do gramado é feita de maneira rápida e não provoca tanto deterioração, quanto a grama natural. Assim podendo haver shows em uma quinta-feira e um jogo na sexta-feira com rápida recuperação.
5.5 Área de Reservas/Técnica O campo auxiliar deve conter dois bancos de reserva para as duas equipes que irão jogar, os dois ficam no mesmo local do gramado ao lado da linha lateral, no entanto, cada um deverá ficar após a linha do meio de campo. Os bancos de reserva deverão estar a 5 metros da linha lateral, onde cada um deles deve possuir capacidade para 23 jogadores, para jogos internacionais de Copa do Mundo FIFA e outras competições.
Os bancos de reserva deverão possuir bancos com encostos e confortáveis, estando no nível do solo, possuindo uma cobertura transparente do material Plexiglas, contra mal tempos ou objetos que podem ser jogados pelos espectadores.
5.6 Painéis Publicitários Nos dias atuais, é necessário que a publicidade esteja ligado diretamente ao futebol, seria leviano o não planejamento de futuras propagandas. Sendo assim, a linha de visão do observador não poderá ser prejudicada pelas placas, devendo ficar com diferenciação do nível e possuindo uma altura máxima 1 metro. Os painéis deverão possuir o mínimo de obstrução possível, pois jornalistas e membros da imprensa deverão ficar atrás das placas, não devendo se machucar ou prejudicar a publicidade com fios aparentes. O material dos painéis deverá ser de plástico ou semelhante, não devendo conduzir energia ou ser pontiagudos. As placas devem seguir algumas normas para o padrão FIFA, os painéis deverão ficar a 5 metros (Figura 24) da linha lateral e da linha de fundo. Além disso, não poderá ter voltagens altas que possam atingir a saúde dos profissionais que estarão na proximidade e não possuir imagens fortes que distraiam os jogadores e os espectadores.
Fig. 23 Dimensioname Gr FONT
ento do ramado TE: Fifa
5.7 Acesso de Emergência e Torcedores ao Campo Nos jogos da Copa do Mundo FIFA, é possível observar nos cantos da área de jogo, ambulâncias e outros carros de emergência. Isso ocorre, por conta de uma exigência do corpo de bombeiros locais. Deverá possuir entradas para veículos de emergência e se possível entrar dentro do campo para prestar assistências. Deverá ainda conter acesso das arquibancadas para a zona de jogo, no entanto, a FIFA recomenda pequenas escadas de acesso nos setores provenientes da arquibancada, para facilitar a ajuda em casos de emergência ou de segurança. Tal medida pode ser vista no estádio Castelão, em Fortaleza, onde há presença de um pequeno fosso com escadas para à área de jogo.
5.8 Visão do Torcedor O cliente prioritário no Futebol é o torcedor, diante deles que o espetáculo futebolístico acontece e o mesmo deve ser prioridade em conforto e segurança, para isso não deverá haver barreiras físicas ou visuais entre o espectador e a área de jogo. No entanto, a segurança dos jogadores também deverá ser levada em conta, assim criando alternativas que possam suprir as necessidades, como fossos, telas ou cerca. A FIFA reconhece, mas não é a favor.
Fig. 24 Dimensionamento do Gramado FONTE: Fifa
O primeiro é utilizado por antigos estádios de futebol, onde após o campo com um espaçamento considerável havia um fosso com grande profundidade, não contendo preenchimento de água ou obstáculos que possam ser escalados. Para isso deve-se conter um recuo do gramado de mais de 20 metros. Aumentando assim, a distância do observador da área de jogo. A FIFA acredita que essa alternativa não é a mais realista ou a ideal, pois como visto anteriormente, há a visão de que os torcedores fiquem cada vez mais próximo dos jogadores. O segundo se utiliza de telas transparentes que podem ser visualizadas pelos dois lados. As cercas ou os antigos alambrados, eram bastante utilizados em estádios de futebol, o Presidente Vargas hoje utiliza uma cerca de vidro em todo o perímetro do gramado, assim os torcedores possuem visibilidade e são contidos para a invasão do gramado. No entanto, a FIFA adverte que deverá conter saídas de emergência do gramado dando acesso a arquibancada. A FIFA enfatiza tais seguranças e confortos dos torcedores na seguinte nota. “A Fifa se opõe ao uso de cercas e telas intransponíveis e rejeita o seu uso como estratégia de proteção de campo. Quem insistir em seu uso deve estar plenamente ciente de que terá a inteira responsabilidade de assegurar que jamais representem perigo para os usuários do estádio.” E que qualquer medida deverá ser consultada com as autoridades
Fig. 25 Dimensionamento do Gramado FONTE: Fifa
ARENA DA BAIXADA GRAMADO FONTE: Atlhetico/PR
Capítulo 6 JOGADORES E FUNCIONÁRIOS
6. Gramado - Área de Jogo Uma partida de futebol só pode ser realizada se existirem profissionais capacitados para realização do espetáculo. Torcedores são essenciais para o esporte existir, mas os jogadores e profissionais devem possuir total conforto para trabalharem. Para isso, a FIFA em seu manual, regulamenta as intalações dos membros que irão atuar na partida, para que os mesmos possuam total conforto e segurança possível.
6.1 Acesso aos Vestiários O estacionamento deverá ter acesso direto ao gramado para emergências, além de uma entrada exclusiva para os vestiários sem passagem pela imprensa ou por torcedores. Pessoas que não forem autorizadas, não deverão entrar na área privada de concentração. Outro motivo para a ligação direta se dá por conta que as forças de emergências poderão atuar nesses locais e não deverão possui obstáculos como escadas ou outros desníveis.
6.2 Vestiários Gerais Antes do manual de normas, era comum segundo a FIFA, a utilização de vestiários diferentes com qualidade diferenciada. Onde,
o clube mandante da partida possuía condições melhores e isso excluía a oportunidade do local sediar jogos nacionais ou internacionais de outras equipes. Assim, o manual de construção recomenda a construção de quatro vestiários iguais e com as mesmas características de conforto, para assim conseguirem atender um número maior de jogos na temporada.
Banheiros - Dentro do vestiário, deverá ter uma ligação direta com o banheiro que deverá conter 11 chuveiros, 5 pias com espelhos, um lavatório para os pés, uma área de secagem e um lavatório para a limpeza das chuteiras e acessórios. Na outra parte do banheiro deverá conter 3 mictórios, 3 aparelhos sanitários, 2 secadores elétricos e 2 barbeadores. Contendo no mínimo 50 m².
Os vestiários deverão estar na arquibancada principal, contendo no mínimo dois espaços destinados as equipes, no entanto, recomenda-se quatro. Cada área de clube deverá possuir 200 m², esse dividido em vestiários, sala de massagem, área de banho e salas técnicas. Todas elas devem possuir conforto térmico e higiênico, como ar condicionado, materiais com fácil limpeza e possuírem boa iluminação.
Área Técnica - Local onde os treinadores ficam, podem ou não ter ligação direta com o vestiário. Deverá conter um banheiro com chuveiro, quatro locais de armazenagem, um escritório com 5 cadeiras, um quadro para escrita e uma linha telefônica interna/ externa. Contendo no mínimo 30 m².
Vestiário - O espaço deverá conter espaço de assentos, armários fechados e cabides para no mínimo 25 pessoas, além de um espaço reservado para a explicação técnica do treinador como um quadro tático. Contendo no mínimo 80 m². Área de Massagem - Esse ambiente deverá possuir ligação direta com o vestiário, visto que os jogadores que utilizarão esse espaço, além disso deverá conter no mínimo três mesas de massagem, uma máquina de gelo e mesas de apoio. Contendo no mínimo 40m².
6.3 Arbitragem A arbitragem deverá ficar na arquibancada principal, devendo ter acesso ao gramado facilitado, juntamente as áreas dos clubes, assim o local dos árbitros deverá possuir proximidade. O local deverá possuir ar condicionado, boa iluminação e condições de limpeza fácil.Contendo no mínimo 24 m². Em uma partida do brasileirão 2018, atualmente se possui 6 árbitros, no entanto com o uso do Video Assistant Referee (VAR) esse número cresce para 11, porém 5 desses ficam exclusivamente na sala de vídeo. Desta forma, a sala de arbitragem deverá possuir banco para no mínimo 6 pessoas, mesa e 4 cadeiras, com uma mesa de massagem,
quadro de táticas, aparelhos de refrigeração e TV, além de uma linha interna/externa de telefone. Os banheiros deverá possuir acesso direto com os vestiários, no entanto, deverão possuir para duas tipologias, para homens e mulheres, contendo dois chuveiros, uma pia, um mictório, um ponto para secador de cabelo e um para barbeador elétrico e um lavatório para chuteiras.
6.4 Túnel de Jogadores A FIFA, afirma que o túnel deverá conter 6 metros de largura e um pé direito de 4,5 metros de altura, posicionado na linha central do gramado, além de uma superfície retrátil ser erguida para acompanhar os jogadores e árbitros na entrada e saída do campo, assim os protegendo e não afetando a visibilidade quando os mesmos já tiverem passado. Deverá ainda conter um banheiro de apoio para os usuários da área de jogo com acesso direto com os vestiários.
Fig. 27 Visão do Tor FONTE
6.5 Área de Aquecimento Todos os clubes necessitam de uma área para aquecimento, que deverá existir em proximidade dos vestiários, com uma sala com grama sintética com no mínimo 100 m² cada, assim os clubes poderão utilizar o espaço caso seja necessário. Toda a área deverá ser segura e com materiais que não provoquem danos aos atletas, possuindo ar fresco, ar condicionado e boa
iluminação, além de materiais de anti-impacto. Esse ambiente, deverá ter ligação com os corredores, túnel dos jogadores e vestiários, para facilitar na transição dos jogadores e o conforto.
6.6 Sala Médica dos Jogadores A FIFA estabelece que deverá existir uma sala médica para prestação de primeiros socorros de jogadores, funcionários e outros. Assim devendo ter fácil acesso ao gramado e a saída do estádio. O local deverá possuir mesa de exames, 2 macas portáteis, uma pia, um lavatório de pés, armários de vidro com remédios, armários, uma mesa de tra-
rcedor E: Fifa
tamento e um telefone com linha interna/ externa. Outros equipamentos de primeiros socorros de emergência também deverão estar no ambiente. O local deverá possuir no mínimo 50 m²..
6.7 Sala de Doping Todo evento esportivo internacional deverá possuir controle anti-doping e deverá ser reservado um local para o exame, sendo próximo a sala de vestiários e dos árbitros. Possuindo uma sala de exames, instalação e lavatórios. Devendo possuir no mínimo 36 m². Antes de entrar no local de controle, deverá existir uma sala de espera para os usuários e equipes técnicas, possuindo aparelhos de televisão e geladeira, com ligação direta no local de controle de doping deverá possuir uma mesa com quatro cadeiras, contendo pia e espelho, telefone externo/interno e um armários com exposição dos medicamentos e materiais a serem utilizados. A sala ainda deverá possuir uma ligação direta com o banheiro, devendo possuir um espaço para duas pessoas, possuindo um vaso sanitário, uma pia e um chuveiro.
6.8 Demais Áreas Escritórios - Deverão possuir escritórios para abrigar os membros da executiva, com uma área mínima de 20 m², contendo uma mesa
Fig. 28 Visão do Torcedor FONTE: Fifa
e três cadeiras, além de máquinas de um escritório com um lavabo interno. Gandulas – Deverá possuir fácil ligação ao gramado, não devendo estar próximo aos jogadores e árbitros, contendo um vestiário de 20 m² para sexo, contendo dois sanitários, duas pias e dois chuveiros.
Roupeiro – Deverá possuir uma sala com 25 m² para guardar roupas e malas dos funcionários e jogadores que irão participar da partida. Assim ficando próxima aos vestiários.
Capítulo 7 TORCEDORES E CLIENTES
7. Torcedores e Clientes Com a modernidade e a globalização, a FIFA acredita que o nível de conforto exigido pelos torcedores aumentou, atualmente é possível a aquisição de ingressos no setor social aos camarotes, evidenciando que é dever do projetista atentar para a qualidade de todos os setores. Um estádio não deve ser construído para ser um “elefante branco”, pois o investimento, segundo a UEFA, é caríssimo e deve ser aproveitado ao máximo para maximizar as receitas, com isso, a área de conforto dos torcedores deve atender a necessidades futuras, assim aumentando o tempo de vida útil da edificação. Para atender ao nível de conforto dos torcedores, a FIFA reconhece e cita algumas instalações que podem nortear a construção de um estádio com um alto padrão de qualidade e conforto, como: A existência de uma Cobertura na parte das arquibancadas, assentos para todos aqueles que forem a partida, numeração das cadeiras, banheiros, lanchonetes, restaurantes, lojas esportivas, quiosques móveis, ambulantes e outros.
7.1 Cobertura O projetista deverá compreender a dinâmica de temperatura da região, pois para a FIFA, os torcedores dificilmente irão ficar em locais com temperaturas altas ou em ambientes que possam receber chuva, sendo assim os últimos locais a serem povoados em caso de lotação. Atualmente, a FIFA e UEFA recomendam o sombreamento de todo o estádio de Futebol e que os torcedores possam ficar resguardados sem sofrer a intempéries. Com a tecnologia crescente, hoje há a possibilidade de tetos que podem ser recolhidos e abertos durantes os jogos, porém pode afetar a vida da grama natural, afetando diretamente a função principal que é o futebol.
7.2 Assentos A FIFA exige que todo estádio que siga seus padrões devam possuir assentos com no mínimo 30 cm de altura para apoiar confortavelmente o torcedor, não será aceito assentos que possuam pequenos encostos ou assentos colados ao chão. Essa medida visa aumentar a segurança dos espectadores, pois na década de 80/90 quando os clubes mandatários da partida faziam gols, a torcida praticava os avanços em direção ao campo, provocando acidentes e até invasões. O manual não dimensiona as fileiras e nem os números de cadeiras máximas, pois cada
país possui uma legislação específica e normativas dos órgãos de segurança. Porém, apesar de não especificar quais dimensões necessárias, a FIFA exige que um espectador sentado não possa encostar seus joelhos na cadeira da frente, pois deverá possuir um espaço de passagem. A entidade cita que esse é um dos maiores erros recorrentes nas arenas de futebol, com isso recomenda-se uma distância mínima de 80 cm de encosto (Figura 29) a encosto das cadeiras, e uma largura de 50 cm por banco, assim levando em conta a ergonomia do espaço. Áreas de camarotes e premium, o banco deverá ter descanso de braço e uma largura de 60 cm.
7.3 Banheiros Todos os setores do estádio deverá possuir banheiros com no mínimo 3 tipologias, sexo masculino, feminino e para portadores de necessidades. Todas essas áreas deverão ser bem evidenciadas e de fácil acesso, com todo o conforto e qualidade de manutenção. Além disso, o banheiro feminino deverá possuir um espaço maior por conta das necessidades e o tempo médio de utilização. A FIFA recomenda que exista no mínimo 28 sanitários e 14 pias para cada mil mulheres no estádio, o número é reduzido para 3 sanitários, 15 mictórios e 6 pias para cada mil homens.
7.4 Lojas e Restaurantes Os estádios de futebol, formam um grande complexo de logística e de investimento, por isso a FIFA e o Código de Obras de Fortaleza compreende e recomendam que sejam instalados equipamentos que possam trazer retornos financeiros e comodidades aos clubes. Com isso, é permitido a construção de restaurantes, bares, lojas e outros espaços que forneçam serviços aos torcedores. A FIFA em seu manual, cita que para cada 250 torcedores, deverá possuir um local de venda, com um espaço de 60 m², esse sendo de 10 m de comprimento por 6 metros de largura. Esse espaço deverá ser pensado em três setores, o primeiro que é a venda da mercadoria e registro, a segunda para produção dos alimentos e a terceira para armazenagem e produção. Esses setores podem ser moldados de acordo com a necessidade do evento ou da loja. (Figura 30) Além das lojas permanentes, o clube poderá destinar espaços para equipamentos temporários que podem chegar a 18 m², esses seriam locais para eventos específicos ou para grandes públicos. Esses locais deverão ter infraestrutura semelhante às lojas permanentes, mas não o mesmo espaço. Ainda serão reservados quiosques móveis para vendas rápidas de 4 m² para cada mil torcedores.
Todas essas infraestruturas necessitam ser abastecidas, por isso em acordo com manuais técnicos de restaurantes, recomendam-se áreas de armazenagem e que possam ser acessadas por uma entrada exclusiva para o setor. Deverá ainda, possuir elevadores de carga, para que haja o transporte da mercadoria sem ser pelo acesso comum de torcedores. É estimado cerca de oitenta paletes de mercadorias seca para cada dez mil torcedores por evento, devendo possuir um local de 25 m². No caso dos frios, esse número cai para trinta paletes e devem possuir um local específico para armazenagem, com cerca também de 25 m² e a zona mista de triagem e aparelhos com 25 m². Assim, todos os funcionários que trabalham nos bastidores deverão também possuir locais para descanso, vestiário, cofre, administração e escritórios. Estima-se que para cada dez mil torcedores, deverão existir 120 funcionários que trabalhem na área de alimentos e serviços.
7.5 Sistemas de Vídeo e Som A FIFA recomenda a utilização de aparelhos sonoros em todos os setores do estádio, onde seja possível os torcedores escutarem informações audíveis, há também a implantação de telões onde passam resultados e os gols da partida, propagandas e outras informações que podem ser passadas aos
Fig. 29 Dimensionamento do Espa do Torced FONTE: F
aço dor Fifa
torcedores, esses telões devem estar posicionados nas duas extremidades do estádio e devem ter visibilidade aceitável para os espectadores.
7.6 Portadores de Necessidades Deve possuir acessibilidade em todos os setores do estádio, devendo ter entradas acessíveis e com o conforto mínimo de ergonomia, além de possuirem instalações sanitárias únicas, como prevista no código de obras e posturas de Fortaleza. A FIFA, demonstra preocupação e cuidado, por aqueles que necessita de maiores confortos e detalha que os locais dos torcedores com deficiência deverá está em locais com cobertura 100% de sol e chuva, com uma ventilação natural e uma saída de emergência de fácil acesso. Para cada 100 torcedores, deverá existir um assento para portadores de necessidade e esses locais deverão ser ergonômicos tanto para os usuários, quanto para os acompanhantes. Atendendo a Lei de Deficientes físicos e as legislações locais.
7.8 Torcedores Exclusivos A FIFA reconhece que o estádio é um local para atrair diversos públicos, para isso há setores sociais, outros de preços médios e também setores para uma camada privilegiada e que tem condições financeiras. Para
Fig. 29 Dimensionamento Lanchonete FONTE: Fifa
isso é comum a necessidade de atender essas pessoas, com locais de conforto acima da média. Onde deverá existir camarotes com capacidade de abrigar 20 pessoas com acesso exclusivo. Esses espectadores podem assistir às partidas em locais com ar condicionado e serviço de buffet. Esses locais possuem concessões e são alugados por empresas, com a intenção de divulgar sua marca e futuros clientes, onde oferecem premiações ou até mesmo reuniões em eventos e partidas.
Sua localização é estabelecida no centro da arena, sendo o ideal a utilização de dois níveis diferentes, o setor deverá ter acesso aos vestiários, estacionamento e setores da imprensa. Sua entrada deverá ser a principal do estádio, que corresponde a fachada principal, dando exclusividade ao setor.
7.9 Camarote e Premium
Além disso, os espaços de banheiro e de setores de emergência seguem a mesma proporção dos torcedores comum, no entanto, recomenda-se maior atenção para esses usuários. Os assentos deverão possuir mais conforto com padrão acima da média, além de um maior espaço de trânsito de torcedores.
Geralmente, esses locais estão localizados em uma área de visibilidade privilegiada e próxima aos funcionários da tribuna principal. Todo esse setor deverá ser diferenciado dos demais, por questões de conforto, segurança e sinalização. Assim, devendo ter um acesso exclusivo sem interferência com os outros setores do estádio.
Tanto o setor VIP ou premium, devem possuir uma recepção com ar condicionado, restaurantes climatizados e lojas de acordo com o número estabelecido anteriormente.
Capítulo 8 SETORES DA IMPRENSA
8. Setores da Imprensa A imprensa desempenha um papel fundamental na promoção do esporte e na rentabilidade do futebol. Com isso, a imprensa tem acesso exclusivo no estacionamento, onde passará por credenciamento e triagem de fotógrafos, narradores, repórteres e outros. Assim, o acesso deverá ser facilitado e sem dificuldade. Depois da triagem, os jornalistas serão divididos entre acessos a zona mista, campo, tribunas e outros setores do estádio. É primordial a segurança dos jornalistas e da imprensa livre.
8.1 Tribuna Principal - Mídia Acima do setor de camarote e premium (Figura 31), deverá existir a tribuna da mídia, onde ficará a imprensa. Com acesso direto a zona mista, centro de mídia e sala de conferência/imprensa, por isso a tribuna da mídia deverá estar no setor central e totalmente coberto, com visão privilegiada, pois irá ser transmitido os jogos e informações do jogo. Nesse setor deverá existir locais específicos para os câmeras que irão transmitir a partida e para operadoras de rádio e televisão, assim possuindo infraestrutura fixa com mesa de trabalhos, ligação com internet e satélite e outros equipamentos que possam servir para a mídia. Estima-se, a utilização de duas fileiras de assentos de imprensa e uma
mesa para 4 assentos. (Figura 32). A FIFA recomenda que para eventos de grande portes como uma Copa do Mundo ou uma final de clubes internacionais, cerca de 50 a 90 espaços de imprensa. Porém, para jogos nacionais esse número é reduzido para 24 espaços de setor de imprensa.
8.2 Capacidade da Tribuna A capacidade estipulada pela FIFA, é baseada da seguinte forma: Uma partida com 600 pessoas trabalhando no ramo, cerca de 150 ficará na tribuna nos espaços de rádio e televisão, outras 150 irão para as zonas mistas e outras vão para escritórios da imprensa ou para suas casas terminarem suas edições. Deve haver também banheiros com no mínimo três tipologias, homens, mulheres e para portadores de necessidades especiais, sendo previsto locais para ampliação de demanda da impensa, pois jogos internacionais necessitam de mais estrutura e espaços. Essas áreas deverão serem previstas, para que não haja reformas em pouco tempo de construção.
8.3 Sala de Imprensa e Zona Mista O manual de construção cita que a sala de imprensa, onde os jogadores, técnicos e outros irão dar entrevistas após o jogo deverá ter uma área mínima de 200 m², ofertando 100 lugares para setores da imprensa e con-
Fig. 31 Setorização da Imprensa FONTE: Fifa
tando com a infraestrutura de um auditório. Esse local poderá ser utilizado em outros eventos que não sejam futebol. A sala deverá estar próxima da saída de acesso e dos vestiários dos jogadores, devendo possuir locais para câmeras e microfones de televisão e rádio, com um sistema de som e vídeo com boa infraestrutura como de teatro e auditórios. (Figura 34) A Zona mista é um local que fica logo após a saída dos gramados, onde os jogadores podem conceder entrevistas, esse espaço é um local amplo, com cerca de 200 m² e de acesso limitado, devendo possuir acessos diferenciados dos jogadores e da imprensa. (Figura 33) Estima-se que o local deve abrigar cerca de 250 profissionais da mídia, devendo estar totalmente coberto e climatizado. A FIFA recomenda que a área de trabalho de cada repórter seja de 2,5 m² Em arenas sofisticadas, há setores na zona mista, onde há reportagens com mais conforto e locais de transição, esse primeiro é destinado a mídia de televisão que poderá utilizar-se do cenário.
Fig. 32 Setorização da Imprensa FONTE: Fifa
8.4 Estúdios É comum em eventos FIFAs ou partidas internacionais, estúdios de televisão se instalarem dentro da dependência dos estádios. Deverá existir pelo menos três espaços com cerca de 25 m² cada e com um pé direito de no mínimo três metros, para que seja possível a criação de um estúdio de televisão. Esses devem estar localizados na parte central da tribuna.
Fig. 33 Zona Mista FONTE: Fifa
Fig. 34 ConferĂŞncia da Imprensa FONTE: Fifa
Capítulo 9 Estudo de Caso ARENA CASTELÃO
9. Plácido Aderaldo Castelo O Estádio Plácido Castelo, conhecido como Castelão, fica na cidade de Fortaleza. Teve sua obra iniciada no ano de 1969, pelo então Governador Plácido Aderaldo Castelo, porém só foi inaugurado no ano de 1973, ainda no período do Regime Militar, pelo governador Cesar Cáls. O estádio não estava concluído, porém recebeu a sua primeira partida oficial entre o Fortaleza e Ceará, para um público de 70 mil pessoas. Porém a capacidade do estádio após a conclusão foi de 100 mil espectadores. O espaço a ser construído seria no bairro PICI ou Itaperi, regiões de universidades federais e estaduais, no entanto, foi escolhido um terreno de 25 hectáres da Santa Casa e sua aquisição custou 400 mil cruzeiros, cerca de 78 mil reais atuais, assim sendo construído no bairro Boa Vista, em Fortaleza. O estádio recebeu eventos importantes com sua capacidade máxima, como a visita do João Paulo II e um jogo da seleção brasileira. Porém, após esses eventos, a praça esportiva passou por uma drástica mudança na venda de ingressos e limitou aos 70 mil espectadores. Atualmente, o estádio recebe os jogos do Fortaleza Esporte Clube, do Ceará Sporting Club e do Ferroviário Atlético Clube.
9.1 Reformas e Gastos A Arena Castelão, que foi inaugurada na década 70, passou por reformas em 2002 para tentar se adequar as novas tipologias de estádios, quando reforçou as estruturas antigas, instalou novas cadeiras, além de construir uma coberta na arquibancada superior. O estádio, mesmo sem estar terminado foi reinaugurado com um jogo da Seleção Brasileira. Após 10 anos, o estádio passaria por novas reformas, por conta da Copa do Mundo em 2014. Assim o estádio finalmente pôde ser reformado para atender os padrões FIFA.
“Eu olho para essas arquibancadas e sinto a tremenda felicidade daquele que disse: Que o nordestino é acima de tudo um forte. Essas arquibancadas do Castelão, esse gigante de concreto e cimento armado, é bem, uma demonstração patente do que o homem é capaz.” Esse trecho demonstra, o quão era importante a inauguração do estádio para a população cearense e quão impactante seria, possuir um estádio com capacidade gigante no nordeste brasileiro.
No especial de 40 anos do estádio, o Jornal Diário do Nordeste publicou em seus jornais, reportagens e dados dobre a construção do estádio Castelão.
9.3 Reforma em 2012
O fato é que em 2010, a cidade de Fortaleza, já sabia que sediaria os jogos da Copa do Mundo de 2014 e com isso, o estádio finalmente seria padrão FIFA, ou pelo menos adaptado para receber os jogos. Assim, o Gigante da Boa Vista, passou pela primeira reforma de reestruturação e renovação.
Arquitetos: Arquitetos José Liberal de Castro, Gerhard Ernst Borman, Reginaldo Mendes Rangel e Marcílio Dias de Luna.
Para o jornalista Paulino Rocha o sentimento ao ver a inauguração do castelão para 70 mil pessoas:
Segundo o DERT, o gigante da Boa vista, passou por reformas, por conta das enormes fissuras que estavam aparente na estrutura, cerca de 15 cm, além do estádio não possuir cobertura, assentos, cabines de imprensa e camarotes. Dessa forma, o estádio ficaria fora do calendário de competições internacionais e sem jogos da Seleção Brasileira.
Para a revista exame, o Castelão passou por um investimento exagerado. O jornal acusou o governo do estado de acelerar o processo de licitação, gasto de dinheiro público no pagamento da obra e de prejuízos.
9.1 Construção em 1973
Aquisição do Terreno: R$ 74.000,00 Custo da Construção: Não Declarados Capacidade: 100.000 pessoas Estilo: Concretista
Custo de Reforma: R$ 32.000.000,00 Capacidade: 70.000 pessoas Estilo: Concretista com cobertura metálica
Números de Espectadores Década de 90 UOL. Fonte: Autor
9.2 Reforma em 2002 Em entrevista, o DERT responsável pelas reformas do Estádio Castelão, revelou os motivos, prazos e custos que da reforma da praça esportiva.
Arquitetos: Vigliecca & Associados Área Construída: 162.600 m² Ano da Reforma: 2012 - 2013 Custo da Reforma: R$ 547,3 Milhões Semelhante a reforma de 2002, o Governo do Estado, teve como objetivo reformar a
praça para atender os padrões da Copa do Mundo do Brasil de 2014 e transforma-lo em uma arena multiuso. Onde uma arena além da principal atividade que seria o futebol, exerce outras funções com apelos culturais. Assim tornando-se uma Arena sustentável.
Fig. 35 Inauguração do Castelão FONTE: Gilberto Simon
Além disso, o espaço não possuia camarotes para a executiva FIFA, gramados com as dimensões oficiais, estacionamentos no entorno, arquibancadas com proximidade ao gramado, cadeiras com encosto e outras diretrizes de projetos. Então, o estádio passou por reformas estruturais e até mesmo por implosões (Figura 37) do setor central, onde seria reformulado para acomodar a imprensa, dirigentes de federações internacionais, camarotes e setores vips. Ao lado, fotos da Inaguração do Castelão (Figura 35) e do Castelão sendo ampliado com todos os aneis superiores (Figura 36). Atualmente, o estádio é conhecido pela harmonia entre o antigo e o novo, pois na praça esportiva, é possível ver que o concreto foi preservado e se conectado com um grande pilar de aço, que ajuda na estrutura.
Fig. 37 Em Preto (Parte Existente) e em Verde (Parte Construída) FONTE: Vigliecca & Associados
Ao todo, cerca de 60 pilares foram conectados a estrutura de concreto existente, assim diminuindo a ação da força da torcida em cima do pilar e facilitando a sustentação da cobertura. Toda essa estrutura, marca a estética do atual Castelão.
9.4 Impactos Ambientais A Arena Castelão foi o primeiro estádio da América Latina a possuir um certificado Leed e também a primeira do Basil, a ficar pronta para a Copa de 2014 do Brasil. Os arquitetos responsáveis e a construtora, tomaram medidas preventivas para conseguir o Leed. A primeira decisão se deu na construção de uma cobertura leve e independente, que facilitou a sua execução e a
Em relação aos assentos, o Governo do Estado do Ceará doou os assentos, os placares, cobertura e gramado para outros espaços esportivos do estado, como o estádio do Romeirão (Juazeiro do Norte) e o Domingão (Horizonte). Os dois estádios são os principais palcos esportivos do interior.
conecção com os pilares metálicos. A estrutura escolhida, fez com que a obra fosse a única do Brasil a não utilizar Gruas, apenas guindadestes. Diminuindo os custos e o impacto do maquinário no espaço. A cobertura ainda conta com o sistema de coleta de águas pluviais que podem serem reutilizadas nas instações sanitárias. Para o Arquiteto Vigliecca, o projeto foi acertivo na preservação de 70% das arquibancadas existentes e os outros 30% foram implodidos
e no novo setor construído, foi implementado setores de imprensa, salas vips, restaurantes e outros equipamentos previstos no manual de construção FIFA. Todos esses ambientes internos foram pré-moldados e agilizaram a obra. Segundo estimativas da construtora Galvão, a obra teve uma economia de quase 70% da água potável, por conta da utilização do Aço e de estrutura metálicas.
9.4 Implantação e Setorização Atualmente o complexo do Castelão é formado pela Federação Cearense de Futebol, o Centro de Formação Olímpico e o próprio estádio. Contando com o setor adminstrativo da federação no setor norte. Além disso, o setor construído do zero, é o principal módulo de atividades do estádio, pois fica a parte administrativa, imprensa, restaurantes, museus, vestiários, camarotes, setores vips e a entrada principal da Arena. O setor do estacionamento para torcedores conta com mais de 4.000 vagas, além das vagas destinadas aos clubes e membros exclusivos, esses são cobertos por uma esplanada (Figura 38) que dá acesso ao estádio. Como modelo de multiuso, a Arena Castelão conta com o estacionamento para shows e eventos de grande porte, como o Garota VIP e o Aviões Fantasia. Que levam grandes públicos e rentabilidade aos gestores da arena.
Fig. 38 Em Preto Parte Existente, em Vermelho Esplanada Construída. FONTE: Vigliecca & Associados Fig. 39 Planta do Castelão FONTE: Viglecca & Associados
9.5 1° Pavimento e Setorização A esplanada que fica acima do estacionamento, é sustentada por pilares metálicos com enchimento de concreto, que sustentam vigas de aço e lajes de stell deck. Toda essa estrutura, facilita o acesso dos torcedores ao estádio e a saída. Na esplanada é possível notar os setores do estádio e suas entradas. Atualmente, existem 19 entradas ao estádio, que estão dividídas em 4 setores (Norte, Sul, Leste e Oeste). Sendo dessas 19 subdividídas entre anel superior e anel inferior. É notório, que as divisões existentes seguiram os padrões FIFAS, pois anteriormente o estádio possuia apenas duas entradas para todos os setores. Abaixo pode ser visto um detalhamento de como atua a esplanada atual da Arena Castelão em vermelho, anteriormente, se dava da maneira cinza. Onde até os setores especiais eram interligados (Figura 41).
Fig. 40 Planta do Castelão FONTE: Viglecca & Associados
Fig. 41 Parte Construída em vermelho FONTE: Viglecca & Associados
Fig. 42 Estรกdio Ca FONTE: Ricardo
astelão Correa
9.7 Conceitos e Adaptações A Arena Castelão não foi construída do zero para ser um estádio com Padrão Fifa ou possuir certificados ambientais. Pois em sua construção no ano de 1969, diretrizes sustentáveis, de conforto, de segurança, ainda estavam sendo moldadas. O termo sustentabilidade, nasceu em 1972, no encontro das nações Unidas. Assim, fizeram com que o estádio fosse sendo adaptado a novas necessidades e novas diretrizes urbanas. Como alargamento da via para facilidade de acesso, novos estacionamentos para torcedores e funcionários, construção de aparelhagens sociais como o projeto da Areninha e por fim a conexão com o Centro de Formação Olimpico (CFO), o segundo do Brasil e o único Norte-Nordeste. Essa parceria da Arena Castelão com o CFO, não ocorre de maneira direta e sim na divisão dos eventos que ocorrem na cidade. 9.7 Referências Extraídas Para o projeto do Estádio de Santiago em Fortaleza, que será construído no final do decorrente trabalho, a Arena Castelão poderá ser útil e norteadora. Primeiro por estar situado na mesma cidade que o projeto em estudo, assim maximizando os pontos potisitivos e minimizando as problemáticas que o estádio enfrenta nos dias atuais. Fig. 42 Perspectiva do Entorno FONTE: Viglecca & Associados
Fig. 43 Arena Castelão FONTE: Leonardo Finotti
Pontos de Referência: - Implantação do uso sustentável da água como a Arena Castelão e a aplicação de outros mecanismos. - Utilização da estrutura mista, mesclando o uso do concreto e do aço na execução do projeto, além de soluções regionais. - Setorização do estádio é condizente com o padrão FIFA e UEFA, além de possuir boa sinalização e entradas de fácil acesso. - Uso do setor central como mecanismo de marketing, sendo utilizado para imprensa e torcedores com maior poder aquisitivo. - Utilização do gramado rebaixado e aproximação da arquibancada do gramado. - Estacionamento planejado para fins multiculturais.
Fig FO
g. 44 Arena CastelĂŁo ONTE: Leonardo Finotti
Capítulo 10 Estudo de Caso ARENA DAS DUNAS
10. Arena das Dunas Arena das Dunas, fica situado no nordeste brasileiro, na cidade de Natal, capital do estado do Rio Grande do Norte. O estádio foi construído após a demolição do antigo Machadão, uma praça esportiva de concreto que por anos foi o principal símbolo esportivo do estado. O Machadão foi demolido por problemas estruturais, e possuia capacidade para 52 mil pessoas, sendo reduzido drasticamente para 30 mil torcedores, no entanto, o corpo de bombeiro e engenheiros do estado começaram a criticar o estado, pois os profissionais achavam que o estádio não comportavam esses números de torcedores e poderia ruir, ocasionando uma tragédia, algo semelhante ao caso do Estádio da Fonte Nova em 2007. Onde estruturas de concreto desabou deixando dezenas de feridos e sete mortos. Com isso, o Governo do Estado em parceria com a União, decidiram demolir o estádio Machadão e construirem à Arena das Dunas, essa foi construída em apenas dois anos e foi entregue no último dia do ano de 2013. Foi palco da Copa do Mundo de 2014 e recebeu ao todo 4 jogos. Atualmente a Arena, recebe os mandos de jogos do América de Natal e do ABC. Os principais clubes da capital do Rio Grande do Norte.
10.1 Reformas e Gastos Antes da demolição, o antigo Estádio Machadão passsava por problemas estruturais e de infraestrutura, fazendo com que reformas fossem feitas e fossem gastos 17 milhões de reais. Porém, como havia o valor cultural, o governo do estado sofreu algumas pressões para manter o estádio. Assim, o primeiro projeto de um novo estádio seria na região metropolitana, segundo o comitê da Copa do Mundo de Natal, dessa forma o Estádio Machadão iria ser preservado. Porém, outras cidades sedes estavam a frente da capital Potiguar, fazendo com que o Governo do Estado, contratasse uma empresa norte-americana para o projeto de um novo estádio no lugar do Machadão. A nova Arena das Dunas, foi uma das mais baratas da Copa do Mundo de 2014, com cerca de 400 milhões de reais, perdendo apenas para a Arena do Beira Rio que custou 300 milhões de reais. Porém, apesar do “baixo” valor gasto, em comparação as outras sedes, sofreu críticas com o atraso e operações de corrupção.
10.2 Construção 2012 O projeto foi elaborado pelo grupo de arquitetos Populous, um grupo norte-americano. Sendo construído no antigo Estádio Machadão, assim, não havendo custos na aquisição do terreno.
Fig. 45 Arena das Dunas comparativo de altura FONTE: Eduardo Asta
O estilo do estádio é comtemporâneo e possui diversas tecnologias integradas, possuindo o selo Leed de sustentabilidade, sendo vencedor do prêmio Arquitetura Corporativa e considerado pela revista VEJA, a arena mais sustentável da Copa do Mundo de 2014. Após o evento FIFA, ainda recebeu indicações para outros prêmios sustentáveis. Todos esses prêmios foram conquistados pela maneira que a arena foi construídas. A cobertura é concebida por estruturas metálicas e materiais de alumínio, toda a cobertura contém isolamento térmico, assim, minimizando o calor da cobertura para a arquibancada, além disso, o jogo de volumetria da cobertura facilita a circulação cruzada dos ventos. Resfriando o campo e a arquibancada. Outro fator, que complementa a coberta, é a presença de do policarbonato na união das
peças metalicas, são transparentes e facilitam a passagem de luz. Ainda há um sistema de caneletas que distribuem a água captada da chuva para a irrigação do gramado e para aparelhos sanitários. Todas essas diretrizes foram tomadas no projeto, segundo a empresa gestora. Dados técnicos disponibilizados: O estádio possui cerca de qurenta e um metros de altura (Figura 45), em uma área de mais de 100 m², possuindo cerca de 78 mil m² de área construída, o restante, é subdivido entre jardins e estacionamentos no entorno da arena. O estádio das Dunas possui capacidade para mais de 45 mil torcedores, porém, sua capacidade foi reduzida para 31 mil torcedores.
10.3 Planta e Setorização Arena das Dunas segue a padronização FIFA, mantém o gramado no eixo norte e sul, dessa forma, mantendo a setorização predominante Norte, Leste, Sul e Oeste. Porém, ao contrário da Arena Castelão, a concecionária divide o setor Oeste entre Sudoeste e Noroeste, onde está situado a imprensa e torcedores ilustres. e o setor Leste em Nordeste e Sudeste. (Figura 47) A gestora Arena das Dunas, que possui o mesmo nome do estádio, não disponibilizou as plantas do setor da arquibancada. Porém, como o estádio teve seu projeto moldado no caderno de normas da FIFA, o qual foi estudado anteriormente, as lanchonetes, restaurantes e banheiros devem estar localizadas como no Castelão. O acesso ao estádio se dá por meio de 21 rampas e escadarias de acesso, além elevadores acessíveis. De acordo com os projetistas, o estádio possui acessibilidade para todos os setores da arena. Possuindo mais de 500 assentos acessíveis e piso tátil. Em números, há vinte e cinco lanchonetes e trinta banheiros, divididos entre os setores, todos eles com ergonomia acessível. O estádio atualmente possui capacidade para 31 mil pessoas. No setor oeste, onde há a tribuna, há salas de controle, imprensa, camarotes e o setor
de comunicação do estádio. O controle é responsável por monitorar o estádio e o entorno, de acordo com o manual da FIFA e o sistema de comunicação interno é responsável por informativos no rádio e nos telões do estádio.
Fig. 47 Estádio Arena Dunas, setorização FONTE: Arena das Dunas
10.4 Cortes A arena não possui fossos, telas e nem grades para separar o torcedor do gramado, como ocorre no Castelão. Isso faz com que o espectador fique cada vez mais próximo ao gramado. É possível observar ao lado (Figura 48), arquibancadas temporárias, que reduziram a capacidade da arena para 31 mil torcedores. A forma ondulatória da Arena das Dunas, é resultado de uma série de pétalas que cobrem as arquibancada com claraboias translúcidas ligando-as. Estas claraboias criam um efeito de luz. A cobertura se compõem de pétalas em treliças de estrutura metálica de aço, cobertas externas com telhas zipada em alumínio que possuem tratamento térmico e acústico, diminuindo o impacto do estádio ao arredor da cidade. Internamente, a coberta é revestida com membrana tensionada de PVC. O fechamento em policarbonato translúcido melhora a ventilação e iluminação. O estacionamento visto nos cortes é exclusivo dos membros da partida, funcionários e autoridades exclusivas. Desta forma, o estacionamento de torcedores fica ao lado do estádio. Fig. 48 Corte em Perspectiva FONTE: Eduardo Asta e Jonathan Sarmento
10.5 Conceitos e Referências Os arquitetos que participaram do processo de construção do estádio, demoliram o antigo ginásio poliesportivo e o estádio Machadão, porém é possível verificar que não houve modificações na disposição do gramado, e na forma ondulatória da arquibancada. A utilização da coberta em forma de dunas, deu ao estádio estático, um movimento, o fazendo atingir uma altura de quase 42 metros. igualando a Arena Castelão, porém a mesma possui o dobro de sua capacidade. Fig. 49 Antigo Machadão e a nova Arena FONTE: Eduardo Asta e Jonathan Sarmento
Fig. 50 Nova Fachada da Arena das Dunas FONTE: Eduardo Asta e Jonathan Sarmento
Fig. 51 Arena Dunas FONTE: Gestora Arena Dunas
Fig. 52 Arena Dunas FONTE: Gestora Arena Dunas
10.6 Pontos de Referência - Inovação no modo de reuso da água. - Utilização do Aço como partido arquitetônico, assim tornando a estrutura leve e com ideia de movimento. - Uso de materiais não propagadores de ruídos. - Aplicação de materiais para amenizar os efeitos do sol, como não absorvedores de calor. - Capacidade do Estádio relativa para a construção do novo projeto. - Não utilização de barreiras entre jogadores e torcedores, aproximando o espectador do gramado.
Fig. 52 Arena Dunas FONTE: Gestora Arena Dunas
Capítulo 11 Estudo de Caso MATMUT ATLANTIQUE DE BORDEAUX
11. Estádio Matmut Atlantique O estádio francês, Matmut Atlantique, conhecido como Estádio Bordeaux, situa-se na cidade de Bordéus e foi construído para substituir o estádio Chaban-Delmas de 1924, passou por duas reformas, uma em 1987 e outro em 1998 para ser palco da Copa do Mundo de 1998 da França e possui capacidade para 35 mil torcedores. Porém, foi substituído por ser um estádio antigo e não atender a capacidade exigida pelo clube local Bordeaux e não possuir o aspecto de arena, assim sendo multifuncional. O estádio de Bordeaux, atualmente segundo a UEFA, está na 21° colocação do ranking de estádios da europa e têm como proprietário a prefeitura da cidade. A sua construção pôde atender diversos eventos culturais e esportivos, assim o manual FIFA e produzindo rentabilidade ao sítio. A arena recebeu a Eurocopa de 2016 e atende aos jogos locais do Football Club des Girondins de Bordeaux.
11.1 Reformas e Gastos O Estádio de Bordeaux, foi inaugurado no dia 18 de maio de 2015 e sua construção foi iniciada no ano de 2014. É um projeto ousado, segundo a revista ESPN dos arquitetos Herzog & de Meuron e custou cerca de 168 milhões de euros, cerca de 700 milhões de reais.
Área: 77.090 m² Custo: R$ 700 Milhões Capacidade: 42 mil pessoas Estilo: Contemporâneo Estrutura: Metálica O terreno escolhido, possuí cerca de 186 mil m², sendo desses, 46 mil m² para a construção do estádio que atinge uma altura máxima de 31 metros, o restante é subdivido entre parques e estacionamento. A obra durou cerca de 1 ano e foi construída em tempo recorde por conta do aço e da mão de obra especializada. Em termos de comparação com o estádio da mesma capacidade construídos do zero para a Copa do Mundo do Brasil de 2014, a arena francesa ficou atrás da Arena Corinthians, que custou cerca de 1,2 Bilhões de reais e ainda possui dívida com as empresas e estado.
monumento projetado e construído foi para aquela função, dessa forma, os eventos da cidade se adequam ao calendário do time do Bordeaux. Porém, na cidade francesa, há uma facilidade maior na adequabilidade do calendário. Pois em Fortaleza, há três clubes grandes que partilham do calendário e datas diferenciadas. O estádio frances, já recebeu jogos da Eurocopa de 2016, amistosos da seleção masculina e feminina, além de partidas de râguebi. Há previsão, do estádio receber ainda competições de skate, hipismo, ciclismo e outras modalidades esportivas. Segundo a gestora do estádio, o gramado não sofre com os eventos de outras naturezas esportivas. Abaixo é possível ver o gramado em uma maquete com diferentes desenhos do gramado oficial.
11.2 Estádio MultiFuncional
11.2 Localização
O estádio de Bordeaux, (Figura 53) foi contruído para torna-se uma praça cultura e esportiva, onde o sítio está apto a receber eventos de diferentes portes para que os usuários da região possam usufruir o espaço. Assim, o tornando rentável para o governo e os mandatários dos eventos.
O site do estádio de Bordeaux, possui um infográfico, explicando como o seu torcedor poderá chegar ao estádio sem desconforto, além de analisar e posicionar o estádio entre as linhas de ônibus, metrô e trêm que podem servir de locomoção dos seus usuários.
Um fato imporante e previsto nos manuais em estudo, é que a natureza principal de uma arena é a partida de futebol, pois o
Fig. 53 Matmut Atlantique FONTE: Bussines Club (2015)
Em dias de jogos, segundo os gestores, algumas vias são bloqueadas para que o torcedor possa em segurança entrar nas dependências do estádio. O estacionamento
possui duas vias de suporte, e não mantém uma ligação direta com o estádio, pois entre o espaço e a arena, há um grande parque. Um fator importante da localização do estádio, está as vias que circudam. O Matmut possui ligação com duas avenidas e uma via federal. Desta maneira, o fluxo de veículos é diversificado, sem gerar grandes congestionamentos.
11.3 Setorização O estádio Matmut Atlantique, segue as normas da UEFA, pois sediou Eurocopa, além de partidas pela Liga dos Campeões da Europa. Desta maneira, o selo e manual está designados para a entidade europeia. Por exemplo, o número mínimo de setores em um estádio deverá ser quatro para a FIFA, assim a arena francesa o fez. Além da divisão de tribunas, impresa e torcedores ilustres em locais diferenciados com um conforto maior. Os quatro setores, estão divididos em A - B, C - D, E - F e G - H. Cada setor desse, segue o seu próprio programa de necessidade. O estádio. possuí apenas entradas laterais, ou seja, setor Leste e Oeste, neles há bilheterias que vendem os ingressos do setor, possuindo entrada acessível por ambos lados O gramado é o fator decisivo da implantação de um estádio, assim o gramado como em todos os locais com padrão FIFA ou UEFA está no eixo norte e sul. O setor leste, que é o primeiro lugar do estádio a ficar sombreado, recebe os torcedores ilustres, membros da imprensa e outros. Esta setorização pode ser observada, na Figura 54. Onde, na planta do Matmut, o setor ilustre está no H, e vai do H1 ao H8, algo semelhante ocorre no estádio Castelão.
Fig. 54 Implantação FONTE: Matmut Atlantique (2015)
O estádio de Bordeaux, possui semalhanças com o estádio de Natal, as arenas possuirem investimentos semelhantes, utilizaram o aço como medida contrutiva, possuem disposição dos assentos parecidas e capacidade próxima. O Matmut Atlanque, possui 37 mil lugares dispostos para torcedores comuns e 4.400 torcedores ilustres, sendo todos cobertos. Os mandatários da partida, ou na execução de eventos, recebem espaços para iniciativas de vendas, divulgação da marca ou na troca de parceria com seus patrocinadores.
11.4 Cortes e Verticalização O estádio, projetado pelos Arquitetos Herzog & de Meuron, foi feito para elevar a elegância e leveza, os pilares esbeltos cumprem essa função para sustentar a coberta metálica. Mais de 600 pilares metálicos foram utilizados para sustentar uma coberta de 12 mil toneladas. As escadarias também dão o aspecto de leveza da edificação, que segue as linhas verticais e ondulatórias da arquibancada. Para os arquitetos, todos esses aspectos fazem a obra ficar suáve.
Fig. 55 Setorização FONTE: Matmut Atlantique (2015)
Fig. 56 Estádio de Matmut FONTE: Iwan baan
11.5 Pontos de Referências - Localização do terreno próxima a grandes avenidades. - Utilização de parques na integração do estádio com a cidade. - Uso estético de pilares metálicos aliados ao contexto urbano. - Uso da estrutura metálica. - Aplicação dos conceitos de sustentabilidade. - Capacidade do estádio semelhante aos 43 mil torcedores. - Arenas multiusos.
Fig. 57 Estรกdio de Matmut FONTE: Iwan baan
Capítulo 12 ESCOLHA DO TERRENO
MANUEL DIAS BRANCO
12. Sobre o Terreno O projeto de um estádio de futebol necessita de um terreno com um grande espaço livre para a sua construção e parâmetros urbanísticos que possibilitem a sua construção. Primeiramente, foi visto o lado oeste da cidade de Fortaleza como foco prioritário, porém, os índices urbanísticos na área são limitantes por estarem em uma Zona de Requalificação Urbana. Assim delimitando a altura máxima da edificação e seus usos. Entretanto, o lado leste da cidade, próximo a praia do futuro, carece de equipamentos de infraestrutura, onde o bairro sofre com a desertificação social e o número crescente de comércios fechados. Dessa forma foi verificado o impacto que o edifício iria trazer no bairro e nos vizinhos, atraindo oportunidades e beneficios para os moradores. O bairro ocupa a posição 63° em Fortaleza de Índice de Desenvolvimento Humano, de cem bairros. Segundo a secretaria municipal de desenvolvimento humano. O bairro Manoel Dias Branco, era anteriomente chamado de Dunas. Fica localizado entre o bairro Papicu e Praia do Futuro. É considerado pelo blog Fortaleza Nobre, um dos locais com a vista mais bonita da cidade.
O local é marcado por residências e lotes vázios, fazendo com que o bairro fique com aspecto de desertificação ou sensação de insegurança. O bairro ocupa a posição 63° em Fortaleza de Índice de Desenvolvimento Humano, de cem bairros. Segundo a secretaria municipal de desenvolvimento humano.
Fig. 57 Localização FONTE: Editado pelo autor.
12.1 MOTIVOS PARA ESCOLHA DO TERRENO LOCALIDADE A visual do terreno possibilta que o empreendimento possa se tornar um marco visual para a cidade de Fortaleza. Além disso, o nome do estádio é em homenagem ao primeiro Forte da cidade de Fortaleza. Assim a sua localização iria remeter a uma fortificação.
ACESSIBILIDADE O terreno possui quatro frentes, sendo a face norte e sul voltadas para avenidas. A norte possui pontos de ônibus e a presença de ciclovia. Além disso, o sítio possui proximidade com o terminal do Papicu. Tendo assim a possibilidade de atender todos os modais.
PORTE DA EDIFICAÇÃO O projeto de um estádio de futebol necessita de espaços amplos, para o dimensionamento dos ambientes e para a realização de eventos multiculturais. Além de tornar o espaço utilizável em dias que não houverem jogos. FALTA DE EQUIPAMENTO Atualmente, existem apenas dois estádios (Presidente Vargas e Castelão) regulamentados em Fortaleza. Porém o primeiro não possui capacidade para abrigar jogos dos clubes e o segundo é oneroso e não é rentável. Além disso o Fortaleza Esporte Clube não possuí estádio próprio. ASPECTOS AMBIENTAIS O terreno possuí vista para o principal marco visual da cidade de Fortaleza, o mar. Não possui vegetação, o que diminui o desmatamento da região. Além disso sua topografia é relativamente plana, com diferenciação de 5 metros, ocasionando um baixo coeficiente de movimentação de terra.
IMPACTO DE VIZINHANÇA O terreno foi visto com uma possibilidade de não agredir o ambiente natural e sua vizinhança. A presença de terrenos vázios, possibilida o impacto reduzido na vizinhança. Porém, é evidente que o porte do empreendimento irá mudar a configuração das vias do entorno e tais nuancias irão ser tratadas no projeto.
Fig. 58 Localização FONTE: Editado pelo autor.
BAIRRO ESCOLHID
Caucaia
Maracanaú
Eusébio
Fig. 59 Mapa de Fortaleza com Equipamentos FONTE: Editado pelo autor.
DO
ESTÁDIOS DE FUTEBOL
CENTRO DE TREINAMENTOS
01 . Estádio Presidente Vargas 02 . Arena Castelão
01 . Ferroviário Atlético Clube 02 . Tiradentes Futebol Clube 03 . Ceará Sporting Club 04 . Fortaleza Esporte Clube 05 . Atlético Cearense
CENTROS/CLUBES ESPORTIVOS 01 . Ideal Clube 02 . Círculo Militar 03 . Náutico Clube 04 . CRESSE Fortaleza 05 , Associação Atlética Banco do Brasil 06 . Clube dos Diários 07 . Clube da Caixa
Fig. 60 Areninha de Fortaleza FONTE: Prefeitura de Fortaleza
REDE DE CUCAS 01 . CUCA da Barra do Ceará 02 . CUCA do Mondumbim 03 . CUCA do Jangurussu
01 . Areninhas da Prefeitura de Fortaleza
Fig. 61 Parque do Cocó FONTE: Assembleia Legislativa do Ceará
PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS
PRINCIPAIS VIAS
01 . Estação do VLT 02 . Terminal do Papicu 03 . Shopping Iguatemi 04 . Hospital São Mateus 05 . Hospital Geral de Fortaleza 06 . Praça Martins Dourado 07 . Parque do Cocó 08 . Shopping Riomar Fortaleza 09 . Lagoa do Papicu 10 . Igreja de Lourdes 11 . Faculdade FANOR 12 . Templo de Fortaleza de Jesus Cristo dos últimos dias 13 . Unidade de Pronto Atendimento da Praia do Futuro 14 . Praça 31 de Março 15 . Orla de Fortaleza (Praia do Futuro)
01 . Via expressa 02 . CE-040 03 . Avenida Santos Dumont 04 . Avenida Aldy Mentor 05 . Avenida Dioguinho Terreno Escolhido
Fig. 62 IMAGEM SATÃ&#x2030;LITE DE FORTALEZA FONTE: Google Earth
Fig. 63 IMAGEM DO TERRENO ESCOLHIDO FONTE: Google Earth
12.3 Diretrizes Projetuais do Terreno A visual do terreno é um marco, dessa forma toda a implantação deve considerar a orla da cidade de Fortaleza. Na figura ao lado, é possível notar que todo o perímetro possui vista para o mar, não tendo nenhum elemento imponente que impeça a visual. O terreno está situado no topo do cume das antigas dunas existentes. Estando no nível 55 a 60 acima do mar. Desta forma, a sua cumeeira o torna plano, sendo excelente para a implantação de um estádio e diminuindo a interferência no ambiente natural. A ventilação oriunda da orla marítima e dos ventos sudestinos, fazem com que o terreno receba intensa ventilação, sendo possível a aplicação de conceitos sustentáveis. Tanto para energia solar, quanto eólica.
12.4 Diretrizes Projetuais de Desafio Apesar da sua maior parte ser plana, o terreno possui cantos elevados e declividade, que serão um desafio na hora da execução do projeto. A ventilação intensa que age no sítio, deverá ser aproveitada da melhor forma possível, além da utilização de materiais que não sofram com a força atuante. Com a salinidade, sendo a mais alta da américa do sul, deve se ter cuidado nas escolhas da estrutura e dos materiais que serão utilizados. Assim promovendo uma rentabilidade maior da arena.
Fig. 64 IMAGEM DO TERRENO ESCOLHIDO FONTE: Google Earth
Fig. 64 USO DO SOLO DA VIZINHANÃ&#x2021;A FONTE: Editado pelo Autor
Fig. 65 VISTA ÁEREA DO BAIRRO EM ESTUDO FONTE: Google Earth
USO DO SOLO DA VIZINHANÇA DO TERRENO ESCOLHIDO Residencia Comercial e Serviço Terrenos Vázios Institucional Terreno Escolhido
É possível notar a presença massíva de terrenos vázios. ociosos e abandonados. Enquanto poucos terrenos comerciais e de serviço estão situados na avenida Santos Dumont. O terreno escolhido possuí quatro frentes e poucos edificios resdienciais em sua volta, Dis 9 lotes que fazem “divida” com o terreno, apenas quatro possuem construções.
Fig. 65 USO DO SOLO DA VIZINHANÃ&#x2021;A FONTE: Editado pelo Autor
Fig. 67 VISTA ÁEREA DO BAIRRO EM ESTUDO FONTE: Simonegzeo (Flick)
GABARITO DA VIZINHANÇA DO TERRENO ESCOLHIDO Térreo Até 2 pav. Entre 3 e 5 pav. Acima de 6 pav. Terreno
Há poucos edificios acima de seis pavimentos, apesar do gabarito garantido por lei chegar até 41 metros de altura. Porém, há novos empreendimentos que atinge essa altura máxima. Que são edificios residenciais multifamilitar.
Fig. 68 SISTEMA VIÁRIO DA VIZINHANÇA FONTE: Editado pelo Autor
SISTEMA VIÁRIO DA VIZINHANÇA DO TERRENO ESCOLHIDO Arterial Coletora 1 . Av. Aldy Mentor 2 . Rua Antônio Gomes 3 . Rua Clóvis Rolim 4 . Rua Manoel Rodrigues Ciclovia Sentido da Via Terreno Ponto de Ônibus
O terreno localizado no bairro Manuel Dias Branco, possui ligação direta com uma avenida arterial e uma coletora, as duas são avenidas e possuem faixas duplicadas e sentido duplo. Além disso, a avenida arterial possui ciclofaixa e pontos de ônibus ligados ao terminal do papicu. As vias laterais, apsar de serem locais, possuem dimensões largas e podem ser alteradas para uma configuração que facilite a acessibilidade do estádio.
Fig. 69 TOPOGRAFIA FONTE: Base Cartogrรกfica de Fortaleza, editado pelo Autor
Fig. 70 RELEVO DO TERRENO ESCOLHIDO FONTE: Google Maps
TOPOGRAFIA DA VIZINHANÇA DO TERRENO ESCOLHIDO Orientação do Sol Curvas de Nível Ventos predominantes Altura das Curvas Quanto mais vermelho, maior é a altura. Terreno Escolhido
O terreno apresenta uma topografia acentuada no bairro em estudo. Porém, o terreno escolhido varia entre a cota 45 e 50 acima do mar. Facilitando assim a implantação do projeto. Caso a topografia se acentue em determinadas regiões, poucas movimentações de terras serão feitas a fim de preservar o ambiente, o tornando sustentável.
Fig. 71 MACROZONEAMENTO DA VIZINHANÃ&#x2021;A FONTE: Google Maps
PARÂMETROS URBANÍSTICOS (ZIA PRAIA DO FUTURO) índice de aproveitamento máximo índice de aproveitamento básico índice de aproveitamento mínimo taxa de permeabilidade taxa de ocupação taxa de ocupação do subsolo altura máxima da edificiação área mínima do lote testada mínima do lote profundidade mínima do lote
PARÂMETROS URBANÍSTICOS (ZIA PRAIA DO FUTURO) 2,0 2,0 0,0 40 % 50 % 40 % 48 m 300 m² 12 m 25 m
SISTEMA VIÁRIO DA VIZINHANÇA DO TERRENO ESCOLHIDO ZIA PRAIA DO FUTURO ZIA DO COCÓ Terreno
Estádio de Futebol faz parte do grupo de Equipamentos de Cultura e Lazer, na categoria 5 de projetos especiais. Sendo aceito construir um estádio de futebol na Zona de Interesse Ambiental. Vale salientar, que os índices de gabarito e aproveitamento foram cruciais na escolha do terreno. Assim possibilitando a sua construção
Capítulo 13 Diretrizes do Forte DIRETRIZES DO FORTE DE SANTIAGO
13. Diretrizes O concepção de uma obra arquitetônica está ligado a uma série de planos que servirão de base para a idealização do projeto. Assim, vários manuais, leis e projetos foram estudados a fim de nortear o conceito e o partido do projeto. Para cria-las é necessário que o autor tenha príncipios de concepção. Desta forma, o estádio Forte de Santiago, têm como principio a sustentabilidade, que norteará desde os materiais utilizados na sua construção, a inovações tecnológicas do empreendimento. assim como a integração do empreendimento com o seu entorno, tornando o estádio um marco visual e um ponto de encontro do bairro. Dessa forma, o edifício com nome de Forte Santiago, remede a tradição histórica da cidade de Fortaleza, com espaços culturais, esportivos e de grande investimento.
13.1 Sustentabilidade - Reduzir o número de movimentações de terra provenientes de aclives e declives do terreno escolhido. - Criação de parques no entorno da arena com replantio de áreas desmatadas. - Abastecimento de água do parque proveniente de calhas coletoras de chuva, instaladas na coberta da arena. - Utilização de materiais da região e mão de obra especializada local. - Implantação de equipamentos para captar energia proveniente dos ventos. - Implantação de painéis solares na coberta do estádio. - Abastecimento dos aparelhos sanitários por meio do reúso da água coletada das calhas coletoras na cobertura do estádio. - Uso de grama mista,uma mistura de grama sintética com forragem natural. - Implantação de refletores de LED, sendo abastecidos pelas energias alternativas coletadas no estádio. - Certificação Leed
13.2 Integração com Entorno - Criação de espaços de convivência no entorno da arena para a utilização em dias que não houverem eventos. - Implantação de um Centro Esportivo para abrigar crianças carentes da região e eventos da comunidade. - Vias locais integradoras com a implantação do estádio.
- Espaços educativos dentro da arena para capacitação de funcionários e habitantes do bairro. - Contratação de serviços locais e funcionários locais para integrar o quadro de funcionários da arena. - Criação de marcos visuais e simbólicos para a integração com a Praia do Futuro.
13.3 Tradição - Remeter elementos simbólicos que remeta a primeira fortificação da cidade de Fortaleza - Nome da arena em homenagem ao Forte de Santiago, a primeira fortaleza da capital cearense. - Criação de um museu na arena. - Destinar uma ala do m useu a história da cidade e do clube do Fortaleza.
13.4 Uso de Novas Tecnologias - Utilização do BIM no projeto do estádio. - Uso do aço como precursor na construção da arena esportiva. - Implantação de medidas sustentáveis e tecnologias na construção da arena. - Uso de energias renováveis na manuntenção do espaço.
13.5 Acessibilidade - Acessibilidade seguindo as normas da NBR 9050. - Pontos de ônibus no entorno da arena. - Estacionamento integrador na paisagem. - Acesso a arena com aberturas amplas e bem sinalizadas. - Saídas de emergência sinalizadas e amplas. - Consultórios médicos de atendimento de emergência sinalizados e de fácil acesso.
Capítulo 14 PROJETO ARQUITETÔNICO
14. Evolução do Projeto O projeto de um estádio tem em sua concepção o campo como norteador de projeto, pois todas as atividades acontecem por conta do futebol. Dessa forma, todos os setores foram posicionados de modo que a visão fosse ampla e abrangente ao maior número de pessoas. O anel inferior possui visão 360°, enquanto a superior, os espectadores conseguem ter acesso de visão no nível da laje, sem a necessidade de subir mais degraus.
14.2 Concepções
14.3 Vedação e Cobertura
Em homenagem ao primeiro Forte da Capital, que foi o Forte de Santiago, próximo ao marco zero da cidade de Fortaleza. A intenção, era que a cidade da Luz, possuísse um marco visual que pudesse ser chamado de seu.
A fachada consiste em AeroBrises, ou outros materiais que pudessem fazer a marcação das entradas por meio de tubos metálicos, onde por meio da iluminação pudessem sofrer variação nas suas cores.
Assim, a planta do estádio, seria em forma de fortificação, em menção que o time da capital iria receber seus adversários como as antigas caravelas inimigas, além disso, a arena futebolística há proximidades com o mar.
Como forma de complementar a Arquitetura e sua simboligoia. A coberta foi pensada em formas de onda de estrutura de aço. Onde assim, as ondas da capital associada ao mar, pudessem ser facilmente reconhecidas de longe.
PLANTAS BAIXAS ESTÁDIO DE FUTEBOL DO FORTALEZA FORTE DE SANTIAGO
14.4 Locação O estádio está empreendido em duas vias arteriais com faixas duplas de veículas. As mesmas não possuem intenso tráfico, somente em feriados e finais de semana. As vias irão possuir ciclofaixas, baías de ônibus e paradas para que facilitem o trajeto da população até o estádio e ao centro esportivo. O estádio comporta 35 mil torcedores e possuí vagas para 3.500 veículos. O estacionamento possui acesso pela rua Alcides Santos e o segundo pela a Av. Aldy Mentor. A praça é aberta ao público em quase toda sua extensão, somente no perímetro do estádio, chamada de esplanada, onde a arena necessita desse espaço para manter a segurança. O estacionamento e a praça poderão ser utilizadas pelo público todos os dias, além de estarem disponíveis o acesso ao setor prêmio, onde há restaurantes, lojas e visitas ao museu.
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IMPLANTAÇÃO
14.5 Implantação O estádio possuí 4 setores, separados em Combativo, Aguerrido, Vibrante e Forte. Designado tanto pelo manual da FIFA e da UEFA, quanto pela necessidade do fluxograma. O estádio tem os setores com esse nome por conta do Hino do Fortaleza, assim criando uma memória afetiva com os torcedores. O setor Vibrante, de frente para a rua Coronel Francisco, é o setor mais imporante por sua comodidade, nele concentra as atividades e acesso dos jogadores, a imprensa e os torcedores ilustres. Além disso, há presença de mais de 36 camarotes, museu do clube e restaurantes abertos ao público. A passarela vermelha, designa o acesso do estacionamento para o estádio, fazendo a transição dos torcedores em segurança. O setor Forte, de frente para a Avenida Santos Dumont, tem acesso pelas escadarias do centro esportivo e uma grande praça de convivência. Os outros setores possuem estacionamento e escadarias de acesso.
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Mapa Mosca LEGENDA Vestiário Sala de Massagem Banheiros Sala do Técnico Sala de Imprensa Setor de Doping Escritórios Zona Mista Vestiário de Arbitragem Coletiva de Imprensa
PLANTA BAIXA - SUB SOLO VIBRANTE A logista da partida de futebol ocorre principalmente nesse setor. Há estacionamento para funcionários da imprensa, jogadores e de agentes de segurança. Nesse espaço contém 04 vestiários de jogadores, onde cada um contém espaço para 25 jogadores. Todos os espaços possuem a mesma qualidade e conforto. Nesse setor, a imprensa possui escritórios, estúdios de tv e espaços para trabalho em equipe. A mesma, terá comodidade para entrevistar os jogadores, acesso a coletiva de imprensa e ao estacionamento.
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Mapa Mosca LEGENDA Banheiros Lanchonete Área Técnica Loja e Quiosque Bar Setor de Serviço
PLANTA BAIXA - SETOR COMBATIVO INFERIOR Nesse setor há a existência 03 entradas inferiores, onde há saída e entrada. As catracas possuem tecnologia de retração, ou seja, as catracas após o uso, são ativadas para entrar no sub solo em um compartimento. Facilitando a evasão dos torcedores. Há 2 centrais de banheiros, contendo 06 banheiros acessíveis para portadores de necessidade e 04 banheiros coletivos, sendo eles masculinos e femininos. Presença de 07 lanchonetes, equipadas com entrada exclusivas e uma sala de frios para resguardar os alimentos. Área técnica possui entrada para 04 viaturas e duas ambulâncias para casos de emergência e fácil acesso as arquibancadas.
Há presença de 04 quiosques que podem funcionar como lojas ou lanches rápidos. Além disso uma loja oficial do clube com atendimento a sócio torcedor. Dois Bares para tercerizar com possíveis patrocinios ou utilização pelo clube para assistir jogos. Setor de serviço contendo duas salas médicas, uma sala de controle e uma mini delegacia para casos eventuais.
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Mapa Mosca LEGENDA Banheiros Lanchonete Loja e Quiosque Bar Museu
PLANTA BAIXA - SETOR COMBATIVO SUPERIOR Nesse setor há a existência 04 entradas Superiores, onde há saída e entrada. As catracas possuem tecnologia de retração. Facilitando a evasão dos torcedores. Há 2 centrais de banheiros, contendo 06 banheiros acessíveis para portadores de necessidade e 04 banheiros coletivos, sendo eles masculinos e femininos. Presença de 04 lanchonetes, equipadas com entrada exclusivas e uma sala de frios para resguardar os alimentos. Há presença de 04 quiosques que podem funcionar como lojas ou lanches rápidos. Além disso uma loja oficial do clube com atendimento a sócio torcedor.
O espaço contém 03 Bares, que poderão ser tercerizados para possíveis patrocinadores ou utilizado pelos clubes para lanches rápidos ou para assistir os jogos. Um museu com replicas dos troféus da equipe e que possam ser usadas para tirar fotos e diminuir a distância entre clube e torcedor. Para acesso a arquibancada superior, há 7 "túneis".
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Mapa Mosca LEGENDA Banheiros Lanchonete Área Técnica Loja e Quiosque Bar Setor de Serviço Brinquedoteca Armazenamento
PLANTA BAIXA - SETOR AGUERRIDO INFERIOR Nesse setor há a existência 02 entradas inferior, onde há saída e entrada. As catracas possuem tecnologia de retração. Há 2 centrais de banheiros, contendo 06 banheiros acessíveis para portadores de necessidade e 04 banheiros coletivos, sendo eles masculinos e femininos. Presença de 05 lanchonetes, equipadas com entrada exclusivas e uma sala de frios para resguardar os alimentos. Há presença de 01 loja oficial do clube com atendimento a sócio torcedor. O espaço contém 02 Bares, que poderão ser tercerizados para possíveis patrocinadores ou utilizado pelos clubes para lanches rápi-
dos ou para assistir os jogos. Há ainda um espaço Kids para que possam deixar os filhos enquanto assistem aos jogos, além de um setor de banheiros como suporte. O setor de armazenagem a esquerda, é utilizado para distribuição e triagem dos produtos que serão vendidos na arena. Com setor de frios e outros. Além disso, o cofre do clube ficará nesse espaço com a diretoria. Setor de serviço contendo duas salas médicas, uma sala de controle e uma mini delegacia para casos eventuais.
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Mapa Mosca LEGENDA Banheiros Loja e Quiosque Bar Setor de Serviço Lanchonete
PLANTA BAIXA - SETOR AGUERRIDO SUPERIOR Nesse setor há a existência 03 entradas superiores, onde há saída e entrada. As catracas possuem tecnologia de retração. Há 2 centrais de banheiros, contendo 06 banheiros acessíveis para portadores de necessidade e 04 banheiros coletivos, sendo eles masculinos e femininos. Presença de 06 lanchonetes, equipadas com entrada exclusivas e uma sala de frios para resguardar os alimentos. Há presença de 01 loja oficial do clube com atendimento a sócio torcedor. O espaço contém 02 bares, que poderão ser tercerizados para possíveis patrocinadores ou utilizado pelos clube.
Setor de serviço contendo duas salas médicas, uma sala de controle e uma mini delegacia para casos eventuais.
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Mapa Mosca LEGENDA Banheiros Lanchonete e Restaurante Área Técnica Loja e Quiosque Bar Circulação Vertical Museu
PLANTA BAIXA - SETOR VIBRANTE INFERIOR Nesse setor há a existência 04 entradas Superiores, onde há saída e entrada. As catracas possuem tecnologia de retração. Facilitando a evasão dos torcedores. Há uma central de banheiros, contendo 03 banheiros acessíveis para portadores de necessidade e 02 banheiros coletivos, sendo eles masculinos e femininos. Presença de 04 lanchonetes, equipadas com entrada exclusivas e uma sala de frios para resguardar os alimentos. Além de 2 restaurantes equipados com vista para o campo. Há presença de 02 quiosques que podem funcionar como lojas ou lanches rápidos. Além disso três lojas do clube e tercerizadas com atendimento a sócio torcedor.
O espaço contém 02 Bares, que poderão ser tercerizados para possíveis patrocinadores ou utilizado pelos clubes para lanches rápidos ou para assistir os jogos. Um museu com replicas dos troféus da equipe e que possam ser usadas para tirar fotos e diminuir a distância entre clube e torcedor. Área técnica possui entrada para 04 viaturas e duas ambulâncias para casos de emergência e fácil acesso as arquibancadas
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Mapa Mosca LEGENDA Banheiros Lanchonete e Restaurante Loja e Quiosque Bar Circulação Vertical Camarote
PLANTA BAIXA - SETOR VIBRANTE SUPERIOR Há uma central de banheiros, contendo 03 banheiros acessíveis para portadores de necessidade e 02 banheiros coletivos, sendo eles masculinos e femininos. Presença de 02 lanchonetes, equipadas com entrada exclusivas e uma sala de frios para resguardar os alimentos. Há 18 camarotes com vista para o campo e lugares exclusivos no setor privilegiado. O espaço contém 02 Bares, que poderão ser tercerizados para possíveis patrocinadores ou utilizado pelos clubes para lanches rápidos ou para assistir os jogos. Há presença de 04 quiosques que podem funcionar como lojas ou lanches rápidos.
Além disso três lojas do clube e tercerizadas com atendimento a sócio torcedor.
Mapa Mosca LEGENDA Banheiros Lanchonete e Restaurante Loja e Quiosque Circulação Vertical Camarote
PLANTA BAIXA - SETOR VIBRANTE SUPERIOR CAMAROTE Há uma central de banheiros, contendo 03 banheiros acessíveis para portadores de necessidade e 02 banheiros coletivos, sendo eles masculinos e femininos. Presença de 02 lanchonetes, equipadas com entrada exclusivas e uma sala de frios para resguardar os alimentos. Há 18 camarotes com vista para o campo e lugares exclusivos no setor privilegiado. Há presença de 04 quiosques que podem funcionar como lojas ou lanches rápidos. Além disso três lojas do clube e tercerizadas com atendimento a sócio torcedor.
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Mapa Mosca LEGENDA Banheiros Lanchonete e Restaurante Circulação Vertical Setor da Imprensa
PLANTA BAIXA - SETOR VIBRANTE SUPERIOR TRIBUNA Há uma central de banheiros, contendo 03 banheiros acessíveis para portadores de necessidade e 02 banheiros coletivos, sendo eles masculinos e femininos. Presença de 01 lanchonete, equipada com entrada exclusivas e uma sala de frio para resguardar os alimentos. Mobiliário de Coworking disperso pelos ambientes para abrigar a imprensa.
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Mapa Mosca LEGENDA Banheiros Lanchonete Área Técnica Loja e Quiosque Bar Setor de Serviço Brinquedoteca Armazenamento
PLANTA BAIXA - SETOR FORTE INFERIOR Nesse setor há a existência 02 entradas inferior, onde há saída e entrada. As catracas possuem tecnologia de retração. Há 2 centrais de banheiros, contendo 06 banheiros acessíveis para portadores de necessidade e 04 banheiros coletivos, sendo eles masculinos e femininos. Presença de 05 lanchonetes, equipadas com entrada exclusivas e uma sala de frios para resguardar os alimentos. Há presença de 01 loja oficial do clube com atendimento a sócio torcedor. O espaço contém 02 Bares, que poderão ser tercerizados para possíveis patrocinadores ou utilizado pelos clubes para lanches rápi-
dos ou para assistir os jogos. Há ainda um espaço Kids para que possam deixar os filhos enquanto assistem aos jogos, além de um setor de banheiros como suporte. O setor de armazenagem a esquerda, é utilizado para distribuição e triagem dos produtos que serão vendidos na arena. Com setor de frios e outros. Além disso, o cofre do clube ficará nesse espaço com a diretoria. Setor de serviço contendo duas salas médicas, uma sala de controle e uma mini delegacia para casos eventuais.
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Mapa Mosca LEGENDA Banheiros Bar Setor de Serviço Lanchonete
PLANTA BAIXA - SETOR AGUERRIDO FORTE Nesse setor há a existência 03 entradas superiores, onde há saída e entrada. As catracas possuem tecnologia de retração. Há 2 centrais de banheiros, contendo 06 banheiros acessíveis para portadores de necessidade e 04 banheiros coletivos, sendo eles masculinos e femininos. Presença de 06 lanchonetes, equipadas com entrada exclusivas e uma sala de frios para resguardar os alimentos. O espaço contém 02 bares, que poderão ser tercerizados para possíveis patrocinadores ou utilizado pelos clube. Setor de serviço contendo duas salas médicas, uma sala de controle e uma mini delegacia para casos eventuais.
CORTES E FACHADAS
CORTES TRANSVERSAIS E LONGITUDINAIS Ao lado é possível notar que o estádio é marcado por uma estrutura de pilares enfileirados em um espaçamento médio de 13,5 metros. Onde há pilares que tensionam a coberta e dão suporte as vigas jacarés da arena. Para reforçar a estrutura com um pilar ponte matriz, o estádio possui 3 pilares na extensão da arquibancada. espaçados em 10 metros. Dessa maneira, o peso é distribuido e minimiza o efeito de pressão. A fim de tornar a fachada ventilada e com luz natural, a coberta utilizada é uma membrana Précontraint, onde reveste toda a fachada, tornando translúcida e facilitando a ventilação. Essas medidas de conforto, estão aliadas as placas fotovoltaicas instaladas na cobertura do estádio, assim captando a energia solar proveniente da insolação de Fortaleza. Tornando a estrutura mais sustentável. Outra medida sustentável é a captação da água, nos fossos de água que contornam o estádio, sendo depois, destinada aos reservatórios.
CORTE AA - PASSANDO NO EIXO LESTE/ OESTE
CORTE BB - PASSANDO NO EIXO NORTE/SUL
CORTE CC - PASSANDO NO EIXO NORTE/SUL
PILA METÁLICO ESTILO PONTE CABOS DE AÇO
Membranas Pré-contraint TUBO METÁLICO EM ARCO
FACHADAS LESTE E OESTE Forte de Santiago
PILA METÁLICO ESTILO PONTE CABOS DE AÇO
Membranas Pré-contraint TUBO METÁLICO EM ARCO
FACHADAS LESTE E OESTE Forte de Santiago
PILA METÁLICO ESTILO PONTE
Membranas Pré-contraint TUBO METÁLICO EM ARCO
FACHADAS NORTE E SUL Forte de Santiago
CONCLUSÃO O estádio para a equipe do Fortaleza se faz necessário, visto que o clube está se consolidando no cenário nacional entre as grande equipes do nordeste e necessita de cada vez mais estrutura. Além disso, o projeto teve participação direta da torcida e dos dirigentes dos clubes. A localidade da edificação também é crucial para o projeto, pois o projeto integrador com um centro esportivo revitaliza a região da Praia do Futuro e das comunidades do entorno. Assim, dando sua função social e econômica. Assim, o projeto foi enriquecedor, tanto em sua proposta como seu resultado. Tornando possível a realização de projetos complexos em trabalhos de conclusão de curso.
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ARENA FORTE DE SANTIAGO
ESTÁDIO DO FORTALEZA ESPORTE CLUBE